Vencendo a Timidez

April 13, 2019 | Author: ellypr | Category: Shyness, Memory, Mind, Emotions, Autoajuda
Share Embed Donate


Short Description

Download Vencendo a Timidez...

Description

Prefácio.

É comum a pessoa ficar envergonhada, inibida, temerosa ou sem jeito em

muitas situações da vida. Há quem tema em falar em público, com o seu chefe, com uma pessoa importante ou se impede de fazer muitas coisas que gosta por sentir-se ridículo, diminuído ou incapaz. Em muitos casos, o medo de se relacionar com figuras de autoridade (professor, chefe, juiz, etc.) está

relacionado profundamente com a forma que você reagia no relacionamento com seus pais. Se o seu pai era muito autoritário, exigente, severo, crítico, desvalorizante e você reagia com muito medo e inibição, a tendência é transferir essa forma de relacionamento subserviente com as pessoas que ocupam cargos de autoridade ou que tenham um perfil de personalidade semelhante ao do seu pai. Freud, o pai da psicanálise chamava este tipo de relacionamento com essas pessoas, de „relação transferencial‟. Desta forma, se você - quando criança - tinha muito medo de fazer uma pergunta ao seu pai, é provável que vá transferir esse mesmo temor na fase adulta ao fazer uma pergunta ao seu chefe ou ao seu professor. Em verdade, sua dificuldade em fazer uma simples pergunta é um mecanismo de defesa contra a atitude autoritária de seu pai. Portanto, em muitos casos a timidez é o resultado de uma educação rígida, severa e desvalorizante por parte dos pais que contribuem para a formação da auto-imagem negativa da criança.  Auto-imagem é o que penso e sinto ao meu respeito. Um exemplo: Eu não sou capaz, não consigo fazer nada certo na minha vida. Em verdade, tudo o que você pensa e sente a seu respeito é resultado daquilo que seus pais costumavam lhe dizer. Como a criança dá um poder muito grande aos seus pais, ela tende a seguir automaticamente aquilo que eles falam a seu respeito. Neste sentido, é muito importante os pais tomarem cuidado ao formar a autoimagem da criança. Segundo os especialistas, a auto-imagem da criança se forma no período entre os 2 e 6 anos de idade. É comum muitos pais rotularem a criança de burra, incapaz, estúpida ou dizerem: Você nunca vai ser nada na vida, seu imprestável! Desta forma, indiretamente está dizendo à criança: Não tenha êxito nem sucesso na vida; não seja uma pessoa bem sucedida! Então, o tímido ainda hoje acredita naquilo que os seus pais e/ou outras pessoas falaram a seu respeito. Se ele se der a chance de se ver realmente como é, vai ter uma grande surpresa.

 Ajude seus filhos a vencer a timidez. Muitos dos adultos que se consideram tímidos sabem que essa timidez os acompanhou desde a infância. Se os pais não ajudarem os filhos, a herança da timidez pode durar para toda a vida. As crianças tímidas muitas vezes têm notas baixas e são pouco participativas nas atividades extracurriculares e no normal dar e receber que acompanha o crescimento. Os seus anos de adolescência podem transformar-se num período de isolamento social. Muitas das pessoas tímidas ficam por casar ou casam-se tarde; outras se casam demasiado depressa. É frequente as pessoas tímidas ganharem menos que as outras e terem empregos de menor responsabilidade. Mesmo as que têm aptidões podem ver as suas carreiras prejudicadas devido a dificuldades em relacionarem-se com os outros. E alguns tímidos podem desenvolver uma dependência em relação ao álcool ou às drogas como forma de defesa.

 Alguns tímidos são tão introvertidos que podem precisar de aconselhamento profissional. Mas, para a maior parte, o apoio de pais interessados pode ajudálos a ultrapassar esse período de perturbação. Eis o que se recomenda: Escute e olhe.  Ao visitar uma aula do ensino primário, fui informado de que provavelmente só havia uma ou duas crianças tímidas naquela sala. Mas o psicólogo identificou muitas mais. Os estudos sugerem que duas em cada cinco crianças são tímidas. O grau varia com a idade. A minha investigação indicou que, no ensino preparatório, metade dos rapazes e 60% das raparigas são tímidos. Muitas vezes, os pais ou os professores não têm consciência disso. Esses garotos disfarçam a sua timidez não participando nas discussões da turma, mantendo-se fora das com petições nos campos de jogos e só rindo quando os outros riem. As pessoas tímidas querem passar despercebido o mais possível.  Às vezes, a criança tímida pode aparentar ser o oposto do que é. Um número surpreendente de malcomportadas nas aulas - e muitos adultos refilões e agressivos - são de fato tímidos. Um dos meninos de um  jardim de infância tagarelava o tempo quase todo. Quando não estava a falar, dava pontapés e murros nos companheiros. Só quando chegou à adolescência é que os pais perceberam que era tímido e que a agressividade era apenas um disfarce. Não o rotule. Comentar «O meu filho é tímido» ou «É o tímido da família» pode ter um efeito contraproducente. As pessoas conhecidas podem passar a tratar a criança de uma forma diferente e reforçar o medo que ela sente de ter um problema qualquer. Há um relato de uma jovem que lembra-se de sua mãe lhe dizer, quando tinha sete anos, que era demasiado rechonchuda para usar certas roupas. Embora agora, como mulher, esteja muito mais magra, ainda sente timidez em relação à aparência. Seja compreensivo e não critique.  A criança tímida é criticada a todo o momento - se não por alguém, pelo menos por si própria. As pessoas tímidas são os seus críticos mais severos. Acima de tudo, encoraje-os. Dê-lhe oportunidades.  Às vezes, uma das crianças da família é expansiva, dominando as conversas e atividades familiares, enquanto outra é tímida e retraída.

