TRONO DA FÉ

March 10, 2019 | Author: Leciano Luci Colovini | Category: Freemasonry, Faith, God, Angel, Love
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Primeira Linha de força Divina, ou Irradiação da Fé TRONO DA FÉ É formada por dois Orixás que se polarizam nos campos da religiosidade. Oxála e Oyá são seus nomes, sendo Oxalá irradiante, positivo, passivo e atua por meio de seu magnetismo cujas ondas são retas, e vibra fé o tempo todo. Oyá é cósmica, absorvente, absorvente, temporal, e sua irradiação magnética magnética é alternada em duas espirais: uma intensifica a religiosidade e a outra a esgota.  A irradiação que projeta projeta é estimuladora da da religiosidade. Já a que absorve é esgotadora dos desequilíbrios religioso nos seres Estudando sua natureza divina, podemos escreve-los assim: Oxalá é uma dinvidade passiva da fé e é em si mesmo esse mistério divino, pois gera fé o tempo todo e a irradia de forma reta, alcançando tudo e todos. Sua natureza religiosa não deve ser dissociada de Deus, pois é esta qualidade d´Ele que o individualizou em seu Trono da Fé, para poder visualizar por todos os seres cuja fé é reta e a religiosidade é virtuosa.

O fator magnetizador de Oxalá tem por função qualificar tudo e todos apartir dos seus magnetismos íntimos.

Oxalá – fator magnetizador Oxalá – Jesus Cristo, Nosso Senhor do Bonfim. O grande Pai da Umbanda. Senhor da compaixão, do perdão, da sapiência e da fé. Saudação: Oxalá yê, meu pai! ou Exê Babá! – Babá! – significa:  significa: O Sr. Realiza! Obrigada Pai!

Oya – Oya  – fator cristalizador O fator magnetizador de Oxalá tem por função qualificar tudo e todos apartir dos seus magnetismos íntimos. O fator cristalizador de Oya tem a função de dar forma final fi nal a tudo e a todos dando-lhes estabilidade.

Joana D’arc. Orixá do Tempo, passado presente e futuro (tempo cronológico) e sua maior ação é no sentido religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso. Saudação: Olha o Tempo, minha mãe!

MISTÉRIO DA FÉ: OXALÁ E OIÁ-TEMPO A FÉ é a qualidade divina aceita por todos como a principal ou maior, pois tudo tem que ter por principio a fé em Deus e na sua capacidade criadora e geradora, já que tudo foi criado e gerado por Ele e em tudo Ele está, pois é em Si mesmo tudo o que existe. Se os mecanismos da FÉ forem bem ativados, as pessoas alterarão seus comportamentos sociais, religiosos, morais e emocionais, dotando-se em pouco tempo de uma nova consciência. Este fato torna a FÉ a principal via evolutiva, já que os outros sentidos da vida possuem mecanismos cujas ativações são mais lentas ou difíceis de serem conseguidas. A FÉ consegue tirar as pessoas de estados de espírito sombrios e elevá-las a estados luminosos num piscar de olhos. A irradiação da FÉ é uma onda que nasce de Deus e irradia-se bipolar. Em sua onda passiva, positiva e cristalizadora da FÉ, Deus gerou em Si Oxalá, que é em si mesmo a qualidade divina denominada FÉ. Em sua onda ativa, negativa e magnetizadora da religiosidade, Deus gerou em Si Oiá-Tempo(também chamada de Logunã), que é em si mesma a religiosidade dos seres. Oxalá é visto por todos como o principal Orixá, pois sem a FÉ não existiria a religião e a crença em Deus.

Oxalá – O Trono Masculino da Fé Por Alexandre Cumino O x al á, Apo lo ou Febo, Hé li o s, B rah m a, Suria, Varuna, R á, Khnum, Baldur ou Balder, B r án , Anu, Nusku, Utu, Shemesh, Dagda, Inti, KinichAhau,

Oxalá — Divindade de Umbanda é o Trono Masculino da Fé, irradia a fé o tempo todo de forma passiva, não forçando ninguém a vivenciá-la, universal, sustenta a todos que têm fé. Fator magnetizador e congregador, está na base da criação, sem Fé não existe os outros atributos dos demais tronos e sem magnetismo nada existiria em nosso planeta. Este é o trono principal, regente de nosso planeta.  As Divindades que representam esse trono costumam estar no topo do panteão ou serem identificadas com o Sol que a tudo sustém.

OXALÁ Oxalá é o Trono* Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade. Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amados irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de Fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia ir radia a fé em todos os sentidos e a todos os seres. Comentar Oxalá é desnecessário porque ele é a própria Umbanda. Logo, vamos nos afixar nas suas qualidades, atributos e atribuições.

A Preparação de Imagens de oxalá Algumas pessoas têm, em suas casas, imagens de santos da Igreja Católica que estão sincretizados nos Orixás de Umbanda. Queremos esclarecer que para que a imagem atraia realmente a vibração que representa, ela deverá ser preparada antes, num ritual simples que passamos a descrever. Lave a imagem com água corrente e três gotas de amônia, para retirar a vibração que a imagem captou na loja comercial onde foi comprada. Em seguida, lave com água e três gotas da essência correspondente à vibração que se quer atrair. Use toalha própria para enxugar e pano branco b ranco virgem para passar a água com essência. Fure a imagem por baixo, na base, com um punhal virgem ou da vibração, fazendo um orifício de dois centímetros de diâmetro, aproximadamente. Antes de iniciar o ritual de imantação das imagens, prepare-se com banho de descarrego, roupa branca (roupa de santo, se tiver), defumação e acenda uma vela de cera com um copo d’água ao lado. Ao terminar o ritual, feche o orifício com a cera da vela e deixe queimar o restante. A vela deverá estar oleada (untada) com a essência utilizada e deve ser usada uma vela para cada imagem a ser preparada. As contas a serem utilizadas no ritual deverão ter sido colocadas anteriormente, por três dias, em água com três gotas da essência correspondente. Coloque no interior da imagem o seguinte: Oxalá pó de pemba branca 7 contas brancas algodão com 21 gotas de essência de aloés

Lendas de Oxalá  Aguas de Oxalá Oxalá

Aproximava-se o dia em que seria realizado no reino de Oyó, a época das comemorações em homenagem a Xangô, Rei de Oyó, onde todos os Orixás foram convidados, inclusive Oxalufã. Antes de rumar a Oyó, Oxalufã consultou seu babalawo a fins de saber como seria a jornada, o babalawo lhe disse: leve três mudas de roupas brancas, pois Exú irá dificultar seus caminhos. E Oxalufã partiu sozinho. O adivinho aconselhou-o então a levar consigo três panos brancos, limo-da-costa e sabão-da-costa, assim como a aceitar e fazer tudo que lhe pedissem no caminho e não reclamar de nada, acontecesse o que acontecesse. Seria uma forma de não perder a vida. Caminhando pela mata encontrou Exú tentando levantar um tonel de Dendê as costa e pediu-lhe ajuda, Oxalufã prontamente lhe ajudou mas Exú, propositalmente derramou o dendê sobre Oxalufã e saiu. Oxalufã banhou-se no rio, trocou de roupa e continuou sua  jornada. Mas adiante encontrou-se novamente novamente com Exú, que desta vez tentava erguer um saco de carvão a costas e pediu a Oxalufã que lhe auxiliasse, novamente Oxalufã lhe ajudou e Exú repetiu o feito derramando o carvão sobre Oxalufã, banhando-se no rio e trocando de roupa, Oxalufã prosseguiu sua jornada a Oyó, próximo já a Oyó, encontrou com Exú novamente tentado erguer um tonel de melado e a estória se repetiu. Nos campos de Oyó, Oxalufã encontrou com um cavalo fugitivo dos estábulos de Xangô, e resolveu devolver ao dono, antes de chegar a cidade, foi abordado pelos guardas que julgaram-no culpado pelo furto. Maltrataram e prenderam Oxalufã. Ele, sempre calado, deixou-se levar prisioneiro. Mas, por estar um inocente no cárcere, em terras do Senhor da Justiça, Oyó viveu por longos sete anos a mais profunda seca. As mulheres tornaram-se estéreis e muitas doenças assolaram o reino. Desesperado Xangô resolveu consultar um babalawô para saber o que acontecia e o babalawô lhe disse: a vida está apri sionada em seus calabouços, um velho sofria injustamente como prisioneiro, pagando por um crime que não cometera. Com essa resposta, Xangô foi até a prisão e lá encontrou Oxalufã todo sujo e mal tratado. Imediatamente o levou ao palácio e lá chamou todos os Orixás onde cada um carregava um pote com água da mina. Um a um os Orixás iam derrubando suas águas em Oxalufã para lavá-lo. O rei de Oyó mandou seus súditos vestirem-se de branco. E que todos permanecessem em silêncio. Pois era preciso, respeitosamente, pedir perdão a Oxalufã. Xangô vestiu-se também de branco e nas suas costas carregou o velho rei. E o levou para as festas em sua homenagem e todo o povo saudava Oxalufã e todo o povo saudava Xangô.

Elemento cristalino, representa a pureza, está em todos os lugares, religiosamente goza de posição de destaque, pois sem fé não há religião. Sua cor é o branco, que tem em si todas as cores. Tem como símbolo a pomba branca da paz e podemos ainda simbolizá-lo com a cruz da fé ou a estrela de cinco pontas, que desperta a magia da fé no ser humano. Seu ponto de força na natureza é qualquer lugar onde se possa sentir a paz do trono da fé, dando preferência muitas vezes a mirantes, campos abertos e bosques. Pedra: Quartzo cristalino.

Atributos: Os atributos de Oxalá são cristalinos, pois é através da essência cristalina que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos de fé. Atribuições: As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do Divino Oxalá Oferenda: Oxalá é oferendado com velas brancas, frutas, cocos verde, mel e flores. Os locais para oferendá-lo são aqueles que mais puros se mostram, tais como: bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos, etc. Já os regentes dos pólos negativos da linha da Fé não se abrem ao plano material e não são invocados ou oferendados. * Planos e faixas vibratórias da evolução.

Grande Arquiteto do Universo é Oxalá

Grande Arquiteto do Universo, como diz, é Deus, é Oxalá e é todos nomes que queiram chama-lo, é sobretudo nosso Pai maior, não importa a religião ou o nome de nosso Pai, o importante é acreditar na sua existência e também seguir suas palavras contidas nos livros ou nas palavras dos profetas por ele enviado a nós, todos podemos ser pastores desses rebanhos, sacerdotes qu quee cultivam a semente do amor a Deus.

Para ser maçom, é preciso primeiramente acreditar em Deus, não importando sua religião, pois a maçonaria não é uma religião, maçonaria é a celebração da Liberdade, igualdade e Fraternidade, ser um maçom é ser livre e de bons costumes, a religião será sempre uma porta para a entrada de Deus no seu coração, mas de nada adianta ser religioso ou mesmo maçom, somente para dizer por ai que você é uma pessoa diferente delas, ser religioso é ser um temente a Deus, é ser um filho dedicado, é cultivar o amor, e ser sacerdote é plantar o amor nos corações dos filhos de Deus.

Sobre a Palavra

Grande Arquiteto do Universo (G A D U ), é o têrmo utilizado pelos maçons para designar a Divindade Suprema. Esse termo é um conceito criado pelos maçons espiritualistas do século XVIII, que fizeram a transposição da Maçonaria operativa para a especulativa. Isso significa enxergar Deus como uma Entidade que “pensa” o universo e entrega a sua construção para anjos e homens como seus delegados. Dessa forma, os anjos são os mestres (chamados demiurgos) e os homens são os operários (obreiros). Essa é uma concepção derivada dos ensinamentos da Cabala e da Gnose cristã, e foi introduzida na Maçonaria pelos chamados “pensadores rosarosa -crucianos”, que em fins do século XVII ingressaram na Orde na Ordem m como “maçons aceitos”. Esse conceito integra a noção de Deus como autor do universo ( Supremo Arquiteto) e as tradições dos antigos construtores medievais, que viam nas igrejas por eles construídas verdadeiras réplicas do cosmo.(3) Essa concepção também está fundamentada na Biblia, através da construção do Templo de Salomão, que segundo os maçons medievais, teria sido construido com instruções ditadas por Deus ao rei Salomão e seu arquiteto Hiram Abbif. Essa sabedoria secreta, conhecida somente por Salomão, Hiram e Adonirã (encarregado das obras), estaria contida na geometria, nos simbolos, nos adereços e nas formas arquiteturais daquele Templo. Além da sabedoria secreta contida na Arquitetura, Arquitetura, haveria também um outro segredo que o G A D U segredou somente à Moisés. Esse segredo segredo se destinaria à construção de uma sociedade perfeita perfeita ( O reino de Deus na terra, que seria a nação de Israel) e ao aperfeiçoamento do caráter do homem, para para que este pudesse recuperar recuperar o estado de perfeição que possuia antes da queda. Esta sabedoria estaria contida nos cinco livros da Torá, de forma camuflada em nomes, acontecimentos, números e parábolas. Moisés escreveu as leis e os mandamentos que o povo deveria seguir, mas o verdadeiro significado daqueles mandamentos e dos rituais que ele prescreveu ao povo de Israel, constituia uma sabedoria secreta que ele transmitiu de forma oral aos mestres de Israel.(6) Mais tarde, os sábios de Israel a desenvolveram nos ensinamentos da Cabala e nos comentários do Talmud. Os filósofos do cristianismo místico a completaram com os ensinamentos de Jesus, e como resultado dessa interação nós temos hoje a doutrina conhecida como Gnose. Segundo a tradição esotérica, a Cabala teria sido instituída pelo G A D U como forma de comunicação entre os anjos. Era, portanto, uma espécie de linguagem utilizada pela primeira criação divina, antes mesmo Dele pensar em criar a humanidade. Segundo os ensinamentos da Cabala, antes de Deus fazer o homem, os anjos formavam uma espécie de Irmandade, ou escola teosófica, sediada no Éden, chamada Fraternidade dos Elohins. Depois da queda, alguns desses anjos a ensinaram aos homens para que estes pudessem interpretar a linguagem divina e conhecer a verdadeira vontade de Deus, e assim poder voltar, um dia, ao estado de beatitude e perfeição que possuíam antes da queda. Somente alguns poucos homens, em cada geração, receberam esse conhecimento. Entre eles, Adão e seu filho Seth, que a passaram aos seus descendentes descendentes Enoque, Noé e Abraão. Essa lenda é desenvolvida na Maçonaria dos graus superiores como representação pictórica e simbólica da transmissão da sabedoria aos homens. Na verdade, trata-se da

explicação de como o processo de aquisição da consciência por parte do ser humano aconteceu, e como ele se desenvolveu ao longo do tempo. É uma alegoria de profundo conteúdo esotérico, mas que também se apoia em trabalhos científicos de muito respeito.

Oxalá

O MAIOR DE TODOS OS ORIXÁS Oxalá é a figura mais respeitada, por ser, segundo as lendas, o pai de todos os outros orixás. De ocordo com o mito, foi um dos criadores do mundo, tendo recebido de Olorum (Deus Supremo) a tarefa de modelar todos os seres humanos. O esteriótipo a ele associado é o do pai sábio e austero, que tem sob suas mãos todos as decisões sobre a vida dos que o cercam. Ao mesmo tempo que autoritário, é também sensível e compreensivo, pois sua força não se mostra usualmente através da violência, é sim pela capacidade de argumentar e provar que está certo. A ele são feito pedidos de todos os tipos, já que age em todos os campos através de seus filhos, mas é considerado o responsável direto pelo processo de fecundação. Oxalufã “o velho” e Oxaguian “o moço” na sua forma “guerreira” de Oxalá que carrega uma espada, cheio de vigor e nobreza, seu templo principal é em Ejigbo, onde ostenta o título de Eléèjìgbó, rei de Ejigbo. Na condição de velho e sábio, curvado ao peso dos anos, figura nobre e bondosa, carrega uma cajado em que se apóia, o Opaxoro, cajado de forte simbologia, utilizado para separação do Orun e o Ayié. No Brasil é o mais venerável e o mais venerado, sua cor é o branco, seu dia a Sexta-feira, motivo pelo qual os candomblecistas em geral usam roupa branca na Sexta-feira e na virada do ano, num claro respeito e devoção a Oxalá. Sua maior festa é uma cerimônia chamada “Águas de Oxalá” que diz respeito a sua lenda dos sete anos de encarceramento, culminando com a cerimônia do “Pilão de Oxaguian”, para festejar a volta do pai. Esse respeito advém da sua condição delegada por Olorun, da criação e governo da ORUNMILÁ Orunmilá, também conhecido como Ifá, é o princípio da intuição, da premonição, os sentidos do espírito, o olhar que conhece o futuro. É o deus invocado no jogo de búzios, pois é ele quem conhece todos os destinos (odus), cabeças (oris) e caminhos. Ele diz a Exu que movimente suas palavras até os búzios, indicando que orixá esta regendo uma pessoa, porque, com que destino. É considerado um avatar de Oxalá, pois ele estava no começo do mundo. Olodumare (o universo) Obatalá (o principio), Oxalá (a criação), Oxaguiã (o conflito), Orunmilá (intuição), Odudua (o planeta terra), Ajalá (o oleiro q molda os oris – cabeças)eFururu (o sopro de vida) são considerados Oxalá todos eles. Qualidades: Oxalá (o sol); oxaguian (o nascer do sol); oxanyin(oxalá moço); oxadinhan (oxalá moço), oxagiriyan (oxalá feminino); oulissa (oxalá no gege); oxalufan (oxalá velho); oxáolokun (oxalá do mar); orixalá (oxalá do meio-dia); obiam (esposa de orixalá); orixá okô (oxalá da agricultura); obá-okê (oxalá da montanha); ora minhan (filho de odudua e obatalá); orixaniá (rei dos orixás); ifá (o espírito santo); canaburá (o nascer do dia), Obatalá, Odudua, Okin, Lulu, Ko, Oluiá, Babá Roko, Babá Epe, Babá ejugba, Akanjapriku, Ifuru, Kere, Babá Igbo, Ajaguna. Símbolos: cajado (Opaxorô ),pilão (eninodô), caramujo, dente de elefante e pedacinhos de marfim dentro de um anel de chumbo. Dia da semana: sexta-feira – domingo também lhe é consagrado. Cor: branco, marfim, pérola, prata. Natureza: oceanos, rios, céu, montanhas, cumes. Elemento: ar Perfumes: lírio, alfazema, colônia, cálamo aromático. Como usar: passar às sextas e domingos Bebida: água.

Sincretismo: sincretizado com o Senhor do Bonfim (Oxalufã, Oxalá velho segundo domingo depois do Dia de Reis, em  janeiro). Menino Jesus (Oxaguiã)Oxalá moço identifica-se também com o Espírito Santo. Nos xangôs do Recife, onde não existe Oxalá moço, é o Padre Eterno. No Rio de Janeiro e em outros Estados é Jesus Cristo. Domínio: céu (ORUN), AR e CRIAÇÃO. AXÉ (força emanada) urificação, sabedoria, criação, tranquilidade. Características: líder, benevolente, generoso, responsável, confuso, ansioso, rígido, hopocondríaco. Saudações: EXÊ-Ê-BABÁ ! (Oxalufã, o Oxalá Velho) e EP-EP-BABÁ! (Oxaguiã, O Oxalá moço) EPA BABÁ! Arquétipo: Oxalá é a figura mais respeitada do candomblé no Brasil, por ser, segundo as lendas, o pai de todos os outros orixás. De acordo com o mito, foi um dos criadores do mundo, tendo recebido de Olorum (o deus supremo) a tarefa de modelar todos os seres humanos. O estereótipo a ele associado é o do pai sábio e austero, que tem sob suas mãos todas as decisões sobre a vida dos que o cercam. Ao mesmo tempo que autoritário, é também sensível e compreensivo, pois sua força não se mostra usualmente através da violência, e sim pela capacidade de argumentar e de provar que está certo. Há grandes semelhanças entre os Orixás e os deuses do Olimpo, cultuados pelos gregos. Oxalá simboliza o Sol e identifica-se com APOLO e seu dia é o domingo. Os filhos de Oxalá são arrojados, mas muito briguentos. Oxalá tem como elemento o AIÊ, que para nós, candomblecistas, é o todo, o Universo, é o AR que respiramos, é a nossa vida. As folhas de Oxalá são: Tapete de Oxalá (boldo de jardim), sabugueiro de Oxalá (boldo chileno), folha da costa (saião), guaco, manjericão branco, erva de São João (não serve para colocar no Ori – só se usa no Roncó -, neve-branca, incenso. Todas as folhas de Oxalá podem ser usadas por qualquer pessoa, porque podem ir ao Ori, com exceção da ervade-São João. OS FILHOS DESTE ORIXÁ SÃO PESSOAS CALMAS E DIGNAS DE CONFIANÇA. SÃO DOTADOS DE GRANDE SABEDORIA, POIS ESTÃO SEMPRE BUSCANDO OS SIGNIFICADOS DE TUDO O QUE OCORRE AO SEU REDOR, NÃO CANSAM DE ESTUDAR E BUSCAR O CONHECIMENTO, MESMO COM A TENDÊNCIA DE SEREM PREGUIÇOSOS. O TRABALHO BRAÇAL NÃO OS ATRAÍ, PREFEREM BUSCAR LUGARES ONDE POSSAM COLOCAR AS SUAS IDÉIAS E PROJETOS EM ATIVIDADE. SÃO ÓTIMOS PROJETISTAS E ORGANIZADORES.

OXALÁ É o Trono Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade. Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres. Comentar Oxalá é desnecessário porque ele é a própria Umbanda. Logo, vamos nos afixar nas suas qualidades, atributos e atribuições. QUALIDADES: As qualidades de Oxalá são, todas elas, mistérios da Fé, pois ele é o Trono Divino irradiador da Fé. Nada ou ninguém deixa de ser alcançado por suas irradiações estimuladoras da fé e da religiosidade. Seu alcance ultrapassa o culto dos Orixás, pois a religiosidade é comum a todos os seres pensantes. Jesus Cristo é um Trono da Fé de nível intermediário dentro da hierarquia de Oxalá. E o mesmo acontece com Buda e outras divindades manifestadoras da fé, pois muitos Tronos Intermediários já se humanizaram para falar aos homens como homens e , assim, melhor estimularem a fé em Deus. Todas as divindades irradiam a fé. Mas os Tronos da hierarquia de Oxalá são mistérios da Fé e irradiam-na o tempo todo. ATRIBUTOS: Os atributos de Oxalá são cristalinos, pois é através da essência cristalina que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos de fé. Saibam que a essência cristalina irradiada pelo Divino Trono Essencial da Fé é neutra quando irradiada. Mas como tudo se polariza em dois tipos de magnetismos, então o pólo positivo e irradiante é Oxalá e o pólo negativo e absorvente é Oiá. Oxalá irradia fé o tempo todo e Oiá absorve as irradiações religiosas desordenadas vibradas pelos religiosos desiquilibrados. Ela se contrapõe a ele porque a atuação dela é no sentido de absorver os excessos religiosos vibrados pelos seres que se excedem nos domínios da fé. Já Oxalá irradia fé e estimula a religiosidade o tempo todo, a todos. ATRIBUIÇÕES: As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irr adiação do divino Oxalá... e entram nos gélidos domínios da divina Oiá, a Senhora do Tempo e dos eguns negativados nos aspectos da fé.

OFERENDAS: Oxalá é oferendado com velas brancas, frutas, côco verde, mel e flôres. Os locais para oferendá-lo são aqueles que mais puros se mostram, tais como: bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos, etc. Já os r egentes dos pólos negativos da linha da Fé não se abrem ao plano material e não são invocados ou oferendados.

OXALÁ - A VIBRAÇÃO SUPREMA ri

= Luz

a

= Senhor

á

= Deus

xalá

= A Luz do Senhor Deus

Oxalá é o Orixá maior de Umbanda. Dessa vibração suprema se originam todas as outras e ela está presente em todos nós e em todas as vibrações. Está sincretizada em Jesus Cristo, o homem que por sua perfeição e conduta conseguiu alcançá-la e sintonizá-la, porque foi educado e preparado para isso. As escrituras relatam o já conhecido nascimento de Jesus na Palestina. Ele foi instruído no conhecimento das escrituras hebraicas e seu fervor religioso e sua espiritualidade natural o levaram a consagrar-se à vida religiosa e ascética. Depois de uma permanência em Jerusalém - onde revelou extraordinária inteligência e ardor em se instruir - foi enviado ao deserto da Judéia para aí ser educado numa comunidade essênia. As tradições ocultas e místicas relatam que, aos dezenove anos, ele entrou para um mosteiro essênio, mosteiro esse muito freqüentado pelos sábios que iam da Pérsia e das Índias para o Egito e onde havia uma biblioteca magnífica de obras ocultas. Deste asilo de erudição mística, Jesus transportou-se mais tarde para o Egito. De posse da sabedoria oculta que era a alma da seita essênia, ele recebeu, no Egito, a consagração que o preparou para o sacerdócio real que deveria atingir mais tarde. Sua pureza sobre-humana, sua imensa devoção eram tais que, na sua mocidade, ele já se elevava acima dos seus pares, derramando sobre os judeus severos que o rodeavam sua grande sabedoria acompanhada de ternura e suavidade. O encanto dominador de sua imaculada pureza envolvia todo o seu ser numa aura radiante, e suas palavras, embora raras, transmitiam sempre amor e doçura. Jesus viveu, assim, durante 29 anos de sua existência, crescendo em graça e aperfeiçoamento espiritual. Essa pureza excepcional e essa altíssima espiritualidade tornaram Jesus - homem e discípulo - digno de servir de templo e habitação a um Poder Maior, a uma Presença Imensa. Tinha chegado a hora em que se ia produzir uma dessas manifestações divinas que, periodicamente, vêm ajudar a humanidade a apressar sua evolução espiritual já que surgia no horizonte uma nova civilização: os séculos iam dar nascimento ao mundo ocidental. Um poderoso "Filho de Deus" encarnara-se na Terra, um Instrutor Supremo, um Ser no qual habitaria, no ponto mais alto, a sabedoria divina, uma torrente de Luz e Vida abundantes, uma fonte de onde jorraria em ondas o amor e a paz supremos. Essa época é assinalada, nos Evangelhos, pelo batismo de Jesus, como, por exemplo, em Lucas III, 21 e 22: "... depois de batizado Jesus, e estando em oração, abriu-se o céu. E desceu sobre ele o Espírito Santo em forma corpórea como uma pomba, e soou do céu uma voz que dizia: Tu és meu Filho especialmente amado; em Ti é que tenho posto toda a minha complacência". Podemos, com justiça, dar a esta Presença assim manifestada, o nome de Cristo, que a Umbanda chama de Oxalá. É esta força, é esta luz divina que, sob a forma de Jesus - homem, ensinava e curava. O encanto raro do Seu amor soberano se espalhava em torno de Si como raios de sol; a magia terna de Sua sabedoria de beleza tornava mais puras, nobres e belas as vidas que entravam em contato com a Sua; pondo em jogo as forças do espírito puro, curava numerosos doentes pela palavra ou pelo contato, reforçando as energias magnéticas do seu corpo imaculado com a força irresistível de Sua Vida interior. O Oxalá, o Cristo é, portanto, uma vibração gloriosa que inundou, por três anos - do batismo à crucificação - o corpo de Jesus, Aquele que alcançou a perfeição da evolução humana. A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até Ele; O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao Seu rebanho: "Estou aqui; enviai-me". Oxalá é a figura mais respeitada, por ser segundo as lendas, o pai de todos os outros Orixás. O estereótipo a ele associado é o de pai sábio e austero, que tem sob suas mãos todas as decisões sobre a vida dos que os cercam. Ao mesmo tempo autoritário, é também muito sensível e compreensivo, pois sua força não se mostra usualmente através da violência, e sim pela capacidade de argumentar e provar que está certo e é considerado o responsável direto pelo processo de fecundação. Os filhos de Oxalá são pessoas tranqüilas, com tendência a calma mesmo nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem para obtê-lo. São amáveis e prestativos mas nunca de uma maneira subserviente, em alguns casos podem ser autoritários. Sabem argumentar com facilidade, com grande queda para a organização e a centralização em torno de si próprios da atividade em grupo, apesar disso, no fundo são indivíduos reservados. O defeito mais claro que pode haver nos filhos de Oxalá é a teimosia, quando a certeza de suas convicções se torna muito clara. Nesses casos será difícil convencê-los de que estão errados ou de que existem outros caminhos para a resolução de qualquer problema, fisicamente os filhos de Oxalá apresentam um porte majestoso que está mais na maneira de andar do que na constituição física. São as seguintes falanges de Oxalá: 1. Falange do Caboclo Urubatão (Oxóssi); 2. Falange de Ogum Delê (Ogum) 3. Falange de Xangô Djacutá (Xangô) 4. Falange da Cabocla Janaína (Yemanjá) 5. Falange de Cosme (Yori) 6. Falange do Povo de Bengala (Pretos Velhos) 7. Falange dos Caboclos de Oxalá (Oxalá) É missão desta linha, devido à sua alta religiosidade e elevação moral, fazer a infiltração de suas falanges, legiões e grupos, nas linhas de quimbanda, com o firme propósito de convertê-los e arrastá-los para a prática do bem, conduzindo os espíritos quimbandeiros para a estrada larga do amor, da verdade e caridade. As legiões de Oxalá são formadas pela sétima falange de cada uma das linhas de Umbanda, sendo que a sétima legião é o próprio Oxalá. Assim se forma o círculo de forças que começa e termina em Oxalá. A sétima legião de cada linha da Umbanda vibra com Oxalá, formando as legiões desta linha que é a mais importante dentre as sete linhas. São as seguintes legiões de Oxalá: 1. Legião de Santo Antônio 2. Legião de São Cosme, Damião e Doum. 3. Legião de Santa Catarina

4. Legião de São Expedito 5. Legião de Santa Rita de Cássia 6. Legião de São Francisco de Assis (semiroba frade) 7. Legião de São Benedito ou Benezet.

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Saudação

EPA BABA.

Essências

aloés, almíscar, lírio e lótus;

Elemento Cor: Sincretis

Dia: Local de Trabalho: Flores: Guia: Bebida: Fita: Pedras: Metal: Objetivo: Vela: Ervas:

Amalá:

céu, terra, ar, fogo, água; branco Jesus Cristo sexta-Feira campina, alto da cachoeira, campo aberto. lírios brancos e todas as flores que sejam dessa cor. 108 contas brancas leitosas ou de cristal. Firma branca. água. branca. diamante, cristal de rocha. Ouro, platina, podendo usar o ouro branco. parte espiritual. branca. Poejo; Camomila; Chapéu de Couro; Erva de Bicho; Cravo; Coentro; Gerânio Branco; Arruda; Erva Cidreira; Erva de São João; Alecrim do mato Hortelã; Alevante; Erva de Oxalá (boldo); Folhas de Girassol; Folhas de Bambú 14 velas brancas, água mineral, canjica branca dentro de alguidar de louça branca, fitas e flores brancas. O local de entrega deve ser muito bonito e cheio de paz, como uma colina limpa, ou junto de uma entrega para Yemanjá, na praia, (todos os lugares).

Cozinha ritualística: 1. Acaçá

Ingredientes: 1/2 kg de canjica branca, folhas de bananeira para enrolar; Modo de fazer: a) Ponha o milho na água para amolecer, de véspera. No dia seguinte, passe na máquina de moer, na chapa mais fina. Ponha novamente de molho o milho moído, até o dia seguinte, para azedar. b) Cozinhe-o como um angu ou mingau. Ponha, às colheradas, em folhas de bananeira. Enrole e sirva depois de frio, na própria folha. c) O acaçá é um bom acompanhamento para o caruru (Xangô) ou para o efó (Nanã). Também pode ser servido com leite e açúcar, em tigelinhas ou pratos brancos. Gelado é mais gostoso. d) Já existe à venda no mercado a chamada "farinha de acaçá", que é a canjica branca já moída, o que facilita enormemente a confecção do acaçá de Oxalá.

2. Mungunzá

Ingredientes: 1/2

o:

kg de canjica branca 2 colherinhas de sal leite puro e leite ralo de 2 cocos açúcar a gosto (1/2 xícara ou pouco mais) 6 cravos-da-índia, 1 pau de canela 2 colheres das de sopa de creme de arroz Modo de fazer: a) Escolha a canjica e ponha de molho na véspera. b) No dia seguinte, ponha para cozinhar com água e o sal. Adicione o leite ralo quando a canjica começar a amaciar. Junte o açúcar, misture e, se preciso, ponha mais sal. Acrescente os cravos-da-índia e a canela. c) Desmanche o creme de arroz no leite de coco puro e junte ao mungunzá para engrossar o caldo do mesmo. d) Sirva em pratos fundos, como sopa. Obrigaçã 1 prato branco virgem; 1 maço de flores brancas; algodão; canjica cozida no leite; fósforo; mel; 7 velas brancas. O algodão servirá para cobrir o prato da obrigação que depois deverá ser cruzado com o mel. Além de imantar o médium está obrigação

absorve toda a sua negatividade que ficará depositada no algodão.

QUALIDADES DE OXALÁ As qualidades de Oxalá são, todas elas, mistérios da Fé, pois ele é o Trono Divino irradiador da Fé. Nada ou ninguém deixa de ser alcançado por suas irradiações estimuladoras da Fé e da Religiosidade. Seu alcance ultrapassa o culto dos Orixás, pois, a religiosidade é comum a todos os seres pensantes. Jesus Cristo é um Trono da Fé de nível intermediário dentro da hierarquia de Oxalá. E o mesmo acontece com Buda e outras divindades manifestadoras da fé, pois muitos Tronos Intermediários já se humanizaram para falar aos homens como homens e, assim, melhor estimularem a fé em Deus. Todas as divindades irradiam a fé. Mas os Tronos da hierarquia de Oxalá são mistérios da Fé e irradiam-na o tempo todo. Qualidades do Orixá Oxalá, uns dos vários caminhos (qualidades) pelos quais são chamados no candomblé do orixá Oxalá (Oxoguian, Oxaguian, Oxaguiã, Oxalufan…) Oxalá Ajagemo: Para o qual durante a sua festa anual em Edé, dança-se e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor. Oxalá Akire ou Ikire: É um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo e mudo a quem o negligencia. OsaláAlase ou Olúorogbo: Salvou o mundo fazendo chover num período de seca. OosaaláEtéko: Caminha com Oxaguiã, é inquieto. Vive nas matas e come todo o tipo de carne branca. Oxalá Eteto Obá Dugbe: Outro guerreiro, ligado a Orixalá. Oxalá Lejugbe: é muito confundido com Oxalufan; por ser vagaroso e indeciso. Muito chegado a Ayrá. Come com Yemanjá e Oxalufan. Come também todo tipo de carne branca. Oxalá Obatalá: É o mais velho dos orixás. O grande rei branco; raiz de todos os outros Oxalás. Ele não é feito, faz-se Ayrá ou Oxum Opara. É o pai de Oxalufan que por sua vez é o pai de Oxaguiã. Por ser muito grande e poderoso, Obatalá não se manifesta, sua palavra transforma-se imediatamente em realidade. Representa a massa, o ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação dos novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos. OoxaaláOkó: Divindade da agricultura e colheita dos inhames novos e a fertilidade da terra. Orixá Nagô, pouco conhecido no Brasil. Na época da chegada dos escravos, não deram muita importância a este orixá, considerando como orixá da agricultura, em seu lugar Ogum e dos grãos Obaluaiyê. Quando se manifesta leva um cajado de madeira que revela sua relação com as árvores, traz uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade. É confundido com Oxalá, pois veste-se de branco. Seu Opaxoró, no Brasil, é confeccionado em madeira. Sendo um Orixá raro, tem poucas qualidades conhecidas. É um Orixá rico. Oxalá OlofonAjigúnaKoari: Aquele que grita quando acorda (conhecido pelo nome de Oxalufan). Oxalá Orinxalá, Orixalá ou Obatalá: É casado com Yemanjá, suas imagens são colocadas lado a lado e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no Ilésin, local de adoração, dizem que Yemanjá foi a única mulher de Orixalá um caso excepcional de monogamia entre orixás e eborás. Oxalá Oxalufã (Orixá OlúFon): Orixá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimónia de saudações é de dezasseis em dezasseis dias. Orixá muito velho, de idade avançada, aleijado, lento, movendo-se com muita dificuldade. Dança apoiado no opaxoró. Treme de frio e velhice. Detesta a violência, disputas e brigas. Não come sal e nem dendê; odeia cores fortes, principalmente o vermelho. A ele pertencem os metais e substâncias brancas; não suporta cavalos. Oxalá Osoguiã ou Oxaguian (Orixá Ogiyan): Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal se encontra em Ejigbô. Tomou o título de Eleejigbô Rei de Ejigbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de Orisa-Je-Iyán ou Orisájiyan. A tradição exige que os habitantes de dois bairros Xolô e OkéMapô lutem uns contra os outros a golpes de varas. É o único que tem autorização de enfeitar seus colares brancos com pedras azuis, chamadas Seguy. Está ligado ao culto de Iroko e dos espíritos, assim como a fertilidade e o culto ao inhame. É o pai de OxossiInlé, come com Ogunjá, Oxossi Inlé, Airá, Exu, Oyá e Onira. Tem muito fundamento com Oyá pois, é o dono do Atori, fundamento que lhe foi dado por ela, motivo pelo qual as pessoas de Guian devem agradar muito a Oyá. Vem pelos caminhos de Onira; tem ligação forte com Exu. Seus filhos devem evitar brigas e mentiras e principalmente, não devem enganar a Ogum. Oxalá OgiyanEwúleeJiigbo: Senhor de Ejigbô(conhecido pelo nome de Oxaguiã)

1ª Linha - Linha de Oxalá Esta Linha representa a força máxima da Umbanda, de onde p rovêm o êxito de todos os trabalhos. É composta de diferentes espíritos de diferentes raças da Terra, não somente brancos e negros, entre eles os espíritos de pretos velhos, padres e freiras, culas almas purificadas atingiram a perfeição. Legião de Santo Antônio Legião de São Cosme e São Damião Legião de Santa Catarina Legião de São Expedito Legião de Santa Rita de Cássia Legião de São Francisco de Assis (Semiromba-frade) Legião de São Benedito ou Benzet

A LINHA DE SANTO OU DE OXALÁ A linha de Santo ou de Oxalá é constituída por espíritos de várias raças terrenas, entre eles, os pretos de Minas, pretos da Bahia, padres, frades, freiras e espíritos que, quando na Terra, tiveram grande sentimento católico. Os chefes das Legiões e das grandes falanges são espíritos conhecidos no catolicismo com o nome de Santos, tais como sejam: 1. Legião de Santo Antônio 2. Legião de São Cosme e São Damião 3. Legião de Santa Rita 4. Legião de Santa Catarina 5. Legião de Santo Expedito 6. Legião de São Benedito 7. Legião de Simirômba (Frade) São Francisco de Assis As falanges grandes e pequenas de espíritos desta Linha, infiltram-se entre as Linhas da Lei de Quimbanda com o propósito de diminuir a intensidade do mal por eles praticado e hàbilmente arrastá-los para a prática do bem e por este motivo, verificamos muitas vezes, nos trabalhos de Magia Branca aparecerem elementos ou falanges da Magia Negra e vice-versa. 1 – Linha de Oxalá (Orixalá) Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação.

“O Sol exerce influencia sobre os 7 planetas e a lua recebe influencia dos 7 planetas” Cita ainda o autor que: “A Linha de Oxalá ou das Almas, chefiada indiretamente por São Miguel e diretamente por Jesus, possue 7 Legiões chefiadas por um Anjo (Lilazio)” onde surgem 7 anjos identificados por cores, atuando junto dos chefes de cada linha, a saber: 1. Jesus – Anjo Lilazio – Luz roxo claro brilhante 2. Gabriel – Anjo Luzanil – Luz azul claro brilhante 3. Rafael – Anjo Rosânio – Luz rosa claro brilhante 4. Zadiel – Anjo Ismera – Luz verde claro brilhantel 5. Orifiel – Anjo Auridio – Luz ouro claro brilhante 6. Samael – Anjo Rubrion – Luz vermelho claro brilhante 7. Anael – Anjo Ilirium – Luz branca brilhante Agora a Linha de Oxalá se subdivide em 7 Legiões de Anjos conforme abaixo está: 1. Legião do Anjo Efrohim – na Ásia 2. Legião do Anjo Eleusim – na Índia 3. Legião do Anjo Ibrahim – na África 4. Legião do Anjo Ezekiel – na Europa 5. Legião do Anjo Ismaiel – no Brasil 6. Legião do Anjo Zumalah – na Quimbanda.

LINHA DE OXALÁ ou ORIXALÁ

1- LINHA DE OXALÁ ou ORIXALÁ Essa linha tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça". O astro correspondente é o Sol, a cor é a branca e amarele-ouro e o dia é o Domingo.

Existem outras linhas, dependendo da vertente da Umbanda a ser trabalhada. Na Umbanda branca,dita Umbanda popular, cada linha de orixá tem sete legiões, que correspondem a determinado guia espiritual. Oxalá Santa Catarina Santo Antônio São Cosme e Damião Santa Rita Santo Expedito São Fransisco de Assis São Benedito Ervas: são o tapete-de-oxalá (boldo), mariô, folhas de limoeiro, manjericão, erva-cidreira, trevo e café.

1Exus das LINHA DE OXALÁ 7 - Exu Sete Encruzilhadas Comando negativo da linha 6 - Exu Sete Pembas Representante negativo na linha das Senhoras 5 - Exu Sete Ventanias Representante negativo na linha de Ibeji 4 - Exu Sete Poeiras Representante negativo na linha de Xangô 3 - Exu Sete Chaves Representante negativo na linha de Ogum 2 - Exu Sete Capas Representante negativo na linha de Oxóssi 1 - Exu Sete Cruzes da Calunga Representante negativo na linha das Almas Linha de Oxalá: Esta linha é regida pôr Jesus Cristo e representa o princípio da criação, a luz divina que coordena todas as outras. Os guias principais desta linha são : Caboclo Urubatão de Guia, Caboclo Ubirajara, Caboclo Aymoré, Caboclo Guaracy, Caboclo Guarany e Caboclo Tupy. Estes guias são os chefes de falanges, mais existem os demais guias que pertencem a esta li nha e trabalham na caridade, são eles: Caboclo Pena Branca, Caboclo Águia Branca, Caboclo Tupã, Caboclo Rompe Nuvem, Caboclo Tamoio, Caboclo Gira Sol e outros. O astro que rege esta linha é o Sol e tem como guardião o anjo Gabriel.

Oxalá: O Médium Supremo na Umbanda Na Umbanda, Oxalá representa o mais alto da hierarquia dos Orixás, tendo como contraparte nosso Mestre Jesus, o Médium Supremo. Nos pontos riscados é representado por uma estrela de cinco pontas.

Oxalá é representado nos Congás pela imagem de Jesus Jesus é aquele que veio e está sempre presente, conduzindo a Humanidade de volta aos braços do Pai. Todas as honras e louvores lhe são devidos por sua atuação em todos os planos. O Cristo é a própria divindade que se encontra em esrado latente em todos nós, pois somos espíritos encarnados e trazemos conosco esse centelha divina. O personagem histórico - Jesus - o homem, ensinou o amor, a benevolência e a caridade; foi um grande mensageiro da Luz, trazendo os ensinamentos que despertaram a consciência dos que estavam mortos para o Espírito, presos na escravidão da matéria, que é nossa redentora e nos auxilia a redimir nossos erros rumo à evolução espiritual. Na Umbanda, Jesus representa a força de Oxalá, a fonte de energia pura, o Orixá da criação. Oxalá é o núcleo gerador de todos os elementos da natureza, dos quais os demais Orixás são regentes. É por isso que, dentro da cultura africana, Oxalá é conhecido como o Pai de todos os orixás. É o Mestre supremo, o grande luminar de toda a humanidade, pois veio nos trazer, por amor, a libertação através da palavra, dos ensinamentos e de seus exemplos. Jesus é o governador do planeta Terra. É aquele que está diuturnamente nos amparando, abençoando, irradiando amor, fé, perdão, bondade, caridade e paz. Jesus é o articulador da Umbanda para o plano terreno. A Umbanda existe atulmente, pela graça e a bênção de Jesus. Tanto na Umbanda quanto no Candomblé é de Oxalá a tarefa de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestação máxima de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelo molde dos primeiros seres humanos na Terra, é considerado também o cirador da cultura material. Oxalá é representado nos Congás por Jesus, e é a autoridade suprema na Umbanda. É ele quem ordena aos orixás que venham ajudar seus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm em Terra. Sua imagem é a de Jesus Cristo, sem a cruz e sua cor é branca. Oxalá é considerado o Orixá maior na Umbanda, porque é capaz de atuar em todos os elementos e vibrações através dos outros Orixás.

OXALÁ (ou ORIXALÁ): (ORI  Luz, Reflexo; XA  Senhor, Fogo; LÁ  Deus, Divino) Portanto, A LUZ DO SENHOR DEUS

OXALÁ NOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS O mais importante e elevado do Panteão Iorubá; foi o primeiro Orixá criado por Olorun (O Deus supremo). É um dos Orixás FunFun (da cor branca). É de Oxalá a tarefa de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestação máxima de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelo molde dos primeiros seres humanos na terra, é considerado também o criador da cultura material. São muitas as suas lendas e extensa sua origem e história na África. No Brasil, são mais conhecidos Oxalufan "o velho" e Oxaguian "o novo". Na sua forma "guerreira", Oxalá carrega uma espada cheio de vigor e nobreza; na condição de velho e sábio, curvado pelo peso dos anos, é uma figura nobre e bondosa que carrega um cajado, o Opaxorô, de forte simbologia, utilizado para separação do Orun (o Céu) e o Ayié (a Terra). No Brasil é o mais venerado e a sua maior festa é a cerimônia chamada "Águas de Oxalá", que diz respeito à sua lenda dos sete anos de encarceramento, culminando com a cerimônia do "Pilão de Oxaguian", para festejar a volta do pai. Esse respeito advém da sua condição delegada, por Olorun, da criação e governo da Humanidade.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ Os filhos de Oxalá são pessoas tranquilas, que tendem à calma até nos momentos mais difíceis. São amáveis e pensativos, mas não costumam ser subservientes. São articulados, reservados e ás vezes muito teimosos, sendo difícil convencê-los de que estão errados na resolução de um problema. Em Oxalufan, o Orixá mais velho aparece com a tendência para o debate e a argumentação.

LINHA DE OXALÁ As Linhas de trabalho na Umbanda são comandadas pelos sete Orixás Maiores, Orixás Planetários, Espíritos elevados que nunca encarnaram no planeta. A Linha de Oxalá é comandada por sete Chefes de Legiões, que trabalham nessa Vibração Espiritual. Caboclo Urubatão da Guia (representante da Vibração); Caboclo Guaracy; Caboclo Guarani; Caboclo Aymoré; Caboclo Tupy; Caboclo Ubiratan; Caboclo Ubirajara. FONTE: Revista Espírita de Umbanda: Uma religião brasileira. Ediroa Minuano

Oferenda: Oxalá é oferendado com velas brancas, frutas, cocos verde, mel e flores. Os locais para oferendá-lo são aqueles que mais puros se mostram, tais como: bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos, etc. Já os regentes dos pólos negativos da linha da Fé não se abrem ao plano material e não são invocados ou oferendados. * Planos e faixas vibratórias da evolução

Oferendas As mesmas de Iemanjá, oferecidas em lugares abertos, verdejantes e com muitas flores, entregues em dia ainda claro. Seu dia, no Candomblé, é sexta-feira, mas lhe costumam dedicar, na Umbanda, também o domingo, junto com Cosme e Damião. Sua vela sempre será branca e seu sincretismo será com Jesus Cristo, como Nosso Senhor do Bonfim, com exceção de Nosso Senhor dos Passos, pois aparece carregando a cruz, muito ferido, sendo que, em algumas nações, sincretiza-se com Xapanã. As oferendas de Ibeji consistem em doces variados, desde bolos a balas e chocolates, nas praças e lugares freqüentados por crianças. Alguns, por considerarem Ibeji uma das formas de Xangô, oferecem-lhe amalá. Deverão ser entregues ainda em dia claro, geralmente à tardinha, com v ela azul, rosa e branca, ou apenas rosa. São sincretizados em todo o Brasil com Cosme e Damião, algumas vezes constando Doum como terceiro elemento.

COMIDA PARA OXALÁ Amalá 14 velas brancas, água mineral, canjica branca dentro de alguidar de louça branca, e flores brancas. Local de entrega: deve ser muito bonito e cheio de paz, como uma colina limpa, ou junto de uma entrega para Iemanjá, na praia.

Canjica para Oxalá Ingredientes: - 500g. de canjica Modo de preparo: Cozinhe a canjica até ela ficar molinha. Retire toda a água, coloque em um alguidar de louça branco e ofereça ao orixá.

EBÔ Material Necessário: Canjica Branca 1 Litro de Mel Algodão Água Maneira de Fazer: Cozinha-se a canjica somente em água. Depois de bem cozida, coloca-se numa vasilha branca, coloca-se bastante mel de abelhas e cobre-se com algodão. ACAÇÁ Material Necessário: Canjica Branca Folha de Bananeira Maneira de Fazer: Moi-se o milho de canjica, cozinha-se até dar até dar o ponto de ficar bem durinho e enrole os bolinhos na folha da bananeira. INHAME ACARÁ Cozinha-se o inhame e depois amassa-se feito um purê. Faz-se bolinhos na mão e coloca-se em pratos brancos. Oferece-se a Oxalá. Nota: Todos os Orixás do Candomblé comem acaçá branco. Em cima da comida do Orixá, antes de oferecer-lhe, devese abrir um acaçá branco.CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ Oxalá é o pai dos Orixás e, por extensão, de toda a humanidade. Estabelece, pois, entre si e os outros, uma aura não de temeridade, mas sim de carinho. Os filhos de Oxalá, portanto, são pessoas tranqüilas, com tendência a calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Sabem argumentar bem, são reservados, mas raramente orgulhosos. Seu defeito mais comum é a teimosia, será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema. No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação. Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum, nem tão compacto como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e postar-se dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo se tratando de alguém muito jovem. Canjica para Oxalá Ingredientes: - 500g. de canjica Modo de preparo: Cozinhe a canjica até ela ficar molinha. Retire toda a água, coloque em um alguidar de louça branco e ofereça ao orixá.

Cozinha ritualística Canjica Canjica branca (sem aquele olhinho escuro e mal cozida). Colocar em tigela de louça branca. Cobrir com Algodão, Folhas de Saião ou Claras em Neve. Podendo colocar um cacho de uva branca por cima de tudo. Regar com mel Acaçá

Cozinhar 1/2 kg de Farinha de Milho branca, como um angu ou mingau. Deixe esfriar um pouco, e faça bolinhos. Em algumas casas se põe, às colheradas, em folhas de bananeira passada ao fogo e enrola-se. Serve-se depois de frio. Obs1) Quando colocar esta oferenda, coloque na frente de seu altar com uma copo de água na parte de cima, uma vela de 7 dias a direita, 3 ramos de trigo a esquerda e na parte de baixo encima de uma pano branco coloque um pãozinho cortado em três pedaços, deixe até acabar a vela de 7 dias e veras que criara uma penugem de bolor nos Acaçá, sinal que seu pedido e sua fé foi bem aceita, despache tudo em um jardim ou campo florido. Obs3) Já existe à venda no mercado a chamada "farinha de acaçá", que é a canjica branca já moída, o que facilita enormemente a confecção do acaçá de Oxalá. Mungunzá Escolha 1/2 kg de canjica branca (sem aquele olhinho escuro) e ponha de molho na véspera. No dia seguinte, ponha para cozinhar com água e sal. Quando a canjica começar a amaciar, adicione o leite ralo de 2 cocos, junte o açúcar, misture e, se preciso, ponha mais sal. Acrescente os cravos-da-índia e a canela. Desmanche o creme de arroz em leite de coco puro e junte ao mungunzá para engrossar o caldo do mesmo. Sirva em pratos fundos, como sopa. Também se faz agrado com uma mesa de frutas, que não podem ter espinhos farpas ou fiapos, como por exemplo: manga, abacaxi, carambola, cajá-manga, etc. No Candomblé é o único Orixá que não exige matança, em tempo algum.

Ervas para o Banho de Descarrego Poejo, Camomila, Chapéu de Couro, Erva de Bicho, Cravo, Coentro, Gerânio Branco, Arruda, Erva Cidreira, Erva de S.João, Alecrim do Mato, Hortelã, Alevante, Erva de Oxalá (Boldo), Folhas de Girassol, Folhas de Bambu.

Vela branca: ativamos a vibração do fogo associada a vibração do reino da humanidade. A vela branca intensifica a vibração do reino da Humanidade que é regido por Oxalá. É comum ouvirmos que a vela branca deve ser utilizada para oferendas a Oxalá.

Oiá é temida por todos porque seu mistério atua sobre os descrentes, os fanáticos religiosos e os enganadores da boa-fé alheia, desmagnetizando o mental desvirtuado, anulando suas faculdades e paralisando seu emocional, esvaziando-o em todos os sentidos capitais. Um blasfemador, um ofensor das divindades, um mercador da fé, estes são os candidatos a conhecer Oiá mediante seus aspectos negativos. A atuação de Oxalá e Oiá é permanente na Criação e na vida dos seres, independendo de nossa vontade para atuarem sobre nós. Oxalá é um trono universal, pois suas irradiações retas e contínuas são projetadas a todos, o tempo todo e durante todo o tempo. De forma contínua e estável. Ele é o Sol da vida, a fé abrasadora, o Pai amoroso que fortalece o íntimo dos seres e os conduz ao nosso Divino Criador, é a fé de Deus em seus filhos.

Oiá é um trono cósmico, pois suas irradiações espiraladas são alternadas e direcionadas, só alcançando os seres apatizados ou emocionados em seus sentimentos religiosos e que estão vivenciando desequilíbrios nos campos da FÉ. Em sua irradiação alternada uma espiral magnética projeta-se e estimula a religiosidade enquanto a outra espiral magnética, que ela absorve, vem esgotando o emocional dos seres que estão vibrando sentimentos religiosos desequilibrados.

Ela é o Tempo em que tudo se realiza, é o gélido Tempo onde são desmagnetizados os desequilibrados nas coisas da fé, é o Tempo por onde os seres caminham buscando o Divino Criador, é o rigor para com os filhos que voltaram as costas a Deus. É o Tempo cronológico. Ela está em tudo e em todos, na a origem, no meio e no fim. Tanto Oxalá quanto Oiá, formam em suas irradiações divinas as suas hierarquias em todos os Planos da vida. Tanto nos pólos positivos quanto nos negativos. Pois Oxalá e Oiá são pólos complementares na irradiação da FÉ mas em campos de atuação distintos. Ou seja, nos campos de atuação de Oxalá há faixas vibratórias positivas e negativas e nos campos de atuação de Oiá também há faixas vibratórias positivas e negativas. Temos o Oxalá da Fé, o do Amor, o do Conhecimento, assim como temos a Oiá da Fé, a do Amor, a da Justiça, e desta forma acontece em cada entrecruzamento nas 7 irradiações. Jesus Cristo é um Trono da Fé de nível intermediário dentro da hierarquia de Oxalá. E o mesmo acontece dom Buda e outras divindades manifestadoras da FÉ, pois muitos Tronos Intermediários já de humanizaram para falar aos homens e melhor estimularem a FÉ em DEUS. Todas as Divindades irradiam a FÉ. Mas os Tronos da hierarquia de Oxalá são mistérios da FÉ e irradiam-na o tempo todo.

Mestre Buda

O Budismo foi fundado na Índia, no séc. VI a.C. , pelo Buda Shakyamuni. O Buda Shakyamuni nasceu ao norte da Índia (atualmente Nepal) como um rico príncipe chamado Sidarta. Aos 29 anos de idade, ele teve quatro visões que transformaram sua vida. As três primeiras visões - o sofrimento devido ao envelhecimento, doenças e morte mostraram-lhe a natureza inexorável da vida e as aflições universais da humanidade. A quarta visão - um eremita com um semblante sereno - revelou-lhe o meio de alcançar paz. Compreendendo a insignificância dos prazeres sensuais, ele deixou sua família e toda sua fortuna em busca de verdade e paz eterna. Sua busca pela paz era mais por compaixão pelo sofrimento alheio do que pelo seu próprio, já que não havia tido tal experiência. Ele não abandonou sua vida mundana na velhice, mas no alvorecer de sua maturidade; não na pobreza, mas em plena fartura. Depois de seis anos de ascetismo, ele compreendeu que se deveria praticar o "Caminho do Meio", evitando o extremo da auto-mortificação, que só enfraquece o intelecto, e o extremo da auto-indulgência, que retarda o progresso moral. Aos 35 anos de idade (aproximadamente 525 a.C.), sentado sob uma árvore Bodhi, em uma noite de lua cheia, ele, de repente, experimentou extraordinária sabedoria, compreendendo a verdade suprema do universo e alcançando profunda visão dos caminhos da vida humana. Os budistas chamam essa compreensão de "iluminação". A partir de então, ele passou a ser chamado de Buda Shakyamuni (Shakyamuni significa "Sábio do clã dos Shakya"). A palavra Buda pode ser traduzida como: "aquele que é plenamente desperto e iluminado".

A fundação do budismo

O Buda não era um deus. Ele foi um ser humano que alcançou a iluminação por meio de sua própria prática. De maneira a compartilhar os benefícios de seu despertar, o Buda viajou por toda a Índia com seus discípulos, ensinando e divulgando seus princípios às pessoas, por mais de 45 anos, até sua morte, aos 80 anos de idade. De fato, ele era a própria encarnação de todas as virtudes que pregava, traduzindo em ações, suas palavras. O Buda formou uma das primeiras ordens monásticas do mundo, conhecida como Sangha. Seus seguidores tinham as mais variadas características, e ele os ensinava de acordo com suas habilidades para o crescimento espiritual. Ele não exigia crença cega; ao contrário, adotava o "venha e experimente você mesmo", atitude que ganhou os corações de milhares. Sua, era a senda da autoconfiança, que requeria esforço pessoal inabalável. Após a morte de Shakyamuni, foi realizado o Primeiro Concílio Budista, que reuniu 500 membros, a fim de coletar e organizar os ensinamentos do Buda, os quais são chamados de Dharma. Este se tornou o único guia e fonte de inspiração da Sangha. Seus discursos são chamados de Sutras. Foi no Segundo Concílio Budista em Vaishali, realizado algumas centenas de anos após a morte do Buda, que as duas grandes tradições, hoje conhecidas como Theravada e Mahayana, começaram a se formar. Os Theravadins seguem o Cânone Páli, enquanto os Mahayanistas seguem os sutras que foram escritos em sânscrito.

Budismo chinês

Os ensinamentos do Buda foram transmitidos pela primeira vez, fora da Índia, no Sri Lanka, durante o reinado do Rei Ashoka (272 - 232 a.C.). Na China, a história registra que dois missionários budistas da Índia chegaram na corte do Imperador Ming no ano 68 d.C. e lá permaneceram para traduzir textos budistas. Durante a Dinastia Tang (602 - 664 d.C.), um monge chinês, Hsuan Tsang, cruzou o Deserto Ghobi até a Índia, onde reuniu e pesquisou sutras budistas. Ele retornou à China dezessete anos depois com grandes volumes de textos budistas e a partir de então passou muitos anos traduzindo-os para o chinês. Finalmente, a fé budista se espalhou por toda a Ásia. Ironicamente, o Budismo praticamente se extinguiu na Índia em, aproximadamente, 1300 d.C. Os chineses introduziram o budismo no Japão. A tolerância, o pacifismo e a equanimidade promovidos pelo Budismo influenciaram significativamente a cultura asiática. Mais recentemente, muitos países ocidentais têm demonstrado considerável interesse pelas religiões orientais e centenas de milhares de pessoas vêm adotando os princípios do Budismo. Ensinamentos do Buda O Buda foi um grande professor. Ele ensinou que todos os seres vivos possuem Natureza Búdica idêntica e são capazes de atingir a iluminação através da prática. Se todos os seres vivos têm o potencial de tornar-se iluminados, são todos, portanto, possíveis futuros Budas. Apesar de haver diferentes práticas entre as várias escolas budistas, todas elas abraçam a essência dos ideais do Buda.

A Roda da Vida "Samsara"

clic na imagem para vê-la ampliada! Esta mandala mostra a perspectiva do Budismo Tibetano da vida (Samsara) atr avés de muitos símbolos budistas, temas e ensinamentos. As 12 causas independentes e seus efeitos A borda exterior da roda é uma retratação das "12 causas independentes e seus efeitos" (Começando no sentido horário do canto superior direito )

12:00 - Yama é retratado segurando a roda, ele é uma divindade irada que julga o mundo inferior. Ele também é considerado um protetor do Busdimo Tibetano.

(01) 12:00 - 13:00 - A primeira retratação é a de um velho homem cego com seu cajado, incapaz de achar o seu caminho. Isto representa a cegueira espiritual e a ignorância.

(02) 13:00 - 14:00 - Esta imagem mostra um oleiro cujos potes simbolizam as suas próprias ações (pensar, falar e agir) com estes ele molda o seu próprio carma (destino).

(03) 14:00 - 15:00 - Um macaco é mostrado em uma árvore saltando de galho em galho, que simboliza a consciência maior com a qual nascem as pessoas ignorantes, descontrolada ela pula de galho em galho.

(04) 15:00 - 16:00 - Um barco aparece com duas pessoas que simbolizam o nome e a forma, espiritual e a energia física, inseparável flutuando no fluxo da vida.

(05) 16:00 - 17:00 - Uma casa com cinco janelas e uma porta. As cinco janelas (06) 17:00 - 18:00 - Um homem e simbolizam os cinco sentidos e a porta uma mulher se abraçando, simbolizando a simboliza a faculdade de pensar. Estas são conseqüência da percepções sensual. as coisas pelas quais o mundo externo é percebido.

(07) 18:00 - 19:00 - Esta imagem mostra as emoções pelas quais ele está preso como uma flecha no olho.

(08) 19:00 - 20:00 - Uma mulher oferecendo uma bebida para um homem representa desejo (de se apaixonar), a estimulação pela percepção e emoção que leva a "sede pela vida".

(09) 20:00 - 21:00 - Um homem é mostrado apanhando frutas da árvore que representa o "emaranhamento sensual", que é a vontade de manter aquilo que é desejado.

(10) 21:00 - 22:00 - 21:00 - A procriação é retratada através da ilustração de um homem dormindo junto com sua esposa em uma tenda simbolizando o começo da existência.

(11) 22:00 - 23:00 - Uma mulher dando a luz a uma criança representa o ciclo dos nascimentos.

(12) 23:00 - 12:00 - A ilustração da inevitável velhice (decadência) e morte nas existências terrenas simbolizada através da representação da tradição tibetana pelos abutres se alimentando de um corpo.

Os 6 Mundos Simbólicos As áreas entre os seis raios representam as seis formas de existência não iluminada.

1 - Morada dos Deuses: um paraíso temporário obtido pelas boas ações. Buda é ilustrado na parte superior direita com um alaúde, lembrando aos deuses de seus prazeres limitados e protegendo-os contra a vaidade e arrogância que os fazem 2 - O Mundo dos Homens: acreditar que durará para sempre. No impulsionado pelo egoísmo e a ignorância, entanto, estes deuses não estão livres do eles sofrem com o permanente e repetitivo sofrimento, depois de milhares de anos ciclo de nascimento, doenças e morte. humanos, eles também estão sujeitos a velhice e a morte. Assim, seu sofrimento é a ilusão da eternidade em seu estado de paraíso. Seu sofrimento reside na eventual realização desse erro.

3 - O Reino dos Insaciáveis: espíritos de gula sofrem de fome e sede que eles não podem apaziguar ou extinguir. Eles são retratados com gargantas sufocadas e barrigas inchadas. Buda também é representado com um jarro de néctar para os espíritos famintos.

4 - Os Reinos Infernais: existe um inferno congelante e outro quente. Eles são um lugar de tortura para aqueles que cometeram más ações como ódio e raiva. Este estado todavia não é eterno, após começarem a serem punidos por seus pecados, é possível que renasçam em uma vida melhor.

6 - O Reino dos Titans: os titans são 5 - Mundo dos Animais: Eles sofrem permanentemente em guerra contra os opressão por outros seres e eles devoram deuses e lutando pela conquista de seus uns aos outros e se tornam "animais de desejos. Eles sofrem devido a guerra sem carga" fim que resulta da inveja e ambição insaciável. Os Círculos Internos

O Caminho Branco (Mostrado na esquerda do anel ao redor do círculo central) Este é o "Caminho da Bem-aventurança" que leva a um renascimento melhor e a libertação final. Santos e Sábios são mostrados liderando os virtuosos ao longo do caminho.

O Caminho Negro (Mostrado na direita do anel ao redor do círculo central) Este é o caminho onde os ignorantes e pecadores são arrastados por demônios armados com laços. Este caminho é para aqueles que se envolveram na inveja, ignorância, ódio e ganância.

As raizes da maldade (Mostrado no círculo central da roda) A força que impulsiona a roda em seu eixo. Retratada nela estão os 3 animais simbólicos conhecidos como "Três raízes da impureza" por causa deles cresce todo o mal na vida, ou os "3 venenos" por causa de sua corrupção interior. - A ave representa a ganância - A cobra o ódio - O porco a ignorância, Estes são as 3 coisas que criam toda a amarração humana com a miséria. Karma e a Lei de Causa e Efeito

Uma pessoa é uma combinação de matéria e mente. O corpo pode ser encarado como uma combinação de quatro componentes: terra, água, calor e ar; a mente é a combinação de sensação, percepção, idéia e consciência. O corpo físico - na verdade, toda a matéria na natureza - está sujeito ao ciclo de formação, duração, deterioração e cessação.

O Buda ensinou que a interpretação da vida através de nossos seis sensores (olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente) não é mais do que ilusão. Quando duas pessoas experimentam um mesmo acontecimento, a interpretação de uma, pode levar à tristeza, enquanto a da outra, pode levar à felicidade. É o apego às sensações, derivadas desses seis sentidos, que resulta em desejo e ligação passional, vida após vida. O Buda ensinou que todos os seres sencientes estão em um ciclo contínuo de vida, morte e renascimento, por um número ilimitado de vidas, até que finalmente alcancem a il uminação. Os budistas acreditam que os nascimentos das pessoas estão associados à consciência proveniente das memórias e do karma de suas vidas passadas. "Karma" é uma palavra em sânscrito que significa "ação, trabalho ou feito". Qualquer ação física, verbal ou mental, realizada com intenção, pode ser chamada de karma. Assim, boas atitudes podem produzir karma positivo, enquanto más atitudes podem resultar em karma negativo. A consciência do karma cri ado em vidas passadas nem sempre é possível; a alegria ou o sofrimento, o belo ou o feio, a sabedoria ou a ignorância, a riqueza ou a pobreza experimentados nesta vida são, no entanto, determinados pelo karma passado. Neste ciclo contínuo de vida, seres renascem em várias formas de existência. Há seis tipos de existência: Devas (deuses), Asuras (semideuses), Humanos, Animais, Pretas (espíritos famintos) e Seres do Inferno. Cada um dos reinos está sujeito às dores do nascimento, da doença, do envelhecimento e da morte. O renascimento em formas superiores ou inferiores é determinado pelos bons ou maus atos, ou karma, que foi sendo produzido durante vidas anteriores. Essa é a lei de causa e efeito. Entender essa lei nos ajuda a cessar com todas nossas ações negativas. Nirvana Através da prática diligente, do proporcionar compaixão e bondade amorosa a todos os seres vivos, do condicionamento da mente para evitar apegos e eliminar karma negativo, os budistas acreditam que finalmente alcançarão a iluminação. Quando isso ocorre, eles são capazes de sair do ciclo de morte e renascimento e ascender ao estado de nirvana. O nirvana não é um local físico, mas um estado de consciência suprema de perfeita felicidade e liberação. É o fim de todo retorno à reencarnação e seu compromisso com o sofrimento.

O conceito de sofrimento O Buda Shakyamuni ensinou que uma grande parcela do sofrimento em nossas vidas é auto-infligido, oriundo de nossos pensamentos e comportamento, os quais são influenciados pelas habilidades de nossos seis sentidos. Nossos desejos - por dinheiro, poder, fama e bens materiais - e nossas emoções - tais como, raiva, rancor e ciúme - são fontes de sofrimento causado por apego a essas sensações. Nossa sociedade tem enfatizado consideravelmente beleza física, riqueza material e status. Nossa obsessão com as aparências e com o que as outras pessoas pensam a nosso respeito são também fontes de sofrimento. Portanto, o sofrimento está primariamente associado com as ações de nossa mente. É a ignorância que nos faz tender à avidez, à vontade doente e à ilusão. Como conseqüência, praticamos maus atos, causando diferentes combinações de sofrimento. O Budismo nos faz vislumbrar maneiras efetivas e possíveis de eliminar todo o nosso sofrimento e, mais importante, de alcançar a libertação do Ego do ciclo de nascimento, doença e morte.

As quatro nobres verdades e o caminho óctuplo As Quatro Nobres Verdades foram compreendidas pelo Buda em sua iluminação. Para erradicar a ignorância, que é a fonte de todo o sofrimento, é necessário entender as Quatro Nobres Verdades, caminhar pelo Nobre Caminho Óctuplo e praticar as Seis Perfeições (Paramitas). As Quatro Nobres Verdades são: 1. A Verdade do Sofrimento: A vida está sujeita a todos os tipos de sofrimento, sendo os mais básicos nascimento, envelhecimento, doença e morte. Ninguém está isento deles. 2. A Verdade da Causa do Sofrimento: A ignorância leva ao desejo e à ganância, que, inevitavelmente, resultam em sofrimento. A ganância produz renascimento, acompanhado de apego passional durante a vida, e é a ganância por prazer, fama ou posses materiais que causam grande insatisfação com a vida. 3. A Verdade da Cessação do Sofrimento: A cessação do sofrimento advém da eliminação total da ignorância e do desapego à ganância e aos desejos, alcançando um estado de suprema bem-aventurança ou nirvana, onde todos os sofrimentos são extintos: 4. O Caminho que leva à Cessação do Sofrimento: O caminho que leva à cessação do sofrimento é o Nobre Caminho Óctuplo. O Nobre Caminho Óctuplo consiste de: O Caminho Óctuplo

1. Compreensão Correta. Conhecer as Quatro Nobres Verdades de maneira a entender as coisas como elas realmente são. 2. Pensamento Correto. Desenvolver as nobres qualidades da bondade amorosa e da aversão a prejudicar os outros. 3. Palavra Correta. Abster-se de mentir, falar em vão, usar palavras ásperas ou caluniosas. 4. Ação Correta. Abster-se de matar, roubar e ter conduta sexual indevida. 5. Meio de Vida Correto. Evitar qualquer ocupação que prejudique os demais, tais como tráfico de drogas ou matança de animais. 6. Esforço Correto. Praticar autodisciplina para obter o controle da mente, de maneira a evitar estados de mente maléficos e desenvolver estados de mente sãos. 7. Plena Atenção Correta. Desenvolver completa consciência de todas as ações do corpo, fala e mente para evitar atos insanos. 8. Concentração Correta. Obter serenidade mental e sabedoria para compreender o significado integral das Quatro Nobres Verdades. Aqueles que aceitam este Nobre Caminho como um estilo de vida viverão em perfeita paz, livres de desejos egoístas, rancor e crueldade. Estarão plenos do espírito de abnegação e bondade amorosa. As seis perfeições As Quatro Nobres Verdades são o fundamento do Budismo e entender o seu significado é essencial para o autodesenvolvimento e alcance das Seis Perfeições, que nos farão atravessar o mar da imortalidade até o nirvana. As Seis Perfeições consistem de: 1. Caridade. Inclui todas as formas de doar e compartilhar o Dharma. 2. Moralidade. Elimina todas as paixões maléficas através da prática dos preceitos de não matar, não roubar, não ter conduta sexual inadequada, não mentir, não usar tóxicos, não usar palavras ásperas ou caluniosas, não cobiçar, não praticar o ódio nem ter visões incorretas. 3. Paciência. Pratica a abstenção para prevenir o surgimento de raiva por causa de atos cometidos por pessoas ignorantes. 4. Perseverança. Desenvolve esforço vigoroso e persistente na prática do Dharma. 5. Meditação. Reduz a confusão da mente e leva à paz e à felicidade. 6. Sabedoria. Desenvolve o poder de discernir realidade e verdade. A prática dessas virtudes ajuda a eliminar ganância, raiva, imoralidade, confusão mental, estupidez e visões incorretas. As Seis Perfeições e o Nobre Caminho Óctuplo nos ensinam a alcançar o estado no qual todas as ilusões são destruídas, para que a paz e a felicidade possam ser definitivamente conquistadas. Tornar-se um Buda Ao desejar tornar-se budista, deve-se receber refúgio na Jóia Tríplice, como um comprometimento com a prática dos ensinamentos do Buda. A Jóia Tríplice consiste no Buda, no Dharma e na Sangha. Budistas laicos podem também fazer voto de praticar cinco preceitos em suas vidas diárias. Os Cinco Preceitos são: não matar, não roubar, não ter conduta sexual inadequada, não mentir e não se intoxicar. O preceito de não matar se aplica principalmente a seres humanos, mas deve ser estendido a todos os seres sencientes. É por isso que a Sangha e muitos budistas devotos são vegetarianos. No entanto, não é preciso ser vegetariano para tornar-se budista. O quinto preceito - não se intoxicar - inclui abuso de drogas e álcool. O entendimento deste preceito é uma precaução, por não ser possível manter a plena atenção da consciência e comportamento apropriado quando se está drogado ou bêbado. Os budistas são incentivados a manter estes preceitos e a praticar bondade amorosa e compaixão para com todos os seres. Os preceitos disciplinam o comportamento e ajudam a diferenciar entre certo e errado. Através do ato de disciplinar pensamento, ação e comportamento, pode-se evitar os estados de mente que destroem a paz interior. Quando um budista incidentalmente quebra um dos preceitos, ele não busca o perdão do pecado por parte de uma autoridade superior, como Deus ou um padre. Ao invés disso, se arrepende e analisa o porquê de ter quebrado o preceito. Confiando em sua sabedoria e determinação, modifica seu comportamento para prevenir a recorrência do mesmo erro. Ao fazer isso, o budista confia no esforço individual de auto-análise e auto-perfeição. Isto ajuda a restaurar paz e pureza de mente. Muitos budistas montam um altar em um canto tranqüilo de suas casas para a recitação de mantras e a meditação diária. (Um mantra é uma seqüência de palavras que manifestam certas forças cósmicas, aspectos ou nomes dos budas. A repetição contínua de mantras é uma forma de meditação.) O uso de imagens budistas em locais de culto

não deve ser visto como idolatria, mas como simbologia. Enfatiza-se o fato de que essas imagens em templos ou altares domésticos servem apenas para nos lembrar a todo momento das respectivas qualidades daquele que representam, o Iluminado, que nos ensinou o caminho da liberação. Fazer reverências e oferendas são manifestações de respeito e veneração aos Budas e Bodhisattvas. Meditação A meditação é comumente praticada pelos budistas para obter felicidade interior e cultivar sabedoria, de forma a alcançar a purificação da mente e a libertação. É uma atividade de consciência mental. A felicidade que obtemos do ambiente físico que nos envolve não nos satisfaz verdadeiramente nem nos liberta de nossos problemas. Dependência de coisas impermanentes e apego à felicidade do tipo "arco-íris" produz somente ilusão, seguida de pesar e desapontamento. Segundo o Budismo, existe felicidade verdadeira e duradoura e todos temos o potencial de experimentá-la. A verdadeira felicidade jaz nas profundezas de nossa mente, e os meios para acessá-la podem ser praticados por qualquer um. Se compararmos a mente ao oceano, pensamentos e sentimentos tais como alegria, irritação, fantasia e tédio poderiam ser comparados a ondas que se levantam e voltam a cair por sobre sua superfície. Assim como as ondas se amansam para revelar a quietude nas profundidades do oceano, também é possível acalmar a turbulência de nossas mentes e revelar pureza e claridade naturais. A meditação é um meio de alcançar isso. Nossas ilusões, incluindo ciúmes, raiva, desejo e orgulho, originam-se da má compreensão da realidade e do apego habitual à nossa maneira de ver as coisas. Através da meditação, podemos reconhecer nossos erros e ajustar nossa mente para pensar e reagir de maneira mais realista e honesta. Esta transformação mental acontece gradualmente e nos liberta das falácias instintivas e habituais, nos permitindo adquirir famil iaridade com a verdade. Podemos, então, finalmente, nos libertar de problemas como insatisfação, raiva e ansiedade. Finalmente, compreendendo a maneira como as coisas de fato funcionam, nos é possível eliminar completamente a própria fonte de todos os estados mentais incômodos. Assim, meditação não significa simplesmente sentar-se em uma determinada postura ou respirar de uma determinada maneira; estes são apenas recursos para a concentração e o alcance de um estado de mente estável. Apesar de diferentes técnicas de meditação serem praticadas em diferentes culturas, todas elas partilham o princípio comum de cultivar a mente, de forma a não permitir que uma mente destreinada controle nosso comportamento. A vida humana é preciosa e, no entanto, nós a conseguimos. O Dharma é precioso e, no entanto, nós o ouvimos. Se não nos cultivarmos nesta vida. Quando teremos essa chance novamente?

