Thomas Hobbes - Leviatã

August 16, 2017 | Author: Companhia Vem Dançar | Category: Thomas Hobbes, Leviathan (Book), Science, Philosophical Science, Science (General)
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Thomas Hobbes Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Thomas Hobbes

Nascimento

5 de abril de 1588 Aldeia de Westport, próximo aMalmesbury no condado deWiltshire, Inglaterra

Morte

4 de dezembro de1679 (91 anos) Hardwick Hall, Inglaterra

Nacionalidade

inglês

Ocupação

Preceptor, filósofo.

Influências Influências[Expandir]

Influenciados Influenciados[Expandir]

Magnum opus

Leviatã

Escola/tradição

Cartesianismo, Mecanicismo,Nominalismo

Principais interesses

Política, Direito, Filosofia política, Ciência política, Teoria do conhecimento

Ideias notáveis

Estado de natureza, Contrato social, Soberania, Bellum omnia omnes

Thomas Hobbes (Malmesbury, 5 de abril de 1588 — Hardwick Hall, 4 de dezembro de 1679) foi um matemático, teórico político, efilósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651). Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. Noestado natural, enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos

(Bellum omnia omnes). No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam sociedades entrando num contrato social. De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum. Este soberano, quer seja um monarca ou uma assembleia (que pode até mesmo ser composta de todos, caso em que seria uma democracia), deveria ser oLeviatã, uma autoridade inquestionável. A teoria política do Leviatã mantém no essencial as ideias de suas duas obras anteriores, Os elementos da lei e Do cidadão (em que tratou a questão das relações entre Igreja e Estado). Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto. Neste sentido, critica a livreinterpretação da Bíbliana Reforma Protestante por, de certa forma, enfraquecer o moada pelo estudioso Richard Tuck como uma resposta para os problemas que o método cartesiano introduziu para a filosofia moral. Hobbes argumenta que só podemos conhecer algo do mundo exterior a partir das impressões sensoriais que temos dele("Só existe o que meus sentidos percebem") Esta filosofia é vista como uma tentativa para embasar uma teoria coerente de uma formação social puramente no fato das impressões por si, a partir da tese de que as impressões sensoriais são suficientes para o homem agir em sentido de preservar sua própria vida, e construir toda sua filosofia política a partir desse imperativo. Hobbes ainda escreveu muitos outros livros falando sobre filosofia política e outros assuntos, oferecendo uma descrição da natureza humana como cooperação em interesse próprio. Foi contemporâneo de Descartes e escreveu uma das respostas para a obraMeditações sobre filosofia primeira, deste último.

[editar]Contexto Nascido em 1588 na Inglaterra dos Tudors, Thomas Hobbes foi influenciado pela reforma anglicana que ocorrera cinco décadas antes. A cisão com a Igreja Católica fez com que a Espanha interviesse nos assuntos ingleses enviando a Invencível Armada(“Grande y Felicíssima Armada”) fato que mais tarde seria relatado por Hobbes em sua autobiografia e terá grandes influências sobre sua obra. O século XVII foi de grande importância para a Inglaterra pois marca o começo do expansionismo colonialista ultramarino inglês, com a fundação de Jamestown, a primeira colônia inglesa nas Américas, em 1607. É também no século XVII que são lançadas as bases do capitalismo industrial na Inglaterra com a Revolução Gloriosa já na década de 80 do século XVII. É durante esse período que a Marinha Inglesa irá se consolidar como a maior e mais bem equipada marinha do mundo, só perdendo a posição para os EUA no pós-2ª Guerra Mundial. A poderosa marinha irá contribuir para o acúmulo de capitais que irá financiar o expansionismo colonial e, mais tarde, industrial inglês.

Batalha de Marston Moor (1644) marca uma vitória decisiva das forças parlamentares durante a guerra civil inglesa

O século XVII na Europa continental é o marco do absolutismo monárquico, tendo seu expoente máximo o Luis XIV, o Rei Sol que ficou famoso pela frase “L’État c’est moi", influência da Contrareforma (representado na Inglaterra pela revolução anglicana). A filosofia do barroco se baseava no dualismo existente entre o hedonismo e o medo do pecado ou fervor religioso – enquanto que a busca pelo essencialmente humano já havia começado no Renascimento; havia o receio do divino sobrenatural que poderia punir o terreno e transitório. Quando Hobbes tinha 30 anos e já havia visitado a Europa continental pela primeira vez, uma revolta na Boêmia daria início à Guerra dos Trinta Anos, fato que irá reforçar para Hobbes a sua própria visão pessimista acerca da natureza humana destrutiva. Apenas 12 anos após o início da guerra no continente europeu, disputas políticas entre o Parlamento e o Rei inglês dão início a uma guerra civil na Inglaterra que perdurará por 10 anos.

