techne 125

March 12, 2019 | Author: Herberth Zandomenico | Category: São Paulo, Mortar (Masonry), Engineering, Concrete, Industries
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a revista do engenheiro civil



a g o s  t   o

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apoio

IPT IP T

techne www.revistatechne.com.br

Edição 125 an o 15 agost o de 2007 2007 R$ 23,00 ■

E  s p e c i   a l   c o n c r  e t   o ■

A  u t   o -  a d  e n s á  v e l   ■

A  p a r  e n t   e

ENTREVISTA ARNOLD VAN ACKER

Edifícios altos pré-moldados ARTIGO

Fl uênc uênciia do co concr ncreto eto



R  o l   a d  o ■

R  e a ç ã  o á  l   c a l   i   -  a g r  e g a d  o

Galeri aleria a Leme (SP)



D  e f   o r  m a ç ã  o l   e n t   a ■

A  r  n o l   d  V  a n A  c k  e r 

Concreto: estado-da-arte Auto-adensável  Compactado com com r ol olo o 

Aparente  Refor forço ço estr estrutur utura al 

5 2 1 0 0

3 5 0 1 4 0 1 0 N S IS

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SUMÁRIO 36

CONCRETO APARENTE Acabamento final

Como produzir e aplicar concreto para uso sem sem revestimento revestiment o

52 DEFORMAÇÃO LENTA Variável concreta

Como considerar a fluência do concreto e evitar evit ar deformaçõe defor maçõess exageradas exageradas nas estruturas

58 ARTIGO Consider iderações ações sobre sobre fluência f luência de concretos

Selmo Chapira Kuperman explica esse fenômeno e como domá-lo

n o K n o s l e N

76 COMO CONSTRUIR 32 CONCRETO ROLADO

l a o s s e p o v r e c A

24

ENTREVISTA Torres pré- moldada moldadas s

Especialista belga Arnold Van Acker fala sobre a construção de edifícios altos com pré-fabricados

30 TÉCNICA E AMBIENTE Sustentável desde o canteiro

Unidade bancária tem projeto diferenciado difer enciado desde desde o planejamento do canteiro até os sistemas agregados

2

Reforço de estruturas de concreto com fibras de carbono

Mistura quase seca

Veja pass p assoo a passo como calcul calcular ar e executar reforços com manta

Pavimentos, usinas e barragens ganham ganha m rapidez com método mét odo de concretagem quase a seco

SEÇÕES

40 ÁL ÁLC CAL ALI-I- AG AGRE REG GADO Reação perigosa

Britas e areia podem reagir com alguns cimentos ciment os e provocar patologias no concreto

46 CONCRETO AUTOADENSÁVEL Mistura plástica

Propr ropriedades iedades ajudam execuçã execuçãoo de estr estrutur uturas as com com altas alt as taxas taxas de aço e que necessitam de acabamento final

Editorial Web Área Const onstruí ruída da Índices I PT Responde Carreira Melhores Práticas P&T ObraAberta Agenda

4 8 10 14 16 18 20 64 70 72

Capa Layout: Lucia Lopes Foto: Ma Marcelo rcelo Scanda candarol rolii

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É parte integrante desta revista uma amostra da manta tipo III da Denver

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EDITORIAL Pela volta volta da Engenhar Engenhariia à vi vida naci nacional

H

VEJA EM AU

á um traço t raço comum entr entree os vários episódios dr dramáticos amáticos que têm ocupado ocup ado espaço na mídia nos últimos últim os meses. meses. Acidentes,

tragé tr agédias dias e outras outr as ocorrências de causas díspares díspares têm evi evidenciado denciado a falta de valorização da Engenharia pela sociedade brasileira. Parecee haver Parec haver em nossas obras, órgãos públicos,agê públicos, agências ncias reguladoras, conces concessionárias sionárias e até nas emp empresas resas pr priv ivadas, adas,um umaa prevalência de aspectos econômicos e políticos (muitas vezes partidários) em detrimento detr imento dos parâmetros técnicos técnicos.. O fenômeno começa desde a seleção seleção e escolha dos profissionais: pr ofissionais: controllers, assessores especiais e até lobistas costumam ser mais valorizados do

   

Condomínio Iracema Ponte em Rio das Ostras Planetário Planetá rio do Ibirapuera Siegbert Zanettini

que técnic t écnicos os capacitados e experimentados experiment ados em projetos e execução. execução. Manifestar-se Manifes tar-se cont contra ra tal realidade tor tornou nou-se, -se, inclusiv inclusive, e, sinônim sinônimo o de ingenuidade ou idea ideali lismo smo infantil. Não devemos, devemos, entretanto,

VEJA EM CONSTRUÇÃO MERCADO

apenas lamentar o afastamen afastamento to de nossos n ossos melhores melhores técnicos do poder de decisão. decisão. Noss Nossos os profissionais profissionais precisam precisam defender, à luz dos recentes rece ntes fatos,o fatos, o retorno retor no de d e nossa Engenhar Engenharia ia ao centr centro o das questões nacionais. Sem o tecnicismo tecnicismo desprovido d esprovido de bom senso que prefere ignor ig norar ar a polí p olítica tica.. Mas com com uma bala balança nça equilibrada, equilibrada, sobre a qual os parâmetros parâm etros técnicos sejam sejam vistos com o respei r espeito to que qu e merecem em qualquer qu alquer país civili civilizado zado do mun m undo. do. O Brasil Brasil precisa precisa saber se a pista do aeroporto aeropor to está em condições de operação; se as cont contenções enções do emboque emboq ue de um túnel tú nel são são seguras; seguras; se as cur curvas vas de uma um a nova rodovia foram bem projetadas. E é ass assim im que a História Histór ia nos coloca coloca o desafio desafio do cresc crescimento imento e da necessidade necessidade premente prement e de infra-

    

Qualificação de mão-de-obra Terceirização Treinamento Empresas na Bovespa Segurança no trabalho

estru es trutur tura. a. Em nome n ome do País, País,eng engenhei enheiros, ros, arquitetos e demais demais profissionais profissi onais da constru construção ção civil civil devem devem se colocar colocar à disposiç disposição ão para p ara que as obras o bras das d as quais necessitamos necessitamos sej sejam am projetadas e executad executadas as com qualidade, qualidade, se segurança gurança e dentro dentro da ética. ética. O momento mom ento requer umaa verdadeira um verdadeira conv convocaçã ocação. o. Que os bons bo ns profis pr ofissionais sionais saibam saibam atendê-la com determinação determ inação e coragem. coragem. 4

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www.revistatechne.com.br Confir onfira a no sit site e da Téchne  fotos extras das obras, plantas e informações que complementam conteúdos publicad publi cados os nest nesta edição ou est estão relacionados relacionados aos aos tema temas s acompanha acompanhados dos mensalment mensalmente e pela revista revi sta

Rea eaçã ção o álcali álcali- agregado

Fórum Téchne 

Nos extras da reportagem "Reação perigosa", o engenheiro civil Ercio Thomaz, pesquisador do Cet Cet ac-I PT (Cent (Centro ro de Tecnologi ecnologia a doAmbient Ambiente e Constr onstruído uído do I nsti nstitt ut uto o de Pesquisas PesquisasTecnológi ecnológicas cas do Estado de São Paulo) aulo),, responde r esponde a dez dez perguntas freqüentes sobre reação álcali-agregado (RAA).

O recebimento de comissão para a especificação de materiais (reserva técnica) é um procedimento procedimento correto? Entendo que a especificação de qualquer material deve ter como finalidade a melhor solução para o projeto do cliente (qualidade, durabilidade, preço e adequação às características do local). Se o especificador recebe "comissão", coloca em dúvida o próprio projeto e os mater ma teriais iais especif especificados icados,, pois, poi s, para auferir maior lucro, poderá optar pelos produtos mais caros e/ ou até dispe di spensá nsáveis. Maria Alilice ce Rodri odrigues gues Pereir ereira a

e d ra d n A io r é b i T e d l a o s s e p o rv e c A

24/ 07/ 200 2007 7 15:40

Não existe existe "o melhor melhor"" produto/ se servi rviço, ço, mas sim o de melhor desempenho para cada necessidade. necessidade. O conhecimento conhecimento deve ser o norte de quem especifica, e não o canto de sereia do ganho aparentemente fácil da comissão. Quem quiser se expor exigindo ou aceitando comissão, que o faça, assuma a responsabilidade, mas tenha o zelo de guardar a reserva técnica para eventuais eventuais necessidades de bancar os reparos materiais que venham a surgir. Já o reparo moral ...

Método Mé todo chinês chi nês o l o ri d n A s e u ig r d o R o c is c n a r F e d l a o s s e p o v r e c A

Aprenda sobre as peculiaridades do CCR (Concreto Compactado com Rolo) executado exe cutado de acordo com o método chinês rampado. A técnica proporciona, basicamente, uma movimentação otimizada das fôrmas e a eliminação da argamassa de liligaçã gação o entre ent re as subcamadas de concreto. Material disponível como conteúdo extra da reportagem "Mistura quase seca", sobre CCR.

Eduardo Muzzolon 27/ 07/ 200 2007 7 11:43

Agência sustentável Confira mais fotos das principais soluções sustentáveis da agência do Banco Real na Granja Viana, Viana, região r egião Metropoli Metr opolittana de São Paulo. A agência, apresentada na seção Técnica e Ambiente, recebeu certificado Leed (Leadership in Energy and Environmental Des esign) ign) deempreendimento empreendimento sustentável, sus tentável, o primeir primeiro o concedido concedido pela entidade enti dade naAmé Améririca ca do Sul.

8

o t n e m ia c n e r e G e o ã ç u rt s n o C e m e ri T : o ã ç a g l u v i D

Os softwares de cálculo banalizaram os projetos de estruturas e prejudicaram profissionais experientes? Não. Os softwares soft wares são apenasuma ferramenta que na mão dos grandes profiss profi ssionais ionais propiciam propiciam a elaboração elaboração de grandes grande s projetos. projet os. Mas a criatividade criati vidade e a experiência continuam sendo qualidades básicas que devem ter os bons profissionais da área, às quais software nenhum consegue substituir. Cesar Eduardo Dantas 19/ 06/ 200 2007 7 14:21

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ÁREA CONST STR RUÍ UÍD DA Passarel assarelaa metálica metál ica estaiada é entr entregue egue Em julho foi entregue a passarela estaiada qu e atrav atr avess essaa a avenida avenida Cidade Jardim, próxima à pon te de mesmo nome, na cidade de São Paulo. A obra, batizada Miguel Reale, atenderá cerca de cinco mil usuários da estação de trem anex an exaa à obra. A passapassarela é equipada com itens de acessibiacessibilidade – como como corrimão corr imão de duas altu-

ras, piso tátil e elevador elevador – e sua estrutura é suportada por 21 hastes hastes metálicas. lic as. A mais longa longa mede 53,5 m e a menor, 23, 23,2 2 m.O m. O aço aço da estrutu estrutu ra da passarela pass arela é do tipo Cor ten, material resistente resis tente à ação das intem intempéries. péries. A altura d a passarela passarela é de 6,10 m, que atende à n ece ecessidade ssidade de passagem passagem de caminhões altos.

a id h ic M n o lti M

Constr onstruçã uçãoo quer ac acaba abarr co com m balancim ca catr trac acaa Os empresários do setor da constru ção civil querem acabar, em cinco anos, com a utilização de andaimes suspensos tipo catraca. catraca. A informação informação partiu do diretor do setor de Relações Capi-

tal-Trabalho do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São São Paulo), Haruo Ishi Ishi-kawa, kaw a, dur durante ante um se seminário minário sobre segurança em manutenção m anutenção de fac fachadas hadas

na sede da entidade. Seg egundo undo Ishik Ishikaawa, a eliminação eliminação desse tipo de balancim visa preservar os trabalhadores do intenso esforço ergonômico necessário para par a deslocar deslocar o equipamento.

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Soluções estruturais em foc focoo O Construtech 2007 – Fórum PINI de Tecno Tecnologias logias & Negócios Negócios da Construção trará no dia 24 de outubro, em São Paulo, um ciclo de palestras sobre cases de projetos estru estru tur ais diferenciados. Foram Foram sel selecionadas ecionadas obras como a "Ponte do Gênesis II" ( Téchne 113), o "Hospital Maternidade São Luiz Anália Franco", a "Segunda Ponte sobre o rio Or inocc inocco", o",

i n a is d n a C o n a i c u L

na Venezuela, Venezuela, e o "Cent "Cent ro d e Convenções do World Trade Center". Profissionais reconhecidos e premia-

dos como o engenheiro Roberto de Oliveira Alves ( Téchne 94), da Figueiredo Ferraz, Flávio Flávio Cor reia D'Alambert, D'Alamber t, Virgílio Augusto Ramos e Marcelo Waimberg fazem parte do time de palestrantes. O evento será realizado no Centro de Convenções Frei Caneca, Caneca,na na região central da capital paulis pau lista. ta. Para mais m ais informações e inscrições, acess acessar ar www.pin www.piniweb.c iweb.com/  om/  ConstruT Constru Tech/, envia enviarr um e-mail para [email protected] ou ligar para (11) 2173-2396.

Pav avim imento ento de conc concrr eto em Cur Curititiba iba A ave avenida nida Santa Bern Bernadeth adethe, e,trecho trecho de 6 km que liga o centro centro de Curitiba à rodorod ovia BR BR-476, -476,éé mais uma um a via da capital pap aranaense que recebe pavimentação em concreto. concre to. Para a obra, a Prefeitura Prefeitura contou com a consultoria e o apoio técnico técnico da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), incl incluindo uindo a elaboraelaboração do projeto, o treinamento de execuexecução para os técnicos e mestres-de-obras mestres-de-obr as e

o acompanhamento de todo o proces processo so de execução execução da construção constru ção da via.A obra contemplou ainda a utiliza u tilização ção de piso intertrav intertr avado ado em todos os cruzamentos e travessias e concreto compactado com rolo na sub-base do pavimento.A avenida teve uma área total pavimentada de 43.195 43.1 95 m² m²,, que consumiu 9.476 9.476 m³ de concreto, concre to,alé além m dos 4.980 4.980 m³ de concreto compactado com rolo.

ra u it fe re P : o ã ç a lg u iv D

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Á REA CON STRU Í DA

Semi eminár nário io discute discut e integraç integr ação ão de pr projetos ojetos A integração digital entre as diverdiversas etapas do processo produtivo da indústria da construção foi o tema centr ce ntr al do Seminário Seminário Int ernacional de Tecnologia de Informação e Comunicação na Construção Civil. Considerado uma tendência irreversível na indústria da construção, o conceito de mod ela elage gem m d e informação na construção (BIM, na sigla sigla em inglês) prom ete a realização realização de projetos de forma colaborativa entre os diversos profissionais envolvidos vol vidos no p roces rocesso so de pr odução de um edifíc edifício. io. Dessa Dessa forma, todo s os especialis especialistas tas moldam em con jun-

to um mesmo pr ojeto. Ness Nessaa etapa da obra, o recurso, já disponível disponível em programas comercializados no mercado,t ende a reduzir reduzir a ocorrência de interferências ent ent re projetos de naturezas diferentes – como de estru es tru tur as e in stala stalações ções hidráulica ou elétrica. Em estágio estágio avançado avançado de desenvolvimento desenv olvimento estão as pesquisas para integrar a etapa d e projetos e orçamento, controle de consumo de materiais e outras atividades característicass do canteiro de obras. racterística Entretanto, como ainda não se trata de uma tecnologia tão difundida entre os membros da indústria da

constru ção, o principal desafio apontado pelos participantes deve deve ser a superação da resistência resistência a mumu danças e o treinamento dos engenheiros. O seminário, que teve a participação de pesquisadores e profissionais sul-americanos e europeus, ocorreu ocorreu du rante o 3 o Encontro de Tecnologi Tecnologiaa de In formação e Comunicação na Construção Civil, realizado em Porto Port o Alegre Alegre em em julho. O evento evento foi organizado pelo Norie (Núcleo Orientado para a Inovação da d a Edificação) Edificação) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Altur Alt uraa de co constr nstruçõe uçõess em torno tor no de parques é limi li mitada tada em SP SP O Conpresp (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico de São Paulo) aprovou n ovas regras regras para as construções no entorno dos Parques da Acli Aclimação mação e da Independên cia,n a

zona Sul Sul da capital. De acordo acordo com as regulamentações, as constr constr uções localizadas nas ruas imediatamente contíguas a essas áreas verdes não poderão ter mais do que 10 m de al-

tur a. Nos quarteirões mais afa afastados, stados, as construções poderão ter até 25 m de altur altur a. O topo das antenas instalainstaladas na região região também n ão poderá ultrapassar os limites estabelecidos.

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Metr Me trôô paul paulis istano tano tem nov n ovaa estação estação A estação estação Alto do Ipir Ipiranga, anga, localizada na linha verde do Metrô da capital,, foi inaugurada no final do capital mês de junho. Com um fluxo de cerca ce rca de 40 mil entradas por dia, possui dois acessos acessos que p ermitem chegar ao corpo d a estação e às plataformas de embarque, que ficam ficam a 25 m abaixo do nível da ru a. A estação conta com dois elevadores especiais, sete escadas fixas e dez rolantes – cinco para subida e cinco para descida. Essas escadas rolantes são "inteligentes" e funcionam com velocidade velocidade reduzida quan do não h á usuários sobre elas, elas, permi-

tindo a economia de energia. energia. O último nível de piso antes das plataformas é um mezanino de distribuição em estrutu ra metálica com com laje em steel dec estrut ura está d eck  k . A estrut sustentada suste ntada por 44 tirantes no túnel do corpo da estação. De acordo com o Metrô, Metrô, es esse se tipo de estrutura será utilizado na m aioria das estações da Linha 4 – Amarela. Uma Uma pintura especial protege a laje da ação açã o do fogo por até 90 minutos: a tinta utilizada é intumescente e, sob a ação do fogo, transforma-se em uma d ensa espuma espuma que prot ege a estrutu estrutu ra.

o ri é lv i S

te ie C

Índices de qualidade para habitação popular Uma equipe equip e da UFRGS(Universidade Federal do Rio Grande do Sul) vai desenvolver um sistema de indicadores de qualidade para a habitação de interessee social. ress social. A idéia idéia é propor metodo-

logias para avaliação do processo de execução de obras, da satisfação de usuários e gestão gestão da operação o peração e manutenção do produt o final. final. A equipe de pesquisadores testará testará as metodolom etodolo-

gias em obras do Rio Grande do Sul.A gias pesquisaa contará com o apoio finanpesquis ceiro ce iro da Finep (Financiadora de Es Estutudos e Projetos) e do Programa de Tecnologia de Habitação (Habitare).

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ÍNDICES Cus ustos tos de Edificações em São Paul Paulo o

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Preços de construção sobem em julho, mas alta acumulada é inferior à variação do IG I GP-M

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Índice Índ ice PINI de Custos de Edificações encerrou encerrou o mês registrando O alta de 0,15%, percentual inferior à

20

inflação, que segund inflação, segundoo o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) foi de 0,28%. Nos últimos 12 meses, a alta do IPCE já chega chega a 3,31%, 3,31%, por porém ém a variação também é inferior à do IGP-M, que no mesmo período soma 4%. Dos reajustes ocorridos, o d a cal hidratada hidrat ada foi um dos d os mais significatisignificativos,, chegando vos chegando a 3,78%. Em Em junho o saco da cal hidratada custava R$ 5,09 e este mês pulou para R$ 5,29. Em julho não n ão ocorreram defl deflaçõe açõess significativ sig nificativas as que contribuíssem cont ribuíssem para p ara a queda do índice ín dice e apenas apenas o preço do fio isolado com PVC permaneceu em queda pelo segundo mês consecutivo devido à instabilidade no preço do cobre. Em junho o rolo de 100 m do fio isolado custava R$ 94,49, caindo em seguida para p ara R$ 89,55, o equivalente a 5,23%. Insumos como a areia lavada, a barraa de aço CA-50 barr CA-50 3/8" e o cimento Portland CP II apresentaram discreta variação variaç ão de preço, enquanto a p edra britada brit ada e a tinta t inta látex PVA PVA mantiveram-se amse com preços pr eços estáveis. estáveis.

Índice PINI de Custos de Edificações (SP) Variação (%) em relação ao mesmo período do ano anterior I PCE materiais I PCE global I PCE mão-demão-de-obra obra

25

15 10 8,39 7,20 5 6,12

0

Jul/ 06 06

8 7 6

8 7 6

Set

8 7 6

8 7 6

Nov

8 7 6

7 7 6 Jan

6 6 6

6 5 5 Mar

6 6 5

6 6 5 Mai

5 4 3

5,82 3,31 0,62 Jul/ 07 07

Data-- bas Data base: e: mar/ 86 dez dez// 92 = 100 IPCE – São Paulo global mat eriais mão-de-obra Jul/ / 006 110.411,03 53.220,27 57.190,76 ago 110.432,28 53.241,52 57.190,76 set 110.443,36 53.252,61 57.190,76 out 110.677,85 53.487,10 57.190,76 nov 110.937,11 53.746,35 57.190,76 dez 111.010,59 53.819,83 57.190,76 jan 110.759,12 53.568,36 57.190,76 fev 110.716,18 53.525,42 57.190,76 mar 110.289,87 53.099,11 57.190,76 abr 110.315,81 53.125,06 57.190,76 mai 113.722,37 53.493,24 60.229,13 jun 113.900,14 53.671,02 60.229,13 Jul/ / 007 114.065,53 53.547,83 60.517,71 Variações % referente ao último mês mês 0,15 -0,23 0,48 acumulado no ano 2,75 -0,51 5,82 acumulado em 12 meses 3,31 0,62 5,82 Metodologi Metodol ogia: a: o Índice Í ndice PI PI NI de Custo Custoss de Edif dificações icações é compost composto a part partirir das variações dos preços de um lote básico de insumos. O índice é atualizado por pesquisa realiza reali zada da em São São Paulo. Paulo. Período de coleta: colet a: a cada 30 dias di as com pesquisa na última semana do mês de referência. Font onte: e: PI PI NI Mês e Ano

Suporte Técnico: para tirar dúvidas ou solicitar nossos Serviços de Engenharia ligue para (11) 2173-2373 ou escreva para Edit Editora ora PINI, PINI , rua Anhaia, Anhaia, 964, 01130-900, 01130- 900, São São Paulo Paulo (SP). Se Se preferir, preferi r, envie e-mail: [email protected]. Assinantes poderão consultar índices e outros serviços no portal www.piniweb.com

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IPT RESP SPO ONDE

Envie sua pergunta para a Téchne. Utilize Utili ze o cartão-r esposta encartado na revista.

Ensaio de ar ar r anca ancament mentoo O que é e como é feito o teste de arrancamento arranca mento de reve r evesti stimentos mentos argamassados para fachadas? Existem tabelas de avaliação com resistências admissíveis? Quais equipamentos são utililiza uti zados dos nesse nesse teste? Reges F. M. da Cunha Blumenau (SC)

O Teste Teste de Arr Arrancamento ancamento é um ensaio realizado segundo o método prescrito na norma NBR 13528:1995 – Revestimentoss de paredes e tetos de argamassas mento inorgânicas – Determinação da resis r esistêntência de aderência à tração – Método de ensaio. A avaliaç avaliação ão da aderência aderên cia é feita segundo a NBR 13749:1996 13749:1996 – Revestimentoss de paredes e tetos de argamassas mento inorgânicas – Es Especif pecificaç icação, ão,que que diz: d iz: "5.7 Aderên Aderência cia O revestimento de argamassa deve apresentar aderência com a base e entree suas camadas constituin tes, ava entr ava-liada conforme 5.7.1 e 5.7.2. 5.7.1 Avaliar a aderência dos revestimentos acabados por ensaios de percussão, realizados atr atravé avéss de impactos leves lev es,, não contun contun dentes, com martelo de madeira ou outro instrum ento rijo. A avaliação avaliação deve ser feita em cerca de de 1 m², se sendo ndo a cada 50 m² p ara tetos e a cada 100 100 m² para paredes. Os revestirevestimentos que apresentarem som cavo nesta inspeção, inspeção, por amostrage amostragem, m, devem ser integralmente percutidos para se estimar a área tot al com falha de aderência,a aderência, a ser ser reparada.

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li o r a d n a c S o l e c r a M

Tabela 2 – LIMITES DE RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO (RA) PARA EMBOÇO E CAMADA ÚNICA ÚNICA Local

Parede

Acabamento Acabament o

I nt nterna erna Ext xterna erna

Ra

Pint ura ou base para reboco Cerâmica ou laminado Pint ura ou base para reboco Cerâmica

Tet eto o (Unidades em mega megapasca pascal) l)

5.7.2 Sempre que a fiscalização julgar necessário, devem ser realizados realizados ou solicitados a laboratório especializado a execução ex ecução de pelo menos m enos seis ensaios de resistência resis tência de aderência à tração, conformee NBR form NBR 13528, 13528,em em pontos pon tos escolhiescolhidos aleatoriamente, aleatoriamente, a cada 100 100 m² ou menos de área suspeita. suspeita. O revestimenrevestimento desta área deve ser aceito se de cada grupo de seis ensaios ensaios realizados (com idade igual ou superior a 28 dias) dias) pelo

0,20 ≥ 0,30 ≥ 0,30 ≥ 0,30 ≥ 0,20 ≥

menos quatro quat ro valores forem forem iguais ou superiores aos indicados na tabela 2". Existem Exis tem dive d iversos rsos fornecedores forn ecedores de equipamentos pament os para ex execução ecução dos testes de aderência, sendo recomendável recomendável busca busca em catálogos especializados especializados ou mesmo m esmo via intern et. Al Alguns guns deles deles:: Dinateste; Consulcret;Panambra; Consulcret; Panambra; Solotest. Crist ristina ina Kanaciro I PT– Cetac (Centro de Tecnologi ecnologia a do Ambiente Construído)

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CARREIRA

Sel mo Kupe uperr man Engenheiro especializou-se em tecnologia do concreto e trabalhou na constr construçã ução o das principais pri ncipais hidrel hi drelétr étricas icas do País País

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uando partiu para a graduação, em 1963, não havia para Selmo Kuperman muitas opções além dos principais cursos das áreas de Exatas, Humanas Hum anas e Biológica Biológicas. s. Direito não estava em em seus planos; Medi Medicina, cina, talv talvez ez estivesse, mas a longa extensão do curso não atraía o vestibulando. Como pretendia trabalhar na indúsil tria automobilística, carro-chefe da o r a d n política desenvolvimentista de Juscelia c S lo no Kubitschek, Selmo partiu para a e c r a M Engenharia Mecânica da FEI (Faculdade de Engenharia Engenharia In dustrial), que PERFIL cursou durante um ano. Nome: Selmo Chapira Kuperman Não se adaptou ao curso, prestou Idade: 61 anos novo vestibular e entrou na Escola PoliGraduação: Engenharia Civil, técnica da USP (Universidade de São em 1969, pela Escola Politécnica Paulo). Paul o). Durante o cic ciclo lo básico básico do primeiro ano, ass assistiu istiu a algumas aulas em da Universidade de São Paulo Pós-- graduações: especialização Pós Mecânica, Minas e Civil, e finalmente em Materiais de Construção pelo escolheu esc olheu a última. últ ima. "T "Talv alvez ez eu eu tenha ten ha ido Laboratório Nacional de Engenharia para a Engenharia Civil porque tinha o Civi ivill de Port Portuga ugal;l; em Materiai Materiais s para para melhor time t ime de futebol da faculdade", Constr onstrução ução Civ ivilil na Taylor Woodrow brinca. br inca. "Aengenhar engenharia ia civil civil não estava no Research Laboratories da Grãsangue. Na verdade, verdade, acontece acont eceu u por Bretanha; em Concrete Construction acaso." Durante o curso, estagiou em na Universidade da California –  uma construtora e no escritório de cálBerkeley (EUA); mestrado e doutorado culo estrutur estru tural al de Julio Kass Kassoy oy e Mário em Engenharia Civil pela Escola Franco.Concluiu Franco.Con cluiu a graduação e foi foi para Pol olitit écnica da USP o IPT (Instituto de Pesquisas TecnológiEmpresas em que trabalhou: I PT, cas do Estado Estado de São São Paulo), trabalhar Themag Engenharia, USP e Desek como pesquisador na n a área de tecnologia Cargos exercidos: membro de de concreto e materiais m ateriais de construção. comit ês técnicos t écnicos da A AB BNT, do Ameri American can No início da d a década de 1970 veio o Concrete I nstit ute e da Am American erican "Milagre "Mil agre Econôm Econômico" ico" e o período de Society for Testing and Materials, investimentos em infra-estrutura. A presidente do I bracon e professor professor demand a por engenheiros civis civis crescresconvidado da USP ceu e a Themag,que Themag, que presta pr estava va consulto-

