Yamaha - Corrosão

June 19, 2019 | Author: Diogo Ribeiro | Category: Corrosion, Battery (Electricity), Metals, Electron, Zinc
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Serviço do Motor 10...

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Corrosão MOTOR DE POPA

INTRODUÇÃO Este texto de treinamento YTA-Bronze foi produzido de modo a fornecer um treinamento passoa-passo para os técnicos de serviços náuticos Yamaha de acordo com o sistema de qualificação YTA. Esta seção proporciona as informações necessárias como conhecimento básico a respeito do motor de popa especificamente para a Categoria Bronze. Além disso, este texto, produzido com base em um CD-ROM CAI (Instruções com Auxílio de Computador), possibilita que você aprenda efetivamente através do uso do CD-ROM CAI.

Departamento de Serviços ME Company Yamaha Motor do Brasil Ltda.

O QUE APRENDEMOS NO VOLUME INTRODUÇÃO Neste Volume aprenderemos a respeito da corrosão que ocorre nos metais, incluindo a corrosão elétrica. Aprenderemos extensivamente a respeito do mecanismo de corrosão e os meios para sua prevenção.

Texto de Treina Treinamento mento YTA YTA Bronze Bronz e Publicado em Maio de 2008 Todos os direitos reservados Compilado e publicado por: Departamento de Serviços Yamaha Motor do Brasil Ltda.

CAPÍTULO 1 CORROSÃO E CORROSÃO ELÉTRICA INTRODUÇÃO ........................................... 1-1 O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 1 ...................................... 1-1 CORROSÃO AO NOSSO REDOR ........... 1-1 CORROSÃO AO NOSSO REDOR ......... 1-1 PRINCIPAIS CAUSAS DA CORROSÃO ... 1-2 OXIGÊNIO .............................................. 1-2 UMIDADE DO AR .................................. 1-2 AÇÃO ELÉTRICA .................................. 1-2 DEFINIÇÃO DE CORROSÃO .................... 1-3 DEFINIÇÃO DE CORROSÃO ................ 1-3 DEFINIÇÃO DE CORROSÃO ELÉTRICA........................................... 1-3 CORROSÃO RELACIONADA AO AMBIENTE MARINHO............................... 1-3 CORROSÃO EM NAVIOS ..................... 1-3 CORROSÃO EM MOTORES DE POPA .................................................. 1-4 PERDAS DEVIDO À CORROSÃO ......... 1-6

CAPÍTULO 2 MECANISMO DA CORROSÃO ELÉTRICA INTRODUÇÃO ........................................... 2-1 O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 2 ...................................... 2-1 FENÔMENOS OBSERVADOS EM MAIS DE UM METAL ................................. 2-1 CONEXÃO DE DOIS METAIS EM ÁGUA DO MAR.......................................... 2-1 CÉLULA VOLTAICA ................................ 2-2 EXPLICAÇÃO QUÍMICA ........................ 2-3 DIFERENÇA DE POTENCIAL ENTRE METAIS ............................................... 2-4 FENÔMENOS EM UM ÚNICO METAL... 2-5 COLOCAÇÃO DE UM ÚNICO METAL NA ÁGUA ................................................... 2-5 MANIPULAÇÃO ARTIFICIAL ................. 2-6 CORROSÃO ACELERADA .................... 2-6 PREVENÇÃO DA CORROSÃO POR ELETRICIDADE ......................... 2-6 USO DA DIFERENÇA DE POTENCIAL PARA PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO ...................................... 2-7

PRINCIPAIS CAUSAS DA ACELERAÇÃO DA CORROSÃO ............ 2-8 CAUSAS DEVIDAS AO MATERIAL METÁLICO ......................................... 2-8 CAUSAS EXTERNAS............................ 2-8

CAPÍTULO 3 MEIOS PARA CONTROLE DA CORROSÃO INTRODUÇÃO .......................................... 3-1 O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 3 ...................................... 3-1 COBERTURA DA SUPERFÍCIE .............. 3-1 PINTURA ............................................... 3-1 GALVANIZAÇÃO.................................... 3-1 PROTEÇÃO ELÉTRICA CONTRA CORROSÃO ............................................ 3-2 MÉTODO DA CORRENTE IMPOSTA .. 3-2 MÉTODO DO ANODO DE SACRIFÍCIO .. 3-2 MATERIAIS RESISTENTES À CORROSÃO ............................................ 3-3 AÇO INOXIDÁVEL................................. 3-3 ALUMÍNIO ............................................. 3-3 COBRE E LIGAS DE COBRE .............. 3-3

