XAPANÃ

December 16, 2018 | Author: Denise Deviller | Category: Religion And Belief, Foods, Plants, Nature
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XAPANÃ/SAKPATA/NSUMBO XAPANÃ/SAKPATA/NSUMBO - PARTE lV - SAKPATA SIMBOLOS SAKPATÁ

Direito da foto Samuel Abrantes As cores de contas e roupas usadas por esses Voduns podem variar de acordo com o gosto de cada um. Todos usam roupas feitas de palha da costa sendo umas mais curtas e outras mais compridas. Sakpatá usa todas as cores e o estampado, sempre com a presença das cores escuras.

Símbolo fortemente ligado a Sakpatá, a palha da costa é a fibra da ráfia, obtida de palmas novas, extraídas de uma palmeira cujo nome científico é Raphia vinifera. No Brasil, recebe o nome de Jupati. A palmeira é considerada a "esteira da Terra". A palha da costa, tendo sua origem na palmeira, ganha o simbolismo universal de ascensão, de regenerescência e da certeza da imortalidade da alma e da ressurreição dos mortos. Um símbolo da alma. Além de proteger a vulnerabilidade do iniciado, sua utilização também é reservada aos deuses ancestrais, numa reafirmação de sua ancestralidade, eternização e transcendência.

Os Sakpatás podem trazer nas mãos o xaxará, ou o bastão, a lança, o illewo ou ainda, uma pequena espada. A maioria deles gostam de manter o rosto coberto pela palha da costa, outros gostam de mostrar o rosto. (Direito da foto Samuel Abrantes)

O búzio, simboliza a origem da manifestação, o que é confirmado pela sua relação com as águas e seu desenvolvimento desenvolvimento espiralóide a partir de um ponto central. Simboliza as grandes viagens, as grandes evoluções, interiores e exteriores. Todos gostam muito de usar búzios e chaorôs (guizos). É associado as divindades ctonianas, deuses do interior da terra. Por extensão, o búzio simboliza o mundo subterrâneo e suas divindades.

O chaorô (guizo), tem simbologia aproximada a do sino, sobretudo pela  percepção do som. Simboliza o ouvido ouvido e aquilo que que o ouvido percebe, percebe, o som, que é reflexo da vibração vibração  primordial. A repercussão repercussão do chaorô é o som sutil da revelação, revelação, a repercussão repercussão do Poder Poder divino na existência. Muitas vezes têm por objetivo fazer perceber o som das leis a serem cumpridas. Universalmente, tem um poder de exorcismo e de purificação, afasta as influências malignas ou, pelo menos, adverte da sua aproximação. Sem dúvida, simboliza o apelo divino ao estudo da lei, a obediência à  palavra divina, sempre sempre uma comunicação comunicação entre o céu céu e a terra, tendo também também o poder de entrar entrar em relação com o mundo subterrâneo.

Os Sakpatás podem trazer nas mãos o xaxará, ou o bastão, a lança, o illewo ou ainda, uma pequena espada. A maioria deles gostam de manter o rosto coberto pela palha da costa, outros gostam de mostrar o rosto. (Direito da foto Samuel Abrantes)

O búzio, simboliza a origem da manifestação, o que é confirmado pela sua relação com as águas e seu desenvolvimento desenvolvimento espiralóide a partir de um ponto central. Simboliza as grandes viagens, as grandes evoluções, interiores e exteriores. Todos gostam muito de usar búzios e chaorôs (guizos). É associado as divindades ctonianas, deuses do interior da terra. Por extensão, o búzio simboliza o mundo subterrâneo e suas divindades.

O chaorô (guizo), tem simbologia aproximada a do sino, sobretudo pela  percepção do som. Simboliza o ouvido ouvido e aquilo que que o ouvido percebe, percebe, o som, que é reflexo da vibração vibração  primordial. A repercussão repercussão do chaorô é o som sutil da revelação, revelação, a repercussão repercussão do Poder Poder divino na existência. Muitas vezes têm por objetivo fazer perceber o som das leis a serem cumpridas. Universalmente, tem um poder de exorcismo e de purificação, afasta as influências malignas ou, pelo menos, adverte da sua aproximação. Sem dúvida, simboliza o apelo divino ao estudo da lei, a obediência à  palavra divina, sempre sempre uma comunicação comunicação entre o céu céu e a terra, tendo também também o poder de entrar entrar em relação com o mundo subterrâneo.

O lakidibá, fio de conta de Sakpatá, é feito do chifre do búfalo. Tem o sentido de eminência, de elevação, símbolo de poder, um emblema divino. Ele evoca o prestígio da força vital, da criação periódica, da vida inesgotável, da fecundidade. Devemos lembrar que chifre, em hebraico "querem", quer dizer, ao mesmo tempo, chifre,  poder e força. O lakidibá lakidibá não sugere sugere apenas a potência, potência, é a própria própria imagem do poder que que Sakpatá tem sobre sobre a vida e a morte. Na conjunção do lakidibá e do deus Sakpatá, descobrimos um processo de anexação da  potência, da exaltação, exaltação, da força, das quatro direções direções do espaço, espaço, da ambivalência. ambivalência. Encontramos o lakidibá lakidibá em duas cores: preto e branco. Ele também contém a bondade, a calma, a força, a capacidade de trabalho e de sacrifício pacífica do chifre do búfalo, de onde origina-se. Rústico, pesado e selvagem, o búfalo é também considerado divindade da morte, um significado de ordem espiritual, um animal sagrado. Na África, o búfalo (assim como o boi), é considerado um animal sagrado, oferecido em sacrifício, ligado a todos os ritos de lavoura e fecundação da terra. O lakidibá é entregue ao adepto somente na obrigação de sete anos.

Presença certa em tudo ligado a Sakpatá, o duburu (pipoca) representaria as doenças de pele eruptivas, cujo aspecto lembra os grãos se abrindo. Jogar o duburu assumi o valor e o aspecto de uma oferenda, destreza e resistência. O ato de jogar se mostra sempre , de modo consciente ou inconsciente, como uma das formas de diálogo do homem com o invisível. Tem por alvo firmar uma atmosfera sagrada e restabelecer a ordem habitual das coisas, é fundamentalmente um símbolo de luta, contra a morte, contra os elementos hostis, contra si mesmo. Os narrunos (sacrifícios) para esses Voduns devem sempre sempre ser feitos com o sol forte e cada um deles especifica o que querem comer. Isso quer dizer que, não existe uma única maneira de agradá-los. Eles não gostam de barulho de fogos de artifícios. Uma vez por ano, os Kwes fazem um banquete para as Divindades do Panteão de Sakpatá, onde devemos comer, dançar e cantar junto com os Voduns. Os demais Voduns do  panteão da terra, terra, sempre são convidados convidados a compartilhar compartilhar desse banquete. banquete. Os jejes acreditam acreditam que, com essa essa cerimônia oferecida a essas divindades, todas as doenças são despachadas do caminho do Kwe e de seus filhos. Esse banquete é colocado dentro do peji ou do quarto onde mora Sakpatá e os demais Voduns de seu  panteão. Toda a comunidade vêm saudar o Deus Deus da varíola e seus seus descendentes, descendentes, comer e dançar dançar junto com eles e, ali mesmo, é servido o banquete para todos os presentes. Após essa cerimônia, Sakpatá e os demais Voduns, vestem suas roupas de festa e vão para a Sala (barracão) comemorarem seu grande dia, junto com a comunidade que os aguardam. Quando entram na Sala, todos gritam louvores à eles, dançam e cantam, louvando o Deus da varíola, que traz a cura de todas as doenças.

Suas danças e cânticos lembram sempre os doentes, as doenças e a cura das mesmas. Algumas falam das lutas que esses Voduns enfrentaram com a rejeição das comunidades com sua presença e outras falam das vitórias que tiveram sobre todas as comunidades que a eles vieram pedir ajuda. Os Sakpatás trabalham muito e têm um interessantíssimo papel nas feituras de Voduns. Do início ao fim de uma ahama (barco de yaô), eles atuam com rigidez e vigor, mantendo o bom andamento, principalmente dos  bons costumes morais e, cobram "feio" caso alguém cometa alguma falha. Eles são, na verdade, as testemunhas de uma feitura. Após a feitura, se um filho negar alguma coisa que tenha sido feita, eles são os  primeiros a cobrarem desse vodunci a mentira que ele está dizendo, assim como também cobram a quebra de segredos. Todas as folhas refrescantes para ferimentos, pertencem a esses Voduns. Vale alertar que existem Orixás e Inkices também ligados a cura e doenças porém, não são os mesmos deuses que os Voduns da família Dambirá, da nação Jeje. Muitas confusões são feitas e, encontramos várias  bibliografias relatando origens, especificações e costumes que nada têm a ver com o Vodum Sakpatá FRUTAS DOS ORIXÁS/VODUNS/MIKISI

IANSÃ/OYA Manga rosa, uvas, pêra, maçã, mamão,morango, melão, laranja, banana, figo, ameixas, romã, grosselha,  pêssego, pitanga, framboesa, cajá, caqui, *jenipapo e *tamarindo - *(Oya Igbale).  No Batuque-RS manga, maçã, pitanga. OGUM manga, ameixas, amoras, abacate, *caju (Ogum Xoroque), cajá manga, jenipapo, laranja .  No Batuque-RS laranja, marmelo e cana. LOGUM todas da natureza, de preferência melão, pêra, maça, uva, mamão XANGO Todas da natureza, de preferencia nas cores da terra, ou avermelhadas.  No Batuque-RS  banana, pêssego, ameixa branca e maçã OXUM

melão, mamão, pêra, uva, morango, banana da terra, banana ouro, laranja Bahia, maracujá, damasco,goiaba.  No Batuque-RS maçã, bergamota, Pêssego, mamão. Djeje - banana ouro, a melancia e o caja manga OBÁ maça, melancia, morango, abóbora moranga, banana da terra, framboesa, manga rosa.  No Batuque-RS abacaxi e romã YEWA  banana da terra, banana de são Tomé, uva, ameixa, morango, pêssegos, abacaxi, zimbro, amendoa  NANÃ melancia, jaca, maça, pêra, banana, melão, abiu roxo, uva. YEMANJA melão, mamão, manga, banana, mexerica, uvas de todas as espécies, abacaxi, laranja, banana prata, carambola, melancia, coco.  No Batuque-RS melancia e coco OXALÁ qualquer espécie da natureza, desde que tenham as cascas claras. Gosta também de coco, sem a casca e fruta-pão  No Batuque-RS Uva branca, pêra, bergamota, mamão e coco. IBEJI de todas as espécies OXUMARE todas da natureza, mas tem preferencia por frutas nas cores amareladas ou esverdeadas, como mamão, melão, laranja uvas verdes, ingá. BESSEN frutas como banana da terra e acerola OSSAIM Todas da natureza. Tamarindo, mamão, goiaba, guaraná  No Batuque-RS  pitanga, abacate, figo. OXOSSI todas da natureza. Tamarindo, mamão,guarana, banana, coco,goiaba  No Batuque-RS ODE OTIM uva preta, maçã, butiá e araçá EXU  pôr ser o senhor de todos os caminhos e responsável pelo equilibrio no mundo, pode ser agraciado com todas as espécies de frutas, mas as favoritas dele são: limão, descascado e cortado em cruz, cana, descascada e cortada em rodelas, gabiroba, jaca, manga, goiaba vermelha, jabuticaba, maça, groselha, figo,ameixa  No Batuque-RS BARA manga, ameixa vermelha, butiá, maracujá, cana-de-açúcar, laranja azeda ,laranja de umbigo ,butiá , alfarroba, cola toronja (pomelo),amora.