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ria em obras de barragens, anunciou uma vag vagaa - que qu e ficou ficou com Selmo - para p ara pesquisa de tecnologia de concreto em barragens. barrage ns. Foi o momento mom ento de participar de obras de porte, entre elas Ilha Solteira e Jup Jupiá. iá. Prestes Pres tes a concluir concluir o mestrado, em 1973,, o engenheiro quis estudar fora 1973 do País. País. Quand Quando o sua empresa lhe lhe garantiu rant iu que não perderia seu seu posto, solicitou bolsa de estudos em Port ugal e na Inglaterra.Quase Inglaterra. Quase ao ao mesmo tempo, teve seu pedido atendido pela Fundação Calouste Gulbenkian Gulbenkian portu po rtugues guesaa e pelo CBI (Confederação das Indústrias tr ias Britân Britân icas icas,, em inglê in glês). s). Para não perderr as duas oportunidades perde oport unidades,, pediu o adiamento da bolsa inglesa e partiu para Portugal, Portugal, onde ficou ficou por um ano pesquisando concretos expansivos no LNEC LNE C (Laboratór (Laborat ório io Nacional de Engenharia nhar ia Civ Civil). il). E joga jogando ndo futebol. Nos dois semestres, semestres, foi bicampeão bicampeão do campeonato do d o LNEC LNEC com o time de brasileiros de que fazia parte. Encerrada a temporada em Portugal, Selmo partiu para a Inglaterra, onde estagiou por mais um ano no laboratório de pesquisas da empreiteira Tayl aylor or Woodr Woodrow ow.. Participou do projeto pr ojeto de constru construção ção de um reator de plutônio de uma um a usina nuclear, nuclear, cujo concreconcreto exigia altíssima condutividade térmica. "Trabalhávamos para conseguir o recorde mun mundial dial de condutividade, condutividade,ee conseguimos", conseg uimos", explica. O concreto final,, alé final além m de água, aditiv aditivos os superplastificantes tific antes e cimento cimento Portland, Port land, tinha aço como agregado graúdo e hematita TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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Dez questões questões para par a Selm Selmo o Chapir Chapira a Kuperman Kuperm an 1 Obras marcantes das quais Hidrelétr elétricas icas participou: Usinas Hidr de Ilha Il ha Solt olteira, eira, I t aipu, Tucuruí, Lajeado, La jeado, Peixe Angical Angical e Porto Primavera

2 Obra mais significativa da engenharia bras engenharia brasileir ileira: a: Usinas hidrelétr hidrel étricas icas de I t aipu, pela pela dimensão dimensão e pela preocupação com a logística que exigiu, e de Tucuruí, pela dimensão e pelo desafio de se trabalhar na região Amazônica

3 Realização profissional: ve verr que trabalhos que desenvolveu ao longo da carreir carreira a foram úteis para outros outr os engenheiros engenheiros

Politécnica da Universidade de São Paulo

7 Conselho ao jovem profissional: estudar sempre, procurar coisas novas, não esmorecer e estar sempre a par do que já foi feito no passado

8 Principais avanços tecnológicos recentes: concreto compactado com rolo, os avanços nos adit adit ivos para concreto, concreto, o advento de softwares  que tornam possíveis cálculos que eram impossíveis de serem realizados no passado

9 Indicação de livro: Concreto –  4 Mestres: os engenheiros Roy Carlson, José Carlos Gam, Mikos Polivka, Eladi ladio o Petr Petrucci ucci e Milt Milton onVargas

5 Porque escolheu ser engenheiro: quando prestou vestibular, não queria ser médico ou advogado, as outras opções de carreira mais atraentes na época

6 Melhor instituição de ensino de engenharia: Escola

como agregado miúdo. "F "Foi oi necessário necessário estudar es tudar muito concre concreto to pesado e radiação." Voltou ao Brasil em 1978, concluiu cl uiu seu mes m estrado trado e foi chamado para trabalhar nos n os projetos das barragens barragens de Itaipu, Porto Primavera Primavera e Tucuru Tucuruí. í. Ciclo parecido ele enfrentou durante seu doutorado. Depois que comcompletou os créditos nece n ecessá ssários, rios, rece recebeu beu em 1981 convite de Roy Carlson – prop rofessor americano que prestou consul-

Ensino, Pesquisa e Realização, organiza organi zado do por Geraldo Geraldo C. Isaia I saia e editado pelo I bracon em em 2005

10 Um mal da engenharia: a engenharia não faz mal, algumas pessoas fazem mal à engenhari engenh aria. a. A formação dos engenheiros preza a busca por imediatismo e a solução dos problemas sem diagnosticá-los da forma corret correta a

toria durante a construção da barragem ge m de d e Ilha Solteira Solteira – para estudar estud ar na na Universidade da Califórnia, em BerkeBerkeley. O então doutorando não hesitou em partir para a instituição que havia desenvolvido desenv olvido os pr imeiros concretos expansivos ex pansivos.. Visitou ali a primeira prim eira barragem construída com concreto compactado com rolo. r olo. Voltou ao Brasil e concluiu o doutorado douto rado em 1983. Na década de 1980, 1980, foi para Brasí-

lia ajudar a desenvolver desenvolver um Programa de Controle de Operação de Manutenção de Barragens com a Eletron Eletronororte. Lá, também elaborou elaborou um dos poucos memoriais de construção de barragens do País, País, com informações inform ações detalhadas da fase de projeto da d a hidrelétrica de Tucur Tucuruí uí às informações infor mações técnicas de operação. Tudo reunido em sete volumes,h vol umes,hoje oje encontr encontrados ados em pou cas bibliotecas.. Selmo lament bibliotecas lamentaa que trabalhos como esse não sejam prática comum em obras obr as desse desse tipo. "Docu"Documentos como esse são fundamentais para os engenheiros saberem como foram ex executados ecutados projetos pr ojetos dessa magnitude", ex explic plica. a. Na época da publica publica-ção,aa Eletrono ção, Eletronorte rte distribuiu distribu iu exemplaexemplares entre quase qu ase todas as bibliotecas bibliotecas de engenharia civil do País, mas hoje a obra é pouco conhecida. conhecida. "N "Nas as poucas bibliotecas que têm ess esses es exemplares, exemplares, poucos pou cos lêem o material,que material, que é riquíssimo. Ass ssim, im, não há uma transferênci transferênciaa efetiva efe tiva de conhecimento de uma u ma geração para outra." Um ano após a conclusão do doutorado, foi convidado para dar aulas em tempo integral na USP, onde havi h aviaa se form formado. ado. Selmo recusou o convite, mas fez um acordo com a Politécnica para dar aulas como professor convidado na pós-graduação,tud pós-graduação, tudo o sem sem custos para a Universidade. "Achei que seria uma retribuição r etribuição à Es Escola cola onde eu estudei de graça, onde eu tive bons professores, profess ores, bons laboratórios", conta. O curso é dado até hoje. ho je. Em 2006, também se desligou da empresa em em que trabalhou tr abalhou durante dur ante 36 anos para dedicar-se apenas à Desek. Essa consultoria, Selmo montou em 2002, quando ainda trabalhava na Themag. Mais uma vez, entrou em acordo com a empresa – manteria os dois empregos, empregos, desde que não concorressem pelos mesmos projetos.

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MEL ME LHORES PR PRÁT ÁTIICAS Contrapiso Embor mbora a simpl sim ples es e usual, execução execução do contr contrapiso apiso demanda atenção tanto a detalhes detal hes como aos tempos tem pos de execução execução

Preparo Prepar o da base base Resíduos esíduos,, restos r estos de argamas ar gamassa e outros out ros materiais devem ser retirados, assim como devem ser ser removidos r emovidos óleos, graxas, graxa s, colas, colas, tint t intas as ou produtos químicos eventualmente presentes na superfície superfíci e da base. Resíduos Resíduos aderi aderidos dos podem ser removidos com uso de picão, vanga ou ponteira e marreta. Pó e partículas soltas são eliminados com vassoura dura, tipo piaçaba.

Taliscas s o tt a M ia f o S : s o t o F

Limpos e umedecidos, os pontos ao longo do perímetro que receberão as taliscas devem ser polvilhados com cimento para formar uma nata nata que garanta a aderência da argamassa de assentamento, que deve

ter composição, dosagem e umidade idênticas idênt icas à do contrapiso. Executando Executando essa etapa previamente ao contrapiso, contr apiso, é possível treinar as equipes e controlar os níveis das taliscas.

Camada de aderência Com a superfície limpa e livre do trânsito de pessoas, a base deve ser lavada com água em abundância. No dia seguinte, retirado o excesso de água, a camada de aderência é criada polvilhando polvil hando-se -se cimento com peneir pene ira a numa quantidade quantidade de 0,5 kg/ m2 e espalhando com vassoura vassoura até obt obter er uma fina fi na película. películ a. Umavez que a nata de cimento não pode endurecer, o procedimento deve ser realizado em etapas e imediatamente antes do lançam l ançamento ento da argamassa. argamassa.

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Apli cação Aplica ção da argamassa Se o contrapiso tiver até 30 mm de espessura, a argamassa pode ser espalhada, com enxada, de uma só vez. Caso contrário, em duas ou mais camadas. De qualquer maneira, é importante compactar cada camada de argamassa com soquete, eliminando vazios e, assim, proporcionando maior res r esistência istência do contrapiso contr apiso aos esforços mecânicos.

Constr onstrução ução das mestr mestr as Auxiliares ao nivelamento, as mestras devem ser ser executadas imediatamente imediatament e antes da execução execução do contrapiso. cont rapiso. Para tanto, ao concluir a camada de aderência, espalha-se argamassa entre as taliscas. Com auxílio de um

soquete, compactar energicamente o material contra cont ra a base base até ati ati ngir o nível estabelecido, o que ocorre ao cortar cort ar os excessos excessos com auxíli auxílio o de uma régua de alumínio apoiada sobre as taliscas. tal iscas.

Acabamento superficial O acabamento mais comum é o desempenado, dese mpenado, realizado r ealizado após o sarrafeamento com régua metálica e obtido com desempenadeira de madeira, passada passada em movimentos moviment os circulares. Elimina pequenas irregularidades e é indicado para quando o revesti revestimento mento é fixad fi xado o com disposit dispositivos ivos ou argamassa colante. Nos casos em que a fixação é com adesivo à base de resina, o mais mai s adequado adequado é o acabamento acabamento alisado, obtido com desempenadeira de aço ou colher de pedreiro. Colabor olaboraçã ação: o: engenheira engenheir a Mércia Bot Bottur tura a de Barros, Barros, professora pr ofessora doutora doutor a da Escola Poli Politécni técnica ca da Universi Universidade dade de São São Paulo, engenheiros José Tadeu Capelossi, Elayne Rodrigues de Matos, Oswaldo Nannini e Alexandre Britez, da Cyrela Brazil Realty

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ENTREVISTA

Tor r es pré pr é- mol da dada das s Nos últim últ imos os anos, anos, o desenvo desenvoll vimento dos prépr é-fabri fabrica cados dos de conc concrr eto possibilitou possibil itou sua utilizaç util ização ão mais intensiva i ntensiva em em estrutur estr uturas as de edifícios al al tos ARNOLD VAN ACKER Mestre em Engenharia Civil pela Universidade de Ghent, Ghent, na Bélgi Bélgica, ca, VanAck Acker er t rabalhou por 45 anos na indústria indústr ia de pré-moldados de de concreto, em pesquisa e desenvolvimento de produtos e estruturas; participou também de comitês de padronização técnica europeus. AposentouAposentou-se se em 2001, mas ainda participa de atividades do setorr na Febe (Federação Belga seto Belga de Concret oncreto o Préré-moldado) moldado) e na FIB (Federaç (Fe deração ão I nternacional do Concret oncreto). o). Foi condecorado pela FI FIP P (Federaç (Fe deração ão I nternacional da Prot rotens ensão, ão, na tradução tradução livre) li vre) por sua contribuição contri buição ao dese desenvo nvolvi lvimen mentt o do concreto protendido prot endido e pré-moldado. Foi premi premiado ado pela Federação Federação I nternacional do Concreto Protendido, pelo Comitê Europeu de Padronização e outras entidades belgas belga s e internacionais. i nternacionais.

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l a o s s e p o v r e c A

á ainda um certo receio de se utiliH zar elementos pré-fabricados em construções altas e esbeltas, esbeltas,como como edifícios com comerciais erciais ou residenciais.N residen ciais.Não ão sem razão,uma razão,u ma vez que não faltam dificuldades técnicas para garantir a estabil estabilidade idade estrutu es trutural ral de todo o conjunto,princi conjunto,pr incipalpalmente à ação de forças horizontais, como as do vento. vento. Mas a tendência tendência pode estar mudando: Arnold Van Acker, membro memb ro da FIB (Fede (Federação ração InternacioIntern acional do Concreto), Concreto), tem acompanhado acompanhado a explosão expl osão do uso u so da pré-fabric pr é-fabricação ação nos paísess europeus,sobretudo paíse europeus, sobretudo em seu país, a Bélg Bélgica,e ica,e na Holanda. H olanda. Em Rotterdam Rotterdam,, recentement rece ntementee foi erguido erguido um u m edifício de 142 m de altura altur a e 42and andares, ares,37 37 delesem pré-moldados. pré-m oldados. A conce concepção pção estrut estrutural ural mais comum dess dessee tipo de construção constru ção compreende uma espécie de "espinha dorsal"", moldada in loco, cerc dorsal cercada ada pelos pelos

elementos pré-moldados do restante da estrutura. estrutu ra. Es Esse se núcleo monolítico é um dos principais pr incipais responsáveis responsáveis pela garantia da estabilidade horizontal da torre. Outros aspe aspectos ctos,, entretanto, norteiam os projetos que qu e empregam esse sistema construtivo. De acordo com o engenheiro nh eiro belga, belga,após após os ataques terroristas de 11 de setembro, desenv desenvolv olverameramse os estudos sobre colaps colapsoo progressi p rogressi-vo em estru estruturas turas pré-moldadas. Uma série de dispositivos deve ser prevista em projeto para permitir que, caso qualquer elemento seja retirado da estrutura, ela seja capaz de redistribuir as cargas sem colocar em risco os usuários. usuár ios. Foi convidado pela p ela ABC ABCIC IC (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto) para palestra na feira Concrete Show (São Paulo,15 Paulo, 15 a 17 de agosto). TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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Como tem evoluído o uso de pré- moldados de concreto concreto em edifícios altos?

Nos últim os cinco anos, ano s, na Bélgic Bélgicaa e na Holanda, houve uma verdadeira explosão de construções de edifícios pré-moldados, pré-m oldados, que chegam chegam hoje a altur as de mais de 142 m. Até Até os anos 1990, o concreto pré-moldado não era muito usado nesse segmento de mercado, mas recentes recentes avanços avanços na indústria de pré-moldados mudaram muito ess essee quadro. Quais as vantagens da utilização desse sistema construtivo?

Com o uso de elementos elementos protendidos em vigas e lajes, lajes, podem-se podem- se obter vãos maiores e construções constr uções mais esbeltas. esbeltas.Em Em construções constru ções indu industriais striais e comerciais comerciais,, os vãosda cobertura cobertur a podem cheg chegar ar a 40 m. Em garagens, garagens,oo pré-moldado pré-m oldado possibilita possibilita que os usuários coloquem mais m ais carros carros no mes m esmo mo espaço, espaço, em função não apenas dos maiores vãos vãos,, mas também das menores menor es seçõe seçõess dos pilares. pilares. Em prédios de escritór escritórios, ios, a tendência é a de construir tru ir espaços espaços amplos amplos e abertos, abertos, com os ambientes separados por divis divisórias. órias. Isso tem impacto sobre o valor dos edifícios?

Atualmente é muito comum edif edifícios ícios de escritórios de médio porte terem vãos de até 16 m entr en tree fachadas e lajesde apenas 400 mm de espessura, espessura, sem colunas internas. intern as.O O conceito se encaixa perfeitamente nas atuais demandas do mercado por flexibilidade e adaptabilidade, mesmo depois de um longo período de uso. A maior adaptabilidade implica aumento aumen to da vida útil út il do edifício edifício e,des e, dessa sa maneira,o maneira, o edifício edifício mantém se seuu valor comercial por um período maior. Que avanços proporcionaram o aumento do us uso o de prépré- fabri fabricados cados em edifícios altos?

“A aplicação do concret concreto o auto- adens adensáv ável el na indústria de pré- fabrica fabricado dos s está cresc crescendo endo com rapidez e esperaes pera- se que, dentro de alguns anos ano s, um uma a considerável parte da produção empregue ess es sa te tecnologia” cnologia” Por exemplo, exemplo, os concreto concretoss com com resistências acima de 100 100 MPa, que já são bem conhecidos pela indústria de pré-fabricados. A maioria das fábricas fábricas européias os utiliza diariamente. O maior benefício para grandes estr estrutu utu-ras diz respeito à melhoria m elhoria da eficiêneficiência estrutur estrutural, al,implic implicando ando a produção prod ução de peças mais esbeltas esbeltas e a maior otimização mizaç ão do u so de materiais. Out Outra ra característica positiva positiva é a maior m aior resistência contra o frio e contra a ação de agentes age ntes químicos quím icos.. As maiores vantagens são obtidas em componentes vert ve rticais icais,, espec especialmente ialmente em pilares. E como a indústria recebeu o concreto auto- adens adensável? ável?

Esse tipo de concreto é uma Esse um a solução nova e bastante promissora para a pré-fabricação. Ele dispensa a vibração e,des e,d essa sa forma, apresenta diversas diversas vantagens, como como a facilidade facilidade de bombeamento, a redução de porosidade superfic sup erficial, ial, concretagem concretagem m ais rápida das peças e com menor nível

de ruído e maior facilidade facilidade de concretagem de elementos densamente armados ou com reentrâncias comcomplicadas. A aplicação do concreto auto-adensável auto-adensáv el na indú stria de prépr éfabricados está está crescendo crescendo com rapir apidez e espe espera-se ra-se que, dentr dentroo de alguns alguns anos, um umaa consideráve considerávell parte da produção empregue essa tecnologia. Em que tipos de edifícios os pré- fabri fabricados cados têm sido mais empregados?

Na Bélgica, principalmente em prédios de escritórios de até 37 andares.Geralmente, ele eless têm um nú cle cleoo moldado in loco, com fôrmas trepantes, para se conseguir maior econom ec onom ia na construção. Ele é cercercado por uma estrutura toda em pré-moldados, compreendendo pilares, vigas e lajes protendidas. Por essee núcleo passam todas ess t odas as instalações do prédio, e a área útil dos escritórios localiza-se na parte prémoldada do edifício. Na Holanda, a estrutura pré-moldada mais alta é um prédio de apartamentos de 142 m de altura com fechamento estruturado. Os cinco prim eiros andares são moldados in loco, e os outros 37 pavimentos feitos com pré-moldados. O projeto foi exe executado cutado no ano passado na cidade de Rotterdam. Qual o limite de altura para esse tipo de estrutura?

O limite depende d epende de vários fatores, como a área das lajes,a lajes, a seção seção dos pilares, o tipo de fachada, a capacidade de carga das gruas, entre outros. Pessoalmente, eu creio que, com as soluções atuais, o limite gire em torno de 50 pavimentos. pavimentos. Quais os principais desafios enfrentados pelos projetistas de edifí edifícios cios pré- moldados moldados? ?

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ENTREVISTA Quando um es esquel queleto eto pré-moldado é usado em combinação com uma estrutur a central central moldada in dificuldades de projeto pr ojeto não loco, as dificuldades são muito diferentes do que as tradicionais estruturas moldadas in loco. No caso de uma estrutura completamente pré-moldada, inclusive com paredes pré-fabricadas, uma das preocupações deve ser verificar a deformação da estrutura sob a ação extrema de ventos. Entretanto, programas de computador computador modernos permitem elaborar projetos bem detalhados. Como garantir a estabilidade estrutural dess desses es edifícios? edifí cios?

Nas estru estrutur turas as mistas,a mistas, a estabilidade estabilidade estrutural dos edifícios é garantida pelo núcleo centr centr al moldado in loco. Um aspecto fundamental a se serr considerado em projetos estruturais com pré-fabricados é o de garantir a estabilidade estabi lidade com a combinação comb inação dos sistemas sis temas adequados: nú cle cleoo moldado in loco, paredes-diafragma rígidas, contrav contr aventam entam entos, lajes e cocoberturas bertu ras diafrag d iafragma. ma. Esforços Esforços resultantes da ação do vento, entre outros, sã sãoo n ormalmente transmitidos transmitidos aos elementos de d e estabilização estabilização pelas lajes e coberturas cobertu ras diafragma. Qual o papel desses elementos diafragma?

Sua função fun ção principal prin cipal é transf tran sferir erir esses esforços es forços horizontais, horizontais, atuantes em diversos pontos da estrutura, para os componentes compon entes de estabilização estabilização vertical a que estão ligados. ligados. Lajes e coberturas cobertur as pré-moldadas são projetadas para funcionar como grandes vigas horizontais. O núcleo, as paredes-diafragma e os demais componentes de estabilização agem como apoios para essa espécie de viga, absorvendo os esforços esf orços laterais. A queda dos edifícios do World Trade Center impactaram a indústria indús tria de pré- fabricado fabricados? s?

Depois da queda catastrófica das tor res gêmeas em Nova Yor York, k, as seguradoras pediram que os fabricantes de pré-m oldados tomassem 26

“Pessoalmente, eu creio que, com as soluções atuais, o limite [ de altura ] gire em torno de 50 pavimentos” as medidas necessárias para evitar o colapso progressivo após danos pontu ais na estrutu estrutu ra, em função do mau uso ou de atos terroristas no edifício. edifício. Uma Uma estrutu ra é nor malmente projetada para supor supor tar os carregamentos de uso normal do edifício, mas possivelmente ela não vai ruir catas catastrofica troficamente mente n o caso de mau uso ou acidentes moderados. Não se pode exigir que uma estrutura resista a carregamentos men tos excessiv excessivos os ou forças originadas de causas extremas, mas os danos não devem ser desproporcionais à causa original. Para tanto, o p rojeto deve considerar, considerar, por exemplo, que, se um elemento crítico é retirado da estrutur a devido devido a um carregamento anormal, ela seja capaz de redistribuir os esforços para os demais elementos estrut urais não danifi danificados cados.. Que pontos devem ser observados para evitar evit ar o colapso progressivo progressivo das estruturas?

As ligações e as armaduras de amarração devem ser projetadas para resistirem a esse essess esforços. A amar ração horizontal das vigas deve garantir a sustentação, em em balanço, da esestrutura circundante e, dessa forma, precisa estar estar firmemente firmem ente conectada. A suspensão da estrutura acima da região danificada é assegurada assegurada p or meio da instalação de tirantes verticais em em todas as colunas e paredes, par edes, do térreo à cobertura. Alé lém m dis disso so,, as vigas devem apresentar resistência, deformabilidade e ancorage an coragem m suficientes cie ntes para suportar supo rtar a área danificadanificada acima delas. É necessário, ainda, prevenir o desabamento dos pavi-

mento s afetados mentos afetados sobre os inferiores – o colapso progressivo geralmente ocorre pelo efeito cumulativo da queda dos escombros dos pavimentos mais altos sobre os mais baixos. baixos. O atirantamento longi longitudinal tudinal ancorando os painéis das lajes à estrutura de apoio dev d evee desempenhar ess essaa função. O que a indústria de pré- fabri fabricados cados pode fazer para se tornar ambientalmente sustentável?

Atualmente a maior p arte das atividades da construção civil ainda impõe ao ambiente um pesado ônus em term os de consumo de energia, uso de recursos naturais, poluição, ruídos e geração de resíduos. No contexto da construção sustentável, a indústria de pré-m oldados na EuEuropa vem vem dando dand o exemplo: exemplo: reduziu o consumo de materiais em 45%, o uso de energia en ergia em 30% e a geração de resíduos em 40%. Muitas fábricas fábricas estão reciclando reciclando todo o concreto – fresco e endurecido – perdido durante a produção produção,, e, no futuro, as fá fá-bricas de pré-moldados tr abalharão como um sistema de produção fechado, no qual todo o resíduo gerado será proces pro cessado sado e reutilizado. E na obra, o que é possível fazer?

No passado, passado, e ainda ainda hoje, as construções eram concebidas para um tipo tip o de destinação claro claro e definido, definido, sem muita preocupação com futuras restaurações ou mudanças mu danças de utiliz ut ilização. ação. Entretanto, ao longo do tempo essas construções não atenderão às novas exigências exig ências dos usuár usuários: ios: a única solução que lhes restará será sua completa readaptação ou a demolição de toda a estrutura. Ambas as soluções são caras, despendem tempo e não são amigáveis amigáv eis ao meio ambiente. No futuro, iss issoo se tor tornará nará mais m ais difíci difícill em fun fun-ção das cada vez mais severas regulamentações sobre geração de ruídos, resíduos, restrições de tráfego e outras outr as inconveniências. Como mudar essa prática?

A solução para o problema reside já na etapa de concepção do edifício. O projeto básico deve facilitar remodeTÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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lagens e redestinações posteriores, sem a demolição da estru tur a. Esse Esse projeto deve distinguir claramente a parte estrutural do edifício de seu acabamento.A parte estrutural compreende todas tod as as funções principais do edifício, edifício,como como a estrut estrutura ura submesubm etida a cargas, os corredores principais, as prin principais cipais tubu tubulaçõe lações. s. O acaacabamento compreende as divisórias, divisórias, equipamentos técnicos, elementos de fachada fachada não-estrutu não- estruturais rais etc. Em termos de qualidade, quais os ganhos obtidos com as estruturas pré- moldadas comparadas às estruturas metálicas?

Em comparação com as estruturas metálicas, as estruturas em concreto pré-m oldado têm algumas vantagens. vantagens. Entre elas, elas, a resistência resistência de duas horas hor as ao fogo sem qualquer outra proteção complementar, menor deformação das lajes protendidas em comparação com o steel deck  e melhor isolamento acústico acús tico.. Em Bruxela Bruxelas, s, na construção constru ção

“Não se pode exigir que uma estrutura resista a carregamentos excessivos ou forças originadas de causas extremas, mas os danos não devem ser desproporcionais à causa caus a original or iginal” ” de duas torres torr es gêmeas gêmeas – originalmente concebidas em estrutura metálica e steel deck  –, a aplicação dos prémoldados resultou não apenas em uma economia de 7% no custo da obra, mas também em um a exec execução ução na metade m etade do tempo previ previsto. sto.

Como é possível reduzir os custos de constr construção ução com com pré- fabri fabricados cados? ?

Todo sistema constru tivo tem suas características que – as de alguns mais, as de outros, menos – influe influennciam o custo global da obra. A préfabricação é freqüentemente considerada por projetistas inexperientes inexperientes como um a variante da moldagem moldagem in loco. Nessa Nessa abordage abord agem, m, a pré-fabrip ré-fabricação é tomada como um tipo de construção em que as partes separadas da estrutura são moldadas em fábricas especializadas especializadas e, posterior mente, montadas no canteiro canteiro de m aneira tal t al que o conceito inicial de esestruturas moldadas in loco é novament e obtido. Esse Esse ponto de vista é falso e conduz a uma pré-fabricação menos racional r acional e mais cara. E para diminuir os custos de produção das peças, na etapa industrial?

Com a mu dança do local de trabalho dos canteiros para as fábricas

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ENTREVISTA permanentes, será possível industrializar o negócio da construção civil. Produção industrial significa processos de fabricação fabricação r acionais e eficientes, efic ientes, trabalhador es mais qualificados, repetitividade das ações, controle da qualidade etc. A compecompetição e as demandas do mercado estão es tão forçando a indú stria a continuam ente se empenh empenhar ar pela melhomelhora da eficiência e das condições de tr abalho, por m eio do desenvolvidesenvolvimentoo e inovação de produtos, ment produ tos, sissistemas e processos. O que a indústria tem feito para garantir a resistência ao fogo dos pré- moldad moldados os? ?

A resistência resistência ao fogo de elementos elemento s e estruturas pré-moldadas já foi bastante questionada por projetistas em função da falta falta de mon olitis olitismo mo e da percepção de que os elementos protendidos apresentariam pior comportamento sob o fogo. Para conseguir a certificação necessária

“ No futuro futuro,, as fábricas fábri cas de prémoldados trabalharão como um sistema de produção fechado fechado,, no qual todo o resíduo gerado será processado e reutilizado reutilizado” ” de resistência ao fogo para seus produtos, a indústria de pré-fabrica pré-fabricados dos foi forçada a realizar pesquisas e numerosos testes nos vários tipos de produtos. Entre eles, ensaios de vigas, vig as, pilares, paredes e lajes em fornos; testes em edifícios industriais inteiros; ensaios e análises teóricas de cisalhamento cisalhament o de lajes alveolares alveolares protendidas.

