Via Draconiana

September 14, 2017 | Author: GnosticLucifer | Category: Devil, Science, Mind, Knowledge, God
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VIA DRACONIANA

APRESENTAÇÃO A Via .'. Draconiana busca desenvolver a educação da Vontade, estimular o livre-pensar, a psiconáutica, a criação visionária, a auto-realização e a libertação de tabus e de entraves dogmáticos pseudo-religiosos e sociais. Abrange as Ciências Arcanas e os quatro grandes pilares do conhecimento humano: Ciência, Religião, Filosofia e Arte em seus aspectos mais ocultos, criativos e práticos para a experiência da auto-consciência individual. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ LIVROS

A Cabala Draconiana Conheça seu Dragão interior nos Caminhos de Sabedoria.

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A Revolução Luciferiana Liberte sua mente. Revolucione sua consciência.

Sistemagia A Magia como Ciência, Religião, Filosofia e Arte. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ CONSTITUIÇÃO FEDERAL Conforme o Art. 5 da Constituição Federal, promulgada em 05.10.1988: - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato (IV); - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença (IX); - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias (VI).

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~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ LINKS Madras Editora Daemon Editora Adriano Camargo Monteiro Imaginarius - Arte Lucifer Luciferax Câmara Brasileira do Livro Rede Colméia Templo Zu Lai Sociedade Brasileira de Eubiose Ordem Rosacruz - Amorc Thelemapedia Lon Milo DuQuette Timothy Leary Therion Symphony X Arjen Lucassen Prog Archives ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ SOBRE O AUTOR Adriano Camargo Monteiro é escritor de Filosofia Oculta, autor da Madras Editora e artista ilustrador. É maçom membro da ARLS 3359 (Grande Oriente de São Paulo - Grande Oriente do Brasil); membro da Ordem Rosacruz - Amorc; é afiliado à Sociedade Brasileira de Eubiose; foi afiliado à Sociedade das Ciências Antigas; foi iniciado no Culto Tao; foi membro do Movimento Gnóstico do Brasil na Nova Ordem; admitido em grupos de corrente draconiana e thelêmica, além de conhecer diversos sistemas filosófico-religiosos ocidentais e orientais, objetivando a pesquisa pessoal. E-mail: [email protected] http://br.geocities.com/adrianocmonteiro

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BREVE MANIFESTO DRACONIANO POSITIO VIAE DRACONIS Fr.'. Adriano Camargo Monteiro A verdadeira escuridão malévola é aquela da fé que não pode ver, da fé cega nas (pseudo) religiões da falsa luz que buscam enganar, conspirar e escravizar as massas. A verdadeira Luz benévola é aquela que brilha na consciência desenvolvida por esforço próprio na verdadeira iniciação (interior). Para aqueles que ainda não compreendem, a Luz jamais pode existir sem o contraste essencial e necessário das Trevas porque ambos são dois aspectos do Todo e de Tudo no universo manifestado. Para que a Luz possa iluminar, é necessária a Escuridão, pois só assim a Luz realmente passa a existir e assim é percebida; nós somente enxergamos tudo, devido a essa interação entre a Luz e as Trevas, sendo inclusive uma lei da Física. Se às vezes falamos por metáforas, ou algo aparentemente óbvio para alguns, é para ilustrar e fazer analogias. Demonstraremos, de maneira sintética, o que é a supostamente temida e controversa 3

Espiritualidade das Sombras, ou Via Noturna, e suas diferenças fundamentais entre a assim chamada Espiritualidade da “Luz”, tão na moda atualmente mais do que no passado em virtude de sua divulgação e propagação pelas grandes mídias de massa. Entenda-se por Espiritualidade da “Luz”, ou Religiões da “Luz”, o monoteísmo degradado e suas várias ramificações modernas espalhadas pelo mundo e que atacam tudo o que não faz parte de seus rebanhos. Acompanhando o encadeamento de idéias na tabela abaixo, tudo fica mais evidente e manifesto, claro como a luz revelada após a cegueira. A tabela ajudará o leitor a assimilar melhor o que expomos aqui. É essencial que se compreenda a inter-relação das idéias e seu contexto, e não como uma mera comparação de opostos. Na Via Noturna (Draconiana) -espiritualismo holístico -politeísmo, pluralidade de forças -panteísmo -poli-ética -politização -idealismo -senso crítico -conscientização e experimentação -o ser psico-biológico senciente -o humano integrado à natureza -preservação/transformação -equilíbrio/polaridade -valorização da mulher -sexo responsável -prazeres sadios -indulgência -gratificação -vontade livre -aceitação dos próprios erros -o Diabo não existe -o louvor ao Deus/a interior -a busca pela verdade -conhecimento -desilusão

Nas Religiões da "Luz" -materialismo egoístico -monoteísmo, exclusividade à força -apoteísmo -podre "ética" -politicagem -conformismo -senso comum -zumbificação e alienação -o ser psico-mecânico autômato -o humano desintegrando a natureza -extinção/estagnação -desequilíbrio/não-polaridade -inferiorização da mulher -procriação irresponsável -dores desnecessárias -culpa -punição -vontade restrita -negação dos próprios erros -o Diabo subsiste -o temor a um Deus exterior -a imposição pela mentira -ignorância -ilusão

Contudo, vamos a uma breve abordagem sobre a Escuridão, geralmente mal compreendida. No universo, as Trevas são a própria imensidão escura e misteriosa do espaço sideral (e quem poderá dizer que isso é algo maligno ou diabólico?); no nosso mundo, as trevas são a noite que nos traz sua beleza, acolhimento, descanso do corpo físico e a ação do inconsciente nos sonhos; na natureza, as trevas são as profundezas da terra onde germina toda a vida; e no ser humano, as trevas são o seu próprio subconsciente repleto de forças desconhecidas e primais que podem trazer experiências e sabedoria. Tal escuridão, essa no ser humano, era chamada de arquétipo da sombra por Carl Gustav Jung, sendo considerado o mais poderoso e primordial de todos os arquétipos. Portanto, tudo nasce das Trevas. Podemos ainda citar mais alguns exemplos: o cosmos nasce da escuridão do caos; as estrelas nascem no negro espaço cósmico e encrustam a escuridão infinita e serena; os seres vivos nascem da escuridão do útero de suas mães e retornam para as trevas de seus túmulos; as plantas brotam do interior escuro da terra e os minerais e pedras preciosas ali também se formam; a consciência espiritual nasce na subconsciência primitiva onde está toda a nossa herança cósmica que carregamos ao longo das encarnações sem perceber. Por esses poucos exemplos, podemos considerar as Trevas a Mãe do Universo, ou em outras palavras, Nox, Nyx, Nuit-Nout, Noite, Nought, Nada, porque do Nada viemos e para o Nada voltaremos. Mas esse retorno ao Nada, que é Tudo em latência, pode ser de maneira 4

consciente mediante nossos próprios esforços no caminho espiritual, retornando como seres espirituais auto-conscientes e tendo vivido todas as experiências em todos os planos do universo. A Mãe do Universo é, assim, a força primordial da Criação, o pólo feminino que contém em si o pólo masculino como semente cósmica sempre a se desenvolver no Grande Útero, manifestando a vida em todas as suas formas. O aspecto feminino do Universo e o sexo físico e metafísico são, portanto, fatores essenciais na Espiritualidade das Sombras. Esse é o trabalho da Via Noturna, e que de maligno e diabólico não tem nada. É o Caminho da Mão Esquerda, apenas defini-lo, e no qual se faz valer também da Ciência, da Religião, da Filosofia e da Arte para empreender seus trabalhos, sem as restrições dogmáticas absurdas e perniciosas impostas pela falsa “Luz”. Àqueles, ainda muito aferrados aos conceitos dicotômicos e equivocados herdados das grandes religiões monoteístas e patriarcais, dizemos ainda que na Espiritualidade das Sombras busca-se o Deus oculto interior, a Individualidade espiritual, representada muitas vezes pelos inúmeros arquétipos do Dragão. Augoeides, Daemon, Logos, Eu Superior, etc., são outras referências a esse Deus/a interior, à Verdadeira Vontade. O crescimento psicomental e a evolução pessoal obviamente também fazem parte da busca na Via Noturna, enquanto trabalha-se com forças polarizadas do ser humano e do universo (negativo e positivo, feminino e masculino, trevas e luz) por meio de rituais, meditações, projeções astro-mentais, etc., além de incluir o uso do sexo em contextos ritualísticos, ou seja, a Magia Sexual (sem promiscuidade, devemos enfatizar). Nessa Via da Mão Esquerda, prestase cultos (ocultos) ao feminino e seu complemento masculino, bem como visa acessar as profundezas da subconsciência humana (Trevas) e atingir as alturas da consciência espiritual (Luz). A Via Noturna não é, portanto, de forma alguma, o culto do Diabo nem do Mal, e seria muito equivocado atribuir-lhe uma conotação pejorativa e certamente muito difundida de magia negra, magia diabólica ou sortilégio. De fato, e curiosamente, a Espiritualidade das Sombras abarca também a Luz que é a Iluminação e o êxtase mediante os meios já mencionados. Tratase do renascimento do verdadeiro Iniciado interior com sua verdadeira Luz espiritual manifestada e perceptível justamente porque ilumina as Trevas. É o indivíduo como o Portador da Luz, Lúcifer, lúcido, luminoso, iluminando o véu negro (a Escuridão) que oculta o conhecimento e a sabedoria. Podemos mostrar aqui a evidente diferença entre a Espiritualidade das Sombras (que abarca a Luz) e a Espiritualidade da “Luz” (que abarca apenas a falsa luz, a luz total!). Somente observando a civilização, a sociedade e a vida como um todo, podemos nos conscientizar e constatar essas diferenças gritantes em nosso mundo e a realidade lamentável das religiões da “Luz”. O adepto da Via Draconiana, o magista prático, faz submersão em seu próprio Deus/a interior, em sua essência divina, enquanto o “povo da luz” faz submissão a um impróprio Deus exterior pessoal e a um “intermediário” humano presunçoso cheio de defeitos incorrigíveis. O adepto da Via Noturna busca estudar, aprender, crescer deliberadamente, ajudar os que realmente querem ser ajudados, ser livre para perseguir seus objetivos e praticar sua filosofia de vida sem ser incomodado pelos fanáticos da “luz” que cega tal qual a luz hostil refletida pela neve dos Andes ou dos círculos polares. Apesar de tudo, infelizmente, a grande maioria das pessoas não compreende a Escuridão (nem a Luz) e a considera como algo maligno, diabólico, aterrorizante ou depressivo e não se dá conta de que as assim chamadas religiões de "Deus" e da “Luz” são a verdadeira raiz de quase todos os males no mundo, como podemos ver nos principais exemplos da tabela. E somente os fanáticos religiosos, os fundamentalistas, os conspiradores e os hipócritas materialistas não compreenderão o que pretendemos demonstar aqui nem poderão vislumbrar os fatos óbvios (expostos na tabela) por pura cegueira, "vista grossa" ou, até mesmo, por uma 5

vaidade intelectual cética e estéril. Nenhuma religião (mais especificamente o monoteísmo) pode monopolizar a espécie humana, a não ser que cada indivíduo, irresponsável por si mesmo, permita ser assim escravizado e aterrorizado por dogmas espúrios. Afinal, temos o livre-arbítrio e devemos arcar com nossas próprias escolhas e decisões, seja com consciência e conhecimento ou não. A origem dos problemas que afligem o mundo está na crença unilateral e ilógica das sofismáticas religiões da “Luz” que são monoteístas e, conseqüentemente, materialistas e autoritárias. Seguem as “instruções” de um Deus egoísta, arrogante, caprichoso, machista e igualmente materialista, como podemos ler em seus textos “sagrados” (espalhados pelo mundo e com inúmeras deturpações) e em sua maligna, cruel e hipócrita continuação, o Malleus Maleficarum, obra hoje esquecida graças à luz da razão, mas cujos efeitos, na subconsciência humana, ainda podem ecoar... Nisso tudo está a origem da dominação monoteísta que estendeu seu materialismo violento e voraz em todas as áreas da vida humana e em todo o mundo, desde o seu surgimento. Essa influência nefasta não é percebida pela grande maioria, pelas massas, mas faz parte da nossa civilização moderna e doentia e está nas ruas, nas famílias ricas e pobres, nas escolas, nos negócios, na mídia, nas comunidades religiosas, etc. O maior exemplo disso é a grande maioria de monoteístas norte-americanos (cerca de 80%), muitos deles fanáticos, e que formam uma das nações mais materialistas, egoístas e dominadoras do mundo. Mas não falamos aqui do materialismo como um mero capitalismo, pois seu contexto é mais abrangente. Tampouco falamos de socialismo, ou comunismo, ou qualquer outra corrente política, pois não pregamos sistemas de governo aqui, como alguns poderiam pensar equivocadamente. Assim, como resultado do monoteísmo materialista, das religiões da "luz", temos uma civilização (?) vazia, enferma, cheia de recalques, repressões, dissociações psicológicas, condicionada, consumista e insatisfeita, que não consegue ter paz, que sofre e faz sofrer. O que é, então, essa espiritualidade da “luz”? É isso. Na verdade, uma ausência de espiritualidade e de Luz que leva a raça humana à própria zumbificação mecanóide, à fascinação e submissão ao falso Deus da “Luz” (e ao materialismo obsessivo), mas, muitas vezes, ao mesmo tempo, temendo o Diabo, um artifício que serve para dar mais poder a um Deus igualmente artificioso. Esse Deus (e o Diabo) é a propaganda principal e infalível das inúmeras religiões da “Luz” atualmente, que lesam os ignorantes que querem continuar na ignorância. Seus dirigentes, sendo um reflexo quase idêntico de seu Deus ignóbil e nada divino, seguem seu exemplo arrebanhando fiéis e ansiando gananciosamente por grandes riquezas materiais e pelo controle mundial do povo que os sustenta. Mas cada um é "livre" para acreditar no que lhe for conveniente. Contudo, respeitamos o indivíduo mas discordamos de seus dogmas (pseudo) religiosos. Qual é, então, o objetivo e o significado verdadeiro da espiritualidade, da religião? Esse “povo da luz” realmente é do bem? Realmente quer ver nosso bem-estar, nossa liberdade, nossa saúde, nossa evolução espiritual consciente? Muitos indivíduos podem não entender o que expomos aqui, talvez por estarem ainda condicionados, de alguma maneira, aos ditames monoteístas. Outros, por má vontade, desdém ou preguiça mental, podem preferir não compreender, pois para enxergar além do comum e corrente, além da cultura religiosa ou científica de massa, é necessário ter visão e mente aberta, sensibilidade e capacidade de assimilar outros conhecimentos, outros conceitos. Contudo, muitos outros poderão sentir-se estimulados a buscar conhecimentos alternativos, poderão vislumbrar algo que não tinham percebido (ou talvez o tenham) e poderão sentir afinidade com as idéias e ideais deste Manifesto. A Via Draconiana é para poucos; não pretende agradar a todos. Este Manifesto, até mesmo, 6

poderá arranhar o ego de porcelana de muitos, envaidecidos em seu "confortável" comodismo pessoal. Portanto, sugerimos que se afastem desta Via aqueles que não têm a mínima possibilidade ou vontade de mudar seus paradigmas. Também ignorem este Manifesto os filósofos cartesianos, os cientistas materialistas, os acadêmicos culturetes céticos, os pseudoesotéricos da "nova era" e os espiritualistas temerários que se crêem totalmente da "luz". Aos demais leitores, estudantes de Ciências Ocultas, filósofos metafísicos, praticantes sérios da Arte, iniciantes ou iniciados, psiconautas e livre-pensadores realmente livres de tabus supersticiosos ou dogmáticos, sejam bem-vindos! ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