CAPÍTULO 4 PROTEÇÃO DO BARCO E MOTOR DE POPA CONTRA CORROSÃO INTRODUÇÃO .......................................... 4-1 O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 4 ...................................... 4-1 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM BARCOS ............................................ 4-1 ANODO.................................................. 4-1 PROTEÇÃO DO MOTOR DE POPA CONTRA CORROSÃO ............................ 4-1 INSTALAÇÃO DE ANODO .................... 4-1 PINTURA PROTETORA CONTRA CORROSÃO ....................................... 4-2 ANODO DA GALERIA DE REFRIGERAÇÃO ............................. 4-2 LIMPEZA DA GALERIA DE ÁGUA ....... 4-2

CAPÍTULO 1 - CORROSÃO E CORROSÃO ELÉTRICA INTRODUÇÃO O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 1 Neste Capítulo aprenderemos a respeito dos fenômenos e efeitos da corrosão e corrosão elétrica ao nosso redor.

CORROSÃO AO NOSSO REDOR CORROSÃO AO NOSSO REDOR Dos metais ao nosso redor o ferro, especialmente, com certeza será corroído se for deixado desprotegido. Vamos observar que tipos de corrosão existem realmente. Vamos tomar nota das condições e cores de uma superfície corroída.

Oxidação no aço inoxidável

Ferrugem se propaga para a totalidade.

Zinabre no cobre

Oxidação aparece próxima à superfície da água.

Oxidação preta no ferro

1-1

CAPÍTULO 1 - CORROSÃO E CORROSÃO ELÉTRICA PRINCIPAIS CAUSAS DA CORROSÃO OXIGÊNIO O oxigênio é indispensável para a corrosão. Uma porção de metal afetada se combina com o oxigênio (= é oxidada) e se transforma em uma substância diferente. No caso do ferro, ele se associa com o oxigênio e é transformado em óxido de ferro. O metal assim transformado pode se tornar quebradiço, perdendo sua resistência mecânica original como metal.

Oxigênio

UMIDADE DO AR

Prego

Atmosfera

A água geralmente é indispensável para o progresso da corrosão. Essa água também está contida no ar na forma de vapor, de modo que a água certamente existe em todo lugar, exceto em uma área completamente árida como um deserto, etc. Especialmente, a água contendo sal, como a que existe no litoral, acelera a corrosão porque os íons migram ativamente nessa água, o que requer atenção especial.

Falha

Umidade do ar

AÇÃO ELÉTRICA Água do mar

Se um parafuso de ferro for instalado em uma chapa de aço inoxidável em água salgada, a corrosão será acelerada no parafuso. Por outro lado, se um parafuso de ferro for instalado em uma chapa plástica, a corrosão não progredirá muito no parafuso de ferro. Isso ocorre porque a corrente elétrica flui entre o ferro e o aço inoxidável, resultando na corrosão acelerada. O próximo Capítulo fornece uma descrição detalhada dos efeitos elétricos na corrosão.

Inox Plástico

Ferro Elétron

1-2

CAPÍTULO 1 - CORROSÃO E CORROSÃO ELÉTRICA DEFINIÇÃO DE CORROSÃO DEFINIÇÃO DE CORROSÃO

Corrosão Eletricamente

Corrosão elétrica

Oxidação preta Ferrugem Zinabre

Corrosão indica os fenômenos nos quais não somente os metais, mas também outras matérias, são química e eletricamente transformados, tornando-se quebradiços, e assim por diante. Estes fenômenos incluem a ferrugem no ferro e a erosão que se forma nos hélices dos motores de popa.

Fisicamente

Quimicamente

Erosão

etc.

