Songbook Ary Barroso 2

May 7, 2017 | Author: Ever Bc | Category: N/A
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Almir Chediak

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~ LUMIAR EDITORA

Songbook 1 AIy Barroso

Volume 2

Volume 1 Ary de todos, meu Ary Dorival Caymmi Álbum de família Ary, o polivalente Sérgio Cabral

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MÚSICAS

MÚSICAS A batucada começou A casta Suzana Assobia um samba As três lágrimas A vizinha das vantagens Bahia imortal Brasil moreno Caco velho Canta, Maria Carne-seca com Tutu Chula-ô Como "vais" você Deixa essa mulher sofrer Deve ser o meu amor Duro com duro É do balacobaco E o samba continua Eu dei Eu quero uma mulher : Eu vou pro Maranhão Faceira Fechei a página Foi ela Folha morta Garota colossal Inquietação Malandro sofredor Mês de Maria Morena boca de ouro Na Baixa do Sapateiro Na virada da montanha No Rancho Fundo Nunca mais O amor vem quando a gente não espera O correio já chegou Os quindins de laiá Palmeira triste Quando eu penso na Bahia Quero dizer-te adeus Rio Risque Sem ela Sobe meu balão Trapo de gente Tu qué tomá meu home Upa-upa (Meu trolinho) Vão pro Scala de Milão Vou à Penha ,

Ary- de todos, meu Ary Dorival Caymmi Entre amigos _.................................................. Entrevista imaginária Sérgio Cabral

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Anistia __ __ _ __ _ __ _..__ ~Aquarela do Brasil _ . Aquarela mineira _ _ . Aula de música _ _ . Bahia __ _.. __ _. Boneca de piche __ . Caboca __ __ . Camisa amarela __._ _ _ __ _ . Canção em tom maior _ _ . Cem por cento brasileira _ ~ __.. Cinco horas da manhã _._ . Coisas do carnaval _ _._ . Dá nela _ . De qualquer maneira __._ __ _ _.._ . Deixa o mundo falar __ _ .

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54 ~il~;~:gã~ ..::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::. 62 . E mentira, oi . 64 Escrevi um bilhetinho _ . 66 Eu nasci no morro . 70 Eu sonhei _._.._ . 68 Faixa de cetim . 73 Falta um zero no meu ordenado . 76 Flor tropical _ _._._ _ . 78 Forasteiro _ _ ._ . 80 Grau dez _ . 83 laiá boneca _ _ . 85 sto aqui o que é . 87 aria _ _ . 89 Menina que tem uma pose _ . 92 Meu amor não me deixou _ . 94 Na batucada da vida _ . 98 No tabuleiro da baiana _ 101 Novo amor _ _ _ _ . 96 O Brasil há de ganhar . 104 Ocultei _._._ _ . 106 Perdão .._ . 112 ~Por causa desta cabocla .. 109 'iPra machucar meu coração _.. 114 Rancho das namoradas _ . 118 7Rio de Janeiro (Isto é o meu Brasil) . 116 Salada mista _ . 120 Segura esta mulher . 122 Sentinela alerta _ . 124 Terra seca . 126 Tu _._ . 130 Um samba em Piedade _ 132 Vamos deixar de intimidade . 134

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elos salões arrastando o seu vestido rendado - Brasil! Brasil!" Era Carmem me fazendo entrar no seu camarim no Casino da Urca. Canta "Brasil! Brasil !.... quero ver essa dona caminhando ... Brasil... Brasil! ... Meu Brasil brasileiro ..." e diz com aquela sua alegria: - Ary está fazendo um samba que é uma beleza! (cantando) ... "terra de Nosso Senhor! Brasil!" - e o riso famoso mais perto de minha surpresa! - Uma maravilha! Uma beleza, baiano! Eu, aliviado e feliz, penso: Que sorte, Ary Barroso e Carmem Miranda fizeram as pazes. Que alívio. Eu, novato e desinformado, me culpando no caso do filme Banana da terra. Eu não conhecia o consagrado Ary Barroso de tantos sucessos; no chamado "meio de ano" e nosso saudoso carnaval; aqueles carnavais. Não

conhecia o homem. O querido Ary. Como seria? Pelo cronista e autor teatral Henrique Pongetti e sua esposa Aída, fui chamado para participar dos ensaios da peça musical que a primeira-dama dona Darcy Vargas promoveria todos os anos no Municipal para obter recursos para a criação e manutenção de instituições de proteção a crianças desvalidas. Os participantes das peças: amadores (atores, cantores, músicos, diretores etc.) e gentes da fina sociedade do Rio. Minha função: ensaiar a mais bonita dama do Rio, dona Lucília Noronha, esposa do sr. Miguel Barroso do Amaral; ela cantaria a minha canção O mar. Ensaio, à tarde no Teatro Municipal; Radamés rege a grande orquestra e entra o Candido Botelho (cantor de rádio, teatro e da alta sociedade) que começa cantando "Brasil! Meu Brasil brasileiro! Meu mulato inzoneiro ... !"