OS QUATRO GRANDES PILARES DO CONHECIMENTO Fr.'. Adriano Camargo Monteiro Faz parte da busca pelo auto-aperfeiçoamento, pelo auto-conhecimento e pela liberdade psicomental a educação da Vontade, o exercício do livre-pensar, a psiconáutica, a criação visionária. Dentro do contexto draco-luciferiano, o indivíduo procura englobar em sua bagagem cultural superior as Ciências Arcanas e os quatro grandes pilares do conhecimento humano, a saber: Ciência, Religião, Filosofia e Arte em seus aspectos mais ocultos, criativos e práticos para a experiência da consciência individual. Mas todo o conhecimento adquirido deve ser profundamente compreendido e internalizado para que se torne sabedoria. É importante "filtrar" com discernimento a cultura, o conhecimento, as informações que se adquire, pois todo e qualquer conhecimento internalizado pode ser néctar ou veneno. O néctar proporciona clareza de pensamento, organização intelectual e consciência iluminada (Luxfero); o veneno se espalha na constituição humana, dispersando e confundindo todo o conhecimento não compreendido e não assimilado, distorcendo a realidade, distorcendo o entendimento e podendo causar algum nível de insanidade. A cultura pessoal de cada indivíduo auto-consciente deveria ser relativamente ampla e abrangente, dentro do possível. Mas não é o que ocorre. Há pessoas, ou grupos, com matéria mental ainda muito crua e rudimentar, mesmo na atualidade na qual existe tecnologia e informação acessíveis a muitos. Por outro lado, há também aqueles de inteligência mediana muito específica, condicionada, um tipo bastante comum de "inteligência de ofício", útil somente para a atividade profissional estritamente mundana (mas muitos estendem essas características culturais "do trabalho profissional" para todas as esferas da vida, em todos os momentos, o que é muito chato e entediante para os outros). O verdadeiro influxo mental expandido desce dos planos sutis e invisíveis (pode-se ver a mente?) e se manifesta como avançada compreensão interior naqueles que são naturalmente receptivos devido ao seu próprio grau evolutivo individual. Pessoas tais possuem inquietudes e vontade pelo saber, capacidade de descobrir as coisas por si mesmas e sede por conhecimentos. Essa arte de descobrir, de adquirir conhecimento e experiência, de solucionar problemas, etc., é o que se chama de heurística, seja na Ciência, na Religião, na Filosofia ou na Arte. Assim, os quatro grandes pilares do conhecimento devem formar um todo na mente e na vida do indivíduo consciente. O pilar da Ciência, ou Gnosis (Conhecimento), é o fundamento intelectual com a experiência direta das causas e efeitos das coisas, vivenciando as próprias verdades. Teoricamente, a Ciência é um conjunto de conhecimentos organizados e coordenados entre si acerca de determinadas coisas, e, geralmente, considerado como o conhecimento intelectual individual. Mas é também o auto-conhecimento, o verdadeiro Gnosis, o estudo de si mesmo pela contínua e concentrada auto-observação, para além do mero cientificismo "desumano", mecanóide e materialista. Na Via Draconiana, a Ciência representa a mente elevada, o pensamento livre e 7

esclarecido e o discernimento racional para a aquisição de cultura superior e de conhecimento científico útil e prático para o próprio indivíduo. O pilar da Religião, ou Agape (Amor), representa a experiência direta da emoção superior consciente, algo apenas vivenciado no interior de cada um. É a união do espírito individual com a essência do universo. É o verdadeiro amor devocional por si mesmo enquanto entidade espiritual auto-consciente. Trata-se de uma experiência supranormal e extemamente marcante vivida e provada para si próprio e mais ninguém. A Religião pode ser considerada também um sistema das relações entre os seres humanos e os seres não-humanos de qualquer categoria divina (incluindo-se os assim chamados daemonos), no qual busca-se uma união espiritual. Na Religião verdadeira e digna busca-se sempre a limpeza do corpo e da alma, a auto-purificação, eliminando as escórias físicas e psicomentais que embotam o despertar da consciência e a evolução interior. A Religião do verdadeiro Agape certamente não é a religião das massas ignorantes; não é a religião do Je$u$ ($alva seu dinheiro) que cobra caro por seus "serviços de salvação"; não é a religião de um deus moribundo, agonizante que instila dor, sofrimento, tristeza e confusão mental em seus cegos cordeirinhos de abate; não é a religião da enfermidade da alma, da estagnação psicomental e da acídia, ou seja, da preguiça e desolação do espírito. Na Via Draconiana, a Religião é a viagem da alma em seu próprio interior, um mergulho em suas próprias emoções primitivas (e divinas!) que jazem no fundo microcósmico espiritual. O pilar da Filosofia, ou Sophia (Sabedoria), é a busca da verdade individual que só tem fundamento e valor para o próprio buscador; é a busca pela realização do ideal fundamental latente no espírito. Ao contrário de muitos filósofos cartesianos estéreis, aprisionados em seus labirintos intelectuais, o filósofo draconiano pragmático emprega meios tais como sistemas metafísicos, entre outros, para a experiência da consciência, para a aquisição de Sabedoria acerca de si e do universo, na medida em que isso seja possível. Teoricamente, a Filosofia é o sistema que estuda a natureza de todas as coisas e suas relações. Por meio da reflexão, de questionamentos, de especulações e de análises, estuda os processos do pensamento e sua manifestação. Na Via Draconiana, Sophia conduz à paz ataráxica, impertubável, do espírito, ao bem-estar, à alegria, à satisfação, às dádivas do ideal que busca realizar-se. O pilar da Arte, ou Thelema (Vontade) é o fundamento das idéias intuitivas, da vontade criadora, do espírito individual criativo e realizador. A Arte só pode expressar a criatividade se houver verdadeira vontade, impulso e ousadia, livre de limitações impostas e oriundas de diversas fontes tais como as repressões sócio-religiosas. Arte é a capacidade de realizar a Obra da Criação sobre si mesmo, de aperfeiçoá-la com vontade forte. Na Via Draconiana, Arte é o conjunto de conhecimentos, capacidades e talento para concretizar idéias, sentimentos e visões de maneira estética e "viva" por meio de imagens, música e literatura. A verdadeira Arte realizada através de Thelema (Vontade) está muito longe da pseudo-arte intelectualóide, moderninha, criativa e tecnicamente tosca, grosseira, anti-estética, de mau gosto e desonesta que "artistas" estereotipados produzem sem nenhuma inspiração autêntica. A verdadeira Arte se realiza sob Vontade para manifestar porções do próprio Ser. Eis os quatro pilares do conhecimento que sustentam a Via Draconiana e que podem levar o indivíduo ao auto-aprimoramento, ao auto-conhecimento e ao desenvolvimento de poderes latentes em quatro planos de manifestação, o físico, o emocional, o mental e o espiritual. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

UM GRANDE DISPARATE: A MULHER CRISTÃ Fr.'. Adriano Camargo Monteiro O que leva uma mulher a ser cristã? Ou melhor, o que leva uma mulher a ser de qualquer uma das três maiores religiões espúrias, opressoras, misóginas e agressivas do mundo? Pois essas religiões foram e são a vergonha da civilização, uma infâmia, uma difamação e desrespeito à vida e, principalmente, à mulher. Religiões que cultuam exatamente o mesmo e único Deus mas que, no entanto, combatem-se mutuamente de maneira agressiva e insana. É claro que os 8

indivíduos inteligentes, os seres pensantes e livres, sabem quais são essas pseudo-religiões de desgraça e sofrimento. Eis o maior disparate! Em pleno século XXI, onde os grilhões dogmáticos de nocivas religiões patriarcais e misóginas estão mais frouxos (ou inexistentes para muitas pessoas), há ainda muitas mulheres temerariamente apegadas ao Deus machista do monoteísmo e aos seus seguidores. E podemos ficar perplexos ao ver que ainda existem mulheres que se humilham irracionalmente diante de um confessionário, em público, para que todos a vejam! Sem falar de muitos outros comportamentos deploráveis mundo afora, nas paredes internas dessas falsas religiões e de lares monoteístas que mais parecem masmorras disfarçadas. Muitas mulheres foram e ainda são torturadas e assassinadas covardemente em nome de certos monoteísmos fundamentalistas, religiões nada divinas nem abençoadas, sem qualquer direito à defesa. Desnecessário dizer que os assassinos são homens com uma misoginia inata elevada ao extremo por causa de uma educação maldita no interior de tais religiões. O ódio à mulher e o fanatismo violento e irracional imperam nesses "mundinhos". É fácil forjar julgamentos com base em mentiras que jamais serão contestadas, deixando a mulher sem qualquer salvação para morrer terrivelmente nas mãos do monoteísmo. Como é facilmente (ou não) observável, o monoteísmo é uma limitação, uma restrição à vida e ao progresso, uma degeneração espiritual, uma abstração. Mas o monoteísmo cristita (o foco deste texto) é também uma combinação velada e deturpada de antigos cultos politeístas e panteístas e de cultos monoteístas primitivos pré-cristãos, uma verdadeira colcha de retalhos. Um tal monoteísmo, de obstrução, de coerção e de exclusão, que desde seu surgimento prega a submissão da mulher, jamais poderia ser aceito pelo sexo feminino. Os maiores e mais conhecidos seguidores desse monoteísmo absurdo sempre depreciaram a imagem feminina, sempre inferiorizaram a mulher. Todos sabemos das atrocidades monoteístas ao longo da História e sua nefasta influência nos dias de hoje, por meio de seus dogmas espúrios aceitáveis pelas mentes fracas e temerárias. E a fraqueza podemos ver em seu Deus moribundo, agonizante, deprimente, em seu culto de dor e sofrimento desnecessários, um culto escravagista, um culto de pseudo-vítimas do mundo e do destino e de menosprezo às forças femininas da vida. Tentaremos demonstrar, pelo que segue, que a situação da mulher pode ser triste e lamentável, ainda hoje. Como exemplos, sobre as mulheres temos aqui algumas lamentáveis citações desse monoteísmo estagnado e rançoso e de seus "fiéis" presunçosos: "Que as mulheres aprendam no silêncio a sua sujeição." São Paulo de Tarso "Vós, mulheres, sujeitai-vos ao homem como ao Senhor." São Paulo de Tarso "Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio." São Paulo de Tarso "As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também ordena a lei." São Paulo de Tarso "Casamento de divorciados é uma praga social." Papa Bento XVI "...alastra-se as feridas dos divórcios e das uniões livres." Papa Bento XVI 9

"O ministério sacerdotal do Senhor é, como sabemos, reservado aos homens." Papa Bento XVI "...não se poderá oferecer mais espaço, mais posições de responsabilidade às mulheres." Papa Bento XVI "Não há manto nem saia que pior assente à mulher ou donzela que o querer ser sábia." Martinho Lutero, reformador protestante "As mulheres casadas, as crianças, os idiotas e os lunáticos não podem legar suas propriedades." Rei Henrique VIII, da Igreja Anglicana. "...a mulher é mais amarga do que a morte; quem é bom aos olhos de Deus, foge dela, mas o pecador será sua presa." Bíblia, Eclesiastes 7:27 "Por causa da formosura da mulher pereceram muitos: porque daí é que se ascende a concupiscência, como fogo." Bíblia, Eclesiástico 9:9 "Da mulher nasceu o princípio do pecado, e por ela é que todos morremos." Bíblia, Eclesiástico 25:33 "(Deus) disse também à mulher: eu multiplicarei os trabalhos de teus partos. Tu parirás teus filhos em dor, e estarás debaixo do poder de teu marido, e ele te dominará." Bíblia, Gênesis 3:16 "Se uma mulher, tendo usado do matrimônio, parir macho, será imunda sete dias." Bíblia, Levítico 12:2 "Se ela parir fêmea, será imunda duas semanas." Bíblia, Levítico 12:5 "Se um homem tomar uma mulher (sexualmente), e ela não for agradável a seus olhos por causa de algum defeito vergonhoso, fará um escrito de repúdio e a despedirá de sua casa." Bíblia, Deuteronômio 24:1 "Se hoje queimamos as bruxas, é por causa de seu sexo feminino." Leonard de Vair, inquisidor "A mulher é mais carnal que o homem; vemos isto por suas múltiplas torpezas... Existe um defeito na formação da primeira mulher, pois ela foi feita de uma costela curva, torta, colocada em oposição ao homem. Ela é, assim, um ser vivo imperfeito, sempre enganador." Jacques Sprenger, inquisidor dominicano "...é bruxaria quando a mulher é impossibilitada de concenber ou aborta após ter concebido." Jacques Sprenger, inquisidor dominicano "Os males perpetrados pelas bruxas modernas excedem todos os pecados já permitidos por Deus." Jacques Sprenger, inquisidor dominicano "(...) não importa o quanto sejam penitentes (as bruxas): é preciso que sofram a penalidade extrema." Jacques Sprenger, inquisidor dominicano "Tão hediondos são os crimes das bruxas que chegam a superar, em perversidade, os pecados e a queda dos anjos maus." Jacques Sprenger, inquisidor dominicano "(...) em meio a todos os animais selvagens não se encontra nenhum mais nocivo do que a mulher." São João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla

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"...que (a mulher) viva sob uma estreita vigilância, veja o menor número de coisas possível, ouça o menor número de coisas possível, faça o menor número de perguntas possível." Xenofonte, historiador, soldado e mercenário grego "Mulher, tu és a porta do inferno." Tertuliano, teólogo cristão e advogado "Lembre-se do grande número de trabalho que temos tido para manter nossas mulheres tranqüilas e para refrear-lhes a licenciosidade." Marco Pórcio Catão, senador romano "... as mulheres são disformes e vergonhosas quando nuas." Ambroise Paré, cientista e médico "...o corpo histérico da mulher só pode conduzi-las à desordem moral." Françoise Rabelais, médico "Dai aos varões o dobro do que dai às mulheres." Alcorão, Cap.IV, Vers.11 "Os homens são superiores às mulheres porque Deus lhes outorgou a primazia sobre elas. Os maridos que sofrerem desobediências de suas esposas, podem castigá-las, deixá-las sós em seus leitos e até bater nelas." Alcorão, Cap.IV, vers.38 "Não se legou ao homem calamidade alguma maior do que a mulher." Alcorão, Cap.XXIV, vers.59 "A mulher deve adorar o homem como a um Deus. Toda manhã, por nove vezes consecutivas, deve ajoelhar-se aos pés do marido e, de braços cruzados, perguntar-lhe: 'Senhor, que desejais que eu faça?" Zarathustra, filósofo persa monoteísta, século VII A.C. "Inimiga da paz, fonte de inquietação, causa de brigas que destróem toda a tranqüilidade, a mulher é o próprio Diabo." Petrarca, poeta italiano do Renascimento "Enquanto houver homens sensatos sobre a terra, as mulheres letradas morrerão solteiras." Jean-Jacques Rousseau, escritor francês, precursor do Romantismo "Todas as mulheres que seduzirem e levarem ao casamento os súditos de Sua Majestade mediante o uso de perfumes, pinturas, dentes postiços, perucas e recheio nos quadris, incorrem em delito de bruxaria e o casamento fica automaticamente anulado." Constituição Nacional Inglesa, século XVIII "As mulheres nada mais são do que máquinas de fazer filhos." Napoleão Bonaparte, imperador francês Suficiente. É possível ficar atordoado com tantos absurdos patéticos. Temos também, hoje em dia, muitas piadas machistas e de mau gosto que inferiorizam a mulher, geralmente de homens com uma educação cristita, mesmo que seja negligente, homens que foram criados desrespeitando as mulheres, e que jamais mudarão. Em muitos casos, esses comportamentos são inconscientes e mecanóides, impulsivos, pois a predisposição de hostilizar a mulher parece já fazer parte do inconsciente coletivo masculino. Tal é a torpeza e ignorância desses homens! Sem as mulheres, obviamente, não existiríamos, e o mundo seria tão monótono, apático, sem sabor e com um terrível e pesado cheiro de escroto! A mulher sempre foi vista sob a uma dicotomia inconciliável. O feminino é sim o oposto do masculino; os dois são pólos que se complementam, e não opostos que devem estar separados. 11