Quais foram os resultados?

Quando se toma o comportamento real da estrutura estrutura como u m todo tod o sob a ação do fogo, chegou-se à conclusão de que as estruturas pré-moldadas freqüentemente apresentam melhor resistência resis tência a deformações resultantes de expansão térmica do que as similares mon monolíticas olíticas.. Iss Issoo ocorre,entre ocorre, entre outros, em função do concei conceito to específiespecífico de estabilidade estabilidade das estruturas estrutu ras prémoldadas, com suas ligações ligações articuladas entre vigas e pilares. Hoje é usual que as estruturas pré-moldadas de concreto armadas e protendidas atinjam nívei n íveiss de resistência ao fogo de 60 a 120 minutos. minut os. Para Para constru ções inindustr iais iais,, todos os compon entes esestrut urais pré-moldados cumprem as exigências exi gências mínimas de resistência de 60 minutos. Para outros tipos de obras, resis resistências tências de 90 a 120 min minuutos são facilmente facilmente obt idas aumentando o cobrimento do concreto sobre a armadura. Renato Faria

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TÉCNI NIC CA E AM AMBIE BIENT NTE E

Sust usteent ntáv ável el de desde sde o ca cant nteir eiroo Projet o de agência Projeto agência bancári bancáriaa é basead baseadoo em soluçõe solu çõess para mini m inimi miza zarr impac im pactos tos no meio ambiente. ambi ente. Nem rotina r otina de obra escapa escapa às às medidas

A

agência do Banco Real na Granja Viana, iana,região região metropolitana metropolitan a de São São Paulo,foi idealizada idealizada para ser um produprodu to essencialmente essencialmente sustentáve sustent ável.l. Decidiuse,, então se então,, contrata contratarr uma empresa empresa que desenvolvesse um plano específico de sustentabilidade, atrelado ao projeto convencional do empreendimento. A diretora da Sustentax, Paola PePeterle Figueiredo, Figueiredo, mant mantev eve-se e-se à frente frente do projeto.. Para imprimir credi projeto credibili bilidade dade ao trabalho,atendeu-se trabalho, atendeu-se a uma cartilha internacional de d e requisitos chamada Leed Leed (Leadership in Energy and Environmental ment al Design), Design), confec confeccionada cionada pela entidade americana am ericana USGBC USGBC (United (Un ited States Green Building Council). A cartilha possui seis categorias a serem sere m seg seguidas uidas pelo empreendimenem preendimento: suste sustentabilidade ntabilidade do espaço, espaço, racionalização do uso da água, eficiência energética,, sustentabilidade dos mateenergética riais, qualidade qualidade ambiental interna e inovação. Mes Mesmo mo a etapa de constr construução do prédio precisou se adequar a alguns desses itens. A separação e armazenagem de componentes recicláveis, ve is, cumpr cumpridas idas na rotina da agência agência depois de pronta, tiv tiveram eram início ainda durante as obras, executadas pelos próprios operários operários.. "Essa "E ssa é a parte par te mais difícil do propr ojeto: mudar a consciência de toda a equipe de obra, estimular que trabalhem sob regras com as quais não estão acostumado acostumados" s",, aponta Paola. A reciclagem reciclag em chegou a 77% do d o lixo e do entulho produzidos pro duzidos no canteiro. A mudança de postura postur a dos profissionais esteve esteve presente presente ainda ain da no cumprimento de um Pla Plano no de Controle de 30

to n e m ia c n e r e G e o ã ç ru t s n o C e m e ri T o ã ç a lg u iv d : s o t o F

Sedimentação e Erosão. "É um prérequisito da Leed, Leed, e determina que a construtora instale um lavatório na saída dos caminhões, coloque lonas nas caçambas caçambas,, para não suja sujarr de terra as ruas próximas,entre outras exigências", cias ",expl explica ica a diretora diretor a da Sustentax. Ela complementa que também o pessoal do departamento de compras da construtora sofreu alteração de costumes,com costumes, com demandas deman das especiais especiais do empreendimento: 59% dos materiais utilizados na obra vieram de um raio de menos de 800 km, 17% do total são de rápida renovação na natureza, e todos possuem po ssuem baixo índice de COVs COVs (compostos orgânicos voláteis). voláteis). Certificação

O atendimento dos seis critérios estabelecidos pelo USGB USGBC C possibilipo ssibili-

FICHA TÉCNICA Agência do Banco Real na Granj ranjaa Viana Localização: Rodovia Raposo Tavares, 700, km 23,3, Cotia (SP) Construtora: Trieme Pavimentos: 2, mais subsolo Início das obras: junho de 2006 Término: fevereiro de 2007 Área construída: 1.233,46 m² Área do terreno: 902,9 m²

tou à agência do Banco Real obter o certificado certific ado Leed Leed de d e empreendimenempreendim ento sustentável – primeiro prim eiro concedido pela entidade na América do Sul. Entre as dezenas de medidas implantadas plant adas no edifício, Paola Paola FigueiTÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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redo destaca como mais relevantes aquelas com foco na eficiência energética.. "E gética "Esse sse é o item que, seg segun undo do as normas da certificadora, traduz o conceito de sustent abilidade", afirafirma a diretor a da Sustentax. Sustentax. O projeto concentr concentrado ado no melhor m elhor aproveitamento e na redução da energia do prédio lançou mão de recursos conhecidos, conhecidos, como sensores de presença, além de módulos fotovoltaicos para obtenção obt enção de energia solar. solar. Esse Es se processo alternativo alternat ivo de geração ficou encarregado pelo abastecimento do setor em que se localizam os caixas eletrônicos. Para operação segura dos equipamentos, todos os funcionários da agência receberam treinamento de acordo com manuais correspondentes,, que também transcorrespondentes mitiram conhecimentos de manutenção dos do s sistemas. sistemas. Outra Out ra maneira m aneira de se buscar efieficiência energética fundamentou-se no projeto de arquitetura. Foram usadas tintas de cores claras, aliadas a áreas e telhados telhados verdes, verdes, em pontos pon tos concentr conce ntr ados de calor calor no edifício. edifício. O resultado foi uma diminuição de 84% de aqueciment aquecimentoo nessas nessas áreas, áreas, o que contribuiu com a mitigação de gastos com ar-condicionado. Outro dado: 78% dos ambientes internos inter nos da agência têm acesso acesso a ilum ilumiinação natur natural, al, fato que naturalmente amenizou custos com equipamentos para geração artificial de energia. energia. Num balanço geral,estima-se geral, estima-se que a eficiêneficiência energética tenha sido 15% superior à de um projeto convencional. Racionalização de água

Uma segun segunda da categoria citada por Paola Figueiredo como importante no projeto da agência bancária foi o uso racional racion al da água.A água. A Sustent Sustentax ax calcalcula que 85% do consumo de água potável tenha sido reduzido em fun-

Soluções combinadas Conheça alguns sistemas sustentáveis do empreendimento.

Sistema de captação e reúso de águas pluviais e de tratamento e reúso de esgoto

Filtros de carvão de bambu ativado, do sistema de tratame tr atamento nto de esgoto esgoto

Placas de captação solar do sistema fotovoltaico

Uso de entulho da própria obra como enchiment ench imento o de piso

ção das diferentes soluções adot adotadas adas no prédio. Para se conseguir conseguir tal índice índ ice de ecoeconomia, nom ia, não houve seg segredo. redo. Re Reguladoguladores de vazão vazão nas torneiras, tor neiras,bacias bacias sanitásanitárias com duplo fluxo (3 l e 6 l) e captação da água de chuva para uso em irrigação gaç ão e descargas descargas.. Todo odoss eles recursos recur sos de fácil acesso acesso no mercado. m ercado. A consolidação do rótulo de primeiro empreendimento empreendim ento sustentável sustentável da América do Sul passou ainda pela

criação de uma central de tratamencriação tr atamento no subsolo sub solo do edifício. edifício. Tanto o esgoto, a água água de infiltração e a água água de chuva são submetidos a essa central, que combina filtros de carvão de bambu e filtros filtros biológicos. biológicos. "Quando não pode po de mais ser usada ou se o sistema de armazenamento está cheio, essaa água é direcionada à rede ess r ede pública, porém tratada", ass assinala inala a diretodiretora da Sustentax. Thiago Oliveira

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CONCRETO ROLADO

Mist stur uraa qua quase se sec seca Útitill na constr construçã uçãoo de bar bar r age agens, ns, concr concr eto compactado compactado co com m r olo ganha espaço como pavi pavimento, na const constrr ução de de estradas estr adas

n a m r e p u K a ri p a h C o lm e S e d l a o s s e p o v r e c a : s o t o F

Eficiente e bastante viável para obras de grande porte, o CCR não tem limitação de altura, existindo barragens com até 200 m executadas a partir dessa técnica, e conta com propriedades mecânicas semelhantes às do concreto convencional

A

técnica não é nova – e tampouco, sofisticada. sofis ticada. Foi baseado baseado na simplisimp licidade que, no início dos anos 70, o professor profess or Jerome Raphael, da Univ Un iversiersidade da Calif Califórn órnia, ia,em em Berkeley Berkeley,, concebeu uma um a metodolog m etodologia ia construtiva para execução ex ecução de barragens, pensando inicialmente no emprego de solo-cimento. O CCR (Concreto Compactado com Rolo) se desenvolv desenvolveu eu a partir p artir dessas mistu misturas ras iniciais de agregados, agregados, cimento, arei areiaa e pouca água. Um concreto, concreto, em suma, suma, mas com com aspecto muito mais seco que o convencional e transportado e aplicado de forma semelhante a um enrocamento ou uma obra de terra. Com consistência suficie suficiente nte para p ara ser transtr ansportado em caminhões basculantes 32

ou esteiras, tem propriedades elásticas,, mecânicas e térmicas semelhant cas semelhantes es às do concreto conv convencional, encional, apenas com pouca pou ca água. água. Também atinge índices de resistência equivalentes aos concretos comun s com a mesma m esma dosagem dosagem de cimento. men to. "Aresistência de 30 MPa é fácil de conseguir conseguir desde d esde que os materiais e a dosagem sejam adequados", adequad os", atesta Selmo Chapira Kuperm Kuperman, an, consultor da Desek. Desek.El Elee conta, conta, ainda, que há exexperiências estran estrange geiras iras de pavimentação que comprovam a viabilidade de obter CCR de até 70 MPa. "B "Basta asta melhorar a dosag d osagem em para par a alcançar alcançar a resistência desejada." Embora o aspecto do CCR seja bastante diferente, diferente, o desempenho e

o compor tamento são semelhantes semelhantes aos do concreto convencional. convencional. Para evitar qualquer dúvida d úvida nesse sentisentido, o engenheiro e consultor Francisco Rodrigues Andriolo faz questão de afirmar, por mais óbvio que possa parecer, parecer, que "o CCR é um concreto, cujo ponto pont o fraco é o desconh desconheecimento". Kuperm Kuperm an salienta salienta que o que muda em relação ao convencional é a metodologia metod ologia de comp compactação. actação. "O resto é igual",simplifica igual", simplifica.. Conforme conta, devido à simplicidade, havia desconfiança acerca da tecnologia quando do surgimento. Ainda assim,o assim, o Brasil Brasil foi um dos países que mais estudou estudou a técnica,a ponto pon to de ser o segundo segundo país com com maior m aior número núm ero de barragens em em CCR no mundo mun do ( veja quadro). Pa Para ra ele, ele, o grande estímulo estímulo à técnica foi a construção da barragem da Derivação Derivação do rio Jordão, no Paraná, pela Copel Copel (Companhia de EnerEnergia Elétrica Elétrica do Paraná). "A alternativa mostrou-se vantajosa por permitir redução de custos, prazos e de contingente ge nte de mão-d mão-de-obra", e-obra", lembra. O CCR mostra-se vantajoso quando há necessidade de usar grandes volumes de concreto concreto e onde não há h á grandes exigências exigências de resistência à tração t ração e à fle flexão xão,, já que, ge geralmente, ralmente, não é ararmado ou protendido. "Embora seja possívell em alguns casos,não possíve casos, não se usa armaduraa para não perder madur p erder a facilidade facilidade de aplicaçã aplic ação", o",comenta comenta Andr ndriolo. iolo. Assim send sendo, o, resistente à compr compresessão,, é ideal para são para construção de barrabarr agens – situação situação que qu e consagrou a tecnologiaa –,estac logi –, estacionament ionamentos os em geral, geral, inTÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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Ranking

Com procedimentos bastante repetitivos e totalmente baseados no uso de equipamentos de grande porte, tem na alta velocidade de execução uma das maiores vantagens em relação aos métodos tradicionais

clusive para equipamentos pesados, rodovias de acesso a áreas industriais, estações de pesagem em rodovias,portos, acos acostamentos, tamentos, rodovias para velovelocidades até 60 km/h, pátios de aeroportos, port os,ruas ruas urbanas,base urbanas, base de rodovias, rodovias, dentre outr outras as aplicaçõe aplicações."Por s."Por apresentar pouca p ouca fluidez, fluidez,só só pode ser aplicado aplicado para execut executar ar elementos elemento s de gran grandes des dimensões",, resume Andriolo. mensões" Não há limite de altura para barragens,m as a média brasileira brasileira é de 60 m a 70 m de altura, com a m ais alta alta chegando aos 95 m. "No exterior há barragens com mais de 200 m", ilustra Andriolo. Apesar de ser largamente difundido o uso do CCR como base de estradas, as de alta velocidade ainda não podem p odem se benefibeneficiar das características do CCR enquanto revestimento. "O uso como capa rodante é prejudicado devido a problemas de textura textura e uniformidade, que podem trazer desconforto em velocidades superiores a 80 km/h", km/h ", ex explica plica Kuperm uperman. an. Para tanto, algumas são as soluções possíve possíveis, is,que que estão sendo desenvolvidas vol vidas principalmente n o exterior. Dentree elas,a Dentr elas,a melhora melhor a nas dosagens,o uso de pequena camada de concreto convencional conve ncional para revestimen revestimento, to, a sofisticação no uso de equipamentos de pavimentação e, até mesmo, o lixamento superficial. Essa última possibilidade é menos estudada por ser pouco econômica.

No Brasil, Brasil, as barragens têm se beneficiado dos "inúmeros estudos feitos em universi u niversidades dades em parceria com empresas",, conta Kuper empresas" uperman man..

Paíse aíses s com mais barragens bar ragens construídas constr uídas com co m CCR 1o China: 59 (19%) 2o Brasil: 54 (17%) 3o Japão: 42 (13%) 4o Estados Unidos: 37 (12%) 5o Espanha: 22 (7%) Esses cinco países mantêm cerca de 70% das barragens em concreto compactado com rolo rol o do mundo. Esti Estima-se ma-se queexistam cerca de 320 barragens desse tipo. Fonte: Francisco Rodrigues Andriolo

O CCR é bastante adequado para obras de grande volume por apresentar, além de facilidade operacional, custos comp competitiv etitivos. os."É "É menor porqu porquee consideramos não só o custo dos materiais, teriai s, mas também do transporte tr ansporte e da aplica aplicação" ção",, expl explica ica Andriolo.S Andriolo. Sendo assim, é necessário potencializar as vantagens vantage ns que propõe. pr opõe. E isso isso depende, em grande monta, mon ta, dos custos env envolvi olvi-dos na produção produ ção do concreto em em si. Por isso é imprescindíve imp rescindível,l, ao determinar o traço e mesmo o tipo da barragem,conhece barragem, conhecerr o loca locall e os materiais disponíveis na região, além de considerar prazos p razos executivos. executivos.A A solu-

ção técnica, incluindo a dosagem adotada, deve-se deve-se adaptar aos materiais existent existentes es na região e considerar o transporte. Também por isso não há um traço básico para o concreto rolado, outro nome pelo qual é conhecido o CCR. Apesar de d e ser possív po ssível el utilizar qualq ualquer cimento cimento para compor o traç tr aço, o, o pozolânico é o mais indicado por gerar menos men os calor e viabilizar viabilizar uma das grandes vantagens do CCR – a rapidez de execução. Seja no cimento ou em formaa de adição, form adição, a pozolana é necess necessáária para p ara evitar reações r eações álcali álcali-agregados -agregados prejudiciais ao concreto ( veja matéria também nesta edição), al além ém de melhomelhorar características car acterísticas mecânicas. mecânicas. De acordo com Selmo Selmo Kuper Kuperman man,, a melhora na n a granulometria dos agreagregados se deve à tendên tendência cia em aumenaum entar a quantidade quant idade de agreg agregados ados miúdos miúdo s

Sujeit ujeitas as a pressõe pressões s hidrostáti hidrost áticas cas later laterais ais mais acentuadas, as fôrmas fôr mas devem devem ser reforçadas. Com altura de 2 m, em geral, são movimentadas moviment adas após após a conclusão concl usão de seis camadas de 0,30 m

Para garantir que sejam baixos os custos de produção do concreto, é recomendável adequar o traço às característ características icas dos materi materi ais existentes na região

Preparo e execução

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CON CRETO ROL A D O

Misturas baixo teor t eor de mater material ial CCR pobre: com baixo cimentício, cimentíci o, menor menor que 100 kg/ m3, é razoavelmente permeável e pouco homogêneo ao longo da espessura espessura da camada, podendo apresentar caminhos preferenciais de percolação RCD: desenvolvido no Japão, o método utiliza concreto mais argamassado e úmido a fim de assemelhar-se ao material convencional CCR com alto teor de pasta: usa mais material cimentício, com teores

superiores superi ores a 150 kg/ kg/ m3, visando à permeabilidade semelhante à do concreto convencional Concreto com teor médio de cimentício entre entr e argamassa: com teor cimentício 100 10 0 kg/ kg/ m3 e 149 149 kg/ kg/ m3, alia ali a economia economia à homogeneidade Concreto Co ncreto com alto teor de finos desenv envolvi olvido do no Brasil Brasil,, procura pr ocura (ATF): des driblar a limit li mitaç ação ão de dispon disponibil ibilidade idade de cinzavolante ou outros outr os tipos ti pos de pozolanas

Fonte: Carac aractt erização de concreto compactado com rolo r olo em labo l aboratór ratório. io. Vladmir A. Paulon, Denise Dalmolin, José Marques Filho e Walter Pacelli de Andrade.

CCR - Mét Mét odo t radicional 6 Subc Subcama amadas dascom com h = 0,33 m m 2

Substrato Camada Ca mada de CCR Argamas Arga massa sade de liliga gação ção

e de agregado agregado pulv pu lverizado. erizado."A "Amaior maioria ia dos projetos atuais atu ais exig exigee uma porcenp orcentagem de finos até maior do que o permitido em norma para concreto convencional", conta. Isso, complementa, melhora a qualidade do concreto porque otimiza a compactação, aumenta a impermeabilidade im permeabilidade e melhora as características mecânicas, como a resistência. São observadas, ainda, melhoras nos equipamentos,

n a rm e p u K ra i p a h C o lm e S e d l a o s s e p o rv e c A

Após o lançamento da mistura no campo de traba tr abalho, lho, tr tratores atores a espalham espalham uniformeme unifor memente, nte, se seguidos guidos pelos rolos compressores de pelo menos 10 t, que não devem vibrar na primeira passagem

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com um uso mais amplo de esteiras esteiras,, e na qualidade dos materiais m ateriais em si. No entan entanto, to, os procedimentos bábásicos sic os se se mantêm. Uma betoneira despeja o concreto no sistema de transporte – caminhões basculantes basculantes ou correias transportadoras – que qu e o leva até o local da aplicação; aplicação; trat tratores ores com com lâminas frontais espalham espalham a mistura m istura e rolos compressores a compactam. compactam . Estes devem ter pelo menos 10 t e só devem vibrar após a primeira passagem. Em geral, geral, cada camada tem 0,33 m antes da compactação com pactação e passa a ter 0,30 m após a passagem dos rolos. Caso a execução ex ecução da camada camad a seguinte extrapole extrapo le o tempo previsto previsto em projeto, uma camada de argamassa, com desde 0,5 cm até 1 cm, é aplicada aplicada para selar e colar as camadas de concreto. concreto. "Não exis existind tindo, o, a depender do tipo de CCR, a ligação entre as camadas ficaria prejudicada e lo io r d n A s e u g ri d o R o c is c n a r F e d l a o s s e p o v r e c A

Feita a compactação, as juntas são cortada cort adas s de acordo acordo com o determinado determinado pelas normas que regem o uso do concreto convencional. conv encional. Têm Têm a função f unção de evitar evitar a fissuração e, assim, impedir infiltrações

poder ia haver poderia haver passagem passagem de d e água", água", explica Kuperm Kuperm an. Es Essa sa argamassa deve deve ser aplicada no máximo uma hora antes da nova n ova camada camada ser lançada. Juntas de dilatação verticais existem para que a estrutura seja dividida em blocos e, assim, seja evitado – ou minimizado – o aparecimento de fissuras de origem térmica térm ica na direção direção montante-jusa mont ante-jusante. nte. "P "Podem odem hav h aver er juntas de constru construção ção verticais, verticais, realiz realizadas adas na direção perpendicular ao fluxo de água,para água, para dividir a execução execução devido à logística", logís tica",comenta comenta Kuper Kuperman man.. Já as juntas de construção horizontais, inevitávei inevitáveiss em barragens por constituírem cons tituírem um ponto fraco quanto à passage passa gem m de água, deve devem m ser tratadas tr atadas com tecnologia adequada e que qu e possibilite a ligação perfeita entre as camadas. No caso caso de pavimentos, pavimentos, as juntas juntas devem obedecer às recomendações preconizadas preconiz adas pelas pelas normas nor mas pertinenpert inentes ao uso de concreto convencional. A cura, que inicia cerca de cinco horas após a compactação, exige os mesmos cuidados que o concreto convencional. ve ncional.Mes Mesmo mo porque, ex explica plica AnAndriolo, "as tecnologias desenvolvidas no Brasil Brasil permitem utiliza utilizarr uma u ma dosado sagem ge m de cimento bastante baixa", baixa",redureduzindo a incidência incidên cia de patologias decorrentes de problemas problemas durante duran te a cura. Como características executivas executivas o CCR apresenta o intenso uso de equipamentos para espalhamento e compactação do concreto, diminuindo a quantidade de mão-de-obra mão-de-obr a mobilizamobilizada e resultando num proces processo so industrial repetitivo e, portanto, por tanto, eficiente. eficiente. Mesmo Mes mo em relação às fôrm fôrmas as não há diferenças significativa significativass no que tange t ange ao concreto convencional, devendo apenas suportar as pressões pressões hidrostáticas laterais, mais acentu acentuadas. adas. Bruno Loturco

LEIA MAIS The use use of roller comp compacted acted ndriolo. olo. concrete. Francisco RodriguesAndri Editora Oficina de Textos, 554 págs. Compra pelo site www.piniweb.com, pelo fone 4001-6400 (regiões metropolititana metropol anas) s) ou 0800-5966400 0800-5966400 (demais regiões) TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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CONCRETO APARENTE

n o K n o s l e N

Acaba bam ment ntoo final Engenhe ngenheiriros os e arqui arquitetos tetos elogiam a ver ver satil satilidade idade e r esistência do conc concrr eto aparr ente, destaca apa destacando ndo obr obr as que se tornaram tor naram íco ícones. nes. É pr prec eciso, iso, porém, por ém, protegê-l proteg ê-loo de intempéries intempéri es e agente agentess agressivos, agressivos, para garantir durabili durabilida dade de

F

oi no fim do século XVIII que a mistura cime cimento, nto, arei areia, a,ag agreg regados ados e água tornou-se um dos materiais mais adotados na construção civil. civil. Com Com a evolução dos estilos de arquitetura e a supressão dos excess excessos, os, sua trabalhabitr abalhabilidade e aparência neutra possibilitaram a arquitetos modernos e contemporâneos porân eos explorar a form formaa e a volumevolumetria tr ia dos edifícios, edifícios, sem a necessidade necessidade do uso de acabamentos ou rev r evestimentos. estimentos. No Brasil, não faltam exemplos marcantes, marcant es, como as obras idealizadas idealizadas

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por Oscar Niemeyer Niemeyer e as de Ruy Ohtake,, que tiram basta ke bastante nte proveito proveito da beleza plástica do concreto. Em São Paulo, encontr am-se edifícios edifícios emblemáticos como o da IBM, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo ( acima), a sede dos Correios, a Fiesp (Federação (Federaçã o das Indú strias do Estado de São São Paulo), o Masp (Museu de Art Artee de São Paulo) Paulo) e o Hotel Unique, que utiliza três cores de concreto aparente. aparent e. No Rio de Janeiro, Janeiro, duas novas n ovas obras se destacam: o Estádio Estádio João Havelange Havelange,,

construído constru ído em pr é-moldados de conconcreto, e a Cidade da Música. Em fase de finalização, a Fundação Iberê Camargo, em Porto Aleg Alegre, re, diferencia-se por u sar o concreto aparente aparente branco. O concreto aparente ap arente caracteriza-se caracteriza-se por deixar à vista sua coloração e textura naturais. A superfície pode ser protegida por uma película, película, desde que sejaa transparente sej tr ansparente e incolor in color.. "Tal e qual o concreto revestido, revestido, o material deve resistir a agentes agressivos, agressivos, que levam à corrosão das armaduras e comproTÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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Museu da Fundação Fundação I berê Camargo Camargo,, projeto do arquiteto português Álvaro Siza para a cidade de Porto Alegre. Obra Obra de concreto apa aparent rentee com cimento branco

metem a estrutur estru tur a", destaca Cláudio Cláudio Oliveira, Oliv eira, ge gerente rente do Projeto Projeto Indústr ia da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). "Não há limites técnicos para uso do concreto aparente",diz aparente", diz o engenheiengenheiro civil civil Thomas Garcia Garcia Carmona, diretor da Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) e da Exata Engenharia Engenhar ia e Asses Assessoria soria SS. Plas Plasticidade, ticidade, resis resistência tência e dur durabiliabilidade fazem fazem o material m aterial altament altamentee conveniente ve niente na versão aparente. "N "No o entanto, quando em contato direto direto com agentes agressi agressivos, vos, não se recomenda essaa alternativa", ess alternativa", ale alerta rta o arquiteto arqu iteto Ricardo Alencar Alencar,, consultor de concreto e membro do Comitê Técnico PréMoldados do Ibracon (Instituto ( Instituto Brasileiro do Concreto). "Trabalhabilidade, "T rabalhabilidade, coes coesão, ão, baixís baixíssisima exsudação, baixa carbonatação e alta resistência são as principais características que o concreto aparente deve apresentar", aprese ntar", resume o enge engenheiro nheiro civ civil il Paulo Roberto do Lago Helene, Helene, professor titular do depart amento de engeengenharia nh aria de construção constr ução civil da Escola Escola PoPolitécnica da USP e presidente do Ibracon. O concreto deve ter ter baixa porosidade, baix baixo o índice de fis fissuração, suração, além de coloração e textur a compatíveis com com a aparência que se deseja. deseja. Para resultar na estética intencionada pelo projeto de arquitetura, arquitetu ra, Ric Ricardo ardo Alencar Alencar ressalta ressalta que "o material deve possuir um nível superior de acabamento superficial e ser isento de imperfeiç im perfeições" ões".. Durabilidade e res resistência istência A vida útil de uma estrutura de concreto, seja seja aparente ou não, é determinada pela qualidade dos materiais utilizados na composição e pela Regra Re gra dos 4 C. Ou seja, pela composicomposição do traço do concreto – principalmente em função da relação água/cimento –, pela compactaçã compactação o ou aden-

il o ra d n a c S lo e c ra M

samento do concreto, pela cura cura e pelo cobrimento da armadura (distância entre a armadur a e a superfície), superfície),comcompatível com as condições de exposição. "Infe Infeliz lizmente, mente, por enquanto, não há na Norma Nor ma Brasileira Brasileira qualquer qualqu er especificaç cif icação ão de dur abilidade de projeto. Em princípio, subentende-se que 50 anos é o mínimo razoável", destaca Paulo Helene. Helene. No Brasil,encontr Brasil,encontram-se am-se edifícios edifíc ios bastante antigos an tigos de concreto aparente e que, com gastos gastos normais norm ais de manutenção,, têm durabilidade manutenção durabilidade muito superior a 50 anos. Na falta falta de ensaios compro comprobatóbatórios de desempenho da durabilidade da estrutura frente ao tipo e nível de agressividade previsto em projeto, a NBR 6118 estabelece para cada classe de agressividade agressividade prevista (fraca,média, (fraca, média, forte e muito forte) valores mínimo mínimoss de relação relação água/cimento, resis resistência tência à compressão compress ão e cobrimento nominal. Também por questões de durabilidade,, em ambientes rur ais com lidade agressiv agres sividade idade fraca, deve deve-se -se usar concon cretos de resistências superiores a 20 MPa. No caso caso de um edifício em em orla or la marítima com agressividade forte, aconselha-se aconsel ha-se o concreto con creto com resis r esistêntência mínima de d e 30 MPa. MPa. "Com o desenvolvimento de aditivos plastificantes plastificantes de alta eficiência, já é possível produzir concretos com resistências acima de 100 MPa, como os utilizados em alguns pilares do edifíci ed ifício o e-Tower e-T ower em São Paulo", exe exemplifica mplifica o gerente da d a ABCP ABCP,, Cláudio Olive Oliveira. ira.

