Trabalho de Economia Estrutura de Mercado

July 19, 2019 | Author: eliane dos santos silva | Category: Monopólio, Oferta e Procura, Mercado (Economia), Demanda, Teorias Econômicas
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1. INTRODUÇÃO

 A economia capitalista, em quanto à produção econômica relacionada ao mercado, sobre tipos de produtos que serão produzidos e que preços serão vendidos, pois esses produtos são deliberados normalmente pelo livre livre jogo n as estruturas de mercado, isto é, pelo livre funcionamento da oferta e da procura, a oferta ± pessoas ou empresas que desejam vender bens e serviços ± e a procura ± pessoas ou empresas que querem comprar bens ou serviços. Assim o mercado se caracteriza como, local onde produtores e consumidores se encontram para realizar  a compra e venda das mercadorias, reguladas pela lei da oferta e da procura.

No mercado de bens e serviços, caracterizam-se pela seguinte estrutura: concorrência perfeita, concorrência monopolística (ou imperfeita), monopólio, oligopólio e monopólio bilateral.

  As Estruturas de Mercado, as quais serão tratadas de forma mais complexa neste trabalho, são modelos que captam aspectos de como os mercados estão organizados. Cada estrutura de mercado destaca aspectos essenciais da interação da oferta e da procura, baseando-se em características observadas nos mercados existentes.

2

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2.

ESTRUTURA DE MERCADO

O mercado constitui um híbrido entre a oferta e a procura. Não se trata de um ou de outros considerados isoladamente, contudo de ambos simultaneamente.   Agora este mercado, este espaço de encontro está envolvido por um contexto próprio, de acordo com as condições em que se depara a venda de determinada mercadoria ou serviço. Isto quer dizer uma estrutura pertinente ao caso.

³A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e quantidade de equilíbrio de um dado bem ou serviço. O preço e a quantidade, entretanto, dependerão da particular forma ou estrutura desse mercado, ou seja, se ele é competitivo, com muitas empresas produzindo um dado produto, ou concentrado em poucas ou uma única empresa. (WAGNER, 2007)´.   As estruturas de mercado descrevem basicamente, de várias formas dependendo fundamentalmente de três características: Número de empresas que compõem esse mercado, tipos de produtos (homogêneos ou diferenciados), e se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.

Tendo isso em vista, podemos classificar as estruturas de mercado para o setor de bens e serviços da seguinte forma: Concorrência Perfeita ± é uma situação de mercado na qual o número de compradores e vendedores é tão grande que nenhum deles, agindo individualmente, consegue afetar o preço. Além disso, os produtos de todas as empresas no mercado são homogêneos; Concorrência Monopolista (imperfeita) ± é uma situação de mercado na qual existem muitas firmas

vendendo produtos diferenciados que sejam substitutos entre si; Monopólio ± é uma

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um monopolista e um monopsonista. Tipicamente, o monopolista deseja vender uma certa quantidade de produto por um preço, e o monopsonista pretende obter a mesma quantidade por um preço diferente daquele oferecido pelo monopolista. Como ambas as posições são conflitantes, somente a negociação recíproca permite a definição do preço.

Vejamos, então, as características distintivas de cada um desses mercados.

2.1.

Concorrência Perfeita

a) Definição e causas da da Concorrência Concorrência Perfeita

É uma das estruturas de mercado que visa descrever o funcionamento ideal de uma economia, servindo de parâmetro para o estudo das outras estruturas de mercado.

Trata-se de uma construção teórica. Apesar disso, algumas

aproximações dessa situação de mercado poderão ser encontradas no mun mun do real, como é o caso dos mercados de vários produtos agrícolas, observa-se o que diz Paulo Nunes:

³A estrutura de mercado caracterizada por concorrência perfeita é uma concepção mais teórica, ideal, porque os mercados altamente concorrenciais existentes, na realidade, são apenas aproximações desse modelo, posto que, em condições normais, sempre parece existir certo grau de imperfeição que distorce o seu funcionamento. Portanto o conceito de concorrência perfeita é usado apenas por seu valor analítico, pois não existe na prática. (Paulo Nunes, 2007)´.