Elogie a criança. Os meninos tímidos podem ter uma imagem negativa de si mesmos e precisarem de ajuda especial para enfrentar as rejeições. Valorize os pontos fortes do seu filho ou filha. Peça ajuda. Muitas vezes, é na escola que a timidez se revela primeiro, e ela é também um lugar importante para corrigi-la. Contudo, os professores podem estar demasiado ocupados com os garotos que se portam mal para se interessarem

pela criança que não dá nas vistas. Peça ao professor que ajude a fazer o seu filho a sair da concha. Não convém chamar a atenção da turma para a timidez da criança. Peça ao professor que a incentive a participar nas discussões. Informe o professor dos temas preferidos da criança, acerca dos quais ele a poderá interrogar. Peça-lhe que dê particular atenção aos trabalhos escritos, em que a timidez não é um estorvo.  Aproveite o brincar em casa. Convide os companheiros de brincadeira dele a virem na sua casa, em vez de sugerir ao seu filho: « Vai brincar na casa do” João” . » Peça à criança que responda ao telefone e tome nota dos recados, o que lhe dará prática de lidar com as pessoas, sem ter de enfrentá-las cara a cara. Escolha para o seu filho companheiros de brincadeira mais novos. A criança tímida mais velha torna-se naturalmente aquela que as outras esperam que dirija as atividades. Faça a criança representar e ensaiar. O lamento do adolescente tímido é: « Nunca sei o que hei de dizer! » Ajude o seu filho a « quebrar o gelo » ensaiando aquilo que deve dizer em diferentes situações sociais. Escreva sugestões de “deixas” de abertura, componha inclusive um esboço que ele possa seguir. Insista com ele ou com ela para que ensaie diante de um espelho ou que se treine a olhar para a outra pessoa, olhos nos olhos. Inscreva-os em atividades. Clubes e organizações adaptados aos seus interesses podem ajudar as crianças a perder a timidez, estabelecendo uma ligação em que todos se tornam parte de um grupo. Pense em atividades não atléticas, como trabalhos manuais, e programas desportivos, como ginástica. O futebol atrai especialmente, porque o tamanho e as aptidões atléticas são menos importantes que em muitas outras modalidades de equipe. Ao escolher um esporte ou outra atividade, certifiquese de que todos participam e de que a criança tímida não é deixada de fora. Seja paciente. Para uma criança vencer a timidez é necessário paciência para compreendê-la, para apoiá-la e para não lhe exigir resultados espetaculares. Mas há milhões de adultos que conseguiram libertar-se da timidez. Com a ajuda do amor dos pais, crianças que neste momento se sentem prisioneiras da sua timidez podem ser libertadas para gozarem melhor a plenitude e a esperança que a vida lhes reserva.

Vença você mesmo a timidez  O tímido sofre em silêncio. Teme sentir-se humilhado ou constrangido. Nessas condições, torna-se mais difícil se concentrar no que está fazendo, ser criativo e aproveitar as oportunidades. Suas chances de se envolver em acidentes de trabalho são maiores, assim como as de ter problemas de saúde (hipertensão, taquicardia, dor de cabeça e, em casos, mais extremos, até mesmo infarto ou depressão).

Para serem aceitos, as pessoas mais reservadas tendem a ser “bonzinhos” e solícitos em demasia. Acabam abafando a própria personalidade e coibindo a manifestação de seu desagrado ou opinião contrária. Quando liberam a sua insatisfação, mostram pouco controle, ou se tornam amargos. Nos relacionamentos, os tímidos têm inclinação para a teimosia, refletindo nas relações: pouca compreensão e menor aceitação da diversidade. O que gera um tímido? Existem dois fatores primordiais: o modelo de comportamento dos pais e a influência do ambiente. As crianças imitam as atitudes de quem forem seus pontos de referência. Se os pais costumam falar baixo em público e pedem desculpas por tudo, os filhos entenderão essas posturas como aquelas que devem seguir. Não frequentar festas, confraternizações e não se esforçar para fazer novas amizades atrofia as habilidades de relacionamento interpessoal. A dificuldade para o adulto aparece na hora de procurar um emprego ou participar de uma reunião.

Qual é o perfil de uma pessoa tímida?  • Auto-imagem negativa. Nutre um sentimento de inferioridade, sente-se inferiorizado ao se relacionar com as pessoas; • Dificuldade de dizer não. Está sempre querendo agradar as pessoas, buscando a aprovação alheia; • Medo de se expor, de ser o centro das atenções, de ser criticado, de cair no ridículo, daí sua dificuldade de falar em público; • Autocrítica acentuada vive se censurando, se condenando quando comete um erro.

Quais são as consequências?  • Perda da auto-confiança, fica inseguro; • Dificuldade de se relacionar perde a espontaneidade, não fica à vontade; • Foge das oportunidades e, evidentemente, perde inúmeras chances de sucesso. É o caso de um funcionário que tem uma boa ideia ou sugestão, mas não tem coragem de expô-la à diretoria e de repente chega um colega com as mesmas ideias que as suas e é promovido por isso. Passou na sua frente porque não teve inibição, não hesitou em expor o que pensava. Para conseguir um bom emprego, não basta só ter conhecimento em sua área, isto é, ter um bom currículo. Você precisa parar de ter vergonha em se vender.  Você é um produto, ou seja, você vai vender suas habilidades, sua capacidade, suas ideias. Num mercado cada vez mais competitivo como o nosso, não há mais espaço para pessoas tímidas.·.

