Veiga - Williams - Pinheiro-Navegacao A Vela PDF

March 4, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Curso Básico de vela

 por: Augusto Elísio Lessa Veiga Veiga Filipe Martins Pinheiro Marcos Santoni Wiliams

 

ii

Departamento de Engenharia Naval Universidade Federal do Rio de Janeiro Atualizado em 20 de setembro de 2000 A foto da capa é um veleiro classe Cherub navegando em 40 nós de vento obtido na página: http://www.cherub.org.au/index2.htm

 

Introdução Este trabalho tem como   finalidade expor aos alunos do curso de Vela Vela I à teoria básica do manejo de veleiros. Como exemplo dessas embarcações, foi usado o Dingue, embora a teoria seja válida a qualquer outro tipo de veleiro observando as particularidades de cada um. Estão contidos neste texto: uma breve história da navegação a vela, alguns termos náuticos, a teoria de como o veleiro funciona, as partes que compõem um veleiro, como se arma um veleiro, os tipos de aproamento com o vento, o manejo do veleiro em cada um deles; as regulagens dos veleiros, e a manutenção. manutenção. Não se quis com isso produzir um trabalho estritamente técnico mas fazer um guia que resumisse da melhor forma alguns conhecimentos básicos de vela e capacitasse os alunos a conduzir   pequenos  pequen os veleiros, abrindo-lhes uma brecha do horizonte do tão antigo esporte da vela.

 

Conteúdo

Introdu ntroduçã ção o

iii

1 Hi s t ó r i a 1 2 Termos de Navega vegaçã ção o 3 3 Como funcion funciona a o Vele leiro iro 5 4 As Partes rtes que compõe compõem um Veleiro leiro 7 Velas las 8 Cas c o 8  Apênd  Ap êndic ices es

10

Ferrage rragens ns

10

5 As Direçõe ireçõess do Vento 13 6 Navega vegando ndo o seu seu Veleiro leiro Contr ontra ave vento nto

15

16

Tra ravé véss 17 Ven ento to de Aleta Aleta e Popa Manobra nobrass

19

7 Monta ontage gem m do Vele leir iro o

18

 

vi Cont Conteú eúdo do

passo pa sso a passo passo 23 8 Cuidados uidados e Conserva onservaçã ção o 25 9 Refe ferê rência nciass Bibliográfi c as 10 Ane Anexos xos

27

29 Tabela abela de Fatores de Conversão para: Comprimento, Comprim ento,  Área  Ár ea e Vo lu lume me 29 Tabela abela de Fatores Fatores de Conversão para p ara:: Velocidade, Peso e Pressão ressão 30

 

1   História Há milênios o homem utiliza as embarcações a vela como parte do seu desenvolvimento. Desde a antigüidade os veleiros foram utilizados como meio de transporte, de passageiros passageiros e carga; como embarcações de pesca, e, nas nas ultimas décadas deste milênio a maior parte das das embarcações embarcações a vela foram utilizadas para lazer.; devido à aparição dos motores de combustão interna utilizados para propulsão das embarcações. embarcações. O iatismo é um dos esportes mais antigos que se conhece. Alem disso, é um dos esportes mais abertos para boa parte das idades e sexo. Existem clas classe sess de velei eleiro ross para para cria crianç nças as de 5 at atéé 12, como como sã sãoo o Optim Optimis ist, t, Cadet Cadet e Vauriem, este último para a faixa de idade entre 9 e 14 anos. E, por outro lado, pessoas de 70 anos já participaram de regatas até em Olimpíadas como é o caso de Paul Elvstrøm nas Olimpíadas de Los Angeles 84.

 

2  Termos de Navegação Proa

Vento

Boreste

Bombordo

    o      t     n     e     v     a       l     r     a       B

    o      t     n     e     v     a      t     o       S

Vento

Popa

Os termos de navegação podem ser classi ficados em dois grupos: 1. Os relacionad relacionados os com os conto contornos rnos do barco: •







  proa: extremida extremidade de anterior ddaa embarcação, embarcação, geralmente geralmente afiada para melhor fender as águas;   popa: parte posterior de qu qualquer alquer emba embarcação rcação onde, na maioria dos dos casos, se situa o leme;   bombordo bombordo:: lado do bordo eesquerdo squerdo da embarcação para para quem olha  para a proa; proa;   bore boreste: ste: lado direito direito da embarc embarcação ação para quem quem olha para vante vante

(proa). 2. Os relacionado relacionadoss com a posição do barco em relação ao vento vento:: • •

  barlavento: direç direção ão de de onde sopra o vento;   sotavento: lado oposto àquele de onde sopra o vento.