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também pelas inúmeras conseqüências derivadas de suas hipót eses, que condicionam o comportamento dos agentes econômicos em diferentes mercados.



 A

) Hipótesesbá sicas sicas do modelo de concorrência perfeita:

existência um grande numero de compradores e vendedores. Um

grande número de compradores e vendedores se refere não a um valor acima de uma determinada quantidade, mas sim a que o preço do e dado para as firmas e para os consumidores;

Os produtos são homogêneos, isto é, são substitutos perfeitos entre si ;

dessa forma não pode haver preços diferentes no mercado;

Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do produto ;

esta hipótese é conhecida como transparência de mercado;

Entrada e saída de firmas no mercado são livres, não havendo barreiras.

Esta hipótese também é conhecida como livre mobilidade. Isso permite que as empresas menos eficientes saiam do mercado e que nele ingressem firmas mais eficientes.

c) Características da Concorrência Perfeita

  A característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas superam os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração

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pois nos custos totais estão incluídos os custos implícitos (que não envolvem desembolso), o que inclui os lucros normais. A hipótese de que a empresa, individualmente, seja incapaz de alterar o preço do produto tem uma conseqüência importante, porque implica a curva de demanda do produto ser perfeitamente elástica, ou seja, horizontal, como vê a figura a baixo:

Figura 2: Demanda da Concorrência Perfeita ± Fonte: Paulo Nunes, 2007

 A concorrência perfeita é um mercado transparente, pois se existir lucros extraordinários, atrairá novas firmas para o mercado, acarretando o aumento da oferta de mercado, os preços de mercado tenderão a cair, e conseqüentemente os lucros extras, até chegar a uma situação onde só existirão lucros normais, cessando o ingresso de novas empresas nesse mercado.

2 .2 .

Concorrência Monopolista (imperfeita)

a) Definição e causas da da Concorrência Concorrência Monopolística

  A concorrência monopolista que também é chamada de concorrência imperfeita é uma estrutura de mercado em que são produzidos bens diferentes,

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Trata-se de uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio, pelas seguintes características: Número

relativamente

grande

de

empresas

com

certo

poder 

concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja

por características físicas, embalagem ou prestação de serviços complementares; Margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez

que existem produtos substitutos no mercado; Muitos compradores e muitos vendedores; Consumidores têm as suas preferências definidas e vendedores tentam diferenciar os seus produtos , daqueles produzidos pelos seus concorrentes diretos,

ou seja, os bens e serviços são heterogéneos; Existem barreiras de entrada, como diferenciação do produto , canais de

distribuição (quanto mais controlada a distribuição no atacado e no varejo mais difícil é à entrada de novos concorrentes.

³Essas características acabam dando um pequeno poder  monopolista sobre o preço de seu produto, embora o mercado seja competitivo (daí o nome concorrência monopolista). (KUPFER, 2002)´.  A concorrência monopolista (imperfeita) caracteriza -se pelo fato de que que as empresas produzem produtos diferenciados, embora substitutos próximos. Por  exemplo, diferentes marcas de sabonete, sabonete, refrigerante, sabão em e m pó, etc. Trata-se, assim, de uma estrutura mais próxima da realidade que a concorrência perfeita.

  A diferenciação de produtos pode dar-se por características físicas (composição química, potência etc.), pela embalagem, ou pelo esquema de

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Nesta estrutura, cada empresa tem certo poder sobre a fixação de preços, no entanto a existência de substitutos próximos permite aos consumidores alternativos para fugirem de aumentos de preços. Da mesma for ma que na concorrência perfeita, prevalece à suposição de que não existem barreiras para a entrada de novas firmas no mercado.

b )

Exemplos reais de Concorrência Concorrência Monopolística

Segue alguns exemplos de Concorrências Monopolísticas: Lanchonetes: MacDonald´s, Giraffas, Habib´s, Burguer King, Bobs; Empresas de Informática: Apple, Compac, HP, Sony; Fabricantes de Cigarros: Souza Cruz, Philip Morris, Cia Sul-americana de Tabacos;

2.3.

