VOLEISHOW-#6

June 14, 2019 | Author: fjesumar | Category: Volleyball, Brazil, Time, Brazilians, Europe
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#6

SUPERLIGA ELES QUEREM MAIS EMAGREÇA JOGANDO VÔLEI DICAS E TEXTOS SOBRE TREINAMENTO, FISIOTERAPIA, MEDICINA, ESTATÍSTICA, ESTATÍSTICA, E MUITO MAIS.

E D I T O R I A L

Manter o foco em um trabalho cada vez mais qualificado, conseguir trazer para vocês os melhores e mais variados profissionais com suas opiniões e experiências, acertar na diagramação da revista, coletar fotos que expressem o sentido de cada matéria, captar investidores, ou melhor, parceiros que acreditem na ideia deste projeto. Isso tudo realmente me toma um bom tempo do dia. Dia este em que preciso estar presente nos treinamentos da equipe pro fissional na qual sou assistente técnico e, em uma Superliga muito disputada, está fazendo um ótimo papel. Ainda preciso, há 7 meses, ser um bom pai e um bom marido, afinal estou passando pelo melhor momento da minha vida. Se sobrar um tempinho, ainda preciso manter a forma, porque sem um bom condicionamento, não é possível dar treinos no nível masculino do vôlei brasileiro. Ainda tenho a esperança de a terra demorar mais para dar uma volta no próprio eixo e o dia ter pelo menos umas 30 horas. Isso me ajudaria muito. Essa revista está muito rica. São vários textos muito interessantes para você que gosta de vôlei e, principalmente, para você que dedica a sua vida formando jovens jogadores. O f oco mais uma vez foi muito técnico. Muitas informações do mais alto nível. Palavras escritas por quem tem uma longa história no voleibol farão você pensar a respeito da modalidade. Está pronto? Então boa leitura. As próximas páginas estão esperando por você com craques, histórias, per fis, matérias e, é claro, muito voleibol. O vôlei do Brasil está cada vez mais sensacional! Um grande abraço a todos Marcel Eickhoff Matz

A revista digital VOLEISHOW é uma publicação trimestral do site VOLEISHOW.

DIREÇÃO GERAL Marcel Eickhoff Matz CREF 006871-G/RS

EDITOR RESPONSÁVEL Marcel Eickhoff Matz

 JORNALISTA RESPONSÁVEL Marcilênio Arruda DRT/SC 01685

PROJETO GRÁFICO e DIAGRAMAÇÃO Jair Figueiredo de Sena www.jairsena.com.br A VOLEISHOW não se responsabiliza por informações, conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados por colaboradores, bem como pelo conteúdo de anúncios publicitários.

INDICE

VOLEINEWS............................................................................................................................ 6 SELEÇÃO VOLEISHOW ............................................................................................................. 8 AQUECIMENTO ........................................................................................................................ 5 VOLEISHOW ESTILO .............................................................................................................. 16 HISTÓRIAS DO VÔLEI ............................................................................................................ 18 ESSE É CRAQUE.................................................................................................................... 20 SUPERLIGA ATRAINDO MAIS ESTRANGEIROS ......................................................................... 24 ENTREVISTA COM MARCELO MENDEZ .................................................................................... 31 ENTREVISTA COM KARIN LUNDQVIST..................................................................................... 35 EMAGREÇA JOGANDO VÔLEI .................................................................................................. 40 TOQUE DE CAMPEÃ ............................................................................................................... 43 MEU TREINADOR................................................................................................................... 44 ESTRATÉGIAS PARA O ENSINO DA CORTADA .......................................................................... 46 AS DIFERENÇAS ENTRE VOLEIBOL MASCULINO E FEMININO ................................................... 48 LEVANTAMENTO NO VÔLEI DE PRAIA ..................................................................................... 50 ENTENDENDO O PROCESSO DE LEVANTAMENTO .................................................................... 53 VOLEIBOL E SEUS COMPLEXOS, UMA ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA .......................................... 56 A NOVA REGRA SOBRE A RECEPÇÃO ...................................................................................... 58 O ENTRA E SAI DOS PATROCÍNIOS NO VÔLEI .......................................................................... 59 O PAPEL DA FISIOTERAPIA ESPORTIVA NO VOLEIBOL ............................................................. 60 LESÕES TRAUMÁTICAS NO VOLEIBOL .................................................................................... 62 ARQUIBANCADA ................................................................................................................... 64

SUPERLIGA B CONTA COM A PARTICIPAÇÃO DAS SELEÇÕES DE BASE. A segunda divisão do campeonato nacional de clubes masculinos deste ano conta com a participação das duas seleções de base do Brasil. O time infanto está participando como Brasil e a base da seleção juvenil joga pelo time do Olympico Club, de Belo Horizonte. Para o técnico Percy Oncken, a participação é importante para “dar experiência de jogo em competições já que não temos mais campeonatos, comparado com os europeus. Outro ponto importante é a evolução significativa que a equipe teve de um circuito para o outro. E é exatamente isso que pensávamos como objetivo secundário”.

BRASILEIROS SÃO ESCOLHIDOS MELHORES DO MUNDO. O site italiano volleyball.it mais uma vez desenvolveu a sua tradicional pesquisa de opinião para apontar os melhores do mundo em cada posição e o levantador Bruninho, o técnico Bernardinho e a oposta Sheilla venceram. A final da competição dos levantadores foi contra o também brasileiro Raphael Vieira que defende, há alguns anos, o time do Trentino. No duelo entre Zé Roberto e Bernardinho venceu o técnico da nossa seleção masculina. A oposta Sheilla venceu a americana Hooker, que no ano passado ocupava a posição da própria Sheilla no time do Sollys.

RÚSSIA CONTINUA COMO FORTE MERCADO, PRINCIPALMENTE DEPOIS DO TÍTULO OLÍMPICO. O país mantém o nível de importação nos clubes e leva importantes competições para serem disputadas em seus domínios As finais da Champions League, melhor e mais forte campeonato de clubes da Europa, além da Universíade que será disputada na cidade de Kazan, no mês de julho. O país ainda tentou levar a fase final da Liga Mundial, porém a FIVB oficializou a disputa para a cidade de Mar del Plata, na Argentina. A fase final acontece do dia 17 ao dia 21 de julho.

FIVB CRIA NOVA CATEGORIA. A partir deste ano a FIVB o ficializa mais uma categoria de disputa para campeonatos mundiais de base. A categoria U-23 (Under-23) será para  jovens de até 23 anos. O objetivo é dar mais oportunidade para uma faixa etária que ainda tem pouco espaço nas seleções de seus respectivos países. Os campeonatos estão marcados para o mês de outubro, com a disputa do masculino aqui no Brasil e do feminino, no México. Com isso, a faixa etária de competições o ficiais vai de U-16 até U-23, ou seja, dos 16 aos 23 anos existem competições o ficiais da FIVB. A nossa seleção deverá ser uma das mais favorecidas, visto a grande formação de atletas no país e a falta de espaço para grandes competições.

BRASIL TEM DUAS BOLAS OFICIAIS NA QUADRA. Com a entrada da MIKASA em competições nacionais (CBV), os clubes que participam deste tipo de competição receberam da própria CBV bolas para o treinamento e também para os jogos. Porém nos estaduais, a bola continuará sendo a Penalty e isso acarretará, além de um custo maior para os clubes, um rendimento inferior em quadra, pois a alternância da bola nos treinamentos prejudica o desenvolvimento do atleta.

CBV CRIA SELEÇÃO DE VÔLEI DE PRAIA E JOGADORES JÁ TREINAM EM SAQUAREMA. A confederação criou duas seleções permanentes de vôlei de praia, com o objetivo de escolher entre os participantes os jogadores(as) que vão representar o Brasil nas principais competições do calendário mundial. A seleção masculina é treinada pela experiente técnica Letícia Pessoa,  já a feminina tem o comando do técnico Marcos Miranda, que está feliz e motivado com o novo projeto. Ele diz ao site da CBV que “o objetivo é dar a melhor estrutura e a melhor qualidade de treinamento para que as atletas possam representar o Brasil da melhor maneira possível nas competições internacionais”. Vamos aguardar e ver o resultado deste novo modelo. Os jogadores já começam a mostrar certo desapontamento com a mudança.

SELEÇÃO VOLEISHOW            V            B            C

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LEAL

ADENÍZIA

LORENA é a sensação por onde passa. Liderando os contra-ataques do time da capital de SP ele é a paixão da torcida vermelha. O canhoto mais uma vez é destaque nos números da CBV.

Quem conhece ou teve a oportunidade de vê-lo jogar sabe que é uma máquina de saque e ataque. Com muito treinamento para o passe, um dos fundamentos que tem mais dificuldade, ele promete que vai atacar muitas bolas no Brasil. Tem contrato de mais um ano com o SADA.

É um sucesso de simpatia com a torcida e de belas atuações na quadra. A central do time do Sollys deverá se manter como umas das principais centrais do Brasil nos próximos anos.

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GABI Ela é comparada pelos técnicos como o Giba entre as mulheres. A ponteira está tendo uma oportunidade no time do Unilever devido à lesão que está afastando das quadras a americana Logan Tom. Voa Gabi!

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GUSTAVO ENDRES

 JULIANA CARRIJO

O que falar deste central que é um professor quando o assunto é bloqueio. Com estratégias definidas a partir da sua leitura, ele sai da situação de passividade do bloqueio para agredir os adversários e ajudar o time de Canoas.

Foi umas das maiores revelações em uma temporada onde novas levantadoras deram as caras. Levou o time do Praia Clube a sua melhor participação da história, um quinto lugar.

MÁRIO JR

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Mais uma vez figura entre os principais líberos do Brasil. Ele dá as cartas na zona de defesa do time do RJX e provavelmente deverá figurar com a camisa verde e amarela nos próximos anos.

    V     B     C     O     Ã     Ç     A     G     L     U     V     I     D     S     O     T     O     F

MARINA DONATI DALOCA A meio de rede do SESI-SP, Marina Donati Daloca, nasceu no dia 08/08/1979, em Jundiaí, na grande São Paulo. Ela adora ouvir música e uma de suas preferidas é “Better Sweet Simphony”, do The Verve. Sua banda favorita é Red Hot Chilli Peppers. Uma viagem considerada perfeita por Marina é conhecer o arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, acompanhada de seu noivo. Em momentos de folga, a atleta costuma ir para a casa dos pais, em Jundiaí, e não pode faltar seu noivo e seu cachorro. Seus planos para o futuro são terminar a faculdade e formar sua família.

VOCÊ TEM ALGUM AUTOR PREFERIDO? QUAL? Não tenho um único autor, costumo ler biografias.

VOCÊ TEM O COSTUME DE LER SEMPRE OU SÓ QUANDO ESTÁ NO MOMENTO DE DESCANSO? Tenho o habito de ler sempre. Dou uma parada em semana de provas, na verdade mudo de leitura, né!

SE VOCÊ PUDESSE SER UM PERSONAGEM DE UMA HISTÓRIA, QUAL SERIA? POR QUÊ? Muita gente vai rir, mas queria ser o Harry Potter! Rsrs.

ESTÁ LENDO ALGUM LIVRO NESTE MOMENTO? QUAL? FALA SOBRE O QUÊ? Estou lendo “O Efeito Sombra”, que fala sobre um lado oculto que temos, que escondemos de nós mesmos por julgarmos ser errado, mas que a melhor maneira de lidar com isso é aceitando que todos temos defeitos e medos. Estou achando bem interessante.

VOCÊ TEM ALGUM LIVRO PARA INDICAR? QUAL? Para as mulheres, indico a trilogia “Cinquenta Tons de Cinza” e também “Scar Tissue - A Vida Alucinada do Vocalista do Red Hot Chili Peppers”.

UM RECADINHO DE MARINA PARA OS FÃS: “Só quero agradecer por todo o carinho ao longo da minha carreira, vocês são muito importantes para o crescimento e formação de cada um de nós, atletas.”

DANILO GELINSKI Levantador do UFJF, nasceu dia 13/03/1990, em Guarapuava, Paraná. Quando está de folga gosta de viajar com a família, amigos e a namorada. Um lugar onde gostaria de ir é para a Califórnia, Estados Unidos. Danilo adora ouvir músicas de pagode, sertanejo e samba, gosta de filmes de suspense e seu livro preferido é “Uma vida sem limites”, de Nick Vujicic. Para o futuro, deseja continuar evoluindo na carreira e conquistar todos os seus objetivos.

QUAL A SUA BANDA PREFERIDA? Não tenho uma banda especí fica favorita, gosto muito de sertanejo e ouço muitas duplas e bandas desse gênero.

VOCÊ JÁ FOI A ALGUM SHOW DESTAS BANDAS? O QUE ACHOU?  Já fui a alguns shows, como Victor e Léo, Guilherme e Santiago, Gustavo Lima, Cesar Menoti e Fabiano, todos muito bons, mas o que mais gostei foi o da dupla Cesar Menoti e Fabiano, em Pará de Minas, MG.

QUAL SHOW QUE VOCÊ FOI E FICOU MARCADO COMO O MELHOR DA SUA VIDA? Apesar de não ser uma banda do gênero sertanejo, o show que posso dizer que foi o melhor da minha vida foi o do grupo Sambô, em Juiz de Fora, MG. A banda toca vários sucessos nacionais e internacionais em ritmo de samba, outro gênero que gosto muito.

VOCÊ TEM O COSTUME DE FREQUENTAR GRANDES SHOWS OU PREFERE ALGO MAIS CALMO, EM BARES E CASAS NOTURNAS? Gosto muito de ir a grandes shows, mas muitas vezes não tenho oportunidade de frequentá-los. Costumo, então, ir a bares e casas noturnas, onde ocorrem shows menores e onde consigo me divertir com meus amigos e escutar música boa.

PARA VOCÊ A SEGURANÇA E O CONFORTO EM GRANDES SHOWS SÃO FUNDAMENTAIS? Com certeza a segurança e o conforto são fundamentais, assim é possível aproveitar e se divertir muito mais nesses eventos.