Características do budismo

Bodhisattva - Um ser iluminado que fez o voto de servir generosamente a todos os seres vivos com bondade amorosa e compaixão para aliviar sua dor e sofrimento e levá-los ao caminho da iluminação. Existem muitos Bodhisattvas, mas os mais populares no Budismo Chinês são os Bodhisattvas Avalokiteshvara, Kshitigarbha, Samantabhadra e Manjushri. Bodhisattva Avalokiteshvara (Kuan Yin Pu Sa) - "Aquele que olha pelas lágrimas do mundo". Este Bodhisattva oferece sua grande compaixão para a salvação dos seres. Os muitos olhos e mãos representados em suas várias imagens simbolizam as diferentes maneiras pelas quais todos os seres são ajudados, de acordo com suas necessidades individuais. Originalmente representado por uma figura masculina, Avalokit eshvara é, hoje em dia, geralmente caracterizado, na China, como uma mulher. Bodhisattva Kshitigarbha (Guardião do Mundo) - Sempre usando um cajado com seis anéis, ele possui poderes sobre o inferno. Ele fez o grande voto de salvar os seres que ali sofrem. Curvar-se em reverência - Este ato significa humildade e respeito. Os budistas se curvam em respeito ao Buda e aos Bodhisattvas e, também, para recordar-se das qualidades virtuosas que cada um deles representa. Buda - Este é muito mais do que um simples nome. A raiz Budh significa "estar ciente ou completamente consciente de". Um Buda é um ser totalmente iluminado. Buda Shakyamuni (o fundador do Budismo) - Nasceu na Índia. Em busca da verdade, deixou sua casa e, disciplinandose severamente, tornou-se um asceta. Finalmente, aos 35 anos, debaixo de uma árvore Bodhi, compreendeu que a maneira de libertar-se da cadeia de renascimento e morte era a través de sabedoria e compaixão - o "caminho do

meio". Fundou sua comunidade, a qual tornou-se conhecida como Budismo. Buda Amitabha (Buda da Luz e Vida Infinitas) - É associado com a Terra Pura do Ocidente, onde recebe seres cultivados que chamam por seu nome. Bhaishajya Guru (O Buda da Medicina) - Cura todos os males, inclusive o mal da ignorância.

Buda Maitreya (O Buda Sorridente) Maitreya (do sânscrito maitri, "amistosidade") é como é designado o renovador do budismo, o próximo Buda, que reiniciará o atual ciclo iniciado por Siddhartha Gautama, quando os ensinamentos deste tiverem sido esquecidos neste mundo. Muitos cálculos tem sido apresentados para quando este renovador do Budismo deverá renascer, como daqui a 3000 anos. É o Buda do Futuro. Depois de Shakyamuni ter se iluminado, ele é aguardado. Instrumentos do Dharma Estes instrumentos são encontrados nos templos budistas e são utilizados por monges durante as cerimônias. O "peixe" de madeira é normalmente colocado à esquerda do altar, o gongo, à direita e o tambor e o sino, também à direita, porém um pouco mais distantes. Incenso - É oferecido com respeito. O incenso aromático purifica não só a atmosfera, mas também a mente. Assim como sua fragrância alcança longas distâncias, bons atos também se espalham em benefício de todos. Mudra - Os gestos das mãos que geralmente se vêem nas representações do Buda, são chamados de "mudras", os quais propiciam comunicação não-verbal. Cada mudra tem um significado específico. Por exemplo, as imagens do Buda Amitabha, normalmente, apresentam a mão direita erguida com o dedo indicador tocando o polegar e os outros três dedos estendidos para cima para simbolizar a busca da il uminação, enquanto a mão esquerda mostra um gesto similar, só que apontando para o chão, simbolizando a libertação de todos os seres sencientes. Nas imagens em que ele aparece sentado, ambas as mãos estão posicionadas à frente, abaixo da cintura, com as palmas voltadas para cima, uma contendo a outra, o que simboliza o estado de meditação. No entanto, se os dedos da mão direita estiverem apontando para baixo, isso simboliza o triunfo do Dharma sobre seres desencaminhados que relutam em aceitar o autêntico crescimento espiritual. Oferendas - Oferendas são colocadas no altar budista pelos devotos. Fazer uma oferenda permite que reflitamos sobre a vida, confirmando as leis de reciprocidade e interdependência. Objetos concretos podem ser ofertados em abundância, no entanto, a mais perfeita oferenda é um coração honesto e sincero. Símbolos do Budismo Ao longo de sua história, o budismo incorporou muitos símbolos dentro de sua prática. Por exemplo: A roda da lei (ou dharmachakra, em sânscrito, a linguagem da antiga Índia). Corresponde ao ciclo de morte e renascimento ao qual está preso todo ser, até o instante em que alcança a iluminação e se liberta do ciclo. Também corresponde à lei que regula todo o universo, ou seja, ao Dharma. Tal lei moveria todo o universo, daí o simbolismo da roda. Outra interpretação possível seria que, através da prática do Dharma ("lei", em sânscrito) budista, o fiel conseguiria avançar no caminho da evolução espiritual. Convém ainda lembrar que a r oda é um dos símbolos de Vishnu, o deus hindu da conservação. Segundo os hinduístas, Buda teria sido o nono avatar (encarnação) de Vishnu. A roda, como símbolo do transporte, ainda é uma referência ao esforço missionário de difusão do budismo pelo mundo. A roda da lei costuma ser representada com oito raios, numa referência ao caminho budista dos oito passos. Outra versão da roda da lei é a roda da lei de Asoca, que possui 24 raios, em referência às 24 horas do dia, simbolizando que o praticante budista deve levar uma vida correta durante as 24 horas do dia. Tal tipo de dharmachakra foi

representado em muitos monumentos da época do imperador indiano Asoca e serviu como modelo para os atuais brasão e bandeira da Índia. O nó infinito: Lembra que todos os eventos e seres no universo estão interrelacionados. Cervos: Buda proferiu seu primeiro discurso após atingir a iluminação espiritual em Sarnath, no parque dos Cervos. Em muitas construções budistas, se localizam representações de cervos em lembrança deste fato. Estátuas de cervos no Templo de Jocangui, em Lhassa, no Tibete Cruz suástica: foi um símbolo auspicioso na Índia antiga, Pérsia e Grécia, simbolizando o sol, o relâmpago, o fogo e o fluxo da água. Este símbolo foi usado pelos budistas por mais de dois mil anos para representar a virtude, a bondade e a pureza do "insight" de Buda em relação ao alcance da iluminação. (Neste século, Hitler escolheu este símbolo para seu Terceiro Reich, mas inverteu sua direção, o denominou "Suástica" e o usou para simbolizar a superioridade da raça ariana. Lóbulos da orelha alongados: As estátuas de Buda apresentam os lóbulos da orelha anormalmente longos, simbolizando a nobreza de Buda[10]. Uma explicação possível para este símbolo é a de que os nobres da época de Buda utilizariam muitos ornamentos nas orelhas como forma de ostentar riqueza e poder. O peso destes adornos poderiam causar o gradual alongamento dos lóbulos. Buda, devido a sua origem nobre, teria usado estes ornamentos, deformando seus lóbulos. Os lóbulos alongados e sem brincos de Buda lembrariam o fato de que Buda era rico e nobre, mas que decidira abandonar tudo isso para buscar o sentido da vida. Isto seria um exemplo de vida para todas as pessoas. Saliência no alto da cabeça: É uma referência, nas estátuas de Buda, ao pleno desenvolvimento do chacra saharasra, que se localiza no alto da cabeça. Segundo a filosofia hindu, o ser humano possuiria sete chacras, ou centros de energia, ao longo de sua coluna vertebral. Ao longo de seu processo de evolução espiritual, o homem iria despertando e desenvolvendo estes chacras, começando pelo primeiro, na base da coluna, até o sétimo e último, no alto da cabeça. Esta saliência no alto da cabeça nas estátuas de Buda significaria que Buda era um ser que já havia alcançado o máximo desenvolvimento espiritual possível ao homem. O terceiro olho: O chamado "terceiro olho", que se localiza entre as sobrancelhas das estátuas de Buda, é uma referência ao pleno desenvolvimento do chacra ajna em Buda, o que lhe conferiria uma inteligência superior. O pé de Buda. É frequente a representação dos pés de Buda. Normalmente, ele apresenta-se marcado pela Roda da Lei budista. As três joias budistas: Buda, a doutrina budista (Dharma) e a comunidade de monges budistas (Sangha). Recebem o nome de joias porque se mantém imutáveis em seu valor, i gnorando o tempo, tal como as jóias. São uma verdadeira reserva de valor, nos quais os devotos budistas encontram refúgio nos momentos difíceis. A aura de Buda: Representa a santidade de Buda e sua condição de iluminado. A postura deitada de Buda. É uma referência aos últimos momentos de vida de Buda. A mão direita aberta de Buda. É o gesto chamado de abhaya, "sem medo". Simboliza que o devoto pode se aproximar de Buda sem medo. A postura de meditação de Buda. É uma referência à importância da meditação dentro do Budismo. Buda tocando o solo com a mão. Simboliza que Buda está pedindo à terra que testemunhe sua determinação em atingir a iluminação espiritual através da meditação. A magreza extrema de Buda:É uma referência ao período no qual Buda praticou o jejum extremo, como forma de tentar atingir a compreensão espiritual. Mas Buda acabou por rejeitar este caminho, por considerá-lo ineficaz e substituí-lo pelo caminho da meditação. O círculo formado pelo dedo polegar e o indicador. É uma referência ao principal símbolo do Budismo, a roda da lei. Simboliza que Buda está em atitude docente, ou seja, está ensinando sua doutrina aos discípulos. A flor do lótus: É um símbolo não só do Budismo mas de todo o oriente. Simboliza a pureza espiritual, que não é maculada pelo cotidiano, assim como as flores de lótus não se mancham com o lodo sobre o qual crescem. Na simbologia oriental, o ser humano deve se inspirar no exemplo da flor de lótus para permanecer puro, mesmo em meio à toda a corrupção do mundo. Fo Tzu (Pérolas de Buda):Também conhecido como rosário budista. É um instrumento usado para controlar o número de vezes que se recita os nomes sagrados do Buda, dos Bodhisattvas ou para recitar mantras. Se usado com devoção no coração, ajuda-nos a limpar nossa mente ilusória, purifica nossos pensamentos e ainda resgata nossa original e imaculada Face Verdadeira. São constituídos de contas que podem ser de diferentes tipos: sementes de árvore Bodhi, âmbar, cristal, olho de tigre, ametista, coral, quartzo rosa, jade, entre outros. Cabelo anelado de Buda. É uma referência à inteligência superior de que Buda era dotado. O leão: Era o símbolo do clã do qual fazia parte Sidarta: o clã Shakya. O cavalo:O cavalo lembra a partida de Sidarta do palácio de seu pai, montado em seu cavalo branco, Kanthaka, acompanhado de seu único criado, Xandaca. Portanto, o cavalo é um símbolo da renúncia de Sidarta aos valores mundanos. O elefante: A rainha Maya sonhou que um elefante branco penetrava em seu ventre pela sua axila direita e, logo em seguida, ela percebeu que estava grávida de Sidarta. Deste modo, o elefante é um símbolo da encarnação de Buda. O touro: Junto com o elefante, o cavalo e o leão, o touro é um dos quatro animais fundamentais dentro do Budismo. O touro alude à grandeza e à importância de Buda.

A estupa: É o tipo de construção que guarda os restos mortais de Buda e de grandes mestre budistas. Corresponde aos pagodes do leste asiático, aos chedi tailandeses e aos chorten do Himalaia. A Árvore Bodi: Nas construções budistas, é muito comum a representação de árvores, numa alusão à figueirareligiosa (Ficus religiosa) sob a qual Buda meditou e alcançou a i luminação, em Bodigaia, na Índia. Nos primeiros tempos do budismo, era considerado desrespeitoso retratarBuda sob a forma humana, de modo que o Iluminado era normalmente representado sob a forma de uma árvore, a Árvore Bodi. Perda e pesar Que a vida não é livre de sofrimento, é um fato. Sofremos com o envelhecimento, com as doenças e com a morte. O sofrimento tem de ser tolerado pelos vivos e pelos mortos. O propósito supremo do ensinamento do Buda é fazer-nos compreender a causa do sofrimento e encontrar um meio correto de superá-lo. O Buda nos disse em seus ensinamentos que toda matéria, vivente ou não-vivente, estava constantemente sujeita a mudanças cíclicas. As coisas não-viventes passam por mudanças de formação, duração, deterioração e desaparecimento, enquanto que as coisas viventes passam por nascimento, doença, envelhecimento e morte. Mudar a todo momento mostra a natureza impermanente de nosso próprio corpo, mente e vida. Esta impermanência que temos de enfrentar é inevitável. O Buda enfatizou que a principal razão do sofrimento é nosso imenso apego a nosso corpo, que é sempre identificado como "eu". Todo sofrimento brota desse apego ao "eu". Para sermos mais exatos, é a "consciência" que se abriga temporariamente no corpo existente, o qual funciona somente como uma casa. Por isso, a concepção comum de que o "eu" é o corpo físico está equivocada. Ao invés disso, seu corpo atual é somente uma propriedade neste tempo de vida. Quando nossa casa fica muito velha, todos nós adoramos a idéia de mudar para uma nova casa. Quando nossa roupa está muito usada, ansiamos por comprar roupas novas. Na hora da morte, quando a "consciência" abandona o corpo, isso é simplesmente encarado como a troca de uma casa velha por uma nova. A morte é meramente a separação de corpo e "consciência". A "consciência" continua, sem nascimento ou morte, e busca "abrigo" em um novo corpo. Se entendermos isso, não há razão para lamentações. Ao contrário, deveríamos ajudar os que estão à beira da morte a ter um nascimento positivo, ou, simbolicamente, mudar de casa. No contexto acima, um relacionamento de família ou de amizade existe em "consciência" mais do que em um corpo físico. Não fiquemos tristes por um filho que estuda do outro la do do mundo, por sabermos que ele está distante. Se tivermos a compreensão correta da verdade da vida e do universo, encararmos a morte como o começo de uma nova vida, e não como um ponto final, sem esperança, poderemos perceber que nossos sentimentos de perda e pesar não passam de ilusões através das quais somos enganados. Lamentar a morte é o resultado da ignorância da verdade da vida e o apego a um corpo físico impermanente. Oito consciências No Budismo, aquilo que normalmente chamamos de "alma" é, na verdade, uma integração das oito consciências. As consciências dos cinco sentidos - visão, audição, olfato, paladar e tato - mais a sexta, que é o sentido mental, que formula as idéias a partir das mensagens recebidas pelos cinco sentidos. A sétima é o centro do pensamento (manas) que pensa, deseja e raciocina. A oitava é a consciência ou, como também é chamada, o "armazém" (alaya). Os primeiros seis sentidos não possuem inteligência fora de sua área de atuação; ao invés disso, eles são reportados a manas sem interpretações. Manas é como um general em seu quartel, juntando todas as informações enviadas, transferindo-as, arranjando-as, e devolvendo ordens aos seis sentidos. Ao mesmo tempo, manas está conectado com alaya. Alaya, o armazém, é o depósito onde as ações do karma são armazenadas desde o início dos tempos. Ações ou pensamentos praticados por uma pessoa são um tipo de energia espiritual, acrescentada a alaya por manas. As ações armazenadas em alaya ali permanecem até que encontrem uma oportunidade favorável para manifestar-se. No entanto, alaya não pode agir por si mesmo, já que não possui nenhuma energia ativa. O agente discriminador, ou a vontade, é manas, o centro do pensamento, o qual pode agir sobre alaya para que ele desperte de seu estado dormente e seja responsável pelo nascimento de objetos i ndividuais, sejam eles bons, maus ou neutros. Uma pessoa pode ter acumulado incontável karma, positivo ou negativo, em vidas passadas. No entanto, se ela não permitir que ele se manifeste, é como se ele não existisse. É como plantar sementes no solo. Se não houver condições adequadas para seu desenvolvimento, as sementes não brotarão. Assim, se plantarmos boas ações nesta vida, as ações de nosso karma negativo anterior não terá chance de se desenvolver nas atividades discriminadoras. Manas está sempre trabalhando em conjunção com a mente e os cinco sentidos; ele é responsável pelas conseqüências dos desejos, paixões, ignorância, crenças, etc. É absolutamente essencial manter manas funcionando corretamente, de forma a que ele interrompa a criação de karma negativo, e, ao invés disso, deposite boas ações em alaya. Isto é possível, já que manas não tem vontade cega, mas é inteligente e capaz de iluminação. Manas é o eixo ao redor do qual toda a

disciplina budista se movimenta. A morte é o processo de ter essas oito partes da consciência deixando o corpo em seqüência, sendo alaya o último. Isso leva cerca de oito horas para acontecer. Assim, o processo da morte não acaba quando a respiração cessa ou quando o coração para de bater, pois a consciência do ser que morre ainda vive. Quando a consciência deixa o corpo, essa, sim, é a hora real da morte. Os seis reinos Apesar de a qualidade do renascimento ser determinada pelo acúmulo total de karma, o estado de mente da pessoa que está morrendo, no momento da morte, está, também, relacionado com seu próximo rumo na transmigração para um dos seis reinos da vida. Os seis reinos da vida incluem seres celestiais, semideuses, seres humanos e três reinos malignos: animais, espíritos famintos e seres infernais. Atitudes incômodas e impróprias por parte das pessoas ao seu redor, como lamentações ou movimentação do corpo, tendem a aumentar a dor e a agonia daquele que está morrendo, causando raiva e apego que, quase sempre, sugam a "consciência" emergente para os reinos malignos. Para ajudar a pessoa que está morrendo, não se deve incomodá-la antes da morte até, pelo menos, oito horas depois da parada da respiração; ao contrário, deve-se ajudá-la a manter a calma e uma mente pacífica, ou oferecer suporte com práticas espirituais tais como recitação de mantras. Funeral A prática funeral budista é normalmente conduzida com solenidade. Não se estimula o luto. Um altar simples, com uma imagem do Buda, é montado. Há queima de incenso e oferenda de frutas e flores. Se a família assim o desejar, pode haver monges budistas ministrando bênçãos e recitando sutras e os vários nomes do Buda, juntamente com pessoas laicas. Estes procedimentos podem ser seguidos de um elogio à memória do morto. Certos rituais de luto, como vestir roupas brancas, caminhar com um cajado, lamuriar-se para expressar o grande efeito do seu pesar, queimar dinheiro, casas ou roupas feitas de papel para o morto, são, às vezes, considerados como sendo práticas budistas. Na verdade, esses são costumes tradicionais chineses. A cremação é prática usual no Budismo - 2.500 anos atrás, o Buda disse a seus discípulos que cremassem seu corpo após a sua morte. No entanto, alguns budistas preferem velar seus mortos. A cremação pode ser escolhida, também, por questões de saúde ou de custo.

Mestre Maitreya a segunda vinda do Cristo Maitreya (do sânscrito maitri, "amistosidade ou bondade") é como é designado o renovador do budismo, o próximo Buda, que reiniciará o atual ciclo iniciado por Siddhartha Gautama, quando os ensinamentos deste tiverem sido esquecidos neste mundo. Muitos cálculos tem sido apresentados para quando este renovador do Budismo deverá renascer, como daqui a 3000 anos. Quem é o Novo messias? Buda Shakyamuni mencionou que o Buda do próximo éon se chamará “Maitreya, o Buda do Amor”. Maitreya, o Mestre Ascenso, está cumprindo seu juramento de tutorar na Terra as almas que desejam trilhar o caminho do Bodhisattva. Ele, que vestiu o manto do Senhor Divino na Escola de Mistérios da Lemúria (Éden), veio em resposta ao chamado da Mãe Divina para salvar os Portadores de Luz. Maitreya foi o segundo discípulo (após Gautama) a responder à chama de Sanat Kumara na Terra. Em 1º de janeiro de 1956, numa cerimônia realizada no Retiro de Royal Teton, Gautama sucedeu a Sanat Kumara no cargo de Senhor do

Mundo e Maitreya sucedeu a Gautama nos cargos de Cristo Cósmico e Buda Planetário, passando o manto de Instrutor do Mundo aos candidatos a este cargo, Jesus Cristo e Kuthumi

Como Instrutor do Mundo completou as grandes religiões.

Ele encarnou na Índia como Krishna para promover a religião Hindu e mais tarde Ele foi o Pai que instruía e agia através de Nazareno ( Jesus Cristo).

Maitreya, nesta Nova Era, vestiu o Manto de Cristo Cósmico, que pertenceu a Jesus na Era de Peixes, Jesus, que padeceu e morreu na cruz, completando assim a religião Cristã. Ele tem sido esperado há gerações por todas as principais religiões. Os cristãos conhecem-no como o Cristo e estão na expectativa de Seu iminente retorno. Os judeus esperam-no como o Messias; hindus aguardam a chegada de Krishna; budistas esperam Buddha Maitreya e os muçulmanos esperam-no como Iman Mahdi ou o Messias. Os nomes podem diferir, mas existe a crença de que todos esses nomes se referem a mesma pessoa - O Professor do Mundocujo nome é Maitreya. Preferindo simplesmente ser conhecido como o Instrutor, Maitreya não vem como um líder religioso ou fundador de uma nova religião, mas sim como professor e guia para as pessoas de todas as religiões e para aqueles sem religião. Nestes tempos de grandes crises políticas, econômicas e sociais, Maitreya inspirará a humanidade para que esta se sinta como uma família e criará uma civilização baseada no compartilhar, na justiça econômica e social e na cooperação entre todos os homens. Ele lançará um apelo para salvar milhões de pessoas que morrem de fome a cada ano num mundo de fartura e abundância. Entre as recomendações de Maitreya está uma mudança nas prioridades sociais de modo que a alimentação, a moradia, a educação e a saúde pública adequada se convertam em direitos universais. Sob a inspiração de Maitreya a humanidade fará as mudanças necessárias e criará um mundo mais razoável e justo para todos. "As esperanças agora são grandes para MEU Reaparecimento. Com alegria ME apresentarei às pessoas. Busquem por MIM e ME encontrarão esperando. Procurem por MIM e peguem Minha mão. EU necessito sua ajuda para estar diante de vocês, para abençoar este mundo e ensinar,

para mostrar aos homens que o caminho é simples, requer somente aceitar a justiça e a liberdade, Compartilhar e Amar" A Arte da Realização do Ser

"Não vim para fundar uma nova religião", diz Maitreya, o Professor do Mundo. "Vim para ensinar a arte da realização do ser", algo que não é nem ideologia nem uma religião, mas que beneficia as pessoas de todas religiões e aquelas que não pertencem a nenhuma religião. "Eu busco expressar o que Sou através de vocês, por isto venho" Segundo Maitreya, "Só o Ser importa". "Vocês são este ser, um ser i mortal". O sofrimento é causado pela identificação com tudo o que não é o Ser. Perguntem a si mesmos: Quem sou eu ? E verão que estão identificados com a matéria (corpo), ou com o pensamento (mente), ou com o poder (espírito). Porém, vocês não são nenhum destes". Mente, corpo e espírito são os templos do Senhor. O Ser experimenta nestes templos "o supremo Ser e a manifestação do Senhor". Uma das formas mais fáceis de conhecer-me, diz Maitreya, é serem honestos em sua mente, sinceros em seu espírito, praticando o desapego. Qualquer ação realizada com desonestidade da mente, insinceridade espiritual e apego, é destrutiva. Por exemplo, se pensam numa coisa, dizem outra, e fazem ainda outra diferente, estão perdidos. A honestidade da mente conduz à palavra honesta e à ação correta. Esta harmonia conduz à paz e a felicidade. Sem o desapego não há salvação. O desapego é a "droga" mais poderosa. Aprender o desapego é uma arte. Um cientista desapegado, aprenderá as leis da física e química (que são leis da criação) e as aplicará, criando coisas que constituem a obra de Deus. O artista, com desapego, será capaz de descobrir Deus através de suas próprias experiências. "Sejam como são", nos ensina Maitreya. "Não percam frente a outros, o respeito a si mesmos, sua dignidade. Não permitam que ninguém projete suas sombras sobre vocês. Um mestre transmite experiências, mas não projeta sua sombra sobre o discípulo. Não sigam a outros. Se praticares a honestidade da mente, a sinceridade do espírito e o desapego, conhecerás o teu Ser, conhecerás a Mim, conhecerás ao Senhor. Não vim para criar seguidores, diz Maitreya. Cada um de vocês deveria continuar desenvolvendo-se dentro de sua própria tradição religiosa. Um verdadeiro discípulo é aquele que respeita as tradições. Respeitem suas próprias religiões, suas próprias ideologias, em suma, sua própria forma mental e experimentarão o Mestre. "Mesmo quando me virem, não corram atrás de mim. Se correrem atrás de mim, vão Me perder. Não posso ser monopolizado, pertenço a todos. A Missão de Maitreya "Maitreya veio para lutar contra a ignorância e o mêdo, a divisão e a necessidade. Suas armas são a compreensão espiritual, o conhecimento e o amor. Sua brilhante armadura é a própria verdade em si mesma" Muitas pessoas esperam a volta de Cristo com medo e confusão. Sentem que Sua aparição levará a grandes mudanças em todos os sentidos da vida. Com razão supõem que Seus valores vão al terar necessariamente suas formas de pensar e viver e se assustam ante tal perspectiva. Além disso, tão mística foi a visão do Cristo apresentada ao longo dos séculos pelas igrejas, que muitos temem seu juízo e poder onipotente; esperam um Deus vindo para castigar os maus e recompensar os fiéis. É muito triste e lamentável que uma visão do Cristo tão deformada, haja impregnado a consciência humana. Não existe semelhante ser. Para compreender a verdadeira natureza do Cristo é preciso vê-LO como um entre os Filhos iguais de Deus; cada um dotado de pleno potencial divino, diferenciando-se unicamente no grau de manifestação desta divindade. Que Ele tenha conseguido a plenitude desta divindade é a sua gloria, e muito bem podemos mostrar no ssa reverência frente a isto. Também é indiscutivelmente certo que este mesmo êxito é realmente incomum. Mas o mais maravilhoso do Cristo para o homem, é que ELE foi um deles. Não há nada nas provas e sofrimentos dos homens, que Ele não tenha conhecido. Cada passo do caminho que os homens recorrem, Ele dolorosamente já pisou. Não há nada, no completo panorama da experiência humana de que Ele não tenha compartilhado. Assim, na verdade Ele é o Filho

do Homem...Esclareçamos em nossas mentes as razões de seu regresso. Compreendamos a natureza do trabalho que ele impôs a si próprio. Para estabelecer entre nós a realidade de Deus, Ele veio. Para recriar os Mistérios Divinos, Ele está aqui. Para ensinar aos homens como amar, e amar novamente, Ele está entre nós. Para estabelecer a fraternidade do homem, caminha uma vez mais sobre a Terra para manter a fé com o Pai e com o homem, Ele aceita este encargo. Para anunciar a nova era, Ele voltou. Para consolidar o tesouro do passado, para inspirar as maravil has do futuro, para glorificar a Deus e ao Homem, Ele desceu de sua alta montanha. Que semelhante trabalho não é fácil, nem sequer para o Filho do Homem, é evidente. Os antigos costumes de divisão e separação tem fortes raízes, enquanto o medo e a superstição enfeitiçam o homem há milhões de anos. Mas nunca antes, na história do mundo, veio um Professor melhor equipado para seu Trabalho. Maitreya veio para lutar contra a ignorância e o medo, a divisão e a necessidade. Suas armas são a compreensão espiritual, o conhecimento e o amor. Sua brilhante armadura é a própria verdade em si. A Grande Invocação Do ponto de Luz na Mente de Deus, Flua luz às mentes dos homens. Desça a luz sobre a Terra. Do ponto de Amor no Coração de Deus, Flua amor aos corações dos homens. Volte Cristo à Terra. Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida, Guie o propósito as pequenas vontades dos homens; O propósito que os Mestres conhecem e servem. Do centro a que chamamos a raça dos homens, Cumpra-se o Plano de Amor e Luz E feche-se a porta onde mora o mal. Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra. "A Grande Invocação pertence a toda humanidade e não a alguma religião ou grupos. É uma oração mundial, traduzida em mais de 70 línguas e dialetos. Nas traduções dos Budistas, Hinduístas, Muçulmanos e Judeus da Grande Invocação, Aquele que É Esperado, é conhecido como o Senhor Maitreya, Krishna, Imam Mahdi e Messias, respectivamente". PRECE PARA A NOVA ERA EU SOU o criador do Universo. EU SOU o PAI e a MÃE do Universo. TUDO vem de MIM. TUDO retorna para MIM. MENTE, ESPíRITO E CORPO São MEUS Templos, Para o EU SOU nele Se realizar MEU SER SUPREMO em TRANSFORMAÇÃO. Esta Prece para a Nova Era, enviada por Maitreya- O Cristo- é um grande Mantra ou afirmação. Ele representa o conceito do EU como DEUS, como o criador de tudo que existe. É um poderoso instrumento no reconhecimento de que o Homem e DEUS são UM, que não existe separação. Praticada todos os dias, com seriedade, a Prece promoverá um crescimento interior de realização do seu verdadeiro EU. A forma mais potente e apropriada de usar a Prece para a Humanidade na Nova Era é dize-la ou pensa-la, focalizando sua vontade e atenção no chacra AJNA, que se localiza entre as sobrancelhas. Ela é uma afirmação, e, como toda oração e mantra, o seu resultado depende do focalizar da vontade. O Buda Vindouro Maitreya, "o próximo Buda", "o futuro Buda", desempenha muitos papéis nas várias tradições budistas em todo o Extremo Oriente. Não só é o guardião do Dharma, como também um intercessor e protetor, um guru que inicia pessoalmente seus devotos, um mensageiro enviado pela Mãe Eterna para resgatar seus filhos, o Messias que desce à Terra quando o mundo se encontra em tumulto, para julgar os maus e salvar os bons, e, por último, mas não menos importante, ele é o Buda Sorridente. De acordo com as tradições do Budismo, Gautama Buda profetizou aos seus discípulos que, após o planeta ter-se saturado de trevas, o Senhor Maitreya desceria à Terra para presidir uma era de iluminação. Gautama ensina que o

BARCO do Dharma é o meio que o bodhisattva emprega para resgatar todo ser senciente que está sendo arrastado pelas águas ou se afogando no vasto oceano do samsara. Maitreya foi considerado por certos grupos do Budismo chinês como o Salvador. Também aparece como o Messias nos ensinamentos do Lótus-Branco do Budismo, religião que começou na China no início do século XIX. Segundo esses ensinamentos, Maitreya foi designado pela Venerada Mãe Eterna para lembrar seus filhos de sua origem sagrada e mostrar-lhes o caminho de volta ao Lar. Nos Atos de Tiago, no lindo poema gnóstico "O Hino da Pérola" , encontramos um paralelo a essa missão de Maitreya. O poema descreve a viagem de um príncipe que é enviado pelos seus pais ao Egito para recuperar a Pérola que se encontra no Oceano, em poder da Serpente. Seus pais prometem-lhe que ele herdará o reino quando sua missão for cumprida. Entretanto, o príncipe, compartilhando da comida dos Egípcios, cai no pecado do esquecimento e em seu conseqüente estado cármico de não-consciência. Ele se esquece de que é o Filho do Rei, de sua tarefa, e mergulha num sono profundo. O Rei e a Rainha, muito preocupados, escrevem-lhe uma carta que voa na forma de uma águia, que pousa ao lado do príncipe e lhe fala. (lembra o xamanismo: águia ou grande espírito se une a uma mulher que dorme sob uma ár vore passando para ela a descendência de todos os xamãs da terra) Assim que ouve as palavras da águia, o príncipe lembra-se de quem é e de sua missão. O príncipe embala a Serpente, pronunciando nas canções o nome do Rei e da Rainha e de seu i rmão. A Serpente adormece e então ele recupera a Pérola, retorna ao reino de seu pai e recebe a recompensa. Essa é a história da nossa alma, que tendo descido das oitavas etéricas, através de várias encarnações, perde a memória de sua origem e missão. É a história de nosso retorno ao Lar de Luz, através do ritual da Ascensão. Maitreya é a única figura além de Gautama aceita universalmente em todas as tradições budistas. Ocupa um lugar importante entre todos os bodhisattvas, pois é aquele destinado a ser o próximo Buda. Eis porque muitos escritos e várias obras de arte retratam Maitreya como Buda. Já que os eventos na carreira de ensinamentos do Príncipe Ajita (Maitreya, o futuro Buda) moldam-se nos da carreira do Príncipe Sidarta (Sakyamuni, o Buda), é quase impossível, sem inscrições ou evidências contextuais, distinguir entre suas imagens. Ao admirá-los, encontramos a unidade entre o Guru e o chela.

O Buda que Está Entre Nós Ao estudarmos os elementos do Budismo histórico, devemos lembrar que Maitreya não nos é tão relevante como um bodhisattva do passado ou um futuro Buda, mas sim como um Mestre Ascenso muito presente em nosso meio, possuidor de plenos poderes e realizações búdicas, que podem nos ser transmitidas por ele através de ensinamentos e iniciações. Como o Mestre Ascenso que ocupa o cargo de Cristo Cósmico e Buda Planetário, Maitr eya nos ensina o mesmo caminho da cristicidade individual que nos conduz à conquista da budicidade, que ensinou a Jesus a mais de 2000 anos. Em seu ditado de 14 de fevereiro de 1988, Jesus falou de Maitreya como aquele que o enviou na l inhagem dos antigos gurus: "Eu vim a este mundo enviado por aquele que me enviou, e quando eu dizia 'Eu e o meu Pai somos um' eu falei do Pai e da vivente Presença do EU SOU, e de seu representante, Aquele que deveria usar o manto de guru. Portanto, aquele que me enviou na corrente da hierarquia dos anciães não era outro senão Maitreya. "Abençoados corações, a continuidade da mensagem de Maitreya vem agora novamente nesta hora a vós, não em um indivíduo escolhido, mas através de vós, e através da sagrada chama crísti ca... "Venham ao meu coração e conheçam-me como o Filho, o Raio de Sol [8] de Maitreya. Saibam, portanto, que minha missão, ter vindo antes dele, assim como João Batista veio antes de mim, foi a de limpar o caminho para a vinda do Cristo Universal em todos os Filhos de Deus na Terra." Quando adiamos a vinda de Maitreya ou sua Presença em nós porque estamos preocupados com a nossa existência humana, até mesmo por apenas cinco minutos, enredamo-nos na mentira da procrastinação, que desloca o Buda Planetário e o Cristo Cósmico de onde estamos. Vivemos no Eterno Agora em um momento crucial nos ciclos planetários e neste "pedaço" de eternidade; nós nos determinamos a deixar nossa marca no tempo, no espaço. E então, aceitamos hoje a fusão de nossos seres com o

Cristo que é Jesus, o Cristo que é Maitreya. "Agora é a hora certa, agora é a hora da salvação", gritou Paulo. Porque não temos mais tempo, só o agora. Nós não vivemos ontem, nós não vivemos amanhã, nós só vivemos hoje. A Segunda Vinda O Senhor Maitreya explicou o significado de Sua vinda em seu ditado de 2 de julho de 1988, afirmando Sua descida em nossos corações: "Sendo o Próximo Buda, eu estou em vosso templo. Exatamente como é profetizada no Ocidente a segunda vinda do Cristo, também é profetizada no Oriente a vinda de Maitreya. O significado é a vinda de Buda que é o Cristo Cósmico em vossos corações. Essa vinda não está adiada. Está pronta. Eu estou aqui, meus amados. E posso entrar. Quando a câmara é esvaziada e então preenchida novamente - esvaziada e preenchida pelo fogo da chama da Iluminação -, sabeis que em vosso processo de percorrer os desfiladeiros internos do ser, subindo então a escada em espiral rumo ao coração, eu estou convosco e, num momento de reconhecimento, vivenciamos a divina consciência de nós dois comungando no coração dos corações. Em seu ditado de 21 de novembro de 1976, o Senhor Maitreya nos contou como o desafio de incorporar a virtude da bondade amorosa o motiva no caminho: "Eu venho para iniciar a linhagem dos bodhisattvas da Nova Era. Eu venho para perguntar: Há entre vós alguém que queira bem a Terra o suficiente para viver e amar, viver e servir até que seu povo, sustentado nas mãos de Deus, venha ao centro do Um? "Aqui estou, pode parecer surpreendente. Eu tenho sempre estado convosco, mesmo nas horas mais sombrias da vossa solidão, até na hora de vossa rejeição da minha presença quando gritastes: Até quando eu fugirei da Vossa Presença? "Pois sabeis em vossas almas que, ascendendo aos Céus ou estando nas profundezas do submundo, vós encontraríeis Maitreya Buda respondendo ao chamado de Gautama Buda e de Sanat Kumara. Pois há muito tempo fiz o meu juramento: "Eu não vos abandonareis, oh, meu Deus! "Eu não vos abandonareis, oh, meu Deus! "Eu vi o Meu Deus prisioneiro na carne. Eu vi a Palavra prisioneira em corações de pedra. Eu vi meu Deus sepultado em almas presas aos corrompidos. E eu disse novamente: "Eu não vos abandonareis, oh, meu Deus! Eu cultivarei este fogo Eu adorarei esta chama E, em breve, alguns irão aspirar a estar comigo. A ser Maitreya. "E um dia, sentei-me com a mão na cabeça, em profunda introspecção e Gautama disse-me: Em que estais pensando, Meu Filho? E eu disse: Meu Pai, podemos conquistá-los com bondade e amor? Eles responderão ao amor? E meu Pai disse-me: Se mantiverdes dentro de vosso coração, Meu Filho, a completa orquestração do amor, 144.000 tons de amor, se vós mesmos vierdes a conhecer o amor, aí então, sim, vós os conquistareis com amor. Meu coração pulou de alegria. Meu Pai dera-me o desafio de conhecer o amor, ser amor, não simplesmente pelo amor, por amor ao amor, não pela mera felicidade de comungar com o amor, mas para a salvação de almas, para resgatar o Meu Deus na humanidade."

A guia de Oxalá é composta por contas de cristal transparente ou miçangas brancas

é a autoridade suprema na umbanda, recebendo ordens Oxalá é a autoridade suprema na umbanda, recebendo ordens apenas, de seu pai Zambi (Deus). Ele é quem manda as entidades, para nos ajudar. Sua imagem e a de Jesus Cristo( na umbanda geralmente sem a cruz). Oxalá não é encoorporado na umbanda.

Características dos filhos de Oxalá : Filhos de Oxalá  - São de caráter brando, sujeitos a receber ingratidões e sofrer as intempéries da vida, não

desistindo do caminho traçado, procurando desenvolver a sua missão de acordo com o mês e o dia em que nasceram. São conselheiros, práticos nas suas decisões, mas de secessos lentos.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ

Oxalá é o pai dos Orixás e, por extensão, de toda a humanidade. Estabelece, pois, entre si e os outros, uma aura não de temeridade, mas sim de carinho. Os filhos de Oxalá, portanto, são pessoas tranqüilas, com tendência a calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Sabem argumentar bem, são reservados, mas raramente orgulhosos. Seu defeito mais comum é a teimosia, será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema. No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação. Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum, nem tão compacto como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e postar-se dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo se tratando de alguém muito jovem.

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ

Os filhos de Oxalá, são pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores (ajuntós). São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados. Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos. Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema. No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação. Para Oxalá, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou falada) seja o ponto fundamental. Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem. Para que o filho de Oxalá tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas coisas que o cerca e tentar ceder à sua natural teimosia.

Características do filho de Oxalufã O tipo físico de OXALUFÃ é frágil, delicado, friorento, sujeito-a resfriados. Compensa sua debilidade física com grande força moral, e seu alvo à realizar a condição humana no que tem de mais nobre. É fiel no amor e na amizade. Oxalufã é o poente. Características do filho de Oxaguiã

Características das filhas de Oiá - Tempo: no aspecto positivo, são simpáticas, discretas, silenciosas, observadoras, amigas e conselheiras, emotivas, mas guardam suas emoções para si em vez de exteriorizá-las, são lutadoras e muito sinceras. Apreciam as coisas religiosas, o estudo, a música suave ou romântica, um pouco de isolamento, conversas construtivas, a companhia de pessoas discretas e de homens maduros, reservados e amorosos. São temporais, persistentes, tenazes e introspectivas. No aspecto negativo, são retraídas, ciumentas, possessivas, evasivas, fugidias, descrentes,

desconfiadas, não perdoam uma ofensa, mesmo que seja inconsciente, são glaciais nos seus envolvimentos emocionais. As filhas de Oiá não apreciam pessoas imaturas, improdutivas, muito falantes e grosseiras, roupas berrantes, discussões inconsequentes, intrigas, lugares muito agitados, muitas companhias e não gastam seu tempo à toa.

no aspecto positivo, são amorosos, alegres, compenetrados, emocionam-se facilmente, compadecem-se com o sofrimento alheio, acreditam em todos e são persistentes. Apreciam festas, reuniões calorosas, passeios, a boa mesa, roupas da moda e a companhia de pessoas alegres e leais, mulheres inteligentes e decididas. São solares e geniosos. No aspecto negativo, são ranzinzas, briguentos, frios, perigosos, agressivos e vaidosos. Os filhos de Oxalá não apreciam pessoas falsas, emotivas, exageradas, roupas conservadoras, conversas chulas, trabalhos pesados, recintos fechados, horários rígidos e comida picante.

Ervas de Oxalá: Boldo, manjerona, sálvia, tapete de Oxalá Amaci: Água de fonte, rosas brancas e folhas de manjerona maceradas e curtidas por 24 horas Cor: Branco, Dourado Chakra: Coronário Oferenda: Velas brancas, frutas, côco verde, mel e flores. Ponto de força: Os locais para oferendá-lo são aqueles que mais puros se mostram. Pode ser em bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos, etc. Saudação: Êpá Babá! Salve meu Pai Oxalá! Ervas de Oiá: Eucalipto Amaci: Água de chuva, folhas de eucalipto e pétalas de rosa amarela maceradas e curtidas por 7 dias Cor: Branco, Azul bem escuro Chakra: Coronário Oferenda: 1 vela branca e 1 vela azul bem escuro (quase preto), um côco partido em duas partes com um pouco de água de côco em uma das partes, colocar um pouco de licor de anis na parte do côco utilizada como cuia misturando com a água de côco, um maracujá maduro partido ao meio colocado ao lado do côco, rosas brancas. Ponto de força: Deve ser oferendada em locais abertos, fora do templo, fora da casa. Ela não aceita ser firmada em locais fechados, apenas em espaços abertos. Em campos, jardins, quintais, etc. Orientação: À nossa mãe Oiá Tempo, devemos pedir suas bênçãos, seu amparo divino, sua orientação e sua proteção cósmica e poderosíssima, que nos protege dos eguns que vivem soltos no tempo. Devemos estar com o coração puro e a mente voltada à Fé. Não devemos fazer pedidos negativos aos Orixás, cientes de que sofreremos muito mais do que desejamos aos nossos semelhantes. Oiá é implacável em sua atuação sobre os nossos desequilíbrios. Saudação: Salve Mãe Divina da Fé! Salve Oiá! Salve Senhora do Tempo!

Oxalá e Ibeji As falanges de Oxalá ocupam o grau mais alto da hierarquia espiritual. São os anjos, os santos, as entidades que trabalharam na Terra como missionários. São os administradores do mundo, os que organizam todas as falanges dos demais Orixás. Distribuidores da paz, da harmonia entre todos os seres, daí os demais lhe renderem respeito e chamá- lo de “pai”. Seu domínio é tudo, abrangendo todo o céu, que lhe é consagrado. Ibeji ou, como é conhecido em Umbanda, Cosme e Damião, é entidade que assume a forma infantil nas manifestações, protector das crianças, vibrando nas linhas de Ogum, Xangô e Oxalá, principalmente. Governa os nascimentos, os princípios, na Natureza ou nos fatos da vida. Possui a capacidade de tornar os ambientes alegres e felizes pela sua vibração característica, estimulando as diversões e prazeres com fins de aliviar as tensões surgidas com as atribulações, dono da energia mais sublime, canalizada dos planos mais elevados. Seus Filhos

Apesar de faltarem-lhe iniciativa, os filhos de Oxalá são os melhores companheiros. Cuidadosos, responsáveis, calmos, francos. Sabem dar bons conselhos, daí serem chamados para apresentarem seus pareceres. Não trocam de parceiros, sendo muito estáveis, mesmo que, alguns, sejam galanteadores e idealistas. Não gostam de discussões, porém apreciam mais as conversas que os livros. Parece que tudo sabem, mesmo não tendo estudado, possuindo grande sensibilidade.

REINO – REGENTE – COR – ELEMENTO MAGÍSTICO Humanidade – Oxalá - Branco - As pessas, Médiuns, Ogãs etc..

Assim, fica estabelecida a Correlação entre as "Vibrações Ancestrais" e a "Estrada dos Anjos e da Vida", podendo conhecer as Influências Místicas que agem. Para facilitar o entendimento, um exemplo: Data de nascimento: 30 de novembro de 1980 Hora de nascimento: 10:40 Local de nascimento: Cidade do Rio de Janeiro Uma pessoa nasceu no dia 30 de novembro, data compreendida entre 24 de novembro e 22 de dezembro, que é relativo ao Signo de Sagitário, que por sua vez, identifica a Vibração Original de XANGÔ. Outras informações poderiam ser levantadas, tais como: Decanato, Fase da Lua, Estação Climática do Ano, Hora Planetária, etc. mas, aguardemos a oportunidade adequada para r ealizar a abordagem. Então, esta pessoa "é" um Xangô. E quais são as outras Entidades Atuantes? Quais as mais importantes? Para o segundo passo é necessário o "Levantamento do Céu" no exato momento do seu nascimento ou seja, como estavam configurados os "Entrecruzamentos Vibratórios", demonstrados pelas posições dos Astros Celestes em relação aos Signos, que podem ser obtidos através de uma "Carta Natal". Considerando que, a montagem desta carta exige algum conhecimento de Astrologia, recomenda-se obter junto a um Astrólogo ou através de programas específicos para tal fim. Às 10:40 horas, do dia 30 de novembro, o "Mapa do Céu" visto a partir da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, tinha a seguinte configuração: O Sol está no signo de Sagitário; a Lua está no signo de Virgem; o Planeta Mercúrio está no signo de Escorpião; o Planeta Vênus está no signo de Escorpião; o Planeta Marte está no signo de Capricórnio; o Planeta Júpiter está no signo de Libra; e, finalmente, o Planeta Saturno está no signo de Libra.

Consideramos ser de suma importância determinar qual o "Jogo" de Relacionamento de Forças e Vibrações que imperavam no momento em que alguém absorve seu primeiro "Hausto de Vida" – nascimento – o qual irá sempre, não determinar, mas sim influenciar aquilo que ele se dispuser a realizar nesta jornada terrestre: o Destino. No momento do primeiro "Hausto de Vida" deste nosso exemplo, identificam-se como mais influentes as seguintes Correlações Vibracionais:

1. O Sol, em seu Signo Natal de Sagitário, representando a Vibração Original Esotérica de Orixalá potencializando a Vibração Original Esotérica de Xangô, intermediada pelo Caboclo Aymoré; 2. A Lua posicionada no Signo Zodiacal de Virgem, representando a Vibração Original Esotérica de Yemanjá influenciando a Vibração Original Esotérica de Yori, intermediada pela Cabocla Oxum; 3. O Planeta Mercúrio posicionado no Signo de Escorpião, representando a Vibração Original Esotérica de Yori influenciando a Vibração Original Esotérica de Ogum, intermediada pelo Senhor Yari; 4. O Planeta Vênus posicionado no Signo de Escorpião, representando a Vibração Original Esotérica de Oxossi influenciando a Vibração Original de Ogum, intermediada pelo Caboclo Araribóia; 5. O Planeta Marte posicionado no Signo de Capricórnio, representando a Vibração Original Esotérica de Ogum influenciando a Vibração Original Esotérica de Yorimá, inter mediada pelo Ogum de Malê;

6. O Planeta Júpiter posicionado no Signo de Libra, representando a Vibração Original Esotérica de Xa ngô influenciando a Vibração Original Esotérica de Oxossi, intermediada pelo Xangô Agodô; 7. O Planeta Saturno posicionado no Signo Zodiacal de Libra, representando a Vibração Original Esotérica de Yorimá influenciando a Vibração Original Esotérica de Oxossi, intermediada pelo Pai Joaquim. Um detalhe importante, que não deve ser esquecido: o Signo Ascendente. Enquanto o Signo Solar é aquele pelo qual o Sol estava transitando no período do nascimento (Relativo à Vibração Original), o Asc endente é o signo que estava "subindo" na linha do horizonte neste mesmo instante. Como os Signos estão associados aos Astros Celestes, aquele que está vinculado ao Signo Ascendente t em a sua importância bem definida. Se na Astrologia o Astro Celeste correspondente ao Signo Ascendente é tido como o "governante" do mapa, no Esoterismo de Umbanda, podemos traduzi-lo como sendo aquele que representa a "Entidade de Frente". No nosso exemplo, o Signo Ascendente é Aquário, que é vinculado ao Planeta Saturno, logo, identificamos a Vibração de Yorimá. E ntão, no nosso exemplo, a "Entidade de Frente" desta pessoa é da Falange de Pai Joaquim. E, para aqueles que ainda não souberam quais Falanges originam as Entidades que vibram no dia-a-dia da caridade ao próximo, podem estar certos de que elas são integrantes de quaisquer uma das Falanges que forem identificadas, determinadas pelo "Poder Volitivo das Vibrações Originais", registradas pelos Astros Celestes no momento exato do início da sua jornada.

OXALÁ

É o Orixá supremo, considerado o Pai de todos. Orixá do equilíbrio, da fraternidade, da união, Senhor da pureza. É um Orixá pacificador. A este Orixá pedimos proteção, força, harmonia e paz. Oxalá se apresenta de três formas diferentes segundo o Candomblé: Oxalá Menino: OXAGUIAN - sincretizado por Menino Jesus de Praga. Oxalá Velho: OXALUFAM - sincretizado por Jesus Cristo no Monte das Oliveiras.

Orixá Oduduá ou Oduduwa  Author: AUTOR: EBOMI | at : 10:30 | Category : Oxala |

Orixá O d u d u a   ou O d u d u w a   orixá da linhagem dos Orixás funfun (Oxála, Obatalá, Ajalaori, etc…), conta-se na lenda que:

No princípio de tudo, no começo da existência, quando não havia separação entre Céu e Terra, dois Orix ás v ivia m   ju n to s  dentro de uma cabaça, mas só que eles viviam extremamente apertados um contra o outro, Orixá Odudua embaixo

e Orixá Obatalá em cima. Os dois tinham 7 anéis que pertenciam aos 2 Orixás. A noite eles pegavam os anéis e colocavam seus anéis. Só que na hora de ver com quem ia ficar a maior parte dos anéis (4 para um e 3 para o outro). Aquele que dormisse por cima Ficaria com quatro anéis e o que ficass e por baixo ficaria com os 3 anéis. Chegando um belo o Orix áOdu du a   (Oduduwa), deusa da terra, queria dormir por cima para poder usar os quatro anéis que Obatalá sempre usava. Obatalá  muito egoísta, o deus do Céu, não aceitou. Tal foi a luta que cemeçou entre os dois Orixas. A briga foi tamanha lá dentro que a cabaça acabou por ser romper e quebrar a cabaça em duas metades. A parte de baixo da cabaça, com Orix áOdu du a (Oduduwa), permaneceu embaixo, enquanto a parte superior, com Obatala  ficou em cima, separando-se assim o Céu da Terra. No começo da existência, bem no começo de tudo, Obatalá, deus do Céu, e Odudua, Deusa da Terra, viviam juntos. O desentendimento e a briga pelos anéis os separou e separou o Céu da Terra. (Fonte da lenda retirada do Livro Mitologia dos Orixás) Reginaldo Prandi.

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Ajalaode (pai

modelador

de

todas

as

cabeças)

Orixá Oxaguian ou Oxoguiã (O comedor de Inhame, que não tinha cabeça)

Oduduá 

Oduduá, na tradição é complicada, polêmica. Alguns sugerem ser a referida divindade um orixá feminino a esposa de Oxalá, rainha da Terra. Outros a classificam como sendo uma qualidade do próprio Oxalá. Eu parto pela vertente que considera Oduduá, divindade feminina da criação de toda matéria, origem da vida. Senhora do universo, útero da terra . Ela é considerada, ao lado de Obatalá como o casal primordial e propulsor da criação. Cada um foi incumbido de determinadas funções no papel da criação do Aiê, o universo incluindo o mundo em que vivemos. O universo é visto dentro do culto aos Orixás como uma grande cabaça e esta cabaça é representada por Oduduáe Obatalá. Oduduá é considerada como a parte de baixo da cabaça e Obatalá é considerado como a parte de cima da cabaça. O nome Oduduá pode ser traduzido como a cabaça de onde jorrou a vida. Muitos costumam se enganar e a afirmar que Oduduá seria um Orixá masculino ao invés de feminino, mas o que ocorre é uma confusão entre a divindade feminina Oduduá com o ancestral iorubano divinizado Oduduá, que na verdade é considerado em território africano como sendo uma forma humana da deusa Oduduá, ou seja, o guerreiro legendário e a deusa Oduduá seriam as mesmas pessoas. O surgimento de Oduduá, bem como o de Obatalá, é muito interessante.

Diz-se que involuntariamente nos primórdios da criação, quando a única coisa existente nos mundos era o Olorun, a grande energia primordial, Oduduá, a deusa, surgiu do corpo de Olorun, a grande energia primordial, assim como Obatalá e outra tantas divindades. Foi Oduduá quem criou a terra e todo o universo como o conhecemos e, ao lado de Obatalá, possibilitou o surgimento da vida.

Omolokum de Logun Ingredientes: - 500g. de feijão fradinho - 500g. de milho - 01 cebola - 4 ovos - azeite de oliva Modo de Preparo: Coloque o feijão fradinho para cozinhar com cebola e azeite de oliva. Em outra panela cozinhe o milho. Depois do feijão fradinho cozido amasse-o bem até formar uma pasta. Em uma travessa coloque o omolokum (massa do feijão fradinho) de maneira que ocupe a metade da travessa e na outra metade coloque o milho cozido, regue com oliva e enfeite o omolokum com os quatro ovos cortados em quatro, e o milho enfeite com côco cortado em tirinhas.

CARACTERÍSTICA 

Oduduá não enxerga pelos olhos, mas por outros sentidos dotada de temperamento terrível, de difícilconvivência . É senhora de grande inteligência, de autoritarismo e poder de dominação pela força, sobre tudo e sobre todos. Temperamental, lasciva, consciente do imenso poder que tem em suas mãos. Não suporta a beleza das coisas, da saúde, da prosperidade alheia, que pode provocar a sua ira e uma vingança implacável. Diz o mito que Oxalá arrancou os seus olhos acometido por um estranho ataque de fúria, em virtude da sua tagarelice de mulher, que tinha voz muito estridente e desagradável. Ela não parava de falar, queixando-se da vida aos berros. Oduduá é dotada de temperamento terrível, de difícil convivência. Nunca se sabe como agradá-la. Nos primórdios diz a lenda, Olórum concedeu a Oduduá total poder sobre o universo e os demais orixás, entregando-lhe simbolicamente uma cabaça e um pássaro de metal.

Mas Oduduá passou a reinar de forma cruel e por qualquer motivo mandava arrancar os olhos e o coração das criaturas. Oludamaré, preocupado tirou parte do poder de Oduduá e entregou a Oxalá, restabelecendo a justiça e a misericórdia. Oduduá a senhora do poder feminino assemelha-se em alguns aspectos a Oduiami oxoróngo, -terrível, fria, e sem coração, guardiã do poder e da vida dos habitantes do aiê, seu habitat, para a infelicidade dos mortais.

O principio de tudo, quando não havia separação entre o céu e a terra , Obatalá e Oduduá viviam juntos dentro de uma cabaça. Viviam extremamente apertados um contra o outro, Oduduá abaixo e Obatalá em cima. Eles tinham sete anéis que pertenciam aos dois. A noite eles colocavam os anéis aquele que dormia por cima sempre colocava quatro anéis e o que ficava em baixo sempre colocava os três restantes. Um dia Oduduá Deusa da terra, quis dormir por cima para poder usar nos dedos quatro anéis. Obatalá o Deus do céu não aceitou. Tal foi a luta que travaram os dois lá dentro que a cabaça acabou por se romper em duas metades. A parte inferior da cabaça com Oduduá permaneceu em baixo que é a terra e a parte superior da cabaça ficou com Obatalá que é o céu. Separando-se assim o céu da terra. No inicio de tudo, Obatalá Deus do céu, e Oduduá Deusa da terra a briga pelos anéis os separou e por isso a distância entre o céu e a terra para que não haja mais briga.

ARQUÉTIPO 0 tipo psicológico do filho de Oduduá, do ponto de vista físico, é semelhante ao tipo Oxalá. São magros, franzinos, nervosos e secos como a terra. Mas ao contrário do tipo Oxalá, os filhos de Oduduá são violentos e agressivos, fechados, inseguros e angustiados, tornando-se às vezes susceptíveis, impacientes, intolerantes e desconfiados. Invejosos, vingativos, perseguem aqueles cuja felicidade ou êxito é para eles uma afronta. Sabem manipular os outros e toda sua força está em uma inteligência curiosa, de senso crítico e de ironia ferina. É dominador, autoritário e no trabalho é exigente, perfeccionista e minucioso. Oduduá Orixá da criação (OduduaOrishaofcreation)

É possível separar o candomblé da memória dos tempos da escravidão da América, uma vez que ele tem origem na vinda dos negros africanos para serem utilizados como escravos. Estes negros eram provenientes de diversas tribos (nações) da África, que muitas vezes sequer falavam a mesma língua e que apresentavam identidades culturais diferentes. Admite-se, em grande escala, três ―padrões‖ de cultura negra na América 1. Fanti-Ashanti (originária da costa do ouro) 2. Fon (de origem Daomeana) 3. Yorubá (da Nigéria, com influências Banto) Esta última teve impo rtante influência, principalmente no Brasil e em Cuba. Ainda que as outras duas culturas tenham sido m ais atuantes na América Inglesa e Holandesa (Fanti-Ashanti) e na América Francesa (fon), no Brasil sua importância também é revelante; especialmente quando falamos dos aspectos religiosos das culturas negras.Podemos então pensar nessas culturas da seguinte forma: Culturas Sudanesas Os povos iorubá da Nigéria, os Daomeanos e os Fanti-Ashanti (da costa do ouro), além de outros grupos menores, foram seus mais importantes representantes.Entre eles, destacam-se os seguintes grupos: Nagô (yorubá), Jeje (daomeano) e Mina (fanti -ashanti). Este grupo está representando, no candomblé brasileiro pela ―nação‖ Ketu e pela ―nação‖ Jeje, representada especialmente pelo tambor de mina, entre outros. Culturas Bantos Representadas pelas inúmeras tribos dos grupos Angola Congolês, como os congos, angolas, cabindas, moçambiques e outros. Este grupo, representado no Brasil, pela ―nação‖angola, pelo ―candomblé de caboclo‖eoutros.Culturas Guineano-Sudanesas Islamisadas Representadas pelos grupos fula, mandiga e haussá. Grupos islamisados que não f ormaram, portanto, nações de candomblé. MITOS São várias as versões dos m itos dos orixás e, como em todos os mitos, algumas são incompatíveis entre si; mas a essência dos orixás pode ser perfeitamente absorvida através destas narrativas. Para os iorubás, a melhor representação do m undo é uma cabaça dividida ao meio, uma das metades constituindo o céu (orum, Obatalá), e a outra a terra (ayê, Odudua). No princípio de tudo, entretanto, não havia a terra, e os orixás viviam no orum, ao redor de Olorum, o senhor do Universo, secundado por Obatalá. Obatalá uniu-se a Odudua e tiveram dois filhos: Aganju, a terra firme, e Iemanjá, as águas dos oceanos. Outro mito diz que a terra era então um vasto oceano e os orixás desejavam conhecê-lo. Obatalá encarregou Oxalá de descer ao ayê, a metade inferior da cabaça, e espalhar o pó preto que formaria a terra firme. Entregou a ele o saco com o pó preto e uma galinha. Oxalá então partiu em viagem, mas no meio do caminho sentiu sede. Exu, vendo que Oxalá sentia sede, ofereceu-lhe vinho de palma e Oxalá bebeu. E tanto vinho que Oxalá que embriagou-se e caiu em sono profundo. Exu tomou de Oxalá o saco da criação e o levou a Obatalá, a quem contou que Oxalá beberá e negligenciara sua tarefa. Obatalá então entregou o saco a Odudua, que com ele desceu à terra, jogou o pó preto sobre o oceano e tornando se ela mesma uma galinha, ciscou o pó preto até que se formaram os continentes e toda terra firme que há. Essa terra firme é Aganju, filho de Odudua e Iemanjá. Obatalá então criou um grande dendezeiro, pelo qual desceram à terra todos os orixás, cada um escolhendo uma parte do mundo que lhe agradava, e que passou a ser de seu domínio.  Assim, Oxum e Obá escolheram as águas doces; Iansã quis os ventos; Xangô os trovões e as cachoeiras; Obaluaiê à terra firme; Nanã a lama dos fundos dos rios e os abismos; Ogum quis as montanhas e os m inérios; Oxossi as matas e florestas; Oxumarê o arco – íris; Ewá os horizontes. Apenas Exu não sabia o que escolher, pois tudo e nada lhe agradava. E considerou-se assim dono de tudo um pouco, com que os demais orixás concordaram. Desse modo o mundo foi criado e dividido entre os orixás, e é por isto que cada um detêm o domínio de uma parte da natureza. Outro mito narra que Obatalá reuniu todos os materiais necessários à criação do mundo e mandou a estrela da manhã convocar todos os orixás.  Apenas Orunmilá apareceu. Por isso Obatalá o recompensou, permitindo que apenas ele conhecesse os segredos da criação e do por vir. E foi assim que a estrela da manhã revelou a Orunmilá que todos os segredos e materiais da criação se encontrava numa concha de caramujo, dentro de um vaso que ficava entre as pernas de Obatalá. Orunmilá tornou-se então, dono dos segredos, das magias e conhecedor do futuro, das vontades, aquele que sabe a vontade de Obatalá e de todos os orixás, o que sabe com que matéria o homem foi feito. Outro mito narra que tendo tido o conhecimento das matérias da criação, teria s ido Orunmilá e não Odudua o criador da terra, aquele a espalhar o pó preto sobre as águas. Orunmilá então é considerado o amigo de Obatalá. Quis então Obatalá criar os homens. Ajalá, o orixá oleiro foi incumbido de moldar as cabeças dos rios e outros elementos da natureza.  Ajalá moldava as cabeças e as punha para assar em seu forno. Mas Ajalá tinha o hábito de embriagar-se enquanto cozia o barro e criou muitas

cabeças defeituosas, queimando algumas e deixando outras com o barro cru. Depois que Ajalá terminava de fa zer os oris (cabeças) Obatalá soprava nelas e lhes dava eni, a vida.  Assim surgiram a terra e os homens, sob o domínio dos orixás. Cada orixá viveu então episódios diversos em sua história, dos quais narraremos aqui apenas alguns, pois a quantidade de versões dos mitos é praticamente infinita.

Oduduá

Oduduá é uma das divindades primordiais. Ela é considerada, ao lado de Obatalá como o casal primordial e propulsor da criação. Cada um foi incumbido de determinadas funções no papel da criação do Aiyê, ouniverso incluindo o mundo em que vivemos. O universo é visto dentro do culto aos Orixás como uma grande cabaça e esta cabaça é representada por Oduduá e Obatalá. Oduduá é considerada como a parte de baixo da cabaça e Obatalá é considerado como a parte de cima da cabaça. O nome Oduduá pode ser traduzido como a cabaça de onde jorrou a vida. Muitos costumam se enganar e a afirmar que Oduduá seria um Orixá masculino ao invés de masculino, mas o que ocorre é uma confusão entre a divindade feminina Oduduá com o ancestral iorubano divinizado Oduduá, que na verdade é conseiderado em território africano como sendo uma forma humana da deusa Oduduá, ou seja, o guerreiro legendário e a deusa Oduduá seriam as mesmas pessoas. Esta é uma visão muito ampla no que concerne à essência divina mas isso é algo que vai muito além da capacidade de aceitação de algumas pessoas e sacerdotes. O surgimento de Oduduá, bem como o de Obatalá, é muito interessante. Diz-se que involuntariamente nos primórdios da criação, quando a única coisa existente nos mundos era o Olorun, a grande energia primordial, Oduduá, a deusa, surgiu do corpo de Olorun, a grande energia primordial, assim como Obatalá e outra tantas divindades. Foi Oduduá quem criou a terra e todo o universo como o conhecemos e, ao lado de Obatalá, possibilitou o surgimento da vida.

Em terceiro lugar, com a Eerupeou ―Lama‖, mistura de Água e Terra, mas também vivificada por Seu Hálito e Centelha Divina (Fogo e Ar), Olorun criou o Imole Ex ú, o ―Terceira Cabaça‖, ou ―Terceiro Ser Criado‖ ou ainda, o ―Esu Ancestral‖, o Imole da Dinamização, da Transformação e da Restituição, quer no Além ou quer na Terra da-Vida e, portanto, portador de todas as Qualidades do Vermelho, do Preto e do Branco. O Imole EsuAgba é, portanto, o primeiro Ara Orun ou ―Corpo do Além‖, ou seja, a ―Primeira Individualidade Espiritual‖ a ser criada com o concurso da Matéria combinada: Fogo (Centelha Divina), Ar (Hálito Divino), Água e Terra (Eerupe, a Lama). Sua qualidade de ―Terceiro Ser Criado‖ o constituiu em Osije ou ―Mensageiro Divino‖ com permissão expressa de se apresentar perante Olorun que somente receberá Oferendas se elas forem conduzidas por Imole EsuOsije. Oduduá é uma OrixáFunfun absolutamente diferente dos demais, embora semelhante em essência, é feminina, sendo cultuada em diversas regiões como esposa de Obatalá, embora seja, em princípio, sua irmã. " Iya Male” (Mãe das Divindades ou Mãe Divina)

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ Os filhos de Oxalá, são pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores ( ajuntós). São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados. Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos. Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema. No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação. Para Oxalá, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou f alada) seja o ponto fundamental. Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem. Para que o filho de Oxalá tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas coisas que o cerca e tentar ceder à sua natural teimosia.

A LINHA DE SANTO OU DE OXALÁ A linha de Santo ou de Oxalá é constituída por espíritos de várias raças terrenas, entre eles, os pretos de Minas, pretos da Bahia, padres, frades, freiras e espíritos que, quando na Terra, tiveram grande sentimento católico. Os chefes das Legiões e das grandes falanges são espíritos conhecidos no catolicismo com o nome de Santos, tais como sejam: 1. Legião de Santo Antônio 2. Legião de São Cosme e São Damião 3. Legião de Santa Rita 4. Legião de Santa Catarina 5. Legião de Santo Expedito 6. Legião de São Benedito 7. Legião de Simirômba (Frade) São Francisco de Assis As falanges grandes e pequenas de espíritos desta Linha, infiltram-se entre as Linhas da Lei de Quimbanda com o propósito de diminuir a intensidade do mal por eles praticado e hàbilmente arrastá-los para a prática do bem e por este motivo, verificamos muitas vezes, nos trabalhos de Magia Branca aparecerem elementos ou falanges da Magia Negra e vice-versa.

OrinOduduá Iyadakungbawa o; – Oh Mãe! nós suplicamos que nos libertes; ki o tonitomo; – olhai por nós, olhai por nossos filhos;

ogbebi l’Adó ! – Tu és aquela que te estabelecestes em  Adó!” 

7ª. LINHA: OXALÁ É a fusão de todas as outras. As legiões de Oxalá são a sétima e última falange de todas as Linhas já vistas anteriormente. É responsável pela integração das demais. Coordenadora, sendo a manifestação cósmica do céu, da terra, da luz e da energia, da paz e do amor. Suas falanges são: 1. Falange de Ogum Delê (Ogum) 2. Falange de Xangô Djacutá (Xangô) 3. Falange do Caboclo Urubatã (Oxóssi) 4. Falange da Cabocla Janaína (Iemanjá) 5. Falange de Cosme (Yori) 6. Falange do Povo de Bengala (Yorimá) 7. Falange dos Caboclos de Oxalá Lembramos que os Caboclos de Oxalá dificilmente incorporam, sendo os responsáveis pela coordenação das demais falanges e da missão que cada guia-chefe assume perante a Umbanda. Ervas: são o tapete-de-oxalá (boldo), mariô, folhas de limoeiro, manjericão, erva-cidreira, trevo e café.

I. LINHA DE OXALA *Liderada por Jesus Cristo+ ─ Falanges: 1. Santo Antonio | 2. Sao Cosme e Damiao ["espiritos-criancas", nao necessariamente infantesmas, antes, Espiritos com mentalidade infantil] | 3.Santa Rita | 4.Santa Catarina | 5.Santo Expedito | 6.Sao Francisco de Assis. Esta Linha dedica-se a desmanchar trabalhos de magia.

Linha de Oxalá : Exu Tiriri, Exu Veludinho, Exu Gira Mundo, Exu Sete Encruzilhadas e outros. Falanges de Exus

Oxalá É o pai supremo, que separou o mundo material do mundo espiritual, criou os seres vivos e gerou os orixás. Tem o poder de reger a vida e a morte, e ao mesmo tempo em que é bondoso e tolerante, também pode tornar-se firme e severo. No entanto, Oxalá prefere sempre seguir o caminho do amor. Suas esposas são Nanã e Iemanjá, e o único orixá que se encontra acima dele é Olorum (o céu). Quando representado em sua forma j ovem, Oxalá recebe o nome de Oxaguiã. No sincretismo religioso, está associado a Jesus.

de Oxalá; Quais suas atribuições; As características dos filhos de Oxalá; As comidas oferecidas à Oxalá; Algumas Lendas de Oxalá.

Oxalá Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá. Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa, orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ. Esta relação de importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo, por exemplo. Assim, Oxalá não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Ossâim, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante. Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros (o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e s imples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes. Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante a mitologia ioruba. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores. Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça) e dos seus AJUNTÓ (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do terreiro. Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé, que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua e Olokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai. O seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade. Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o T rono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres.

Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras: moço  – chamado Oxaguiam, e velho  –  chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e tod as as nações.

A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: "Estou aqui; enviai-Me". OXALÁ É JESUS ? A imagem de Jesus Cristo é figura obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros ou Tendas de Umbanda, em local elevado, geralmente destacada com iluminação intencionalmente preparada, de modo a conformar uma espécie de aura de luz difusa à sua volta. Homenageia-se Oxalá na representação daquele que foi o "filho dileto de Deus entre os homens"; entretanto, permanece, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana: "Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os homens"; Oxalá coexistiu com a formação do mundo; Oxalá já era antes de que Jesus o fosse .

Oxalá, assim como Jesus, proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre.

COMANDOS E REPRESENTAÇÕES DAS LINHAS DE UMBANDA Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres encarnados, as Linhas de Umbanda têm Comandos definidos e Representantes junto às outras linhas, para evitar entre choques e harmonizar melhor as freqüências, sendo o seu principal escopo o bem estar do ser encarnado. Ditos Representantes, comparam-se à Diplomatas com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus af ins. A seguir damos a relação dos Comandos e Representantes entre as 7 Linhas da Umbanda.

Linha de Oxalá: Esta linha é regida pôr Jesus Cristo e representa o princípio da criação,  o Reflexo de Deus a luz divina que coordena todas as outras. Estes guias são os chefes de falanges, mais existem os demais guias que pertencem a esta linha e trabalham na caridade, são eles O astro que rege esta linha é o Sol e tem como guardião o anjo Gabriel.

1 - Linha de Oxalá Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça". Oxalá Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá. Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa, orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ. Esta relação de importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A  jurisprudência  africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo, por exemplo. Assim, Oxalá não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Ossâim, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante. Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros ( o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes. Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante a mitologia ioruba. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores. Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça) e dos seus  AJUNTÓ (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do terreiro.

Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé, que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua e Olokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai. O seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade. Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres. Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras: moço  – chamado Oxaguiam, e velho  – chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco.O dia consagrado para ambos é a sexta-feira . Oxalá é considerado e cultuado

como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações.

A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: "Estou aqui; enviai-Me".

OXALÁ É JESUS ? A imagem de Jesus Cristo é figura obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros ou Tendas de Umbanda, em local elevado, geralmente destacada com iluminação intencionalmente preparada, de modo a conformar uma espécie de aura de luz difusa à sua volta. Homenageia-se Oxalá na representação daquele que foi o "filho dileto de Deus entre os homens"; entretanto, permanece, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana: "Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os homens"; Oxalá coexistiu com a formação do mundo; Oxalá já era antes de que Jesus o fosse. Oxalá, assim como Jesus, proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre. CARACTERÍSTICAS Cor Fio de Contas Ervas

Símbolo Pontos da Natureza Flores Essências Pedras Metal Saúde Planeta Dia da Semana Elemento Chakra Saudação Bebida Animais Comidas Numero Data Comemorativa Sincretismo Incompatibilidades:

Branca Contas e Missangas brancas e leitosas. Firmas Brancas. Tapete de Oxalá(Boldo), Saião, Colônia, Manjericão Branco, Rosa Branca, Folha de Algodoeiro, Sândalo, Malva, Patchouli, Alfazema, Folha do Cravo, Neve Branca, Folha de Laranjeira .(Em algumas casas: poejo, camomila, chapéu de couro, coentro, gerânio branco, arruda, erva cidreira, alecrim do mato,hortelã, folhas de girassol, agapanto branco, aguapé (golfo de flor branca), alecrim da horta, alecrim de tabuleiro, baunilha, camélia, carnaubeira, cravo da índia), fava pichuri, fava de tonca, folha de parreira de uva branca, maracujá (flores), macela, palmas de jerusalém, umbuzeiro, salsa da praia) Estrela de 5 pontas. (Em algumas casas, a Cruz)

Praias desertas, colinas descampadas, campos, montanhas, etc... Lírios brancos e todas as flores que sejam dessa cor, as rosas de preferência sem espinhos. Aloés, almíscar, lírio, benjoim, flores do campo, flores de laranjeira. Diamante, cristal de rocha, perolas brancas. Prata (Em algumas casas: platina, ouro branco) . Não tem área de saúde específica, pois abrange todo nosso corpo e nosso espírito. Sol. Todos, especialmente a Sexta-Feira. Ar Coronário Exê Uêpe Babá Água mineral, ou vinho branco doce ou vinho tinto doce. Pomba Branca, Caramujo, coruja branca Canjica, Acaçá, Mungunzá. 10 (Oxalufã), 8 (Oxaguiã). 25 de Dezembro Jesus. (Oxaguiã, Menino Jesus de Praga; Oxalufã, Senhor do Bonfim) Vinho de palma, dendê, carvão, roupa escura, cor vermelha, cachaça, bichos escuros. Lâminas (Oxalufã)

ATRIBUIÇÕES As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados.

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ Os filhos de Oxalá, são pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores ( ajuntós). São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados. Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos. Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm c erteza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema. No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação. Para Oxalá, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou falada) seja o ponto fundamental. Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem. Para que o filho de Oxalá tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas coisas que o cerca e tentar ceder à sua natural teimosia.