Monopólio

a) Definição e Causas Causas do monopólio monopólio

Estrutura de mercado composta por apenas um vendedor e muitos

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sempre maior do que em competição perfeita e a quantidade vendida sempre menor. (KUPFER, 2002)´.   As causas da existência do monopólio são várias, algumas políticas, outras econômicas e outras técnicas, como: Propriedade exclusiva exclusiva de matérias-primas ou de técnicas de produção; Patentes sobre produtos ou processos de produção; Licença governamental ou imposição de barreiras comerciais para excluir 

competidores, especialmente estrangeiros; O caso do monopólio natural quando o mercado não suporta mais do que uma única empresa, pois a tecnologia de produção impõe que a operação eficiente

tenha economias de escala substanciais.

b )

Vantagens e desvantagens do monopólio monopólio

Os argumentos favoráveis aos monopólios concentram-se principalmente nas vantagens da produção em grande escala, como a elevação de rendimento rendimento propiciado pelas inovações tecnológicas e a redução dos custos. Também se afirma que os monopólios podem racionalizar as atividades econômicas, eliminar os excessos de capacidade e evitar a concorrência desleal. Outra das van tagens que lhes são atribuídas é a garantia de um determinado grau de segurança no futuro, o

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Também se assinala que a ausência de concorrência pode incidir  negativamente sobre a redução dos custos e levar à subutilização dos recursos produtivos. (VASCONCELLOS, 2004).

c) Hipóteses bá sicas: sicas:

U m

Determinado Produto é Suprido por uma Única Firma: Uma única

firma oferece o produto em um determinado mercado; ão N ão

há substitutos Próximos para esse Produto: Isso significa dizer que o

monopolista enfrenta pouca ou nenhuma concorrência; Existem Obstáculos (barreiras) à Entrada de

ovas N ovas

Firmas na Ind ústria

(nesse caso a ind ústria é composta de uma única firma): Para que o monopólio

exista é preciso manter concorrentes em potencial afastados da indústria. Isto significa que devem existir barreiras que impeçam o surgimento de competidores, protegendo, dessa forma, a posição de monopolista. Estas barreira s fazem com que seja muito difícil (ou praticamente impossível) a entrada de novas firmas na indústria.

d) Os principais o bst á  c áculos   ulos ao ingresso de firmas concorrentes no mercado são:

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mais baixo do que qualquer outra. Esse fenômeno dá origem àquilo que os economistas denominam Monopólio Natural; Controle sobre o fornecimento de Matérias Primas: Se uma firma

monopolista detém o controle sobre o fornecimento das matérias primas essenciais à produção de um determinado bem ou serviço, ela pode bloquear o ingresso de novas firmas no mercado; Barreiras Legais:

 As

barreiras legais incluem patentes, licenças e

concessões governamentais. A posse de patentes dá ao monopolista o direito único

de produzir uma particular mercadoria durante um determinado período de tempo. Dessa forma, outras firmas ficam legalmente proibidas de produzirem e venderem o produto patenteado. Nesse sentido, ocorre um efeito semelhante ao controle sobre os fornecimentos de matérias primas essenciais, uma vez que impede a entrada de novas firmas na indústria.

O Monopólio Legal  ocorre quando o governo concede a uma empresa um

direito exclusivo para ela operar, por meio de licença e concessões que permitem que uma única firma produza um determinado produto, excluindo legalmente a competição de outras firmas. Em contrapartida, o governo pode fazer exigências em relação à quantidade e qualidade qualidade do produto e impor impor preços e taxas a serem cobradas.