[editar]Biografia Como Hobbes alegou em sua autobiografia, "ao nascer sua mãe teria dado a luz a gêmeos: Hobbes e o medo", já que a mãe de Hobbes havia entrado em trabalho de parto prematuro com medo da Armada Espanhola (a Invencível Armada) que estava prestes a atacar a Inglaterra. Embora o tema do medo e do seu poder avassalador fossem aparecer mais tarde em suas obras, os primeiros anos de vida de Hobbes foram em grande parte livres da ansiedade. Seu pai era o vigário de Charlton e Westport, cidades próximas de Malmesbury, mas uma disputa com outro vigário, o levou a se mudar para Londres. Como resultado, aos sete anos de idade, Thomas Hobbes, ficou sob a tutela de seu tio Francisco. Hobbes fez seus primeiros estudos em Malmesbury e mais tarde em Westport, onde exibiu seus dotes intelectuais em estudos clássicos. Aos quatorze anos, em 1603, seu tio Francisco financiou os seus estudos, entrando na Magdalen Hall, Oxford, onde predominava o ensino da escolástica de inspiração aristotélica, mas a que Hobbes não demonstrou grande interesse.

Magdalen College, em maio de 2007.

Em 1610 ele empreendeu uma viagem à Europa, acompanhando William Cavendish, indo para França, Itália e Alemanha. Pode observar em primeira mão a pouca apreciação da escolástica na época - que já estava em claro declínio. As muitas tentativas de abrir portas para desenvolvimento de outros conhecimentos fez com que ele decidisse retornar à Inglaterra para aprofundar o estudo dos clássicos. Nesse período, já de volta à Inglaterra, suas relações com Francis Bacon irão reforçar a linha de seu próprio pensamento, bem fora do aristotelismo e da escolástica. Em 1631 a família de nobres ingleses Cavendish novamente pede seus serviços como guardião do terceiro Duque de Devonshire, e Hobbes irá ocupar este cargo até 1642. Durante este período, faz outra viagem ao continente, lá permanecendo de 1634 a 1637. Na França, entra em contato com o círculo intelectual do Padre Mersenne, mentor de Descartes - com quem estabeleceu uma forte amizade. Em geral, Hobbes era a favor da explicação mecanicista do universo (que predominava na época), em oposição à teleológica defendida por Aristóteles e a escolástica. Também teve a oportunidade de conhecer Galileu, durante uma viagem à Itália em 1636 (6 anos antes de Galileu morrer), sob cuja influência Hobbes desenvolveu a sua filosofia social, baseando-se nos princípios da geometria e ciências naturais. Em 1640, quando a possibilidade de uma guerra civil na Inglaterra já era clara, Hobbes, temendo por sua vida por ser um conhecido defensor da monarquia, viaja de volta para Paris, onde, mais uma vez, foi recebido pelo círculo de intelectuais francês. Em 1646, ainda em Paris, vira professor de matemática do Príncipe de Gales, o futuro Carlos II, que também se encontrava exilado em Paris devido a Guerra Civil Inglesa. Em 1651, dois anos após a decapitação do rei Carlos I, Hobbes decide voltar para a Inglaterra com o fim da Guerra Civil e o começo da “Ditadura de Cromwell”. Neste ano também publica “Leviatã”, que provoca o início de sua disputa com John Bramall, bispo de Derry, o principal acusador de Hobbes como sendo um “materialista ateu”.

Capa da edição original do Leviatã(1651).

A publicação do “De Corpore”, em 1665, irá resultar em uma polêmica com os principais membros da Royal Society, que criticaram suas contribuições para a matemática bem como as posições ateístas defendidas por Hobbes. Na Inglaterra, o "anti-Hobbismo" atingiu um pico em 1666 quando seus livros foram queimados na sua alma mater, Oxford. Hobbes manteve-se um escritor extremamente produtivo na velhice, mesmo sendo prejudicado pela oposição generalizada de seu trabalho. Viveu até os 91 anos durante uma época em que a expectativa média de vida não era muito mais do que quarenta anos. Aos 80 anos Hobbes produziu novas traduções para o inglês, tanto da Ilíada e da Odisseia e escreveu, em 1672, uma autobiografia em latim. Apesar da polêmica que causou, ele foi uma espécie de símbolo na Inglaterra até o final de sua vida. Seu ponto de vista pode ser considerado abominável ou atraente; suas teorias brilhantemente articuladas são lidas por pessoas de todos os espectros políticos. Encontra-se sepultado na Igreja São João Batista, Ault Hucknall, Derbyshire na Inglaterra.

