Virginia Satir Tus Distintos Rostros

May 8, 2017 | Author: Carmen Sanjuán | Category: N/A
Share Embed Donate


Short Description

Los distintos rostros que todos llevamos....

Description

[email protected]

TUS DISTINTOS ROSTROS Pasos para ser amado



EL LIBRO MUERE C U A N D O LO F O T O C O P I A N

[email protected] Amigo

lector:

La o b r a que usted t i e n e en sus m a n o s es muy valiosa: en ella, su a u t o r ha v e r t i d o c o n o c i m i e n t o s , e x p e r i e n c i a y años d e t r a b a j o . E l p r o c u r a d o una p r e s e n t a c i ó n

digna de su

e d i t o r ha

c o n t e n i d o y p o n e t o d o su

e m p e ñ o y recursos para d i f u n d i r l a a m p l i a m e n t e , p o r m e d i o de su red de comercialización. C u a n d o usted f o t o c o p i a este libro, o a d q u i e r e una copia « p i r a t a » o f o t o c o p i a ilegal del mismo.'el a u t o r y el e d i t o r dejan de p e r c i b i r lo q u e les permite

r e c u p e r a r la i n v e r s i ó n

que

han

Contenido

realizado, y ello f o m e n t a el

d e s a l i e n t o de la c r e a c i ó n de nuevas o b r a s . La reproducción no autorizada de obras protegidas p o r el d e r e c h o de autor, a d e m á s de ser un d e l i t o , daña la creatividad y limita la d i f u s i ó n de la cultura. Si usted necesita un e j e m p l a r del libro y no le es posible c o n s e g u i r l o , le r o g a m o s h a c é r n o s l o saber N o d u d e e n c o m u n i c a r s e con n o s o t r o s . Editorial P a x . L C C SA T i t u l o de la obra en inglés:

Your Many Fucos The Firsi Siep lo Bcing Loved © Copyright

1978 b y V i r g i n i a S a l i r

P u b l i c a d o por Celestial A r t s

T R A D U C C I Ó N : G i l d a Castillo

©1 9 8 8

Editorial

Pax

México,

Librería Carlos Césarman, Av. Cuauhtémoc

S.A.

1430

C o l . Sta. C r u z A t o y a c M é x i c o , D.F. 0 3 3 1 0

Introducción

11

Correr el v e l o

15

El T e a t r o interno. Primer a c t o

19

Escapar de la cárcel e m o c i o n a l

45

E l T e a t r o interno. S e g u n d o a c t o

51

¿ Q u é hemos aprendido?

63

La Rueda de Recursos

67

T e l . : 5605 • 7677

Mirar c o n n u e v o s o j o s

73

Fax: 5605 • 7600

Rostros famosos

79

El t i o v i v o

85

[email protected] Para C o l o m b i a . V e n e z u e l a , E c u a d o r , C h i l e y P a n a m á

T o m a r nuestras d e c i s i o n e s y n o dejar q u e o t r o s l o hagan

© 2001

ALFOMEGA

S.A.

Transv. 24 N o . 40-44 Bogotá ISBN

D.C.-Colombia 958-682-238-9

Octava ISBN

reimpresión

Impreso

en

93

Y o s o y e l ú n i c o que e s c o m o y o

95

Eres un m ó v i l c o n vida

99

caminos

los d e r e c h o s

C o l o m b A - a l P r i n t e d in

¿Cuál de todos s o y y o ?

Trazar e l m a p a d e n u e s t r o s p r o p i o s

968-860-337-6

Reservados todos

89

Colombia

107

[email protected]

A todos mis amigos y colegas, y a todas aquellas personas que, estoy segura, cuentan con una vida plena de posibilidades.

[email protected]

Reconocimientos

Q u i e r o hacer patente mi r e c o n o c i m i e n t o y a g r a d e c e r a t o d o s a q u e l l o s q u e d i e r o n parte de su t i e m p o para leer y r e s p o n d e r a este e s f u e r z o c o n el fin de hacer este l i b r o más

claro y legible;

entre e l l o s N e w e l l

W e e d , W h e e l o c k W h i t n e y , L o i s James, Trae B o x e r , K e i t h B e r w i c k , Johanna S c h w a b , J a c k i e S c h w a r t z , Anne

Robertson,

brook,

Lucille

Ruth Turpin,

Leonard

y

Merle

Hurwitz,

Mary

Stine,

Harrel,

Jane

Mary Jo

Bul-

Ruth N i c h o l l s ,

Levenberg

Gerber,

Y e t t a Berhard, V e r n o n S p a r k s , Jane D o n n e r , V i n c e S w e e n e y , R a c h e l M i c h a e l s e n , Shauna A d i x , R a m o na A d a m s ,

Sally P i e r o n e ,

J o h n L e v y quien,

F r e d Duhl y en e s p e c i a l

aunque s o r p r e n d i d o d e recibir e l

m a n u s c r i t o , r e s p o n d i ó a su manera tan p r o p i a e inimitable. Un e s p e c i a l a g r a d e c i m i e n t o a Hal Kramer, mi li¬ brero,

p o r s u c o n s t a n t e a p o y o para c o m p l e t a r este

p r o y e c t o y a mi editora, J o y c e l y n M o u l t o n , p o r su paciencia y creatividad. 9

[email protected]

Introducción Tus diversos rostros La aventura de descubrir el milagro que hay dentro de ti quién eres, qué eres, qué tienes y cuáles son tus posibilidades. Desearía Quisiera interesarte en saber

inspirarte para q u e v e a s q u e p u e d e s l l e g a r m á s l e j o s d e d o n d e estás ahora. Este l i b r o e s una i n v i t a c i ó n para q u e v i v a s una e x p e r i e n c i a m u y e s p e c i a l c o n t i g o m i s m o , que te abrirá t o d o tipo de nuevas p o s i b i l i d a d e s . P u e d o hacerte esta i n v i t a c i ó n p o r q u e p e r t e n e c e s al g é n e r o h u m a n o , y c o m o tal, eres un milagro. M á s aún,

eres u n m i l a g r o " ú n i c o e n s u g é n e r o " .