DEFINIÇÃO DE CORROSÃO ELÉTRICA Água do mar

Corrosão elétrica, uma das formas de corrosão, se refere ao fenômeno que é causado pela migração de elétrons. A corrosão elétrica de um metal, cujo mecanismo é explicado em detalhe no próximo Capítulo, é encontrada facilmente no mundo náutico devido ao contato constante com a água do mar, que contém muito eletrólito.

Eixo do hélice de aço inoxidável

Hélice de alumínio

CORROSÃO RELACIONADA AO AMBIENTE MARINHO CORROSÃO EM NAVIOS Um barco consiste de metais de diversos materiais, os quais são utilizados em ambientes complexos. Para evitar a corrosão, estes materiais são escolhidos cuidadosamente e passam por uma variedade de tratamentos físicos e químicos, mas é impossível eliminar completamente as variedades de corrosão.

1-3

CAPÍTULO 1 - CORROSÃO E CORROSÃO ELÉTRICA

CORROSÃO EM MOTORES DE POPA Da mesma maneira que um barco, o motor de popa também é composto de diversos metais. Mas ele também é intensamente afetado pela temperatura e pressão e, assim, desenvolve tipos de corrosão diferentes daqueles que ocorrem no barco.

1-4

CAPÍTULO 1 - CORROSÃO E CORROSÃO ELÉTRICA

1-5

CAPÍTULO 1 - CORROSÃO E CORROSÃO ELÉTRICA 1) CORROSÃO MECÂNICA A superfície da pá do hélice pode falhar por causa do impacto da explosão devido à mudança de pressão ou à implosão das bolhas causada pela cavitação. Este fenômeno é chamado de “erosão”, a qual constitui outro tipo de corrosão.

Formação de bolhas Compressão de bolhas

Explosão de bolhas

Superfície do hélice marcada pela erosão

Superfície de hélice marcada por erosão

Superfície de hélice marcada por erosão

PERDAS DEVIDO À CORROSÃO À medida que a corrosão se alastra, o metal muda sua propriedade, tornando-se quebradiço, o que facilita seu rompimento. Tais perdas físicas são universais. Assim, é importante entender muito bem as propriedades da corrosão e tentar impedir que ocorram perdas econômicas.

1-6

CAPÍTULO 2 - MECANISMO DA CORROSÃO ELÉTRICA INTRODUÇÃO O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 2 Este Capítulo descreve o mecanismo da corrosão elétrica. Aprenderemos em detalhe a respeito dos meios pelos quais a corrosão elétrica ocorre e o que acontece ao metal durante o processo de corrosão.

FENÔMENOS OBSERVADOS EM MAIS DE UM METAL CONEXÃO DE DOIS METAIS EM ÁGUA DO MAR Se duas chapas de metais diferentes (cobre e zinco) forem colocadas em água do mar e conectadas uma à outra por um fio, uma corrente elétrica fluirá a partir de uma (zinco) para a outra (cobre), e começarão a surgir bolhas a partir da chapa de cobre. Durante este processo, os elétrons do zinco positivo que migraram para o cobre se associam com os íons de hidrogênio na água do mar e geram bolhas de gás hidrogênio. Por outro lado, este processo consome o zinco de acordo com a quantidade de elétrons do zinco que migraram para o cobre.

Mergulhe chapas de metais diferentes em água do mar.

Se os metais imersos forem conectados com um fio, uma corrente elétrica fluirá através do fio.

2-1

CAPÍTULO 2 - MECANISMO DA CORROSÃO ELÉTRICA CÉLULA VOLTAICA A célula voltaica utiliza o fenômeno no qual a imersão de dois metais diferentes em um eletrólito faz com que os elétrons migrem de um metal para o outro, dessa maneira gerando uma corrente elétrica.

Eletrólito

Eletrólito Uma bacia é preenchida apenas com eletrólito. Os íons de hidrogênio e os íons de ácido sulfúrico se misturam.

Mergulhe as chapas de cobre e zinco no eletrólito.

Eletrólito

Eletrólito

Os íons positivos se libertam da chapa de zinco.

Conecte ambas as chapas com um fio elétrico (e lâmpada). Eletrólito

Os íons negativos da chapa de zinco começam a fluir, fazendo com que a lâmpada se acenda.

Os íons de hidrogênio atingem a chapa de cobre ao mesmo tempo.