Pelo que precede, podemos ver que a mulher, por muito tempo, foi considerada pela religião monoteísta como um ser inferior e, até mesmo como o próprio mal. É fácil constatar isso quando estudamos o passado dessa religião e suas barbaridades para conquistar poder, domínio sobre as massas e riqueza. Se não bastasse sua forçada condição inferior, a mulher também era vista como a consorte do Diabo, chamado Satã pelos cristitas. Mas como tachar de mal ou maligno (Satã) algo que é pré-existente ao nosso mundo, já que nosso conceito de bem e mal não existia porque a raça humana ainda não havia sido criada? Esse conceito só existe entre os seres humanos! Concluímos, então, que o mal e o Diabo são pré-humanos e que o próprio Deus os criou! Ou, então, não era o mal! Ou que o próprio Deus é o Diabo disfarçado (para quem acredita no Diabo)! Ou, talvez, Satã tenha surgido de algum outro lugar. Ou alguma outra coisa, que não seja Deus, o criou. Concluímos também, que a maldade, a misoginia e o machismo hipócrita estão implícitos nesse Deus e que seu exemplo foi seguido por milhões de cristitas ao longo da História. A Bíblia diz que a mulher foi proibida por Deus e tentada pelo mal (equivocadamente Satã, a Serpente, o Diabo) logo após sua criação a partir do homem (literalmente, um absurdo biológico!). Mas, podemos entender que a primeira mulher (Eva) provavelmente já era maligna, pois caiu em tentação e arrastou Adão e toda a futura prole humana à desgraça! Podemos entender também que esse Deus bíblico misógino e iracundo criou a primeira mulher má! Outro absurdo! Sorte de Lilith, que escapou desse fardo! Assim a culpa toda recaiu sobre Eva, supostamente a primeira mulher má da face da Terra! A mulher, que por meio da malícia de Deus, tornou desgraçado e inferior todo ser do sexo feminino! Com exceção de Lilith (e também Kali), mulher não submissa, contestadora, que se defende, que revida uma ofensa, que faz escárnio de homens tolos com testosterona pululante e desequilibrada. Na Bíblia, a mulher já é criada com proibições, ameaças e limitações. O plano traçado na Bíblia é de submissão e dominação no qual o homem manda e a mulher obedece, sejá lá o que for. Todas as neuroses, recalques, angústias, medo, dissociações e disfunções psicossexuais já foram previstos na Bíblia para se levar a cabo uma dominação baseada nas idéias de proibição, restrição, pecado, impureza, vergonha, punição, sofrimento, escravidão. Isso tudo está registrado nos textos bíblicos, pois Deus estende todas essas maldições a todos os descendendes do primeiro suposto casal humano, incluindo enfaticamente a dor do parto às mulheres. Insano! Absurdo! Hilário! É um plano que parece reduzir a mulher a um mero vaso de esperma e a uma serviçal doméstica e temerosa. Essa idéia foi cultivada e estendida além da razão e do discernimento, chegando aos absurdos conceitos e comportamentos "religiosos", como podemos ver nos exemplos citados e na própria história suja e sangrenta do monoteísmo. Aliás, essa própria idéia bíblica constitui uma irracionalidade e falta de bom senso, propagada por um Deus (ou Diabo?) sempre iracundo e vingativo quando contrariado, mandando e desmandando, sempre irado com sua cria, dando com uma das mão e tirando com a outra. Isso tudo não é mais tão evidente para as grandes massas. Contudo, a mulher ainda sofre discriminação, violência (física e moral), desigualdades sociais e é tratada com um certo menosprezo na sociedade, inclusive no trabalho e no próprio lar (cristão, como dizem). Afinal, essas e outras diretrizes já foram "receitadas" na Bíblia e em outros textos do gênero. Tal é a herança cultural e social que temos hoje. A civilização ocidental está condicionada aos paradigmas há muito impostos pelo decadente monoteísmo patriarcal misógino e realmente não tem consciência de sua nefasta influência no cotidiano e na vida como um todo. Afinal, o comodismo é sempre bem-vindo pois é mais fácil engolir dogmas e costumes prontos e enlatados sem precisar raciocinar, sem precisar se esforçar para mudar o rumo, a mentalidade, as crenças... Aí está a origem da continuidade das famílias e mulheres cristitas que já nascem em um ambiente repleto de proibições, ameaças, punições, falsos moralismos, idéias de pecado, Diabo e inferno, e, em muitos casos, num ambiente quase ditatorial. Sabemos que as mulheres são especialmente "bem-vindas" na cristandade porque, paradoxalmente, são elas que

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possuem o poder de levar o restante da família, e até seus parentes, para a prisão doentia do monoteísmo, sob imposição de seus "superiores". Mas, nos dias de hoje, não há mais o porquê de ser cristita. As mulheres, que tanto querem igualdade (e com razão), não precisam ser cristãs, não precisam se submeter ao patriarcalismo hipócrita que se infiltra em todos os aspectos da sociedade. Elas podem ser livres, seguir uma religião ou filosofia mais condizente com a liberdade de expressão, com o respeito ao feminino, com o respeito à natureza e com o sagrado dentro de cada uma delas. Podem, sem medo de repressão, adotarem uma vida psicomentalmente mais saudável, prazerosa, alegre, sem as idéias de pecado, impureza, condenação e sofrimento, sem os recalques causados pelo monoteísmo patriarcal e seus dogmas perniciosos disfarçados de santos. Se no mundo existisse só o monoteísmo, seria extremamente monótono... Contudo, apenas as mulheres fortes e obstinadas conseguem mudar seus paradigmas psicomentais e se emancipar. Senso comum, comportamento de rebanho, debilidade e a moral de escravo são coisas para as massas, como tem sido há milênios. Depois de tantas frases desprezíveis sobre a mulher, vamos, agora, enaltecê-la apenas com uma, eloqüente o suficiente para dispensar comentários: "A terra insultada vinga-se dando flores." Rabindranath Thakhur, músico, escritor e poeta indiano

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O RAIO LUCIFERIANO Fr.'.Adriano Camargo Monteiro Seguir a Via Draconiana é algo que já está no indivíduo, porém precisa ser despertado, desenvolvido e profundamente compreendido, em alguns casos. Aqueles que não nasceram nesse raio draconiano/luciferiano jamais irão compreender o que é, jamais sentirão qualquer afinidade ou interesse, pois é algo que se carrega na mônada imortal, na centelha individual cósmica. Nessa Via, apenas desenvolve-se algo que já existe no próprio indivíduo de maneira muito evidente. Uma pessoa assim geralmente sabe o que é melhor e o que é certo para si, pois já vivenciou muitas experiências internas e externas, muitas crises (inclusive com outras pessoas), muitos atritos e críticas e desenvolveu certa imunidade às massas, aos costumes inúteis e limitantes, às pessoas comuns e correntes que se debatem e se acotovelam inconscientemente em seu cotidiano sem graça. Um ser desse raio sente-se completamente à vontade em seu Caminho, na Via Draconiana, na Ciência Oculta e em tudo o que ela abrange, compreendendo as Trevas e assimilando a verdadeira Luz (da consciência, da inteligência, da razão, do espírito, etc.). A Via Draconiana/Noturna pode ser a ideal somente para aqueles que têm consciência do que ela significa e representa, somente para aqueles que sentem-se completamente à vontade consigo mesmos, sem medo, sem receios, livres de tabus religiosos e sociais, mas com grande discernimento de visão e de idéias. Por isso, o luciferiano, o draconiano, não teme por repreensão de quem quer que seja, de membros da família, da sociedade, das religiões, de membros de qualquer Ordem a qual esteja afiliado, etc. A maioria dos draconianos e filósofos ocultos sérios acabam por romper com determinadas sociedades justamente por não encontrar lá algo satisfatório e devido acolhimento. Mas sempre há pessoas que sentem afinidade com a Via Draconiana, com a Via Noturna, etc., porém um grande número de indivíduos, é verdade, ainda é muito "cru" para isso e muitos outros nasceram (e continuarão) em seu comodismo religioso cristita, em seus tabus e preconceitos, sem qualquer embasamento.

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Se cada um seguir seu Caminho e sentir-se à vontade, então ninguém poderá dizer não, ninguém irá impedir. Se uma determinada sociedade não serve aos propósitos de alguém, se não o faz sentir-se bem, se não o satisfaz, então deve retirar-se dela. O subconsciente guia cada indivíduo para o que ele realmente quer, do fundo de seu próprio subconsciente. Quando alguém se coloca em busca, quando mantém uma continuidade de propósitos, estudando e praticando, compreendendo seu Caminho, etc., as coisas começam a surgir. A verdadeira iniciação luciferiana se dá nos planos sutis, nas esferas da consciência, nas Trevas astrais e nas Luzes mentais, e não em falsos templos de vaidade e pompa com falsos mestres de insígnias. Se um indivíduo for do raio draconiano, saberá que obteve iniciação legítima quando sentir que passou por experiências verdadeiras em outros planos de consciência e de existência, que passou por mudanças em sua psique, em seu ser, em sua compreensão das coisas e de si mesmo. Na Via Draconiana, a solidão psicomental é uma das tônicas, pois isso não é coisa para as massas, para as mentes de rebanho, para condicionamentos sociais, para temerários preconceituosos sem o devido conhecimento. Conseqüentemente, o indivíduo pode sentir-se um pouco deslocado na sociedade vulgar que é predominante. O raio luciferiano somente pode iluminar o buscador sério, com verdadeiras inquietudes internas, que conhece a si mesmo, que conhece suas angústias e suas mais profundas ânsias espirituais por evolução, por conhecimento e por prazer individual, porém sempre aperfeiçoando-se e progredindo. É a luz verde-esmeralda que brilha na coroa de todos os draconianos autoconscientes. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

ÁGUA, RECEPTÁCULO DE DETRITOS MATERIALISTAS Sor.'. S. Shakti Quando o assunto era água, há alguns anos, as pessoas deleitavam-se imaginando banhos de cachoeira intermináveis, de correntezas volumosas e límpidas. Hoje, o deleite virou delírio, e a maior parte das pessoas (conscientes, é claro!) pensam em água com a preocupação de como irão sobreviver com tão pouca água potável no futuro que, ao que tudo indica, irá faltar inclusive para matar-lhes a sede e mantê-las devidamente hidratadas. É surpreendente que o homem ainda não tenha aprendido bem antes do final do século passado que a escassez de recursos naturais pode matar não só os outros animais e plantas, mas ele mesmo. É impressionante que sabendo da quantidade aproximada de litros de água doce disponível no planeta, debaixo de tanta ciência e vaidade intelectual, o homem não tenha precisado mais esse cálculo vital. Tanta ciência deveria nos ter sido mais útil e precisa. Haja vista a falta de intimidade dos seres humanos com as profundezas dos mares e oceanos. Gabamo-nos pela "conquista" da Lua, mas morreríamos esmagados no fundo dos oceanos. O conhecimento humano sobre o mar tem uma lacuna, abismos mais profundos que as Fossas das Marianas, com 10.911 metros de profundidade, sob o Oceano Pacífico. Ainda que muitos acadêmicos torçam o nariz, faltou metafísica e espiritualidade para o ser humano entender que a água é um rio que liga o plano espiritual ao material. Água é veículo condutor de eletricidade, transporta nutrientes dentro de nossos corpos e leva embora também as impurezas. Água transporta as propriedades dos chás aos confins de nosso corpo, e confere textura aos alimentos. Água limpa nos matém vivos, água poluída mata-nos. Os mangues absorvem água e despejam no mar um líquido aparentemente impuro mas cheio de vida e nutrientes, como um verdadeiro líquido amniótico do "Planeta Água". Quem ainda não reconhece o uso da água na espiritualidade e nas religiões? A água benta feita de sal e água puros, magnetizada e impregnada do fervor dos sacerdotes e fiéis, tem seu valor. Não raro, assistimos na TV os evangélicos com suas cerimônias de vale do sal e batismo, por mais que abominem qualquer prática mágicka, dizendo que estas coisas todas 14

não são de Deus. Como eles podem desconhecer o fato de Jesus "Chrestus" ter participado desta prática iniciática? Nos batismos, a princípio, valia-se da água magnetizada para trabalhar os veículos superiores do "nascido" (talvez aí resida o equívoco de batizar bebês). Tinha função iniciática poderosa e não era para "redimir" a criança do ato sexual que o trouxe ao mundo material. Os cristãos fazem uso do batismo até hoje, embora muito não saibam, para livrar a criancinha do "pecado original" (segundo minha bisavó), ou seja, da cópula "pecaminosa" entre o homem e a mulher. É por essas e outras que a Magia Sexual e a Mão Esquerda foram tragadas ao baixo nível de orgias mundanas. Dentro da Magia Elemental, temos o Quadrante Oeste para o elemento Água e sob a proteção do Arcanjo Gabriel que traduz a Força de Deus que, entre outros, poderes orienta o desenvolvimento mínimo da vida, a eclosão da semente. Em se tratando de água nos canais da Cabala Hermética, podemos dizer que Yesod, que é a esfera lunar, tem correspondência direta com o plano astral que representa a descida do ser humano ao Plano Físico representado pela Sephira Malkuth, chamada de Esfera da Terra ou ainda Esfera dos Elementos. Essas duas Esferas são ligadas pelo Caminho de Tau que é representado também pelo arcano maior do tarô XXI - O Universo. A carta O Universo mostra a manifestação suprema da forma criada e a Grande Mãe, a energia feminina contida em Saturno que representa também o segredo da oculto da vida, a energia organizada que faz um grão ser uma semente e esta semente, na escuridão do corpo ou no ventre, da terra desabrochar e vingar. O membro da família cabalística do elemento água é a própria Mãe, chamada ainda de Rainha Aquática, de Alma do Mundo, Receptáculo do Líquido Amniótico que envolve a Vida; e que é a representação da semente do cálice receptor do Fogo Criador do Pai. Não é por coincidência que a maioria nos arquétipos lunares, dos mais diversos panteões de todo o mundo, sejam femininos. A encarnação humana é um mergulho nas profundas águas dos segredos da vida. Um mergulho que começa no plano astral e surge no invólucro material, na Terra. Então, qual nossa familiaridade com a água? Dela viemos, fomos gerados e pode ser por esta razão que muitos elementais da água tenham afeição pelos seres humanos. Esses elementais, para quem ainda não se deu conta, são espíritos organizadores e guardiães das águas. Ao contrário do que dizem as religiões espiritualistas cristãs, os elementais de qualquer reino não são espíritos inferiores a nós, são diferentes e não estão nos parâmetros humanos de comportamento e desenvolvimento. Não há nada de errado com eles, pelo contrário, eles nos seriam mais úteis se não fôssemos tão arrogantes. Acontece que alguns elementais, como as sílfides, gostam de freqüentar sessões espíritas e comunicar-se com os humanos, e nessas empreitadas, narrando sua vivência peculiar nos planos sutis, acabam por receber rótulos de espíritos zombeteiros. Mas não são! O rei dos elementais da água é Niksa. Nas águas dos mares temos sirenas, sereias, nerêidas, oceânidas, nixies e apsaras (ondinas ou fadas marinhas). Esses elementais apresentam-se em meio a névoas, têm seus corpos sutis e azulados, podendo mudar de tamanho, chegando até 1,74, por no máximo 4 minutos. Segundo o ocultista e clarividente C.W. Leadbeater, as ondinas ou fadas marinhas vivem nas superfícies das ondas e não vão além das águas claras, sendo de outros elementais as profundezas marinhas, e nas praias ficam os bebês d´água. As ondinas têm cores mais vivas nos mares tropicais e acinzentadas nos mares mais frios. As sereias nos foram apresentadas como seres mitológicos devoradores de homens, sedutoras cantoras. Na verdade, esses elementais têm mais afeição pelo homem porque vivem em alto mar e pouco contato tem conosco. Cantam para atrair-nos, não para destruir-nos. O mesmo não acontece com os elementais de rios, lagos, cascatas e cachoeiras. Os nayades e potâmidas não são nada afeiçoados aos humanos por causa da sujeira que promovemos em 15

seus domínios, e ficam tremendamente enojados com nossas fezes, urina e produtos químicos que lançamos em suas águas. Não se incomodam com as construções dos homens nos seus domínios, até gostam de brincar nas nuvens d´água das usinas hidrelétricas, nas rodas d´água... As fadas de água doce, que vivem em regiões onde há estações muito frias, migram para outros lagos e rios mais distantes, simplesmente porque não gostam de brincar nos lagos congelados e têm aversão à agua do mar. Nos céus, temos as fadas nas nuvens, e essas gostam de dar-lhes as mais diversas formas. Fechando assim o ciclo de nascimento e morte, temos na Cabala Draconiana, na Árvore da Morte, suas respectivas Qliphoth. A esfera de Gamaliel é oposta a Yesod (Lua, o Fundamento) e representa entre outras "desvirtudes", o desvirtuamento da fecundidade, a frustração pela maternidade postergada, das madrastas enciumadas, das mães privadas de seus filhos... O túnel na Árvore da Morte, que conduz os desequilíbrios humanos até o plano físico, é Thantifaxath, onde estamos agora, atravessando um período de extrema devastação dos recursos naturais, destruição de ecossistemas e o medo pelos cataclismas que estão por vir nessa sequência de destruição. Lilith, que é nome do arquidemônio lunar, também confere nome à esfera do Plano Material na Árvore da Morte, oposta a Malkuth (Terra). Lilith, como esfera da Árvore da Morte, mostra-nos bem o legado do materialismo desmedido e o desprezo pela vida (alheia). Ainda sob a Lua e o mar, temos Leviathan, o dragão-serpente fêmea cujo corpo alimenta a prole e que mesmo sob a água, como dragão, representa também os outros três elementos. O dragão pode ainda representar o quinto elemento, o espírito. Suas próprias escamas têm esta representação do espírito. O dragão é o veículo do espírito que nos percorre a carne, é o EuSuperior, o portador do espírito nas água profundas de cada um de nós. A serpente-dragão, na Cabala Draconiana, representa ainda, na Árvore da Vida, a Serpente da Sabedoria, conduzindo a senda do despertar da Kundalini, e na Árvore da Morte é a Serpente da Morte que devora o homem escravo e involutivo, presa de suas próprias debilidades. A ignorância e o egoísmo humanos construíram o momento atual que contribuiu não só para a poluição das águas mas para a desorganização de espécies interdependentes e para a escassez dos recursos naturais. É certo que a Terra teve e sempre terá seus ciclos de glaciação e deglaciação, aquecimento e resfriamento, etc. O que ocorre agora, é que estamos todos aqui, numerosos e sedentos. E há quem diga que nada mais podemos fazer. Recentemente, surgiram explicações espiritualistas dizendo que a mesma fúria de Poseidon ou Netuno que fez submergir a Atlântida está ligada à atividade sísmica que ocorreu no Oceano Atlântico, fazendo-nos registrar tremores de terra mais fortes em São Paulo e outros três estados brasileiros. Na madrugada do dia seguinte em que houve o tremor de terra, os mais fundamentalistas já falavam de Apocalipse. Aliás, TUDO é Apocalipse. Interessante... Eu acho muita graça da facilidade com que se atribui fúria aos deuses. Blavatsky falou-nos sobre as idades das raças. É bem possível que a raça adâmica esteja entrando em derrocada. Não se trata de ceticismo e sim de prestar atenção. O mundo não teve uma única transformação e nada do que está vivo fica estável para sempre. Não estamos tendo uma única transformação na história do planeta Terra. O movimento foi na terra submersa, e dizer que o deus dos mares e oceanos é o responsável, é um pensamento superficial. A teoria da Terra Viva e a Wicca têm explicações mais honestas no tocante às manifestações da Mãe Terra. Ao menos , lembram equilíbrios e descompensações como movimentos naturais. Temos sim nossa ganância, exploramos demais a natureza, somos bípedes arrogantes achando que os dinossauros foram extintos por seu tamanho descomunal. Somos destrutivos como as pragas de gafanhotos, e um gafanhoto cabe na palma de uma de nossas mãos! Mas nem todas as pessoas comportam-se como gafanhotos, ainda bem.

