Teste Sermão e Lusíadas Correção PDF
October 11, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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1 a r i e i V o i n ó t n A e r d a P o d ,
] 4 5 6 1 [ o i n ó t n A o t n a S e d o ã m r e S
Correção das Fichas FICHA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA 1 GRUPO I A 1
1.1 1. 1 O defeito dos peixes que é apresentado apresentado no excerto é o seu canibalismo canibalismo (ictiofagia), o facto de se
devorarem uns aos outros. Além de se comerem uns aos outros, os maiores comem os pequenos: «[…] é que vos comeis uns aos outros» (linha 1); «Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos» (linhas 2 e 3).
1.2 O canibalismo dos peixes é um símbolo da antropofagia dos homens. Tal como os peixes, os homens
tentam dominar-se dominar-se uns aos outros, oprimem e exploram os seus semelhan semelhantes, tes, funcionando assim como um espelho dos peixes. 2
2.1 Na primeira ocorrência, a forma verbal «comem» é utilizada no seu significado literal e restrito, isto é,
significa «alimentar» e refere-se ao ato de canibalismo praticado pelos índios Tapuias. Na segunda ocorrência, a forma verbal «comem» é utilizada no seu sentido figurado (alegórico ou metafórico) e refere-se ao facto de os cidadãos da cidade (os colonos) viverem viverem numa sociedade em que os seres humanos se exploravam uns aos outros, se aproveitavam das fraquezas de alguns para os oprimir o primir e retirar sempre lucro de qualquer circunstância. 3
Nas linhas 1414-15 15 podemos observar observar uma repetição da forma verbal «vedes» que acentua a insistênc insistência ia do orador na sua chamada de atenção: é importante que os peixes visualizem os colonos no seu quotidiano atarefado, no seu constante movimento, para perceberem perceberem as origens da exploração e xploração e das injustiças sociais que existem na cidade. A repetição da forma verbal é uma estratégia retórica para convocar a atenção da audiência.
B
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1
Nas estâncias apresentada apresentadas, s, podemos verificar que o Poeta se recusa a louvar aqueles que têm comportamentos indignos, em termos sociais, centrando o seu comportamento no seu próprio interesse e não no bem comum. O Poeta não cantará: aqueles que apenas se centram no seu próprio interesse, esquecendo o respeito ao seu rei e ao seu país (estância 84, vv. v v. 2-3); 2-3); aqueles que são ambiciosos e desejam atingir cargos elevados para se tornarem ditadores (estância 84, vv. 5-7) 5 -7);; aqueles que são corruptos, manipuladores e falsos (estância 85, vv. 1-4); 1-4); aqueles que são dissimulados e usurpam o povo dos seus meios de subsistência subsistên cia (estância 85, vv. 6-8); aqueles que aplicam a lei conforme a classe social dos destinatários (estância 86, vv. 1-4); aqueles que não pagam ao povo trabalhador (estância 86, vv. 1-4); aqueles que não têm experiência e julgam os trabalhos dos outros de forma injusta (estância 86, vv. v v. 5-8).
2
O Poeta utiliza duas expressões para se referir à camada da sociedade que é explorada pelos ambiciosos e exploradores: «pobre povo» (estância 85, 85, v. 8) e «servil «serv il gente» (estância 86, v. 4). 4). Os adjetivos utilizados nestas expressões («pobre» e «servil») caracterizam, claramente, claramente, o Povo como um grupo sem poder pod er económico e prisioneiro da sua condição de servo das classes mais abastadas, sendo alvo das injustiças cometidas. Os adjetivos realçam a sua miséria e a sua condição de servo.
ENTRE NÓS E AS PALAVRAS • Português • 11. 11.o ano • Material fotocopiável • © Santillana
UNIDADE
GRUPO II 1
1.1 1. 1 (B); 1.2 (B);
2
a) Modificador do grupo verbal. b) Complemento do nome. c) Modificador da frase.
3
em lh›. a) Palatalização de li em b) Apócope de m.
4
1.3 (D);
1.4 (A);
1.5 (C);
1.6 (C);
1.7 (D).
a) Oração subordinada adjetiva relativa restritiva. b) Oração subordinada adverbial causal.
GRUPO III Construção de uma exposição que respeite o tema, a estrutura e os limites propostos. O aluno deve fazer referência aos seguintes tópicos, entre outros: o utros: • associação de conceitos conceitos através de metáforas e imagens imagens (linguagem figurativa); figurativa); • construção frásica complexa; • vocabulário cuidado; • jogos de palavras; • função apelativa apelativa da linguagem; • interrogações retóricas;
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• apóstrofes ao auditório.