OBALUAYE todas da natureza, por ser ele um dos orixás da terra, mas da preferencia para banana de qualquer espécie, manga, mamão, caju, sapoti, jaca, jabuticaba, graviola, avelã, ameixa.  No Batuque-RS XAPANÂ uva preta, amendoim e café EGUM E ANTEPASSADOS Graviola, tamarindo, amora do mato FRUTAS UTILIZADAS NA UMBANDA-RS Oxalá- Uva verde, pêra, maçã, damasco, melão, figo. polpa de coco, pêssego branco, nozes, castanhas e amêndoas Senhoras: Todas as frutas cítricas: Limão, tangerina, laranja, sapoti, nêspera, mangaba, jenipapo Iemanjá- Melância, melão,sapoti, nêspera, mangaba, jenipapo, uvas brancas, uva Juliana, pêra. Iansã – maçã vermelha, tangerina, laranja-bahia, uva rosa, pitanga, cereja. Oxum – pêssego amarelo, maçã verde, melão gaucho amarelo, damasco, nêspera, ponkan Cosme e Damião- Goiaba, pitanga, groselha, cereja, jabuticaba, grumixama,amora Oxossí- Coco, cana-de-açucar,abacaxi, laranja, limão,camboatá, caju, acerola,sapucaia, cacau,mangaba,  butiá, nêspera (ameixa branca), frutinhas de mato (abiu, bacaba, bacuri, murici, pequi, etc). Ogum- Banana, ameixa, uva rosê, maçã, graviola, abacate,pitomba, ciriguela, lima da pérsia, marmelo Obaluaye- Jaca, cajá, carambola, fruta-pão, morango, amora, mamão, romã, maracujá, uva preta, jabuticaba, figo preto, cereja preta. Xangô- Marmelo, melão, caqui, fruta-de-conde, maracujá, manga,mamão,melancia,abiu,abricó, morango,cacau, goiaba Exu- Pitanga. Banana d’água. amora, manga, laranja azeda, caju, jaca, pomelo. Pomba-Gira- Figo Almas: Jaca, abacaxi, cajá - manga, manga, carambola, fruta-pão, morango

OBS.: Esta relação de frutas pode variar de acordo com cada região e axé. CLIQUE NO PLAY DO VIDEO PARA VER AS FOTOS DAS FRUTAS Postado por Hunso Sueli de Vodun Abe às 22:18 6 comentários: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Orkut Marcadores: COMIDA DE SANTO SEXTA-FEIRA, 1 DE JULHO DE 2011 COMIDA RITUAL - PARTE IV

Ipeté, é um dos pratos da culinária baiana e como o acarajé também faz parte da comida ritual do candomblé, oferecida especialmente ao orixa Oxun. Inhame, azeite de dendê, cebola raladas, camarão sêco e defumado, gengibre ralado, camarões frescos inteiros e cozidos para enfeitar e sal. Também oferecido ao Orixá Oxaguian, substituindo o dendê por azeite doce na festa do Pilão. Preparo: Tirar a casca do inhame e cortar em pedaços pequenos, cozinhar ao ponto de amassar com um garfo, colocar  os temperos e um pouquinho de sal e bater com uma colher de pau até ficar no ponto de um purê. Colocar  em uma tigela e enfeitar com os camarões inteiros.

Lelê iguaria africana, doce feito com quirela de milho vermelho, coco ralado, açúcar e leite de coco. Oferecido aos Orixás Oba e Ewa e Ode. Em uma panela coloque água e o pacote do milho quebradinho chamado de xerem, deixe de molho num periodo de meia hora. Escorra a água e coloque outra, (uma quantidade que cubra todo o milho) com o cravo, a canela em pau, açúcar, sal e leve ao fogo ate virar um mingau durinho, quando já estiver durinho, acrescente o leite do coco.

Mungunzá, mugunzá, ou mucunzá como é chamado pelo povo do santo é o nome da comida ritual votiva,  pertinente aos orixás oxalá, oxaguian, oxalufan e o ikise lembarenganga, tanto no candomblé como na umbanda. (De mucunzá, do quimb. mu’kunza, ‘milho cozido’) “Dicionário Aurélio”. Alimento ritual feita de grãos de milho branco, cozidos em água sem sal e com açúcar, algumas vezes com leite de coco e de gado, com pequena quantidade de “água de flor de laranjeira”, servido aos adeptos com  bastante caldo e aos orixás bem compactada em forma de ebô.

Aluá

Bebida refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxi fermentados com açúcar ou rapadura, usada tradicionalmente como oferenda aos orixás nas festas populares de origem africana. Postado por Hunso Sueli de Vodun Abe às 19:37 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Orkut Marcadores: COMIDA DE SANTO SEGUNDA-FEIRA, 27 DE JUNHO DE 2011 COMIDA RITUAL - PARTE III Farofa ou mi-ami-ami é um nome comum a vários tipos de comidas rituais votivas, feita de uma mistura, que tem como base farinha de mandioca, “farinha de pau ou farinha de guerra”. Esta comida ritual sagrada, também é um alimento ritual e muito apreciada pela maioria do povo do santo da cultura Nago-Vodum. Tipos de Farofas

Farofa-de-dendê, farofa amarela, farofa vermelha, farofa de azeite ou farofa de bambá são nomes comumente chamado pelo povo do santo em sua variada apresentação a depender do ritual que esteja acontecendo. Normalmente é chamada de farofa de dendê a farofa servida aos adeptos e participantes do candomblé, feita com farinha, azeite de dendê, camarão seco, cebola e sal, vista sempre no ritual do olubajé. Os outros tipos são denominações para rituais pertinentes a limpeza de corpo, padê de exu, sasanha, afexu, axexê etc. Também oferecido para alguns orixas e preparadas só com azeite de dendê e sal.

Farofa branca, farofa de agua ou farofa de egum, são farofas preparadas só com água e sal. Determinados orixas funfuns apreciam esta iguaria e algus preferem sem sal.

Farofa de mel ou mi-ami-ami owin é uma farofa preparada com farinha e mel de abelha, muito utilizada nos rituais de erê, ibeji, osain e oxun, comumente visto nos carurus dos santos gêmeos e devoção a São Cosme e São Damião, Crispim e Crispiniano. Farofa de cachaça ou mi-ami-ami otin é uma farofa preparada com farinha e cachaça, muito utilizada nos rituais de exu, padê e limpeza de corpo. O povo do santo também chamam de farofa de cachaça toda farofa feita com aguardentes, vinhos ou qualquer bebida alcoólica.

Furá, bolinhos, ou bola de: arroz, inhame, farinha de mandioca, farinha de milho… etc. é o nome da comida ritual votiva, pertinente á vários rituais e orixas da cultura afro brasileira denominado de candomblé. Este alimento ritual é muito comum nos rituais de limpeza de corpo, bori, assentamento de cabeça, axexê, apanan, feitura de santo, sasanha etc.

Tipos Bolas de arroz. O Arroz é cozido na água sem sal, até ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau até soltar da panela, em seguida formar os bolos de forma arredondada com as mãos. Esta comida ritual é  para os orixás funfuns e rituais de bori, assentamento de cabeça.

Bolas de farinha. Em um alguidá coloca-se a farinha, depois a água e modela os bolos de forma arredondada com as mãos. Esta comida ritual é para limpeza de corpo e axexê.

Bolas de inhame. O inhame deve ser bem cozido em água sem sal, depois pilado em  pilão, ou com a ponta de um garfo, em seguida sovado para obter uma massa pastosa e modela os bolos de forma arredondada com as mãos. Esta comida ritual é muito apreciada pelos orixás oxaguian, oxalufan, oxalá, yemanja e entra em vários rituais como bori, assentamento de cabeça, axexê, apanan, feitura de santo, sasanha etc.

Bolinhos de dendê. Em um alguidár coloca-se a farinha, depois a água, azeite de dendê e modela os bolos de forma arredondada com as mãos. Esta comida ritual é para limpeza de corpo, axexê e oferenda ao orixá Exu.

Bolinhos de egun. Em um alguidár coloca-se a farinha, depois a água com aguardente e modela os bolos de forma arredondada com as mãos e acrescenta um pequeno pedaço de carvão vegetal. Esta comida ritual é  para limpeza de corpo, axexê e Egum.

Bolinhos de Yemanjá. O Arroz ou milho branco é cozido na água sem sal, até ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau até soltar da panela, em seguida formar os bolos de forma arredondada com as mãos. Esta comida ritual é para os orixás funfuns e rituais de bori, assentamento de cabeça, em especial como o nome já diz é oferecido para o orixá Yemanjá.

Bolinho de tapioca. A tapioca e colocada em leite de coco e açúcar até ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau até soltar da panela e depois sova, em seguida formar os bolos de forma arredondada ou alongada com as mãos. Esta comida ritual é para os orixás funfuns e rituais de bori, assentamento de cabeça. Os de formas alongadas são fritos em azeite ou óleo, sendo carinhosamente oferendado aos ibejis e apreciados pelo povo do santo. Nota Este mesmo bolinho é vendido nos tabuleiros das baianas de acarajé com o nome de punheta ou bolinho de estudante. continua................. Postado por Hunso Sueli de Vodun Abe às 21:52 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Orkut Marcadores: COMIDA DE SANTO DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2011 COMIDA RITUAL - PARTE II

Axoxô ou Oxoxô é como é conhecida a comida ritual dos Orixás Oxóssi e Ogum no candomblé, que consiste em milho vermelho cozido. Quando oferendado para o orixa ogum é refogado com cebola ralada, camarão seco defumado, sal e azeite de dendê. Quando oferendado para orixá oxóssi o milho cozido é

misturado com melaço (Mel de cana de açúcar), não confundir com mel de abelha que é o grande ewo deste orixá, enfeitado com fatias de coco sem casca.  Nota. Esta mesma oferenda pode ser consagrado à Olokun.

CARURU: O caruru, servido no rigor dos terreiros, é acompanhado de preceitos que viram ações  propiciatórias das divindades gêmeas que, são filhos de Xangô com Iansã ou de Xangô com Oxum. O caruru é colocado sobre a esteira. As crianças são convidadas a comer do caruru, e todos, ao mesmo tempo. Ritual que rememoriza fartura, ancestralidade e vida sagrada. Consiste de quiabos cortado bem miúdo, azeite de dendê, cebolas raladas, camarões secos (alguns moídos), castanhas e amendoins torrados e moídos, sal, gengibre ralada. No Dahome, segundo o Padre Vicente Ferreira Pires, é acrescentado frango desfiado.

Deburu - é a comida ritual dos Orixás Obaluaiyê e Omolu, é o milho de pipoca estourado em uma panela, em alguns lugares com óleo, em outros com areia. Nesse último caso, é preciso peneirar a areia dessa pipoca depois de pronta. Ao final, a pipoca colocada em um alguidar (vasilha de barro) e enfeitado com pedacinhos de coco

Ebô, palavra oriunda do iorubá, consiste num alimento religioso e votivo para os orixás funfun (branco) Oxalá, dentro das religiões afro-brasileiras. É o milho branco cozido sem tempero e sem sal.

Ebôya, eboia ou fava de iemanjá é uma comida ritual feito com fava cozido refogado com cebola, camarão, azeite de dendê ou azeite doce. A mesma oferenda pode ser preparada com o milho branco na falta da fava, todavia recebe o nome de Dibô, possuindo o mesmo valor ritual. É uma comida oferecida especificamente ao orixá Iemanjá, podendo ser vista nos rituais de ori, bori e assentamento de cabeça, no sentido de dar  equilíbrio espiritual.

Erã peterê, eran peterê ou simplesmente peteran como é comumente chamado pelo povo de santo é o nome da comida ritual votiva, pertinente á vários rituais e orixás da cultura afro brasileira. Preparado com carne fresca de preferência dos rituais de sacrifícios, sal e rapidamente frita no azeite de dendê, em caso do orixá ser funfun, deve-se substituir o sal pela cebola e o dendê por azeite doce e oferecido ao orixá regente da obrigação, independente do ixé.