Cada

huella de c a d a ser h u m a n o es diferente. Piensa q u e , h o y e n día,

hay c u a t r o b i l l o n e s d e p e r s o n a s e n e l

m u n d o , m á s t o d o s l o s q u e v i v i e r o n antes y l o s q u e v i v i r á n en el futuro. C a d a u n o tiene una huella d i g i tal ú n i c a . N o e x i s t e n d u p l i c a d o s . ¿ C ó m o p u e d e al¬ g u i e n inventar tantas v a r i a c i o n e s ? E s t o , q u e en ver¬ d a d m e inquieta, e s u n h e c h o i n d i s c u t i b l e . C a d a u n o d e n o s o t r o s e s diferente. 11

[email protected]

También es verdad que cualquier cirujano que aprende su ciencia en cualquier parte del mundo, puede intervenir con éxito a cualquier ser humano, sin importar qué cultura, raza, nacionalidad, lengua, edad, ocupación, religión o ideología tenga éste, puesto que los corazones, las cabezas y otras partes de la anatomía estarán relativamente, siempre en el mismo lugar. Igualmente, los niños se conciben y nacen de la misma manera. De modo que también somos iguales. Más aún, considera la maravillosa organización de los sistemas del cuerpo humano. ¿En qué otro pequeño sitio se encuentran televisión, teléfono, cámaras, radio, telégrafo, computadora, máquinas de coser, plomería, calefacción y aire acondicionado, fábricas productoras de todo tipo de productos: sangre, sustancias químicas, tejidos, huesos y sudor? Todo esto tiene lugar en la unidad que es tu cuerpo. Observa por un momento cómo las personas que te rodean vienen "en diversas envolturas", en todo tipo de colores; hablan diferentes idiomas y cocinan de mil maneras distintas. La gente lleva a cabo actos increíbles que incluyen inexplicablemente hasta la destrucción y la violencia, pero también generosidades sin paralelo que algunas veces requieren el sacrificio de todo, hasta de la vida, por amor y atención a los congéneres. La gente, incluyéndome a mí, es mi fascinación, mi fuente de vida, de placer, de crecimiento, lucha y pena. En gran medida, todos compartimos las emociones y sentimientos, a los que llamo nuestros jugos: enojo, alegría, temor, curiosidad, amor, excitación, desamparo y poder. Lo que desata estos sentimientos en cada uno de no-

ir sotros es diferente, pero la capacidad para experimentarlos es la misma. Tú, como yo, tienes tu propia apariencia, tu propia estatura, color, gestos, sexo, edad, origen, experiencias, pensamientos, sentimientos e inclinaciones. Al mismo tiempo, cada uno es una combinación de lo mismo y lo diferente de cada ser humano. Con algunas personas nos identificamos; por ejemplo, las mujeres con las mujeres, los hombres con los hombres, los artistas con los artistas. A menudo tendemos a quedarnos cerca de lo que nos resulta familiar y a alejarnos de lo ajeno. Quiero probar esta idea. Creo que perdemos mucha de la riqueza de la vida porque no hemos aprendido la lección de nuestra unicidad. No importa cuan iguales a otros nos sintamos, seguimos siendo diferentes, y viceversa. Si crees, como muchos, que tu parecido con otros sienta tus bases de confianza y seguridad y que tus diferencias son la fuente de tus problemas, entonces estás valiéndote sólo de la mitad de tus recursos. A todos nos gustaría deshacernos de nuestros problemas, pero si piensas que las diferencias provocan los problemas usarás tu energía para eliminarlas. Creo que el parecido es confortable, pero si es lo único que existe, puede traer consigo el aburrimiento. Lo diferente puede ser fuente de dificultades, pero también la clave de experiencias y energía que hacen la vida plena e interesante. Permítete pensar en términos de todo lo que eres, aquello que te es familiar, aquello que no has desarrollado y aquello que quizá no sabes que existe. Piensa en cada parte de tu ser como un recurso, sin 13

12

i

[email protected]

importar que sea igual o diferente al de otro o que lo consideres bueno o malo. Lo que tengas representa nuevas posibilidades. Este libro trata de explorar esas partes de tu ser y demostrar cómo contribuyen a desarrollar tus potencialidades. A estas partes de tu personalidad las llamo tus diversos rostros

Correr el velo Si te enseñaron lo que a mí, tal vez creciste creyendo que el mundo está dividido simplemente en bien y mal, correcto e incorrecto. Si quitaras el velo que te cubre, seguramente recibirías un fuerte impacto al ver todo lo malo e incorrecto y al descubrirte en un estado peor de lo que habías imaginado. Esta sería la verdad desnuda que muchos esperan. Algunos piensan que si corren el velo aparecerán todo tipo de cosas que deben cumplirse y que se sentirán sofocados y agobiados por todo ello, lo cual aumentará la carga. "Aquello" que debí hacer y no hice; lo que debo hacer pero no puedo. Otros piensan 15 14