Como vencer  Existem formas para amenizar o acanhamento. Reconhecer-se tímido é o primeiro e mais importante passo. O resto é treino. Simule situações como falar

em público e conversar com outra pessoa pelo telefone. É preciso levar esse treinamento para a vida real em doses homeopáticas. A pessoa não precisa deixar de ser tímida, mas entender que terá uma luta permanente de autosuperação. E lembre-se: timidez não significa falta de potencial. Quem disse que os tímidos não podem ser bem-sucedidos?  Você já deve ter escutado a expressão: “o ser humano não usa nem 10% de seu cérebro”. Ainda hoje alguns desavisados falam sobre, como se isso fosse verdade. Nós usamos todo o nosso cérebro. O que ainda não aprendemos é usar todo o potencial armazenado no cérebro, isso significa que o ser humano usa pouco de suas reservas cerebrais. Nos anos 50, Dr. Paul Maclean, chefe da Brain Evolution For The National Institute Of Mental Health, criador do conceito do Cérebro Triuno (três em um), descreveu que o nosso cérebro é composto por três sistemas, cada um funcionando com características diferentes: Sistema Reptiliano (tronco cerebral, onde acontecem os padrões automáticos e rotinas ligadas à sobrevivência), Sistema Límbico (situado entre o tronco cerebral e os hemisférios, onde as emoções são originadas), e Neocórtex (dividido em hemisfério direito e hemisfério esquerdo). vou enfatizar a importância do sistema límbico para mobilização do nosso potencial interior. O sistema límbico é o “vulcão das emoções”. É o centro da busca pelo prazer e pelo afastamento da “dor”. O que sabemos é que o sistema límbico reage aquilo que é real e imaginário. Ele responde aos estímulos, independente de ser verdadeiro ou imaginário/fictício. Ao dar as respostas aos estímulos, o sistema límbico mobiliza o sistema endócrino glandular – o arsenal químico do organismo, e assim uma série de respostas fisiológicas, e portanto, emoções. Analise o exemplo: Você está num cinema de ultima geração, assistindo um filme de terror, daqueles que prende você do início ao fim do filme. De repente o assassino corta o pescoço de uma jovem. Você vê a cena e salta da poltrona, seu coração pula e você muda sua fisiologia. Perceba que o seu cérebro racional sabe que aquilo é um filme, que aqueles são efeitos especiais. Mas porque reagimos a esta situação dessa forma? Porque o sistema límbico não faz esta distinção, se é real, ou imaginário ele responde. Sabendo disso, nós podemos usar as imagens mentais para mobilizar nosso potencial, ou seja, podemos estimular nosso sistema endócrino glandular para que as emoções nos ajudem a direcionar a nossa atenção e o nosso comportamento aos nossos desejos/objetivos. A imagem eidética, composta por cores, brilho, tamanho, sons e sensações, estimula o sistema límbico. Por esta razão é extremamente importante exercitar constantemente a auto-imagem. Criar uma auto-imagem positiva de si mesmo é potencializar-se para vencer, porque isso reforça a autoestima, permitindo uma maior confiança para encarar os desafios na vida. Por esse motivo, também é fundamental formular objetivos específicos em nossa vida e colocar o filme completo da conquista do objetivo na tela mental, e repetir constantemente. Todas as nossas células serão programadas conforme a informação fixada pela imagem no sistema límbico. Faça isso. Exercite a imagem mental constituída pelos resultados positivos que você deseja obter. Lembre-se que ao fazer este exercício, o cérebro não distinguirá entre uma

imagem real percebida pelos sentidos e outras produzidas imaginariamente, sendo que, de qualquer forma serão produzidos os efeitos como se fossem reais. Existem duas regras importantes: 1 – ter o objetivo e o desejo verdadeiro para fixar na tela mental. 2- repetir várias vezes a visualização. Quanto mais você reforçar a imagem mental, mais emotizado ficará seu objetivo. As chances de conquista aumentarão muito. Outra coisa que, a princípio, deve ficar bem clara, é que a timidez, sob o ponto de vista clínico, não é considerada uma doença, embora, em nível acentuado, possa trazer algumas complicações de ordem psicossomática. Os maiores problemas, na prática, são de ordem social. Procurando ser o mais objetivo possível no exame da questão, L.C.Martins afirma que a timidez é, basicamente, um “problema de comunicação”, e que é a partir desta visão – muito mais fácil de ser entendida e trabalhada - que é possível “corrigir a timidez”. Segundo este autor, grande parte das dificuldades no relacionamento humano – principalmente a timidez - decorre de “falhas de aprendizagem”, ou seja, a pessoa reage com timidez porque não aprendeu corretamente a se relacionar com a sociedade. Essa “aprendizagem falha” faz com que a pessoa formule e/ou admita preconceitos que acabam se transformando em crenças, e são essas crenças que interferem diretamente no processo decisório do indivíduo, levando-o a optar pela fuga, ausência, silêncio ou submissão quando precisa decidir, quando precisa se comunicar. No entanto, é perfeitamente possível consertar essas “falhas de aprendizagem”. Não há como discordar que o medo, a ânsia e o preconceito são responsáveis por 90% do sofrimento humano, e que todas as pessoas, indistintamente, convivem com estes sentimentos a vida inteira. A diferença fica por conta da maneira como cada pessoa reage a eles. Os medos, por exemplo, são projeções mentais formuladas a partir de uma experiência dolorosa no passado (tenha sido essa experiência real ou imaginária). O desejo de não sentir novamente a mesma sensação, cria uma espécie de barreira intelecto-emocional que nos impede de agir ou reagir racionalmente quando o fato se reapresenta na nossa vida. Isso “desarranja” o nosso sistema nervoso e desencadeia todo um conjunto de reações bem características, como suor frio, aumento do batimento cardíaco, tremores etc., embora, quase sempre, nada aconteça além desse desconforto. É preciso entender também que todo mundo tem medos, uns mais, outros menos. Mas isto, entretanto, não quer dizer que umas sejam superiores às outras; apenas não foram afetadas com a mesma intensidade.  A ânsia tem a ver com a qualidade das nossas expectativas. Ela resulta da nãoaceitação do fato de que somos impotentes para modificar o rumo de certos acontecimentos. Isto nos leva a viver numa luta inglória entre a nossa vontade