FICHA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA 2 GRUPO I A
1
A expressã expressão o que apresenta o conceito predicável do sermão é «Vós [… […]] sois o sal da terra» (linha 1) 1),, retirada de Mateus, 5: 13. 13. A metáfora que o orador recupera apresenta-nos o sal como símbolo dos apóstolos, dos pregadores (isto é, dos representantes da Igreja e da sua doutrina), e mostra-nos que a terra representa os fiéis, ou seja, aqueles que ouvem a mensagem dos apóstolos. Desta forma, uma vez que o papel do sal é preservar os alimentos das bactérias que contribuem para o seu apodrecimento, evitando a putrefação, podemos po demos afirmar que os apóstolos e os pregadores são, assim, metaforicamente referenciados como aqueles que preservam preservam os fiéis, aqueles que impedem impe dem que os fiéis se corrompam, aqueles que contribuem para a sua pureza.
2
2.1 Ao apresentar os motivos para a existência simultânea simultânea de apóstolos/pregadores apóstolos/pregadores e corrupção na terra,
o orador recorre a uma estrutura paralelística ao utilizar a conjunção disjuntiva «ou», que tem um valor de alternativa e que marca o ritmo binário das frases do sermão. A identificação das causas para a corrupção em que a terra se encontra vai oscilando entre a responsabilidade responsabilidade que se atribui ao sal que não salga (ou seja, aos pregadores que cumprem mal a sua função) e o falhanço da terra que não se deixa salgar (ou seja, os fiéis que não cumprem os preceitos e normas cristãs). cristãs). Assim, o orador vai interca intercalando lando as imputações: ou os pregadores não pregam a verdadeira doutrina ou os fiéis não a recebem; ou os pregadores dão um mau exemplo ou os fiéis fi éis imitam os maus exemplos dos pregadores; ou os pregadores defendem os seus próprios interesses ao pregar ou os próprios fiéis preferem defender os seus próprios apetites, a sua própria vontade. Como solução para o problema apresentado, o orador utiliza um argumento de autoridade citando Jesus Cristo e a Sagrada Escritura, mostrando que a solução para o sal que não salga é deitá-lo fora porque é inútil, é afastar os maus pregadores. A solução para a terra que não se deixa salgar é indicada por p or um argumento de exemplificação: relata-se a atitude de Santo António face a uma situação que comprova a atitude a tomar tomar,, mudar de auditório (linha 24). 24).
ENTRE NÓS E AS PALAVRAS • Portuguê s • 11. 11.o ano • Material fotocopiável • © Santillana
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3
Nas linhas 22 a 26, podemos encontrar alguns recursos expressivos que são característicos do discurso retórico e conferem dinamismo dinamismo e vivacidade vi vacidade ao Sermão: — as interrogaç interrogações ões retóricas, curtas — «Que faria logo? Retirar-se-ia Retirar-se-ia?? Calar-se-ia? Dissimulari Dissimularia? a? Daria tempo ao tempo?» (linha 22) — conjugadas com a utilização das formas verbais no modo condicional criam um momento de incerteza e apresenta apresentam m as várias hipóteses para a atitude de Santo António, mantendo os ouvintes num estado de expectativa face à resposta final, acabando por cativar facilmente a atenção da assembleia assembleia;; — a metáfora «o zelo da glória divina, que ardia naquele peito» (linha 23) estabelece, através de uma imagem — algo que arde —, uma relação entre a dedicação, a paixão, o entusiasmo ao trabalho evangélico de Santo António António e um fogo que alastra e tudo domina (a metáfora do «fogo que arde no peito» era comum na poesia barroca como símbolo do d o amor, da paixão); — a repetição paralelística e a aliteração em «pra-», «Deixa as praças, vai-se às praias, deixa a terra, vai-se ao mar» (linha 25), reforçam a ideia de movimento do santo, conferem conferem vivacidade ao discurso, além de constituírem um excelente exemplo de ritmo, muito semelhante às estratégias métricas utilizadas no texto poético.