2-2

CAPÍTULO 2 - MECANISMO DA CORROSÃO ELÉTRICA

Eletrólito

Os elétrons negativos da chapa de cobre e os íons de hidrogênio se unem e se transformam em moléculas de hidrogênio, e flutuam na forma de uma bolha.

EXPLICAÇÃO QUÍMICA Será fornecida uma explicação em relação a cada eletrodo sobre o que realmente aconteceu no experimento no qual dois metais diferentes foram conectados um ao outro.

Eletrólito

Reação catódica

Reação anódica

1) REAÇÃO ANÓDICA Reação anódica se refere à ação de retirada de elétrons do metal. Ação anódica em processo significa que elétrons estão sendo retirados do metal e que o metal envolvido está sendo erodido e dissolvido rapidamente.

Os íons positivos são retirados da chapa de zinco.

Os elétrons negativos fluem para a chapa de cobre.

A chapa de zinco começa a ser erodida e dissolvida.

2) REAÇÃO CATÓDICA Reação catódica é a ação de íons de hidrogênio no eletrólito recebendo elétrons do outro metal e se associando com eles, e assim produzindo gás hidrogênio. As ações anódicas e catódicas sempre ocorrem em pares.

Os elétrons fluem do zinco para a chapa de cobre.

Os elétrons se associam com os íons de hidrogênio no eletrólito, gerando bolhas de gás hidrogênio.

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CAPÍTULO 2 - MECANISMO DA CORROSÃO ELÉTRICA DIFERENÇA DE POTENCIAL ENTRE METAIS Os elétrons migram de um metal para o outro na solução por causa da diferença de potencial entre os metais. Por exemplo, se chapas de cobre e de zinco forem conectadas uma à outra, o cobre com um valor de potencial espontâneo mais elevado constitui a polaridade positiva, enquanto o zinco, com um valor menos elevado, representa a polaridade negativa, fazendo com que os elétrons migrem do zinco para o cobre.

Metal precioso Platina Ouro Açoinoxidável( 18Cr-8Ni-3Mo) Bronze (cobre e (Sn6~10%))

Cobre Latão (cobre e zinco) Aço inoxidável (13Cr) Estanho Chumbo Aço e ferro fundido Alumínio Zinco Magnésio

Metal de base Autopotencial

1) FATORES DE POTENCIAIS Algumas estruturas atômicas metálicas tendem a ser carregadas positivamente, enquanto outras tendem a ser carregadas negativamente, dependendo de suas estruturas. Os elétrons livres (negativos) saltam facilmente do metal com forte tendência a se tornar eletropositivo, enquanto o metal com forte tendência a se tornar eletronegativo incorpora facilmente os elétrons livres.

Substância que tende a ser negativa

Núcleo +29

Elétron Próton

Substância que tende a ser positiva

Elétron livre

Núcleo +30 Elétron livre

Elétron Próton

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CAPÍTULO 2 - MECANISMO DA CORROSÃO ELÉTRICA FENÔMENOS EM UM ÚNICO METAL COLOCAÇÃO DE UM ÚNICO METAL NA ÁGUA Se um metal for imerso em um eletrólito condutor de eletricidade como a água do mar, a corrosão se alastrará por si mesma. Examinado rapidamente, todo o metal parece estar corroído, mas na realidade ocorre uma reação simultânea entre um anodo e um catodo por uma extensão muito pequena. Mergulhe um metal (zinco) em um eletrólito condutor de eletricidade (p.ex. ácido sulfúrico).

Mergulhe um metal (zinco) em um eletrólito condutor de eletricidade (p.ex. ácido sulfúrico).

As reações entre anodo e catodo ocorrem simultaneamente, fazendo com que o gás hidrogênio forme bolhas.

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CAPÍTULO 2 - MECANISMO DA CORROSÃO ELÉTRICA MANIPULAÇÃO ARTIFICIAL CORROSÃO ACELERADA Se uma corrente elétrica fluir entre dois metais diferentes quando eles estão imersos e conectados em um eletrólito, o que acontecerá se uma corrente com a mesma direção for aplicada a estes metais conectados? O resultado é que a corrosão será acelerada no metal com a polaridade negativa.

Quando cobre e zinco são conectados com um fio, as bolhas se formam a partir do cobre.