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A água que limpou nossos ferimentos deu vida a uma nova infecção. Como podemos ver, a preservação das águas tem importância vital em todas as esferas: esfera lunar, esfera e hidrosfera terrestre... O bordão soa gasto: não desperdice água! Desperdiçar água é tão estúpido como desperdiçar vida. Aliás, dê exemplos palpáveis aos seus filhos e àqueles que o rodeiam, antes de pedir para não despediçarem água. Feche a torneira enquanto escova os dentes. Recicle o lixo você mesmo. Tome banhos rápidos. Não tem coisa mais ridícula do que alguém mal educado querer dar exemplo - além de tudo, é ineficaz. Ninguém diz, mas pensa: "Só eu tenho que economizar?" Não dispense seu banho, até porque ele não é menos importante que outros hábitos de higiene pessoal. O banho dói mais no bolso por causa do chuveiro elétrico, e não por causa da água. Além de levar a sujeira física que faz mal a todos os outros "corpos" (astrais) e aos que o cercam, o banho desobstrui os poros para que o suor continue eliminando nossas toxinas e podridão. Intoxicamo-nos o tempo todo com pensamentos destrutivos, remédios, alimentos industrializados, sal e açúcar refinados, carnes em geral. Pense também que é inútil manter só a "fachada" luzindo. Seja limpo por dentro, cuide da alimentação e do pensamento para não ocultar uma lama podre de cemitério dentro de si mesmo, como muitos, aos baldes, por aí. Já citava Samael Aun Weor o "sepulcro caiado": limpo por fora, podre por dentro. Portanto, não pense que só porque paga sua conta de água em dia, está dando o óbolo ao barqueiro... Se você é do tipo que pensa: "Quando a água potável acabar, não estarei mais aqui", que seja o primeiro a morrer de sede!

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BELZEBU, UM "DEMÔNIO" DE VIRTUDES DIVINAS Sor.'. S. Shakti Belzebu é múltiplo e goza de fama duvidosa nos dias atuais. No entanto, como tudo o que foi tangido pela cristandade e outras religiões fundamentalistas, contaminou-se. Documentos históricos comprovam que muitos deuses pagãos de ampla adoração e respeito na Antiguidade foram reduzidos a reles "demoniozinhos" pela oportunista propagação do cristianismo. Qualquer deus que não fosse ligado à fé cristã era imediatamente catalogado pela Igreja como demônio. Ao se fazer referência às qualidades do espírito, as palavras gregas "agathodaemon" significa "bom espírito" e a palavra "kakodaemon", significa "mau espírito". Belzebu, só para começo, não é o "Diabo" cristão; não é diabo nenhum! Se você não acredita nestas palavras imbuídas de algum embasamento histórico e filosófico, melhor parar por aqui. Aliás, para quem acha que "tudo que não é Jesus, é diabo", melhor não pesquisar porque a ignorância pode lhe cair bem. O nome Belzebu deriva de muitos nomes similares e é semelhante a outros deuses também: Ba´al, Bel, Baal Zebub, Bile (irlandês), Beli (galês), Bellenos (celta), Belphegor (arquidemônio solar), Baldur, etc. O fato é que Belzebu é muito mais do que um simples demônio e não está sob conjuro de nenhum deus contemporâneo ou do passado. Ba´al era o deus maior do panteão canaaíta, até que, por conveniência histórica e interesse político-religioso (o pior dos interesses!), ele foi apontado como aquele que "tentou" Jesus Cristo, prometendo-lhe "todas as coisas, todos os reinos do mundo" caso ele abondonasse seus propósitos espirituais. Em 1928, foram encontradas ao norte da Síria as tábuas de Ugarit. Ugarit foi a maior cidade da Era do Bronze canaaíta. Essas tábuas continham cinco colunas, entalhadas com escrita cuneiforme, similares às encontradas na região da antiga Suméria e Acádia. O tempo estimado 17

que estas tábuas estiveram enterradas era de aproximadamente 3200 anos. Elas narram o mito de Ba´al, um Deus que lutava pelo seu povo, que vivia nas alturas, mais precisamente nas nuvens, e de lá lutava pela humanidade e travava guerras com quem quer que desafiasse seus domínios. Nessas tábuas, Ba´al era chamado de "Cavaleiro das Nuvens" ou ainda, "Monstro Nuvem" ou "Senhor da Casa Alta". A palavra "Baal" significa "Senhor" e aparece sempre ao lado de El, que significa "deus", em hebraico. Sua esposa Anath, hoje conhecida como Astarté, também é mencionada durante toda a saga escrita nessas tábuas. Infelizmente, por causa da ação do tempo, esses tesouros arqueológicos sofreram desgastes e muita coisa não é possível interpretar. Baal é ainda o arquidemônio da qlipha A´Arab Zaraq na Árvore da Morte cabalística. Ele é o deus fenício da fertilidade e da sabedoria. Essa qlipha, conhecida também como "Corvos da Dispersão" ou "Corvos da Morte", é o lado sombrio da sephira Netzach onde está representada a prática da Magia Sexual (Mão Esquerda) e Luciferiana. O arquidemônio Belphegor está na hierarquia infernal da Cabala mais como uma manifestação da energia planetária bruta, primitiva e desorganizada na humanidade, ou seja, está acima da incapacidade humana de lidar com suas próprias fraquezas. Baal-Peor (variante assíria de Belphegor) era um deus moabita cujo nome significa "Senhor do Peor", um monte à margem esquerda do rio Jordão, onde era cultuado. Os israelitas eram bastante apegados ao dual BaalPeor (ele tinha o aspecto masculino do Deus Solar, e feminino, de Deusa Lunar). O correspondente egípcio de Baal era Amon, deus da luz e do Sol, da força, da saúde, da justiça, da verdade, da vida e ainda criador e organizador do Mundo. Baal também possui os atributos de deus solar ligado ao homem pelo seu poder de cura, o dom da profecia e representa a imortalidade. Nas festas da Roda no Ano, temos o sabá Beltaine ou a Festa do Fogo de Bellenos. Bellenos, arquétipo celta de Baal, era um deus solar da cura, da fertilidade, do fogo, e da prosperidade, que marca o início do verão ou dos dias de Sol. Os antigos acreditavam que existiam mesmo duas estações do ano, e não quatro como conhecemos hoje. Nessa festa, era celebrado o apogeu da fertilidade de Bellenos e o alcance da maturidade na união dos opostos que se amavam na totalidade do Cosmos. Essa comemoração selava também a semeadura no ventre fértil da terra, para as futuras colheitas. É nessa época que são feitas as danças circulares ao redor dos mastros com fitas coloridas (que representa um grande falo), chamada Maypole. E o sabá justificava muitos casamentos no hemisfério norte naquela época, no equinócio de primavera. Ao contrário do que se ouve sobre o implacável Baal ou Belzebu, Baldur era puro de bondade. Baldur também era um deus da fertilidade, da fartura e da luz (acreditem, ó "temerários da luz"!), enfim, reunia todos os poderes crísticos de um genuíno espírito solar. "Belzebu" tem em seu radical também a presença de uma palavra que faz alusão a uma outra faculdade de Belzebu: Zebub. Ou seja, Baal = Senhor, Zebub = das Moscas ou do Escaravelhos, ou mais genericamente, "das Coisas que Voam", já que sempre fazia referências às criaturas aladas. A palavra "Zebub" faz referência também ao escaravelho egípcio (kepheri) que simbolizava a imortalidade e a reencarnação no Egito Antigo. Era utilizado nos rituais de desencarne dos faraós e é mencionado inclusive no Livro dos Mortos Egípcio. Nos corpos de alguns animais embalsamados, foram encontrados escaravelhos no local do coração. No Mito de Ba´al narrado nas tábuas de Ugarit, tendo em vista que a referência feita a ele como Cavaleiro das Nuvens, não são injustificados seus outros significados. No livro "Histórias de Belzebu a seu Neto", o yezide e ocultista Gurdjieff apresenta uma compilação numerosa de crônicas onde mostra um Belzebu extraterrestre, vindo de outra galáxia, que instalou-se em Marte, teceu seus planos para a Terra, conheceu Vênus e que fez várias descidas ao nosso planeta. Esse Belzebu conta a situação de evolução da humanidade com seus triunfos e percalços. O Belzebu de Gurdjieff participou também dos processos de ascensão e queda das raças da Terra. Uma possível hipótese é que ele seja uma inteligência extraterrena, até pela aparência dita grotesca aos olhares desprevenidos, em diferentes relatos. Caso contrário, por que tantas 18

referências a um ser tão diferente de nós - cauda, chifres, corpo grande e cheio de pelos, e a-la-d-o?! Belzebu pode ter sido sim um ser muito evoluído (com ou sem corpo físico), fortemente instruído e que sabia exatamente o que fazia quando lidava com o material humano de nosso planeta. Na tradução d´A Pequena Chave de Salomão - Goetia, de MacGregor Mathers, editado por Aleister Crowley, Baal aparece como Bael. Desnecessário dizer que difere da criatura que encontramos em um passado mais remoto, mas ainda assim é o mesmo espírito ao qual este texto refere-se. Para Samael Aun Weor, Belzebu é um espírito errante no passado, hoje redimido, conforme relata no quase romanceado "A Revolução de Belzebu". Este foi feito com o intuito de expressar através de Belzebu a escolha do mago entre um caminho que escraviza e outro que liberta. Mas é preciso admitir que deixou a desejar dentre muitas obras do grande mestre gnóstico. Quem saberá, nos dias de hoje, o que ele queria dizer em meio a tanto mistério? O mesmo Samael que atacava os ocultadores, dizia também que a Bíblia era gnóstica e para gnósticos (um verdadeiro jogo de "quem oculta o quê"). Nessa obra, Samael adotou um discurso bem pessoal (atacando abertamente Papus, a AMORC da Califórnia, entre outros) e um tanto maniqueísta para quem supostamete trabalha pela Via Esquerda. Samael descreve "Belzebu amansado", arrependido e regenerado, como se fosse um desses pobres diabos do nosso mundo atual que fazem de tudo errado e depois convertem-se cristãos, na maior carade-pau. Samael tinha a equivocada visão de Bem e Mal sobre Magia Branca e Negra, respectivamente. Os não-teurgos também praticam magia sexual; será tão diferente do maithuna dos gnósticos tântricos? Não há o que segmentar. Os que caminham na Via Esquerda sabem exatamente que Magia não tem cor, mas intenção: não é Magia Branca ou Negra, mas sim escrupulosa ou inescrupulosa! É estranho que um espiritualista como Samael não tivesse consciência do mal que fazia ao lançar tantas dicotomias. Atacar Papus dessa forma, fragmentar a Magia como ele fez, só faz gerar mais confusão do que a já instalada entre os buscadores do conhecimento mágicko. Como pode-se dizer que Belzebu, ninguém mais que Baal que era um deus da criação, poderia ter orgão kundartiguador*? Se Belzebu praticasse magia sexual corrompida, como poderia ser um deus da fertilidade? Todos os deuses têm a sina de ser a "imagem e semelhança" do homem? Nem todo pobre diabo tem cauda e asas, mas os dragões têm! Tinha chifres porque eles representavam não só sua soberania mas principalmente seu maior poder: o da fertilidade! Certamente, Belzebu não era o celerado arrependido conforme descrito n'A Revolução de Belzebu. Para piorar ainda mais, Samael põe Lúcifer como incitador de Jeová à fornicação. Mentira! Jeová era o maior fornicador chovinista nato! Tudo isso acontece até hoje, e por causa da falta de qualidade das traduções dos textos sagrados - mas este é tema para a Lingüística. O antigo e poderoso Baal canaaíta teve sua derrocada quando alguém acusou sacerdotes judeus de praticar cultos de prostituição sagrada em seu nome. Sob esta ótica, quem é o "kakodaemonos" senão o homem? De quem é o espírito corrompido, sujo e promíscuo, senão de um sacerdote que promove "orgias sagradas"?! Seriam mesmo orgias ou prática de magia sexual? Desde longa data, não há mais testemunhos confiáveis sobre o assunto. Posteriormente ele teve seu nome e importância completamente atirado ao lixo. Foi na Bíblia que ele passou a ser chamado de Belzebu, de Senhor das Moscas. Os cristãos passaram a dizer que o "seu Deus" criou todas as coisas e criaturas, menos as moscas. Diziam ainda que quando invocado por magos e feiticeiros, aparecia em forma de mosca. Belzebu foi ainda mais dilacerado pelas infinitas injúrias judaico-cristãs e de quem mais pudesse interessar. Belial foi outro correspondente canaaíta de Baal. Segundo a mitologia que fala da queda (ou descida, melhor dizer) dos anjos, é contado que foi Belial quem encorajou Lúcifer a descer com a Chama da Sabedoria. Até por esta razão, Anton La Vey traduziu seu nome como "SemMestre" e classificou-o como um espírito ou deus da fertilidade e da prosperidade e considerava-o um espírito do elemento Terra. O fato é que Belial também tem as mesmas referências remotas de Belzebu, sendo apontado como semelhante e algumas delas como o próprio Baal. A etimologia de Beli-ya´al (beli = sem, ya´al = Deus, ou ainda, bom e próspero). Trata-se de mais um arquétipo riscado pela ganância monoteísta. Muitos deuses foram tomados por dimensões demoníacas errôneas, como espíritos malévolos. 19

Nada contra demônios, mas a maioria destes que por aí estão, não são apenas demônios, são divindades que presidiam e organizavam a complexidade da alma humana. Tendo em vista tantas traduções errôneas ou tendenciosas dos evangelhos, melhor começar a tomar cuidado com o que lemos nas escrituras sagradas judaico-cristãs. É nítida a intenção de esconder a boa reputação dos antigos espíritos e dar-lhes reputações depreciativas. Coincidentemente, o "erro de tradução" sempre implica em algo ruim, nunca respeitoso, bom, ou, no mínimo, isento. Os demônios, seja qual for sua natureza, fazem-nos mais fortes porque mostram-nos as nossas fraquezas em vez de iludir-nos com promessas divinas que aliciam nossas vaidades. Ninguém fala da "ira marcial" do Deus cristão, da "luxúria" do deus Jeová, da "tirania" de Alá ou da "perversão temerária" de Abraão que não teve dúvida em oferecer a vida de seu primogênito em sacrifício. Com esse "show de maldade", quem precisa de demônios ou de Diabo? Antes que as Bíblias e outras escrituras deturpadas enterrem toda a tradição e nos emburreçam, lembremo-nos da história diferente sobre Baal e de muitos outros demônios dotados de virtudes divinas.