[email protected]

que-al correrwelsvelo habrá huecos,; vados oscur.oajQue los arrastrarán-al abismo delsjnás allá en donde se •«perderán páfá^iempreifJncluso he oído a algunos decir que temían encontrar talentos o habilidades que jamás desarrollarían. Pero hay gente que no corre el velo porque,"lo que no conozco no me-lastima" y además, están bien como están. Existen personas que no corren el velo porque no »saben que éste existe y creen que nada.ies „s,ucede más allá de lo que ven, oyen o de lo que.otrosles dií*en. Dicho así parece un poco absurdo, no obstante es una respuesta común ante la posibilidad de descubrir lo desconocido en nosotros mismos. Todos los secretos,^penas y temores más íntimos, aparecería veces como una caja de Pandora, la cual una vez abierta, puede poblar de~calamicládes el universo o destruir a la persona. Además de estas posibilidades hay otras desconocidas, aún no desarrolladas que están como hongos ocultos en la oscuridad. Una vez que superamos la barrera que imponen todas estas suposiciones y expectativas negativas, estamos en condiciones de decidir arriesgarnos a ver, y haremos sorprendentes descubrimientos. Iniciaremos nuestra experiencia con una visita al Teatro Interno. En el Primer Acto observaremos y conoceremos algunas de nuestras características y cómo se manifiestan. En el Segundo A c t o aprenderemos a usar estos factores o facetas de nuestra personalidad, para encontrar nuevas posibilidades. Después del teatro analizaremos algunos rostros famosos de la historia, la política, los espectáculos y los deportes para compararlos y aprender algo de ellos, a par-

tir del rostro que presentaron al mundo y la imagen e C U e r d a

h Í S t

r Í a

E

n

U

n

d

e

" e ° s observaremos ob ^ un °tiovivo f i siones, para^ mirar nuesa

rostros

Z $¡Z?

U M

í g

a

s d e

l

e

H

d

a

l

d e

f

~

^ p ™

5

.

a r t e

hl - observaremos e l eell equihbno ouTh en" movimiento. Todas estas Kbertad y experienn

a

6

m

Ó

y

Udarán

V

Í

3

eTL s ° o t r omismos. s en nosotros

I

P

d

a

6

r

a

S

a

C

p

r

e

n

U

b

n

r

d

6

r

d e



l a

P O s ü S ,

16 17

[email protected]

El Teatro Interno Primer acto: Correr el velo Usa tu imaginación y ven conmigo a un sitio privado, en lo profundo de ti mismo, donde cada uno vive, pero pocos revelan cómo es estar ahí. Es nuestro Teatro Interno que trabaja a todas horas. Nunca sabes lo que sucede: una tragedia, una comedia, un documental, una obra moralista o una historia romántica, hasta que estás ahí. Vayamos a tu mente que alberga este teatro. Yo iré contigo. Al entrar recibimos el programa de esta noche. 19

[email protected]

EL TEATRO INTERNO

REPARTO

Tiene el placer de presentar esta noche la obra

TUS DIVERSOS ROSTROS Primer acto: correr el velo Intermedio Segundo acto: ¿quién es el encargado?

Por orden de aparición:

La "voz" exterior—el "ellos" de la sociedad Coraje Inteligencia Amor Estupidez Poder y su amigo (Manipulación) Desamparo Esperanza Celos Humor Sexo

Tus diversos rostros son los actores, todos son bienvenidos hombres y mujeres jóvenes y viejos

Admisión: se requiere tu atención y tu disposición a considerar las nuevas posibilidades.

20

Y todos sus parientes y variaciones, demasiado numerosas para mencionarlas

21

[email protected]

El teatro es un gran espacio circular. Hacia arriba hay una estructura como un domo. Es probable que aquí esté la luz. El escenario está exactamente debajo del domo La luz es suficiente para distinguir el contorno de los objetos. La luz crece poco a poco y 22

vemos una sene de puertas alineadas en la parte posterior del escenario que son vestidores; por ahora no tienen ningún nombre. Si bien aún no pasa nada en el escenario, notamos otras cosas. 23

[email protected]

A nuestra derecha hay un enorme artefacto que arece un marcador de fútbol encendido con un gran srmómetro. Tiene números que empiezan en cero y egan hasta cien, están escritos con letras negras, lay una columna que contiene un líquido azul-verde jirñnoso. De un lado del termómetro surgen dos obetos como focos; hacia la mitad hay una luz roja y m la parte alta una luz dorada. Ninguna está encenlida. Bajo la luz dorada hay una lista de palabras ;on el encabezado "Proveedores de energía": espe-anza, utilidad, poder, posibilidades nuevas, cambio y elección. Bajo la luz roja hay otra lista con el encabezado "Agotadores de energía": desesperanza, inutilidad, impotencia, falta de posibilidades, no cambio, no elección. Como es obvio, debe haber alguna relación de los "Proveedores de energía" con la luz dorada, y de los "Agotadores de energía" con la luz roja. Hasta arriba, en letras enormes dice: '-'La .energía es fUt&iente de la vida". En el lado opuesto del escenario, a nuestra izquierda, otro objeto llama mi atención, es tan grande como el termómetro y está en el lado contrario. Tiene anillos de colores —ocho para ser exactos—. En la parte alta dice "Rueda universal de recursos''. Este objeto también está a oscuras y cubierto despolvo y •telarañas c o m o si no se hubiera usado en mucho tiempo. De alguna manera, sé que esta rueda contiene otra clave para la esperanza. Mis ojos se mueven hacia la derecha de la rueda y mi estómago se tensa de dolor cuando leo una lista de #*Reglas para ser una persona buena ". Esta lista no tiene polvo ni telarañas. Está muy iluminada y parece que se usa a diario. Dice "Siempre debe ser:

LA ENERGÍA ES LA FUENTE DE LA VIDA

PROVEEDORES. cDE'ENERGlA Esperanza vütilidacW Potencia, "Posibilidades nuevas Cambio Elección

AGOTADORES DE ENERGÍA Desesperanza Inutilidad Impotencia Falta de posibilidades No cambio No elección

1

24 25

1

[email protected]

RUEDA UNIVERSAL DE RECURSOS

REGLAS PARA SER UNA BUENA PERSONA SIEMPRE DEBO SER: Correcto Limpio Brillante Sano Bueno Obediente Saludable NO IMPORTA EL PRECIO O LA CIRCUNSTANCIA PUESTO QUE TODOS CUENTAN MAS QUE YO Y ¿QUIEN SOY YO P A R A PEDIR ALGO P A R A MI?