Se uma pilha for instalada entre o cobre e o zinco com a polaridade na mesma direção, as bolhas se formarão mais rapidamente.

PREVENÇÃO DA CORROSÃO POR ELETRICIDADE Agora, deixe a corrente elétrica fluir na direção oposta. Isso irá desacelerar a corrosão porque impede que os elétrons migrem a partir do pólo negativo.

Quando cobre e zinco são conectados com um fio, bolhas se formam a partir do cobre.

Se uma pilha for conectada entre o cobre e o zinco na direção oposta, as bolhas se formarão mais lentamente.

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CAPÍTULO 2 - MECANISMO DA CORROSÃO ELÉTRICA USO DA DIFERENÇA DE POTENCIAL PARA PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO Desta vez, um par de chapas de alumínio e inox e um par de chapas de alumínio e zinco, conectados individualmente um ao outro, são imersos em um eletrólito. O resultado é que o alumínio conectado ao inox é corroído, enquanto o alumínio conectado ao zinco permanece imune à corrosão, sendo o zinco corroído em seu lugar. Isto demonstra um experimento no qual se utiliza a diferença de potencial (= vulnerabilidade à corrosão) entre dois metais diferentes. Assim, isto significa que, a fim de proteger um metal particular contra a corrosão, é melhor conectá-lo a outro metal mais suscetível à corrosão.

Conecte um fio entre o alumínio e o inox.

INOX

O alumínio atua como o pólo negativo e o inox como o pólo positivo, com a resultante corrosão no alumínio.

Conecte um fio elétrico para o par de alumínio e zinco.

INOX

O alumínio funciona como o pólo positivo e o zinco como o pólo negativo, com a resultante corrosão no zinco.

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CAPÍTULO 2 - MECANISMO DA CORROSÃO ELÉTRICA PRINCIPAIS CAUSAS DA ACELERAÇÃO DA CORROSÃO Pode ocorrer que as mesmas peças do mesmo barco sejam corroídas em um grau diferente, dependendo de onde elas estejam localizadas. Esta diferença no grau de corrosão depende das diferenças no ambiente que circunda estas peças, e não das próprias peças. Estas diferenças ambientais envolvem a diferença entre água do mar e água doce, diferença na intensidade de alcalinidade ou acidez da água que flui ou não, diferenças de temperatura da água, e muitos outros fatores.

Ambiente (causas externas) Temperatura

Material Fácil oxidação

Difícil oxidação

Oxigênio dissolvido

pH

Vazão

CAUSAS DEVIDAS AO MATERIAL METÁLICO Alguns metais originalmente se combinam facilmente com o oxigênio enquanto outros, como os metais nobres, não o fazem em seu estado natural. Alguns outros metais até mesmo aumentam sua resistência à corrosão quando são combinados com substâncias diferentes. A corrosão se acelera em uma superfície metálica áspera porque a película protetora da superfície é facilmente rompida.

Propriedades do próprio metal

Mudanças artificiais feitas nas propriedades

Estado da superfície

Metais nobres de difícil oxidação

Aço inoxidável com alta resistência à oxidação.

Falhas ou fissuras  na superfície tendem a desenvolver oxidação facilmente.

CAUSAS EXTERNAS

pH

Vazão

Temperatura

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CAPÍTULO 2 - MECANISMO DA CORROSÃO ELÉTRICA 1) pH A corrosão progride para um grau diferente de acordo com as propriedades da solução com a qual o metal está em contato. A alcalinidade ou acidez (pH) em estado líquido está entre tais propriedades.

Grau de corrosão O grau de corrosão é grande tanto em uma condição ácida como alcalina. O grau de corrosão é maior na condição ácida.

pH Neutralidade

Ácido

Alcalino

2) Vazão Os íons dissolvidos na água estão limitados a uma determinada quantidade. Mais corrente elétrica fluirá se a reação for forçada por um fluxo de água, etc.

Grau de corrosão

B1

C1 B

C

A

Vazão

3) Temperatura A corrosão avança com o aumento da temperatura.

