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Rela Relati tivid vidad ade e Espec Especia iall
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Análise Vetorial na Relatividade Especial
2.1
Definição de um vetor
Vetor posição :
∆Xσ
→ (∆t, ∆x, ∆y, ∆z)
(2.1)
dizemos vetor ∆X com componentes t,x,y, z , com respectivos índices 0, 1, 2, 3 Vale notar que um vetor é um objeto geométrico, que pode ser definido e visualizado sem se referir a um sistema coordenado específico. Outra notação importante é: α
∆Xσ
→ {∆x }
(2.2)
onde por ∆xα representamos todos os índices ∆x0 , ∆x1 , ∆x2 , ∆x3 . Se quisermos as componentes desse vetor em outro sistemas coordenado, que chamaremos de referencial σ¯ , escrevemos: α ¯
∆Xσ¯
→ {∆x }
Basicamente , colocamos uma barra sobre o índice para denotar as novas coordenadas. O vetor ∆X continua o mesmo, o que torna desnecessária uma nova notação depois da troca de base. Apenas suas componentes mudam. As novas componentes ∆xα¯ são obtidas segundo a transformação de Lorentz: ¯ 0
∆x
0
1
∆x v∆x √ = √ − 1−v 1−v 2
2
,etc.2
Como isso é uma transformação linear, podemos escrever: 3 ¯ 0
∆x =
¯
Λ0β ∆xβ ,
β =0
onde {Λoβ¯ } são quatro números, um para cada valor de β . Nesse caso: ¯
Λ00 = 1/ 1
2
¯ 0 1
− v ; Λ = −v/
1
2
¯ 0 2
¯ 0 3
− v ; Λ = Λ = 0.
3
Uma equação similar é empregada para ∆x¯1 , e generalizando escrevemos: 3 ¯ α
∆x =
¯ β Λα β ∆x ,
(2.3)
β =0
isso para α¯ sendo os índices das novas componentes em σ¯ , e com β sendo os índices das componentes. Temos então que {Λαβ¯ } é um conjunto de 16 número, 4 para cada índice de ∆xα¯ , que constitui as matriz da transformação de Lorentz. Agora podemos introduzir a última notação, a Notação de Einstein: sempre que uma expressão possuir o mesmo índice em cima e em baixo, uma soma é implicada sobre todos os valores que o índice pode assumir, ou seja: Aα B α ; T γ E γα ,
2
são simplificações para as somas 3
3
Aα B α ;
α=0
T γ E γα ,
γ =0
enquanto Aα B β ; T γ E βα ; Aβ Aα
não representam soma em nenhum índice. A transformação de Lorentz (eq. (2.3)) agora pode ser reescrita como: ¯ β * ∆xα¯ = Λα β ∆x
(2.4)
fazendo economia de notação. Note que a eq. (2.4) é idêntica a ¯ γ ∆xα¯ = Λ α γ ∆x .
O índice repetido apenas denota uma soma de 0 a 3, a letra usada não importa. Um índice que implica soma e chamado de índice mudo (dummy index ), e a troca desses índices costuma ser uma ferramenta útil em álgebra tensorial. A única coisa que não pode substituir o índice mudo β é um índice latino, isso porque o índice latino (como convencionado por nós) pode apenas assumir os valores 1, 2 e 3, enquanto β também pode valer 0. Portanto, as expressões: ¯ β α ¯ i Λα β ∆x ; Λi ∆x
não são as mesmas. Na verdade, temos: ¯ ¯ i Λα¯ ∆xβ = Λα ∆x0 + Λα 0 i ∆x .
(2.5)
A eq. (2.4) é composta por quatro diferentes equações, uma para cada valor que α¯ pode assumir. Um índice como α¯ , em que nenhuma soma é efetuada, é chamado índice livre ( free index ). Sempre que uma equação for escrita com um ou mais índices livres, isso será válido se e somente se for verdade para todos os valores que o índice pode assumir. A letra escolhida para o novo índice é completamente arbitrária. É importante notar que se o índice for renomeado em algum lugar da equação, ele deverá ser renomeado na equação toda. O vetor geral é definido por um conjunto de número (suas componentes em uma base, que chamaremos de σ ) A
→
0
σ (A
, A1 , A2 , A3 ) = Aα
{ }
(2.6)
Lembrando que suas componente em uma base σ¯ são ¯ α
A
β ¯ = Λα βA .
(2.7)
Ou seja, as componentes de um vetor se transformam da mesma forma que as coordenadas. Lebre-se que um vetor pode ser definido tomando quatro número em uma base, então as componentes em todas as outras bases também são únicas. 3
Por último, vetores no espaço-tempo obedecem as mesmas regras usuais: Sejam A e B vetores e µ um número, então: A+B
→
σ
(A0 + B 0 , A1 + B 2 , A2 + B 2 , A3 + B 3 ); µA σ (µA0 , µA1 , µA2 , µA3 ).