e a realidade (que não pode ser mudada), e a realidade, é claro, sempre vence, muitas vezes trazendo frustração e dor. Já os preconceitos são barreiras intelectuais herdadas ou construídas a partir de falsos juízos. Eles surgem porque todo ser humano precisa ter uma explicação para todas as coisas que os sentidos percebem. Quando a pessoa não encontra essa explicação por si mesmo, aceita a primeira explicação que surge, e esta, então, lhe servirá de base para raciocínios futuros, até que uma nova explicação, mais satisfatória, substitua a anterior. Por isso chamamos este juízo de preconceito (“pré-conceito”).  A esta altura você deve estar perguntando o que isso tem a ver com timidez, não é mesmo? A resposta é simples: tudo! Na realidade, a timidez é um estado de ansiedade deflagrado a partir dos nossos medos e preconceitos, principalmente com relação à imagem das outras pessoas. Nada mais que isso. Quando modificamos a imagem dessas pessoas (substituindo um preconceito por um novo conceito, mais coerente e consistente) esse medo deixa de ter sentido. Não há regrinhas milagrosas para corrigir a timidez, isso não existe. O que pode transformar uma pessoa é o conhecimento de novas realidades e a consequente substituição de uma “ideia” por outra, venha ela embasada cientificamente ou por “iluminação espiritual”, não importa. O que importa é que ela venha. Os benefícios acontecerão por consequência. No mundo há pessoas altas, baixas, gordas, magras, carecas, faladeiras, cultas, displicentes, com piercing, sem piercing, que usam terno, que usam jeans, religiosas ou não, observadoras, extravagantes, tímidas, politizadas, ignorantes, discretas, indiscretas, gananciosas, curiosas, habilidosas, felizes, amarguradas, perdulárias, fofoqueiras, excêntricas, que gostam de esportes, que gostam de música, que gostam de tudo, que não gostam de nada ... Olhe em volta e você verá todo tipo de gente. Gente assim como a gente, que sonha, tem desejos, esperanças, virtudes e defeitos, e que são poetas, cientistas, rezadeiras, solidários, egoístas, fanáticos, fortes, fracos, doutores ou não, que cantam, dançam, gritam, choram, esperneiam, têm calo, caspa, azia, unha encravada...

São tantas as diferenças que é impossível encontrar duas pessoas absolutamente iguais; cada uma tem seu tipo, seu jeito, suas manias, seus defeitos e suas virtudes. Ninguém melhor, ninguém pior; todas são diferentes, todas são especiais. Por isso, tentar copiar um “padrão de qualidade” estabelecido seja lá por quem for é o mesmo que negar sua importância diante do mundo. Afinal, são  justamente as nossas diferenças que nos fazem únicos. Sem essas diferenças, perdemos a nossa identidade.

Portanto - se aceita um conselho - não queira ser igual a ninguém. Apenas, melhore suas diferenças.  A pergunta crucial que acompanha o tímido é a seguinte: “o que vão pensar de mim?”  Esta preocupação com “o que os outros vão pensar”, é muito parecida com a sensação do medo comum, aquele medo que as pessoas têm de barata, quarto escuro, alma penada etc. É a preocupação com o perigo, com o mal que pode acontecer. Acontece, entretanto, que toda preocupação, seja ela com o que for, é uma projeção fantasiosa que (por ser fantasia) quase sempre carece de lógica; é coisa só da imaginação. Porém – isto é importante - mesmo sendo coisa da imaginação, é real, existe de fato na nossa mente.  “A imaginação é mais poderosa do que o raciocínio”   Albert Einstein Todos os nossos medos têm a mesma origem. Aliás, a sensação de medo é própria dos animais. É o medo que garante a sobrevivência das espécies; é ele que faz aumentar a produção de adrenalina e nos prepara para o combate ou para a fuga diante do perigo. Se o homem não sentisse medo não sobreviveria. E, por isso, “todas as pessoas sentem medo”, todas. É importante, todavia, manter esse medo sob controle, e a melhor maneira de fazer isso é não dar pernas à fantasia, ou seja, não deixar a imaginação criar mais do que deve. Particularmente, no caso dos tímidos, esta providência é a chave para controlar e até mesmo superar à ânsia. Se a gente consegue diminuir o tamanho e força da fantasia, ou seja, se deixamos de valorizar tanto o que os outros pensam a nosso respeito, a timidez perde naturalmente o sentido. Por isso, o mais importante para o tímido não é vencer a timidez mas sim valorizar menos a opinião dos outros e valorizar mais as suas próprias diferenças. Esta "solução" é bem mais fácil, mais prática e mais eficaz, já que restaura a auto-confiança e reduz a ansiedade a níveis controláveis. Esta mudança de atitude é possível utilizando-se os métodos auto-sugestivos desenvolvidos por Emile Coué, reforçados pela aceitação de novos conceitos obtidos através de um "exercício de coerências". Para que tenha uma ideia de como os métodos auto-sugestivos sustentados num programa de "repetições sistemáticas de novos conceitos" podem modificar as nossas atitudes (e timidez é uma atitude), vale transcrever este texto do Dr. Gustave Le Bon, autor do clássico "As Opiniões e as Crenças": O Efeito da Afirmação e Repetição(*)  “A afirmação e a repetição são agentes muito poderosos pelos quais  são criadas e propagadas as opiniões. A educação é, em parte,  baseada neles. Os políticos e os agitadores de toda a natureza fazem  disso um uso quotidiano. Afirmar, depois repetir, representa mesmo o 