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BÍBLIA, A MAIOR FARSA DA HISTÓRIA Fr.'. Adriano Camargo Monteiro Existe um outro lado da História que não é ensinado nas escolas nem nas igrejas. A grande maioria das pessoas ainda não sabe que nem tudo é só a educação limitada da escola, da igreja, da família e da mídia (jornais e noticiários de TV). A grande massa também não sabe que é vítima de neurose coletiva e de condicionamentos sócio-religiosos institucionalizados. O povo educado no molde judaico-cristão desde o nascimento provavelmente jamais irá mudar, pois simplesmente engole "histórias" adulteradas, pasteurizadas e enlatadas que servem para mantê-lo "alimentado" e calado. Sofreu uma lavagem cerebral ao longo da vida de maneira sutil e insidiosa e, portanto, não é capaz de mudar seus paradigmas mentais e culturais. Não conhece a história oculta de sua própria religião e, com seu "manual" bíblico debaixo do braço, "cria" constantemente muitos demônios que lhes assombram a existência medíocre. É também curioso o fato de que a grande maioria das pessoas ignorantes, grosseiras, fúteis e gananciosas sejam cristitas! Ou monoteístas de qualquer orientação, mesmo que sejam negligentes ou simpatizantes. Pelo menos é assim principalmente nos países ocidentais mais populosos e mais subdesenvolvidos e com elevados índices de analfabetismo funcional, ou seja, pessoas que lêem apenas letras e palavras mas não sabem interpretar e compreender o que é lido, nem sabem escrever corretamente ou concatenar idéias. Um exemplo é o Brasil, um dos países mais cristitas e piegas do continente americano que, segundo informações do Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional, tem um índice de analfabetismo funcional de cerca de 75% (!); nos EUA, outro país densamente cristita e materialista, é de 21%. Afinal, o "manual" bíblico da ignorância é muito popular. Os ignorantes desorientados, a maioria de baixo nível intelectual, são iludidos pelos ardis dos línguas-de-verme (com seu "manual" de prontidão) que lhes mostram uma excessiva e falsa manifestação de afeto, de amor, de preocupação com os problemas pessoais, bajulando-os, criando uma ilusão de que eles são muito importantes para Deus e para a seita e gerando uma situação na qual o indivíduo sente-se uma "vítima" do mundo e que será bem acolhido na "comunidade religiosa". Então, "Deus" aprisiona a vítima que passa a viver sob pressão, opressão e repressão, sendo constantemente ameaçada moralmente com punições divinas. Isto é reforçado com a idéia absurda, difundida pelo hipócrita e sofismático protestantismo, de que qualquer pessoa, desde o nascimento e mesmo livre de culpa, já está condenda ao Inferno, ou destinada ao Céu (obviamente, apenas os "escolhidos"). Assim, com toda essa asneira cristita, os fracos podem perder a auto-estima, o respeito, a saúde mental, o dinheiro (que São Cifrão e Jesus vêm confiscar) e o livre-arbítrio que, em muitos casos, a pessoa nem sabe que possui. Mas a Bíblia, sendo um manual de criação de toda espécie de pavorosos demônios 20

imaginários (ou dissociações psicomentais de fanáticos doentes mentais), é um "clássico" exemplo de criação monstruosa que causa repulsa às sensibilidades mais inteligentes. Colcha de retalhos nada original, forjada a partir de doutrinas e obras mais antigas, a Bíblia é um plágio disfarçado com milhares de versões adulteradas e deturpadas ao redor do mundo. A cristandade, com seus muitos santos, anjos, bestas e demônios (tomados de outras religiões mais antigas) personificados em "pecados", é um politeísmo com mal formação, feito de restos mortais cadavéricos e de farrapos podres tal como a Bíblia. E se tudo na vida dependesse apenas dessa obra frankensteiniana, realmente estaríamos estagnados. Há muitas obras importantes no decorrer da História, no mundo todo. As obras citadas a seguir são, segundo estudiosos, mais antigas do que a Bíblia (que é uma compilação modificada e adaptada dessas obras). São textos escritos e/ou encontrados na região do Oriente Médio e nas regiões e países próximos. São obras relativamente conhecidas hoje em dia para aqueles que se interessam em pesquisar. Mas é claro que ninguém tem tempo de buscar tais obras, de estudá-las e compará-las... São elas: Epopéia de Gilgamesh (relato sumeriano sobre o dilúvio, etc.), aproximadamente 2600 a.C.; Enuma Elish (poema épico babilônico sobre a Criação), 1800 a.C.; Papiro de Ani (Livro dos Mortos Egípcio, obra religiosa), 1500 a.C.; Zend Avesta (textos sagrados persas do mazdeísmo), 1000 a.C; Pergaminhos de Qumran (Mar Morto), 200 a.C., ou seja, antes do Novo Testamento; Manuscritos de Nag Hammadi (Egito, mas em grego), 100 a.C, ou seja, antes do Novo Testamento. O Novo Testamento foi escrito em grego durante os 100 anos d.C., e o Antigo Testamento foi supostamente escrito em torno de 1500 anos a.C. e durante esse período. O idioma aramaico surgiu em 1100 a.C., ou seja, é mais novo do que algumas das obras citadas. O hebraico é, segundo estudos lingüísticos, uma língua de origem afro-asiática, mais especificamente do nordeste da África, ou seja, Egito. Moisés, supostamente o autor dos 5 primeiros livros do Antigo Testamento, possivelmente nasceu em torno de 1500 a.C. Portanto, ele é mais novo do que algumas das obras citadas e contemporâneo de outras, além do que os outros livros bíblicos foram escritos por outros autores também contemporâneos às outras obras citadas acima, ao longo da história. Os fiéis fanáticos e fundamentalistas ignoram tudo isso e decididamente não querem saber. A grande maioria deles também não sabe: _que o cristianismo como o conhecemos foi criado por São Paulo, ou seja, trata-se de um paulinismo hipócrita, uma falsa religião cristã escravagista, dominadora e materialista; _que São Paulo adorava apedrejamentos e atos de violência; _que Pedro, supostamente considerado o primeiro papa, era casado; _que Santo Agostinho era um pervertido promíscuo e hipócrita; _que São Nicolau é uma "invenção" baseada na crença em Papai Noel que por sua vez tem origem em primitivas lendas européias sobre duendes cruéis e canibais que se vestiam de vermelho e perambulavam pela neve soando sinos e correntes; _que a invenção da eucaristia tem origem em antigas lendas sobre mortos-vivos, seres sanguinários e antropofágicos, da Europa primitiva; _que muitos santos eram personagens pagãos que foram "cristianizados" para "facilitar" a conversão do povo; _que a Igreja tem um catálogo de aproximadamente 500 santos, pelo menos; _que a Igreja inventou o celibato para não perder propriedades por causa da lei de herança; _que a Igreja inventou a canonização e canonizava criminosos e assassinos de não-cristãos; _que a grande maioria dos símbolos cristãos foram tomados de mitologias pagãs; _que não existem os textos originais da Bíblia, apenas cópias modificadas; _que a divisão em capítulos e versículos da Bíblia foi criada por um cardeal inglês por volta do século XII; _que a Igreja estimulava as crenças supersticiosas e a ignorância entre o povo; _que nem Diabo nem o Purgatório existem na Bíblia; _que, na Idade Média, o povo não tinha a mínima idéia do que se tratava a Bíblia; _que a Igreja inventou heresias absurdas que jamais existiram há 2 mil anos atrás; _que cientistas eram executados por suas descobertas, vistas como heresias; _que as pessoas que possuíam livros eram punidas; _que o protestantismo sempre difundiu a interpretação literal da Bíblia; _que o protestantismo contribuiu para o aumento absurdo de crimes e assassinatos 21

inquisitoriais; _que a Igreja considerava hereges aqueles que acreditavam em bruxas, e depois aqueles que não acreditavam na existência delas; _que a Igreja inventou a confissão para bisbilhotar a vida íntima das pessoas, principalmente dos ricos e dos políticos; _que a Igreja cobrava impostos de prostíbulos; _que a Igreja vendia indulgências, ou trocava perdões por ricas doações; _que a Igreja comercializava missas, relíquias, títulos nobres e cargos eclesiásticos; _que muitos sacerdotes comercializavam sortilégios e simpatias populares; _que muitos clérigos praticavam rituais depravados com supostas invocações diabólicas (equivocamente chamadas de satanismo); _que muitos papas e padres eram (ou são?) promíscuos e incestuosos; _que a Igreja estimulava as guerras para escravizar e confiscar bens; _que os católicos jesuítas buscavam a aniquilação de todos os homens, mulheres e crianças que não fossem servos da Igreja; _que os clérigos estupravam, torturavam e assassinavam vítimas inocentes para depois confiscar-lhes seus bens; _que muitos clérigos estupravam virgens, viúvas, freiras e mulheres casadas e tinham muitos filhos considerados ilegítimos, além de incestos; _que as vítimas eram obrigadas a pagar pelos custos de sua própria tortura e execução, além dos banquetes após esses festivais de horrores (afinal, a vítima já tinha seus bens confiscados); _que o mínimo de higiene pessoal já era considerado algo pecaminoso, libidinoso e coisa do Diabo; _que a Igreja inventou o papado com a intenção de se manter "eternamente" e dominar o mundo; _que a grande maioria dos dogmas da Igreja foram inventados com a intenção de lucro e dominação; _que o protestantismo difundiu o capitalismo e o materialismo pesada e extensivamente; _que os protestantes (e agora os neopentecostais) sempre quiseram instalar uma teocracia liderada por pastores evangélicos; _que o neopentecostismo (religião dos evangélicos) nada mais é do que religião cristita que intenta expandir seus domínios do mesmo modo que o catolicismo ou qualquer religião monoteísta castradora. Além de tudo isso, pode-se observar a opulência do Vaticano e de muitas igrejas e catedrais (e, em menor grau, dos caros imóveis neopentecostais) pelo mundo afora. Opulência que a todo custo era mantida, no passado, com uma violenta e voraz ganância material que exauria pessoas e lugares. Eis todo o materialismo arrogante do monoteísmo! Mas, às pessoas jamais seria permitido conhecer o outro lado da moeda (ou muitas moedas!). Os cultuadores da Bíblia não querem mudar e sempre irão querer impor aos outros seus falsos dogmas. Jamais irão querer saber sobre o outro lado da longa e sórdida história do monoteísmo, da Igreja e da Bíblia que, na Idade Média, era proibida pelos próprios clérigos para que o povo não pudesse possui-la, mas que posteriormente impuseram sua "aceitação" sob as mais variadas penas, chantagens, etc. A Bíblia, segundo pesquisas, era rejeitada pelos papas e proibida sua impressão e publicação, pois era vista como uma praga que poderia destruir o papado, já que todas as farsas da Igreja não constavam nos textos bíblicos originais (isto é, nas cópias). Como pode-se considerar os textos bíblicos como uma sublime inspiração, benévolos e divinos, quando apresentam, desde o princípio, histórias de discórdias, sofrimentos, vinganças, guerras sangrentas, sacrifícios sanguinários, degração sexual e todo tipo de vício humano? Isto é a Bíblia! Um verdadeiro manual político forjado para a dominação e opressão. E são as pessoas "de bem" como os inúmeros clérigos católicos e cristãos protestantes que causaram toda espécie de atrocidades contra inocentes ao longo da história; como inúmeros inquisidores que torturaram e assassinaram milhões de pessoas, entre mulheres, crianças e idosos; como inúmeros padres depravados que fizeram filhos ilegítimos em mulheres indefesas, obrigandoas a abortar; como inúmeros padres pedófilos, estupradores e gananciosos que têm o acobertamento da Religião instituída; como inúmeros pastores evangélicos que exploram a fé 22

de milhares de pessoas ignorantes em troca de dinheiro para a glória de $ão Cifrão, pois Je$u$ $alva (seu dinheiro) e cobra caro por seus serviços de salvação; etc., etc., ad nauseum... Tudo conforme a História registra. Pelo que precede, toda espécie de inépcia e degradação condenada como heresia, pecado e coisa do Diabo pela cristandade, seus dirigentes e servos sempre praticaram. E ainda pode-se ver tais práticas a todo fôlego (em todos os lugares "civilizados", nos jornais, na perniciosa TV aberta, etc.), práticas que excedem a barbárie: torturas sexuais, incestos, infanticídios, fraticídios, parricídios, matricídios, genocídios, etc. Tais resquícios também existem sob diversas formas de intolerância religiosa e de hostilidade, como uma Inquisição moderna e relativamente velada. Porque a causa da maior parte do ódio e sofrimento é justamente essa intolerância por parte dos fiéis retardados das religiões institucionalizadas, pois cada qual quer impor, quer obrigar o outro a se converter para a sua religião sob pena de ser execrado da sociedade, do meio em que vive, de sofrer preconceitos e de ser tachado de iníquo, ímpio, infiel, blasfemo, herético, adorador do Diabo, etc. Se cada um cultuasse seu deus e calasse a boca, deixando os outros cultuarem quem eles quisessem, haveria menos problemas na (tão paparicada) civilização. Portanto, o verdadeiro Diabo monoteísta e maligno nada mais é do que o próprio homem. Nos dias de hoje, podemos ver ainda que muitos cristitas neo-evangélicos querem tornar-se verdadeiros "missionários" do terror da nova Inquisição, bisbilhotando outras religiões, seitas e cultos, porém apenas quando é conveniente. Para os mais fanáticos e ignorantes, tudo é coisa do Diabo, inclusive os códigos de barras que aparecem em praticamente todos os produtos industrializados. Mas, com um pouco de hipocrisia, eles conseguem fazer compras, alimentarse, vestir-se, morar, etc., porque tudo tem o tão temível código de barras. Ou não! Podem estar morrendo de fome ou Jesus está multiplicando os pães com um passe de mágica (mas a mágica é coisa do Diabo também)! Entretanto, e paradoxalmente, eles utilizam computadores e internet que também são coisas do Diabo, mas são proporcionados por São Cifrão, que deveria ser outra coisa do Diabo! E com a hipocrisia que lhes é peculiar, muitos desses cristitas ou monoteístas clamam por tolerância, mas não querem ser tolerantes. Como esperar tolerância e respeito quando não se faz o mesmo? Seguindo o exemplo do Deus bíblico, os cristitas sempre buscaram perseguir e eliminar aqueles que não fazem parte de seu "povo escolhido", aqueles que não fazem parte de suas comunidades nem de sua sociedade-padrão (nivelada por baixo, logicamente). Muitos devotos, crentes fervorosos, escondem atrás dessa aparência a verdadeira malignidade, a verdadeira perversidade interior e uma doença mental que sua própria religião e os "bons costumes" podem nem desconfiar, ou fazem vista grossa. Afinal, são pessoas de Deus que, querendo se igualar ao Senhor, buscam sacrificar outras vidas (pois elas mesmas não sabem viver), até mesmo no seio familiar, como se fossem o próprio Deus que cumpre seus próprios desejos perversos. Enfim, o monoteísmo, a cristandade e a Bíblia, como foram e são conhecidos, podem ser as maiores farsas e aberrações já criadas na História.

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PERIGO! NÃO LEIA! Fr.'. Adriano Camargo Monteiro A menos que você queira saber como o ato de ler pode afetar a sua mente, em menor ou maior grau, seja você inteligente ou ignorante. Se você for inteligente, deve estar ciente de que a inteligência é um perigo para seus semelhantes, de que as pessoas temem a inteligência alheia e de que elas poderão fazer o possível para destrui-lo, ou se afastarão de você. Mas estas pessoas são apenas as que se encaixam no grupo de seres ignorantes e medíocres, que também são influenciados pelo ato de ler (quando são capazes de ler algo).

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É também fato conhecido que há gente ignorante, burra mesmo, em posição de mandar em pessoas inteligentes, seja na política (principalmente), nos negócios, nas religiões ou nos lares. Conseguem tal posição por bajulação, por uma falsa simpatia com sorriso de plástico, pisando nos outros, puxando o tapete, por desonestidade, por favores, por sabotagem, por malícia, por meios ilícitos, pelo "jeitinho", etc. Tudo, menos por verdadeira capacidade, inteligência e talento. Nisto há um grande perigo: indivíduos que prezam muito seu livre-arbítrio e sua inteligência certamente acabam por conflitar com tais mulas acéfalas, o que pode ocasionar muita discussão, chateação ou até mesmo um embate físico. E isso é perigoso para qualquer ser inteligente que não deseja se envolver com as leis e regras dos homens, muito falíveis e aborrecedoras e, em muitos casos, conduzidas por outras pessoas ignorantes e mesquinhas que visam apenas ao poder. Por vezes, pessoas em privilegiadas posições econômicas tornam-se cada vez mais burras, toscas e agressivamente arrogantes, pois se acomodam na ociosidade anti-produtiva, anticriativa e anti-evolutiva que o dinheiro pode proporcionar. Estorvam a vida de indivíduos inteligentes que estão cagando para as posições sociais e que são os que realmente criam, inventam e produzem algo de valor para o mundo. E, felizmente, há muitos indivíduos assim, inteligentes, com suas obras e biografias preservadas como prova. Por um acaso, já existiu algum gênio, pensador, cientista ou artista ignorante e ao mesmo tempo muito rico? Está mais do que demonstrado que o dinheiro não compra sabedoria, nem inteligência, nem talento, nem sensibilidade, nem consciência, nem nobreza de espírito. Aliás, os mais nobres, dignos e fortes são os indivíduos que buscam estabelecer sua vontade livre, sua liberdade individual, sem escravizar os outros. Temos exemplos disso na própria literatura universal, seja em forma de fábulas, mitologias ou biografias. O maior exemplo que podemos citar é o arquétipo de Lúcifer (ou Prometeus), subversivo, sábio, inteligente, incitador de (auto) rebeliões em nome da liberdade individual e da liberdade de expressão. Mas os "trabalhadores" gregários da sociedade, os bonecos do sistema, os biomecanóides proletários do materialismo, constituem a verdadeira egrégora da moral do escravo, da fraqueza e da ignorância. Todos aqueles que têm inteligência e criatividade desenvolveram o germe latente do intelecto e da imaginação, estudaram muito, fundiram seus miolos ou simplesmente se retiraram para o verdadeiro ócio criativo, permitido somente aos filósofos e pensadores de vocação, aos indivíduos inspirados pelas Musas. Para um verdadeiro pensador, que é capaz de afetar a mente de outros com seus pensamentos, não existe nada acima de seus ideais e de suas idéias, de suas vivências internas e reais. Por conseguinte, não aceitam ordens ou leis ridículas de pessoas não-pensantes, consideradas humanamente inferiores. E desses inteligentes, os ignorantes e medíocres têm pavor e procuram proteger suas posições a ferro e fogo e mesquinhez. Curiosamente, a grande maioria das pessoas ignorantes, grosseiras, fúteis e gananciosas são cristitas! Ou monoteístas de qualquer orientação, mesmo que negligente. O monoteísmo prioriza pela ignorância das massas, infundindo temor e aversão por tudo o que não estimule a mente, a imaginação, a liberdade de expressão, de pensamento e a expansão da inteligência fora de seus currais dogmáticos. O monoteísmo nutre um profundo temor e aversão por pessoas inteligentes e de mente livre, de impulso luciférico, que buscam por si mesmas o que consideram ser o melhor. Mentes pensantes (muitas vezes consideradas subversivas) são um perigo e uma ameaça para a estabilidade do poder instituído, seja ele religioso, político, social, gregário ou familiar, geralmente todos muito patriarcais e, paradoxalmente (!), castradores. A leitura também é perigosa para os tais ignorantes de nossa civilização moderna e decadente. Com a influência, nessas cabecinhas débeis e sem discernimento, de leituras iletradas, de má qualidade, de literatura de consumo rápido, de livros e revistas descartáveis e de conteúdos que são menos do que lixo, existe o perigo de tais indivíduos cometerem os mais diversos desatinos, o que é prejudicial para eles mesmos (mas quem liga?) e para a própria cultura que se encontra atolada na degradação. Por outro lado, o Conhecimento guarda a si mesmo, e os idiotas podem jamais ter acesso a ele, mesmo que uma preciosidade literária esteja em frente aos seus olhos "cegos" (não menos cegos do que sua cegueira mental). É certo também que ninguém pode queixar-se de não ter acesso à educação, à instrução, à leitura, etc, porque há inúmeras bibliotecas públicas abertas a qualquer um que queira nelas entrar, ler, estudar, levar 24