A mesma comida ritual recheada de camarão defumado, chamado popularmente xinxin ou moqueca de carne é servida normalmente aos adeptos do candomblé nas festas de barracão, sendo uma comida votiva ao orixá Akueran (oxossi) por ter ligação ao eran (carne).

Ekuru é uma comida ritual. A massa é  preparada da mesma forma que a massa do acarajé, feijão fradinho sem casca triturado, envolto em folhas de bananeira como o acaçá e cozido no vapor. A única diferença é que nesta comida substitue o azeite-dedendê por azeite dôce (Oleo de oliva) ou banha do Ori. continua....... Postado por Hunso Sueli de Vodun Abe às 13:13 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Orkut Marcadores: COMIDA DE SANTO SÁBADO, 25 DE JUNHO DE 2011 COMIDA RITUAL - PARTE I COMIDA RITUAL

ABARÁ: Bolinho de origem afro-brasileira feito com massa de feijão-fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e azeite-de-dendê, algumas vezes com camarão seco, inteiro ou moído e misturado à massa, que é embrulhada em folha de bananeira e cozida em água. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Yànsán, Obá e Ibeji).

ABERÉM: Bolinho de origem afro-brasileira, feito de milho ou de arroz moído na pedra, macerado em água, salgado e cozido em folhas de bananeira secas.(No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Omulu e Osùmàrè).

ABRAZO:Bolinho da culinária afro-brasileira, feito de farinha de milho ou de mandioca, apimentado, frito em azeite-de-dendê.

ABALÁ é um nome comum a dois tipos de comidas rituais votivas, inerentes aos orixás obá, Xango e Yewá, quando feita de massa de milho verde, ou da massa de carimã votiva ao orixá nanã. Este alimento ritual é muito apreciado pelo povo do santo e pela maioria dos nordestinos e chamado popularmente de

 pamonha de milho verde e pamonha de carimã.

Abalá de milho O milho verde é ralado e à massa resultante é misturada ao leite de coco com parte do  bagaço, sal e açúcar. Esta massa é colocada em "palha" da própria casca do milho, atados nas extremidades. As pamonhas são submetidas a cozimento submersas em água fervente por um período de 15 minutos.

Abalá de carimã O aipim previamente descascado é submergido por um período de quatro dias para obter uma massa chamada de carimã, misturada ao leite de coco com parte do bagaço, sal e açúcar. Esta massa é colocada em "palha de aguedé" (bananeira), atados nas extremidades. As pamonhas são submetidas a cozimento submersas em água fervente por um período de 25 minutos.

ACAÇÁ é uma comida ritual do candomblé e da cozinha da Bahia. Feito com milho branco ou vermelho, que fica de molho em água de um dia para o outro, e deve ser depois passado em um moinho para formar a massa que será cozida em uma panela com água, sem parar de mexer, até ficar no ponto. Este se adivinha quando a massa não dissolve, se pingada em um copo com água. Ainda quente, pequenas porções da massa devem ser embrulhadas em folha de bananeira já limpa, passada no fogo e cortada em pedaços de igual tamanho, para ficar tudo harmonioso. Colocar a folha na palma da mão esquerda e colocar a massa. Com o  polegar dobrar a primeira ponta da folha sobre a massa, dobrar a outra ponta cruzando por cima e virando  para baixo, fazendo o mesmo do outro lado. O formato que resulta é o de uma pirâmide retangular. Todos os orixás recebem o acaçá como oferenda.

Acaça Amarelo: feito com farinha de milho vermelho enrolado na folha de bananeira da mesma forma que o acaça branco. É servido a Exu e Logun-Ede.

ACARAJE: comida ritual da orixá Iansã. Na África, é chamado de àkàrà que significa bola de fogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa só, acara-je, ou seja, “comer bola de fogo”. O acarajé, o principal atrativo no tabuleiro, é um bolinho característico do candomblé. Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas, Oxum e Iansã. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixás. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acarajé ainda é considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora não seja secreta, não  pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo. O acarajé é feito com feijão-fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal. O segredo para o acarajé ficar macio é o tempo que se bate a massa. Quando a massa está no ponto, fica com a aparência de espuma. Para fritar, use uma panela funda com bastante azeite-de-dendê ou azeite doce.  Normalmente usam-se duas colheres para fritar, uma colher para pegar a massa e uma colher de pau para moldar os bolinhos. O azeite deve estar bem quente antes de colocar o primeiro acarajé para fritar. Esse primeiro acarajé sempre é oferecido a Exu pela primazia que tem no candomblé. O acará Oferecido ao orixá Iansã diante do seu Igba orixá é feito num tamanho de um prato de sobremesa na forma arredondada e ornado com nove ou sete camarões defumados, cercado de nove pequenos acarás, simbolizando “mensan orum” nove Planetas. (Orum-Aye, José Benistes). O acará de xango tem uma forma Ovalar imitando o cágado que é seu animal preferido e cercado com seis ou doze pequenos acarás de igual formato. Os seguintes são fritos normalmente e ofertados aos orixás para os quais estão sendo feitos e seus adeptos.

ADO - é uma Comida ritual feita de milho vermelho torrado e moído em moinho e temperado com azeite de dendê e mel, é oferecido principalmente à Orixá Oxum.

AJABÓ é comida ritual do Orixá Xango Ayra É feito com seis ou doze quiabos cortado em “lasca”, batido com três clara de ovos até formar um musse, regado com gotas de mel de abelha e azeite doce. Colocado em uma gamela forrada com massa de acaçá ou  pirão de farinha de mandioca, ornado com doze quiabos inteiros, doze moedas circulante, doze bolos de milho branco e seis Orobôs. A mesma oferenda pode ser oferecida a outras qualidades de Xangô, todavia acrescenta-se azeite de dendê e substitui os doze bolos de milho branco por doze acarajés ou corta-se o quiabo em pequenas rodelas, com seis ou doze quiabos, em algumas casas com oito quiabos, coloca-se em uma tigela e acrescenta-se água fresca, bate-se com os dedos até ele espumar e ficar digamos ligado, a diferença que ele é ofertado em uma tigela ou uma gamela redonda.

AMALÁ: é comida ritual votiva do Orixá Xangô, Iansã, Obá. é feito com quiabos frescos, cortados em jogo da velha (#) levar ao fogo com tempero de camarao,cebola, gengibre ralados fritos no dende, ao corar o tempero jogar o quiabo, que não  poderá ter sido molhado antes. Ir misturando sem por agua. Vai pingando vagarosamente gotas de agua, e  batendo o amalá como se estivesse batendo um bolo, para que este cresça. Quando estiver bem cozido, servir em gamela forrada com pirao de farinha com dende. Este amala serve apenas para Sango, no caso de Ayrá leva tudo acima, menos o dende e o pirao que forra a gamela é feito de farinha de acasá. Aos Amalás poderao ser adicionados o Peito de boi cortado em cubos grandes, a rabada, a costela e a garganta, tudo do boi, para cada caso usa-se uma destas carnes. Rabada: prosperidade, Peito:  justiça, Costela: feitiçaria, Garganta: casos de saúde. Sempre que for servir o amala de Sango deverá por ao lado uma vasilha branca com ajabó continua......... XAPANÃ/SAKPATA/NSUMBO - PARTE VI - XAPANA NO BATUQUE

XAPANA Dono das doenças em geral. As pessoas dedicadas a este orixá mostram-se sofredoras, são capazes de abster-se de suas necessidades e interesses para consagrarem o bem-estar dos outros. Dia da semana: quarta -feira Cor: lilás, roxo, vermelho com preto.  Número de axés: 07, 14, 77, etc... Comida: milho, feijão preto e amendoim torrados Guias: 07 pretas e 07 vermelhas Parte do corpo que Xapanã rege: pele Ferramentas: cruz foice, corrente, vassoura e búzio. Ave: galo preto prateado e casal de galinhas d'angola Pombo: preto Quatro - pé: carneiro preto ou cabrito escuro Peixe: pintado. Lugar de oferenda: mata, cemitério, e lugar de espinho.

Fruta: uva preta, amendoim e café Bicho de estimação: cachorro e mosca Função: dono da doença Flor: lírio roxo Sobrenome de Orixás: Jubiteiú, Bidansú, Taió, Tonhô, , Omilaió, Biguensú, Ledjú, Obaluaê, Kostangue, Onobo, Sapatá, Barum, Omolú, Biotá, Sobô, Jobitaío, Buruku, Fomilaío, Balua e Orocô Adjuntós: Xapanã Jubeteí com Oiá ou com Obá, Xapanã Belujá com Iansã ou com Oxum Olobá, Xapanã Sapatá com Iansã ou com Obá Características: dono da doença Apelido: mosqueiro Doce: rapadura de amendoim Ervas: guanxuma, arruda e gervão. Santo que o representa: São Lázaro e Senhor dos Passos Saudação: Abáo Dia do ano: 17 de dezembro

Também conhecido como Omulu ou Obaluaê, Xapanã é o termo mais utilizado no Batuque.É uma das mais importantes divindades cultuadas nos cultos Afros, pois está ligado á saúde. Orixá que gera o bom funcionamento do organismo, Deus das pestes e das moléstias. Possui o rosto coberto pelo filá (espécie de máscara feito com palha da costa) para evitar que se olhe diretamente no rosto a marca deixada pelas chagas. Xapanã é o orixá feiticeiro e faz parte de seus objetos mágicos o pilão com o qual esmaga seus feitiços e a vassoura com que varre os males. Considerado velho, impertinente, ranzinza e vingativo, Xapanã é muito respeitado pelo povo Batuqueiro. Este orixá tem duas formas de representação: Xapanã velho e o jovem, o Xapanã Sapatá. O primeiro tem forte passagem junto aos mortos sendo ele extremamente importante nos rituais fúnebres. As pessoas dedicadas a este orixá mostram-se introspectivos, reservados, observadores, modestos, simples e misteriosos, são capazes de abster-se de suas necessidades e interesses para consagrarem o bem-estar dos outros. São também apaixonados e estão sempre vivendo um grande amor, normalmente frustrado. Amantes constantes e excelentes parceiros. Características Positivas: pensativo, prestativo, sinceros, honestos, desinibidos, sóbrios, equilibrados, decididos e falantes. Características Negativas: Rabugentos, ranzinzas, são do tipo nervosos e ansiosos, vingativos, jamais esquecem uma ofensa. Lendas "Obaluaê era originário de Empé (Tapá) e havia levado seus guerreiros em expedição aos quatro cantos da terra. Uma ferida feita por suas flechas tornava as pessoas cegas, surdas ou mancas. Obaluaê-Xapanã chegou assim ao território mahi no norte do Daomé, batendo e dizimando seus inimigos, e pôs-se a massacrar e a destruir tudo o que encontrava a sua frente. Os mahis, porém, tendo consultado um babalaô, aprenderam como acalmar Xapanã com oferendas de pipocas. Assim, tranqüilizado pelas atenções recebidas, Xapanã mandou-os construir um palácio onde ele passaria a morar, não mais voltando ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou. Apesar dessa escolha, Xapanã continua a ser saudado como Kábíyèsí Olútápà Lempé (" Rei de Nupê em país Empê).