fundo principal dos seus discursos.  A afirmação não precisa de se apoiar numa prova racional qualquer:  deve, simplesmente, ser curta e enérgica, e cumpre que impressione. Pode-se considerar como tipo dessas três qualidades o manifesto  seguinte, recentemente reproduzido em vários jornais:  Quem produziu o trigo, isto é, o pão para todos? O camponês!  Quem faz brotar a aveia, a cevada, todos os cereais? O camponês!  Quem cria o gado para dar a carne? O camponês!  Quem cria o carneiro para proporcionar a lã? O camponês!  Quem produz o vinho, a cidra, etc.? O camponês!  Quem nutre a caça? O camponês!  E, entretanto, quem come o melhor pão, a melhor carne?  Quem usa as mais belas roupas?  Quem bebe o bordeaux e o champagne?  Quem se aproveita da caça?  O burguês!!  Quem se diverte e repousa à vontade?  Quem tem todos os prazeres?  Quem faz viagens de recreio?  Quem se coloca à sombra no estio e no inverno junto a um bom fogo?  O burguês!!  Quem se nutre mal?  Quem raramente bebe vinho?  Quem trabalha sem cessar?  Quem se queima no verão e gela no inverno?  Quem padece muitas misérias e tem pesados trabalhos?  O camponês!  Suficientemente repetida, a afirmação acaba por criar, primeiramente, uma  opinião e, mais tarde, uma crença.  A repetição é o complemento necessário da afirmação. Repetir muitas vezes  uma palavra, uma idéia, uma fórmula, é transformá-las fatalmente em crença. Do fundador da religião ao negociante, todos os homens que procuram  persuadir a outros têm empregado esse processo. O seu poder é tal que se acaba por crer nas próprias palavras assim repetidas e  por aceitar as opiniões que habitualmente se exprime.

Pratique auto-sugestão para “corrigir” timidez .

 À vista do leigo, auto-sugestão só é uma “coisa” que pode dar certo em determinados casos, mas que jamais seria eficaz para resolver, por exemplo, um caso de timidez. Fiz questão de referir “à vista do leigo” porque poucas pessoas conhecem, verdadeiramente, os poderes desta fantástica terapia, reconhecida cientificamente e aplicada com sucesso nos centros mais desenvolvidos do mundo. Os princípios da auto-sugestão foram definidos por Emile Coué (1861-1921), partindo de observações e análises sistemáticas dos resultados obtidos com a hipnose clínica. Dentre estes princípios, dois são fundamentais para que o leitor entenda por que a auto-sugestão é altamente eficaz para vencer a timidez: 1 – Tudo aquilo que se afirma com insistência, acaba se tornando verdade na mente de quem afirma; 2 – Na briga da razão com imaginação, esta última sempre sai ganhando. Para que o leitor entenda o alcance destes princípios, podemos recorrer às recentes pesquisas no campo da neurofisiologia e da psicopedagogia, que tratam especificamente da aprendizagem. Hoje, por exemplo, sabemos que o cérebro humano opera dois tipos de memória: uma memória de curto prazo, que trabalha com as informações do agora, e uma memória de longo prazo que mantém registrados dados, regras e emoções de real importância e dos quais nos valemos no nosso dia-a-dia. Reparem que cada vez que precisamos dar um laço do cadarço do sapato, fazemos isso de forma natural e espontânea, sem precisar “recorrer” à memória para lembrar como devemos fazer. Isso é possível porque o procedimento para dar laço do cadarço do sapato está registrado na nossa memória de longo prazo. Também o motorista não pára para pensar o que deve fazer quando o sinal de trânsito fica vermelho; ele pisa no freio, automaticamente. É o mesmo princípio. Porém, nem todas as informações do cotidiano são armazenadas nessa memória de longo prazo (ou memória subconsciente). Ali ficam registradas, basicamente, as informações que tiveram grande impacto emocional na nossa vida, seja esse impacto positivo ou negativo, e as informações repetidas com constância, como a tabuada, que aprendemos por repetição sistemática. São exatamente essas informações armazenadas na nossa memória de longo prazo que nos “condicionam” a reagir desta ou daquela forma nas mais diferentes situações do cotidiano. Quer ver um exemplo muito simples? Uma criança que tenha sido mordida por um cão e, por isso mesmo, experimentado uma emoção negativa muito forte, tem registrada essa emoção na memória. É por isso que, mesmo anos depois, ela reagirá com medo toda vez que se deparar com um cão. O medo, na maioria dos casos, resulta de uma aprendizagem dolorosa no passado. Ocorre, entretanto, que essas emoções não precisam ser reais (vividas na realidade) para serem memorizadas; elas podem resultar da imaginação. Um exemplo são as pessoas que têm medo de alma do outro mundo; elas nunca viram nenhuma mas reagem com medo diante da possibilidade de ficar frente a frente com uma. Elas “aprenderam” este medo ouvindo histórias de terror, seja através de livros, filmes etc. que excitaram a sua imaginação.