O mix certo A mistura utilizada no concreto aparente deve ter baixíssima baixíssima relaç r elação ão água/cimento, água/cimen to, algumas adições especiais e aditivos que lhe confira as características desejadas e assegure proteção à superfície super fície que ficará exposta às intempér int empéries ies e agentes agentes agressivos. agressivos. "Qualquer "Qual quer tipo de cimento Portland pod e ser ser adotado no concreto aparente", afirma Oliveira. Mas, para cada situação, situação,o o presidente do Ibracon recomenda um tipo dife d iferente. rente. Os cimentos com adições tipo CP III e CP IV garantem resis resistência tência à lixi lixiviaç viação ão e aumentam a impermeabilidade do material. Os pozolânicos tipo CP IV minimizam o risco de reações álcaliagregado. agreg ado. Os do tipo t ipo CP I e CP V sem sem adiçõess reduzem a pro fundidade de adiçõe carbonatação. Já os cimentos com adições tipo CP III e CP IV com adição extra de sílica ativa e cinza de casca de arroz diminuem a penetração de cloretos. A escolha do cimento também pode levar em conta con ta fatores estéticos, pois normalmente nor malmente está associada associada à cor da matéria-prima. No concreto aparente com pigmentos p igmentos – que devem ser de base inorgânica –, o cimento Portland branco estrutural é o mais indicado para a obtenção de cores mais claras.. Para produ zir pré-fabricados, claras no entanto, o fator fator preponderante é o tempo de desenform desenforma. a.Por Por isso,par isso,paraa se se conseguir conseg uir um saque mais rápido, recomenda-se o uso do CP V (ARI), (ARI), que

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CON CR E T O A PA RE N TE propor ciona alta res proporciona r esistência istência inicial inicial em tempo curto. curto. "Po Porém, rém, quando o concreto está exposto a águas residuais industriais dustr iais,, esg esgoto oto ou solos contamin contaminaados (sulfatados) (su lfatados) a opção o pção é o ARI-RS." ARI-RS." Adições e aditivos As adições minerais (metacaulim, nom e comercial de silícia silícia ativa, ativa, sílic sílicaa ativa, fíl fíler er calcário calcário etc.) são recomendadas por possi possibili bilitarem tarem o ref refinameninamento dos poros, poros, tornando a microestrumicroestruturaa do concreto mais compacta tur compacta e aumentando mentand o a sua durabilidade. O aditivo inibidor químico q uímico de ação mista,, que pode ser mista ser tanto t anto incorporado à massa do concreto concreto quanto qu anto aplicado diretamente sobre a superfíc superfície ie do concreto endurecido, end urecido,evi evita ta as reações anódicas e catódicas de corrosão das armaduras. armadu ras. Aditivos plastificantes, polifuncionais, super super ou h iperplastific iperplastificantes antes são recomend recomendáve áveis is para tornar torn ar o concreto mais fluido e facilitar o adensamento em peças esbeltas e/ou com alta taxa de armadura. Dependendo das características da obra e dos elementos a serem serem concretados, aditivos ace aceleradores leradores ou cont controlaroladores de hidratação hidr atação podem ser nece n ecess ssáários para tornar o material mais trabalhável. lháve l. Ness Nessaa situação, situação, o concreto deve deve ser dosado com com um u m nível apropr apropriado iado de argamassa e agregado graúdo com dimensão máxima,adequandomáxima, adequando-se se aos aos esespaçamentos entre as amaduras. Películas de proteção Vernizes e hidrofugantes, ambos possuem suas vantagens e desvantagens ge ns para garantir a proteção p roteção superficial do concreto aparente. A escolha correta depende do tipo de aplicação. aplicação. Os vern vernize izess formam fil filme me contínuo contín uo e são mais eficientes na proteção de agentes agressiv agressivos. os. Já os hidrofugantes hidrofugant es são capazes capazes de penetrar penetr ar alguns milímetros nos poros do concreto, concreto, impedindo a penetração penetr ação de água e de substâncias agressivas agress ivas nela dissol d issolvidas. vidas. Em relaç r elação ão ao verniz, verniz, o hidrofugante permite perm ite a circulação de vapor d'água e com isso reduz a formação de bolhas e bolor. Vern ernizes izes foscos, apesar de serem mais caros, têm a vantagem sobre os brilhantes, pois não alteram alteram o aspecto ori-

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ix M la e R o ã ç a lg u v i D

Aditivos plastificantes, além da função de aumentar a trabalhabilidade do concreto, em obras com alt altas as taxas taxas de armadura ou muito esbeltas, contribuem também para melhorar o acabamento final da estrutura ginal do concreto e não evidenciam as imperfeições do material mat erial bruto. Cuidados na execução Aex execução ecução de estrutu estru turas ras de concreto aparente requer os mesmos cuidados que as estruturas revestidas. Ou seja, montagem de fôrmas, preparação da armadura, armadu ra,ajuste ajuste da fôrm fôrma,aplicação a,aplicação de desmoldante, lançamento do concreto, adensamento, cura e dese desenforma. nforma. O sucesso ou não da execução depende de alguns cuidados, começando pelo projeto. "Tanto o arquitetônico como o estrutural deve considerar as condições de exposição", exposição",enfatiza enfatiza Carmona. mon a.Detalhes Detalhes de projeto que modificam o fluxo da água de chuva – como chapins nos topos top os de platibandas e paredes,pingadeiras redes,p ingadeiras nos beirais etc. etc.– – evitam acumulação de água sobre a superfície do concreto. O uso do mes m esmo mo tipo de cimento, que garante a homoge hom ogeneidade neidade da cor,a aplicação aplic ação uniforme de desmoldante, os cuidados com com o lança lançamento mento e adensamento do concreto, para evitar falhas de concretage concretagens, ns, e o cumprimencumprim ento do tempo temp o de cura vão definir definir a qualidade final final da obra. O estudo de dosagem – talvez talvez o mais import impo rtante ante – assegura um concreto com consistência adequada,capaz de preencher preencher todos to dos os espaços das fôrmas e armaduras e impedir a ocorrência de segregações e

P C B A /s e v a h C s o rl a C

macroporosidades. macroporosidade s. Atualmente tualmente,, o concreto auto-adensável ganha espaço, por atender atend er todos esses esses requisitos, com vantagem de dispensar o uso de vibrador e incrementar a qualidade do produto produt o acabado. acabado. A utilização utilização de películas de proteção çã o ou, depe dependendo ndendo do ambiente, ambiente, de inibidores de corrosão corrosão e retração, retração, incorporados na massa de concreto fresc fre sco, o, proporcionam m aior dur abil abiliidade ao concreto. "A qualidade das d as fôrmas é fund amental, pois tudo fica registrado no concreto", concreto ", justifica Alencar. Alencar. Por isso, antes do lançamento devem ser conferidas dimensõ dimensões es,, niv nivel elamento amento e prumo, prum o, em conformidade com com as toletolerâncias. rân cias. As super superfícies fícies int intern ernas as devem devem estar limpas e ser suficientemente suficientemen te estanques e seladas, seladas, evi evitando tando fug fugaa de argamassa pelas pelas juntas. A ut utilizaç ilização ão correta das armaduras e a rigidez das fôrmas proporcionam o cobrimento mínimo da estrutura estrut ura exposta. Quando utilizadas fôrmas de madeira, são indicados indicados os desmoldantes desmoldantes à base de água. Alencar recomenda que sejam saturadas com água, para minimizar a desi desidratação dratação do concre concre-to. Já nas metálicas devem ser ser aplicados produtos à base de óleo vegetal, que prese pr eservam rvam a superfície superfície.. Na etapa da cura, convém prot egerr as estruturas ge estrut uras da incidência direta TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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do sol e de d e correntes corrent es de vento. vento. "A eva eva-poração por ação da água pode provocar fissufissuras na superfície do concreto", alerta o arquiteto arq uiteto Ric Ricardo ardo Alencar lencar,, que rer ecomenda o uso de agentes de cura nessa etapa. Sempre que necessário, deve-se realizar reparo na estrutura que apresente problemas de fissuras, fissuras, bolhas ou bicheiras,qu bichei ras,quee possam causar prejuízos estéticos ao concreto aparente. A estucagem cag em é nece n ecessá ssária ria para p ara preencher pr eencher os pequenos pequen os defeitos de execução execução e o caldeamento é aplicado na superfíc superfície ie do concreto para conferir maior homogeneidadee às superfícies acabadas. neidad Particul Pa rticularmente armente,, na produção de elementos ele mentos pré-fabricados, onde quase todas as peças são empregadas aparentes, em geral os moldes são são metálicos, pois proporcionam propor cionam melhor acabamento. De acordo com Alencar, quando empregadas fôrmas de chapas de madeira, é comum revestir a superfície com material plastificado, para atender atend er aos requisitos de qualidade superficial superficial.. Riscos e soluções Os principais mecanismos de deterioração terioraçã o que podem atu ar em obras de concreto aparente são corrosão de armaduras, acúmulo de fuli fulige gem, m, proliferação de fungos e lixiviação superficial. A solução para a maioria dos problemas está na "alteração das propriedades superficiais do concreto", ensina Alencar. Reduzir Reduzir a relaçã r elação o água/cimento, água/ci mento, incorpo rar adiçõe adiçõess minerais e ut iliz ilizar ar película de proteção e impermeabilizaç imp ermeabilização ão das superfísup erfícies modificam a absorção de água, capilaridade, capil aridade, porosidade e r ugosi ugosidadade do material,minimizando material, minimizando o surgimento de manchas m anchas e reduzindo a manutenção corretiva. Para evitar evitar a corrosão de armaduarmadu ras, deve-se deve-se conferir os cobrim entos mínimos com medidas preventivas e controle da qu alidade adequado. Na Na ocorrência de fissuras na superfície do concreto, concreto, sej sejaa por retração ou por outros esforços, indica-se a estucagem (argamassa) que tampa os vazios,, obstruindo zios obstruind o a entr ada dos agenagentes agressiv agressivos. os. Em fissuras fissuras ou tr incas

li ro a d n a c S o l e c ra M

Obras como a do Estádio João Havelange, no Rio de Janeiro, e estações de metrô de São Paulo, construídas com pré-moldados, exigem emprego de fôrmas fôr mas com com superfícies perfeitas, perfei tas, como chapas chapas plastificadas ou fôrmas metálicas

i n o ila B y e rl e d n a W

mais profundas, deve deve-se -se injetar injetar material de baixa visc viscosidade, osidade, geralmente resina resi na epóxi, como medida par a reduzir o r isc isco o de corrosão. O possível contato do concreto com ácidos pode desintegrar a p asta de cimento e expor o agregado. Como efeito efeito secundário, a alcalinidaalcalinidade é reduzida, redu zida, eliminan eliminando do a passi passivividade das armadur as as,, que ficam ficam sujeitas a fenômenos fenômen os corrosivos. corrosivos. Manutenção "O concreto concreto bem projetado não necessita de nenhum tipo de manutenção", garante o gerente da ABCP. Como em qualque qu alquerr obra obr a existe existente, nte, no entanto, é altamente recomendável recomendável

um programa de in speç speções ões periódicas, além de limpeza limpeza adequada e reaplicação plicaçã o de ev eventu entuais ais sistemas sistemas de prop roteção superficial existentes. No caso de intervenção e reparos em estruturas estrutur as com com proble p roblema ma de corrosão, deve deve-se -se evitar alterações estéticas no resultado resultad o final", final", aconselha Alencar. Alencar. Na maioria dos reparos, reparos, pode ser mais viável o emprego de microconcretos e argamassas argamas sas industrializ in dustrializadas, adas, adequadamente formuladas para cada tipo de patologia em questão. O consultor recomenda o uso de argamassas polimér poliméricas,q icas,que ue são tixotixotrópicas, para superfícies verticais, quando a área a ser reconstituída é rasa e envolve apenas a armadura. Quando se exige uma profundidade maior da d a área a ser ser reparada, r eparada,de de difícil difícil acesso ou densamente armada, é indicado o graute com características autonivelantes. Os produtos são encontrados no merca m ercado do na própria pr ópria cor do concreto. Silvana Rosso

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ÁLC ÁL CAL ALII- AG AGRE REG GADO

Rea eaçã çãoo peri per igosa Ainda pouco pouco estudada estudada pel pelo meio técnico, rea r eaçã çãoo álcaliálcali - agrega agregado do em em estr estrutur uturas as é de r ecupe ecuperr açã açãoo car car a e compl complexa exa

E

m julho de 2005,nove 2005,n ove meses meses após o surpreendente surpreend ente colapso do edifício Areia Branca Branca ocorrido em outubro out ubro de de 2004 200 4 na praia pr aia de Piedade,região metropolitana polit ana do Re Recife, cife,aa comissão com issão designada pelo Crea-PE (Conselho (Con selho Regional Regional de Engenharia, Eng enharia, Arquitetur rquiteturaa e Agronomia Agronomia de Pernambuco) para elucidar o acidente constatou indícios de reação álálcali-agregado (RA ( RAA) A) na edificação. Longe de ser a causa principal da queda – causada por falhas durante a concretagem que propiciaram a deterioração progres pr ogressiv sivaa das armaduras armad uras –, a presença de RAA no Areia Branca causou histeria h isteria na n a sociedade civil e em vários setores ligados à construção, culminando em uma onda de inspeções sistemáticas nas fundações dos edifícios da região. Até então associados a obras de barragens e pontes, os diagnósticos diagnósticos de RAA no Recife ( leia boxe) vêm se tornando nand o parâmetros par âmetros para par a a investigaç investigação ão e solução do problema em edificações comerciais e residenciais Brasil afora. "Caso não tivesse ocorrido o desabamento do Areia Branca, Branca, provav provavelmenelmente o problema ainda estivesse oculto", afirma Tibério Wanderley Correia de Oliveira Andrade, mestre em Construção Civil pela USP e professor do Departamento Departament o de Engenharia Civil Civil da Universidade Federal de Pernambuco. Fenômeno mal-interpretado e ainda pouco estudado pelo meio técnico, a RAA consiste, basicamente, numaa reação num reação química lenta na qual qu al alalguns constituintes do agregado, em presença de água, água, reag reagem em com hidró-

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n a rm e p u K ra i p a h C o lm e S e d l a o s s e p o rv e c A

A RAA RAAconsiste numa reação reação química lenta l enta entre ent re constit consti t uint uintes es do agregado agregado e hidróxidos alcalinos, na presença de água. Na foto, topo de pilar de vertedouro de barragem afetado por RAA xidos alcalinos, alcalinos, prove pro venient nientes es dos cimentos ou de out ras fontes,formando fontes,formando um gel expan expansiv sivo. o. De acordo com especialistas consultados, casos casos de colapso repentin o da estrutu ra em decorrência da RAA RAA são extremamente extremamente raros. r aros. Selmo Chapira Kuper Kuperman, man, diretor da d a Desek Desek e estudioso tud ioso da reação há mais de 30 anos, afirma que, em geral, a reação álcaliagregado costuma se processar ao longo long o da vida da obra, até que algum algum dos reagentes seja consumido ou que a umidade relativa no interior int erior do concreto seja substancialmente reduzida, havendo inúmeros casos em que a reação reaç ão continua p or pelo menos 60 anos, tempo suficiente suficiente par a identificação caçã o e adoção ad oção de medidas corretivas corr etivas..

Conseqüências A existência de uma quantidade mínima de álcalis álcalis,, do cimento ou de outras out ras fontes, exi existência stência de um agregado reativo e a presença da água são são as condições fundamentais para desencadear a reação. "Vale lembr lembrar ar que sem um mínimo de 80% de umidade relativa não há h á reação expansiva signisignificativa", ficativ a",explic explicaa Kuper Kuperman man.. O principal pr incipal sintom sintom a da existência existência de RAA RAA em peças de concreto ar mad mado o é a fiss fissuração. uração. Entretanto, cabe ressal ressal-tar qu e a ocorrência de fissuras fissuras também p ode estar assoc associada iada a div d iversas ersas outr as causas causas como como retração r etração por sec secaagem ge m ou por orige or igem m térmica, ataque de sulfatos e carregamento (relacionado ao dimensionamento dimensionament o das peças). peças). TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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Sem o histórico do concreto e sem informações sobre o projeto estrutural, torna-se tor na-se ainda mais m ais difícil difícil avaliar avaliar qual a contribuição contr ibuição da RAA RAA no aparecimento das fissur fissuras as das peças. peças. Al Além ém do ensaio en saio petrográfico, petrográfic o, o diagnóstico preciso preciso do problema exige a avaliação da tipologia do quadro fissuratório, fissuratório, muito influenciado pelo estado de tensão da peça e pela densidade e distribuição das armaduras. "De "Deve ve-se, -se,entretanto, entretanto, tomar cuicuidado na interpretação dessas informações",, insiste Andr ções" Andrade. ade. As principais conseqüências da RAA RA A sobre as propr pro priedades iedades do concrecon creto são as perdas de certas características mecânicas. No caso de expansão livre, liv re, a reação reação pode acarretar redução de 40% a 60% na resis resistência tência à compressão, pressã o, redução de 60% a 80% 80% na resistência à tração tr ação e iguais índices de redução no módu módulo lo de elastici elasticidade. dade. A grande grande maioria m aioria dos trabalhos internacionai ternac ionaiss conclui, conclui, no entanto, que existe um comportamento bastante diferenciado do concreto sem restrição à expansão expansão (isto ( isto é, liv livre re para ex expandir) pandir) se comparado ao concreto sob efeito de restrição pelo p elo estado estado de d e compressão e pela existência existência das armaduras. armadu ras. "O efeito de restrição nos dá certa ce rta se segurança gurança para afirmar que as peças de concreto armado afetadas pela reação conservam a sua capacidade resistente, resistente, mesmo em um es estata-

e d a r d n A io r é b i T e d l a o s s e p

Casos de colapso na estrutura por RAA são raros, mas a reação possibilita uma perigosa entrada para outras formas de deterioração da estrutura

o v r e c A

Prin Pr incipai cipaiss métodos m étodos de detecção detecção de RAA RAA Análise petrográfica: ASTM C-295 e NBR 7389  Método químico: ASTM C-289 e NBR 9774  Método da barras de argamassa: ASTM C-277 e NBR-9773 barr as de  Método acelerado das barras 

argamassa: ASTM C-1260, com limites de expansão estabelecidos para as idades de 16 e 28 dias  Método das barras de concreto: ASTM 1293 e CSA CSAA23.2, com limi l imittes de expansão expans ão de prisma pri smass de concreto para a idade de um ano

Font onte: e: Comitê Comit ê de Especial specialist istas as do Ibracon I bracon para par a Reações Expansivas em Estr strut utur uras as de Conc oncreto/ reto/ 2o seme semestre stre de 2005

Classificação A reação álcali-agregado tem sido comumente divida em três tipos: Reação Álcali-S ÁlcaliSíli ílica ca (RAS (RAS), Reaç eação ão Álcali-S Álcali- Sililicato icato (RASS) e Reação Reação Álcali Álcali-Carbonat -Carbonatoo (RA (RAC C). Em todos os casos, a conseqüência principal é a expansão continuada do concreto ao longo de 60 anos e sua conseqüente conse qüente fifiss ssuração. uração. (RAS): é a  Reação Álcali- Sílica (RAS): principal e mais recorrente no Brasil e acontece quando os vários tipos de sílica reativa reati va presentes nos agregados agregados reagem com os íons hidroxilia existentes nos poros do concreto. concret o. Asílica reage r eage com com os álcalis sódio e potássio formando um gel

sílico-alcalino, sílico-alcali no, altame alt amente nte instáv i nstável, el, que começa a absorver água e a se expandir, ocupando um volume maior que os materiais que originaram a reação. Silicato o (RASS (RASS): ):  Reação Álcali- Silicat é o tipo t ipo de RAA RAAmais encontrado em barragens const const ruídas no Brasil Brasil e em blocos de fundação na região do Grande Recife. Consiste na reação entre álcalis disponíveis e alguns tipos de silicatos eventualmente presentes em certas cert as rochas sedimentares, rochas metamórficas e ígneas. É uma reação que está basicamente basicamente relacionada r elacionada à presença de quartzo quart zo tensionado,

quartzo microcristali microcristalino no a criptocristalino cript ocristalino e minerais expans expansivos ivos do grupo dos filoss fi lossililicatos. icatos. R eação ÁlcaliC arbonato ( RAC): (RA C):  é a mais rara de todas e acontece quando certos calcários dolomíticos são usados como agregado em concreto e são atacados pelos álcalis do cimento, ori originando ginando uma reação reação denominada desdolomitização. Tratase de uma reação bem complexa, cujas conseqüências são bem mais graves, mas ainda existem várias divergências sobre o provável mecanismo da reação.

Fonte: Comit omitêê de Espec Especial ialist istas as do Ibracon I bracon para Reaçõe Reaçõess Expans Expansivas ivas em Estr Estrutur uturas as de Concret Concreto/ o/ 2o sem semestre estre de 2005 41

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Á L C A L I - A GR E G A D O

a ir e u q r e C e d io r ó s O io g r é S

e d a r d n A o ir é ib T e d l a o s s e p o v r e c A

e d l a o s s e p o v r e c A

Quadro fissuratório em bloco de fundação de edifício de 23 pavimentos: recuperação de estruturas estrut uras comprometidas comprometi das por RAA RAA é cara e complexa

Normaa deve Norm deve entr entrar ar em vigor ainda em 200 2007 Dentro dos esforços para diagnóstico e solução da RAA, o CB-18 da ABNT, por meio da Comissão de Estudos de Requisitos e Métodos de Ensaios de Agregados, está elaborando o "Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas preventi vas para para uso de agregados em em concreto", concret o", cuja cuj a conclusão deve acontecer acontecer ainda ai nda em 2007. Segundo especialistas, a norma pretende ser um referencial especializado contendo o resumo dos conceitos atualiza atuali zados dos sobre a avaliação da reação álcali-agregado e terá grande impacto no segmento se gmento da construção civil. civil .

"Será uma forma do fenômeno ser tr atado preventi tratado preventiva vamente, mente, evitand evit ando, o, desse des se modo, prej prejuízos uízostécnicos e econômicos à construção civil", explica o profess prof essor or Dr. Claudi Claudioo Sbri Sbrighi ghi Ne Netto, coordenador da Comissão de Estudos deAgregados Agregados do CB-18 daABNT. Contextualizado a partir da experiência nacional e dos textos normativos da Comunidade Européia, Estados Unidos e Canadá, o texto-base incluirá parâmetros inova i novadores dores como a classifificação class icação de riscos, os conceit conceitos os petrográficos específicos entre outras orientações.

do superficial de intensa fissuração", explic explicaa And ndrade. rade.

armadura e causando, conseqüentemente, a quebra do concreto. concreto. "O fis fissusuramento do concreto também exporá a armadura, facilitando a sua corrosão", sã o", comple completa ta Eduardo Quitete Quitete,, ge geóólogo log o pesquis p esquisador ador do Centro de TecnoTecnologia de Obras de Infra-estrutura do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado Estado de São Paulo) Paulo).. A recuperação de estrutu ras comprometidas prom etidas pela RA RAA é cara, cara, complexa e exige exige estud estudos os detalhados de d e cada caso. Uma vez instalado o processo reativo, é possível minimizar as expansões futu futu ras com encapsulament encapsulamento o ou outras formas de impermeabiliza-

Diagnóstico e recuperação Entretanto, cabe sali salientar entar que em edificações onde há fissuração intensa, é altamente recomendável que os condôminos procedam à imediata intervenção de reforço e prot proteção. eção. SoSobretudo porqu porquee as fiss fissuras uras representam uma porta de entrada para atuação de outros mecanismos de deterioração do concreto e da armadura. Agentes corrosivos – como o cloreto, por exemplo exemplo – podem ingres ingressar sar pelas rachaduras, comprometendo a

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Det alhe de reação álcali Det álcali-agregado: -agregado: a seta indica indi ca a borda de reação circundando cir cundando o agregado agregado graúdo ção. Para recuperar ção. recuperar a estrutu ra afetaafetada, o primeiro prim eiro passo é a injeção de resina epóxica ou microcimento. m icrocimento. De acordo com Sérgio Osório de Cerqueira, profess professor or da d a UFRPE UFRPE (Universidade ve rsidade Federal Rur Rural al de PernambuPernambu co),projetista co), projetista e diretor técnico da EngeEngedata Engenharia Engenharia Estru Estrutur tural, al, os serviços serviços de recuperação,em geral, são caros caros pois envolvem procedimentos específicos como injeção, protensão e encamisamento, alé além m de materiais dispendiosos. dispendiosos. Osório, que também é delegado regional da Abece em Recife, lembra que até pouco pou co tempo atrás atr ás acreditavaacreditavase que o uso de cimentos com teor de álcalis até 0,6% não acarretaria nenhum risco de reação. "Atualmente, sabe-se que, mesmo mesmo com teores menores, nor es, o risco está está presente presente desde que os agregados sejam potencialmente reativos" reativ os",, completa. A adoção de agregados não reativos tem sido considerada a maneira mais eficiente eficiente de evitar a ocorrência ocorr ência da reação. Se por questões econômicas isso iss o não for possív possível, el,uma uma boa bo a alternativa é lançar lançar mão de d e materiais que permitam a neutralização da reatividade como o cimento Portland pozolânico (com quantidade de pozolana que comprovadamente neutralize a reação) ou cimento Portland de altoforno (com quantidades de escórias suficientes sufic ientes para neutralizar n eutralizar a reaçã r eação). o). TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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RAA no Recife Recife Desde a queda do Areia Branca, ensaios específicos espe cíficos já j á confirmaram confir maram 15 casos de edificações diagnosticadas com a RAA na região metropolitana do Recife. Outros 25 casos, ainda não submetidos a ensaios, mostram quadros fissuratórios de intensidade int ensidade vari variada ada em blocos e sapatas sapatas que também podem estar associados a RAA. A exist existência ência do que os especiali especialistas stas denominam como "tríplice aliança" – o uso de agregado reativo no concreto, a presença presença de álcalis no cimento ci mento e a existência de umidade no solo, bastante intensa int ensa em em Recife Recife – são os fatores que possibilitaram o desencadeamento da reação de forma intensa nessa cidade. Entretanto, como alerta Andrade, "provavelmente "prova velmente nas cidades brasileiras brasilei ras onde os fatores fator es essenc essenciais iais para o desenvolvimento da RAA estejam presentes, o mesmo problema pode estar acontecendo sem, contudo, serem submetidos a investigações" investigações".. Seg egundo undo documento do Comitê de Especialistas do Ibracon para Reações Expansivas Ex pansivas em em Estrutur Estrut uras as de Concreto, outra possibilidade é a adição de sílica ativa, ativ a, metacaul metacaulim, im, cinza vol volante, ante, cinza de casca casca de arroz ou material polozânico ao concreto,na concreto,na central ou n a própria obra, em teores compat compatív íveis eis e previapreviamente estudados. "A adoção de compostos de lítio lítio no concre concreto to é uma outra opção,porém dev d evee ser ser muito m uito bem es estutudada",, le dada" lembra mbra Kuperman.