LENDAS DE OXALÁ  Aguas de Oxalá

Aproximava-se o dia em que seria realizado no reino de Oyó, a época das comemorações em homenagem a Xangô, Rei de Oyó, onde todos os Orixás foram convidados, inclusive Oxalufã. Antes de rumar a Oyó, Oxalufã consultou seu babalawo a fins de saber como seria a jornada, o babalawo lhe disse: leve três mudas de roupas brancas, pois Exú irá dificultar seus caminhos. E Oxalufã partiu sozinho. O adivinho aconselhou-o então a levar consigo três panos brancos, limo-da-costa e sabão-da-costa, assim como a aceitar e fazer tudo que lhe pedissem no caminho e não reclamar de nada, acontecesse o que acontecesse. Seria uma forma de não perder a vida. Caminhando pela mata encontrou Exú tentando levantar um tonel de Dendê as costa e pediu-lhe ajuda, Oxalufã prontamente lhe ajudou mas Exú, propositalmente derramou o dendê sobre Oxalufã e saiu. Oxalufã banhou-se no rio, trocou de roupa e continuou sua jornada. Mas adiante encontrou-se novamente com Exú, que desta vez tentava erguer um saco de carvão a costas e pediu a Oxalufã que lhe auxiliasse, novamente Oxalufã lhe ajudou e Exú repetiu o feito derramando o carvão sobre Oxalufã, banhando-se no rio e trocando de roupa, Oxalufã prosseguiu sua  jornada a Oyó, próximo já a Oyó, encontrou com Exú novamente tentado erguer um tonel de melado e a estória se repetiu. Nos campos de Oyó, Oxalufã encontrou com um cavalo fugitivo dos estábulos de Xangô, e resolveu devolver ao dono, antes de chegar a cidade, foi abordado pelos guardas que julgaram-no culpado pelo furto. Maltrataram e prenderam Oxalufã. Ele, sempre calado, deixou-se levar prisioneiro. Mas, por estar um inocente no cárcere, em terras do Senhor da Justiça, Oyó viveu por longos sete anos a mais profunda seca. As mulheres tornaram-se estéreis e muitas doenças assolaram o reino. Desesperado Xangô resolveu consultar um babalawô para saber o que acontecia e o babalawô lhe disse: a vida está aprisionada em seus calabouços, um velho sofria injustamente como prisioneiro, pagando por um crime que não c ometera. Com essa resposta, Xangô fo i até a prisão e lá encontrou Oxalufã todo sujo e mal tratado. Imediatamente o levou ao palác io e lá chamou todos os Orixás onde cada um car regava um pote com água da mina. Um a um os Orixás iam derrubando suas águas em Oxalufã para lavá-lo. O rei de Oyó mandou seus súditos vestirem-se de branco. E que todos permanecessem em silêncio. Pois era preciso, respeitosamente, pedir perdão a Oxalufã. Xangô vestiu-se também de branco e nas suas costas carregou o velho rei. E o levou para as festas em sua homenagem e todo o povo saudava Oxalufã e todo o povo saudava Xangô. Lenda da Criação Oxalá, "O Grande Orixá" ou "O Rei do Pano Branco". Foi o primeiro a ser criado por Olorum, o deus supremo. Tinha um caráter bastante obstinado e independente. Oxalá foi encarregado por Olorum de criar o mundo com o poder de sugerir (àbà) e o de realizar (àse). Para cumprir sua missão, antes da partida, Olorum entregou-lhe o "saco da criação". O poder que lhe fora confiado não o dispensava, entretanto de submeter-se a certas regras e de respeitar diversas obrigações como os outros orixás. Uma história de Ifá nos conta como. Em razão de seu caráter altivo, ele se recusou fazer alguns sacrifícios e oferendas a Exú, antes de iniciar sua viagem para criar o mundo. Oxalá pôs-se a caminho apoiado num grande cajado de estanho, seu òpá osorò ou paxorô, cajado para fazer cerimônias. No momento de ultrapassar a porta do Além, encontrou Exé, que, entre as suas múltiplas obrigações, tinha a de fiscalizar as comunicações entre os dois mundos. Exé descontente com a recusa do Grande Orixá em fazer as oferendas prescritas, vingou-se o fazendo sentir uma sede intensa. Oxalá, para matar sua sede, não teve outro recurso senão o de furar com seu paxorô, a casca do tronco de um dendezeiro. Um líquido refrescante dele escorreu: era o vinho de palma. Ele bebeu-o ávida e abundantemente. Ficou bêbado, e não sabia mais onde estava e caiu adormecido. Veio então Odudua, criado por Olorum depois de Oxalá e o maior rival deste. Vendo o Grande Orixá adormecido, roubou-lhe o "saco da criação", dirigiu-se à presença de Olorum para mostrar-lhe o seu achado e lhe contar em que estado se encontrava Oxalá. Olorum exclamou: "Se ele está neste estado, vá você, Odudua! Vá criar o mundo!" Odudua saiu assim do Além e encontrou diante de uma extensão ilimitada de água. Deixou cair a substância marrom contida no "saco da criação". Era terra. Formou-se, então, um montículo que ultrapassou a superfície das águas. Aí, ele colocou uma galinha cujos pés tinham cinco garras. Esta começou a arranhar e a espalhar a terra sobre a superfície das águas. Onde ciscava, cobria as águas, e a terra ia se alargando cada vez mais, o que em iorubá se diz ilè nfè, expressão que deu origem ao nome da cidade de Ilê Ifé. Odudua aí se estabeleceu, seguido pelos outros orixás, e tornou-se assim o rei da terra. Quando Oxalá acordou não mais encontrou ao seu lado o "saco da criação". Despeitado, voltou a Olorum. Este, como castigo pela sua embriaguez, proibiu ao Grande Orixá, assim como aos outros de sua família, os orixás funfun, ou "orixás brancos", beber vinho de palma e mesmo usar azeite-de-dendê. Confiou-lhe, entretanto, como consolo, a tarefa de modelar no barro o corpo dos seres humanos, aos quais ele, Olorum, insuflaria a vida. Por essa razão, Oxalá também é chamado de Alamorere, o "proprietário da boa argila". Pôs-se a modelar o corpo dos homens, mas não levava muito a sério a proibição de beber vinho de palma e, nos dias em que se excedia, os homens saiam de suas mãos contrafeitas, deformdas, capengas, corcundas. Alguns, retirados do forno antes da hora, saíam mal cozidos e suas cores tornavam-se tristemente pálidas: eram os albinos. Todas as pessoas que entram nessas tristes categorias são-lhe consagradas e tornam-se adoradoras de Oxalá. Como Oxalá se Tornou o Pai da Criação Iemanjá, a filha de olokum, foi escolhida por olorum para ser a mãe dos orixás. como ela era muito bonita, todos a queriam para esposa; então, o pai foi perguntar a orumilá com quem ela deveria casar. orumilá mandou que ele entregasse um cajado de madeira a cada pretendente; depois, eles deveriam passar a noite dormindo sobre uma pedra, segurando o cajado para que ninguém pudesse pegá-lo. na manhã seguinte, o homem cujo cajado estivesse florido seria o escolhido por orumilá para marido de iemanjá. os candidatos assim fizeram; no dia seguinte, o cajado de oxalá estava coberto de flores brancas, e assim ele se tornou pai dos orixás. Como Oxalá Aprendeu a Produzir a Cor Branca Certa vez, quando os orixás estavam reunidos, oxalá deu um tapa em exu e o jogou no chão todo machucado; mas no mesmo instante exu se levantou, já curado. Então oxalá bateu em sua cabeça e exu ficou anão; mas se sacudiu e voltou ao normal. Depois oxalá sacudiu a cabeça de exu e ela ficou enorme; mas exu esfregou a cabeça com as mãos e ela ficou normal. A luta continuou, até que exu tirou da própria cabeça uma cabacinha; dela saiu uma fumaça branca que tirou as cores de oxalá. oxalá se esfregou, como exu fizera, mas não voltou ao normal; então, tirou da cabeça o próprio axé e soprou-o sobre exu, que ficou dócil e lhe entregou a ca baça, que oxalá usa para fazer os brancos.

Oxaguiã

Oxalufã

Você Aprendeu:

Sobre o Orixá Oxalá;Quem são Oxaguiã e Oxalufã; Oxalá é Jesus?; As principais características de Oxalá; Quais suas atribuições; As características dos filhos de Oxalá; As comidas oferecidas à Oxalá; Algumas Lendas de Oxalá.

Oxaguiã

Oxalufã

Dia: Sexta-feira Cor: Branco leitoso.

Simbolo: Opáxoró Elementos: Atmosfera e Céu Domínios: Poder procriador masculino, Criação, Vida e Morte Saudação: Epa Bàbá

OXALÁ é o detentor do poder procriador masculino. Todas as suas representações incluem o branco. É um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a formação de todo o tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ é alheio a toda a violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. A sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Os seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas. Em África, todos os Orixás relacionados com a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá (Òrìsanlà), ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado como Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil e na Europa a quantidade reduz-se significativamente, sendo que dois, Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã) e Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de Egigbó (Oxaguiã), se tornaram as suas expressões mais conhecidas.  A designação de Orixá Fun Fun deve-se ao facto de a cor branca se configurar como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais. O branco representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu origem à palavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passou a ser conhecido no Brasil e na Europa. Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades das suas duas configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e guerreiro, filho do primeiro mais velho e paciente. Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres, todas as coisas que existiriam no mundo.  A maior interdição de Oxalá é de facto o azeite-de-dendê, que jamais deve macular as suas roupas, os seus objectos sagrados e muito menos o seu Alá. A única coisa vermelha que Oxalá permite, é a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino. O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado com a c oncepção de cada ser; é a síntese do poder criador masculino. A sua função primeira já remete ao seu significado profundo. A acção de cobrir não evoca somente protecção, zelo, denota a actividade masculina no acto sexual. 67

No Xirê, Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as origens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o mesmo teto, o grande Alá que nos cobre e protege, o céu. Características do filho de Oxalufã O tipo físico de OXALUFÃ é frágil, delicado, friorento, sujeito-a resfriados. Compensa sua debilidade física com grande força moral, e seu alvo à realizar a condição humana no que tem de mais nobre. É fiel no amor e na amizade. Oxalufã é o poente. Características do filho de Oxaguiã

O tipo OXAGUIÃ é um jovem guerreiro combativo. Normalmente tem boa aparência, podem ser altos, baixos, forte e magros, pois seu arquetipo não o traduz, não é agressivo nem brutal, teimosos, individualistas e altruístas. Não despreza o sexo e cultiva o amor livre. É alegre, gosta profundamente da vida, é falador, brincalhão e ao mesmo tempo tem muita seriedade e não perdoam a Injustiça. Ao mesmo tempo é idealista, defendendo os injustiçados, os fracos e os oprimidos. Orgulhosos, gostam da boa briga pela boa causa, às vezes, uma espécie de D. Quixote. Os seus pensamentos originais geralmente antecipam os da sua época. Ele é o nascente e o dono das manhãs. Share this:

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São Gabriel Arcanjo

O nome Gabriel, por sua vez, significa: "boca de Deus". São Gabriel é o anjo anunciador, a ele foi delegada a mais nobre missão já concedida à um anjo, que foi anunciar à Virgem Maria que ela iria conceber Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é também padroeiro dos comunicadores. Com razão São Gabriel é chamado o anjo da Redenção, porque sua Missão, tanto no Antigo como no Novo Testamento se relaciona com a vinda do Salvador. Prova Bíblica - (Lc 1, 26ss) "No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo". O ASTRO que corresponde a essa Vibração é o SOL A COR é a BRANCA ou AMARELO-OURO O DIA é o DOMINGO

1 - Linha de Oxalá Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça". OXALÁ - Sua cor é o branco, sua erva é boldo, manjericão, seu símbolo é o opachorô, cetro de metal branco com os símbolos da criação, sua saudação é acheuepa babá, sua guia é de contas brancas de louça com firma branca, sua pedra é o cristal branco, sua essência é de alfazema e mirra, seu metal é o ouro amarelo e branco e o estanho, seu número é o 16 e o 10, sua comida é a canjica de milho branco cozida com mel e o acaçá no leite de coco, sua bebida e o aluá de oxalá ou vinho de palma, sua fruta é pêra, uva verde, maçã verde, seu dia é sexta-feira, é sincretizado com Jesus Cristo. LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ - Estas Entidades usam roupagem de Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no grau de Protetores, e não gostam de ser solicitadas sem um motivo imperioso além das 21 horas. Suas vibrações fluídicas começam se fixando pela cabeça, por cima, na altura da glândula pineal e vai até aos ombros, com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax, e certo nervosismo que se comunica de leve ao 69

Plexo Solar. A respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos. O mo vimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que geral no corpo. Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação, conservando a cabeça do aparelho(médium), ora baixa ora semi levantada... Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "chefia de cabeça" e quase nunca uma função auxiliar efetiva (um dos Orixás Chefes, senão o mais antigo, é o Caboclo Urubatão; o autor, em seu eterno "peregrinar" em incontáveis "terreiros", teve momentos de verdadeira "agonia mental" quando era obrigado a cumprimentar "aparelhos" com "encosto" de Exu, dizendo-se, por vaidade ou puro animismo, ser aquela entidade. Esta "agonia" era por ver as tremendas falhas da "representação", vistas e sentidas por seus próprios companheiros, que olhavam a "cena" divertidos e irônicos). Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando encontram a mediunidade de um ou outro em excelente estado mental, e moral. Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de grande beleza: dão a Flecha, Chave e Raiz. As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam, consultam pouco e não assumem "chefia de cabeça", porém são sempre auxiliares.

ORIXALÁ Esta Vibração tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o Incriado, o Reflexo de Deus, o Verbo Solar. É a Luz Refletida que coordena das demais Vibrações Originais, não em seus Pontos Iniciais, e sim em suas exteriorizações que se fixam no nosso Mundo, e que dão a Magia aos Orixás que integram e dirigem na prática a Lei na dita Linha.

Oxalá É o pai supremo, que separou o mundo material do mundo espiritual, criou os seres vivos e gerou os orixás. Tem o poder de reger a vida e a morte, e ao mesmo tempo em que é bondoso e tolerante, também pode tornar-se firme e severo. No entanto, Oxalá prefere sempre seguir o caminho do amor. Suas esposas são Nanã e Iemanjá, e o único orixá que se encontra acima dele é Olorum (o céu). Quando representado em sua forma jovem, Oxalá recebe o nome de Oxaguiã. No sincretismo religioso, está associado a Jesus. Orixalá ou Oxalá ? A Vibração Original (a Linha) se chama Orixalá, com o tempo contraiu-se para Oxalá que por sua vez é o nome do Senhor Jesus Cristo. Então é bom frisar que Orixalá é a Vibração Original (a Linha) e Oxalá é o Senhor Jesus Cristo. Assim sendo, para não dar muita confusão, fazemos assim: Considerando-se que Jesus Cristo (Oxalá) está ligado diretamente a Vibração Original Orixalá, saravamos o nome Oxalá com o pensamento de estarmos saravando a Vibração Original (a Linha) e a Jesus Cristo ao mesmo tempo. Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres encarnados, as Linhas de Umbanda têm Comandos definidos e Representantes junto às outras linhas, para evitar entre choques e harmonizar melhor as freqüências, sendo o seu principal escopo o bem estar do ser encarnado. Ditos Representantes, comparam-se à Diplomatas com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus afins. A seguir damos a relação dos Comandos e Representantes entre as 7 Linhas da Umbanda. OXALÁ Considerado pai de todos os orixás é o senhor do branco, da pureza, e da paz equilíbrio positivo do universo orixá mais velho foi o primeiro a ser criado transmite a seus filhos sua característica mais soberbas: calma respeitabilidade, força de vontade nada faz mudar de opinião ou estratégia no entanto aceita as conseqüências de suas decisões, seu dia é o domingo,sua cor é o branco,característica:velhice,sabedoria, paternidade. Correspondência com santos católicos: Cristo, Senhor do Bom fim.

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Linha De Oxalá

25/12 Oxalá – É o Obatalá (Orixá que se veste de branco), o Orixalá (o maior dos Orixás). Orixá da fé, da paz e da pureza (alvura).

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6-Oxalá Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá. Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa, orixá dos orixás. Numa versão c ontraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ. Esta relação de importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Pa ra um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo, por exemplo. Assim, Oxalá não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se interrelacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Ossâim, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante. Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros (o que não está implícito como  poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes. Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante a mitologia ioruba. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores. Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça) e dos seus AJUNTÓ (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do terreiro. Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé, que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua e Olokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai. O seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade.

Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres. Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras: moço  – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpáxôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. 72

 A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: "Estou aqui; enviai-Me". A Preparação de Imagens Algumas pessoas têm, em suas casas, imagens de santos da Igreja Católica que estão sincretizados nos Orixás de Umbanda. Queremos esclarecer que para que a imagem atraia realmente a vibração que representa, ela deverá ser preparada antes, num ritual simples que passamos a descrever. Lave a imagem com água corrente e três gotas de amônia, para retirar a vibração que a imagem captou na loja comercial onde foi comprada. Em seguida, lave com água e três gotas da essência correspondente à vibração que se quer atrair. Use toalha própria para enxugar e pano branco virgem para passar a água com essência. Fure a imagem por baixo, na base, com um punhal virgem ou da vibração, fazendo um orifício de dois centímetros de diâmetro, aproximadamente. Antes de iniciar o ritual de imantação das imagens, prepare-se com banho de descarrego, roupa branca (roupa de santo, se tiver), defumação e acenda uma vela de cera com um copo d’água ao lado. Ao terminar o ritual, feche o orifício com a cera da vela e deixe queimar o restante. A vela deverá estar oleada (untada) com a essência utilizada e deve ser usada uma vela para cada imagem a ser preparada. As contas a serem utilizadas no ritual deverão ter sido colocadas anteriormente, por três dias, em água com três gotas da essência correspondente. Coloque no interior da imagem o seguinte: Oxalá pó de pemba branca 7 contas brancas algodão com 21 gotas de essência de aloés

Oxalá É o orixá mais querido e respeitado do panteão afro-brasileiro. O branco, símbolo tradicional da pureza é a cor de tudo que esteja ligado a Oxalá, o responsável, segundo a mitologia iorubana, pela criação e administração do mundo. Rege os demais orixás e, por conseguinte, os homens. Acima dele só Olorum, o deus supremo iorubá. Oxalá é a figura paternal, calmo e sereno nos momentos mais difíceis; uma dignidade distante e certa tendência à centralização também fazem parte de sua imagem típica. Segundo a maior parte dos ítans, ele é pai de todos os orixás. Filho direto de Olorum ou Olodumare, Oxalá representa o céu, princípio de tudo que, ao tocar o mar, na representação simbólica de um ato sexual, teria criado todos os outros orixás para que cuidassem dos seres da terra, os homens, cercados pelos céus e pelo mar de todos os lados. Vários nomes são ligados a Oxalá. Na Nigéria prevalece o nome Obatalá. Em Oko, Orixaakô; em Ejigbo, recebe o nome de Oguinhã. Em todos estes locais, porém, é inquestionável seu posto de supremacia. Existem diversos tipos de Oxalá, como acontece com todos orixás africanos, mas neste caso há um certo destaque para duas de suas formas, 73

 justamente Oxalá mais novo e o Oxalá mais velho. Oxalá sempre é o último a ser reverenciado em todas cerimônias dedicadas aos orixás. Sua cor é o branco, seu dia da semana no batuque é o domingo. Oxalá velho é sincretizado com Divino Espírito Santo e Nosso Senhor do Bom Fi m, e o novo com Menino Jesus de Praga.

ORIXALÁ (OXALÁ) LINHA DE OXALÁ ou ORIXALÁ

1ª Linha de Oxalá ou Linha de Santo - Nesta linha as falanges são de: Existem outras linhas, dependendo da vertente da Umbanda a ser trabalhada. Na Umbanda branca,dita Umbanda popular, cada linha de orixá tem sete legiões, que correspondem a determinado guia espiritual. Oxalá Santa Catarina Santo Antônio São Cosme e Damião 

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Santa Rita Santo Expedito São Fransisco de Assis São Benedito . Esta linha é responsável por desmanchar os trabalhos de magia. o

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1- LINHA DE OXALÁ ou ORIXALÁ Essa linha tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça". O astro correspondente é o Sol, a cor é a branca e amarele-ouro e o dia é o Domingo.

OXALÁ É o Orixá mais velho da nação, é o Grande Pai de todos os mortais. É calmo, pacificador, transmite harmonia e entendimento a todos bem como saúde e longa vida. Seus símbolos são o bastão, búzios, a pomba e o opaxorô. Sua côr é o branco. Sua oferenda é a canjica branca , acassá, merengue e frutas. Seu dia da semana é o Domingo. Seu número é 8. Sua saudação: "êpa babá" ou "êpa ô" .  Arquétipo dos filhos de Oxalá: São simples e pacatos, chegam a ser simplórios. Tem uma base moral muito forte e são apegados aos bons costumes, são calmos e respeitáveis, humildes, mas por outro lado também são frios, impessoais, calculistas,teimosos e são de uma falsa complacência, não perdoar. Levam seus planos até o fim mesmo que não dê em nada, pois não admitem sugestões. Com Oxalá encerramos os comentários a respeito dos Orixás cultuados no nosso Batuque/RS, lembrando que são apenas algumas referências, que em hipótese nenhuma encerra o assunto, bem como com relação aos arquétipos, pois esses sofrem alteração em função do ajuntó. Ex: um filho de Oxalá com Iemanjá terá características diferentes de um filho de Oxalá com Oxum, e assim por diante. Muito Axé ! PRECE A OXALÁ Óh poderoso Pai Oxalá, o maior dos Orixás, aspiração suprema dos desejos dos nossos corações, caminhamos até a sua claridade, clareando todos os nossos passos no amanhecer de cada dia. Que a luz, a eterna luz que o Senhor derramou e derrama todos os dias, cubraa cabeça daqueles que a ti estão ligados numa corrente de fé e num só pensamento elevamos as nossas preces. Oxalá nosso Pai, dai-nos a graça de chorarmos sinceramente nossas faltas cometidas, e com espírito de humildade, nos purificarmos através dafé e da caridade. Que nós consigamos limpar a morada dos nossos corações, desterrando tudo que é mundano, vício, ódio emaldade, na certeza de que com toda esta humildade alcançaremos o Senhor. Pai Oxalá, sabeis que a razão humana é fraca e podeenganar-nos, mas a verdadeira fé não podeser enganada. Obrigado PaiOxalá por tudo que o Senhor nos deu e nos dá. Esperamos todos unidos, que o Senhor nos escolhapara sermosmais alguns dos vossos íntimos amigos. 75

Que assim seja!

Poema Pai Oxalá

Sinto, Pai Oxalá, tua presença Em mim a todo momento Inundando corpo e alma Num sopro de vida e alento! Apesar de não te ver E não poder te tocar Te sinto no ar que eu respiro No meu coração a pulsar. Estás no sol que me aquece Nos dias frios de inverno Nas aves em revoada Entoando um canto terno. Te encontro no mar que murmura Nos rios, cachoeiras e fontes No esplendor de um novo dia Que desponta no horizonte. Te sinto no voo dos pássaros Que bailando te cultuam Te vejo no azul do céu Nas nuvens que nele flutuam. Consigo sentir tua presença Nas florestas verdejantes Na lua que a noite ilumina Nas estrelas fulgurantes. Estás no calor do verão Na brisa que me acaricia Na chuva, nas flores, na terra... No fruto que a fome sacia. Estás também no arco-íris A refletir tua aliança Colorindo o firmamento Prenunciando a bonança. Presente estás em mim Na inspiração destes versos Presente estás no ser vivente Na imensidão do universo! 76

Que a Divina Luz esteja entre nós Emidio de Ogum

Feliz aniversário senhor Oxalá O cantinho da entidade Mesmo que o médiun não esteja lá, a entidade está, Os Orixás também não saem de lá Falo da casa santa, da casa de Oxalá. Fica ali no canto do terreiro o banquinho do Preto Velho Em cima está o cachimbo ainda sujo do último tabaco Caido ao lado do quipá esta o terço colocado com carinho O cheiro no ar ainda é da alfazema usada nas curas No chão ainda esta a cera das velas postadas uma a uma O cheiro forte da arruda ainda paira no ar, perto do chão É ainda esta ali o Preto Velho, não saiu e nunca sairá Não tem pra onde ir, se o médium não o for buscar Os atabaques silenciaram e o som é da agua do mar Agua da fonte da mamãe Iemanja, linda sereia a olhar Mesmo quando a luz se apaga ele ainda está ali Da porta do terreiro da pra ver que ele não se levantou Continua sentado olhando o infinito a espera de alguém Essa pessoa deve deixa-lo usar seu corpo mais uma vez Para poder tocar as pessoas em seu coração Para aliviar a viagem de volta, e iluminar as estradas de aruanda Enquanto espera o Preto Velho canta, canta triste mas ainda canta Sua música é acompanhada pelos anjos de São Miguel Que com seus lindos bailados sobem ao alto do congá Ouve-se correria são as crianças de Cosme que espiam a porta Esperam que seus médiuns venham e acendam duas velinhas Doces também são bem vindos se vierem com guaraná A fumaça do carvão no incensário ainda solta o fim da defumação Exús então rodeiam este sopro soltando uma gargalhada no silêncio Cai a noite e vem chegando o amanhecer, em cima da porta esta a espada Na guarda da casa empunhada pelo senhor Ogum protetor Lâmpada da Barra guarda o caminho daqueles que já saíram O Cheiro de pipoca ainda está forte na panela de barro Obaluaê remexe os piruãs das sobras daqueles que não compreendem O lenço vermelho da cigana sobe ao alto e gira sem parar Com sua voz encantada solta gargalhadas e quebra o silêncio No canto um velho sentado em uma pedra encosta o machado pesado Justiça feita a demanda vai acabar, Pai Xangô decretou e cumpriu o destino Uma flecha certeira percorre do congá até a porta de entrada do terreiro Fixa firme cravada na madeira da entrada como confirmação da casa santa Na ponta da flecha algumas fitas coloridas, balançam ao vento com força 77

Ta chegando Iansã dona dos ventos e senhora dos caminhos Sopra as velas ainda acessas com força mas não apaga nenhuma Não pisa no chão e flutua com uma Santa os 4 cantos do terreiro E com um raio acende as velas ainda apagadas iluminando todos Orixás Tem doce pergunta Damião a Doum quando este recolhe a oferenda Uma batida forte na porta estremece a terreira e a porta se abre É Ogum de Ronda que voltara dos atributos a ele destinados Saúda a todos e caminha em direção a Iemanjá Deposita um perfume que trouxera de longe prometido ao mar Um tecido fino escorrega das colunas do terreiro, deixa cair Como se fosse folhas de outono nas aguas da cachoeira O canto de pássaros vibram pelo ar da casa santa As velas acessas aumentam a intensidade de luz divina Os braços de Oxalá agora estendem-se para frente Esperam suas mãos serem tocadas pela mamãe que acabara de chegar Quebra o silêncio a Orixá Oxum para falar ao filho querido Feliz Natal, e feliz aniversário Oxalá, meu filho querido Seu dia de nascimento na terra é hoje e queria que você intercede-se Por todos irmãos deste lindo lugar, cure filho as doenças, traga o sorriso as familias desunidas, traga a paz aos corações desencantados, traga a vida e o amor entre todos que acreditam em Deus nosso Pai. FELIZ NATAL E FELIZ ANIVERSÁRIO SENHOR OXALÁ

Oxalá meu pai, tenha pena de nós tenha dó, Oxalá meu pai, tenha pena de nós tenha dó Se as voltas do mundo é grande Oxalá, seus poderes são maior. Se as voltas do mundo é grande Oxalá, seus poderes são maior. Pai Oxalá peço que todo amor que o senhor tenha, derrame sobre todos nós Que seu lindo mar seja a agua que purifica nossos corações Que a terra que o senhor nos deixou seja a raiz do nosso alimento Que em nossas caminhadas possamos estar com suas mãos colocadas em nosso peito Quando sentirmos medo meu pai, nossas lágrimas se transformem em alimento de nossa alma Por toda nossa vida meu pai, queremos falar a todos como o senhor foi bondoso Feriu-se por nós e compartilhou nossas preces como se fossem suas Por diversas vezes meu pai caiamos de joelhos arrependidos de nossos atos E nem mesmo assim o senhor nos abandonou meu pai Ser pai é difícil, muito mais ser pai de tantos filhos Alguns rebeldes com certeza, alguns que não pensam em seus irmãos 78

Mas também para eles meu pai o senhor tem um lugar em seu coração Aflitos lhes pedem todos os dias, saúde, paz e amor na familia Pedem de tudo meu pai, até a fortuna lhe pediram, mas esqueceram Que a maior fortuna é poder ser seu filho meu pai Obrigado meu pai, pelos pássaros cantando a alegria Obrigado meu pai pela agua dos rios que matam nossa sede Obrigado meu pai pelo ar que respiramos e pela aurora todos os dias Obrigado pelo simples, descartamos o complicado e rezamos por todos Quando meu pai a noite se fizer, não terei mais medo, pois o senhor me dará todo dia um novo amanhecer.

A casa do meu Pai Pode estar cheio de rachaduras Mas não falta o amor dentro dela Pode não ter uma vista bonita Mas meus olhos brilham em seu interior Pode não ter janelas e portas Mas somente tem uma única entrada a da caridade Pode não ter telhado Mas dentro somente chove o necessário Pode não ter janelas Mas o vento entra com o odor de flores Pode não ter muita comida? Mas o alimento da alma encontra-se ali dentro Pode ser convidado a entrar? Um dia todos filhos foram mas muitos esqueceram o caminho Qual condução eu pego para chegar lá? Pegue o primeiro necessitado a sua frente e ajude-o, carregue a primeira cadeira de rodas de uma pessoa deficiente e ajude-a, atravesse a avenida segurando o braço de um idoso, pode encurtar caminho segurando também a de um deficiente visual, siga em frente mas não pise nas pessoas menos favorecidas a sua frente, se puder levante-as e leve-as com você, cuidado com as intrigas que encontraras nos caminhos, também desvie-se de todas as coisas ruins e procure ajudar quem não conseguiu livrar-se, ao avistar a casa de meu Pai ao longe, ainda deverás verificar se existem pessoas ao seu lado, pois não se chega a ela sozinho, sem caridade meu Pai não ouvira suas pegadas quando chegares. Sabe aonde fica a casa do meu Pai? Se a reposta é não, não se preocupe Feche seus olhos e sinta uma mão abençoada a te levar. domingo, 10 de outubro de 2010 Jesus é Oxalá

Jesus estava sentado a beira de um rio, quando de repente ouviu um murmúrio, vindo de um local distante: Pai Oxalá, ajude este filho pois está aqui presente pedindo sua ajuda, de repente um Anjo ao seu lado ouviu a súplica e perguntou-lhe, Jesus, vais atender este pedido, mesmo sendo chamado de outro nome? Jesus respondeu colocando uma de suas mãos no ombro daquele Anjo: 79

Já fui chamado de muitos nomes, mas a maioria das pessoas me chamam por Jesus, mas este é apenas um deles, prefiro que me chamem do filho de Deus, como são todos aqueles que pedem a sua ajuda também, saiba que aqueles filhos que um dia chamam-me de Oxalá, estão muito próximos a mim, pois dedicam seu tempo na terra na ajuda aos necessitados, emprestam seus corpos aos espíritos de luz, para poderem ajudar aos outros irmãos, na terra, e saiba que dessa forma ajudam também os espíritos em evolução, considere que existem muito amor neste ato, e sabemos que aonde existe amor está nosso Pai, pois nada acontece sem sua permissão, não pode existir amor maior sem que suas mãos não estejam refletindo a Luz divina, com todo seu esplendor, vem do reino de Deus onde a paz e muito amor, esta luz refletira no peito, luz que refletiu no mar, luz que veio do reino de Deus para tudo iluminar. Entender sobre qual forma é acreditar em Deus, pouco importa, o que importa sim é acreditar em nosso Pai, muitos pedem por eles mesmos, rezam, oram, e ajoelham-se perante a mim, infelizmente pedem somente por eles, não posso deixar de ajuda-los também, os Espíritas são um pouco diferente dos outros filhos, pois poucos pedem para eles mesmos, a maioria dedicam muito mais tempo de suas vidas a pedirem por outros irmãos que nem sequer conhecem seu nome. Querido Anjo, muitas vezes você também serás chamado de entidade, preto velho, caboclo, pomba gira, exú, e mesmo assim você ira ajudar estas pessoas trazendo-me seus seus pedidos, o nome que nos chamam meu querido não importa, mas importa muito o que o filho tem no coração quando suplica algo a mim. Autor Emidio de Ogum

Que tolice a minha pedir desculpas a Oxalá

Que tolice a minha pedir desculpas a Oxalá Desculpe Oxalá mas não fui o que o senhor queria, caminhei e pequei muito por onde andei, mas desculpe assim mesmo, desculpe os erros que produzi com meus atos incertos, com minha vida errante. Ouvi tantos pedidos e não olhei pra trás, sim dei as costas a todos e todos se voltaram também pra mim, tentei algumas vezes rezar, mas foram poucas vezes, pois o tempo era curto e acho que tinha o que fazer, mas fazer o que, pois a vida já me dera tudo, mas ainda não compreendia, fiz tudo errado, e assim vivi esta vida, joguei o lixo que não mais queria no rio e inundou os mais pobres, escolhi na feira as frutas mais doces e deixei as amargas para quem tinha mais fome que eu, já tinha a minha casa, mas derrubei as madeiras que formavam a dos humildes, um dia joguei fora o resto da comida que sobrará e vi pessoas debruçadas em minha lata de lixo, corria com meu carro jogando água da chuva em cima daqueles que já estavam molhados, precisei ser socorrido a um hospital público e nele via a falta dos medicamentos para me salvarem, dei esmolas nas ruas, mas roubava o dinheiro no imposto que lhes servia, fiz de tudo um pouco de cada erro uma consequência, produzi o infortúnio, e a cada dor pela fome eu participei um pouco, agora estou aqui pedindo desculpas ao senhor, mas que tolice a minha deveria pedir desculpas a todos que magoei. Em cada prato de comida peço perdão pela fome Em cada falta de cobertor peço um pouco de calor Em cada falta de remédio, peço a cura Em cada choro de criança peço pelo sorriso Em cada família desunida peço o amor 80

Em cada sofrimento peço suas mãos meu pai para tocar na ferida e trazer de volta a paz a esta humanidade que ainda acredita no senhor.

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Sexta Feira Santa e a Umbanda Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos

Pois bem irmãos, chegamos ao ápice da semana santa e as postagens sobre a vida de Jesus Cristo. Hoje nesta SextaFeira lembramos o mártirio que Jesus Sofreu, como a postagem de ontem acabou com o relato da Santa Ceia, hoje começamos pela última pregação de Jesus.

Logo após a ceia,Jesus e seus discipulos dirigiram-se para uma montanha que se chamava "Monte da Oliveiras", lá Jesus faz o "Sermão da Montanha", foram sual últimas palavras, no final da postagem estará na integra o texto. Após esta conversa Jesus se afastou dos discipulos e foi orar a Deus para que lhe desse força para aguentar o que viria, assim alguns discipulos dormiam quando Jesus disse que ali se aproximavam os Soldados Romanos que vririam lhe prender. Alguns discipulos quiseram lutar contra os guardas, mas foram impedidos por Jesus que disse, "O Exército de Deus não usa espadas". Há tanto misticismo e confusão acerca da crucificação e ressurreição que acabamos perdendo de vista o fato de que Jesus de Nazaré foi julgado como homem diante de uma corte de homens sob as leis dos homens, condenado e executado como homem, e que como drama, o julgamento de Jesus supera quaisquer dos grandes julgamentos da história da justiça humana. Israel não era uma democracia com Igreja e Estado separados, mas uma teocracia com Igreja e Estado entrelaçados como uma coisa só. Muitos acreditam que os altos sacerdotes ordenaram a prisão e julgamento ilegal de Jesus, que eles foram quem subornaram Judas, que eles sozinhos é que se sentiram ameaçados pelos ensinamentos de Jesus em público, e que eles sozinhos é que buscaram a morte de Jesus. A prisão foi ilegal porque ela veio de noite, em violação à lei. Ela foi efetuada através das atividades do conspirador Judas Iscariotes em violação à lei rabínica. Ela não foi resultado de um mandado legal, novamente em violação ao código Mosaico. Os guardas romanos que prenderam Jesus no Jardim de Gethsemane e o trouxeram ao tribunal do Sumo Sacerdote não tinham uma ordem de prisão legal. O julgamento noturno é uma evidência adicional de conspiração contra Jesus por esses sacerdotes cuja hipocrisia o Carpinteiro denunciava publicamente. Porém, o sumo sacerdote Caifás invocou Jesus para que se defendesse (contrariando a lei). "E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes ? Que testificam estes contra ti?" Jesus não respondeu. Embora Jesus pudesse continuar em silêncio, ele decidiu f alar. "Se vo-lo disse, não o crereis, e também, se vos perguntar, não me respondereis." Os sacerdotes novamente perguntaram "És tu o Filho de Deus ?" A resposta de Jesus foi apenas "Vós dizeis que eu sou." Caifás então anunciou à Corte "De que mais testemunho necessitamos? Pois nós mesmos o ouvimos da sua boca." O resto dos homens daquela corte terrível, ouvindo essas palavras ditas pelo seu sumo sacerdote, ilegalmente confirmaram seu julgamento gritando "É réu de morte!" A primeira audiência diante do Sinédrio foi concluída por volta das três da manhã. A Corte só adiou o julgamento até o nascer do sol, embora a lei exigisse que cada um deles deliberasse a sós por um dia inteiro antes da segunda audiência. Eles retornaram apenas algumas horas depois, ao amanhecer. Lucas nos conta "E logo que foi dia, ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes e os escribas, e o conduziram ao seu concílio." Essa sessão foi superficial. Nenhuma testemunha foi invocada novamente e a lei foi violada ao se exigir que Jesus respondesse à questão repetida "És tu o Filho de Deus?" E novamente Jesus respondeu "Tu o disseste", e então acrescentou "digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu." Diante disso, a corte gritou "Para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia." A votação foi feita, os votos dos juízes foram contados, e Marcos nos conta "todos o consideraram culpado de morte." 82

A importância disso reside naquela provisão peculiar da lei Judaica que requeria a absolvição se houvesse veredicto unânime. Sob a lei Judaica, a morte por apedrejamento era a sentença apropriada para uma ofensa capital. O povo Judeu não crucificava e esse método de executar a pena de morte era de origem Grega ou Romana. Os Judeus executavam os condenados por apedrejamento, decapitação ou estrangulamento de acordo com a natureza do crime. Para a blasfêmia era prescrita a morte por apedrejamento. Os sacerdotes levaram Jesus para a entrada do palácio de Pilatos. (Eles não poderiam entrar porque se tornariam impuros, sendo uma época de Páscoa.) Pilatos foi até eles dizendo "Que acusação trazeis contra este homem?". Essa pergunta é importante porque demonstra a intenção de Pilatos em levar o caso como um julgamento à parte desde o início, começando a julgar a própria acusação. Ele não perguntou "Vocês condenaram esse homem de quê?", mas em vez disso perguntou quais eram as acusações. Os sacerdotes sabiam a importância da pergunta de Pilatos, então eles responderam indiretamente "Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos." Em outras palavras, Pilatos perguntou "Qual a acusação contra este homem?" e os sacerdotes responderam "Se ele não fosse culpado não estaria aqui!" Então, os maliciosos sacerdotes apresentaram Jesus a Pilatos sob uma nova acusação que eles inventaram naquele momento: traição contra César. "Havemos achado este, pervertendo a nossa nação", disseram eles, "proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei." Pilatos chamou Jesus para dentro do palácio e o perguntou em privado "Tu és o rei dos Judeus ?" E Jesus perguntou a Pilatos para saber a origem da nova acusação: "Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim?" Pilatos replicou "A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim", explicando com isso de onde havia sido originada aquela acusação de traição. esus disse a Pilatos "O meu reino não é deste mundo." E Pilatos insistiu "Logo tu és rei ?" Jesus respondeu "Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz." Pilatos então fez a famosa pergunta "Que é a verdade?" Jesus não deu resposta alguma senão a presença silenciosa de Si, o cordeiro levado ao sacrifício por mentirosos, de forma que Pilatos saiu para onde os sacerdotes estavam e, de acordo com João, pronunciou sua absolvição enfática do carpinteiro Nazareno. Ele disse a eles "Não acho nele crime algum!" Era intolerável para esses inimigos da verdade que seu complô assassino fosse frustrado dessa maneira. Os sacerdotes soltaram rugidos de indignação "Alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até aqui." Essa acusação era a de sedição (revolta, motim, crime contra o Estado), que era menos odiosa que a traição. Ela exigia a prova de uma motivação corrupta para a condenação, mas ainda nenhum motivo maldoso se pode provar que existira em Jesus. Pilatos ignorou essa acusação, mas com a referência à Galiléia, ele encontrou uma oportunidade de escapar do que o esperava. Herodes, o Tetrarca da Galiléia, estava em Jerusalém para a Páscoa. Pilatos viu nisso uma chance de transferir a responsabilidade para Herodes, que tinha jurisdição para julgar acusações de sedição. Jesus era Galileu. Os sacerdotes aprovaram essa ação porque eles pensavam que Herodes faria o que eles quisessem para ganhar seus favores. Jesus foi arrastado até o palácio de Herodes, onde as acusações de traição e sedição foram reiteradas.

Herodes, contudo, não se impressionou. Ele havia ouvido a respeito dos ensinamentos de Jesus e o questionou, mas quando Jesus se recusou a responder (um direito de todo acusado), Herodes colocou nele uma túnica branca e o mandou de volta a Pilatos sem dar uma decisão. Se esse procedimento irregular tivesse qualquer status legal, ele levaria a uma nova absolvição. Pilatos concordou. Lucas nos conta que quando os sacerdotes trouxeram Jesus de volta do palácio de Herodes, Pilatos saiu de encontro a eles e disse "Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem. Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei." 83

A imposição desse açoitamento ilegal foi, em si, um impedimento para punições ainda piores. Qualquer punição adicional violaria as leis tanto de Roma como de Israel, que estabeleciam que, já tendo o acusado sido condenado e punido, ele não poderia ser julgado novamente pelo mesmo crime. João diz que "desde então Pilatos procurava soltá-lo", mas Jesus foi levado ao quartel dos soldados e despido de sua túnica branca que havia sido dada por Herodes, foi coberto com uma capa púrpura, coroado com uma guirlanda de espinhos, dado uma cana como cetro, e levado para ser confrontado pelos irados sacerdotes novamente. Pilatos anunciou "Eis aqui o homem." Os sacerdotes responderam "Crucifica-o!" Tudo isso por ter Jesus desafiado a autoridade daqueles homens que estavam dispostos a violar as leis para causar sua morte, homens que por esta razão corromperam sua própria autoridade. Pilatos então disse "Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho nele." Ali estava um juiz de leis dizendo "este homem é inocente, mas vocês podem matá-lo se o quiserem." "Nós temos uma lei", eles insistiram, "e, segundo a nossa lei, ele deve morrer porque se fez Filho de Deus." E ao dizer isso, eles revelaram a Pilatos que sua verdadeira queixa contra Jesus era, na verdade, a acusação de blasfêmia. Pilatos, que não havia ouvido ainda essa acusação, mais uma vez levou Jesus à parte e perguntou "Donde és tu?" Jesus não respondeu nada. Pilatos então vociferou "Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?" Jesus apenas respondeu "Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado." Pilatos novamente procurou soltar Jesus, mas os sacerdotes enraivecidos exclamaram "Se soltas este, não és amigo do César." Essa era uma ameaça à Pilatos. Poderia haver graves conseqüências se a mais alta corte de Israel denunciasse Pilatos à César. Pilatos sentiu que uma interpretação errada de seu julgamento poderia chegar aos ouvidos de César. Ele poderia ser visto como se estivesse protegendo alguém que era considerado pelos mais influentes de seus conterrâneos como culpado de traição. Pilatos não teve a coragem de lutar pela justiça contra esses sacerdotes coléricos. Foi então que a esposa de Pilatos lhe enviou uma mensagem: "Não entres na questão desse justo." Seu apelo levou Pilatos a tentar um último esforço para salvar Jesus sem arriscar seu cargo. Era costume durante a Páscoa de libertar um prisioneiro escolhido pelo povo. Pelo voto popular, as pessoas poderiam conceder anistia a qualquer um sentenciado à morte. Eu vejo esse como um dos mais dramáticos momentos de toda a História, mas muito do drama passou despercebido pelos autores e dramaturgos, e uma lamentável confusão resultou em 2000 anos de animosidade desnecessária entre Cristãos e Judeus. Foram os sacerdotes Judeus que buscaram a morte de Jesus, não o povo. O nome Barrabás em Hebraico significa filho de Abás. Pedro era referido por Mateus como "Pedro bar Jonas", isto é, Pedro filho de Jonas. Bar Mitzvah é traduzido literalmente como Filho da Lei. O nome de Barrabás também era Jesus: Jesus Barrabás (Yeshua na verdade).

A pergunta de Pilatos aos sacerdotes foi "Qual quereis que vos solte? [Jesus] Barrabás, ou Jesus chamado Cristo?" Eles clamaram, é claro, pela libertação de Barrabás, o notório ladrão e assassino. "Que farei então de Jesus, chamado Cristo?", perguntou Pilatos. Eles gritaram "Seja crucificado!" "Hei de crucificar o vosso rei?", perguntou Pilatos. E aqueles sacerdotes (que odiavam César como só os povos conquistados podiam odiar) disseram a Pilatos "Não temos rei senão o César!" Pilatos enfraqueceu diante daquela ferocidade implacável e entregou Jesus para que o crucificassem. Ele tomou uma bacia de água diante dele, lavou suas mãos nela e anunciou "Estou inocente do sangue deste justo: considerai isso." Pilatos mandou gravar na cruz "Jesus de Nazaré, o Rei dos Judeus". Caifás e os outros sacerdotes foram a Pilatos e pediram "Não escrevas 'Rei dos Judeus', mas que ele disse 'Sou Rei dos Judeus'." E Pilatos respondeu "O que escrevi, escrevi."

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Fonte: Hon. Harry Fogle Outro texto interessante, é a sentença de Poncio Pilatos na integra : "No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano  presente, . EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte , Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR. . Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz , sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se  filho de DEUS e REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de  Jerusalém. . Que seja ligado e açoitado , e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos , com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte público da Justiça, chamado CALVÁRIO, onde crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título:  JESUS NAZARENO, REX JUDEORUM. . Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça  por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano. . Testemunhas da nossa sentença: . Pelas dozes tribos de Israel: RABAIM DANIEL; RABAIM JOAQUIM BANICAR; BANBASU; LARÉ PETUCULANI. Pelos fariseus: BULLIENIEL; SIMEÃO; RANOL; BABBINE; MANDOANI; BANCURFOSSI. Pelos hebreus: MATUMBERTO. Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma: LÚCIO SEXTILO E AMACIO CHILICIO." 

Acima lemos um texto de um Jurista sobre o julgamento, abaixo o texto é de um médico sobre a crucificação: "Jesus entrou em agonia no Getsemani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferentes estaturas. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. 85

A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. Depois vem o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo). Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas.

O percurso, é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao arrancarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pedras e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos.

Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para a frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebe desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Ele não bebe. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os 86

músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam.

É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdomen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa a afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui.

Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as câibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado diz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. Em meu lugar e no seu. -Dr. Barbet, médico francês Assim acabo a postagem de hoje, com o mártirio de Jesus Cristo, sobre a palavra de dois estudiosos, sem antes lembrarmos do sermão da montanha, sermão feito por cristo antes de todo acontecido narrado acima.

Sermão da Montanha Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados f ilhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. 87

Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós. Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo, será réu do fogo do inferno. Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil. Ouvistes que foi dito: não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar,  já em seu coração cometeu adultério com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que vá todo o teu corpo para o inferno. Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério. Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um só cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do maligno. Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial. Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. 88

Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas. Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque eles desfiguram os seus rostos, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não mostrar aos homens que estás jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. A lâmpada do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?

Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? Pois a todas estas coisas os gentios procuram. Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós. E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão. Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para não acontecer que as calquem aos pés e, voltando-se, vos despedacem. Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem? Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram. Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda 89

árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha. Desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. Desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda. Os Arquivos Secretos da Inquisição

Baseado em documentos inéditos e pesquisas que revelam inúmeros segredos do Vaticano, a minissérie Arquivos Secretos da Inquisição foi destaque do The History Channel. A produção de quatro horas foi rodada na Itália, França e Espanha. A minissérie, com intervenções de especialistas, retrata as passagens mais obscuras de mais de 600 anos da Igreja Católica em sua luta para ser a exclusiva representante do Cristianismo no mundo. O especial aborda essa sangrenta história, dos arquitetos da Inquisição às vítimas de sua ira. Os episódios trazem opiniões de estudiosos como David Gitlitz (especialista em História Medieval), Stephen Haliczer (historiador), Charmaine Craig (escritor) e Joseph A. Di Noia (teólogo e reverendo).  A inquisição é um fato histórico, que deve ser considerado a despeito de seu aspecto religioso. E, por isso, pertence ao mundo, não podendo ser privilégio de arquivos secretos, ou de gavetas privativas, pois faz parte da própria história da humanidade, do homem e de seu aprendizado na trajetória evolutiva do tempo. As páginas da história, se não servem  para outra coisa, bastam pelo que nos ensinam a não repetir os err os do passado e pelo que nos impelem a realizar em  prol da construção do homem e do mundo. Por essa razão e para quem não teve a oportunidade d e assistir ao documentário, preparamos um resumo sobre o assunto. Recordar é, pois, refletir, para nunca mais repetir.  A verdadeira história da Inquisição:

Inquisição, do latim Inquisitio, é um termo que deriva do ato judicial de inquirir, que significa perguntar, averiguar, pesquisar, interrogar. A Inquisição foi uma operação oficial conduzida pela Igreja Católica a fim de apurar e punir pessoas que não comungavam com os princípios ortodoxos da Igreja Católica. A Inquisição foi um sistema de terror em massa, composto por cortes secretas. Tratava-se de uma instituição que ultrapassou fronteiras geográficas e históricas, indo da França medieval ao renascimento italiano. A legislação do Inquisitio Haereticae Pravitatis Sanctum Officium ou Santo Ofício, como também era chamada, foi se tornando cada vez mais radical através da História. Em 1184, o Papa Lúcio 3º, formula um direito penal para punir indivíduos considerados “hereges” (pessoas que pensavam, ou agiam, de forma conflitante com o que a Igreja apregoava como verdade). Com base nesses postulados, autoridades e leigos, ficaram obrigados a denunciar os hereges sob pena de confisco de suas propriedades. Em 1199, o Papa Inocêncio 3º tipifica a heresia como crime de lesa majestade, ou seja, um delito contra a autoridade do monarca. Durante o pontificado de Inocêncio 3º as trevas predominaram. Com um Exército de cerca de trinta mil soldados, convocados por ele, dentre mercenários e vadios, o sul da França foi invadido, instalando-se ali uma guerra que duraria quatro décadas, morrendo um número inestimável de crianças e inocentes. Seu objetivo era reconhecidamente político e não o de preservar a fé. Considera-se que foi um dos Papas mais corruptos e voltados para os valores mundanos. 90

Posteriormente, em 1209, a História registra o assassinato de 7.000 pessoas que foram queimadas vivas dentro de uma igreja local, acusadas de heresia, na cidade de Béziers, na França.

Mais adiante, o Papa Gregório IX, o mesmo que canonizou Francisco de Assis, Santo Antonio de Pádua e São Domingos de Gusmão, criou, em 1233, o Santo Ofício da Inquisição, através da Bula Licet ad Capiendos, com o que pretendia reprimir as doutrinas heréticas, ou seja qualquer movimento pensante que fosse considerado afronta à visão oficial d o Catolicismo. Mediante essa Bula, Gregório confere aos dominicanos a tarefa de erradicar a heresia. Do temido e sombrio documento, constou: “Onde quer que os ocorra pregar estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a privá-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando, em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis". Nascia ali, de forma institucionalizada e escancarada, séculos de perseguição, interrogatórios e punições cruéis a quem divergisse do pensamento religioso dominante, a temida Inquisição. Nesse mesmo ano de 1233, Roberto el Bougre, designado Inquisidor, promoveu saques e execuções em massa, e, após dois anos, foi promovido a responsável pela Inquisição em toda a França. Em 1252, o Papa Inocêncio IV assinou a Bula "Ad Extirpanda", que consagrou definitivamente o temido Tribunal Eclesiástico da Inquisição, autorizando o uso da tortura e da barbárie. O Poder institucional do Estado era obrigado a colaborar com esse Tribunal da Igreja. Os inquisidores - pessoas encarregadas de investigar e denunciar os hereges – desfrutavam de padrão cultural de excelência, pois eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Caso julgasse necessário, os inquisidores tinham o poder de exigir que as autoridades civis, sob  juramento, defendessem a Igreja contra a maldade herética. O padre Bernardo, jesuíta, foi um nome que muito se destacou nessa ação inquisitorial inicial, por ser, como Inquisidor, na Região francesa de Touluse, implacável com suas vítimas. No início dos anos 1300, na pequenina aldeia de Montaillon, no sul da França, vivia um povo que se cansava de pagar pesados tributos e multas ao poder dominante da Igreja Católica. Os padres se preocupavam mais com a colheita de impostos do que com outra coisa. Nesse tempo a Igreja era considerada a guardiã da palavra de Deus. Em meio a esse contexto, brotou uma semente reformista de reação, chamada catarismo, ou seja um movimento religioso rebelde que foi imediatamente identificado pela Igreja como herético. O catarismo se espalhou, a ponto de ameaçar o poder papal e nesse tempo qualquer afronta à Igreja era considerado um ataque ao Governo que, por sua vez, protegia a segurança dos Papas. Em Montaillon ficou muito conhecido um padre que se tornou famoso na História por sua devassidão moral, pois escondia permanentes e múltiplos amores nos recantos sombrios de sua paróquia sacerdotal. Padre Pierre que vivia simpaticamente entre os Cátaros, um dia achou simplesmente, como confidenciaria mais tarde, que estava perdendo seu poder sacerdotal na Região e acabou traindo os habitantes da pequena aldeia, que tanto o estimavam, pois serviu de elo de comunicação para que a impiedosa reação da Inquisição chegasse à Montaillon. Dezenas de famílias foram condenadas e obrigadas a usar a cruz amarela que tanto denegria o usuário condenado.

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Em 1318, surge a figura sombria do padre Jacques Fournier, que fora bem educado na Universidade de Paris, onde recebeu doutorado em teologia, mas que, nem por isso, teria qualquer compaixão com quem interpretasse o catolicismo diferente dele. Fournier acabou descobrindo que Montaillon estava literalmente seduzida pelo pensamento herege e lá reabriu a Inquisição. Intimou homens e mulheres aos interrogatórios cruéis. Os escribas anotavam, com rigor, todos os depoimentos dos aldeões. A vida das pessoas era invadida sem qualquer parcimônia. Beatrice, amante do padre Pierre, ficou presa, à pão e água, na Torre da Aldeia. E note-se que entre os Inquisidores de seu tempo, Fournier foi considerado um dos mais complacentes, pois somente queimou cinco hereges. Em 1327, esse Inquisidor se tornou Cardeal e, sete anos depois, foi eleito Papa, tomando o nome de Bento XII. Sua obra maior: o suntuoso Grand Palais. Uma das vítimas de Fournier fora um coitado judeu viajante, preso durante a noite sob os berros dos inquisidores: “sejam batizados, ou mataremos imediatamente”. Claro, ele preferiu o batismo. Esse judeu, inteligente e culto, fascinara Fournier, com ele debatendo durante quase dois meses e tudo fazendo para torná-lo cristão, mas o velho  judeu preferiu permanecer como pensava. Fournier, então, deu o ultimato. Converter-se, ou morrer, uma terrível palavra de ordem que atravessou os séculos.

Em 1376, o Inquisidor Nicolau Eymerich, formulou o "Directorium Inquisitorum", que era o Manual dos Inquisidores, onde constavam regras inenarráveis sob o ponto de vista de crueldade. O Manual informava ao Inquisidor 50 artimanhas de que se valia o demônio para impedir o ato sexual, provocar impotência ou ensejar práticas abortivas. De lá vieram inspirações as mais draconianas: "És capaz de lembrar da tua confissão ontem, ou anteontem, sob tortura? Então, agora, repete tudo com total liberdade". E a resposta era anotada. Se o acusado não ratificasse a afirmação, era submetido a novas sessões de tortura. Em 1394, os padres já exigiam a conversão dos judeus. No século XV, a comunidade judaica vivia em guetos. Quando “convertidos”, passavam a incomodar os antigos cristãos com seus prósperos negócios. Não havia quem entre os “convertidos” que não fosse tomado de medo, pois temia sofrer qualquer tipo de discriminação e violência.

 A Caça às Bruxas: 92

Em 1484, o papa Inocêncio III emitiu a bula papal que estabeleceu o "Malleus Maleficarium", (O Martelo das Feiticeiras), um manual operacional da Inquisição, no qual as mulheres eram especialmente visadas para perseguição como prováveis bruxas, muitas vezes pobres mulheres velhas que não apresentavam boa aparência, e que costumeiramente eram acusadas por todos os males que açoitavam a Europa. A condenada era despida e forçada a engatinhar, diante da multidão, para uma gaiola onde ela era colocada para depois ser pendurada para todos verem. Outras simplesmente eram acusadas por algum desafeto e, visto que a acusação era equivalente à culpa, a pobre mulher podia esperar uma morte lenta sob tortura nas mãos dos sacerdotes. Embora a maior parte das execuções fosse realizada publicamente, a tortura para obter as "confissões" era realizada em recintos secretos, normalmente em um calabouço em uma igreja, especificamente projetado para a tortura. Nesse ambiente, as mais jovens e belas, não raro, sofriam abuso sexual por parte dos inquisidores durante a Inquisição. O "Malleus Maleficarium" declarava que as bruxas têm uma "marca do Diabo" (um terceiro mamilo), em algum lugar do seu corpo. Isso exigia que o sacerdote investigador fizesse uma inspeção minuciosa no corpo nu da pobre mulher. Essa inspeção era freqüentemente realizada em meio a um grupo de homens que agiam como voyeurs, que ostensivamente eram convidados a testemunhar essa "inspeção" por causa de seu “ofício religioso”! Nas temidas cortes da Inquisição, as sentenças de morte eram executadas das mais variadas formas. As vítimas eram flageladas e mutiladas pelos torturadores, tinham a carne dilacerada e os ossos quebrados para depois serem queimadas vivas e m fogueira de lenha verde para que a agonia se prolongasse.

O Caso Joana D'Arc:

Joana D'Arc nasceu em Domrémy, na atual província de Lorena, em janeiro de 1412. Sua terra foi devastada pela Guerra dos Cem Anos, um conflito dinástico com a Inglaterra que começou em 1337. Foi educada para as prendas domésticas tradicionais e, às vezes, pastoreava as ovelhas. Aos 12 anos, começou a ouvir vozes sagradas, que primeiro lhe falaram da necessidade de manter a virgindade, para a salvação da alma. Depois, a mensagem tornou-se mais específica. Ela devia coroar rei o delfim e salvar a França dos ingleses.vivas em fogueira de lenha verde para que a agonia se prolongasse. Convenceu o senhor local a apresentá-la ao rei, e ao soberano pediu que a autorizasse a participar do levante do sítio de Orleans. Equipada com armas e homens partiu para o ataque e, pela primeira vez em longo tempo, os franceses saíram vitoriosos da batalha. Joana coroou o delfim na cidade de Rheims. Mas sua sorte militar não durou muito. Logo, ela travou uma série de batalhas perdidas, que terminaram em sua captura pelos borgonheses, cujo duque, parente do rei da França, se aliara aos ingleses. Foi vendida aos ingleses, julgada por eclesiásticos franceses e em 14 31, aos 19 anos, morta na fogueira da Inquisição.

O Santo Ofício na Espanha: 93

Em 1478, os tempos já eram outros na Ibéria. A Inquisição e suas filhas cruéis, a tortura e a morte, era uma realidade na Espanha, instituída por Bula do Papa Sixto IV. O terror irradiava por todo canto e a tolerância desaparecera do cenário espanhol. Fernando de Aragão e Isabel haviam se casado e, com isso, reuniram os Reinos de Castella e Aragão. Eles não concordaram que a Inquisição espanhola fosse administrada por Roma, pois nesse País os nomes eram apenas aprovados pelo Papa, mas quem indicava era o monarca espanhol. Assim sendo, em 1483, Sixto IV nomeou o monge dominicano Tomás de Torquemada para as funções de Inquisidor Mor de todos os territórios de Fernando e Isabel. Esse dominicano era de uma crueldade sem limites. Estima-se que ele torturou e condenou à fogueira aproximadamente dez mil pessoas. Torquemada é considerado um dos grandes genocidas da Humanidade. Segundo fontes históricas, o Papa Alexandre VI, pensou em destituí-lo de suas funções, mas teria desistido por exclusiva consideração à corte espanhola.

O Caso Cinta Cacavi:

Cinta Cacavi, uma judia, fora denunciada por sete testemunhas. Era considerada uma infiel. E, por isso, o inquisidor determinou sua tortura, que era admitida como forma de obter confissão, desde que prevista pelo Manual da Inquisição. Assim sendo, Cinta Cacavi foi queimada, com os pés amarrados, tendo os inquisidores o cuidado de cobrir o crucifixo para “não assistir” (ou “não ouvir”) os gritos de dor da sentenciada. A tortura foi tão cruel que a Corte acabou ouvindo o que queria: “sou cristã”. O clima de denuncismo imperava, com parentes e vizinhos se acusando uns aos outros. Quando o fogo era aceso, tinha que arder até que os judeus presentes estivessem todos mortos e não existisse mais ninguém atacado pela “lepra da heresia”. Assim era o pensamento inquisitorial dominante. Em 1485, o inquisidor Pedro Arbus morreu assassinado, justamente ele que fora declarado santo quatro séculos depois. Pelo assassinato de Arbus, depois de buscas e inquéritos implacáveis, mais de sessenta acusados foram condenados e atirados à fogueira.

O Caso do Frei Baldo Lupertino e do Estudante de Pádua:

A reação começava a se constituir espontaneamente. O monge alemão Martín Lutero lançaria, mais em seguida, a Reforma Protestante, desafiando o poder que emanava de Roma. O fascínio dos Papas pelos valores transitórios do mundo e pela bonança financeira, indignavam o monge alemão. O padre Baldo Lupertino, que era franciscano, também  já demonstrava idéias independentes, que se harmonizavam com os ideais de Lutero, dizendo que o Papa era apenas o Pastor de sua própria Igreja. “Acredito na verdade contida nas Escrituras, mas não na autoridade do Papa, que é um ser humano como outro qualquer”. Nesse tempo papas, cardeais e bispos viviam cercados de luxo, mais preocupados em questões políticas e financeiras do que nos verdadeiros valores espirituais. Leão X assumira o seu Pontificado totalmente seduzido pelos prazeres do mundo. “Uma vez que Deus nos conf eriu o nosso pontificado, vamos aproveitá-lo”, disse ele sem qualquer escrúpulo. Leão X (1513/1521) dedicava seu tempo às artes, às festas, à caça e ao teatro. Sua corte era abastecida por banquetes regados às melhores bebidas finas. As delícias do mundo anestesiavam incontrolavelmente o poder daquele Pontífice. Uma única preocupação marcaria seu reinado: a reforma da Catedral de São Pedro, o projeto mais ambicioso de Leão X, que levaria a Igreja ao fundo do 94

poço. Para resolver a situação financeira difícil que criou, Leão X passou a vender indulgências (perdão comprado pelos católicos medievais, que ficavam isentos das penas temporais por p ecados cometidos contra Deus). A única providência desse Papa contra Lutero foi simplesmente excomungá-lo, em 1521. Mas toda a devassidão moral que imperava na Corte papal não era compartilhada pelo Bispo Giovanni Pietro Carafa, que fora embaixador do Vaticano na Espanha, onde observou a eficiência da Inquisição contra dissidentes, como Lutero. E passou, em Roma, a sonhar com a mesma coisa. Assim sendo, Carafa passou a liderar um grupo de monges que se voltaria contra Lutero e os inimigos da então mais poderosa Religião da Terra. Em 1529, a cidade de Veneza já estaria contaminada pela disseminação da heresia protestante. O padre franciscano Baldo Lupertino liderava a conspiração das idéias. Pregava para o público com independência, a reforma, afirmando que ninguém precisava do clero para falar com Deus, pois achava que esse contato deve ser direto. Sobre o sacramento da confissão, dizia: “somente Deus perdoa e sem uma confissão sincera e arrependida a Ele, nenhuma confissão será válida, nem ao Papa”. Por isso, esse prelado dissidente tornou -se o alvo da vingança do Bispo Carafa. Por sua vez, outro reduto de hereges era a Universidade de Pádua, próximo a Veneza, famosa pela liberdade das idéias e por seu primor acadêmico. Não demorou muito e um participante da comunidade denunciou Frei Lupertino em Roma. Nessa altura o Bispo Carafa  já era Cardeal, com grande prestígio no Vaticano. Valendo-se dessa condição, fez a cabeça do Papa Paulo 3º, dizendo que era necessário exterminar a heresia protestante que crescia incontrolavelmente. E seu remédio para salvar Roma e a Península itálica não era outra: a Inquisição. E assim aconteceu. Com a construção de câmaras de interrogatório e celas de prisão, próprias do processo inquisitorial. Nem mesmo o pai de Carafa seria poupado, caso dele discordasse na fé: “se ele se tornasse um herege, eu armaria a fogueira para dizimá-lo”, dizia, sem escrúpulo, o impiedoso Cardeal. E a Inquisição tomava conta da Península.

Em Veneza, o dissidente Frade Lupertino, seria a primeira vítima do Cardeal Carafa. Preso, foi levado ao Tribunal da Inquisição, em 1542, onde manteve as idéias dissidentes que o fizeram réu. O enviado do Papa queria a execução exemplar do acusado, amarrando-o na Praça de San Marco e queimando-o para que suas cinzas fossem atiradas ao mar “pela honra e glória do Cristo”. Mas, para não ensejar repercussão nos negócios da cidade, preferiu-se o aprisionamento de Frei Lupertino por tempo indeterminado, permanecendo ele no cárcere por quatorze anos, até que o Papa Paulo IV - nome que o Cardeal Carafa assumiu ao ser eleito Pontífice – requereu a execução pública do prelado, o que foi vetado pelas autoridades de Veneza, e, em conseqüência, o padre acabou sendo atirado ao mar, às escondidas, na calada da noite, com uma pedra amarrada ao pescoço. Em 1555, com o Inquisidor cardeal Carafa proclamado Papa, com o nome de Paulo IV, a Universidade de Pádua logo entrou na mira ensandecida do Pontífice, que determinou a expulsão de todos os hereges. Um estudante de Direito, de apenas 24 anos de idade, tornou-se também uma vítima derradeira, que bem ilustra essa investida ação papal. Intimado, o estudante compareceu ao Tribunal, onde manifestou em sua defesa o direito de expressar livremente suas idéias, enquanto estudante universitário de Pádua. “A Igreja se desvia da Verdade”, acu sou ele, recusando -se a abjurar. Foi condenado à prisão e, depois, executado publicamente na Piazza Navona, mergulhado num barril de óleo fervendo, piche e água raz, onde sobreviveu por quinze minutos sob sofrimento atroz.

 A Inquisição em Portugal e no Brasil: 95

A Inquisição foi instituída em Portugal no ano de 1536 e somente terminou em 1821. O primeiro auto-de-fé foi assinado em 20 de setembro de 1540 na capital, Lisboa. Aproximadamente 70 mil portugueses foram condenados pelo Tribunal do Santo Ofício. Destes, mais de trinta mil foram "purificados pelo fogo". Os que não eram destinados à fogueira normalmente eram exportados para o Brasil-colônia, onde cumpriam pena. Informam os historiadores que os Tribunais da Inquisição nunca foram oficialmente instalados em terras brasileiras. Entretanto, afirma-se que o clero detinha poderes inquisitoriais. Os vigários fiscalizavam a população, informando para as autoridades eclesiásticas comportamentos considerados suspeitos de heresia. Por sua vez, os bispos tinham autoridade para determinar prisões, confiscar bens e transferir suspeitos de heresia para julgamento em Lisboa. Segundo a historiadora Anita Novinsky, numa entrevista que concedeu no Rio, “tivemos um Tribunal do Santo Ofício, que atuou no Brasil durante 285 anos, sobre o qual não conhecemos nada”.

 A Perseguição aos Judeus:

Durante a atuação impiedosa do ex-cardeal Carafa, depois Papa Paulo IV, considerava-se que “nenhum Tribunal trabalhava melhor pela obra de Deus”, do que a Corte da Inquisição. Mas o fato é que Paulo IV também fora implacável com os judeus. A Bula papal que esse Pontífice emitiu, em 1555, instalou o desassossego e o pavor entre a comunidade judaica, que passou a ser confinada em guetos, somente podendo sair de lá com permissão especial. Milhares de manuscritos judaicos foram atirados à fogueira. Qualquer livro hebraico estaria proibido. O Talmude (compilação de leis judaicas) passou a ser considerado “livro perigoso”. Mas como não há mal que não tenha fim, chegou o dia 18 de agosto de 1559. Paulo IV se encontrava em seus últimos momentos no Planeta. À meia-noite ele mandou chamar seus cardeais e a eles confiou o prosseguimento da Santa Inquisição “em nome de Jesus Cristo”. Não obstante, logo após seu último suspiro, a população de Roma eufórica, invadiu as ruas da “Cidade Eterna” para comemorar o fim do martírio imposto por aquele implacável Pontífice. As prisões foram abertas e os condenados soltos. Mas a sombra de Paulo IV ainda permaneceria viva por muito tempo, pois deixara como seu legado uma lista de livros proibidos, que ficou conhecida como: “Index Librorum Prohibitorum”, (índice dos livros proibidos) criado “para evitar a corrupção dos fiéis”. E por causa disso, os livros somente poderiam ser editados na Itália com aprovação prévia. As idéias e informações eram restritas, mediante controle rígido do pensamento. Em 1606, quase toda a população de Veneza chegou a ser excomungada pelo Papa, a evidenciar a expansão das doutrinas dissidentes.

 A Perseguição aos Templários:

Os Templários eram membros de uma ordem religiosa de monges guerreiros e Jacques DeMolay foi seu 23º e último Grão-mestre. Os Cavaleiros do Templo, como também eram chamados, foram durante muito tempo, motivo de orgulho 96

para a Igreja Católica até que no dia 13 de Outubro de 1307 (a sexta-feira 13) o rei Felipe IV da França convocou o comparecimento de todos os templários da França ao seu castelo. Quando lá chegaram, foram todos encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, após a investigação dos interrogatórios, Felipe o Belo, mandou prender Jacques DeMolay e alguns altos dignitários da Ordem. Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e que a absolvição da ordem poderia ocorrer, o Rei Felipe IV, desfere o golpe final para que a questão templária fosse terminada, ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay, então sob a custódia da comissão de bispos da inquisição, e ordena que ambos sejam queimados na fogueira na Ile de la Cite, pouco depois das vésperas em 18 de Março de 1314. Com isso Jacques DeMolay passou a ser conhecido como um símbolo de lealdade e companheirismo. Ele preferiu morrer a entregar seus companheiros. E por esse motivo a Maçonaria veio a fundar a Ordem DeMolay em respeito e este herói templário.

 A Perseguição à Maçonaria:

A Bula Papal Humanum Genus foi escrita por Leão XIII e promulgada em 1884 em meio às grandes revoluções burguesas da Europa do século XIX, que suprimiram todas as terras da Igreja e criaram Estados Laicos em toda a Europa e estes se espalhavam por todo o mundo. São apenas 15 páginas que condenam vigorosamente não apenas a Maçonaria, mas toda e qualquer associação ou organização de seres humanos alheia à Igreja Católica Romana (Protestantes, Judeus, Muçulmanos, Espíritas, Budistas, Positivistas, Socialistas, etc, etc, etc.) Fora da Igreja Católica Romana Leão XIII, o primeiro papa na história que não é rei, nem coroa rei algum, somente enxergava escuridão, pecado e erro. Desde então, a Maçonaria declara em seus preceitos que: “A inquisição não está morta, apenas dorme” .

Napoleão, o grande adversário da Inquisição:

O Imperador francês Napoleão Bonaparte fora, com efeito, o grande adversário dos papados inquisitoriais. Ele era o maior defensor da separação entre a Igreja e o Estado. Ao conquistar o norte da Itália, em 1796, Napoleão baixou atos determinando que os guetos judaicos fossem imediatamente liberados e se tornassem livres. Em Madri, em 1808, Napoleão extinguiu a Inquisição. Libertou homens e mulheres que estavam acorrentadas, onde “só demônios poderiam gerar os instrumentos de tortura encontrados”, como afirmou uma testemunha da época. Os documentos que comprovavam os horrores da perseguição religiosa espanhola viriam a ser examinados e organizados pelo Secretario Geral da Inquisição de Madri, servindo de legítimo embasamento histórico. Em 1810, os ideais de Napoleão no sentido de submeter o poder papal a degradante humilhação estava próximo de tornar-se realidade. Os documentos da Inquisição foram coletados, co m ordem do Imperador de seguir para Paris. Cerca de 3.000 caixotes contendo arquivos, sentenças, pronunciamentos doutrinários e peças de interrogatório foram conduzidos para a capital da França. Tais documentos eram a prova de que necessitava Napoleão para desencantar os italianos diante da Igreja Católica e de seus Papados. Lá estava o julgamento de Galileu com seu argumento impecável: “E se amanhã for comprovado definitivamente que a Terra gira em torno do sol, como ficará a posição atual da Igreja?”. Mas o fato é que após a derrota de Napoleão veio a reviravolta. Em 1814, na Espanha, quem acompanhou a França durante a ocupação seria executado e os hereges teriam a língua perfurada por uma barra quente de ferro, conforme 97

anunciava a Corte. A vingança oficial grassava. Após a morte de Napoleão, os Estados papais ainda mantiveram os horrores da Inquisição por mais quatro décadas.

O Caso Edgardo Mortara:

O que precipitou o fim da Inquisição, nos meados do século XIX, foi o rumoroso caso do menino Edgardo Mortara que pertencia a uma família judia e fora batizado secretamente por uma babá, à revelia dos pais. Naquela época, os judeus ainda viviam em guetos e não lhes era permitido freqüentar universidades, viajar, ou se relacionar com cristãos, tudo segundo as leis do Santo Ofício. Em 24 de agosto de 1858, a polícia do Papa seqüestrou o pequeno Edgardo Mortara porque ele se tornara “propriedade da Igreja” visto que “uma norma papal fora descumprida”, segundo a justificativa do Oficial responsável. O menino foi arrebatado da mão dos pais, passando o Oficial condutor apenas um recibo, sem dizer para onde ele seria conduzido. Nessa época eram comuns os seqüestros de crianças judias pela polícia papal. Depois de percorrer, em vão, uma longa via crucis, o pai do menino Momolo Mortara teve seu apelo desesperado atendido pelo Papa Pio IX e pode ver o filho, com restrições. Prometeram ao Sr. Mortara o direito de viver com o filho se ele se “convertesse”. Mas Mortara persistia em seu desespero e não descansava. Enquanto isso, o caso ganhava cada vez mais espaço na imprensa de então. O momento era grave para a História da Igreja, pois o movimento pela unificação da Itália ganhava força. O Exercito austríaco, que garantira a segurança dos impérios papais durante dois séculos e meio, viu-se obrigado a deixar a Itália. E a segurança de Pio IX e de sua Corte ficou literalmente entregue à própria sorte. Em 1860, o sacerdote inquisidor, padre Feletti, que fora responsável pelo seqüestro do menino Edgardo Mortara, era preso pela antiga Polícia Papal, agora fiel ao novo Governo civil. Feletti foi processado por seu ato criminoso de seqüestro, mas, nem mesmo assim, o garoto foi devolvido ao pai. Pio IX, por sua vez, em carta que endereçara ao  jovem, tempos depois, diria, segundo registros históricos: “Eu adquiri você em nome de Jesus Cristo, por um alto preço e ninguém demonstrou preocupação comigo, pai de todos os fiéis...” Em 1870, o Exercito italiano pôs fim aos reinos papais, restringindo os domínios de Pio IX a 40 hectares de terra, onde estavam os prédios do Vaticano. Não teria sido, pois, em vão que a Santa Sé relutou, até 1929, para reconhecer a Itália como Estado soberano. E derradeiramente o menino Mortara nunca mais voltaria para a família. Ele tentara insistentemente convencer seu pai sobre “as verdades da Igreja”, tornando -se monge de uma abadia belga, onde se entregou durante o resto de sua vida à oração e à contemplação. Se a Igreja Católica ganhara a batalha do menino que seqüestrou das mãos dos pais, o mesmo não se poderia dizer a respeito da rígida Doutrina que impôs como única e verdadeira do mundo, durante aproximadamente quase 1000 anos. Os novos tempos chegaram e o mundo evoluiu, não mais admitindo reinados religiosos que sejam considerados indevidamente supremos donos da verdade.