Parece que de una u otra manera toda mi vida he seguido ese camino. Reconozco esta lista como la Lista Universal del Deber Ser. He pasado muchos -años tratando de que funcione, pero lo«násque logré fue tener éxito alguna vez. Cuando no pude hacerla funcionar me sentí muy mal conmigo-misma. Cada vez veo más a mi alrededor, lo cual es, por supuesto, natural. Lo importante es lograr ver. Al otro lado de la Lista Universal del Deber Ser, justo a la derecha del termómetro noto otro anuncio grande. En la parte alta, en letras brillantes y grandes, están escritas s

.correcto limpio, brillante, cuerdo, bueno, obediente, lamSe^n importar el precio o puesto que todos cuentan mas que yo y quien soy yo para pedir algo para mi? 6

27 26

[email protected]

las palabras " Y o m e - y o mismo". Abajo, nítidamente pero en letras más pequeñas dice " Y o puedo ser: completo, feliz, amoroso, saludable, inteligente, sexual, creativo, gracioso, competente". Con letras más discretas, leo debajo: "Todo esipqssibj£/.

Yo-me-yo mismo Yo puedo ser: completo feliz amoroso saludable inteligente sexual creativo gracioso competente Todo es posible

Recuerdo cuántas veces he dudado de estas palabras. Como otras muchas personas^pensaba que eso sólo correspondía a^los que tuvieran títulos-o mucho dinero» que hubieran tenido los padres y las oportunidades**adecuadas. Pero no para mí. De nuevo se tensan los músculos de mi estómago. La luz es casi total. Arriba, en el domo, sobre mi cabeza, veo claramente escrito Tus Diversos Rostros, como para no dejar dudas, en caso de que no hubiéramos leído el programa de lo que tratará la obra. De pronto escucho música y noto que ha estado sonando desde que llegamos, con muchas variaciones, suave, fuerte, lenta, rápida, pesada, en tono o fuera de tono. Parecería que, en su ir y venir, sigue el repertorio completo de los estados de ánimo, de las penas y las alegrías. La música se aleja poco a poco y aparecen letreros iluminados en todas las puertas. Estos dicen: Enojo, Inteligencia, Amor, Estupidez, Poder y su amigo (Manipulación), Desamparo, Celos y Sexo. De fuera del escenario se escucha una voz amenazante: "¡Siempre echas todo a perder!" En respuesta irrumpe en el escenario una figura, que obviamente es Coraje, vestido con un traje metálico del que sobresalen grandes picos, y grita señalando con un dedo huesudo en dirección a la voz: "¡Quién crees que eres!¡Quién eres tú para hablar!" El cuello de Coraje está tenso y la expresión de su rostro es dura. Estoy asustada. Se abre la puerta de Inteligencia y entra dando grandes pasos, un personaje con la cabeza muy grande; se muestra curioso por saber lo que está pasando. "Bueno, bueno" dice Inteligencia tranquila29

28

[email protected]

mente, "usemos un poco la razón en esta institución, analicémosla y veamos qué pasa". Coraje gira para enfrentarse a Inteligencia. Me temo que habrá violencia. Altaneramente, Coraje sacude el puño cerrado frente a Inteligencia. "¡Hablar, hablar, eso es lo único que haces! ¡Usar la razón, bah!" En el lado derecho del escenario la luz roja está en pleno y el nivel de energía sube y baja como si lo azu30

zaran. En este momento Amor sale esplendorosa, ataviada con un vestido vaporoso; con tono dramático señala: "El amor lo conquista todo" y rápidamente estrecha a Coraje entre sus brazos. Coraje se descontrola y ofendido responde a Amor hiriéndolo con un pico de su traje. En cuestión de segundos reina la violencia, el caos y la confusión. Amor grita y se retira velozmente con mirada incrédula y llorando con desesperación. 31

[email protected]

La breve intervención de Amor ha servido de algo porque el lado izquierdo del traje de Coraje se desprende. Coraje está muy enojado como para notarlo y grita: " ¡ A m o r es para los débiles! ¡Sólo los débiles lloran!" Inteligencia se está poniendo nerviosa; trata de pensar algo razonable qué decir, pero no lo logra.

Mientras, Estupidez entra arrastrándose, su aspecto corresponde en gran medida a cómo se siente Inteligencia. Estupidez es toda una visión, viste ropas varias tallas más chicas que la suya y rotas; emite sonidos ininteligibles y babea. Resulta patética. Me pregunto si este personaje trata de hacerse el chistoso o si sufre realmente.

Estupidez es muy ofensiva para Coraje, de modo que el resto de su vestimenta de metal se cae. Ahora, Coraje es vulnerable, pero parece que él no lo ha notado. Estupidez ha suspendido la acción y domina ahora la escena. Coraje, al frente del escenario, empieza a encogerse y a balbucear de una manera tan confusa como Estupidez. ¡Vaya grupo de personajes! Amor gime en un rincón, Inteligencia está callada. El calibrador está en rojo y la energía ha descendido. Todo está casi paralizado; algo tendrá que hacerse o será demasiado tarde. En este punto se acercan dos personajes imponentes. Son Poder y Manipulación, quienes comparten un vestidor, y como siempre, están entregados uno al otro. Poder se ve seguro de sí mismo, sus ojos tienen un brillo penetrante. Su cuerpo es delgado y se asemeja a un robot, equipado con botones automáticos. Estamos demasiado lejos como para poder leer lo que dicen los botones pero deben decir algo así: "Si no puedes lograrlo de otra manera, fuérzalo". Manipulación es una personita chistosa con un brazo atrás y otro adelante y la cabeza girando de un lado al otro constantemente; una de sus piernas y una mano están enfrente y algunas veces atrás. Es un personaje comodín. En verdad, pase lo que pase, Manipulación sabrá qué hacer. Con frialdad, Poder dice: "Hay que eliminar a Coraje. Es peligroso". Sonriendo dulcemente, Manipulación se acerca a Coraje como si fuera un amigo. Cuando Coraje baja la guardia, Manipulación y Poder, en equipo, uno de cada lado, jalan a Coraje por ambos costados. Correcto o no, por lo menos alguien trata de hacer algo. 33