MENSAGEM DA DANILO GELINSKI PARA OS FÃS: “Gostaria de agradecer o apoio de todos, principalmente da minha família. Continuem torcendo porque eu vou dar sempre o meu melhor.”

ARY NOBREGA O ponteiro do Sesi-SP, Ary Nobrega, nasceu no dia 10/07/1991, em Recife, Pernambuco. Com 21 anos, Ary gosta de jogar videogame nas horas vagas e assistir a um bom filme de ação ou drama. Na sua lista de favoritos está “Forrest Gump”. Além disso, gosta de ler e o livro que ele indica é “A Cabana”. Uma viagem considerada perfeita seria uma praia acompanhada de uma boa companhia, de preferência, que esta companhia seja sua namorada. Seu plano para o futuro é conseguir ter estabilidade financeira.

QUAL O GÊNERO DE FILME QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE ASSISTIR? Drama e ação.

SE PUDESSE VIVER UMA HISTÓRIA, QUAL VOCÊ GOSTARIA DE VIVER? No filme “Sem Limites”, com Bradley Cooper.

MUDARIA O FINAL DE ALGUM FILME QUE VOCÊ ASSISTIU E DEIXOU A DESEJAR? “O Dia Em Que A Terra Parou”, com Keanu Reeves.

TEM ALGUM FILME QUE ESTÁ COM VONTADE DE ASSISTIR E QUE NÃO CONSEGUIU VER AINDA? QUAL? Sim, vários. Com o calendário da Superliga, não sobra muito tempo para ir ao cinema. Gostaria de ver “Django Livre”, do Tarantino.

QUAL A GULOSEIMA QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE COMER QUANDO ESTÁ ASSISTINDO ESTE TIPO DE FILME? Quando vejo em casa costumo fazer um brigadeiro de panela, no cinema é a tradicional pipoca.

PREFERE ASSISTIR EM CASA, SOSSEGADO OU IR AO CINEMA? Depende do filme. Acho que vale a pena ir ao cinema pela qualidade, ainda mais quando é um filme com efeitos especiais.

QUAL A MELHOR COMPANHIA QUE SE PODE TER PARA ASSISTIR ESTE TIPO DE FILME? Minha namorada.

MENSAGEM DO ARY PARA SEUS FÃS: “Um abraço para quem me acompanha e gosta do meu vôlei e um abraço especial para meu Fã Clube no Twitter!”

SAMARA DE ALMEIDA COELHO É a promessa do voleibol, nasceu em 16/07/1992, em São Paulo, capital. Com 20 anos, atualmente joga na equipe Sollys/Nestlé e é ponteira. Samara gosta de viajar, e os lugares que ela adoraria conhecer são Amsterdã e Roma. Nas horas vagas aproveita para ler livros, na lista dos seus preferidos o espaço é de “Nunca Deixe de Tentar”, de Michael Jordan. Falando de música, a ponteira do Sollys é muito eclética, mas entre suas preferidas está “Sorrir”, de Chitãozinho & Xororó. Nas suas folgas gosta de rever os amigos e curtir a família. Seus planos para o futuro são se estabilizar financeiramente, casar e ter seus filhos.

VOCÊ GOSTARIA DE TER COMPOSTO ALGUMA MÚSICA? QUAL? Não possuo esse dom.. (risos)

QUAL A BANDA QUE MAIS GOSTA DE OUVIR ANTES DE UMA PARTIDA? “Seu Jorge”, porque sua voz me tranquiliza e consequentemente me faz concentrar, e Djavan, por ser a paz em pessoa.

ALGUMA MÚSICA FAVORITA DESTAS BANDAS? Seu Jorge: “Tive Razão” e Djavan: “Samurai” e “Já Não Somos Dois”.

VOCÊ TEM PREFERÊNCIA POR ALGUM ESTILO MUSICAL? SE FOR MAIS DE UM, QUAIS? Minha preferência é o MPB e samba de raiz, mas quando se faz parte de um grupo grande de pessoas, você acaba ouvindo o gosto de todos e acaba gostando de tudo um pouco. Posso dizer que sou sertaneja, pagodeira e até funkeira, às vezes.. (risos)

SE VOCÊ PUDESSE TOCAR ALGUM INSTRUMENTO EM UMA BANDA, QUAL SERIA ESTE INSTRUMENTO E A BANDA? Tocar violão com Nando Reis seria fantástico! Ser uma das violinistas do Sinfônico do Chitãozinho & Xororó também não seria nada mal. Eu também poderia tocar pandeiro pros mestres Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jorge Aragão.. (risos)

QUAIS AS CINCO MÚSICAS QUE NÃO PODEM FALTAR NA SUA PLAYLIST? “Sorrir” - Chitãozinho & Xororó e Djavan | “É isso aí” - Ana Carolina e Seu Jorge “Ela une todas as Coisas” - Jorge Vercillo | “Espelho” - Diogo Nogueira “Por onde andei” - Nando Reis

MENSAGEM DA SAMARA PARA OS FÃS: “Nunca tenha medo de tentar algo novo.”

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VENDESE  Jogador quer vender seu carro Fiat muito antigo. Coloca um papel no vidro do carro com o dizer: VENDE-SE. Um colega do time vê o anúncio e coloca outro papel embaixo do vidro: DUVIDO. BRINCADEIRA O técnico pergunta a um dos jogadores em teste, em que posição ele jogava. O jogador responde: - Eu brinco nas seis. E o treinador: - Então você está no lugar errado. O parque de diversões é do outro lado da cidade. BREAKFAST Na apresentação de uma equipe masculina em junho, contrataram um jogador canadense para integrar o grupo. No terceiro dia de treinos, pela manhã, o estrangeiro fala para os companheiros: - I am going eat my breakfast. Todos os outros jogadores se entreolharam e um perguntou para o colega do lado: - O que é breakfast? Sem pestanejar e achando que sabe tudo da língua estrangeira, responde: - PRETO RÁPIDO. ZERO GRAU A delegação prestes a pousar na Itália, ouve o piloto dizer: Em 10 minutos estaremos pousando no aeroporto de Roma. A temperatura é de zero grau. A jogadora fala para a companheira ao lado: -Graças a Deus, não está quente nem frio. INGLÊS DE PRIMEIRA No aeroporto de Chicago, o supervisor da equipe juvenil, para agilizar porque tinha pouco tempo, resolveu dar só um tipo de comida para toda a delegação. Decidiu que seria risoto de frutos do mar. Quando chegou a comida, um jogador vendo que tinha Polvo no seu prato comentou com o colega de mesa: - Cara, eu não como estas coisas. Eu não falo nada de inglês e como vou trocar este prato sem o chefe saber? O colega querendo ajudar: - Pede para o garçom para tirar o Polvo. - E como se fala Polvo em inglês? E o colega sem pestanejar: - Acho que é PEOPLE!

Mais uma vez foi um prazer contar algumas das histórias engraçadas que vivenciei ou ouvi dizer neste longo tempo em que trabalho com o vôlei. Abraços!

Rommel Milagres Preparador Físico do Minas e da Seleção Infanto Feminina do Brasil. Escritor nas horas vagas.

ESSA É CRAQUE

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Thaisa é unanimidade entre a torcida do Sollys/Osasco e lógico entre todos que entendem de voleibol. A força no ataque desta central de 1,96m nascida em 1987 é um dos seus pontos fortes. Jogando no melhor time do Brasil, a central conquistou, já nesta temporada, o título mundial de clubes e, com a seleção, foi campeã olímpica. Além da qualidade no ataque e no bloqueio ela tem um dos melhores saques do mundo, o que causa um verdadeiro desespero em qualquer linha de passe, pois o seu flutuante vem literalmente de cima para baixo.

ESSA É CRAQUE           R           E           V           E           L           I

          N           U

Fofão

é a história do vôlei feminino no Brasil. Presente durante tantos anos na nossa seleção ela já havia parado de jogar profissionalmente e por um pedido especial voltou a defender um time pro fissional. O comando do técnico Bernardinho e a dupla formada com a jovem Roberta são os fatores que dão condição da craque atuar durante praticamente toda a Superliga. Perfeita tecnicamente e muito experiente taticamente, ela é o cérebro do time carioca. Completou 43 anos recentemente.

ESSE É CRAQUE

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Wallace

é assustador. Claro que não estamos falando de beleza, essa linha não é nossa responsabilidade. Atualmente, os jovens  jogadores devem tentar reproduzir os seus ataques pelo Brasil afora, porém as cenas que vemos pela televisão são feitas por um profissional, não devem ser executadas por qualquer um. ELE VOA. No auge fisicamente, ele já tem um lugar na seleção e está sendo uma referência no time do SADA em mais uma temporada. Tem 26 anos, 1,98m e chega aos 3,50m quando ataca.

ESSE É CRAQUE

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Dante

sempre foi assim. Tranquilo, sereno e na quadra muito eficiente. Ele é craque no sentido literal da palavra. Quem conhece sabe da facilidade com que ele executa os fundamentos do vôlei, muitas vezes parece que ele está brincando de jogar. O atacante do RJX está brilhando nesta Superliga. O jogador, que está no Brasil há dois anos, depois de uma longa carreira internacional, acredita que ainda é possível jogar mais uma olimpíada. A torcida do vôlei brasileiro é total para que ele esteja na seleção do Brasil no Rio em 2016. Está com 32 anos e tem 2,01m.

SUPERLIGA ATRAINDO MAIS ESTRANGEIROS O vôlei do Brasil vem tendo bons resultados a nível mundial há pelo menos 20 anos. Esse fator promoveu um crescimento do esporte e uma profissionalização do mesmo. Há alguns anos o sucesso da modalidade gerou uma “exportação” de talentos para o vôlei mundial. Nos anos 90, os principais craques da seleção masculina atuavam, na sua maioria, na Europa, mais precisamente na Itália. Os investimentos nas equipes nacionais não tinham como se equipararem com os investimentoss da Europa. O câmbio também favorecia o jogador a atuar no exterior. investimento

Com a criação da Superliga e o aumento da visibilidade

CBV permite dois estrangeiros em cada equipe já aumenta

no esporte nos últimos anos, principalmente pelo canal

para 20% no masculino e 30% no feminino. A confederaçã confederaçãoo

fechado Sportv, os investimentos foram aumentando e

permite no masculino, onde temos 12 times na disputa, 24

com isso as nossas grandes estrelas voltaram a atuar

estrangeiros e no feminino 20 “gringas”, onde compõem a

no país. Hoje aproximadamente 90% dos integrantes das

tabela 10 equipes.

nossas seleções principais atuam em casa. O modelo de

Comparando o Brasil com a Itália, que sempre foi o destino

pontuação que a CBV usa para equilibrar os times (veja a

para onde a maioria dos nossos craques migrava, o nosso

explicação no quadro abaixo) fez como que, não só por

país ainda tem poucos jogadores “importados”. Na Itália

opção técnica, os times importassem bons jogadores de

o número de estrangeiros, somente na liga masculina,

todas as partes do mundo. Com a utilização de jogadores

está em torno de 70 jogadores, uma média de quase 6

estrangeiros, a possibilidade de melhorar o time sem

estrangeiros por time. Claro que estamos falando de um

somar pontos é uma ótima opção.

país acostumado a vender a ideia de um campeonato com

O superintendente da CBV Renato D’Avila acredita que

as maiores estrelas do mundo em quadra.

“a chegada de atletas estrangeiros é uma questão de

Voltando ao mercado nacional, hoje o país que mais

mercado. Os clubes brasileiros conseguiram atingir

fornece jogadores para o Brasil, tanto no masculino, quanto

patamares de investimento comparáveis aos da Europa.

no feminino é Cuba. O projeto político do país mantém os

Sendo assim, foi possível o repatriamento de diversos de

 jogadores  jogador es “presos” em um mercado interno interno,, o que acaba

nossos jogadores e a contratação de alguns estrangeiros estrangeiros”. ”.

rendendo pouco dinheiro para os atletas. Em função disso,

Quando perguntado sobre a diminuição do espaço para os

Cuba está sendo abandonada pelos jogadores, que ficam

 jogadores  jogador es brasileiros brasilei ros ele argume argumenta nta que “a nossa nos sa política polí tica

pelo menos 2 anos sem atuar para poder ter o seu passe

é, de acordo com os clubes, manter um pequeno limite

livre. Com esse abandono ao país, os jogadores entram

de jogadores estrangeiros (1 ou 2) por temporada em

em um mercado mundial e são, pelo menos em termos

cada equipe. Entendemos que dentro desse limite não

numéricos, os preferidos pelos técnicos brasileiros. Além

estaremos prejudicando a formação e o amadurecimento

dos cubanos, temos dois jogadores da Europa e outras

dos nossos jogadores”. O fator que levou o Brasil, que é

duas da América do Norte. No vôlei de praia, a sueca

conhecido no mundo do vôlei como um país formador, a

Karin Lundqvist, é a representante estrangeira dentro do

atrair jogadores é o atual momento político, econômico e

universo formado pelos brasileiros. Conheça mais sobre

de desenvolvimento do país, finaliza ele.

ela em uma entrevista muito legal na seção Vôlei de praia.

Esse é o foco principal dessa matéria. Há algum tempo o modelo das equipes e da competição realizada aqui no Brasil é compatível com os melhores campeonatos do mundo, o que acaba atraindo alguns bons jogadores e técnicos estrangeiros. Os valores investidos aqui no Brasil competem com os principais países como, por exemplo, Rússia, Turquia, Japão, Itália, Azerbaijão ou algum outro país referência no vôlei como a atual Polônia. Nessa temporada temos jogando na Superliga masculina 5 estrangeiros e na Superliga feminina temos, inscritas, 7

MODELO DE PONTUAÇÃO A CBV estabelece uma pontuação que vai de zero até 7 pontos. Todos os anos cada time dá uma nota para os  jogadores,  jogadore s, que ficam com uma média que será a sua pontuação para a próxima temporada. Cada time tem a possibilidade de montar um time com o máximo de 32 pontos. Os estrangeiros que vem para o Brasil, quando pela primeira vez, tem a pontuação zerada.

 jogadoras. Temos dois técnicos t écnicos argentinos ar gentinos dirigindo di rigindo times t imes

A partir de agora você terá a opinião dos principais atletas

mineiros e uma jogadora atuando no circuito BB de vôlei

estrangeiros sobre diversos fatores a respeito do Brasil.

de praia. Ou seja, no total são 15 profissionais atuando

Sobre a nossa competição, sobre a estrutura dos clubes,

por aqui, o que significa aproximadamente 5% do mercado

sobre os tipos da escola brasileira e outros detalhes que

de jogadores. O percentual de vagas ocupadas, já que a

chamam a atenção aqui no nosso país. p aís.

