Teste Cavaleiro Da Dinamarca 3

April 10, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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II Leitura Lê o texto com atenção e, de seguida, responde às questões com frases completas: 1

  A Dinamarca  Dinamarca  fica no Norte da Europa. Ali os Invernos são longos e rigorosos com noites muito compridas e dias curtos, pálidos e gelados. A neve cobre a terra e os telhados, os rios gelam, os pássaros emigram para os países do Sul à procura de sol, as árvores perdem as folhas. Só os pinheiros continuam verdes no meio das florestas geladas e despidas. Só eles, com os seus ramos

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cobertos branco. por finas agulhas duras e brilhantes, parecem vivos no meio do grande silêncio imóvel e   Há muitos muitos anos, há dezenas dezenas e centenas de anos, anos, havia em certo lugar da da Dinamarca, Dinamarca, no extremo Norte do país, perto do mar, uma grande floresta de pinheiros, tílias, abetos e carvalhos. Nessa floresta morava com a sua família um Cavaleiro. Viviam numa casa construída numa clareira rodeada de bétulas. E em frente da porta da casa havia um grande pinheiro que era a árvore mais alta da floresta.   Na Primavera as bétulas bétulas cobriam-se cobriam-se de jovens jovens folhas, leves e claras, claras, que que estremeciam estremeciam à menor  menor  aragem. Então a neve desaparecia e o degelo soltava as águas do rio que corria ali perto e cuja corrente recomeçava a cantar noite e dia entre ervas, musgos e pedras. Depois a floresta enchia-se de cogumelos e morangos selvagens. Então os pássaros voltavam do Sul, o chão cobria-se de flores e os esquilos saltavam de árvore em árvore. O ar povoava-se de vozes e de abelhas e a brisa sussurrava nas ramagens.   Nas m manhãs anhãs de de Verão Verão verdes verdes e doiradas, as crianças crianças saíam saíam muito muito cedo, com um cesto de de vime enfiado no braço esquerdo e iam colher flores, morangos, amoras e cogumelos. Teciam grinaldas que

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poisavam nos cabelos ou que punham a flutuar no rio. E dançavam e cantavam nas relvas finas sob a sombra luminosa e trémula dos carvalhos e das tílias. tí lias. Passado o Verão o vento de Outubro despia os arvoredos, voltava o Inverno, e de novo a floresta ficava imóvel e muda presa em seus vestidos de neve e gelo.   No entanto, entanto, a maior festa do ano, a maior alegria, alegria, era no Inverno, no centro do do Inverno, Inverno, na noite comprida e fria do Natal.   Entã Então o havia havia sempre sempre azáfama azáfama em casa do Caval Cavaleiro eiro.. Juntava-s Juntava-se e a famíli família a e vinham vinham amigos amigos e parentes, criados da casa e servos da floresta. E muitos dias antes já o cozinheiro amassava os bolos de mel e trigo, os criados varriam os corredores, e as escadas e todas as coisas eram lavadas, enceradas e polidas. Em cima das portas eram penduradas grandes coroas de azevinho e tudo ficava enfeitado e brilhante. As crianças corriam agitadas de quarto em quarto, subiam e desciam a correr as escad esc adas, as, faziam faziam recado recados, s, ajuda ajudavam vam no nos s pr prepa eparat rativ ivos. os. Ou en então tão fic ficava avam m calad caladas as e, cisman cismando, do, olhavam pelas janelas a floresta enorme e pensavam na história maravilhosa dos três reis do Oriente que vinham a caminho do presépio de Belém.   Lá fora havia gelo, vento e neve. Mas em casa do Cavaleiro havia calor e luz, riso e alegria.   E na noite de Natal, Natal, em frente da da enorme lareira, armava-se uma mesa mesa muito muito comprida comprida onde onde se sentavam o Cavaleiro, a sua mulher, os seus filhos, os seus parentes e os seus criados.   Os moço moços s da cozinha traziam as as grandes grandes peças peças de carne assada assada e todos comiam, comiam, riam riam e bebiam bebiam vinho quente e cerveja com mel.   Terminada a ceia começava a narração narração das histórias. Um contava contava histórias histórias de lobos e ursos, outro outro contava histórias de gnomos e anões. Uma mulher contava a lenda de Tristão e Isolda e um velho de barba contava a lenda de Alf, rei da Dinamarca, e de Sigurd. Mas as mais belas histórias eram as histórias do Natal, as histórias dos Reis Magos, dos pastores e dos Anjos.   A noite de Natal era igual todos os anos. Sempre a mesma festa, sempre a mesma ceia, sempre as grandes coroas de azevinho penduradas nas portas, sempre as mesmas histórias. Mas as coisas tantas vezes repetidas, e as histórias tantas vezes ouvidas pareciam cada ano mais belas e mais misteriosas.   Até que certo Natal Natal aconteceu aconteceu naquela naquela casa uma uma coisa coisa que ninguém esperava. Pois terminada terminada a ceia o Cavaleiro voltou-se para a sua família, para os seus amigos e para os seus criados, e disse: -de Temos e celebrado a noite de Natal. E esta festa tem sido para nós cheia paz e sempre alegria. festejado Mas de hoje a um anojuntos não estarei aqui. - Porquê? – perguntaram os outros todos com grande espanto -. Página 1 