Referências Curso de Teoria Política Moderna da Universidade de Brasília . Acessado em 8 de Dezembro de 2009.

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Leviatã (livro) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Leviatã

Capa da edição original do Leviatã (1651).

Autor

Thomas Hobbes

Idioma

Língua inglesa

Editora

Várias

Lançamento

1651

Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil, comumente chamado de Leviatã, é um livro escrito porThomas Hobbes e publicado em 1651. Ele é intitulado em referência ao Leviatã bíblico. O livro diz respeito à estrutura da sociedade e dogoverno legítimo, e é considerado como um dos exemplos mais antigos e mais influentes da teoria do contrato social.[1] O editor foi Andrew Crooke, parceiro da Andrew Crooke e William Cooke. Muitas vezes, é considerada uma das obras mais influentes já escritas do pensamento político. No livro, que foi escrito durante a Guerra Civil Inglesa, Thomas Hobbes defende um contrato social e o governo de um soberano absoluto. Hobbes escreveu que o caos ou a guerra civil situações identificadas como um estado de natureza e pelo famoso lema Bellum omnium contra omnes (guerra de todos contra todos) - só poderia ser evitado por um governo central forte.

Leviatã, O (Hobbes, Thomas)

Leitura obrigatória no estudo da filosofia, especialmente para filosofia políticae história da filosofia. Leviatã, ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil; é, ao mesmo tempo em que todo um quadro filosófico de Hobbes, também uma teoria do conhecimento, uma teoria jurídica, uma teoria política e uma teologia. Dividida em quatro partes, a primeira tratando "Do homem"; a segunda "Da República", a terceira "Da Religião Cristã", e a quarta "Do Reino das Trevas". Os primeiros capítulos expõem uma teoria do conhecimento fazendo uma abordagem analítica do desenvolvimento da cosnciência desde as primeiras sensações até a formulação do conhecimento (ciências), passando pela definição de signo e linguagem. Ao mesmo tempo, a primeira parte versa tanta da virtude e da moral quanto das leis naturais.O final da primeira parte versa também sobre a "teoria da vontade", com o estudo dos interesses (paixões) úteis ou não ao homem em sua vida. Hobbes, nessa parte, vê a filosofia do ponto de vista da eficiência, ligada a sua utilidade pragmática. A segunda parte é uma defesa da oposição às paixões humanas. Elas, as paixões humanas, não estão dispostas a obedecer as leis morais (eqüidade, justiça, gratidão, e conexões). Para tanto, Hobbes defende que por isso as convenções são necessárias para a convivência da humanidade e sua sobrevivência. Por ser a República a reguladora das convenções, e também co-criadora, é ela fiadora da segurança humana. Uma vez freado o desejo de poder nos corações dos homens por intermédio das convenções, o ato político e jurídico, cria-se um pacto social cuja a humanidade irá obedecer por conter nele parte do interesse coletivo. A escolha de um soberano para a república é manifestação desse pacto, pois ele será o responsável por manter os diversos pactos em detrimento ao interesse coletivo ou a vontade geral. A Terceira parte versa sobre a noção de República Cristã, contrapondoa realeza natural de Deus com o poder do soberano emanado e dependente dos pactos sociais. Depois de extrair a "natureza do homem" na primeira parte, definindo suas essencialidades; Hobbes prossegue seu discurso apoiando-se na "palavra natural de Deus". Para isso, analisa expressões como "vida eterna", "inferno", "salvação", "mundo futuro", "redenção"; e assim, busca provar argumentativamente a existência de uma República que extrapola a "sociedade civil". Ao mesmo tempo, busca delimitar o poder eclesiástico, os representantes da palavra de Deus, enunciando os "Direitos do reino de Deus". O reino das trevas é uma crítica a interpretação usual das Sagradas escrituras, onde denuncia uma "vã filosofia" e "tradições fabulosas. Essa crítica é a quarta parte que encerra a obra.

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