Diagnóstico Embora haja vários métodos para identificar a presença da reação álcaliálcaliagregado no concreto, os esforços para a recuperação ou reforço de estruturas problemáticas são tão custosos e difíceis difíceis que a p revenção acaba sendo o melhor remédio para evitar a sua manifestação. Entre os métodos para a detecção prévia da reatividade de agregados frente aos hidróxidos de sódio ou potássio presentes na pasta de cimento hidratada hidrat ada estão:a estão: a análise petrográfica, petrográfica, o método químico, o método aceleraacelerado d e barras barr as de argamassa (AMB (AMBT), T),

Além das inspeções em elementos de fundação dos edifícios na região metropoli metr opolitana tana do Recif Recife, e, o Sinduscon-PE Sinduscon-PE, com apoio do Sebrae-PE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco), sob a coordenação da Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, realizou reali zou um estudo para identificar identi ficar o potencial de reati reatividade vidade dos principais pri ncipais agregados da região. Além Além dessaa identif dess ident ificação, icação, foram pesquisados os cimentos e adições minerais disponíveis na região capazes capazes de mitigar mit igar a reação reação dos agregados mais mais reativos. r eativos. Os ensaios, reali r ealiza zados dos em Furnas, identifificaram ident icaram algumas jazidasde agregados potencialmente reativas. Os casos mais graves, sob o ponto de vista de fiss fi ssuração, uração, coincidiram coincidi ram com as jazidas que apresentaram os maiores níveis de reatividade. reati vidade. "Ess "Essaa correlaçã corr elaçãoo reforçou o diagnós diagnóstitico co da influência inf luência da RAA RAA nos quadros fissuratórios fissuratóri os encontr encontrados ados nas nas

T P I : o ã ç a g l u iv D

A análise petrográfica é um dos principais métodos para detecção da reatividade entre agregados e hidróxidos de sódio ou potássio métodos de prismas de concreto (CPT) e o m étodo acelerado acelerado de prispr ismas de concreto (A (ACPT). CPT). De acordo acordo com com Kuperman, Kuperman, nenhum nhu m dess d esses es métodos é totalmente seguro. "A "Alg lguns uns são mais precisos para determinado tipo de agregado e não para outro, por exemplo", enfatiza. Tanto o método químico (NBR 9774) quanto o de barras de argamassa (NBR 9773) não são considerados como totalmente confiáveis pois podem induzir a conclusões de "falso-

fundaçõesdosedifícios", edif ícios",lembra l embraAndrade. Andrade. Segundo Francisco Bacelar, diretor de ciência e tecnologia t ecnologia do Sinduscon-P induscon-PE E e diretor da divisão imobiliária do Grupo JCPM, após a queda do Arei Areiaa Bran Branca, ca, a primeira pri meira preocupa pr eocupação ção da enti entidade dade foi promover um debate debate técnico t écnico com os especialist esp ecialistas as,, construtores, construt ores, calculi calculistas, stas, universidades e fornecedores de materiais. materiai s. Na tentativa tentati va de comba combater ter o problema probl ema,, o Sinduscon-PE elaborou uma cartilha intititulada int ulada "Reaç "Reação ão álcali-agrega álcali- agregado do e diagnóstitico diagnós co do potencial de reati reatividade vidade dos agregados e do potencial de inibição de RAA RAA com uso de cimentos ci mentos e adições minerais disponíveis na região metropolititana metropol anado Recife", Recife", docume documento nto que contém cont ém recomendações para para prevençã prevençãoo da RAA em futuras obras. Além dessa iniciativa, estão sendo promovidas diversas palestrtras pales as ecursoscujo objetivo objet ivo principal pri ncipal é promover a conscientização do meio técnico para a existência do problema. negativo", ou seja, indu negativo", induzir zir à fals falsaa conclusão de que o agregado não é reativo. O consultor consultor aponta o m étodo dos prismas de concre concreto to como um dos mais eficientes eficientes para a detecção de reatividade do agregado. Porém, uma desvantagem é o tempo de conclusão dos testes testes,, que pode leva levarr um ano. Na tentativa de solucionar solucionar o pr oblema, alguns alg uns laboratórios laboratór ios vêm vêm es estudand tudand o a adoção de um m étodo acelerado acelerado de prisma de concreto cujos resultados seriam concluídos em em três meses. meses. Outros Out ros esforços estão estão sendo realizar ealizados no sentido de promover métodos mais seguros seguros e rápidos ráp idos para o diagnóstico da reatividade. Uma parceria parceria entre laboratórios canade canadenses nses,, americ americanos, anos, australianos e europeus e os laboratórios nacionais de Furnas (GO), da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), da escola escola Politécnica Politécnica e da Cesp (Companhia (Com panhia Energ Energética ética do Estado de São São Paulo) – Ilha Solteira participam,desde cipam, desde março de 2006 2006,, de estud estudos os em âmbito internacional cujos resultados visam visam diminuir diminu ir o tempo de conclusão das análises an álises dos testes realizados. Gisele C. Cichinelli

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CONCRET RETO O AUTOAUTO- AD ADEN ENSÁ SÁVEL VEL

Mistur sturaa pl pláásti sticca Inovador por eliminar etapas e alterar rotina de canteiro, tecnologia do concreto co ncreto auto-ade auto- adensáv nsável el ainda é prejudi pr ejudica cada da pelo desconhecimento desconhecimento acerca de suas propriedade propr iedadess

e tt e p e R n o t g n lil e W e d l a o s s e p o v r e c a :s o t o F

O espa espalhamento lhamento entre ent re 600 mm e 700 mm, obtido obt ido em ensaio específi específico, co, é ideal para evitar que o concreto se mova demais a partir do ponto de lançamento, permitindo preencher primeiro vigas e depois a laje em si

T

ambém chamado autocompactável,l, o concreto autove auto-adensáve adensávell é, sobretudo, sobre tudo, um materia materiall fluido fluido – embora sua definição definição extrapole tal característica, como como ve veremos. remos. Por ser um um concreto de alto desempenho, tem a capacidade de se moldar às fôrmas valendo-se val endo-se apenas do peso peso próprio, própr io,da da ação da gravi gravidade, dade, dispensando compactação ou vibração externas. externas. Ou seja, é capaz de preencher espaços e envolve envolverr barras b arras de d e aço e ouou tros obstáculos mantendo uma ho46

mogeneidade adequada, conforme explica ex plica o enge en genheiro nheiro Bernard ernardoo Tutikian, doutor ando do Norie Nor ie (Núcleo (Núcleo Orientado Orient ado para par a a Inovação da EdificaEdificação), da Universidade Universidade Federal Federal do Rio Grande do Sul. Embora geralmente seja autonivelante, esse não é um requisito para que um concreto seja considerado auto-adensável.Mais,"as características do concreto fresco é que diferenciam o CAA do concreto convencional", salienta o professor Wellington

Repette, do ECV-UFSC (Departamento de Engenhar Engenharia ia Civil Civil da Universidade ve rsidade Federal de Santa Santa Catar ina). O material também deve apresentar três propriedades prop riedades básicas básicas:: coes coesão ão suficiente para escoar intacto e preencher espaços, habilidade de passar por restrições e capacidade de resistir resistir à segregação.Estas, segregação.Estas,conform conformee explica, explica, dependem tanto da fluidez fluidez quanto da estabilidade es tabilidade da mistura. m istura. O CAA é obtido a partir p artir dos mesmos materiais utilizados para a produção do concreto convencional – cimento, agregados graúdo e miúdo, material fino coesivo e água, porém com maior adição de finos, de aditivos superplastificantes e, eventualmente, ment e, moderadores moderado res de viscosi viscosidade. dade. Embora, conforme lembra Repette, Repette, exista exis ta um a ampla disc d iscussão ussão acadêmica em torno das metodologias para obtenção do traço.Tutiki traço.Tutikian an rec r ecomenomenda a adoção de "alg "algum um métod métodoo de dosagem", referindo-se aos inúmeros desenvolvidos pelos pesquisadores brasileiros ( veja quadro). Traço refinado

Repette reforça a importância do refinamento do traço, refinamento traço,base baseado ado em mém étodos de dosagem dosagem adequados. Segundo afirma, mesmo que qu e o CAA CAA seja seja aprovado pelos ensaios realizados em canteiro,"o ro, "o uso sem sem critério de aditivos,finos aditivos,finos ou cimento pode p ode trazer problemas fufuturos de des d esempenho",alerta. empenho",alerta. Como se vê, comparativamente aos concretos convencionais, o CAA TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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demanda ainda m ais atenção atenção quando da definição do traço, uma vez que é im prescindível obter fluidez, evitar qualquer segregação e adequar custos. "É possív po ssível el fazer CAA apenas com cimento, mas se tornaria muito caro", ilustra Repette referindo-se à necessidade dos finos, que pode ser pó-de-brita, resíduo resíduo da d a britagem britagem de de rocha e da d a lavagem lavagem de areia artificial. art ificial. A recomendação do professor da UFSC é que o ajuste do traço seja feito fei to em laboratór io a partir da d a pasta, seguido da adequação da argamassa e, por fim, fim, do concreto concreto.. Todo odoss esses esses procedimento procedim entoss visam à obtenção de um concreto fluido cuja hom ogenei ogeneidade dade – espec especialmenialmente após a aplicação aplicação – depende,prin depende, princicipalment e, da viscosidade viscosidade plástica e da tensão de escoament escoamento. o. Ambas são são determinadas pela dosagem da mistura, pelo tipo e teor do aditivo superplastificante, pelo teor de finos e pela distribu distribuição ição granu granulométrica lométrica dos mater iais. Há n ece ecessidade ssidade de que a viscosidade seja moderada e a tensão de escoamento, baixa. Repette lembra que qu e o que dá fluidez à mistura é o teor de água e/ou de aditivo superplastificante. Este Este geralmente geralment e à base

Por ser fluido, o concreto autoadensável não é recomendado para preenchimentoo de escadas preenchiment escadas ou lajes l ajes com desníveis. Nesses casos, é possível construirr um dique de argamassa construi argamassa para evitar nivela ni velamento mento

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de sais de ácido policarboxíl p olicarboxílico, ico, ou simplesmentee policarboxilatos. "É o simplesment supra-sumo da indústria, mas existem experimentos experimento s com aditivos mais baratos que mostram mostr am resultados fafavoráveis voráv eis", ",pond pondera. era. O equipamento ideal para avaliar a qualidade do d o CAAno estado fresco fresco é o reômetro, que permite a obt enção da tensão de d e escoament escoamentoo e da viscosiviscosi-

dade plástica.Como plástica.Como é pouco disponível em campo, as propriedades do material mater ial no estado fresco fresco são avaliadas por tr três ês outros outr os testes: caixa caixa "L", "L", funil "V" e ensaio de espalhamento. Enquanto o espalhamento se relaciona mais diretamente com a tensão de escoamento, o funil traz mais informações pertinentes pertin entes à viscosidade. viscosidade.Já Já a caixa "L" "L" verifica verifica a fluidez, a capacida-

Mater Ma teriiais para obtenção do CAA CAA Cimento

ciment os mais  São preferíveis os cimentos fifinos nos e com teores mais baixos de álcalis e de C3A. No entanto, a princípio, qualquer qualquer tipo t ipo de cimento empregado na produção produção do concreto concret o convencional pode ser utilizado para obtenção obt enção do CAA. CAA. Adições

calcário: embora o de natureza calcítica seja o mais indicado, não é um materi ma terial al verdadeir verdadeirame amente nte inerte, principalmente se em contato com C3A, além de aumentar a velocidade de hidratação do cimento. Deve ter finura igual ou menor que a do cimento. f orma esférica, esféri ca,  Cinza volante: com forma diminui o atrit atr itoo interno int erno entr entree agrega agregados dos e cimento, reduzindo o consumo de superplas sup erplastitificante ficante por aumentar a fluidez fl uidez e a viscosidade. Deve ter finura entre 500 m2/ kg e 600 m2/ kg.  Sílica ativa: comum para obtenção de elevada resistência resistênci a à compressão, compressão, promove aumento da resistência à segregação quando representa entre 2% e 5% da massa de cimento. Nesses casos cas os também t ambém aumenta a demanda d emanda por aditivo aditi vo superplastifi superplastifi ca cante nte e a tens t ensão ão de escoament escoamento. o.  Filler 

Fração fina fi na dos agregados industri alizados: industrializad os: o tipo ti po de rocha e a forma de britagem e classificação influenc infl uenciam iam as característi característica cass próprias própri as e a adequação do CAA. 

Aditivos

Superplastificantes: reduzem em pelo menos 20% o consumo de água. Mesmo os de base policarboxilato, mais indicados, provocam perdas de fluidez exigindo compati compatibil bilizaç ização ão com os fios da mistura. romotores ores de viscos vi scosidade: idade:  Promot normalmentee à base normalment base de poliss poli ssaca acarídeos, rídeos, melhoram melhor am a resistência à segregação. São dispensáveis dispensá veis quando os teores de finos fi nos são adequados. Aumentam a retração quando em doses elevadas. 

Agregados

Miúdo: os mesmos do concreto convencional, o ideal é que convencional, representem entre 40% e 50% da argamassa do CAA. semelhant es ao do  Graúdo: também semelhantes concreto convencional, são preferíveis os de forma regular. r egular. O de 10 mm é o mais difundido por resultar numa composição mais econômica. 

Fonte: Concret oncretoo de Última Últ ima Geração: Geração: Presente Presente e Futuro, Capítulo 49, Vol. 2, pp.15091550, W. L.Re L.Repet pettte. In: I n: Concreto: Concret o: Ensin Ensino, o, Pesquisa Pesquisa e Reali Realizações zações,, Edi Edittor or:: Geral Geraldo do C. C. I sa saia, ia, Ibraco I bracon, n, 2005. 47

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CON CR E T O A UT O- A DE N S Á VE L de de ocupar ocup ar espaços e passar passar por po r restrições tr ições e o grau grau de nivelament nivelamento, o,sendo sendo quase um ensaio de desempen desempenho. ho. "É importante import ante fazer fazer os três para ter uma um a visão do material como um todo", afirma Repette. Também é essencial verificar a segregaç seg regação ão do mater material, ial, que, quando exagerada, pode ser vista no es-

palhamento. Por ser difícil difícil de perce p erce-ber no momento mom ento do recebimento recebimento ou da aplicação, é mais seguro evitá-la realizando uma adequação prévia em laboratório. Dessa forma impede-se a exsudação exsudação da m istura e, conseqüentemente, conse qüentemente, a perda de resi resisstência na superfície superior e até mesmo a ex exposiçã posiçãoo das arm aduras.

ENSAIOS E REQUISITOS PARA O CAA Métodos de ensaio

Valores limites

Espalhamento Entre 600 e 800 mm Funil "V" Entre 5 e 10 segundos Caixa "L" H2/ H1 ent re 0,8 e 1,0 Seg egrega regaçã çãoo ava valiada liada no en ensa saio io de es espa palham lhamen ento to Aus usen ente te Font onte: e: Concret Concretoo auto-adens auto- adensáve ávell – Conceit onceitos os e caracter característi ísticas cas,, Prof. Dr. Well Wellingt ington on Repette, Repett e, UF UFS SC.

Custos Segundo o engenheiro Wellington Repett epette, e, o CAA CAA permite permit e a redução de custos devido aos seguint seguintes es motivos: moti vos: Dispensa nsa o emprego de vibr vibradores, adores,  Dispe com economia na aquisição, aquisi ção, manutenção e operação desses equipamentos  Permite maior reutilização das fôrmas em função da inexistência inexist ência da operação operação de adensamento e pela maior facilidade de lançamento do concreto  Eliminam-se ou minoram-se os custos de correção de falhas de concretagem

(como ninhos ni nhos e acúmulo acúmulo de bolhas bol has na superfície)  Estima-se ocorrer um menor custo para as operações de desenforma, uma vez que o concreto adere menos devido ao nãoadensamento  Possibilidade de redução das seções de peças densamente armadas, uma vez que preenche espaços espaços com mais facili f acilidade dade P ossibi oss ibili lidade dade de ha haver ver maiores t urnos turnos  de concretagem, principalmente quando há restrições quanto à poluição sonora

Fonte: Prof. Dr. Wellington Repette. UFSC.

Vantagens dir dir etas Se corretamente especificado, projetado e aplicado, o concreto auto-adensável pode propiciar uma série de ganhos diretos e objetivos objeti vos,, tanto t anto na quali qualidad dadee final da estrutura quanto no orçamento da obra. Além desses, desses, listados li stados abaixo, abaixo, há a possibilidade de ganhos indiretos, relativos a incrementos na qualidade, ausência de patologias futuras e diminuição dimi nuição de riscos ri scose desgaste desgaste de trabalhadores e equipamentos. Dentre os benefícios que tornam o CAA um material materi al vantajoso, segundo o engenheiro Bernardo Tutikian, destacam-se as possibilidades de: Font onte: e: Bernardo Bernardo Tuti utikian kian (2004). ( 2004). 48

Acelerar a construção Acelerar  Reduzir a mão-de-obra no canteiro acabamento final fi nal da superf superfície ície  Melhorar o acabamento Aumentar a durabilidade por ser mais  fácil de adensar adensar Permitir grande liberdade de formas e  dimensões ermitirir concretagens em peças peças de  Permit seções reduzidas  Eliminar o barulho de vibração  Tornar o local de trabalho mais seguro em função da diminuição do número de trabalhadores eduzirir o custo custo final do concreto e/ ou  Reduz da estrut estrutura ura 

Até mesmo o comportamento do elemento a ser moldado, ao longo da espessura, espessura, é influenciado pela segregação ou não do concreto. "Caso haja exsudação, pode haver dificuldades no lançamento, pois tamb ém afeta a capacidade do CAA se mover adequadamente, e a heteroge heterogeneidaneidade das propriedades mecânicas", resume Repette. Dentre os motivos para a exsudação, conta Tutikian, estão a falta de ajuste do traço e o excesso de aditivo superplastific superplas tificante, ante, com possi possibilidade bilidade de manifes man ifestações tações patológicas. patológicas. O CAA é um material que exi exige ge dosagem dosagem criteriosa e focada na estabilidade da mistura, mistur a, que é o ponto mais m ais susc suscetív etível el a problemas no momento da aplicação. "É um concreto fluido, mas essa não pode p ode ser sua única ú nica característica" característica",, conclui Repette. Aplicação simplificada

Desenvolvido Desenv olvido no Japão n o final da década de 80, o CAA visava à eliminação da etapa de adensamento em concretagens, con cretagens, pois havia dificuldade em encontrar mão-de-obra qualificada qualifica da para p ara executar executar ess essaa etapa, o que qu e desencadeava desencadeava problemas pro blemas com o acabamento final. Atualmente, com a onda da racionalização da mão-de-obra – no Brasil mais devido às dificuldades em encontrar qualificação do que visando à redução de custos – o CAA pode enconen contrar espaço para crescer. Claro que desde que os problemas iniciais enfrentados, fre ntados, comuns a qualquer tecnologia, não distorçam as características e destr destruam uam o potencial p otencial que o material tem. "É "É um m aterial promissor, mas pode ser ser p rejudicado por problemas iniciais de dosagem", lamenta Repette. Aument a a rapidez da obra por eliminar a etapa et apa de vibração, eveneventuais retrabalhos decorrentes do preenchimento de vazios na superfície causados por incorporação de ar ou fal falhas has de concretagem concretagem e p or reduzir significativamente as etapas de n iv ivelamento elamento e acabamento. Por isso, iss o, e também por contar com adequado controle tecnológico, a inTÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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Os ensaios do funil "V" e da caixa "L" dão indícios relativos à viscosidade plástica e à tensão de escoamento. O ensaio de espalhamento mostra a capacidade do concreto de se mover, além de dar indícios referentes à segregação

dú stria de pré-fabricados dústria pré-fabr icados tende a ser ser a primeira interessada por esse concreto. Além disso, o tempo entre produção e aplicação é menor nesses casos, o que tende a minimizar custos.Essee dado é impor custos.Ess importante, tante, conforme Repette, Repette, porque a manu tenção das características car acterísticas desse concreconcreto é mais difícil de obter. "Pode ser CAA na concreteira, con creteira, mas perde características racterístic as até o mom ento da aplicação",, explica cação" explica.. Em relação às construtoras, construt oras, BerBernardo Tutikian salienta que elas precisam estar atentas aten tas e atualizadas "com "com as tendências positivas que visam a melhorar o process processoo produtivo prod utivo racionalizado,ambiente,custos e segurança".A afirm afi rmaçã açãoo remete também tam bém à infl in fluênuência do uso do CAA sobre sobre deformações, defor mações, módulos de elasticidade, rapidez e execuç ex ecução, ão, tempo de escoramento, escoramento, aspectos ambientais, dentr dentree outr outras. as. Os pesquisadores concordam que a tecnologia tecnologia proporciona um a maior racionalização da obra que certamente pode desencadear outros benef ben efícios ícios à cadeia cadeia da construconstr ução. "Com divulgação e conhecimento, men to, o CAA virá a fazer fazer parte p arte da da realidade do setor", aposta Tutikian. "O custo, custo, em princípio prin cípio mais elev elevado ado para a produ ção do material, pode ser compensado pela redução de gastos com sua aplicação e com a manutenção manu tenção das estru estrutur turas" as",, afirma afirma Repette na Ação n o 6 da Comunidade da Constr ução: Implementação do concreto auto-adensável na execução de estru estru tur a de concreto armado. Nes Nesse se experiment experiment o, apenas dois operários trabalharam na concretagem de um pavimento com

Aplicações Tão versátil quanto o concreto convencional, conv encional, pode ser aplicado apli cadoin loco , em pré-fabricados, pré-f abricados, ser ser dosado em cantei canteiro ro ou centrais e ser transportado por caminhões betoneira. Pode ser bombeado, lançado por meio de gruas ou espalhado. Por ser fluido, tende a se nivelar. Portanto, não é indicado indi cado para locais com desníveis, como sacadas e escadas, ou mesmo lajes com contrafl cont raflecha echa elevada. elevada. Para Para degraus e desníveis em lajes é possível lançar mão de diques, di ques, barreiras barreir as de argamass argamassaa executadas antes da concretagem. A seguir, locais passíveis do uso do concreto auto-adensável:  Obras convencionais onde seja necessá neces sáririaa maior velocidade

Lajes de pequena espessura ou lajes nervuradas undaçõess em hélice hél ice contínua cont ínua  Fundaçõe  Paredes, vigas e colunas  Parede-diafragma  Estações de tratamento de água e esgoto  Reservatórios de águas e piscinas contr apisos,, muros, painéis pai néis  Pisos, contrapisos Obras com acabamento em concreto  aparente Locais is de difíci di fícill ace acess ssoo  Loca  Peças pequenas, com muitos detalhes ou formato for mato não convencional convencional em que seja seja difícil utilizar vibradores gr ande concentração  Elementos com grande de ferragens 

Fonte: Utilização de concreto auto-adensável em estruturas de edifícios com custos inferiores ao concreto convencional. 12o Concur oncurso so Falcão Falcão Bauer. Câmara Câmara Brasileir Brasileiraa da I ndús ndústrtria ia da Construção Construção Civil Civil..

mais de 500 m 2, com aproximadamentee 60 m 3 de concreto. ment Os construtores, no entanto, ainda não conseg conseguem uem observar as reduções de custos indiretas indiretas que o mam aterial propõe. Para o diretor técnico da Hochtief do Brasil, o engenheiro Alexandre Al exandre Safar Safar de Oliveira, o qu e impede a ampla disseminação do CAA ent entre re as const constru rutor toras as é "o custo, cerca de 8% a 10% maior". Além disso, diss o, por ser um material novo, lelevanta preocupações dentre os constru tores, que se mostram cientes da demanda acentuada por rigoroso controle da qualidade. Assim, ainda consideram o CAA apenas p ara casos específicos específicos e

não para concretagens em geral, como esperam os entusiastas da tecnologia. "São adequados para peças densamente densamente ar madas, estru estru turas elaboradas, com alto relevo, fachadas em concreto aparente e painéis arquitetônicos", conta Oliveira. ve ira. Um uso mais amplo depende, para Tutikian, de divulgação. "Falta conhecimento de construtores, projetistas, concreteiras e profissionais responsáveis pela dosagem e definição defi nição do tipo de concreto para cada aplicação" aplicação",, lamenta. Bruno Loturco Fotos publicadas inicialmente no Relatório Comunidade Comu nidade da Construção Flori anópolis. Ação 6 – Concret Conc retoo auto-adensáve auto-adensávell

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DEFORMAÇÃO LENTA

Var iável concr ncreeta A fluência, fenômen fenômenoo próprio própri o do materi material, al, pode pode ser ser mi minim nimizad izadaa com projet pr ojetoo e execução execução adequados adequados

D

iversos pesquisadores têm-se empenhado em conhece conhecerr as propriepropr iedades do concreto,dentre concreto, dentre elas a fluênfluência. Trata-se de um a propriedade prop riedade comum a diversos diversos materiais materiais.. O fenômeno caracteriza-se pelo aumento gradual da deformação do material quando sujeito a uma tensão t ensão constante constante ao longo do tempo. No caso caso do concreto, pode-s pode-see concluir concluir que, ex exatamente atamente por alivi aliviar ar as concentrações concentr ações de tensões, tensões, a fluência possibilita que o concreto sejaa utilizado como material sej m aterial estrutu estrutu-ral. "E "Ess ssaa propriedade propr iedade é extremament extremamentee importante impor tante e benéfica, benéfica, sob esse esse pont pontoo de vista",explic vista", explicaa a engenheira Inês BaBataggin,superintendente da ABNT (Associação sociaç ão Brasileira Brasileira de d e Normas Nor mas Técnicas) e pesquisadora p esquisadora da ABCP ABCP (A ( Associação Brasileira de Cimento Portland).