O que oportunizou a vinda ao Brasil? A primeira coisa é que para mim tudo isso é uma grande aventura. Saber que o Zé Roberto seria o técnico do time também me ajudou a tomar a decisão de  jogar aqui no Brasil.

Quais eram as expectativas e o que está achando do d o vôlei brasileiro? Eu achava que era um campeonato forte, mas agora com a experiência de jogar aqui eu posso dizer que é um campeonato mais forte do que eu estava esperando.

ELISA VASILEVA

AMIL

 Jogadora búlgara que atua  Jogadora como ponteira. Jovem com apenas 22 anos. Tem o ataque como seu ponto forte. Mede 1,94m e pesa 72kg.

O que tem achado do modelo de competição do Brasil, a Superliga? Eu estou gostando. O modelo de dois jogos na semana não dá muito tempo para descansar, mas eu estou gostando, estou achando muito bom. Eu não tenho problema com dois jogos por semana, tenho só 22 anos. Além disso, na Superliga feminina existe um equilíbrio muito grande, todos podem ganhar ou perder.

Onde mais já jogou? Só joguei na Itália.

O que tem achado da estrutura dos clubes? Eu não posso falar sobre os outros clubes, mas aqui na AMIL é muito bom, melhor que na Itália. Nós temos um ótimo ginásio, academia e moramos perto. Sobre os ginásios dos adversários, onde nós jogamos, eu achei todos bons. Sempre com torcida, isso é ótimo.

O que pensa sobre a escola do vôlei do Brasil? Eu acho que se joga com menos tática que na Itália, por exemplo. Lá tínhamos que estudar muitas coisas antes do jogo.

Como está sendo a comunicação entre o time? Está bem agora, no início todas as companheiras me ajudaram. Quando cheguei, conversava em italiano com as mulheres que já haviam jogado na Itália e algumas vezes em inglês. Mas busquei aprender rápido o português.

Qual a opinião sobre imprensa, arbitragem e torcida aqui? Eu acho que aqui no Brasil existe um bom espaço do vôlei na TV e nos jornais, pelo menos mais que na Europa. A arbitragem eu acho boa, mas a minha opinião é que deve ser inserido no jogo o uso de imagem. Uma bola pode mudar tudo! A torcida aqui é muito legal, quando está a favor é incrível. O importante é que o ginásio é cheio.

Em sua opinião, qual o ponto forte do jogador j ogador brasileiro? O coração! Eles têm muita paixão quando jogam. Eles têm muita vontade. O comportamento deles no jogo chama a atenção, não desistem nunca.

Tem expectativa de ficar por aqui por mais tempo? Aprovou o vôlei brasileiro? Tenho sim! Eu tenho vontade de ficar, se tiver oportunidade.

O que te motivou a jogar no Brasil? Eu estava jogando na Grécia. Joguei com um brasileiro lá e ele me disse que aqui o nível era muito bom e, principalmente, que o mercado era seguro, correto. O nível do vôlei brasileiro eu  já conhecia pela seleção. Eu vim para cá para melhorar o meu nível de jogo.

Quais eram as tuas expectativas com relação ao vôlei brasileiro? Eu sabia muita coisa como, por exemplo, que era um esporte muito adorado pela população. O trabalho técnico era bem feito desde as categorias de base, a parte física muito valorizada. Até agora o vôlei brasileiro tem se mostrado muito organizado.

O que você tem achado do modelo das competições no Brasil?

ROLANDO  JURQUIN DESPAIGNE MEDLEY

 Jogador cubano que atua como ponteiro. Ele tem um ataque digno dos nascidos em Cuba. Com 26 anos, 2,03m e 103kg garante poder de fogo ao time onde joga.

Eu estou achando muito bom, porém eu penso que poderíamos ter mais competições durante o ano. Não entendendo por que aqui não temos uma Copa do Brasil. A Superliga poderia demorar mais durante o ano.

Onde já jogou? Eu joguei alguns anos na Grécia e o restante da minha carreira foi na seleção Cubana.

O que tem achado da estrutura dos clubes aqui no Brasil? Aqui na Medley a estrutura é muito boa. Aqui dá para ficar tranquilo, jogar tranquilo e pensar somente em vôlei.

O que você acha da escola brasileira? Eu acho que realmente aqui se tem uma escola, pois os jogadores fazem de tudo muito bem. Os jogadores aqui não só atacam ou sacam, por exemplo, eles são completos. Eu tenho certeza que isso é o trabalho com a base.

Como é a escola cubana de vôlei? É muito boa, lá no início passamos por todas as posições. Quando estamos com mais ou menos 14 anos somos direcionados para uma posição. Se der errado ainda podemos trocar. Eu comecei tarde com 14 anos, mas as aulas para o vôlei começam com 6 ou 7 anos. O modelo de vôlei cubano é trabalhado em todos os clubes e escolas da mesma maneira. A federação criou um modelo e os técnicos aplicam em seus locais de trabalho. O modelo é muito bom.

Como foi e como está sendo a comunicação com o time? Eu não tive problema. Eu falo 5 línguas e aqui temos jogadores que já haviam jogado na Itália, outros falam inglês, eu falo espanhol também. Não tive problema. Hoje já falo um portunhol.

O que você acha do espaço que o vôlei tem na mídia aqui no Brasil? Eu acho que é muito bom, mas ainda existe espaço para crescer mais.

E sobre a arbitragem? Como em tudo na vida acho que dá para melhorar. Acho que os juízes que comandam o jogo em cima precisam confiar mais nas suas marcações. Não depender tanto dos auxiliares. Todos precisam ficar muito atentos, o jogo está muito rápido e uma bola pode mudar o rumo da partida.

O que achou da torcida brasileira? Eu acho que aqui a torcida é apaixonada. Estou gostando muito. A torcida da Medley é incrível, nos ajuda o tempo todo.

Qual o ponto forte do jogador brasileiro? Eu já falei que eles são completos, na grande maioria. Mas o ponto que mais me chama a atenção é que não desistem nunca. Nós cubanos não sabemos jogar atrás.

Pretende ficar aqui por mais tempo? Sim, se tiver oportunidade sim. Gostei muito daqui. Eu sempre falo que podemos ser melhores, claro que com certo sacrifício. É esse o meu toque aos leitores! Eu agora sou mais brasileiro do que todos os outros da Superliga, meu filho nasceu aqui, durante esta temporada! Abraços.

O que oportunizou a tua vinda para o Brasil? O que me trouxe, além da vontade de atuar aqui, foi o convite do SADA e a negociação do meu empresário Alessandro Lima.

Quais eram as suas expectativas com o vôlei daqui e o que está achando do vôlei brasileiro? As minhas expectativas eram bastante boas. Estou achando o vôlei brasileiro muito bom.

O que você tem achado do modelo de competição do Brasil, a Superliga?

YOANDY LEAL HIDALGO SADA/CRUZEIRO Outro canhão! O ponteiro cubano vice-campeão mundial em 2010 com a seleção de Cuba é muito forte no ataque e no saque. Tem 24 anos, 2m e 104kg.

Eu estou gostando muito de jogar a Superliga. É uma ótima competição.

Onde mais já jogou? Só tinha jogado em Cuba, por muitos anos, pela seleção nacional.

Como você vê o seu time? É muito bom, todos temos o mesmo objetivo, de ser cada dia melhores, além de sermos bons companheiros.

O que pensa sobre a escola do vôlei do Brasil? Acho que os brasileiros são muito bons no passe e na defesa. Outro fator é que não desistem nunca.

Como está sendo a comunicação entre o time? No início foi bem difícil, mas com o tempo as coisas foram melhorando e hoje está muito bom.

Qual a opinião sobre imprensa, arbitragem e torcida aqui? Eu acho que a TV mostra bastante jogos. Sobre os árbitros, acho que podem melhorar. A torcida, a nossa torcida do Cruzeiro, é muito boa. Eu fico muito feliz de jogar para essa torcida.

Tem expectativa de ficar por aqui por mais tempo? Aprovou o vôlei brasileiro? Sim, eu tenho mais um ano de contrato com o SADA/CRUZEIRO. Quero ficar por mais tempo aqui, pois temos um ótimo campeonato, de alto nível. Atuando nesse nível posso melhorar ainda mais o meu jogo.

Quais os motivos que te trouxeram ao Brasil? Eu queria muito jogar em uma liga de alto nível, achei que teria isso no Brasil e por esse motivo estou aqui.

Quais eram as tuas expectativas com relação ao vôlei do Brasil e o que tu projeta para o futuro? Eu sabia que o nível era muito alto e eu acho que isso só tende a aumentar no futuro. Um parâmetro são as seleções do país que sempre tem ótimos resultados pelo mundo.            V            B            C

Por onde já jogou além da República Tcheca?

FILIP REJLEC VIVO/MINAS  Jogador tcheco que está na segunda temporada aqui no Brasil. Um oposto e ficiente nos números e muito bom tecnicamente. Tem 31 anos, 1,97m e 85kg.

Além do meu país, eu joguei alguns anos na França.

O que achou da estrutura do Minas? Eu acho a estrutura ótima, temos tudo o que precisamos para desenvolver o melhor no clube. É um ótimo clube.

O que acha da arbitragem e das torcidas? Acho a arbitragem boa. Sobre as torcidas, posso a firmar que são as mais vibrantes que eu conheço.

Qual o ponto forte do jogador brasileiro? Eu acho que é a parte física, estão sempre muito bem fisicamente.

Está gostando daqui? Pretende ficar por mais tempo? Eu pretendo sim, gosto muito daqui.

           B            V            I            F

O que oportunizou a vinda ao Brasil? Hoje a Superliga é uma das quatro ligas mais importantes do mundo, foi isso que me motivou a vir jogar no Minas.

Quais eram as expectativas e o que está achando do vôlei brasileiro? Esperava um vôlei muito potente, sobretudo em ataque e saque. A firmo que é uma das ligas mais competitivas do mundo porque você pode ganhar e perder de qualquer time.

O que tem achado do modelo de competição do Brasil, a Superliga?

RODRIGO QUIROGA

VIVO/MINAS

 Jogador argentino que atua como ponteiro. Tem 26 anos e uma longa carreira internacional. Tem como seu ponto forte a qualidade e o equilíbrio nos fundamentos. Mede 1,90m e pesa 78kg.

Acho muito bom o sistema de dois jogos por semana. Estava acostumado a jogar só um jogo por semana na Europa, desse jeito a semana fica muito longa.

Onde mais já jogou? Joguei cinco anos na Itália e um ano na Grécia.

O que tem achado da estrutura dos clubes? As estruturas acho que são muito boas, principalmente a estrutura do Minas, que é uma das melhores que eu conheço no mundo intero. O Minas é um clube impressionante e estou muito contente por jogar aqui.

O que pensa sobre a escola do vôlei do Brasil? A escola sem dúvida alguma é a primeira do mundo em formar jogadores. Acho que é por isso que Brasil ganhou tudo nos últimos 11 anos.

Como está o trabalho em equipe? O time é ótimo, um grupo de jogadores muito pro fissional e também são pessoas muito boas. Isso é muito importante para trabalhar.

Qual a opinião sobre imprensa, arbitragem e torcida aqui? Acho que a imprensa faz um trabalho ótimo, sempre focado em todos os times e  jogadores, acho isso legal. A arbitragem sempre foi muito correta, não tenho muito para falar dos árbitros, estão fazendo um ótimo trabalho. A torcida do Clube é muito importante pra nós, eles motivam a gente para tentar ganhar todos os jogos, eles são o sétimo jogador na quadra.

Em sua opinião qual o ponto forte do jogador brasileiro? Acho que o brasileiro é muito forte no ataque, sempre os jogadores brasileiros atacam muito bem. Mas resumindo, o brasileiro sabe jogar muito bem.

Tem expectativa de ficar por aqui por mais tempo? Aprovou o vôlei brasileiro? Eu gostaria de permanecer aqui no Brasil muitos anos, vamos ver se consigo isso. Acho a Superliga muito competitiva e de altíssimo nível, gostaria muito de ficar.

           V            B            C

ENTREVISTA COM

MARCELO MENDEZ O que os jogadores pensam sobre o nosso vôlei no momento atual é importante, porém a análise do técnico campeão brasileiro com  passagens pelo vôlei da Itália, da Argentina e da Espanha é fundamental. Com esse objetivo, trazemos para vocês o que pensa o técnico argentino Marcelo Mendez sobre diversos  fatores a respeito do nosso vôlei. Marcelo é técnico do time do SADA/CRUZEIRO, está na sua quarta Superliga e é o atual campeão da competição, além de vice-campeão do Mundo com a equipe mineira.

O QUE TE TROUXE PARA O BRASIL? Eu estava já há algum tempo na Espanha, com a seleção e com o clube. A situação não estava muito boa e minha vontade era de voltar a ficar mais perto da família. Sempre me entusiasmou trabalhar com o vôlei brasileiro, um vôlei campeão do mundo, campeão olímpico e com jogadores muito bons tecnicamente.

SEMPRE ACOMPANHOU O VÔLEI BRASILEIRO? Sim, sempre acompanhei. Desde o tempo que era  jogador, fui central, e joguei no vôlei argentino e na série A2 da Itália. Na primeira equipe que eu comandei aqui no Brasil, que foi Montes Claros, e também no início no SADA/Cruzeiro, os jogadores ficavam impressionados com o conhecimento que eu tinha de todos os jogadores e do vôlei brasileiro. Antes de vir para o Brasil tive a oportunidade de trabalhar com muitos jogadores brasileiros, como o oposto Bob, com o ponteiro Digão, o central Levi, entre outros.

