Trabalho Sobre Acordo Ortografico

September 1, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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TRABALHO DE ORTOGRAFIA PARTE 1

Acordo Ortográfico

A ortografia da língua portuguesa é determinada por normas legais. No início do século XX Portugal estabeleceu pela primeira vez um modelo ortográfico de referência para as publicações oficiais e para o ensino. No entanto, as normas desse primeiro Formulário Ortográfico não foram adotadas pelo Brasil. Desde então, a ortografia da língua portuguesa foi alvo um longo processo de discussão e negociação, com o objetivo de instituir, através de um único tratado internacional, normas comuns que rejam a ortografia oficial de todos os países de língua portuguesa. As tentativas iniciais materializaram-se num primeiro acordo, assinado em 1931, que, no entanto, viria a ser interpretado de forma diferente nos vocabulários ortográficos nacionais, entretanto produzidos: em Portugal, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, de 1940; no Brasil, o Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, de 1943, acompanhado de um Formulário Ortográfico. A fim de eliminar estas divergências, foi assinado por ambos os países um novo acordo ortográfico, em 1945, mas este apenas foi aplicado por Portugal, continuando o Brasil a seguir o disposto no Formulário Ortográfico de 1943. Nas décadas seguintes, houve várias tentativas de chegar a novo consenso, mas, embora no início da década de 1970 tenha havido revisões que aproximaram as duas variedades escritas, não foi aprovada oficialmente o ficialmente uma reforma que instituísse um doc documento umento normativo comum. Fruto de um longo trabalho da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciêcias de Lisboa, os representantes oficiais dos então sete países de língua oficial portuguesa (além do Brasil e de Portugal, também Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) assinaram em 1990 o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, ratificado também, depois da sua independência em 2004, por Timor-Leste. O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) entrou em vigor no início de 2009 no Brasil e em 13 de maio de 2009 em Portugal. Em ambos os países foi estabelecido um período de transição em que tanto as normas anteriormente em vigor como a introduzida por esta nova reforma são válidas: esse período é de três anos no Brasil e de seis anos em Portugal. Com exceção de Angola e de Moçambique, todos os restantes países da CPLP já ratificaram ratif icaram todos os documentos conducentes à aplicação desta reforma. Além do texto das reformas da ortografia do português, apresentamos aqui também o texto da Nomenclatura Gramatical Brasileira, de 28 de janeiro de 1959, e o da Nomenclatura Gramatical Portuguesa, publicada a 28 de abril de 1967. Este último documento foi entretanto substituído pelo Dicionário Terminológico, disponível aqui. aqui.  



 

TRABALHO DE ORTOGRAFIA PARTE 1

DO H  INICIAL E FINAL

1  O h inicial emprega-se: a) Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor ; b) Em virtude da adoção convencional: hã?, hem?, hum!  hum! 

2  O h inicial suprime-se: a) Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva,, em vez de herva erva herva;; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste com herbáceo, herbanário, herboso, herboso, formas de origem erudita); b) Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver .

3  O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/ anti-higiênico, contra-haste, pré-história, sobre-humano. sobre-humano. 4  O h final emprega-se em interjeições: ah! oh!  oh! 

A acentuação Acento circunflexo

1. Nas formas verbais paroxítonas que possuem o “e” tônico fechado em hiato (sons vocálicos adjacentes que ficam em sílabas separadas) com a terminação –em da terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo.

Observe: eles/elas creem, que eles/elas deem, eles/elas leem, que eles/elas desdeem, eles/elas veem, e assim por diante.

2. Na vogal tônica fechada (^) em “o” nas paroxítonas, precedidas ou não de “s”: abençoo, doo (do verbo doar), enjoo, voo, povoo, perdoo, etc.

Fora dessas duas situações, ou seja, no restante, continua tudo igual!



 

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Observação: os verbos “ter” e “vir” continuam com a conjugação normal na terceira pessoa do plural do indicativo: eles/elas têm, eles/elas vêm. Pouco acontece com a acentuação que retém as mudanças mais significativas quanto às paroxítonas, ou seja, as palavras que possuem acento tônico na penúltima sílaba. Vejamos:

1. Nos ditongos abertos éi e ói das paroxítonas o acento caiu. Assim, termos como: colméia, estréia, geléia, idéia, jibóia, heróico, platéia, jóia, apóio (de apoiar), dentre outras, ficam: colmeia, estreia, geleia, ideia, jiboia, heroico, plateia, joia, apoio.

Importante: Lembre-se que essa primeira regra é válida para as paroxítonas e, portanto, as oxítonas, ou seja, as palavras cujo acento tônico recai sobre a última sílaba, continuam acentuadas: anéis, fiéis, papéis, heróis, troféu, chapéu, etc.

2. O acento no “i” e “u” tônicos não existe mais quando vierem depois de ditongos nas paroxítonas. Dessa forma, vocábulos como: feiúra, baiúca, bocaiúva e cauíla, ficam: feirua, baiuca, bocaiuva e cauila.