B
1
Nos versos versos 2 e 3, 3, Lianor Lianor Vaz Vaz e a mãe de Inês Inês Pereira Pereira iniciam o seu diálogo, focando-se na cor das faces de Lianor. Lianor pergunta se vem «amarela», o que significará que pensa p ensa estar pálida devido ao pânico que teria sentido ao ser perseguida por um clérigo enquanto se dirigia até casa de Inês. Todavia, a mãe de Inês explica-lhe que se encontra «mais ruiva que uma panela» panela»,, ou seja, na realidade realidade,, a alcoviteira estaria bastante vermelha, vermelha, corada, ou por ter feito esforço para se libertar do clérigo importuno ou por p or se ter deixado envolver por ele. A situação acaba por ser irónica: o amarelo significa o desejo que Lianor tem de parecer frágil e apavorada e o vermelho simboliza a força que terá feito para se soltar ou o envolvimento que terá, de facto, fac to, acontecido entre as duas personagens.
2
O excerto apresentado pode constituir uma crítica à corrupção dos costumes na Lisboa quinhentista, uma vez que é narrado o ataque de que Lianor Vaz é «vítima»: a personagem feminina é alvo do assédio por um membro do clero — que, claramente, viola o seu voto de castidade —, mostrando que o dramaturgo Gil Vicente pretende censurar ou denunciar a duplicidade e a corrupção moral que grassavam na Igreja e na sociedade lisboeta. A descrição do ataque é feita com bastante dramatismo e vivacidade, com exemplos das falas f alas do clérigo na discussão que tem com Lianor. A denúncia é intensificada com a indicação que a interlocutora de Lianor Vaz (a mãe de Inês Pereira) Pereira) nos dá sobre um ataque de um clérigo que também ela teria sofrido enquanto jovem, mostrando que este tipo de comportamento reprovável era comum na época.
GRUPO II 1
1.1 1. 1 (D); 1.2 (B);
2
«marketing»: Empréstimo (da língua inglesa);
3
a) Complemento do nome. b) Predicativo do sujeito. c) Modificador apositivo do nome.
4
a) Oração subordinada adverbial causal. b) Oração subordinada substantiva completiva.
1.3 (A);
1.4 (D);
1.5 (A);
1.6 (C);
1.7 (B).
«BD»: Sigla
(para «Banda Desenhada» Desenhada»).).
GRUPO III Construção de um texto de opinião que considere a temática proposta e apresent apresentee os argument argumentos os necessários, que revele uma estrutura correta e respeite os limites de palavras indicados.
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ENTRE NÓS E AS PALAVRAS • Português • 11. 11.o ano • Material fotocopiável • © Santillana
UNIDADE
FICHA DE COMPREENSÃO COMPREENSÃO DO ORAL OR AL
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Transcrição (discurso político):
Intervenção da deputada do Partido Socialista, Maria de Belém Roseira, no encerramento do debate da interpelação n.º 16/XII (3.ª) (3.ª) — «Sobre pobreza e desigualdades sociais» (11 de abril de 2014)
A Sr.ª Maria de Belém Roseira (PS): — Sr. Presidente, Presidente, Srs. Membros do Governo, Sras. e Srs. Deputados: Na semana em que mais um duro golpe g olpe de captura dos rendiment rendimentos os que lhes são devidos se abate sobre os pensionistas portugueses, é ajustado discutir a situação social a que chegámos e o que mais será necessário acontecer para que as militantes políticas de empobrecimento vejam o seu fim. Foram hoje, aqui, abundantemente citadas as estatísticas que nos interpelam interpelam,, sejam elas a nível da pobreza, do seu alargamento e do seu aprofundamento, aprofundamento, a nível do desemprego e do subemprego ou a nível da taxa de desencorajados, ou seja, aqueles que já desistiram e a quem a política seguida tem deixado cada vez mais para trás. Mas, perante a intervenção de abertura do Governo neste debate, d ebate, é caso para perguntar: quanto mais têm de crescer a pobreza e as desigualdades para que as taxas de juro baixem? baixem? A pobreza e as desigualdades, em Portugal, mais do que uma interpelação à nossa sensibilidade, constituem um desafio à nossa racionalidade, na medida em que tudo indica que prosseguir neste caminho agravará as condições trágicas trágicas de que os Portugueses já estão a sofrer as consequências. consequências. A política está a falhar naquilo naquilo
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que lhe compete, ou seja, na elaboração de programas coletivos de ação que promovam o bem e a justiça, princípios universais e imutáveis inerentes ao direito natural e, portanto, existentes antes de o direito ser. Por isso, o bem, em política, só pode po de ser justiça, ou seja, o inter interesse esse comum. E o que está a ser feito não pode p ode ser interpretado, em circunstância alguma, como defensor ou promotor do interesse comum. A pobreza e as desigualdades são sempre um mal em si mesmas, mas também são geradoras de outros males. Não podem ser combatidas através de medidas isoladas, imediatistas e avulsas pois, sendo um fenómeno multidimensiona multidimensional,l, requerem uma intervenção multidimensiona multidimensionall também, coerente e integrada, para serem eficazes. Aplausos Aplaus os do PS
A noção da gravidade do que se passa é-nos transmitida por contactos diretos quer com as pessoas atingidas quer com as organizações que atuam no terreno. Ainda recentemente, recentemente, a Caritas chamava a atenção para a gravidade da situação social no País, dizendo que as estatísticas pecam por defeito e por desatualização, porque a periodicidade da recolha de dados sobre a pobreza é muito desfasada temporalmente, o que significará que a situação real é bem pior do que a retratada pelos dados que têm vindo a ser divulgados. Também T ambém ainda esta semana semana,, o novo novo Bispo do do Porto, Porto, D. Antón António io Francisc Francisco o dos Santos, Santos, dizia: dizia: «Cuida «Cuidarr é agir agir sem demora, sem arrastar ou atrasar respostas sociais, porque os pobres não podem esperar!». Vieram-me à memória as palavras do Bispo do Porto da minha infância, D. António Ferreira Gomes, que, em carta dirigida a Salazar há mais de cinquenta anos, escrevia: «Um financismo à outrance invertido num economismo despótico, atuando dentro de uma socialidade cujos erros venho procurando apontar, não podia deixar de resultar e resultou efetivamente […] em benefício dos grandes contra os pequenos e finalmente na opressão dos pobres.» Dolorosa atualidade para uma dolorosa realidade.
persuasivo. (A) F — O discurso de Maria de Belém Roseira é de carácter persuasivo. (B) V as políticas de empobrecimento empobrecimento contribuem para (C) F — Este discurso tenta divulgar a ideia de que as
de rendiment rendimento o dosapensionistas por tugueses. portugueses. — Ao ouvir o seu discurso, audiência é levada a acreditar acreditar que a deputada Maria de Belém Roseira (D) aF redução
1
discursa contra as políticas governamenta governamentais. is. ENTRE NÓS E AS PALAVRAS • Portuguê s • 11. 11.o ano • Material fotocopiável • © Santillana
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(E) V (F) V (G) V em nível de língua cuidado. (H) F — O registo utilizado pela deputada é formal, em (I) V (J) V
2
2.1 Este discurso político foi proferido por Maria de Belém Roseira, deputada do Partido Socialista,
a 11 11 de abril de 2014, na Assembleia da República, no fim de um debate parlamentar sobre a pobreza e as desigualdades sociais. O seu público-alvo é o conjunto de deputados, membros do Governo e da Assembleia e ainda o público que assiste às sessões na Galeria do Parlamen Parlamento. to. Uma vez que os debates são emitidos no Canal Parlamento e são, com muita frequência, difundidos pelos serviços noticiosos dos diversos canais de televisão e rádio, podemos po demos afirmar que, com o seu discurso, a deputada pretendia também chegar à opinião pública em geral, já que o principal objetivo consiste em levar o ouvinte a aderir à visão do mundo do d o locutor, ou seja, conquistar o apoio para o seu partido, derrubando a influência dos que se opõem. opõ em. Neste caso, é importante salientar que esta deputada se encontrava num partido de oposição ao Governo em exercício de funções (coligação PSD — PP), PP), logo, o discurso centra-se na crítica às políticas governamentais. corresponde à estrutura do discurso de Maria 2.2 Podemos afirmar que o esquema apresentado corresponde de Belém Roseira, pois encontramos evidências que comprovam esta divisão.