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controlar o preço dos produtos por ela vendidos; A CPFL no que tange a distribuição de energia elétrica em São Carlos/SP; O SAAE no que tange a distribuição de água e esgoto; Determinada empresa de ônibus que serve a um determinado bairro. Normalmente isso acontece em grandes centros urbanos, nos bairros mais afastados, onde há apenas uma linha de ônibus (uma única viação), que presta o serviço àquela comunidade ou bairro. O mesmo acontece na maioria das concessões de linhas entre cidades no país;

2.4.

Monopólio Bilateral

Trata-se do mercado em que um monopsonista, na compra de um insumo, defronta-se com um monopolista na venda desse insumo. Exemplo clássico: uma única fábrica numa cidade do interior, que se defronta com um único sindicato (monopolista "na venda" do fator mão-de-obra). Ambos teriam poder, isoladamente, de fixar os preços em seus termos, desde que o outro fosse concorrente perfeito. Então, chega-se a uma situação de indeterminação do ponto de equilíbrio, isto é, do preço e da quantidade que devem prevalecer, com o monopsonista querendo pagar  o mínimo de salário e o sindicato monopolista querendo receber o máximo de salário. Nesse caso, foge-se do âmbito estritamente econômico e a solução

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2.5.

Oligopólio

a) Definição e causas do Oligopólio

É um tipo de estrutura de mercado que se caracteriza por apresentar um pequeno número número de empresas que dominam a oferta de mercado e um grande número de compradores (demandantes) nesse mercado.

Uma característica do mercado oligopolizado é a interdependência entre as poucas empresas ofertantes. Essas empresas operam com incerteza quanto a reação das rivais e, portanto, tentam antecipar as suas ações, entrar em um acordo sobre os preços a serem praticados, ou formar um cartel com o objetivo de fixar  preços e repartir o mercado.

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c) Formas de Oligopólio Oligopóli o

Existem quatro formas básicas de oligopólio: (TOSCHI, 2002). Cartel: Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com

objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses.

Truste: Reunião de empresas que perdem seu poder individual e o

submetem ao controle de um conselho de trustes. Surge uma nova empresa com

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dominam desde a extração da matéria-prima como o transporte de seu produto já industrializado, ou seja, um truste. Um exemplo de conglomerado é a empresa Mitsubishi, que fabrica desde carros até canetas.

d) Exemplos reais de Oligopólios Oligopóli os

Segue abaixo alguns exemplos reais de Oligopólios: Empresas aéreas: TAM, GOL, AZUL; Empresas de telefonia móvel e celular: Vivo, Claro, Oi, Tim; Empresas de Gases Industriais e hospitalares - White Martins, Oximil, Air Liquide; Montadoras de veículos: Fiat, Chevrolet, Volkswagen, Ford; Indústria de Bebidas: Guaraná Antártica, Coca -Cola, Guaraná São Carlos, Tubaína.

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3. CONCLUSÃO

Este trabalho acadêmico visou apresentar de uma forma sistêmica as estruturas de mercado Monopólio, Oligopólio, Concorrência Monopolística e Concorrência Perfeita de forma a compará-las mostrando exemplos reais do mercado nacional e internacional. Além dis so, foi possível verificar que a economia se resume basicamente em conseguir os preços certos através da quantidade certa vendida. A permanência da hipótese de perfeito conhecimento e maximização de lucros nos modelos de monopólio e competição monopolístic a, isto é, a racionalidade perfeita do tomador de decisões, leva a que todas as modificações teóricas feitas a seguir continuem a se construir como um caso especial, do caso geral, a competição perfeita. Tudo mais que não se enquadre nas hipóteses básicas do modelo é considerado uma falha ou imperfeição de mercado.

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4. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

KUPFER, David. Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002. MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2005.

Princípios

de

micro

e

VASCONCELLOS, Marco Antônio S. e GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2004. WAGNER, Roberto Machado. Economia I ± Apostila. Edição própria. 2007.

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