Como o próprio pr óprio nome no me sugere, sugere, a deformação lenta do concreto ocorre ao longo de mu muitos itos anos.Es anos. Estud tudos os realizados liz ados pelo p elo ACI ACI (American Concrete Institute) demonstram que as deformações em em corpos-de-prova de concreto são verificadas mesmo após 30 anos. Esses Esses registro registross sugerem a tent endência assintótica a um valor constante de deformação, se não houver modificações no carregamento ao longoo do tempo. "N long "Noo entanto, como o incremento de deformação após algum tempo passa a ser muito pequeno, es esse se conhecimento conhecimento se serve rve apenas a pesquisas p esquisas acadêmicas" acadêmicas",, conclui. Algumas das causas básicas do fenômeno já foram determinadas, determinadas, mas ainda há muitos pontos de relação a serem se rem m ensurados. De acordo com

li o r a d n a c S o l e c r a M

Justamente por alivi Justamente aliviar ar concentr concentraç ações ões de t ens ensões ões,, o concreto concret o tem t em ótimas óti mas propriedades estruturais, mas as deformações devem ser previstas a longo prazo

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Inês, a perda da água intracristalina, sob pressão constante,parece ser uma das relações relações de grande import im portância ância na determinação determ inação do grau de d e fluência fluência no concreto, o que pode sugerir que elevadas relações água/cimento sejam indesejáveis no que se refere ao controle do fenômeno. Assim como a fluência é sensivelmente sensivelmente influenciada pela disponibilidade de água do composto, diversas diversas outr as propriedades prop riedades como módulo de elasticidade e resistência à compressão também geram variações nas deformações.A deformações. A fluência fluência é diretamente proporcional à relação água/cimento e inversamente inversamente proporpropo rcional aos valores valores de módulo mó dulo de d e elaselasticidade e resistência resistência à comp compressã ressão. o. É importante import ante que o concreto concreto continue a apresentar ganhos de resistência após a aplicação de carga na estrutura, já que o peso próprio constitui um primeiro carregamento. Sabe-se ainda que a fluência fluência diminui com o aumenaum ento das dimensões do elemento estrutural, portant portantoo estrut estruturas uras mais es esbel bel-tas requerem mais m ais atenção. É importante import ante ressaltar ressaltar que a variação volum volumétrica étrica resultante da reaçã reaçãoo exotérmica de hidratação do cimento não interfere na fluência. fluência. É um fenômeno de comportamento não-linear do concreto concreto quando submetido a uma tensão que qu e ultrapassa ultr apassa a fase fase elástica. elástica. Quando Quan do a retirada da carga carga atuante dá lugar à volta de uma parte da deformação, o material m aterial está está na n a fase elás elástica, tica, enquanto que a parte correspondente à deformação além do limite elás elástico tico é irreversível. irreversív el. Do pon to de d e vista desse TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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comportamento, o concreto comportamento,o concreto é um material visco-elástico que tem sua deformação diferida ao longo do tempo. Além de decisões de projeto, na hora de executar a estrutura é indispensável pensáv el considerar considerar a matur maturidade idade do concreto no momento de aplicação das cargas e a magnitude desses carregamentos. Segundo experimentos, a fluência dos concretos carregados a baixas idades idades é maior do que qu e a verifiverificada em concretos carregados carregados a idades id ades maiores. "E "Ess ssee compor compor tamento é devido ao maior grau de hidratação dos concretos com maior idade, que apresentam se ntam es estrut trutura ura interna m ais comcompacta e menos m enos água disponível", disponível",expl expliica Inês. Inês. "C "Cerca erca de um umaa quarta parte par te da fluênciaa ocorre nas fluênci n as duas primeiras pr imeiras semanas de carregamento", carregamento", conclui. De acordo com o engenheiro José Zamarion, do Ibracon (Instituto BrasiBrasileiro do Concreto), a idade fictícia fictícia do concreto no instante in stante de aplicação aplicação da carga, carg a, tempo zero e no instante considerado (tempo t), t ), lev levaa em conta conta o histórico tór ico de desenvolv desenvolviment imentoo da resistência do concreto.Zamarion concreto.Zamar ion ressalta ressalta que as condições para estimativa (cálculo) do coeficiente de fluência pressupõem umaa tensão de 0,4 um 0,4 x tensão tensão de ruptur ru pturaa por ocasião do carregamento e são válidas após a idade de três t rês dias. Controle Co ntrole de projeto

No Brasil, a NBR 6118 6118 estabelece como deve ser realizado o projeto de estruturas estrutur as de concreto.A versão versão publip ublicada em 2003 prevê as análises global e localizada localiz ada das deform deformações, ações,de de maneira que a estrutura seja verificada como um todo e em partes, partes,ee estabele estabelece ce limilimites de deformabilidade. A consideraconsideração da fluência no cálculo estru estrutur tural al é obrigatória por essa norma e pode pod e ser ser obtida por po r uma u ma anális an álisee simplifica simplificada da ou complexa.. A nor complexa norma ma técnica nacional nacional correlaciona o valor da fluência do concreto aos valores de módulo de elasticidade, elas ticidade, dimensões do ele elemento mento estrutu es trutural, ral, umidade e outros, em funfunção do conhecimento conhecimento já adquirido nas pesquisas realizadas. realizadas.A Apesar do conheconh ecimento de importantes variáveis que determinam o fenômeno, a fluência ainda é uma propriedade difícil de ser

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O edifício Mandarim, em São Paulo, foi uma das primeiras estruturas monitoradas nas primeiras idades de carregamento

medida empiricamente.A norma brasileira sile ira de ensaios, a NBR NBR 8224, determina modelos de ensaios de longa longa duração,cerca ração, cerca de 400 dias, dias, mas poucos pou cos lalaboratórios dispõem do equipamento necessário necess ário à sua execução. execução.O O tempo temp o de duração do ensai ensaioo e seu alto custo tornam res r estritivo tritivo seu seu uso corrente, se sendo ndo pouco solicitado solicitado pelo meio técnico."A técnico. "A não ser no caso da construção de barragens, rage ns,onde onde essa propriedade é fundamental para o sucesso do empreendimento", ex explic plicaa Inês Battagin. Battagin. No Brasil,, assim sil assim como em grande grand e parte dos do s países, paíse s, a fluência fluência ainda é determinada por estimativas teóricas a partir de dados mais facil facilmente mente obtidos. obt idos. "Não apenas a previsão da fluência, mas muitas outras especificações e premissas exigidas exigidas em em nor norma ma deve d evem m ser explicitadas plic itadas nos documentos docum entos que acompanham o projeto estru estrutur tural" al",, concl conclui. ui. Para Zamarion, a deformabilidadeform abilidade da estrutur a pode ser controlada controlada com o uso de concretos com resistência e módulo módu lo de elasticidade elasticidade corretos, e o seu lançamento pode p ode ser realizado realizado com a escolha adequada dos elementos enrijecedores. Para se obter uma maior trabalhabilidade do concreto, ou maiores valores de abatimento

(slump), podem ser utilizados aditivos aditivos plastificantes ou superplastificantes na mistura, no lugar do aumento da relação água/cim água/cimento. ento. Es Esse se é o procedimento dimen to usual para se obter concretos de elevada resistência à compressão e de fácil aplicaç aplicação ão em estrutu estruturas ras com alta densidade de armadura armadur a (espaços reduzidos), reduzidos ), pois um aumento na relarelação água/cim água/cimento ento fatalmente fatalment e provoca uma expressiva queda na resistência. Os concretos atuais com abatimentos entre 16 e 20 cm, conseguidos com uso de superfluidificantes, e os chamados auto-adensáv auto-adensáveis eis,, com aditiv aditivos os químicos quím icos,, conferem resistência mais alta e módulo módu lo de elasticidade elasticidade adequado, desde que o agregado graúdo apresente modo de elasticidade compatível. "E "Esse ssess concretos devem apreapr esentar boa bo a coesão coesão em estado plástic p lásticoo e dispensam dispensa m o adensamento, além além de superarem os concretos convencionais do ponto pon to de vista da fluência", fluência", explica. Já concretos mais argamassados,como é o caso do bombeável bombeável,, tendem a apresentar menores valores de módulo de elasticidade do que os convencionais, e conseqüentemente maiores maior es valores valores de fluência. fluência. Es Esse se tipo de concreto, indicado para aplic aplicação ação 53

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D E F O R M A Ç Ã O L E N TA A B C

Flechas imediatas -1,2

-1,2

-1,7

-1,7

-1,5

-1,5

A Análise linear Não-l o-linear inear – NBR 6118/ 2003 B Nã C Não-linear – CEB 90 em locais de difícil acesso, deve ser utilizado com o conhecimento prévio de suas características físic físicas, as, obtid obtidas as por ensaio en saio e consideradas consideradas em projeto. pro jeto. De acordo com o enge engenheiro nheiro Francisco Graziano, do escritório de engenharia Pasqua e Graziano, a indeterminação term inação real real da fluência, fluência, tamb também ém condicionada a fatores de origem climática como umidade do ar e temperatur a ambiente, requer requer dispositivos estruturais de compensação. Nos casos em que o conhecimento da deformação de uma viga é indispensável para garantir garant ir seu bom desempenho em serviço, como em vigas fletidas de grandes grand es vãos, vãos, e exisexistem dú vidas sobre sobre a variabilidade da grandeza referente ao deslocamento, lança-se mão de alterações do sistema estrutural por meio do uso de sistemas sis temas protendid p rotendidos. os. "A protensão

Flechas diferidas

A B C D

4 tf/ m

-3,3 -2,2

-3,3 -2,2

-3,1

-3,1

-2,0

-2,0

10 m

10 m 1,40 0,10 0,50 0,20 (seção)

fluênci a 1 A NBR 6118/ 2003 com fluência fluênci a 2 B NBR 6118/ 2003 com fluência C CEB 90 com fluência 1 D CEB 90 com fluência 2

Parce arcela la perma permanen nente te imedia imediata ta = 40% 40% Parce arcela la perma permanen nente te após pósse seis is me mese ses s = 40% 40% Parce arcela la va vari riáv ável el = 20%

Fluência 1 = majoraçã majoração o direta diret a nas flechas imediatas Fluência 2 = corr correção eção no diagrama tensão-deformação do concreto

forma uma contr acurvatura mecânica que pode neutralizar o efeito deletério da fluência", explic explica. a. Graziano também alerta para uma confusão comum entre engenheiros: considerar como fluência a deformabilidade de uma peça resultante de um estado de fissuração. "Esse fenômeno pode ser responsável pela amplificação de até duas vezes na deslocabilidade da peça, resultando em deslocament deslocamentos os extrem extremamente amente inesperados", expli explica. ca. Isso se se deve deve ao fato fato de a fissuração reduzir de forma dra-

mática a rigidez da seção transv tran sversal ersal da peça à quase metade da grandeza apresentada antes da ocorrência. A fissuração depende da qualidade do concreto utilizado, utilizado, da quantidade quant idade de armadura da peça, da grandeza das cargas aplicadas, das condições de cura,da desenforma e reescoramento. Controle da execução

Todos os especialistas concordam que para minimizar os efeitos da fluência as soluções construtivas devem contemplar o comportamento sistêmico do edifício, de maneira a preverr o bom funcionamento preve funcionament o conjunto dos componentes. "As mudanças nos sistemas executivos levaram ao aparecimento aparec imento de d e problemas na inter-

FLUÊNCIADECONCRETOSPRODUZIDOSCOMGRANITOCOMOAGREGADOGRAÚDOECIMENTOSCOMADIÇÃO. RELAÇÕES RELAÇÕ ES ÁGUA/C ÁGUA/CIMEN IMENTO TO VARIÁ ARIÁVEIS VEIS

Ori rig gem dos

Pasta

agregados a/ c Dosagem 2936 Serra

0,66

( %) 22,97

Idade

Fluência básica

Carr rre e-

específ ífic ica a (1 (10 0 -6 / MPa) (1)

1/ E

F( k)

Dmáx

gam ga men ento to

(dias (di as ap apó ós o ca carre rrega gam men ento to))

(10 /

( 10- 6/

Total

( mm mm)

( di dias)

5

10

30 1 00 00

300

400

MPa)

MPa)

274

19

2

35

46 46

66 66

89

110

116 11

127,21

19,35

5

33

44

63

85

106

111

67,68

18,49

193 258 370 497

Consumo (k (kg g/ m ) 3

Adição Cimento 39 (POZ)

235

Mesa

-6

Dosagem 4697 Serra

0,52

26,41

28 (SA)

315

343

19

Mesa

1

616 61

646 64

199,20

107,88 10

3

38

51

74

99

123

129

93,20

21,49

7

21

28 28

40 40

53

66

69

86,73

11,52

28

14

18 18

26 26

35

44

46

56,18

7,66

1

31

42 42

60 60

80 80

100

105

133,16

17,46

3

24

33

47

63

78

82

80,71

13,64

Dosagem 4731 Serra

0,57

28,23

28 (SA)

320

348

19

Mesa

7

18

25 25

35 35

48

59

62

66,18

10,31

28

13

18 18

25 25

34

42

45

55,28

7,43

Obs.: (1) fluência f luência básica básica específica específica = flfluência uência básica/ básica/ carga aplicada. Nesses Nes ses ensaios ensaios à fluência flu ência básica está adicionada adici onada a defor deformação mação aut autógena ógena (ensaios realizados reali zados no Laboratório Laboratór io de Furnas) pozolânico SA = sílica ativa POZ PO Z = material pozolânico

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face estrutura-vedaç face estrutu ra-vedações ões e na deformad eformação das es estru truturas, turas, com deslocamendeslocamentos além do esperado", expl explica ica ZamaZamarion. Sistemas com comportamento similar são especialmente indicados para uso conjunto, como reves revestimentimentos de argamassa em alvenaria de blocos de concreto, onde se verifica verifica não apenas a aderência física do rev r evestiestimento (ranhuras e reentrâncias preenchidas), preenchida s), mas também a aderênaderência química por similaridade do material. Al Além ém disso, as vedações vedações devem devem ser capazes de absor absorver ver as deform deformações ações da estrutura estrutu ra sem gerar tensões intern internas. as. Com relação relação à estru estrutur tura, a,oo cuidado com o concre concreto to nas n as primeiras idades é determinante para sua vida útil.A útil. A manutenção da relação tensão-resistência dentro dent ro de limites lim ites aceitáveis aceitáveis exige exige escoescoramento adequado e a não-colocação de materiais de construção sobre a estrutura recém-concretada, ou seja, o adiamento do início de execução execução das vedações.Em todos os casos,recomenda-se um plano de escoramento onde se conside considere, re, para cada etapa, etapa, o binômio "res "resistê istência ncia à compress compressão-mód ão-móduulo de elasticidade" como base para a definição das escoras escoras que qu e devem devem permanec man ecer er em sua posiç po sição ão original até que possam ser removidas,sem prejuíp rejuízo para o elemento elemento estrutural estrut ural e para o concreto. concre to. "Ne "Ness ssee sentido, encontra-se em desenvolvimento um projeto de norma que trata especificamente de fôrmas e escoramentos escoramentos para estruturas estrutu ras de concreto, visando estabelecer estabelecer com com maior propriedade as exigências a respeito do tema",explic tema",explicaa Inês. De acordo com a pesquisadora, pesquisadora, os principais fatores que elevam as deformações por fluência no momento moment o da execução estão relacionados ao proces pro cesso so de secagem secagem do d o elemento element o estrutural,por trutur al,por fa falta lta de cura cura ou cura insuficiente. sufic iente. A cura, especialmente especialmente nas primeiras idades, propicia aumentos da resistência resistência e do módu lo de elastielasticidade do concreto. concreto. No entant entanto, o, contra isso pode pesar o aumento da temperatura, acentua a secagem, e a elevada relação tensão-resistência no instante de aplicação da carga, que acima de 0,4 produz microfiss micro fissur uras as no concreto que aum entam sig signific nificatiati-

s y g o L o n c e T : o ã ç a g l u v i D

Com as medições efetuadas, os projetistas do edifício Mandarim puderam determinar o melhor momento para execução das alvenarias internas sem o risco de ocorrência de patologias devidas a deformações

i in tt a b a S e u q ir n e H o d n a n r e F

il ro a d n a c S lo e c r a M

O escoramento e o reescoramento residual são etapas decisivas para o controle das deformações, até que o concreto atinja as resistências desejadas e flexões admissíveis

Com mais lajes executadas em intervalos int ervalos curt curtos os e o fato de as as estruturas serem mais delgadas provocaram há alguns anos patologias em uma série de obras

vamente a fluência. Apesar Apesar de n ormalizado há mais de duas décadas, o ensaio de módulo de elasticidade era pouco utilizado. Com a revisão da NBR 8522, 8522, em 2003, o ensaio ficou mais fácil e confiável confiável (menor (meno r variabilidade de resultados), sendo aconselhável sua determinação antes do início da obra, para par a os materiais que se

pretende utilizar, de maneira a assegurar os valores adotad adotados os em projeto. "O acompanhamento desse parâmetro no decorrer da obra é necessário apenas se houver troca de materiais, especialmente espec ialmente do d o agregado graúdo, ou expres expressiv sivaa m odific odificação ação no traço do concreto", concreto", concl conclui. ui. Simone Sayegh

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ARTIGO

Envie arti artigo go para: techne@pini pini.com.br. .com.br. O texto não deve deve ultrapassar ultr apassar o limite lim ite de 15 mil caracteres (com espaço). espaço). Fotos Fo tos devem ser enca encami minhadas nhadas separadamente em JPG.

Cons nsiide derr ações sobr sobree fl uênc uênciia de concr ncreetos O

objetivo deste artigo é, por uma objetivo revisão revi são da bibliografia, bibliografia, indicar os principais fatores que afetam a fluência do concreto e apontar medidas práticas no sentido de reduzir as deformações em estrutur estrut uras as de edifícios. edifícios. O advento de novas técnicas de cálculo, cál culo, a introdução introdu ção de uma série série de modific mod ificações ações na produção prod ução das edificações de concreto, concreto, a ênfase cresce crescente nte na na redução dos prazos construtivos e o uso já consagrado de diversos tipos de cimentos e aditivos nos concretos produzidos atualmente, se compar comparados ados aos de 40 anos atrás, têm provocado enorm e impacto nas técnicas da construção tru ção civil civil.. Os resultados têm refletirefletido economias geradas muitas vezes por estruturas mais esbeltas e prazos construtivos menores. Os carregamentos atuantes em peças de concreto armado durante a construção, devido aos avanços dos processos process os constr construtivos, utivos, podem chegar a ser tão significativos quanto as cargas de serviço.É sabido que as deformações sofridas pelas edificações edificações depend dependem em de uma série de fatores,ent fatores,entre re os quais está está a fluência que, por sua vez, depende muito da retração por secagem e que exerce ex ercem m m arcante influência no comcom portamento port amento estrutural estrutu ral a longo longo prazo. Desde 1905, quando o fenômeno da fluência do concreto foi referido pela primeira vez numa publicação, milhares de pesquisas e ensaios têm sido realizados realizados sobre o tema tem a estando os trabalhos à disposição do m eio técnico mundial mun dial.. Centenas de estudiosos estudiosos debruçaram-se sobre os assuntos 558 8

Selmo Chapira Kuperman Desek/ Des ek/ PCC-Epusp [email protected]

"fluência", "deformação estrutural", "retração" e os resultados resultados traduziram tr aduziram-se em equaç equações ões,, ábac ábacos, os,fórmulas fórmulas,, etc etc.. que têm sido utiliz ut ilizados ados nos div d iversos ersos critérios de cálculo cálculo,, norm normas, as, proce procedidimentos ment os de cálculo cálculo e construção de diversos ve rsos países,incluindo países, incluindo o Brasil. Brasil. Conceituação da fluência

Um material apresenta fluência se,, sob tensão constante, se constante, sua deformação aumenta aumenta no n o tempo, como indicaindicado esquematicamente esquematicament e na figura figura 1. Inicial Inici almente, mente, há uma u ma rel r elaçã açãoo propr oporcional entre tensão e deformação e, adicionalmente, adici onalmente, há uma u ma def d eformação ormação cuja presença e magnitude são influenciadas pelo tempo durant du rantee o qual a tentensão aplicada aplicada atua. A relação relação tensão-deformaçãoo é uma formaçã um a função do tempo.

Fluência por secagem o ã ç

Fluência básica a mr fo

Retração e D

Deformação elástitica elás ca nominal to

Tempo

Figura 1 – Deformação de concreto submetido a carregamento constante e secagem (cf. Neville, 1997)

A aplicação aplicação de uma um a tensão constante em uma um a peça de concreto concreto sob condições de umidade um idade relativa relat iva de 100% leva leva a um aumento da deformação ao longo do tempo, chamada fluência básica. Considera-se que na fluência básica já está es tá embutida embu tida a def d eform ormaçã açãoo autóge aut ógena na sofrida pelo concreto.A fluência adicional que ocorre quando qu ando a peça p eça sob sob carga também está submetida a secagem é chamada fluência por secagem. A fluência total tot al é a som somaa das fluências básica e por secagem. O termo "fluência específica" é aqui definido como a deformação de fluência por unidade un idade de tensão t ensão aplicada e "coefi"coeficiente de fluência" é definido como a relação relaç ão entre a deformação d eformação por fluência e a deformação elástica. Após um ano an o sob carga man mantida tida a deformação do concreto, devido à fluência, pod podee atingir até três vezes vezes o valor da deformação observada no instantee de aplicação da carga. instant L'Hermite esquematizou de maneira simples, simples, conforme apresentado apresentado na fig figura ura 2, 2, a fl fluência uência.. Mos Mostrou, trou, também, que a fluência é signific significativa ativa até os seis anos de idade e que continua pelo menos meno s até os 20 anos. O concreto é um material de esestrutur tru turaa ex extremament tremamentee complex complexa, a, heterogênea e que varia com o tempo. Conformee as inúmeras Conform inúm eras pesquisas efeefetuadas a porosidade do material m aterial e a água nele presente são decisivas na magnitude magnitu de da fluência fluência do concreto. Inúmeras Inúm eras teorias teorias têm sido propostas ao longo dos anos tentando explicar o mecanismo da fluência do conTÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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Figura 3 – Curva típica da fluência de concreto carregado até 40% da carga de ruptura rupt ura e posteriormente posteri ormente descarregad descarregado o (cf. Scan candiuzz diuzzii e Andriol ndriolo, o, 1986)

Esquema de fluência fl uência (cf. (cf . L'Hermi L'Hermitt e – traduçã tr adução o de L.A. Fa Falcão lcão Bauer) Bauer) Figura 2 – Esquema

exemplo,, quando ocorre uma exemplo u ma redução sensível sensív el dos valores de fluência, variando numa nu ma faixa faixa de 25% 25% a 80%. 80%.ComproComprovou-se que a partir dos 28 dias de idade de carregamento os valores de fluência não são significativamente alterados quando comparados aos concretos carregados aos 90,180 ou 365 dias de idade. Relação tensão-resistência

creto, mas nenhuma nenhu ma é capaz de levar em conta todos os fatores envolvidos e observados. observ ados.A A perda da água adsorvida ou intracristal int racristalina, ina,sob sob pressão pressão constante,parece te, parece ser ser a causa mais importante. importan te. Tanto a retração por secagem quantoo a fluência do concreto apresenquant tam um certo grau de reversibilidade, conforme mostrado mostr ado na figura figura 3. Efeito dos principais fatores I dad dade e de carregamento carregamento

A fluência dos concretos carregados a baixas idades é maior nas primeiras semanas de carregamento se comparada com concretos carregados a idades idades maiores. Es Esse se compor comportamen tamen-to é devido ao maior grau de hidrata-

ção dos concretos mais velhos, que apresentam estrutura interna mais compacta e menos m enos água disponível. Em ge geral, ral, após aproximadamente aproximadamente um mês m ês sob sob carregamento, carregamento, a deformadeformação do concreto torna-se independente da idade de carregamento. carregamento. Para carregamento em épocas superior superiores es a 28 dias,aa influência dias, influência da idade é muito pequena, como mostra a figura 4, para concretos carregados com a mesma relação tensão-r tensão-resis esistência, tência, a cada cada idade. Análise sucinta de uma série de valores de resultados resultado s de ensaios realizados realizados pelo Laboratório de Furnas mostrou uma pronuncia pronu nciada da importância da mudança da idade de carregamento dos dois ou três dias para os 28 dias, por

Para misturas iguais de concreto e mesmo tipo de agregado, a fluência é proporcional à tensão aplicada e inversamente proporcional à resistência do concreto na n a época da aplicação da carga. Com base em inúmeros inúm eros resultados resultados experimentais, há evidência evidência substan substancial cial de existir uma relação linear entre a fluência e a relação tensão aplicada-resistência até um valor de 0,40, exceto para concretos carregados com pouca idade:: um a três idade tr ês dias dias.. O que ainda não está bem definido é o limite superior dessa relação. relação.Com Com respei r espeito to a esse limite,é relevante relevante notar que,a qu e,a partir par tir de relações tensão-resistência entre 0,40 e 0,60, ocorre intensa microfis microfissuração suração interna no concreto e o comportamento na 59

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A RTI GO fluência altera-se significativamente, conforme pode p ode ser visto na figura 5. Geometr eometria ia da peça

I nfluênc uência ia da idade idade de Figura 4 – Infl carregamento carrega mento na fluência, f luência, para concreto com relação relação água/ água/ cimento de 0,52 (cf. Kalintzis e Kuperman, 2005) s

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 iar ár ti br a s e d a di n u m e ai c n ê ul F

0

Tempo de carga 87 dias 20 dia dias s 10 dias 5 dias

0,2

0,4 0,6 0,8 1,0 Tensão aplicada (fração (f ração da tensão tensão de ruptura) ruptur a)

16 Umidade relativa relati va 50% 50 % 70% 70 % 100% ) 4

1(

0 ia n ê ul F

10

28 28 Dias

90

1 2

5 10 203 2030 0

Anos Tempo sob carga

Efeito o da umidade relat relat iva na Figura 6 – Efeit flfluênc uência ia de concretos (cf. Neville,1997 Nevill e,1997))

60

Foi constatad constatadoo que para um a larga larga faixa de dosagens de concreto, tipos de agregado e condições ambientais ambient ais e de carregamento, cerca de 20% 20% a 25% da retração retr ação por secagem secagem e da fluência total aos 20 anos acontecem em duas semanas, 50% a 60% 60% em três t rês meses e 75% a 80% 80% em um ano. an o. Para concretos em ambientes amb ientes com umidade relativa de 50% a fluência pode ser de duas d uas a três tr ês veze vezess maior do que para concretos a 100% 100% de umidaum idade relativa, relativa, conform conformee pode ser obserobservado na figura 6. Ensaios efetuados nos laboratórios da Itaipu Itaipu mostraram aumento de 2,5 vezes no coeficiente de fluência de corpos-de-prova corpos-de-p rova subm submetidos etidos a ensaio ensaio na câmara com 50% de umidade um idade relativa,em tiva, em relação aos estocados em sala climatizada e protegidos contra a perda de umidade. Efeito do cimento

8 c

Efeit feito o do tempo

Efeito da umidade

Proporcionalidade onalidade entr entre e Figura 5 – Proporci fluência e a relação tensão aplicadaresistência do concreto (Gvozdev, cf. Coutinho, 1974)

-

Devido à resistência resistência ao transporte transpor te da água do interior do concreto para a atmosfera, a taxa de perda de água é controlada pelo comp compriment rimentoo do caminho percorrido p ercorrido pela água água seja dur durante ante a retração por secagem e/ou a fluência. Para Pa ra umidade u midade relativa relativa constante, constante, tanto o tamanho quanto a forma de peça de concreto determinam a magnitude da retração por secagem e da fluência.

A fonte principal de deformações relacionadas à umidade relacionadas um idade no concreto é a pasta endurecida de cimento. As propriedades do cimento que merecem ce m maior destaque por, teorica teoricamenmente, afetarem com mais intensidade a fluência são a finura, a resistência à compressão e a composição química. Entretanto, não n ão se conseguiu conseguiu es estabetabelecer uma correlação entre fluência e composição química do cimento. Quanto Quan to maior for a relação água/ciágua/cimento maior será a fluência, como mostrado na figura 7.

I nfl nfluênc uência ia dos agregados agregados

Os agregados exercem uma influência fl uência profunda e impor tante nas propriedades propr iedades do concreto endurecido. As características características de deformabilidade deform abilidade do concreto são afetadas em virtude de um a combinação de d e efeitos efeitos relaciorelacionados à quantidade quantid ade de água água requerida, à resistência, resistência, módu módulo lo de elasticidade elasticidade e volume dos agregados e à interação pasta-agreg pasta-ag regado. ado. A granulometria, dimensão máxima, forma e textura do agregado também são fatores que influenciam a retração por secagem e a fluênci fl uência. a. Há um cons consens enso, o, entretanto, que o módulo m ódulo de d e elastici elasticidade dade do agregado é o fator mais importante. impor tante. Para a mesma resistência à compressão, press ão, concre concretos tos com maior teor de agregados agreg ados apresentam apresentam menor deformação ao longo longo do tempo. Pa Para ra uma um a dada dosagem, dosag em,constatam-se constatam-se val valores ores cres cresce cenntes de fluência fluência e retração para par a concretos contendo agregados com módulos de elasticidade decrescentes, decrescentes, sendo o calcário a única ún ica exc exceçã eção. o. A impo importân rtância cia do módulo do agregado no controle das deformações do concreto é confirmada por estudos que mostram que tanto a retração por sec secage agem m quanto a fluência do concreto aument au mentam am 2,5 vezes vezes quando um agre agrega gado do com alto módulo de elasticidade elas ticidade é substituído por um agregado com baixo módulo de elasticidade.A de. A figura figura 8 ilustra o fato. Apenas o conhecimento do tipo de agregado utilizado pode não ser suficiente para que se saiba seu efeito na fluência, fluênci a,como como pode pod e ser ser visto na figura 9,relativ 9, relativaa a concretos produzidos produ zidos com com agregados da África do Sul. O coeficiente de fluência de concretos similares produzidos com o mesmo tipo de agregado, quartzito, por exemplo, pode aprese apr esentar ntar variaç variações ões de 50%. Efeito dos aditivos

O efeito dos aditivos químicos é controverso, havendo resultados de ensaios mostrando que a fluência pode ser ser menor, m enor, ig igual ual ou maior que a dos respectivos concretos de referência.De cia. De maneira man eira geral há escassez escassezde informações sobre o efe efeito ito dos d os diversos tipos de aditivos, principalmente os mais modernos, pois os dados dispodispoTÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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níveis representam níveis representam uma enorm eno rmee gama gama de diferentes ensaios, realizados realizados sob diferentes dife rentes condições condições,, não permitindo uma generalização. Efeito das adições

Os dados dad os existentes existentes sobre o efe efeito ito das adições tais como sílica ativa, ativa, escórias de alto-for alto-forno no e materiais pozolânicos na fluência de concretos são contraditórios, traditór ios, hav havendo endo resultados de ensaios mostr mostrando ando que qu e a fluência fluência pode ser menor, igual ou maior que a dos respectivos concreto concretoss de referência. Na maioria das investigações sobre o efeito de mat eriais adicioadicionados ao concreto, a fluência é quan tificada em valores relativos, relativos, isto é, a deformação do concreto contendo a adição adição como uma por centagem da deformação do concreto sem a mesma. Essa abordagem deixa margens a dúvidas, dú vidas, pois os dois concretos, em outros ou tros aspectos, têm diferentes diferentes propr iedades iedades.. Previsão da fluência

A compreensão da fluência é importante port ante para que sejam considerados considerados e avaliados seus efeitos sobre as estruturas. Contudo, os problemas problemas enf enfrenrentados para consideração da fluência não são fáceis, fáceis,devido devido ao fato de o concreto ser um material visco-elástico que se altera com o tempo e, também, devido à necessidade de se considerar seus efeitos efeitos sobre a interação int eração concretoaço (concreto (concreto armado ou protendido). protendido) . Houve progressos nos estudos com observações de estruturas e descrições empíricas do comportamento observado, observa do, nos estudos dos componentes do cimento e do concreto e na formulação de hipótese h ipóteses. s. Contudo, ainda não há nenhuma formulação teórica completa capaz de descrever, com perfeição,a perfeição, a fluência. fluência. As discussões a respeito das m elhores equações práticas que representem a fluência iniciaram-se há muito tempo e estão longe de terminar. Periodicamente, Periodicamente, surge surgem m novas tentativas de obtenção obtenção de uma u ma equação que mais se aproxime da realidade. Uma dessas dessas tentativas, tentativas, aprese apresentantada na figura figura 10, compar comparaa valores valores me-

I nfluênc uência ia da relação relação Figura 7 – Infl água/ águ a/ cimento na fluência de concretos (cf. Hummell) 15 ) 4 -

0

10 1( ai c n ê lu F

5

10

Aggregate type Gran. (J) Dolomite (S) Doler. (Ng) Dolomite (O (O)) Gran. (Ro) Gran. (Rh) Greywacke (P) Quartzites (B) Quartzites (S) Doler. (NC) Quartzites (F) Fels. (M) Fels. (Z) Tillite (UR) Sililtst tstone one (LB) (LB) Quartzites (C) Quartzites (Ve) Andes. (E) Doler. (LB) Quartzites (D) Quartzites (MB) Andes (V) Quartzit es (VI (VI)) 0 0,4 0,8 1,2 1,6 Relative creep coeff coeffici icient ent

28 Dias

90

1 2

5 10 20 2030

Anos Tempo sob carga

Sandstone Basalt Gravel

Granite Quartz Limestone

Tillite Siltstone Dolomite Gran./ Fels. Doler./ An Andes des Greywacke Quartzites

Efeito o da mineralogia do Figura 8 – Efeit agregado agreg ado na fluência do concreto (cf. Davis)

Coeficiente e de fluênc fl uência ia para Figura 9 – Coeficient concretos elaborados elaborados com diversos tipos t ipos de agregados (cf. (cf . Alexander, Alexander, 1996)

didos e os calculados pelo CEB, pelo ACI 209 e a própria proposição dos pesquisadores.É pesquisadores. É notável a grande dispersão de valores, principalmente para os concretos que apresentam maiores valores de fluência. Milhares de medições de valores de fluência foram realizadas, realizadas, tant tantoo em lalaboratórios como como no campo, ao longo longo de dezenas de anos. Ess Esses es valores valores deram origem às diversas hipóteses sobre o fenômeno bem como às equações empíricas que tentam traduzir t raduzir o comportamento de um u m concreto quando sujeito a carregamentos constantes. Muitas dessass medições não seguiram as prátidessa pr áticas atualmente atualmente adotadas,e m uitas normalizadas maliz adas,, de modo mod o que a comparaçã comparaçãoo entre val valores ores obtidos obtido s em países diferentes pode carecer de significado.