Isso, como vocês podem perceber, tem tudo a ver com a ver com os nossos comportamentos e atitudes. A educação que recebemos (transferência de crenças) é que nos condicionou a agirmos desta ou daquela forma durante a vida (atitudes). Essas informações, de tanto que nossos pais insistiram que aprendêssemos, acabaram registradas na nossa memória de longo prazo. E são elas que definem a maioria das nossas atitudes no dia-a-dia, inclusive a forma como nos relacionamos com as outras pessoas. Da mesma forma, quando vamos tomar alguma decisão – importante ou não – sempre recorremos a nossa memória de longo prazo para fazermos a avaliação dor/prazer. É justamente por isso que a pessoa que foi mordida por um cão sempre reluta em se aproximar de algum. Como vocês podem ver, os chamados “mistérios da mente” nem sempre são tão misteriosos assim, não é mesmo? Cabe registrar que, quatro séculos antes de Coué, Maquiavel já havia escrito que “mesmo uma mentira, se repetida com insistência, transforma-se em verdade”. Esta lição, retirada de O Príncipe, é a própria afirmação de Coué com outras palavras. Coué também afirmava que “na briga da razão com imaginação, esta última sempre sai ganhando”. Isso quer dizer que as nossas crenças são mais determinantes do que a realidade que nos envolve. Por isso é muito difícil convencer alguém de que tem medo de alma do outro mundo que elas não existem, ou que os quartos escuros não são povoados de seres sobrenaturais. Se a pessoa acredita nisso, é muito difícil convencê-la do contrário. Portanto, não adianta a pessoa tentar se sugestionar afirmando “não tenho medo de quarto escuro”; se ela crê, firmemente, que seres sobrenaturais habitam os quartos escuros (imaginação) essa crença vencerá sempre. É justamente por isso que as técnicas de auto-sugestão (afirmações feitas pela própria pessoa) não devem incitar o combate da razão com a imaginação. Já que as velhas crenças estão consolidadas na mente inconsciente, o máximo que se pode fazer é registrar novos conceitos na memória através da repetição continuada e deixar que esses novos conceitos passem a compor, também, a base intelecto/emocional da pessoa (a mesma base que influi no processo decisório dor/prazer). Com a repetição continuada, é bem provável que esse segundo conceito passe a prevalecer sobre a antiga crença. Podemos dizer que isso acontece em 99,99% dos casos. Como consolidar as novas crenças Quando a professora diz que 8 x 7 = 56, o aluno não duvida; afinal, ela tem crédito (lembram quando eu falei sobre o “crédito da fonte”?). Entretanto, apesar de esta ser uma informação coerente e que, portanto, tende a se tornar uma crença na mente do aluno, ela não se instala na memória imediatamente. Será preciso que tal informação seja repetida e praticada para que, no futuro, seja recuperada na memória automaticamente. No caso das crenças intimidantes, a regra é a mesma.

 Você, com toda certeza, admitiu que muitas informações contidas nesta homepage são coerentes, afinal, são informações embasadas cientificamente. Este é o primeiro passo, porém não é tudo. Será preciso que você faça exatamente como fez para aprender tabuada. Você precisará “repetir” alguns dos conceitos que admitiu como coerentes para que, em determinados momentos da sua vida, eles se expressam em forma de reflexos. Pois é exatamente isso que nós vamos fazer agora.  A seguir, você vai encontrar um conjunto de formulações (frases autosugestivas) que deverá repetir, sistematicamente, até que elas se instalem definitivamente na sua mente inconsciente. É uma espécie de exercício que você deverá praticar, a princípio, até quatro vezes por dia, durante 21 dias.  Após estes 21 dias recomenda-se parar 7 dias e repetir durante mais 21. Quase sempre este tempo é suficiente para produzir resultados satisfatórios. Mas você poderá repetir o exercício outras vezes, se quiser. Por exemplo, pode repeti-lo uma vez por semana até que se sinta absolutamente seguro. Cada sessão deve tomar 4 ou 5 minutos, no máximo. Você pode praticar, por exemplo: 1ª sessão - pela manhã, antes do dejejum, ainda na cama 2ª sessão - antes do almoço 3ª sessão - ao entardecer 4ª sessão - na cama, antes de dormir Segundo Georgi Lozanov - criador das técnicas de aprendizagem acelerada - o estado ideal para memorizar é quando o cérebro opera na faixa de 8 a 12 ciclos/segundo, ou seja, estado “alfa”. Qualquer pessoa pode atingir este estado através de técnicas simples de relaxamento. Portanto, faça de acordo com o roteiro abaixo: 1 - Procure uma posição cômoda; afrouxe os cintos, tire o relógio, óculos etc.  Você não precisa estar deitado, porém, o ambiente deve estar calmo, sem tique-taques de despertadores, falatórios ou quaisquer ruídos impertinentes; 2 – Fique absolutamente imóvel – braços, pernas e musculatura do rosto absolutamente frouxos -, feche os olhos e respire lenta e profundamente cinco ou seis vezes, inspirando pelo nariz e expirando pela boca. Depois volte a respirar normalmente; 3 – Ainda de olhos fechados e o mais imóvel possível, por uns dois minutos concentre toda sua atenção na respiração. Tente perceber o ar entrando e saindo pelas narinas. Esta providência é conveniente para evitar o assédio de pensamentos impertinentes enquanto você atinge um bom nível de relaxamento; 4 – A esta altura você deve estar se sentido leve, calmo, respirando tranqüilamente. Se não estiver ainda entrado em alfa, estará muito próximo disso; 5 - Se não tiver memorizado as formulações (há um exemplo logo abaixo) leia cada uma delas num tom de voz normal, nem muito baixo, nem alto. Mas leia como se estivesse dando uma ordem para você mesmo. Uma ordem clara e objetiva.

Nota: uma boa providência é deixar as formulações, por escrito, bem à sua frente, de modo que você não precise fazer qualquer movimento além de abrir os olhos para ler. 6 - Se já tiver memorizado, repita no mesmo tom de voz, uma a uma; 7 - Feito isso, respire de novo, profundamente, cinco ou seis vezes e o exercício estará terminado.