livros para casa, gratuitamente! Mas os piores de todos os leitores ignorantes e "perigosos" são aqueles que não sabem ler. O perigo de suas "leituras" é a própria incompreensão dos textos, das idéias que são distorcidas; até mesmo essa incompreensão é limitada, restando-se pouca distorção para ser mal aplicada pelo inepto. Um leitor analfabeto é uma ameaça aos outros porque ele é capaz de causar discórdias, conflitos e estorvar a vida alheia por simples e pura incomprensão e idiotice; lamentavelmente, ainda não aprendeu a ler (e jamais aprenderá!). Porque ler não é simplesmente pronunciar as palavras, identificar letras, mas sim entender, interpretar o que está escrito, captar o significado dentro dos contextos, captar o sentido das frases, as subliminares, os implícitos, etc. Ou seja, para saber ler com propriedade e proveito é preciso "possuir" a interpretação da escrita, e não somente ter passado por uma mera alfabetização, geralmente nas coxas. Os indivíduos que possuem essas capacidades para ler são uma ameaça aos ignorantes, toscos e estagnados que apenas têm ânsia por fama e poder (sem méritos). Como os textos escritos buscam recriar realidades, às vezes muito reais para nós, às vezes apenas sugeridas, eles influenciam a mente e causam impressões no leitor, estimulam os insights, propõem idéias e o predispõem à ação, seja em nível individual, interior, ou exterior. A literatura é um veículo poderosíssimo para provocar questionamentos e mudanças (pessoais e sociais), funcionando em um mecanismo no qual o leitor interage, por sua conta e risco, com a obra do autor e se afina ou não com suas idéias, em seu espírito. E desde que nenhum cretino ignorante destrua a literatura e qualquer obra impressa de valor, elas estarão sempre à disposição daqueles que sabem buscá-las, pois não são palavras ao vento como as nossas falas corriqueiras. Portanto, em virtude de tudo o que foi exposto, é importante entender que o ônus e a responsabilidade da interpretação daquilo que se lê é inteiramente do leitor, seja ele inteligente ou imbecil. Porque o texto em si não muda, mas apenas as interpretações de cada leitor de acordo com seu conhecimento da língua, de acordo com sua cultura e com seu grau de inteligência intuitiva. Eis mais um perigo! A esta altura, o leitor já deve se sentir, de alguma maneira, afetado por esta leitura. Talvez já esteja refletindo (e pensando!) sobre o perigo da inteligência, da literatura em geral, da palavra escrita e disseminada ao redor do mundo por muitos pensadores do presente e do passado. Talvez já saiba por que muitas obras literárias de diversos gêneros foram queimadas, destruídas e proibidas ao longo da história. É porque a leitura nos desperta, nos liberta, nos torna lúcidos, contestadores, revoltosos contra as mazelas instituídas! Porque nos mostra que a vida pode ser muito mais do que o cotidiano insípido, enfadonho, comum e corrente! Porque simplesmente é perigoso ler! Porque é perigoso pensar! Porque é perigoso saber! Porque é perigoso ser inteligente! Porque é perigoso mostrar seus talentos aos incompetentes que abundam por toda parte e cagam no caminho da minoria pensante! Porque é perigoso ser superior à grande massa que sustenta o Sistema que considera um perigo os indivíduos inteligentes! Ler e aprender com inteligência é uma das maiores dádivas que nos distingue dos animais irracionais! E ainda há pessoas que se negam a isso, que se reduzem a um estado muito próximo ao dos símios! Concluímos, portanto, que você pode estar em perigo se for inteligente o bastante e se estiver assimilando isto, porque talvez você precise fingir-se de imbecil em meio ao seu convívio diário para não ser uma "aberração" que deve ser eliminada. Você também pode estar em perigo consigo mesmo se for ignorante o bastante para temer a leitura de textos "subversivos", de senso crítico, instigadores, de auto-rebelião, que podem causar certa confusão em sua mente rudimentar e conflitos internos com suas crenças pasteurizadas sócio-religiosas. Os leitores que correm perigo de se desgarrarem do rebanho podem, de ovelhas acomodadas, se tornar lobos ameaçadores até para o bom pastor, libertando-se da passiva mediocridade mental e sócio-cultural. Podem sentir o poder, o prazer e a satisfação que a verdadeira luz da inteligência e da mente lúcida traz, sobre o fundo negro e necessário das Trevas que ressaltam esse brilho ofuscante da auto-consciência luciférica. Consciência que se recolhe sob os auspícios de Saturno e mergulha na fonte do conhecimento universal para a solidificação da 25

compreensão. Seres assim atingem o verdadeiro prazer mental, intelectual e emocional, o prazer pelo próprio conhecimento e pela sabedoria que se conquista e que os torna "ameaçadores" perante o rebanho. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

ANARCO-LUCIFERIANISMO Fr.'. Adriano Camargo Monteiro "Anarco-luciferianismo" chega a ser quase um pleonasmo. Anarquismo e luciferianismo estão relacionados, de certa forma, à Individualidade e ao individualismo, e não tem nenhuma ligação com o inflado egoísmo de muitos outros. Individualidade significa auto-consciência superior, a unidade espiritual, o Daemon, Luxfero. É o Eu Superior de cada indivíduo, que viaja através das Eras, assimilando experiências nos planos de existência e estimulando-o a evoluir, a buscar seu crescimento psicomental e espiritual. A Individualidade, em muitos casos, é latente, e em outros, quase completamente desligada da personalidade efêmera encarnada, o que é uma verdadeira lástima, pois essa é a condição das massas mais grosseiras, inconscientes e biomecanóides que se acotovelam em nosso planeta. A Individualidade em si mesma é anarquista, pois segue suas próprias leis evolutivas, independente da época, da civilização, da sociedade e dos costumes. O Eu Superior desperta no indivíduo e o impulsiona para o progresso, de certo modo solitário, individual, adiantando-o à frente do contexto sócio-religioso de sua época. Individualismo significa centralização do indivíduo em si próprio, uma introspecção e interiorização que serve como auto-preservação e meio de atingir o auto-conhecimento. Busca também preservar os interesses pessoais sem prejuízo gratuito aos outros. O anarcoindividualista evita causar problemas desnecessários, bem como não tem interesse em se envolver com os problemas alheios causados por pessoas ineptas, idiotas e medíocres. O anarco-individualismo e o luciferianismo ensinam que uma pessoa deveria, por livre vontade, reconhecer o próprio valor e a importância de ser o que é em seu íntimo, de maneira realista, sem os sintomas da mitomania. Além disso, o individualista trabalha por si mesmo, por seu aprimoramento e por sua evolução, porém compartilha seus valores, seus ideais, suas idéias, seus conhecimentos, etc., com todos aqueles que possuem uma real afinidade e os mesmos interesses (e não mera curiosidade). Logo, individualismo não é egoísmo. Egoísmo significa centralização de tudo e de todos somente para si. O egoísta tem ânsia por toda a atenção externa que pode obter, pelas pessoas e coisas que deseja de maneira obcecada. Apenas quer acumular, nem que seja em detrimento de outros. Nem mesmo com aqueles que tem afinidade, ele nada compartilha. O egoísmo é uma manifestação desequilibrada, prejudicial, medíocre e desprezível do individualismo sadio. O egoísmo não tem anda a ver com o luciferianismo nem com o anarquismo. Veja o exemplo de Prometeus (Lúcifer), o doador do fogo e da luz para a humanidade, de maneira fraterna, compartilhando as dádivas dos deuses. Assim, ser egoísta não é ser anarquista nem luciferianista. Porém, o individualista com sua Individualidade imortal é o verdadeiro anarquista em sua forma mais pura, primitiva, honesta e superior. Seus ideais relacionam-se no que diz respeito ao livre-arbítrio, ao autogoverno, à lei de si mesmo (autonomia, luciferonomia), à liberdade de expressão, de ir e vir, de fazer o que quiser, desde que seja com discernimento e conhecimento de causa e efeito e com respeito à liberdade alheia (também, desde que não interfira na sua), buscando sempre progredir, evoluir, adquirir consciência. O anarco-luciferianismo também é a favor dos direitos iguais entre homens e mulheres (pois ambos possuem sua Individualidade e seu individualismo), da ausência de nacionalidade e de patriotismo políticos, da ausência de vínculos partidários, a favor da propagação da cultura e do conhecimento aos realmente interessados e da libertação dos hábitos e costumes viciosos e nocivos disseminados pelas massas. Pelo que precede, o anarquismo não é mera política, mas um estado de ser. Portanto, anarquia pressupõe-se ausência de política e de politicagem, ausência de coerção (uma das piores 26

espécies de violação à liberdade individual). Conseqüentemente, o luciferianismo coloca-se fora dos movimentos e ações em que a coerção existe. Assim, o anarco-luciferiano busca não participar de movimentos ufanistas patrióticos (em "pátria" inferimos uma forma de patriarcalismo e coerção), de movimentos políticos (que violam o individualismo com seu egoísmo coletivo), de movimentos ecológicos institucionalizados (que são políticos), de guerras (provocadas por pessoas espiritualmente atrasadas para financiar indústrias armamentistas e usurpar territórios com a subjugação escravagista) e de qualquer coisa em que exista a coerção e a manipulação da liberdade individual. O autogoverno, tão temido pelos políticos, certamente oferece menos risco de barbárie se conduzido por indivíduos autoconscientes, sensíveis e evoluídos. Ao longo da história, podemos ver que os Estados, politicamente organizados e baseados na estrutura monoteísta e patriarcal "recomendada" pelo maior bestseller de politicagem conhecido como a Bíblia, cometeram as piores barbáries com sua tecnologia dominadora, violadora e destrutiva. De fato, a anarquia só existe em cada indivíduo autoconsciente, por si mesmo, e não como sociedade (des)organizada ou politizada, pois o anarquismo político é uma utopia que seria passível de degeneração como qualquer movimento ou vertente política. E a política de politicagem que sempre impera, restringe, reprime e oprime indivíduos livres, à moda do infame Deus egoísta dos monoteístas. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

SUBVERSÃO SOBRE SI Fr.'. Adriano Camargo Monteiro Uma subversão sadia superior sobre si deveria ser o mote de todo aquele que busca evoluir conscientemente. Não se trata de uma mera subversão dos governos que jamais deixarão de ser corruptos (a subversão seria inútil), pois o que se pode fazer é evitar, sempre que possível, a submissão em qualquer esfera da vida social, política e dogmática. Mas trata-se aqui de um trabalho de subversão da própria consciência, de mudar paradigmas impessoais, sair do comodismo de rebanho, sair da conivência diante dos próprios condicionamentos, contestar (falsos) valores sociais unânimes que lhes são impostos, enfim, libertar-se de grilhões sócioreligiosos que restringem o pensamento e a liberdade individual, estorvando o progresso e a evolução. Não é apenas, lutar por palavras vazias, por palavras bonitas, por jargões em voga, cujos significados ainda não foram plenamente assimilados pela maioria dos contestadores e batalhadores sociais. Subversão é algo de dentro para fora, de baixo para cima, uma insurreição que liberta interiormente o indivíduo, que proporciona paz interior, consciência e controle sobre si. É uma experiência, uma vivência pessoal e não apenas teoria estéril sem ação para progredir individualmente. Subverter é causar uma reviravolta no próprio ser, na própria mente, nos processos psicológicos, é elevar a consciência a um estado de clareza e percepção antes impossível devido aos condicionamentos impostos pela sociedade e pelas religiões (grandes rebanhos inconscientes) e que degradam o o ser humano como um todo. Subverter é transtornar a moral do escravo, do proletário consumista mecanóide, da família televiciada, do cristita lobotomizado, para se livrar de influências nocivas e insidiosas. Subverter é livrar-se da pesada opressão das massas e de sua egrégora de escravidão, sofrimento, miséria e degeneração que abarca todos os aspectos da vida humana. Subverter é causar uma verdadeira rebelião contra o antigo estado de ser, contra tudo aquilo que apriosiona o indivíduo, que limita sua mente, que engessa sua liberdade de expressão, contra dogmas espúrios, contra tabus inúteis, contra regras estúpidas que vêm e vão conforme o capricho de uns poucos. Subverter é sair da miséria interior para ascender aos níveis psicomentais e espirituais que podem libertar as pessoas inteligentes das mazelas da civilização mecanóide que conduz cada indivíduo que a compõe para uma verdadeira despersonalização, como facilmente podemos observar. Subverter é revolucionar a si mesmo para se tornar superior, mais consciente, mais inteligente, mais sensível e mais sábio.

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Para tanto, há ferramentas disponíveis para essa emancipação individual. As principais delas são a vontade e o amor próprio que conduzem ao auto-conhecimento e à percepção de si. Com essas ferramentas essenciais cada um buscar todo o conhecimento necessário para se preencher, para estimular sua inteligência, para afetar sua mente, para lhes conduzir em suas próprias conclusões e para subverter antigos padrões condicionadores e prejudiciais para a evolução individual. Podemos ver um exemplo disso no arquétipo de Lúcifer (ou Prometheus), tão mal compreendido, que pode ser considerado uma das maiores mentes subversivas superiores da literatura oculto-mitológica, mostrando que todos podem se libertar da escravidão patriarcal, do comodismo, da passividade, da opressão costumeira, da ignorância "normal". Além do amor próprio, o amor pelo saber e o prazer pelo conhecimento conduz à aquisição da ciência, da filosofia, da arte e da verdadeira religião (religar a si mesmo, ao próprio Logos imortal). Todo esse conhecimento que aos poucos se vai adquirindo forma uma amálgama na constituição psicomental que transforma, que muda os paradigmas e torna os indivíduos subversivos superiores em constante evolução, assimilando o que lhes serve e rejeitando o não presta para os seus propósitos, com vontade livre, sem coação e sem coerção. A conjunção internalizada dos quatro grandes pilares do conhecimento humano, ou seja, a ciência, a religião, a filosofia e a arte, em seus aspectos mais ocultos e subliminares, funciona como um todo harmônico no próprio ser. Esse conhecimento em sua forma usual, comum, "aceita" pela sociedade, porém dissociada, dificilmente pode subverter. Mas esse conhecimento formando um todo completo que interage em si mesmo, subverte os padrões "aceitos" e difundidos pelas podres mídias de massa manipuladas. Portanto, o cientista revolucionário, o filósofo ocultista, o pensador livre e o artista visionário são os que mais contribuem para a subversão das mentes inquietas e insatisfeitas, pois eles mesmos são inquietos e insatisfeitos como luciferianos revoltosos cheios de criatividade, idéias e ideais explodindo dentro de si. Assim, a subversão sadia superior modifica o estado atual individual, sempre para melhor, para a próprio crescimento interior, para a expansão da consciência e para o aproveitamento mais holístico da Individualidade, sempre com discernimento, vontade e prazer. Faz parte dos direitos naturais (a liberdade, a integridade físico-mental e a vida) de cada ser humano que pensa por si, que busca o conhecimento, o aprimoramento individual e que possui autodomínio, características que o diferenciam das ovelhas subservientes. Agora, você escolhe: subversão ou subserviência?