Observação 1: Palavras um pouco estranhas essas, vamos verificar seus significados que são, respectivamente: fealdade, biboca ou taberna, palmeira de frutos f rutos comestíveis, indivíduo avarento.

Observação 2: O acento permanece em palavras oxítonas que terminam com “i” ou “u”, seguidas ou não de “s”: Piauí, teiú, tuiuiú, tuiuiús.

O acento diferencial Como o próprio nome já diz, o acento diferencial faz a distinção entre palavras que têm a mesma grafia.

Com a reforma ortográfica, este acento caiu em alguns pares, como: para (á) (do verbo parar) e para (preposição); pela (é) (do verbo pelar) e pela (proposição); pelo (ê) (substantivo) e pelo (preposição), etc. Assim, os pares acima ficam sem acento e são distinguidos apenas pelo contexto, como em:



 

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Ela para na hora de fazer comida! (verbo) Ele pegou comida para ela! (preposição)

O pelo desse cachorro está crescendo muito rápido!(substantivo) Não era nada, pelo que entendi! (preposição)

4  Observação: O acento diferencial do par pôde/ pode prevalece. Dessa forma, pôde (pretérito perfeito do indicativo da 3ª pessoa do singular) é acentuado com circunflexo e pode (presente do indicativo da 3ª pessoa do singular) não. Isso aconteceu para que o tempo verbal de

“poder” possa ser identificado em uma oração. oraç ão.

Fique atento: a pronúncia não mudou, apenas a acentuação. Portanto, as vogais que eram pronunciadas fechadas (pêlo de animal = pelo) e as abertas (pára com isso = para) continuam co ntinuam da mesma forma!

Hífen Agora vejamos os casos em que o hífen não é utilizado:

1. Quando o prefixo termina em vogal diferente da do segundo elemento: aeroespacial, coautor, coedição, infraestrutura, autoescola, autoaprendizagem, extraescolar, agroindustrial, semianalfabeto, etc.

Observação: Lembre-se que o prefixo co-, co -, no geral, se une ao segundo elemento, mesmo quando este último se inicia com a mesma vogal, como em: coordenar, cooperar, coobrigação, coocupante, cooperação, etc.

2. Nas formações em que o prefixo termina em vogal e o segundo termo começa com r ou s. Neste caso, ao invés do hífen, dobra-se a consoante: minissaia, infrassom, microssistema, contrarregra, contrassenso, ultrasson, antirreligioso, neorrealismo, etc.

 

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3. Nas demais formações em que o prefixo termina em vogal e o vocábulo seguinte se inicia por consoante diferente de r ou s: antipedagógico, autopeça, seminovo, microcomputador, coprodução, geopolítica, etc.

4. Nos prefixos super, hiper, inter quando o segundo elemento começar com consoante diferente de r ou por vogal: hipermercado, superinteressante, interamericano, interestadual, hiperativo, superamigo, etc.

5  5. Em palavras compostas que não sofreram processos de composição e se aplicadas de certa forma na língua: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.

Quando é utilizado: Usa-se hífen:

1. É obrigatório diante de palavra iniciada por “h”: super -homem, super-herói, anti-higiênico, co-herdeiro, sobre-humano, geo-história, semi-hospitalar, neo-helênico, pré-história, eletrohigrômetro, etc.

Importante: no caso do prefixo “sub” e do substantivo “humano”, ocorre junção das duas palavras e perda do “h”: subumano.

2. Aparece quando o primeiro termo (prefixo) termina com vogal (anti, auto, contra, micro, semi) e o segundo termo começa com a mesma vogal: anti-inflamatório, anti-ibérico, autoobservação, eletro-ótica, micro-ondas, semi-interno, contra-atacar, contra-ataque, antiimperialista, infra-axilar, etc. Observação 1: No geral, os prefixos -des e -in não possuem hífen quando o segundo elemento

perde o “h”: desumano, desumanidade, inábil, desumidificar, etc.

Observação 2: Comumente, o prefixo coco - se une ao segundo elemento, mesmo quando este último se inicia com a mesma vogal, como em: coordenar, cooperar, coobrigação, coocupante, cooperação, etc.

 

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3. Quando o primeiro elemento terminar e o segundo começar pela mesma consoante: interracial, super-racista, hiper-requintado, super-resistente, inter-regional, hiper-radical, etc.

Importante: Quando se trata do prefixo sub-, o hífen é utilizado quando a palavra seguinte for

iniciada por “r”: sub-racial, sub-raça, sub-região, etc.

4. Quando há os prefixos: pós, ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice, sota, soto, vizo: ex-diretora, vice-presidente, sota-piloto, vizo-rei, soto-mestre, pós-graduação, prévestibular, recém-chegado, sem-teto, pró-europeu, pós-operatório, além-mar, etc.

5. Em palavras indígenas com os prefixos “açu”, “guaçu”, “mirim”: tupi -guarani, capim-açu,  jacaré-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim, arumã-mirim, arumã-mirim, etc.