Conta uma lenda que um caçador dedicado ao culto de Obaluaê encontrou na selva um grande antílope e  preparou-se para abate-lo. Naquele momento o bicho empinou suas patas dianteiras e, instantaneamente, o dia escureceu, impedindo o tiro do caçador. Quando a luz voltou, o jovem se viu diante de um feiticeiro (Aroni), que lhe entregou um patuá poderoso - que deveria ser colocado diante de sua casa - e um apito, com o qual ele poderia chamá-lo em caso de necessidade. Sete dias se passaram quando a terra do Molusi (Omulu) foi assolada por uma peste de varíola. Lembrando-se do Aroni, o caçador soou o apito e lhe apareceu o mago, que era o próprio Xapanã, que debelou a varíola e fez do seu Molusi o rei daquela terra, onde foi erigido um grande templo dedicado a Xapanã OPANIJE - A DANÇA DE OBALUAYE

Segundo Pierre Verger, opanijé é uma saudação yorubá utilizada na Africa, para saudar Omolu, e significa "ele mata qualquer um e come". Para compreendermos o que os gestos coreográficos da dança querem traduzir, precisamos conhecer alguns mitos. Diz a lenda: Quando Omulu era um menino de uns doze anos, saiu de casa e foi para o munda para fazer a vida. De cidade em cidade, de vila em vila, ele ia oferecendo seus serviços, procurando emprego. Mas Omulu não conseguia nada. Ninguém lhe dava o que fazer, ninguém o empregava. E ele teve que pedir esmola, mas ao menino ninguém dava nada, nem do que comer, nem do que beber. Tinha um cachorro que o acompanhava e só. Omulu e seu cachorro retiraram-se no mato e foram viver com as cobras. Omulu comia o que a mata dava: frutas, folhas e raízes. Mas os espinhos da floresta feriam o menino. As picadas de mosquito combriam-lhe o corpo. Omulu ficou coberto de chagas. Só o cachorro confortava Omulu, lambendo-lhe as feridas. Um dia, quando dormia, Omulu escutou uma voz: "Estás pronto. Levanta e vai cudar do povo". Omulu viu que todas as feridas estavam cicatrizadas. Não tinha dores nem febre. Obaluaê juntou as cabacinhas, os atós, onde guardava água e remédios que aprendera a usar com a floresta, agradeceu e Olorum partiu.  Naquele tempo uma peste infestava a Terra. Por todo lado estava morrendo gente.Todas as aldeias enterravam os seus mortos. Os pais de Omulu foram ao babalaô e ele disse que Omulu estava vivo e que ele traria a cura para a peste. Todo lugar aonde chegava, a fama precedia Omulu. Todos esperavam-no com festa, pois ele curava. Os que antes lhe negaram até mesmo água de beber agora imploravam por sua cura. Ele curava todos, afastava a peste. Então dizia que se protegessem, levando na mão uma folha de dracena, o  peregum, e pintando a cabeça com efum, ossum e wági, os pós branco, vermelho e azul usados nos rituais e encantamentos. Curava os doentes e com o xaxará varria a peste para fora da casa, para que a praga não  pegasse outras pessoas da família. Limpava casas e aldeias com a mágica vassoura de fibras de coqueiro, seu instrumento de cura, seu símbolo, seu cetro, o xaxará. Quando chegou em casa, Omulu curou os pais e todos estavam felizes. Todos cantavam e louvavam o curandeiro e todos o chamaram de Obaluayê, todos davam vivas ao Senhor da Terra, Obaluayê.(texto Mitologia dos orixás - Reginaldo Prandi). O mito acima informa caracteristicas importantes deste orixá, que ele além de imperar sobre as doenças, detém a força da cura ele é o Senhor da Terra. Esses atributos permitem que possamos compreender os

gestos desta dança. Opanijé é um toque que interage com a dança, e são tão intricados que o primeiro acaba assumindo o nome do segundo. Os movimentos da dança se processa da seguinte forma:" ... 3 passos para direita, tres passos para esquerda, com as mãos espalmadas a cada movimento de braços que avançam e se recolhem, volvem-se em alternância para o alto e para baixo. Quando voltadas para cima, significam vida,  para baixo significam morte ..."(parte do texto Jose Flavio P. Barros). Podemos então interpretar que essa descrição mostra uma busca dessa divindade, ele estaria percorrendo o mundo a procura das curas para as doenças que afligem a humanidade. O movimento das mãos além de simbolizarem a vida e a morte mostram também que os passos dados de tempo em tempo e uma parada no terceiro passo, demostram a alternancia dos momentos que se esta bem de sáude e de momentos em que estamos doente. As andanças de Omolu pelos quatro cantos do mundo na procura do conhecimento das doenças, é demostrado na dança quando ele gira e para. A ligação com a terra é demonstrado na distensão e extensão dos braços na direção do solo. Esses gestos com os braços seriam como se Obaluaye estivesse remexendo a terra a qual ele é senhor.

XAPANÃ/SAKPATA/NSUMBO - PARTE VII - OLUBAJÉ

OLUBAJÉ Olubajé é um ritual sagrado comemorado geralmente no mês de agosto, em homenagem a Obaluayê que alguns fazem sincretismo com São Roque e São Lazaro. Este ritual antigamente tinha seu início sempre em meados de julho, que era quando as comunidades  pertencentes ao candomblé traziam o ibá (assentamento) de Obaluayê ou Omolu de seu quarto de santo para o centro de seu barracão, com suas vestes e paramentos, para ser ali reverenciado por todos os adeptos e visitantes da dita comunidade, e ao mesmo tempo para que fossem depositados em seu redor os donativos  para conclusão de seus festejos no mês de agosto. Estes donativos não se resumiam em dinheiro, também eram ofertados vinhos, azeites, mel, feijões, arroz, farinha, fubá, camarão seco, inhames, batatas, animais de duas e quatro patas, velas, enfim tudo que fosse necessário para o preparo das oferendas dedicadas aos orixás. Quando faltavam entre sete ou quatorze dias para festividade, dependendo da casa, para conclusão deste  preceito era preciso “pedir esmola”, em nome do orixá, pois se acredita que além de ser o Deus das Doenças, também é o Deus dos Desvalidos. Para isso, eram preparados tabuleiros: um com um assentamento muito bem arrumado de Obaluayê, que seria carregado por uma yawo com mais de três de anos de feita, ou seja, uma adosi, outro com pipoca, e um outro com guloseimas como cocadas, fubá de amendoim, de castanha, bolinhos, etc. Tudo pronto saía do barracão uma comitiva sob a supervisão de ou de ekedes, ou alabe, ou ogans, etc. Iam às ruas não só pra esmolar como para trocar pipocas e guloseimas por  dinheiro e outros materiais ofertado ao orixá. O dinheiro era depositado no tabuleiro onde estava o assentamento do orixá, que só poderia ser contado no regresso ao barracão. Esta comitiva nos dias que

ficavam fora do seu barracão de origem batia de porta em porta pedindo donativo, abordavam as pessoas nas ruas com muito respeito e agradeciam sempre a atenção a eles dispensada, com a palavra: “Olorunsan”, deus lhe pague. Um momento importante desta peregrinação era quando batiam na porta de um barracão. Neste momento é que esta comitiva tinha que mostrar a educação e os princípios recebidos de seu barracão de origem. A começar por não levantar a cabeça por nada, salvo as ekedes e ogans responsáveis pela peregrinação. Ao entrarem no barracão visitado já encontravam uma esteira aonde iriam depositar seus tabuleiros, e várias outras a sua volta aonde iriam se sentar e bancos para os responsáveis pela comitiva. Depois de algum tempo de descanso os visitantes começavam a rezar os seus àdúrás (suas rezas), ao terminar tomavam bênçãos aos mais velhos e trocavam de bênçãos entre si e com os outros que ali se encontrassem. As filhas do barracão anfitrião corriam para preparar uma comida para os visitantes; se esta visita fosse ao cair da tarde, elas se encarregariam de acomodá-los até o dia seguinte. E durante a noite, algumas com ordem do anfitrião se encarregavam de tomar conhecimento sobre o que estivesse acabado nos tabuleiros para repô-los, para que no dia seguinte pudessem continuar sua peregrinação com tranquilidade. Ao amanhecer então, após terem tomado um café reforçado era chegada à hora de partir, então todos se voltavam para o dono do barracão visitado batiam paó e a benção. Um responsável pelo cortejo dizia: “EREBE OLORÚNSAN, BABA MIM, ADUPÉ”, Deus lhe pague por tudo meu pai, obrigado. E escutavam um alegre: OLÓRUN ÍBEWÓ SAN, e Deus lhe paguem pela visita, e assim a comitiva seguia em frente  para completar sua peregrinação. Quando retornavam ao seu barracão de origem eram recebidos com festa  pelos seus superiores, irmãos e outros que faziam parte de sua comunidade.  Nesta mesma noite ou na noite seguinte tinha início à segunda parte do ritual com o sacrifício dos animais oferecidos aos orixás. Para então começar os festejos próprios do Olubajé. Para falar de OLUBAJÉ é preciso me reportar ao início do século XX até os meados dos anos noventa, quando este ritual e suas oferendas eram sinônimos de fé, amor e paz. Este era o momento pelo qual às comunidades que professavam o candomblé reuniam seus adeptos e simpatizantes para festejar o deus das doenças de pele, Obaluayê. Momento este que seria aproveitado para agradecer a ele a proteção recebida contra todos os tipos de doenças e também para pedir paz e saúde para sua vida como para os seus. A comunidade e seus simpatizantes se reuniam na maior união e comunhão de fé para preparar os alimentos  para um abundante banquete que seria oferecido a todos os presentes nos festejos em homenagem a Obaluayê. Este era um momento de reflexão em busca de saúde, paz, liberdade, compreensão e união. Ocasião de extremo respeito, pois ali estavam também em busca de milagres para alguns males que estivesse a afligir, não só a si como para os seus. Sabiam também que este era o momento único no decorrer  do ano que todos tinham com exclusividade não só agradar e reverenciar o Deus da peste e das doenças de modo geral, como também cantarem seus lamentos, dançarem, além de serem agraciados com um rico repasto dedicado a ele. A PALAVRA OLUBAJÉ .....Ademola Adesoji, em seu livro “Ifá-A Testemunha do Destino e o Antigo Oráculo da Terra de Yorubá”, escreve: bàjé = estragar. Dr. Eduardo Fonseca Junior, grande mestre africanista e historiador em seu “Dicionário-Yorubá (Nagô) Português”, escreve: bàjé = corromper, estragar (agora como corruptela afro-brasileira); bájé = menstruação e bajé = comer com alguém. Assim como outros escritores fidedignos, nenhum coloca olubajé como elemento de despacho como alguns acreditam e fazem questão de passar para os incautos. A  palavra Olùbàjé designa o ritual onde são servidos alimentos aos participantes em uma verdadeira comunhão com o Deus da Varíola. A mesma palavra, com gráfias diferentes Olùbáje nos leva a um outro significado “Senhor da Putrefação”, um dos títulos de Obalùàiyé visto que as doenças sob seu dominio fazem com que suas vitimas apodreçam ainda em vida. Então, vejamos: Bajé = convite para comer. Olu = senhor, mestre, dono. OLUBAJÉ = CONVITE PARA COMER COM O MESTRE. Termo original: OLU BA NI JÉ = O MESTRE NOS CONVIDA PARA COMER. Com a elisão o I é derrubado, ficando apenas OLUBANJÉ = COMENDO COM O MESTRE........ ........UM MANÁ DOS DEUSES OBALUAYÊ: deus da peste, da varíola, da catapora, das doenças de pele, etc.