EM SUA OPINIÃO, O VÔLEI  JOGADO AQUI NO BRASIL, PELOS CLUBES, TEM DIFERENÇA DO VÔLEI DO RESTANTE DO MUNDO?

QUAIS ERAM AS TUAS EXPECTATIVAS COM RELAÇÃO AO VÔLEI BRASILEIRO E O QUE ESTÁ ACHANDO?

Sim, tem diferença. Tem muita diferença. Eu creio que

Eu gosto muito daqui. Sabia e agora afirmo que aqui os

o jogador brasileiro é muito mais completo do que

 jogadores gostam de trabalhar, o que é muito difícil na

outros jogadores. Aqui eu peço um saque flutuante para

Europa. Na Europa tive a oportunidade de trabalhar com

qualquer jogador, de qualquer posição para qualquer

grandes jogadores, mas aqui esta vontade de trabalhar

direção e eles executam muito bem. Em outros lugares

facilita a vida do treinador. A disposição que tem o

isso é mais difícil.

 jogador brasileiro para trabalhar é impressionante em

VOCÊ ACHA QUE ESSA HABILIDADE VEM DA BASE DA ESCOLA BRASILEIRA?

relação aos outros.

Sim, isso é o trabalho com a base. Não posso afirmar

O QUE VOCÊ ACHA DO MODELO DE COMPETIÇÕES DE CLUBES AQUI NO BRASIL?

agora, mas grande parte dos jogadores que hoje têm

Eu gosto desse modelo. Eu gosto da Superliga, mas acho

30 anos foram muito bem trabalhados na base. Estes

que ela deveria ocupar mais tempo. Deveriam dar a ela

 jogadores são muitos completos. Porém agora, nestes

ainda mais importância. Aqui temos um período muito

3 anos e pouco, já recebi alguns garotos que estão

longo de seleção e um período muito curto de Superliga.

aparecendo com algumas deficiências que até então não

A Superliga é muito forte, mas deveria começar antes.

havia encontrado. Acho que a grande diferença do Brasil

Isso seria bom também para o patrocinador. Para que

para os outros países é isso, aqui os jogadores são

quem esteja investindo no esporte fique mais tempo

completos. Quando o jogador é bom tecnicamente, fica mais fácil de trabalhar taticamente.

aparecendo. Poderíamos fazer torneios nacionais também.

NO SADA/CRUZEIRO E NOS OUTROS TIMES AONDE VÃO PARA JOGAR, COMO VOCÊ VÊ AS ESTRUTURAS AQUI NO BRASIL?

O QUE ACHA DO MODELO DO VÔLEI BRASILEIRO? COMO TRABALHA COM SEU TIME?

A nossa estrutura é muito boa, mas os ginásios precisam

tempo na repetição para chegar à perfeição técnica. Na

melhorar. Na Europa, nas principais ligas, os grandes

Itália, por exemplo, existe outra cultura de trabalho.

 jogos são feitos em ginásios melhores do que os daqui.

Eu acho os jogadores ótimos tecnicamente. Eu trato de

Porém, quanto à estrutura de trabalho dos clubes

incorporar questões táticas, que aprendi na Europa, no

brasileiros eu acho que estão melhores ou pelo menos

meu time, mas que não atrapalhe o desempenho técnico

iguais aos clubes europeus. No nosso clube temos tudo:

dos jogadores.

Eu acho que o jogador brasileiro trabalhou durante muito

temos o ginásio para treinar, temos academia, temos

a academia em um lugar, treina em outro e joga em um

COMO VOCÊ CONSTRÓI UM TIME PARA TER SUCESSO AQUI NO BRASIL?

ginásio diferente.

Eu quero jogadores que joguem bem. Não me adianta

fisioterapia, temos restaurante. E encontrar tudo isso em algum clube pelo mundo é muito difícil. Na Europa tem

muito um monstro que ataque forte. Quando tenho um

ALGUM OUTRO FATOR CHAMA A TUA ATENÇÃO AQUI NO BRASIL?

 jogador tecnicamente bom, todos os demais fatores ficam muito mais fáceis de serem trabalhados. Ter

Uma coisa importante aqui é a quantidade de

 jogadores muito segmentados, mesmo que no vôlei

profissionais em cada comissão técnica. Na Europa

exista a especialização das funções, eu acho que dificulta

isso não é normal. O técnico que é contratado tem que

o desenvolvimento da equipe. Os jogadores que têm esse

fazer praticamente tudo. O normal é ter uma pessoa

desenvolvimento técnico me permitem criar um jogo

da própria cidade, que gosta de vôlei, para ajudar

tático mais rico.

em todos os assuntos. Aqui temos gente disposta a trabalhar para o vôlei.

          B           V           E           F           R

COMO FOI A COMUNICAÇÃO COM O TIME NO INÍCIO E COMO ESTÁ SENDO ATUALMENTE? Foi e é boa. Eles me compreendem bem. Entendem o

O QUE ACHA DAS TORCIDAS? O meu time é privilegiado. Temos o apoio da torcida fanática do Cruzeiro. Eu acho também que estamos no principal estado brasileiro com relação à paixão pelo vôlei. Os mineiros gostam muito de vôlei.

meu portunhol. Quando existe alguma dúvida paramos e esclarecemos logo as coisas.

O QUE ACHA DA IMPRENSA? DO ESPAÇO DO VÔLEI NA MÍDIA AQUI NO BRASIL?

QUAL A TUA EXPECTATIVA PARA O FUTURO? Eu quero muito continuar aqui. Gostaria de ficar muito tempo. Me sinto bem aqui!

espaço na televisão. O único problema que eu vejo é

QUEM É O MARCELO MENDEZ FORA DAS QUADRAS?

que este período de exposição é muito curto. Ficamos 6

Um cara muito família, motoqueiro e que lê muito.

Eu acho que temos um ótimo espaço, ocupamos um bom

meses treinando para aparecer 3 ou 4 meses. Se fosse patrocinador, iria querer muito mais espaço, claro que sem atrapalhar a seleção.

VOCÊ ACHA QUE PODERÍAMOS TER ALGUM EVENTO DIFERENTE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE CADA TEMPORADA? Eu acho que sim. Alguma copa. Algo mais festivo. Que poderia ser melhor comercializado. Temos um bom exemplo na Itália, com a Copa de lá. A quadra fica com as cores da bandeira italiana e cheia de patrocínios. Aqui poderíamos fazer a mesma coisa. Imagina uma quadra verde e amarela em um grande evento. Seria muito bom! Quem sabe até paralelamente a Superliga, que se define em duas ou três semanas. Isso daria mais tempo de exposição aos times e ao vôlei.

O QUE ACHA DA ARBITRAGEM AQUI NO BRASIL? Eu acho que isso é difícil. Falta profissionalismo. Penso que precisam de mais ajuda. O jogo está muito veloz. Precisam usar a imagem para ajudar nas decisões. Mas não pode ser como na Polônia, que pode pedir este auxílio a todo o momento. Acho que o ideal seria como no tênis.

ENTREVISTA COM

KARIN LUNDQVIST Continuando com a busca pelos  gringos que atuam por aqui, confi ra a seguir uma super  entrevista com a sueca Karin Lundqvist, que atua no Circuito Banco do Brasil, ou seja, no campeonato brasileiro de vôlei  de praia. Ela também faz parte do grupo de estrangeiros que atuam no país.

QUANDO SURGIU A PAIXÃO PELO VÔLEI E COMO VOCÊ SE TORNOU ATLETA? Quando eu tinha 6 anos de idade minhas duas irmãs mais velhas começaram a jogar vôlei. Resolvi seguir os seus passos e acabei me apaixonado pela modalidade como o passar do tempo.

QUE LEMBRANÇAS VOCÊ TEM DO INÍCIO DE SUA CARREIRA? As memórias mais fortes são do trabalho construído em equipe. Via nos olhos das minhas companheiras de treino uma grande vontade de crescer através do esporte.  Joguei durante quatro anos nos Estados Unidos, quando estudei na Universidade do Havaí, e vi o quanto o voleibol de quadra é forte e pode construir uma base sólida para qualquer atleta.

QUE PROFISSÃO VOCÊ SEGUIRIA CASO NÃO SE TORNASSE JOGADORA DE VÔLEI? Sou formada em Ciências Biológicas Marinhas, mas, se não tivesse me tornado uma atleta profissional, teria estudado Medicina. Sempre quis de alguma forma ajudar ou até mesmo salvar vidas. Entretanto, escolhi a Biologia devido à beleza inconfundível e fenomenal do Havaí.

QUAIS FORAM AS MAIORES DIFICULDADES QUE VOCÊ ENCONTROU PARA SE TORNAR UMA ATLETA? Ainda muito jovem tive duas lesões seguidas. Primeiro rompi o ligamento cruzado do joelho direito e um ano depois, o do esquerdo. Entretanto, minha paixão pelo vôlei me fez forte o suficiente para superar essas dificuldades e retornar, com o apoio da família, para o esplêndido mundo do voleibol.

QUAIS FORAM AS PESSOAS MAIS IMPORTANTES AO LONGO DE SUA CARREIRA? Minha família e meu ‘’marido/treinador’’ Wesley Pinheiro sempre foram meus maiores alicerces ao longo da minha carreira.

COMO VOCÊ LIDA COM O CALOR DA TORCIDA DURANTE UMA PARTIDA? O vôlei de praia no Brasil é um esporte muito forte e já vem formando campeões por muitos anos. Enfrentar os melhores times do mundo é sempre muito emocionante. A torcida no Brasil não é leiga, entende da modalidade e participa ponto a ponto fazendo uma grande festa. Hoje, me sinto em casa e tenho conquistado o carinho de muita gente de diferentes cidades por onde o Circuito Banco do Brasil é realizado.

A ALIMENTAÇÃO E O ESTILO DE VIDA INFLUENCIAM NO RENDIMENTO DE UM ATLETA? Com certeza. O vôlei de praia é muito desgastante, o nível técnico das atletas é muito alto, fazendo de cada  jogo uma batalha. Se você não mantiver uma dieta regrada e uma forte fonte de suplementação, você provavelmente não conseguirá acompanhar o ritmo do alto nível. O alto rendimento depende de alimentação, treino e descanso.

E FORA DA QUADRA, QUAIS SÃO SEUS HOBBIES? Eu amo a natureza! O Brasil é lindo e rico em belezas naturais de tirarem o fôlego. Adoro manter contato com a natureza, estar e compartilhar momentos com minha família e viajar para conhecer novos lugares.

QUAL SUA OPINIÃO SOBRE TRABALHOS SOCIAIS LIGADOS AO VÔLEI? Acho fantástico. A CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) vem trabalhando nesta área através do projeto Viva Vôlei que conta com a participação de várioss atletas da praia e da quadra para disseminar para ra os  jovens do Brasil novas oportunidades em detrimento ento da prática do voleibol.

QUAL A SUA META DAQUI PRA FRENTE? A meta sempre é evoluir. Tentar tornar-me uma jogadora jogadora e um ser humano melhor a cada ano.

VOCÊ TENTARÁ JOGAR OS  JOGOS OLÍMPICOS NO RIO 20166 DEFENDENDO AS CORES DO BRASIL OU DA SUÉCIA? 

O Brasil é a maior força do vôlei de praia no mundo. do. Quem não queria fazer parte disso? Seria uma honra. onra. Mas o Brasil tem um grande celeiro de jogadoress e a CBV já vem trabalhando com algumas duplas ass

olimpíadas do Rio de Janeiro. Irei ficar na torcida para que todos que estão lá façam o seu melhor. E não tenho dúvida que farão. Treino e jogo contra elas o ano todo e sei o quanto se dedicam e superam sacrifícios para representarem sua nação. O Brasil estará muito bem representado por qualquer que seja a dupla em 2016.

O QUE TORNA O CIRCUITO BANCO DO BRASIL UM DOS MELHORES CAMPEONATOS DO MUNDO? É um conjunto de fatores. O presidente Ary Graça, levou o vôlei brasileiro para um nível muito profissional, a organização dos torneios é impecável. Existem atletas que treinam o ano todo em alto nível e profissionais das mais variadas formações (médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos, psicólogos e outros) envolvidos.

COMO É SER A ÚNICA ESTRANGEIRA JOGANDO O CIRCUITO BANCO DO BRASIL? EXISTE DIFERENÇA PARA AS OUTRAS ATLETAS? Confesso que foi difícil no início, mas ganhei o respeito e o meu espaço com muito suor. Comecei do zero, foi tudo passo a passo, passei por todas as etapas sem pular nenhuma e entrei no ranking das sete melhores recentemente. Com isso, as jogadoras me tratam respeitosamente. Sinto-me muito a vontade e feliz de fazer parte do Circuito Banco do Brasil com tantas estrelas do esporte. Mas isso tudo só foi possível por conta do Presidente Ary Graça. Sou muito agradecida por ele me deixar exercer minha profissão de atleta de Vôlei de Praia. Hoje, com alguns resultados, é simples dizer que tenho um nível de jogo competitivo com as demais atletas do circuito, mas o Ary Graça teve essa visão há três anos e agradeço imensamente a ele por isso.

CONCORDA QUE O VÔLEI BRASILEIRO É O MELHOR DO MUNDO? Não existe nenhum lugar no mundo com o profissionalismo que existe aqui no Brasil. Há uma estrutura física muito boa, um conhecimento do esporte grandioso e atletas com determinação e superação gigantesca. Com todo esse suporte não poderia ser diferente, o Brasil vem dominando na quadra e na praia nas últimas décadas. SIM O VÔLEI DO BRASIL É O MELHOR.

QUE DICA VOCÊ DARIA PARA QUEM DESEJA SER UM VENCEDOR NO VÔLEI? Coloque seus objetivos em mente, treine forte e coloque muita paixão naquilo que você faz. Nunca deixe ninguém duvidar que você é capaz de realizar seus sonhos e objetivos.