Grau de corrosão Água aberta para a atmosfera Água em galeria de água vedada

Temperatura

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CAPÍTULO 3 - MEIOS PARA CONTROLE DA CORROSÃO INTRODUÇÃO O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 3 Aprenderemos a respeito de diversos meios de proteção contra a corrosão. Por exemplo, o que causa a corrosão em um único metal são o oxigênio e a água. E as causas para a corrosão em dois metais diferentes incluem: 1) Eletrólito 2) Dois tipos diferentes de metais 3) Condução elétrica entre os metais A corrosão pode ser controlada eliminando-se uma destas causas.

RECOBRIMENTO DA SUPERFÍCIE PINTURA A maneira mais popular de se evitar a corrosão consiste em recobrir a superfície metálica para interromper o fornecimento de oxigênio. Alguns tipos de tintas possuem partículas de zinco incluídas para proporcionar maiores propriedades anticorrosivas e adesão.

GALVANIZAÇÃO A galvanização consiste em recobrir um metal com uma película fina de outro metal diferente. Suas finalidades incluem o embelezamento e a proteção anticorrosão da superfície metálica. A corrosão pode ser evitada por meio do uso de um metal altamente anticorrosivo para a galvanização. Entretanto, a ação galvânica pode causar corrosão no metal de base de uma peça que esteja exposta a um ambiente eletricamente corrosivo. Para peças que sejam utilizadas em um ambiente que contribua para a corrosão elétrica, é importante galvanizá-las com um metal que possua uma polaridade negativa em relação ao metal de base.

3-1

CAPÍTULO 3 - MEIOS PARA CONTROLE DA CORROSÃO PROTEÇÃO ELÉTRICA CONTRA A CORROSÃO MÉTODO DA CORRENTE IMPOSTA A corrosão é um mecanismo pelo qual as propriedades de um metal se transformam como resultado da passagem do fluxo de uma corrente elétrica. Conforme explicado no Capítulo 2 na seção “Prevenção da corrosão por eletricidade”, a corrosão no metal pode ser retardada forçando-se uma corrente elétrica a fluir em sentido oposto ao qual fluiria normalmente entre os dois metais. Este efeito é utilizado para proteção anticorrosiva em um metal e é referido como um método com utilização de fonte de energia externa.

Conecte uma pilha aos metais com o pólo negativo ligado ao cobre (Cu) e o pólo positivo ao zinco (Zn).

Os elétrons que fluem do zinco (Zn) para o cobre (Cu) são obstruídos pelos elétrons provenientes da pilha.

MÉTODO DO ANODO DE SACRIFÍCIO O método do anodo de sacrifício é um meio de se utilizar a diferença de potencial entre os dois metais e não uma fonte de energia externa para a proteção contra corrosão. Conforme explicado no Capítulo 2 na seção “Uso da diferença de potencial para proteção contra corrosão”, o metal-alvo é colocado em contato com outro metal mais vulnerável à corrosão, dessa maneira fazendo com que o alvo atue como o pólo positivo. O metal que atua como o pólo positivo não perde elétrons e, assim, a corrosão não se alastra. Mas se o metal sacrificado como pólo negativo for completamente dissolvido, perderá a eficácia para a proteção do metal-alvo contra a corrosão. Dessa maneira, é importante substituir o metal de sacrifício antes que se dissolva inteiramente.

Utilizando um fio condutor, conecte o metal-alvo (Al) a outro metal (Zn) mais vulnerável à corrosão.

O metal-alvo (Al) atua como o pólo positivo, protegido dessa maneira contra a corrosão.

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CAPÍTULO 3 - MEIOS PARA CONTROLE DA CORROSÃO MATERIAIS RESISTENTES À CORROSÃO AÇO INOXIDÁVEL O aço inoxidável é uma liga de ferro, cromo, níquel e outros. Ele apresenta uma resistência muito forte à corrosão porque forma prontamente uma película passiva, um tipo de óxido sobre sua superfície. No entanto, é necessário observar que, no caso deste aço inoxidável ser danificado em sua superfície, a corrosão se alastrará mais rápido do que a formação da película, com a oxidação resultante se desenvolvendo no aço. Além disso, o aço inoxidável é corroído em contato com o ferro porque o ferro atua como o pólo negativo.