Seu banquete era e é composto de um tipo de comida específicos para cada orixá, e de dois ou três tipos especifico para ele, além disso, os animais anteriormente sacrificados em sua homenagem. Tudo deve ser   preparado com muito amor, carinho e respeito; tudo muito bem cozido e condimentado, a base de: camarão defumado, cebola, gengibre, noz moscada, kioiô, gergelim, gemas de ovo, sal, azeite doce, azeite de dendê, etc. O necessário para que o seu banquete se torne não só o mais saboroso possível, como também medicinal pela ação de ervas, raízes e frutos contidos no seu preparo. Muito tem se discutido a quantidade de iguárias que devam ser oferecidas durante a cerimônia... em meu conhecimento são num total de 21 comidas, 7 de caráter publico e 14 de caráter privado, que permanecem em uma esteira dentro do Quarto de Santo Enquanto as pessoas filhas de yabás se desdobram no preparo das comidas, um outro grupo colhe folhas de mamona as lava e as enxuga para só então colocá-las em um balaio para que nelas sejam servidas as comidas. DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS Este era e é um momento mágico, que todos esperam, o qual tem início logo pós as louvações com cânticos e danças de todos os outros orixás. Neste instante começa o ritual do OLUBAJÉ. Quando então, ao som dos atabaques, vão saindo do quarto de santo onde as oferendas estão arriadas e imantadas pela energia dos orixás e pelos orins e àduras (cânticos e rezas). Em primeiro lugar vem a yalorixá ou babalorixá com seu adjá puxando o cortejo; em segundo uma yabá carregando uma ou duas esteiras, em terceiro um filho (a) de santo carregando o balaio contendo as folhas de mamona, e em seguidas, filhos e filhas, ekedes, ogans, etc. trazendo sobre suas cabeças as panelas, oberós ou bacias contendo os alimentos, os quais devem ser  depositados sobre as esteiras estendidas no centro do barracão, para serem distribuídas a todos iniciados ou não. Após comerem o que desejarem junta as pontas da folha que pode estar totalmente vazia ou não e rodam em torno da cabeça três vezes, para só então depositarem dentro de outro balaio que já está a disposição para este fim, pois tudo faz parte das oferendas e logo no amanhecer do dia seguinte irá ser  entregue às águas ou as matas. Outra fato importante, é que o cântico, tanto da saída do quarto com os alimentos sobre a cabeça, como enquanto se alimentam até o final da distribuição dos mesmos quando se dá por encerrado este ritual deve ser este: E ajeun bó Olubajé ajeun bó E, contração de èyi = isso, isto, este, esta. Ajeun = comida, comer. Bó = alimentar, comer. Olubanijé = Olubajé = convite para comer com o mestre. Ajeun = comida, comer. Bó = alimentar, comer. Tradução: ISSO É COMIDA PARA NOS ALIMENTAR, O MESTRE NOS CONVIDOU PARA COMER. Texto: Pai Wilson d'Oxum (Bambawara)

QUARTA-FEIRA, 30 DE MAIO DE 2012 O SEGREDO DE OXUM

O Segredo de Oxum O nascimento de um rio não acontece quando a água brota do solo e segue pela superfície da terra. Antes disso, uma seqüência de fatos desencadearam e influenciaram esse processo. Existe por traz do nascimento de um rio um enorme fundamento. Primeiro Olorum através do sol aquece a água dos lagos e oceanos, Oxumarê com seu arco-íris, leva a água em forma de vapor para as nuvens que ficam carregadas, Xangô anuncia com seu trovão, que Iansã está  juntando ás nuvens com o vento mágico que surge quando ela balança suas saias, quando as nuvens estão todas arrumadas, Xangô lança o Edun-Ará (pedra de raio) sobre a terra avisando a Odudúa que prepare seu ventre, pois a chuva irá cair, Ossãe pendura suas cabaças em Iroko para conter o líquido maravilhoso da vida. O momento sublime acontece, numa sintonia perfeita de toda a natureza, a chuva cai, trazendo consigo toda força do céu e alimentando toda a terra, Odudúa absorve todo o líquido e cria um enorme lago no interior da terra, seu ventre, quando a água acumulada se enche de força mineral (axé), Odudúa abre seu ventre e dá vida à majestosa Oxum, que brotará do solo e deslizará sobre seu leito levando vida por toda a superfície da terra, mais a frente água se acumulará de novo e tudo começará novamente. Assim como a vida de Oxum tem o seu segredo, nós negros e negras também temos o nosso. A nossa história não começa em 1500 com a chegada dos portugueses no Brasil, antes disso, uma seqüência de fatos marcaram e até hoje influenciam nossas vidas, existe por traz do aparecimento do povo negro no Brasil um enorme fundamento.  Não somos descendentes de escravos, como dizem os livros escolares, somos descendentes de civilizações africanas, de reinados fortes e poderosos, somos descendentes de reis, rainhas, príncipes e princesas, somos  parentes de homens e mulheres que desenvolveram a escrita, a astrologia, a numerologia, às ciências e as  pirâmides. Somos fruto de um povo que desenvolveu as técnicas agrícolas e que domina a medicina alternativa, somos fruto de um povo que conhece as folhas e como despertar o poder delas, nosso povo sabe estar no Aiyê(Terra)sem perder a essência do Orum (Céu). Fonte: Jornal Folha Popular, Ed. nº.11, Nov de 2006).Matéria de Ricardo Andrade, publicado no Jornal Folha Popular  Postado por Hunso Sueli de Vodun Abe às 22:07 Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Orkut Marcadores: OXUM/AZIRI/DANDALUNDA QUINTA-FEIRA, 5 DE ABRIL DE 2012 OXUM/AZIRI/NDANDALUNDA - PARTE VI - ANGOLA

 Ndanda lunda . Dandalunda mantém um grande laço de amizade com o inkice Katendê, pois para o equilíbrio da mistura das ervas para a feitura do amacì, há necessidade da há necessidade das águas de dandalunda. Deusa das cachoeiras e das águas doces, é a filha predileta de Mikaiá e Lembaranganga. Ela representa as riquezas e tem suas cores relacionadas ao metal mais precioso da antiguidade que era o cobre.Sua cor preferida é o amarelo. Mantém profundos laços de amizade com Kassumbencas potável e atua no brotar das raízes. - DANDA DILA (equivalente a Ijimu no kétu) É a senhora da fecundidade e do feitiço, é velha e vira bruxa na beira do rio. Veste azul e rosa claro, come com Lembaranganga e kaviungo. Não come bicho fêmea, exceto a pata - DANDARA (equivalente a oparà no kétu)É jovem e guerreira, companheira de mukumbe e kambaranguange. Veste rosa claro ou amarelo ouro, tem caminhos muito fortes com lembá. Tem fundamento com egun - APUNKÉ (equivalente a abalu no kétu) É velha, bem idosa, tem numerosos filhos e netos, é severa e autoritária. Usa o azul-claro e é a verdadeira dona do leque. Come com mikaiá no rio e na lagoa. Suas contassão azul cristal. Come tartaruga, cabrito castrado e pata. - KISIMBI (equivalente a pondà ou ypondà no ketu) É guerreira , casada com Gongobila e mãe de terekompenso , vive no mato com seu marido, é desconfiada, astuta, observadora e intuitiva. Veste amarelo ouro e na barra da saia azul claro. Relacionada ao fogo e aos cemitérios, pois apesar de não ter nenhum vínculo com matamba, tem ligação com o culto a egun. A pata é uma de suas grandes kizila. O seu bicho de fundamento é a tartaruga, que aprecia a carne e os ovos. Come com Gongobila, mikaiá e seu filho terekompenso - DANDA EWARA (equivalente a aboto ou boto no kétu) É a Dandalunda das nascentes dos rios e dos encontros das águas doces e salgadas,muito bonita e vaidosa. Tem fundamento com Mikaiá e Kambaranguange. É cultuada a beira das lagoas. Veste o amarelo e, geralmente, seus filhos são abikù. Tem fundamento com Zumbarandá devido a lagoa. Ela é consagrada rainha da cumeeira - lundamudila - danda dalu. - danda belé - danda maiombe. Postado por Hunso Sueli de Vodun Abe às 10:01 Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Orkut Marcadores: OXUM/AZIRI/DANDALUNDA

QUINTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2012 OXUM/AZIRI/DANDALUNDA - PARTE V - CAMINHOS DE OXUM EM CUBA

QUALIDADES DE OXUN EM CUBA 1 - IBU KOLE Esta Oxun nasce no Odu Ogbetura e come galinha d’angola. É aquela que cuida da casa e recolhe o lixo  produzido dentro dela. Seu fio de contas é amarelo ouro intercalado com âmbar e corais. 2 - OXUN OLOLODI Trata-se de uma Oxun guerreira que porta uma espada. Seu adê é adornado com búzios. Carrega um erukeré com o cabo adornado com contas de Orunmilá. Dentro de sua sopeira coloca-se areia do mar e do rio misturadas. Entre os ararás é conhecida como Atiti. 3 - OXUN IBU AKPARO Esta qualidade de Oxun nasce no Odu Owónrin Meji. Seu nome secreto é Iganidan. É aquela que reina sem coroa. É representada pela codorna. Vive na desembocadura do rio com o mar e, segundo dizem, é surda. Come codornas e, com Yemanjá, come duas galinhas cinzentas. 4 - OXUN IBÚ ANAN. Esta Oxun é tocadora de tambor e nasce em Oturukponyekú. Seu orikí diz: Aquela que ao ouvir o tambor  corre em sua direção. 5 - IBU INÃNI. Aquela que é famosa nas disputas. Seu igbá fica sobre areia de rio. Leva um abebé de metal com dois guizos. 6 - OXUN IJIMU OU YUMU. Aquela que faz inchar a barriga sem que haja gravidez. Esta Oxun é belíssima e nasce no Odu Ika Meji. Os ararás a chamam de "Tukusi" ou de "Tobosi". 7 - OXUN IBU ODONKI. Esta Oxun vive em cima de um pilão. Ao lado de seu igbá coloca-se um cesto com material de costura. Seu oriki diz: O rio está crescendo e suas águas estão cheias de lixo. Entre os Ararás é conhecida como "Tokago". 8 - OXUN IBÚ ODOÍ.

Esta Oxun come inhame e, junto dela deve-se manter sempre, um inhame cru. É estreitamente ligada com as Iyami e possui o dom da feitiçaria. Entre os ararás é conhecida como "Fosupô". 9 - OXUN IBU OGALE. Esta Oxun vive rodeada de telhas de barro É uma Oxun velha e guerreira, considerada a guardiã das chaves. Os ararás a chamam de "Oakerê". 10 - OXUN IYEPONDÁ. A lenda conta que foi esta Oxun quem liberou Xangô do cativeiro. Segundo outra lenda, esta Oxun foi morta e atirada às águas de um rio, onde logrou ressuscitar. É guerreira e brigona. Entre os ararás é conhecida pelo nome de "Agokusi". 11 - OXUN IBU ADESÁ. Esta Oxun é a dona do pavão real, animal que lhe é sacrificado. Seu nome significa: "A Coroa é Segura". Entre os ararás é conhecida como "Abotô". 12 - OXUN AYEDÊ OU EYEDE. Seu nome significa: "Aquela que age como uma rainha". Os ararás a chamam de Iyaáde. 13 - OXUN OKPAXE ODO. "Aquela que ressurgiu do rio depois de morta". É conhecida, entre os ararás, como "Totokusi". 14 - OXUN IBUMI. Esta Oxun é representada pelo camarão de água doce que, por sua vez, é seu prato preferido. Não tem  paradeiro, é caminhante e fujona. Entre os ararás é conhecida pelo mesmo nome. 15 - OXUN IBU LATIE. Esta Oxun vive no meio do rio. Só come em cabaças e seu igbá leva 15 flechas e cinco idés dourados. Não  possui coroa e quando é vestida enrola-se sua cabeça num ojá amarelo com um filá de búzios pequeninos. Seu nome indica que possui poderes ilimitados e que tem fundamento com Exú Elegbara. Os ararás a chamam de Kotunga. 16 - OXUN ELEKÉ OIYN. Esta é uma Oxun guerreira e aguerrida. Seu igbá tem que estar sempre besuntado de mel de abelhas da mesma forma que, segundo a lenda, massageava seu próprio corpo com este material. É muito forte e carrega nas mãos um bastão com a ponta em forma de forquilha. 17 - OXUN ITUMU. Esta é uma Oxun guerreira e que adora confusões. Veste-se de branco e usa calças compridas como os homens. Dizem ser uma temível amazona que nas águas combate montada num crocodilo e na terra, no lombo de um avestruz. Habita as lagoas de águas doces e pode ser encontrada sempre na companhia de Inle e de Azawani. Os ararás a cultuam com o nome de Hueyagbe. 18 - OXUN TINIBÚ. Esta Oxun vive com Igbadu e nasce no Odu Ireteyero. É a matriarca da Sociedade das Iyalodes. Come cabra, cuja cabeça, depois de seca, é colocada sobre seu igbá. Conta a lenda que tem uma irmã chamada Miuá Ilekoxexe Ile Bomu, que é cultuada junto com ela. Esta outra Oxun não toma a cabeça de ninguém. 19 - OXUN AJAJURA. Esta Oxun vive em lagoas, não usa coroa e é muito guerreira. Em seu igbá coloca-se um casco de tartaruga. 20 - OXUN AREMU KONDIANO. Teria sido a primeira a se manifestar numa cabeça humana. Veste-se inteiramente de branco e seu fio de contas é de nácar e coral com gomos de contas verdes e amarelas (de Orunmilá). Trata-se de uma Oxun muito misteriosa. Tem estreita ligações com Obatalá, chegando, por vezes, a ser confundida com ele. Esta Oxun, segundo um itan do Odu Ogbekana, foi quem ajudou Orunmilá a esquartejar o elefante. Os ararás a chamam de Tefande. 21 - OXUN IBUSENÍ. Esta Oxun vive nas pequenas poças d’água que se formam próximo das margens dos rios. É assentada em duas sopeiras. Cada uma com um otá. É conhecida como Ajuaniynu, entre os ararás. 22 - OXUN IBUFONDÁ. Esta Oxun morreu na companhia de Inle. Está sempre em guerra e não abre mão de uma espada. Seu prato  predileto é o inhame. Os ararás a conhecem como Zehuen. 23 - OXUN IBU ODOKO. Esta Oxun é muito poderosa e nasce em Ogbekana. É agricultora e acompanha Orixaoko. 24 - OXUN AWAYEMI.