           V            B            C

Do sol, somente aquilo que faz bem NOVA EMBALAGEM AEROSOL

dahuer.com.br

PERDENDO MAIS CALORIAS NO TREINO DE VÔLEI O vôlei é o nosso esporte e amamos bater uma bolinha quantas vezes por semana nossos compromissos permitirem. Melhorar o condicionamento físico, a força, a agilidade, entre outras características, todos nós sabemos que o vôlei melhora. Mas como podemos melhorar o gasto calórico e, com isso, ajudar no processo de emagrecimento? Com esse objetivo, consultamos um preparador físico experiente, que dará uma explicação sobre o tipo de atividade que é o vôlei e depois algumas dicas que, se implementadas no treinamento, poderão ajudar no gasto calórico. Com a palavra o preparador físico do time do RJX e da seleção brasileira juvenil, Filipe Costa.

técnico e estabelecer um processo de recuperação entre as sessões de treinamento e também entre as partidas.

O Sistema Anaeróbio é o predominante no voleibol. Considerando os estímulos específicos da modalidade, os saltos e os deslocamentos rápidos de curta duração e alta intensidade. Temos 2 tipos de capacidade anaeróbia: A Anaeróbia Alática: sem a produção do ácido lático, com duração de 5 a 10 segundos, que ocorre durante as ações de um rally simples, decidido no primeiro ataque. A Anaeróbia Lática: com a produção do ácido lático, com duração de até 40 segundos, que ocorre durante as ações em que temos um rally mais demorado na partida.

O treinamento aeróbio é bom para o desenvolvimento do sistema cardiovascular. Ele permite que os atletas se recuperem de atividades de alta intensidade e ajuda na capacidade de aumentar o número de repetições exigidas durante o processo de treinamento. É importante levar em consideração durante este processo a especificidade do treinamento, a solicitação dos grupamentos musculares exigidos pelo desporto e com isso criar exercícios voltados ao voleibol.

Porém, não podemos eliminar o Sitema Aeróbio no processo evolutivo do trabalho. A sua contribuição vem direcionada ao recebimento e ao suporte da carga de treinamento e da manutenção do rendimento ao longo do trabalho, que pode variar de acordo com o objetivo

Veja a seguir algumas dicas de treinamentos anaeróbico e aeróbico que vão melhorar a capacidade física de qualquer atleta. Melhorando a condicionamento você poderá executar por mais tempo os exercícios que daremos ênfase no final da matéria.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE ESTE TIPO DE TRABALHO SÃO:

Para o treinamento anaeróbio, usamos exercícios intervaldados, que, como o nome diz, deve intercalar estímulos de movimentação com períodos de recuperação por um determinado tempo.

• Avaliar o tempo de estímulo com um tempo de recuperação eficiente; • Controlar a intensidade de execução; • Quantidade de estímulos em cada treino.

OBSERVE ABAIXO UM MODELO SIMPLES DE TRABALHO DE DESOLCAMENTO POSSÍVEL DE SER EXECUTADO EM TREINAMENTOS NA QUADRA

Colocar 4 cones e, partindo do centro, deslocar variando as direções e sempre passando pelo ponto de partida. Pode-se usar algumas indicações, como por exemplo: direita → trás ↓ , esquerda ← frente ↑ Duração: 20´´ Intervalo: 40´´ Estímulos: 5x

Deslocamento lateral, podendo realizar uma manchete nos cones laterais. Duração: 20´´ Intervalo: 40´´ Estímulos: 5x

Cone Verde: deslocamento lateral. Cone Vermelho: deslocamento frente/ trás e sair em velocidade máxima até o fundo de quadra. Estímulos: 5x cada um Intervalo: 2x tempo de duração

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 Já com o objetivo de treinamento aeróbio, que serve como suporte para conseguir desenvolver atividades por mais tempo e melhorar a recuperação entre os treinos, o foco são exercícios contínuos de média duração, como corrida ou bicicleta, por exemplo. Porém, com criatividade, o técnico, juntamente com o preparador físico, podem desenvolver exercícios com bola que manterão os  jogadores em atividade por períodos maiores, como 20 a 30 minutos e com uma frequência cardíaca próxima a de uma corrida. Este tipo de treinamento pode ser inserido durante o próprio processo de aquecimento para a atividade principal. Um bom aquecimento é fundamental. Ele tem como objetivo preparar a musculatura para receber os estímulos específicos da modalidade, reduzindo

o aparecimento de lesões que podem interromper o processo evolutivo do trabalho. Durante este processo de aquecimento, devemos inserir o trabalho de flexibilidade específica e geral, com a intenção de trabalhar a musculatura que será exigida. Depois desse alongamento inicial é que indicamos esse tipo de exercício, que ajudará muito no início do treino e no processo de emagrecimento, pois é de média intensidade e, se necessário, pode ser mantido por um tempo mais longo de execução. Alguns exercícios contínuos que podem entrar neste processo evolutivo da capacidade aeróbia e do própio aquecimento são: corridas de média duração, bicicleta e, principalmente, exercícios com bola, específicos do vôlei, com intensidade moderada e com média duração.

Descrevo a seguir uma sequência de movimentações com duração de 3 minutos em cada exercício. Essa série já ajudará bastante no gasto calórico na parte inicial do treino. Exercício 1

Grupo de 3 jogaodores com uma bola executando toques com movimentação de seguir a bola. Usar uma distância ideal para a sua categoria. Com profissionais esta distância é de 9m. Exercício 2

Ainda em trios. Executar um toque longo e na sequência deslocar para pegar uma largada do companheiro. O jogador que fez a largada executa um toque longo até o lado oposto fazendo a cobertura. Manter a sequência por 3 minutos. Exercício 3

Ainda em trios executar um ataque para o companheiro. Depois do ataque fazer um levantamento para o companheiro que defendeu e trocar de lado. Quem defendeu ataca a próxima dando sequência ao exercício. Exercício 4

2 grupos de atletas (de 3 a 6) localizados nas posições 2 e 4. Executar um toque para o fundo da quadra, devolver de manchete para o próximo. Após a manchete fazer uma defesa. Quem fez o ataque recomeça o exercício. Exercício 5

Dois grupos nas posições 1 e 5. O objetivo deste exercicio é deixar a bola sempre dentro da zona de ataque. Sempre com manchete o jogador desloca do fundo e executa a manchete para cima, quando este executar o próximo deve sair do fundo da quadra.Execução o mais próximo da rede é o ideal. Exercício 6

4 grupos de 3 atletas localizados nas posições 1 e 5 de cada lado da quadra. O objetivo do exercicio é fazer ataques controlados e direcionados por cima da rede em paralela. O jogador que atacou passa por baixo da rede e faz o levantamento do outro lado da quadra. Este é o primeiro exercício que terá salto e vai preparar o atleta para a parte principal do treino.

Após a fase de exercício, começa a parte principal do treino. Com o obejtivo de aumentar o gasto calórico devemos incrementar o tempo de execução do rally. Para fazer isso indicamos a inserção de bolas extras durante o jogo. Ao invés de o rally durar até o ponto final, o técnico coloca mais bolas em jogo, sem descanso para os atletas. Dessa forma o treinamento exigirá mais de cada um.

Aliado ao processo de emagrecimento, não podemos deixar de ressaltar a importância de uma dieta saudável e equilibrada. A alimentação está diretamente ligada e tem total influência no desempenho durante o treinamento. É nela que encontramos os nutrientes necessários para manutenção, desenvolvimento e recuperação do trabalho. Bons treinos! FILIPE COSTA

Preparador Físico do RJX e da Seleção Brasileira Juvenil Masculina

TOQUE DE

CAMPEÃ Olá leitores da revista VOLEISHOW! Nesta edição eu vou escrever para vocês sobre defesa, que, na minha opinião, é um dos fundamentos mais importantes e prazerosos. A defesa, que trabalha na maioria das vezes junto com o bloqueio, faz parte de uma “guerra de estratégias” dos treinadores e dos atletas dentro das partidas. É possível através deste fundamento bem desenvolvido, transformar um time altamente competitivo sem ter jogadores altos como exigem os padrões internacionais. Temos como um bom exemplo o time do Japão. Amo vê-las jogando. Uma equipe completamente fora dos padrões, mas que através do seu sistema defensivo, torna-se difícil de ser batida. Quando comecei a jogar, ainda não existia o Líbero. É meus amigos, por incrível que pareça, um dia fui atacante! Graças a um Japonês, que não sei exatamente o seu nome, que criou essa posição e me deu a oportunidade de jogar profissionalmente e realizar todos meus sonhos. Desde pequena amava os treinos de defesa, era completamente envolvida por este sistema que nos faz pensar a todo o momento e a tentar surpreender os atacantes antevendo e tentando se posicionar de maneira eficaz em cada jogada. Pra mim, posicionamento e leitura são fundamentais em um defensor. Alem é claro de ter prazer, precisa também de uma dose de coragem! Defesa pode de finir uma partida. Por isso a maioria dos treinadores procura ter muita atenção e

dedicam muitos treinos ao sistema defensivo, que consiste numa harmonia entre bloqueio e defesa. É fundamental a comunicação entre os bloqueadores e defensores. E quando isso funciona bem, fica bonito de ver! Outra coisa importante é que essa sintonia tem que funcionar como um jogo de xadrez. Nem sempre o bloqueio consegue ler o levantador adversário e a defesa precisa suprir essa suposta finta que o bloqueador leva. Um bom sistema defensivo pode dar ao bloqueador a chance de escolher qual atacante priorizar num determinado momento. Por isso é sempre muito importante essa comunicação. Fico sempre atenta à informação dos bloqueadores, assim como da comissão técnica, que tentam montar suas estratégias a cada jogada. Procuro treinar muito. Dia a dia me dedicando a melhorar, a aperfeiçoar minha leitura e o posicionamento pra contribuir com meu time. Não é mole tomar pancada a toda hora, mas a única maneira de evoluir é treinar, treinar e treinar! É isso galera! Espero ter plantado em vocês a sementinha do prazer em ver um bom sistema defensivo e explicado um pouco o quanto é importante a defesa para tornar a equipe competitiva! Bons treinos e bons jogos. Beijos Fabi.

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 JOGANDO PARA O TIME Nessa nova oportunidade de escrever, quero passar algumas noções sobre como melhorar o rendimento coletivo da equipe. Não podemos negar que o vôlei deve ser um dos esportes mais coletivos que existe, afinal somente no saque é que podemos agir independentemente de qualquer companheiro. Com isso claro na sua cabeça, o importante é saber como desenvolver um modelo coletivo eficiente. O ponto principal está na organização de todas as fases do jogo.

o conhecimento das possibilidades de saque do adversário e as virtudes de passe devem estar muito claras na cabeça dos responsáveis pelo setor. A partir disso, o principal para o sucesso é compor uma linha de passe concentrada e bem posicionada. Os demais jogadores não podem se eximir da responsabilidade de passe, pois a bola pode tocar a rede ou ser sacada direcionada em algum setor muito especí fico. Quanto maior o nível do jogo, maior são as possibilidades de variação.

Em todos os fundamentos jogamos juntos com os nossos companheiros. No complexo 1, que compreende o sistema ofensivo, que começa com o passe, seguido do levantamento e do ataque temos alguns pontos importantes a serem observados, como:

No levantamento: não preciso nem dizer quem é o responsável pelo setor. Muitas vezes a falta de personalidade acaba fazendo com que o desenvolvimento coletivo dessa parte não seja bem desenvolvida. Como isso pode acontecer? Quando os atacantes direcionam o(a) levantador(a) a executar o levantamento. Quando isso acontece, o responsável pelo levantamento perde o controle coletivo do sistema. E como o(a) jogador(a)  joga coletivamente? Ele joga principalmente usando o(a) central para executar uma finta e enganar o bloqueio do adversário. O(a) central em momento nenhum pode diminuir o ritmo se não estiver atacando, pois assim estará  jogando contra o sistema coletivo.

No passe: em cada time existem os jogadores com as maiores responsabilidades para cada setor e são estes jogadores que devem liderar a organização que citei no primeiro parágrafo. No caso do passe, o líbero e, possivelmente, um dos ponteiros são quem têm as maiores responsabilidades. Partindo desse conceito, como podemos agir para sermos e ficientes no passe? Acho que

de passe. Neste caso, as possibilidades de ataque e de velocidade no levantamento diminuem, facilitando o bloqueio. Para isso, direcionar no pior passador(a) é o ideal. No bloqueio: esse setor é comandado pelo central. Ele estabelece uma estratégia coletiva para a execução das ações em cada ponto. Essa organização acontece devido a um estudo prévio do time adversário e também de acordo com a experiência e leitura do jogo pelo central. A partir da ordem do central, o time, quando disposto e concentrado para cumprir a estratégia e com uma boa técnica de bloqueio, aumenta as possibilidades de sucesso. A opção de gerar amortecidas é interessante para o time e, quando acontece, mostra o espírito de grupo do sistema.

           V            B            C

No ataque: mesmo que o ataque, no seu momento de finalização pareça ser um ato isolado, podemos agir coletivamente. O principal aqui é ter consciência das possibilidades de sucesso. Quando tudo aconteceu de maneira perfeita até aqui, muito provavelmente o ataque estará bem posicionado para matar o ponto. Porém, o caminho em algumas situações não é perfeito. Neste caso, devemos agir pensando no time, agir coletivamente. Não tendo a opção de finalizar o ponto, o(a) atacante deve evitar o erro, buscar novas possibilidades, como por exemplo, usar o bloqueio do adversário para gerar um novo ataque eu dar uma largada na quadra do adversário para que o time busque o bloqueio e quem sabe um contra-ataque.  Já no complexo 2, que compreende do saque até a defesa, passando pelo bloqueio podemos agir ainda mais em grupo. No saque: o ato isolado de sacar muitas vezes não é produtivo para a equipe. Tirando os casos específicos de saques ponto, um saque qualquer pouco ajuda o time a obter sucesso. Neste caso, devemos sacar pensando em facilitar o nosso bloqueio. O primeiro detalhe é conseguir, com o saque, tirar um dos atacantes da função. Isso pode acontecer com um saque curto, por exemplo. Outra maneira de excluir atacantes é conseguir uma quebra

Na defesa: está coletivamente ligada ao bloqueio. Um fundamento facilita e completa o outro. A área será diminuída pelo bloqueio e preenchida pela defesa. Organização a partir do conhecimento do setor pelo líbero é imprescindível. Um fator que mostra um descomprometimento com o grupo é quando um defensor usa a seguinte frase após um erro de defesa: “eu não achei que viria em mim”. É isso mesmo que acontece. Para o sucesso, não podemos estar desatentos, temos que achar que a bola virá sempre em nossa direção. Estando alerta para a defesa, podemos também dar continuidade em uma defesa de um companheiro. O posicionamento de defesa pode gerar o erro coletivo do sistema. Um grande problema acontece quando os defensores ficam na mesma linha e, com isso, não conseguem defender uma bola que passa entre os jogadores. Por isso deve-se caprichar no deslocamento e também ter uma boa noção de espaço dentro da quadra. Era isso pessoal. Jogamos um esporte com mais 5 companheiros, temos 3 toques para produzirmos o ponto e necessariamente precisamos nos organizar coletivamente para vencer. O primeiro ponto é estimular e respeitar os líderes de cada sistema, afinal dois caciques não podem comandar a mesma tribo! Definido isso, o que resta é treinar muito e prestar atenção durante o jogo. Boa sorte!