Da mesma forma, as equações equações utilizadas para caracterizar a fluência não são perfeitas e é sabido sabido que qu e embutem embut em erros.A erros. As tabelas 1 e 2 apresentam apresentam um umaa comparação entre três métodos de previsão, previsã o, indicando os coeficie coeficientes ntes de variação de erros na determinação da fluência básica e por secagem. A tabela tabela 2 indica, indica, também, os coecoeficientes de variação de erros, da fluência básica de três formulações importantes,ao import antes,ao se comparar comparar os resulresultados obtidos obt idos por dive diversos rsos pesquisapesquisadores, com os calculados. calculados. Conclui-se que para obras que demandem um conhec conhecimento imento preciso preciso da fluência há absoluta necessidade da realização realiz ação de ensaios, ensaios, seg segund undoo as melhores técnicas disponíveis, disponíveis,nos nos concretos que qu e efetivamente efetivamente serão utilizados. u tilizados. 61

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A RTI GO Para a maioria das d as estru estrutur turas as civis civis convencionais tais ensaios não têm convencionais t êm sido necessários, até agora, podendo ser substituídos substituíd os pelas equações correntes. Redução da fluência Considerações gerais gerai s

De maneira geral,os geral, os principais fatores que causam ou afetam as deformações por fluência do concreto estão relacionados a seguir.A redução redu ção do efeito efeito da fluência, fluência, principalmente do ponto pon to de vista dos materiais, materiais, pass passaa pelo controle cont role desses fatores: fatores: A fluência ocorre na pasta de ci mento e está relacionada com os movimentos internos da ág água ua adsorvida ou intracristal intracristalina ina A fluência é um fenômeno elástico  com retardamento, retardam ento, cuja recuperação total é impedida pela hidratação progressiva gress iva do cimento cim ento p rocessoo de d e secagem secagem tem efe efeito ito  O process direto sobre a fluência fluência cresce cresce com o aument au mentoo da  A fluência temperatura  A fluência diminui com o aumento das dimensões dimen sões da peça  Em média, 25% da fluência total ocorre após duas semanas, semanas, 55% após três meses e 75% 75% após um ano, tendendo a um limite após após um tempo infinito de carregamento  A fluência é inversamente proporcional à resistência do concreto no instantee de aplicação instant aplicação da carga A relaç relação ão tensão-r esistência tensão-resis tência no ins tante de aplicação aplicação da carga é um dos fatores fundament fundamentais ais na magnitude da fluência. fluência. Em geral, geral, quando a relação tensão-resistência atinge valor acima de 0,4 surgem microfis m icrofissuras suras no concreto que aum entam sig signific nificatiativamente a fluência variação da resis resistência tência do concre A variação to durante o tempo de atuação da carga é importante e a fluência será tanto menor quanto m aior for for o aumento relativo de resistência depois da aplicação da carga d emais características, características,  Mantidas as demais o aumento do teor de agregado reduz a fluência do concreto. Ag Agregados regados com maior módulo m ódulo de elasticidade elasticidade tendem a reduzir a fluência do concreto  Não há um consenso sobre os efei62

Figura 10 – Comparação de deformações de fluência, medidas e calculadas (cf. Gardner e Zhao, 1993)

tos, gerais, dos aditivos e das adições, sobre a fluência Não há razão para se supor supor que os concretos atuais apresentem maior fluência do que os o s concretos de décadas atrás atrás.. Não há, també também, m, ev evidê idênci nciaa de que os cimentos de hoje impliquem m aior fluência dos concretos concretos com eles produzidos, em relaç r elação ão aos cimentos de d e décadas passadas. passadas. Entretanto, é necessário apontar para o fato de que qu e muitas mu itas vezes vezes as as cargas construtivas atuantes nas estruturas de concreto podem pod em ser superiores superior es àsde serviço. viç o. Tais cargas, cargas,agindo agindo em concretos jovens podem causar maiores deformações e, embora tais t ais carregamentos carregamentos possam perdurar apenas por curto intervaint ervalo de tempo, podem causar efeitos efeitos adadversos ve rsos nas deformações,devido deformações, devido ao fato da fluência não ser totalm t otalmente ente reversível. reversível. Aspectos práticos para redução da fluência

A redução do fenômeno da fl fluênuênciaa em estruturas ci estrutur as,, principal principalmente mente nas de concreto armado de edificações passaa por três aspectos gerais: pass gerais:projeto, projeto, materiais mater iais e técnicas constr construtivas. utivas. A seguir são relacionados alguns dos pontos mais importantes no que se refere aos materiais mater iais e às técnicas técnicas construtivas. constr utivas. Materiais

A utilização utilização de materiais m ateriais e dosagens que reduzam gens redu zam a retração retr ação por secagem ge m e aumentem aum entem a resistência e o módulo de d e elasticidade elasticidade do concreto levará a uma diminuição da fluência. Os materiais materiais que têm têm um u m pronunpron unciado efeito nessas pro propr priedades iedades são os agregados, agreg ados, os cimentos, as adições adições (sí-

lica ativa, lica ativa, esc escória ória de alto-forno, material carbonático, etc.) e os aditivos. Tanto podem proporcionar dosag d osagens ens que diminuam a fluência ou viceversa, ve rsa, dependen dependendo do das características impostas ao produto final, final, mas, principalmente, cipa lmente, pela sua sua maior ou menor capacidade capac idade de aumentar a quantidade quant idade de água no concreto. Se, por ex exemplo, emplo, o fator água/cimento for reduzido de 0,70 para 0,50, a fluência pode sofrer redução de até 45%, mantidas mantid as constan constantes tes as demais dem ais variáveis. variáveis. Técnicas Té cnicasconstrutivas construt ivas

Cura:a cura cur a do concreto concreto bem como a manutenção de um ambiente local com elevada elevada umidade um idade traz como benefícios um maior ganho de resistência do concreto, principalmente nas primeiras idades, maior módulo de elastic ela sticidade idade às primeiras prim eiras idades, idades, uma redução da retração ret ração por secagem secagem e redução da fluência. Ensaios de laboratório mostraram que, se a umidade relativa relati va média do ambiente am biente onde se encontra a estrut ura pass p assar, ar, por exemplo, ex emplo, de 50% para 70% durant d urantee 28 dias, a fluência do concreto pode sofrer uma redução redu ção de até 30%. 30%. talvezz o aspecto aspecto mais  Carregamento: talve importante ao se tratar da fluência de estruturas de concreto armado diz respeito às tensões aplicadas aplicadas e,conseqüene,con seqüentemente, das relações relações tensão-resistência. Considera-se que para valores dessa relação inferiores a 0,40, a redução da fluência é aproximadamente linear. Ou seja, se a relação tensão-resistência sis tência for reduzida redu zida de 0,40 (valor (valor hah abitual de ensaio) ensaio) para 0,20,a 0,20, a redução da fluência pode ser também tam bém de ce cerca rca de 50%, 50%, man mantidas tidas constan constantes tes as as demais variáveis. variáv eis.Por Por outro lado, para valores valores da relação tensão-resistência acima de 0,40,, a fluência aumenta exponencial0,40 mente com a mesma. Ass ssim, im, se a relarelação tensão-resistência passar de 0,40 para 0,60, a fluência fluência pode dobrar dob rar de valor. val or. Para manter mant er essa essa relação relação dentro dentr o de limites aceitáveis deve-se controlar as operações de escoramento escorament o e reescoramento ram ento e adiar ao máximo m áximo possível possível os primeiros carregamentos a serem suportados pelo concreto. 

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Tab abel elaa 1 – COEFICIENTES COEFICIENTES DE VARI VARIAÇÃO AÇÃO DE ERROS ERROS (EXPRESSOS (EXPRESSOS COMO PORCENTAGEM) DE MODELOS DE PREVISÃO DA FLUÊNCIA POR SECAGEM Dados de Ensaios Hansen e Mat t ock Keet on Troxell et al. L'Hermit e et al. Rost asy et al. York et al. McDonald Hummel L'Hermit e e Mamillan Mossinssian e Gamble Mait y e Meyers Russel e Burg v (t odos)

BAZANT 5.8 31.4 5.9 14.0 6.5 5.8 10.9 15.3 20.6 11.3 62.8 10.7 23.1

ACI 32.1 46.3 33.0 55.8 20.9 42.1 40.4 46.2 62.5 71.7 45.9 41.2 46.8

CEB 11.9 37.9 7.9 25.5 14.8 45.1 45 38.9 24.6 15.2 30.8 83.7 19.1 35.5

Tab abel elaa 2 - COEFI EFICIENTES CIENTES DE VARIAÇÃO VARIAÇÃODE ERROS (EXPRESSOS COMO PORCENTAGEM) DE MODELOS DE PREVISÃO DA FLUÊNCIA BÁSICA Dados de Ensaios Keet on Kommendant et al. L'Hermit e et al. Rost asy et al. Troxell et al. York et al. McDonald Mait y and Meyers Mossinossian and Gamble Hansen and Harboe et al. Browne et al. Hansen and Harboe et al. Brooks and Wainwright Pirt z Hansen and Harboe et al. Russel and Burg Hanson J. A. v (t odos)

BAZANT 19.0 15.3 49.4 15.2 4.6 5.6 6.9 33.8 18.6 14.1 44.7 22.7 12.6 12.5 33.3 15.7 14.1 23.6

ACI 37.5 31.8 133.4 47.6 13.9 37.7 48.4 30.0 51.5 51.2 47.3 107.8 14.9 58.2 70.2 19.3 63.3 58.1

CEB 42.8 8.1 66.2 5.0 6.2 12.8 12 22.2 15.7 47.3 31.1 53.3 43.1 15.4 32.5 56.9 31.5 12.1 35.0

Fonte: Bazant e Baweja

Investigações

A necessidade necessidade de pesquisas p esquisas sobre o assunto, assunt o, no Brasil, Brasil,fic ficaa clara clara a partir da da consideração de que os concretos atualmente utiliz u tilizados ados diferem diferem muito m uito dos que já foram objeto de ensaios no passado, pass ado, mesmo recente. Além disso, disso, as condições brasileiras são totalmente diferentes que as existentes nos locais onde a maior parte das pesquisas se concentrou: Es Estados tados Unidos, Europa, Austrália e Japão. Dois tipos tipo s de investigação investigação são necessários: a) Ensaios laborator laboratoriais:d iais:dev evem em ser realizados ensaios de determinação da fluência, fluê ncia, de vários tipos de concretos mais representativos, dos utilizados

pelo mercado da construção constr ução de edificaedificações. Tais ensaios devem devem restringir-se, restrin gir-se, num primeiro momento,ape momento, apenas nas à cacaracterização da fluência do material concreto,, obedec concreto obedecendo endo aos métodos de ensaio internacionalmente reconheci reconheci-dos como como adequados.Poucos adequado s.Poucos laboratórios brasileiros brasileiros têm equipamento para par a essee tipo de ensaio,que ess ensaio, que requer o isolamento de fatores externos externos que poderiam comprometer os resultados de longo prazo, prazo, tais como como umidade relativa,, temperatura, manutenção da carga va carga,, etc.. No entanto, tais laboratórios etc laboratórios teriam condições de executá-los executá-los dentro dent ro de pap adrões de reconhecida competência. b) Instrum Instrumentação entação de edificaç edificações ões:: algumas estruturas de edificações a

serem construídas deveriam ser dotadas de instrumentação instrumentação embutida,para embutida, para medição de deformações de peças especialmente selecionadas, selecionadas, tais t ais como pilares. Tal instrumentação, de uso corrente em obras de barragens de concreto, no Brasil, e de barragens, pontes,edifícios,em outros países,poderia ser constituída por sensores robustos, tais como os embutidos em obras barrageiras, com previsão de durabilid du rabilidade ade de cerca cerca de 20 anos. A cablagem blage m seria ligada ligada em term terminais inais instalados em em algum ponto pon to da obra obr a e as leituras seriam efetuadas sem interfeint erferir nas atividades normais da edificação e sem sem causar transtorn tr anstornos os aos concondôminos. dôm inos.A A instalaç instalação ão dos instru instrumenmentos dar-se-ia apenas em locais em que o tipo de concreto seria ensaiado à fluência e onde os cálculos permitissem uma previsão razoável das tensões e deformações lá atuantes. O autor agradece a colaboração dos engenheiros Marcelo Cardoso Gontijo Gont ijo e Luiz Luiz Prado Vieira Vieira Junior na revisãoo da literatura. revisã literatur a.

LEIA MAIS Fabrico e propriedades do betão. A. de Souza Souza Cout Coutinho, inho, 1974. Creep of plain and structural Neville, le, 1986. concrete. A. Nevil Fluência e retração por secagem do concreto de elevado desempenho. C. A. Kalintzis, S. C. Kuperman. Revi Revista sta Concreto 38, I brac bracon, on, ma mar/ r/ ab abr/ r/ ma maii 2005. 2005. Aggregates and the deformation properties of conc concrete. rete. M. Alexander. Ma Matt eri erials als Jornal, ACI , 1996. Creep and shrinkage revisited. N. J. Gardner, Gardner, J. W. Zhao. Materi als Journal, ACI , 1993. Prediction of concrete creep and shrinkage: pas past, t, pres present ent and future. Nuclear Engineering and Design De sign no 203. Z. Bazant, Bazant, 2000. Concreto e seus materiais. L. Scandiuzzi, F. R. Andri Andriolo. olo. Edit ora PI NI, NI,1986. 1986. L'Hermitte. Ao pé do muro. R. L'Hermi Tradução e adaptação adaptação por L.A. F. Bauer.

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PRODUTOS & TÉCNICAS ACABAMENTOS

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COBERTURA, IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO

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PRODUTOS & TÉCNICAS CONCRETO E COMPONENTES PARA A ESTRUTURA

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INSTALAÇÕES COMPLEMENTARES E EXTERIORES

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELECOMUNICAÇÕES

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

CABO MOLA GRADE TUBULAR A grade tubular Universal é fabricada fabri cadaem alumínio e é ideal i deal para a orla maríti ma. Segundo Segundo o fabricante, fabrican te, o produto resiste a qualquer condição climática: sol, chuva e maresia. Disponível em alumínio anodiza anodizado do ou com pintura eletrostática eletrostáti ca.. Universal (11) 2497-3050

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PRODUTOS & TÉCNICAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

JANELAS, PO JANELAS, PORT RTAS E VIDROS

SPRINKLER A Fire Brasil produz tubos e conexões para sistemas de sprinklers em áreas de risco leve. Segundo a fabricante, as peças podem atingir uma vida útil de mais de 50 anos e são ideais para aplicações em retrofits . (11) 4208-6580 www.firebrasil.com.br

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OBRA ABER ERT TA Livros

Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura * Roberto de Carvalho Júnior 226 páginas Editora Edgard Blücher Vendas pelo portal www.piniweb.com Os recorrentes problemas de interface e compatibilização entr en tre e projetos arquitetônicos arquit etônicos,, estr es truturais uturais e hidráulicos levaram o engenheiro e professor da disciplina de instalaçõe inst alações s prediais, Robert Roberto o de Carvalho Júnior, a desenvolver essa publicação. Assim, tem o objetivo de apresentar ao arquiteto –  formado ou em formação –  uma visão visão conceitual, porém didátitica didá ca,, prática prát ica e simplifica simplifi cada da dos vários subsistemas das instalações hidráulicas prediais. Fica clara, portanto, a importância de integrar a parte hidráulica com as demais dema is inst instalaçõe alações s componentes compone ntes de um edifício. edif ício. Pretende preencher a lacuna bibliográfica existente no processo de aprendizado acadêmico referente às instalaçõe inst alações s prediais.

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4 edifícios, 5 locais de implantação, implantaç ão, 20 so soluçõ luções es de fundações * Manoel Henrique Henri que Campos Campos Botelho e Luis Fernando Meirelles Carvalho 156 páginas Editora Edgard Blücher Vendas pelo portal www.piniweb.com Como ponto de partida part ida para uma discussão didática, essa publicação tem quatro edificações diferentes: uma casa térrea isolada, um sobrado sobrad o geminado, um prédio de apartamentos e um galpão industrial com vento. Os locais de implantaçã implant ação o – cinco para cada um – são diversos para esmiuçar o mundo da engenharia de fundações para maior parte das estruturas brasileiras, as pequenas e médias. As metodologias de fundação adotadas também foram as mais comuns: fundação fundaçã o diret di reta a por sa sapa patt as corridas corri das ou isoladas, isoladas, brocas ou estacas "Strauss", estacas pré-moldadas de concreto concreto e t ubulões a céu céu aberto. Obra que parte de casos prát prát icos para embasar conceitos e auxiliar auxili ar na definição e escolha escolha por soluções adequadas. adequadas.

Imóveis urbanos – avaliação de aluguéis * Mônica D'Amato e Nelson Robert oberto o Perei Pereira ra Alonso Alonso 312 páginas Livraria e Editora Universitária de Direit Direito o Vendas pelo portal www.piniweb.com.br Contemplando até mesmo os pontos de encont encontro do tema-título com o Direito e a Administ dministração, ração, a obra é rica ri ca em expeririências ências reais reais herdadas da vivência dos autores e respectivos mestres mestr es.. Profi rofiss ssionais ionais int interess eressados adosem ampliar a visão acerca das atividade ativi dades exerci exercidas das no no contexto context o mercadológico imobiliário, sem perder o foco específico da atuação, atuaçã o, compõem o públicopúbli coalvo do livro. Na primeira parte apresenta conce conceititos osgerais, normas e procedimentos. A segunda traz critérios de avaliação de imóveis urbanos; a terceira e última, avaliação de aluguéis em diversas modalidades. modali dades. Os Os casos reais são apresentados ao final de cada um dos oito capítulos como forma de consolidar os conceitos apresentados e amenizar a leitura, trazendo o universo prático para a teoria.

Linguagem do laudo pericial * José Fiker 216 páginas Livraria e Editora Universitária de Direit Direit o Vendas pelo portal www.piniweb.com.br Técnicas de Comunicação e Persua ersuasã são, o, subtít ulo do livr l ivro, o, visam a criar instrumentos para melhor utilizar a ferramenta textual quando da produção de laudos e pareceres parece res didáticos. didáti cos. I ss sso o sem deixar de lado os requisitos t écnicosessenciais. essenciais.Visto que trata de metodologia e estruturação, é válido para qualquer ramo do conhecimento. Traz recursos para que o peri peritt o, quando da elaboração de laudos, enriqueça a argumentação e torne o texto o mais claro possível poss ível e menos sujeito sujeit o a erros de interpretação por parte do juiz. Visa a preencher a lacuna existent existente e na formação em engenharia, carente em redação.

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O Guia Weber 2007 186 páginas Weber Quartzolit www.weberquartzolit.com.br Tradicional publicação da construção civil, o Guia Weber é editado anualmente desde o ano 2000, acumulando cerca de 14 milhões de unidades distribuídas. Para a edição at at ual foram for am impressos 1,5 milhão de exemplares. Há dois anos exist existe e també t ambém m uma versão digital, em CD, com cerca de 200 200 mil cópias disponibilizadas em revendas a pedreiros, ap aplilicad cadores, ores, especificadores e o consumidor consu midor fifinal. nal. Nas páginas páginas do Guia são encontradas diversas soluções para fases da construção que envolvam a utilização de produtos comercializados pela Weber Quartzoli uartzolitt . Traz Traz també t ambém m fichas técnicas, tabelas de consumo e cartela de cores dos produtos, além de dicionário técnico e informações i nformações sobre sobre ferramentas e instruções de segurança.

A escola brasileira do concreto armado Augusto Carlos de Vasconcelos, Renato Carrieri Junior e Lamberto Lamberto Scipioni 208 páginas Edit ora Axis Axis Mundi www.axismundieditora.com.br Uma amostra do que há de belo e histórico em termos de arquitetura e uso do concreto armado no Brasil, o livro apresenta na primeira parte um histórico das estruturas desenvolvidas pela humanidade ao longo do t empo at at é chegar chegar ao concreto. Em seguida, um cardápio de obras, organizadas de acordo com a tipol t ipologia. ogia. Sendo Sendo assim, assim, há capítulos repletos de edifícios públicos e outros com residências, por exe exemplo. mplo. I nclui tam t ambém bém cap capítulos ítulos dedicados a pontes e a equipamentos equipament os urbanos. urbanos. Todas as obras são acompanhadas de um breve resumo e de plantas, além de belas fotos que traduzem a importância do material materi al para as formas.

URBANMAP Urban Systems Brasil www.urbansystems.com.br Fone: (11) 5181-4696 A empresa de estudos e pesquisas de mercado Urban Systems acaba de lançar uma nova ferramenta de apresentação de mapas digitais interativos via internet, int ernet, o UrbanMap. UrbanMap. Com Com foco na contextualizaçã context ualização de dados, mapas e imagens das cidades,, a companhia integra cidades int egra informaçõ infor mações es de todos os municípios brasileiros com pesquisa de mercado e geoprocessamento para produzir o que denominam denominam "análise da lógica urbana". O objetivo é oferecer leituras de mercado e das demandas existentes no contexto da evolução econômica das cidades. O UrbanMap pode ser acessado remotamente pelos clientes, via login e senha, a part partir ir do site da Urban Systems.

AECweb Fone: (11) 3879-7777 www.e-construmarket.com.br www .e-construmarket.com.br// ae aec c O AECweb é o portal do E-Con -Constr strumarke umarkett volt voltado ado para arquitetura, engenharia e construção. Reúne uma comunidade segmentada, composta por empresas que utilizam as ferramentas do novo portal, fornecedores e profiss profi ssionais ionais que, cadast cadast rados, acessam o portal em busca de negócios, colaboração e informaçõe inf ormações s técnicas t écnicas e comerciais para projetos e obras. Além dos serviços já anteriormente oferecidos pelo site, sit e, incorpora i ncorpora canais canais de busca de fornecedores e envio de cotações, canais técnicos, fóruns, fór uns, canais canais voltados volt adosà comunidade e à carreira. A iniciativa não conta com a part partici icipaç pação ão da da PI NI NI,, com a qual o E-construmarket manteve recentement recentement e uma associação comercial.

* Vendas PI NI Fone: 4001-6400 (regiões (regi ões met met ropoli ropolitt ana anas) s) ou 0800-5966400 (demais regiões)

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AGENDA Seminár eminários ios e conferências 30 e 31/ 8/ 2007 X Simpósio de Sistemas Prediais: Prediai s: Desenvolvimento Desen volvimento e Inovação São Carlos (SP) Será realizado na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e volta-se ao estudo e pesquisa dos diversos sistemas que compõem o item "serviços" das edificações. Fone: (16) 3351-8262 R.: 212 E-mail: [email protected] www.deciv .deciv.ufscar .ufscar.br/ sispred10

3 a 5/ 10/ 2007 79o Encontro Nacional da Indústria da Construção Brasília O 79o Encontro Nacional Nacional da I ndús ndústr tria ia da Constr onstrução ução (Enic) (Enic),, promovido promovi do pela CBI C (Câmara Brasilei rasileira ra da Indús I ndústr tria ia da Cons onstt rução), reunirá r eunirá profiss profi ssionais ionais do setor se tor para discuti discutirr diversos di versost ema emas. s. Fone: (61) 3327-1013 www.cbic.org.br

12 a 14/ 10/ 2007 II Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas Rio de Janeiro Promovi do pela Promovido pela ABPE(Associ (Associação ação Brasilei rasileira ra de Pontes Pontes e Estrut Estruturas), uras), divulga di vulga traba tr abalhos rece r ecentes ntes e releva r elevantes. ntes. Aberto Aberto a engenheiros, projetistas, arquitetos, pesquisadores e profess prof essores. ores. Fone: (21) 2232-8334 www.abpe.org.br

2 a 4/ 10/ 2007 Cobtech – II Feira Nacional de Cobertura de Edificações São Paulo Desenhada Desenha da para ser um pont ponto o de encontr enco ntro o do setor setor de cobert coberturas uras e importante import ante ferrame ferr amenta nta de promoção comercial segmentada para fomentar o crescimento cresc imento e a profiss profi ssionali ionaliza zaçã ção o do

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setor. Direcionada a revendedores, empresá emp resári rios, os, fabrica fabri cantes ntes e construt ores. Fone: (11) ( 11) 5585-4355 www.cipanet.com.br

Feir eiras as e exposições

24 a 26/ 10/ 07 10o Congresso Internacional de Tintas São Paulo

Os visit vi sitantes antes conhecerão conhecerão os equipame equipamentos, ntos, produtos produt os e servi rviços ços do segmento segmento com a realiza reali zação ção daJot Joterm erm – Jornada Jor nadade Atualiização em Tecnolo Atual ecnologi gias asTérmi Térmicas. cas. Fone: (11) 3868-1818 E-mail -mail:: [email protected] eventos@ter motech.net www.termotech.net/ 

OCongresso, reali r ealizado zado pelaAbrafat Abrafatii (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), ocorre paralelamente à 10a Exposição Inter I nternaciona nacionall para Fornecedores Fornecedores para Tintas. Serão cerca de 60 palestras e profiss profi ssionais ionais apresentando seus seus trabalhos. t rabalhos. Fone: (11) ( 11) 3812-1985 E-mail -mail:: congres congresso@a so@abrafati brafati.com.br .com.br www.abrafati.com.br

25 a 26/ 10/ 07 VII Seminário da Lares – Real Estate São Paulo A Lares (Sociedade Latino-Americana de Estudos I mobil mobiliári iários) os) promoverá promoverá sem seminári inário o envolvendo temas de interesse em Real Estate como: investimentos internacionais, projeções e análises dos mercados, planejamento de produtos, habitação e política polít ica urbana. Oeve evento nto poss possui ui apo apoio io do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade Universi dade de São Paul Paulo o e da Abecip Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédi rédito to I mobil mobiliári iário o ePoupan oupança). ça). Fone: (11) ( 11) 3091-5420 www.lares.org.br

8 e 9/ 11/ 2007 Fire Design of Concrete Structures – from materials modelling to structural performanc performancee Coimbra (Portugal) ( Portugal) A Universidade de Coimbra realizará workshop com renomados especialistas para part partililhar har idéias idéi as e conhec conhecimentos imentos do comport compo rtame amento nto de est est rut ruturas uras e do concreto expostos ao fogo. Fone: 351 239797245 E-mail -mail:: lur lurdes [email protected] @dec.uc.pt fib2007.dec.uc.pt

28 a 30/ 8/ 2007 Termotech 2007 200 7 São Paulo

1o a 5/ 9/ 07 49o Congresso Brasileiro do Concreto Bento Gonçalves (RS) O Congresso terá palestras técnicocientíficas, científ icas, painéis de temas, temas, conferências sobre os recentes avanços tecnológicos nas áreas de pesquisa de materiais e de estruturas, cursos, feira de produtos e serviços para a construção, palestras. Fone: (11) 3735-0202 E-mail: [email protected] www.ibracon.org.br