Esta Oxun nasce em Oyeku Meji. É inteiramente cega e vive na companhia de Azawani e Orunmilá. 25 - OXUN IBU ELEDAN. Esta Oxun nasce no Odu Oxe Leso (Oxe Irosun). É a dona das fossas nasais Come cabrito capado e  pequeno. 26 - OXUN IDERE LEKUN.  Nasce no Odu Oturasá. Vive nos buracos formados nas pedras pelas ondas do mar nos locais de encontro do rio com o mar. Leva um atabaque de cunha chamado "koto". Não usa coroa e esconde o rosto que é deformado, com uma máscara de bronze. 27 - OXUN IBU INARE Vive sobre o dinheiro e, na praia, sobre o caramujo aje. Esta Oxun não gosta de dar dinheiro a ninguém. 28 - OXUN AGANDARÁ. Esta Oxun nasce no Odu Ikadi. Vive sentada numa cadeira de braços ou num trono. Seu igba deve estar  sempre coberta com folhas secas de oxibatá e oju oro. Postado por Hunso Sueli de Vodun Abe às 21:27 Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Orkut Marcadores: OXUM/AZIRI/DANDALUNDA SEXTA-FEIRA, 9 DE MARÇO DE 2012 OXUM/AZIRI/DANDALUNDA - PARTE IV - CAMINHOS DE OXUM

QUALIDADES

ABAE OU MABE - Tem ligação com Yemanjá. ABALU ou ABALO - a mais velha de todas, considerada velha e decrépita e envolvida em ações misteriosas e obscuras relacionadas, talvez, à prática da feitiçaria. Tem numerosos filhos e netos. É severa e autoritária É muito ciumenta e adora receber hortênsias como oferenda. Sua ligação com Omolú o Orixá da  peste, tido como o médico dos pobres, é notável e segundo dizem, acompanha este Orixá em suas andanças  pelos quatro cantos do mundo. Guardiã do Iyawô no período de kelê, sendo considerada a dona do kelê.

 Neste período deve-se sempre manter uma vela acessa reverenciando Osún para que tudo transcorra bem. Veste-se de cores claras,(azul-claro) usa abebé (é a verdadeira dona do leque e sempre se apresenta com ele) e alfange, tem ligação com Nanã, Oyá de culto Igbalé.Come com Yemanjá no rio ou na lagoa. Carrega Ogum . Tem ligação tb com Omulu e Oxossi ABOMI OU OMI OU OMIN OU LOMIN - Um dos nomes ou qualidades de Oxum que significa 'Senhora da água'. Suas filhas têm o direito de usar o Jogo de Adivinhação com até 16 búzios. Não tem ligação com os demais Orixás. É considerada uma das mais velhas, devido ao longo tempo de culto. ABOTÔ OU YABOTO OU BOTO OU OSOGBO OU OGBO - Aspecto maduro da orisá. Feminina e coquete. Muito bonita e vaidosa. Relacionada ao parto e ao nascimento, ajuda as mulheres a terem filhos. É a origem de Oxum. Seu culto é realizado nas nascentes dos rios. É a Oxum das nascentes e dos encontros das águas doces e salgadas. Ela deu origem ao nome da cidade de Osogbo. Tem fundamentos com Yemanjá e Oxalá. Geralmente seus filhos são Àbìkús. É a ela que devem se dirigir todas as mulheres que queiram dar  à luz ou que procuram saúde para toda a gestação. É a Oxum que ajuda as mulheres durante o parto a terem os seus filhos. Veste-se predominantemente com o branco e alguns detalhes amarelos ou amarelo ouro e azul-claro.; Oxun Oxogbô assiste a mulher na hora do parto, desempenhando aí, a função de parteira. ADOLÁ - Senhora dos cabelos, representa a beleza feminina e o adorno facial. Tem como protegidos todos que dependem dos cabelos para sobreviver. A esta Ósún é entregue os cabelos de um Iyawó quando ele completa um ano de feitura. AJAGURÁ ou AJAGIRA - Senhora de todas as aves de penas coloridas e aves aquáticos e terrestres. Responsável pelo Ekodidé e pela hora da apresentação do Iyawô a sociedade.Tem um enredo com Aganju, uma qualidade de Xangô mais carregado e ligado ao fogo. Jovem e guerreira. Pertence à nação nagô AKURA IBÚ - A inconstância do caráter feminino é representada por Akura, que se faz presente nos locais de encontro das águas do rio com as do mar. APARÁ - a mais jovem de todas com instinto guerreiro, confundindo-se muitas vezes com IANSÃ. Dona dos objetos cortantes, sendo dona da navalha. Esta fase de Osún tem duplo caminho, sendo que uma tem fase Oyá e a fase Ogún. Quando vem na fase Ogún é aconselhável oferecer nas obrigações de sete em diante um Odá (bode castrado). É muito guerreira e veste-se com o rosa-claro ou o azul-claro. Os mais antigos do candomblé dizem que Oxum Apara é a verdadeira esposa de Ogum Wári, uma qualidade de Ogum que vive nas águas. É a Oxum Apara quem dá a visão no jogo e tem uma relação com Exu. Como as outras Oxuns, essa qualidade de Oxum não come cabra nos seus rituais e sim o odan, o bode capado. Os membros do bode são oferecidos a Exu antes de ser sacrificado; Oxun Apará é a poderosa guerreira que acompanha Ogun em suas campanhas, porta um sabre que manipula com força e destreza. Esta Oxun tem fundamento com Yemanjá, de quem é filha e com quem costuma comer. AYALÁ, ALANLÁ, ALÁ ou ÌYÁNLÁ - Tem forte ligação com OGUM. Uma das mais velhas,também ligada com as Yamis. Retem o poder sobre a bolsa lacrimal, manifestando através das lágrimas de alegria e de tristeza, dando força a todos que passam dificuldades na vida. Tem ainda participação no Axexê. Representa o sofrimento através da lágrima. Oxun Ayalá teria sido mulher de Ogun com quem trabalhava na forja, acionando o fole para atiçar as brasas. Conta a lenda que o fole acionado por Oxun Ayalá produzia um som ritmado e muito agradável. Atraído por este som, Egun pôs-se a dançar diante da ferramentaria, atraindo um grande número de assistentes que por ali passavam. Encantados com o bailado de Egun os  passantes lhe fizeram muitas oferendas de dinheiro, o que o deixou feliz e vaidoso. Ao saber que Egun estava ganhando dinheiro com sua apresentação, Oxun exigiu que metade da renda obtida fosse dividida com ela, caso contrário, não acionaria mais o fole que produzia o ritmo sem o qual Egun não poderia mais dançar. Sem alternativas, Egun teve que aceitar a exigência da Yagbá passando, a  partir de então, a dividir com ela tudo o que ganhava em suas apresentações. Esta Oxun além de sua ligação com Ogun Alagbede tem sérios fundamentos com Egun. Veste o amarelo e o azul-claro. Tem forte ligação tb com Oxalá, neste caminho veste branco. AWE - Oxun, então, assume e revela todo o poder feiticeiro da mulher. Desprovida agora de escrúpulos e do sentimento de piedade, contesta a pseudo superioridade do macho e cria uma sociedade secreta estritamente matriarcal denominada Sociedade Gueledé, onde a face maligna é encoberta por máscaras muitíssimo elaboradas. É quem se encarrega de organizar esta sociedade onde o homem não tem vez, devendo, tão somente, submeter-se de bom grado às exigências de suas líderes. BUMI - O gosto pela riqueza, pela opulência e pelo uso de jóias e adornos se revela no caminho de onde a yagbá cobre-se de pulseiras, brincos e colares de ouro, metal que lhe pertence por direito e ao qual está ligada de todas as formas. EDE - A mulher madura, consciente de sua graça e elegância, revestida de respeito e classe.