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 A Inquisição na Atualidade:

No ano de 1908, o Tribunal da Santa Inquisição, foi transformado pela Santa Sé em Congregação para a Doutrina da Fé, e não mais ameaçaria a liberdade de crença no mundo, hoje garantida por quase todas as Constituições dos Estados modernos e livres. Em 1981, Josef Ratzinger (o atual Papa Bento XVI), nomeado para chefiar a Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou esse compromisso prometendo lutar pela união de todos os credos através do Ecumenismo (união na convergência e respeito na divergência), um princípio sagrado inaugurado pelo saudoso Pontífice João XXIII, o Papa que trouxe luzes sobre as trevas medievais. No ano de 2000, o falecido Papa João Paulo 2º, falando como soberano Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana, num evento penitencial solene e sincero, pediu formalmente desculpas ao mundo pelos “dramas relacionados com a Inquisição e pelas feridas deixadas na memória da humanidade”. O Pontífice também pediu oficialmente perdão a Deus, “em nome da Santa Igreja”, diante dos pecados cometidos pela Instituição desde a sua fundação há dois mil anos. O gesto, sem precedentes na História da Igreja Católica, ocorreu na Basílica de São Pedro, em Roma, durante a Missa do primeiro domingo da Quaresma. Segundo a imprensa da época, sete confissões de culpas foram formuladas por sete dignitários da Cúria Romana, seguidas de sete pedidos de perdão pelo próprio Papa. Também se registrou uma confissão geral pelas culpas do passado e um pedido formal de perdão pelos “erros cometidos a serviço da verdade por meio do uso de métodos que não têm relação com a palavra do Senhor"; pela separação dos cristãos; pelas perseguições impiedosas aos judeus; pelo desrespeito às culturas e religiões de todos os po vos; e, finalmente, um “mea culpa” pelas longas e reconhecidas violações dos direitos humanos. Estima-se que 75 milhões de pessoas foram chacinadas pelo “Santo Ofício”, enquanto que milhões de outras foram intimidadas, torturadas, e mulheres forçadas a manter relações sexuais co m os sacerdotes executores da Inquisição. Os defensores do “Tribunal do Santo Ofício” alegam que a Igreja, qual uma “mãe zelosa”, teria o direito de castigar seus filhos para protegê-los das “más companhias”. Contestam os números apresentados dizendo que não foram tantas vítimas assim. No entanto, se somente um ser humano tivesse sido assassinado nas fogueiras da inquisição, ainda assim, seus atos não seriam justificados. Salientamos que este artigo não tem por intuito despertar revanchismos, ao contrário, conclamamos todos a refletir nas seguintes palavras do Mestre Jesus: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas". (Mateus 6:14-15)

Oxalá

É o pai supremo, que separou o mundo material do mundo espiritual, criou os seres vivos e gerou os orixás. Tem o poder de reger a vida e a morte, e ao mesmo tempo em que é bondoso e tolerante, também pode tornar-se firme e severo. No entanto, Oxalá prefere sempre seguir o caminho do amor. Suas esposas são Nanã e Iemanjá, e o único orixá que se encontra acima dele é Olorum (o céu). Quando representado em sua forma jovem, Oxalá recebe o nome de Oxaguiã. No sincretismo religioso, está associado a Jesus.

Linha de Oxalá: Esta linha é regida pôr Jesus Cristo e representa o princípio da criação, a luz divina que coordena todas as outras.

Estes guias são os chefes de falanges, mais existem os demais guias que pertencem a esta linha e trabalham na caridade, são eles: Caboclo Pena Branca, Caboclo Águia Branca, Caboclo Tupã, Caboclo Rompe Nuvem, Caboclo Tamoio, Caboclo Gira Sol e outros. O astro que rege esta linha é o Sol e tem como guardião o anjo Gabriel.

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LINHA DE OXALÁ Caboclo Tupi - Representante de Oxalá na Linha das Almas Caboclo Guarani - Representante de Oxalá na Linha de Oxóssi Caboclo Aymoré - Representante de Oxalá na Linha de Ogum Caboclo Guaracy - Representante de Oxalá na Linha de Xangô Caboclo Ubiratã - Representante de Oxalá na Linha de Ibeji Caboclo Ubirajara - Representante de Oxalá na Linha de Senhoras Caboclo Urubatão da Guia - Comando da Linha de Oxalá

Você Aprendeu: Sobre o Orixá Oxalá;Quem são Oxaguiã e Oxalufã; Oxalá é Jesus?; As principais características de Oxalá; Quais suas atribuições; As características dos filhos de Oxalá; As comidas oferecidas à Oxalá; Algumas Lendas de Oxalá.

Ox ag u iã

 

Ox al u fã

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Oxalá Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá. Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa, orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ. Esta relação de importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A  jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo, por exemplo. Assim, Oxalá não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Ossâim, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante. Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros (o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes. Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida esta questão, não negamos as funções ú nicas e importantíssimas de Oxalá perante a mitologia ioruba. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores. Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o s anto cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça) e dos seus  AJUNTÓ (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do terreiro. Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé, que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua e Olokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai. O seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade. Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o T rono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres.

Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações.

A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: "Estou aqui; enviai-Me". OXALÁ É JESUS ? A imagem de Jesus Cristo é figura obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros ou Tendas de Umbanda, em local elevado, geralmente destacada com iluminação intencionalmente preparada, de modo a conformar uma espécie de aura de luz difusa à sua volta. Homenageia-se Oxalá na representação daquele que foi o "filho dileto de Deus entre os homens"; entretanto, permanece, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana: "Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os homens"; Oxalá coexistiu com a formação do mundo; Oxalá já era antes de que Jesus o fosse . Oxalá, assim como Jesus, proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre. ATRIBUIÇÕES As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. COZINHA RITUALÍSTICA Canjica Canjica branca (sem aquele olhinho escuro e mal cozida). Colocar em tigela de louça branca. Cobrir com Algodão, Folhas de Saião ou Claras em Neve. Podendo colocar um cacho de uva  branca por cima de tudo. Regar com mel Acaçá Cozinhar 1/2 kg de Farinha de Milho branca, como um angu ou mingau. Deixe esfriar um pouco, e faça bolinhos. Em algumas casas se põe, às colheradas, em folhas de bananeira passada ao fogo e enrola-se. Serve-se depois de frio. Obs1) Quando colocar esta oferenda, coloque na frente de seu altar com uma copo de água na parte de cima, uma vela de 7 dias a direita, 3 ramos de trigo a esquerda e na parte de baixo encima de uma pano branco coloque um pãozinho cortado em três pedaços, deixe até acabar a vela de 7 dias e veras que criara uma penugem de bolor nos Acaçá, sinal que seu pedido e sua fé foi bem aceita, despache tudo em um jardim ou campo florido.  

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Obs3) Já existe à venda no mercado a chamada "farinha de acaçá", que é a canjica branca já moída, o que facilita enormemente a confecção do acaçá de Oxalá.

Mungunzá Escolha 1/2 kg de canjica branca (sem aquele olhinho escuro) e ponha de molho na véspera. No dia seguinte, ponha para cozinhar com água e sal. Quando a canjica começar a amaciar, adicione o leite ralo de 2 cocos, junte o açúcar, misture e, se preciso, ponha mais sal. Acrescente os cravos-da-índia e a canela. Desmanche o creme de arroz em leite de coco puro e junte ao mungunzá para engrossar o caldo do mesmo. Sirva em pratos fundos, como sopa.

Também se faz agrado com uma mesa de frutas, que não p odem ter espinhos farpas ou fiapos, como por exemplo: manga, abacaxi, carambola, cajá-manga, etc.

 No Candomblé é o único Orixá que não exige matança, em tempo algum.

COMANDOS E REPRESENTAÇÕES DAS LINHAS DE UMBANDA Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres encarnados, as Linhas de Umbanda têm Comandos definidos e Representantes junto às outras linhas, para evitar entre choques e harmonizar melhor as freqüências, sendo o seu principal escopo o bem estar do ser encarnado. Ditos Representantes, comparam-se à Diplomatas com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus af ins. A seguir damos a relação dos Comandos e Representantes entre as 7 Linhas da Umbanda.

Linha de Oxalá: Esta linha é regida pôr Jesus Cristo e representa o princípio da criação,  o Reflexo de Deus a luz divina que coordena todas as outras. Estes guias são os chefes de falanges, mais existem os demais guias que pertencem a esta linha e trabalham na caridade, são eles O astro que rege esta linha é o Sol e tem como guardião o anjo Gabriel.

1 - Linha de Oxalá Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça".

Oxaguiã

 

Oxalufã

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Dia: Sexta-feira Cor: Branco leitoso.

Simbolo: Opáxoró Elementos: Atmosfera e Céu Domínios: Poder procriador masculino, Criação, Vida e Morte Saudação: Epa Bàbá

OXALÁ é o detentor do poder procriador masculino. Todas as suas representações incluem o branco. É um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a formação de todo o tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ é alheio a toda a violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. A sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Os seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas. Em África, todos os Orixás relacionados com a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá (Òrìsanlà), ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado como Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil e na Europa a quantidade reduz-se significativamente, sendo que dois, Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã) e Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de Egigbó (Oxaguiã), se tornaram as suas expressões mais conhecidas.  A designação de Orixá Fun Fun deve-se ao facto de a cor branca se configurar como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais. O branco representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu origem à palavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passou a ser conhecido no Brasil e na Europa. Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades das suas duas configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e guerreiro, filho do primeiro mais velho e paciente. Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres, todas as coisas que existiriam no mundo.  A maior interdição de Oxalá é de facto o azeite-de-dendê, que jamais deve macular as suas roupas, os seus objectos sagrados e muito menos o seu Alá. A única coisa vermelha que Oxalá permite, é a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino. O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado com a c oncepção de cada ser; é a síntese do poder criador masculino. A sua função primeira já remete ao seu significado profundo. A acção de cobrir não evoca somente protecção, zelo, denota a actividade masculina no acto sexual. No Xirê, Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as origens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o mesmo teto, o grande Alá que nos cobre e protege, o céu.

O tipo OXAGUIÃ é um jovem guerreiro combativo. Normalmente tem boa aparência, podem ser altos, baixos, forte e magros, pois seu arquetipo não o traduz, não é agressivo nem brutal, teimosos, individualistas e altruístas. Não despreza o sexo e cultiva o amor livre. É alegre, gosta profundamente da vida, é falador, brincalhão e ao mesmo tempo tem muita seriedade e não perdoam a Injustiça. Ao mesmo tempo é idealista, defendendo os injustiçados, os fracos e os oprimidos. Orgulhosos, gostam da boa briga pela boa causa, às vezes, uma espécie de D. Quixote. Os seus pensamentos originais geralmente antecipam os da sua época. Ele é o nascente e o dono das manhãs.

 

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PRETO-VELHOS DE OXALÁ São bastante lentos na forma de incorporare tornam-se belos principalmente pela simplicidade contida em seus gestos. Raramente dão consulta, sua maior especialidade é o passe de energização. Cobram também bastante de seus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de caridade, assiduidade no terreiro e vaidade. 1 - Linha de Oxalá Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça". OXALÁ - Sua cor é o branco, sua erva é boldo, manjericão, seu símbolo é o opachorô, cetro de metal branco com os símbolos da criação, sua saudação é acheuepa babá, sua guia é de contas brancas de louça com firma branca, sua pedra é o cristal branco, sua essência é de alfazema e mirra, seu metal é o ouro amarelo e branco e o estanho, seu número é o 16 e o 10, sua comida é a canjica de milho branco cozida com mel e o acaçá no leite de coco, sua bebida e o aluá de oxalá ou vinho de palma, sua fruta é pêra, uva verde, maçã verde, seu dia é sexta-feira, é sincretizado com Jesus Cristo. LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ - Estas Entidades usam roupagem de Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no grau de Protetores, e não gostam de ser solicitadas sem um motivo imperioso além das 21 horas. Suas vibrações fluídicas começam se fixando pela cabeça, por cima, na altura da glândula pineal e vai até aos ombros, com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax, e certo nervosismo que se comunica de leve ao Plexo Solar. A respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos. O mo vimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que geral no corpo. Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação, conservando a cabeça do aparelho(médium), ora baixa ora semi levantada... Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "chefia de cabeça" e quase nunca uma função auxiliar efetiva (um dos Orixás Chefes, senão o mais antigo, é o Caboclo Urubatão; o autor, em seu eterno "peregrinar" em incontáveis "terreiros", teve momentos de verdadeira "agonia mental" quando era obrigado a cumprimentar "aparelhos" com "encosto" de Exu, dizendo-se, por vaidade ou puro animismo, ser aquela entidade. Esta "agonia" era por ver as tremendas falhas da "representação", vistas e sentidas por seus próprios companheiros, que olhavam a "cena" divertidos e irônicos). Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando encontram a mediunidade de um ou outro em excelente estado mental, e moral. Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de grande beleza: dão a Flecha, Chave e Raiz. As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam, consultam pouco e não assumem "chefia de cabeça", porém são sempre auxiliares.

ORIXALÁ Esta Vibração tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o Incriado, o Reflexo de Deus, o Verbo Solar. É a Luz Refletida que coordena das demais Vibrações Originais, não em seus Pontos Iniciais, e sim em suas exteriorizações que se fixam no nosso Mundo, e que dão a Magia aos Orixás que integram e dirigem na prática a Lei na dita Linha.

 

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Oxalá É o pai supremo, que separou o mundo material do mundo espiritual, criou os seres vivos e gerou os orixás. Tem o poder de reger a vida e a morte, e ao mesmo tempo em que é bondoso e tolerante, também pode tornar-se firme e severo. No entanto, Oxalá prefere sempre seguir o caminho do amor. Suas esposas são Nanã e Iemanjá, e o único orixá que se encontra acima dele é Olorum (o céu). Quando representado em sua forma jovem, Oxalá recebe o nome de Oxaguiã. No sincretismo religioso, está associado a Jesus. Orixalá ou Oxalá ? A Vibração Original (a Linha) se chama Orixalá, com o tempo contraiu-se para Oxalá que por sua vez é o nome do Senhor Jesus Cristo. Então é bom frisar que Orixalá é a Vibração Original (a Linha) e Oxalá é o Senhor Jesus Cristo. Assim sendo, para não dar muita confusão, fazemos assim: Considerando-se que Jesus Cristo (Oxalá) está ligado diretamente a Vibração Original Orixalá, saravamos o nome Oxalá com o pensamento de estarmos saravando a Vibração Original (a Linha) e a Jesus Cristo ao mesmo tempo. Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres encarnados, as Linhas de Umbanda têm Comandos definidos e Representantes junto às outras linhas, para evitar entre choques e harmonizar melhor as freqüências, sendo o seu principal escopo o bem estar do ser encarnado. Ditos Representantes, comparam-se à Diplomatas com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus afins. A seguir damos a relação dos Comandos e Representantes entre as 7 Linhas da Umbanda. OXALÁ Considerado pai de todos os orixás é o senhor do branco, da pureza, e da paz equilíbrio positivo do universo orixá mais velho foi o primeiro a ser criado transmite a seus filhos sua característica mais soberbas: calma respeitabilidade, força de vontade nada faz mudar de opinião ou estratégia no entanto aceita as conseqüências de suas decisões, seu dia é o domingo,sua cor é o branco,característica:velhice,sabedoria, paternidade. Correspondência com santos católicos: Cristo, Senhor do Bom fim.

Linha De Oxalá

25/12 Oxalá – É o Obatalá (Orixá que se veste de branco), o Orixalá (o maior dos Orixás). Orixá da fé, da paz e da pureza (alvura).

 

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 A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: "Estou aqui; enviai-Me".

 

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Oxalá É o orixá mais querido e respeitado do panteão afrobrasileiro. O branco, símbolo tradicional da pureza é a cor de tudo que esteja ligado a Oxalá, o responsável, segundo a mitologia iorubana, pela criação e administração do mundo. Rege os demais orixás e, por conseguinte, os homens. Acima dele só Olorum, o deus supremo iorubá. Oxalá é a figura paternal, calmo e sereno nos momentos mais difíceis; uma dignidade distante e certa tendência à centralização também fazem parte de sua imagem típica. Segundo a maior parte dos ítans, ele é pai de todos os orixás. Filho direto de Olorum ou Olodumare, Oxalá representa o céu, princípio de tudo que, ao tocar o mar, na representação simbólica de um ato sexual, teria criado todos os outros orixás para que cuidassem dos seres da terra, os homens, cercados pelos céus e pelo mar de todos os lados. Vários nomes são ligados a Oxalá. Na Nigéria prevalece o nome Obatalá. Em Oko, Orixaakô; em Ejigbo, recebe o nome de Oguinhã. Em todos estes locais, porém, é inquestionável seu posto de supremacia. Existem diversos tipos de Oxalá, como acontece com todos orixás africanos, mas neste caso há um certo destaque para duas de suas formas, justamente Oxalá mais novo e o Oxalá mais velho. Oxalá sempre é o último a ser reverenciado em todas cerimônias dedicadas aos orixás. Sua cor é o branco, seu dia da semana no batuque é o domingo. Oxalá velho é sincretizado com Divino Espírito Santo e Nosso Senhor do Bom Fi m, e o novo com Menino Jesus de Praga.

ORIXALÁ (OXALÁ) LINHA DE OXALÁ ou ORIXALÁ

1ª Linha de Oxalá ou Linha de Santo - Nesta linha as falanges são de: Existem outras linhas, dependendo da vertente da Umbanda a ser trabalhada. Na Umbanda branca,dita Umbanda popular, cada linha de orixá tem sete legiões, que correspondem a determinado guia espiritual. Oxalá Santa Catarina Santo Antônio São Cosme e Damião Santa Rita 

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Santo Expedito São Fransisco de Assis São Benedito . Esta linha é responsável por desmanchar os trabalhos de magia. o

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1- LINHA DE OXALÁ ou ORIXALÁ Essa linha tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça". O astro correspondente é o Sol, a cor é a branca e amarele-ouro e o dia é o Domingo.

OXALÁ É o Orixá mais velho da nação, é o Grande Pai de todos os mortais. É calmo, pacificador, transmite harmonia e entendimento a todos bem como saúde e longa vida. Seus símbolos são o bastão, búzios, a pomba e o opaxorô. Sua côr é o branco. Sua oferenda é a canjica branca , acassá, merengue e frutas. Seu dia da semana é o Domingo. Seu número é 8. Sua saudação: "êpa babá" ou "êpa ô" .  Arquétipo dos filhos de Oxalá: São simples e pacatos, chegam a ser simplórios. Tem uma base moral muito forte e são apegados aos bons costumes, são calmos e respeitáveis, humildes, mas por outro lado também são frios, impessoais, calculistas,teimosos e são de uma falsa complacência, não perdoar. Levam seus planos até o fim mesmo que não dê em nada, pois não admitem sugestões. Com Oxalá encerramos os comentários a respeito dos Orixás cultuados no nosso Batuque/RS, lembrando que são apenas algumas referências, que em hipótese nenhuma encerra o assunto, bem como com relação aos arquétipos, pois esses sofrem alteração em função do ajuntó. Ex: um filho de Oxalá com Iemanjá terá características diferentes de um filho de Oxalá com Oxum, e assim por diante. Muito Axé !

Poema Pai Oxalá

 

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Sinto, Pai Oxalá, tua presença Em mim a todo momento Inundando corpo e alma Num sopro de vida e alento! Apesar de não te ver E não poder te tocar Te sinto no ar que eu respiro No meu coração a pulsar. Estás no sol que me aquece Nos dias frios de inverno Nas aves em revoada Entoando um canto terno. Te encontro no mar que murmura Nos rios, cachoeiras e fontes No esplendor de um novo dia Que desponta no horizonte. Te sinto no voo dos pássaros Que bailando te cultuam Te vejo no azul do céu Nas nuvens que nele flutuam. Consigo sentir tua presença Nas florestas verdejantes Na lua que a noite ilumina Nas estrelas fulgurantes. Estás no calor do verão Na brisa que me acaricia Na chuva, nas flores, na terra... No fruto que a fome sacia. Estás também no arco-íris A refletir tua aliança Colorindo o firmamento Prenunciando a bonança. Presente estás em mim Na inspiração destes versos Presente estás no ser vivente Na imensidão do universo! Que a Divina Luz esteja entre nós Emidio de Ogum

 

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Feliz aniversário senhor Oxalá O cantinho da entidade Mesmo que o médiun não esteja lá, a entidade está, Os Orixás também não saem de lá Falo da casa santa, da casa de Oxalá. Fica ali no canto do terreiro o banquinho do Preto Velho Em cima está o cachimbo ainda sujo do último tabaco Caido ao lado do quipá esta o terço colocado com carinho O cheiro no ar ainda é da alfazema usada nas curas No chão ainda esta a cera das velas postadas uma a uma O cheiro forte da arruda ainda paira no ar, perto do chão É ainda esta ali o Preto Velho, não saiu e nunca sairá Não tem pra onde ir, se o médium não o for buscar Os atabaques silenciaram e o som é da agua do mar Agua da fonte da mamãe Iemanja, linda sereia a olhar Mesmo quando a luz se apaga ele ainda está ali Da porta do terreiro da pra ver que ele não se levantou Continua sentado olhando o infinito a espera de alguém Essa pessoa deve deixa-lo usar seu corpo mais uma vez Para poder tocar as pessoas em seu coração Para aliviar a viagem de volta, e iluminar as estradas de aruanda Enquanto espera o Preto Velho canta, canta triste mas ainda canta Sua música é acompanhada pelos anjos de São Miguel Que com seus lindos bailados sobem ao alto do congá Ouve-se correria são as crianças de Cosme que espiam a porta Esperam que seus médiuns venham e acendam duas velinhas Doces também são bem vindos se vierem com guaraná A fumaça do carvão no incensário ainda solta o fim da defumação Exús então rodeiam este sopro soltando uma gargalhada no silêncio Cai a noite e vem chegando o amanhecer, em cima da porta esta a espada Na guarda da casa empunhada pelo senhor Ogum protetor Lâmpada da Barra guarda o caminho daqueles que já saíram O Cheiro de pipoca ainda está forte na panela de barro Obaluaê remexe os piruãs das sobras daqueles que não compreendem O lenço vermelho da cigana sobe ao alto e gira sem parar Com sua voz encantada solta gargalhadas e quebra o silêncio No canto um velho sentado em uma pedra encosta o machado pesado Justiça feita a demanda vai acabar, Pai Xangô decretou e cumpriu o destino Uma flecha certeira percorre do congá até a porta de entrada do terreiro Fixa firme cravada na madeira da entrada como confirmação da casa santa Na ponta da flecha algumas fitas coloridas, balançam ao vento com força Ta chegando Iansã dona dos ventos e senhora dos caminhos  

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Sopra as velas ainda acessas com força mas não apaga nenhuma Não pisa no chão e flutua com uma Santa os 4 cantos do terreiro E com um raio acende as velas ainda apagadas iluminando todos Orixás Tem doce pergunta Damião a Doum quando este recolhe a oferenda Uma batida forte na porta estremece a terreira e a porta se abre É Ogum de Ronda que voltara dos atributos a ele destinados Saúda a todos e caminha em direção a Iemanjá Deposita um perfume que trouxera de longe prometido ao mar Um tecido fino escorrega das colunas do terreiro, deixa cair Como se fosse folhas de outono nas aguas da cachoeira O canto de pássaros vibram pelo ar da casa santa As velas acessas aumentam a intensidade de luz divina Os braços de Oxalá agora estendem-se para frente Esperam suas mãos serem tocadas pela mamãe que acabara de chegar Quebra o silêncio a Orixá Oxum para falar ao filho querido Feliz Natal, e feliz aniversário Oxalá, meu filho querido Seu dia de nascimento na terra é hoje e queria que você intercede-se Por todos irmãos deste lindo lugar, cure filho as doenças, traga o sorriso as familias desunidas, traga a paz aos corações desencantados, traga a vida e o amor entre todos que acreditam em Deus nosso Pai. FELIZ NATAL E FELIZ ANIVERSÁRIO SENHOR OXALÁ

Oxalá meu pai, tenha pena de nós tenha dó, Oxalá meu pai, tenha pena de nós tenha dó Se as voltas do mundo é grande Oxalá, seus poderes são maior. Se as voltas do mundo é grande Oxalá, seus poderes são maior. Pai Oxalá peço que todo amor que o senhor tenha, derrame sobre todos nós Que seu lindo mar seja a agua que purifica nossos corações Que a terra que o senhor nos deixou seja a raiz do nosso alimento Que em nossas caminhadas possamos estar com suas mãos colocadas em nosso peito Quando sentirmos medo meu pai, nossas lágrimas se transformem em alimento de nossa alma Por toda nossa vida meu pai, queremos falar a todos como o senhor foi bondoso Feriu-se por nós e compartilhou nossas preces como se fossem suas Por diversas vezes meu pai caiamos de joelhos arrependidos de nossos atos E nem mesmo assim o senhor nos abandonou meu pai Ser pai é difícil, muito mais ser pai de tantos filhos  

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Alguns rebeldes com certeza, alguns que não pensam em seus irmãos Mas também para eles meu pai o senhor tem um lugar em seu coração Aflitos lhes pedem todos os dias, saúde, paz e amor na familia Pedem de tudo meu pai, até a fortuna lhe pediram, mas esqueceram Que a maior fortuna é poder ser seu filho meu pai Obrigado meu pai, pelos pássaros cantando a alegria Obrigado meu pai pela agua dos rios que matam nossa sede Obrigado meu pai pelo ar que respiramos e pela aurora todos os dias Obrigado pelo simples, descartamos o complicado e rezamos por todos Quando meu pai a noite se fizer, não terei mais medo, pois o senhor me dará todo dia um novo amanhecer.

A casa do meu Pai Pode estar cheio de rachaduras Mas não falta o amor dentro dela Pode não ter uma vista bonita Mas meus olhos brilham em seu interior Pode não ter janelas e portas Mas somente tem uma única entrada a da caridade Pode não ter telhado Mas dentro somente chove o necessário Pode não ter janelas Mas o vento entra com o odor de flores Pode não ter muita comida? Mas o alimento da alma encontra-se ali dentro Pode ser convidado a entrar? Um dia todos filhos foram mas muitos esqueceram o caminho Qual condução eu pego para chegar lá? Pegue o primeiro necessitado a sua frente e ajude-o, carregue a primeira cadeira de rodas de uma pessoa deficiente e ajude-a, atravesse a avenida segurando o braço de um idoso, pode encurtar caminho segurando também a de um deficiente visual, siga em frente mas não pise nas pessoas menos favorecidas a sua frente, se puder levante-as e leve-as com você, cuidado com as intrigas que encontraras nos caminhos, também desvie-se de todas as coisas ruins e procure ajudar quem não conseguiu livrar-se, ao avistar a casa de meu Pai ao longe, ainda deverás verificar se existem pessoas ao seu lado, pois não se chega a ela sozinho, sem caridade meu Pai não ouvira suas pegadas quando chegares. Sabe aonde fica a casa do meu Pai? Se a reposta é não, não se preocupe Feche seus olhos e sinta uma mão abençoada a te levar. domingo, 10 de outubro de 2010 Jesus é Oxalá

 

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Jesus estava sentado a beira de um rio, quando de repente ouviu um murmúrio, vindo de um local distante: Pai Oxalá, ajude este filho pois está aqui presente pedindo sua ajuda, de repente um Anjo ao seu lado ouviu a súplica e perguntou-lhe, Jesus, vais atender este pedido, mesmo sendo chamado de outro nome? Jesus respondeu colocando uma de suas mãos no ombro daquele Anjo: Já fui chamado de muitos nomes, mas a maioria das pessoas me chamam por Jesus, mas este é apenas um deles, prefiro que me chamem do filho de Deus, como são todos aqueles que pedem a sua ajuda também, saiba que aqueles filhos que um dia chamam-me de Oxalá, estão muito próximos a mim, pois dedicam seu tempo na terra na ajuda aos necessitados, emprestam seus corpos aos espíritos de luz, para poderem ajudar aos outros irmãos, na terra, e saiba que dessa forma ajudam também os espíritos em evolução, considere que existem muito amor neste ato, e sabemos que aonde existe amor está nosso Pai, pois nada acontece sem sua permissão, não pode existir amor maior sem que suas mãos não estejam refletindo a Luz divina, com todo seu esplendor, vem do reino de Deus onde a paz e muito amor, esta luz refletira no peito, luz que refletiu no mar, luz que veio do reino de Deus para tudo iluminar. Entender sobre qual forma é acreditar em Deus, pouco importa, o que importa sim é acreditar em nosso Pai, muitos pedem por eles mesmos, rezam, oram, e ajoelham-se perante a mim, infelizmente pedem somente por eles, não posso deixar de ajuda-los também, os Espíritas são um pouco diferente dos outros filhos, pois poucos pedem para eles mesmos, a maioria dedicam muito mais tempo de suas vidas a pedirem por outros irmãos que nem sequer conhecem seu nome. Querido Anjo, muitas vezes você também serás chamado de entidade, preto velho, caboclo, pomba gira, exú, e mesmo assim você ira ajudar estas pessoas trazendo-me seus seus pedidos, o nome que nos chamam meu querido não importa, mas importa muito o que o filho tem no coração quando suplica algo a mim. Autor Emidio de Ogum

Que tolice a minha pedir desculpas a Oxalá

Que tolice a minha pedir desculpas a Oxalá Desculpe Oxalá mas não fui o que o senhor queria, caminhei e pequei muito por onde andei, mas desculpe assim mesmo, desculpe os erros que produzi com meus atos incertos, com minha vida errante. Ouvi tantos pedidos e não olhei pra trás, sim dei as costas a todos e todos se voltaram também pra mim, tentei algumas vezes rezar, mas foram poucas vezes, pois o tempo era curto e acho que tinha o que fazer, mas fazer o que, pois a vida já me dera tudo, mas ainda não compreendia, fiz tudo errado, e assim vivi esta vida, joguei o lixo que não mais queria no rio e inundou os mais pobres, escolhi na feira as frutas mais doces e deixei as amargas para quem tinha mais fome que eu, já tinha a minha casa, mas derrubei as madeiras que formavam a dos humildes, um dia joguei fora o resto da comida que sobrará e vi pessoas debruçadas em  

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minha lata de lixo, corria com meu carro jogando água da chuva em cima daqueles que já estavam molhados, precisei ser socorrido a um hospital público e nele via a falta dos medicamentos para me salvarem, dei esmolas nas ruas, mas roubava o dinheiro no imposto que lhes servia, fiz de tudo um pouco de cada erro uma consequência, produzi o infortúnio, e a cada dor pela fome eu participei um pouco, agora estou aqui pedindo desculpas ao senhor, mas que tolice a minha deveria pedir desculpas a todos que magoei. Em cada prato de comida peço perdão pela fome Em cada falta de cobertor peço um pouco de calor Em cada falta de remédio, peço a cura Em cada choro de criança peço pelo sorriso Em cada família desunida peço o amor Em cada sofrimento peço suas mãos meu pai para tocar na ferida e trazer de volta a paz a esta humanidade que ainda acredita no senhor.

 

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Sexta Feira Santa e a Umbanda Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos

Pois bem irmãos, chegamos ao ápice da semana santa e as postagens sobre a vida de Jesus Cristo. Hoje nesta Sexta-Feira lembramos o mártirio que Jesus Sofreu, como a postagem de ontem acabou com o relato da Santa Ceia, hoje começamos pela última pregação de Jesus.

Logo após a ceia,Jesus e seus discipulos dirigiram-se para uma montanha que se chamava "Monte da Oliveiras", lá Jesus faz o "Sermão da Montanha", foram sual últimas palavras, no final da postagem estará na integra o texto. Após esta conversa Jesus se afastou dos discipulos e foi orar a Deus para que lhe desse força para aguentar o que viria, assim alguns discipulos dormiam quando Jesus disse que ali se aproximavam os Soldados Romanos que vririam lhe prender. Alguns discipulos quiseram lutar contra os guardas, mas foram impedidos por Jesus que disse, "O Exército de Deus não usa espadas". Há tanto misticismo e confusão acerca da crucificação e ressurreição que acabamos perdendo de vista o fato de que Jesus de Nazaré foi julgado como homem diante de uma corte de homens sob as leis dos homens, condenado e executado como homem, e que como drama, o julgamento de Jesus supera quaisquer dos grandes julgamentos da história da justiça humana. Israel não era uma democracia com Igreja e Estado separados, mas uma teocracia com Igreja e Estado entrelaçados como uma coisa só. Muitos acreditam que os altos sacerdotes ordenaram a prisão e  julgamento ilegal de Jesus, que eles foram quem subornaram Judas, que eles sozinhos é que se sentiram ameaçados pelos ensinamentos de Jesus em público, e que eles sozinhos é que buscaram a morte de Jesus. A prisão foi ilegal porque ela veio de noite, em violação à lei. Ela foi efetuada através das atividades do conspirador Judas Iscariotes em violação à lei rabínica. Ela não foi resultado de um mandado legal, novamente em violação ao código Mosaico. Os guardas romanos que prenderam Jesus no Jardim de Gethsemane e o trouxeram ao tribunal do Sumo Sacerdote não tinham uma ordem de prisão legal. O  julgamento noturno é uma evidência adicional de conspiração contra Jesus por esses sacerdotes cuja hipocrisia o Carpinteiro denunciava publicamente. Porém, o sumo sacerdote Caifás invocou Jesus para que se defendesse (contrariando a lei). "E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes ? Que testificam estes contra ti?" Jesus não respondeu. Embora Jesus pudesse continuar em silêncio, ele decidiu falar. "Se vo-lo disse, não o crereis, e também, se vos perguntar, não me respondereis." Os sacerdotes novamente perguntaram " És tu o Filho de Deus ?" A resposta de Jesus foi apenas "Vós dizeis que eu sou." Caifás então anunciou à Corte "De que mais testemunho necessitamos? Pois nós mesmos o ouvimos da sua boca." O resto dos homens daquela corte terrível, ouvindo essas palavras ditas pelo seu sumo sacerdote, ilegalmente confirmaram seu julgamento gritando "É réu de morte!" A primeira audiência diante do Sinédrio foi concluída por volta das três da manhã. A Corte só adiou o  julgamento até o nascer do sol, embora a lei exigisse que cada um deles deliberasse a sós por um dia inteiro antes da segunda audiência. Eles retornaram apenas algumas horas depois, ao amanhecer. Lucas nos conta "E logo que foi dia,  

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ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes e os escribas, e o conduziram ao seu concílio." Essa sessão foi superficial. Nenhuma testemunha foi invocada novamente e a lei foi violada ao se exigir que Jesus respondesse à questão repetida "És tu o Filho de Deus?" E novamente Jesus respondeu "Tu o disseste", e então acrescentou "digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu." Diante disso, a corte gritou "Para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia." A votação foi feita, os votos dos juízes foram contados, e Marcos nos conta "todos o consideraram culpado de morte." A importância disso reside naquela provisão peculiar da lei Judaica que requeria a absolvição se houvesse veredicto unânime. Sob a lei Judaica, a morte por apedrejamento era a sentença apropriada para uma ofensa capital. O povo Judeu não crucificava e esse método de executar a pena de morte era de origem Grega ou Romana. Os Judeus executavam os condenados por apedrejamento, decapitação ou estrangulamento de acordo com a natureza do crime. Para a blasfêmia era prescrita a morte por apedrejamento. Os sacerdotes levaram Jesus para a entrada do palácio de Pilatos. (Eles não poderiam entrar porque se tornariam impuros, sendo uma época de Páscoa.) Pilatos foi até eles dizendo "Que acusação trazeis contra este homem?". Essa pergunta é importante porque demonstra a intenção de Pilatos em levar o caso como um julgamento à parte desde o início, começando a julgar a própria acusação. Ele não perguntou "Vocês condenaram esse homem de quê?", mas em vez disso perguntou quais eram as acusações. Os sacerdotes sabiam a importância da pergunta de Pilatos, então eles responderam indiretamente "Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos." Em outras palavras, Pilatos perguntou "Qual a acusação contra este homem?" e os sacerdotes responderam "Se ele não fosse culpado não estaria aqui!" Então, os maliciosos sacerdotes apresentaram Jesus a Pilatos sob uma nova acusação que eles inventaram naquele momento: traição contra César. "Havemos achado este, pervertendo a nossa nação", disseram eles, "proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei." Pilatos chamou Jesus para dentro do palácio e o perguntou em privado "Tu és o rei dos Judeus ?" E Jesus perguntou a Pilatos para saber a origem da nova acusação: "Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim?" Pilatos replicou "A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim", explicando com isso de onde havia sido originada aquela acusação de traição. esus disse a Pilatos "O meu reino não é deste mundo." E Pilatos insistiu "Logo tu és rei ?" Jesus respondeu "Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz." Pilatos então fez a famosa pergunta "Que é a verdade?" Jesus não deu resposta alguma senão a presença silenciosa de Si, o cordeiro levado ao sacrifício por mentirosos, de forma que Pilatos saiu para onde os sacerdotes estavam e, de acordo com João, pronunciou sua absolvição enfática do carpinteiro Nazareno. Ele disse a eles "Não acho nele crime algum!" Era intolerável para esses inimigos da verdade que seu complô assassino fosse frustrado dessa maneira. Os sacerdotes soltaram rugidos de indignação "Alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até aqui." Essa acusação era a de sedição (revolta, motim, crime contra o Estado), que era menos odiosa que a traição. Ela exigia a prova de uma motivação corrupta para a condenação, mas ainda nenhum motivo maldoso se pode provar que existira em Jesus. Pilatos ignorou essa acusação, mas com a referência à Galiléia, ele encontrou uma oportunidade de escapar do que o esperava. Herodes, o Tetrarca da Galiléia, estava em Jerusalém para a Páscoa. Pilatos viu nisso uma chance de transferir a responsabilidade para Herodes, que tinha jurisdição para julgar acusações de sedição.  

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Jesus era Galileu. Os sacerdotes aprovaram essa ação porque eles pensavam que Herodes faria o que eles quisessem para ganhar seus favores. Jesus foi arrastado até o palácio de Herodes, onde as acusações de traição e sedição foram reiteradas.

Herodes, contudo, não se impressionou. Ele havia ouvido a respeito dos ensinamentos de Jesus e o questionou, mas quando Jesus se recusou a responder (um direito de todo acusado), Herodes colocou nele uma túnica branca e o mandou de volta a Pilatos sem dar uma decisão. Se esse procedimento irregular tivesse qualquer status legal, ele levaria a uma nova absolvição. Pilatos conco rdou. Lucas nos conta que quando os sacerdotes trouxeram Jesus de volta do palácio de Herodes, Pilatos saiu de encontro a eles e disse "Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem. Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei." A imposição desse açoitamento ilegal foi, em si, um impedimento para punições ainda piores. Qualquer punição adicional violaria as leis tanto de Roma como de Israel, que estabeleciam que, já tendo o acusado sido condenado e punido, ele não poderia ser julgado novamente pelo mesmo crime. João diz que "desde então Pilatos procurava soltá-lo", mas Jesus foi levado ao quartel dos soldados e despido de sua túnica branca que havia sido dada por Herodes, foi coberto com uma capa púrpura, coroado com uma guirlanda de espinhos, dado uma cana como cetro, e levado para ser confrontado pelos irados sacerdotes novamente. Pilatos anunciou "Eis aqui o homem." Os sacerdotes responderam "Crucifica-o!" Tudo isso por ter Jesus desafiado a autoridade daqueles homens que estavam dispostos a violar as leis para causar sua morte, homens que por esta razão corromperam sua própria autoridade. Pilatos então disse "Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho nele." Ali estava um juiz de leis dizendo "este homem é inocente, mas vocês podem matá-lo se o quiserem." "Nós temos uma lei", eles insistiram, "e, segundo a nossa lei, ele deve morrer porque se fez Filho de Deus." E ao dizer isso, eles revelaram a Pilatos que sua verdadeira queixa contra Jesus era, na verdade, a acusação de blasfêmia. Pilatos, que não havia ouvido ainda essa acusação, mais uma vez levou Jesus à parte e perguntou "Donde és tu?" Jesus não respondeu nada. Pilatos então vociferou "Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?" Jesus apenas respondeu "Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado." Pilatos novamente procurou soltar Jesus, mas os sacerdotes enraivecidos exclamaram "Se soltas este, não és amigo do César." Essa era uma ameaça à Pilatos. Poderia haver graves conseqüências se a mais alta corte de Israel denunciasse Pilatos à César. Pilatos sentiu que uma interpretação errada de seu julgamento poderia chegar aos ouvidos de César. Ele poderia ser visto como se estivesse protegendo alguém que era considerado pelos mais influentes de seus conterrâneos como culpado d e traição. Pilatos não teve a coragem de lutar pela justiça contra esses sacerdotes coléricos. Foi então que a esposa de Pilatos lhe enviou uma mensagem: "Não entres na questão desse justo." Seu apelo levou Pilatos a tentar um último esforço para salvar Jesus sem arriscar seu cargo. Era costume durante a Páscoa de libertar um prisioneiro escolhido pelo povo. Pelo voto popular, as pessoas poderiam conceder anistia a qualquer um sentenciado à morte. Eu vejo esse como um dos mais dramáticos momentos de toda a História, mas muito do drama passou despercebido pelos autores e dramaturgos, e uma lamentável confusão resultou em 2000 anos de

 

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animosidade desnecessária entre Cristãos e Judeus. Foram os sacerdotes Judeus que buscaram a morte de Jesus, não o povo. O nome Barrabás em Hebraico significa filho de Abás. Pedro era referido por Mateus como "Pedro bar Jonas", isto é, Pedro filho de Jonas. Bar Mitzvah é traduzido literalmente como Filho da Lei. O nome de Barrabás também era Jesus: Jesus Barrabás (Yeshua na verdade).

A pergunta de Pilatos aos sacerdotes foi "Qual quereis que vos solte? [Jesus] Barrabás, ou Jesus chamado Cristo?" Eles clamaram, é claro, pela libertação de Barrabás, o notório ladrão e assassino. "Que farei então de Jesus, chamado Cristo?", perguntou Pilatos. Eles gritaram "Seja crucificado!" "Hei de crucificar o vosso rei?", perguntou Pilatos. E aqueles sacerdotes (que odiavam César como só os povos conquistados podiam odiar) disseram a Pilatos "Não temos rei senão o César!" Pilatos enfraqueceu diante daquela ferocidade implacável e entregou Jesus para que o crucificassem. Ele tomou uma bacia de água diante dele, lavou suas mãos nela e anunciou "Estou inocente do sangue deste  justo: considerai isso." Pilatos mandou gravar na cruz "Jesus de Nazaré, o Rei dos Judeus". Caifás e os outros sacerdotes foram a Pilatos e pediram "Não escrevas 'Rei dos Judeus', mas que ele disse 'Sou Rei dos Judeus'." E Pilatos respondeu "O que escrevi, escrevi."

Fonte: Hon. Harry Fogle Outro texto interessante, é a sentença de Poncio Pilatos na integra : "No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da  Judéia QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de  Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente, . EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte , Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR. . Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz , sendo pregado com cravos como todos os réus,  porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a  Judéia, dizendo-se filho de DEUS e REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. . Que seja ligado e açoitado , e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos , com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte  público da Justiça, chamado CALVÁRIO, onde crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo  para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título: JESUS NAZARENO,  

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REX JUDEORUM.

. Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano. . Testemunhas da nossa sentença: . Pelas dozes tribos de Israel: RABAIM DANIEL; RABAIM JOAQUIM BANICAR; BANBASU; LARÉ PETUCULANI. Pelos fariseus: BULLIENIEL; SIMEÃO; RANOL; BABBINE; MANDOANI; BANCURFOSSI. Pelos hebreus: MATUMBERTO. Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma: LÚCIO SEXTILO E AMACIO CHILICIO." 

Acima lemos um texto de um Jurista sobre o julgamento, abaixo o texto é de um médico sobre a crucificação: "Jesus entrou em agonia no Getsemani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos h omens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferentes estaturas. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. Depois vem o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo). Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas.

O percurso, é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por

 

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terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao arrancarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pedras e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos.

Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para a frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebe desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Ele não bebe. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam.

É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdomen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus  

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respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa a afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui.

Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as câibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado diz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. Em meu lugar e no seu. -Dr. Barbet, médico francês Assim acabo a postagem de hoje, com o mártirio de Jesus Cristo, sobre a palavra de dois estudiosos, sem antes lembrarmos do sermão da montanha, sermão feito por cristo antes de todo acontecido narrado acima.

Sermão da Montanha Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós. Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.

 

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Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo, será réu do fogo do inferno. Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil. Ouvistes que foi dito: não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que vá todo o teu corpo para o inferno. Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério. Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus  juramentos. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem  jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um só cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do maligno. Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial. Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre. Amém.  

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Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas. Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque eles desfiguram os seus rostos, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não mostrar aos homens que estás  jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. A lâmpada do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?

Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? Pois a todas estas coisas os gentios procuram. Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós. E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão. Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para não acontecer que as calquem aos pés e, voltando-se, vos despedacem. Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem? Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas.  

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Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram. Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha. Desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. Desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda. Os Arquivos Secretos da Inquisição

Baseado em documentos inéditos e pesquisas que revelam inúmeros segredos do Vaticano, a minissérie  Arquivos Secretos da Inquisição foi destaque do The History Channel. A produção de quatro horas foi rodada na Itália, França e Espanha. A minissérie, com intervenções de especialistas, retrata as passagens mais obscuras de mais de 600 anos da Igreja Católica em sua luta para ser a exclusiva representante do Cristianismo no mundo. O especial aborda essa sangrenta história, dos arquitetos da Inquisição às vítimas de sua ira. Os episódios trazem opiniões de estudiosos como David Gitlitz (especialista em História Medieval), Stephen Haliczer (historiador), Charmaine Craig (escritor) e Joseph A. Di Noia (teólogo e reverendo).  A inquisição é um fato histórico, que deve ser considerado a despeito de seu aspecto religioso. E, por isso,  pertence ao mundo, não podendo ser privilégio de arquivos secretos, ou de gavetas privativas, p ois faz parte da própria história da humanidade, do homem e de seu aprendizado na trajetória evolutiva do tempo. As  páginas da história, se não servem para outra coisa, bas tam pelo que nos ensinam a não repetir os erros do  passado e pelo que nos impelem a realizar em prol da construção do homem e do mundo. Por essa r azão e  para quem não teve a oportunidade de assistir ao documentário, preparamos um resumo so bre o assunto. Recordar é, pois, refletir, para nunca mais repetir.  A verdadeira história da Inquisição:

Inquisição, do latim Inquisitio, é um termo que deriva do ato judicial de inquirir, que significa perguntar, averiguar, pesquisar, interrogar. A Inquisição foi uma operação oficial conduzida pela Igreja Católica a fim de apurar e punir pessoas que não comungavam com os princípios ortodoxos da Igreja Católica. A Inquisição foi um sistema de terror em massa, composto por cortes secretas. Tratava-se de uma instituição que ultrapassou fronteiras geográficas e históricas, indo da França medieval ao renascimento italiano.

 

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A legislação do Inquisitio Haereticae Pravitatis Sanctum Officium ou Santo Ofício, como também era chamada, foi se tornando cada vez mais radical através da História. Em 1184, o Papa Lúcio 3º, formula um direito penal para punir indivíduos considerados “hereges” (pessoas que pensavam, ou agiam, de forma conflitante com o que a Igreja apregoava como verdade). Com base nesses postulados, autoridades e leigos, ficaram obrigados a denunciar os hereges sob pena de confisco de suas propriedades. Em 1199, o Papa Inocêncio 3º tipifica a heresia como crime de lesa majestade, ou seja, um delito contra a autoridade do monarca. Durante o pontificado de Inocêncio 3º as trevas predominaram. Com um Exército de cerca de trinta mil soldados, convocados por ele, dentre mercenários e vadios, o sul da França foi invadido, instalando-se ali uma guerra que duraria quatro décadas, morrendo um número inestimável de crianças e inocentes. Seu objetivo era reconhecidamente político e não o de preservar a fé. Considera-se que foi um dos Papas mais corruptos e voltados para os valores mundanos. Posteriormente, em 1209, a História registra o assassinato de 7.000 pessoas que foram queimadas vivas dentro de uma igreja local, acusadas de heresia, na cidade de Béziers, na França.

Mais adiante, o Papa Gregório IX, o mesmo que canonizou Francisco de Assis, Santo Antonio de Pádua e São Domingos de Gusmão, criou, em 1233, o Santo Ofício da Inquisição, através da Bula Licet ad Capiendos, com o que pretendia reprimir as doutrinas heréticas, ou seja qualquer movimento pensante que fosse considerado afronta à visão oficial do Catolicismo. Mediante essa Bula, Gregório confere aos dominicanos a tarefa de erradicar a heresia. Do temido e sombrio documento, constou: “Onde quer que os ocorra pregar estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a privá-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando, em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis". Nascia ali, de forma institucionalizada e escancarada, séculos de perseguição, interrogatórios e punições cruéis a quem divergisse do pensamento religioso dominante, a temida Inquisição. Nesse mesmo ano de 1233, Roberto el Bougre, designado Inquisidor, promoveu saques e execuções em massa, e, após dois anos, foi promovido a responsável pela Inquisição em toda a França. Em 1252, o Papa Inocêncio IV assinou a Bula "Ad Extirpanda", que consagrou definitivamente o temido Tribunal Eclesiástico da Inquisição, autorizando o uso da tortura e da barbárie. O Poder institucional do Estado era obrigado a colaborar com esse Tribunal da Igreja. Os inquisidores - pessoas encarregadas de investigar e denunciar os hereges – desfrutavam de padrão cultural de excelência, pois eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Caso julgasse necessário, os inquisidores tinham o poder de exigir que as autoridades civis, sob juramento, defendessem a Igreja contra a maldade herética. O padre Bernardo, jesuíta, foi um nome que muito se destacou nessa ação inquisitorial inicial, por ser, como Inquisidor, na Região francesa de Touluse, implacável com suas vítimas. No início dos anos 1300, na pequenina aldeia de Montaillon, no sul da França, vivia um povo que se cansava de pagar pesados tributos e multas ao poder dominante da Igreja Católica. Os padres se preocupavam mais com a colheita de impostos do que com outra coisa. Nesse tempo a Igreja era considerada a guardiã da palavra de Deus. Em meio a esse contexto, brotou uma semente reformista de reação, chamada catarismo, ou seja um movimento religioso rebelde que foi imediatamente identificado pela Igreja como herético.  

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O catarismo se espalhou, a ponto de ameaçar o poder papal e nesse tempo qualquer afronta à Igreja era considerado um ataque ao Governo que, por sua vez, protegia a segurança dos Papas. Em Montaillon ficou muito conhecido um padre que se tornou famoso na História por sua devassidão moral, pois escondia permanentes e múltiplos amores nos recantos sombrios de sua paróquia sacerdotal. Padre Pierre que vivia simpaticamente entre os Cátaros, um dia achou simplesmente, como confidenciaria mais tarde, que estava perdendo seu poder sacerdotal na Região e acabou traindo os habitantes da pequena aldeia, que tanto o estimavam, pois serviu de elo de comunicação para que a impiedosa reação da Inquisição chegasse à Montaillon. Dezenas de famílias foram condenadas e obrigadas a usar a cruz amarela que tanto denegria o usuário condenado.

Em 1318, surge a figura sombria do padre Jacques Fournier, que fora bem educado na Universidade de Paris, onde recebeu doutorado em teologia, mas que, nem por isso, teria qualquer compaixão com quem interpretasse o catolicismo diferente dele. Fournier acabou descobrindo que Montaillon estava literalmente seduzida pelo pensamento herege e lá reabriu a Inquisição. Intimou homens e mulheres aos interrogatórios cruéis. Os escribas anotavam, com rigor, todos os depoimentos dos aldeões. A vida das pessoas era i nvadida sem qualquer parcimônia. Beatrice, amante do padre Pierre, ficou presa, à pão e água, na Torre da Aldeia. E note-se que entre os Inquisidores de seu tempo, Fournier foi considerado um dos mais complacentes, pois somente queimou cinco hereges. Em 1327, esse Inquisidor se tornou Cardeal e, sete anos depois, foi eleito Papa, tomando o nome de Bento XII. Sua obra maior: o suntuoso Grand Palais. Uma das vítimas de Fournier fora um coitado judeu viajante, preso durante a noite sob os berros dos inquisidores: “sejam batizados, ou mataremos imediatamente”. Claro, ele preferiu o batismo. Esse judeu, inteligente e culto, fascinara Fournier, com ele debatendo durante quase dois meses e tudo fazendo para torná-lo cristão, mas o velho judeu preferiu permanecer como pensava. Fournier, então, deu o ultimato. Converter-se, ou morrer, uma terrível palavra de ordem que atravessou os séculos.

Em 1376, o Inquisidor Nicolau Eymerich, formulou o "Directorium Inquisitorum", que era o Manual dos Inquisidores, onde constavam regras inenarráveis sob o ponto de vista de crueldade. O Manual informava ao Inquisidor 50 artimanhas de que se valia o demônio para impedir o ato sexual, provocar impotência ou ensejar práticas abortivas. De lá vieram inspirações as mais draconianas: "És capaz de lembrar da tua

 

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confissão ontem, ou anteontem, sob tortura? Então, agora, repete tudo com total liberdade". E a resposta era anotada. Se o acusado não ratificasse a afirmação, era submetido a novas sessões de tortura. Em 1394, os padres já exigiam a conversão dos judeus. No século XV, a comunidade judaica vivia em guetos. Quando “convertidos”, passavam a incomodar os antigos cristãos com seus prósperos negócios. Não havia quem entre os “convertidos” que não fosse tomado de medo, pois temia sofrer qualquer tipo de discriminação e violência.

 A Caça às Bruxas:

Em 1484, o papa Inocêncio III emitiu a bula papal que estabeleceu o "Malleus Maleficarium", (O Martelo das Feiticeiras), um manual operacional da Inquisição, no qual as mulheres eram especialmente visadas para perseguição como prováveis bruxas, muitas vezes pobres mulheres velhas que não apresentavam boa aparência, e que costumeiramente eram acusadas por todos os males que açoitavam a Europa. A condenada era despida e forçada a engatinhar, diante da multidão, para uma gaiola onde ela era colocada para depois ser pendurada para todos verem. Outras simplesmente eram acusadas por algum desafeto e, visto que a acusação era equivalente à culpa, a pobre mulher podia esperar uma morte lenta sob tortura nas mãos dos sacerdotes. Embora a maior parte das execuções fosse realizada publicamente, a tortura para obter as "confissões" era realizada em recintos secretos, normalmente em um calabouço em uma igreja, especificamente projetado para a tortura. Nesse ambiente, as mais jovens e belas, não raro, sofriam abuso sexual por parte dos inquisidores durante a Inquisição. O "Malleus Maleficarium" declarava que as bruxas têm uma "marca do Diabo" (um terceiro mamilo), em algum lugar do seu corpo. Isso exigia que o sacerdote investigador fizesse uma inspeção minuciosa no corpo nu da pobre mulher. Essa inspeção era freqüentemente realizada em meio a um grupo de homens que agiam como voyeurs, que ostensivamente eram convidados a testemunhar essa "inspeção" por causa de seu “ofício religioso”! Nas temidas cortes da Inquisição, as sentenças de morte eram executadas das mais variadas formas. As vítimas eram flageladas e mutiladas pelos torturadores, tinham a carne dilacerada e os ossos quebrados para depois serem queimadas vivas em fogueira de lenha verde para que a agonia se prolongasse.

O Caso Joana D'Arc:

Joana D'Arc nasceu em Domrémy, na atual província de Lorena, em janeiro de 1412. Sua terra foi devastada

 

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pela Guerra dos Cem Anos, um conflito dinástico com a Inglaterra que começou em 1337. Foi educada para as prendas domésticas tradicionais e, às vezes, pastoreava as ovelhas. Aos 12 anos, começou a ouvir vozes sagradas, que primeiro lhe falaram da necessidade de manter a virgindade, para a salvação da alma. Depois, a mensagem tornou-se mais específica. Ela devia coroar rei o delfim e salvar a França dos ingleses.vivas em fogueira de lenha verde para que a agonia se prolongasse. Convenceu o senhor local a apresentá-la ao rei, e ao soberano pediu que a autorizasse a participar do levante do sítio de Orleans. Equipada com armas e homens partiu para o ataque e, pela primeira vez em longo tempo, os franceses saíram vitoriosos da batalha. Joana coroou o delfim na cidade de Rheims. Mas sua sorte militar não durou muito. Logo, ela travou uma série de batalhas perdidas, que terminaram em sua captura pelos borgonheses, cujo duque, parente do rei da França, se aliara aos ingleses. Foi vendida aos ingleses, julgada por eclesiásticos franceses e em 1431, aos 19 anos, morta na fogueira da Inquisição.

O Santo Ofício na Espanha:

Em 1478, os tempos já eram outros na Ibéria. A Inquisição e suas filhas cruéis, a tortura e a morte, era uma realidade na Espanha, instituída por Bula do Papa Sixto IV. O terror irradiava por todo canto e a tolerância desaparecera do cenário espanhol. Fernando de Aragão e Isabel haviam se casado e, com isso, reuniram os Reinos de Castella e Aragão. Eles não concordaram que a Inquisição espanhola fosse administrada por Roma, pois nesse País os nomes eram apenas aprovados pelo Papa, mas quem indicava era o monarca espanhol. Assim sendo, em 1483, Sixto IV nomeou o monge dominicano Tomás de Torquemada para as funções de Inquisidor Mor de todos os territórios de Fernando e Isabel. Esse dominicano era de uma crueldade sem limites. Estima-se que ele torturou e condenou à fogueira aproximadamente dez mil pessoas. Torquemada é considerado um dos grandes genocidas da Humanidade. Segundo fontes históricas, o Papa Alexandre VI, pensou em destituí-lo de suas funções, mas teria desistido por exclusiva consideração à corte espanhola.

O Caso Cinta Cacavi:

Cinta Cacavi, uma judia, fora denunciada por sete testemunhas. Era considerada uma infiel. E, por isso, o inquisidor determinou sua tortura, que era admitida como forma de obter confissão, desde que prevista pelo Manual da Inquisição. Assim sendo, Cinta Cacavi foi queimada, com os pés amarrados, tendo os inquisidores o cuidado de cobrir o crucifixo para “não assistir” (ou “não ouvir”) os gritos de dor da sentenciada. A tortura foi tão cruel que a Corte acabou ouvindo o que queria: “sou cristã”. O clima de denuncismo imperava, com parentes e vizinhos se acusando uns aos outros. Quando o fogo era aceso, tinha que arder até que os judeus presentes estivessem todos mortos e não existisse mais ninguém atacado pela “lepra da heresia”. Assim era o pensamento inquisitorial dominante.  

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Em 1485, o inquisidor Pedro Arbus morreu assassinado, justamente ele que fora declarado santo quatro séculos depois. Pelo assassinato de Arbus, depois de buscas e inquéritos implacáveis, mais de sessenta acusados foram condenados e atirados à fogueira.

O Caso do Frei Baldo Lupertino e do Estudante de Pádua:

A reação começava a se constituir espontaneamente. O monge alemão Martín Lutero lançaria, mais em seguida, a Reforma Protestante, desafiando o poder que emanava de Roma. O fascínio dos Papas pelos valores transitórios do mundo e pela bonança financeira, indignavam o monge alemão. O padre Baldo Lupertino, que era franciscano, também já demonstrava idéias independentes, que se harmonizavam com os ideais de Lutero, dizendo que o Papa era apenas o Pastor de sua própria Igreja. “Acredito na verdade contida nas Escrituras, mas não na autoridade do Papa, que é um ser humano como outro qualquer”. Nesse tempo papas, cardeais e bispos viviam cercados de luxo, mais preocupados em questões políticas e financeiras do que nos verdadeiros valores espirituais. Leão X assumira o seu Pontificado totalmente seduzido pelos prazeres do mundo. “Uma vez que Deus nos conferiu o nosso pontificado, vamos aproveitá-lo”, disse ele sem qualquer escrúpulo. Leão X (1513/1521) dedicava seu tempo às artes, às festas, à caça e ao teatro. Sua corte era abastecida por banquetes regados às melhores bebidas finas. As delícias do mundo anestesiavam incontrolavelmente o poder daquele Pontífice. Uma única preocupação marcaria seu reinado: a reforma da Catedral de São Pedro, o projeto mais ambicioso de Leão X, que levaria a Igreja ao fundo do poço. Para resolver a situação financeira difícil que criou, Leão X passou a vender indulgências (perdão comprado pelos católicos medievais, que ficavam isentos das penas temporais por pecados cometidos contra Deus). A única providência desse Papa contra Lutero foi simplesmente excomungá-lo, em 1521. Mas toda a devassidão moral que imperava na Corte papal não era compartilhada pelo Bispo Giovanni Pietro Carafa, que fora embaixador do Vaticano na Espanha, onde observou a eficiência da Inquisição contra dissidentes, como Lutero. E passou, em Roma, a sonhar com a mesma coisa. Assim sendo, Carafa passou a liderar um grupo de monges que se voltaria contra Lutero e os inimigos da então mais poderosa Religião da Terra. Em 1529, a cidade de Veneza já estaria contaminada pela disseminação da heresia protestante. O padre franciscano Baldo Lupertino liderava a conspiração das idéias. Pregava para o público com independência, a reforma, afirmando que ninguém precisava do clero para falar com Deus, pois achava que esse contato deve ser direto. Sobre o sacramento da confissão, dizia: “somente Deus perdoa e sem uma confissão sincera e arrependida a Ele, nenhuma confissão será válida, nem ao Papa”. Por isso, esse prelado dissidente tornou -se o alvo da vingança do Bispo Carafa. Por sua vez, outro reduto de hereges era a Universidade de Pádua, próximo a Veneza, famosa pela liberdade das idéias e por seu primor acadêmico. Não demorou muito e um participante da comunidade denunciou Frei Lupertino em Roma. Nessa altura o Bispo Carafa já era Cardeal, com grande prestígio no Vaticano. Valendo-se dessa condição, fez a cabeça do Papa Paulo 3º, dizendo que era necessário exterminar a heresia protestante que crescia incontrolavelmente. E seu remédio para salvar Roma e a Península itálica não era outra: a Inquisição. E assim aconteceu. Com a construção de câmaras de interrogatório e celas de prisão, próprias do processo inquisitorial. Nem mesmo o  

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pai de Carafa seria poupado, caso dele discordasse na fé: “se ele se tornasse um herege, eu armaria a fogueira para dizimá-lo”, dizia, sem escrúpulo, o impiedoso Cardeal. E a Inquisição tomava conta da Península.

Em Veneza, o dissidente Frade Lupertino, seria a primeira vítima do Cardeal Carafa. Preso, foi levado ao Tribunal da Inquisição, em 1542, onde manteve as idéias dissidentes que o fizeram réu. O enviado do Papa queria a execução exemplar do acusado, amarrando-o na Praça de San Marco e queimando-o para que suas cinzas fossem atiradas ao mar “pela honra e glória do Cristo”. Mas, para não ensejar repercussão nos negócios da cidade, preferiu-se o aprisionamento de Frei Lupertino por tempo indeterminado, permanecendo ele no cárcere por quatorze anos, até que o Papa Paulo IV - nome que o Cardeal Carafa assumiu ao ser eleito Pontífice – requereu a execução pública do prelado, o que foi vetado pelas autoridades de Veneza, e, em conseqüência, o padre acabou sendo atirado ao mar, às escondidas, na calada da noite, com uma pedra amarrada ao pescoço. Em 1555, com o Inquisidor cardeal Carafa proclamado Papa, com o nome de Paulo IV, a Universidade de Pádua logo entrou na mira ensandecida do Pontífice, que determinou a expulsão de todos os hereges. Um estudante de Direito, de apenas 24 anos de idade, tornou-se também uma vítima derradeira, que bem ilustra essa investida ação papal. Intimado, o estudante compareceu ao Tribunal, onde manifestou em sua defesa o direito de expressar livremente suas idéias, enquanto estudante universitário de Pádua. “A Ig reja se desvia da Verdade”, acusou ele, recusando-se a abjurar. Foi condenado à prisão e, depois, executado publicamente na Piazza Navona, mergulhado num barril de óleo fervendo, piche e água raz, onde sobreviveu por quinze minutos sob sofrimento atroz.

 A Inquisição em Portugal e no Brasil:

A Inquisição foi instituída em Portugal no ano de 1536 e somente terminou em 1821. O primeiro auto-de-fé foi assinado em 20 de setembro de 1540 na capital, Lisboa. Aproximadamente 70 mil portugueses foram condenados pelo Tribunal do Santo Ofício. Destes, mais de trinta mil foram "purificados pelo fogo". Os que não eram destinados à fogueira normalmente eram exportados para o Brasil-colônia, onde cumpriam pena. Informam os historiadores que os Tribunais da Inquisição nunca foram oficialmente instalados em terras brasileiras. Entretanto, afirma-se que o clero detinha poderes inquisitoriais. Os vigários fiscalizavam a população, informando para as autoridades eclesiásticas comportamentos considerados suspeitos de heresia. Por sua vez, os bispos tinham autoridade para determinar prisões, confiscar bens e transferir suspeitos de heresia para julgamento em Lisboa. Segundo a historiadora Anita Novinsky, numa entrevista que concedeu no Rio, “tivemos um Tribunal do Santo Ofício, que atuou no Brasil durante 285 anos, sobre o qual não conhecemos nada”.

 

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 A Perseguição aos Judeus:

Durante a atuação impiedosa do ex-cardeal Carafa, depois Papa Paulo IV, considerava-se que “nenhum Tribunal trabalhava melhor pela obra de Deus”, do que a Corte da Inquisição. Mas o fato é que Paulo IV também fora implacável com os judeus. A Bula papal que esse Pontífice emitiu, em 1555, instalou o desassossego e o pavor entre a comunidade judaica, que passou a ser confinada em guetos, somente podendo sair de lá com permissão especial. Milhares de manuscritos judaicos fora m atirados à fogueira. Qualquer livro hebraico estaria proibido. O Talmude (compilação de leis judaicas) passou a ser considerado “livro perigoso”. Mas como não há mal que não tenha fim, chegou o dia 18 de agosto de 1559. Paulo IV se encontrava em seus últimos momentos no Planeta. À meia-noite ele mandou chamar seus cardeais e a eles confiou o prosseguimento da Santa Inquisição “em nome de Jesus Cristo”. Não obstante, logo após seu último suspiro, a população de Roma eufórica, invadiu as ruas da “Cidade Eterna” para comemorar o fim do martírio imposto por aquele implacável Pontífice. As prisões foram abertas e os condenados soltos. Mas a sombra de Paulo IV ainda permaneceria viva por muito tempo, pois deixara como seu legado uma lista de livros proibidos, que ficou conhecida como: “Index Librorum Prohibitorum”, (índice dos livros proibidos) criado “para evitar a corrupção dos fiéis”. E por causa disso, os livros somente poderiam ser editados na Itália com aprovação prévia. As idéias e informações eram restritas, mediante controle rígido do pensamento. Em 1606, quase toda a população de Veneza chegou a ser excomungada pelo Papa, a evidenciar a expansão das doutrinas dissidentes.

 A Perseguição aos Templários:

Os Templários eram membros de uma ordem religiosa de monges guerreiros e Jacques DeMolay foi seu 23º e último Grão-mestre. Os Cavaleiros do Templo, como também eram chamados, foram durante muito tempo, motivo de orgulho para a Igreja Católica até que no dia 13 de Outubro de 1307 (a sexta-feira 13) o rei Felipe IV da França convocou o comparecimento de todos os templários da França ao seu castelo. Quando lá chegaram, foram todos encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, após a investigação dos interrogatórios, Felipe o Belo, mandou prender Jacques DeMolay e alguns altos dignitários da Ordem. Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e que a absolvição da ordem poderia ocorrer, o Rei Felipe IV, desfere o golpe final para que a questão templária fosse terminada, ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay, então sob a custódia da

 

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comissão de bispos da inquisição, e ordena que ambos sejam queimados na fogueira na Ile de la Cite, pouco depois das vésperas em 18 de Março de 1314. Com isso Jacques DeMolay passou a ser conhecido como um símbolo de lealdade e companheirismo. Ele preferiu morrer a entregar seus companheiros. E por esse motivo a Maçonaria veio a fundar a Ordem DeMolay em respeito e este herói templário.

 A Perseguição à Maçonaria:

A Bula Papal Humanum Genus foi escrita por Leão XIII e promulgada em 1884 em meio às grandes revoluções burguesas da Europa do século XIX, que suprimiram todas as terras da Igreja e criaram Estados Laicos em toda a Europa e estes se espalhavam por todo o mundo. São apenas 15 páginas que condenam vigorosamente não apenas a Maçonaria, mas toda e qualquer associação ou organização de seres humanos alheia à Igreja Católica Romana (Protestantes, Judeus, Muçulmanos, Espíritas, Budistas, Positivistas, Socialistas, etc, etc, etc.) Fora da Igreja Católica Romana Leão XIII, o primeiro papa na história que não é rei, nem coroa rei algum, somente enxergava escuridão, pecado e erro. Desde então, a Maçonaria declara em seus preceitos que: “A inquisição não está morta, apenas dorme” .

Napoleão, o grande adversário da Inquisição:

O Imperador francês Napoleão Bonaparte fora, com efeito, o grande adversário dos papados inquisitoriais. Ele era o maior defensor da separação entre a Igreja e o Estado. Ao conquistar o norte da Itália, em 1796, Napoleão baixou atos determinando que os guetos judaicos fossem imediatamente liberados e se tornassem livres. Em Madri, em 1808, Napoleão extinguiu a Inquisição. Libertou homens e mulheres que estavam acorrentadas, onde “só demônios poderiam gerar os instrumentos de tortura encontrados”, como afirmou uma testemunha da época. Os documentos que comprovavam os horrores da perseguição religiosa espanhola viriam a ser examinados e organizados pelo Secretario Geral da Inquisição de Madri, servindo de legítimo embasamento histórico. Em 1810, os ideais de Napoleão no sentido de submeter o poder papal a degradante humilhação estava próximo de tornar-se realidade. Os documentos da Inquisição foram coletados, com ordem do Imperador de seguir para Paris. Cerca de 3.000 caixotes contendo arquivos, sentenças, pronunciamentos doutrinários e peças de interrogatório foram conduzidos para a capital da França. Tais documentos eram a prova de que necessitava Napoleão para desencantar os italianos diante da Igreja Católica e de seus Papados. Lá estava o  julgamento de Galileu com seu argumento impecável: “E se amanhã for comprovado definitivamente que a Terra gira em torno do sol, como ficará a posição atual da Igreja?”. Mas o fato é que após a derrota de Napoleão veio a reviravolta. Em 1814, na Espanha, quem acompanhou a França durante a ocupação seria executado e os hereges teriam a língua perfurada por uma barra quente de

 

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ferro, conforme anunciava a Corte. A vingança oficial grassava. Após a morte de Napoleão, os Estados papais ainda mantiveram os horrores da Inquisição por mais quatro décadas.

O Caso Edgardo Mortara:

O que precipitou o fim da Inquisição, nos meados do século XIX, foi o rumoroso caso do menino Edgardo Mortara que pertencia a uma família judia e fora batizado secretamente por uma babá, à revelia dos pais. Naquela época, os judeus ainda viviam em guetos e não lhes era permitido freqüentar universidades, viajar, ou se relacionar com cristãos, tudo segundo as leis do Santo Ofício. Em 24 de agosto de 1858, a polícia do Papa seqüestrou o pequeno Edgardo Mortara porque ele se tornara “propriedade da Igreja” visto que “uma norma papal fora descumprida”, segundo a justificativa do Oficial responsável. O menino foi arrebatado da mão dos pais, passando o Oficial condutor apenas um recibo, sem dizer para onde ele seria conduzido. Nessa época eram comuns os seqüestros de crianças judias pela polícia papal. Depois de percorrer, em vão, uma longa via crucis, o pai do menino Momolo Mortara teve seu apelo desesperado atendido pelo Papa Pio IX e pode ver o filho, com restrições. Prometeram ao Sr. Mortara o direito de viver com o filho se ele se “convertesse”. Mas Mortara persistia em seu desespero e não descansava. Enquanto isso, o caso ganhava cada vez mais espaço na imprensa de então. O momento era grave para a História da Igreja, pois o movimento pela unificação da Itália ganhava força. O Exercito austríaco, que garantira a segurança dos impérios papais durante dois séculos e meio, viu-se obrigado a deixar a Itália. E a segurança de Pio IX e de sua Corte ficou literalmente entregue à própria sorte. Em 1860, o sacerdote inquisidor, padre Feletti, que fora responsável pelo seqüestro do menino Edgardo Mortara, era preso pela antiga Polícia Papal, agora fiel ao novo Governo civil. Feletti foi processado por seu ato criminoso de seqüestro, mas, nem mesmo assim, o garoto foi devolvido ao pai. Pio IX, por sua vez, em carta que endereçara ao jovem, tempos depois, diria, segundo registros históricos: “Eu adquiri você em nome de Jesus Cristo, por um alto preço e ninguém demonstrou preocupação comigo, pai de todos os fiéis...” Em 1870, o Exercito italiano pôs fim aos reinos papais, restringindo os domínios de Pio IX a 40 hectares de terra, onde estavam os prédios do Vaticano. Não teria sido, pois, em vão que a Santa Sé relutou, até 1929, para reconhecer a Itália como Estado soberano. E derradeiramente o menino Mortara nunca mais voltaria para a família. Ele tentara insistentemente convencer se u pai sobre “as verdades da Igreja”, tornando-se monge de uma abadia belga, onde se entregou durante o resto de sua vida à oração e à contemplação. Se a Igreja Católica ganhara a batalha do menino que seqüestrou das mãos dos pais, o mesmo não se poderia dizer a respeito da rígida Doutrina que impôs como única e verdadeira do mundo, durante aproximadamente quase 1000 anos. Os novos tempos chegaram e o mundo evoluiu, não mais admitindo reinados religiosos que sejam considerados indevidamente supremos donos da verdade.

 

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 A Inquisição na Atualidade:

No ano de 1908, o Tribunal da Santa Inquisição, foi transformado pela Santa Sé em Congregação para a Doutrina da Fé, e não mais ameaçaria a liberdade de crença no mundo, hoje garantida por quase todas as Constituições dos Estados modernos e livres. Em 1981, Josef Ratzinger (o atual Papa Bento XVI), nomeado para chefiar a Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou esse compromisso prometendo lutar pela união de todos os credos através do Ecumenismo (união na convergência e respeito na divergência), um princípio sagrado inaugurado pelo saudoso Pontífice João XXIII, o Papa que trouxe luzes sobre as trevas medievais. No ano de 2000, o falecido Papa João Paulo 2º, falando como soberano Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana, num evento penitencial solene e sincero, pediu formalmente desculpas ao mundo pelos “dramas relacionados com a Inquisição e pelas feridas deixadas na memória da humanidade”. O Pontífice também pediu oficialmente perdão a Deus, “em nome da Santa Igreja”, diante dos pecados cometidos pela Instituição desde a sua fundação há dois mil anos. O gesto, sem precedentes na História da Igreja Católica, ocorreu na Basílica de São Pedro, em Roma, durante a Missa do primeiro domingo da Quaresma. Segundo a imprensa da época, sete confissões de culpas foram formuladas por sete dignitários da Cúria Romana, seguidas de sete pedidos de perdão pelo próprio Papa. Também se registrou uma confissão geral pelas culpas do passado e um pedido formal de perdão pelos “erros cometidos a serviço da verdade por meio do uso de métodos que não têm relação com a palavra do Senhor"; pela separação dos cristãos; pelas perseguições impiedosas aos judeus; pelo desrespeito às culturas e religiões de todos os povos; e, f inalmente, um “mea culpa” pelas longas e reconhecidas violações dos direitos humanos. Estima-se que 75 milhões de pessoas foram chacinadas pelo “Santo Ofício”, enquanto que milhões de outras foram intimidadas, torturadas, e mulheres forçadas a manter relações sexuais com os sacerdotes executores da Inquisição. Os defensores do “Tribunal do Santo Ofício” alegam que a Igreja, qual uma “mãe zelosa”, teria o direito de castigar seus filhos para protegê -los das “más companhias”. Contestam os números apresentados dizendo que não foram tantas vítimas assim. No entanto, se somente um ser humano tivesse sido assassinado nas fogueiras da inquisição, ainda assim, seus atos não seriam justificados. Salientamos que este artigo não tem por intuito despertar revanchismos, ao contrário, conclamamos todos a refletir nas seguintes palavras do Mestre Jesus: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas". (Mateus 6:14-15)

 

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Oxalá É o pai supremo, que separou o mundo material do mundo espiritual, criou os seres vivos e gerou os orixás. Tem o poder de reger a vida e a morte, e ao mesmo tempo em que é bondoso e tolerante, também pode tornar-se firme e severo. No entanto, Oxalá prefere sempre seguir o caminho do amor. Suas esposas são Nanã e Iemanjá, e o único orixá que se encontra acima dele é Olorum (o céu). Quando representado em sua forma jovem, Oxalá recebe o nome de Oxaguiã. No sincretismo religioso, está associado a Jesus.