 

3  Como funciona o Veleiro

VB

VAW VTW

SFHK

CPA

RHK

TSA CPH SF SA DSA L SA

L HR

DHR

A figur guraa aci acima ma refere refere-se -se a um ve velei leiro ro na nave vegan gando do em um apr aproam oament entoo qualqualquer.. A soma vetorial da velocida quer velocidade de do vento verdadeiro  V   TT W  com a velocidade do veleiro  V B   forma o vento aparente V AW AW . O vento aparente é o que sentimos quando estamos velejando. Como é uma soma vetorial, a medida que o veleiro muda de velocidade aumentando aumentan do a intensidade, o ângulo e a intensidade do vento aparente se modifica. Em veleiros rápidos, a variação da direção do vento aparente é mais sensíve sensível.l. Essa dire direção ção é a em que o   fluxo de ar age na vela. A força de sustentação   LSA  gerada será perpendicular a essa direção e a

 

6 Capítulo Capítulo 3 Como funci funciona ona o V Velei eleiro ro força de arrasto  DSA  será paralela. A projeção da força de sustentação e da força de arrasto na direção do movimento do veleiro resultará na força de impulso T SSAA . A força de impulso, por sua vez, é resistida pelas forças hidrodinâmicas do ca casco sco RH K  , o mesmo aco acontece ntecendo ndo para para a força lateral lateral gerada gerada pela vela S H K  . A distânc distância ia entre os centro centross das forças na vela vela e no casco, casco, tanto no sentido longitudinal quanto vertical, causa um momento transversal que fará com que o veleiro navegue navegue adernado adernado e com abatimento. Para resistir ao momento que aderna o veleiro, a tripulação se desloca para o bordo de barlavento. barlavento. Para resistir ao momento que caus causaa abatimento do veleiro, o timoneiro dá um ângulo de leme para manter o veleiro no rumo.. O resultad rumo resultadoo da ban banda da com o abat abatimen imento to é uma embarcaç embarcação ão que não se desloca na direção de sua linha de centro mas, com um pequeno ângulo  ! , tornando o  fluxo da água no casco asimétrico.

 

4  As Partes que compõem um Veleiro

Qualquer veleiro é composto por quatro elementos básicos: vela, casco, apêndices e ferragens.

Vela Mastreação Retranca   Mastro

Ferragens

Casco Apêndices

 

8 Capítulo Capítulo 4 As Partes Partes qu que e compõem compõem um Velei Veleiro ro

Velas As força de impulso do veleiro é gerada pelo   fluxo de ar que passa pela superfíc sup erfície ie da vel vela. a. Esta Estass podem podem ser fabricad fabricadas, as, atualmente, atualmente, de dois ti pos de materiais: rígidos e   flexíveis com poucas deformações. As velas de materiais rígidos são praticamente iguais às asas de avião e os materiais podem podem ser de desde sde alumínio alumínio em lâminas lâminas até materiais materiais composto compostoss como fi bras de carbono. c arbono. As   flexíveis são de materiais de alta resistência à deformação na direção das   fi bras que compõem o tecido como a   fi bra de  poliéster e a  fi bra aramida.  Na  fi gura abaixo são mostrados os termos das partes da vela. Tope

   a    m    u     l    a      V

 

T        e      s      t a            

Esteira Escota

burro

Casco O casco é o corpo da embarcação constituída do forro exterior estanque e seu arcabouço interno, ver Cherques [1]1. O casco é compos composto to também  pela quilha, sobrequilha, o caver cavernante, nante, as longarinas longarinas,, vaus, dormentes, 1

os números entre colchetes indicam as referências listadas ao  fi nal da apostilha

 