32

[email protected]

Amor grita aterrorizada y ruega " ¡ N o lo lastimen, no lo lastimen!" La energía está alta y se usa peligrosamente. Siento terror. ¿Qué sucederá? En este momento, viniendo de alguna parte, se escucha la " v o z " como trueno: "¡Deténganse ya! La gente buena no se comporta así. Ni siquiera tiene estos sentimientos. ¡Basta ya!" Toda la acción en el escenario se detiene; por el rabillo del ojo v e o la energía en el termómetro. Los

34

personajes se escabullen hacia los vestidores. De inmediato los letreros en las puertas cambian a: Proscrito, Ignorado, Rechazado, Paralizado, Castigado y No reclamado. Un sentimiento terrible de impotencia, desesperanza e inutilidad invade el teatro. Si bien el problema principal está resuelto, por el momento, todos sabemos que la lucha interna prevalece, aunque no está a la vista. Cuántas veces he vivido una escena como ésta, ahogando mis sentimientos para agradar a los demás. De sólo pensarlo me siento mal. Estas reflexiones mías se perdieron en el ruido de los gemidos, golpecitos, lamentos, risas y zumbidos que venían de detrás de las puertas. Fue un alivio escuchar a la " v o z " que, sintiéndose culpable, dijo: "Bueno, si se sienten tan mal haremos algo para remediarlo. Si fueran más maduros, esto no sucedería todo el tiempo". Entre sollozos y gemidos apareció Inutilidad, rogando y prometiendo ser buena, siempre y cuando nadie volviera a pelearse. Al recordar el Deber Universal: " N o importa qué suceda, no importa el precio, debes aparentar felicidad y ser agradable", estuve a punto de gritar "¡Basta, cállate; no te soporto!" Inutilidad está mendigando el derecho a vivir. Esto debió parecer una señal de angustia para Poder, quien se deslizó de inmediato, exudando autoridad. Poder no se ve ni amistoso ni imponente, sino muy objetivo. Sin embargo, a Inutilidad, la sola vista de Poder le produce otro ataque de impotencia. Si bien Poder le resultaba atractivo a Inutilidad, nunca había habido un acercamiento entre ellos. Inutilidad sabe en el fondo que debe encontrar la manera de 35

[email protected]

acercarse, porque sin Poder, está sentenciada. Pero runa más, Inutilidad se refugia cobardemente en (

Qin rincón. v._y> -4 Por ülwnomeijto, Poder se ve descontrolado y temeroso! El no q^eríáloerir a nadie, sólo provocar que algo^^cedier3~para ^que los demás supieran que no es necesario pasar ef~íesto de la vida fútilmente sollozando y gimiendo. Esta vez, Poder lleva consigo un pequeñó^éstuche,"Hágalo usted mismo" que en unj^-de sus4ados ¡dice: "Para el mantenimiento y - compostura dejos milagros". Poder explica: "Si deT seas arriesgarte, a coaecerme, aprenderás cómo soluS cionar^tu propia Irntt|lidad, pero primero, has de í" aprenáer a n^sentii^témor de mí, tu Poder". ^ Ma-siento urPpoc^Qejor. El termómetro ha subi^ do ha^ka la Esperanza y por primera vez la luz dora4

5

1

^3— 5

T^J < ^

da está encendida. Amor está atisbando detrás de la puerta, es obvio que desea hacer un nuevo intento. Debió antes aprender una lección puesto que su entrada ahora es más cuidadó^f^Kérlfámenté más ^oportuna. Amor se acerca a Poder, pero esta vez espera su respuesta. Poder con amabilidad, toma la mano que Amor le extiende. Ahora que Poder y Amor están unidos, Inutilidad está dispuesta a arriesgarse a expresar con honestidad lo que desea. Así, c o n el consuelo de Amor y el apoyo de Poder, Inutilidad se convierte en Valentía. El calibrador de energía se eleva a un nivel entre Cambio y Posibilidades Nuevas y la luz dorada brilla refulgente. Durante varios minutos reina la paz y parece que el problema interno ha sido resuelto. De pronto, se oye un estampido e irrumpe nuestra vieja amiga Manipulación, piernas, cabeza y manos moviéndose en todas direcciones. Su voz es como una acusación: "Esto no durará ¿saben? En este mundo hay que ser rudo. Tomen sus mazos y dejen de gimotear. Después de todo, el mundo es un sitio difícil. No importa lo que ustedes quieran. Es mejor hacer lo que otros desean. En esto reside tu seguridad". Manipulación es lo suficientemente persuasiva para hacer que Amor, Poder y'Valentía se detengan y bajen la cabeza. Es verdad, tienes que pensar dos veces antes de enfrentarte al mundo. ¿Podría Amor hacer algo al respecto? ¿Podría ayudar Inutiüdad ahora transformada en Valentía? Poder está pensando algo. Finalmente, para algunas personas, Amor significa debilidad y para otras, Inutilidad es algo despreciable, así como Valentía es fugaz y Poder puede ser peligroso. Cuando uno cree es37