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TRÊS AMORES: AGAPE, PHILOS & EROS Fr.'. Adriano Camargo Monteiro O ser humano não precisa de amor, mas de amores. Precisa sim de três: Agape, Eros e Philos, para que seja um ser (quase) completo. Completo como um ente único manifestando três aspectos do amor humano e divino que se complementam e são transferidos para os objetos desses amores, interagindo com outros entes também únicos. Sem as influências estéreis da maioria dos filósofos acadêmicos, vamos abordar algo sobre esses três amores do ser humano, de maneira inteligível, sintética e prática para que possamos assimilá-los em nossa existência. Agape, Philos e Eros são fundamentais na vida de qualquer indivíduo e devem ser desenvolvidos por todo aquele que tem consciência desse fato. São também aspectos considerados muito importantes e trabalhados na Via Draconiana. Nessa Via, pouco explorada pela grande maioria, os três amores podem ser tipificados pelos arquétipos de Lucifer (Agape), Sophiae (Philos) e Venus (Eros), entre outras associações e correlações. O leitor verá, pelo que segue, o porquê dessas associações. Contudo, por hora, não abordaremos as extensas 28

implicações desse Caminho. O interessado pode se aprofundar nessa matéria, sem medos infundados, estudando as obras A Cabala Draconiana e A Revolução Luciferiana. Mas, vamos aos amores da humanidade, amores "doados" por Lúcifer e Vênus para que façamos bom proveito, com discernimento. As três formas de amor - Agape, Philos e Eros - manifestam-se em três níveis que interagem entre si: Agape é o amor em nível espiritual e universal (coração de Lúcifer); Philos, em nível psicomental (cabeça de Lúcifer); e Eros, em nível etérico-material e sexual (genitália de Lúcifer). É um sistema ternário que funciona no ser humano, sendo cada forma de amor em maior ou menor grau. No humano superior, mais evoluído, em seu estado lux-venusiano, iluminado pela consciência e pela sabedoria, os três amores estão em equilíbrio. "Agape" em grego significa "amor". Esse é o amor fraternal e espiritual entre camaradas, irmãos e irmãs, entre a família, entre casais e seus filhos (quando de fato existe o sentimento fraterno, e não uma mera convenção social de fachada). Agape é o amor afetivo isento de conotações sexuais, isento de segundas intenções, isento de malícia e de interesses pessoais. Sendo Agape o amor de afeição, é também amor de satisfação, pois uma fraternidade, quer seja entre irmãos de sangue ou não, quer seja entre esposo e esposa, quer seja entre um núcleo familiar, etc., esse amor satisfaz porque é compartilhado e tem resposta entre todos aqueles que se reúnem para formar uma fraternidade de homens, mulheres e crianças. A satisfação de Agape também se refere ao prazer por boas comidas e bebidas, por banquetes geralmente alegres e harmoniosos partilhados entre pessoas fraternas e espiritualizadas que se respeitam. Em antigos textos clássicos gregos como o poema épico A Odisséia, de Homero, Agape expressa essa satisfação, esse prazer de compartilhar refeições entre determinada fraternidade, determinado grupo, seja de homens, mulheres, crianças, etc. Ao longo da obra de Homero, Agape pode ser evidentemente percebido nas ações de seus personagens, especialmente entre Odisseus e seus companheiros, bem como entre Odisseus e sua esposa Penélope, entre Odisseus e seu filho Thelêmaco, entre Odisseus e seus empregados, o que é manifestado com notável respeito e admiração. Podemos ver também a satisfação entre esses atos fraternos associados às refeições em diversas circunstâncias descritas ao longo da obra homérica. Ainda na mitologia grega, Prometheus (uma forma de Lúcifer) é um dos principais exemplos da manifestação de Agape, vindo dos céus, do divino, com sua vontade e amor titânicos, para a humanidade na Terra. A propósito, as palavras gregas Thelema (vontade) e Agape (amor) têm ambas valor numérico 93 (9+3=12; 1+2=3, os três amores fundamentais, Agape, Philos e Eros). Assim, devido ao seu significado e importância, Agape também existe no interior de ordens maçônicas, ordens ocultistas, ordens esotéricas, ordens draconianas, etc. Philos (ou phileo, philia), em certo sentido, é também o amor fraternal, manifestado por lealdade, igualdade e mútuo benefício, um amor de dedicação ao objeto amado. Contudo, Philos vai além dessas definições, e a "dedicação" desse amor pode chegar a ser mental, que é um nível abaixo do espiritual e acima do emocional. É o caso do amor pela sabedoria (o objeto amado), ou seja, a filosofia. Esta pode ser um meio de engrandecimento mental, intelectual e cultural, de busca pela verdade das coisas, bem como todo um modo de vida que se adota e que se ama profunda e conscientemente. Philos como amor, dedicação e apreciação, manifesta-se como inquietudes interiores que impulsionam o ser humano à busca da sabedoria que irá torná-lo maior, mais nobre, mais digno de ser amado e mais capaz de amar conscientemente. Manifesta-se também como prazer mental, intelectual e cultural, como prazer e sede por conhecimento e cultura útil, estimulante e construtiva. O benefício mútuo que existe em Philos é o benefício que se tem quando se vai adquirindo sabedoria ao longo da vida, pois quando se ama a sabedoria (Sophia, a Deusa Mãe provedora de virtudes), ela própria nos devolve mais sabedoria em troca de dedicação e adoração. Nosso terceiro amor, Eros, expressa o amor sexual, sensual, carnal, de atração física com a consumação do prazer, e manifesta o instinto de união e reprodução. Sendo filho de Afrodite 29

(ou Vênus, a deusa da beleza, do amor, do sexo e dos prazeres, um aspecto de Sophia), Eros (Cupido) manifesta o amor em seu nível físico-etérico, no mundo material, com o estímulo dos cinco sentidos físicos e sua gratificação. Eros é o amor que evoca a beleza, o prazer pela beleza e a perigosa obsessão pelo objeto amado e pelo prazer que ele traz. Mas é também o amor essencial da Natureza, a força primitiva da procriação de tudo o que vive, o amor theriônico, bestial, de instinto sexual e de preservação da espécie. Eros deve unir-se com Agape para gerar a beleza do amor romântico e sensual, a princípio, que evolui para o amor de reciprocidade e de desejo mútuo um pelo outro, fluindo em trocas de energias polarizadas entre o homem e a mulher. Tal troca de energias ocorre por meio do sexo, em determinado nível, e por meio das afinidades mentais e espirituais quando desenvolvido em amor completo (Agape-Philos-Eros). Entretanto, Eros representa o amor mais perigoso dos três, pois traz prazer, e (muita) dor se não for devidamente administrado, assimilado e combinado com Agape e também com Philos. Mas devemos sim buscar o prazer, com o discernimento de epicuristas espiritualizados, pois é um direito da raça humana, um bem de todos aqueles que o merecem. Devemos buscar os prazeres sadios que nos enriquecem, que nos confortam, e que não degradam o espírito, a mente e o corpo, de maneira que nosso esforço para obtê-los não seja maior do que o seu desfrute. A obsessão e o vício doentios não são um prazer, mas dor que leva à própria destruição do ser como um todo, o que não contribui em nada para a evolução. Lúcifer não é debilidade, não é submissão aos vícios, não é escravidão, não é decadência, não é degradação. Quando combinado com Agape e Philos, o prazer erótico luciferiano é essencial para a saúde do corpo e para a saúde do amor romântico (sem vulgarização), entre o homem (Lúcifer) e a mulher (Vênus). Nesse caso, para nascer uma união ideal ou (quase) perfeita, é preciso de: -Eros (atração física e desejo); -Philos (afinidade mental e cultural); -Agape (afinidade de ideais espirituais e de grau evolutivo). Assim, se forma a unidade ternária do amor criativo e criador, a inspiração e o estímulo para a Senda da evolução. Para concluir, fazendo uma outra analogia, no ser humano temos a cabeça (Philos), o coração (Agape) e os genitais (Eros) unidos em um sistema cérebro-cardio-genital que deve funcionar em harmonia. O ser humano deveria se esforçar para unir em si esses três amores para que haja satisfação sadia em suas inter-relações, cada qual no lugar certo e na medida certa, evitando a degeneração em seus vícios opostos (paixonite grosseira, obsessão egoísta e depravação sexual). Tal corrupção dos três amores pode causar uma "perda da alma" e seu conseqüente sofrimento, como podemos facilmente observar ao redor do mundo com sua lastimável "civilização". Amar nessas três formas não é sofrer mas sim atingir a paz ataráxica, quer dizer, a paz interior impertubável do espírito auto-consciente, do espírito sábio, desfrutando o prazer sadio e natural da alma, da mente e do corpo, traqüilamente.

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ELOGIO ÀS LOGIAS Fr.'. Adriano Camargo Monteiro O que seria de todo o conhecimento humano sem as inúmeras logias? E por que não dizer, também, sem os inúmeros ismos? Parece lógico que as logias constituem a maior parte dos discursos e estudos científicos, religiosos, filosóficos e artísticos de modo geral, pois dentro de cada um desses quatro grandes pilares do conhecimento há muitos ramos de estudo e pesquisa, ou seja, muitas logias (e ismos). Sem logias não há estudo, não há conhecimento que se possa definir, referir, especificar e desenvolver. De uma logia muito desenvolvida surgem novas logias que, 30

separadamente, originam outras logias, em miríades que continuam a crescer e se desenvolver. E assim sucessivamente, multiplicando o conhecimento humano. As logias podem ser também o estudo do próprio estudo, ou o discurso do estudo, ou ainda o estudo do discurso, ou o estudo do conhecimento e de sua aquisição, que surgem dos processos do pensamento e dão origem às ciências, às religiões, às artes, aos sistemas de pensamento, aos modos de vida. Nesse emaranhado de logias que pululam com o desenvolvimento humano, encontram-se os ismos, que também pululam num caos organizado de sistemas, métodos e estudos que interagem entre si, porém mantendo algo de suas próprias características. Os ismos são os diversos sistemas de pensamento, doutrinas, modos de pensar, modos de viver, etc. Fazem parte do progresso humano e do desenvolvimento pessoal, sendo até mesmo inevitável, pois sempre, é lógico, o indivíduo adotará algum ismo em sua vida, mesmo que não tenha plena consciência disso. "Adotará" até mesmo alguma doença, pois muitos dos ismos também indicam certos distúrbios psíquicos e físicos patológicos com variados graus de danos. E, a propósito, não será o monoteísmo em todas as suas formas, como sempre o conhecemos, uma verdadeira doença perigosa, nociva, ilógica, que destrói corpos, mentes, almas e bolsos?! Portanto, saudações aos homens e mulheres que contribuem para a expansão do conhecimento, da sabedoria, da inteligência e da ignorância por meio de uma infinidade de ismos e logias! Logicamente! ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

"DIABOLUS" EM ARTE Fr.'. Adriano Camargo Monteiro No passado, muitos filósofos, livres pensadores, artistas e cientistas sofreram perseguições, foram presos e executados terrivelmente por causa de suas idéias e opiniões, de sua criatividade e de suas invenções e descobertas, e muitas obras foram consideradas diabólicas, proibidas e queimadas em praças públicas. A busca dos indivíduos pelo conhecimento e pela aquisição de cultura sempre foi considerada uma coisa indesejável, "perigosa" e desprezada pela cristandade cujo objetivo sempre foi o estabelecimento de um total obscurantismo. Entretanto, o exercício do livre-pensar, a criação visionária, a busca pelo autoconhecimento e pelo auto-aperfeiçoamento fazem parte da vida de todo aquele que é livre psicomentalmente, auto-indulgente e de vontade forte e criadora. Tal indivíduo procura, assim, abranger em sua cultura superior as Ciências Arcanas, além da Filosofia e das Artes em seus aspectos práticos e criativos para a experiência da consciência. Todo o conhecimento adquirido pelo indivíduo deve ser realmente internalizado e compreendido, pois a sabedoria nada mais é do que conhecimento com compreensão verdadeira. Nisto reside o néctar ou o veneno de todo e qualquer conhecimento adquirido, proporcionando clareza mental, discernimento intelectual e consciência iluminada (Luxfero), ou dispersão e confusão do conhecimento não compreendido, acarretando a desagregação psicomental que distorce a realidade, o entendimento e pode causar algum grau de insanidade ou mania. Mas é preferível arcar com os resultados do conhecimento do que com as conseqüências da ignorância. Sendo assim, deveria ser relativamente ampla e abrangente, dentro do possível, a cultura pessoal de cada indivíduo autoconsciente. Mas não é exatamente o que acontece. Há ainda muitas pessoas com matéria mental relativamente rudimentar, mesmo nos dias de hoje, mesmo com tecnologia e informação acessíveis. Além disso, há também aqueles que possuem uma inteligência mediana extremamente específica, condicionada, útil apenas para a atividade profissional estritamente mundana, um tipo bastante comum e abundante que podemos chamar de "inteligência de ofício". Mas vamos abordar aqui um dos ramos do conhecimento que vai além do comum e corrente, que vai além da mera e corriqueira inteligência de ofício, a saber: a Arte, uma das coisas perseguidas pela cristandade. A Arte pode ser entendida como a manifestação das idéias intuitivas, o vislumbre material e concretizado das visões interiores, das imagens mentais criadas pela vontade criadora. Mas a Arte expressa a criatividade somente se houver 31

verdadeira vontade e ousadia, livre das limitações oriundas de repressões sócio-religiosas. Teoricamente, a Arte engloba um conjunto de conhecimentos, capacidades e talentos para concretizar idéias e visões e realizar sentimentos de maneira estética por meio de imagens, música e literatura. A verdadeira Arte realizada através do conhecimento, da técnica e da vontade (thelema) está muito além da pseudo-arte intelectualóide moderninha, grosseira, anti-estética, sem criatividade e de mau gosto que "artistas" muito estereotipados produzem sem nenhuma inspiração autêntica. Nem é também a propagada arte popularesca, que empobrece os ambientes, com suas reproduções toscas do cotidiano banal e medíocre, sem imaginação e sem técnica apurada. Ao contrário, as artes clássicas e neoclássicas, a arte visionária, o surrealismo e o realismo fantástico são exemplos de formas de arte visual superior e estimulante. Assim, a Arte que se preze é criada e realizada ad libitum, ou seja, à vontade, ao bel-prazer, porém com discernimento e conhecimento. Criar é fazer-se deus (ou demônio) em escala individual; é ser um Artíficie de si próprio, de sua própria mente, livre, evoluindo pelos próprios méritos, fazendo realmente a diferença. Porque a igualdade não existe, sendo impossível nivelar tudo e todos (geralmente por baixo, que é média das massas). A idéia igualitária é perniciosa até mesmo para as Artes e é, de fato, um dos maiores absurdos da cultura ocidental moderna. Como considerar de igual valor o lixo cultural descartável e a verdadeira Arte inspirada, estética e técnica? Como nivelar igualitariamente o valor de uma tela borrada de um culturete presunçoso e uma pintura renascentista ou uma obra surrealista de um artista perito e criativo? Como nivelar igualitariamente o valor de um ruído desagradável, repetitivo e de mau gosto e um trabalho primoroso de progressive rock/metal ou de uma obra orquestral? Como nivelar igualitariamente o valor de um amontoado de sucata ou lixo e uma escultura de bom gosto e esteticamente bela? É inegável a superioridade de muitas obras, em diversos ramos das Artes, em relação ao lixo populacho de mau gosto que abunda nas mídias e nos lares de pessoas psicomentalmente inferiores. No cinema, os filmes épicos, de fantasia, aventura, ficção científica e horror "subversivo" vão além do corriqueiro, do cotidiano, do banal, do vulgar. Tais filmes, em geral baseados em literatura clássica, em literatura de realismo fantástico e em literatura científica, transmitem algo a se aprender e ganham a atenção somente de indivíduos de mente relativamente expandida, que possuem vívida imaginação e inquietudes, que possuem vontade de conhecer aquilo que não é convencional, que não está na programação sensacionalista da TV, aquilo que transcende o mundinho prosaico enfastioso da sociedade de rebanho. Aqueles indivíduos limitados, que não têm imaginação, sensiblidade, visão, inquietudes e considerável cultura, geralmente preferem aqueles filmes idealmente toscos, inferiores, que refletem lamentavelmente o já tão saturado, banalizado e entediante cotidiano urbano, vulgar, de baixo nível e de baixo calão que prestam apenas para "deseducar" as massas já incultas e medíocres. Portanto, se for para ver toda essa coisa chula e limitante que somente ensina porcarias, então não vá ao cinema! Na TV, nas mídias, nos noticiários sensacionalistas inúteis e enjoativos, nas ruas e no próprio cotidiano você pode ter todo esse lixo pseudo-cultural! É preciso entender que em todos os ramos das Artes há aquilo que podemos chamar de seletividade e apreciação consciente, uma atração interior por aquilo que é inegavelmente superior (em vários aspectos), verdadeiramente criativo e artisticamente primoroso. A Arte que poderíamos considerar superior em geral sofre uma influência clássica e pitagórica, em sua raiz, principalmente com relação à música. A doutrina pitagórica era, por sua vez, baseada nos Mistérios Órficos, de caráter filosófico e artístico, matemático e geométrico. Ao pitagorismo também é atribuída a invenção da escala diatônica básica de sete notas (a conhecida escala que vai de dó a si, fora os semitons acidentais), correspondentes aos sete planetas considerados pela Antigüidade (Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno). Pelo que precede, seria tolice categorizar qualquer tipo de manifestação sonora ou qualquer ruído de música, pois uma autêntica composição musical somente pode ser considerada como tal se houver, no mínimo, três elementos fundamentais: harmonia, melodia e ritmo. Mas uma estrutura musical notável possui outros elementos como dinâmica, intensidade, timbres instrumentais, arranjos criativos, etc. Assim, a música (lamentalvelmente mal compreendida) 32