MARCEL EICKHOFF MATZ

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ESTRATÉGIAS PARA O ENSINO DA Hoje, em sua sessão de treino, é dia de ataque? Treinadores aproveitem! O ataque é o fundamento mais atrativo e preferido da maioria de seus atletas. A motivação provavelmente estará lá em cima. Porém, cuidado, a cortada (técnica mais utilizada para atacar) não é um movimento natural do ser humano. Naturalmente nós aprendemos a caminhar, correr e saltar, mas sair cortando bola por aí, não. Os movimentos de braço e perna especí ficos da técnica de cortada devem estar bem automatizados e coordenados. Não é fácil. Especi ficamente na coordenação de braço, certifique-se de que a técnica está perfeita. Frases como: “Flexione o cotovelo fazendo com que o punho passe perto dos olhos para que você possa olhar às horas” ou “Imite o movimento como se você estivesse tentando acertar a bola com um arco e flecha” juntamente com a sua demonstração tem bons resultados com crianças e iniciantes. Os jovens, dependendo da forma com que essas frases forem colocadas, podem achar um pouco infantil, mas te garanto, eles vão lembrar quando precisarem.

Para que esse movimento seja automatizado, vão ser necessários muitos treinos. A sua paciência pode chegar ao limite, porém, respire fundo. Iniciar praticando com a bola, ou um alvo qualquer estático, certamente será mais fácil. Deixe a coordenação espaço-temporal para mais tarde. Pendurar alvos imitando a bola (bola de papel ou algodão, plásticos, bolas promocionais leves, etc.) nas estruturas fixas do seu ginásio pode ser uma boa ferramenta. Agora, cuidado. Monte estratégias para dar dinamismo ao treino. Imagine o pêndulo que formará uma bola de vôlei pendurada com corda numa estrutura do teto do ginásio e o tempo que ela leva para parar. Até ficar pronta para uma próxima execução você já perdeu um tempo precioso do seu treino. A trave de futebol pode ser baixa demais para certos atletas. A altura ideal é aquela que ele alcance o alvo saltando ou não, com o cotovelo estendido. Utilize objetos leves com cordas curtas. Se possível tenha um alvo para cada atleta e faça-o repetir o movimento da cortada acertando este alvo. Para a coordenação de perna, desenhos no chão indicando o local onde devem ser feitas as passadas de

aproximação e chamada ajudam muito. Faça com que seus atletas repitam a passada em cima dos desenhos na tentativa de automatizar o movimento. Esses desenhos podem ser feitos na direção do alvo que você fez para treinar coordenação de braço, juntando os dois movimentos. Lembre-se que no momento da chamada, os braços servem como alavanca para o salto. Mais um movimento que deve ser coordenado. No momento que você começa a trabalhar com salto, o primeiro detalhe que você deve se atentar, antes de tudo, é com a queda. Ensine seus atletas a caírem amortecendo o impacto causado pelo salto. Proporcione segurança para isso. É um detalhe precioso que certamente aumentar a vida útil deles. O próximo passo seria introduzir a coordenação espaço-temporal. A bola em movimento trará maiores dificuldades. Force-os a lançar a bola com alturas

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diferentes. Durante o jogo a variação de altura dos levantamentos é constante. Antecipe a adaptação com esses exercícios. Utilize o quique. Trabalhando em grupos, peça a um companheiro que lance a bola do seu lado direito e esquerdo, ou até mesmo de trás para que você execute o movimento da cortada. O “paredão” é um bom exercício para treinar o encaixe. O atleta deverá executar ataques fazendo com que a bola acerte o chão, a parede e retorne para o mesmo em condições de um próximo ataque. Se for feito em um canto da quadra, você terá a opção de ter duas paredes. Oriente o aluno a atacar primeiro numa, depois na outra. Nesse caso, os recursos da cortada também serão treinados. Imagine uma bola vinda do seu lado direito e você tendo que atacar para o esquerdo e vice-versa. Caso não tenha parede su ficiente em seu ambiente de treino, forme grupos de três e reveze, por que não? A cada certo número de ataques o atleta que está fazendo sai para dar lugar ao outro, sem que a bola pare. Experimente fazer esta troca a cada ataque. O dinamismo vai lá em cima. O treino se torna muito estimulante, ainda mais se colocarmos um objetivo para o grupo, como por exemplo: vinte encaixes sem errar. Mais pra frente, leve esses exercícios para a rede. Sobre a rede, as variações de treino são inúmeras. Eles aproximarão seus atletas à realidade do jogo. Os exercícios de volume são ótimos para dar regularidade ao ataque. Faça com que seus atletas consigam atacar em todas as direções. Inclua essa variação de direção com tomada de decisão. Exemplo: direcionar o ataque de acordo com um deslocamento do atleta que está defendendo na outra quadra ou ataque de acordo com uma movimentação do bloqueio simulado de cima de um caixote, mesa ou plinto. Dentro do seu planejamento, você deve separar um momento para treinar largada? Claro! Não deixe para que seu aluno aprenda a largar lá, durante o campeonato. Não é feio largar, muito pelo contrário. Lembre, ela vale um ponto, assim como uma “pancada” como falamos na gíria. Não importa se o nível da turma for iniciante ou já mais avançado, o treino de ataque sempre trará motivação extra aos seus alunos e atletas. Saiba avaliar o treino certo para o nível que eles estão. Uma das únicas maneiras de desanimá-los será a frustração de não conseguir pontuar realizando uma bela cortada.

Marcelo Zenni Klein Técnico de categorias de base e estatístico da Seleção Brasileira Juvenil Masculina

AS DIFERENÇAS ENTRE VOLEIBOL

MASCULINO E FEMININO Ao analisarmos o voleibol, percebem-se diferenças entre

desestruturadas, reivindicando tempos de ataque mais

o jogo praticado nos naipes masculino e feminino. Para

lentos, menor estruturação ofensiva, bem como menor

que seja possível entender os compartimentos de jogo,

disponibilidade dos atacantes. Neste sentido, o saque

será feito uma distinção entre o complexo I ou side-out e

mostra-se como um fundamento interessante para o

o complexo II ou transição. O complexo I é caracterizado

sistema defensivo e as relações de bloqueio-defesa.

pela organização do ataque a partir da recepção do saque. Usualmente, esta fase da organização ofensiva

Ao analisar o jogo praticado pelas equipes masculinas,

apresenta melhor controle da bola, permitindo ataques

percebe-se uma predominância do side-out. Sendo assim,

mais velozes, mais fortes e maior disponibilidade dos

estas utilizam um saque mais agressivo, nomeadamente

atacantes. O complexo II é a estruturação do ataque a partir

os saques em suspensão, com uma vertente para o saque

da defesa. Em sua maioria as equipes encontram-se mais

viagem. Neste sentido, a relação saque com bloqueio           V            B            C

           B            V            I            F

           V            B            C

defesa torna-se primordial na estruturação defensiva.

A diferenciação do jogo praticado pelas equipes masculinas

Quando a eficácia do saque mostra-se elevada, oportuniza-

e femininas solicita que o treinamento seja adequado

se a realização de bloqueios duplos e triplos, facilitando a

às condições de jogo e às necessidades situacionais.

transição, principalmente a organização do contra-ataque.

Neste viés, observa-se que o treinamento do voleibol

No confronto entre equipes de alto nível, no voleibol

masculino centra-se no complexo I, bem como na leitura de

masculino, a utilização de bloqueios triplos evidencia-se

bloqueio e a relação saque-bloqueio. O sistema ofensivo é

como um fator de vitória do jogo.

evidenciado na sua velocidade, buscando reduzir o número de bloqueadores.

Equipes que realizam um maior número de bloqueios triplos limitam as possibilidades do atacante, bem como

Em contrapartida o voleibol feminino centra-se no

permitem uma melhor organização dos defensores. Além

treinamento da defesa, uma vez que a transição mostra-

disso, subentende-se que os bloqueios mais agressivos estão associados aos saques de elevada qualidade. Contudo, na análise do side-out, no voleibol masculino, emerge a necessidade de recepções que permitam o ataque organizado, ataques velozes e rápidos, buscando restringir a atuação dos bloqueadores. Ao analisar o voleibol feminino, observa-se uma tendência diferente. A transição é mais recorrente, evidenciando o volume do jogo. Os saques realizados são menos agressivos, utilizando-se saques flutuantes com apoio ou em suspensão. Além disso, a utilização dos bloqueios duplos mostra-se mais frequente, uma vez que os

se mais frequente. As equipes femininas buscam um treinamento com ataques mais lentos e com ênfase no posicionamento defensivo. O sistema defensivo, nomeadamente o bloqueio, busca uma antecipação das centrais permitindo a realização de bloqueios duplos nas extremidades e simples com ou sem ajuda no meio. Percebe-se que as diferenças entre o jogo praticado pelas equipes masculinas e femininas, solicitam formas diferentes de treinamentos devido às exigências impostas pelas situações de jogo. Enquanto que o voleibol masculino progride em direção ao jogo mais rápido, saques mais fortes, utilização de quatro atacantes na armação ofensiva e bloqueios mais agressivos, o voleibol feminino assenta-se

ataques são menos agressivos e as possibilidades de

em um jogo baseado na sustentação, privilegiando situações

defesa mostram-se elevadas. Neste sentido, as equipes

de defesa.

buscam minimizar os riscos e assumem um jogo mais conservador. Neste sentido, no side-out os ataques realizados são mais velozes, tendo em vista a organização ofensiva proporcionada pela recepção. Contudo, emerge a necessidade de atacar mais rápido na transição, uma vez que existe uma menor organização defensiva, facilitando a conquista do ponto.

Ricardo Picinin

Assistente técnico do VIVO-MINAS e Auxiliar Técnico da Seleção Infanto feminina do Brasil.

LEVANTAMENTO NO VÔLEI DE PRAIA O levantamento é um fundamento decisivo no vôlei de praia. Sua execução requer muita concentração, velocidade, habilidade e precisão. Ele é responsável pela preparação de um ataque ou contra-ataque, fundamentos que normalmente ente finalizam os pontos. Por ter tamanha importância, seu treinamento é obrigatório em qualquer sessão de treinamento mento físico/técnico ou técnico/tático desenvolvido pelos profissionais que coordenam suas equipes. Para a execução deste fundamento podemos utilizar algumas umas técnicas. As mais empregadas são o toque por cima e a manchete.

O TOQUE É utilizado normalmente após a recepção de um saque, após a realização lização de uma defesa ou de um simples toque no bloqueio. Sua execução requer dos jogadores grande velocidade para que ele consiga chegar embaixo da bola com perfeição, ição, habilidade para executar o toque de várias maneiras (frente, lateral ou costas) e umaa precisão absoluta. Seu objetivo é preparar e facilitar a virada de bola pela dupla. O treinamento deve ser diário, variado e com grande grau de dificuldade ldade para proporcionar ao jogador confiança e eficácia na sua execução. Podemos dividir uma sessão de treinamento utilizando exercícios simples, imples, com uma só ação e exercícios mais complexos, com duas ou mais ações.

EXERCÍCIOS SIMPLES O objetivo deste tipo de exercício é dar precisão ao fundamento. Sem deslocamento e com uma boa base no chão, o jogador executa toques com o passe do técnico que está no fundo da quadra. A execução é com toque frontal, lateral e de costas. O técnico fica posicionado no local de onde muito provavelmente viria a recepção do outro jogador da dupla. O jogador executa o levantamento de toque na altura e direção previamente definida pelo técnico. É importante variar os lançamentos para que o jogador possa desenvolver coordenação e técnicas eficientes nas entradas com as pernas de maneira correta. Executar nas duas posições, para a entrada e para a saída de rede.

EXERCÍCIOS COMPOSTO

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O objetivo do exercício composto é dar além de qualidade técnica, mobilidade, coordenação, habilidade e precisão. Um exemplo de exercício composto é o técnico ficar na mesma posição do exercício anterior e o jogador na outra posição do fundo da quadra. O técnico executa um lançamento em direção à rede e o jogador desloca para executar o levantamento para a saída de rede. Após este levantamento o técnico lança mais uma bola para o meio da quadra, o jogador novamente desloca e executa um levantamento com um grau de dificuldade maior.

O técnico deve variar a altura, a direção, a velocidade e o giro da bola no lançamento. Cobrar do jogador postura, velocidade e com a parada para o levantamento sempre embaixo da bola. Executar nas duas posições.

A MANCHETE Este fundamento também é muito utilizado no vôlei de praia. Antes de entrar no assunto, vale fazer uma comparação com o vôlei de quadra. Neste último, no levantamento é fundamental a velocidade da trajetória da bola, requerida devido ao grande número de ações ofensivas. No vôlei de praia a velocidade não é o mais importante. A precisão é o que mais conta. De modo geral, o jogador (levantador) quase sempre executa o levantamento após um deslocamento com grande velocidade. Ao final do mesmo, deve posicionar-se adequadamente em relação à bola, a fim de fazer o levantamento. Os deslocamentos mais comuns são o de frente, o de costas, o lateral e o misto.

