Teste Vanessa

May 23, 2019 | Author: aryl | Category: Metaphysics, Empiricism, Idea, Knowledge, René Descartes
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Versão 2 Grupo I (70p)

Selecione a alternativa correta. 1- As ideias claras e distintas são a priori porque são:

A – São conhecidas ou adquiridas empiricamente. B – São conhecidas ou adquiridas através da experiência. C – São conhecidas com absoluta independência do pensamento. D – São conhecidas com absoluta independência da experiência. 2- O argumento do Deus enganador tem mais alcance do que o argumento dos sonhos. Esta afirmação é:

A – Falsa, porque os argumentos põem em causa coisas muito diferentes. B – Verdadeira, Verdadeira, porque o argumento dos sonhos não põe em causa a existência de Deus. C – Falsa, porque o argumento dos sonhos transforma tudo em ilusão. D – Verdadeira, porque o argumento do Deus enganador permite mostrar que nem as nossas crenças empíricas nem as nossas crenças intelectuais são intrinsecamente fiáveis. 3- Segundo Descartes, as nossas ideias são:

A – Todas inatas. B – Inatas e adventícias. C – Inatas, sensoriais e artificiais. D – Inatas, adventícias e factícias.

4- Analise as afirmações seguintes sobre as ideias inatas em Descartes. Selecione, de seguida, a alternativa correta.

1. São absolutamente claras e distintas. 2. Sem elas não há conhecimento. 3. São ideias que têm a sua origem nos sentidos. 4. São ideias descobertas pela razão sem auxílio dos sentidos.

A – 1 e 2 falsas; 3 e 4 verdadeiras. B – 1, 2 e 4 verdadeiras; 3 falsa. C – 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. D – 1, 2 e 3 verdadeiras; 4 falsa. 5- Considere os seguintes enunciados relativos à posição de Hume sobre a indução:

. As nossas crenças acerca do mundo dependem, em grande parte, da indução. 2. A crença no valor da indução é justificada na razão. 1

3. As inferências indutivas decorrem do hábito ou costume. 4. A indução é o método que permite descobrir a verdade. A - 2 verdadeira; 1, 3 e 4 falsas. B - 1 e 2 falsas; 3 e 4 verdadeiras. C - 3 verdadeira; 1, 2 e 4 falsas. D - 1 e 3 verdadeiras; 2 e 4 falsas. 6-Analise as afirmações seguintes sobre o empirismo de Hume. Selecione, de seguida, a alternativacorreta.

1. 2. 3. 4.

Defende que não existem Defende existem verdades verdades necessári necessárias. as. Defende que só a experiência experiência nos dá verdades indubitáveis. Defende Defen de que só é conhecimen conhecimento to o que é certo e evidente. evidente. Defende que o conhecimento não pode ter uma fundamentação supras suprassensível sensível..

A – 1, 2 e 3 falsas; 4 verdadeira. B – 1 e 2 verdadeiras verdadeiras;; 3 e 4 falsas. 1

C – 1 e 3 verdadeiras; 2 e 4 falsas. D – 1, 3 e 4 verdadeiras; 2 falsa. 7. Segundo Hume, os conteúdos da mente são: A – Impressões, perceções e ideias. B – Perceções. C – Impressões simples e complexas. D – Ideias simples e complexas. 8.Para distinguir uma ideia de uma impressão, devemos prestar atenção: A – Ao grau de força e de vivacidade de cada um destes tipos de percepções. B – Uma ideia é uma cópia menos enfraquecida de uma impressão. C – Ao modo como se associam. D – À complexidade de cada um destes tipos de  perceções; E – Nenhuma das alíneas é verdadeira. F – As duas primeiras alíneas são as únicas verdadeiras. ????? 9-Segundo Hume, todo o conhecimento é constituído por:

A – Generalizações B – Questões de facto. C – Relações de ideias e questões de facto. D – Relações de causa e efeito. 10- Os conhecimentos que simplesmente relacionam ideias são:

A – Vazios porque a razão por si nada nos diz sobre o mundo. B – Raciocínios baseados na experiência porque todas as nossas ideias têm uma origem empírica. C – Conhecimentos cuja verdade é independente de qualquer observação dos factos. D – Conhecimentos obtidos por análise lógica ou por dedução. E – As alíneas A, B e C são as únicas verdadeiras. F – Só a alínea B é falsa. Grupo II Questões de resposta curta. Responda apenas a uma questão. Assinale a sua opção.

1- Que relação existe entre o hábito ou costume e a experiência no que respeita a uma ideia de conexão necessária entre os fenómenos? 30 p 0U 2- Mostre como Descartes justifica a distinção alma e corpo. 30 p

Grupo III Questões de resposta extensa. 1- Leia o texto seguinte.