PARTE — Introdução ao tema identificação dosdiscutido destinatários imediatos do discurso a) 1Saudação: b) Constatação da legitimidade da discussão; delimitação do problema: «é ajustado discutir a situação social a que chegámos», ou seja, tendo em conta o contexto
de cortes no rendiment rendimento, o, é legítimo que se discuta a temática do empobrecimento c) Formulação da tese inicial: o Governo é responsável pela situação de pobreza e desigualdade social porque segue uma política de empobrecimento da população que reduz os seus rendimentos d) Interpelação ao auditório: problematização do tema em discussão através de uma Interrogação retórica
PARTE 2 — Desenvolvimento a) Defesa da tese: apresentação de dois argumentos que apoiam a tese inicial 1. A política governamental falha as suas competências porque não defende
o interesse comum;
2. A governamental falha problemas as suas competências porque a pobreza e apolítica desigualdade geram novos sociais. b) Confirmação através do recurso a citações/referência a autoridades: 1. Citação de informações da Caritas Portuguesa (organização da sociedade civil); Por to);; 2. Citação de D. António Francisco dos Santos (bispo do Porto) 3. Citação de D. António Ferreira Gomes (bispo do Porto, exilado durante
o Estado Novo); 4. Referência à Organização Mundial de Saúde; 5. Citação de Kenneth Rogoff; 6. Referência à rede de médicos Sentinela. c) Síntese da defesa da tese: crítica à atuação do Governo por causa da resposta desadequada que dá ao problema da pobreza
PARTE 3 — Conclusão a) Proposta diferenciadora; solução para o problema: aposta no capital humano e recusa
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cortes final: no rendiment rendimento Exortação desfechoovibrante para emocionar o auditório b) dos
ENTRE NÓS E AS PALAVRAS • Português • 11. 11.o ano • Material fotocopiável • © Santillana
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consiste na afirmação de que o Governo G overno não cumpre a sua função política. 2.3 O primeiro argumento consiste Este argumento prende-se prende-se com o facto fac to de a deputada afirmar que a missão da política é defender o interesse comum, comum, o bem e a justiça. No seu raciocínio, a deputada critica a política governamental porque esta falha ao não defender o bem, b em, a justiça e o interes interesse se comum, sendo então mal sucedida a missão de que o Governo foi incumbido quando foi eleito. O segundo argumento da deputada relaciona-se com a incapacidade que o Governo tem de parar com o ciclo de empobrecimento da população. Segundo a deputada, a política governamental falha porque, ao reduzir os rendiment rendimentos os dos cidadãos através dos cortes, cor tes, gera novos problemas sociais que perpetuarão o ciclo da pobreza e das desigualdades. 2.4 No que diz respeito à sua postura corporal, podemos reparar que a deputada mantém uma posição
algo rígida, uma vez que está a ler e não a proferir um discurso espontâneo, mexendo várias vezes no microfone, segurando na tribuna ou colocando as mãos atrás das costas. A articulação ar ticulação do discurso é, geralmente,, nítida, apenas sendo algo confusa quando a deputada cita a frase atribuída a D. António geralmente Ferreira Gomes ou Kenneth Rogoff. A sua entoação é natural, tornando-se enfática quando há interrogaç interrogações, ões, quando cita autoridades ou dados de organizações que comprovam a sua tese. Note-se a forma como pronuncia a frase «A pobreza vai direita ao cérebro» ou como insiste na ideia de mudança nas frases finais. O ritmo começa por ser lento na Introdução (até à Interrogação que interpela o auditório), e a partir daí, vai-se tornando mais rápido, mais entusiástico, sobretudo quando se verificam enumerações ou repetições ou quando a deputada se refere às consequências da pobreza para a saúde dos indivíduos.
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R oseira faz a D. António Francisco Francisco dos Santos e a D. António Ferreira 2.5 A referência que Maria de Belém Roseira Gomes, bispos católicos portugueses, corresponde à utilização de um argument argumento o de autoridade, uma vez que estas entidades religiosas têm na sociedade portuguesa uma importância fulcral por conhecerem muito bem a realidade e por se posicionarem, habitualmente, habitualmente, do lado dos que não têm privilégios. D. António Ferreira Gomes foi um forte crítico do Estado E stado Novo e manifestou-se sempre contra as políticas de opressão. 2.6 «Urge inverter o caminho que tem vindo a ser seguido, que ofende a invocação da social-democracia
e a nobre tradição da democracia cristã.» Esta afirmação constitui uma crítica aos oponentes políticos da deputada porque é uma referência direta às ideologias que estão na base da fundação dos dois partidos da coligação do Governo que está a ser criticada por Maria de Belém Roseira. O PSD é o Partido Social-Democrata (social-democracia) e o PP (Partido Popular) corresponde corresponde ao anterior CDS (Centro (Centro Democrático e Social), So cial), que foi fundado segundo os princípios dos movimentos democráticos orientados por ensinamen ensinamentos tos cristãos.
FICHA DE COMPREENSÃO COMPREENSÃO DA LEITURA 1 Apreciação crítica 1
1.1 1. 1 (D); 1.2 (C);
1.3 (A);
1.4 (D);
1.5 (B);
1.6 (A);
1.7 (D);
1.8 (C); 1.9 (B);
1.10 (C).
1.8 (A); 1.9 (A);
1.10 (A).
FICHA DE COMPREENSÃO COMPREENSÃO DA LEITURA 2 Discurso político 1
1.1 1. 1 (B); 1.2 (C);
1.3 (A);
1.4 (C);
1.5 (D);
1.6 (B);
1.7 (B);
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