[email protected]

to, lo mejor es pactar con el mundo exterior. Tú puedes vivir de esta manera, miles de personas lo hacen. Por supuesto, quizá no obtengas lo que deseas, padezcas dolores de cabeza y te duela el estomago, y pensarás que la vida es, de cualquier manera, cruel. Esto sería rendirse. Una sombra de resignación y parálisis cubre el teatro. Afuera empieza a llover. El calibrador desciende rápidamente hasta la desesperanza y luego hasta la impotencia. Se enciende la luz roja. El momento para una decisión importante ha llegado. Como si la hubieran impulsado con una descarga de luz, la puerta de Inteligencia se abre de par en par. Inteligencia, cuya cabeza es ahora más chica, más proporcionada al resto de su cuerpo, camina con calma hacia adelante y con voz suave y clara dice: "Sí, las exigencias de los otros sonimpórtantes, pero también las nuestras. Debemos encontrar formas creativas de considerar ambas. Una cosa sobresale ante todo: cada uno de nosotros ¿debe-sentirse centrado, y como una persona completa^-valiosa, antes de hacer-justicia a los demás o a nosotros mismos". ¡Qué novedosa idea! ¡Qué agradable contar con un poco de Inteligencia! (todos tienen algo de inteligencia, aunque no siempre actúen como si4a tuvieran). Poder se yergue un poco, recordando que existen otras posibilidades en su estuche de composturas. De pronto se le ilumina el rostro y dice: ".Tomaré el Riesgo. Creo que vale la pena tratar de hacer lo que es necesario para nosotros mismos". Inutilidad, que se había acobardado, recuerda cuan grande y hostil es todo en el exterior y en espe-

cial lo cuidadoso que tiene uno que ser para no hacer enojar a los demás. Inutilidad ruega a Poder diciendo: " ¡ N o hagas nada molesto o nos lastimarán! No compliquemos más las cosas de como están ahora. Con seguridad saldremos adelante" (pensé en todas las veces que me pongo la misma trampa).

:

38

Amor parece impávida ante la petición de Inutilidad. Por el contrario, toma de la mano a Inteligencia y a Poder y así se quedan unidos, dándose mutuo apoyo y aconsejan a Inutilidad: "Ahora nos permitirás que controlemos la situación". Esto no ayuda a 39

[email protected]

que Inutilidad entienda mejor la situación, pero se siente mejor. De hecho, no sólo se siente aliviada sino que también empieza a tener esperanzas. La luz dorada brilla cuando el calibrador se mueve hacia la palabra Cambio. De alguna manera, frente a Amor, Poder e Inteligencia, Manipulación experimenta un cambio y se convierte en un Administrador. Como buen administrador les pregunta a las personas involucradas lo-que necesitan en vez de decidir lo que cree que es bueno para ellas sin consultarles. El termómetro está llegando al noventa y la luz dorada brilla. Todo parece estar en calma. Hay una sensación de vitalidad y de confianza en el teatro. Sentirlo es maravilloso. Repentinamente me siento atacada. Se oye un clamor tremendo como si se cayera el teatro. Irrumpe Celos con todo el fuego de la pasión y grita con despecho: "¿Cómo se atreven a sentirse así? ¿Cómo se atreven a sentirse bien cuando hay tantas personas que se sienten mal?" Yo siento como si me hubieran apuñalado. Inutilidad empieza a gemir de nuevo, "Lo sabía, esto no duraría mucho tiempo. Seremos castigados todos". Por supuesto, Inutilidad se ha convertido en Pesimismo. Coraje se torna sarcástico, "Ahora, como es natural, vendrán el dolor y la preocupación". Con tono de autoridad, Celos continúa diciendo, "Supongo que ustedes piensan que pueden ser diferentes. ¡Qué ingenuos! Sólo los niños creen en cuentos de hadas". Y ahora, convirtiéndose en Culpa, Coraje dice con entusiasmo: "¿Quieres lograr que toda esta gente se sienta celosa y que piense que tú eres mejor que ellos? ¡Desvergonzado!" 40

La luz dorada se extingue. Un frío silencioso como un viento del Ártico, invade el teatro. El calibrador desciende hasta los "Agotadores de energía", y se sitúa en la Desesperanza, pariente cercana de la desesperación. Una substancia chistosa y errática empieza a flotar en el ambiente, proviene de otro cuarto. Se trata de Humor, que actúa como un tonto. " N o tomemos esto tan seriamente. Además, ¿a quién le importa todo esto?" —dice riéndose y colgando del techo. "Ustedes están imaginando todo esto. Nadie siente nada, todo es falso". El esfuerzo de Humor por cambiar las cosas sólo las empeora. Humor tiene muchos rostros también. 41

[email protected]

no todos ellos graciosos. La Vergüenza se esparce por todo el cuarto. De hecho, la situación misma es vergonzosa. El calibrador no indica nada.

Hay un sentimiento de desesperación. Vergüenza se sienta en el escalón de la puerta, Inutilidad gimotea, Poder salió a comer y Amor se retira a su cuarto. Un sentimiento de culpa domina la escena. Una vez más, persiste la parálisis. El calibrador sigue inmóvil. Desde el mundo exterior, la " v o z " ordena en un tono monótono: "Vayan a trabajar. Ahora mismo. Olviden todo este sentimiento absurdo. El trabajo es lo que cuenta". Esto es un alivio. Durante quince minutos todos trabajan arduamente y nadie habla. De nuevo parecería como si el verdadero problema estuviera resuelto. El calibrador está todavía congelado; ninguna luz está encendida. Pero ahora aparece la fatiga. En silencio, uno por uno, cada personaje retrocede hasta su sitio tras las puertas con los letreros: Proscrito, Ignorado, Rechazado, Paralizado, Castigado y No reclamado. Me doy cuenta de que este es el estado de impasible desesperación, cuando nada realmente malo ni bueno sucede. Tan sólo la vida continúa, día tras día. Tú estás fuera del conflicto manifiesto y abandonado con un deseo incesante de algo mejor, pero no hay la energía suficiente para buscarlo.