A isso acrescentei que, visto conhecer algumas perfeições que não possuía, não era o único ser que existia, mas que necessariamente devia existir algum outro mais perfeito, do qual dependesse e de quem tivesse recebido tudo o que possuía. Porque, se eu fosse o único ser, independente de qualquer outro, e de mim próprio tivesse recebido todo esse pouco pelo qual participava do ser perfeito, teria podido dar a mim  próprio, pela mesma razão, todo o muito que reconhecia faltar-me, e ser dessa maneira eu próprio infinito, eterno, imutável, omnisciente, omnipotente, em suma ter todas as perfeições que atribuía a Deus.  René Descartes, Discurso do Método

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1.1- A partir do texto, esclareça o argumento de Descartes para provar a existência de Deus e a sua importância para o conhecimento. 50 p

2- Compare as posições de René Descartes e David Hume relativamente aos limites do conhecimento.

50p

FIM

CORRECAO

Grupo II Questões de resposta curta. Responda apenas a uma questão.

1- Que relação existe entre o hábito ou costume e a experiência no que respeita a uma ideia de conexão necessária entre os fenómenos? 20 pontos Sabemos que a experiência repetida da conjunção constante entre dois acontecimentos leva-nos a esperar, devido ao hábito, que a sua conjunção continue a acontecer no futuro. Ou seja, esta experiência frequente leva-nos a supor que um dos acontecimentos não aconteceu nem acontecerá sem o outro. Ora, de tantas vezes a observarmos supomos que há uma ligação necessária entre eles. Embora esta suposição seja uma crença que não pode ser justificada pela experiência – nem muito menos pela razão – é correto dizer que sem a observação da conjunção constante entre certos factos nunca “daríamos o salto” para tal crença. Ou 2- Mostre como Descartes justifica a distinção alma e corpo.

Segundo Descartes, a 1ª evidência – o Cogito, traz a certeza da existência, mas da existência enquanto substância pensante, um sujeito puramente racional ou alma. Não pode ser uma substância corpórea porque, no 2º nível da dúvida, pôs em causa toda a realidade sensível e essa suspeita ainda permanece. Posso duvidar da existência do corpo, mas não posso duvidar da existência do pensamento ou alma. Assim, ao descobrir a minha essência, descubro a distinção entre alma e corpo.

Grupo III

1.1- Descartes considera a existência de Deus condição necessária para garantir o conhecimento, dado que o Cogito, apesar de ser um princípio evidente, não tem autoridade de garantir toda a verdade, uma vez que apenas afirma a existência de si (como ser pensante). Além disso, sendo o ser pensante a causa de imperfeições, como os sentidos que constantemente enganam, ou mesmo a própria razão que formula juízos  precipitados, nunca poderia ser a causa da ideia de perfeição. No entanto, Descartes ao analisar as suas ideias, constata que nele existe a ideia de perfeição, essa ideia não pode provir do nada e um ser imperfeito não poderia ser a causa dessa ideia, pois se o fosse não seria imperfeito. Como diz o texto “Porque, se eu fosse o único ser, independente de qualquer outro, e de mim próprio tivesse recebido todo esse pouco pelo qual participava do ser perfeito, teria podido dar a mim próprio”. Nesse sentido, Deus terá necessariamente de existir enquanto ser perfeito e causa de todas as perfeições que possa garantir a evidência do conhecimento verdadeiro. 2- A filosofia de Descartes afirma as possibilidades da razão humana. Esta, se bem orientada pelo método, tudo pode conhecer. Utilizar bem a razão é, para Descartes proceder por deduções rigorosas, a partir de ideias claras e distintas. 3

Procedendo deste modo, é possível a razão conhecer, chegar a verdades indubitáveis, isto é, demonstrar a existência de realidades metafísicas, das quais não temos nenhuma evidência empírica, como a alma, Deus e o mundo. A metafísica é, para Descartes, a ciência fundamental. Em contraponto a este otimismo racionalista de Descartes, a filosofia de Hume tem um pendor cético. Todo o nosso conhecimento. Todo o nosso conhecimento tem origem e deriva da experiência e daquilo que não temos experiência não temos conhecimento. O princípio da Cópia que estabelece que todas as ideias são cópias das impressões constitui também o critério de legitimidade de uma ideia: as ideias que não possamos fazer derivar de impressões não têm pura e simplesmente sentido. Nesta situação estão as ideias metafísicas, como por exemplo, as ideias de Deus ou de alma. Nenhuma destas ideias remete para uma impressão que lhe corresponda. Não há, nem pode haver conhecimento destas entidades e a metafísica, enquanto disciplina que estuda estas entidades, não é uma ciência. Nem mesmo do mundo temos conhecimentos certos e absolutos, apenas prováveis.

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