EXEMPLO DE FORMULAÇÃO EFICAZ "Diante de qualquer pessoa e em qualquer lugar, eu me sinto SEMPRE calmo e seguro. Nenhuma pessoa ou situação é capaz de me intimidar ou abalar a minha tranquilidade."  Atenção: Alguns especialistas em auto-hipnose recomendam também que se faça uma cópia das formulações, de próprio punho, diariamente. Para tanto, você deve ter uma caderno especial só para isso, datando e assinando ao final de cada cópia. Para terminar, recomendamos que você reflita sobre o seguinte: Já que você é tímido, não se esforce para parecer extrovertido; você parecerá artificial, não-autêntico. Além do mais, para a maioria das pessoas o fato de você ser tímido ou extrovertido não faz a menor diferença na hora de formularem um juízo de valor a seu respeito (lembre-se que 75% das pessoas também são tímidas, assim como você). O que conta são os valores positivos ou negativos que você exibe. E timidez não é valor, é atitude. Portanto, o fato de ser tímido ou não, não acrescenta peso ao juízo de valor que alguém faz de você. Seja o que você é e estará fazendo o melhor que deve ser feito. Texto extraído (e adaptado) do livro  "Como corrigir a Timidez", de L.C.Martins  1ª edição - BrLetras/Março de 2005 - Rio de Janeiro/RJ 

Veja mais essas dicas:  1. Drible o medo Saiba o que dizer. Nessas horas, a liberação da adrenalina é maior, e o risco de  “brancos” aumenta. 2. Clareza Utilize abordagens simples, claras e objetivas. Diga sempre a verdade. 3. Não fuja da raia Procure se expor ao que lhe causa medo. Só assim você vai perder o receio de enfrentar a situação.

4. Acredite no seu talento Se você é competente, a qualidade do trabalho será boa, independentemente do chefe elogiar ou não. 5. Seja positivo O tímido tem fama de antipático. Sorria com frequência e passe a olhar nos olhos do interlocutor. 6. Diga e ouça Por mais polêmico que seja o tema, aborde-o. Se há opinião diferente, saiba as razões. 7. Pontos fortes Se você tem boa voz e se veste bem, use a favor. O que não for bom pode passar despercebido. 8. Tenha um bom vocabulário Não use palavras pobres ou vulgares. Rebuscamentos e termos técnicos dificultam o entendimento. 9. Use o “NÃO”  Se não puder ajudar alguém ou em condições de se responsabilizar por algo, diga de forma clara.

10. Qualificação Quando julgar que pode melhorar profissionalmente procure cursos e adquira novos conhecimentos. 11. Postura Melhore sua postura corporal, não ande cabisbaixo ou encurvado; 12. Comunicação Melhore seu poder de comunicação: ao conversar com as pessoas, não desvie o olhar, adquira o hábito de olhar nos olhos seu interlocutor; 13. Valorização  Aprenda a se valorizar, diminua o hábito de se criticar excessivamente. Se aplauda diante de suas conquistas, se dê parabéns, aprenda a se elogiar. Celebre, comemore suas conquistas. Não deixe passar em branco esses acontecimentos. 14. Dinamismo Levante a cabeça, fale com entusiasmo, dinamismo, isto o tornará mais simpático e interessante; 15. Perfil Tenha uma postura calma, confiante, porém sem ser arrogante.

20 dicas para garotas numa linguagem bem  descolada. 1. Tudo começa com um pouco de entendimento sobre o assunto. Timidez, longe de ser um defeito que a faz se sentir boboca em comparação a outras garotas, é um jeito mais retraído de ser ou de se expor ao mundo. Tire já da cabeça essa ideia de ser inferior à sua amiga descolada só porque é tímida. 2. A gente já falou, mas não custa repetir: timidez não é defeito. Pare de achar que, por ser tímida, as outras meninas nunca vão gostar de você e sempre vão rir pelas costas. Ninguém veio ao mundo para ganhar concurso de popularidade. O mais importante é não deixar que a timidez atrapalhe a sua comunicação com os outros. Numa rodinha, você não tem que aceitar a opinião geral só por medo de atrair a atenção ao expor suas idéias. Agora, se falar parece a coisa mais difícil do mundo, que tal escrever? Muito escritor famoso começou assim, sabia? 3. Não adianta ver só o lado ruim da coisa. Comece por aprender que ser tímida também tem lá suas vantagens. Alguns meninos acham um charme bochechas vermelhas. Se descobrir, por exemplo, que o garoto de quem está a fim faz parte desse time, em vez de brigar com sua timidez, transforme-a numa "arma" de conquista. Fique vermelha à vontade, faça charme e deixe rolar para ver o que dá. O que não pode é sair correndo cada vez que topa com ele. 4. Quando você não conhece o ambiente ou a turma, ficar quietinha durante um tempo, só observando o pedaço, não é mau negócio. É um jeito legal de dar um tempo e começar a explorar o território. Nesse caso, sua timidez pode funcionar como uma espécie de escudo até que você conheça melhor as pessoas e se sinta mais à vontade para se entrosar. 5. Ficar se comparando às meninas extrovertidas que parecem tirar tudo de letra não é bom. Nem para você nem para sua timidez. É mais ou menos como ir para uma corrida de bicicleta com o pneu furado. Desse jeito, é impossível vencer. Parece que você faz tudo para já entrar perdendo. Deixe as comparações para lá. Primeiro, saiba que até a garota mais descolada já teve um ataque de timidez vez ou outra. Depois, existem muito mais tímidos nesse mundo do que você desconfia. Comece por se aceitar tímida e verá que a aceitação dos outros será bem mais fácil. 6. É preferível ser uma tímida natural a uma falsa extrovertida. Ou seja: é dez vezes melhor continuar com as bochechas vermelhas do que imitar aquela sua colega extrovertida que não tem a mínima inibição em falar na classe ou dar uma resposta atrevida para uma paquera descarada. Se, de repente, você começar a agir igual a ela, vai parecer tão "verdadeira" como uma nota de 3 reais. 7. Tenha só mais um pouco de paciência com a sua timidez. Não queira tomar atitudes radicais de uma hora para outra. O negócio é aprender a virar o jogo passo a passo. À medida que você vai ganhando mais confiança em si mesma, verá como será capaz de tomar atitudes ousadas. Convidar aquele primo da sua melhor amiga - que você sabe que está dando a maior bola - para tomar um