→
(2.8)
todos vetores. Ou seja, a regra do paralelogramo é válida. Note que a não ser que eles sejam adimensionais, todos os quatro números usados para definir o vetor devem possuir a mesma dimensão.
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2.2 Álgebra Vetorial Vetores base . Em uma base σ temos quatro vetores especdiais, definidos por
suas componentes: (1, 0, 0, 0); σ (0, 1, 0, 0); σ (0, 0, 1, 0); σ (0, 0, 0, 1).
→ e → e → e → e0
σ
1 2
3
(2.9)
Essas definições formam os vetores base de um referencial σ . Similarmente, σ¯ tem vetores base ¯ (1, 0, 0, 0),etc. σ
→
eσ ¯
Geralmente, e¯0 = e0 , uma vez que eles são definidos em diferentes bases. É possível verificar que a definição de vetor base é equivalente a (eα )β = δ αβ ,
(2.10)
i.e., a componente β de eα é o delta de Kronecker: 1 se β = α e 0 se β = α. Todo vetor pode ser expresso em termos de vetores base. Se: A
α (A
→
0
, A1 , A2 , A3 ),
então A
= A0 e0 + A1 e1 + A2 e2 + A3 e3 .
∗A = A
α
eα .
(2.11)
Na última linha usamos a notação de Einstein (o índice de e deve ser subscrito para empregar a notação). A eq. (2.11) diz que A é uma soma linear de quatro vetores A 0 e0 , A1 e1 etc. Transformação de vetores base . A definição que levou à eq. (2.11) pode ser aplicada para qualquer base, portanto, é verdadeira em σ¯ : A
= A α¯ eα¯ .
Note que os vetores A¯0 e¯0 , etc. não são os mesmos da eq. (2.11), uma vez que eles são paralelo aos vetores base de ¯σ e não σ , porém, eles descrevem o mesamo vetor A. É importante entender que A α eα e A α¯ eα¯ não são obtidos um do outro por uma simples troca de índices mudos, eles tem significados diferentes. Ou seja, {Aα¯ } é um conjunto de número diferentes de {Aα }, bem como {eα¯ } e {eα¯ }. Mas por definição: (2.12) Aα eα = A α¯ eα¯ , e isso tem uma importante consequência: dela deduzimos a lei para transformação de vetores base, i.e., a relação entre {eα } e {eα¯ }. Usando a eq. (2.7) para A α¯ , escrevemos a eq. (2.12) da seguinte maneira: ¯ β α Λα ¯ = A eα . β A eα
Na esquerda temos duas somas, e como são finitas, a ordem não importa. Como Λ αβ¯ e A β são apenas números, podemos escrever: ¯ α Aβ Λα ¯ = A eα . β eα
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Agora nos aproveitamos do fato de β e α¯ serem índices mudos: trocamos β por ¯, α e α ¯ por β ¯
Aα Λβα eβ¯ = A α eα .
Essa equação tem que ser verdadeira para todo {Aα }, visto que arbitrário. Escrevendo ¯
Aα (Λβα eβ¯
podemos deduzir
¯
α)
− e
Λβα eβ¯
α =
− e
para qualquer α, ou
um vetor
=0 0
¯
Λβ eβ¯.
α =
∗e
A é
(2.13)
Isso nos da a lei pela qual os vetores base se transformam. Não é uma transformação de componentes: ela nos da a base {eα¯ } de σ¯ . Comparando com a lei de transformação para componentes, eq. (2.7), ¯
¯
Aβ = Λβα Aα ,
vemos que de fato é diferente. Note que a omissão dos símbolos de soma mantém as coisas mais limpas. Outro passo importante foi a troca do índice mudo, que permitiu isolar o Aα arbitrário do resto dos termos. E.g.: σ¯ se move com velocidade v na direção x relativa a σ . Então a matriz ¯ β [Λα ] é ¯
[Λβα
γ −vγ −vγ γ ]= 0 0 0
0
0 0 1 0
,
0 0 0 1
√ onde usamos γ ≡ 1/ 1 − v . Então, se A → (5, 0, 0, 2), suas componentes em σ¯ são dadas por 2
σ
¯
A0 = Λ o0¯A0 + Λo0¯A1 + ... = γ .5 + ( vγ ).0 + 0.0 + 0.2 = 5γ.
Similarmente:
−
¯
¯ 2
A1 =
−5vγ ; A
¯
= 0; A3 = 2.
Portanto A →σ¯ (5γ, −5vγ, 0, 2). Os vetores base são expressos como
¯
Λβα eβ¯
eα =
ou e0 =
¯
¯
¯
¯
Λ00 e¯0 + Λ 10 e¯1 + Λ 20 e¯2 + Λ 30
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