Apên Ap êndi dices ces 9 anteparas e conves anteparas conveses. es. O convés convés é composto, por sua vez, pelo cockpit, espelho de popa, convés, cabine, fundo do convés, caixa da bolina e caixa do mastro. O cockpit é o poço na popa onde as embarcações de recreio são providas de bancos onde se sentam os tripulantes e passageiros e de onde o comandante governa o barco. Existem basicamente dois tipos de cascos: os quinados e os curvos. Os cascos quinados têm duas vantagens em relação aos curvos: são de fa bricação mais simples e de menor custo devido à simplificação na construção do do molde, no caso de utilizar fi bra de de vidro, vidro, e podem ser fabricados a partir de superfícies ddesenv esenvolviv olviveis. eis. Outra classificação dos cascos é segundo o regime ao qual pertencem: •







  deslocament deslocamentoo puro,   semi-deslocamento,   semi-planeio semi-planeio,, e,   planeio. Caixa do Mastro

Fundo do Convés Convés

Caixa da Bolina

Espelho de Popa

Cockpit Casco

 

10 Capítulo Capítulo 4 As P Partes artes qu que e compõem compõem um Veleiro Veleiro

 Apênd  Ap êndii ces Os apêndices nos veleiros são per fis de sustentação que servem para fornecer a manobrabilidade da embarcação, por exemplo o leme, outros servem para fazer resistência à deriva da embarcação causada pela força lateral da vela: a bolina e a quilha, sendo que a quilha ainda possui lastro  para se opor opor ao mom momento ento adernante ccausado ausado pela pela vela [1].

Bolina

Leme

Ferragens As ferragens são todos os mecanismos que permitem manipular e ajustar  os três elementos elementos menci mencionad onados os acima. As ferrag ferragens ens podem ser des desde de um moitão até um sistema hidráulico de variação da curvatura do mastro.  No caso caso de ve veleiros leiros m monoti onotipos pos de um umaa vela as ferrag ferragens ens trad tradicionais icionais são: moitões, mordedores de cabo, catracas para a escota, entre outros.

 

Ferra Fe rrage gens ns 11

Moitões da Escota

Moitões do Burro

Extensão do Leme

Escota Escoteira Catraca da escota Cana do Leme Cabeçote do Leme Moitões da Escoteira

 

5  As Direções do Vento A   figura abaixo mostra a rosa dos ventos para um veleiro de uma vela. Através dela pode podem m ser observados os diferentes aproa aproamentos mentos com o vento. ve nto. Pela   figura, quando o veleiro gira a favor do vento, ele arriba e quandoo o veleiro gira contra o vento ele orça. quand orça. Os aproamen aproamentos tos básicos  para um veleiro veleiro são: VENTO

CONTRAVENTO

ARRIBA

VENTO DE TRAVÉS

VENTO DE ALETA

ORÇA



VENTO DE POPA

  Vento de Popa: Direção de 180o com o vento. A embarcação é em purrada pelo vento vento com uma resultante na direção da proa do veleiro.  Nessa situação, o veleiro não se distingue de qualquer outra embarcação com respeito a atitude do casco na água e às forças hidrodinâ-

 

14 Capítulo Capítulo 5 As Dire Direções ções do Vento







micas causadas pelo   fluxo da água ao longo do casco e apêndices. A força para empurra-lho está na direção de seu movimento e depende  basicamente da área vélica exposta que está resistindo ao vento. Por  isso, sua vela deve estar aberta ao máximo (90 o em relação à linha de centro do veleiro). A força lateral nesse aproamento é pequena e, deve-se subir a bolina para evitar resistência desnecessária.   Vento de Aleta: Direção de 135ocom o vento. O veleiro ainda é em purrado pelo ve vento nto po porém, rém, com uma força lateral causada causada pelo pelo casco e apêndices pequena. pequena. A bolina deve ter uma parcela dela (1/4) abaixada  para garantir garantir a resistência lateral.   Vento de Través: Direção de 90o com o vento. A partir dessa posição, vela e apêndices se comportam como asas, gerando sustentação com o  fluxo do vento e da água. Nesse aproamento aproamento o veleiro atinge o auge a uge do seu desempenho com maior velocidade. A bolina deve estar com metade dela abaixada.   Contrav Contravento: ento: D Direção ireção de 45o com o vento. O veleiro está perto de seu  ponto máximo máximo de aproamen aproamento to contra o ven vento. to. Esse ponto máximo máximo varia de acordo com cada veleiro e pode ser desde 60o até 30o. Durante a navegação a bolinaem permanece abaixada e o ânguloemdacontravento, retranca é mínimo relação ainteiramente linha de centro do veleiro.

 

6  Navegando o seu Veleiro Como o veleiro se comporta de modo diferente em relação a outras em barcações,, a forma de nav  barcações navegá-lo egá-lo tamb também ém é diferente. diferente. Ele funciona com o aproveitamento da energia do vento e, para usá-la da melhor forma, o posicionamento do(s) tripulante(s), o ângulo de leme e a vela devem estar  em harmonia, caso contrário, você não vai a lugar algum.  No capítulo 5 foi discutido a nave navegação gação para diversos aproamentos aproamentos com o vento e no capítulo capítulo 7 foi monta montado do o veleiro. veleiro. Agora, Agora, discutiremos discutiremos o  posicionamento  posicion amento e a regulagem básica do veleiro. Os veleiros usados como exe exemplos mplos são o Dingue e o Laser Laser,, que podem ser montados basicamente da mesma forma. A bordo do veleiro você tem os seguintes controles com suas funções  básicas::  básicas 1. leme: governa o vele veleiro iro e dá a estabilidade direcional; direcional; 2. escota: regula a abertura da retranca; 3. burro: regula a ten tensão são na valuma valuma e fl exiona o mastro; 4. cabo da eesteira: steira: regula a tensão na esteira; 5. cabo da ttesta: esta: regula a tensão nnaa testa; 6. escoteira: regula a aaltura ltura do po ponto nto da escota, escota, permitindo que a retranca retranca se acomode no veleiro sem forçar a torção (twist) na vela, ver   figura das ferragens; 7. bol bolina: ina: responsá responsável vel pela es estabil tabilidad idadee direcional direcional do veleiro. veleiro. A bolina modifica o centro de pressões hidrodinâmicas do veleiro e a força

 

16 Capítulo Capítulo 6 Nav Navegan egando do o seu seu Veleir Veleiro o lateral resistida pela parte submersa, ver   fi fi gura dos apêndices;

Contravento  Nessa posição o barco se encontra próximo à linha de vento e por isso a retranca não terá grande ângulo de abertura. abertura. No vento fraco cace a escota até o ponto em que a vela se encontre esticada. Se você orçar sutilmente sutilmente a vela deverá começar a panejar. Caso isso não aconteça, você caçou muito a escota escota ou arribou arribou dema demais. is. Solt Soltee um pouco a escota ou, ou, orce com com o leme. Se o veleiro possuir birutas na vela, o posicionamento dela pode ser indicado de uma melhor forma. A vela estará bem regulada caso as birutas estejam paralelas horizontalmente. horizontalmente. Regule com a escota até que as birutas  fiquem nessa posição. Não esqueça que a bolina dev devee estar completamente abaixada e a tripulação disposta de forma que o veleiro tenha uma  pequena banda para sotaven  pequena sotavento. to. Longitudinalmente, Longitudinalmente, a tripulação deve deve se situar mais ao centro do veleiro.  No vento forte, a regulagem da escota obedece ao mesmo princípio discutido anteriormente. Porém deve ser dada maior atenção ao burro, aos cabos da testa e da esteira. Cace a testa e a esteira da vela sem que deixe dobras horizontais (esteira demasiadamente demasiadamente caçada) caçada) ou, verticais (testa demasiadamente demasiada mente caçada) lembre-se que neste aproamento a vela funciona como uma asa de avião e essas dobras prejudicam o  fl uxo de ar, diminuindo sua eficiência. No vento forte, a esteira e a testa devem estar bem tencionadas de forma a diminuir a curvatura na vela. Você agora regulou a vela com todas as regulagens mencionadas anteriormente, porém a vela com todas as suas talas parece estar torcendo e a  parte da vvaluma aluma nnoo tope está panejando panejando.. Não se desespere! – Corra para para o  burro e cacecace-oo até desaparece desaparecerr ess essaa irre irregularidade. gularidade. O burro burro irá tencionar a valu aluma, ma, to torn rnan ando do a ve vela la mai maiss rígid rígidaa e sem tor torção ção (twist (twist), ), que irá au aumen mentar  tar  a eficiência da vela e até diminuir a sua força na escora. O posicionamen-

 

Través ravés 17 to no veleiro continua com a tripulação no centro e em barlavento para fora da borda fazendo contra-peso.  No vento forte f orte é comum que se cace bastante a escota. Pode acontecer  que a escota esteja totalmente caçada, não permitindo mais regulagem. Repare na escoteira (traveller ): se ela estiver muito aberta significa que você pode pode caça-lá e fechar mais o ângulo de retranca, além de  fl etir mais o mastro, reduzindo sua força na escora. Após caçar a escoteira, ajuste a escota para a melhor abertura da retranca.

Través  No vento fraco, alivie os cabos da esteira, da testa e do burro mantendo a vela esticada e sem dobras. Deixe meia bolina. Inicialmente, deixe a retranca a 90o com a linha de centro do veleiro e cace ssuav uavemente emente a escota até que ela não paneje mais. Durante a nave navegação gação regule suavemente suavemente escota de forma a deixar a vela sempre in flada, sem panejar. O posicionamento da tripulação deve ser no centro (altura do ponto da catraca no Dingue).  No vento forte, a velejada em través passa a ser mais emocionant emocionante. e. Se você  fi zer tudo com precisão, poderá diminuir sua força na escora sensivelme ve lment nte. e. Te Tens nsion ionee a tes testa ta e a es estei teira ra co com m a mesma mesma rreg egul ulage agem m comen comentad tadaa  para o contra-vento contra-vento em ventos ventos fortes fortes.. Tencione Tencione o burro para que a valuma valuma não fi que panejando. Comece com a vela a 90o da linha de centro do veleiro, panejando. Cace até que ela  fi que esticada e o veleiro ganhe velocidade. A medida em que o veleiro aumenta a velocidade, o vento aparente muda de intensidade e direção (gira para a direção da linha de centro do veleiro) e faz com que a vela paneje. Se panejar, cace a escota seguidamente, enquanto o veleiro aumenta a velocidade. Haverá um ponto em que a velocidade do veleiro se estabiliza momentaneamente momentaneamente e depois começa a diminuir. Quando

 

18 Capítulo Capítulo 6 Nav Navegan egando do o seu seu Veleir Veleiro o há a desaceleração, ocorre conjuntamente, um momento adernante maior. Se isso ocorrer, solte a escota e vá caçando aos poucos até o veleiro acelerar novamente. novamente. Esse movimento de acelerar e desacelerar é periódico e você deve estar atento para abrir ou, fechar a vela, de modo que o veleiro  permaneçaa sempre com boa velocidad  permaneç velocidadee e sem adernar muito. O posicionamento da tripulação deve ser mais a ré do veleiro para forçar o planeio (a ré do ponto da catraca para o Dingue). Quanto ao planeio, uma observação importante: importante: os veleiros LASER irão  planar com mais facilidade e até com ventos mais fracos, diferente do Dingue, que precisará de um vento mais forte.

Vento de Aleta e Popa  No vento fraco, alivie o burro, cabos da testa e da esteira, observando observando  para que a vela ppermaneça ermaneça es esticada ticada e sem dobras. Em aleta deixe aproxiaproxi 1 madamente 4 da bolina e em popa suba a bolina inteiramente. Nos dois aproamentos, a retranca se encontra a aproximadamente a 90o com a linha de centro do veleiro. A tripulação deve situar situar-se -se na altura da catraca, centro do cockpit (Dingue). Em vento de aleta forte, cace a testa, a esteira e o burro. Comece com a retranca a 90o do veleiro e feche-a aos poucos, sentindo uma aceleração do veleiro. O barco tenderá a ter uma banda pronunciada se a vela estiver muito fechada por isso, solte novamente a escota e cace-a aos poucos, mantendo uma boa boa velocidade no vveleiro. eleiro. O posicionamento posicionamento da tripulação nessa condição de vento é a ré do ponto da catraca para forçar o  planeio.  No vento de popa forte, deixe a retranca a 90o com o veleiro, cace moderadam der adamente ente a testa e a esteira. esteira. Dê tens tensão ão moderada moderada no burro. burro. Tome cuidado que o veleiro tende a  ficar instável lateralmente. Para reduzir essa instabilidade, é aconselháv aconselhável el deixar uma pequena parte da bolina. Você Você

 

Mano Ma nobr bras as 19 verá que   ficará mais fácil até para manobrar o veleiro com uma pequena  parcela da bolina submersa; submersa; o ponto em que a bolina para de vibrar causando um ruído forte em tod todoo barco é a posição ideal para para deixar a bolina. Este é o ponto em que há uma boa parcela da bolina para dar estabilidade no veleiro. Para aumentar o rendimento do veleiro em popa forte, varie o leme arri bando e orçando em mov movimentos imentos su suaves. aves. Quando orçar, orçar, cace a escota escota até você se encontrar em vento de aleta. No vento de aleta, arribe e solte a escota suavemente até você perceber uma ligeira tendência na vela a mudar de bordo. Ao perceber essa tendência, orce nov novamente amente e mantenha mantenha esse movimento de zig-zag. O posicionamento da tripulação deve ser a ré do ponto da catraca para forçar seu planeio. Atenção deve deve ser dada ao  posicionamento  posicion amento transv transversal ersal da tripulação ddee tal forma que o veleiro tenha tenha melhor estabilidade transversal.

Manobras

Cambada  cambar, é a manobra resultante de orçar  A atéCambada que a proaou, dosimplesmente vel veleiro eiro pass passee pel pelaa linha linha do vento. vento. Esta manobra manobra é a mais segura segu ra para a estabilidade do veleiro e a segurança dos tripulantes, no que se refere a principiantes2 .

2

As  figuras foram extraidas do Bond [2].

 

20 Capítulo Capítulo 6 Nav Navegan egando do o seu seu Veleir Veleiro o

O primeiro passo a ser dado é verificar se o bordo está livre a barlavento. Entãoo prepara-se Entã prepara-se a tripul tripulação ação e no inicio da manobra manobra o timoneiro timoneiro fala: Cambando!. A partir deste m moment omentoo aciona-se aciona-se o leme para orçar  orçar 3 o veleiro até a proa passar a linha do vento, nesse instante deve-se mudar  de bordo sempre virando o corpo num giro tal que a vista passe pela proa do veleiro, e sempre lembrar da  retranca passando sobre sua cabeça!.

Início da cambada cambada

Final da cambada

Jibe ou Cambando em Roda A manobra resultante de arribar o veleiro até que a popa passe pela linha 3

ver   fi fi gura no capítulo5

 

Mano Ma nobr bras as 21 do vento é chamada de  J ibe, ou Cambar em Roda.

Como na  cambada, o timoneiro verifica primeiro se o bordo está livre a sotavento. Então prepara-se a tripulação e no inicio da manobra o timoneiro nei ro fala fala::  J ibe!. Após Após de desse sse av aviso iso ac acion iona-s a-see o leme leme pa para ra arriba arribarr o veleir veleiro, o, caçando pouco a pouco a vela para evitar uma passagem violenta da retranca, até a popa ter passado a linha do vento, (neste ponto é necessário cuidado redobrado para a passagem rápida da retranca) e muda-se de bordo seguindo a mesma recomendação da  cambada  onde deve-se girar o corpo sempre olhando para a proa do veleiro .

Início do Jibe

Final do Jibe

 

7   Montagem do Veleiro pass pa sso o a pa passo sso

Acompanhe Acompan he este roteiro utilizando as  figuras do capítulo 4. •







  Posicione o ve veleiro leiro com a proa alinha alinhada da com o vento.   Verifique se os bujões do cockpit e do espelho de popa estão bem fechados.   Monte a escoteira, ver  fi  fi gura das ferragens.   Fixe a catraca da escota no fundo do cockpit.













       

Combolsa a vvela ela ch chão ãoveri sobre uma que superfície macia coloque o mastro na sua e asnotalas, estas estejam ficando  fi xas. Co Coloq loque ue o mas mastro tro na cai caixa xa do mastro mastro co com m au auxíl xílio io de uma uma ou outra tra pesso pessoa. a. Passee o ca Pass cabo bo da test testaa e es esti tiqu quee lig ligei eira rame ment ntee e de deix ixee pa para ra re regu gula larr de depo pois is.. Co Colo loqu quee a retra retranc ncaa alin alinha hada da co com m a li linh nhaa de ce cent ntro ro do ba barc rcoo en enca caix ixan ando do-a no garlindéu e passe o cabo da esteira e estique ligeiramente e deixe  para regular regular depois.   Coloque o burro no noss pontos do mastro e da retranca evitando evitando tensionar  tensionar  demasiadamente.   Monte a es escota cota a partir do moitão na pon ponta ta da retranca dando dando um nó láis de guia, daí para o moitão da escoteira voltando para a ponta da retran retranca ca se segu guind indoo até o mo moitã itãoo do meio meio da retran retranca ca e dai para para a catrac catraca, a, fi





veri cand cando o o correto senti sentido do da trava trava da catraca. Dê um nó oito na  ponta da escota.   Verifique se a pá do leme esta solta e instale o leme com a pá na horizontal..   Instale a cana cana nnoo cabeçote cabeçote do leme. leme.

