Teste ASA 7 Ano N 2

November 23, 2017 | Author: Isabel Bras | Category: Sleeping Beauty, Money, Pronoun, Languages, Science
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PORTUGUÊS 7.O ANO

– TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2

ESCOLA________________________________________________ DATA ___/ ___/ 20__ NOME________________________________________________ N.O____ TURMA_____ GRUPO I Lê o texto. Se necessário, consulta o vocabulário.

Texto A

Reinventando a Bela Adormecida Crítica de João Lopes

Com Angelina Jolie no papel central, Maléfica é uma inteligente reinvenção do conto tradicional de Charles Perrault, A Bela Adormecida – ou como os blockbusters1 não têm de ficar presos da mera ostentação tecnológica... Como refazer e, sobretudo, reinventar para o século XXI, o clássico das produções 5

Disney A Bela Adormecida (1959)? Se nos ficarmos pelo marketing2 de Maléfica, avançaremos com uma resposta muito linear: basta entregar a personagem central a Angelina Jolie e esperar que a sua admirável fotogenia 3, usando vestes sombrias, faça o resto... Pois bem, Angelina Jolie é, de facto, magnífica, sabendo criar uma personagem

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que nasce da iconografia4 tradicional, mas que, em boa verdade, dela se liberta através de uma pose e um estilo muito pessoais. Seja como for, seria redutor considerar que o filme de Robert Stromberg (um especialista em efeitos visuais, a estrear-se na realização) se esgota na gestão do look5 da sua estrela. Acima de tudo, pode dizer-se que triunfa, aqui, uma regra fulcral da história da

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animação e, genericamente, da fábula cinematográfica. Ou seja: a criação de um universo alternativo é essencial neste registo, mas não dispensa a velha arte de contar histórias. E no caso de Maléfica trata-se, nada mais nada menos, de rediscutir o desenho das fronteiras entre o mundo do Bem e o mundo do Mal. Para lá de todas as diferenças, encontramos uma ambivalência emocional que não

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será estranha a uma certa dinâmica do cinema de Tim Burton. Assim, Maléfica, tal como o Rei Stefan (Sharlto Copley), não são personagens definitivamente encerradas num determinado padrão moral. E o mínimo que se pode dizer – sem revelar os twists6 da própria narrativa – é que o filme está longe de seguir a lógica da produção de 1959 e do

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PORTUGUÊS 7.O ANO – TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2 próprio conto de Charles Perrault (publicado em 1697).

Maléfica é, enfim, uma fábula clássica contada a partir de um outro ponto de vista, 25

ao qual não é estranha uma discreta reconversão7 da própria personagem da Princesa Aurora (Elle Fanning). A provar, afinal, que os chamados blockbusters de verão não têm que ficar dependentes da mera gestão tecnológica e só ganham com a disponibilidade criativa para repensar as suas próprias raízes. http://www.rtp.cinemax (texto adaptado, acedido em 14/11/2014)

VOCABULÁRIO 1

campeão de bilheteiras; 2estratégia comercial; 3qualidade do que fica bem representado ou resulta bem em fotografia; 4conjunto de imagens a respeito de um determinado assunto; 5visual; 6voltas, viragens; 7 adaptação a uma nova realidade.

1. Seleciona, em cada item, a alínea que completa cada frase de forma adequada de acordo com o sentido do texto. 1.1. Segundo o crítico, o sucesso de bilheteira de Maléfica deve-se sobretudo a) à história em que o filme se baseou. b) à estratégia comercial para a sua divulgação. c) ao magnífico guarda-roupa de Angelina Jolie. d) ao facto de se tratar de uma história de animação. 1.2. De acordo com João Lopes, o filme Maléfica a) reproduz fielmente a história em que se baseia. b) assume uma perspetiva diferente de A Bela Adormecida. c) apresenta a tradicional dicotomia entre o Bem e o Mal. d) depende, acima de tudo, dos efeitos visuais. 1.3. Na expressão “a velha arte de contar histórias” (linha 16), o adjetivo pode ser substituído por a) gasta. b) antiquada. c) antiga. d) idosa. 1.4. Na linha 21, “personagens” refere-se a a) Maléfica e o Rei Stefan. b) Maléfica e Sharlto Copley. c) Tim Burton e Sharlto Copley.

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PORTUGUÊS 7.O – TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2 d) Tim Burton, Maléfica e o Rei Stefan.

ANO

Texto B Lê o texto. Se necessário, consulta o vocabulário.

Os três conselhos Um pobre rapaz tinha casado, e para arranjar a sua vida logo ao fim do primeiro ano teve de ir servir uns patrões muito longe. Ele era assim bom homem, e pediu ao amo que lhe fosse guardando na mão o dinheiro das soldadas 1. Ao fim de uns quatro anos já tinha um par de moedas, que lhe chegava para comprar um eidico 2, e quis voltar para 5

casa. O patrão disse-lhe: – Qual queres, três bons conselhos que te hão de servir para toda a vida, ou o teu dinheiro? – Ele, o dinheiro é sangue, como diz o outro. – Mas podem roubar-to pelo caminho e matarem-te.