está muito além dos modismos descartáveis que são veiculados pelas mídias de massa, pela (M)TV, pelas rádios populares, etc. No contexto aqui apresentado, mal compreendidos também são certos gêneros musicais como a música clássica/orquestral, de certo modo, e o heavy metal. Apesar de algum preconceito ainda existente, o rock e o heavy metal autênticos parecem perdurar sem as máculas dos modismos efêmeros, justamente por serem considerados gêneros musicais revolucionários, subversivos, catárticos e estimulantes mentais. Logicamente, o heavy metal sempre foi considerado como coisa do Diabo, entre muitas outras, já que se opõe aos sistemas sócioreligiosos institucionalizados e aos clichês pseudo-moralistas forjados para escravizar as mentes fracas. Mas, as pessoas inteligentes (e interessadas) são capazes de observar que o heavy metal atingiu um nível musical primoroso devido ao virtuosismo de muitos músicos talentosos, inspirados e criativos. Além disso, também aborda temas que, em geral, fogem das banalidades cotidianas, da rotina fútil da vida, temas que abragem História, Filosofia, Mitologia, Literatura, etc. Muitos músicos de heavy metal têm formação acadêmica e, especialmente, são aficionados por pesquisas, estudos, livros, artes, etc., fato que já foi demonstrado por pesquisas realizadas com milhares de estudantes e acadêmicos formados ao redor do mundo. Tais pesquisas têm demonstrado que os apreciadores de heavy metal estão entre os indivíduos mais cultos, inteligentes, criativos e de bom gosto (o que é uma heresia diabólica para muitos!). São indivíduos dotados de intensa atividade mental, gostam de estudar e pesquisar, gostam de colecionar coisas que julgam ser interessantes, etc. Contudo, não é o heavy metal nem a música clássica que tornam as pessoas inteligentes, mas sim o contrário. Um detalhe pertinente é o suposto símbolo do heavy metal, aquele gesto feito com a mão e que parece formar uma cabeça chifruda (nas tradições ocultas, os chifres simbolizam o poder e a inteligência). Tal sinal também aparece nos fragmentos de uma controversa obra chamada Necronomicon como sendo o signo de um ser chamado Voor, um dos Antigos. Na Antigüidade, em diversos povos do mundo, os chifres sempre foram uma representação da mente, da inteligência, da vitalidade, da força, da liberdade e da própria vida, entre outras coisas. Tecnicamente, o heavy metal evoluiu muito num período aproximado de uns trinta anos, porém mantendo sua essência e estilo, e várias bandas atualmente chegam a ser compostas por músicos altamente capacitados. Isto pode ser constatado quando se percebe uma técnica apurada, o uso de escalas "exóticas" (modos gregos, orientais, microtonais, etc.), de harmonias dissonantes, polirritmia, ritmo sincopado, modulações de tonalidades e variações de dinâmica, intensidade, andamento e timbres. Mas, lamentavelmente, muitos indivíduos são praticamente surdos para um mínimo de complexidade e sutileza musical e preferem engolir pelos ouvidos o modismo "alternativo" e tosco das TVs e das rádios populares, fazendo pose de gente muito cool. Podemos citar aqui alguns subgêneros mais importantes e mais elaborados do heavy/rock atualmente: progressive metal, progressive rock, power metal, algumas bandas de gothic/symphonic metal, com seus principais e melhores representantes, e suas influências mútuas. De certo modo, muitos músicos de heavy metal também apreciam as obras de compositores de trilhas orquestrais e buscam acrescentar esses elementos "clássicos" em suas composições metálicas. Afinal, a música orquestral conhecida como film score ("partitura de filme"), ou seja, trilha sonora de filmes, tem sido associada ao heavy metal por questões de afinidades culturais. O símbolo primordial e concreto e essência do heavy metal é a guitarra elétrica, que pode criar um som poderoso e estimulante como instrumento solo e quando aliada aos outros instrumentos. A guitarra elétrica é um instrumento de sonoridade que expressa futurismo, revolução musical (e cultural) e rebeldia psicomental; é um símbolo da psique, da alma, da individualidade, do êxtase e da arte. Seu timbre pode ser variável e expressar as mais variadas nuanças e feelings. Sua origem primitiva remete-se à Antiga Grécia (o berço clássico da cultura ocidental) e à literatura grega que fala sobre Apolo e Orfeu. Esses poetas e músicos supostamente utilizavam um instrumento de cordas dedilhadas chamado kithara (uma lira de sete cordas), tocado com palheta (plectrum), ou seja, o protótipo clássico da guitarra. A guitarra elétrica atual é um instrumento moderno que se desenvolveu também ao longo da vida do próprio rock e tem impressionado até mesmo os "cidadãos comportados" e adultos mais 33

rançosos. Sua técnica também evoluiu e hoje existem muitos guitarristas que dominam o instrumento de maneira sobre-humana, do mesmo modo que muitos violinistas e outros instrumentistas. O guitarrista perito e inspirado faz repercutir os estados emocionais naqueles que se afinam de maneira sensível com as vibrações de sua guitarra, com seus inúmeros acordes e escalas. Existe também uma combinação dissonante de notas chamada trítono, conhecida como diabolus in musica (intervalos de quarta aumentada, por exemplo, dó com fá sustenido), proibida, no passado, pela Igreja e considerada, logicamente, coisa do Diabo. Isto porque o trítono "subverte" o sistema tonal diatônico tradicional de sete notas naturais (sem as dissonâncias dos sustenidos e dos bemóis), causando sensações de tensão, movimentação, inquietação, angústia, melancolia, medo, etc. Mas, já faz alguns séculos, muitos músicos utilizam o trítono em suas composições que, sabiamente colocado e combinado com a escala diatônica, enriquece a música e pode provocar certas sensações e emoções "esquisitas". Afinal, sempre existiu uma filosofia complexa e profunda sobre a música como um todo, desde os conceitos pitagóricos até a musicologia moderna e o desenvolvimento do virtuosismo e da complexidade instrumental teórico-composicional. O bom apreciador de música é também um bom ouvinte. Escutar música requer uma significativa atenção, como ler um livro, pois somente assim percebe-se todas as nuanças sonoras, todas as sutis variações, toda a expressividade. Isto é o que se chama de apreciação musical, e não mera escuta displicente, mecânica e inconsciente. A escuta da apreciação musical é uma habilidade, às vezes nata, às vezes desenvolvida, da consciência, do senso crítico, e realizada com disciplina e sensibilidade psicomental. Ao se adotar um estilo musical (que se preze) conscientemente e saber usufrui-lo, deve-se questionar qual o sentido e o significado dessa música, buscando a experiência auditiva, a experiência musical internalizada e o prazer psicomental. Assim, as Artes, em geral, são criadas pela vontade e com beleza, expressando idéias, ideais, sentimentos e sensações de uma vida filosoficamente epicurista. De fato, os artistas e filósofos livres e buscadores são, de certa maneira, autênticos epicuristas, pois consideram importante e essencial a busca pela beleza filosofal, pelo prazer intelectual, pelo prazer do estudo, pelo prazer da cultura elevada, pelo prazer da boa comida, etc. (mas livre de questões políticas enfastiosas, pois faz mal para o estômago). Porque o prazer, assim como a saúde, é o estado natural do ser humano, desde que não haja prejuízo para si e para os outros. Contudo, isto somente funciona para indivíduos conscientes, autosubversivos e relativamente evoluídos, muitas vezes considerados como seguidores de algum Diabo pelos cristitas e fundamentalistas.

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A CABALA DRACONIANA (2008) Madras Editora ISBN: 978-85-370-0258-2 208 páginas (ilustrado) "A Cabala Draconiana" busca proporcionar uma visão clara da Cabala estudada e praticada no Ocidente, abordando também as forças qliphóticas, ou tenebrosas, do universo cabalístico. É um trabalho que pretende abranger diversos assuntos correlatos e os aspectos sombrios da existência que raramente são considerados na literatura cabalística em geral. O estudo das Qliphoth hoth é um assunto muito obscuro dentro da própria Cabala e muito pouco abordado pela maioria dos ocultistas e estudiosos. A Cabala Draconiana (Cabala Hermética e Setiana) abrange o estudo da Luz e das Trevas em diversos contextos e tem o dragão como um arquétipo quétipo muito considerado. Aqui o leitor verá o Caminho da Mão Esquerda (Espiritualidade das Sombras), isento da conotação pejorativa e muito difundida de "magia negra" ou "magia diabólica", no qual o deus oculto individual, o sexo e a mulher são importantes. importantes. Mas verá também o Caminho da Mão Direita (Espiritualidade da Luz), porque assim é o universo e o homem com as forças opostas necessárias à manifestação. O leitor, iniciante ou iniciado no assunto, obterá orientações e procedimentos relativamente eficazes efica para o desenvolvimento consciente, gradual e contínuo do caráter e da alma, e novos insights para seus estudos. Aqui, o autor também explica a Cabala pelo mundo em que vivemos, bem como nosso mundo pela Cabala, de maneira inteligível, sintética e sem muitos mistérios. Sendo assim, esta obra pode ser vista como um manifesto cabalista que demonstra a atual situação do mundo sob as influências das Esferas cabalísticas, benéficas e maléficas. Neste livro, o leitor verá: Cabala Draconiana, Alquimia, Hermetismo Herm e Setianismo; -Cabala -Cabala Draconiana nos contos-de-fadas fadas e o arquétipo de Lilith; -Cabala Cabala Draconiana e as ciências, as artes e as religiões; -Cabala Cabala Draconiana e a mitologia universal; -as as diferenças entre Cabala Draconiana e Cabala Judaica; -Arquétiposs arbóreos e arquétipos draconianos; -Dracologia esotérica e Cabala; Otz Daath, a Árvore do Conhecimento (do Bem e do Mal); -Otz -as Sephiroth e suas Qliphoth; os Caminhos de Thoth e os Túneis de Set; -os -Choronzon, Set e Leviathan; -Daath, Caos e Sírius B; -os Arcanjos e os Arquidemônios da Cabala e seu significado, razão e finalidade no esquema do universo e do mundo. símbolos e instrumentos mágicos das Esferas Cabalísticas; etc. -símbolos Este livro dá continuidade em sua série de obras que visam ao desenvolvimento psicomental psicomental e espiritual e à educação da vontade.

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A REVOLUÇÃO LUCIFERIANA (2007) Madras Editora ISBN: 978-85-370-0186-8 144 páginas "A Revolução Luciferiana" busca estabelecer as bases de uma doutrina digna e elevada, livre de tabus, medos e ignorância, oferecendo um conhecimento que busca a liberdade, a espiritualidade, a experiência e o prazer, e que se estende em muitas áreas da vida. Este trabalho visa suprir a necessidade e urgência de uma obra elucidaditiva e prática sobre a questão luciferiana e propor uma revolução para uma vida com mais compreensão, tranqüilidade, alegria, sabedoria, prazer e respeito consigo mesmo, com a natureza e com o universo. A obra também mostra as diferenças entre Lúcifer, Satã e o Diabo, tentando desfazer a grande e inútil confusão criada em torno desses nomes, e pretende dissipar a ignorância com relação ao nome de Lúcifer principalmente, instalada ao longo de séculos por aqueles que querem acreditar na farsa do Diabo dogmático, mostrando que Lúcifer é pré-cristão e sua expressão se encontra, sob diversas formas, em muitos povos e culturas do mundo anterior ao cristianismo. Nos capítulos que se seguem, o leitor, livre de preconceitos religiosos ou científicos, encontrará teoria e prática para o seu desenvolvimento e elevação, estimulando-o a pensar por si próprio e a questionar e refletir sobre seu estado atual e sobre a condição do mundo. Nesta obra, o leitor verá: -Diversos conceitos e idéias sobre Lúcifer e a mitologia universal; -As diferenças entre Lúcifer, Satã e Diabo, e o conceito filosófico de Satã e Saturno; -Os pecados de Deus, no monoteísmo literal; -O verdadeiro mal na Terra e a inocência ou isenção de Lúcifer; -A Esfera de Vênus e os Elohim luciferianos; -Vênus, Quetzalcoatl, Lúcifer e o ciclo sinódico planetário; -A revolução sideral de Vênus e a raça luciferiana; -O Logos pagão e os instrutores draconianos; -Lúcifer e o arquétipo do herói; -A doutrina luciferiana e a Renascença; -A doutrina luciferiana e o desenvolvimento da criança e do indivíduo social; -Lúcifer-Vênus nas relações humanas e na constituição psico-fisiológica; -Amor luciferiano, sexo, o casamento perfeito e a teia kármica; -Lúcifer-Vênus e o dragão alquímico; -O selo de Lúcifer-Vênus e seus significados; -Instruções ritualísticas detalhadas; etc. O leitor também conhecerá os seguintes rituais para sua prática individual ou em grupo: -O Ritual do Éden; 36

-O Ritual Gnóstico de Lúcifer; -O Ritual Equilátero do Dragão; -O Ritual de Quetzalcoatl. Aqui, o leitor compreenderá o lema luciferiano: "Livre-arbítrio com consciência e vontade com discernimento.". E sempre lembrará de que é preferível arcar com os resultados do conhecimento do que com as conseqüências da ignorância.

SISTEMAGIA (2006) Madras Editora ISBN: 85-370-0098-1 256 páginas "Sistemagia" reúne uma grande quantidade de informações essenciais de correspondências e analogias, e tem por objetivo auxiliar o estudante em seu Caminho, sendo este um trabalho de consulta permanente para a sua Educação Mágica. Fornece informações suficientes para que o indivíduo possa fazer seus próprios rituais para diversos fins, elaborar talismãs, fazer projeções astrais, meditações, organizar sua rotina de estudo e trabalho e ampliar sua cultura esotérica de correspondências e analogias. É um instrumento para a realização de magia cerimonial, celebrações, banimentos, reflexões filosóficas, inspiração artística e poética, etc. "Sistemagia" baseia-se na lei das analogias e sua estrutura e organização é conforme os sistemas setenário e quaternário (magia planetária e magia elemental) com suas correspondências mais significativas na Ciência, Religião, Filosofia e Arte, os quatro grandes pilares do conhecimento humano. Inclui também os arquétipos mitológicos de vários panteões do mundo (deuses, deusas, semideuses, bestas, anjos e demônios). Cada Planeta do sistema setenário aqui abordado abrange as correspondências cabalísticas, arquetípicas, tarológicas, geomânticas, astrológicas, alquímicas, herméticas, runosóficas, teológicas, filosóficas, numerológicas, simbológicas, psicológicas, cromáticas, mântricas, sonoras, elementais, físico-químicas, biológicas, ecológicas, geológicas, geométricas, artísticas, musicológicas, literárias, etc. O planeta Terra, sendo a Esfera dos Elementos, é abordado no sistema quaternário, que é o estudo dos quatro Elementos - Ar, Fogo, Água e Terra - e também suas relações com o sistema setenário. Essas correspondências elementais também abrangem um grande número de informações e símbolos gráficos. Nesta obra, o leitor verá: -O Sistema Setenário (Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno); -O Sistema Quaternário (Ar, Fogo, Água, Terra); -A Esfera dos Elementos; -Equinócios, Solstícios e Fases da Lua; -Os cálculos das Horas Planetárias; -Banimentos (O Ritual do Dracontia); 37

-Precauções contra o vampirismo psíquico; etc. Os elementos mais importantes de toda a obra são interpretados e descritos da maneira mais inteligível possível para que se obtenha uma fácil compreensão e assimilação das idéias e dos conceitos normalmente complexos das Ciências Ocultas e da Magia. Obra indicada para iniciantes e iniciados, "Sistemagia" harmoniza os sistemas setenário e quaternário, além de mostrar a importância da cultura geral tradicional dentro do contexto do Ocultismo, do Esoterismo e da Espiritualidade. Proporciona também uma expansão da cultura ocultista de correspondências e analogias, pois o estudioso deve aprender a pensar e imaginar por analogias. Aqui, o autor disponibilza conhecimentos teóricos e práticos metafísicos e ritualísticos para todo aquele que seja capaz de ver, assimilar e aplicar com discernimento, tais conhecimentos até então por demais ocultos e "disfarçados". A obra, como um todo, apresenta um sistema organizado inédito e provavelmente inovador no Brasil e talvez no mundo.

http://br.geocities.com/adrianocmonteiro/index.htm http://br.geocities.com/viadraconiana/

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