Ahora, como salido de la nada, llega Sexo. ¡Qué desconcertante! ¿Cómo pudo aparecer Sexo en un momento como éste? Quizá pensó que era su deber. Yo conozco la irreverencia de Sexo en una situación así, pero también sé cuántas veces a Sexo se le usa para tratar de cambiar algo. 42

43

[email protected]

Intermedio

El Primer Acto ha terminado y hay tiempo para reflexionar sobre lo que hemos visto. Gran parte de la obra era perturbadora; tengo que recordar que hubo escenas positivas así como negativas. No creo haber entendido todo, pero todo me conmovió. Algo me quedó claro y es que siempre estamos en movimiento, cambiando. Reaccionamos y respondemos a las demandas internas y externas todo el tiempo. Algunas personas no creen esto porque son obtus a s o porque no quieren causar problemas a sí mismos o a los demás. Quieren ser buenas en verdad, enterrar las cosas malas, llevar vidas tolerables sin tantas exigencias. No quieren perder el tiempo con lo que no conocen o verse obligadas a desarrollar todo lo que tienen. Quieren dar a su vida algo de tranquilidad. Estas son sus intenciones y parecen muy razonables. Sin embargo, mi experiencia de todos estos años me dice que conforme la vida transcurre, se convierte para muchos, en algo aburrido, agotador y nada placentero. En efecto, vivimos sin saberlo en una cárcel de emociones. 44

Escapar de la cárcel emocional La mayoría de nosotros vivimos en una prisión emocional porque queremos ser buenos. Nos rodeamos de toda una red de ideas sobre el "deber ser" que a menudo se contraponen a nuestros deseos y habilidades (¿Recuerdas la Lista Universal del Deber Ser?) y como consecuencia casi siempre acabamos con un sentimiento de frustración, fracaso innecesario y desilusión. 45

[email protected]

Estoy bastante consciente de que no podemos controlar factores como el clima u otras cosas que suceden fuera de nosotros mismos, pero podemos aprender otras formas de afrontar aquellos hechos que no controlamos. Sabemos que cada quien se enfrenta de modo distinto al mismo suceso, ya que los sucesos no nos indican cómo enfrentarlos. La integración del suceso (el uso armónico de tus partes) a tu vida determina cómo lo enfrentas. Esta red de "debería" incluye un intenso diálogo interior acerca de lo que los "otros" consideran correcto o incorrecto. Los "otros" son cualquiera, tu madre, tu padre, tu jefe, tu tía, aquellos en quienes piensas al decidir que lo que haces está bien o no. (La " v o z " de la obra.) ¿Dónde estaríamos si todos los investigadores y las personas que buscan otros caminos y que a menudo hacen grandes descubrimientos, estuvieran esperando a que alguien aprobara sus intentos? La gente, por lo común ignora que por su falta de conocimiento, imaginación e información ha construido enormes barreras a su alrededor que le impide ver sus posibilidades. Afortunadamente para nosotros, la firmeza de estos muros que parecen de cemento, es tan sólo producto de nuestro pensamiento. Existe una diferencia entre un muro de concreto fuera de nosotros y un muro que construimos en nuestra mente. El enfrentamiento eficaz con el muro exterior está relacionado con el muro que llevamos adentro. Si nos sentimos atrapados por dentro, tendremos muy poca energía creativa para afrontarlo con creatividad. Nuestros carceleros interiora* representan aquello que consideramos arregazante. 46

Los guardianes son nuestros temores#siempre presentes, que se encargan de mantenernos donde estamosíMientras tengamos miedo, no nostmoveremos. Estos carceleros y guardias, por supuesto, son nuestras propias maquinaciones, por lo general derivadas de la amenaza que, en nuestro pasado, significaron las figuras de autoridad, y que traemos al presente sin hacer una evaluación crítica de su utilidad. Los guardias representan nuestra preocupación por no sentirnos amados o valorados. Por lo tanto, en esta cárcel no existe la oportunidad de probar otras posibilidades. La liberación de la cárcel emocional empieza sencillamente con un nuevo pensamiento: "Debe de haber algo más y me arriesgaré a averiguar qué es". Esto Gonduce a la esperanza, la cual se convierte en una posibilidad nueva. Siempre estamos tratando de liberarnos de la cárcel de nuestras emociones. La mayor parte del tiempo ésta resulta muy incómoda. Por lo general lo intentamos rogando, amenazando o complaciendo a otros, tratamos de que ellos nos lo resuelvan. Esto tiene sentido si creemos que nuestros carceleros están fuera de nosotros. Uno puede tener éxito temporal con esta actitud, pero en general, estos esfuerzos terminan por fracasar produciendo sentimientos de frustración, ira y culpa. Si por el contrario aceptamos el hecho de que nuestros grandes guardianes están adentro, empezamos por arriesgarnos a analizar cómo trabajan juntos nuestros pensamientos, sentimientos, cuerpo y alma. Todos tenemos creencias que, a la luz de la investigación se tornan ridiculas; no obstante hemos vivido sin cuestionarlas. Tu análisis revelará, 47

[email protected]

El Teatro interno Segundo acto: ¿Quién es el encargado? Esta vez, las luces del teatro están encendidas y todo se distingue con facilidad. Frente a nosotros se encuentra un personaje atractivo ataviado de blanco; podría ser tanto un hombre como una mujer. En la cintura lleva un ancho cinturón azul con la palabra milagro bordada con hilo brillante. En la cabeza lleva con orgullo una banda con la palabra propietario escrita con grandes letras refulgentes. Los pies del personaje están bien plantados, los brazos 51