1 - Linha de Oxalá Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça".

1ª Linha de Oxalá ou Linha de Santo - Nesta linha as falanges são de Santo Antônio, São Cosme e Damião, Santa Rita, Santa Catarina, Santo Expedito e São Francisco de Assis. Esta linha é responsável por desmanchar os trabalhos de magia.

COMANDOS E REPRESENTAÇÕES DAS LINHAS DE UMBANDA Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres encarnados, as Linhas de Umbanda têm Comandos definidos e Representantes junto às outras linhas, para evitar entre choques e harmonizar melhor as freqüências, sendo o seu principal escopo o bem estar do ser encarnado. Ditos Representantes, comparam-se à Diplomatas com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus afins. A seguir damos a relação dos Comandos e Representantes entre as 7 Linhas da Umbanda.

(ou ORIXALÁ): (ORI  Luz, Reflexo; XA  Senhor, Fogo; LÁ  Deus, Divino) Portanto, A LUZ DO Vibração Espiritual de Oxalá: Caboclo Urubatão Da Guia representante da vibração espiritual

Caboclo Guaracy Caboclo Guarani

Caboclo Aymoré Caboclo Tupy Caboclo Ubiratan Caboclo Ubirajara

intermediário para Ogum intermediário para Oxossi intermediário para Xangô intermediário para Yorimá intermediário para Yori intermediário para Yemanjá

- Exu Sete Pembas Representante negativo na linha das

LINHA DE OXALÁ Caboclo Urubatão da Guia Comando da Linha de Oxalá - Exu Rei Sete Encruzilhadas Comando negativo da linha Caboclo Tupi Representante de Oxalá na Linha das Almas- Exu 7 Cruzes da Calunga Representante negativo na linha d as Almas Caboclo Guarani Representante de Oxalá na Linha de Oxóssi- Exu Sete Capas Representante negativo na linha de Oxóssi  Caboclo Aimoré Representante de Oxalá na Linha de Ogum Exu Sete Chaves Representante negativo na linha de Ogum Caboclo Guaracy Representante de Oxalá na Linha de Xango -Exu Sete Poeiras Representante negativo na linha de Xangô Caboclo Ubiratã Representante de Oxalá na Linha de Ibêji  - Exu Sete Ventanias Representante negativo na linha de ibêjis Caboclo Ubirajara Repres. de Oxalá na Linha de Senhoras  senhoras

Caboclo TupY - Representante de Oxalá na Linha das Almas Caboclo Guarani - Representante de Oxalá na Linha de Oxóssi Caboclo Aymoré - Representante de Oxalá na Linha de Ogum Caboclo Guaracy - Representante de Oxalá na Linha de Xangô Caboclo Ubiratã - Representante de Oxalá na Linha de Ibeji Caboclo Ubirajara - Representante de Oxalá na Linha de Senhoras Caboclo Urubatão da Guia - Comando da Linha de Oxalá Os Setes Chefes de Legião da Vibração Espiritual de Oxalá: Caboclo Urubatão Da Guia

Caboclo Guaracy

representante da vibração espiritual intermediário para Ogum

Caboclo Guarani

Caboclo Aymoré

intermediário para Oxossi intermediário para Xangô

Caboclo Tupy

intermediário para Yorimá

Caboclo Ubiratan

intermediário para Yori

Caboclo Ubirajara

intermediário para Yemanjá

Estes guias são os chefes de falanges, mais existem os demais guias que pertencem a esta linha e trabalham na caridade, são e les: Caboclo Pena Branca, Caboclo Águia Branca, Caboclo Tupã, Caboclo Rompe Nuvem, Caboclo Tamoio, Caboclo Gira Sol e outros.

Linha de Oxalá : Exu Tiriri, Exu Veludinho, Exu Gira Mundo, Exu Sete Encruzilhadas e outros.

Falanges de Exus Oxalá Exu Sete Encruzilhadas : Exu de serventia de Oxalá Caboclo Urubatão da Guia - representa a Vibração Espiritual - Exu Sete Encruzilhadas Caboclo Guaracy - intermediário para Ogum - Exu Sete Poeiras Caboclo Guarany - Intermediário para Oxossi - Exu Sete Capas Caboclo Aymoré - Intermediário para Xangô - Exu Sete Chaves Caboclo Tupy - Intermediário para Yorimá - Exu Sete Cruzes Caboclo Ubiratan - Intermediário para Yori - Exu Sete Pembas Caboclo Ubirajara - Intermediário para Iemanjá - Exu Sete Ventanias

Estes guias são os chefes de falanges, mais existem os demais guias que pertencem a esta linha e trabalham na caridade, são eles: Caboclo Pena Branca Caboclo Águia Branca Caboclo Rompe Nuvem Caboclo Tupã Caboclo Tamoio Caboclo Gira Sol e outros

Linha de Oxalá:Esta linha é regida pôr Jesus Cristo e representa o princípio da criação, a luz divina que coordena todas as outras.

Os guias principais desta linha são :

O astro que rege esta linha é o Sol e tem como guardião o anjo Gabriel

PRETO-VELHOS DE OXALÁ

Raramente dão consulta, sua maior especialidade é o passe de energização.

Pretos-Velhos De Oxalá São bastante lentos na forma de incorporar, tornam-se belos principalmente pela simplicidade contida em seus gestos. Raramente dão consulta, sua maior especialidade é dirigir e instruir os demais Pretos-Velhos. Cobram bastante de seus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de caridade, bom corpontamento moral dentro e fora do terreiro, ausência de vícios, humildade; enfim o cultivo das virtudes mais elevadas. assiduidade no terreiro e vaidade.

Dia: Sexta-feira Cor: Branco leitoso.

Simbolo: Opáxoró Elementos: Atmosfera e Céu Domínios: Poder procriador masculino, Criação, Vida e Morte Saudação: Epa Bàbá

OXALÁ é o detentor do poder procriador masculino. Todas as suas representações incluem o branco. É um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a formação de todo o tipo de criaturas no  AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ é alheio a toda a violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza.  A sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Os seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas. Em África, todos os Orixás relacionados com a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá (Òrìsanlà), ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado como Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil e na Europa a quantidade reduz -se significativamente, sendo que dois, Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã) e Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de Egigbó (Oxaguiã), se tornaram as suas expressões mais conhecidas.  A designação de Orixá Fun Fun deve-se ao facto de a cor branca se configurar como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais. O branco representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu origem à p alavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passou a ser conhecido no Brasil e na Europa. Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades das suas duas configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e guerreiro, filho do primeiro mais velho e paciente. Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres, todas as coisas que existiriam no mundo.  A maior interdição de Oxalá é de facto o azeite-de-dendê, que jamais deve macular as suas roupas, os seus objectos sagrados e muito menos o seu Alá. A única coisa vermelha que Oxalá permite, é a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino. O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado com a concepção de cada ser; é a síntese do poder criador masculino. A sua função primeira já remete ao seu significado profundo. A acção de cobrir não evoca somente protecção, zelo, denota a actividade masculina no acto sexual. No Xirê, Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as origens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o mesmo teto, o grande Alá que nos cobre e protege, o céu.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ Oxalá é o pai dos Orixás e, por extensão, de toda a humanidade. Estabelece, pois, entre si e os outros, uma aura não de temeridade, mas sim de carinho. Os filhos de Oxalá, portanto, são pessoas tranqüilas, com tendência a calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Sabem argumentar bem, são reservados, mas raramente orgulhosos. Seu defeito mais comum é a teimosia, será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema. No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação. Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum, nem tão compacto como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e postar-se dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo se tratando de alguém muito jovem.

Características do filho de Oxalufã O tipo físico de OXALUFÃ é frágil, delicado, friorento, sujeito-a resfriados. Compensa sua debili dade física com grande força moral, e seu alvo à realizar a condição humana no que tem de mais nobre. É fiel no amor e na amizade. Oxalufã é o poente.

Características do filho de Oxaguiã O tipo OXAGUIÃ é um jovem guerreiro combativo. Normalmente tem boa aparência, podem ser altos, baixos, forte e magros, pois s eu arquetipo não o traduz, não é agressivo nem brutal, teimosos, individualistas e altruístas. Não despreza o sexo e cultiva o amor livre. É alegre, gosta profundamente da vida, é falador, brincalhão e ao mesmo tempo tem muita seriedade e não perdoam a Injustiça. Ao mesmo tempo é idealista, defendendo os injustiçados, os fracos e os oprimidos. Orgulhosos, gostam da boa briga pela boa causa, às vezes, uma espécie de D. Quixote. Os seus pensamentos originais geralmente antecipam os da sua época. Ele é o nascente e o dono das manhãs. Share this:

São Gabriel Arcanjo

O nome Gabriel, por sua vez, significa: "boca de Deus". São Gabriel é o anjo anunciador, a ele foi delegada a mais nobre missão já concedida à um anjo, que foi anunciar à Virgem Maria que ela iria conceber Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é também padroeiro dos comunicadores. Com razão São Gabriel é chamado o anjo da Redenção, porque sua Missão, tanto no Antigo como no Novo Testamento se relaciona com a vinda do Salvador. Prova Bíblica - (Lc 1, 26ss) "No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo". O ASTRO que corresponde a essa Vibração é o SOL A COR é a BRANCA ou AMARELO-OURO O DIA é o DOMINGO

CABOCLOS DE OXALÁ Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São "compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito Sua principal função é dirigir e instruir os demais Caboclos

OXALÁ -Sua cor é o branco, sua erva é boldo, manjericão, seu símbolo é o opachorô, cetro de metal branco com os símbolos da criação, sua saudação é acheuepa babá, sua guia é de contas brancas de louça com firma branca, sua pedra é o cristal branco, sua essência é de alfazema e mirra, seu metal é o ouro amarelo e branco e o estanho, seu número é o 16 e o 10, sua comida é a canjica de milho branco cozida com mel e o acaçá no leite de coco, sua bebida e o aluá de oxalá ou vinho de palma, sua fruta é pêra, uva verde, maçã verde, seu dia é sexta-feira, é sincretizado com Jesus Cristo.

ORIXALÁ Esta Vibração tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o Incriado, o Reflexo de Deus, o Verbo Solar. É a Luz Refletida que coordena das demais Vibrações Originais, não em seus Pontos Iniciais, e sim em suas exteriorizações que se fixam no nosso Mundo, e que dão a Magia aos Orixás que integram e dirigem na prática a Lei na dita Linha. Erê de OXALA: Julinha, Rutinha, Rubinho Pngo d’água, cristal, nuvenzinha, nuvem de prata, chuva de prata, Varinha, cajado, pilãozinho, pombinho de prata, LIRÍO BRANCO, Lança pratiada, CRAVINHO BRANCO, alazão branco, Caracol, passaro branco, ATORI.

Orixalá ou Oxalá ? A Vibração Original (a Linha) se chama Orixalá, com o tempo contraiu-se para Oxalá que por sua vez é o nome do Senhor Jesus Cristo. Então é bom frisar que Orixalá é a Vibração Original (a Linha) e Oxalá é o Senhor Jesus Cristo. Assim sendo, para não dar muita confusão, fazemos as sim: Considerando-se que Jesus Cristo (Oxalá) está ligado diretamente a Vibração Original Orixalá, saravamos o nome Oxalá com o pensamento de estarmos saravando a Vibração Original (a Linha) e a Jesus Cristo ao mesmo tempo. Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres encarnados, as Linhas de Umbanda têm Comandos definidos e Representantes junto às outras linhas, para evitar entre choques e harmonizar melhor as freqüências, sendo o seu principal escopo o bem estar do ser encarnado. Ditos Representantes, comparam-se à Diplomatas com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus afins. A seguir damos a relação dos Comandos e Representantes entre as 7 Linhas da Umbanda. OXALÁ Considerado pai de todos os orixás é o senhor do branco, da pureza, e da paz equilíbrio positivo do universo orixá mais velho foi o primeiro a ser criado transmite a seus filhos sua característica mais soberbas: calma respeitabilidade, força de vontade nada faz mudar de opinião ou estratégia no entanto aceita as conseqüências de suas decisões, seu dia é o domingo,sua cor é o branco,característica:velhice,sabedoria, paternidade. Correspondência com santos católicos: Cristo, Senhor do Bom fim.

Linha De Oxalá

25/12 Oxalá – É o Obatalá (Orixá que se v este de branco), o Orixalá (o maior dos Orixás). Orixá da fé, da paz e da pureza (alvura).

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Oxalá É o orixá mais querido e respeitado do panteão afro-brasileiro. O branco, símbolo tradicional da pureza é a cor de tudo que esteja ligado a Oxalá, o responsável, segundo a mitologia iorubana, pela criação e administração do mundo. Rege os demais orixás e, por conseguinte, os homens. Acima dele só Olorum, o deus supremo iorubá. Oxalá é a figura paternal, calmo e sereno nos momentos mais difíceis; uma dignidade distante e certa tendência à centralização também fazem parte de sua imagem típica. Segundo a maior parte dos ítans, ele é pai de todos os orixás. Filho direto de Olorum ou Olodumare, Oxalá representa o céu, princípio de tudo que, ao tocar o mar, na representação simbólica de um ato sexual, teria criado todos os outros orixás para que cuidassem dos seres da terra, os homens, cercados pelos céus e pelo mar de todos os lados. Vários nomes são ligados a Oxalá. Na Nigéria prevalece o nome Obatalá. Em Oko, Orixaakô; em Ejigbo, recebe o nome de Oguinhã. Em todos estes locais, porém, é inquestionável seu posto de supremacia. Existem diversos tipos de Oxalá, como acontece com todos orixás africanos, mas neste caso há um certo destaque para duas de suas formas, justamente Oxalá mais novo e o Oxalá mais velho. Oxalá sempre é o último a ser reverenciado em todas cerimônias dedicadas aos orixás. Sua cor é o branco, seu dia da semana no batuque é o domingo. Oxalá velho é s incretizado com Divino Espírito Santo e Nosso Senhor do Bom Fi m, e o novo com Menino Jesus de Praga.

ORIXALÁ (OXALÁ) LINHA DE OXALÁ ou ORIXALÁ

1ª Linha de Oxalá ou Linha de Santo - Nesta linha as falanges são de: Existem outras linhas, dependendo da vertente da Umbanda a ser trabalhada. Na Umbanda branca,dita Umbanda popular, cada linha de orixá tem sete legiões, que correspondem a determinado guia espiritual.  

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Oxalá Santa Catarina Santo Antônio São Cosme e Damião Santa Rita Santo Expedito São Fransisco de Assis São Benedito

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. Esta linha é responsável por desmanchar os trabalhos de magia.

1-

LINHA DE OXALÁ ou ORIXALÁ Essa linha tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça". O astro correspondente é o Sol, a cor é a branca e amarele-ouro e o dia é o Domingo.

LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ  - Estas Entidades usam roupagem de Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no grau de Protetores, e não gostam de ser solicitadas sem um motivo imperioso além das 21 horas. Suas vibrações fluídicas começam se fixando pela cabeça, por cima, na altura da glândula pineal e vai até aos ombros, com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax, e certo nervosismo que se comunica de leve ao Plexo Solar. A respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos. O movimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que geral no corpo. Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação, conservando a cabeça do aparelho(médium), ora baixa ora semi levantada... Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "chefia de cabeça" e quase nunca uma função auxiliar efetiva (um dos Orixás Chefes, senão o mais antigo, é o Caboclo Urubatão; o autor, em seu eterno "peregrinar" em incontáveis "terreiros", teve momentos de verdadeira "agonia mental" quando era obrigado a cumprimentar "aparelhos" com "encosto" de Exu, dizendo-se, por vaidade ou puro animismo, ser aquela entidade. Esta "agonia" era por ver as tremendas falhas da "representação", vistas e sentidas por seus próprios companheiros, que olhavam a "cena" divertidos e irônicos). Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando encontram a mediunidade de um ou outro em excelente estado mental, e moral . Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de grande beleza: dão a Flecha, Chave e Raiz. As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam, consultam pouco e não assumem "chefia de cabeça", porém são sempre auxiliares.

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OXALÁ É o Orixá mais velho da nação, é o Grande Pai de todos os mortais. É calmo, pacificador, transmite harmonia e entendimento a todos bem como saúde e longa vida. Seus símbolos são o bastão, búzios, a pomba e o opaxorô. Sua côr é o branco. Sua oferenda é a canjica branca , acassá, merengue e frutas. Seu dia da semana é o Domingo. Seu número é 8. Sua saudação: "êpa babá" ou "êpa ô" .  Arquétipo dos filhos de Oxalá: São simples e pacatos, chegam a ser simplórios. Tem uma base moral muito forte e são apegados aos bons costumes, são calmos e respeitáveis, humildes, mas por outro lado também são frios, impessoais, calculistas,teimosos e são de uma f alsa complacência, não perdoar. Levam seus planos até o fim mesmo que não dê em nada, pois não admitem sugestões. Com Oxalá encerramos os comentários a respeito dos Orixás cultuados no nosso Batuque/RS, lembrando que são apenas algumas referências, que em hipótese nenhuma encerra o assunto, bem como com relação aos arquétipos, pois esses sofrem alteração em função do ajuntó. Ex: um filho de Oxalá com Iemanjá terá características diferentes de um filho de Oxalá com Oxum, e assim por diante. Muito Axé !

Sinto, Pai Oxalá, tua presença Em mim a todo momento Inundando corpo e alma Num sopro de vida e alento! Apesar de não te ver E não poder te tocar Te sinto no ar que eu respiro No meu coração a pulsar. Estás no sol que me aquece Nos dias frios de inverno Nas aves em revoada Entoando um canto terno. Te encontro no mar que murmura Nos rios, cachoeiras e fontes No esplendor de um novo dia Que desponta no horizonte. Te sinto no voo dos pássaros Que bailando te cultuam Te vejo no azul do céu Nas nuvens que nele flutuam. Consigo sentir tua presença Nas florestas verdejantes Na lua que a noite ilumina Nas estrelas fulgurantes. Estás no calor do verão

143 Na brisa que me acaricia Na chuva, nas flores, na terra... No fruto que a fome sacia. Estás também no arco-íris A refletir tua aliança Colorindo o firmamento Prenunciando a bonança. Presente estás em mim Na inspiração destes versos Presente estás no ser vivente Na imensidão do universo! Que a Divina Luz esteja entre nós Emidio de Ogum

Feliz aniversário senhor Oxalá O cantinho da entidade Mesmo que o médiun não esteja lá, a entidade está, Os Orixás também não saem de lá Falo da casa santa, da casa de Oxalá. Fica ali no canto do terreiro o banquinho do Preto Velho Em cima está o cachimbo ainda sujo do último tabaco Caido ao lado do quipá esta o terço colocado com carinho O cheiro no ar ainda é da alfazema usada nas curas No chão ainda esta a cera das velas postadas uma a uma O cheiro forte da arruda ainda paira no ar, perto do chão É ainda esta ali o Preto Velho, não s aiu e nunca sairá Não tem pra onde ir, se o médium não o for buscar Os atabaques silenciaram e o som é da agua do mar Agua da fonte da mamãe Iemanja, linda sereia a olhar Mesmo quando a luz se apaga ele ainda está ali Da porta do terreiro da pra ver que ele não se levantou Continua sentado olhando o infinito a espera de alguém Essa pessoa deve deixa-lo usar seu corpo mais uma vez Para poder tocar as pessoas em seu coração Para aliviar a viagem de volta, e iluminar as estradas de aruanda Enquanto espera o Preto Velho canta, canta triste mas ainda canta Sua música é acompanhada pelos anjos de São M iguel Que com seus lindos bailados sobem ao alto do congá Ouve-se correria são as crianças de Cosme que espiam a porta Esperam que seus médiuns venham e acendam duas velinhas Doces também são bem vindos se vierem com guaraná A fumaça do carvão no incensário ainda solta o fim da defumação Exús então rodeiam este sopro soltando uma gargalhada no silêncio Cai a noite e vem chegando o amanhecer, em cima da porta esta a espada Na guarda da casa empunhada pelo senhor Ogum protetor Lâmpada da Barra guarda o caminho daqueles que já saíram O Cheiro de pipoca ainda está forte na panela de barro Obaluaê remexe os piruãs das sobras daqueles que não compreendem O lenço vermelho da cigana sobe ao alto e gira sem parar Com sua voz encantada solta gargalhadas e quebra o silêncio No canto um velho sentado em uma pedra encosta o machado pesado Justiça feita a demanda vai acabar, Pai Xangô decretou e cumpriu o destino Uma flecha certeira percorre do congá até a porta de entrada do terreiro Fixa firme cravada na madeira da entrada como confirmação da casa santa Na ponta da flecha algumas fitas coloridas, balançam ao vento com força Ta chegando Iansã dona dos ventos e senhora dos caminhos Sopra as velas ainda acessas com força mas não apaga nenhuma Não pisa no chão e flutua com uma Santa os 4 cantos do terreiro

144 E com um raio acende as velas ainda apagadas iluminando todos Orixás Tem doce pergunta Damião a Doum quando este recolhe a oferenda Uma batida forte na porta estremece a terreira e a porta se abre É Ogum de Ronda que voltara dos atributos a ele destinados Saúda a todos e caminha em direção a Iemanjá Deposita um perfume que trouxera de longe prometido ao mar Um tecido fino escorrega das colunas do terreiro, deixa cair Como se fosse folhas de outono nas aguas da cachoeira O canto de pássaros vibram pelo ar da casa santa As velas acessas aumentam a intensidade de luz divina Os braços de Oxalá agora estendem-se para frente Esperam suas mãos serem tocadas pela mamãe que acabara de chegar Quebra o silêncio a Orixá Oxum para falar ao filho querido Feliz Natal, e feliz aniversário Oxalá, meu filho querido Seu dia de nascimento na terra é hoje e queria que você intercede-se Por todos irmãos deste lindo lugar, cure filho as doenças, traga o sorriso as familias desunidas, traga a paz aos corações desencantados, traga a vida e o amor entre todos que acreditam em Deus nosso Pai. FELIZ NATAL E FELIZ ANIVERSÁRIO SENHOR OXALÁ

Oxalá meu pai, tenha pena de nós tenha dó, Oxalá meu pai, tenha pena de nós tenha dó Se as voltas do mundo é grande Oxalá, seus poderes são maior. Se as voltas do mundo é grande Oxalá, seus poderes são maior. Pai Oxalá peço que todo amor que o senhor tenha, derrame sobre todos nós Que seu lindo mar seja a agua que purifica nossos corações Que a terra que o senhor nos deixou seja a raiz do nosso alimento Que em nossas caminhadas possamos estar com suas mãos colocadas em nosso peito Quando sentirmos medo meu pai, nossas lágrimas se transformem em alimento de nossa alma Por toda nossa vida meu pai, queremos falar a todos como o senhor foi bondoso Feriu-se por nós e compartilhou nossas preces como se fossem suas Por diversas vezes meu pai caiamos de joelhos arrependidos de nossos atos E nem mesmo assim o senhor nos abandonou meu pai Ser pai é difícil, muito mais ser pai de tantos filhos Alguns rebeldes com certeza, alguns que não pensam em seus irmãos Mas também para eles meu pai o senhor tem um lugar em seu coração Aflitos lhes pedem todos os dias, saúde, paz e amor na familia Pedem de tudo meu pai, até a fortuna lhe pediram, mas esqueceram Que a maior fortuna é poder ser seu filho meu pai Obrigado meu pai, pelos pássaros cantando a alegria Obrigado meu pai pela agua dos rios que matam nossa sede Obrigado meu pai pelo ar que respiramos e pela aurora todos os dias Obrigado pelo simples, descartamos o complicado e rezamos por todos Quando meu pai a noite se fizer, não terei mais medo, pois o senhor me dará todo dia um novo amanhecer.

A casa do meu Pai Pode estar cheio de rachaduras Mas não falta o amor dentro dela Pode não ter uma vista bonita

145 Mas meus olhos brilham em seu interior Pode não ter janelas e portas Mas somente tem uma única entrada a da caridade Pode não ter telhado Mas dentro somente chove o necessário Pode não ter janelas Mas o vento entra com o odor de flores Pode não ter muita comida? Mas o alimento da alma encontra-se ali dentro Pode ser convidado a entrar? Um dia todos filhos foram mas muitos esqueceram o caminho Qual condução eu pego para chegar lá? Pegue o primeiro necessitado a sua frente e ajude -o, carregue a primeira cadeira de rodas de uma pessoa deficiente e ajude-a, atravesse a avenida segurando o braço de um idoso, pode encurtar caminho segurando também a de um deficiente visual, siga em frente mas n ão pise nas pessoas menos favorecidas a sua frente, se puder levante-as e leve-as com você, cuidado com as intrigas que encontraras nos caminhos, também desvie-se de todas as coisas ruins e procure ajudar quem não conseguiu livrar-se, ao avistar a casa de meu Pai ao longe, ainda deverás verificar se existem pessoas ao seu lado, pois não se chega a ela sozinho, sem caridade meu Pai não ouvira suas pegadas quando chegares. Sabe aonde fica a casa do meu Pai? Se a reposta é não, não se preocupe Feche seus olhos e sinta uma mão abençoada a te levar. Jesus é Oxalá

Jesus estava sentado a beira de um rio, quando de repente ouviu um murmúrio, vindo de um local distante: Pai Oxalá, ajude este filho pois está aqui presente pedindo sua ajuda, de repente um Anjo ao seu lado ouviu a súplica e perguntou-lhe, Jesus, vais atender este pedido, mesmo sendo chamado de outro nome? Jesus respondeu colocando uma de suas mãos no ombro daquele Anjo: Já fui chamado de muitos nomes, mas a maioria das pessoas me chamam por Jesus, mas este é apenas um deles, prefiro que me chamem do filho de Deus, como são todos aqueles que pedem a sua ajuda também, saiba que aqueles filhos que um dia chamam-me de Oxalá, estão muito próximos a mim, pois dedicam seu tempo na terra na ajuda aos necessitados, emprestam seus corpos aos espíritos de luz, para poderem ajudar aos outros irmãos, na terra, e saiba que dessa forma ajudam também os espíritos em evolução, considere que existem muito amor neste ato, e sabemos que aonde existe amor está nosso Pai, pois nada acontece sem sua permissão, não pode existir amor maior sem que suas mãos não estejam refletindo a Luz divina, com todo seu esplendor, vem do reino de Deus onde a paz e muito amor, esta luz refletira no peito, luz que refletiu no mar, luz que veio do reino de Deus para tudo iluminar. Entender sobre qual forma é acreditar em Deus, pouco importa, o que importa sim é acreditar em nosso Pai, muitos pedem por eles mesmos, rezam, oram, e ajoelham-se perante a mim, infelizmente pedem somente por eles, não posso deixar de ajuda-los também, os Espíritas são um pouco diferente dos outros filhos, pois poucos pedem para eles mesmos, a maioria dedicam muito mais tempo de suas vidas a pedirem por outros irmãos que nem sequer conhecem seu nome. Querido Anjo, muitas vezes você também serás chamado de entidade, preto velho, caboclo, pomba gira, exú, e mesmo assim você ira ajudar estas pessoas trazendo-me seus seus pedidos, o nome que nos chamam meu querido não importa, mas importa muito o que o filho tem no coração quando suplica algo a mim.

Que tolice a minha pedir desculpas a Oxalá

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Que tolice a minha pedir desculpas a Oxalá Desculpe Oxalá mas não fui o que o senhor queria, caminhei e pequei muito por onde andei, mas desculpe assim mesmo, desculpe os erros que produzi com meus atos incertos, com minha vida errante. Ouvi tantos pedidos e não olhei pra trás, sim dei as costas a todos e todos se voltaram também pra mim, tentei algumas vezes rezar, mas foram poucas vezes, pois o tempo era curto e acho que tinha o que fazer, mas fazer o que, pois a vida já me dera tudo, mas ainda não compreendia, fiz tudo errado, e assim vivi esta vida, joguei o lixo que não mais queria no rio e inundou os mais pobres, esco lhi na feira as frutas mais doces e deixei as amargas para quem tinha mais fome que eu, já tinha a minha casa, mas derrubei as madeiras que formavam a dos humildes, um dia joguei fora o resto da comida que sobrará e vi pessoas debruçadas em minha lata de lixo, corria com meu carro  jogando água da chuva em cima daqueles que já estavam molhados, precisei ser socorrido a um hospital público e nele via a falta dos medicamentos para me salvarem, dei esmolas nas ruas, mas roubava o dinheiro no imposto que lhes servia, fiz de tudo um pouco de cada erro uma consequência, produzi o infortúnio, e a cada dor pela fome eu participei um pouco, agora estou aqui pedindo desculpas ao senhor, mas que tolice a minha deveria pedir desculpas a todos que magoei. Em cada prato de comida peço perdão pela fome Em cada falta de cobertor peço um pouco de calor Em cada falta de remédio, peço a cura Em cada choro de criança peço pelo sorriso Em cada família desunida peço o amor Em cada sofrimento peço suas mãos meu pai para tocar na ferida e trazer de volta a paz a esta humanidade que ainda acredita no senhor.

Sexta Feira Santa e a Umbanda

Pois bem irmãos, chegamos ao ápice da semana santa e as postagens sobre a vida de Jesus Cristo. Hoje nesta Sexta-Feira lembramos o mártirio que Jesus Sofreu, como a postagem de ontem acabou com o relato da Santa Ceia, hoje começamos pela última pregação de Jesus.

Logo após a ceia,Jesus e seus discipulos dirigiram-se para uma montanha que se chamava "Monte da Oliveiras", lá Jesus faz o "Sermão da Montanha", foram sual últimas palavras, no final da postagem estará na integra o texto. Após esta conversa Jesus se afastou dos discipulos e foi orar a Deus para que lhe desse força para aguentar o que viria , assim alguns discipulos dormiam quando Jesus disse que ali se aproximavam os Soldados Romanos que vririam lhe prender. Alguns discipulos quiseram lutar contra os guardas, mas foram impedidos por Jesus que disse, "O Exército de Deus não usa espa das". Há tanto misticismo e confusão acerca da crucificação e ressurreição que acabamos perdendo de vista o fato de que Jesus de Nazaré foi  julgado como homem diante de uma corte de homens sob as leis dos homens, condenado e executado como homem, e que como drama, o  julgamento de Jesus supera quaisquer dos grandes julgamentos da história da justiça humana. Israel não era uma democracia com Igreja e Estado separados, mas uma teocracia com Igreja e Estado entrelaçados como uma cois a só. Muitos acreditam que os altos sacerdotes ordenaram a prisão e julgamento ilegal de Jesus, que eles foram quem subornaram Judas, que eles sozinhos é que se sentiram ameaçados pelos ensinamentos de Jesus em público, e que eles sozinhos é que buscaram a morte de Jesus. A prisão foi ilegal porque ela veio de noite, em violação à lei. Ela foi efetuada através das atividades do conspirador Judas Iscariotes em violação à lei rabínica. Ela não foi resultado de um mandado legal, novamente em violação ao código Mosaico. Os guardas romanos que prenderam Jesus no Jardim de Gethsemane e o trouxeram ao tribunal do Sumo Sacerdote não tinham uma ordem de prisão legal. O  julgamento noturno é uma evidência adicional de conspiração contra Jesus por esses sacerdotes cuja hipocrisia o Carpinteiro denunciava publicamente. Porém, o sumo sacerdote Caifás invocou Jesus para que se defendesse (contrariando a lei). "E, levantando-se o sumo s acerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes ? Que testificam estes contra ti?" Jesus não respondeu. Embora Jesus pudesse continuar em silêncio, ele decidiu falar. "Se vo-lo disse, não o crereis, e também, se vos perguntar, não me respondereis." Os sacerdotes novamente perguntaram "És tu o Filho de Deus ?" A resposta de Jesus foi apenas "Vós dizeis que e u sou."

147 Caifás então anunciou à Corte "De que mais testemunho necessitamos? Pois nós mesmos o ouvimos da sua boca." O resto dos homens daquela corte terrível, ouvindo essas palavras ditas pelo seu sumo sacerdote, ilegalmente confirmaram seu julgamento gritando "É réu de morte!" A primeira audiência diante do Sinédrio foi concluída por volta das três da manhã. A Corte só adiou o julgamento até o nascer do sol, embora a lei exigisse que cada um deles deliberasse a sós por um dia inteiro antes da segunda audiência. Eles retornaram apenas algumas horas depois, ao amanhecer. Lucas nos conta "E logo que foi dia, ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes e os escribas, e o conduziram ao seu concílio." Essa sessão foi superficial. Nenhuma testemunha foi invocada novamente e a lei foi violada ao se exigir que Jesus respondesse à questão repetida "És tu o Filho de Deus?" E novamente Jesus respondeu "Tu o disseste", e então acrescentou "digo -vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu." Diante disso, a corte g ritou "Para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia." A votação foi feita, os votos dos juízes foram contados, e Marcos nos conta "todos o consideraram culpado de morte." A importância disso reside naquela provisão peculiar da lei Judaica que requeria a absolvição se houvesse veredicto unânime. Sob a lei Judaica, a morte por apedrejamento era a sentença apropriada para uma ofensa capital. O povo Judeu não crucificava e esse método de executar a pena de morte era de origem Grega ou Romana. Os Judeus executavam os condenados por apedrejamento, decapitação ou estrangulamento de acordo com a natureza do crime. Para a blasfêmia era prescrita a mort e por apedrejamento. Os sacerdotes levaram Jesus para a entrada do palácio de Pilatos. (Eles não poderiam entrar porque se tornariam impuros, sendo uma época de Páscoa.) Pilatos foi até eles dizendo "Que acusação trazeis contra este homem?". Essa pergunta é importante porque demonstra a intenção de Pilatos em levar o caso como um julgamento à parte desde o início, começando a julgar a própria acusação. Ele não perguntou "Vocês condenaram esse homem de quê?", mas em vez disso perguntou quais eram as acusações. Os sacerdotes sabiam a importância da pergunta de Pilatos, então eles responderam indiretamente "Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos." Em outras palavras, Pilatos perguntou "Qual a acusação contra este homem?" e os sacerdotes responderam "Se ele não fosse culpado não estaria aqui!" Então, os maliciosos sacerdotes apresentaram Jesus a Pilatos sob uma nova acusação que eles inventaram naquele momento: traição contra César. "Havemos achado este, pervertendo a nossa nação", disseram eles, "pr oibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei." Pilatos chamou Jesus para dentro do palácio e o perguntou em privado "Tu és o rei dos Judeus ?" E Jesus perguntou a Pilatos p ara saber a origem da nova acusação: "Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim?" Pilatos replicou "A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim", explicando com isso de onde havia sido originada aquela acusação de traição. esus disse a Pilatos "O meu reino não é deste mundo." E P ilatos insistiu "Logo tu és rei ?" Jesus respondeu "Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz." Pilatos então fez a famosa pergunta "Que é a ver dade?" Jesus não deu resposta alguma senão a presença silenciosa de Si, o cordeiro levado ao sacrifício por mentirosos, de forma que Pilatos saiu para onde os sacerdotes estavam e, de acordo com João, pronunciou sua absolvição enfática do carpinteiro Nazareno. Ele disse a eles "Não acho nele crime algum!" Era intolerável para esses inimigos da verdade que seu complô assassino fosse frustrado dessa maneira. Os sacerdotes soltaram rugidos de indignação "Alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando d esde a Galiléia até aqui." Essa acusação era a de sedição (revolta, motim, crime contra o Estado), que era menos odiosa que a traição. Ela exigia a prova de uma motivação corrupta para a condenação, mas ainda nenhum motivo maldoso se pode provar que exist ira em Jesus. Pilatos ignorou essa acusação, mas com a referência à Galiléia, ele encontrou uma oportunidade de escapar do que o esperava. Herodes, o Tetrarca da Galiléia, estava em Jerusalém para a Páscoa. Pilatos viu nisso uma chance de transferir a responsabilidade para Herodes, que tinha jurisdição para julgar acusações de sedição. Jesus era Galileu. Os sacerdotes aprovaram essa ação porque eles pensavam que Herodes faria o que eles quisessem para ganhar seus favores. Jesus foi arrastado até o palácio de Herodes, onde as acusações de traição e sedição foram reiteradas.

Herodes, contudo, não se impressionou. Ele havia ouvido a respeito dos ensinamentos de Jesus e o questionou, mas quando Jesus se recusou a responder (um direito de todo acusado), Herodes colocou nele uma túnica branca e o mandou de volta a Pilatos sem dar uma decisão. Se esse procedimento irregular tivesse qualquer status legal, ele levaria a uma nova absolvição. Pilatos concordou. Lucas nos conta que quando os sacerdotes trouxeram Jesus de volta do palácio de Herodes, Pilatos saiu de encontro a eles e disse "Haveisme apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem. Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei." A imposição desse açoitamento ilegal foi, em si, um impedimento para punições ainda piores. Qualquer punição adicional violar ia as leis tanto de Roma como de Israel, que estabeleciam que, já tendo o acusado sido condenado e punido, ele não poderia ser julgado novamente pelo mesmo crime. João diz que "desde então Pilatos procurava soltá-lo", mas Jesus foi levado ao quartel dos soldados e despido de sua túnica branca que havia

148 sido dada por Herodes, foi coberto com uma capa púrpura, coroado com uma guirlanda de espinhos, dado uma cana como cetro, e levado para ser confrontado pelos irados sacerdotes novamente. Pilatos anunciou "Eis aqui o homem." Os sacerdotes responderam "Crucifica-o!" Tudo isso por ter Jesus desafiado a autoridade daqueles homens que estavam dispostos a violar as leis para causar sua morte, homens que por esta razão corromperam sua própria autoridade. Pilatos então disse "Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho nele." Ali estava um juiz de leis dizendo "este homem é inocente, mas vocês podem matá-lo se o quiserem." "Nós temos uma lei", eles insistiram, "e, segundo a nossa lei, ele deve morrer porque se fez Filho de Deus." E ao dizer isso, eles revelaram a Pilatos que sua verdadeira queixa contra Jesus era, na verdade, a acusação de blasfêmia. Pilatos, que não havia ouvido ainda essa acusação, mais uma vez levou Jesus à parte e perguntou "Donde és tu?" Jesus não respondeu nada. Pilatos então vociferou "Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?" Jesus apenas respondeu "Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado." Pilatos novamente procurou soltar Jesus, mas os sacerdotes enraivecidos exclamaram "Se soltas este, não és amigo do César." Essa era uma ameaça à Pilatos. Poderia haver graves conseqüências se a mais alta corte de Israel denunciasse Pilatos à César. Pilatos sentiu que uma interpretação errada de seu julgamento poderia chegar aos ouvidos de César. Ele poderia ser v isto como se estivesse protegendo alguém que era considerado pelos mais influentes de seus conterrâneos como culpado de traição. P ilatos não teve a coragem de lutar p ela justiça contra esses sacerdotes coléricos. Foi então que a esposa de Pilatos lhe enviou uma mensagem: "Não entres na questão desse justo." Seu apelo levou Pilatos a tentar um último esforço para salvar Jesus sem arriscar seu cargo. Era costume durante a Páscoa de libertar um prisioneiro escolhido pelo povo. Pelo voto popular, as pessoas poderiam conceder anistia a qualquer um sentenciado à morte. Eu vejo esse como um dos mais dramáticos momentos de toda a História, mas muito do drama passou despercebido pelos autores e dramaturgos, e uma lamentável confusão resultou em 2000 anos de animosidade desnecessária entre Cristãos e Judeus. Foram os sacerdotes Judeus que buscaram a morte de Jesus, não o povo. O nome Barrabás em Hebraico significa filho de Abás. P edro era referido por Mateus como "Pedro bar Jonas", isto é, Pedro filho de Jonas. Bar Mitzvah é traduzido literalmente como Filho da Lei. O nome de Barrabás também era Jesus: Jesus Barrabás (Yeshua na verdad e).

A pergunta de Pilatos aos sacerdotes foi "Qual quereis que vos solte? [Jesus] Barrabás, ou Jesus chamado Cristo?" Eles clamaram, é claro, pela libertação de Barrabás, o notório ladrão e assassino. "Que farei então de Jesus, chamado Cristo?", perguntou Pilatos. Eles gritaram "Seja crucificado!" "Hei de crucificar o vosso rei?", perguntou Pilatos. E aqueles sacerdotes (que odiavam César como só os povos conquistados podiam odiar) disseram a P ilatos "Não temos rei senão o César!" Pilatos enfraqueceu diante daquela ferocidade implacável e entregou Jesus para que o crucificassem. Ele tomou uma bacia de água diante dele, lavou suas mãos nela e anunciou "Estou inocente do sangue deste justo: considerai isso." Pilatos mandou gravar na cruz "Jesus de Nazaré, o Rei dos Judeus". Caifás e os outros sacerdotes foram a Pilatos e pediram "Não escrevas 'Rei dos Judeus', mas que ele disse 'Sou Rei dos Judeus'." E Pilatos respondeu "O que escrevi, escrevi."

Fonte: Hon. Harry Fogle Outro texto interessante, é a sentença de Poncio Pilatos na integra : "No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e S IXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente, . EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte , Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR. . Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz , sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se filho de DEUS e REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande  parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. . Que seja ligado e açoitado , e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos , com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje  ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte público da Justiça, chamado CALVÁRIO, onde crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título:  JESUS NAZARENO, REX  JUDEORUM.

149 . Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano. . Testemunhas da nossa sentença: . Pelas dozes tribos de Israel: RABAIM DANIEL; RABAIM JOAQUIM BANICAR; BANBASU; LARÉ PETUCULANI. Pelos fariseus: BULLIENIEL; SIMEÃO; RANOL; BABBINE; MANDOANI; BANCURFOSSI. Pelos hebreus: MATUMBERTO. Pelo Império Romano e pelo P residente de Roma: LÚCIO SEXTILO E AMACIO CHILICIO." 

Acima lemos um texto de um Jurista sobre o julgamento, abaixo o texto é de um médico sobre a crucificação: "Jesus entrou em agonia no Getsemani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá -lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferentes estaturas. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um s uor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. Depois vem o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo). Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas.

O percurso, é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os  joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao arrancarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chaga s. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pedras e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos.

Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, c om um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou -se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, c olocando-o primeiro sentado e depois em pé;

150 conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente so bre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para a frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebe desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semiaberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Ele não bebe. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma cont ração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam.

É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdomen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa a afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxo tá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui.

Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as câibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado diz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. Em meu lugar e no seu. -Dr. Barbet, médico francês Assim acabo a postagem de hoje, com o mártirio de Jesus Cristo, sobre a palavra de dois estudiosos, sem antes lembrarmos do sermão da montanha, sermão feito por cristo antes de todo acontecido narrado acima.

Sermão da Montanha Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós. Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam deb aixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa.

151 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disse r a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo, s erá réu do fogo do inferno. Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, dei xa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil. Ouvistes que foi dito: não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que vá todo o teu corpo para o inferno. Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério. Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um só cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do maligno. Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre  justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial. Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para se rem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas. Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque eles desfiguram os seus rostos, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não mostrar aos homens que estás jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. A lâmpada do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes s ão tais trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?

152 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por qu e andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? Pois a todas estas coisas os gentios procuram. Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós. E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão. Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para não acontecer que as calquem aos pés e, voltando-se, vos despedacem. Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lheá. Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem? Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram. Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em te u nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha. Desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será co mparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. Desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda.

Os Arquivos Secretos da Inquisição

Baseado em documentos inéditos e pesquisas que revelam inúmeros segredos do Vaticano, a minissérie Arquivos Secretos da Inquisição foi destaque do The History Channel. A produção de quatro horas foi rodada na Itália, França e Espanha. A minissérie, com intervenções de especialistas, retrata as passagens mais obscuras de mais de 600 anos da Igreja Católica em sua luta para ser a exclusiva representante do Cristianismo no mundo. O especial aborda essa sangrenta história, dos arquitetos da Inquisição às vítimas de sua ira. Os episódios trazem opiniões de estudiosos como David Gitlitz (especialista em História Medieval), Stephen Haliczer (historiador), Charmaine Craig (escritor) e  Joseph A. Di Noia (teólogo e reverendo).  A inquisição é um fato histórico, que deve ser considerado a despeito de seu aspecto religioso. E, por isso, pertence ao mundo, não podendo ser privilégio de arquivos secretos, ou de gavetas privativas, pois faz parte da própria história da humanidade, do homem e de seu aprendizado na trajetória evolutiva do tempo. As páginas da história, se não servem para outra coisa, bastam pelo que nos ensinam a não repetir os erros do passado e pelo que nos impelem a realizar em prol da construção do homem e do mundo. Por essa razão e para quem não teve a oportunidade de assistir ao documentário, preparamos um resumo sobre o assunto. Recordar é, pois, refletir, para nunca mais repetir.

A verdadeira história da Inquisição:

153 Inquisição, do latim Inquisitio, é um termo que deriva do ato judicial de inquirir, que significa perguntar, averiguar, pesquisar, interrogar. A Inquisição foi uma operação oficial conduzida pela Igreja Católica a fim de apurar e punir pessoas que não comungavam com os princípios ortodoxos da Igreja Católica. A Inquisição foi um sistema de terror em massa, composto por cortes secretas. Tratava-se de uma instituição que ultrapassou fronteiras geográficas e históricas, indo da França medieval ao renascimento italiano. A legislação do Inquisitio Haereticae Pravitatis Sanctum Officium ou Santo Ofício, como também era chamada, foi se tornando cada vez mais radical através da História. Em 1184, o Papa Lúcio 3º, formula um direito penal para punir indivíduos considerados “hereges” (pessoas que pensavam, ou agiam, de forma conflitante com o que a I greja apregoava como verdade). Com base nesses postulados, autoridades e leigos, ficaram obrigados a denunciar os hereges sob pena de confisco de suas propriedades. Em 1199, o Papa Inocêncio 3º tipifica a heresia como crime de lesa majestade, ou seja, um delito contra a autoridade do monarca. Durante o pontificado de Inocêncio 3º as trevas p redominaram. Com um Exército de cerca de trinta mil soldados, convocados por ele, dentre mercenários e vadios, o sul da França fo i invadido, instalandose ali uma guerra que duraria quatro décadas, morrendo um número inestimável de crianças e inocentes. Seu objetivo era reconhecidamente político e não o de preservar a fé. Considera-se que foi um dos Papas mais corruptos e voltados para os valores mundanos. Posteriormente, em 1209, a História registra o assassinato de 7.000 pessoas que foram queimadas vivas dentro de uma igreja local, acusadas de heresia, na cidade de Béziers, na França.

Mais adiante, o Papa Gregório IX, o mesmo que canonizou Francisco de Assis, Santo Antonio de P ádua e São Domingos de Gusmão, criou, em 1233, o Santo Ofício da Inquisição, através da Bula Licet ad Capiendos, com o que pretendia reprimir as doutrinas heréticas, ou seja qualquer movimento pensante que fosse considerado afronta à visão oficial do Catolicismo. Mediante essa Bula, Gregório confere aos dominicanos a tarefa de erradicar a heresia. Do temido e sombrio documento, constou: “Onde quer que os ocorra pregar estais f acultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a privá-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando, em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis". Nascia ali, de forma institucionalizada e escancarada, séculos de perseguição, interrogatórios e punições cruéis a quem divergisse do pensamento religioso dominante, a temida Inquisição. Nesse mesmo ano de 1233, Roberto el Bougre, designado Inquisidor, promoveu saques e execuções em massa, e, após dois anos, foi promovido a responsável pela Inquisição em toda a França. Em 1252, o Papa Inocêncio IV assinou a Bula "Ad Extirpanda", que consagrou definitivamente o temido Tribunal Eclesiástico da Inquisição, autorizando o uso da tortura e da barbárie. O Poder institucional do Estado era obrigado a colaborar com esse Tribunal da Igreja. Os inquisidores - pessoas encarregadas de investigar e denunciar os hereges – desfrutavam de padrão cultural de excelência, pois eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Caso julgasse necessário, os inquisidores tinham o poder de exigir que as autoridades civis, sob juramento, defendessem a Igreja contra a maldade herética. O padre Bernardo, jesuíta, foi um nome que muito se destacou nessa ação inquisitorial inicial, por ser, como Inquisidor, na Região francesa de Touluse, implacável com suas vítimas. No início dos anos 1300, na pequenina aldeia de Montaillon, no sul da França, vivia um povo que se cansava de pagar pesados tributos e multas ao poder dominante da Igreja Católica. Os padres se preocupavam mais com a colheita de impostos do que com outra coisa . Nesse tempo a Igreja era considerada a guardiã da palavra de Deus. Em meio a esse contexto, brotou uma semente reformista de reação, chamada catarismo, ou seja um movimento religioso rebelde que foi imediatamente identificado pela Igreja como herético. O catarismo se espalhou, a ponto de ameaçar o poder papal e nesse tempo qualquer afronta à I greja era considerado um ataque ao Governo que, por sua vez, protegia a segurança dos Papas. Em Montaillon ficou muito conhecido um padre que se tornou famoso n a História por sua devassidão moral, pois escondia permanentes e múltiplos amores nos recantos sombrios de sua paróquia sacerdotal. Padre Pierre que vivia simpaticamente entre os Cátaros, um dia achou simplesmente, como confidenciaria mais tarde, que estava perdendo seu poder sacerdotal na Região e acabou traindo os habitantes da pequena aldeia, que tanto o estimavam, pois serviu de elo de comunicação para que a impiedosa reação da Inquisição chegasse à M ontaillon. Dezenas de famílias foram condenadas e obrigadas a usar a cruz amarela que tanto denegria o usuário condenado.

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Em 1318, surge a figura sombria do padre Jacques Fournier, que fora bem educado na Universidade de Paris, onde recebeu doutorado em teologia, mas que, nem por isso, teria qualquer compaixão com quem interpretasse o catolicismo diferente dele. Fournier acabou descobrindo que Montaillon estava literalmente seduzida pelo pensamento herege e lá reabriu a Inquisição. Intimou homens e mu lheres aos interrogatórios cruéis. Os escribas anotavam, com rigor, todos os depoimentos dos aldeões. A vida das pessoas era invadida sem qualquer parcimônia. Beatrice, amante do padre Pierre, ficou presa, à pão e água, na Torre da Aldeia. E note-se que entre os Inquisidores de seu tempo, Fournier foi considerado um dos mais complacentes, pois somente queimou cinco hereges. Em 1327, esse Inquisidor se tornou Cardeal e, sete anos depois, foi eleito Papa, tomando o nome de Bento XII. Sua ob ra maior: o suntuoso Grand Palais. Uma das vítimas de Fournier fora um coitado judeu viajante, preso durante a noite so b os berros dos inquisidores: “sejam batizados, ou mataremos imediatamente”. Claro, ele preferiu o batismo. Esse judeu, inteligente e culto, fascinara Fournier, com ele debaten do durante quase dois meses e tudo fazendo para torná-lo cristão, mas o velho judeu preferiu permanecer como pensava. Fournier, então, deu o ultimato. Converter-se, ou morrer, uma terrível palavra de ordem que atravessou os séculos.

Em 1376, o Inquisidor Nicolau Eymerich, formulou o "Directorium Inquisitorum", que era o Manual dos Inquisidores, onde constavam regras inenarráveis sob o ponto de vista de crueldade. O M anual informava ao Inquisidor 50 artimanhas de que se valia o demônio para impedir o ato sexual, provocar impotência ou ensejar práticas abortivas. De lá vieram inspirações as mais draconianas: "És capaz de lembrar da tua confissão ontem, ou anteontem, sob tortura? Então, agora, repete tudo com total liberdade". E a resposta era anotada. Se o acusado não ratificasse a afirmação, era submetido a novas sessões de tortura. Em 1394, os padres já exigiam a conversão dos judeus. No século XV, a comunidade judaica vivia em guetos. Quando “convertidos”, passavam a incomodar os antigos cristãos com seus prósperos negócios. Não havia quem entre os “convertidos” que não fosse tom ado de medo, pois temia sofrer qualquer tipo de discriminação e violência.

A Caça às Bruxas: Em 1484, o papa Inocêncio III emitiu a bula papal que estabeleceu o "Malleus Maleficarium", (O Martelo das Feiticeiras), um manual operacional da Inquisição, no qual as mulheres eram especialmente visadas para perseguição como prováveis bruxas, muitas vezes pobres mulheres velhas que não apresentavam boa aparência, e que costumeiramente eram acusadas por todos os males que açoitavam a Europa. A condenada era despida e forçada a engatinhar, diante da multidão, para uma gaiola onde ela era colocada para depois ser pendurada para todos verem. Outras simplesmente eram acusadas por algum desafeto e, visto que a acusação era equivalente à culpa, a pobre mu lher podia esperar uma morte lenta sob tortura nas mãos dos sacerdotes. Embora a maior parte das execuções fosse realizada publicamente, a tortura para obter as "confissões" era realizada em recintos secretos, normalmente em um calabouço em uma igreja, especificamente projetado para a tortura. Nesse ambiente, as mais jovens e belas, não raro, sofriam abuso sexual por parte dos inquisidores durante a Inquisição.

155 O "Malleus Maleficarium" declarava que as bruxas têm uma "marca do Diabo" (um terceiro mamilo), em algum lug ar do seu corpo. Isso exigia que o sacerdote investigador fizesse uma inspeção minuciosa no corpo nu da pobre mulher. Essa inspeção era freqüentemente realizada em meio a um grupo de homens que agiam como voyeurs, que ostensivamente eram convidados a testemunhar essa "inspeção" por causa de seu “ofício religioso”! Nas temidas cortes da Inquisição, as sentenças de morte eram executadas das mais variada s formas. As vítimas eram flageladas e mutiladas pelos torturadores, tinham a carne dilacerada e os ossos quebrados para depois serem queimadas vivas em fogueira de lenha verde para que a agonia s e prolongasse.

O Caso Joana D'Arc: Joana D'Arc nasceu em Domrémy, na atual província de Lorena, em janeiro de 1412. Sua terra foi devastada pela Guerra dos Cem Anos, um conflito dinástico com a Inglaterra que começou em 1337. Foi educada para as prendas domésticas tradicionais e, às vezes, pastoreava as ovelhas. Aos 12 anos, começou a ouvir vozes sagradas, que primeiro lhe falaram da necessidade de manter a virgindade, para a salvação da alma. Depois, a mensagem tornou-se mais específica. Ela devia coroar rei o delfim e salvar a França dos ingleses.vivas em fogueira de lenha verde para que a agonia se prolongasse. Convenceu o senhor local a apresentá-la ao rei, e ao soberano pediu que a autorizasse a participar do levante do sítio de Orleans. Equipada com armas e homens partiu para o ataque e, pela primeira vez em longo tempo, os franceses saíram vitoriosos da batalha. Joana coroou o delfim na cidade de Rheims. Mas sua sorte militar não durou muito. Logo, ela travou uma série de batalhas perdidas, que terminaram em sua captura pelos borgonheses, cujo duque, parente do rei da França, se aliara aos ingleses. Foi vendida aos ingleses , julgada por eclesiásticos franceses e em 1431, aos 19 anos, morta na fogueira da Inquisição.

O Santo Ofício na Espanha: Em 1478, os tempos já eram outros na Ibéria. A Inquisição e suas filhas cruéis, a tortura e a morte, era uma realidade na Espanha, instituída por Bula do Papa Sixto IV. O terror irradiava por todo canto e a tolerância desaparecera do cenário espanhol. Fernando de Aragão e Isabel haviam se casado e, com isso, reuniram os Reinos de Castella e Aragão.

156 Eles não concordaram que a Inquisição espanhola fosse administrada por Roma, pois nesse País os nomes eram apenas aprovados pelo Papa, mas quem indicava era o monarca espanhol. Assim sendo, em 1483, Sixto IV nomeou o monge dominicano Tomás de Torquemada para as funções de Inquisidor Mor de todos os territórios de Fernando e Isabel. Esse dominicano era de uma crueldade sem limites. Estima-se que ele torturou e condenou à fogueira aproximadamente dez mil pessoas. Torquemada é considerado um dos grandes genocidas da Humanidade. Segundo fontes históricas, o Papa Alexandre VI, pensou em destituí-lo de suas funções, mas teria desistido por exclusiva consideração à corte espanhola.

O Caso Cinta Cacavi: Cinta Cacavi, uma judia, fora denunciada por sete testemunhas. Era considerada uma infiel. E, por isso, o inquisidor determinou sua tortura, que era admitida como forma de obter confissão, desde que prevista pelo Manual da Inquisição. Assim sendo, Cinta Cacavi foi q ueimada, com os pés amarrados, tendo os inquisidores o cuidado de cobrir o crucifixo para “não assistir” (ou “não ouv ir”) os gritos de dor da sentenciada. A tortura foi tão cruel que a Corte acabou ouvindo o que queria: “sou cristã”. O clima de denuncismo imperava, c om parentes e vizinhos se acusando uns aos outros. Quando o fogo era aceso, tinha que arder até que os judeus presentes estivessem todos mortos e não existisse mais ninguém atacado pela “lepra da heresia”. Assim era o pensamento inquisitorial dominante. Em 1485, o inquisidor Pedro Arbus morreu assassinado, justamente ele que fora declarado santo quatro séculos depois. Pelo assassinato de Arbus, depois de buscas e inquéritos implacáveis, mais de sessenta acusados foram condenados e atirados à fogueira.

O Caso do Frei Baldo Lupertino e do Estudante de Pádua: A reação começava a se constituir espontaneamente. O monge alemão Martín Lutero lançaria, mais em seguida, a Reforma Protestante, desafiando o poder que emanava de Roma. O fascínio dos Papas pelos valores transitórios do mundo e pela bonança financeira, i ndignavam o monge alemão. O padre Baldo Lupertino, que era franciscano, também já demonstrava idéias independentes, que se harmonizavam com os ideais de Lutero, dizendo que o Papa era apenas o Pastor de sua própria Igreja. “Acredito na verdade contida nas Escritura s, mas não na autoridade do Papa, que é um ser humano como outro qualquer”. Nesse tempo papas, cardeais e bispos viviam cercados de luxo, mais preocupados em questões políticas e financeiras do que nos verdadeiros valores espirituais. Leão X assumira o seu Pontificado totalmente seduzido p elos prazeres do mundo. “Uma vez que Deus nos conferiu o nosso pontificado, vamos aproveitá-lo”, disse ele sem qualquer escrúpulo. Leão X (1513/1521) dedicava seu tempo às artes, às festas, à caça e ao teatro. Sua corte era abastecida por banquetes regados às melhores bebidas finas. As delícias do mundo anestesiavam incontrolavelmente o poder daquele Pontífice. Uma única preocupação marcaria seu reinado: a reforma da Catedral de São Pedro, o projeto mais ambicioso de Leão X, que levaria a Igreja ao fundo do poço. Para resolver a situação financeira difícil que criou, Leão X passou a vender indulgências (perdão comprado pelos católicos medievais, que ficavam isentos das penas temporais por pecados cometidos contra Deus). A única providência desse Papa contra Lutero foi simplesmente excomungá-lo, em 1521. Mas toda a devassidão moral que imperava na Corte papal não era compartilhada pelo Bispo Giovanni Pietro Carafa, que fora embaixador do Vaticano na Espanha, onde observou a eficiência da Inquisição contra dissidentes, como Lutero. E passou, em Roma, a sonhar com a mesma coisa. A ssim sendo, Carafa passou a liderar um grupo de monges que se voltaria contra Lutero e os inimigos da então mais poderosa Religião da Terra. Em 1529, a cidade de Veneza já estaria contaminada pela disseminação da heresia protestante. O padre franciscano Baldo Lupertino liderava a conspiração das idéias. Pregava para o público com independência, a reforma, afirmando que ninguém precisava do clero para falar com Deus, pois achava que esse contato deve ser direto. Sobre o sacramento da confissão, dizia: “somente Deus perdoa e sem uma confissão sincera e arrependida a Ele, nenhuma confiss ão será válida, nem ao Papa”. Por isso, esse prelado dissidente tornou-se o alvo da vingança do Bispo Carafa. Por sua vez, outro reduto de hereges era a Universidade de Pádua, próximo a Veneza, famosa pela liberdade das idéias e por seu primor acadêmico.

157 Não demorou muito e um participante da comunidade denunciou Frei Lupertino em Roma. Nessa altura o Bispo Carafa já era Cardeal, com grande prestígio no Vaticano. Valendo-se dessa condição, fez a cabeça do Papa Paulo 3º, dizendo que era necessário exterminar a heresia protestante que crescia incontrolavelmente. E seu remédio para salvar Roma e a Península itá lica não era outra: a Inquisição. E assim aconteceu. Com a construção de câmaras de interrogatório e celas de prisão, próprias do processo inquisitorial. Nem mesmo o pai de Carafa seria poupado, caso dele discordasse na fé: “se ele se tornasse um herege, e u armaria a fogueira para dizimá-lo”, dizia, sem escrúpulo, o impiedoso Cardeal. E a Inquisição tomava conta da Península.

Em Veneza, o dissidente Frade Lupertino, seria a primeira vítima do Cardeal Carafa. Preso, foi levado ao Tribunal da Inquisiç ão, em 1542, onde manteve as idéias dissidentes que o fizeram réu. O enviado do Papa queria a execução exemplar do acusado, amarrando-o na Praça de San Marco e queimando-o para que suas cinzas fossem atiradas ao mar “pela honra e glória do Cristo”. Mas, para n ão ensejar repercussão nos negócios da cidade, preferiu-se o aprisionamento de Frei Lupertino por tempo indeterminado, permanecendo ele no cárcere por quatorze anos, até que o Papa Paulo IV - nome que o Cardeal Carafa assumiu ao ser eleito Pontífice  – requereu a execução pública do prelado, o que foi vetado pelas autoridades de Veneza, e, em conseqüência, o padre acabou sendo atirado ao mar, às escondidas , na calada da noite, com uma pedra amarrada ao pescoço. Em 1555, com o Inquisidor cardeal Carafa proclamado Papa, com o nome de Paulo IV, a Universidade de Pádua logo entrou na mira ensandecida do Pontífice, que determinou a expulsão de todos os hereges. Um estudante de Direito, de apenas 24 anos de idade, tornou-se também uma vítima derradeira, que bem ilustra essa investida ação papal. Intimado, o estudante compareceu ao Tribunal, onde manifestou em sua defesa o direito de expressar livremente suas idéias, enquanto estudante universitário de Pádua. “A Igreja se desvia d a Verdade”, acusou ele, recusando-se a abjurar. Foi condenado à prisão e, depois, executado publicamente na Piazza Navona, mergulhado num barril de óleo fervendo, piche e água raz, onde sobreviveu por quinze minutos sob sofrimento atroz.

A Inquisição em Portugal e no Brasil: A Inquisição foi instituída em Portugal no ano de 1536 e somente terminou em 1821. O primeiro auto-de-fé foi assinado em 20 de setembro de 1540 na capital, Lisboa. Aproximadamente 70 mil portugueses foram condenados pelo Tribunal do Santo Ofício. Destes, mais de trinta mil foram "purificados pelo fogo". Os que não eram destinados à fogueira normalmente eram exportados para o Brasil-colônia, onde cumpriam pena. Informam os historiadores que os Tribunais da Inquisição nunca foram oficialmente instalados e m terras brasileiras. Entretanto, afirma-se que o clero detinha poderes inquisitoriais. Os vigários fiscalizavam a população, informando para as autoridades eclesiásticas comportamentos considerados suspeitos de heresia. Por sua vez, os bispos tinham autoridade para determinar prisões, confiscar bens e transferir suspeitos de heresia para julgamento em Lisboa. Segundo a historiadora Anita Novinsky, numa entrevista que concede u no Rio, “tivemos um Tribunal do Santo Ofício, que atuou no Brasil durante 285 anos, so bre o qual não conhecemos nada”.

A Perseguição aos Judeus: Durante a atuação impiedosa do ex-cardeal Carafa, depois Papa Paulo IV, considerava- se que “nenhum Tribunal trabalhava melhor pela obra de Deus”, do que a Corte da Inquisição. Mas o fato é que Paulo IV também fora implacável com os judeus. A Bula papal que esse Pontífice emitiu, em 1555, instalou o desassossego e o pavor entre a comunidade judaica, que p assou a ser confinada em guetos, somente podendo sair de lá com permissão especial. Milhares

158 de manuscritos judaicos foram atirados à fogueira. Qualquer livro hebraico estaria proibido. O Talmude (compilação de leis judaicas) passou a ser considerado “livro perigoso”. Mas como não há mal que não tenha fim, chegou o dia 18 de agosto de 1559. Paulo IV se encontrava em seus últimos momentos no Planeta. À meia-noite ele mandou chamar seus cardeais e a eles confiou o prosseguimento da Santa Inquisição “em nome de Jesus Cristo”. Não obstante, logo após seu último suspiro, a população de Roma eufórica, invadiu as ruas da “Cidade Eterna” para comemorar o fim do martírio imposto por aquele implacável Pontífice. As prisões foram abertas e os condenados soltos. Mas a sombra de Paulo IV ainda permaneceria viva por muito tempo, pois deixara como seu legado u ma lista de livros proibidos, que ficou conhecida como: “Index Librorum Prohibitorum”, (índice dos livros proibidos) criado “para evitar a corrupção dos fiéis”. E po r causa disso, os livros somente poderiam ser editados na Itália com aprovação prévia. As i déias e informações eram restritas, mediante controle rígido do pensamento. Em 1606, quase toda a população de Veneza chegou a ser excomungada pelo Papa, a evidenciar a expansão das doutrinas dissidentes.

 A Perseguição aos Templários:

Os Templários eram membros de uma ordem religiosa de monges guerreiros e Jacques DeMolay foi seu 23º e último Grão-mestre. Os Cavaleiros do Templo, como também eram chamados, foram durante muito tempo, motivo de orgulho para a Igreja Católica até que no dia 13 de Outubro de 1307 (a sexta-feira 13) o rei Felipe IV da França convocou o comparecimento de todos os templários da França ao seu castelo. Quando lá chegaram, foram todos encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de her esia, após a investigação dos interrogatórios, Felipe o Belo, mandou prender Jacques DeMolay e alguns altos dignitários da Ordem. Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e que a absolvição da ordem poderia ocorrer, o Rei Felipe IV, desfere o golpe final para que a questão templária fosse terminada, ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay, então sob a custódia da comis são de bispos da inquisição, e ordena que ambos sejam queimados na fogueira na Ile de la Cite, pouco depois das vésperas em 18 de Março de 1314. Com isso Jacques DeMolay passou a ser conhecido como um símbolo de lealdade e companheirismo. Ele preferiu morrer a entregar seus companheiros. E por esse motivo a Maçonaria veio a fundar a Ordem DeMolay em respeito e este her ói templário.

A Perseguição à Maçonaria: A Bula Papal Humanum Genus foi escrita por Leão XIII e promulgada em 1884 em meio às grandes revoluções burguesas da Europa do século XIX, que suprimiram todas as terras da Igreja e criaram Estados Laicos em toda a Europa e estes se espalhavam por todo o mundo. São apenas 15 páginas que condenam vigorosamente não apenas a Maçonaria, mas toda e qualquer associação ou organização de seres humanos alheia à Igreja Católica Romana (Protestantes, Judeus, Muçulmanos, Espíritas, Budistas, Positivistas, Socialistas, etc, etc, etc.) Fora da Igreja Católica Romana Leão XIII, o primeiro papa na história que não é rei, nem coroa rei algum, somente enxergava escuridão, pecado e erro. Desde então, a Maçonaria declara em seus preceitos que: “A inquisição não está morta, apenas dorme” .

Napoleão, o grande adversário da Inquisição:

159 O Imperador francês Napoleão Bonaparte fora, com efeito, o grande adversário dos papados inquisitoriais. Ele era o maior defe nsor da separação entre a Igreja e o Estado. Ao conquistar o norte da Itália, em 1796, Napoleão baixou atos determinando que os guetos j udaicos fossem imediatamente liberados e se tornassem livres. Em Madri, em 1808, Napoleão extinguiu a Inquisição. Libertou homens e m ulheres que estavam acorrentadas, onde “só demônios poderiam gerar os instrumentos de tortura encontrados”, como afirmou uma testemun ha da época. Os documentos que comprovavam os horrores da perseguição religiosa espanhola viriam a ser examinados e organizados pelo Secretario Geral da Inquisição de Madri, servindo de legítimo embasamento histórico. Em 1810, os ideais de Napoleão no sentido de submeter o poder papal a degradante humilhação estava próximo de tornar-se realidade. Os documentos da Inquisição foram coletados, com ordem do Imperador de seguir para Paris. Cerca de 3.000 caixotes contendo arquivos, sentenças, pronunciamentos doutrinários e peças de interrogatório foram conduzidos para a capital da França. Tais documentos eram a prova de que necessitava Napoleão para desencantar os italianos diante da Igreja Católica e de seus Papados. Lá estava o julgamento de Galileu com seu argumento impecável: “E se amanhã for comprovado definitivamente que a Terra gira em torno do sol, como ficar á a posição atual da Igreja?”. Mas o fato é que após a derrota de Napoleão veio a reviravolta. Em 1814, na Espanha, quem acompanhou a França durante a ocupação seria executado e os hereges teriam a língua perfurada por uma barra quente de ferro, conforme anunciava a Corte. A vingança oficial grassava. Após a morte de Napoleão, os Estados papais ainda mantiveram os horrores da Inquisição por mais quatro décadas.

O Caso Edgardo Mortara: O que precipitou o fim da Inquisição, nos meados do século XIX, foi o rumoroso caso do menino Edgardo Mortara que pertencia a uma família judia e fora batizado secretamente por uma babá, à revelia dos pais. Naquela época, os judeus ainda viviam em guetos e não lhes era permitido freqüentar universidades, viajar, ou se relacionar com cristãos, tudo segundo as leis do Santo Ofício. Em 24 de agosto de 1858, a polícia do Papa seqüestrou o pequeno Edgardo Mortara porque ele se tornara “propriedade da Igreja” visto que “uma norma papal  fora descumprida”, segundo a justificativa do Oficial responsável. O menino foi arrebatado da mão dos pais, passando o Oficial condutor apenas um recibo, sem dizer para onde ele seria conduzido. Nessa época eram comuns os seqüestros de crianças judias pela polícia papal. Depois de percorrer, em vão, uma longa via crucis, o pai do menino Momolo Mortara teve seu apelo desesperado atendido pelo Papa Pio IX e pode ver o filho, com restrições. Prometeram ao Sr. Mortara o direito de viver com o filho se ele se “convertesse”. Mas Mor tara persistia em seu desespero e não descansava. Enquanto isso, o caso ganhava cada vez mais espaço na imprensa de então. O momento era grave para a História da Igreja, pois o movimento pela unificação da Itália ganhava força. O Exercito austríaco, que garantira a segurança dos impérios papais durante dois séculos e meio, viu-se obrigado a deixar a Itália. E a segurança de Pio IX e de sua Corte ficou literalmente entregue à própria sorte. Em 1860, o sacerdote inquisidor, padre Feletti, que fora responsável pelo seqüestro do menino Edgardo Mortara, era preso pela antiga Polícia Papal, agora fiel ao novo Governo civil. Feletti foi processado por seu ato criminoso de seqüestro, mas, nem mesmo as sim, o garoto foi devolvido ao pai. Pio IX, por sua vez, em carta que endereçara ao jovem, tempos depois, diria, segundo registros históricos: “Eu adquiri você em nome de Jesus Cristo, por um alto preço e ninguém demonstrou preocupação comigo, pai de todos os fiéis...” Em 1870, o Exercito italiano pôs fim aos reinos papais, restringindo os domínios de Pio IX a 40 hectares de terra, onde estavam os prédios do Vaticano. Não teria sido, pois, em vão que a Santa Sé relutou, até 1929, para reconhecer a Itália como Estado soberano. E der radeiramente o menino Mortara nunca mais voltaria para a família. Ele tentara insistentemente convencer seu pai sobre “as verdades da Igreja”, tornandose monge de uma abadia belga, onde se entregou durante o resto de sua vida à oração e à contemplação. Se a Igreja Católica ganhara a batalha do menino que seqüestrou das mãos dos pais, o mesmo não se poderia dizer a respeito da rígida Doutrina que impôs como única e verdadeira do mundo, durante aproximadamente quase 1000 anos. Os novos tempos chegaram e o mundo evoluiu, não mais admitindo reinados religiosos que sejam considerados indevidamente supremos donos da verdade.

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A Inquisição na Atualidade: No ano de 1908, o Tribunal da Santa Inquisição, foi transformado pela Santa Sé em Congregação para a Doutrina da Fé, e não mais ameaçaria a liberdade de crença no mundo, hoje garantida por quase todas as Constituições dos Estados modernos e livres. Em 1981, Josef Ratzinger (o atual Papa Bento XVI), nomeado para chefiar a Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou esse compromisso prometendo lutar pela união de todos os credos através do Ecumenismo (união na convergência e respeito na divergência), um princípio sagrado inaugurado pelo saudoso Pontífice João XXIII, o Papa que trouxe luzes sobre as trevas medievais. No ano de 2000, o falecido Papa João Paulo 2º, falando como soberano Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana, num evento penitencial solene e sincero, pediu formalmente desculpas ao mundo pelos “dramas relacionados com a Inquisição e pelas feridas deixadas na memória da humanidade”. O Pontífice também pediu oficialmente perdão a Deus, “em nome da Santa Igreja”, diante dos pecados cometidos pela Instituição desde a sua fundação há dois mil anos. O gesto, sem precedentes na História da Igreja Católica, ocorreu na Basílica de São Pedro, em Roma, durante a Missa do primeiro domingo da Quaresma. Segundo a imprensa da época, sete confissões de culpas foram formuladas por sete dignitários da Cúria Romana, seguidas de sete pedidos de perdão pelo próprio Papa. Também se registrou uma confissão geral pelas culpas do passado e um pedido formal de perdão pelos “erros cometidos a serviço da verdade por meio do uso de métodos que não têm relação com a palavra do Senhor"; pela sep aração dos cristãos; pelas perseguições impiedosas aos judeus; pelo desrespeito às culturas e religiões de todos os povos; e, finalmente, um “mea culpa” pelas longas e reconhecidas violações dos direitos humanos. Estima-se que 75 milhões de pessoas foram chacinadas pelo “Santo Ofício”, enquanto que milhões de outras foram intimidadas, torturad as, e mulheres forçadas a manter relações sexuais com os sacerdotes executores da Inquisição. Os defensores do “Tribunal do Santo Ofício” alegam que a Igreja, qual uma “mãe zelosa”, teria o direito de castigar seus filhos para protegê -los das “más companhias”. Contestam os números apresentados dizendo que não foram tantas vítimas assim. No entanto, se somente um ser humano tivesse sido assassinado nas fogueiras da inquisição, ainda assim, seus atos não seriam justificados. Salientamos que este artigo não tem por intuito despertar revanchismos, ao contrário, conclamamos todos a refletir nas seguintes palavras do Mestre Jesus: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas". (Mateus 6:14-15)

Toré

O Toré é uma dança que inclui também práticas religiosas secretas, às quais só os índios têm acesso. O objetivo ritual do toré é a comunicação com os encantos ou encantados, que vivem no reino da jurema ou juremá, referência à bebida feita com a casca da raiz da juremeira. Quanto à dança propriamente dita, ela assume características diferentes em cada comunidade. Eles dançam em círculos, em sentido anti-horário, fazendo e desfazendo sucessivas espirais. O grupo dança formando quatro filas, que fazem variadas coreografias, criando movimentos de rara beleza. O ritual, que começa por volta das 21h e vai até as 3h da manhã, é uma dança coletiva acompanhada por cânticos e pelo som de chocalhos feitos de cabaças. O que mais impressiona no Toré é a força com que todos pisam o chão, de forma ritmada, juntos, como se fossem uma só pessoa.