DICAS PARA UMA BOA EXECUÇÃO DA MANCHETE O jogador se desloca, com velocidade, do ponto em que se posiciona para recepção do saque para a zona de levantamento e, na medida do possível, coloca-se de frente para o ponto de ataque. Neste momento, deve se apoiar em uma das pernas:            B            V            I            F

levantamento para a entrada da rede, perna direita mais a frente; levantamento para a saída da rede, perna esquerda mais a frente.

O procedimento tem em vista conter a velocidade imprimida no deslocamento e, consequentemente, o movimento do corpo em direção à rede. A inversão do apoio das pernas pode resultar em imprecisão do levantamento. Como o movimento do corpo é em direção rede, a tendência natural é que a bola chegue à rede muito “grudada” ou até que passe para o outro lado.

Enfim, o vôlei de praia está ao alcance de todos. Hoje existem muitas escolinhas para todas as idades, em diversos locais e sempre com objetivos bem de finidos. Por ser jogado ao ar livre e com poucos jogadores, a prática fica muito facilitada. Procure uma escolinha ou uma quadra na sua cidade e pratique. Um forte abraço. Bom jogo!

Elmer Calvis [email protected] Técnico da dupla Rebecca e Lili, líderes do Circuito Banco do Brasil.

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ENTENDENDO O

PROCESSO DE LEVANTAMENTO  Ao longo dos anos, o voleibol tem sofrido inúmeras adaptações decorrentes da evolução e rapidez que o esporte passou a ser jogado, de modo que computadores, fi lmadoras e análises mais detalhadas dos fundamentos e da tática de jogo viraram instrumentos obrigatórios para toda e qualquer equipe.  A elaboração dos treinamentos e os estudos dos próximos adversários são auxiliados  por esses vídeos e análises para um melhor  aproveitamento do tempo de treino e um melhor aperfeiçoamento de cada rede da equipe estudada. O tema abordado nesta edição é muito complexo e delicado, mas vamos focar no cérebro da equipe (Levantador) e entender um pouquinho das escolhas feitas  por ele dentro de uma partida.

A DISTRIBUIÇÃO Hoje o estudo da distribuição de jogo é uma das particularidades mais estudadas do voleibol, de modo que, dentro das principais equipes, se faz necessário ter um membro exclusivo para fazer esse acompanhamento.

Nunca é demais lembrar algumas capacidades básicas de um bom levantador: • • • • •

Capacidade Física Capacidade Técnica Capacidade Cognitivo-Tática Capacidade Cognitiva/Perceptuais Capacidade Emocional e Psicológica

“A TOMADA DE DECISÃO SUPÕE O PROCESSO DE SELECIONAR UMA RESPOSTA EM UM AMBIENTE DE MÚLTIPLAS RESPOSTAS POSSÍVEIS.” SANTEY 2007

Engajadas nessas capacidades estão, por exemplo, a percepção, a velocidade de deslocamento, o acervo motor, a sensibilidade, a concentração e a autodisciplina, entre outros fatores onde a eficácia do ataque depende de uma opção e de um bom levantamento. Hoje dividimos a quadra de jogo em 9 quadrantes de 3x3m.

A recepção e a defesa são partes integrantes da

por característica fazer uma distribuição especí fica

distribuição, pois o levantamento parte depois da

quando o levantamento parte de uma determinada

execução destes fundamentos. Partindo da região

região. Quando centralizou o passe (região 3), ele

2-3-4, o levantador terá todas as opções de ataque,

tem um tipo de distribuição, quando o passe foi

partindo da região 9-8-7 terá no máximo 2 opções

para a região 2, já muda a distribuição por conta

de ataque e da região 1-6-5, muitas vezes, somente

de alguma limitação física ou qualidade dos fatores

uma opção de ataque.

passe e defesa. A origem desses fundamentos

O objetivo maior da distribuição será sempre colocar

também tem que ser levada em consideração, com

o atacante nas melhores condições em relação ao

o passe vindo da região 1 o levantador tem uma

bloqueio adversário (como pode ser lido na edição

característica, passe vindo da região 6, outra e vindo

anterior, no texto que fala sobre bloqueio simples).

da 5, outra. Essas variáveis são muito complexas e

A eficiência do levantador dependerá de quantos

os estudos e conclusões tiradas pelas comissões

bloqueadores irão partir para a ação submetida.

técnicas faz com que as equipes joguem por opção

Outro aspecto que devemos levar em consideração

de bloqueio. Uma das análises mais usadas hoje por

são as características de cada levantador em relação

esses profissionais são as chamadas e os gráficos

à região da distribuição. Alguns levantadores têm

por rede de cada equipe e por eficiência do ataque.

Quadro ilustrativo da Posição 1 – na primeira quadra

regra especí fica para a distribuição, isso ocorre

é mostrado o total de ações da rede. Neste exemplo,

muito com atletas de definição em finais de sets

a distribuição teve 1 bola para Ponta (posição 4),

e jogos importantes. O mundo inteiro sabe que a

uma para Meio (posição 3) e 10 bolas para a Saída

bola será levantada para um jogador especí fico e o

de rede (posição 2). Nesta rede tivemos quatro

mesmo define o ponto independente da marcação.

tipos de chamadas: a K1 tempo frente 1 bola, a K7

O levantador só terá seu trabalho reconhecido se

chutada de meio, a K3 china e a KK quando a central

levar a sua equipe a vitória. Com bolas precisas

não executa uma chamada. A análise mostra nessa

e uma ótima distribuição, ele é peça chave dentro

posição a distribuição de uma bola para a entrada

do jogo de voleibol. Seu sucesso depende de como

com chamada K1, nove bolas para a saída com a

inicia o rally e quem finaliza o mesmo.

chamada K7, uma bola China e a uma KK.

Escrevi aqui uma pequena abordagem do vasto

Os dados coletados durante e após as partidas,

universo da distribuição, pois é uma área dentro

são inseridos em um contexto onde a quantidade

do voleibol moderno que não se tem explicação

significativa em uma situação especí fica, gera

mais aprofundada. O assunto precisaria de longos

uma informação qualitativa para os profissionais

e longos capítulos para se entender todo o seu

tomarem uma decisão para onde a bola deve ser

conteúdo. Lembre-se sempre que uma opção errada

levantada.

pode custar caro. Espero ter dado uma pequena

Muitas vezes a distribuição lógica, baseada em

ideia do que é esse universo mais que complexo

estatísticas, é deixada de lado. Em uma partida

do grande cérebro da equipe e algumas das suas

alguns atletas se destacam e atingem um nível

particularidades. Até a próxima!

de desempenho independentemente da marcação e tipo de bola que esta sendo levantada. Ele está teoricamente com bloqueio mais baixo a sua frente, mas o seu companheiro de rede está sendo acionado e está correspondendo. Neste caso não se tem uma

Fábio Simplício Estatístico do Sollys/Nestlé e da Seleção Brasileira Juvenil Feminina

VOLEIBOL E SEUS COMPLEXOS, UMA ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA. O Voleibol é praticado por duas equipes e está inserido no grupo de jogos de cooperação-oposição dos Jogos Desportivos Coletivos. O espaço da ação de cada equipe é separado, sendo a luta pela posse de bola indireta, com limite máximo de três toques por equipe. O jogo decorre através da sequência dos seguintes fundamentos: o saque, a recepção, a distribuição, o ataque, o bloqueio e a defesa. Nesta sequência dos fundamentos do jogo surgem duas fases bem definidas, a ofensiva e a defensiva. Estas duas fases estão intimamente ligadas à preparação do ataque das equipes. Na preparação de um ataque onde participam os fundamentos recepção, levantamento e ataque, esta é considerada ofensiva; e quando envolve bloqueio, defesa, levantamento e

contra-ataque, é a fase defensiva. Essas duas fases do jogo, ofensiva e defensiva, são tradicionalmente chamadas de complexo 1 e 2. O complexo 1 é o ataque a partir da recepção do saque (também chamado de side-out na escola americana ou K1 na escola europeia) e o complexo 2 é o ataque a partir da defesa do ataque adversário (também chamado de transição na escola americana ou K2 na escola europeia). Na figura abaixo, apresentamos uma sequência das técnicas do jogo nas distintas fases, complexo 1 (K1) e complexo 2 (K2).

Podemos verificar que quando não existe uma interrupção do jogo, após o K2, na sequência das ações surge um novo complexo chamado de 3 (K3).

Figura 1: as sequências técnicas de um jogo de voleibol que caracterizam os complexos K1, K2 e K3.

É importante perceber que o complexo 2 (transição ou K2) é dependente de um grande número de fatores que estão relacionados com a complexidade do ataque adversário e com a organização do bloqueio/defesa da equipe. Ou seja, as condições iniciais são muito mais instáveis do que no complexo 1, incutindo maior imprevisibilidade às ações, onde as decisões tomadas, em maior escala, dependem dos problemas emergentes dos cenários situacionais. Assim, a imprevisibilidade e a incerteza decorrentes deste contexto condicionam a qualidade do primeiro toque e, consequentemente, a dos toques subsequentes. Por sua vez, o side-out ou K1, realiza-se num contexto com menor interferência contextual, pois o número de fatores a ter em conta na recuperação da bola está, exclusivamente, dependente do potencial do jogador que saca e do potencial do jogador que recebe, possibilitando, assim, a criação de situações facilitadoras para finalização do ataque. Neste contexto, o levantador exerce uma função fundamental, pois ele é o responsável pelas ações ofensivas de sua equipe, quer no side-out, quer na transição. No entanto, as suas decisões poderão ser mais organizadas e planificadas nas situações de side-out, devido ao fato do distribuidor ter mais tempo para elaborá-las e elas ocorrerem num contexto com menos interferência; contrariamente à transição onde as decisões são fundamentalmente de natureza intuitiva, conferindo às ações um maior sentido de percepção do contexto situacional. Portanto, devemos considerar que os dois complexos servem de instrumento para a sistematização da aprendizagem-treinamento dos conteúdos da tática coletiva, e para que os jogadores tomem consciência da continuidade das ações integradas em cada complexo na sequência habitual do jogo. Tal divisão ajuda a compreender melhor o jogo, uma vez que todas as ações de jogo contêm, na sua essência, uma dimensão ofensiva e defensiva em relação à preocupação-objetivo individual e coletivo do momento percebido no tempo em que se realiza e no desenvolvimento posterior do jogo.

Pelo fato do Voleibol se basear numa lógica acontecimental de sequências ofensivas e defensivas, o que o torna mais previsível, esta modalidade é considerada uma das que possui uma estrutura externa mais determinista, uma vez que a construção do ataque está condicionada pelo limite imposto no número de contatos com a bola por jogador e por equipe. A previsibilidade no Voleibol é maior se comparado com os outros esportes dos Jogos Desportivos Coletivos (futebol, basquetebol, etc.), devido principalmente à ausência de invasão de terreno e pelo fato do desenrolar do jogo não estar condicionado pelo tempo disponível para jogar. Todavia, esta previsibilidade do  jogo de Voleibol vem requerer maior exploração dos constrangimentos situacionais, com solicitação variada dos sistemas perceptivos, para que o jogador seja capaz de se antecipar ao adversário, provocando instabilidade e incerteza quando age. Em suma, o Voleibol é um desporto praticado por duas equipes onde as ações motoras são executadas em campos distintos, não ocorrendo contato físico. A participação das equipes junto à bola é alternada, o número de contatos é limitado por jogador e por equipe, as ações técnico-táticas se alternam em dois momentos distintos do jogo, a fase ofensiva e a defensiva, que estão intimamente ligadas ao ataque. Os jogadores possuem especializações funcionais ofensivas e defensivas definidas, podendo variar consoante os tipos de jogadas e as rotações onde se desenvolvem. É um desporto que requer elevado esforço tático e estratégico, exigindo grande conhecimento do jogo por parte de seus  jogadores.

Marco Antônio Queiroga Atualmente é assistente técnico da Seleção Brasileira Juvenil Feminino e da Equipe Pro fissional de voleibol feminino da Usiminas/Minas. Email: [email protected]

A NOVA REGRA SOBRE A RECEPÇÃO A coluna “Por dentro da regra” não poderia falar sobre outro assunto senão a nova regra do vôlei, que deve entrar em vigor já nesse ano de 2013: a recepção de toque. A Voleishow convidou o experiente ex-árbitro e hoje instrutor de arbitragem da FIVB, Carlos Cimino, para explicar tudo sobre a regra 9.2.4. A regra 9.2.4 diz que: É falta, durante a recepção do saque, fazer um contato duplo ou agarrar/conduzir usando na ação a ponta dos dedos (toque/voleio). Isto não significa que não se possa receber o saque de toque/voleio com a ponta dos dedos. Para que não seja falta, ao receber o saque de toque/voleio com a ponta dos dedos, é necessário que o contato seja limpo, ou seja, sem haver 2 toques ou condução. Um saque balanceado pode ser recebido de toque/voleio com a ponta dos dedos, desde que não haja 2 toques ou condução. No saque veloz e forte a probabilidade do saque

ser recebido de toque/voleio com a ponta dos dedos é muito remota, pois aumenta o grau de dificuldade. Neste tipo de saque veloz e forte, o atleta pode optar por receber o saque com outras partes da(s) mão(s), mas de forma que não caracterizem um toque/voleio tais como: - com as mãos fechadas, com os dedos flexionados ou com outras partes da(s) mão(s) que não caracterizem toque/voleio com a ponta dos dedos ( figuras abaixo). O toque consecutivo continua valendo para as situações de contatos com as mãos em gestos que não sejam de toque/ voleio com a ponta dos dedos. Lembrando que nestas situações onde o contato é efetuado com outras partes da(s) mão(s) ou do corpo do atleta, mas existem 2 ações ou a retenção da bola, as faltas ainda continuam sendo apitadas como 2 toques ou condução. Observe abaixo as imagens que auxiliarão você a tomar a melhor decisão na hora de passar um saque mais alto.

Carlos Cimino

Ex Árbitro Internacional é hoje instrutor da FIVB

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O ENTRA E SAI DOS PATROCÍNIOS NO VÔLEI O voleibol é o segundo esporte do Brasil. Depois do futebol, é o preferido dos jovens, segundo pesquisa do Datafolha em 2012. É a modalidade esportiva com mais medalhas olímpicas. Temos jogos todas as semanas transmitidos em canal fechado. Temos ídolos. Parece que o esporte vai de vento em popa, reinando tranquilo, na segunda colocação, no que é considerado o país do futebol. Mas afinal, o voleibol está bem? Lendo o parágrafo anterior, o voleibol tem motivos para estar tranquilo, comemorando, mas a realidade não é bem assim. Como todo o esporte, a modalidade depende de uma palavra mágica, chave para a sobrevivência: patrocínio! Temos 22 equipes entre as Superligas Masculina e Feminina. A maioria ainda depende das prefeituras, e a renovação destes convênios é uma luta a cada ano, principalmente após eleições, quando o caixa fica zerado. O primeiro corte de despesas dos novos prefeitos é no esporte, principalmente nos de alto rendimento. E as empresas privadas, para que invistam, ou continuem investindo, dependem muito do momento econômico que vive o país. E quando investem, encontram outra situação que está sendo muito discutida, e que talvez seja determinante para busca e captação de novos patrocínios para o voleibol em particular e o esporte em geral, que é a não divulgação nas transmissões televisivas do nome das empresas que apoiam e mantém os projetos em andamento. Tenho certeza que muitas empresas que deixaram o esporte, o fizeram por não terem seus nomes divulgados. Essa é uma questão que tem que envolver a CBV, os

patrocinadores e a televisão que detém os direitos de transmissão. Um grande pacote comercial envolvendo todas as equipes, cada uma com a sua realidade econômica, poderia ser uma solução. Uma empresa aumentaria um pouco mais seu orçamento se fosse divulgado o seu nome nas transmissões esportivas. E a CBV como mediadora, defendendo o seu produto, que não é somente as seleções, e sim todos os clubes, masculinos e femininos, que são essenciais na formação e na manutenção de todas as categorias do voleibol brasileiro. Também temos outra questão. Existe um ciclo dos patrocínios. Chega uma hora em que a empresa já consolidou a sua marca e embarca em outras aventuras do Marketing, no esporte ou fora dele. Temos casos e mais casos, em todas as modalidades. Quem não se lembra do Bradesco, Enxuta, Perdigão, Sadia, Malwee, entre outras, no Futsal brasileiro? Ou quem pode esquecer a Atlântica Boavista, Pirelli, Cimed, Fiat, Sul Brasileiro, Banespa, Supergasbrás, entre tantas, no nosso voleibol? Se não mudarmos esse panorama e dermos condições atrativas para as muitas empresas que poderiam estar no voleibol, temo que a Superliga 2013/2014 vai perder muitas equipes. E tudo o que foi falado no começo deste texto, infelizmente não servirá para nada!

Chico Lins

Foi Supervisor do time de Florianópolis de 2001até 2010. Neste período as equipes conquistaram 5 títulos da Superliga.

O PAPEL DA FISIOTERAPIA ESPORTIVA NO VOLEIBOL Todos conhecem histórias de atletas que

tendinopatias do manguito rotador, periostite tibial

eram grandes promessas nas categorias de base e

(canelites) e lombalgias. No geral, a prevalência dessas

que, ainda antes de ingressar nas categorias adultas,

lesões não difere muito entre as categorias, apesar da

tiveram seu desempenho limitado por dores e lesões

cronicidade das lesões ser um fator a ser considerado.

que os acompanharam desde o início de sua vida

Atletas que convivem, por exemplo, com tendinopatias

esportiva. Atletas que abandonam o esporte por não

patelares desde os primeiros anos de prática tendem

conseguirem mais conviver com as dores, que apesar

a apresentar os mesmos sintomas na fase adulta,

de fazerem parte do “uniforme do atleta”, como cita

só que com alterações crônicas como espessamento

Nalbert Bittencourt, não combinam tão bem com o

do ligamento (tendão) patelar, calcificações ou ainda

melhor desempenho. A longevidade dos atletas está

necrose da inserção no pólo inferior da patela. A

diretamente ligada ao trabalho feito desde os anos de

reabilitação nesses casos torna-se mais complexa,

formação até a sua carreira adulta.

muitas vezes dependendo de intervenções médicas

Como um esporte de pouco contato, o voleibol tem uma gama de lesões muito mais relacionada ao sobreuso do que lesões traumáticas. Mesmo assim,

mais diretas, como cirurgias e o uso de centrifugado de plaquetas (PRP). Antes delegada somente aos médicos e

há uma maior incidência de lesões por trauma, como

massagistas, a reabilitação do atleta passou a ser

entorses de tornozelo, subluxações e luxações de

abordada numa visão multi e interdisciplinar, no

dedos da mão e estiramentos musculares. As lesões

qual cada profissional (além dos citados, técnicos,

de ligamento cruzado anterior (LCA) não são tão

preparadores físicos e outros) tem sua parcela de

frequentes como em outros esportes de contato,

contribuição para o alto rendimento e bem estar dos

são mais comuns no voleibol feminino (devido às

indivíduos participantes. Desde uma observação bem

características anatômicas das atletas), são graves

feita de um técnico formador aos primeiros passos

e levam a grandes períodos de afastamento. Já as

no alto nível, diversas particularidades do jogador de

lesões por uso repetido ou sobrecarga mais frequentes

voleibol devem ser observadas em todos os momentos

são as tendinopatias patelares (joelho do saltador),

de sua carreira. Os profissionais de Fisioterapia

envolvidos nesse processo têm grande papel em todas

durante salto e aterrissagem, alinhamento de pés

as etapas, através de avaliações pré-participação e

e dinamometria isocinética de membros superiores

pré-temporada, acompanhamento diário dos atletas

e inferiores. Esses dados coletados e analisados

em treinos e jogos, além de atenções primárias e

permitem selecionar ou criar exercícios corretivos

secundárias à saúde do atleta. Esse trabalho possui

personalizados ou ainda traçar rotinas de exercícios

algumas diferenças nas categorias de base e no

preventivos para todo o grupo.

nível adulto, mas em todas as categorias existe uma importante linha central de conduta: a prevenção de lesões. A prevenção passa por diferentes condutas nas

O trabalho com as categorias adultas difere da base pelo volume de treinamento e exigência, fazendo com que o trabalho de pré-temporada seja

diferentes categorias do esporte, mas quanto mais cedo

ainda mais essencial. A base adquirida nas primeiras

for iniciada, maior a aceitação e melhores os resultados.

semanas de treinamento vai servir para sustentar o

A detecção precoce de padrões posturais inadequados

trabalho gradativo de toda a temporada. A mesma

e vícios de execução de gestos esportivos (má absorção

avaliação inicial deve ser feita, mas como grande

de impacto na aterrissagem do salto, alteração de

parte das vezes os profissionais já conhecem o perfil

alinhamento de membros inferiores nas posturas de

do jogador, o trabalho preventivo já pode ser iniciado

defesa e recepção, passadas de ataque invertidas)

antes, com circuitos de exercícios preventivos, por

desde as categorias menores, torna mais fácil a

exemplo. Nesse momento é necessário ainda ficar

correção e diminui o risco do aparecimento de lesões

atento a particularidades de alguns atletas quanto

decorrentes desses gestos. Um trabalho de estimulação

à execução de exercícios com os quais ele já está

sensório-motora (exercícios proprioceptivos) deve

habituado e outros com os quais ele não se adequou

ser iniciado também precocemente, para obter uma

em outras oportunidades. A rotina de viagens requer

melhor resposta frente a momentos de maior exigência

adaptações a diversas situações de treinamento, por

do controle motor. A utilização de exercícios e rotinas

isso é recomendado utilizar exercícios que possam

de musculação direcionadas podem ser iniciadas

ser executados em qualquer lugar, com utilização de

precocemente, sempre sob a supervisão de um

exercícios de suspensão, estabilização articular com

profissional competente.

discoflex ou colchões, uso de resistência elástica

Nas categorias infanto-juvenil e juvenil, os atletas já têm um contato maior com as características da alta performance, aumentando o nível de exigência

progressiva (já extensamente discutido e com respaldo em literatura especializada) e outros. Enfim, todo o trabalho da Fisioterapia Esportiva

física para a prática do esporte. Atletas com melhores

com os atletas das diferentes categorias da prática do

condições técnicas ou físicas passam a se destacar e

voleibol depende de uma boa avaliação, planejamento

a fazer parte de situações de treinamento com maior

e, principalmente, integração de toda a equipe que

nível de desgaste, necessitando de estratégias de

trabalha com o atleta. Isso pode favorecer para carreiras

prevenção ainda mais eficazes. Avaliações conjuntas

esportivas cada vez mais longas, produtivas e acima de

com Centros de Excelência Esportiva (CENESP - INDESP)

tudo, uma melhor qualidade de vida nos anos finais da

são interessantes ferramentas de coletas de dados,

carreira de um atleta.

acessíveis a vários clubes. Em Belo Horizonte, por exemplo, parcerias com o Laboratório de Prevenção de Lesões Esportivas (LAPREV) permite aos vários clubes de base ter informações precisas de características dos atletas, como ritmo escápulo-umeral, torque de musculatura abdutora e flexores de quadril, equilíbrio lombopélvico, ângulo de varo e valgo de joelhos

Alysson Lima Zuin Fisioterapeuta do Sada Cruzeiro Volei e da Seleção Brasileira Juvenil

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LESÕES TRAUMÁTICAS NO VOLEIBOL Estávamos em junho de 2001, e era meu primeiro jogo o ficial como médico da Seleção Brasileira Masculina de Voleibol. No final do primeiro set, ao tomar impulso para saltar e atacar uma bola na saída, o nosso oposto caiu e começou a gritar de dor. Os jogadores que estavam perto, ao ver o joelho dele, ficaram assustados. Entrei na quadra, e logo diagnostiquei, pela primeira e única vez em 16 anos à beira da quadra, uma ruptura do tendão patelar, lesão que ficou “famosa” no mundo esportivo depois que o Ronaldo teve uma semelhante. Começo este artigo contando essa história, pois vou falar sobre as lesões traumáticas e cirúrgicas que acometem os jogadores de voleibol.

Felizmente, devido ao voleibol não ser um esporte de

Na minha opinião, devemos fazer de tudo para tentar

contato direto, essas lesões são bem mais raras que

evitar tais lesões, e investir na prevenção, ficando

as lesões por esforço repetitivo, como as tendinites

apenas sujeitos às fatalidades. E como prevenir?

patelares, de Aquiles e nos tendões do ombro. Porém,

A principal prevenção é uma boa preparação, com

costumam ser mais graves, e para piorar, afastam os

ênfase no trabalho de flexibilidade, fortalecimento

atletas por mais tempo do esporte, causando sequelas

e equilíbrio muscular, evitando assim sobrecargas

em algumas situações.

articulares, bem como estabilizando dinamicamente as articulações. Para evitar lesões tendinosas, jamais

Nos membros inferiores, a ruptura do tendão patelar

deixar que o tendão seja in filtrado com corticóide,

ou do tendão do quadríceps na região do joelho,

visto que o mesmo muda as propriedades do tendão,

sem dúvida, é a mais grave de todas, necessitando

diminuindo sua elasticidade e ficando mais suscetível

de cirurgia o quanto antes, para que seja reparado e

a uma ruptura, que pode ter consequências terríveis.

reforçado o tendão. Esse tipo de lesão leva em torno de

Acredito que o uso de tornozeleira rígida é essencial

8 meses para recuperação e, invariavelmente, diminui

para o atleta de voleibol, visto que a mesma não limita

a capacidade de salto do atleta no retorno ao esporte.

nenhum movimento necessário para a prática do

Os entorses do joelho, levando a ruptura do ligamento

esporte, e caso não evite o entorse, diminui a gravidade

cruzado anterior, associados ou não a lesões de menisco,

do mesmo.

 já acontecem com maior freqüência, sendo 3 a 4 vezes mais comuns em mulheres, necessitando que o mesmo

Em resumo, as lesões traumáticas nos atletas de

seja reconstruído, demandando uma recuperação média

voleibol felizmente não são tão frequentes. Porém, a

de 6 meses até que o atleta possa voltar a jogar.

sua prevenção é mais difícil, e sempre podemos nos deparar com alguma lesão mais surpreendente, como

As lesões de menisco também são relativamente

uma concussão cerebral num choque de cabeça entre

mais comuns, porém felizmente após tratamento por

 jogadoras que vão defender a mesma bola, ou mesmo

artroscopia (cirurgia por vídeo), o tempo de retorno gira

uma fratura cervical num choque com a sustentação da

em torno de 30 dias. A lesão traumática mais frequente

rede. Mas, tanto os atletas, quanto os pro fissionais da

dos membros inferiores é o entorse do tornozelo, que em

área da saúde e preparação física devem estar muito

 jogadores de voleibol raramente tem indicação cirúrgica,

atentos à prevenção, e sempre realizar um tratamento

e com o tratamento fisioterápico, dependendo do grau da

correto para o reestabelecimento mais rápido e sem

lesão, pode afastar o atleta desde 1 dia até 6 semanas.

nenhuma sequela.

Nos membros superiores, qual o jogador de voleibol que nunca teve um trauma em algum dos dedos? Felizmente não costumam ser lesões graves. As lesões mais preocupantes são as lesões dos tendões do manguito rotador e as luxações de ombro (quando o ombro sai do lugar). Ambas as lesões no atleta são de tratamento cirúrgico, levando a um afastamento médio de 6 meses. Porém, nos jogadores de voleibol, os resultados da cirurgia costumam ser melhores nas lesões do manguito rotador do que na luxação do ombro.

Álvaro Chamecki Médico ortopedista da Seleção Brasileira Masculina

ANA PAULA E PATRÍCIA COM BERNARDINHO

ALESSANDRA COM LUCARELLI

DANI E MURILO

BRUNA COM PACHECO

GALERA COM FILIPE

FELIPE COM VASILEVA

JULIANE COM SHEILLA

JAQUELINE COM GUSTAVO

MATHEUS COM RICARDO

NEIVA COM LUCÃO

SEBASTIÃO COM WALSH

VIVIAN COM BRUNO

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