FUMIKE - proporciona a possibilidade de gerar filhos, FUNKE - é a mestra, representando a mãe que orienta e ensina aos filhos as primeiras palavras e passos no seu primeiro contacto com o mundo e com a própria vida. IBERIN OU MERIN MERIN - Protege o Iyawô no período de kelê contra pragas e queimações, dando ao Iyawô neste período o poder de cobrar injustiças por conta própria. Feminina, elegante, rica e vaidosa. É a Oxum de Mãe Menininha do Gantois. Aspecto maduro da orisá, nessa forma não desce nas cabeças. IBUKOLA - é a sedutora irresistível e representa o poder de sedução feminino. IJUMÚ, IJIMUN, JUMU,JUMUN OU YGEMUM - Rainha entre todas as OXUNS, tendo estreita ligação com as IYAMI-AJÉ, ostentando, por isto, o título de Yalode. Essa estreita ligação é que faz com que as OXUNS alcancem a vitória em suas brigas ou vinganças. Senhora do okutá, responsável por tudo que vive no fundo dos rios. Está demarcação leva 16 okutás em seu assentamento, sendo que apenas um é consagrado ao Ori. É para essa Osún que se entrega a cabeça enrolada na hora da morte. Essa Osún tem o poder de segurar uma gravidez conturbada ou mesmo impossível. É considerada por muitos zeladores como o terceiro caminhos das Ìyámìs. entre as que pegam os seus filhos, é uma das mais antigas e a única Oxum que através do jogo do búzio não responde por meio do odu Oxê. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva abèbé e alfange. É a senhora da fecundidade e do feitiço, é a velha e vira bruxa na beira do rio.Come com Oxalá e Omolu. Não come bicho-fêmea, exceto pata. IKOLE - Seu mito a liga a Iemanjá e Ode Erinlé. Transformou- se numa ave. IPETU - ingênua e sensual, tem um enredo com Obaluaiê, com quem entra no cemitério. Veste-se com tecidos muito estampado em que predomina o amarelo. Ipetú é a guardiã dos segredos insondáveis. Sobre esta Oxun pouco se sabe e nada se fala. A simples pronúncia de seu nome é revestida de muito respeito e considerada quase como um tabu. Akolê: Semelhante a Oxum Ipetu; KAYODE - representada pela dança de Oxun, repleta de movimentos que denotam a sensualidade revelada na maneira de andar, de se movimentar e de proceder das mulheres. KARE - muito guerreira. É aquela que auxilia todo e qualquer movimento ligado a abundância e fertilidade. Possui o poder da multiplicação do útero (gêmeos e trigêmeos). Dona da bolsa d’água, com o direito de aumentar o espaço da gestação. Òsún karè é a deusa da pesca, rainha da caça, é aquela que mora dentro das águas da cachoeira e(ao mesmo tempo mora na entrada das matas). Senhora que acompanha Ode nas caçadas noturnas. Tem enredo com Oxóssi Inle e Logun-Edé. Também é ligada a Ode Karê, caçador que vive nas águas e se apresenta como um iabá, orixá feminino. Yeye Kare representa o culto à beleza e à vaidade feminina, é descrita como "O Espírito que se reflete no espelho", motivo pelo qual Oxun está  permanentemente se admirando na superfície de um espelho, do qual não se separa nunca. Sua arma é um ofá (arco e flecha). Muito bonita, jovem, autoritária e agressiva. Veste saia branca com forro amarelo-claro. Acompanha Yemanjá e Oxalá. Come na lagoa e no encontro das águas salgadas com as doces. É manca da  perna esquerda e só come bichos-fêmeas. Kare é um de seus títulos, na verdade Kare tem seu próprio nome que poucos conhecem. Tem ligação com Oyá. LOBÁ-GUERÊ OU GUERÉ - Oxum velha que dirige os trabalhos do qual o auxiliar é o Exu Laboré Fumen. Gueré quer dizer docemente ou alegremente. Tem ligação com Xangô MIWA - o Espirito das Águas Doces, está, de certa forma, ligada ao processo de gestação e dizem que assiste e protege o feto durante todo o período de gravidez, sendo a dona do líquido aminiótico. Cultuada especialmente no 'Asé Ilê Opô Afonjá'. Não é propriamente uma qualidade, e sim o nome de um Orixá. Mi = diferente e Wá = ser = Ser Diferente. ODÓ - reina nas nascentes dos rios. Iyawô dessa qualificação deve ser coberto com Alá e dentro do seu ibá cinco ovas de peixe. No fim do Orô, lava-se imediatamente o Iyawô ainda virado. Essa demarcação tem kizilas de ejé. É a Mãe das Ancestres. É muito parecida com Yemanjá. Veste branco e azul. Come com Oxalá e Yemanjá. Senhora dos perdões. Nas nascentes dos rios reside Yèyé Odó. OGA ou OLÓKO - Velha e brigona. Representa à mulher envelhecida, cheia de manias e preconceitos, ranzinza e implicante Representa a existência absoluta da humanidade, sendo responsável por todo Iyawô após 60 anos. Protege os idosos. Senhora da feitiçaria e mandingas. - vive nas florestas é tida como a adversária de Oxóssi. . Yeye Oloko, que habita nos mananciais d’água existentes no interior das florestas mantendo ligações fundamentais com Oxóssi e Osain. Existe um mito que diz que Oxóssi teve que dividir a floresta com Yeye Olokô e Ossãe depois de uma disputa; OKÉ OU LOKE OU LÊ IÊ OKE OU EOQUÊ - muito guerreira. Semelhante a Oxum Karê que para muitos faz com que elas sejam uma só;: Apresenta-se como caçadora, mais também é muito guerreira. Vive no interior das matas ou florestas e é associada as Iyami. Veste amarelo-ouro e usa ofá, traz ainda uma espada e o abebê. Come com Oxossi e Ewá somente a caça. Foi esposa do mais velho Oxossi que existe e criou os

filhos que lansã teve com seu marido, aliás, só permitia que Oyá tratasse de seus filhos quando eles adoeciam OMINIBU - É uma Oxum mais nova. É a que vive na nascente do rio. Não vira na cabeça de ninguém. Tem enredo com Oxóssi; PONDA OU YPONDÁ OU PANDÁ - guerreira, rica, bela, Governa a criação infantil, sendo a verdadeira mãe de Logún e também senhora da inocência. Para está Òsún é aconselhável que o okutá seja umedecido com leite materno. Yeye que monta a cavalo, de onde originou-se o mito de que essa Oxum pega o seu cavalo e com a sua espada sai batendo de porta em porta desafiando quem encontra para um duelo; Oxun Ipondá é guerreira e dona de caráter irrascível. Esta Oxun costuma formar, junto com Oyá, uma dupla de combatentes invencíveis. : Esposa de Oxossi Ibualama. Porta um leque. É Mãe de Logun-Edé e com sua espada guerreia bravamente. Vive no mato com seu marido. Veste amarelo-ouro e azul-claro na barra da saia. Relacionada ao fogo e aos cemitérios, tem ligação com Egun. A pata é a sua maior quizila, seu bicho de fundamento é a tartaruga. É uma jovem da cidade de Iponda. Tem ligação com Ogum, Oyá, Oxossi e Oxaguiã. Come com Iyemonjá e Oxalá. Alguns dizem ser companheira de Omulu, muito feiticeira tendo ligação com o fogo POPOLÓKUM - Responsável pelos Cawris. Herdou de Bàbá Ifá o conhecimento do futuro. Tem como  propriedade o Opelê Ifá,além de ser a senhora da intuição,audição e governantes de todos os métodos divinatórios. Oxun Popolokun, também revestida de uma enorme aura de mistério, é cultuada em lagoas de águas profundas, onde estabelece a sua residência. Conta a lenda que esta Oxun costuma aprisionar em seu reino aqueles que se aventuram a mergulhar em suas águas. SEKESE - representa a aparente fragilidade feminina, artifício usado para obter a proteção dos representantes do sexo masculino. A mulher guerreira, batalhadora e belicosa é representada por quatro caminhos de Oxun, nos quais porta sempre uma espada. Nestes caminhos a Orixá é conhecida como: Oxun Apará, Oxun Oke, Oxun Ipondá e Yeye Iberin, todas consideradas como guerreira poderosas.  No percurso do rio, que corresponde à trajetória do próprio Orixá, Oxun assume diferentes características, todas ligadas à maneira de ser das mulheres, de seu caráter e atitudes, de suas qualidades e defeitos. Assim, o africano se refere à diferentes "caminhos" deste Orixá, que foram descritos de forma particular, sempre comparados a situações específicas do procedimento feminino. No Brasil, outras manifestações de Oxun podem ser verificadas nos tradicionais terreiros ou roças de candomblé. Enquanto na África, as diferentes manifestações são consideradas como caminhos percorridos por Oxun como uma única entidade, no Brasil considera-se cada "qualidade" como sendo um Orixá diferente e assim, Oxun deixa de ser uma só e diferentes Oxuns, componentes de uma grande família serão cultuadas de acordo com cada diferente qualidade. Obs. Nas descrições dos caminhos de Oxum existem muitas variantes, longe de mim, achar que estou colocando aqui a experiência das iniciações nas casas de santo e nem fechando questão com as verdades de cada um. Postado por Hunso Sueli de Vodun Abe às 11:49 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Orkut Marcadores: OXUM/AZIRI/DANDALUNDA QUARTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2012 OXUM/AZIRI/DANDALUNDA - PARTE III - ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OXUM

A orixá OXUM transmite a seus filhos energia , vibração que esta relacionada com ela,portanto seus filhos acabam por ter a personalidade influenciada e manifesta tanto de maneira positiva como negativa. É bom esclarecer que o comportamento também sofre a influência do orixá que faz a dualidade com ela e claro a cultura,educação e orientação individual. As mulheres são marcadas com forte energia é muito imponente, delicada, graciosa, geralmente bonitas, feminina, sensual, ingênua, dócil e infantil, desejosa de curar, ajudar e cuidar dos fracos. Marcadas pela afetividade, familiaridade, concordância, maternidade, altruísmo, mas no sentido inverso podemos ter a maledicência . Podemos acrescentar que são meigas, sedutoras, com voz suave, olhos brilhantes, sorriso alegre, um rosto inocente, mulheres sensuais como já disse e voluptuosas. Os homens também sofrem o efeito desta energia quando ela faz polaridade com a entidade principal do homem,claro que existem muitos casos em que ela é a principal,pelo menos é a que tem a atuação mais forte,e,isto ocorre principalmente quando o homem é filho de determinados OXALÁ,OSSAIM,ODÉ,tornando-os pessoas extremamente emotivas, instáveis, inconstantes, podendo ser  infiéis, levianos, fúteis. Algumas filhos ou filhas são ingênuos, crédulas, infantis, preguiçosas, moles, indecisos,precisando sempre de um sacudidão..  Não se zangam com facilidades. Não gostam de brigas. Não sabem recusar. Mas se pegarem alguém para inimigo vão ao extremo.Tornando-se principalmente caluniadores e mentirosos. E o pior é que convencem.Adoram crianças pequenas. Algumas são ambiciosas, adoram o luxo, o conforto e a riqueza, sabendo ser atraentes, julgam que para vencer na vida consiste em usar seus encantos para conseguir o que querem. São afetuosos, intrigantes, hipócritas, mentirosas, interesseiros,dependendo da associação,principalmente quando tem a vibração BARÁ. Gostam de chamar a atenção para si, de usar colares, jóias, brincos de ouro e tudo que se relaciona com a vaidade, flores, etc. Muito criativos e péssimos competidores.Trapaceiros. As pessoas que sofrem a influência da energia OXUM, são pessoas muito apegadas a beleza física.  Narcisistas. Colocam a aparência em primeiro lugar. Gostam de serem observadas, são extremamente vaidosas. Se preocupam com que os outros vão pensar e falar. Quase sempre preveem acontecimentos futuros, distinguem sinceros amigos com simples trocas de  palavras. Muito sentimentais, ofendem-se com facilidade, mas não costumam expor suas feridas. Gostam de trabalhos manuais onde sua adaptação é rápida e possa ser admirada pelos outros. Inclinadas às ciências ocultas, religiões, comércio,eletricidade,publicidade,culinária . Meigas, mas rancorosas aos extremos. Ciumentas em demasia. Seu ponto fraco fisicamente são a garganta e o aparelho genito-urinário.Também neste ponto sofrem a influência negativa do orixá de parceria.

São de estatura mediana, corpo mais franzino que de outros orixás femininos e masculinos. Possuidoras de grande sensibilidade espiritual, via de regra boas espiritualistas. Os filhos de Oxum amam espelhos, jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se exibem  publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta, do cabelo e, as mulheres, da pintura.As pessoas de Oxum são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a  beleza. Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir a filha de Oxum como o pesquisador da religião africana, o francês Pierre Verger, que escreveu: “o arquétipo de Oxum é das mulheres graciosas e elegantes, com  paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social”. Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente. A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante. Os filhos de Oxum têm tendência para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto. O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sExúal intensa e significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum. Representam sempre o tipo que atrai e que é, sempre perseguido  pelo sexo oposto. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso, elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.  Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não eles próprios, mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo. São boas donas de casa e companheiras. São muito sensíveis a qualquer emoção, calmos, tranquilos, emotivos, normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro. O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros. Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente, porém discreta e, na aparência, apenas inconsequente. Pode vir a ser interesseiro e indeciso, mas seu maior defeito é o ciúme. Um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como manifestação mais  profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca. É muito desconfiado e possuidor de grande intuição que muitas vezes é posta à serviço da astúcia, conseguindo tudo que quer com imaginação e intriga. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo de frente. Sua atitude lembra o movimento do rio, quando a água contorna uma  pedra muito grande que está em seu leito, em vez de chocar-se violentamente contra ela, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser  incrivelmente teimosos e obstinados. Entretanto, ás vezes, parecem esquecer um objetivo que antes era tão importante, não se importando mais com o mesmo. Na realidade, estará agindo por outros caminhos, utilizando outras estratégias. Oxum é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora uma pirraça. Da beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque feminino de bondade Postado por Hunso Sueli de Vodun Abe às 21:40 Nenhum comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Orkut Marcadores: OXUM/AZIRI/DANDALUNDA OXUM/AZIRI/DANDALUNDA - PARTE II - OXUM (cont)