Pajelança Durante o ritual terapêutico, o pajé reza e fuma ao mesmo tempo, baforando a fumaça do tabaco sobre o corpo do doente. Enquanto isto sustenta em uma das mãos o maracá, cujo ruído assinala a aproximação do espírito. O pajé pode alcançar o transe fumando e hiperventilando continuamente, o que lhe provoca visões que lhe direcionam para compreender os atos es tranhos que se sucedem na aldeia, ou para predizer sucessos e insucessos. A pajelança é um ato-ritual de cura, levada á cabo por vários pajés. Nestas ocasiões eles se reúnem para fins curativos ou cuidar da realização de um feitiço que beneficie todas as comunidades participantes do evento. A crença da pajelança é ass entada na figura do encantamento, ou seja, é um culto á encantaria. Encantados são os seres invisí veis que habitam as florestas, o mundo subterrâneo e aquático, regiões conhecidas como "encantes". Os pajés servem de instrumentos para a ação dos encantados. Para tornar-se pajé, o indivíduo precisar ter um dom de nascença ou "de agrado" (adquirido).

O Catimbó

161 A Jurema é uma árvore que floresce no agreste e na caatinga nordestina; da casca de seu tronco e de suas raízes se faz uma bebida mágicosagrada que alimenta e dá força aos encantados do “outro -mundo”. É também essa bebida que permite aos homens entrar em contato com o mundo espiritual e os seres que lá residem. O Catimbó, envolve como padrão a ingestão da bebida feita com partes da Jurema, o uso ritual do tabaco, o transe de possessão por seres encantados, além da crença em um mundo espiritual onde as entidades residem. Para seus adeptos, o mundo espiritual tem o nome de Juremá e é composto por reinados, cidades e aldeias. Nestes Reinos e Cidades residem os encantados: os Mestres e os Caboclos. “Cada aldeia tem três ‘mestres’. Doze aldeias fazem um Reino com 36 ‘mestres’. No reino há cidades, serras, florestas, rios. Quanto são os Re inos? Sete, segundo uns. Vajucá, Tigre, Candindé, Urubá, Juremal, Fundo do Mar, e Josafá. Ou cinco, ensinam outros. Vajucá, Juremal, Tanema, Urubá e Josafá”. Troncos da planta são assentados em recipientes de barro e simbolizam as cidades dos principais mestres das casas. Estes troncos,  juntamente com as princesas e príncipes, com imagens de santos católicos e de espíritos afro-ameríndios, maracas e cachimbos, constituirão as Mesas de Jurema. Chama-se Mesa o altar junto ao qual são consultados os espíritos e onde são oferecidas as obrigações que a eles se deva. As princesas são vasilhas redondas de vidro ou de louça dentro das quais são preparadas a bebida sagrada e, em ocasiões espec iais, onde são oferecidos alimentos ou bebidas aos encantados. Os príncipes são taças ou copos, que normalmente estão cheio

ODUDUÁ ODUDUÁ Oduduá , na tradição é complicada , polêmica. Alguns sugerem ser a referida divindade um orixá feminino a esposa de Oxalá , rainha da Terra .Outros classifam como sendo uma qualidade do próprio Oxalá . Eu parto pela vertente que considera ODUDUÁ , divindade feminina da criação de toda matéria , origem da vida . Senhora do universo ,ÚTERO DA TERRA . Oduduá não enxerga pelos olhos , mas por outros sentidos dotada de temperamento terrível , de difícil convivência . É senhora de grande inteligência , de autoritarismo e poder de dominação pela força , sobre tudo e sobre todos.Temperamen- -tal , lasciva , consciente do imenso poder que tem em suas mãos Não suporta a beleza das coisas , da saúde , da prosperidade alheia ,que pode provocar a sua ira e uma vingança implacavel . Diz o mito que OXALÁ arrancou os seus olhos acometido por um estranho ataque de fúria , em virtude da sua tagarelice de mulher , que tinha voz muito estridente e desagradável. Ela não parava de falar , queixando-se da vida aos berros. Oduduá é dotada de temperamento terrível, de difícil convivência .Nunca se sabe como agrada-la. Nos primórdios diz a lenda ,Olórum concedeu a Oduduá total poder sobre o universo e os demais orixás , entregando-lhe simbólicamente uma cabaça e um pássaro de metal. Mas Oduduá passou a reinar de forma cruel e por qualquer motivo mandava arrancar os olhos e o coração das criaturas.Oludamaré , preocupado tirou parte do poder de Odudua e entregou a Oxalá , restabelecendo a justiça e a misericórdia. Oduduá a senhora do poder feminino assemelha-se em alguns aspéctos a Odu -iamioxoróngo,-terrível , fria , e sem coração , guardiã do poder e da vida dos habitantes do aiê , seu habitat ,para a infelicidade dos mortais .-

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Linha De Oxalá

25/12 - Louvação a Oxalá 25/12 Oxalá – É o Obatalá (Orixá que se veste de branco), o Orixalá (o maior dos Orixás). Orixá da fé, da paz e da pureza (alvura).

Linha de Oxalá: Esta linha é regida pôr Jesus Cristo e representa o princípio da criação, a luz divina que coordena todas as outras. Os guias principais desta linha são :

LINHA DE OXALÁ Caboclo Tupi - Representante de Oxalá na Linha das Almas Caboclo Guarani - Representante de Oxalá na Linha de Oxóssi Caboclo Aymoré - Representante de Oxalá na Linha de Ogum Caboclo Guaracy - Representante de Oxalá na Linha de Xangô Caboclo Ubiratã - Representante de Oxalá na Linha de Ibeji Caboclo Ubirajara - Representante de Oxalá na Linha de Senhoras Caboclo Urubatão da Guia - Comando da Linha de Oxalá LINHA DE OXALÁ

Caboclo Tupi Representante de Oxalá na Linha das Almas Caboclo Guarani Representante de Oxalá na Linha de Oxóssi Caboclo Aimoré Representante de Oxalá na Linha de Ogum Caboclo Guaracy Representante de Oxalá na Linha de Xangô Caboclo Ubiratã Representante de Oxalá na Linha de Ibêji Caboclo Ubirajara Repres. de Oxalá na Linha de Senhoras Caboclo Urubatão da Guia Comando da Linha de Oxalá

OXALÁ (ou ORIXALÁ): (ORI  Luz, Reflexo; XA  Senhor, Fogo; LÁ  Deus, Divino) Portanto, A LUZ DO SENHOR DEUS Os Setes Chefes de Legião da Vibração Espiritual de Oxalá: Caboclo Urubatão Da Guia

Caboclo Guaracy Caboclo Guarani

Caboclo Aymoré Caboclo Tupy Caboclo Ubiratan Caboclo Ubirajara

7 6 5 4 3 2 1

representante da vibração espiritual intermediário para Ogum intermediário para Oxossi intermediário para Xangô intermediário para Yorimá intermediário para Yori intermediário para Yemanjá

- Exu Rei Sete Encruzilhadas Comando negativo da linha - Exu Sete Pemb as Representante negativo na linh a das Senhoras - Exu Sete Ventanias Representante n egativo na linh a de ibêjis - Exu Sete Poeiras Represen tante negativo na linha d e Xangô - Exu Sete Chaves Representan te negativo na linha de Ogum - Exu Sete Capas Representante negativo n a linha de Oxóssi - Exu 7 Cruzes da Calung a Representante negativo na linha das Alm as

163 ORIXALÁ (OXALÁ) Esta Vibração tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o Incriado, o Reflexo de Deus, o Verbo Solar. É a Luz Refletida que coordena das demais Vibrações Originais, não em seus Pontos Iniciais, e sim em suas exteriorizações que se fixam no nosso Mun do, e que dão a Magia aos Orixás que integram e dirigem na prática a Lei na dita Linha.  Na adaptação popular dos Terreiros, diz-se como "Linha de Oxalá". O ASTRO que corresponde a essa Vibração é o SOL A COR é a BRANCA ou AMARELO-OURO O DIA é o DOMINGO O Mediador é o ARCANJO GABRIEL

OXALÁ - Sua cor é o branco, sua erva é boldo, manjericão, seu símbolo é o opachorô, cetro de metal branco com os símbolos da criação, sua saudação é acheuepa babá, sua guia é de contas brancas de louça com firma branca, sua pedra é o cristal branco, sua essência é de alfazema e mirra, seu metal é o ouro amarelo e branco e o estanho, seu número é o 16 e o 10, sua comida é a canjica de milho branco cozida com mel e o acaçá no leite de coco, sua bebida e o aluá de oxalá ou vinho de palma, sua fruta é pêra, uva verde, maçã verde, seu dia é sexta-feira, é sincretizado com Jesus Cristo.

O astro que rege esta linha é o Sol e tem como guardião o anjo Gabriel.

LINHA DE OXALÁ

OXALÁ - Sua cor é o branco, sua erva é boldo, manjericão, seu símbolo é o opachorô, cetro de metal branco com os símbolos da criação, sua saudação é acheuepa babá, sua guia é de contas brancas de louça com firma branca, sua pedra é o cristal branco, sua essência é de alfazema e mirra, seu metal é o ouro amarelo e branco e o estanho, seu número é o 16 e o 10, sua comida é a canjica de milho branco cozida com mel e o acaçá no leite de coco, sua bebida e o aluá de oxalá ou vinho de palma, sua fruta é pêra, uva verde, maçã verde, seu dia é sextafeira, é sincretizado com Jesus Cristo. LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ - Estas Entidades usam roupagem de Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no grau de Protetores, e não gostam de ser solicitadas sem um motivo imperioso além das 21 horas. Suas vibrações fluídicas começam se fixando pela cabeça, por cima, na altura da glândula pineal e vai até aos ombros, com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax, e certo nervosismo que se comunica de leve ao Plexo Solar. A respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos. O movimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que geral no corpo. Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação, conservando a cabeça do aparelho(médium), ora baixa ora semi levantada... Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "chefia de cabeça" e quase nunca uma função auxiliar efetiva (um dos Orixás Chefes, senão o mais antigo, é o Caboclo Urubatão; o autor, em seu eterno "peregrinar" em incontáveis "terreiros", teve momentos de verdadeira "agonia mental" quando era obrigado a cumprimentar "aparelhos" com "encosto" de Exu, dizendo-se, por vaidade ou puro animismo, ser aquela entidade. Esta "agonia" era por ver as tremendas falhas da "representação", vistas e sentidas por seus próprios companheiros, que olhavam a "cena" divertidos e irônicos).

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Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando encontram a mediunidade de um ou outro em excelente estado mental, e moral. Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de grande beleza: dão a Flecha, Chave e Raiz. As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam, consultam pouco e não assumem "chefia de cabeça", porém são sempre auxiliares.

Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça". CABOCLOS DE OXALÁ Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São "compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito. Sua principal função é dirigir e instruir os demais Caboclos.

ORIXALÁ Esta Vibração tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o Incriado, o Reflexo de Deus, o Verbo Solar. É a Luz Refletida que coordena das demais Vibrações Originais, não em seus Pontos Iniciais, e sim em suas exteriorizações que se fixam no nosso Mundo, e que dão a Magia aos Orixás que integram e dirigem na prática a Lei na dita Linha. Na adaptação popular dos Terreiros, diz-se como "Linha de Oxalá". O ASTRO que corresponde a essa Vibração é o SOL A COR é a BRANCA ou AMARELO-OURO O DIA é o DOMINGO O Mediador é o ARCANJO GABRIEL

Orixalá ou Oxalá ? A Vibração Original (a Linha) se chama Orixalá, com o tempo contraiu-se para Oxalá que por sua vez é o nome do Senhor Jesus Cristo. Então é bom frisar que Orixalá é a Vibração Original (a Linha) e Oxalá é o Senhor Jesus Cristo. Assim sendo, para não dar muita confusão, fazemos assim: Considerando-se que Jesus Cristo (Oxalá) está ligado diretamente a Vibração Original Orixalá, saravamos o nome Oxalá com o pensamento de estarmos saravando a Vibração Original (a Linha) e a Jesus Cristo ao mesmo tempo. Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres encarnados, as Linhas de Umbanda têm Comandos definidos e Representantes junto às outras linhas, para evitar entre choques e harmonizar melhor as freqüências, sendo o seu principal escopo o bem estar do ser encarnado. Ditos Representantes, comparam-se à Diplomatas com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus afins. A seguir damos a relação dos Comandos e Representantes entre as 7 Linhas da Umbanda.

OXALÁ Considerado pai de todos os orixás é o senhor do branco, da pureza, e da paz equilíbrio positivo do universo orixá mais velho foi o primeiro a ser criado transmite a seus filhos sua característica mais soberbas: calma respeitabilidade, força de vontade nada faz mudar de opinião ou estratégia no entanto aceita as conseqüências de suas decisões, seu dia é o domingo,sua cor é o branco,característica:velhice,sabedoria, paternidade. Correspondência com santos católicos: Cristo, Senhor do Bom fim.

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06-Oxalá Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá. Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa, orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ. Esta relação de importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A  jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo, por exemplo. Assim, Oxalá não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Ossâim, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante. Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros ( o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá ) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes. Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realizálos, efetivarem verdadeiros cultos de Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante a mitologia ioruba. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores. Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça) e dos seus  AJUNTÓ (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do ter reiro. Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé, que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua e Olokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai. O seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade.

Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres. Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras: moço  –  chamado Oxaguiam, e velho  –  chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpáxôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações.

 A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: "Estou aqui; enviai-Me".

Erê de OXALA: Julinha, Rutinha, Rubinho Pngo d’água, cristal, nuvenzinha, nuvem de prata, chuva de prata, Varinha, cajado, pilãozinho, pombinho de prata, LIRÍO BRANCO, Lança pratiada, CRAVINHO BRANCO, alazão branco, Caracol, passaro branco, ATORI. A Preparação de Imagens Algumas pessoas têm, em suas casas, imagens de santos da Igreja Católica que estão sincretizados nos Orixás de Umbanda. Queremos esclarecer que para que a imagem atraia realmente a vibração que representa, ela deverá ser preparada antes, num ritual simples que passamos a descrever. Lave a imagem com água corrente e três gotas de amônia, para retirar a vibração que a imagem captou na loja comercial onde foi comprada. Em seguida, lave com água e três gotas da essência correspondente à vibração que se quer atrair. Use toalha própria para enxugar e pano

166 branco virgem para passar a água com essência. Fure a imagem por baixo, na base, com um punhal virgem ou da vibração, fazendo um orifício de dois centímetros de diâmetro, aproximadamente. Antes de iniciar o ritual de imantação das imagens, prepare-se com banho de descarrego, roupa branca (roupa de santo, se tiver), defumação e acenda uma vela de cera com um copo d’água ao lado. Ao terminar o ritual, feche o orifício com a cera da vela e deixe queim ar o restante. A vela deverá estar oleada (untada) com a essência utilizada e deve ser usada uma vela para cada imagem a ser preparada. As contas a serem utilizadas no ritual deverão ter sido colocadas anteriormente, por três dias, em água com três gotas da essência correspondente. Coloque no interior da imagem o seguinte: Oxalá pó de pemba branca 7 contas brancas algodão com 21 gotas de essência de aloés

Oxalá É o orixá mais querido e respeitado do panteão afro brasileiro. O branco, símbolo tradicional da pureza é a cor de tudo que esteja ligado a Oxalá, o responsável, segundo a mitologia iorubana, pela criação e administração do mundo. Rege os demais orixás e, por conseguinte, os homens. Acima dele só Olorum, o deus supremo iorubá. Oxalá é a figura paternal, calmo e sereno nos momentos mais difíceis; uma dignidade distante e certa tendência à centralização também fazem parte de sua imagem típica. Segundo a maior parte dos ítans, ele é pai de todos os orixás. Filho direto de Olorum ou Olodumare, Oxalá representa o céu, princípio de tudo que, ao tocar o mar, na representação simbólica de um ato sexual, teria criado todos os outros orixás para que cuidassem dos seres da terra, os homens, cercados pelos céus e pelo mar de todos os lados. Vários nomes são ligados a Oxalá. Na Nigéria prevalece o nome Obatalá. Em Oko, Orixaakô; em Ejigbo, recebe o nome de Oguinhã. Em todos estes locais, porém, é inquestionável seu posto de supremacia. Existem diversos tipos de Oxalá, como acontece com todos orixás africanos, mas neste caso há um certo destaque para duas de suas formas, justamente Oxalá mais novo e o Oxalá mais velho. Oxalá sempre é o último a ser reverenciado em todas cerimônias dedicadas aos orixás. Sua cor é o branco, seu dia da semana no batuque é o domingo. Oxalá velho é sincretizado com Divino Espírito Santo e Nosso Senhor do Bom Fim, e o novo com Menino Jesus de Praga.

1 - Linha de Oxalá Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça".

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Oxalá Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do  panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá. Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa, orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ. Esta relação de importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A  jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo, por exemplo. Assim, Oxalá não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Ossâim, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante. Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros ( o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá ) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes. Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realizálos, efetivarem verdadeiros cultos de Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante a mitologia ioruba. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores. Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça) e dos seus  AJUNTÓ (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do terreiro.

Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé, que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais citados Odudua e Olokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai. O seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade.

Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres. Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras: moço  –  chamado Oxaguiam, e velho  –  chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpáxôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco.O dia consagrado para ambos é a sexta-feira . Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações.

A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao seu rebanho: "Estou aqui; enviai-Me".

OXALÁ É JESUS ? A imagem de Jesus Cristo é figura obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros ou Tendas de Umbanda, em local elevado, geralmente destacada com iluminação intencionalmente preparada, de modo a conformar uma espécie de aura de luz difusa à sua volta. Homenageia-se Oxalá na representação daquele que foi o "filho dileto de Deus entre os homens"; entretanto, permanece, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana: "Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os homens"; Oxalá coexistiu com a formação do mundo; Oxalá já era antes de que Jesus o fosse. Oxalá, assim como Jesus, proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre.

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Mitologia Oxalá era marido de Nanã, Senhora do Portal da vida e da morte. Senhora da fronteira de uma dimensão (a nossa) para outras. Por determinação da própria Nanã, somente os seres femininos tinham o acesso ao Portal, não permitindo a aproximação dela de seres do sexo masculino, sob hipótese alguma. Esta determinação servia para todos, inclusive para o próprio Oxalá. E assim foi, durante muito tempo. Porém, Oxalá não se conformava em não poder conhecer o Portal, não só por ser marido de Nanã, como por sua própria importância no panteão dos Orixás. Assim, pensou, até que encontrou a melhor forma de burlar as determinações de sua esposa. Não fugindo de sua cor branca, vestiu-se de mulher, colocou o Adê (coroa) com os “chorões”, no rosto, próprio das Iabás (mulheres) e aproximou-se do Portal, satisfazendo, enfim, sua curiosidade. Foi pego, porém, por Nanã, exatamente no momento em que via o outro lado da dimensão. Nanã aproximou-se e determinou: -Já que tu, meu marido, vestiste-te de mulher para desvendar um segredo importante, vou compartilhá-lo contigo. Terás, então, a incumbência de ser o principio do fim, aquele que tocará o cajado três vezes ao solo para determinar o fim de um ser. Porém, jamais conseguiras te desfazer das vestes femininas e, daqui para frente, terá todas as oferendas fêmeas! E Oxalá, conhecido por Olufan, passou a comer não mais como demais santos Aborós (homens), mas sim cabras e galinhas como as Iabás. E jamais se defez das vestes de mulher. Em compensação, transformou-se no Senhor do principio da morte e conheceu todo o seu segredo. Oxalá, portanto, é o fim. Não o fim trágico, mas pacífico, de tudo que existe no mundo. E por isso merece todo o carinho que lhe damos. Por isso, é o nosso salvador, nosso conselheiro, aquele que vem nos momentos de angustia para trazer algo que esse mundo precisa demasiadamente: Paz. Dados Oxalufan

Dia: sexta feira Data: 15 de janeiro; Metal: prata, ouro branco, chumbo e níquel; Cor: branco leitoso; Partes do corpo:  parte genital masculina, rins, sêmen, os 16 dentes do maxilar inferior (cauris) que pertencem a Oxalá. Comida: ebô, acaçá, o ibi (caracol) e o inhame. Arquétipo: calmos, mas capazes de liderar, bondosos e tolerantes; Símbolos: apaasoró (cajado)

Voc êAp rend eu:

Sobre o Orixá Oxalá;Quem são Oxaguiã e Oxalufã; Oxalá é Jesus?; As principais características de Oxalá; Quais suas atribuições;  As características dos filhos de Oxalá; As comidas oferecidas à Oxalá; Algumas Lendas de Oxalá.

Linha de Oxalá: Esta linha é regida pôr Jesus Cristo e representa o princípio da criação, a luz divina que coordena todas as outras. Os guias principais desta linha são : Caboclo Urubatão de Guia, Caboclo Ubirajara, Caboclo Aymoré, Caboclo Guaracy, Caboclo Guarany e Caboclo Tupy. Estes guias são os chefes de falanges, mais existem os demais guias que pertencem a esta linha e trabalham na caridade, são eles: Caboclo Pena Branca, Caboclo Águia Branca, Caboclo Tupã, Caboclo Rompe Nuvem, Caboclo Tamoio, Caboclo Gira Sol e outros. O astro que rege esta linha é o Sol e tem como guardião o anjo Gabriel.

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TRONO DA FÉ

TRONO DA FÉ

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Olorum É o orixá que simboliza o céu. Não é representado sob nenhuma forma material, e seus atributos são a totalidade, a perfeição e a universalidade.

OXALÁ - Sua cor é o branco, sua erva é boldo, manjericão, seu símbolo é o opachorô, cetro de metal branco com os símbolos da criação, sua saudação é acheuepa babá, sua guia é de contas brancas de louça com firma branca, sua pedra é o cristal branco, sua essência é de alfazema e mirra, seu metal é o ouro amarelo e branco e o estanho, seu número é o 16 e o 10, sua comida é a canjica de milho branco cozida com mel e o acaçá no leite de coco, sua bebida e o aluá de oxalá ou vinho de palma, sua fruta é pêra, uva verde, maçã verde, seu dia é sexta-feira, é sincretizado com Jesus Cristo.

1) Linha de Oxalá

Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça".

Linha de Oxalá 

Esta Linha representa a força máxima da Umbanda, de onde provêm o êxito de todos os trabalhos. É composta de diferentes espíritos de diferentes raças da Terra, não somente brancos e negros, entre eles os espíritos de pretos velhos, padres e freiras, culas almas purificadas atingiram a perfeição.

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LENDA DE OXALUFAN - OXALÁ (A CRIAÇÃO DA TERRA) Olorun, Deus supremo, criou um ser, a partir do ar (que havia no início dos tempos) e das primeiras águas. Esse ser encantado, que era todo branco e muito poderoso, foi chamado Oxalá. Logo em seguida, criou um outro orixá que possuía o mesmo poder do primeiro, dando-lhe o nome de Nanan. Os dois nasceram da vontade de Olorun de criar o universo. Oxalá passou a representar a essência masculina de todos os seres, tornando-se o lado direito de Olorun. Nanan, por sua vez, teria a essência feminina, e representaria o lado esquerdo. Outros orixás também foram criados, formando-se um verdadeiro exército a serviço de Olorun, cada um com uma função determinada para executar os planos divinos. Exú foi o terceiro elemento criado, para ser o elo de ligação entre todos os orixás, e deles com Olorun. Tornou-se costume prestar-lhe homenagens antes de qualquer outro, pois é ele quem leva as mensagens e carrega os ebós. Olorun confiou à Oxalá a missão de criar a Terra, investindo-o de toda a sabedoria e poderes necessários para o sucesso dessa importante tarefa. Deu a ele uma cabaça contendo todo axé que seria utilizado. Oxalá, orgulhoso por ter recebido tamanha honraria, achou desnecessário fazer as oferendas a Exú. Exú, vendo que Oxalá partira sem lhe fazer as oferendas, previu que a missão não seria cumprida, pois, mesmo com a cabaça e toda a força do mundo, sem a sua ajuda não conseguiria chegar ao local indicado por Olorun.  A caminhada era longa e difícil, e Oxalá começou a sentir sede, mas, devido à importância de sua missão, não podia se dar ao luxo de parar para beber água. Não aceitou nada do que lhe foi oferecido, nem mesmo quando passou perto de um rio interrompeu a sua jornada. Mais à frente, encontrou uma aldeia, onde lhe ofereceram leite de cabra para saciar sua sede, que também foi recusado. Todos os caminhos pareciam iguais e, depois de andar por muito tempo, sentiu-se perdido. De repente, ele avistou uma palmeira muito frondosa, logo à sua frente, Oxalá, já delirando de tanta sede, atingiu o tronco da palmeira com seu cajado, sorvendo todo o líquido que saía de suas entranhas (era vinho de palma). Embriagado pela bebida, desmaiou ali mesmo, ficando desacordado por muito tempo. Exú avisou Nanan que Oxalá não havia feito as oferendas propiciatórias, por isso não terminaria sua tarefa. Ela, agindo por contra própria, resolveu consultar um babalawô para realizar devidamente as oferendas. O sacerdote enumerou uma série de coisas que ela deveria oferecer, entre elas um camaleão, uma pomba, uma galinha com cinco dedos e uma corrente com nove elos. Exú aceitou tudo, mas só ficou com a corrente, devolvendo o

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restante à Nanan, pois ela iria precisar mais tarde. Outros sacrifícios foram realizados, até que Olorun a chamou para procurar Oxalá, que havia esquecido o saco da criação com o qual criaria a Terra. Nanan, após terminar suas oferendas, foi atrás de Oxalá, encontrando-o desacordado próximo ao local onde deveria chegar.  Ao saber que Oxalá havia falhado em sua missão, Olorun ordenou que a própria Nanan prosseguisse naquela tarefa com a ajuda de todos os orixás. E assim foi feito. Nanan pegou o saco da criação e o entregou à pomba, para que voasse em círculo. A galinha com cinco dedos foi solta, para espalhar aquela imensa quantidade de terra, e, finalmente, o camaleão arrastou-se vagarosamente, para compactá-la e torná-la firme. Quando Oxalá acordou, viu que a Terra já havia sido criada, e não o fora por ele. Desesperado, correu até Olorun, que o advertiu duramente por não ter reverenciado Exú antes de partir, julgando-se superior a ele. Oxalá, arrependido, implorou perdão. Olorun, sempre magnânimo, deu-lhe uma nova e importantíssima tarefa, que seria a de criar todos os seres que habitariam a Terra. Desta vez ele não poderia falhar! Usando a mesma lama que criou a Terra, Oxalá modelou todos os seres, e, insuflando-lhes seu hálito sagrado, deu-lhes a vida. Desta forma, Nanan e Oxalá desempenharam tarefas igualmente importantes, juntamente com a valiosa ajuda de todos os orixás, que possibilitaram o surgimento deste novo e maravilhoso mundo em que vivemos.

ATRIBUIÇÕES  As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados.

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Oxalá

O MAIOR DE TODOS OS ORIXÁS Oxalá é a figura mais respeitada, por ser, segundo as lendas, o pai de todos os outros orixás. De ocordo com o mito, foi um dos criadores do mundo, tendo recebido de Olorum (Deus Supremo) a tarefa de modelar todos os seres humanos. O esteriótipo a ele associado é o do pai sábio e austero, que tem sob suas mãos todos as decisões sobre a vida dos que o cercam. Ao mesmo tempo que autoritário, é também sensível e compreensivo, pois sua força não se mostra usualmente através da violência, é sim pela capacidade de argumentar e provar que está certo. A ele são feito pedidos de todos os tipos, já que age em todos os campos através de seus filhos, mas é considerado o responsável direto pelo processo de fecundação.

Oxalufã “o velho” e Oxaguian “o moço” na sua forma “guerreira” de Oxalá que carrega uma espada, cheio de vigor e nobreza, seu templo principal é em Ejigbo, onde ostenta o título de Eléèjìgbó, rei de Ejigbo. Na condição de velho e sábio, curvado ao peso dos anos, figura nobre e bondosa, carrega uma cajado em que se apóia, o Opaxoro, cajado de forte simbologia, utilizado para separação do Orun e o Ayié. No Brasil é o mais venerável e o mais venerado, sua cor é o branco, seu dia a Sexta-feira, motivo pelo qual os candomblecistas em geral usam roupa branca na Sexta-feira e na virada do ano, num claro respeito e devoção a Oxalá. Sua maior festa é uma cerimônia chamada “Águas de Oxalá” que diz respeito a sua lenda dos sete anos de encarceramento, culminando com a cerimônia do  “Pilão de Oxaguian”, para festejar a volta do pai. Esse respeito advém da sua condição delegada por Olorun, da criação e governo da ORUNMILÁ Orunmilá, também conhecido como Ifá, é o princípio da intuição, da premonição, os sentidos do espírito, o olhar que conhece o futuro. É o deus invocado no jogo de búzios, pois é ele quem conhece todos os destinos (odus), cabeças (oris) e caminhos. Ele diz a Exu que movimente suas palavras até os búzios, indicando que orixá esta regendo uma pessoa, porque, com que destino. É considerado um avatar de Oxalá, pois ele estava no começo do mundo. Olodumare (o universo) Obatalá (o principio), Oxalá (a criação), Oxaguiã (o conflito), Orunmilá (intuição), Odudua (o planeta terra), Ajalá (o oleiro q molda os oris – cabeças)eFururu (o sopro de vida) são considerados Oxalá todos eles. Qualidades: Oxalá (o sol); oxaguian (o nascer do sol); oxanyin(oxalá moço); oxadinhan (oxalá moço), oxagiriyan (oxalá feminino); oulissa (oxalá no gege); oxalufan (oxalá velho); oxáolokun (oxalá do mar); orixalá (oxalá do meio-dia); obiam (esposa de orixalá); orixá okô (oxalá da agricultura); obá-okê (oxalá da montanha); ora minhan (filho de odudua e obatalá); orixaniá (rei dos orixás); ifá

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(o espírito santo); canaburá (o nascer do dia), Obatalá, Odudua, Okin, Lulu, Ko, Oluiá, Babá Roko, Babá Epe, Babá ejugba, Akanjapriku, Ifuru, Kere, BabáIgbo, Ajaguna. Símbolos: cajado (Opaxorô),pilão (eninodô), caramujo, dente de elefante e pedacinhos de marfim dentro de um anel de chumbo. Dia da semana: sexta-feira – domingo também lhe é consagrado. Cor: branco, marfim, pérola, prata. Natureza: oceanos, rios, céu, montanhas, cumes. Elemento: ar Perfumes: lírio, alfazema, colônia, Como usar: passar às sextas e domingos

cálamo

aromático.

Bebida: água. Sincretismo: sincretizado com o Senhor do Bonfim (Oxalufã, Oxalá velho segundo domingo depois do Dia de Reis, em janeiro). Menino Jesus (Oxaguiã)Oxalá moço identifica-se também com o Espírito Santo. Nos xangôs do Recife, onde não existe Oxalá moço, é o Padre Eterno. No Rio de Janeiro e em outros Estados é Jesus Cristo. Domínio: céu (ORUN), AR e CRIAÇÃO. AXÉ (força emanada)

urificação, sabedoria, criação, tranquilidade.

Características: líder, benevolente, generoso, responsável, confuso, ansioso, rígido, hopocondríaco. Saudações: EXÊ-Ê-BABÁ ! (Oxalufã, o Oxalá Velho) e EP-EP-BABÁ! (Oxaguiã, O Oxalá moço) EPA BABÁ! Arquétipo:  Oxalá é a figura mais respeitada do candomblé no Brasil, por ser, segundo as lendas, o pai de todos os outros orixás. De acordo com o mito, foi um dos criadores do mundo, tendo recebido de Olorum (o deus supremo) a tarefa de modelar todos os seres humanos. O estereótipo a ele associado é o do pai sábio e austero, que tem sob suas mãos todas as decisões sobre a vida dos que o cercam. Ao mesmo tempo que autoritário, é também sensível e compreensivo, pois sua força não se mostra usualmente através da violência, e sim pela capacidade de argumentar e de provar que está certo. Há grandes semelhanças entre os Orixás e os deuses do Olimpo, cultuados pelos gregos. Oxalá simboliza o Sol e identifica-se com APOLO e seu dia é o domingo. Os filhos de Oxalá são arrojados, mas muito briguentos. Oxalá tem como elemento o AIÊ, que para nós, candomblecistas, é o todo, o Universo, é o AR que respiramos, é a nossa vida. As folhas de Oxalá são: Tapete de Oxalá (boldo de jardim), sabugueiro de Oxalá (boldo chileno), folha da costa (saião), guaco, manjericão branco, erva de São João (não serve para colocar no Ori – só se usa no Roncó -, neve-branca, incenso. Todas as folhas de Oxalá podem ser usadas por qualquer pessoa, porque podem ir ao Ori, com exceção da erva-de-São João.

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OS FILHOS DESTE ORIXÁ SÃO PESSOAS CALMAS E DIGNAS DE CONFIANÇA. SÃO DOTADOS DE GRANDE SABEDORIA, POIS ESTÃO SEMPRE BUSCANDO OS SIGNIFICADOS DE TUDO O QUE OCORRE AO SEU REDOR, NÃO CANSAM DE ESTUDAR E BUSCAR O CONHECIMENTO, MESMO COM A TENDÊNCIA DE SEREM PREGUIÇOSOS. O TRABALHO BRAÇAL NÃO OS ATRAÍ, PREFEREM BUSCAR LUGARES ONDE POSSAM COLOCAR AS SUAS IDÉIAS E PROJETOS EM ATIVIDADE. SÃO ÓTIMOS PROJETISTAS E ORGANIZADORES.

Características Dadas Pelas Entidades Espirituais

É o Mediador Divino na Criação no Universo. É o Senhor Primaz da Vibração Original Espiritual que criou, insufla e mantém a Vida na Humanidade. Tem a regência do Astro Rei Sol, nessa qualidade influenciando o Signo de Leão. Rege o elemento energia espiritual. Figura geométrica: o ponto. Sua cor vibracional é o Branco

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Oxalá: O Médium Supremo na Umbanda Na Umbanda, Ox alárepr esenta o mai s alto da h ier arqui a dos Ori xás, tendo como contr aparte nosso M estr e Jesus, o M é dium Supr emo. Nos pontos r iscados é representado por uma estr ela de ci nco pontas.

Oxalá é representado nos Congás pela imagem de Jesus Jesus é aquele que veio e está sempre presente, conduzindo a Humanidade de volta aos braços do Pai. Todas as honras e louvores lhe são devidos por sua atuação em todos os planos. O Cristo é a própria divindade que se encontra em esrado latente em todos nós, pois somos espíritos encarnados e trazemos conosco esse centelha divina. O personagem histórico - Jesus - o homem, ensinou o amor, a benevolência e a caridade; foi um grande mensageiro da Luz, trazendo os ensinamentos que despertaram a consciência dos que estavam mortos  para o Espírito, presos na escravidão da matéria, que é nossa redentora e nos auxilia a redimir nossos erros rumo à evolução espiritual.  Na Umbanda, Jesus representa a força de Oxalá, a fonte de energia pura, o Orixá da criação. Oxalá é o núcleo gerador de todos os elementos da natureza, dos quais os demais Orixás são regentes. É por isso que, dentro da cultura africana, Oxalá é conhecido como o Pai de todos os orixás. É o Mestre supremo, o grande luminar de toda a humanidade, pois veio nos trazer, por amor, a libertação através da palavra, dos ensinamentos e de seus exemplos. Jesus é o governador do planeta Terra. É aquele que está diuturnamente nos amparando, abençoando, irradiando amor, fé, perdão, bondade, caridade e paz. Jesus é o articulador da Umbanda para o plano terreno. A Umbanda existe atulmente,  pela graça e a bênção de Jesus. Tanto na Umbanda quanto no Candomblé é de Oxalá a tarefa de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestação máxima de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelo molde dos primeiros seres humanos na Terra, é considerado também o cirador da cultura material. Oxalá é representado nos Congás por Jesus, e é a autoridade suprema na Umbanda. É ele quem ordena aos orixás que venham ajudar seus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm em Terra. Sua imagem é a de Jesus Cristo, sem a cruz e sua cor é branca. Oxalá é considerado o Orixá maior na Umbanda, porque é capaz de atuar em todos os elementos e vibrações através dos outros Orixás.

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A LENDA AFRICANA

Orixalá ou Obatalá foi encarregado por Olorum de realizar uma grande e importante tarefa: a da criação do mundo. Para isso, recebeu de Olorum o "Saco da Criação". Mas antes de iniciar sua viagem para o cumprimento da missão era necessário que Oxalá realizasse oferendas para Bará. Mas, com seu car´ter um tanto orgulhoso, não o fez. Iniciou então sua caminhada e, ao chegar à porta do além, encontrou Exu-Bará, fiscal das comunicações entre os dois mundos. Ao saber que o Grande Orixá não havia feito as oferendas, fez com que ele sentisse muita sede durante a caminhada. Orixá não teve outra saída senão tomar o líquido refrescante que escorre do dendezeiro - o vinho de palma. Com isso ficou bêbado, perdeu o rumo e adormeceu. Veio então Odudua, criado depois de Oxalá, e, vendo-o adormecido, roubou-lhe o Saco da Criação e levou até Olorum, que disse: "Vá você, Odudua encontra uma grande extensão de água e deixa cair o conteúdo do Saco da Criação - a terra; formou-se um monte de terra que ultrapassou as águas.Oduduacolocousobre o monte de terra uma galinha de cinco patas, que espalhou a terra sobre as águas. A terra foi se alargando cada vez mais criando a cidade de Ilê-Ifê. Quando Oxalá acordou e não encontrou o Saco da Criação procurou Olorum, que o castigou proibindo-o de beber vinho de palma e usar azeite de dendê. Como consolo, ordenou-lhe que moldasse no barro o corpo dos seres humanos, sobre os quais Ele, Olorum, sopraria a vida.

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OXALÁ NOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS O mais importante e elevado do Panteão Iorubá; foi o primeiro Orixá criado por Olorun (O Deus supremo). É um dos Orixás Fun-Fun (da cor branca). É de Oxalá a tarefa de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestação máxima de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelo molde dos primeiros seres humanos na terra, é considerado também o criador da cultura material. São muitas as suas lendas e extensa sua origem e história na África. No Brasil, são mais conhecidos Oxalufan "o velho" e Oxaguian "o novo". Na sua forma "guerreira", Oxalá carrega uma espada cheio de vigor e nobreza; na condição de velho e sábio, curvado pelo peso dos anos, é uma figura nobre e  bondosa que carrega um cajado, o Opaxorô, de forte simbologia, utilizado para separação do Orun (o Céu) e o Ayié (a Terra). No Brasil é o mais venerado e a sua maior festa é a cerimônia chamada "Águas de Oxalá", que diz respeito à sua lenda dos sete anos de encarceramento, culminando com a cerimônia do "Pilão de Oxaguian", para festejar a volta do pai. Esse respeito advém da sua condição delegada, por Olorun, da criação e governo da Humanidade.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ

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Os filhos de Oxalá são pessoas tranquilas, que tendem à calma até nos momentos mais difíceis. São amáveis e pensativos, mas não costumam ser subservientes. São articulados, reservados e ás vezes muito teimosos, sendo difícil convencê-los de que estão errados na resolução de um problema. Em Oxalufan, o Orixá mais velho aparece com a tendência para o debate e a argumentação.

LINHA DE OXALÁ As Linhas de trabalho na Umbanda são comandadas pelos sete Orixás Maiores, Orixás Planetários, Espíritos elevados que nunca encarnaram no planeta. A Linha de Oxalá é comandada por sete Chefes de Legiões, que trabalham nessa Vibração Espiritual. Caboclo Urubatão da Guia (representante da Vibração); Caboclo Guaracy; Caboclo Guarani; Caboclo Aymoré; Caboclo Tupy; Caboclo Ubiratan; Caboclo Ubirajara. 













Linha de Oxalá: Esta linha é regida pôr Jesus Cristo e representa o princípio da criação, a luz divina que coordena todas as outras. Os guias principais desta linha são : Caboclo Urubatão de Guia, Caboclo Ubirajara, Caboclo Aymoré, Caboclo Guaracy, Caboclo Guarany e Caboclo Tupy. Estes guias são os chefes de falanges, mais existem os demais guias que pertencem a esta linha e trabalham na caridade, são eles: Caboclo Pena Branca, Caboclo Águia Branca, Caboclo Tupã, Caboclo Rompe Nuvem, Caboclo Tamoio, Caboclo Gira Sol e outros. O astro que rege esta linha é o S ol e tem como guardião o anjo Gabriel.

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Sincretismo Cor Ervas Otim Símbolo Flor Fruta Mineral Dia Data Comida Saudação

Jesus Cristo

Branca  Boldo, Folhas de Girassol, Manjerona, Folha de Laranjeira,  Água  Coração, Cruz  Jasmim e Lírio Uva Branca  Prata Sexta feira  25/12 Canjica Branca EpaBabá,

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Orixá Oduduá ou Oduduwa  Author: AUTOR: EBOMI | at : 10:30 | Category : Oxala |

Orixá O d u d u a   ou O d u d u w a   orixá da linhagem dos Orixás funfun (Oxála, Obatalá, Ajalaori, etc…), conta-se na lenda que:

No princípio de tudo, no começo da existência, quando não havia separação entre Céu e Terra, dois Orix ás v ivia m   ju n to s  dentro de uma cabaça, mas só que eles viviam extremamente apertados um contra o outro, Orixá Odudua embaixo

e Orixá Obatalá em cima. Os dois tinham 7 anéis que pertenciam aos 2 Orixás. A noite eles pegavam os anéis e colocavam seus anéis. Só que na hora de ver com quem ia ficar a maior parte dos anéis (4 para um e 3 para o outro). Aquele que dormisse por cima Ficaria com quatro anéis e o que ficasse por baixo ficaria com os 3 anéis. Chegando um belo o Orix áOdu du a   (Oduduwa), deusa da terra, queria dormir por cima para poder usar os quatro anéis que Obatalá sempre usava. Obatalá  muito egoísta, o deus do Céu, não aceitou. Tal foi a luta que cemeçou entre os dois Orixas. A briga foi tamanha lá dentro que a cabaça acabou por ser romper e quebrar a cabaça em duas metades. A parte de baixo da cabaça, com Orix áOdu du a (Oduduwa), permaneceu embaixo, enquanto a parte superior, com Obatala  ficou em cima, separando-se assim o Céu da Terra. No começo da existência, bem no começo de tudo, Obatalá, deus do Céu, e Odudua, Deusa da Terra, viviam juntos. O desentendimento e a briga pelos anéis os separou e separou o Céu da Terra. (Fonte da lenda retirada do Livro Mitologia dos Orixás) Reginaldo Prandi.

Leia

também

a

Lenda

do

Orixá:

Orixá

Obatalá (Pai

dono

do

Céu)

Orixá

Oxalá (Pai

dono

do

Alá)

Orixá

Ajalaori

ou

Ajalaode (pai

modelador

de

todas

as

cabeças)

Orixá Oxaguian ou Oxoguiã (O comedor de Inhame, que não tinha cabeça)

Oduduá

Oduduá, na tradição é complicada, polêmica. Alguns sugerem ser a referida divindade um orixá feminino a esposa de Oxalá, rainha da Terra. Outros a classificam como sendo uma qualidade do próprio Oxalá. Eu parto pela vertente que considera Oduduá, divindade feminina da criação de toda matéria, origem da vida. Senhora do universo, útero da terra .

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Ela é considerada, ao lado de Obatalá como o casal primordial e propulsor da criação. Cada um foi incumbido de determinadas funções no papel da criação do Aiê, o universo incluindo o mundo em que vivemos. O universo é visto dentro do culto aos Orixás como uma grande cabaça e esta cabaça é representada por Oduduáe Obatalá. Oduduá é considerada como a parte de baixo da cabaça e Obatalá é considerado como a parte de cima da cabaça. O nome Oduduá pode ser traduzido como a cabaça de onde jorrou a vida. Muitos costumam se enganar e a afirmar que Oduduá seria um Orixá masculino ao invés de feminino, mas o que ocorre é uma confusão entre a divindade feminina Oduduá com o ancestral iorubano divinizado Oduduá, que na verdade é considerado em território africano como sendo uma forma humana da deusa Oduduá, ou seja, o guerreiro legendário e a deusa Oduduá seriam as mesmas pessoas. O surgimento de Oduduá, bem como o de Obatalá, é muito interessante. Diz-se que involuntariamente nos primórdios da criação, quando a única coisa existente nos mundos era o Olorun, a grande energia primordial, Oduduá, a deusa, surgiu do corpo de Olorun, a grande energia primordial, assim como Obatalá e outra tantas divindades. Foi Oduduá quem criou a terra e todo o universo como o conhecemos e, ao lado de Obatalá, possibilitou o surgimento da vida.

CARACTERÍSTICA

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Oduduá não enxerga pelos olhos, mas por outros sentidos dotada de temperamento terrível, de difícilconvivência . É senhora de grande inteligência, de autoritarismo e poder de dominação pela força, sobre tudo e sobre todos. Temperamental, lasciva, consciente do imenso poder que tem em suas mãos. Não suporta a beleza das coisas, da saúde, da prosperidade alheia, que pode provocar a sua ira e uma vingança implacável. Diz o mito que Oxalá arrancou os seus olhos acometido por um estranho ataque de fúria, em virtude da sua tagarelice de mulher, que tinha voz muito estridente e desagradável. Ela não parava de falar, queixando-se da vida aos berros. Oduduá é dotada de temperamento terrível, de difícil convivência. Nunca se sabe como agradá-la. Nos primórdios diz a lenda, Olórum concedeu a Oduduá total poder sobre o universo e os demais orixás, entregando-lhe simbolicamente uma cabaça e um pássaro de metal.

Mas Oduduá passou a reinar de forma cruel e por qualquer motivo mandava arrancar os olhos e o coração das criaturas. Oludamaré, preocupado tirou parte do poder de Oduduá e entregou a Oxalá, restabelecendo a justiça e a misericórdia.

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Oduduá a senhora do poder feminino assemelha-se em alguns aspectos a Oduiami oxoróngo, -terrível, fria, e sem coração, guardiã do poder e da vida dos habitantes do aiê, seu habitat, para a infelicidade dos mortais.

MITOLOGIA

O principio de tudo, quando não havia separação entre o céu e a terra , Obatalá e Oduduá viviam juntos dentro de uma cabaça. Viviam extremamente apertados um contra o outro, Oduduá abaixo e Obatalá em cima. Eles tinham sete anéis que pertenciam aos dois. A noite eles colocavam os anéis aquele que dormia por cima sempre colocava quatro anéis e o que ficava em baixo sempre colocava os três restantes. Um dia Oduduá Deusa da terra, quis dormir por cima para poder usar nos dedos quatro anéis. Obatalá o Deus do céu não aceitou. Tal foi a luta que travaram os dois lá dentro que a cabaça acabou por se romper em duas metades. A parte inferior da cabaça com Oduduá permaneceu em baixo que é a terra e a parte superior da cabaça ficou com Obatalá que é o céu. Separando-se assim o céu da terra. No inicio de tudo, Obatalá Deus do céu, e Oduduá Deusa da terra a briga pelos anéis os separou e por isso a distância entre o céu e a terra para que não haja mais briga.

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ARQUÉTIPO

0 tipo psicológico do filho de Oduduá, do ponto de vista físico, é semelhante ao tipo Oxalá. São magros, franzinos, nervosos e secos como a terra. Mas ao contrário do tipo Oxalá, os filhos de Oduduá são violentos e agressivos, fechados, inseguros e angustiados, tornando-se às vezes susceptíveis, impacientes, intolerantes e desconfiados. Invejosos, vingativos, perseguem aqueles cuja felicidade ou êxito é para eles uma afronta. Sabem manipular os outros e toda sua força está em uma inteligência curiosa, de senso crítico e de ironia ferina. É dominador, autoritário e no trabalho é exigente, perfeccionista e minucioso.

Oduduá Orixá da criação (OduduaOrishaofcreation)

É possível separar o candomblé da memória dos tempos da escravidão da América, uma vez que ele tem origem na vinda dos negros africanos para serem utilizados como escravos. Estes negros eram provenientes de diversas tribos (nações) da África, que muitas vezes sequer falavam a mesma língua e que apresentavam identidades culturais diferentes. Admite-se, em grande escala, três ―padrões‖ de cultura negra na América 1. Fanti-Ashanti (originária da costa do ouro) 2. Fon (de origem Daomeana) 3. Yorubá (da Nigéria, com influências Banto) Esta última teve impo rtante influência, principalmente no Brasil e em Cuba. Ainda que as outras duas culturas tenham sido mais atuantes na América Inglesa e Holandesa (Fanti-Ashanti) e na América Francesa (fon), no Brasil sua importância também é revelante; especialmente quando falamos dos aspectos religiosos das culturas negras.Podemos então pensar nessas culturas da seguinte forma: Culturas Sudanesas Os povos iorubá da Nigéria, os Daomeanos e os Fanti-Ashanti (da costa do ouro), além de outros grupos menores, foram seus mais importantes representantes.Entre eles, destacam-se os seguintes grupos: Nagô (yorubá), Jeje (daomeano) e Mina (fanti -ashanti). Este grupo está representando, no candomblé brasileiro pela ―nação‖ Ketu e pela ―nação‖ Jeje, representada especialmente pelo tambor de mina, entre outros. Culturas Bantos Representadas pelas inúmeras tribos dos grupos Angola Congolês, como os congos, angolas, cabindas, moçambiques e outros. Este grupo, representado no Brasil, pela ―nação‖angola, pelo ―candomblé de caboclo‖eoutros.Culturas Guineano-Sudanesas Islamisadas Representadas pelos grupos fula, mandiga e haussá. Grupos islamisados que não formaram, portanto, nações de candomblé. MITOS São várias as versões dos m itos dos orixás e, como em todos os mitos, algumas são incompatíveis entre si; mas a essência dos orixás pode ser perfeitamente absorvida através destas narrativas. Para os iorubás, a melhor representação do mundo é uma cabaça dividida ao m eio, uma das metades constituindo o céu (orum, Obatalá), e a outra a terra (ayê, Odudua). No princípio de tudo, entretanto, não havia a terra, e os orixás viviam no orum, ao redor de Olorum, o senhor do Universo, secundado por Obatalá. Obatalá uniu-se a Odudua e tiveram dois filhos: Aganju, a terra firme, e Iemanjá, as águas dos oceanos. Outro mito diz que a terra era então um vasto oceano e os orixás desejavam conhecê-lo. Obatalá encarregou Oxalá de descer ao ayê, a metade

187 inferior da cabaça, e espalhar o pó preto que formaria a terra firme. Entregou a ele o saco com o pó preto e uma galinha. Oxalá então partiu em viagem, mas no meio do caminho sentiu sede. Exu, vendo que Oxalá sentia sede, ofereceu-lhe vinho de palma e Oxalá bebeu. E tanto vinho que Oxalá que embriagou-se e caiu em sono profundo. Exu tomou de Oxalá o saco da criação e o levou a Obatalá, a quem contou que Oxalá beberá e negligenciara sua tarefa. Obatalá então entregou o saco a Odudua, que com ele desceu à terra, jogou o pó preto sobre o oceano e tornando se ela mesma uma galinha, ciscou o pó preto até que se formaram os continentes e toda terra firme que há. Essa terra firme é Aganju, f ilho de Odudua e Iemanjá. Obatalá então criou um grande dendezeiro, pelo qual desceram à terra todos os orixás, cada um escolhendo uma parte do mundo que lhe agradava, e que passou a ser de seu domínio.  Assim, Oxum e Obá escolheram as águas doces; Iansã quis os ventos; Xangô os trovões e as cachoeiras; Obaluaiê à terra firme; Nanã a lama dos fundos dos rios e os abismos; Ogum quis as montanhas e os m inérios; Oxossi as matas e florestas; Oxumarê o arco – íris; Ewá os horizontes. Apenas Exu não sabia o que escolher, pois tudo e nada lhe agradava. E considerou-se assim dono de tudo um pouco, com que os demais orixás concordaram. Desse modo o mundo foi criado e dividido entre os orixás, e é por isto que cada um detêm o domínio de uma parte da natureza. Outro mito narra que Obatalá reuniu todos os materiais necessários à criação do mundo e m andou a estrela da manhã convocar todos os orixás.  Apenas Orunmilá apareceu. Por isso Obatalá o recompensou, permitindo que apenas ele conhecesse os segredos da criação e do por vir. E foi assim que a estrela da manhã revelou a Orunmilá que todos os segredos e materiais da criação se encontrava numa concha de caramujo, dentro de um vaso que ficava entre as pernas de Obatalá. Orunmilá tornou-se então, dono dos segredos, das magias e conhecedor do futuro, das vontades, aquele que sabe a vontade de Obatalá e de todos os orixás, o que sabe com que matéria o homem foi feito. Outro mito narra que tendo tido o conhecimento das matérias da criação, teria sido Orunmilá e não Odudua o criador da terra, aquele a espalhar o pó preto sobre as águas. Orunmilá então é considerado o amigo de Obatalá. Quis então Obatalá criar os homens. Ajalá, o orixá oleiro foi incumbido de moldar as cabeças dos rios e outros elementos da natureza.  Ajalá moldava as cabeças e as punha para assar em seu forno. Mas Ajalá tinha o hábito de embriagar-se enquanto cozia o barro e criou muitas cabeças defeituosas, queimando algumas e deixando outras com o barro cru. Depois que Ajalá terminava de fazer os oris (cabeças) Obatalá soprava nelas e lhes dava eni, a vida.  Assim surgiram a terra e os homens, sob o domínio dos orixás. Cada orixá viveu então episódios diversos em sua história, dos quais narraremos aqui apenas alguns, pois a quantidade de versões dos mitos é praticamente infinita.

Oduduá Oduduá é uma das divindades primordiais. Ela é considerada, ao lado de Obatalá como o casal primordial e propulsor da criação. Cada um foi incumbido de determinadas funções no papel da criação do Aiyê, ouniverso incluindo o mundo em que vivemos. O universo é visto dentro do culto aos Orixás como uma grande cabaça e esta cabaça é representada por Oduduá e Obatalá. Oduduá é considerada como a parte de baixo da cabaça e Obatalá é considerado como a parte de cima da cabaça. O nome Oduduá pode ser traduzido como a cabaça de onde jorrou a vida. Muitos costumam se enganar e a afirmar que Oduduá seria um Orixá masculino ao invés de masculino, mas o que ocorre é uma confusão entre a divindade feminina Oduduá com o ancestral iorubano divinizado Oduduá, que na verdade é conseiderado em território africano como sendo uma forma humana da deusa Oduduá, ou seja, o guerreiro legendário e a deusa Oduduá seriam as mesmas pessoas. Esta é uma visão muito ampla no que concerne à essência divina mas isso é algo que vai muito além da capacidade de aceitação de algumas pessoas e sacerdotes. O surgimento de Oduduá, bem como o de Obatalá, é muito interessante. Diz-se que involuntariamente nos primórdios da criação, quando a única coisa existente nos mundos era o Olorun, a grande energia primordial, Oduduá, a deusa, surgiu do corpo de Olorun, a grande energia primordial, assim como Obatalá e outra tantas divindades. Foi Oduduá quem criou a terra e todo o universo como o conhecemos e, ao lado de Obatalá, possibilitou o surgimento da vida.

Em terceiro lugar, com a Eerupeou ―Lama‖, mistura de Água e Terra, mas também vivificada por Seu Hálito e Centelha Divina (Fogo e Ar), Olorun criou o Imole Exú, o ―Terceira Cabaça‖, ou ―Terceiro Ser Criado‖ ou ainda, o ―Esu Ancestral‖, o Imole da Dinamização, da Transformação e da Restituição, quer no Além ou quer na Terra da-Vida e, portanto, portador de todas as Qualidades do Vermelho, do Preto e do Branco. O Imole EsuAgba é, portanto, o primeiro Ara Orun ou ―Corpo do Além‖, ou seja, a ―Primeira Individualidade Espiritual‖ a ser criada com o concurso da Matéria combinada: Fogo (Centelha Divina), Ar (Hálito Divino), Água e Terra (Eerupe, a Lama). Sua qualidade de ―Terceiro Ser Criado‖ o constituiu em Osije ou ―Mensageiro Divino‖ com permissão expressa de se apresentar perante Olorun que somente receberá Oferendas se elas forem conduzidas por Imole EsuOsije. Oduduá é uma OrixáFunfun absolutamente diferente dos demais, embora semelhante em essência, é feminina,

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sendo cultuada em diversas regiões como esposa de Obatalá, embora seja, em princípio, sua irmã. " Iya Male” (Mãe das Divindades ou Mãe Divina)

OrinOduduá Iyadakungbawa o; – Oh Mãe! nós suplicamos que nos libertes; ki o tonitomo; – olhai por nós, olhai por nossos filhos;

ogbebi l’Adó ! – Tu és aquela que te estabelecestes em  Adó!” 

LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ  - Estas Entidades usam roupagem de Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no grau de Protetores, e não gostam de ser solicitadas sem um motivo imperioso além das 21 horas. Suas vibrações fluídicas começam se fixando pela cabeça, por cima, na altura da glândula pineal e vai até aos ombros, com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax, e certo nervosismo que se comunica de leve ao Plexo Solar. A respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos. O movimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que geral no corpo. Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação, conservando a cabeça do aparelho(médium), ora baixa ora semi levantada... Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "chefia de cabeça" e quase nunca uma função auxiliar efetiva (um dos Orixás Chefes, senão o mais antigo, é o Caboclo Urubatão; o autor, em seu eterno "peregrinar" em incontáveis "terreiros", teve momentos de verdadeira "agonia mental" quando era obrigado a cumprimentar "aparelhos" com "encosto" de Exu, dizendo-se, por vaidade ou puro animismo, ser aquela entidade. Esta "agonia" era por ver as tremendas falhas da "representação", vistas e sentidas por seus próprios companheiros, que olhavam a "cena" divertidos e irônicos). Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando encontram a mediunidade de um ou outro em excelente estado mental, e moral. Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de grande beleza: dão a Flecha, Chave e Raiz. As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam, consultam pouco e não assumem "chefia de cabeça", porém são sempre auxiliares.

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PRECE A OXALÁ Óh poderoso Pai Oxalá, o maior dos Orixás, aspiração suprema dos desejos dos nossos corações, caminhamos até a sua claridade, clareando todos os nossos passos no amanhecer de cada dia. Que a luz, a eterna luz que o Senhor derramou e derrama todos os dias, cubraa cabeça daqueles que a ti estão ligados numa corrente de fé e num só pensamento elevamos as nossas preces. Oxalá nosso Pai, dai-nos a graça de chorarmos sinceramente nossas faltas cometidas, e com espírito de humildade, nos purificarmos através dafé e da caridade. Que nós consigamos limpar a morada dos nossos corações, desterrando tudo que é mundano, vício, ódio emaldade, na certeza de que com toda esta humildade alcançaremos o Senhor. Pai Oxalá, sabeis que a razão humana é fraca e podeenganar-nos, mas a verdadeira fé não podeser enganada. Obrigado PaiOxalá por tudo que o Senhor nos deu e nos dá. Esperamos todos unidos, que o Senhor nos escolhaparasermosmais alguns dos vossos íntimos amigos.

Que assim seja!

Pedras de Oxalá PEDRAS DE OXALÁ

Queridos irmãos Que a paz de Oxalá esteja com todos Bem irmãos estamos no mês de Xangô, e se vocês perceberam a alguns dias postei sobre as pedras dos Orixás,porem ao decorrer do mês irei desmembrar aquela postagem, pois o uso das pedras energizadas são muito poderosas, segue abaixo as pedras de Oxalá e suas propriedades,são sete as pedra: 1-ALBITA  ALIVIA A PRESSÃO. ESTIMULADOR DO SISTEMA IMUNOLÓGICO E RESPIRATÓRIO. DIMINUI ESTADOS DE STRESS MENTAL, FORTALECE O BAÇO E O TIMO. 2-CRISTAIS BRANCOS SÃO USADOS COMO UM AMPLIFICADOR PODEROSO. COMUMENTE USADOS ENTRE OS ÍNDIOS DA AMÉRICA DO NORTE. OS SHAMANS CONHECIAM O PODER DOS CRISTAIS. PROTEÇÃO CONTRA TODOS OS TIPOS DE RADIAÇÃO EXTREMAMENTE EFICIENTE EM RADIODIFUSÃO E ARMAZENAMENTO DE FORMAS  – PENSAMENTO. ENERGIA:

190 PROJETIVA, RECEPTIVA. PLANETA: SOL, LUA. ELEMENTO: FOGO, ÁGUA. OBJETIVO: CURA, PSIQUISMO, PODER. CHACRA: DE ACORDO COM A COR. TRANSPARENTE—EQUILIBRA AS EMOÇÕES. EXCELENTE PARA A MEDITAÇÃO. DESFAZ NEGATIVIDADE NO CAMPO ENERGÉTICO DA PESSOA E NO AMBIENTE. CHACRA: TODOS 3-OPALA USADO PARA RELEMBRAR VIDAS PASSADAS. AJUDA A DESENVOLVER O PODER PSÍQUICO, TRAZ PARA FORA A BELEZA INTERIOR. CENTRALIZA E AJUDA A PURIFICAÇÃO ESPIRITUAL. ABRE UM CANAL PARA ENSINAR A VERDADE. TEM A HABILIDADE DE AMPLIAR OS TRAÇOS PESSOAIS E DEVE SER USADO APENAS POR AQUELES QUE ESTÃO BEM EQUILIBRADOS E MADUROS. AJUDA PROBLEMAS VISUAIS. ENERGIA: RECEPTIVA, PROJETIVA. PLANETA: TODOS. SIGNO: LIBRA. ELEMENTO: TODOS. OBJETIVO: PROJEÇÃO, ASTRAL, PSIQUISMO, PODER, SORTE, BELEZA. 4-CALCITA Equilibra as polaridades masculino/feminino e as emoções. Excelente para quem está estudando ciência e arte. Calcita amplifica os corpos de energia, sendo excelentes fontes de energia para o chakra coronário. Pode ser usado em todos os chakras. Encoraja a abilidade de transformar idéias em ações. Improvisa a abilidade de descriminar e diferenciar situações, também ajudando na memória. Calcita nos ajuda a ser mais energéticos. Estimula o metabolismo, fortalece o sistema imune e o crescimento das crianças. Alivia problemas de pele e problemas de intestino. Encoraja a cura de tecidos e os ossos. Normalisa e fortalece o rítmo do coração. 5-SELENITA É usada para o desenvolvimento mental. Nas pessoas sensíveis, ela pode ser usada como comunicação telepática, sendo conhecida por ?pedra telefônica?. Dizem que duas pessoas usando essa pedra têm ligação uma com a outra, mesmo estando longe. Pedra usada para fazer limpeza acelerada de energia negativa acumulada em outras pedras ou objetos. 6-DOLOMITA BRANCA Hidrata, amacia e atenua rugas e cicatrizes de acnes de grau III. Reduz o processo inflamatório em caso de acnes e tem a propriedade de deixar os cravos mais na superfície da pele facilitando sua retirada com uma máscara facial 7-HOWLITA BRANCA Propriedades: Equilíbrio das emoções. Coragem e força. Previne explosões de sentimentos. Diurética e regula o metabolismo.

O astro que rege esta linha é o Sol guardião o anjo Gabriel.

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AS CORES E ELEMENTOS DE ORIXÁ OXALÁ – Sua cor é o branco, sua erva é boldo, manjericão, seu símbolo é o opachorô, cetro de metal branco com os símbolos da criação, sua saudação é acheuepa babá, sua guia é de contas brancas de louça com firma branca, sua pedra é o cristal branco, sua essência é de alfazema e mirra, seu metal é o ouro amarelo e branco e o estanho, seu número é o 16 e o 10, sua comida é a canjica de milho branco cozida com mel e o acaçá no leite de coco, sua bebida e o aluá de oxalá ou vinho de palma, sua fruta é pêra, uva verde, maçã verde, seu dia é sexta-feira, é sincretizado com Jesus Cristo.

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LINHA OU VIBRAÇÃO DE ORIXALÁ – Estas Entidades usam roupagem de Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no grau de P rotetores, e não gostam de ser solicitadas sem um motivo imperioso além das 21 horas. Suas vibrações fluídicas começam se fixando pela cabeça, por cima, na altura da glândula pineal e vai até aos ombros, com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax, e certo nervosismo que se comunica de leve ao Plexo Solar.  A respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos. O movimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que geral no corpo. Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação, conservando a cabeça do aparelho(médium), ora baixa ora semi levantada… Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma ―chefia de cabeça‖ e quase nunca uma função auxiliar efetiva (um dos Orixás Chefes, senão o mais antigo, é o Caboclo Urubatão; o autor, em seu eterno ―peregrinar‖ em incontáveis ―terreiros‖, teve momentos de verdadeira ―agonia mental‖ quando era obrigado a cumprimentar ―aparelhos‖ com ―encosto‖ de Exu, dizendo-se, por vaidade ou puro animismo, ser aquela entidade. Esta ―agonia‖ era por ver as tremendas falhas da ―representação‖, vistas e sentidas por seus próprios companheiros, que olhavam a ―cena‖ divertidos e irônicos). Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando encontram a mediunidade de um ou outro em excelente estado mental, e moral. Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de grande beleza: dão a Flecha, Chave e Raiz.  As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam,consultam pouco e não assumem ―chefia de cabeça‖, porém são sempre auxiliares.

Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres. Comentar Oxalá é desnecessário porque ele é a própria Umbanda. Logo, vamos nos afixar nas suas qualidades, atributos e atribuições. ATRIBUTOS: Os atributos de Oxalá são cristalinos, pois é através da essência cristalina que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos de fé. Saibam que a essência cristalina irradiada pelo Divino Trono Essencial da Fé é neutra quando irradiada. Mas como tudo se polariza em dois tipos de magnetismos, então o pólo positivo e irradiante é Oxalá e o pólo negativo e absorvente é Oiá. Oxalá irradia fé o tempo todo e Oiá absorve as irradiações religiosas desordenadas vibradas pelos religiosos desiquilibrados. Ela se contrapõe a ele porque a atuação dela é no sentido de absorver os excessos religiosos vibrados pelos seres que se excedem nos domínios da fé. Já Oxalá irradia fé e estimula a religiosidade o tempo todo, a todos. ATRIBUIÇÕES: As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do divino Oxalá... e entram nos gélidos domínios da divina Oiá, a Senhora do Tempo e dos eguns negativados nos aspectos da fé.

Oxalá

OXALÁ  Atributos: 

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Os atributos de Oxalá são cristalinos, pois é através da essência cristalina que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos de fé.  Atribuições: 

 As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do Divino Oxalá .

OXALÁ O mais elevado dos deuses Oxalá - Divino Jesus Cristo, o

iorubás Nosso Senhor do Bonfim.

Ser Cristalino

ORIXÁ: Oxalá SANTO CATÓLICO: Jesus Na umbanda e no candomblé, Oxalá é a divindade que criou a humanidade — por isso, ele se equivale a Jesus, uma das manifestações do Deus triuno do catolicismo (pai, filho e espírito santo). Além de ter modelado os primeiros seres humanos, Oxalá também inventou o pilão para preparar inhame e é considerado o criador da cultura material OXALÁ Jesus Cristo, Nosso Senhor do Bonfim. O grande Pai da Umbanda. Senhor da compaixão, do perdão, da sapiência e da fé. Saudação: Oxalá yê, meu pai! ou Exê Babá! ou Epa Babá! Significado:- O Sr. Realiza! Obrigado Pai!

Oxaguiã Saudação - Exê Babá! Sincretismo - Menino Jesus, São José Festa - 19 de Março e 25 de Março

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Dia de Culto - 5ª Feira e Domingo Símbolos - Espada, escudo e mão pilão Cores - Branco, cristal e azul Número - 8 Bebida - Vinho branco, água de coco Comida - Inhame, canjica, acaçá Elemento - Ar Ervas - Eucalipto, pinheiro, arruda, oliveira, angélica, alecrim Flores - Lírios brancos, coroa imperial branca  Animais - Galo branco Quizilas - Sal grosso Local de Oferta - Montanhas e rios Domínio - Paz depois do conflito, sabedoria, purificaçãode decisões e das conquistas.

Oxalufã Saudação - Epá Babá! Sincretismo - Jesus Cristo Festa - Domingo de Páscoa Dia de Culto - 6ª Feira e Domingo Símbolos - Opaxorô (objecto nos braços) Cores - Branco Número - 10 Bebida - Água mineral Comida - Canjica, acaçã, uva branca Elemento - Ar Ervas - Eucalipto, limoeiro,arruda, funjo,barba-de-milho, anjélica Flores - Lírios e flores brancas  Animais - Caracol e pomba branca Quizilas - Sal grosso e vinho de palma Local de Oferta - Montanhas e Templos Domínios - Senhor da criação, rei e grande Orixá, senhor de tudo o que existe, da Espiritualidade.

OLUDUMARÉ Criador dos Orixás Nenhum culto, ou santo é lhe destinado

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EGUNITA Santa Sara de Kali. Senhora do Fogo vivo e divino. Sua maior qualidade é a purificação. Saudação:- KaliYê, minha Mãe! Significado:- Salve a Senhora negra, minha Mãe!

1 - LINHA DE OXALÁ Esta linha é constituída de Espíritos de pessoas que na Terra tiveram grande sentimento religioso. Está constituída da seguinte forma: - Legião de Santo Antonio - Legião de Cosme e Damião - Legião de Santa Rita - Legião de Santa Catarina - Legião de São Expedito - Legião de São Francisco - Legião de São Benedito  A missão das suas Falanges é catequizar os maus Espíritos da Linha de Quimbanda , e arrastá-los à prática do bem. Na Umbanda branca, dita Umbanda popular, cada linha de orixá tem sete legiões, que correspondem a determinado guia espiritual. aqui temos exemplos de alguns: Oxalá Santa Catarina Santo Antônio São Cosme e Damião Santa Rita Santo Expedito São Francisco de Assis São Benedito

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Características de oxalá Cor Fio de Contas Ervas

Símbolo Pontos da Natureza Flores Essências Pedras Metal Saúde Planeta Dia da Semana Elemento Chakra Saudação Bebida Animais Comidas Numero Data Comemorativa Sincretismo Incompatibilidades :

Branca Contas e Missangas brancas e leitosas. Firmas Brancas. Tapete de Oxalá(Boldo), Saião, Colônia, Manjericão Branco, Rosa Branca, Folha de Algodoeiro, Sândalo, Malva, Patchouli, Alfazema, Folha do Cravo, Neve Branca, Folha de Laranjeira .(Em algumas casas: poejo, camomila, chapéu de couro, coentro, gerânio branco, arruda, erva cidreira, alecrim do mato,hortelã, folhas de girassol, agapanto branco, aguapé (golfo de flor branca), alecrim da horta, alecrim de tabuleiro, baunilha, camélia, carnaubeira, cravo da índia), fava pichuri, fava de tonca, folha de parreira de uva branca, maracujá (flores), macela, palmas de jerusalém, umbuzeiro, salsa da praia) Estrela de 5 pontas.  (Em algumas casas, a Cruz)

Praias desertas, colinas descampadas, campos, montanhas, etc... Lírios brancos e todas as flores que sejam dessa cor, as rosas de preferência sem espinhos. Aloés, almíscar, lírio, benjoim, flores do campo, flores de laranjeira. Diamante, cristal de rocha, perolas brancas. Prata (Em algumas casas: platina, ouro branco) . Não tem área de saúde específica, pois abrange todo nosso corpo e nosso espírito. Sol. Todos, especialmente a Sexta-Feira. Ar Coronário ExêUêpe Babá Água mineral, ou vinho branco doce ou vinho tinto doce. Pomba Branca, Caramujo, coruja branca Canjica, Acaçá, Mungunzá. 10 (Oxalufã), 8 (Oxaguiã). 25 de Dezembro Jesus. (Oxaguiã, Menino Jesus de Praga; Oxalufã, Senhor do Bonfim) Vinho de palma, dendê, carvão, roupa escura, cor vermelha, cachaça, bichos escuros. Lâminas (Oxalufã)

Silfos - Elementais do ar SILFOS - ELEMENTAIS DO AR Submetido por merlin em 2006-02-16 06:46:07 com as tags elementais armitologia.

Os silfos são, dentre os elementais, os que mais se aproximam da concepção que geralmente fazemos dos anjos e fadas, e freqüentemente trabalham lado a lado com esses mesmos anjos. Eles correspondem à força criadora do ar. A mais suave das brisas, assim como o mais violento dos furacões são resultado de seu trabalho. O ar é a f onte de toda energia vital. Tem recebido nomes variados em diversas partes do globo como prana, chi, ki etc. ma s é sempre essencial à vida. Podemos passar sem comida ou água por períodos mais ou menos longos, entretanto é impossível viver sem ar por um período prolon gado de tempo, pois respirar é necessidade básica à manutenção da existência. Nem todos os silfos trabalham e vivem obrigatoriamente na atmosfera. Muitos possuem elevada inteligência e trabalham para criar o ar e correntes atmosféricas adequadas à vida na Terra. Quando re spiramos profundamente e sentimos um doce frescor no ar, estamos nos familiarizando com o fruto do trabalho deles. Vários silfos desempenham funções específicas ligadas à atividade humana. Alguns trabalham para aliviar a dor e o sofrimento. Outros para estimular a inspiração e criatividade. Uma de suas tarefas mais específicas consiste em prestar auxilio às almas de crianças que acabam de fazer a transição. Também atuam temporariamente como anjos da guarda até estarmos mais receptivos e preparados. Um silfo é designado para acompanhar cada ser humano ao longo de sua existência. Este sil fo nos ajuda a conservar e desenvolver o corpo e aperfeiçoar os processos mentais. Assim, nossos pensamentos, bons ou maus, afetam-nos intensamente. Eles encorajam a assimilação de novos conhecimentos e fomentam a inspiração. Trabalham para purificar e elevar nossos pensamentos e inteligência, e também nos auxiliam a equilibrar o uso conjunto das faculdades racionais e intuitivas. No plano físico, nosso silfo pessoal trabalha para que assimilemos melhor o oxigênio presente no ar que respiramos, bem como para manter adequadamente todas as outras funções que o ar desempenha no corpo e no meio ambiente. A exposição à poluição, fumaça, etc. afeta a aparência do silfo e compromete severamente a eficiência de seu trabalho no âmbito de nossas vidas. Eles freqüentemente se apresentam sob forma humana, mas são assexuados e c hegam a inspirar este tipo de comportamento em alguns seres humanos. Tenho observado que as pessoas nas quais predomina a actividade dos silfos geralmente não colocam a sexualidade no topo de sua lista de prioridades, e freqüentemente não conseguem compreender por que isso ocorre com tanta gente. Embora pareça indicar uma certa ruptura com o plano sentimental (elementais da água), devemos ser bastante cautelosos ao fazer tais presunções. O que acontece é que os silfos direcionam este ímpeto sexual e criativo para outros canais de expressão, a saber o próprio trabalho. Contudo, é preciso muito cuidado para não incorrer em extremos; afinal, nenhum de nós pode prescindir de um equilíbrio entre os quatro elementos. Uma conexão muito forte com os espíritos e elementais do ar torna nossa m ente tão ativa que ela passa a requerer constante controle e direção. Pode gerar excesso de curiosidade e intrometimento, paralisar a vontade em virtude da exagerada análise mental e hiperestimular o sistema nervoso, fazendo com que necessitemos de frequentes mudanças. Além disso, pode ocasionar diversas formas de excentricidade, ou ainda induzir a um fanatismo acompanhado de falta de emoção e de sensibilidade. Também costuma gerar um desprendimento em relação ao que é físico e total desinteresse

197 pelas actividades terrenas. Já a falta de afinidade com os seres deste reino, incluindo o nosso silfo pessoal, pode distorcer nossa capacidade de percepção a ponto de eliminar o bom senso. É possível que fiquemos tão envolvidos com actividades e emoções que não sobre tempo para refletir s obre a própria vida. A tremenda falta de visão perspectiva que resulta disso pode debilitar gravemente o sistema nervoso e, sob essas condições, a curiosidade e imaginação tornamse escassas ou mesmo inexistentes. Os silfos provocam inspiração e afetam as faculdades mentais. A conexão com nosso silfo pessoal facilita a assimilação de novos conhecimentos, pois ele trabalha conosco para expandir a sabedoria. Também são úteis na proteção do lar e propriedades em geral, porque suas abundante energia confunde as m entes de possíveis intrusos, preocupando-os e fazendo com que pensem duas vezes antes de invadir o espaço alheio.  A sintonia com o silfo pessoal confere acesso ao reino dos arquétipos. Ajuda a coordenar e verbalizar nossas percepções. Estimula a liberdade, o equilíbrio mental e uma saudável curiosidade.  A maneira mais eficaz de controlar nosso silfo pessoal é por meio da constância. Uma abordagem consistente e determinada da vida é indubitavelmente a melhor de todas, pois só ela assegura o pleno cumprimento de nossas resoluções.