[email protected]

extendidos hacia el cielo y el cuerpo está libre para moverse y alcanzar todo lo que lo rodea. El rostro tiene la textura atractiva que dan las experiencias en la vida. Percibo que esta persona dará la bienvenida a lo que la vida le depara y estará dispuesta a sortearlo, conducirlo y enfrentarlo en términos de su utilidad en este momento. Esta persona considerará que el grado de involucramiento con el exterior es tan rico y tan eficaz como el grado de unidad y libertad de nuestro interior. Los rótulos de las puertas son los mismos que al finalizar el Primer Acto: Proscrito, Ignorado, Rechazado, Paralizado, Castigado y No reclamado. De los cuartos surgen sonidos fuertes y desagradables que inspiran temor. Hay cierta excitación y un poco de tensión mientras la figura humana observa los nombres de las puertas. La oigo decir: "-Voy a averiguar qué hay detrás, de esa puerta". Me doy cuenta de que requiere valor;para dar este paso. Por último, lista para enfrentar lo desconocido, la figura avanza hacia la puerta que dice Castigado; se detiene un momento antes de llamar, como si fuera a decir "¿En verdad deseo ver qué hay ahí?" Con determinación dice: "Tengo miedo, pero nunca sabré lo que hay ahí si no me asomo". Con esto, el personaje abre la puerta. Después de todo es el Propietario y tiene consigo la única llave. Lo que ve es un rostro feo. Se trata de nuestro viejo amigo Coraje, Culpa/Sarcasmo. El Propietario dice "Un momento", y va hacia la puerta donde vive Amor. Lo que Coraje, Culpa/Sarcasmo necesita es un poco de Amor, porque su Propietario ha estado detrás del rostro exterior y ha reconocido el terrible 52

(

sentimiento de no ser amado. Inutilidad, que aún está gimiendo en la puerta de al lado, es pariente cercana de Coraje. En el camino hacia Amor, se le ocurre al Propietario que la presencia de Inteligencia sería útil, y deteniéndose en su puerta la invita a salir. Entonces el Propietario recuerda que aunque Amor haría sentir bien a Coraje e Inteligencia comprendería lo sucedido, ambos serían inútiles sin la presencia de Poder. El Propietario está consciente de que Poder se puede usar de diversas maneras, y confía en que será controlado. El Propietario libera su Poder, le da la mano a Amor y a Inteligencia y se encamina hacia el vocife53

[email protected]

rante Coraje. Para entonces Inutilidad está medio acurrucada en la cama de Coraje, aparentemente temerosa de ser castigada. Coraje tiene un pie puesto sobre ella. Parecería que Coraje trata de castigar sus propios sentimientos de inutilidad. Este es un problema nuevo.

Amor, mi Inteligencia y mi Poder. También ustedes son míos, mi Inutilidad y mi Coraje. Y tú mi Coraje, me estás diciendo claramente que he estado descuidando algo. Te sientes amenazado y temeroso. ¿Qué te he hecho?" Entonces sucede algo interesante. Coraje deja de pisar a Inutilidad, ésta se ve asustada, pero Coraje, de quien menos lo hubiera imaginado, empieza a llorar diciendo: "Me has olvidado, no me prestas atención. El otro día te enojaste con tu hija y sabías que yo estaba ahí, pero actuaste como si yo no existiera. Cuando te provoqué un dolor de cabeza tomaste una aspirina para no sentirlo".

El Propietario se hace cargo de la situación al decir: "Sí, todos ustedes son rostros míos, son mis facetas. Yo estoy encargado de manejarlos. Tú eres mi 54

55

[email protected]

En los ojos del Propietario aparece una mirada consciente. "Eso es verdad" reconoce, "inotuveseis* valor de decirle a mi hija cómoíine sentía realmente, ¿porque tenía miedo.de que se alejara de mí y luego enfrentar esto? De hecho, yo estaba ^furioso por dentro, pero*tratéadeaocultará№ Fue correcto de tu parte hacer ese escándalo. A veces me vuelvo sordo. Ahora sé que no hubiera sido tan grave haberle dicho que me sentía enojado. Ella debió saber que no era amable, perotóeípreocupa^berir a la gente si le digo que estoy"enojado. Ahora sé que inhibo mi energía y les oculto la verdad a los demás". Coraje se siente satisfecho y Poder lo rodea con el brazo. Es claro que eLproblema no es poner cara de enojo sino el daño terrible que viene cuando lo reprimimos. Haber pedido a Amor que suavizara a Coraje sin antes reconocer el problema hubiera sido demasiado (reconocer el Coraje es el primer paso hacia nuevas posibilidades). Durante el primer enfrentamiento, la energía aún se movía de arriba abajo en la escala y la luz roja estaba encendida. Una vez concluido y aceptado el conflicto, la energía subió hasta cien y la luz dorada se encendió. Todo estaba bien. Entonces, como en la vida real, aparece otro reto. Sin que nadie la invitara, apareció Manipulación y, alegremente, sugirió: "¡Supongo que sabes que tu madre no estaría de acuerdo con esto!" Entonces Inteligencia se adelanta y replica: "Estoy de acuerdo contigo. Mi madre tenía actitudes diferentes a las mías. A ella le sorprendería o se preocuparía. Siempre pensó que el coraje estaba mal y que sólo ocasionaba 56

problemas. Pensaba que la única manera inteligente de actuar era reprimiendo el coraje". Manipulación se siente desarmada. Esperaba una discusión. Esta es una nueva idea y requiere reflexión. Entonces Manipulación nos sorprende, incluso a sí misma, ofreciendo sus servicios como mediadora. Amor se preocupa ante este giro inesperado y dice: "¿Estás seguro de que tu madre te seguirá amando si sabe que tú no sólo te enojas sino que lo demuestras?" A esto, el Propietario responde: "Quizá no por el momento, porque la sorprenderá, pero si le doy tiempo, ella sabrá que no lo hago por odio a ella sino por integridad mía". La energía, que habría estado fuera de control se estabiliza en Posibilidades Nuevas 57

[email protected]

cuando el Propietario se hace cargo de la situación. Se enciende la luz dorada. Ahora reina en el cuarto una serena dignidad y Humor que antes había actuado como tonto, entra con otro rostro. "¿No es gracioso?", dice, "
View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF