Um Auto de Gil Vicente Analise

October 12, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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 Auto de Gil  Almeida Vicente Garrett Vicente Estudo das personagens

 

Esquema resumo da peça ACTOS

I

 

 

ESPAÇO

Sintra Palácio Escadaria Fontes Tanques

TE M P O Três dias: cada dia corresponde a um acto “crepúsculo” “terá amanhecido”



 



Paços da Ribeira Sala do Trono Palco (representação das Cortes de Júpiter ) III

 

Recâmra do Galeão de Santa Catarina Camarim da Infanta

Noite, mas começo de um novo dia

ACÇÃO/ARGUMENTO

D. Beatriz, filha de D. Manuel casa com o Duque de Sabóia. Referência à partida de D. Beatriz e do cortejo que a acompanhará. Preparação da representação.   Cena X – início da representação

 A partida de D. Beatriz e a separação dos amantes (D. Beatriz e Bernardim Ribeiro). Bernardim pela varanda do“arremessa-se Galeão, ao mar. D. Beatriz desmaia (“Caí sem sentidos”).

 

Auto de Gil Gil Vic icen ente te Estrutura dramática e ideológica de  Um Auto

Centro da acção:  A

representaç representação ão de   um Auto de Gil Vicente, na corte de D. Manuel, por  ocasião do casamento de D. Beatriz com o duque de Sabóia.

Elemento aglutinador dos vários conflitos que compõem a acção:  A

intriga dos amore amores s de Bernardim e da infanta. infanta.

O teatro como metáfora da própria vida: 

O drama da Garrett é a própria representação do auto de Gil Vicente –   As cor es e p er  –   – es e o respec vo en ensa o, n c a o ogo na na pr pr me ra ce cena do I acto, até à representação da última cena.

Estatuto duplo personagens:

das

personagens



Simultaneamente

actores

e

Pêro Safio, Paula Vicente, Vicente, Bernardim Ribeiro, espectadores do espectáculo;  D. Manuel, D. Beatriz, membros da corte e convidados. convidados. 

Simbologia das personagens:

 

Simbologia das personagens: 

Gil Vicente –  é evoca evocado do na peça peça como como cria criado dorr do teatr teatro o port portug uguê uês s - o

homem que vive para a sua arte, portador da pureza da única classe social que está ainda próxima da natureza: o povo. 

Bernardim Ribeiro –  homem da corte, desajustado da sociedade (corte)

refugia-se na natureza (Sintra) levando consigo um conflito: natural   verus artificial/social – símbolo do próprio poeta romântico. 

redor do qual gira a artificialidade D. .Manuel –, é o centro da corte, ao , ,

govern gove rnan ante te,, a reje rejeiç ição ão da In Inqu quis isiç ição ão.. A prot protec ecçã ção o às ar arte tes s e à ciên ciênci cia a (pers (personi onific ficada adas s em Gil Vicente icente,, Berna Bernardi rdim m Ribeir Ribeiro o e Garcia Garcia de Resend Resende) e) aproximam-no aproximam -no do “homem natural”, colocando-ofemininas) acima dessa artificialidade. e D. Beatriz (personagens –  ambas  Paula Vicente vivem en função do amor. 

Pêro Safio e Paula Vicente –  consciência da distância que existe entre o

sonho e a realidade.

 

O drama romântico: 

O amor (votado, logo à partida ao insucesso, em virtude de as razões ordem social se sobreporem aos apelos do coração) surge como o valor  supremo e móvel determinante da conduta das personagens principais.

Características românticas: 

recorrência recorrênc ia à noite;



o amor-paixão;

o isolamento do mundo;  a fuga do real;   

a a solidão; mulher anjo.

 

III acto – cena XI – monólogo de Paula Vicente Neste monólogo, Paula mostra todo o seu tormento, a sua luta interior, dividida entre os seus sentimentos por Bernardim Ribeiro e a sua fidelidade de amiga e confidente do amor deste para com com D. Beatriz.  Apesar de mencionar que detesta D. Beatriz, num momento de desespero e ciúme, depressa toma o partido de sua amiga e caracteriza-a como sendo boa, inocente, tímida, desgraçada por amores (o seu amor é impossível). Numa Nu ma frase dura, dura, caract caracteri eriza za Bernard Bernardim im ribeiro ribeiro Como um infeli infeliz z que sofre sofre por  um amor impossível que vai acabar por o matar: “Mas aquele infeliz que não tem outra out ra lór lória ia ue ess esse e fun funest esto o am amor or ue o ma mata” ta”.. Nest Ne ste e monó monólo logo go,, Paul Paula a Vic icen ente te di divu vulga lga sem sem somb sombra ra de dúvi dúvida da quem quem ama, ama, quando diz:  “Todas as delícias deste adeus derradeiro – a mim mas devem! A mim que o amo”. Este homem é Bernardim Ribeiro.  Ainda, nesta fala, Paula diz que D. Beatriz acabará por esquecer os amores a as belezas de Sintra e arredores, uma vez que estiver em Itália rodeada de jardins artifi art ificia cialme lmente nte desenha desenhados dos e das riquez riquezas as.. De Deita itar-s r-se-á e-á com um homem homem que não ama e com quem se sentirá mal:  “para longe te levam aos braços de outrem – Rec ecli lin nad ada a no pe peit ito o do estra strang ngei eiro ro,, mes esqu quin inh ha! – tu es estr trem eme ece cerrás co com m as aborrecidas carícias de um esposo indiferente; e o asco dos beijos de um marido que não amas, que em teu coração traíste já.E acabarás por te acostumar” 

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