 

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  - Vou partir – respondeu ele. Vou em peregrinação peregrinação à Terra Santa e quero passar passar o próximo Natal na gruta onde Cristo nasceu e onde rezaram os pastores, os Reis Magos e os Anjos. Também eu quero rezar ali. Partirei na próxima Primavera. De hoje a um ano estarei em Belém. Mas passado o Natal regressarei aqui e, de hoje a dois anos estaremos, se Deus quiser, reunidos de novo.   Naquele tempo as viagens viagens eram longas, longas, perigosas e difíceis, difíceis, e ir da Dinamarca Dinamarca à Palestina era uma grande aventura. Quem partia poucas notícias podia mandar e, muitas vezes, não voltava. Por  isso a mulher do Cavaleiro ficou aflita e inquieta com a notícia. Mas não tentou convencer o marido a ficar, pois ninguém deve impedir um peregrino de partir. Sophia de Mello Breyner, O Cavaleiro da Dinamarca

1.  A ação inicia-se inicia-se no Natal. 1.1. Quantos Natais se passam ao longo do texto? 2. O Cavaleiro decidiu partir. 2.1. Para onde? 2.2. Qual o motivo dessa viagem? 3. Consideras o Cavaleiro uma personagem principal ou secundária? Justifica. 4.  Achas que o Cavaleiro Cavaleiro era corajoso corajoso? ? Justifica a tua resposta e faz a sua caracterização caracterização psicológica. 5.  Ao longo da viagem, viagem, o Cavaleiro Cavaleiro ouviu várias várias histórias. 5.1. Refere duas. 5.2.

Reconta, em poucas linhas, a história que mais te agradou.

6. Como é que o Cavaleiro, finalmente, encontrou o caminho para casa? 7. Classifica o narrador quanto à presença e justifica a tua resposta. III Gramática 1. Faz a análise sintática das frases que se seguem: a)  A rapariga pediu pediu um telemóvel telemóvel aos pais. b) Ela realizou a tarefa impecavelmente. impecavelmente. c)  A reunião continua continua amanhã. amanhã. 2.  Agora, refere as as subclasses dos dos verbos das frases frases do exercício 1. 3. Nas frases que se seguem, distingue os complementos oblíquos dos oblíquos dos modificadores do grupo verbal,, registando as alíneas correspondentes: verbal correspondentes: a) b) c) d) e) f)

Ela veio ontem de manhã. Os meus primos moram acolá.  Acolá houve um um acidente. O técnico procedeu à reparação do aparelho. O escritor renunciou ao prémio. Ontem de manhã cheguei atrasada às aulas.

4.  Associa os números da coluna da esquerda às letras da coluna da direita de modo a identificar os recursos expressivos: 1. noit “Ali os Invernos são longos com noites es muit muito o co comp mpri rida das s e e rigorosos dias dias cu curt rtos os,, pálidos e gelados.” (ll.1-2) Página 2 

 

2. “A neve cobre a terra e os telhados, os rios gelam, os pássaros emigram para os países do Sul à procura de sol, as árvores perdem as folhas.” (ll.2-3) 3. “hav “havia ia em cert certo o luga lugarr da Di Dina nama marc rca, a, no extremo Norte do país, perto do mar, uma grande floresta de pinheiros, tílias, abetos e carvalhos.” (ll.7-8) 4. “O ar povoava-se de vozes e de abelhas e a

a. b. c. d. e. f. g. h.

Polissíndeto  Adjetivação  Adjetivaçã o Enumeração Personificação Metáfora Comparação  Assíndeto Paralelismo

brisa sussurrava nasfesta, ramagens.” 5. “Sempre a mesma sempre(ll.a 16-17) mesma ceia, sempre as grandes coroas de azevinho penduradas penduradas nas portas, sempre as mesmas histórias.” (ll. 43-44) IV Escrita Escolhe um um dos  dos seguintes tópicos (texto com cerca de 100 palavras): A- Imagina que és o Cavaleiro e estás num dos locais que ele visitou. Escreve uma carta à tua família, descrevendo descrevendo o local, o que fazes, etc; B- Imagina que és Vanina. Escreve uma página do teu diário, salientando as tuas emoções no dia a seguir à fuga de casa do teu tutor. t utor. C- Imagina que o Cavaleiro, na Flandres, era assaltado por uns malfeitores, que lhe levaram o cavalo e o pouco dinheiro que lhe restava. Conta essa peripécia como se fosses a autora, Sophia de Mello Breyner. ************ Atenção: *Antes de redigires o texto, esquematiza, numa folha de rascunho, as ideias que pretendes desenvolver na introdução, no desenvolvimento e na conclusão ( planificação);   *Tendo em conta a tarefa, redige o texto segundo a tua planificação (textualização);   *Seg *Segue-se ue-se a etapa de revisão, que te permitirá detetar eventuais erros e reformular o texto. Para tal, consulta o conjunto de tópicos que a seguir te apresento:   Tópicos de revisão da Expressão Escrita Sim Não Respeitei o tema proposto? Estruturei o texto em introdução, desenvolvimento e conclusão? Respeitei as características do tipo de texto solicitado? Selecionei vocabulário adequado e diversificado? Utilizei um nível de linguagem apropriado? Redigi frases corretas e articuladas entre si? Respeitei a ortografia correta das palavras? Respeitei a acentuação correta dos vocábulos? Identifiquei corretamente os parágrafos?  A caligrafia é legível e sem rasuras?

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Proposta de correção 1.1. Ao longo do texto, passam-se três Natais. 2.1. O cavaleiro decidiu decidiu partir para Jerusalém. 2.2. Ele desejava passar o Natal do ano seguinte, na gruta onde Cristo nascera, a rezar. 3. O Cavaleiro é a personagem principal, uma vez que toda a ação roda em torno de si e da sua viagem à Terra Santa. 4. O Cavaleiro Cavaleiro era, de facto, muito corajoso, porque naquela altura as viagens eram muito demoradas e perigosas. Além disso, os viajantes não podiam mandar notícias regularmente à família e, por vezes, não regressavam a casa. 5.1. Indicar duas: Vanina e Guidobaldo; Cimabué e Giotto; Dante e Beatriz; Pêro Dias e o negro. 5.2. Resposta aberta. 6. O Cavaleiro conseguiu encontrar o caminho para casa com a ajuda dos anjos, que iluminaram o pinheiro que estava à sua porta. 7. Trata-se de um narrador não participante, participante, ou heterodieg heterodiegético, ético, já que não participa na história e a narra em 3ª pessoa- “Nessa floresta morava com a sua família um Cavaleiro.” Cavaleiro.” (ll. 8-9). III 1. a)  A rapariga- sujeito sujeito pediu um telemóvel aos pais- predicado um telemóvel- complemento direto aos pais- complemento indireto b)  Ela- sujeito realizou a tarefa impecavelmente- predicado a tarefa- complemento direto impecavelmente- modificador do grupo verbal c)  A reunião- sujeito sujeito continua amanhã- predicado amanhã- predicativo do sujeito 2. a) transitivo direto e indireto; b) transitivo direto; c) copulativo 3. complementos oblíquos: a); b); d); e) modificadores modificado res do grupo verbal: c); f) 4. 1- b; 2- g; 3- c; 4- d; 5- h IV- Resposta aberta

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