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– Pois então venham de lá os conselhos. Disse-lhe o patrão: – O primeiro conselho que te dou é que nunca te metas por atalho, podendo andar pela estrada real. – Cá me fica para meu governo.

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– O segundo, é que nunca pernoites em casa de homem velho casado com mulher nova. Agora o terceiro vem a ser: Nunca te decidas pelas primeiras aparências. O rapaz guardou na memória os três conselhos, que representavam todas as suas soldadas; e quando se ia embora, a dona da casa deu-lhe um bolo para o caminho, se tivesse fome; mas que era melhor comê-lo em casa com a mulher, quando lá chegasse.

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Partiu o homenzinho do Senhor, e encontrou-se na estrada com uns almocreves 3 que levavam uns machos com fazendas; foram-se acompanhando e contando a sua vida, e chegando lá a um ponto da estrada, disse o almocreve que cortava ali por uns atalhos, porque poupava meia hora de caminho. O rapaz foi batendo pela estrada real, e quando ia chegando a um povoado, viu vir o almocreve todo esbaforido 4 sem os machos; tinham-no

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roubado e espancado na quelha5. Disse o moço: – Já me valeu o primeiro conselho. Seguiu o seu caminho, e chegou já de noite a uma venda, onde foi beber uma pinga, e onde tencionava pernoitar; mas quando viu o taverneiro já homem entrado, e a mulher ainda frescalhuda, pagou e foi andando sempre. Quando chegou à vila, ia lá um

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reboliço; era que a Justiça andava em busca de um assassino que tinha fugido com a mulher do taverneiro que fora morto naquela noite. Disse o rapaz lá consigo: ©Edições ASA | 2015 − Alice Amaro

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PORTUGUÊS 7.O ANO

– TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2 – Bem empregado dinheiro o que me levou o patrão por este conselho. E picou o passo, para ainda naquele dia chegar a casa. E lá chegou; quando se ia

aproximando da porta, viu dentro de casa um homem, sentado ao lume com a sua mulher! A sua primeira ideia foi ir matar logo ali a ambos. Lembrou-se do conselho, e curtiu 35

consigo a sua dor, e entrou muito fresco pela porta dentro. A mulher veio abraçá-lo, e disse: – Aqui está meu irmão, que chegou hoje mesmo do Brasil. Que dia! E tu também ao fim de quatro anos! Abraçaram-se todos muito contentes, e quando foi a ceia para a mesa, o marido

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vai a partir o bolo, e aparece-lhe dentro todo o dinheiro das suas soldadas. E por isso diz o outro, ainda há quem faça bem. In Contos Tradicionais do Povo Português, recolha de Teófilo Braga

VOCABULÁRIO 1 quantia com que é pago o trabalho de criados; salário; 2 quinteiro; quintal junto a uma casa; 3 indivíduos condutores de animal de carga; 4 sem fôlego; ofegante; 5 rua estreita; viela.

2. Relê o primeiro parágrafo e identifica o acontecimento que perturbou a situação inicial de estabilidade da ação. 3. “– Ele, o dinheiro é sangue, como diz o outro.” (linha 8) 3.1. Explicita o sentido da expressão “o dinheiro é sangue”. 3.2. Esclarece de que forma o patrão convenceu o rapaz a aceitar os conselhos em vez do dinheiro. 3.3. Tendo em conta o desenrolar dos acontecimentos, apresenta um exemplo que demonstra que o patrão tinha razão. 4. “[...] Nunca te decidas pelas primeiras aparências.” (linha 16) 4.1. Explica em que medida este terceiro conselho foi importante para a felicidade conjugal do rapaz. 5. Aponta um provérbio adequado ao sentido do texto, justificando devidamente a tua escolha.

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PORTUGUÊS 7.O ANO

– TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2

GRUPO II 1. “A sua primeira ideia foi ir matar logo ali a ambos. Lembrou-se do conselho, e curtiu consigo a sua dor, e entrou muito fresco pela porta dentro.” (linhas 35-36) 1.1. Transcreve os adjetivos das frases anteriores e indica a subclasse à qual pertencem. 1.2. Indica o grau em que se encontra cada um dos adjetivos que identificaste. 2. “E por isso diz o outro, ainda há quem faça bem.” (linhas 41-42) 2.1. Classifica o verbo sublinhado quanto à flexão. Justifica a tua resposta. 2.2. Classifica a forma verbal “faça”, indicando pessoa, número, tempo e modo. 3. Reescreve as frases seguintes, substituindo o pronome sublinhado pelo nome ou expressão nominal adequada. Faz apenas as alterações necessárias. a) “[...] a dona da casa deu-lhe um bolo [...].” (linha 18) b) “[...] tinham-no roubado e espancado na quelha.” (linhas 24-25) 4. “Disse-lhe o patrão: – O primeiro conselho que te dou é que nunca te metas por atalho, podendo andar pela estrada real.” (linhas 11-13) 4.1. Reescreve as falas do patrão em discurso indireto. Faz apenas as alterações necessárias. GRUPO III “– Qual queres, três bons conselhos que te hão de servir para toda a vida, ou o teu dinheiro?” (linhas 6-7) Reescreve o conto que acabaste de ler, a partir do momento em que o patrão faz a pergunta acima transcrita ao rapaz. O teu texto narrativo, com um mínimo de 140 e um máximo de 220 palavras, deve: – ter um desenrolar dos acontecimentos e um final diferentes da história original; – incluir, pelo menos, um momento de descrição e um momento de diálogo.