Feminina, sensual, ingênua, dócil e infantil, desejosa de curar, ajudar e cuidar dos fracos. Afetividade, familiaridade, concordância, maternidade, altruísmo, inverso: maledicência . Poder claramente relacionado com a fecundidade, é personagem de um mito muito conhecido em que um simbolismo transparente mostra que mesmo OXALÁ supera o tabu da menstruação para prosternar-se aos seus pés. Transformando em penas vermelhas o papagaio da costa, o sangue que gotejava do corpo de uma sacerdotisa. OXALÁ nunca há de separar-se desta pena vermelha que é ekodidé e que será o único sinal desta cor que carregará pela eternidade. OXUM representa a mãe da criação que toma conta dos filhos dos outro em gestação e até o décimo sexto dia de nascimento. Diz-se que ela é provedora, atende as necessidades dos outros e que portanto, merece o reconhecimento dado a uma mãe. OXUM entidade é muito imponente, delicada, graciosa, geralmente bonita.Não se zangam com facilidades.  Não gostam de brigas. Não sabem recusar. Adoram crianças pequenas. Algumas são ambiciosas, adoram o luxo, o conforto e a riqueza,julgam que para vencer na vida consiste em usar seus encantos para conseguir o que querem. Mas também tem seu lado intrigante, hipócrita, mentirosa, interesseira. Orixá que recebe o nome de um rio da Nigéria, em Ijexá e Igebú. Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro, da riqueza e do amor. A OXUM pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe  pertencem . Dona da água doce, gosta de usar colares, jóias, brincos de ouro e tudo que se relaciona com a vaidade, flores, etc. Orixá das águas doces é a própria Vênus. Por um lado é a moça faceira e sedutora, por outro preside os mistérios femininos, a maternidade, a magia, profundezas da imaginação, a riqueza, crescimento e a fecundidade. OXUM a estrela, mostrando sua luz na imensa escuridão da mente humana. OXUM, a senhora das águas doces, e de parte das águas do mar, é a aiabá da beleza, da fertilidade, da feminilidade e do charme. Poderosa rainha que conquistou o coração de XANGÔ também de BARÁ, ou OGUM, recebendo o nome de ÁPARA sendo muito semelhante com IANSÃ. Dona de uma elegância e de uma astúcia surpreendente. Dama da mais alta hierarquia. Foi ela que criou a galinha da angola, ave que por ter o corpo pintado e ostentar um osu na cabeça é tido como feito -iniciado- .Entidade da medicina curativa, madrinha da  procriação e da gestação que toma sob sua proteção todos os seres humanos desde a concepção até que comecem a andar e adquirir conhecimento. Evita abortos e complicação durante a gravidez. OBÁ tem muito ciúme e raiva de OXUM, a ninfa das cascatas, e ódio mortal da relação que XANGÔ mantém com a charmosa senhora dos rios, ribeirões e lagos límpidos.

A esperta OXUM foi junto com IANSÃ a causadora do aleijão de OBÁ, quando ludibriada perdeu a orelha esquerda. Pela tradição nos terreiros, não se pode deixar dançar perto uma da outra. OXUM é a água que produz todas as qualidades de som, esposa rica de XANGÔ, a senhora do Ijexá. A graciosa rainha, cuja idés de ouro imitavam o burburinho das cascatas. Ela se vestia de ouro e de bronze, tinha dentes belos e era muito elegante e esperta. Cantava muito lindo. Quem queria ter dinheiro pedia a OXUM que ela dava. OXUM meticulosa cozinheira. Vaidosa, maternal, sensual, esposa mais rica do rei de Oió. É a graciosa mãe das águas profundas, divindade dos rios, fontes e regatos. Orixá que enfeita seus filhos com ouro e fica muito tempo no fundo das águas gerando riquezas. Que conhece o segredo, o segredo da vida, nas não o revela. Mãe procriadora, está associado a fisiologia feminina preside a menstruação, gestação e nascimento. É considerada a dona do ovo, símbolo da fertilidade, a maior célula viva, e que evoca a idéia de fartura e riqueza.

OXUM/AZIRI/DANDALUNDA - PARTE I - OXUM

......A rainha do candomblé como é chamada por Vialle (2007) é a dona do ouro e da prata e dos mais ricos encantos femininos. Das yabás, os orixás femininos, só Oxum tem os poderes de penetrar no reino de Ifá, o senhor da adivinhação. Somente ela pode jogar os dezesseis búzios divinatórios de Exu. .....Para Verger (1981), Oxum é muito bonita, dengosa e vaidosa. Gosta de pano vistoso, marrafas de tartaruga e possui uma grande paixão pelas jóias de cobre. Antigamente, na terra dos iorubás o cobre era um metal muito precioso e todas as mulheres elegantes possuíam jóias pesadas de cobre. Conhecida como mãe das mães pelos mais tradicionais candomblés do Brasil de rito nagô-kêto, é o orixá relacionado com a beleza, a vaidade e a procriação. ....Para os nagôs é Oxum; a nação jeje é conhecida como Aziri; em banto, Kissimbi. A divindade da água doce é a mais jovem das mulheres de Xangô. Também é conhecida em alguns candomblés como a ninfeta próximo de sua fonte. Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora da Conceição. Nos candomblés é festejada no dia 08 de dezembro. A mãe das mães é o símbolo do poder feminino de procriação. Segundo Verger (1981), “sem Oxum não há filhos” (LIMA apud VERGER, 2007). As mulheres são controladas em sua fecundidade de acordo com o desejo de Oxum. De acordo com as lendas, os Orixás se reuniam na terra para deliberarem suas ações e as mulheres não podiam participar das reuniões. Portanto, Oxum tornou todas as outras mulheres estéreis e impediu que as atividades planejadas pelos orixás chegassem a um resultado satisfatório. Quando os orixás foram se queixar com Olodumaré, ele questionou sobre a não participação de Oxum nas reuniões. Segundo Olodumaré, todas as atividades não poderiam dar certo sem a presença da fertilidade de Oxum. Quando os orixás convidaram Oxum para participar dos seus empreendimentos, todas as atividades foram realizadas com sucesso e as mulheres voltaram a ser férteis. Embora seja conhecida como a mãe das mães, Oxum no seu primeiro casamento com Orumilá, o orixá da sabedoria e da advinhação, não teve filhos. Como presente de núpcias, ganhou dezesseis búzios que são usados pelos sacerdotes de Oxum. Como Oxum não ficou grávida durante o casamento, de acordo com as tradições africanas isso foi considerado uma desgraça. Então Oxum permitiu que seu marido tivesse filhos o abandonando. Depois, Oxum descobre em seu novo esposo Xangô Aieledje que a sua personalidade se completa e foram muito felizes como marido e mulher. Mais mesmo assim Oxum não lhe deu filhos. Ambos concordaram então, que Oxum deveria voltar ao seu antigo marido para pedir que ele consultasse Ifá  para saber o que estava acontecendo.

Orumilá fez com que Oxum fosse transportada ao céu onde escutou a voz de Olodumaré. Oxum teve uma visão onde viu uma multidão de meninos e meninas que corriam em sua direção. Oxum lhes ofereceu doces e ao se despedir retirou gostosuras de um pote que trazia no topo de sua cabeça. Quando Oxum retornou, chorou muito e contou para Orumilá. Este o parabenizou dizendo que ela estava grávida. Quando Oxum engravidou, todas as outras mulheres que eram estéreis também engravidaram sendo que nasceram muitas crianças. Ela usava de seus poderes para baixar a febre das crianças e todas as outras mulheres faziam oferendas em seu favor. Para Lakesin (1991), Oxum ganha o título de Irunmalé Olomowewê, a divindade protetora das crianças,  pois na terra ioruba ela curava a febre de todas as crianças sem nenhuma dificuldade. (LIMA apud LAKESIN, 2007, p. 107), Oxum é adorada como a mãe da água doce. Conquistou poder e sabedoria por meio de seu comportamento sedutor, meigo e cheio de dengo. Essas também são as características dos filhos da Oxum. Há um rio que tem o seu nome e deságua na Lagoa de Olobá próximo ao Golfo de Guiné, depois do território de Ijexá. Os africanos iorubás fizeram de suas lindas mulheres os mais belos rios da África: Oiá na  Nigéria e o Rio Oxum, em Oxogbo, a morada mais bela de Iyabá. Dessa forma, o toque dos atabaques para a dança no candomblé é denominado Ijexá, pela beleza da mulher  faceira que exibe os seus colares e as pulseiras, dançando diante de um espelho, vaidosa, linda e sedutora. OXUM: DE MÃE E FILHA FAVORITA A ESPOSA ENCANTADORA

Embora fosse considerada a mãe das mães, Oxum também é a filha favorita de Orixalá e de Iemanjá. Sendo a filha mais nova do casal, alguns mitos apontam à ilegitimidade dessa paternidade. Orixalá aceitou Oxum como filha adotiva, sendo ela filha de Orumilá com Iemanjá. Foi cercada por muito mimo, até que Xangô se apaixona por ela e invade o palácio, tendo Orumilá que concordar com o casamento. Muito dengosa forçou que Xangô deitasse a seus pés devotando-lhe amor. Mesmo considerada uma boa mãe, conta-se que Oxum lava primeiramente as suas jóias antes mesmo de lavar os seus filhos. Conforme Segato (2005) alem de Oxum ser uma “filha dócil, boa e atenciosa para com eles também é a amante preferida de Xangô”. (p. 78). Considerada como a mãe de criação dos santos, em oposição a institucionalização de Iemanjá: Alguns dizem que ela é mãe legitima de Ibeji, outros dizem que ela é mãe de criação. Alem disso, alguns informantes mencionaram um episodio mítico no qual Oxum se engaja num breve caso homossexual com Iansã. Oxum é deusa sensual, meiga e vaidosa das águas doces e do ouro. Rege os órgãos reprodutores femininos e a sua própria fertilidade. Sua cor é o amarelo. Come galinhas amarelas, patos, galinhasd’angola, cabras, porcos castrados e gosta de mel e de doces. E assentada em uma pedra amarela e suas oferendas são despachadas em águas ou próximo delas. Santo Católico: Nossa Senhora do Carmo (SEGATO, 2005, p. 78). Além de filha favorita, Oxum é a esposa encantadora e conquistada por Xangô. Quando Xangô se apaixonou por Oxum, ela primeiramente o recusou. Entretanto, ele tentou violentá-la. Xangô foi impedido  por Exu de dominar Oxum sem que ela aceitasse livremente. Xangô trancou Oxum em uma torre muito alta e a manteve como prisioneira obrigando que ela o aceitasse. Quando Exu descobriu o feito, correu para fazer um pedido a Olorum que soprou em Oxum um pó e a transformou em uma pomba libertando-a da torre pela janela. Oxum foi a segunda mulher de Xangô. A primeira chamava-se Oiá-Iansã e a terceira Obá. Quando Xangô foi pedir Oxum em casamento, ela colocou uma imposição. Disse que somente aceitaria casar se Xangô levasse o pai dela nas costas para que ele pudesse assistir ao casamento. Oxum é a preferida e está sempre atenta para manter-se a mais amada. Muito apaixonado Xangô prometeu que depois do casamento carregaria o seu pai no pescoço pelo resto da vida. Depois de casados confeccionou com contas vermelhas e contas brancas um colar com as duas misturadas. Colocou no pescoço e mostrou a Oxum dizendo que havia cumprido a promessa. As contas vermelhas seriam de Xangô e as contas brancas de seu pai que carregaria o resto da vida no pescoço. Embora demonstre doçura e encanto, Oxum não tem somente atributos positivos. A rainha do candomblé também possui características negativas em sua personalidade. São Chantagistas, choram para ter a piedade dos outros, dramáticas, matreiras, debochadas, possessivas, exigentes, ciumentas e altamente autoritárias. Costumam palpitar sobre os problemas alheios e adoram fazer criticas.

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