25 a 29/ 9/ 2007 Intercon Joinville (SC) Reúne fabricantes, distribuidores, revendedores, construtores, engenheiros, arquitetos e entidades de todo o Brasil e do exterior, promovendo a divulgação e, sobretudo, a realização de negócios. A Inter I ntercon con terá ter á sua sua área área ampliada e deverá contar com a participação de mais de 200 expositores, superando o número de 30 mil visitantes registrados no evento anterior. Fone: (11) 3451-3000 E-mail -mail:: feir feiras as@mess @messebras ebrasilil.com.br .com.br

27 a 30/ 9/ 07 2o Salão Imobiliário São Paulo São Paulo O evento evento pretende pr etende mostrar as novidades novidades do mercado mercado imobiliário imobil iário bras brasilileiro, eiro, assim assim como identificar as novas oportunidades TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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de investimentos investi mentos em toda t odaAmé Améri rica ca Lat ina. O event evento o é apoiado apoiado pelo pel o Secovi-SP Secovi- SP . Fone: (11) 5502-7272 E-mail: [email protected] www.sisp.com.br

17 a 21/ 10/ 2007 Constrói Angola 2007 Luanda (Angola) A quint quinta a edição edição da Feira Internacional I nternacional de Materiais de Construção e Obras Públicas deAng Angola ola reunirá r eunirá fabricantes, f abricantes, importadores, distribuidores de máquinas, equipamentos e materiais para a indústria indústr ia da Construção Construção Civi ivil,l, Telecomuni elecomunicaçõe cações, s,Tecnologi Tecnologias asde I nfor nformaçã mação, o, Proteção Proteção e Segurança. Fone: 244 222 39-3369 E-mail -mail:: info@ info@arena arenaango angola.com la.com www.arenaangola.com/ 

25 a 28/ 10/ 2007 Construsul Acabamento e Iluminação Porto Alegre A feira, um dos maiores encontros de negócios da região Sul, reunirá indústrias de acabamento, revestimento e iluminação. Fone: (51) 3347-8787 www.feiraconstrusul.com.br

5 a 10/ 11/ 2007 Batimat 2007 Paris As demonstrações dessa edição irão abordar os grandes grandestemasespe específi cíficos cos para esse setor: domínio da energia, segurança, acessibilidade e conforto. Direcionada a constr construtores utores e fabrican fabri cantt es de equipamentos e materiais. materi ais. Deve receber receber cerca de 400 mil visitantes de 141 países e reunir 2.800 expositores de 45 países. Fone: (11) 3168-1868 E-mail -mail:: brazil@pr brazil@promos omosalons.co alons.com m www.promosalon-brazil.com

Cur ursos sos e treinamentos tr einamentos 15/ 8 a 22/ 9/ 2007 2o Ciclo de Palestras Pal estras sobre sobre Estruturas Tensionadas Maceió, Aracaju, Palmas e Brasília Brasília A segunda parte do ciclo de palestras acontece em diversas datas, com apoio do IAB I AB(I nstit uto de Arquit Arquitetos etos do Brasil) dos Est Estados ados agendados, e serão ministr mini strada adas s pela engenheira engenheira Rita de

Constr onstrutech utech – 23 a 25/ 10/ 07 FÓRUM PINI DE TECNOLOGIAS & NEGÓCIOS DA CONSTRUÇÃO

24/ 10/ 2007 SOLUÇÕES ESTRUTURAIS

Três dias de palestras técnicas com foco nas soluções práticas de planejamento, planejame nto, proj projeto, eto, exe execuçã cução oe gerenciamento gerenciame nto de obras e empreendimentos empree ndimentos no Brasil e no Exterior. Construtores, incorporadores, projetistas e especialistas vão apresentar cases  de sucesso com diferentes dif erentes abordagens: abordagens: gestão de custos, sustentabilidade, arrojo estrutural, questões socioambientais, sistemas construtivos, legislação etc. Confir onfira a programa progr amação ção completa.

onte e do Gênes ênesis is I I ", Sant Santana ana do  "Pont

23/ 10/ 2007 EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIS, COMERCIAIS E INSTITUCIONAIS Muse seu u I berê Camargo” rgo”,, Porto Alegre Alegre  “ Mu Eng. Jose Luiz Canal, da Camargo Corrêa  "Edifício Residencial Mandarim", São Paulo – Eng. Antonio Carlos Zorzi, diretor de Engenharia da Cyrela Brazil Realt ealty y entura a Corporate Corporate Towers", Rio de  "Ventur Janeiro – Eng. Luiz Henrique Ceotto, diretor técnico da Tishman Speyer ondomínio mínio Residenc Residencial ial Palm Hill” Hil l” ,  “ Condo São Paulo – Eng. Francisco deVas asconcellos concellos Neto, dir diretor etor da DP Engenharia CássiaAnt Antunes unes Bose.A novidade novi dade para para os inscritos inscri tos no ciclo cicl o é o I Prêmio Valmex St ruct ructure ure Mehler Texnologi Texnologies es GmbH, que pretende reconhecer reconhecer o melhor autor de projeto projeto de arquitetura têxtil têxti l pa para ra uma obra não-executada. O julgamento será realizado real izado na Alemanha, Alemanha, em 2008. Fone: (11) 4153-5853 Email: [email protected] www.tecnostaff.com.br

29/ 8 a 1 / 9/ 2007 A industrialização da construção e a pré- fabricação em concreto concreto São Paulo o

O curso oferecerá informações e elementos elemen tos técn t écnicos icos a respeit respeito o da I ndustr ndustriiali aliza zação ção da Constr onstrução ução e buscará uma inter-relação entre as necessidades

Parnaíba-SP – Eng. Marcelo Waimberg, da EGT Engenharia egunda a Ponte sobre o rio r io Orinocco”, Orinocco” ,  “ Segund Puerto Ordaz, Venezuela – Eng. Roberto de Oliveira Alves, da Figueiredo Ferraz pital al Materni ernidade dade São Luiz Análi nália a  "Hospit Franco", São Paulo Paulo – Eng. Virirgil gilio io Augusto Augusto Ramos, da Cia de Engenharia Civil entro ro de ConvençõesWTC” , São Paulo  “ Cent – Eng. Flávio Correia D’Alambert – Alpha Engenharia de Estruturas

25/ 10/ 2007 OBRA OB RAS S DE INFRAI NFRA-ESTRU ESTRUTURA TURA Viári o Real  "Complexo Viário

Parque – Pont onte e sobre o Rio Pinheiros", São Paulo – Eng. Fernando Rebouças Stucchi "Eixo ixo Mult Multimodal imodal Amazonas Nort orte e  "E (I I RSA Nort orte)", e)", no Peru – Eng. Eng. Eleuber Eleubertto Antt onio Martorelli An Martor elli,, da Odebrech debrechtt Rodoanel Mario Mari o Covas Covas”” ,  “ Trecho Sul do Rodoanel na Região Metropolitana de São Paulo –  Eng. Paulo Vieira de Souza, diretor de Engenharia do Dersa

Informações e inscrições Fone: (11) ( 11) 2173-2395 E-mail: [email protected] www.pini .piniwe web.com/ b.com/ cons constt rut rutech ech globais de modernização do setor e o nível atual de desenvolvimento dos sistemas pré-fabricad pré-fabri cados os em concreto. Fone: (11) 2626-0101 E-mail: [email protected] www.aeacursos.com.br

27/ 9, 25/ 10 e 29/ 11 Treinamento Teórico e Prático: Tecnologias de Impermeabilização Tamboré (SP) Oferecido gratuitamente pela Lwart Proasfar Química, empresa especializada em impermeabil impermea bilizantes izantes,, trata t rata de patologias patologias,, produtos produt os e suas diversas apli plicaçõe cações, discutindo temas relevantes, dentre eles, projetos e comparativo de custos, o código civil e sanitário e casos de obras. Fone: 0800-7274343 E-mail -mail:: atecnica@lwartpr atecnica@lwartproas oasfar.com far.com.br .br

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A GE N D A 31/ 8 e 1o/ 9/ 2007 A concepção estrutural na arquitetura em concreto armado Brasília Com metodol metodologi ogia a basea seada da em em aula expositiva com visualização do comportamento estrutural estrut ural pelo ensaio de modelos, o palestrante palestr ante Prof Prof.. Dr.Yopanan C. P. Rebell ebello, o, engenheiro civi civill e dout doutor or pela FAU-USP(Facul (Faculdade dade deArqui Arquittet etur ura ae Urbanismo da Universidade Universidade de São Paulo) aulo),, pretende desenvo desenvolver lver junt junto o aos participantes parti cipantes um entendimento entendimento sobre sobre o comportamento da es esttrut rutura ura por por deformações apresentadas pelos modelos quando carregados carregados. Fone: (11) 3816-0441 E-mail -mail:: cursos [email protected] @ycon.com.br www.ycon.com.br

24 a 28/ 9/ 2007 Resistência Res istência à Corrosão – Teori Teoriaa e Prática Rio de Janeiro Com abordagem abordagem teórica-práti teóri ca-prática, ca, o curso

apresenta discussões sobre diversos temas, como a importância econômica e aspectos ambient amb ientais ais da corrosão das das est estrut ruturas uras e cobert cobe rturas uras metálicas metáli cas, o mecanismo mecanismo eletroquímico eletr oquímico da corrosão, as formas de corrosão e como fazer a proteção – aço inox e aço carbono. Fone: (21) ( 21) 3325-9942 E-mail: [email protected] www.abcem.com.br

Concursos 17/ 10/ 2007 V Prêmio Talento Talento Engenh Engenharia aria Es Estrut trutural ural São Paulo A premiação, que destaca profissionais de engenharia de estruturas que desen des envolveram volveram projetos proj etos diferenciados e de qualidade, traz uma inovação nesta quinta edição: uma categoria para obras de pequeno porte e estruturas especiais. Promovi romovida dapela pel aAbece Abece(Ass ( Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estr strut utural ural)) e pelo Grupo Gerdau, a

comissão julgadora da premiação será composta pelas duas instituições e por um representante representante da Edit Editora ora PI PI NI. Fone: 3097-8591 www.abece.com.br www.gerdau.com.br

Outubro/ 2007 Prêmio MasterInstal São Paulo Com o obj objeti etivo vo de destacar cases  de sucesso, reúne as diversas empresas e profiss profi ssionais ionais do setor de instalaçõe instalações, s, o prêmio tem t em a proposta proposta de ampli ampliar ar as soluções e experiências de destaque do setor. Realizada pela Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das I nstal nstalações ações), ), a premiaçã premiação o é desti destinada nada às empresas construtoras, incorporadoras, instalado inst aladoras, ras,concessionárias, concessionárias,fabricantes f abricantes e fornecedores de materiais e equipamentos para instalações. Fone: (11) 3865-0944 E-mail: [email protected] www.premiomasterinstal.com.br

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COMO CONST STR RUI UIR R

Ari de Paula Machado diretor dir etor da Paula Paula Machado Engenharia Engenharia e Projetos, de Belo Horizonte. Hori zonte. Consultor Té Técnico cnico para o Brasil e América Améri ca Latina do Sist Sistema ema MBrace®  MBrace®  da Basf – The Chemi hemical cal Company [email protected]

Refor ço de de est estrr ut utur ura as de concr ncre eto com fibr bra as de ca car bo bono no E

strutur as de concreto struturas concreto armado arm ado freqüentemente necessitam ser reforçadas. forçad as. A maio maioria ria das vezes vezes a necessidade de reforço é decorrente de vícios construtivos em alguma ou em várias fases da execução. Outras vezes a necessidade de reforço é conseqüência da alteração da destinação da estr estrutu utura ra ou da d a necessinecessidade de adequação adequ ação a novas condições de carregamento. Os reforços aderidos extern externamenamente aos elementos elementos estrutu rais representam uma alternativa moderna e de grande eficiência, eficiência, com utiliz ut ilização ação cada vezz mais difundida ve difund ida pelas grandes vantagens que oferec oferecem. em. Destacam-se nessa categoria categoria de reforços os sistemas composto s estruturados com plásticos, particularmente aqueles que utilizam as fibras de carbono como componente resistente. resis tente. Es Esses ses sistemas sistemas são colados nas faces faces dos element element os estrutu rais com resinas especialmente desenvolvidas que permitem a t ransferência dos esforços da massa de concreto para o sistema composto, mobilizando liza ndo-se -se as tensões tangenciais t angenciais desenvolvi senv olvidas das quand o da atu ação dos esforços solicitantes. O sistema sistema composto foi introdu int roduzizido n o Brasil em em 1998 com o r eforço pioneiro do Viaduto de Santa Teresa, em Belo Horizonte ( foto 1), ao qual sucederam-se sucederam -se aplicações diversas. diversas.

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o d a h c a

M la u a P e d ir A e d l a o s s e p o v r e c a : s o t o F

Santa aTeresa, Belo Belo Horizont Horizonte e Foto 1 – Viaduto de Sant

Foto 2 – Sistema com fibras de carbono Materiais do sistema Os sistemas compostos com fibras de carbono são constituídos por dois materiais principais: a fibra de carbono, elemento resistente resistente do sistesistema, e a resina resina saturante, saturante, que conforconforma a matriz epoxídica epoxídica do sistema. sistema. A representação esquemática do sis sistetema com fibras de carbono carbon o e a sua ampliação em microscópio eletrônico são mostradas na foto 2. Os plásticos utiliz ut ilizados ados n os sistemas compostos caracterizam-se por

terem o gráfico (tensão x deformação) linear até à rup tur tura, a, caracterís característitica dos materiais frágeis frágeis,, como mostra mostr a a figura 1. Todos os sistemas de fibras de carbono têm t êm os seus seus materiais constituin constituin-tes desenvolvidos após exaustivos testes materiais e estrut estrutur urais,in ais,incluindo cluindo aí  todas as resinas, tais como os imprimadores mador es prim primários, ários, os regularizadores de superfíc sup erfície, ie, os saturan tes, os adesivos,, os revestiment vos revestimentos os protetores prot etores e as fibras que os estrutur estrutur am. TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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Os imprimadores prim ários são são utilizados com o objetivo de penetrar no substrato de concreto para permitir, com o seu adesivo específico, a construção de uma pon te de aderência para a resina de saturação ou ou tros adesiv adesivos os a serem aplicados postepo steriormente. O imprimador impr imador utiliz u tilizado ado pode ser um composto epóxi-poliamina epóxi-poliamina curada, bi-component bi-comp onent e de baixa viscosiviscosidade e com 100% de sólidos, com as seguint seg uintes es características características:: resistência tência à tração: t ração: 13,0 a 15,8 MPa MPa  resis alongamento alonga mento máximo à tração: 10  a 30%  módulo tangencial: 689,0 a 826,8 MPa Os regularizadores de superfície são utilizados para o preenchimento de vazios ou correção de imperfeiçõe im perfeiçõess superficiais objetivando uma u ma superfísuper fície lisa lisa e desempenada sobre sobr e a qual qu al o sistema sis tema será colado. O regularizador de superfície do sistema é denominado pasta, adesiv adesivo o bi-componente bi-compon ente com 100% de sólidos e consistência firme, com as seguintes características: resistência tência à tração: tr ação: 23,0 MPa MPa  resis alongamento máximo de tração:  1,6% d e tração: 262 262,0 ,0 MPa  módulo de As resinas de saturação são utilizadas para a impregnação das fibras que constituem o elemento estrut estrut ural dos compostos, fixando-as no local e garant garant indo um meio efetivo efetivo para a transferência das tensões de cisalhamento cis alhamento ent re as mesmas. mesmas. A reresina influi muito pouco para a resistência final d o sistema, mas exerce relevante relev ante função p ara a absorção dos esforços de flexão e cisalhamento. O sistema sis tema utiliza u tilizado do n as obras descritas contém resina epoxídica de baixa viscos vis cosidade, idade, bi-componente, com 100% de sólidos, com as seguint seguint es características técnicas:  resistência à tração por flexão: 43,0 MPa resistência tência direta à tração: t ração: 78,0 MPa MPa  resis resistência resis tência à com compressão: pressão:88,0 88,0 MPa  As fibras de carbono resultam do tratamento térmico (carbonização) de fibras precursoras orgânicas, tais como o poliacrilonitril poliacrilonit ril (PAN) (PAN) ou com

te   fi ar   G

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5 10 15 20 25 3 Deformação específica (x10 )

Figura 1 – Diagrama (tensão x deformação) dos plásticos

base no alcatrão alcatrão deriva der ivado do do petróleo pet róleo ou do carvão (PITCH), em em um ambiente inerte. Ness Nessee processo processo térmico as fibras resultantes apresentam os átomoss de carbono perfeitamente átomo p erfeitamente alinhados ao longo da fibra precursora, característica que confere extr extraordiaordinária resistência mecânica mecânica ao produto produt o final. Quanto maior a temperatura maior será o módulo de elasticidade do m aterial resultante, resultante, que varia desde 100 a 300 GPa para as fibras de carbono até 650 GPa GPa para as fibras de grafite. Quanto maior o módulo de elasticidade, elas ticidade, maior é o custo custo do material. O produto de maior módulo de elasticidadee (grafite) é cerca de 15 a 20 elasticidad vezes ve zes mais caro do que a fibra de carbono com o mód ulo de elasticidade elasticidade situado no ex extremo tremo inferior da faixa. faixa. Os sistemas compo compostos stos que u tilizam as fibras de carbono como elementos resistentes apresentam as seguintes características básicas:  extraordinária resistência mecânica elevada ada resistência a ataques qu ími elev cos diversos  não são afetados pela corrosão por se tratar de um prod uto inerte  extraordinária rigidez eológicaa  estabilidade térmica e r eológic bom compor tamento à fadiga e à  atuação de cargas cíclicas O peso específico das fibras de carbono varia de 1,6 a 1,9 g/cm g/cm 3. Ob Ob-serva-se que o material tem um peso específico cerca de cinco vezes menor do que o do aço aço estrut estrutural, ural, da ordem de 7,85 g/cm 3. Suas principais prin cipais características são:

FIBRAS DE CARBONOCF- 160 FIBRAS Módulo Mód ulo de elastici elasticidad dade e 228.000 MPa Defor De formaçã mação o específica específi ca de rupt ur ura 1,7%(0,017) Res esist istência ência últi ma de t ração 3.790 MPa Espessura da lâmina por camada 0,330 mm

Processo construtivo dos sistemas compostos Para a instalaç in stalação ão dos do s sistemas sistemas com fibras de carbono é utilizada a seqüência de procedimentos: Recuperação do substrato de concreto Para que seja garantida a instalação do sistema é fundamental que o substrato ao qual ele será aderido esteja íntegro íntegro e são, são, ou seja, seja, que disponha de suficiente resistência mecânica para que sejam procedidas as transfe tr ansferências rências de esforços esforços que acontecem na interface entre o concreto e o sistema composto. Torna-se necessária a recuperação e a passivação passivação das bar ras de aço afetadas pelo processo corrosivo e a remoção e posterior recuperação das superfícies superfíci es de concreto degradadas pela manifes man ifestação. tação. Todas as trincas existentes na estrutu tr utura ra a ser reforçada deverão deverão ser recuperadas. Além delas,as fissuras com aberturas maiores que 0,25 mm também d ev everão erão ser tratadas. t ratadas. Podem ser utilizados para essas recuperações os procedimentoss convencionais procedimento convencionais de injeção jeçã o de epóxi sob press pr essão. ão. Es Esses ses procedimentos são mostrados mostrado s na foto 3.

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Passivação o de armaduras e injeção i njeção de fi ssuras com epóxicos Foto 3 – Passivaçã

raio = 1 cm

Figura 2 – Preparação da superfície e arredondamento dos cantos vivos (quinas)

Foto 4 – Regularização das superfícies e imprimação

As fissuras fissuras com abertur aber tur as menores que 0,25 mm, expostas ao meio ambiente, podem exigir injeção injeção de resinas ou seladores seladores para prevenir futu ra corrosão da armadur a da peça. Preparação da superfície A preparação das superfícies de concreto onde ond e será será aplicado o sistema será determinada em função das duas hipótese hipót esess possíveis possíveis de funcionamento funcionam ento estrutural:  predominância da condição crítica de colagem  predominância da condição crítica de contato íntimo

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As aplicações para os r eforços de flexão fle xão e de cisa cisalhament lhamento o exigem exigem que seja estabelecido um sistema de colagem bastante eficiente para uma adequada t ransfe ransferência rência de esforços entr entree os meios aderidos, caracterizando a condição crítica de colagem. colagem. O confinamento nam ento de colunas, colunas, por sua vez,exige vez,exige mais uma condição cond ição de cont contato ato eficieneficiente entre o concreto e o sistema sistema composto, caracterizando caracterizando a condiçã condição o de contato íntimo. No caso da colagem crítica, a superfície do concreto sofre as seguintes preparações prepar ações:: utilizaç ilização ão de abrasiv abr asivos os ou jatos de  ut

areia ou limalhas metálicas para a limpeza da superfície onde deverá ser aderid o o sistema. Essa Essa limpeza deve contemplar a remoção de poeira, pó, substâncias oleosas e graxas, partículas sólidas não totalmente aderidas, recobrimentos dive diversos rsos como pint uras, argamas argamassas sas etc. etc. Também deverão ficar ficar tot almente expostos quaisquer nichos ou imperfeições sup erficiais significativos significativos caso o de o reforço exigir o reco no cas brimento de mais de uma superfície superfície lateral da peça, peça, ocorrerá a necessidade necessidade de arredondamento das quinas envolvidas nessa aplicação, visando com isso iss o evitar concentração concentr ação de tensões na fibra de carbono e eliminar eliminar ev eventuais entuais "vazios" "v azios" entr entree o concreto con creto e o sistema por defic d eficiência iência na colagem. colagem. Os procedimentos são mostrados na figura 2 No caso de contato crítico, nas aplicações que envolvam o confinamento das peças de concreto armado, a preparação das superfícies deve serr fund amentalmente direcionada se no sentido de que seja estabelecido um contato íntimo contínu o entre as superfícies envolvidas. envolvidas. Es Essas sas superfíciess não podem aprese cie apresentar ntar concav concaviidades ou convexidades que impeçam o carregamento correto do sistema. Irregularidades superficiais expressivas devem ser corrigidas preenchendo-se as concavidades (caso de nichos) com material de reparação compatível com as características mecânicas do concreto existente ou pela sua sua remoção (caso das juntas de fôrmas). Uma vez concluída a recuperação do substrato de concreto inicia-se inicia-se a aplicação aplicaç ão do siste sistema, ma, obedecendo- se as etapas: Aplicaç Apli cação ão do imprimad impri mador or e do regulariza regulari zador dor de superf superfícies ícies Os imprimadores primários têm como objetivo objetivo penetrar penetr ar nos poros poro s do concreto, colmatando-os para que, juntamente com a película aderida à superfície do concreto, seja estabeleci estabeleci-da uma ponte de aderência eficiente, sobre a qual será instalado o sistema. As massas regularizadoras d e superfície são utilizadas para a calafetaTÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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ção e regularização das superfícies de concreto onde serão aplicados os sistemas, garant garantindo indo o estabe estabelec lecimento imento de uma superfície desempenada contínua. Quanto maior a irreg irregularidade ularidade superficial maior será o consumo desse material. Essas operações são mostradas na foto 4. Corte e imprimação das fibras de carbono As lâminas de fibra de carbono serão cortadas em bancadas espeespecialmente cial mente mon tadas par a isso. São São utilizadas utiliza das régua metálica, metálica, tesoura de aço (para o corte transversal) e faca de corte ou estilete (para o corte longitudinal). Existem duas maneiras distintas para a impr imação das fibras: fibras: alter saturação via úmida – nessa alternativa a lâmina de fibra de carbono é saturada em bancada própria, sendo depois transport tran sportada ada para a sua sua aplicação na peça a ser reforçada alternatiati saturação via seca – nessa altern va a saturação é feita diretamente sobre o concreto da d a peça a ser reforçada para par a em seguida ser colada a lâmina de fibra de carbono A foto foto 5 mostra m ostra o cor te da fibra e a saturação via úmida, opção m ais utilizada por facilitar o manu seio e o transpor tr ansporte te da fibra até o local de sua aplicação. Uma recomendação fundamental é que se deve utilizar estritamente a quantidade quan tidade de resina nece n ecessá ssária ria à impregnação ou à colage colagem, m, para que não ocorram ocorr am alterações sensíveis sensíveis nas características do composto. Um exces exces-so de resina acarreta uma menor resistência final. Aplicação da lâmina de fibra de carbono e segunda camada de satur saturação ação A colocação da lâmina de fibra de carbono, independentemente do tipo de imprimação utilizada, deve ser imediata, uma vez que o tempo de aplicação da resina saturante ( pot-life) é muito cur to, no máximo 25 a 30 minutos. Dentro desse interintervalo de tempo temp o é possível fazer ajustes de alinhamento alinhamento e prum o das lâminas de fibra de carbono par a o seu posicionamento.

Foto 5 – Corte e primeira imprimação da fibra

cação o da fibr f ibra a e segunda camada camada de saturaçã satur ação o Foto 6 – Apli caçã

Aplicaçã cação o da camada camada de proteção prot eção e/ ou estética estét ica (Top ( Top Coat ) Coat ) Foto 7 – Apli

Terminado o posicionamento da lâmina de fibra de d e carbono é feita feita a segunda saturação por sobre a lâmina instalada, instal ada, para garantir que a fibra de carbono esteja totalmente imersa (encapsulada). Normalment e, espera-se espera-se cerca de 30 minutos para a segunda operação de saturação ( foto 6 ). ). Estrutur alme almente, nte, es está tá encerrada encerrada a aplicação aplicaç ão do d o sistema. Como p odem ser necessárias necessárias vávárias camadas de lâminas de fibra de carbono para o ref reforço orço da peça, es essas sas operações são repetidas sucessivamente par a cada camada adicional. adicional. Cada lâmina exige exige duas impr imações

independentes, não podendo a última independentes, camada de imprimação da lâmina anterior ser utilizada para a colocação colocação da próxima lâmina. Aplicação de camada protetora ou estética Terminada a aplicação do sistema, este pode ser recoberto por camada protetora ou estética ( Top Coat ), ma ma-terial disponibiliz dispon ibilizado ado em dive diversas rsas cores e texturas. Se necessário necessário atender as condições cond ições específicas específicas de agressões físifísicas,, mecânicas e ambientais, o revesticas revestimento pode ser projetado especialmente para cada caso, caso, conforme mostrado na n a foto 7.

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COM O CON S T RU I R Case  de aplicação do sistema o d a h c a M a l u a P e d ir A e d l a o s s e p o rv e c a : s to o F

Apresenta-se de maneira resumidaa o reforço do Edifício do Anexo mid Anexo III da Secretaria da Fazenda do Estado d e Minas Gerais. O objetivo da aplicação aplicaç ão foi reforçar as estr estr utu ras de concreto armado da edificação para que fossem corrigidas as deficiênciass originais de pro jeto e perciência mitir o au mento da carga acidental acidental 2 de 150 kgf/m par paraa 300 kgf/m kgf/m 2.Foram utilizados 710 m 2 de membrana para os 13 pavimentos do bloco principal do edifício. Na seqüência fotográfica ( foto 8) são mostradas, da esquerda para a direita e de cima p ara baixo,as diversas etapas construtivas necessárias: reforço da armadura superior das vigas vig as para permitir permit ir o seu macaqueam acaqueamento; macaqueamento das vigas; corte e satur ação das fibras; fibras; imprimação das vigas; aplicação da fibra de carbono; segund segund a etapa de saturação; reforço ao corte, etapas inferior e superior conjugadas conjugadas.. Esse projeto mereceu do ICRI (International Concrete Repair Institute) o prêmio de Excelência em Reforço, em sua reunião de 2003, realizada em Tampa, Flórida, Estados Unidos. A foto 9 mostra o edifício antes do reforço ( esquerda) e após o reforço ( direita).

Reforço do Edif Edifício ício Anex Anexo o I I I em Belo Horizonte Foto 8 – Reforço

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Edifício ício Anexo Anexo II I , antes e após após o reforço Foto 9 – Edif

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Para mais informações sobre o sistema MBrace, princi pr incipalmen palmente te os critérios crit érios de dimensionamen dimensionamento to dos reforços, indica-se indi ca-se a seguinte bibliografia: Reforço de Estruturas de Concreto Armado com Fibras de Carbono. Ari de Paula Macha Ma chado, do, Edit Edit ora PINI , 2002. Fibras de Carbono – Manual Prático de Dimensionamento. Ari de Paula Machado – Edição da BASF – The Chemical Chemi cal Company, 2006. 2006. TÉCHNE 125 | AGOSTO DE 2007

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