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Mitologia de Oxaguian

Oxalá, rei de Ejigbô, vivia em guerra.

Ele tinha muitos nomes, uns o chamavam de Elemoxó, outros de Ajagunã, ou ainda Aquinjolê, filho de Oguiriniã. Gostava de guerrear e comer. Gostava muito de uma mesa farta. Comia caracóis, canjica, pombos brancos, mas gostava mais de inhame amassado. Jamais se sentava estavam sempre atrasados, pois eram muito demorado preparar o inhame. Elejigbô, o rei do Ejigbô, estava assim sempre faminto, sempre castigando as cozinheiras, sempre chegando tarde para fazer a guerra. Oxalá então consultou os babalaôs, fez suas oferendas a Exu e trouxe para a humanidade uma nova invenção. O rei de Ejigbô inventou o pilão e com o pilão ficou mais fácil preparar o inhame e Elejigbô pode ser fartar e fazer todas as suas guerras. Tão famoso ficou o rei por seu apetite pelo inhame que todos agora o chamam de “Orixá Comedor de Inhame Pilado”, o mesmo que Oxaguian na língua do lugar.

DADOS DE

Oxaguian

Dia: sexta feira; Data: 15 de janeiro; Metal: todos os metais brancos; Cor: branco e leitoso; Comida: inhame pilado; Arquétipo: altos e robustos, porte majestoso, olhar ao mesmo tempo altivo e t ravesso, elegante e amigo das mulheres, alegre, gosta profundamente da vida, revela-se muitas vezes irônicos, malicioso, prolixo, brincalhão, idealista e defensor dos injustiçados, intuitivo quanto ao futuro. Seu pensamento original antecipa o de sua época, espírito brilhante, facilidade de argumentação. Se rico é generoso e até pródigo. Embora guerreiro não é agressivo, nem brutal.

Características de oxalá Cor Fio de Contas Ervas

Símbolo Pontos da Natureza Flores Essências Pedras Metal Saúde

Branca Contas e Missangas brancas e leitosas. Firmas Brancas. Tapete de Oxalá(Boldo), Saião, Colônia, Manjericão Branco, Rosa Branca, Folha de Algodoeiro, Sândalo, Malva, Patchouli, Alfazema, Folha do Cravo, Neve Branca, Folha de Laranjeira .(Em algumas casas: poejo, camomila, chapéu de couro, coentro, gerânio branco, arruda, erva cidreira, alecrim do mato,hortelã, folhas de girassol, agapanto branco, aguapé (golfo de flor branca), alecrim da horta, alecrim de tabuleiro, baunilha, camélia, carnaubeira, cravo da índia), fava pichuri, fava de tonca, folha de parreira de uva branca, maracujá (flores), macela, palmas de jerusalém, umbuzeiro, salsa da praia) Estrela de 5 pontas.  (Em algumas casas, a Cruz)

Praias desertas, colinas descampadas, campos, montanhas, etc... Lírios brancos e todas as flores que sejam dessa cor, as rosas de preferência sem espinhos. Aloés, almíscar, lírio, benjoim, flores do campo, flores de laranjeira. Diamante, cristal de rocha, perolas brancas. Prata (Em algumas casas: platina, ouro branco) . Não tem área de saúde específica, pois abrange todo nosso corpo e nosso espírito.

199 Planeta Dia da Semana Elemento Chakra Saudação Bebida Animais Comidas Numero Data Comemorativa Sincretismo Incompatibilidades:

Sol. Todos, especialmente a Sexta-Feira. Ar Coronário Exê Uêpe Babá Água mineral, ou vinho branco doce ou vinho tinto doce. Pomba Branca, Caramujo, coruja branca Canjica, Acaçá, Mungunzá. 10 (Oxalufã), 8 (Oxaguiã). 25 de Dezembro Jesus. (Oxaguiã, Menino Jesus de Praga; Oxalufã, Senhor do Bonfim) Vinho de palma, dendê, carvão, roupa escura, cor vermelha, cachaça, bichos escuros. Lâminas (Oxalufã)

200 AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ Os filhos de Oxalá, são pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores ( ajuntós). São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados. Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos. Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema. No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação. Para Oxalá, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou falada) seja o ponto fundamental. Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem. Para que o filho de Oxalá tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas coisas que o cerca e tentar ceder à sua natural teimosia.

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CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ

Oxalá é o pai dos Orixás e, por extensão, de toda a humanidade. Estabelece, pois, entre si e os outros, uma aura não de temeridade, mas sim de carinho. Os filhos de Oxalá, portanto, são pessoas tranqüilas, com tendência a calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Sabem argumentar bem, são reservados, mas raramente orgulhosos. Seu defeito mais comum é a teimosia, será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema. No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação. Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Og um, nem tão compacto como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e postar-se dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo se tratando de alguém muito jovem.

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Apolo ou Febo — Divindade grega, filho de Zeus com Leto; é o Deus da Luz Solar, da música, artes e medicina. Senhor do Oráculo de Delfos. Divindade radiante, sempre moço e belo. Traz pureza, tranqüilidade e espiritualidade. Hélios — Divindade grega, irmão de Éos; era o próprio sol, representado como um jovem com raios de luz saindo da cabeça. É considerado também aquele que ilumina e traz a iluminação, a Luz. Brahma —  É a primeira pessoa da trindade hindu (Brahma, Vishnu e Shiva). É o primeiro criado; criador, incriado, do Universo. Costuma se manifestar com quatro cabeças simbolizando os quatro vedas (―conhecimento‖), livros sagrados para os hindus, quatro yugas (eras, ciclos de tempo e realidade pela qual passa a humanidade, atualmente estamos na Kali-yuga, a era da destruição), quatro castas (cla sses sociais hindu). Tendo quatro braços segura em cada uma das mãos uma ―mala‖ (colar de oração hindu, simbolizando a tranqüilidade da mente), uma colher e ervas (simbolizando os rituais), o Kamandalu (pote com água, simbolizando a renúncia) e os vedas ( simbolizando o conhecimento). A mão que segura o ―mala‖ faz um sinal, ―abhayamudrá‖, que representa o afastamento do medo. Aparece de olhos fechados em meditação o que demonstra suas qualidades de paz e harmonia. Sua consorte, Sarasvati, o Conhecimento, manifestou-se a partir dele. Dessa união surgiu toda a criação.

brahma - vishnu - shiva

Shiva e os deuses hindús A santa trindade Hindú Brahman é Deus no Princípio, Deus com a Palavra. Alfa e Ômega. Pai e Mãe. Deus é o Princípio e é o Fim. Deus é a Palavra e a Palavra é Deus. Deus é o fogo consumidor de toda a imperfeição humana. Brahman é esta essência pura de Deus, Um Deus sem atributos. Brahman se coloca para a vida na Terra de quatro diferentes maneiras e isto ocorre para que possamos interpretar Deus nos quatro planos da matéria: Primeiro, vemos Brahman como a Trindade Espiritual do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Estas são três manifestação da personalidade Alfa de Deus com atributos. Eles são manifestações servindo sob o comando de Brahman. É como se eu dissesse a vocês que Brahman é a essência pura da consciência do todo. Quando ele se manifesta para seus filhos em evolução no útero da Terra, ele o faz através da trindade. Ele é individualizado para cada ser. Ou seja. O Pai e o Filho servem a cada alma individualmente na Terra. Enviando o plano divino para cada alma manifestar para seus irmãos. Shiva, já trabalha com a coletividade das almas que colocando o plano em prática, devem estar atuando e servindo umas às outras. - Brahma é o Pai; o Poder da Criação, da idealização da nossa razão de ser e atuar. - Vishnu é o Filho; a Sabedoria e o Conhecimento da Vontade do Pai, ele é a missão de ensinar e acompanhar cada alma até a conclusão do plano divino na Terra. - Shiva, o Espírito Santo; o Amor à perfeição e à conclusão do plano divino, somado à missão de purificar a criação, destruindo todas as forças contrárias à vida e ao amor divino. A mãe divina está representada em cada principio feminino de cada um dos aspectos das manifestações de Brahman, e além disto, ela atua fora da trindade, junto conosco na Terra. Nós podemos chamá-la de Shakti. Shakti, a Mãe Terra, a Mãe Natureza, o útero da Mãe divina, onde as almas, (filhos de Deus) estão encarnadas em seu útero, esperando a 203

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hora da conclusão do plano divino individual e da purificação pelo Fogo Sagrado do Espírito Santo de Deus, (libertação do car ma negativo), para ser aceito no ritual sagrado da Ascensão.

Para facilitar sua compreensão, divida agora sua vida em ciclos de 12 anos. Faça como em um relógio, colocando o numero 12 em cima, o numero 3 à direita do circulo, o numero 6 na parte inferior e o numero 9 na lateral esquerda do circulo. Compreenda que a cada 3 anos de sua vida, você estará sob o acompanhamento direto de uma das quatro forças de Brahman, e ou seus representantes hierárquicos. Coloque então o Senhor Brahma nas 12 horas do circulo, nas 3 horas coloque o Senhor Vishnu, nas 6 horas coloque Shakti e nas 9 horas coloque o Senhor Shiva. Brahma inicia o ciclo de 12 anos com o impulso azul marinho que é a matriz da criação que vem de Brahman. Brahma leva então o conhecimento azul marinho do plano divino com o ensinamento em uma freqüência mais a mena, como amarelo ouro, até Vishnu. Vishnu recebe o plano e carrega este amarelo ouro da sabedoria do plano até tornar-se o rosa em Shakti. O rosa do amor e da vontade de servir o próximo. Ele mostra à alma o valor do plano e a necessidade de servirmos os nossos irmãos na Luz. A Mãe Shakti, recebe esta energia de amor e sabedoria de Vishnu e qualifica com a harmonia e a pureza da Mãe, o branco, a base do poder de Brahma. Lembre-se de que Shakti não faz parte da trindade, ela é a Mãe Divina encarnada como Mãe Terra. Ela é a razão da manifestação da trindade. A primeira parte da trindade, Brahma e Vishnu, ajudam a Mãe a educar seus filhos, em seu útero, ajudando-os a colocar este plano em ação. Ela leva então, as energias do branco e do Rosa para serem qualificados com o rubi do Senhor Shiva. Shiva é a parte recebedora, a parte ômega da trindade masculina. Shiva recebe o branco da pureza e da harmonia dos filhos de Deus e não aceita que nada além dest a pureza  passe através dele. Ele eleva o branco para o Rubi, para ajudar os filhos de Brahman a se libertarem das impurezas. O Rubi de Shiva é a indignação de Brahman. A ira do Senhor contra os inimigos de sua Luz. Shiva é a libertação pela caridade de Brahman. Ele faz a limpeza por nós, desde que, estejamos prontos para ele. Isto significa, arrependimento de nossos erros e disposição para vencer nossos maus hábitos. Assim como tudo começou no impulso do azul marinho que é a matriz da criação, Shiva eleva as energias até o fim das 11 horas, onde ele se manifesta na sua totalidade de onze Shivas, "o Senhor Rudra".

Sarasvati a Deusa do Apr endizado

Brahma com Sarasvati (sua contraparte feminina)  são os representantes de Brahman atuando como os mensageiros da "Criação- o Plano Divino - Os mensageiros da Semente da Verdade do Pai". Eles atuam nas 12, 1 e 2 horas do circulo. É Brahma quem nos traz a vontade do Pai, o conhecimento do plano divino para nossas vidas. Este plano se manifesta de uma maneira bem abstrata e de difícil compreensão. O Plano nesta fase é uma semente que ainda não germinou. Brahma se manifesta trazendo a vontade de Brahman para o nosso corpo da memória. Este plano divino vem para nós a cada início de ciclo de doze anos. Sarasvati tem um importante papel nos ajudando a aceitar e a compreender a vontade do Criador, o que exigirá sempre muito de nós, colocando-nos sempre à prova, frente a frente com novas mudanças e transformações em nossas vidas. Sempre que alguém está vivendo a idade de: 204

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00, 01 e 02 anos; 12, 13 e 14 anos; 24, 25 e 26 anos; 36, 37, e 38 anos; 48, 49 e 50 anos; 60, 61 e 62 anos; 72, 73 e 74 anos; 84, 85 e 86 anos; 96, 97, e 98 anos de idade, estará sob os cuidados e a atenção de Brahma e sua hierarquia, onde receberá a vontade do plano criado por Brahman, uma matriz do pla no da vida para os doze anos seguintes. Esta é uma fase difícil de se passar. Parece que nada nos agrada durante estes três anos em que estamos com Brahma e Sarasvati. Sentimonos desconfortáveis como se estivéssemos em um lugar errado. Isto ocorre por que queremos muito modificar nossas vidas, porém, ainda não temos os meios para tal. Um momento em que devemos passar com muita meditação. Nada de ação, e sim meditação. Uma busca pelo conhecimento da nova verdade. Esta é a fase da preparação da alma para a plantação da semente recebida. O Pai apenas está nos mostrando a necessidade de mudar e nos  proporcionando a semente e a Terra para plantarmos .

L akshmie a D eusa da Riqu eza

Vishnu com Lakshmie (sua contraparte feminina) são os representantes de Brahman atuando como os mensageiros da "Instrução e da Preservação" eles vem para nos ensinar a tratar a Terra e a plantar a semente. É Vishnu quem nos ajuda a entender e a colocar em prática este plano divino. Ele nos prepara para a vitória da manifestação do plano, e nos supre de todas as necessidades mentais, emocionais e físicas para tal. Com Vishnu nós conseguimos ser e vestir o ensinamento de nosso Pai. Com Vishnu aprendemos a conversar com nosso Eu Superior e a obedecer a Sua lei. Pensar com a Luz interior antes de colocarmos em ação nossas palavras e atos. Assim, tornamo-nos a vontade do Pai manifestada em nossa personalidade. Lakshmie atua mantendo e preservando o plano suprindo-nos de tudo o que precisamos para colocar o plano em prática. Sempre que alguém está vivendo a idade de: 03, 04 e 05 anos; 15, 16 e 17 anos; 27, 28 e 29 anos; 39, 40, e 41 anos; 51, 52e 53 anos; 63, 64 e 65 anos; 75, 76 e 77 anos; 87, 88 e 89 anos; 99, 100, e 101 anos de idade, estará sob os cuidados e a atenção de Vishnu e sua hierarquia, onde receberá o conhecimento sobre a vontade de Brahman, a preparação  para colocar em prática o plano de vida nos 6 anos seguintes. Esta é a fase de plantação da semente do plano. Brahman, atuando sob a forma de Vishnu, está nos mostrando o caminho da mudança e nos ajudando a plantar a semente na Terra. Nesta fase, não temos mais dúvidas do caminho que queremos seguir na vida. Sabemos o que queremos, mas teremos de aguardar a germinação de nosso plantio.

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Shak ti a Deusa da Mater ial ização

Shakti (é contraparte feminina de Brahman) atuando como a Mãe Terrenal que não representa a Santa Trindade de Brahma, Vishnu e Shiva, Pai Filho e Espírito Santo, mas proporciona a forma física para a manifestação do plano exposto pela trindade.  Nós estamos e atuamos com a nossa amada Mãe Terra, a representante de Brahman que é e está na Terra sempre junto conosco. A Mãe Terrenal. Ela é o Poder Supremo do Pai em forma física. O nome para ela é "Shakti" a "Mãe Terra". Ela é o nosso útero, a casa para a nossa evolução. Ela é a manifestação física da Mãe divina em sua totalidade Ômega. Todos os filhos de Deus ainda não ascensos na luz, estão vivendo no mesmo útero da Mãe Terra. É a partir de Shakti que começamos a dar a forma ao plano que nos foi entregue por Vishnu. Brahma atua em nossa memória. Vishnu em nosso mental. Shakti e Shiva atuam no emocional e no físico. É com a Mãe que aprenderemos a servir ao próximo os frutos que vamos colher de nosso plantio.  A Mãe é o verdadeiro cálice do vinho da vida eterna, o vinho que é o sangue do cordeiro de Deus.

Sempre que alguém está vivendo a idade de: 06, 07 e 08 anos; 18, 19 e 20 anos; 30, 31 e 32 anos; 42, 43, e 44 anos; 54, 55 e 56 anos; 66, 67 e 68 anos; 78, 79 e 80 anos; 90, 91 e 92 anos; 102, 103, e 104 anos de idade, estará sob os cuidados e a atenção de Shakti e sua hierarquia, onde receberá a proteção da Mãe do mundo, aprendendo a manter a harmonia e a pureza da mãe, o auto controle emocional e do corpo dos desejos, sendo então preparado para colocar em prática o plano di vino nos três anos seguintes. Esta é a fase de manutenção e germinação do plano, é a hora de regarmos as plantas e admirarmos os frutos agradecendo à Brahman pelos meios de mudar e de botar o plano em pratica. Nesta hora, já estamos vivendo a nova vida. Sabemos o que queremos, estamos trabalhando duro para a colheita dos frutos que já podem ser visto. A Mãe Shakti nos ensina a adorar Brahman acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Par vati a D eusa Bené f ica, Au spiciosa 206

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Shiva com Parvati (sua contraparte feminina) são os representantes de Brahman atuando como os mensageiros da "Destruição, da Regeneração e da Libertação". É Shiva quem nos ajuda a destruir as nossas más criações e a de nossos irmãos que estejam atuando contra nós. Shiva é o responsável pela purificação de nosso ser, a regeneração de nossas células e do mundo que nos cerca. É ele quem nos ajudará na separação do joio e do trigo em nossa colheita de nossos frutos do plano divino agora feito realidade em nossas vidas. Parvati atua como mãe e como guerreira, protegendo as crianças e matando os demônios. Ela protege-nos e ao nosso plano divino, livrando-nos de todas as forças malignas, libertando-nos para que possamos colocar o plano de nosso Pai, Brahman, inteiramente realizado, verdadeiro e vitoriosamente manifestado. Shiva é a seriedade do Pai somada ao amor e dedicação da Mãe. Shiva seria então, o deus mais elevado dos três. Shiva é enaltecido como Brahman, a alma do mundo, personificada. Ele é glorificado como o Senhor da Criação. Sempre que alguém está vivendo a idade de:

09, 10 e 11 anos; 21, 22 e 23 anos; 33, 34 e 35 anos; 45, 46, e 47 anos; 57, 58 e 59 anos; 69, 70 e 71 anos; 81, 82 e 83 anos; 93, 94 e 95 anos; 105, 106, e 107 anos de idade, estará sob os cuidados e a atenção de Shiva e sua hierarquia, onde poderá realizar a vontade de Brahman, com harmonia e dedicação ao Pai. Esta é a hora da verdadeira visão da realidade e da vitória. É quando a Luz de Shivanos mostra nossas impurezas e nos ajuda a atingir a auto-purificação e a conclusão do plano divino. Assim compreendemos que Vishnu contém Brahma, Shakti contém Vishnu e Shiva contém Shakti. Brahma traz o plano divino para Vishnu que sabe este plano por completo. Vishnu nos ensina e nos prepara para a nossa vitória. Brahma e Vishnu são a serenidade do Pai. A missão deles é nos ensinar e nos preparar para a nossa missão. Shakti nos protege e educa, acompanha nossos passos e nos defende, dando-nos o tempo necessário para errarmos, fortalecendo-nos para a vitória. Shiva é o cordeiro de Deus, aquele que tem a verdade da vida. A realidade do Senhor Deus em sua totalidade. Shiva tem em si todos os 12 raios do Senhor. Ele é a força do Pai, a dedicação do Filho e o amor e proteção da nossa Mãe, à nossa disposição. Ele tanto nos cobra seriamente a evolução do plano, como também nos perdoa de todos os erros e nos protege como a Mãe. Shiva é uma parte significativa de Deus, o que o torna dotado de extrema potência. A única coisa que precisamos fazer é entender que sem o apoio e o acompanhamento de Shiva, não chegaremos à perfeição de nosso plano divino. Ele sabe que não chegaremos a ele perfeito e nos espera com todos nossos defeitos. Ele espera que o chamemos para que possa nos acompanhar neste trabalho de purificação e finalização do plano de nosso Pai. O Filho, Vishnu é o mensageiro intermediário entre o Pai e nós. Assim, tudo o que o Pai nos dá, vem através dele. Ele é o Cristo Pessoal, o Eu Superior, O Anjo da Guarda, entre outros nomes. O Espírito Santo, Shiva é o mensageiro intermediário entre nós e Brahman. Assim, nada sobe ao Pai a não ser através dele. Ocorre que após completarmos todos os nossos serviços ao Pai, precisaremos passar nós mesmos e por completo, pelo fogo purificador de Shiva. Pule no fogo de Shiva, e veja a diferença que isto fará em sua vida. A luz de Brahman está esperando você do outro lado deste fogo da vida eterna.

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Shiva o tr ansform ador 

Seu terceiro olho (no centro da testa) está no formato oval e na posição vertical. Três olhos conhecidos como o olho do presente, do  passado e do futuro. Eles mostram a Sua capacidade de tudo ver, "o Poder do Olho de Deus que tudo vê", tanto no céu como na Terra. Shiva sempre aparece coberto por uma pele de tigre ou com uma pele de elefante com a face branca como a neve e cabelos opacos. Ele se  parece como um yogi. A pele do tigre simboliza o domínio sobre a própria inquietação e dispersão; a pele do elefante simboliza o domínio sobre seu orgulho e agressividade. Ele é amigo dos yogis e é quem os ajuda a atingir suas metas de realização em Deus. São yogis, todos aqueles que colocam sobre seus ombros os trabalhos de Jesus que é luz e que é leve e fácil.

O TRISHULA Suas armas são o tridente, "Trishula" cujas três pontas simbolizam as propriedades do deus como criador, conservador e destru idor. Uma espada, um arco e um bastão que terminam em um crânio, atributo característico dos ascetas e yogis, demonstrando o poder, o equilíbrio e o conhecimento. Trishula representa a chama trina da trindade divina; o poder, o amor e a sabedoria de Brahman, as plumas da chama sagrada que podem destruir a ignorância dos humanos. Trishula representa também o instrumento para punir aqueles que fazem o mal contra as crianças de Deus.

DAMARU Este tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo. O universo nasce do som da criação, o AUM. É com o som do Damaru que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Este modelo de tambor emite som dos dois lados, um representando Alfa e o outro Omega.

SERPENTE NAJA A Serpente Naja e muito retratada ao redor do pescoço e da cintura do Senhor Shiva. Ela é a mais mortal das serpentes, isto s imboliza que 208

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Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na Yoga, a serpente representa a energia do fogo Kundaliní subindo pela coluna e ativando os chakras, produzindo a iluminação (samadhi), um estado de consciência expandida. Repare as fotos do Senhor Vishnu, como as 7 N ajas que encobrem sua cabeça, representando os 7 principais raios, isto mostra a sua grandiosa iluminação Cristica. Shiva é uma das três divindades grandiosas de nosso sistema solar, ele é a divindade destruidora, a evolução e o progresso personificado, pe rsonificado, sendo ao mesmo tempo o regenerador; Shiva é aquele que destrói as coisas sob uma forma imperfeita, mas as traz à vida sob uma outra forma mais perfeita.

SHIVA - RUDRA O Shiva de Fogo encar r egado da devastação U ni versal . A cor por i f i cação das on ze enca encarr na naç ções do Sen Sen ho horr Shi va.

"No Rig Veda o nome de Shiva é conhecido como Rudra, que é uma palavra usada para Agni, o deus do fogo. . ."; "Nos Vedas ele é o Ego divino aspirando retornar ao seu estado puro de deidade, e ao mesmo tempo esse ego divino está preso pr eso em forma terrena, cujas paixões ferozes fazem dele o 'feroz,' e 'terrível". Shivafreqüentemente Shivafreqüentem ente é dito como a divindade que patrocina os esotéricos, ocultistas, e ascéticos; Ele é chamado de Mahayogin (o grande ascético), de quem o conhecimento espiritual mais alto pode ser adquirido, ele é o caminho para a união com o grande espírito do universo, onde se pode conquistar o mais alto contato espiritual. Shiva atua como o impressionante destruidor das paixões humanas e sentidos físicos, que estão no caminho do desenvolvimento das  percepções espirituais mais altas e o crescimento do homem eterno interior. ShivaRudra é o Destruidor, assim como Vishnu é o conservador; mas ambos estão a tuando para a regeneração do espiritual assim como da natureza física. Fique de pé e abra os braços. Vishnu está em seu braço e mão do lado direito e Shiva no braço e mão esquerda. Eles se encontram no centro de seu peito no chakra do coração. Brahma está no topo de sua cabeça e Shakti está na base de sua espinha. Vá agora mesmo a frente de seu altar e entregue seu coração ao Filho e ao Espírito Santo de Deus. Entregue sua cabeça ao Pai e suas pernas  para a Mãe divina. Não saio de casa sem fazer isso. Entregue seu corpo corpo e sua alma à Deus e faça a vontade dele. dele. ShivaRudra é um nome que aparece muito escondido nos Vedas; uma referencia a Rudra como sendo o maior dos Kumaras, considerado  pelos ocultistas como seu patrono patrono especial. A função de Shiva-Rudra é destruir em ordem de regenerar a entidade permanente em um plano mais elevado; elev ado; suas funções são essencialmente as da ação, assim como as funções do Vishnu são essencialmente as de continuação e preservação. Para tornar-se uma planta, a semente precisa morrer. Para viver como um ser ciente de sua eternidade, as paixões e sentidos do adepto, devem morrer antes que o seu corpo o faça. "Viver é morrer e morrer é viver," Invoque Shiva em sua vida. Ele é o Criador e o Salvador do homem espiritual. Eliminando e destruindo as paixões do mundo material e físico, chamando à vida, as percepções do homem espiritual. Shiva é freqüentemente chamado Maha-kala (o grande tempo), o poder reprodutivo que está perpetuamente restaurando o que foi dissolvido. Também chamado de Mahadeva (o grande deus restaurador da vida). Shiva é conhecido por mais de 1000 nomes e títulos diferentes. Ele é o grande deus da regeneração e da justiça. SHIVA ! SHIVA ! SHIVA ! o amável, afetuoso, auspicioso. Shiva é o Espírito Santo que consome os focos de ignorância e anti-amor, Shiva é o destruidor da maldade, do ódio, das doenças e dos demônios. Ele espera que você purifique seu ser, seguindo o exemplo da Mãe do Mundo para só então, lhe servir se rvir o alimento da vida eterna. Shiva atua com o raio rubi, o raio r aio do amor intenso, amor consumidor do anti-amor. Sempre que chamar por Shiva prepare-se para a purificação pelo Santo fogo do amor. Shiva é Shambu, o benigno, Shankara o beneficente, Pashupati, o Senhor do castelo. O Senhor do castelo significa que as almas devem obedecer aos seus ensinamentos, para terem o controle sobre seus corpos e suas vidas. Shiva é associado com a morte porque acima de tudo ele é o destruidor do ego humano e da mente carnal. Shiva é a morte das mortes, mas também é o doador da imortalidade para seus devotos. Shiva nos dá a força necessária necessári a para vencer a serpente s erpente do eu inferior para que possamos atingir a iluminação.  No topo da cabeça de de Shiva se vê um jorro d'água. d'água. Ele representa o rio Ganges Ganges que nasce dos cabelos de Shiva. Shiva. Uma antiga lenda lenda conta que 209

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o Ganges era um rio muito violento e se descesse à Terra, a destruiria com a força do impacto. Assim, Shiva permitiu que o rio caísse  primeiro sobre sua cabeça, amortecendo amortecendo o impacto e depois,mais depois,mais calmo, corresse pela Terra. Esta estória, simboliza a proteção que Shiva nos dá como o distribuidor dos sete rios santos, isto é, aquele quem distribuí a luz em nosso chakras, potencializando os chakras secretos, nos ajudando a controlar e a equilibrar a luz em nossos chakras, para atuar na matéria a vontade de nosso Pai, servindo à toda a vida. Mas isto só ocorre se participarmos com ele, chamando-o para o nosso coração. Invoque o poder do Espírito Santo em seu coração e veja Shiva atuar em sua vida. O Senhor Shiva vive na montanha sagrada Kailasa no Tibet. Ele é visto lá em sua solitária figura de asceta e também com sua Shakti, S hakti, Parwati. Shiva nos ajuda na abertura do terceiro olho, isto representa a visão do conhecimento da realidade divina, o que destrói a ignorância. Ele é o Senhor da dança, sua s ua dança destrói tudo que aprisiona a alma. Ele dança sobre os demônios que personificam a ignorância e a ilusão. Sua dança representa a verdade cósmica c ósmica em ação.

SH I VA NATARAJA - O REI DA DAN ÇA

Shiva é conhecido em sua principal estátua como "ShivaNataraja", o rei dos dançarinos, o rei da dança. Sua dança é uma manifestação física do ritmo cósmico. ShivaNataraja personifica o movimento do universo. Ele atua no cosmo como se fosse seu teatro, Ele se coloca como ator e publico ao mesmo tempo. A estátua apresenta Shiva com quatro braços, dançando dentro de um circulo de fogo e pisando sobre um demônio. Esta dança chama-se Tandava. O primeiro braço, com a palma à frente, Ele nos diz: "Não temam a mensagem da transformação que vos trago, pois eu represento a solução dos problemas". O segundo braço segura um pequeno tambor que marca o ritmo da dança, e que significa: "Todo o universo segue um ritmo e a uma ordem cíclica. O tambor representa o som da criação." Com o terceiro braço Shiva segura línguas de fogo "É chegada a hora da destruição, completando assim o ciclo da criação". "No passado, o mundo acabou-se pelas águas de um dilúvio, agora a destruição virá pelo poder do fogo". As línguas de fogo ao redor do circulo significam: "As bordas da Terra serão queimadas pelo fogo". Um pé está sobre uma figura animalesca, que representa a natureza inferior e animal do homem, o eu inferior do ego humano. O quarto braço apresenta o caminho da salvação apontando para o pé levantado, querendo dizer: "O ser humano deve negar as suas más inclinações, as más paixões, os instintos bestiais, oriundos da sua natureza animal inferior e seguir sua natureza superior e espiritual: Os humanos devem abster-se do ódio, dos vícios, dos excessos e buscar atingir o autocontrole". Seu pé esquerdo que está levantado do chão e apontando a pontando para cima, mostra-nos o caminho da vitória e da salvação. Shiva dança nos campos de batalha, cemitérios e em todos os lugares associados com a morte. Ele retira a luz energia que restam nos campos sangrentos. Shiva é o grande guru que vem para nos salvar da ignorância, do esquecimento e do ego humano. Ele representa a verdade cósmic a e seu amor liberta-nos de tudo que nos separa da unidade com Brahman. Diga SHIVA OM - SHIVA OM - SHIVA OM. SHIVA é o poder e OM é a materialização deste poder na terra. Repita este mantra várias vezes por dia, e principalmente quando estiver perante problemas como desordem, brigas, animais ferozes , ladrões e etc. ou mesmo quando quiser libertar-se de um vício como o do uso de drogas ou perversões de qualquer natureza. Grite por SHIVA e alegre-se ao ver o seu poder de ordem em ação.

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PARVA PA RVATI TI E SHI SHI VA COM COM O FI LH O GANES GANESHA HA

É importante que você crie um momentum de poder com Shiva entoando seus mantras e comandos de Luz todos os dias, só assim nas horas de perigo Shiva poderá atendê-lo de imediato. Shiva deve ser visualizado também quando fazemos o mantra OM NAMO SHIVAYA, que significa eu me curvo diante de ti Senhor Shiva. Ao entoar este e outros mantras de Shiva visualize-o em torno de você. Enquanto entoa o mantra curve-se diante de Shiva. Visualize o fogo rubi em torno de Shiva e ao seu redor consumindo toda a imperfeição do seu ser. Espere pela união com Shiva através de sua devoção, invocações, mantras e visualização. Finalmente veja Shiva sobre você e você dentro dele. Visualize este fogo entrando pelo seu estomago através de seu chakra do Plexo Solar. Como terceira pessoa da trindade hindu, ele destrói o universo ao final de cada era para que este possa ser criado novamente. Ele vem com o fogo consumidor do amor divino que destrói o ódio, a maldade, os demônios e o ego humano, varrendo a terra do mal, não significando necessariamente a destruição do mundo físico pelo fogo físico, mas sim, a destruição do mal e das trevas pelo fogo fo go sagrado. Agradecemos a Deus Pai, Filho e Espirito Santo a oportunidade de levarmos todos estes conhecimentos a tantos filhos da luz. Deus salve a nossa Mãe Terrenal ! Om Brahma, Om Vishnu, Om Shakti, Om Shiva !

Suria — Divindade hindu, Deus Sol; é a alma suprema dos vedas e deve ser adorado por todos os que desejam a libertação da ignorância. Varuna — Divindade hindu, provém da raiz verbal ―vr‖ (―cobrir, circundar‖), circunda o Universo e tem como atributo a soberania, soberania, através do Sol ele controla tudo, e desta maneira fez três mundos, habitando em todos eles: céu, terra e o espaço intermediário de ar onde o vento é sopro de varuna. Sua morada é o Zênite, mansão de mil portas, onde fica sentado e a tudo observa; à sua volta ficam seus informantes que inspecionam o mundo e não se deixam enganar. Seu poder é ilimitado assim como seu conhecimento; inspeciona todo o mundo, sendo senhor das leis morais. Varuna já foi um Deus Único e Celeste, perante a criação, com o tempo tornou-se Divindade das águas, rios e oceanos. Rá — Divindade egípcia; é o princípio da Luz, simbolizado pelo Sol; ele é mais do que o próprio. É ele quem penetra no disco solar e lhe confere a luz. Adorado como uma das maiores Divindades egípcias e muitas vezes associado ao nome do Ser Supremo para lhe conferir este status, como Atun-Rá ou Amon-Rá. Khnum — Deus local do Alto Egito; era um Deus simbolizado com cabeça de carneiro. Tinha aspectos de criador, possuidor de um torno de oleiro, onde modelara o corpo de todos os homens. Baldur ou Balder — ―Distribuidor de todo o bem‖. Divindade Nórdica, masculina, mas culina, filho de Odim com a Deusa Mãe Frigg. Conhecido como Deus Sol, o todo radiante, de beleza incomparável. É conhecido como a deidade boa, pura e carismática. Deus pacífico. Conhecido ainda como ―o bem -amado‖, ―o santo‖, ―o único sem pecado‖. ―Deus da bondade‖, foi morto por obra de Loki. Frigga, sua mãe, pediu a todos, e a tudo, que jurassem não prejudicar o ―deus radiante‖, mas esqueceu -se do ―frágil ramo de agárico‖. Deste ramo, Loki fez um dardo e colocou na mão do cego Hoder, enquanto todos os deus es se divertiam tentando ferir Baldur com pedras e sem sucesso pelo juramento. Orientado por Loki, Hoder atira o dardo que mata Baldur. É dito que, quando um mundo novo e mais puro surgir, ele renascerá. Brán — Divindade celta. ―O abençoado‖. Brán é muito cultuado no País de Gales; é considerado o Deus da profecia, das artes, dos líderes, da guerra, do Sol e da música. Anu — Divindade sumeriana. O pai das Divindades, destronado por Enlil. É o próprio céu, Divindade do firmamento estrelado. O que reina na esfera superior. Adorado por sumérios, acádios e assírio-babilônicos, como sendo a divindade maior, por vezes visto como o Deus Supremo. Senhor dos anjos e dos demônios, de todas as potências inferiores e superiores. Adorado como deus em Uruk. Nusku — Divindade sumeriana. Deus da luz, adorado ao lado do Deus da Lua em Harran e Neirab. Vizir de Anu e de Ellil. Tem como símbolo uma Lâmpada. Utu — Divindade sumeriana. Deus Sol sumério. Traz o título de ―meu sol‖ como ―majestade‖, ―majestade‖, como eram chamados os reis e deuses chefes de panteão.

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Shemesh — Divindade hebraica. Aparece com raios flamejantes saindo de seus ombros, saltando sobre montanhas com uma espada flamejante de serra nas mãos e tiara de fogo na cabeça, também simboliza o Sol. É a mesma divindade arábica Shams. Dagda — Divindade celta que aparece como o grande pai de todos, chamado de ―o bom deus‖. O poder de dagda aparece como um sopro que torna os agraciados em grandes trovadores. Inti — Divindade inca do Sol também chamado de ―Servo de Viracocha‖. Protet or da casa real onde o Imperador era chamado de ―filho de Inti‖. É o grande doador da vida e da luz, Divindade popular mais importante com seu culto estabelecido em vários templos. KinichAhau — Divindade maia do Sol, muito ligado ao Deus Criador Itzamná.

Comentário: O Trono Masculino da Fé, Oxalá, é facilmente encontrado nas várias culturas, por ser comumente representado como o Sol ou como a divindade que participou da criação, pois é a base da mesma. Sem o sentido da Fé nada existe religiosamente e sem o fator magnetizador nada existe na criação, onde tudo se sustenta por vibração magnética. Logo se torna sempre uma Divindade importante e benevolente. Na Umbanda, foi sincretizado com Jesus Cristo, expoente máximo da fé Católica. Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Editora Madras Madraswww.madras.com.br  www.madras.com.br 

TRONOS DA FÉ- OXALÁ E LOGUNÃ

SAGRADO PAI OXALÁ (Orixá Universal- Trono Masculino da Fé) QUALIDADES: QUALIDADES: As qualidades de Oxalá são, todas elas, mistérios da Fé, pois ele é o Trono Divino irradiador da Fé. Nada ou ninguém deixa de ser alcançado por suas irradiações estimuladoras da fé e da religiosidade. Seu alcance ultrapassa o culto dos Orixás, pois a religiosidade é comum a todos os seres pensantes.  Jesu s Cri sto éum Tron o d a Féde nível in term ediário den tro da hi erarq uia d e Oxal á . E o mesmo acontece com Buda e outras divindades manifestadoras da fé, pois muitos Tronos Intermediários já se humanizaram para falar aos homens como homens e , assim, melhor estimularem a fé em Deus. Todas as divindades irradiam a fé. Mas os Tronos da hierarquia de Oxalá são mistérios da Fé e irrad iam-na o tempo todo. ATRIBUTOS: Os ATRIBUTOS: Os atributos de O xalá são cristalinos, pois é através da essência cristalina que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos de fé. Saibam que a essência cristalina irradiada pelo Divino Trono Essencial da Fé é neutra q uando irradiada. Mas como tudo se polariza em dois tipos de magnetismos, então o pólo positivo e irradiante é Oxalá e o pólo negativo e absorvente é Logunã. Oxalá irradia fé o tempo todo e Logunã absorve as irradiações religiosas desordenadas vibradas pelos religiosos desequilibrados. Ela se contrapõe a ele porque 212

213 a atuação dela é no sentido de absorver os excessos religiosos vibrados pelos seres que se excedem nos domínios da fé. Já Oxalá irradia fé e estimula a religiosidade o tempo todo, a todos. ATRIBUIÇÕES: As ATRIBUIÇÕES: As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do Divino Pai Oxalá... e entram nos gélidos domínios da Divina MâeLogunã, a Senhora do Tempo e dos eguns negativados nos aspectos da fé. OFERENDAS:  Oxalá é oferendado com velas brancas, frutas, côco verde, mel e flores. Os locais para oferendá-lo são aqueles que mais puros se mostram, tais como: bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos, etc. Já os regentes dos pólos negativos da linha da Fé não se abrem ao plano material e não são invocados ou oferendados.

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214 SAGRA SAGRADA DA M E LOGUN LOGUN (Orixá (Orixá Cósm Cósmicoico- Tron Trono o Feminin Feminino o da Fé) Fé)

Logunã é a Orixá do Tempo e seu campo preferencial de atuação é o religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso O ―Tempo‖ é a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada mãe Logunã, porque é na eternidade do tempo e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem. A OrixáLogunã forma um pólo magnético vibratório e energético oposto ao do orixá Oxalá, e ambos regem a linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são as sete irradiações divinas do nosso Criador. Logo, o campo de atuação de nossa amada mãe Logunã é o campo da fé, onde flui a religiosidade dos seres, todos em continua evolução. Logunã é a regente cósmica da linha da Fé, e tempo é o vazio cósmico onde são retidos todos os espíritos que atentam contra os princípios divinos que sustentam a religiosidade na vida dos seres. ―Tempo‖, eis as qualidades, atributos e atribuições negativas de Logunã, de que tanto falamos e alertamos aos supostos pais de de Santo ou magos trevosos que recorrem ao ―Tempo‖ para prejudicar seus semelhantes com seus ebóssujos e ebóssujos e suas baixas magias. Logunã é a orixá regente do pólo negativo da linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda e, com Oxalá assentado em seu pólo positivo, dão sustentação a todas as manifestações da fé e dão amparo a todos os ―sacerdotes‖ virtuosos rtuosos e guiados pelos princípios divinos estimuladores da evolução religiosa dos seres. Quando Logunã ―vira no tempo‖, seja contra um seu f ilho direto quanto um seu fi lho indireto (que têm a coroa regida por outros outros orixás), então sua vida entra em parafuso e só deixará de rodar quando esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela existia. Isto é Logunã, amados filhos dos Orixás! Mãe religiosa por sua excelência divina, mas mãe rigorosa por sua natureza cósmica, cujo principal atributo junto dos espíritos humanos é o de esgotar o lobo sanguinário que oculta-se por baixo da pele de cordeiro. Enquanto Oxalá é irradiante, Logunã é absorvente, e enquanto os f ilhos de Oxalá são extrovertidos, os de Logunã são introspecti vos e até um tanto tímidos, pois a natureza natureza forte de sua mãe divina exige deles uma certa ―beatitude‖, já que, das mães divinas, ela é a mais ciumenta por seus filhos amados e a mais rigorosa com os seus filhos relapsos. Esta é Logunã, amados filhos das nossas amadas mães divinas! Se ela é assim, é porque ela é a orixá que, junto com Oxalá, rege a primeira linha de Umbanda, que é a linha da Religiosidade. Logo, os filhos de Umbanda, que têm em Oxalá o divino Pai da Fé, também devem cultuar a divina mãe Logunã. Com ele no pólo positivo e ela no pólo negativo, forma-se o par dos orixás excelsos que regem a linha da Fé e estimulam a religiosidade nos seres.

Oyá - Trono Feminino da Fé Por Alexandre Cumino

Oyá-Tempo , Éos, Moir as, And rô rômed med a, Horas, Nornes, Rod jenic e, Tara, Tara, Nut, Shait, Ar ianh od , Aya, Tamar, Mora, Menat, Tanith , Nicnev in, Com entário.

Oyá-Tempo — Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Fé, absorve a fé em desequilíbrio, de forma ativa, reconduzindo o ser a caminho de seu equilíbrio. Cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita desta qualidade divina com más intenções. Fator cristalizador e temporal é o próprio espaço-tempo onde tudo se manifesta. Lembrando que nossa relação de espaçotempo depende totalmente da movimentação dos astros no espaço, da onde vêm conceitos como dia e noite juntamente com nosso senso cronológico. Dizemos que é uma divindade atemporal, pois é em si o próprio tempo não estando sujeita a ele, mas regendo seu sincronismo. Elemento cristalino. Religiosamente goza de posição de destaque, pois rege a própria religiosidade no ser. Sua cor é o branco e o preto, que é a presença de todas as cores ou a ausência de todas (em seu aspecto de absorção e esgotamento da religiosidade desvirtuada e dos excessos cometidos em nome da fé). Simbolizada pela espiral do tempo, se manifesta em todos os locais, assim como Oxalá com o qual faz um par nesta linha da fé. Cor: Branco e preto ou fumê. Pedra: Quartzo fumê rutilado. Éos — Divindade grega, conhecida entre os romanos como Aurora Aurora,, filha de Hipérion com Teia. Irmã de Hélio (o Sol) e Selene (a Lua). Era sua tarefa abrir todas as manhãs os portões do céu para deixar sair a carruagem do Sol. Teve muitas Ventos e Astros.. uniões e muitos filhos, entre os quais podemos citar os Ventos  e os Astros Moiras — Divindades gregas, conhecidas como Parcas entre os romanos. São três irmãs, responsáveis pelo tempo e por tecer os fios de nosso destino. Aparecem humanizadas como anciãs encantadas. Seus nomes são Lachesis Lachesis,,Cloto Cloto e  e Átropos Átropos.. Filhas de Nyx Nyx,, a Noite Noite,, são elas que tecem os fios de nossa no ssa vida e destino. Cloto, ―a tecelã‖,

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tecia o fio da vida; Lachesis, ―a medidora‖, media o comprimento certo de cada fio, e Átropos, ―a inevitável‖, o cortava com sua tesoura. Andrômeda — Divindade grega das estrelas e planetas, vista como sendo a própria constelação que leva o seu nome. Horas — Divindades gregas, originariamente a palavra Hora era utilizada para determinar as estações do ano que se dividia apenas em três, Primavera, Verão e Inverno. São filhas de Zeus e Têmis, Eunomia  (a Boa Ordem), Dicéa (a Justiça) eIrene (a Paz). Quando surge o conceito de Outono e Solstício de Inverno, duas novas horas aparecem na mitologia, Carpo e Talate, guardiãs dos frutos e flores. Quando os gregos dividiram os dias em 12 partes iguais, os poetas identificaram 12 horas, chamadas ―As 12 Irmãs‖. Contando -se primavera, verão, outono e inverno as horas aparecem com idades diferentes, nesta ordem, da jovem e ingênua adolescente até a madura e sábia anciã. Nornes —  Divindades nórdicas do tempo e do destino se dividem em Urdhr , a avó anciã (passado), Verdanti, a mãe matrona (presente) e Skuld, a jovem (futuro). Rodjenice — Divindades eslavas do destino, eram três mulheres que teciam os fios da vida assim como as parcas gregas e nornes nórdicas, eram oferecidas a elas as primeiras porções de comida das comemorações batismais, assim como a placenta do bebê, enterrada ao lado de uma árvore. Eram conhecidas por Rodjenice, Sudnice e Sudjenice ou Fatit, Ore e Urme. Tara — Divindade hindu, regente do céu e das estrelas, senhora do tempo. Nut — Divindade egípcia, Divindade do céu, seu corpo forma a abóboda celeste, aparece curvada como um arco sobre a Terra. Nut é o próprio céu, o espaço onde tudo acontece. Representada por uma vaca, também tem a função de recolher os mortos em seu império. Shait — Divindade egípcia do destino, acompanhava toda a encarnação de cada um anotando seus vícios e virtudes. Ela é quem dava a sentença final após a alma passar pela balança de Maat. Arianrhod — Divindade celta, guardiã da ―roda de prata‖ que circunda as estrelas, símbolo do tempo e do carma. Deusa da reencarnação tem como símbolo a própria espiral do tempo. Divindade dos ancestrais celtas vive em sua própria dimensão com suas sacerdotisas. Decide o destino dos mortos levandoos para sua morada ou para a Lua. Aparece no Mabinogion, uma coleção de relatos escritos entre o século XI e XIII d.C., como filha de Don e mãe dos gêmeos LleuLlowGyffes e Dylan. Aya — Divindade babilônica, ―Aurora‖, esposa do deus -sol babilônico Shamash. Tamar — Antiga Divindade russa, do tempo, que habitava no céu, de onde regia as estações do ano. Aparece como a virgem que viaja pelo céu montada em uma serpente dourada. Tamar é quem aprisionava o Senhor dos ventos no Verão para soltar no Inverno, para que trouxesse a neve. Mora — Divindade eslava do tempo e do destino. Aparece como divindade branca e alta para dar a vida, e como negra, olhos de serpente e patas de cavalo para ceifar a vida. Menat — Antiga Divindade árabe que teve seu culto abolido por Maomé e o Islã. Essa divindade representa a força do destino, senhora do tempo e da morte, aparece sob a forma de anciã. Tanith — Divindade cartaginense, regente do céu. Aparece com asas tendo o Zodíaco a lhe envolver a cabeça. Usa um vestido repleto de estrelas trazendo em suas mãos o Sol e a Lua. Nicnevin — Divindade escocesa que rodopia o céu durante a noite para conduzir as almas em sua passagem. Comentário: O Trono Feminino da Fé, Oyá-Tempo, encontrado em várias culturas, nos mostra uma divindade que, não estando sujeita ao tempo, torna-se atemporal. Passa a regular tudo o que se refere a estações do ano e clima, também mostrando-se presente como o espaço onde tudo acontece, a abóbada celeste, pois a relação espaço-tempo também depende dela. Na Umbanda, pode ser sincretizada com Santa Clara, sempre evocada para resolver as questões relacionadas ao clima e ao tempo, pela maioria das pessoas. Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Editora Madras

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216 Qualidades:: Qualidades OyàPetu – Ligada a Xangô e até confunde-se com ele, Oyá dos raios. OyàOnira – Rainha da cidade de Ira, a doce guerreira ligada as águas de Oxun,veste rosa.. OyàBagan – Oyá com fundamento com Oxossi, Egun,Exú,Ogun Egun,Exú,Ogun guerreira dos ventos os estreitos das matas. OyáSenó ou SinsiráSinsirá - Oyá raríssima, ligada Yemanjá e Airá OyàTopè – mora no tempo ligada a Oxun e Exú (alguns axés a tem como uma Igbalé) Oyà Ijibé ou IjibíIjibí- veste  veste branco ligada a Oxalá ao vento frio Oyà Kará- veste Kará- veste vermelho, ligada a Xangô, ao fogo, aquela que carrega o ajerê fervendo na cabeça. Oyà Leié- .o Leié- .o vento dos pássaros, veste estampado, ligada a Ewá Oyà Biniká - A -  A senhora do vento quente, ligada a Oxumare e Omolu. OyáOlokereOlokuerê – ligada a Ogun, Odé, guerreira e caçadora. Oyás de culto Igbalé: Igbalé : OyàEgunita – Igbalé, aqui vive com os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxala, Nanã, e ao vento do b ambuzal Oyà Funan-Igabalé, Funan- Igabalé, a que encaminha os mortos/eguns/veste branco e mariwo, li gada a Oxalá, Nanã e ao centro do bambuzal Oyà Padá - Igbale, a que ilumina o caminho aos mortos/eguns/veste branco,mariwo ligada a Oxalá, Omolú e Nanã, ao bambuzal OyáTanan ou Furé-Igbalé, Furé -Igbalé, a que recebe no portal os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxalá e Nanã ao bambuzal. Teremos ainda vários outros nomes de Oyá que que se confundem ou são os mesmos, títulos, epípetos, e qualidades diversas, entre elas: OyáOlodé, Tonin’bé, Fakarebó, Adagambará, Filiabá, IyáPopo, IyáKodun, IyáAbomì, Logunere, Agangbele, Petu, Arira, Doluo, Bamila, Kedimolu.

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OYÁ (LOGUNAN) É a orixá do Tempo e seu campo preferencial de atuação é o religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso O “Tempo” é a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada mãe Oiá, porque é na eternidade do tempo e na

infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem. A orixá Oiá forma um pólo magnético vibratório e energético oposto ao do orixá Oxalá, e ambos regem a linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são as sete irradiações divinas do nosso Criador. Logo, o campo de atuação de nossa amada mãe Oiá é o campo da fé, onde flui a religiosidade dos seres, todos em continua evolução. Oiá é a regente cósmica da linha da Fé, e tempo é o vazio cósmico onde são retidos todos os espíritos que atentam contra os princípios divinos que sustentam a religiosidade na vida dos seres. “Tempo”, eis as qualidades, atributos e atribuições negativas de Oiá, de que tanto falamos e alertamos aos supostos pais de Santo ou magos negros que recorrem ao “Tempo” para prejudicar seus semelhantes com seus

ebós sujos e suas magias negras. Oiá é a orixá regente do pólo negativo da linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda e, com Oxalá assentado em seu pólo positivo, dão sustentação a todas as manifestações da fé e dão amparo a todos os “sacerdotes” virtuosos e guiados pelos princípios divinos estimuladores da evolução religiosa dos seres. Quando Oiá “vira no tempo”, seja contra um seu filho direto quanto um seu filho indireto (que têm a coroa regida

por outros orixás), então sua vida entra em parafuso e só deixará de rodar quando esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela existia. Isto é Oiá, amados filhos dos orixás! Mãe religiosa por sua excelência divina, mas mãe rigorosa por sua natureza cósmica, cujo principal atributo junto dos espíritos humanos é o de esgotar o lobo sanguinário que oculta-se por baixo da pele de cordeiro. Enquanto Oxalá é irradiante, Oiá é absorvente, e enquanto os filhos de Oxalá são extrovertidos, os de Oiá são introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza forte de sua mãe divina exige deles uma certa “beatitude” 9 já que, das mães divinas, ela é a mais ciumenta por seus filhos amados e a mais rigorosa com os seus filhos relapsos. Isto é Oiá, amados filhos das nossas amadas mães divinas! Se ela é assim, é porque ela é a orixá que, junto com Oxalá, rege a primeira linha de Umbanda, que é a linha da Religiosidade. Logo, os filhos de Umbanda, que têm em Oxalá o divino Pai da Fé, também devem cultuar a divina mãe Oiá. Com ele no pólo positivo e ela no pólo negativo, forma-se o par dos orixás excelsos que regem a linha da Fé e estimulam a religiosidade nos seres.

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Oyá - Trono Feminino da Fé Por Alexandre Cumino

Oyá-Tempo , Éos, Moir as, And rô rômed med a, Horas, Nornes, Rod jenic e, Tara, Tara, Nut, Shait, Ar ianh od , Aya, Tamar, Mora, Menat, Tanith , Nicnev in, Com entário.

Oyá-Tempo — Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Fé, absorve a fé em desequilíbrio, de forma ativa, reconduzindo o ser a caminho de seu equilíbrio. Cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita desta qualidade divina com más intenções. Fator cristalizador e temporal é o próprio espaço-tempo onde tudo se manifesta. Lembrando que nossa relação de espaçotempo depende totalmente da movimentação dos astros no espaço, da onde vêm conceitos como dia e noite juntamente com nosso senso cronológico. Dizemos que é uma divindade atemporal, pois é em si o próprio tempo não estando sujeita a ele, mas regendo seu sincronismo. Elemento cristalino. Religiosamente Religiosamente goza de posição de destaque, pois rege a própria religiosidade no ser. Sua cor é o branco e o preto, que é a presença de todas as cores ou a ausência de todas (em seu aspecto de absorção e esgotamento da religiosidade desvirtuada e dos excessos cometidos em nome da fé). Simbolizada pela espiral do tempo, se manifesta em todos os locais, assim como Oxalá com o qual faz um par nesta linha da fé. Cor: Branco e preto ou fumê. Pedra: Quartzo fumê rutilado. Éos — Divindade grega, conhecida entre os romanos como Aurora Aurora,, filha de Hipérion com Teia. Irmã de Hélio (o Sol) e Selene (a Lua). Era sua tarefa abrir todas as manhãs os portões do céu para deixar sair a carruagem do Sol. Teve muitas uniões e muitos filhos, entre os quais podemos citar os Ventos Ventos e  e os Astros Astros.. Moiras — Divindades gregas, conhecidas como Parcas entre os romanos. São três irmãs, responsáveis pelo tempo e por tecer os fios de nosso destino. Aparecem humanizadas como anciãs encantadas. Seus nomes são Lachesis Lachesis,,Cloto Cloto e  e Átropos Átropos.. Filhas de Nyx Nyx,, a Noite Noite,, são elas que tecem os fios de nossa vi da e destino. Cloto, ―a tecelã‖, tecia o fio da vida; Lachesis, ―a medidora‖, media o comprimento certo de cada fio, e Átropos, ―a inevitável‖, o cortava com sua tesoura. Andrômeda — Divindade grega das estrelas e planetas, vista como sendo a própria constelação que leva o seu nome. Horas — Divindades gregas, originariamente a palavra Hora era utilizada para determinar as estações do ano que se dividia apenas em três, Primavera, Verão e Inverno. São filhas de Zeus e Têmis, Eunomia Eunomia   (a Boa Ordem), Dicéa Dicéa (a  (a Justiça) eIrene Irene (a  (a Paz). Quando surge o conceito de Outono e Solstício de Inverno, duas novas horas aparecem na mitologia, Carpo e Talate, guardiãs dos frutos e flores. Quando os gregos dividiram os dias em 12 partes iguais, os poetas identificaram 12 horas,, chamadas ―As 12 Irmãs‖. Contando-se horas Contando -se primavera, verão, outono e inverno as horas aparecem com idades diferentes, nesta ordem, da jovem e ingênua adolescente até a madura e sábia anciã. Nornes —  Divindades nórdicas do tempo e do destino se dividem em Urdhr , a avó anciã (passado), Verdanti Verdanti,, a mãe matrona (presente) e Skuld Skuld,, a jovem (futuro). Rodjenice — Divindades eslavas do destino, eram três mulheres que teciam os fios da vida assim como as parcas gregas e nornes nórdicas, eram oferecidas a elas as primeiras porções de comida das comemorações batismais, assim como a placenta do bebê, enterrada ao lado de uma árvore. Eram conhecidas por Rodjenice, Sudnice e Sudjenice ou Fatit, Ore e Urme. Tara — Divindade hindu, regente do céu e das estrelas, senhora do tempo. Nut — Divindade egípcia, Divindade do céu, seu corpo forma a abóboda celeste, aparece curvada como um arco sobre a Terra. Nut é o próprio céu, o espaço onde tudo acontece. Representada por uma vaca, também tem a função de recolher os mortos em seu império. Shait — Divindade egípcia do destino, acompanhava toda a encarnação de cada um anotando seus vícios e virtudes. Ela é quem dava a sentença final após a alma passar pela balança de Maat. Arianrhod — Divindade celta, guardiã da ―roda de prata‖ que circun da as estrelas, símbolo do tempo e do carma. Deusa da reencarnação tem como símbolo a própria espiral do tempo. Divindade dos ancestrais celtas vive em sua própria dimensão com suas sacerdotisas. Decide o destino dos mortos levandoos para sua morada ou para a Lua. Aparece no Mabinogion, uma coleção de relatos escritos entre entr e o século XI e XIII d.C., como filha de Don e mãe dos gêmeos LleuLlowGyffes e Dylan. Aya — Divindade babilônica, ―Aurora‖, esposa do deus -sol babilônico Shamash. Tamar — Antiga Divindade Divindade russa, do tempo, tempo, que habitava habitava no céu, de onde regia regia as estações estações do ano. Aparece Aparece como a virgem virgem que viaja pelo céu montada em uma serpente dourada. Tamar é quem aprisionava o Senhor dos ventos no Verão para soltar no Inverno, para que trouxesse a neve. Mora — Divindade eslava do tempo e do destino. Aparece como divindade branca e alta para dar a vida, e como negra, olhos de serpente e patas de cavalo para ceifar a vida. Menat — Antiga Divindade árabe que teve seu culto abolido por Maomé e o Islã. Essa divindade representa a força do destino, senhora do tempo e da morte, aparece sob a forma de anciã. Tanith — Divindade cartaginense, regente do céu. Aparece com asas tendo o Zodíaco a lhe envolver a cabeça. Usa um vestido repleto de estrelas trazendo em suas mãos o Sol e a Lua. Nicnevin — Divindade escocesa que rodopia o céu durante a noite para conduzir as almas em sua passagem. Comentário:: O Trono Feminino da Fé, Oyá-Tempo, encontrado em várias culturas, nos mostra uma divindade que, não Comentário estando sujeita ao tempo, torna-se atemporal. Passa a regular tudo o que se refere a estações do ano e clima, também mostrando-se presente como o espaço onde tudo acontece, a abóbada celeste, pois a relação espaço-tempo também 218

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depende dela. Na Umbanda, pode ser sincretizada com Santa Clara, sempre evocada para resolver as questões relacionadas ao clima e ao tempo, pela maioria das pessoas. Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Editora Madras Madras

OYÁ Joana D'arc. Orixá do Tempo, passado presente e futuro (tempo cronológico) e sua maior ação é no sentido religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso. Saudação:- Olha o Tempo, minha mãe!

OYÁ Orixá guerreira, dona dos ventos, tempestades e dos raios. Vaidosa, seu temperamento é imprevisível. É o orixa que domina os "eguns" (espíritos dos mortos). Está ligada a agua ao fogo e a terra. Tem sua morada na pitangueira, mas aceita oferendas nos cruzeiros, matas e praias pela sua "passagem" com todos os Orixás. Seus símbolos são a espada, a taça, pulseiras, brincos etc. Sua cor é o vermelho. Sua oferenda é a pipoca, batata doce, maçã. O dia da semana é Terça-feira . Seu número é 7. Sua saudação: "epaêio". Arquétipo dos filhos de Oiá: São pessoas que gostam de roupas e enfeites coloridos, tem intensa vida sexual, engana mas não gosta de ser enganado,é dominador, atrevido, possessivo e briguento. Tambem são muito ardilosos, fazem qualquer coisa para alcançarem os objetivos. São impacientes ao extre mos, as coisas precisam acontecer já. Muito prestativos prestativ os e trabalhadores.

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Orixá Obá

Sobre o Orixá: Orixá do rio Níger, terceira mulher de Xangô. Orixá, embora feminina, temida, forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. Obá divindade feminina, guerreira que às vezes é também citada como caçadora. Irmã de Óya (Iansã). Esposa de Ogum e, posteriormente, terceira e mais velha mulher de Xangô. Bastante conhecida pelo fato de ter seguido um conselho de Oxum e decepado a própria orelha para preparar um ensopado para o marido na esperança de que isto iria fazê-lo mais apaixonado por ela. Quando manifestada, esconde o defeito com a mão.

Detalhes do Orixá: Saudação: Exó Dia da Semana: Quarta-feira Número: 07 e seus múltiplos Cor: Rosa Guia: toda rosa Oferenda: Canjnica e feijão miúdo refogados com tempero verde e Abacaxi  Adjuntós: com BaráLodê BaráLodê ou Lanã ou Adagui, com Xangô Xangô Agandjú, com Xapanã Jubeteí ou ou Sapatá Ferramentas: navalha, timão, roda, moedas e búzios  Ave: Galinha cinza com pescoço dourado Quatro pé: Cabrita mocha de qualquer cor menos preta

Sincretismo Religioso: Obá: Santa Bernadete Os Arquétipos (filhos):  As pessoas pertencentes a este Orixá são lutadoras, bravas, um tanto agressivas, o que as levam a serem pouco incompreendidas. incompreendidas. Freqüentemente tendem a terem experiências infelizes infelizes e amargas. São ciumentas, pois são muito zelosas com tudo que lhe pertencem. Porém, pessoas de grande valor e dedicação. Tendem a alcançar seus ideais. Dedicadas e muitas vezes ingênuas, principalmente em relação ao amor e as amizades. São extremamente honestas, tolerantes e crédulas. Sua principal característica é ser guerreira(o). Não cultiva amigos por achar que são interesseiros. Não gostam de sexo. Geralmente tem nariz largo, sombrancelhas grossas, rosto redondo, lábios acentuados, pessoa de estrutura forte. Lenda: Obá vivia em companhia de Oxum e Oyá (Iansã), no reino de Oyó, c omo uma das esposas de Xangô, dividindo a preferência do reverenciado Rei entre as duas Iyabas (Orixás femininos). Obà percebia o grande apreço que Xangô tinha por Oxum, que mimosa e dengosa, atendia sempre a todas as preferencias do Rei, sempre servindo e agradando aos seus pedidos . Obà resolveu então, perguntar para Oxum qual era o grande segredo que ela tinha, para que levasse a preferencia do amor de Xangô, vez que Oyá, andava sempre com o Rei em batalhas e conquistas de reinados e terras, pelo seu gênio guerreiro e corajoso e Obà era sempre desprezada e deixada por último na list a das esposas de Xangô. Oxum então, matreira e esperta, falou que seu segredo era em como preparar o amalá de Xangô principal comida do Rei, que lhe servia sempre que deseja-se bons momentos ao lado do patrono da justiça. Obà, como uma menina ingênua, escutou e registrou todos os ingredientes que Oxum falava e que eram de extrema importância para a realização de tal culinária, sendo que por fim Oxum, falou que além de tudo isso, tinha cortado e colocado uma de suas orelhas na mistura do amalá para enfeitiçar Xangô. Obà agradeceu a sinceridade de Oxum e saiu para fazer um amalá em louvor ao Rei, enquanto Oxum, ria da ingenuidade de Obà que, sempre atenta a tudo, não percebeu que Oxum mentira, pois ela encontrava-se com suas duas orelhas, e falará isso somente para debochar de Obà. Obà em grande sinal de amor pelo seu Rei, preparou um gr ande amalá, e por fim cortou uma de suas orelhas colocando na mistura e oferecendo à Xangô como gesto de seu sublime amor. Xangô ao receber a comida, percebeu a orelha de Obà na mistura, e bravejou e gritou, e expulsou Obà do reino de Oyó, sem por fim nem explicação considerar. Obà triste e desiludida, fugiu para bem longe e nunca mais voltou aos domínios de Xangô, tendo hoje em dia, como sua arqui -rival em todos os candomblés do Brasil e do mundo, e até hoje quando manifestadas em seus iaôs elas dançam simbolizando uma luta.

 As Rezas:

Atenção: As Rezas estão escritas como são respondidas. Assim sendo, não apresentam a grafia correta da língua africana Yorubá.

 ALABORO ALABORO ALABORO OBÁ OBÁ ILAÔ  ALABORO ALABORO ALABORO OBÁ OBÁ ILAÔ  ACACHAPADAMIRÔ QUEREMI  ACACHAPADAMIRÔ QUEREMI ACACHAPADAMIRÔ ACACHAPADAMIRÔ QUEREMI QUEREMI  A LABAUÊ ACACHAPADA ACACHAPADAMIRÔ MIRÔ DOEINHO DOEINHO EMI EMI EJÓ COMFÉLI EMI EMI EJÓ COMFÉLI OCOCO EROMA EMI EMI EJÓ COMFÉLI EMI EMI EJÓ COMFÉLI EMI EMI EJÓ COMFÉLI OCOCO EROMA EMI EMI EJÓ COMFÉLI  ALABAUÊ  ALABAUÊ CHERECO CHERECO CHERECOCHERECO IÉ IÉ OSSANHA OCOFI LANÃ IÉ IÉ OSSANHA OCOFI LANÃ  AMODÉINHO ÉINHO SABADORO ONHANHÁ SABADORO ONHANHÁ SABADORO ONHANHÁ SABADORO ONHANHÁ ELIBABA ONI OLAXAUENI ELIBABA ONI OLAXAUENI

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221 ELIBABA ONI OLAXAUENI ELIBABA OLAXAUENI OBÁ ONI XANGÔ XANGÔ DE OBÁ ONI OBÁ ONI XANGÔ XANGÔ DE OBÁ ONI

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Qualidades do Orixá Oyá / Iansã Setembro 11, 2008 por Manuela

Um dos rituais mais belos do Candomblé é quando OyáKará, OyáKará, com seu tacho de cobre repleto de fogo, vem dançar o rítmoegó. Ritualmente akará representa o fogo que Oyá engole, mas é de fato o bolinho de akará que Oyá distribui aos seus, de cor avermelhad avermelhada a como brasa no ajerê depois de rodar na cabeça de Oyá por todo barracão. Quando feito para vender no camércio, chama-se akarajé akarajé (akará + ajé) ou seja akará de comer e assim se popularizou a palavra Akarajé Oyá também ergue a sua saia e pisa no fogo ao lado de Xangô, Oyá também troca fogo com Ogun realizando uma das mais mais belas danças do candomblé. Oyá convida todos para guerrear e vão chegando Ogun, Opará, Iyágunté, Obá, Xangô e por último chega Oxaguiã, é a paz no meio da guerra, para apaziguar o coração de Oyá. O número 9 é sagrada a Iansã, nove também são as qualidades qualidades de Iansã e 4 são as Oyás de culto Igbalé. Senhora dos ventos, dos tufões, das nunvens de chumbo, tempestades, das águas agitadas agitadas pelo vento, águas do seu rio Níger, onde é cultuada. A morte e seus mistérios não asustamOyá, asustamOy á, Senhora dos Eguns, mãe dos eguns, rainha dos eguns, Oyágueré a unló, só mesmo mãe Iansã. Qualidades:: Qualidades OyàPetu – Ligada a Xangô e até confunde-se com ele, Oyá dos raios. OyàOnira – Rainha da cidade de Ira, a doce guerreira ligada as águas de Oxun,veste rosa.. OyàBagan – Oyá com fundamento com Oxossi, Egun,Exú,Ogun Egun,Exú,Ogun guerreira dos ventos os estreitos das matas. OyáSenó ou SinsiráSinsirá - Oyá raríssima, ligada Yemanjá e Airá OyàTopè – mora no tempo ligada a Oxun e Exú (alguns axés a tem como uma Igbalé) Oyà Ijibé ou IjibíIjibí- veste  veste branco ligada a Oxalá ao vento frio Oyà Kará- veste Kará- veste vermelho, ligada a Xangô, ao fogo, aquela que carrega o ajerê fervendo na cabeça. Oyà Leié- .o Leié- .o vento dos pássaros, veste estampado, ligada a Ewá Oyà Biniká - A -  A senhora do vento quente, ligada a Oxumare e Omolu. OyáOlokereOlokuerê – ligada a Ogun, Odé, guerreira e caçadora. Oyás de culto Igbalé: Igbalé : OyàEgunita – Igbalé, aqui vive com os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxala, Nanã, e ao vento do b ambuzal Oyà Funan-Igabalé, Funan- Igabalé, a que encaminha os mortos/eguns/veste branco e mariwo, li gada a Oxalá, Nanã e ao centro do bambuzal Oyà Padá - Igbale, a que ilumina o caminho aos mortos/eguns/veste branco,mariwo ligada a Oxalá, Omolú e Nanã, ao bamb uzal OyáTanan ou Furé-Igbalé, Furé -Igbalé, a que recebe no portal os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxalá e Nanã ao bambuzal. Teremos ainda vários outros nomes de Oyá que se co confundem nfundem ou são os mesmos, títulos, epípetos, e qualidades diversas, entre elas: OyáOlodé, Tonin’bé, Fakarebó, Adagambará, Filiabá, IyáPopo, IyáKodun, IyáAbomì, Logunere, Agangbele, Petu, Arira, Doluo, Bamila, Kedimolu.

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Oya Oya - Orixá dos Ventos, dos Raios e dos Mortos

Princesa real da cidade de Irá, em Nupe. Viveu por volta de 1.450 antes de cristo. OYA é a dona dos r aios, dos ventos e dos mortos, controla o YGBALÈ ( casa dos mortos ). Esposa de seu primo, SÀNGÓ, foi a mai or guerreira que existiu na África, sua fúria era incontrolável, não temendo nem a morte. ligada as florestas que ela domina com seu ORUKERÉ, que lhe foi presenteado por ÒSÓÒSÌ. É associada aos ancestrais masculinos que ela dirige e maneja. Esta relacionada ao vermelho e é representada pelo relâmpago. OYA teve nove filhos, uns dizem que foi com ÒGÚN, outros que foi com SÀNGÓ , oito nasceram mudos e o último nasceu um ÉGÚN e graças aos sacrifícios recomendados por IFÀ, nasceu com o poder de falar com voz estranha e sobrenatural, chamada SEGI , que imita a voz do macaco africano chamado IJIMARÈ, macaco que é consagrado aos ÉRÉS. - 1 - IMALEGÃ - Nasceu no primeiro dia do EBOYKÙ, arrancado do ventre de OYA pelas ÌYÁMI, e foi envolvido em abanos; - 2 - IORUGÃ - Foi envolvido na palha seca e alimentado com talos de bananeira. Nasceu com avaidade de OYA e é o preferido; - 3 - AKUGÃ - Nasceu no terceiro dia da tempestade e foi criado nas touceiras de bambu. É rebelde. Não se deve tocar o chão do bambuzal; - 4 - URUGÃ - Alimenta-se das folhas da bananeira e esconde-se nas florestas. Faz buracos; - 5 -OMORUGÃ - Alimenta-se do pó do bambu que está caído no chão. Vive no milharal e fica escondido nos bambuzais observando os seres humanos; - 6 - DEMÓ - OYA cobriu-o de lama para saber os segredos de seus inimigos. Usa pele de búfalo para acompanhar ÒSÓÒSÌ; - 7 - REIGÁ - Acompanha os mortos e ronda os cemitérios. Esconde-se nas grandes árvores dos cemitérios e ronda as sepulturas a procura de objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas; - 8 - HEIGÁ - É violento e vive perseguindo o ORI do ser humano. Propicia desastres e desordens; - 9 - EGUN EGUN - Filho de SÀNGÓ. OYA preparou-o para combater. Êle se apossa do ser humano, fazendo-o cometer desatinos. desatinos. Carrega um par de chifres que deu a seus filhos, dizendo-lhes que se precisassem dela batesse um no outro que ela viria de onde estivesse para acudi-los, também um instrumento de madeira com o rabo do búfalo que serve para afastar os ÉGÚNS , é o ORUKERÉ. Recebeu de SÀNGÓ o título de YÀSÁN , que quer dizer , "a senhora das tardes ", pois chegava sempre as tardes , linda e esvoasante com sua roupa de fogo.

SUAS QUALIDADES - OYA YGBALÈ É a deusa dos mortos. É ligada diretamente ao culto de ÉGÚN, por isto é a senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sôbre os mortos, trazendo consigo uma falange de ÉGÚNS que ela controla e administra , pois todos temem o seu terrível poder. O culto a ÉGÚN nasceu nas mãos de YBBALÈ, quando ela fora buscar uma substância que permitia a SÀNGÓ soltar fogo pelas narinas. OYA ficou sabendo que o povo TAPÀ iria invadir a cidade dos BARIBAS , então forrou na beira do rio um pedaço de PAMP vermelho, colocando em cima algumas cabaças, envocou os mortos e aqu êle pano tomou vida e saiu voando na direção dos inimigos, colocando-os colocando-os para correr apavorados apavorados com aquela visão grotesca e horrorosa , livrando, assim, o povo de BARIBAS e nascendo o culto de ÉGÚN. Devido a sua relação com ÉGÚN é proibido vesti-la de vermelho. Sua vestimenta é branca.