 

8   Cui uidados dados e Con onserva servação ção O veleiro, como qualquer outro objeto, necessita de alguns cuidados. Se você está velejando em água salgada, mesmo que todas as peças do seu  barco sejam em aço INOX INOX e plástico, ao terminar de velejar la lave-as ve-as com água doce, principalmente os cabos e as velas que são mais sensíveis. Ao encostar o veleiro em uma praia, ainda na água, ponha o veleiro em direção com o vento, solte a escota e leme, desça calmamente do barco e se seguregure-oo pela proa. Evit Evitee man manobras obras emocio emocionant nantes es como vir velejan velejando do e arrastar arrastar o veleir veleiroo na areia até parar parar.. Esse Esse tipo de manob manobra ra danifica o equipamento, o casco e é extremamente perigoso para os banhistas. Quando o veleiro estiver montado e na água, sempre o segure pela proa. Se você segurar em qualquer ponto da ré, o veleiro irá pegar a direção do vento e  ficará completamente desgovernado. Quando Quan do for guar guarda darr o ve vele leiro iro,, de desç sçaa a ca carr rret etaa de en enca calh lhee qu quan ando do se seuu ba barc rcoo ain ainda esti estivver na água água e sub ubaa pa para ra o se seco co e ap apon onte te a pr proa oa pa para ra o ve vent nto. o. Evit Evitee arrastar o casco na areia.

 

9   Referências Bibliográfi c as [1] Sérg Sérgio io Ch Cherq erques ues..   Dicionário Do Mar . Edito Editora ra Globo, Globo, São Paulo, Paulo, SP, SP, Brazil, 1 edition, 1999. [2 [2]] Bo Bobb Bo Bond nd..  Nave Navegación gación a Vela Vela. H. Blume Blume Edici Edicione ones, s, Rosari Rosario, o, 17. Mad Madrid rid-5. España, 1 edition, 1980.

 

10   Anexos Tabela de Fatores Fatores de Conversão Conversão para p ara:: Comprimento, Comprim ento, Área Ár ea e Volume Multiplicar Comprimento   cm  pol. m

 pés

Área

   

Para Obter  

0. 3937   2.54 3.281   0. 30 304 478  

polegadas ( pol.) cm

pés m

km 0. 6215   km 0. 53 539 996   Mil.   1.609 Mil.   0.8684   Mil. Náuticas   1. 1515   Mil. Náuticas   1.852 Mil. Náuticas   6080   cm2 0. 155   m2 10. 763    pol.2 6.45  pol.2 0.0069444   0.093    pés2

 

 pés2 Volume

 

por

 

m3

 pés3  pés3  pol.3

  144 35. 320   0.0283     1728 0.0005787 787

Mil. (Mil.) Mil. Náuticas km Mil. Náuticas Mil. km

pés pol.2

pés2 cm2

pés2 m2

pol.2

pés3 m3

pol.3

  pés3

 

30 Capítu Capítulo lo 10 Ane Anexos xos

Tabela de Fatores de Conversão para: Velocidade, Peso e Pressão Multiplicar Velocidade   m/ s m/ s m/ s

     

km/ h km/ h  pés/ s

     

nós nós Peso

Pressão

   

por

Para Obter 

3. 6 1. 9439   3. 28080   0. 27778  

km/ h

0. 53996   0. 3048   0. 51444   1.852

nós pés/ s m/ s

nós m/ s m/ s km/ h

T on (Curta)   2000 lb T on (Curta)   907.18 kg T on (Curta)   0.90718   T on (métrica)

 

 

T on (Longa)   T on (Longa)   T on (métrica)   T on (métrica)   kg lb atm atm atm atm atm

2240 1016 1000 2205 2.205 0. 4535 351 1 76.0 29.92   1.033 14.7 2116.2

lb kg kg lb lb kg cm mercúrio pol. mercúrio kg/ cm2 lb /pol.2 lb / pés2 2

 pol. de água   5.198  pol. de água   25.38 0.2048 kg / m2 lb / pés2 4. 8828

lb / pés kg/ m2 lb / pés2 kg/ m2

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