6. Em encadeamentos vocabulares e palavras já consagradas pelo uso: ponte Rio-Niterói, ensino-aprendizagem, cor-de-rosa, fim-de-semana, eixo Rio-São Paulo, Paulo , pé-de-meia, água-decolônia, etc.

O trema Sim, os dois pontinhos sofreram uma queda e não voltam mais a ativa! Assim, palavras como: aguentar, eloquente, tranquilo, bilíngue, linguiça, cinquenta, ci nquenta, sequência, sequestro, eloquência devem ser escritas assim, sem o trema.

Este último era usado sobre letra u para indicar que esta vogal deveria ser pronunciada nas palavras com que, qui, gue gui.

No entanto, no novo acordo, esse sinal de diérese é inteiramente suprimido das palavras portuguesas ou aportuguesadas, pois não se justifica, justif ica, uma vez que é uma questão de fonética e não de grafia.

Mesmo sem o trema, em palavras como frequentar e linguística, por exemplo, sabemos que o

“u” é pronunciado e que em palavras como quente e guitarra esta mesma vogal é muda, ou seja, não é proferida.



 

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Só há um caso em que o trema é conservado: em palavras de nomes próprios estrangeiros e derivados, como: Hübner, mülleriano, Müller, etc.

Logo, não há porque ficarmos tristes ou consternados pela exclusão do trema, afinal, nossos alunos ou filhos escreverão sem o sinal, mas falarão como se o mesmo estivesse lá!

Claro, porque mais uma vez vale lembrar: a pronúncia continua a mesma, a única coisa que mudou foi a grafia das palavras!!!

Assim, os pequenos que vão aprender ou já aprenderam terão facilidade em se adaptar, já que a fala permanece igual. Ainda podem achar até mais fácil, pois não precisa mais colocar os os

“pinguinhos”!

O importante é professores e pais passarem estas mudanças de forma tranquila, apontando os pontos positivos, para que todos passem por este período sem desânimo e sem trauma!

O Alfabeto O alfabeto passa a ter 26 letras, dispostas da seguinte forma: A B C D E F G H I J K L M N O P Q  R S T U V W X Y Z, como comumente víamos.

Foram reintroduzidas as letras k, w e y que fizeram parte do nosso alfabeto até 1943, quando foram retiradas, conservando-se apenas em palavras estrangeiras e em algumas abreviaturas.

Essas letras viviam na língua como as pessoas moram no exterior como imigrantes ilegais. Então, quer dizer que elas podem circular livremente como “letras-nativas”?

Não. Aceitamo-nas porque era inevitável não fazê-lo, pois permaneceram no nosso alfabeto e no ensino, mesmo quando não eram oficializadas. o ficializadas. Assim, há certas restrições no uso dessas letrinhas que se infiltraram em nosso idioma, mas que agora damos as boas vindas sem preconceitos. Veja as situações em que k, w e y são usadas:



 

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1. Em siglas, símbolos ou palavras adotadas como unidades de medida internacional: Na (Sódio), W (oeste), kW (kilowatt), kg (kilograma), (kilo grama), km (quilômetro), etc;

2. Em nomes próprios de lugar (topônimos) originários de outra língua e derivados: Kuwait, kuwaitiano, Malawi, malawiano, etc.

3. Em nomes próprios de pessoas (antropônimos) originários de outra língua e derivados: Kant, Byron, Taylor, byroniano, etc.

4. Em palavras estrangeiras e seus derivados: playground, show, windsurf, flash, stand by, shopping, pizza, etc.

Então, como vimos acima, essas letras não estão liberadas para formação de novas palavras, então, antes de começarmos a trocar o “i” pelo “y” ou o “u” pelo “w”, lembremo -nos dessas conformidades que devem ser seguidas.

Pronúncia Há certos verbos que se diferenciam no acento: os terminados em guar, quar ou quir.

Dependendo da conjugação que estes se encontram, a tonicidade altera e, consequentemente, a pronúncia.

Assim, quando a e i forem tônicas, ou seja, pronunciadas com mais força na palavra, deverão ser acentuadas graficamente: averíguo, averígua, averíguam, averíguem; enxáguo, enxágua, enxágues, enxáguem; delínquo, delínquem, delínqua, delínquam.

No entanto, se for o u a ser pronunciado com maior intensidade, ou seja, se for tônico, não será mais acentuado de forma gráfica, apenas foneticamente: averiguo, averigua, averiguam, averiguem; enxaguo, enxagua, enxague, enxaguem; delinquo, delinquem, delinqua, delinquam.



 

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Fique atento: o acento agudo foi retirado da vogal u dos verbos aguir e redarguir e em nenhuma forma é mais utilizado: arguo, arguis, argui, arguem; argua arguas, argua, arguam.



Escola: ____________________ ________________________________ ______________________ ______________________ _______________________ ______________ ___ Aluno: _______________________ __________________________________ ______________________ ______________________ ________________________ _____________ Turma: _______________________ ________________________________ _________ Data: ______________________ _______________________________ _________

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