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223 - FURÉ Usa uma foice na mão esquerda e um ARUEXYN na direita, veste branco e por cima de suas vestes a palha da costa. Dança como se estivesse car regando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes vão pequenas cabaças dependuradas, dependuradas, no tornozelo direito uma pulseira de aço, tem l igação direta com o culto a morte e aos ÉGÚNS, preside a vida e a morte. - ODO Ligada as águas , apaixonada carnal e muito louca por amor. - IAMESAN É a que foi esposa de ÒSÓÒSÌ, meio animal e meio mulher, só come caça, é a mãe dos nove filhos. Come comÒSÓÒSÌ nas matas. ONIRA É uma ninfa das águas doces e seu culto aqui no Brasil é confundido com o culto de OYA, por ser uma grande guerreira, também é saudada como YNHÀSAN , pois existe uma afinidade entre as duas divindades, mas seus cultos não chegaram a fundirem-se. Seu culto na África era totalmente diferente. diferente. Tem ligação com o culto a ÉGÚN, por sua ligação e laços de amizade com OYA. Também tem laços de amizade com ÒSUN , pois foi ONIRA quem ensinou ÒSUN OPARÀ a guerrear. É uma Òrìsà muito per igosa por sua ligação e caminhos com OSOGUIÁN, ÒGÚN e OBALÚWÀIYÉ. Veste o coral e amarelo, contas iguais. - YÀTOPÈ Tem ligação forte com SÀNGÓ. Veste o branco. - AFEFE YKU FUNAN  A senhora do fogo e dos dos ventos da morte. Caminha com ÒGÚN e OBALÚÀIYÉ OBALÚÀIYÉ , tem caminhos caminhos , também , com ÉGÚN e YKU ( morte morte ) . Veste o branco e pode-se pode-se por um azul azul claro. - AFAKAREBÒ Não é feita em seus eleitos , é a verdadeira dona do EBÓ, é a ela que se entrega todos os EBÓS. Seus caminhos levam diretamente a ÈSÙ e ÉGÚN. Seus rituais são todos feitos no murim , cabaças e porrões. - AFEFE É ela quem comanda os ventos. Tem caminhos com OBALÚWÀIYÉ e ÉGÚN .Veste vermelho e branco , também usa o coral , o chorão de seu ADÉ é alaranjado . - BAGAN Não tem cabeça. Come com ÈSÙ , ÒGÚN e ÒSÓÒSÌ . Tem caminhos com ÉGÚN. - PETU Ligada aos ventos e as árvores. Esposa de SÀNGÓ , que vai sempre na frente anunciando sua chegada. - OGUNNITA Ligada ao culto de ÉGÚN , seu fundamento mais forte. É a senhora que caminha com os mortos . SUAS FOLHAS - Malva rosa, Santa Bárbara, lacre, pitanga, guiné, nega-mina, para-raio.

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Oya / Iansã Oyá é a primeira entidade feminina a surgir nas cerimônias. Esposa de Ogum, largou-o quando se deixou fascinar pelo magnetismo de Xangô. Nesse ponto as lendas se dividem. Algumas atribuem à Iansã uma imensa e terrível paixão por Xangô, sentimento este que se manifesta através de sua eterna presença ao lado dele. Dado o seu caráter extrovertido, Iansã permanecia ao lado de Xangô não só no dia-a-dia cotidiano, mas também nas guerras, nas caçadas e qualquer outra situação. Há diversas lendas a respeito deste triangulo amoroso mais conhecido do batuque, de qualquer forma, a paixão de Ogum por Iansã sobreviveu à separação. De acordo com as diferentes interpretações, tornaram-se inimigos de morte por causa disso. Os duelos entre Ogum e Oyá constituem uma das cerimônias coreográficas mais bonitas dos terreiros brasileiros.  Além de Xangô, Oyá é o único orixá orixá que não teme os Eguns, Eguns, é a guardiã do reino reino entre a vida e a morte, é ela quem dá assistência na transição final; ela pode reter o espírito da morte ou chamá-lo adiante, ela é o último suspiro. Oyá rege os cemitérios e os mortos. Ninguém quer enfrentar Iansã numa batalha por que ela é tão feroz e astuta como qualquer homem, nem um outro Orixá quer lidar com a ira de Oyá. Não há receios à Oyá, exceto Xangô. Ela é conhecida por sua inteligência, independência, independência, coragem, graça, sensualidade, poder e paixão intensa. É dito e conhecido que Oyá é muito leal aos seus f ilhos e perigosa para seus inimigos. Ela pode vir tão suave e fresca como uma brisa de verão ou violenta e cruel como um furacão e causar devastação total em seu mundo. Olorum deu à Oyá a responsabilidade a responsabilidade de limpar a atmosfera ao redor do planeta e proporcionar o equilíbrio de gases para sustentar toda forma de vida. Embora Oyá seja forte e guerreira brilhante, ela também é bonita e elegante. Ela gosta do calor da batalha, tanto como Xangô, mas nunca perde sua feminilidade. Seu sincretismo é com Santa Bárbara; seus dias da semana são terça e quinta-feira e suas cores são o vermelho e o branco. Pontos de Iansã

OYA MATAMBA, OYA MATAMBA DO KAKURUKÁ (2X) OYA OYAOYA Ê OYA MATAMBA DO KAKURUKÁ SINDÊ OYA OYA (2X)  ________________________________________  ___________________ _________________________  ____  OYA OYA É A DONA DO MUNDO OYA OYA IANSÃ VENCEU GUERRA (2X) O IANSÃ DO RELAMPAGO Ê O MINHA SANTA BARBARA DO RELAMPAGO Á (2X)  ________________________________________  ___________________ _________________________  ____  225

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IANSÃ TEM UM LEQUE QUE VENTA PRA ABANAR DIAS DE CALOR IANSÃ MORA NA PEDREIRA EU QUERO VER, MEU PAI XANGÔ  ____________________________________________  ERAM DUAS VENTAROLAS, DUAS VENTAROLAS QUE VEM ROLANDO O MAR UMA ERA IANSÃ (ARREPARÊ) A OUTRA ERA IEMANJÁ (ADOCIÁ)  ____________________________________________  VENTOU, MAS QUE VENTANIA IANSÃ É NOSSA MÃE IANSÃ É NOSSA GUIA  ____________________________________________  OIÁ, OIÁ EU OIÁ, EPARREI (EPARREI IANSÃ) VENCEDORA DE DEMANDAS, ELA É ORIXÁ GUERREIRA, NA COROA DE XANGÔ IANSÃ É A PEDREIRA OIÁ, OIÁ EU OIÁ EPARREI, EPARREI IANSÃ ESTÁ NA FORÇA DO VENTO, NA FAÍSCA DO TROVÃO SENHORA DAS TEMPESTADES, NOS DÊ SUA PROTEÇÃO  ____________________________________________  Ó IANSÃ SENHORA DOS VENTOS Ó IANSÃ VEM ME VALER TRAZ PROTEÇÃO PROS SEUS FILHOS COM SUA ESPADA VEM NOS SOCORRER SUA COROA É DE OURO IANSÃ QUE BRILHA NO CONGÁ VEM SARAVÁ FILHOS DE PEMBA E VIVA O NOSSO PAI OXALÁ, OIÁ  ____________________________________________  TRAGO ACARAJÉ PRA IANSÃ TAMBEM MEU COLAR CORAL PRA ELA BENZER E MEU ILÚ PRA TOCAR NO SEU ARERÊ PARA ILUMINAR O SEU AMALÁ SALVE SEU CONGÁ, TAMBEM SEU PEJI OGUM, IANSÃ QUE IMPUNI TÁ E TODO O MEU CANTO É EM DOM À TI  ____________________________________________  AUÊ DIM DIM, AUÊ DIM DAIÁ A MATAMBA DE ARUÊ A MATAMBA DE ARUÁ  ____________________________________________  IANSÃ ELA É MOÇA BONITA MAS ELA É DONA DO SEU JACUTÁ EPARREI, EPARREI, EPARREI!!!! SEGURA O TERREIRO QUE EU QUERO VER EPARREI!!!!!!!!!  ____________________________________________  PENSOU NAS MATAS PENSOU NAS PEDREIRAS QUE VENTO FORTE NA CACHOEIRA NÃO É OXOSSI, NEM É XANGÔ É IANSÃ COM A PEMBA DE ATOTÔ! ESTÁ NO VENTO E NO TROVÃO Ó MINHA MAE QUERO SUA PROTEÇÃO  ____________________________________________  226

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OLHA A MATAMBA ETÁ TEME (2X) CABOCLO É DA MORUNGANGA ETÁ TEME Ô IANSÃ OLHA A MATAMBA ETÁ TEME  ____________________________________________  ELA É A SENHORA DOS VENTOS ELA É A MAIS LINDA ORIXÁ ELA VEIO ACALMAR AS TORMENTAS QUEM MANDOU FOI MEU PAI OXALÁ IANSÃ, MINHA MAE IANSÃ SUA ESPADA DE OURO NO CÉU BRILHOU IANSÃ, MINHA MAE IANSÃ OBRIGADO SENHORA PORQUE A BONANÇA CHEGOU  ____________________________________________  IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR... IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR IANSÃ PENTEIA O SEUS CABELOS MACIOS QUANDO A LUZ DA LUA CHEIA CLAREIA AS ÁGUAS DO RIO OGUM SONHAVA COM A FILHA DE NANÃ E PENSAVA QUE AS ESTRELAS ERAM OS OLHOS DE IANSÃ MAS IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR... IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR NA TERRA DOS ORIXÁS, O AMOR SE DIVIDIA ENTRE UM DEUS QUE ERA DE PAZ E OUTRO DEUS QUE COMBATIA COMO A LUTA SÓ TERMINA QUANDO EXISTE UM VENCEDOR IANSÃ VIROU RAINHA DA COROA DE XANGÔ MAS IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR... IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR...  ___________________________________________ 

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Orixá Oiá / Iansã

Sobre o Orixá: Também chamada Oiá, é o Orixá dos ventos e raios. Além disto, e Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim - um dos seus símbolos. Guerreira, a mais agitada das Orixás femininas, foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô.É irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do teto da casa, do Ilê. Suas cores são vermelho e branco, marrom terracota ou ainda, rosa. De acordo com uma lenda Oyá Omo Mésàm (a mãe dos nove filhos) derivou o nome de Iansã. Sua saudação é epaiêio! Iansã é rainha dos raios, ventos e tempestades. É um Orixá feminino, enérgico, sensual e autoritário. Na mitologia dos Orixás Iansã foi casada com Ogum, mas o traiu com Xangô.

Detalhes do Orixá: Saudação Epaiêio. Dia da semana terça-feira. Número 07 e seus múltiplos. Cor vermelho e branco. Guia 01 conta vermelha, 01 conta branca. Oferenda - pipoca, opeté de batata doce (batata doce amassada com as mãos misturado ao azeite de dendê), maçã bem vermelha e sete rodelas de batata doce fritas no azeite comum.  Adjuntós - OiáTimboá com BaráLegba ou com Ogum Avagã, Iansã OiáDirã com AgumAvagã, Iansã Oiá com BaráAdaqui, as vezes com BaráLanã ou co m BaráAgelú ou Ogum Onira ou Xangô Aganjú ou Xapanã Jubeteí, Iansã com BaráLodê, com Ogum Olobedé, com Xangô Agodô, com Xapanã Belujá ou com Xapanã Sapatá. Ferramentas espada, par de alianças, cálice, moedas, búzios e raio.  Ave galinha vermelha ou carijó. Quatro pé - cabrita branca.

Sincretismo Religioso: Iansã OiáTimboá Iansã Oiá Iansã Oiá Iansã - Santa Bárbara com o castelo.

Santa

Terezinha Dirá Santa

-

quando

-

faz

adjuntó

Bárbara

com Joana

Ogum

sem

o

Avagã. D’arc. castelo.

Os Arquétipos (filhos):  As pessoas filhas de Iansã são audaciosas, intrigantes, autoritárias, vaidosas, pessoas sensuais, volúveis, com tendência a ter diversos relacionamentos sexuais, inclusive aventuras extraconjugais. São extremamente ciumentas. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras. Lenda: Oxaguiam (Oxalá novo e guerreiro) estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear. O gum fazia as armas, mas fazia lentamente. Oxaguiam pediu a seu amigo Ogum urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Oxaguiam que Oyá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar a fabricação. Oyá se pôs a soprar o fogo da forja de Ogum e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ogum pode fazer muitas armas e com as armas Oxaguiam venceu a guerra. Oxaguiam veio e ntão agradecer Ogum. E na casa de Ogum enamorouse de Oyá. Um dia fugiram Oxaguiam e Oyá, deixando Ogum enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiam voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oyá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Oxaguiam, onde vivia, Oyá soprava em direção à forja de Ogum. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiam da de Ogum. E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor. E o povo se acostumou com o sopro de Oyá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oyá a forja de Ogum. Tã o forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e o povo c hamava a isso tempestade.

 As Rezas:

Atenção: As Rezas estão escritas como são respondidas. Assim sendo, não apresentam a grafia correta da língua africana Yorubá.  AMAIA  AMAIA ÓIA ÓIA

AMAIA AMAIA BILAIÔ BILAIÔ

IAIÔ IAIÔ ÓIA ÓIA

IAIÔ IAIÔ

BILAOIÁ BILAOIÁ

AMAIA AMAIA

EUAMAQUERE EUAMAQUERE

OBERESSE OIÁ

MOCEQUEBA MOCEQUEBA

QUERE QUERE

IAIÔ IAIÔ

QUERE QUERE

OELÉU OELÉU

ELÉU ELÉU

CARIM CARIM

OBERESSE OBERESSE

CARIM CARIM

DE DE

DE DE OIANIREU OIANIREU

OGUM OGUM

OGUM OGUM ATAUÁO ATAUÁO

OSSEMALEOTO OBECEL

OROCORÔ

ONIRA  ARIO ONIRA  ARIO

DO ONIRA

DO

EUA

CALULU CALULU É É

BILOIÁ BILOIÁ É

É

ALIANÇA ALIANÇA

ATAUÁO BECEL ATOMIO BECEL

EUA

ONIRA

OIÁ OIÁ  ALIANÇA  ALIANÇA  ALIANÇA  ALIANÇA

AÔ AÔ MANICHÉO OBECEL

DOCÔ

OIANIREU OIANIREU OBERESSE OBERESSE

IAIÔ IAIÔ

IANSÃ OIÁ É É BILOIÁ

BILOIÁ BILOIÁ BILOIÁ

ALIANÇA ALIANÇA ALIANÇA

É É

SEMIEBÓ SEMIEBÓ BILOIÁ BILOIÁ PARA

ORUMALÉ ORUMALÉ É

OMODIBAU OMODIBAU OTOFILOJÁ BILOIÁ

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230 OIAMADÊ OIAMADÊ LUPADEÔ OIAMADÊ

OIÁ

ACARAÔ ACARAÔ

BOBÔ

OÁRIO

 ALIANÇA  ALIANÇA EPIAODOA EPIAODOA  ASSAGÉO  AGÉO

OÁRIO OÁRIO

É

BILOIÁ

COMADÊ COMADÊ

 ABADÔ  ABADÔ

EPIAODOA EPIAODOA

QUEPARA

COMADÊ COMADÊ

VAMO

IANSÃ

ALIANÇA

IANSÃ IANSÃ

IANSÃ IANSÃ

BABALORIXÁ OIÁ

ACARAÔ

ACARAÔ BILOIÁ

OROCO OROCO

LOJOCOLÓ LOJOCOLÓ LOJOLÓ LOJOCOLÓ

OIÁ OIÁ

ADUPÉ ADUPÉ

EPÊ EPÊ

OROCO OROCO

VAMO

PILODÁ BILOIÁ

É EPIAODOA EPIAODOA

MANI MANI

IANSÃ IANSÁ

PAFUNHA PAFUNHA OLOCORO OLEBARA

OIÁ OIÁ

O O

ELÉU ELÉU

É UELÉU

LAISSÔ LAISSÔ

IANSÃ OLEPÊ

OLEPEPE

ODORO ODORO

O O

ASEMILÓIAIA ASEMILÓIAIA

XORO OIÁ

O O

MININABA MININABA

O O

BILOIÁ BILOIÁ

XORO DOCÔ

FARA FARA

OGUM OGUM

COTILE NICÉ

OIÁ

FARA FARA

OGUM OGUM

FARA FARA

FARA FARA

BAISSERÓ BAISSERÓ

PARAMÁ PARAMÁ

ELOIRE ELOIRE

OIÁ OIÁ

PARAJÔ PARAJÔ

Ê Ê

ERUNDÊ ERUNDÊ

ERÓ ERÓ LAROIÊ FARA

OGUM

ELOIRE ELOIRE

AÊ AÊ

OIÁ OIÁ

DOCÔ DOCÔ

ERÓ ERÓ

OIÁ ERÓ CABECI ERÓ

DOCÔ ERÓ LUDE ERÓ LEBAIÓ LEBAIÓ

 ASSEMILÓIA  ASSEMILÓIAASSEMILÓIA MALUPEÔ  ASSEMILÓIA

ADOCÔ ADOCÔ

LEBAIÓ LEBAIÓ

ADOCÔ ADOCÔ

ASSEMILÓIA

IRE IRE

DE DE

OIÁ OIÁ MALUPEÔ OIÁ

LELUIA LELUIA

IRE IRE

MALUPEÔ

IRE IRE

OIÁ OIÁ

LEBAIÓ LEBAIÓ MALUPEÔ

POBOUM POBOUM

LELUIA LELUIA

OIÁ OIÁ

ORIXÁ ORIXÁ

MALUPEÔ MALUPEÔ

MADEÔ MADEÔ ASSEMILÓIA ASSEMILÓIA

OIÁ OIÁ

LAUNDÊ LAUNDÊ LELUIA LELUIA LELUIA

BILAIA OIÁ

BILAIA MAQUEQUERÊ

XANGÔ EU OIÁ OIÁ

ESSÓ ESSÓ OIÁ OIÁ

IEIE ÊPA IEIE ÊPA IANSÃ ÊPA IANSÃ ÊPA

 ADOCÔ  ADOCÔ

COMADÊ COMADÊ AUÊ AÊ

QUERE OIÁOIÁ OIÁOIÁ

 AJAJAUMA  AJAJAUMA SEMILÓIA QUE BILOCO

NIGODÔ NIGODÔ SEMILÓIA

LOIÁ UESSE

QUERE OIÁ OIÁ

NIGODÔ NIGODÔ QUE

SAPATÁ SAPATÁ

NIGODÔ NIGODÔ BILOCO

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« Oriki Oxum Oriki Yemonja »

Qualidades do Orixá Oyá / Iansã Setembro 11, 2008 por Manuela

Um dos rituais mais belos do Candomblé é quando OyáKará, com seu tacho de cobre repleto de fogo, vem dançar o rítmoegó. Ritualmente akará representa o fogo que Oyá engole, mas é de fato o bolinho de akará que Oyá distribui aos seus, de cor avermelhada como brasa no ajerê depois de rodar na cabeça de Oyá por todo barracão. Quando feito para vender no camércio, chama-se akarajé (akará + ajé) ou seja akará de comer e assim se popularizou a palavra Akarajé Oyá também ergue a sua saia e pisa no fogo ao lado de Xangô, Oyá também troca fogo com Ogun realizando uma das mais belas danças do candomblé. Oyá convida todos para guerrear e vão chegando Ogun, Opará, Iyágunté, Obá, Xangô e por último chega Oxaguiã, é a paz no meio da guerra, para apaziguar o coração de Oyá. O número 9 é sagrada a Iansã, nove também são as qualidades de Iansã e 4 são as Oyás de culto Igbalé. Senhora dos ventos, dos tufões, das nunvens de chumbo, tempestades, das águas agitadas pelo vento, águas do seu rio Níger, onde é cultuada. A morte e seus mistérios não asustamOyá, Senhora dos Eguns, mãe dos eguns, rainha dos eguns, Oyágueré a unló, só mesmo mãe Iansã.

Oya Oya - Orixá dos Ventos, dos Raios e dos Mortos

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Princesa real da cidade de Irá, em Nupe. Viveu por volta de 1.450 antes de cristo. OYA é a dona dos r aios, dos ventos e dos mortos, controla o YGBALÈ ( casa dos mortos ). Esposa de seu primo, SÀNGÓ, foi a mai or guerreira que existiu na África, sua fúria era incontrolável, não temendo nem a morte. ligada as florestas que ela domina com seu ORUKERÉ, que lhe foi presenteado por ÒSÓÒSÌ. É associada aos ancestrais masculinos que ela dirige e maneja. Esta relacionada ao vermelho e é representada pelo relâmpago. OYA teve nove filhos, uns dizem que foi com ÒGÚN, outros que foi com SÀNGÓ , oito nasceram mudos e o último nasceu um ÉGÚN e graças aos sacrifícios recomendados por IFÀ, nasceu com o poder de falar com voz estranha e sobrenatural, chamada SEGI , que imita a voz do macaco africano chamado IJIMARÈ, macaco que é consagrado aos ÉRÉS. - 1 - IMALEGÃ - Nasceu no primeiro dia do EBOYKÙ, arrancado do ventre de OYA pelas ÌYÁMI, e foi envolvido em abanos; - 2 - IORUGÃ - Foi envolvido na palha seca e alimentado com talos de bananeira. Nasceu com avaidade de OYA e é o preferido; - 3 - AKUGÃ - Nasceu no terceiro dia da tempestade e foi criado nas touceiras de bambu. É rebelde. Não se deve tocar o chão do bambuzal; - 4 - URUGÃ - Alimenta-se das folhas da bananeira e esconde-se nas florestas. Faz buracos; - 5 -OMORUGÃ - Alimenta-se do pó do bambu que está caído no chão. Vive no milharal e fica escondido nos bambuzais observando os seres humanos; - 6 - DEMÓ - OYA cobriu-o de lama para saber os segredos de seus inimigos. Usa pele de búfalo para acompanhar ÒSÓÒSÌ; - 7 - REIGÁ - Acompanha os mortos e ronda os cemitérios. Esconde-se nas grandes árvores dos cemitérios e ronda as sepulturas a procura de objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas; - 8 - HEIGÁ - É violento e vive perseguindo o ORI do ser humano. Propicia desastres e desordens; - 9 - EGUN EGUN - Filho de SÀNGÓ. OYA preparou-o para combater. Êle se apossa do ser humano, fazendo-o cometer desatinos. Carrega um par de chifres que deu a seus filhos, dizendo-lhes que se precisassem dela batesse um no outro que ela viria de onde estivesse para acudi-los, também um instrumento de madeira com o rabo do búfalo que serve para afastar os ÉGÚNS , é o ORUKERÉ. Recebeu de SÀNGÓ o título de YÀSÁN , que quer dizer , "a senhora das tardes ", pois chegava sempre as tardes , linda e esvoasante com sua roupa de fogo.

SUAS QUALIDADES - OYA YGBALÈ É a deusa dos mortos. É ligada diretamente ao culto de ÉGÚN, por isto é a senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sôbre os mortos, trazendo consigo uma falange de ÉGÚNS que ela controla e administra , pois todos temem o seu terrível poder. O culto a ÉGÚN nasceu nas mãos de YBBALÈ, quando ela fora buscar uma substância que permitia a SÀNGÓ soltar fogo pelas narinas. OYA ficou sabendo que o povo TAPÀ iria invadir a cidade dos BARIBAS , então forrou na beira do rio um pedaço de PAMP vermelho, colocando em cima algumas cabaças, envocou os mortos e aqu êle pano tomou vida e saiu voando na direção dos inimigos, colocando-os para correr apavorados com aquela visão grotesca e horrorosa , livrando, assim, o povo de BARIBAS e nascendo o culto de ÉGÚN. Devido a sua relação com ÉGÚN é proibido vesti-la de vermelho. Sua vestimenta é branca. - FURÉ Usa uma foice na mão esquerda e um ARUEXYN na direita, veste branco e por cima de suas vestes a palha da costa. Dança como se estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes vão pequenas cabaças dependuradas, no tornozelo direito uma pulseira de aço, tem l igação direta com o culto a morte e aos ÉGÚNS, preside a vida e a morte. - ODO Ligada as águas , apaixonada carnal e muito louca por amor. - IAMESAN É a que foi esposa de ÒSÓÒSÌ, meio animal e meio mulher, só come caça, é a mãe dos nove filhos. Come comÒSÓÒSÌ nas matas. ONIRA É uma ninfa das águas doces e seu culto aqui no Brasil é confundido com o culto de OYA, por ser uma grande guerreira, também é saudada como YNHÀSAN , pois existe uma afinidade entre as duas divindades, mas seus cultos não chegaram a fundirem-se. Seu culto na África era totalmente diferente. Tem ligação com o culto a ÉGÚN, por sua ligação e laços de amizade com OYA. Também tem laços de amizade com ÒSUN , pois foi ONIRA quem ensinou ÒSUN OPARÀ a guerrear. É uma Òrìsà muito p erigosa por sua ligação e caminhos com OSOGUIÁN, ÒGÚN e OBALÚWÀIYÉ. Veste o

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233 coral e amarelo, contas iguais. - YÀTOPÈ Tem ligação forte com SÀNGÓ. Veste o branco. - AFEFE YKU FUNAN  A senhora do fogo e dos ventos da morte. Caminha com ÒGÚN e OBALÚÀIYÉ , tem caminhos , também , com ÉGÚN e YKU ( morte ) . Veste o branco e pode-se por um azul claro. - AFAKAREBÒ Não é feita em seus eleitos , é a verdadeira dona do EBÓ, é a ela que se entrega todos os EBÓS. Seus caminhos levam diretamente a ÈSÙ e ÉGÚN. Seus rituais são todos feitos no murim , cabaças e porrões. - AFEFE É ela quem comanda os ventos. Tem caminhos com OBALÚWÀIYÉ e ÉGÚN .Veste vermelho e branco , também usa o coral , o chorão de seu ADÉ é alaranjado . - BAGAN Não tem cabeça. Come com ÈSÙ , ÒGÚN e ÒSÓÒSÌ . Tem caminhos com ÉGÚN. - PETU Ligada aos ventos e as árvores. Esposa de SÀNGÓ , que vai sempre na frente anunciando sua chegada. - OGUNNITA Ligada ao culto de ÉGÚN , seu fundamento mais forte. É a senhora que caminha com os mortos . SUAS FOLHAS - Malva rosa, Santa Bárbara, lacre, pitanga, guiné, nega-mina, para-raio.

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Oya / Iansã Oyá é a primeira entidade feminina a surgir nas cerimônias. Esposa de Ogum, largou-o quando se deixou fascinar pelo magnetismo de Xangô. Nesse ponto as lendas se dividem. Algumas atribuem à Iansã uma imensa e terrível paixão por Xangô, sentimento este que se manifesta através de sua eterna presença ao lado dele. Dado o seu caráter extrovertido, Iansã permanecia ao lado de Xangô não só no dia-a-dia cotidiano, mas também nas guerras, nas caçadas e qualquer outra situação. Há diversas lendas a respeito deste triangulo amoroso mais conhecido do batuque, de qualquer forma, a paixão de Ogum por Iansã sobreviveu à separação. De acordo com as diferentes interpretações, tornaram-se inimigos de morte por causa disso. Os duelos entre Ogum e Oyá constituem uma das cerimônias coreográficas mais bonitas dos terreiros brasileiros.  Além de Xangô, Oyá é o único orixá que não teme os Eguns, é a guardiã do reino entre a vida e a morte, é ela quem dá assistência na transição final; ela pode reter o espírito da morte ou chamá-lo adiante, ela é o último suspiro. Oyá rege os cemitérios e os mortos. Ninguém quer enfrentar Iansã numa batalha por que ela é t ão feroz e astuta como qualquer homem, nem um outro Orixá quer lidar com a ira de Oyá. Não há receios à Oyá, exceto Xangô. Ela é conhecida por sua inteligência, independência, coragem, graça, sensualidade, poder e paixão intensa. É dito e conhecido que Oyá é muito leal aos seus filhos e perigosa para seus inimigos. Ela pode vir tão suave e fresca como uma brisa de verão ou violenta e cruel como um furacão e causar devastação total em seu mundo. Olorum deu à Oyá a responsabilidade a responsabilidade de limpar a atmosfera ao redor do planeta e proporcionar o equilíbrio de gases para sustentar toda forma de vida. Embora Oyá seja forte e guerreira brilhante, ela também é bonita e elegante. Ela gosta do calor da batalha, tanto como Xangô, mas nunca perde sua feminilidade. Seu sincretismo é com Santa Bárbara; seus dias da semana são terça e quinta-feira e suas cores são o vermelho e o branco. Pontos de Iansã

OYA MATAMBA, OYA MATAMBA DO KAKURUKÁ (2X) OYA OYAOYA Ê OYA MATAMBA DO KAKURUKÁ SINDÊ OYA OYA (2X)  ____________________________________________  OYA OYA É A DONA DO MUNDO OYA OYA IANSÃ VENCEU GUERRA (2X) O IANSÃ DO RELAMPAGO Ê O MINHA SANTA BARBARA DO RELAMPAGO Á (2X)  ____________________________________________  235

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IANSÃ TEM UM LEQUE QUE VENTA PRA ABANAR DIAS DE CALOR IANSÃ MORA NA PEDREIRA EU QUERO VER, MEU PAI XANGÔ  ____________________________________________  ERAM DUAS VENTAROLAS, DUAS VENTAROLAS QUE VEM ROLANDO O MAR UMA ERA IANSÃ (ARREPARÊ) A OUTRA ERA IEMANJÁ (ADOCIÁ)  ____________________________________________  VENTOU, MAS QUE VENTANIA IANSÃ É NOSSA MÃE IANSÃ É NOSSA GUIA  ____________________________________________  OIÁ, OIÁ EU OIÁ, EPARREI (EPARREI IANSÃ) VENCEDORA DE DEMANDAS, ELA É ORIXÁ GUERREIRA, NA COROA DE XANGÔ IANSÃ É A PEDREIRA OIÁ, OIÁ EU OIÁ EPARREI, EPARREI IANSÃ ESTÁ NA FORÇA DO VENTO, NA FAÍSCA DO TROVÃO SENHORA DAS TEMPESTADES, NOS DÊ SUA PROTEÇÃO  ____________________________________________  Ó IANSÃ SENHORA DOS VENTOS Ó IANSÃ VEM ME VALER TRAZ PROTEÇÃO PROS SEUS FILHOS COM SUA ESPADA VEM NOS SOCORRER SUA COROA É DE OURO IANSÃ QUE BRILHA NO CONGÁ VEM SARAVÁ FILHOS DE PEMBA E VIVA O NOSSO PAI OXALÁ, OIÁ  ____________________________________________  TRAGO ACARAJÉ PRA IANSÃ TAMBEM MEU COLAR CORAL PRA ELA BENZER E MEU ILÚ PRA TOCAR NO SEU ARERÊ PARA ILUMINAR O SEU AMALÁ SALVE SEU CONGÁ, TAMBEM SEU PEJI OGUM, IANSÃ QUE IMPUNI TÁ E TODO O MEU CANTO É EM DOM À TI  ____________________________________________  AUÊ DIM DIM, AUÊ DIM DAIÁ A MATAMBA DE ARUÊ A MATAMBA DE ARUÁ  ____________________________________________  IANSÃ ELA É MOÇA BONITA MAS ELA É DONA DO SEU JACUTÁ EPARREI, EPARREI, EPARREI!!!! SEGURA O TERREIRO QUE EU QUERO VER EPARREI!!!!!!!!!  ____________________________________________  PENSOU NAS MATAS PENSOU NAS PEDREIRAS QUE VENTO FORTE NA CACHOEIRA NÃO É OXOSSI, NEM É XANGÔ É IANSÃ COM A PEMBA DE ATOTÔ! ESTÁ NO VENTO E NO TROVÃO Ó MINHA MAE QUERO SUA PROTEÇÃO  ____________________________________________  236

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OLHA A MATAMBA ETÁ TEME (2X) CABOCLO É DA MORUNGANGA ETÁ TEME Ô IANSÃ OLHA A MATAMBA ETÁ TEME  ____________________________________________  ELA É A SENHORA DOS VENTOS ELA É A MAIS LINDA ORIXÁ ELA VEIO ACALMAR AS TORMENTAS QUEM MANDOU FOI MEU PAI OXALÁ IANSÃ, MINHA MAE IANSÃ SUA ESPADA DE OURO NO CÉU BRILHOU IANSÃ, MINHA MAE IANSÃ OBRIGADO SENHORA PORQUE A BONANÇA CHEGOU  ____________________________________________  IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR... IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR IANSÃ PENTEIA O SEUS CABELOS MACIOS QUANDO A LUZ DA LUA CHEIA CLAREIA AS ÁGUAS DO RIO OGUM SONHAVA COM A FILHA DE NANÃ E PENSAVA QUE AS ESTRELAS ERAM OS OLHOS DE IANSÃ MAS IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR... IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR NA TERRA DOS ORIXÁS, O AMOR SE DIVIDIA ENTRE UM DEUS QUE ERA DE PAZ E OUTRO DEUS QUE COMBATIA COMO A LUTA SÓ TERMINA QUANDO EXISTE UM VENCEDOR IANSÃ VIROU RAINHA DA COROA DE XANGÔ MAS IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR... IANSÃ CADÊ OGUM? FOI PRO MAR...  ___________________________________________ 

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Orixá Oiá / Iansã

Sobre o Orixá: Também chamada Oiá, é o Orixá dos ventos e raios. Além disto, e Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla c om um rabo de cavalo chamado Eruexim - um dos seus símbolos. Guerreira, a mais agitada das Orixás femininas, foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de X angô.É irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do teto da casa, do Ilê. Suas cores são vermelho e branco, marrom terracota ou ainda, rosa. De acordo com uma lenda Oyá Omo Mésàm (a mãe dos nove filhos) derivou o nome de Iansã. Sua saudação é epaiêio! Iansã é rainha dos raios, ventos e tempestades. É um Orixá feminino, enérgico, sensual e autoritário. Na mitologia dos Orixás Iansã foi casada com Ogum, mas o traiu com Xangô.

Detalhes do Orixá: Saudação - Epaiêio. Dia da semana - terça-feira. Número - 07 e seus múltiplos. Cor - vermelho e branco. Guia - 01 conta vermelha, 01 conta branca. Oferenda - pipoca, opeté de batata doce (batata doce amassada com as mãos misturado ao azeite de dendê), maçã bem vermelha e sete rodela s de batata doce fritas no azeite comum.  Adjuntós - OiáTimboá com BaráLegba ou com Ogum Avagã, Iansã OiáDirã com AgumAvagã, Iansã Oiá com BaráAdaqui, as vezes com BaráLanã ou com BaráAgelú ou Ogum Onira ou Xangô Aganjú ou Xapanã Jubeteí, Iansã com BaráLodê, com Ogum Olobedé, com Xangô Agodô, com Xapanã Belujá ou com Xapanã Sapatá. Ferramentas - espada, par de alianças, cálice, moedas, búzios e raio.  Ave - galinha vermelha ou carijó. Quatro pé - cabrita branca.

Sincretismo Religioso: Iansã OiáTimboá - Santa Terezinha quando faz adjuntó com Ogum Avagã. Iansã Oiá Dirá - Joana D’arc. Iansã Oiá - Santa Bárbara sem o castelo. Iansã - Santa Bárbara com o castelo.

Os Arquétipos (filhos):  As pessoas filhas de Iansã são audaciosas, intrigantes, autoritárias, vaidosas, pessoas sensuais, volúveis, com tendência a ter diversos relacionamentos sexuais, inclusive aventuras extraconjugais. São extremamente ciumentas. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras. Lenda: Oxaguiam (Oxalá novo e guerreiro) estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear. Ogum fazia as armas, mas fazia lentamente. Oxaguiam pediu a seu amigo Ogum urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Oxaguiam que Oyá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar a fabricação. Oyá se pôs a soprar o fogo da forja de Ogum e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ogum pode fazer muitas armas e com as armas Oxaguiam venceu a guerra. Oxaguiam veio e ntão agradecer Ogum. E na casa de Ogum enamorouse de Oyá. Um dia fugiram Oxaguiam e Oyá, deixando Ogum enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiam voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oyá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Oxaguiam, onde vivia, Oyá soprava em direção à forja de Ogum. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiam da de Ogum. E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor. E o povo se acostumou com o sopro de Oyá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oyá a forja de Ogum. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e o povo chamava a isso tempestade.

 As Rezas:

Atenção: As Rezas estão escritas como são respondidas. Assim sendo, não apresentam a grafia correta da língua africana Yorubá.  AMAIA AMAIA IAIÔ IAIÔ AMAIA MOCEQUEBA IAIÔ IAIÔ  AMAIA AMAIA IAIÔ IAIÔ AMAIA MOCEQUEBA IAIÔ IAIÔ ÓIA BILAIÔ ÓIA BILAOIÁ EUAMAQUERE QUERE QUERE OELÉU ELÉU AÔ ÓIA BILAIÔ ÓIA BILAOIÁ EUAMAQUERE QUERE QUERE OELÉU ELÉU AÔ OBERESSE MANICHÉO OIÁ DOCÔ OBECEL OIANIREU OBERESSE CARIM DE OGUM OIANIREU OBERESSE CARIM DE OGUM OBERESSE CARIM DE OGUM OIANIREU ATAUÁO OBERESSE CARIM DE OGUM OIANIREU ATAUÁO OSSEMALEOTO OBECEL OROCORÔ ONIRA DO ATAUÁO  ARIO ONIRA EUA BECEL ONIRA DO ATOMIO  ARIO ONIRA EUA BECEL OIÁ CALULU IANSÃ SEMIEBÓ OIÁ CALULU OIÁ SEMIEBÓ  ALIANÇA É BILOIÁ ALIANÇA É BILOIÁ ALIANÇA É BILOIÁ ORUMALÉ OMODIBAU  ALIANÇA É BILOIÁ ALIANÇA É BILOIÁ ALIANÇA É BILOIÁ ORUMALÉ OMODIBAU  ALIANÇA É BILOIÁ PARA OTOFILOJÁ  ALIANÇA É BILOIÁ ALIANÇA É BILOIÁ OIAMADÊ OÁRIO ACARAÔ LOJOCOLÓ OIAMADÊ OÁRIO ACARAÔ LOJOCOLÓ

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240 LUPADEÔ OIÁ BOBÔ ACARAÔ LOJOLÓ OIAMADÊ OÁRIO ACARAÔ LOJOCOLÓ  ALIANÇA BILOIÁ QUEPARA IANSÃ PILODÁ  ALIANÇA É BILOIÁ ALIANÇA É BILOIÁ EPIAODOA COMADÊ EPIAODOA COMADÊ IANSÃ OIÁ EPÊ EPIAODOA COMADÊ EPIAODOA COMADÊ EPIAODOA COMADÊ IANSÃ OIÁ EPÊ EPIAODOA COMADÊ  ASSAGÉO AUÊ  AGÉO AÊ  ABADÔ OROCO IANSÃ ADUPÉ OROCO MANI ESSÓ  ABADÔ OROCO IANSÃ ADUPÉ OROCO MANI ESSÓ BABALORIXÁ VAMO IANSÃ OIÁ OIÁ VAMO IANSÁ OIÁ IEIE PAFUNHA ÊPA IEIE PAFUNHA ÊPA IANSÃ OLOCORO ÊPA IANSÃ OLEBARA ÊPA OIÁ O ELÉU É LAISSÔ OIÁ O ELÉU UELÉU LAISSÔ IANSÃ OLEPEPE OLEPÊ ODORO O ASEMILÓIAIA O MININABA O BILOIÁ ODORO O ASEMILÓIAIA O MININABA O BILOIÁ XORO XORO COTILE OIÁ DOCÔ OIÁ NICÉ FARA OGUM FARA OGUM FARA BAISSERÓ ERÓ FARA OGUM FARA OGUM FARA BAISSERÓ ERÓ FARA LAROIÊ FARA OGUM FARA ELOIRE PARAMÁ ELOIRE PARAJÔ ELOIRE PARAMÁ ELOIRE PARAJÔ OIÁ Ê AÊ OIÁ Ê AÊ ERUNDÊ OIÁ DOCÔ ERÓ ERUNDÊ OIÁ DOCÔ ERÓ OIÁ DOCÔ ERÓ ERÓ CABECI LUDE ERÓ ERÓ  ADOCÔ LEBAIÓ ADOCÔ LEBAIÓ ADOCÔ LEBAIÓ OIÁ MADEÔ  ADOCÔ LEBAIÓ ADOCÔ LEBAIÓ ADOCÔ LEBAIÓ OIÁ MADEÔ  ASSEMILÓIA ASSEMILÓIA MALUPEÔ ASSEMILÓIA  ASSEMILÓIAASSEMILÓIA MALUPEÔ ASSEMILÓIA MALUPEÔ  ASSEMILÓIA IRE DE IRE IRE POBOUM ORIXÁ LAUNDÊ IRE DE IRE IRE POBOUM ORIXÁ LAUNDÊ OIÁ LELUIA OIÁ LELUIA MALUPEÔ OIÁ LELUIA OIÁ LELUIA OIÁ LELUIA MALUPEÔ OIÁ LELUIA MALUPEÔ OIÁ LELUIA BILAIA BILAIA OIÁ MAQUEQUERÊ XANGÔ LOIÁ EU QUERE QUERE UESSE OIÁ OIÁOIÁ NIGODÔ OIÁ NIGODÔ SAPATÁ NIGODÔ OIÁ OIÁOIÁ NIGODÔ OIÁ NIGODÔ SAPATÁ NIGODÔ  AJAJAUMA SEMILÓIA QUE BILOCO  AJAJAUMA SEMILÓIA QUE BILOCO

Oya / Iansã Oyá é a primeira entidade feminina a surgir nas cerimônias. Esposa de Ogum, largou-o quando se deixou fascinar pelo magnetismo de Xangô. Nesse ponto as lendas se dividem. Algumas atribuem à Iansã uma imensa e terrível paixão por Xangô, sentimento este que se manifesta através de sua eterna presença ao lado dele. Dado o seu caráter extrovertido, Iansã permanecia ao lado de Xangô não só no dia-a-dia cotidiano, mas também nas guerras, nas caçadas e qualquer outra situação. Há diversas lendas a respeito deste triangulo amoroso mais conhecido do batuque, de qualquer forma, a paixão de Ogum por Iansã sobreviveu à separação. De acordo com as diferentes interpretações, tornaram-se inimigos de morte por causa disso. Os duelos entre Ogum e Oyá constituem uma das cerimônias coreográficas mais bonitas dos terreiros brasileiros.

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241 Além de Xangô, Oyá é o único orixá que não teme os Eguns, é a guardiã do reino entre a vida e a morte, é ela quem dá assistência na transição final; ela pode reter o espírito da morte ou chamá-lo adiante, ela é o último suspiro. Oyá rege os cemitérios e os mortos. Ninguém quer enfrentar Iansã numa batalha por que ela é tão feroz e astuta como qualquer homem, nem um outro Orixá quer lidar com a ira de Oyá. Não há receios à Oyá, exceto Xangô. Ela é conhecida por sua inteligência, independência, coragem, graça, sensualidade, poder e paixão intensa. É dito e conhecido que Oyá é muito leal aos seus filhos e perigosa para seus inimigos. Ela pode vir tão suave e fresca como uma brisa de verão ou violenta e cruel como um furacão e causar devastação total em seu mundo. Olorum deu à Oyá a responsabilidade a responsabilidade de limpar a atmosfera ao redor do planeta e proporcionar o equilíbrio de gases para sustentar toda forma de vida. Embora Oyá seja forte e guerreira brilhante, ela também é bonita e elegante. Ela gosta do calor da batalha, tanto como Xangô, mas nunca perde sua feminilidade. Seu sincretismo é com Santa Bárbara; seus dias da semana são terça e quinta-feira e suas cores são o vermelho e o branco.

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OYÁ Orixá guerreira, dona dos ventos, tempestades e dos raios. Vaidosa, seu temperamento é imprevisível. É o orixa que domina os "eguns" (espíritos dos mortos). Está ligada a agua ao fogo e a terra. Tem sua morada na pitangueira, mas aceita oferendas nos cruzeiros, matas e praias pela sua "passagem" com todos os Orixás. Seus símbolos são a espada, a taça, pulseiras, brincos etc. Sua cor é o vermelho. Sua oferenda é a pipoca, batata doce, maçã. O dia da semana é Terça-feira . Seu número é 7. Sua saudação: "epaêio". Arquétipo dos filhos de Oiá: São pessoas que gostam de roupas e enfeites coloridos, tem intensa vida sexual, engana mas não gosta de ser enganado,é dominador, atrevido, possessivo e briguento. Tambem são muito ardilosos, fazem qualquer coisa para alcançarem os objetivos. São impacientes ao extremos, as coisas precisam acontecer já. Muito prestativos e trabalhadores.

QUALIDADES DE TEMPO/IROKO Qualidades DE TEMPO/IROKO - apanga (outono)murunganga (verão)kapilecongo (inverno) - miulo - amuraxó (bebe muito) - mavila - mavulu - ekicikó - jabukangue - lembura - makuradile (bebe muito) - evazile - zalu - apokan - polokun - Iroko (tempo nação ketu)

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Logunan (Oiá-Tempo)

Oiá - Tempo ( Logunan) Oiá é a orixá do Tempo e seu campo preferencial de atuação é o religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso. O “Tempo” é a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada mãe Oiá, porque

é na eternidade do tempo e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem.  A orixá Oiá forma um pólo magnético vibratório e energético oposto ao do orixá Oxalá, e ambos regem a linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são as sete irradiações divinas do nosso Criador. Logo, o campo de atuação de nossa amada mãe Oiá é o campo da fé, onde flui a religiosidade dos seres, todos em continua evolução. Oiá é a regente cósmica da linha da Fé, e tempo é o vazio cósmico onde são retidos todos os espíritos que atentam contra os princípios divinos que sustentam a religiosidade na vida dos seres. “Tempo”, eis as qualidades, atributos e atribuições negativas de Oiá, de que tanto falamos e alertamos aos supostos pais de Santo ou magos negros que recorrem ao “Tempo” para prejudicar seus

semelhantes com seus ebós sujos e suas magias negras. Oiá é a orixá regente do pólo negativo da linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda e com Oxalá assentado em seu pólo positivo, dão sustentação a todas as manifestações da fé e dão amparo a todos os “sacerdotes”

virtuosos e guiados pelos princípios divinos estimuladores da evolução religiosa

dos seres. Quando Oiá “vira no tempo”, seja contra um seu filho direto quanto um

seu filho indireto (que têm a coroa regida por outros orixás), então sua vida entra em parafuso e só deixará de rodar quando esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela existia. Isto é Oiá, amados filhos dos orixás! Mãe religiosa por sua excelência divina, mas mãe rigorosa por sua natureza cósmica, cujo principal atributo junto dos espíritos humanos é o de esgotar o lobo sanguinário que oculta-se por baixo da pele de

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cordeiro. Enquanto Oxalá é irradiante, Oiá é absorvente, e enquanto os filhos de Oxalá são extrovertidos, os de Oiá são introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza forte de sua mãe divina exige deles uma certa “beatitude” já que, das mães divinas, ela é a mais ciúmenta por seus filhos amados e a mais rigorosa com os seus filhos relapsos. Isto é Oiá, amados filhos das nossas amadas mães divinas! Se ela é assim, é porque ela é a orixá que junto com Oxalá, rege a primeira linha de Umbanda, que é a linha da Religiosidade. Logo, os filhos de Umbanda, que têm em Oxalá o divino Pai da Fé, também devem cultuar a divina mãe Oiá. Com ele no pólo positivo e ela no pólo negativo, forma-se o par dos orixás excelsos que regem a linha da Fé e estimulam a religiosidade nos seres. Salve Mamãe Oiá!!! (trechos extraídos do livro “O Código de Umbanda Sagrada”, de Rubens Saraceni).

Pai Rubens Saraceni. Logunan (Oiá-Tempo)

Oiá - Tempo ( Logunan) Oiá é a orixá do Tempo e seu campo preferencial de atuação é o religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso. O “Tempo” é a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada mãe Oiá, porque é na eternidade do tempo e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem. A orixá Oiá forma um pólo magnético vibratório e energético oposto ao do orixá Oxalá, e ambos regem a linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são as sete irradiações divinas do nosso Criador. Logo, o campo de atuação de nossa amada mãe Oiá é o campo da fé, onde flui a religiosidade dos seres, todos em continua evolução. Oiá é a regente cósmica da linha da Fé, e tempo é o vazio cósmico onde são retidos todos os espíritos que atentam contra os princípios divinos que sustentam a religiosidade na vida dos seres. “Tempo”, eis as qualidades, atributos e atribuições negativas de Oiá, de que tanto falamos e alertamos aos supostos pais de Santo ou magos negros que 244

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recorrem ao “Tempo” para prejudicar seus semelhantes com seus ebós sujos e suas magias negras. Oiá é a orixá regente do pólo negativo da linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda e com Oxalá assentado em seu pólo positivo, dão sustentação a todas as manifestações da fé e dão amparo a todos os “sacerdotes” virtuosos e guiados pelos princípios divinos estimuladores da evolução religiosa dos seres. Quando Oiá “vira no tempo”, seja contra um seu filho direto quanto um seu filho indireto (que têm a coroa regida por outros orixás), então sua vida entra em parafuso e só deixará de rodar quando esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela existia. Isto é Oiá, amados filhos dos orixás! Mãe religiosa por sua excelência divina, mas mãe rigorosa por sua natureza cósmica, cujo principal atributo junto dos espíritos humanos é o de esgotar o lobo sanguinário que oculta-se por baixo da pele de cordeiro. Enquanto Oxalá é irradiante, Oiá é absorvente, e enquanto os filhos de Oxalá são extrovertidos, os de Oiá são introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza forte de sua mãe divina exige deles uma certa “beatitude” já que, das mães divinas, ela é a mais ciúmenta por seus filhos amados e a mais rigorosa com os seus filhos relapsos. Isto é Oiá, amados filhos das nossas amadas mães divinas! Se ela é assim, é porque ela é a orixá que junto com Oxalá, rege a primeira linha de Umbanda, que é a linha da Religiosidade. Logo, os filhos de Umbanda, que têm em Oxalá o divino Pai da Fé, também devem cultuar a divina mãe Oiá. Com ele no pólo positivo e ela no pólo negativo, formase o par dos orixás excelsos que regem a linha da Fé e estimulam a religiosidade nos seres. Salve Mamãe Oiá!!! (trechos extraídos do livro “O Código de Umbanda Sagrada”, de Rubens Saraceni). Pai Rubens Saraceni. LOGUM EDÉ QUALIDADES DE LOGUM EDÉ Logun Edé Loko: Tem fundamentos com Exu. Logun Edé Ybain: É um recém nascido Apanan: Todos comem com Exu e Oxossi. Seus fundamentos estão em sua mãe de criação, Oxum Onira, sem ela Logun não caminha. Toda pessoa de Logun tem que assentar Oxum Onira e de Oxum Onira tem que assentar Logun. Assenta-se também Ybualamo, Yponda e Opará.

Sociedade Espiritualista Mata Virgem Curso de Umbanda 245

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Logum Edé

Logum Edé à filho de Oxossi e de Oxum. É mulher durante seis meses, vivendo na água, e nos outros seis meses é homem, vivendo no mato, propicia a caça e a pesca. Quando em seu aspecto feminino, veste-se com saia cor-de-rosa, usa uma coroa de metal dourado (não o Adé das rainhas), um arco e uma flecha. Com seu aspecto masculino usa capacete de metal dourado, capangas, arco e flecha ou espada. Só se veste com cores claras. Sempre acompanha na dança Oxum e Oxossi. Um Orixá essencialmente Ijexá (da Nigéria). Caçador e pescador. Sendo filho de Oxossi e Oxum, assume características de ambos. É dito que ele vive metade do ano nas matas - domínio do pai, comendo caça; e a outra metade nas águas doces - domínio da mãe, comendo peixe. No Brasil tem numerosos adeptos.Logun-Edé, é o ponto de encontro entre os rios e florestas, as barrancas, beiras de rios, e também o vapor fino sobre as lagoas, que se espalha nos dias quentes pelas florestas. Logum Edé representa o encontro de naturezas distintas sem que ambas percam suas características. É filho de Oxossi Inlé com Oxum Yeyeponda. Assim, tornou-se o amado, doce e respeitado príncipe das matas e dos rios, e tudo que alimenta os homens, como as plantas, peixes e outros animais, sendo considerado então o dono da riqueza e da beleza masculina. É considerado o príncipe dos orixás. Tem a astúcia dos caçadores e a paciência dos pescadores como principais virtudes. 246

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Dizem os mitos que sendo Oxossi e Oxum extremamente vaidosos, não puderam viver juntos, pois competiam pelo prestígio e admiração das pessoas e terminaram separando-se. Ficou combinado entre eles que Logun-Edé viveria seis meses nas águas dos rios com Oxum e seis meses nas matas, com seu pai Oxossi. Ambos ensinariam a Logum Edé a natureza dos seus domínios. Ele seria poderoso e rico, além de belo. No entanto, o hábito da espreita aprendido com seu pai, fez com que, um dia, curioso a respeito da beleza do corpo de sua mãe, de que tanto se falava nos reinos das águas, Logun-Edé vestindo-se de mulher fosse espiá-la no banho. Como Oxum estivesse vivendo seu romance com Xangô, tio de Logum Edé, e Xangô tivesse exigido como condição do casamento que ela se livrasse de Logum Edé, Oxum aproveitou a oportunidade para punir Logum Edé com sua transformação num orixá meji (hermafrodita) e abandoná-lo na beira do rio. Iansã o encontra, e fascinada pela beleza da criança leva Logum Edé para casa onde, juntamente com Ogum, passa a criá-lo e educá-lo. Com Ogum Logun-Edé aprendeu a arte da guerra e da forja e com Iansã o amor à liberdade. Diz o mito que Logum Edé tinha tudo, menos amor das mulheres, pois mesmo Iansã, quando roubada de Ogum por Xangô, abandona Logum Edé com seu tio, criando assim um profundo antagonismo entre Xangô e Logum Edé, já que por duas vezes Xangô lhe tira a mãe. Logum Edé nunca se casou, devido a seu caráter infantil e hermafrodita e sua companhia predileta é Ewá, que também vive, como ele, solitária e no limite de dois mundos diferentes. Possui o conhecimento dos elementos da natureza, onde reinam seus pais, como florestas, matas, rios, cachoeiras, etc. Seu próprio domínio está situado nas margens de rios, córregos e cursos d’água em geral, desde que tenham vegetação, ou seja, o encontro dos dois reinados. Na verdade, esse orixá tem livre acesso aos dois reinados, adquirindo o conhecimento de ambos. Consegue adaptar-se, com facilidade, aos mais diversos ambientes, agindo e comportando-se de diferentes formas, dependendo da situação. Ele herdou, também, muitas das características de seus pais, como a habilidade de caçar e conseguir fortuna, o encanto e a beleza, bem como um grande conhecimento de feitiçaria, como sua mãe. Além desses atributos, é, também, responsável pela fertilização das terras, através da irrigação, contribuindo, assim, com a agricultura. Esse orixá possui muita riqueza e sabedoria, não admitindo a imperfeição em suas oferendas e rituais. Tem aparência doce e calma, mas, quando contrariado, torna-se muito enfurecido. 247

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Uma outra característica de Logum Edé é a de importar-se com o sofrimento dos outros, distribuindo riquezas e caças para os que não têm.

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Características Cor Fio de Contas Ervas Símbolo Pontos da Natureza Flores Essências Pedras Metal Saúde Planeta Dia da Semana Elemento Chakra Saudação Bebida Animais Comidas Numero Data Comemorativa Sincretismo Incompatibil idades

Azul Celeste com Amarelo Contas e Miçangas de Cristal Azul Celeste e Amarelo As mesmas de Oxum e Oxossi Abebê e Ofá Margens dos rios que ficam na mata. As mesmas de Oxum e Oxossi As mesmas de Oxum e Oxossi Turquesa, Topázio Latão e Ouro problemas nos órgãos localizados na cabeça, problemas respiratórios quinta-feira e sábado Água e Terra Lossi Lossi Logum Edé As mesmas de Oxum e Oxossi cavalo marinho As mesmas de Oxum e Oxossi 19 de Abril santo expedito Cor Vermelha ou Marrom, cabeça de bicho, abacaxi

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Atribuições Dá alegria, sorte e beleza; protege os que trabalham com águas.

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Lendas De Logum Edé Logum Edé é salvo das águas Oxum proibiu Logum Edé de brincar nas águas fundas, pois os rios eram traiçoeiros para uma criança de sua idade. Mas Logum Edé era curioso e vaidoso como os pais. Logum Edé não obedecia à mãe. Um dia Logum Edé nadou rio adentro, para bem longe da margem. Obá, dona daquele rio, para vingar-se de Oxum, com quem mantinha antigas querelas, começou a afogar Logum Edé. Oxum ficou desesperada e pediu a Orumilá que lhe salvasse o filho, que a amparasse no seu desespero de mãe. Orumilá que sempre atendia à filha de Oxalá, retirou o príncipe das águas traiçoeiras e o trouxe de volta à terra. Então deu-lhe a missão de proteger os pescadores e a todos que vivessem das águas doces. Alguns dizem que Iansã foi quem retirou Logum Edé da água e terminou de criá-lo juntamente com Ogum.

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Orixá Odé e Orixá Otim

Sobre o Orixá: Divindades da caça que eles vivem nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado OFÁ, e um rabo de boi chamado ERUEXIM. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Bará. Vivem nas matas, caçando, por isso, protege os caçadores em suas expedições. É casado com Otim formando um casal inseparável, onde está um está o outro. Odé caça, mas fi ca com pena dos bichos e dá para sua mulher Otim que devora tudo e por isso é gorda.

Detalhes do Orixá: Saudação: Oquebambo Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé, para outros Segunda-feira Número: 07 e seus múltiplos Cor: Azul forte e branco para Odé e Azul forte e rosa para Otim Guia: 01 conta azul, 01 conta branca, 01 conta azul para Odé 01 conta rosa, 01 conta azul, 01 conta rosa para Otim Oferenda: Miami doce, chuleta de porco frita no azeite comum e refogada com azeite de dendê com uma pitada de mel, feijão miúdo,doces (balas e pirulitos) Adjuntós: Odé com Otim ou Iemanjá Bocí (neste caso normalmente a Otim passará para a "passagem"). Otim com Odé Ferramentas: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios Ave: Galo prateado claro ou pintado para Odé e galinha preta para Otim Quatro pé: Casal de porco

Sincretismo Religioso: Odé: São Sebastião Otim: Santa Bernadete ou Santa Efigênia Os Arquétipos (filhos): Seus filhos são pessoas espertas e com iniciativa, gostam de descobertas e novidades. São místicos e muito intuitivos. O lado emocional é sua característica mais marcante, pois é carismático e carinhoso. Costumam ser indecisos e inseguros, mas adoram se apresentar em público e ser o centro das atenções. Lenda: Orixá da Caça e da Fartura! Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura. De repente, um grande pássaro, (èlèye), pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando fardas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as feiticeiras ÌyamìÒsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes. O Rei então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. Ainda foi, convidado para grande façanha de matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu. Por fim, todos já sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha. Sua mãe Iemanjá, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, uma vez que três dos melhores caçadores falharam em suas tentativas. Iemanjá foi consultar Ifá para Òsotokànsosó. Os Babalaôs disseram para Iemanjá preparar oferendas com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas) ,èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira), seis kauris (búzios). Iemanjá fez então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção e que oferecesse em uma estrada, e durante a oferenda recitasse o seguinte: "Que o peito da ave receba esta oferenda". Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abriu sua guarda recebendo a oferenda ofertada por Iemanjá, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó. Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: "Oxósse! Oxósse!" (caçador do povo). A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje. 252

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As Rezas: Atenção: As Rezas estão escritas como são respondidas. Assim sendo, não apresentam a grafia correta da língua africana Yorubá. ODÉ O SAMPA ELEPÊ OMAM ORUMA EREPÊ O SAMPA ELEPÊ OMAM ORUMA ELEPÊ MINERÓ MINERÓ ODÉ MINERÓ MINERÓ ODÉ O SAMPA MINERÓ MINERÓ ODÉ ODÉ O MATA TIMBORO ODÉ TIMBO TIMBO TIMBORO Ô ODÉ O MATA TIMBORO ODÉ ODÉ O MATA TIMBORÔ ODÉ ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ELEMONI MONI AGARIREU ADIACUNA PAMIO ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ELEMONI MONI AGARIREU ADIACUNA PAMIO O QUEBAMBO ELAIO O QUEBAMBO ELAIO O QUEBAMBO ELAIO CAMAFODÉ O QUEBAMBO ELAIO CAMAFODÉ BELEBELISSE ODÉ Ô BELEBELISSE ODÉ ACARÁ ORUOCO FERERÊ BELEBELISSE ODÉ Ô BELEBELISSE ODÉ Ô BELEBELISSE ODÉ ACARÁ ORUOCO FERERÊ BELEBELISSE ODÉ Ô ORUOCO A ODÉ AMAXOXO A ODÉ IGALELE IGALELE ADEUAXO IGALELE ALAÍLA LAELEPÊ ALAÍLA LAILEPÊ ALA E E Ê ALAÍLA LAILEPÊ ALA ESSUM LÓ ESSUM LO OROCUNLÁ EAÔ ESSUM LÓ ESSUM LO OROCUNLÁ EAÔ ONIBOBO UELESSI UELESSI OCULTÁ ONIBOBO UELESSI UELESSI OCULTÁ BAMURÁ BAMU ODÉ BAMU MARACAJÁ ODÉ BAMURÁ BAMU ODÉ BAMU MARACAJÁ ODÉ OLOFI ODÉ OQUE OLOFI ODÉ OQUE ODÉ SUMALIA SESSUM MARÉ ODÉ SUMALIA SESSUM MARÉ BAMBAM ORORO CUNDÊ ODÉ SUMALIA SESSUM MARÉ CONI CONIXABIM OTIM E AÊ E AÊ

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AMORO AMORO APECO AMORO AMACHINCHA CHIMBEÔ AMACHINCHA CHIMBEÔ ELUMBEÔ ELUMBEÔ LOQUE LOQUELOQUELOQUE ABOELO LOQUE LOQUELOQUELOQUE ABOELO LOQUE ABOELO ABEREQUETE ABEREQUETE EUARA BOBO ABEREQUETE ABEREQUETE EUARA BOBO ODÉ ARANI AI ODÉ ARAÔ

Características Cor Fio de Contas Ervas Símbolo Pontos da

Azul Celeste com Amarelo Contas e Miçangas de Cristal Azul Celeste e Amarelo As mesmas de Oxum e Oxossi Abebê e Ofá Margens dos rios que ficam na mata. 254

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Natureza Flores Essências Pedras Metal Saúde Planeta Dia da Semana Elemento Chakra Saudação Bebida Animais Comidas Numero Data Comemorativa Sincretismo Incompatibil idades

As mesmas de Oxum e Oxossi As mesmas de Oxum e Oxossi Turquesa, Topázio Latão e Ouro problemas nos órgãos localizados na cabeça, problemas respiratórios quinta-feira e sábado Água e Terra Lossi Lossi Logum Edé As mesmas de Oxum e Oxossi cavalo marinho As mesmas de Oxum e Oxossi 19 de Abril santo expedito Cor Vermelha ou Marrom, cabeça de bicho, abacaxi

Lendas De Logum Edé Logum Edé é salvo das águas Oxum proibiu Logum Edé de brincar nas águas fundas, pois os rios eram trai çoeiros para uma criança de sua idade. Mas Logum Edé era curioso e vaidoso como os pais. Logum Edé não obedecia à mãe. Um dia Logum Edé nadou rio adentro, para bem longe da margem. Obá, dona daquele rio, para vingar-se de Oxum, com quem mantinha antigas querelas, começou a afogar Logum Edé. Oxum ficou desesperada e pediu a Orumilá que lhe salvasse o filho, que a amparasse no seu desespero de mãe. Orumilá que sempre atendia à filha de Oxalá, retirou o príncipe das águas traiçoeiras e o trouxe de volta à terra. Então deu-lhe a missão de proteger os pescadores e a todos que vivessem das águas doces. Alguns dizem que Iansã foi quem retirou Logum Edé da água e terminou de criá-lo juntamente com Ogum. Logum Edé - O Orixá da Magia e da Boa Sorte Estava Oxossi o rei da caça a caminhar por um lindo bosque em companhia de sua amada esposa Oxum, dona da beleza da riqueza e portadora dos segredos da maternidade. Quando de seu passeio, foi avistado por Oxum um lindo menino que estava a beira do caminho a chorar, encontrando-se perdido. Oxum de pronto agrado, acolheu e amparou o garoto, onde surgiu nesse exato momento uma grande identificação, entre ele, Oxum e Oxossi. Durante muitos anos Oxum e Oxossi, cuidaram e protegeramlhe, sendo que, Oxum procurou durante todo esse tempo a mãe do menino, porém sem sucesso, resolveu tê-lo como próprio filho. O tempo foi passando e Oxossi, vestiu o menino com roupas de caça e ornamentou-o com pele de animais, proveniente de suas caçadas. Ensinou a arte da caça, de como manejar e empunhar o arco e a flecha, ensinou os princípios da fraternidade para com as pessoas e o dom do plantio e da colheita, ensinou a ser audaz e a ter paciência, a arte e a leveza, a astúcia e a destreza, provenientes de um verdadeiro caçador. Oxum por sua fez, ensinou ao garoto o dom da beleza, o dom da elegância e da vaidade, ensinou a arte da feitiçaria, o poder da sedução, a viver e sobreviver sobre o mundo das águas doces, ensinou seus segredos e mistérios. Foi batizado por sua mãe e por seu pai de Logum Edé, o príncipe das matas e o caçador sobre as águas. Viveu durante anos sobre a proteção de pai e mãe, tornando-se um só, aprendendo a ser homem, justo e bondoso, herdando a riqueza de Oxum

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e a fartura de Oxossi, adquirindo princípios de um e de outro, tornando-se herdeiro até nos dias de hoje de tudo que seu pai Oxossi carrega e sua mãe Oxum leva. Esse é Logum Edé. Logum Edé ganha domínio dado por Olorum No início dos tempos, cada orixá dominava um elemento da natureza, não permitindo que nada, nem ninguém, o invadisse. Guardavam sua sabedoria como a um tesouro. É nesse contexto que vivia a mãe das água doces, Oxum, e o grande caçador Oxossi. Esses dois orixás constantemente discutiam sobre os limites de seus respectivos reinados, que eram muito próximos. Oxossi ficava extremamente irritado quando o volume das águas aumentavam e transbordavam de seus recipientes naturais, fazendo alagar toda a floresta. Oxum argumentava, junto a ele, que sua água era necessária à irri gação e fertilização da terra, missão que recebera de Olorum. Oxossi não lhe dava ouvidos, dizendo que sua caça iria desaparecer com a inundação. Olorum resolveu intervir nessa guerra, separando bruscamente esses reinados, para tentar apaziguá-los. A floresta de Oxossi logo começou a sentir os efeitos da ausência das águas. A vegetação, que era exuberante, começou a secar, pois a terra não era mais fértil. Os animais não conseguiam encontrar comida e faltava á gua para beber. A mata estava morrendo e as caças tornavam-se cada vez mais raras. Oxossi não se desesperou, achando que poderia encontrar alimento em outro lugar. Oxum, por sua vez, sentia-se muito só, sem a companhia das plantas e dos animais da floresta, mas também não se abalava, pois ainda podia contar com a companhia de seus filhos peixes para confortála. Oxossi andou pelas matas e florestas da Terra, mas não conseguia encontrar caça em lugar algum. Em todos os lugares encontrava o mesmo cenário desolador. A floresta estava morrendo e ele não podia fazer nada. Desesperado, foi até Olorum pedir ajuda para salvar seu reinado, que estava definhando. O maior sábio de todos explicou-lhe que a falta d’água estava matando a floresta, mas não poderia ajudá-lo, pois o que fez foi necessário para acabar com a guerra. A única salvação era a reconciliação. Oxossi, então, colocou seu orgulho de lado e foi procurar Oxum, propondo a ela uma trégua. Como era de costume, ela não aceitou a proposta na primeira tentativa. Oxum queria que Oxossi se desculpasse, reconhecendo suas qualidades. Ele, então, compreendeu que seus reinos não poderiam sobreviver separados, unindo-se novamente, com a benção de Olorum. Dessa união nasceu um novo orixá, um orixá príncipe, Logum Edé, que iria consolidar esse "casamento", bem como abrandar os ímpetos de seus pais. Logum Edé sempre ficou entre os dois, fixando-se nas margens das águas, onde havia uma vegetação abundante. Sua intervenção era importante para evitar as cheias, bem como a estiagem prolongada. Ele procurava manter o equilíbrio da natureza, agindo sempre da melhor maneira para estabelecer a paz e a fertilidade. Conta uma outra lenda que as terras e as águas estavam no mesmo nível, não havendo limites definidos. Logum Edé, que transitava livremente por esses dois domínios, sempre tropeçava quando passava de um reinado para o outro. Esses acidentes deixavam Logum Edé muito irritado. Um dia, após ter ficado seis meses vivendo na água, tentou fazer a transição para o reinado de seu pai, mas não, pés e cabeça, mas conseguiu fazer uma passagem, que tornou mais fácil sua transição. Logum Edé criou, assim, as margens dos rios e córregos, onde passou a dominar. Por esse motivo, suas oferendas são bem aceitas nesse local. Logum Edé Rouba Segredos De Oxalá Logum Edé era um caçador solitário e infeliz, mas orgulhoso. Era um caçador pretensioso e ganancioso, e muitos os bajulavam pela sua formosura. Um dia Oxalá conheceu Logum Edé e o levou para viver em sua casa sob sua proteção. Deu a ele companhia, sabedoria e compreensão. Mas Logum Edé queria mais, queria muito mais... E roubou alguns segredos de Oxalá. Segredos que Oxalá deixara à mostra, confiando na honestidade de Logum Edé. O caçador guardou seu furto num embornal a t iracolo, seu adô. Deu as costas a Oxalá e fugiu. Não tardou para Oxalá dar-se conta da traição do caçador que levara seus segredos. Oxalá fez todos os sacrifícios que cabia oferecer e muito calmamente sentenciou que toda a vez que Logum Edé usasse um dos seus segredos todos haveriam de dizer sobre o prodígio: "Que maravilha o milagre de Oxalá!". Toda a vez que usasse seus segredos alguma arte não roubada ia faltar. Oxalá imaginou o caçador sendo castigado e compreendeu que era pequena a pena imposta. O caçador era presumido e ganancioso, acostumado a angariar bajulação. Oxalá determinou que Logum Edé fosse homem num período e no outro depois fosse mulher. Nunca haveria assim de ser completo. Parte do tempo habitaria a floresta vivendo de caça, e noutro tempo, no rio, comendo peixe. Começar sempre de novo era sua sina. Mas a sentença era ainda nada para o tamanho do orgulho de Logum Edé. Para que o castigo durasse a eternidade, Oxalá fez de Logum Edé um orixá. Sociedade Espiritualista Mata Virgem Curso de Umbanda Logum Edé

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O Caso Joana D'Arc: Joana D'Arc nasceu em Domrémy, na atual província de Lorena, em janeiro de 1 412. Sua terra foi devastada pela Guerra dos Cem Anos, um conflito dinástico com a I nglaterra que começou em 1337. Foi educada para as prendas domésticas tradicionais e, às vezes, pastoreava as ovelhas. Aos 12 anos, começou a ouvir vozes sagradas, que primeiro lhe falaram da necessidade de manter a virgindade, para a salvação da alma. Depois, a mensagem tornou-se mais específica. Ela devia coroar rei o delfim e salvar a França dos ingleses.vivas em fogueira de lenha verde para que a agonia se prolongasse. Convenceu o senhor local a apresentá-la ao rei, e ao soberano pediu que a autorizasse a participar do levante do sítio de Orleans. Equipada com armas e homens partiu para o ataque e, pela primeira vez em longo tempo, os franceses saíram vitoriosos da batalha. Joana coroou o delfim na cidade de Rheims. Mas sua sorte militar não durou muito. Logo, ela travou uma série de batalhas perdidas, que terminaram em sua captura pelos borgonheses, cujo duque, parente do rei da França, se aliara aos ingleses. Foi vendida aos ingleses, julgada por eclesiásticos franceses e em 1431, aos 19 anos, morta na fogueira da Inquisição. Orixá Odé e Orixá Otim

Sobre o Orixá: Divindades da caça que eles vivem nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado OFÁ, e um rabo de boi chamado ERUEXIM. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Bará. Vivem nas matas, caçando, por isso, protege os caçadores em suas expedições. É casado com Otim formando um casal inseparável, onde está um está o outro. Odé caça, mas fi ca com pena dos bichos e dá para sua mulher Otim que devora tudo e por isso é gorda.

Detalhes do Orixá: Saudação: Oquebambo Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé, para outros Segunda-feira Número: 07 e seus múltiplos Cor: Azul forte e branco para Odé e Azul forte e rosa para Otim Guia: 01 conta azul, 01 conta branca, 01 conta azul para Odé 01 conta rosa, 01 conta azul, 01 conta rosa para Otim Oferenda: Miami doce, chuleta de porco frita no azeite comum e refogada com azeite de dendê com uma pitada de mel, feijão miúdo,doces (balas e pirulitos) Adjuntós: Odé com Otim ou Iemanjá Bocí (neste caso normalmente a Otim passará para a "passagem"). Otim com Odé Ferramentas: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios Ave: Galo prateado claro ou pintado para Odé e galinha preta para Otim Quatro pé: Casal de porco

Sincretismo Religioso: Odé: São Sebastião Otim: Santa Bernadete ou Santa Efigênia Os Arquétipos (filhos):

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Seus filhos são pessoas espertas e com iniciativa, gostam de descobertas e novidades. São místicos e muito intuitivos. O lado emocional é sua característica mais marcante, pois é car ismático e carinhoso. Costumam ser indecisos e inseguros, mas adoram se apresentar em público e ser o centro das atenções. Lenda: Orixá da Caça e da Fartura! Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido, comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura. De repente, um grande pássaro, (èlèye), pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando fardas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as feiticeiras Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes. O Rei então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. Ainda foi, convidado para grande façanha de matar o pássaro, das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu. Por fim, todos já sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha. Sua mãe Iemanjá, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, uma vez que três dos melhores caçadores falharam em suas tentativas. Iemanjá foi consultar Ifá para Òsotokànsosó. Os Babalaôs disseram para Iemanjá preparar oferendas com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas) , èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira), seis kauris (búzios). Iemanjá fez então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção e que oferecesse em uma estrada, e durante a oferenda recitasse o seguinte: "Que o peito da ave receba esta oferenda". Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abriu sua guarda recebendo a oferenda ofertada por Iemanjá, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó. Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: "Oxósse! Oxósse!" (caçador do povo). A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje. As Rezas: Atenção: As Rezas estão escritas como são respondidas. Assim sendo, não apresentam a grafia correta da língua africana Yorubá. ODÉ O SAMPA ELEPÊ OMAM ORUMA EREPÊ O SAMPA ELEPÊ OMAM ORUMA ELEPÊ MINERÓ MINERÓ ODÉ MINERÓ MINERÓ ODÉ O SAMPA MINERÓ MINERÓ ODÉ ODÉ O MATA TIMBORO ODÉ TIMBO TIMBO TIMBORO Ô ODÉ O MATA TIMBORO ODÉ ODÉ O MATA TIMBORÔ ODÉ ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ELEMONI MONI AGARIREU ADIACUNA PAMIO ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ADIACUNA PAMIO ADIACUNA ELEMONI MONI AGARIREU ADIACUNA PAMIO O QUEBAMBO ELAIO O QUEBAMBO ELAIO O QUEBAMBO ELAIO CAMAFODÉ O QUEBAMBO ELAIO CAMAFODÉ BELEBELISSE ODÉ Ô BELEBELISSE ODÉ ACARÁ ORUOCO FERERÊ BELEBELISSE ODÉ Ô BELEBELISSE ODÉ Ô BELEBELISSE ODÉ ACARÁ ORUOCO FERERÊ BELEBELISSE ODÉ Ô ORUOCO A ODÉ AMAXOXO A ODÉ 258

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IGALELE IGALELE ADEUAXO IGALELE ALAÍLA LAELEPÊ ALAÍLA LAILEPÊ ALA E E Ê ALAÍLA LAILEPÊ ALA ESSUM LÓ ESSUM LO OROCUNLÁ EAÔ ESSUM LÓ ESSUM LO OROCUNLÁ EAÔ ONIBOBO UELESSI UELESSI OCULTÁ ONIBOBO UELESSI UELESSI OCULTÁ BAMURÁ BAMU ODÉ BAMU MARACAJÁ ODÉ BAMURÁ BAMU ODÉ BAMU MARACAJÁ ODÉ OLOFI ODÉ OQUE OLOFI ODÉ OQUE ODÉ SUMALIA SESSUM MARÉ ODÉ SUMALIA SESSUM MARÉ BAMBAM ORORO CUNDÊ ODÉ SUMALIA SESSUM MARÉ CONI CONIXABIM OTIM E AÊ E AÊ AMORO AMORO APECO AMORO AMACHINCHA CHIMBEÔ AMACHINCHA CHIMBEÔ ELUMBEÔ ELUMBEÔ LOQUE LOQUE LOQUE LOQUE ABOELO LOQUE LOQUE LOQUE LOQUE ABOELO LOQUE ABOELO ABEREQUETE ABEREQUETE EUARA BOBO ABEREQUETE ABEREQUETE EUARA BOBO ODÉ ARANI AI ODÉ ARAÔ
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