Película passiva

Aço inoxidável

ALUMÍNIO O alumínio também possui a propriedade de formar uma película de óxido sobre a superfície e o alumínio puro possui excelente resistência à corrosão. Entretanto, uma película de óxido muito fina (20 angstrom) é corroída, dependendo do ambiente ao qual é exposta. Para superar tal problema, a superfície é tratada com um revestimento de oxidação anódica. Além disso, como o alumínio é um metal muito macio, ele é misturado com cobre ou magnésio para formar uma liga chamada duralumínio, a qual apresenta maior resistência mecânica que o alumínio.

COBRE E LIGAS DE COBRE O cobre é conhecido como um metal de muita resistência mecânica desde a Antiguidade. Entretanto, a presença de oxigênio suficiente contribui para a aceleração da corrosão no cobre. Por outro lado, se ele for mantido em uma condição estável com a oxidação recobrindo a superfície, a corrosão irá desacelerar com a própria camada oxidada constituindo um instrumento para a proteção contra a corrosão posterior. O cobre também é utilizado em diversas ligas com estanho (bronze), zinco (latão) e muitos outros metais.

Cobre Latão

Bronze

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CAPÍTULO 4 - PROTEÇÃO DO BARCO E MOTOR DE POPA CONTRA CORROSÃO INTRODUÇÃO O QUE APRENDEMOS NO CAPÍTULO 4 Neste Capítulo aprenderemos a respeito das maneiras de se proteger o barco e o motor de popa contra a corrosão.

PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM BARCOS ANODO O anodo é uma peça instalada para proteger o hélice roscado e o metal no fundo do barco contra a corrosão. Normalmente, o zinco é utilizado para este anodo. O zinco atua como o pólo negativo pelo método do anodo de sacrifício e protege o hélice e o eixo contra a corrosão.

Após

PROTEÇÃO DO MOTOR DE POPA CONTRA CORROSÃO INSTALAÇÃO DE ANODO O anodo no motor de popa executa a mesma função que no barco. O zinco é eletricamente unido ao metal-alvo e consumido em sacrifício para a proteção contra a corrosão. No motor de popa, o motor é resfriado pela água do mar; assim, o anodo é instalado não somente no hélice, mas também ao redor do motor e na galeria de água de refrigeração.

Antes da corrosão elétrica

Após corrosão elétrica

4-1

CAPÍTULO 4 - PROTEÇÃO DO BARCO E MOTOR DE POPA CONTRA CORROSÃO PINTURA PROTETORA CONTRA CORROSÃO Muitos dos procedimentos de pintura aplicados nos motores de popa Yamaha passam por quatro processos. 1) Recobrimento protetor contra corrosão do material de base de alumínio. 2) Pintura anticorrosiva (tratamento primário). 3) Pintura de acabamento. 4) Envernizamento. Estes quatro processos intensificam os efeitos anticorrosão sobre o metal de base.

Pintura de acabamento Envernizamento

Pintura anticorrosiva (tratamento primário) Desengraxe da superfície metálica Recobrimento protetor contra corrosão

ANODO DA GALERIA DE REFRIGERAÇÃO Para a refrigeração de um motor de popa, a água do mar ou doce é admitida do exterior para refrigerar o motor e, em seguida, é descarregada. A galeria de água de refrigeração é construída de alumínio ou aço inoxidável, de modo que um anodo é instalado no interior da galeria. Se houver qualquer água do mar, etc. remanescente no interior do motor quando ele estiver desligado, este anodo tenderá a acelerar a corrosão na parede da galeria. Assim, depois que o motor for operado, assegure-se lavar a galeria de refrigeração com água doce de modo a não permitir que o eletrólito (água salgada) permaneça em seu interior. Além disso, verifique periodicamente o anodo na galeria de água de refrigeração quanto à redução excessiva de tamanho e substitua-o conforme necessário.

Anodo

Bomba de água Saída do escape

Entrada de água Água admitida Água descarregada

LIMPEZA DA GALERIA DE ÁGUA A maioria dos motores de popa Yamaha é equipada com um dispositivo de lavagem interna capaz de limpar a galeria de água de refrigeração com uma mangueira de água de torneira conectada. Mangueira de água de torneira

União da mangueira de alimentação de água

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YAMAHA MOTOR DO BRASIL LTDA.

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