COTAÇÃO DO TESTE ©Edições ASA | 2015 − Alice Amaro

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PORTUGUÊS 7.O ANO

– TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2 GRUPO I

1. ……. 12 pontos 2. …..... 5 pontos 3.1. ….. 6 pontos 3.2. ….. 6 pontos 3.3. ….. 7 pontos 4.1. ….. 7 pontos 5. …….. 7 pontos ___________ 50 pontos

GRUPO II

GRUPO III      

1.1. ...... 2 pontos 1.2. ...... 2 pontos 2.1. ...... 2 pontos 2.2. ...... 4 pontos 3. ...….. 4 pontos 4.1. ….. 6 pontos ___________ 20 pontos

Tema, tipologia e extensão do texto Coerência e pertinência da informação Estrutura e coesão Morfologia e sintaxe Ortografia Repertório vocabular _____________ 30 pontos

TOTAL: 100 pontos

CENÁRIOS DE RESPOSTA DO TESTE ITENS DE RESPOSTA Grupo I – Leitura e Escrita 1.1. b) 1.2. b) 1.3. c) 1.4. a) …………………………………………………………………………………….................... 2. Um ano após ter casado, o rapaz teve de ir trabalhar para uma terra distante de sua casa, pelo que ficou longe da sua esposa. …………………………………………………………………………………….................... 3.1. Neste contexto, a expressão “o dinheiro é sangue” significa que o dinheiro, tal como o sangue, é essencial para a sobrevivência das pessoas. …………………………………………………………………………………….................... 3.2. O patrão argumentou dando conta que o dinheiro poderia ser motivo de assalto e até de assassinato durante a viagem. …………………………………………………………………………………….................... 3.3. Na verdade, o almocreve que optou seguir por um atalho foi assaltado, tendo corrido perigo de vida. …………………………………………………………………………………….................... 4.1. Ao chegar a casa, após quatro anos de ausência, o rapaz surpreendeu a esposa ao lume a conversar com um homem seu desconhecido, o que o levou inicialmente a pensar que ela o traía. Assim, o seu primeiro pensamento foi matar os dois amantes. Todavia, em vez de se deixar iludir pelas aparências, foi ao encontro da mulher que, muito contente com o seu regresso, lhe apresentou o irmão, o que motivou a felicidade. …………………………………………………………………………………….................... 5. O provérbio “Vale mais bom conselho (do) que fortuna” adequa-se ao sentido do texto, na medida em que, devido a ter seguido os conselhos do patrão, o rapaz pôde chegar são e salvo a casa e, ainda, recuperar o dinheiro ganho a trabalhar.

Grupo II – Gramática

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COTAÇÕES

3x4=12 ……….…… 3+2=5 ……….…… 3+3=6 ……….…… 3+3=6 ……….….. 4+3=7 ……….……

4+3=7

……….…… 2+2+3=7

PORTUGUÊS 7.O ANO

– TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2

1.1. “primeira” – adjetivo numeral; “fresco” – adjetivo qualificativo. …………………………………………………………………………………….................... 1.2. “primeira” – grau normal; “muito fresco” – grau superlativo absoluto analítico. …………………………………………………………………………………….................... 2.1. Verbo haver (com sentido de ‘existir’): verbo defetivo impessoal, porque se conjuga apenas na terceira pessoa do singular. …………………………………………………………………………………….................... 2.2. “faça” – forma do verbo fazer, no presente do conjuntivo, na terceira pessoa do singular. …………………………………………………………………………………….................... 3. a) a dona da casa deu um bolo ao rapaz. b) tinham roubado e espancado o almocreve na quelha. …………………………………………………………………………………….................... 4.1. O patrão disse-lhe que o primeiro conselho que lhe dava era que nunca se metesse por atalho, podendo andar pela estrada real.

1+1=2 …..…….…… 1+1=2 …….....….…. 2 …….….…..... 4 ….…….….… 2+2=4 ….…….….… 1x6=6

Grupo III – Escrita

Na redação do texto, o aluno deverá: – cumprir as instruções fornecidas relativamente ao tema, à tipologia textual (texto narrativo) e à extensão do texto; – produzir um discurso coerente do ponto de vista da informação fornecida, da progressão textual; – usar adequadamente parágrafos, marcadores do discurso, pontuação; – utilizar vocabulário adequado, pertinente e variado; – escrever com correção ortográfica e morfossintática.

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