sorvete, por exemplo. 8. Ele chegou perto e você não sabe o que fazer? Ou está muito tentada a recusar o convite para uma festa porque não conhece ninguém? Seja qual for a situação, lembre-se de que um belo sorriso tem mil e uma utilidades. Vai mostrar ao garoto que, além de simpática, ele pode chegar mais e que você não vai sair correndo. Um sorriso também é uma tremenda ajuda para qualquer garota se enturmar mais fácil. Até porque você sempre encontra um menino ou uma garota dispostos a sorrir de volta. Vai daí... 9. Seu problema é falar com estranhos? Comece a treinar. Peça informação sobre determinada rua para alguém que você não conhece. Se não sabe a quem perguntar, escolha uma cara simpática para não correr o risco de receber uma resposta atravessada, de um mal-humorado qualquer. 10. Mas vamos imaginar que você deu azar e que resolveu começar seu treinamento justo com o sujeito mais ranzinza do bairro. Não precisa sair correndo, louca de vergonha, por causa disso. É só lembrar que o problema não está em você, mas nele, que sofre de mau humor crônico. Assim, enfocando o problema direito, aprenderá que sua timidez causa muito menos estragos do que imaginou até agora. 12. Você até já fez matrícula, mas está quase desistindo das aulas de ginástica na academia. Antes de alegar uma baita dor nas costas para dar meia-volta e fugir, ponha seu radar para funcionar. É possível que você encontre por lá uma menina tão tímida quanto você. Fique por perto e sorria. Sempre dá certo. 13. Primeira aula - no curso de inglês, na nova escola ou na ginástica - é sempre um sufoco para os mais tímidos. Procurar uma "novata" como você ajuda, e muito! Tente iniciar uma conversa do tipo: "Você também é nova aqui?" Não se sentindo tão solitária, você vai perceber que tudo fica bem mais fácil.

14. Um desejo que pinta sempre entre os mais tímidos é o de se isolar. Fuja dessa! Sempre dá para fazer amigos, sim, ou entrar para uma turma bacana. No primeiro momento, parece que o mundo vai te engolir se tentar chegar perto das meninas que sentam a seu lado na classe. Mas, na hora dos trabalhos em grupo, experimente olhar para elas e dizer: "Que tal fazermos esse trabalho  juntas?" Mostre que você está em dia com a matéria e tem muita vontade de acertar. Só não vale fazer tudo sozinha, ficar horas pesquisando e escrevendo, só para ganhar pontos com a turma! 15. Você está louca para ir a uma festa, mas está se roendo de dúvidas. E se as suas amigas não forem e você se vir sozinha? Lembra-se do sorriso lá de cima? Porém, antes de sair de casa, escolha a roupa de que mais gosta. Sentindo-se bonita, vai se sentir também mais segura para enfrentar caras novas. O que o vestido tem a ver com a timidez? Simples. Na maioria das vezes, os tímidos se sentem inseguros por medo de ser rejeitados ou de dar

bola fora. E ninguém duvida que, se sentindo bonita, qualquer garota recebe, de quebra, uma injeção de autoconfiança que ajuda na hora de vencer a timidez. 16. Você não sabe o que dizer toda vez que é apresentada a alguém e tem vontade de sair correndo quando isso acontece. Que tal fazer como os seus avós e apelar para o tempo? Você já percebeu que falar sobre o clima - "Puxa, que calor" ou "será que não vai parar mais de chover este ano?" - é o tipo de papo que serve para quebrar o gelo. Claro que o assunto é óbvio e nada brilhante. Mas quem se importa com isso? Numa festa, ninguém está a fim de grandes discursos, mas sim de conhecer pessoas e se divertir. Não se sinta na obrigação de conversar sobre assuntos complicados. Ah, e nada de ficar muda e olhando para o teto, OK? Quem não a conhece até pode achar que você é metida ou chata. E não que é tímida. 17. Pode parecer a maior bobagem do mundo, mas treinar na frente do espelho pode ser uma ótima maneira de criar coragem e se enxergar como realmente é: uma menina legal, mas um pouco tímida. Coloque as roupas de que mais gosta, as bijuterias que curte e fique parada na frente do espelho. Tente se olhar como uma pessoa que a vê pela primeira vez. E treine o seu sorriso, o olhar, a forma de caminhar... e até frases: "Oi, tudo bem com você?  Acabei de chegar e não conheço ninguém nesta festa". Com o tempo, vai se acostumar e se sentir mais segura e de bem consigo mesma. 18. Outra maneira de se soltar é procurar as atividades em grupo: dança, esportes, teatro. Já pensou que maravilha descobrir que você tem talento para ser bailarina do Municipal ou a Fernanda Montenegro? Muitos atores, aliás, eram tímidos incorrigíveis na adolescência e se transformaram em grandes astros. Subir ao palco é uma experiência eletrizante e que transforma as pessoas. 19. Falar sobre sua própria timidez sempre ajuda. Se um menino puxar conversa, procure encarar a "fera" em vez de fugir. Experimente dizer: "Sabe, eu sou tímida. Por isso é que morro de vergonha de conversar com você. Mas acho que nem precisava falar. Aposto que notou que eu fico toda sem jeito". Quer valer como ele vai ficar encantado com tanta simplicidade e charme? 20. Você ganhou uma jaqueta linda de presente, mas, ao experimentar, percebeu que ela ficou com a manga curta e precisa trocar por um número maior. Eis aí uma boa oportunidade para treinar e enfrentar situações como essa. Em vez de empurrar a tarefa para a sua irmã, vá até a loja e converse com a vendedora. E daí se sua voz sair baixinha? Se for preciso, repita de novo até ela entender o que você quer. O que não dá é ficar no prejuízo sem poder usar seu presente. PS: Se, numa festa, algum amigo-urso vier lhe oferecer uma bebida a mais ou qualquer tipo de droga, com a desculpa de que é para você se soltar, diga NÃO e caia fora, sem um pingo de vergonha. Milhões de vezes passar por tímida e careta do que entrar em barco furado.········.

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF