Vitriol
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QQ.`.IIr.`. Saudações Um belo trabalho de um Ir.`. nosso sobre o tema VITRIOL Trabalho apresentado apresentado no ERACOM 2008 GOB - GOSP – GSCEM CD 1° Região Maçônica do Grão Mestrado Autor: Roberto Carlos Meneghesso ARLS Lealdade Paulistana – 2920 “VITRIOL” é a abreviatura de palavras de uma frase em latim: “Visita Interiora Terrae, Rectificandoque, Invenies Inven ies Occultum Lapidem”. Ao pé da letra isto significa: “visita o interior da terra e, retificando-te, encontrarás a pedra oculta”. Esse significado e sua interpretação não constam de todos os Rituais do Rito Escocês Antigo e Aceito, constituindo um certo “mistério” que os autores principais assim expressão: Essa fórmula hermética, que se julga ter sido a divisa dos antigos rosa-cruzes, é atribuída a Basílio Valentim, alquimista do século XV e que se diz ter sido monge beneditino, mas cuja existência é posta em dúvida, tanto mais que esse nome significa, em grego, “régulo poderoso”, denominação denominação que os alquimistas alquimistas davam ao “mercúrio”. Esse aforismo hermético é um convite para a busca do ego profundo, que não é outra coisa senão a própria alma humana no silêncio da meditação. Referindo-se a essa alquimia mística, mística, Serge Hutin escreve: “A procura do ouro é, na realidade, realidade, a descoberta de tesouros incorruptíveis incorruptíveis e puramente espirituais. espirituais. Aquele que quer trabalhar na grande obra deve visitar a sua alma, penetrar no mais recôndito do seu ser e nele efetuar um labor oculto, misterioso. Como o grão deve ser sepultado no seio da terra, assim, aquele que ouve o apelo de Deus deve, corrigindo-se, retificando-se, retificando-se, obter a sublime transmutação transmutação do carneiro (ossuário) natal, imunda matéria negra, fazendo do carvão, esplêndido esplêndido diamante, e do chumbo vil, ouro puro. “Encontrará assim a Pedra Oculta que nele guarde” (R. Amadou. L’Ocultisme, p.160). Nas lojas francesas do Rito Escocês Antigo e Aceito, essa palavra misteriosa VITRIOL achase inscrita nas paredes da Câmara das Reflexões, onde o candidato permanece antes de sua iniciação. A retificação de que se trata aqui é a purificação dos elementos, e a Pedra Oculta, a Pedra Filosofal. (Dicionário de Nicola Aslan). É um lema da alquimia e a Pedra Oculta aqui referida é a Pedra Filosofal, que transforma os metais inferiores em ouro. Mas, do ponto de vista esotérico, a expressão reveste-se de grande profundidade profundidade moral, pois nada mais é do que um convite ao homem para que conheça o seu
interior, o seu âmago, o ser intimo que habita o seu corpo. (José Castellani, Cartilha do Aprendiz). Figurando no painel da Câmara das Reflexões nas lojas, é um convite à busca mística do ego profundo, a essência da alma humana, no silêncio e meditação. Às vezes escreve-se “VITRIOLUM”, e traduzem-se as duas últimas letras por Verum Medicinam – a verdadeira medicina. (Dicionário de Joaquim Gervásio de Figueiredo). "Pedra que rola não cria limo", diz o dito popular. Na iniciação, os inusitados acontecem vertiginosamente. Para aumentar a tensão, a venda, a tolher talvez um dos mais preciosos sentidos, que é o da visão, eleva a temperatura. Os choques com os inesperados, com os segredos que os Irmãos não falam para neófito nenhum, para não tirar deles, os Mestres Maçom, o prazer de saborear a reação do iniciando em face de um “obstáculo praticamente intransponível". Momento tão especial, repleto das mais altas indagações e dos mais altos símbolos maçônicos, que deixam aturdido a todo aquele que por ele passa. A vontade é escrever sobre tudo o que ocorreu. Só algum tempo depois, lendo sobre a Ordem, estudando o Ritual e assistindo a uma iniciação é que se pode começar a compreender o ocorrido durante a iniciação. Procura-se estabelecer divisões, estanquizando os fatos para dissecá-los. E dessa estanquização surge um símbolo representado pelas iniciais “VITRIOL”. Qual o seu significado? O que designa? Para que finalidade se encontra na parede da Câmara de Reflexão? Inicialmente, verifica-se que não é ele elemento obrigatório, para o GOB, numa Câmara de Reflexão, segundo dispõe o REAA, edição 1998, pg. 10. Elementos obrigatórios são, por exemplo, a ampulheta, o esqueleto humano, o pão e a água. Mas, embora facultativo, ele se encontra presente na maioria das Câmaras de Reflexão, enquanto que outros objetos, obrigatórios, às vezes ali não estão presentes. A profundidade de tal frase salta aos olhos, primeiramente, por que é no interior da terra, ou seja, na Câmara de Reflexão, que o Profano morre para nascer um Maçom. A Câmara de Reflexão, na realidade, relembra as cavernas das antigas iniciações, inclusive religiosas. Como qualquer iniciação, simboliza a morte material de alguém e o seu ressurgimento num plano mais elevado. O iniciando permanecia no interior de uma caverna da qual, em dado momento, saía por uma fenda ou orifício, como se estivesse nascendo. Segundo José Castellani, ainda existem tribos na África que, vivendo na idade da pedra, se utilizam desse ritual, quando considera morta a criança que ali entrou e nascido o homem maduro, pronto para a vida. A Câmara de Reflexão representa, ainda, o útero da mãe terra, de onde os filhos da viúva nascem para uma nova vida. Esse conceito atual de masmorra foi introduzido pelos franceses na metade do Século XIX, influenciados pela Revolução Francesa e por um certo sentimento antimístico oriundo do iluminismo francês, mas esses fatos não podem desvirtuar a sua origem.
Em segundo lugar, “retificando-te” significa, na verdade o “seguir em linha reta”, ou seja, agir em si mesmo com profundidade. É nesse momento de solidão, de encontro consigo mesmo, de meditação diante do inusitado, do desconhecido, que o novo homem se retifica interiormente, uma “mudança” que equivale a um “renascimento”, porque a finalidade da iniciação é justamente o renascimento, deixando de lado todos os vícios de uma vida anterior para adotar novos padrões de conduta moral. É evidente que não há perdas essenciais, uma vez que a “descida” para a “alma” não significa divórcio com a matéria, mas apenas uma momentânea separação, processada pela mente; um jogo de palavras que expressa profunda ação. E, ao fazer isso, mostra-se para o novo homem a pedra oculta que há dentro de todos. Tal pedra ainda se encontra em estado bruto, necessitando ser lapidada, trabalhada, o que só acontece com o aprendizado constante, com a prática incessante das boas ações, com o respeito às normas, com a presença constante em Loja, com a aplicação dos princípios fundamentais da Maçonaria, como a fraternidade e a humildade! De nada adianta descobrir que em seu interior há uma pedra bruta, se essa pedra não é tocada, não tem a sua rusticidade conhecida, se nada se faz para seu polimento. Esse polimento é pesado, o desbaste das arestas, dos excessos, é doloroso, mas necessário para fazer crescer aquele que encontrou dentro de si o que o diferencia dos demais animais; a pedra oculta, isto é, a inteligência, a capacidade de raciocinar, de discernir entre o certo e o errado, de dominar o desejo pessoal, de vencer paixões e submeter vontades! A menção à pedra oculta, ainda, significa atingir o mais profundo do Ego do iniciando e é usada como originária da força dos alquimistas, que acreditavam na Pedra Filosofal, ou seja, aquela pedra que transformava os vis metais nos mais puros e raros metais, ou os metais inferiores em ouro. Esse processo de transmutação visto pela alquimia prática como “Pedra Filosofal”, é também conhecido como Obra do Sol, ou Crisopéia, ou Arte Real. No entanto, para a alquimia oculta, todavia, a frase é um convite ao conhecimento do ser interior, da espiritualidade, já que a Obra do Sol é a transmutação do quaternário humano, inferior, no ternário divino, superior ao homem. Ou seja, descendo a profundidade da terra, abaixo da aparência exterior que esconde a realidade interior das coisas e as revela; corrigindo o seu ponto de vista e a sua visão mental com o esquadro da razão e do discernimento espiritual, encontrarás a Pedra Oculta ou a Pedra Filosofal que constitui o Segredo dos Sábios e a verdadeira sabedoria. A representação da verdade em uma Pedra não apresenta nada de estranho quando se pensa que deve constituir a base sobre a qual repousa o edifício de nossos conhecimentos, que se fará o Templo de nossas aspirações e o critério sobre o qual, e cuja imagem, devem enquadrar-se ou retirar-se todos os nossos pensamentos. (Magister, Manual Del Aprendiz).
A Pedra Oculta é a Pedra do Sábio, que pode se transformar na Pedra Filosofal, ou seja, dentro de cada homem há uma Pedra Oculta, conhecida também como Pedra do Sábio, que o diferencia do animal irracional e que qualifica o ser humano como tal. Trabalhada a Pedra do Sábio tem-se a Pedra Filosofal, ou a Pedra Polida, surgida com a transformação do bruto Profano em um novo homem, um Maçom. Encontrada a Pedra Oculta, ou a Pedra do Sábio, mas se esquecendo de que o trabalho com essa Pedra Bruta deve ser constante, o homem não avança, não cresce espiritualmente e a Pedra permanece Bruta, não dando a público a sua beleza interior, permanecendo carregada de jaça, de sujeira que a obscurece e a torna imprestável para o uso a que se destina. O Maçom que mantém a sua Pedra Oculta com traços de impureza, causados por ações ou omissões denominadas vícios, não pode ser chamado de Maçom, antes, pelo contrário, deve ser alijado do meio sadio para não impregná-lo com seu hálito sujo, pois é ele indigno de ser chamado Irmão. Daí pode-se afirmar sem temor que o trabalho do Maçom na Pedra Bruta deve ser diário e incessante, devendo ele, com constância, visitar o interior da terra, retificando-se, na busca da Pedra Oculta. E seguir trabalhando-a na busca da evolução contínua e infinita! Que o nosso G\ A\ D\ U\ a todos ilumine e guarde. Fraternalmente. Ir\ ROBERTO CARLOS MENEGHESSO CIM: 236677 - A\ M\ A\ R\ L\ S\ LEALDADE PAULISTANA - Nº 2920 Or\ de São Paulo 28 de Setembro de 2006 da E\ V\ TFA
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