Fomos colegas da Rádio Tupi mas ele sempre muito ocupado - jornalismo esportivo, produção, programa, calouros ... sempre em movimento, muito ocupado. - Papo madrugada ... Ary ... Caymmi ... Copacabana . - Nós somos parentes, sabia? - Essa não, Ary! - Sim; na casa do Major, o primo Candinho tava sempre lá, Yvonne o trata de primo, parente ... eu também: são Arantes, são Tostes ... de Minas. - Minha mulher Stella, filha de Candinho, sim, ela me fala, sim. Veja o que é o destino! Francisco Alves - gravação - a primeira da gloriosa Aquarela do Brasil. Sabem de quem é aquela voz linda que está no coro, cantando "Brasil! Brasil! Pra mim!" ... sabem? Não; não é? Pois é Stella Maris depois,

Stella Tostes Caymmi, minha mulher e minha cantora preferida e parenta do querido e admirado Ary Barroso. Fui ver meu Ary na casa de saúde. Dei um beijo nele; saí. Deus é mais!

Dorival Caymmi Rio, 25 - Nov. - 1994 (Sexta-feira)

Entre 'amigos

1,

o time

de futebol em Ubá, o goleiro Ary no centro, de óculos, 1918. 2. Ary com a seleção brasileira de futebol, 1937.

3. Ary com Mário Lago, década de 40. 4. Ary Barroso com Lupiscínio Rodrigues, 1946.

5. Ary com o amigo Alvaro, parceiro da música Kekereke, década de 40.

6. Ary com Carmem Miranda e Max Gordon, EUA, década de 40. 7. Ary e Mary Anderson, EUA,1944.

8. 3' ida de Ary para os EUA, com os amigos no navio Brasil, 1949. 9. Ary com a atriz Vivian Blaine, EUA, 1944.

Entre amigos 1. Ary com o cantor Edson Lopes, 1953. 2. Ary com Manuel Bandeira, década de 50. 3. Ary com a atriz Heloísa Helena, 1958.

4. Ary com os amigos Sílvio Caldas, Floriano Faissal e Fernando Lobo, década de 50. 5. Ary com Fernando Lobo, década de 50.

6. Ary com o cantor Ernani Filho, Argentina, década de 50. 7. Ary Barroso e a cantora Luciane Franco, 1960. 8. Ary com Dircinha Batista, década de 50.

9. Ary com o time do Bangu no México. Em destaque de camisa branca o zagueiro Zózimo, 1958.

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Songbook o AIy Barroso

Entrevista Imaginária

I

Ary Barroso

sta' "entrevista" foi baseada em pronunciamentos feitos por Ary Barroso em artigos, crônicas, reportagens e até mesmo em entrevistas que concedeu durante a sua longa e vitoriosa carreira. Nada do que é atribuído a ele neste trabalho foi inventado. Recuperando confissões, conceitos e desabafos do grande compositor, radialista, jornalista, homem de televisão, boêmio, vereador durante quatro anos e chefe de farnília, acreditamos oferecer ao leitor a oportunidade de conhecer melhor uma figura de forte personalidade, amante da polêmica, ciclotímico em 'matéria de humor e sempre muito franco. A palavra, portanto, está com Ary Barroso:

E

SÉRGIO CABRAL - Os mineiros dizem que você, nascido em Minas Gerais, preferiu ser cidadão carioca e compositor baiano. ARY BARROSO - Eu fiz a Aquarela de Minas Gerais, mas os mineiros não deram a menor importância. SÉRGIO - Então, por que você compôs tantas músicas para a Bahia? ARY - Outro erro em que incidem é o de suporem que descobri musicalmente a Bahia. Não é verdade. Eu é que me descobri na Bahia. Os seus ritmos, os seus candomblés, as suas capoeiras, sua gente, em geral, foram uma revelação para mim. Fiquei de tal modo impressionado que o jeito foi exteriorizar a minha admiração através da música. SÉRGIO - Soube que você ganha muito dinheiro com direitos autorais. É verdade? ARY - Tenho, pelo menos, 15 músicas executadas diariamente no Brasil inteiro: Aquarela do Brasil, Na Baixa do Sapateiro, No Rancho Fundo, Faceira, Maria, Morena boca de ouro, Tu, Por causa desta cabocla, Brasil moreno, No tabuleiro da baiana, Boneca de piche, Terra seca, Ocultei, Maria das Dores, Risque, além de outras menos popularizadas. Com tudo isto, ganho uma média de Cr$ 19 mil. Há colegas, sem esse repertório, que tiram de Cr$ 30 mil a Cr$ 40 mil. Tá?

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Ary Barroso, Rio,1959.

SÉRGIO - Por sinal, Antônio Maria anda dizendo que você está rico. ARY - Para Antônio Maria ler: possuo um automóvel Chevrolet, modelo 1953, cujo acabei de pagar há dois meses mais ou menos (foram 20 prestações), um rádio, uma televisão, um piano, uma geladeira, trens de cozinha, tapetes, meu busto de bronze

Um smoking para pagar em cinco vezes (presente de amigos como Simões de Castro), algumas garrafas de scotch (que acabarão), uns temos, um smoking novinho que mandei fazer para pagar em cinco vezes ... que mais? A casa onde vivo, um pequeno sítio em Araras, dois lotes no Vale do Sol e duas posses em Gramacho, que não me pertencem mas aos meus filhos Flávio e Mariúza. Gostou? SÉRGIO - E a saúde como vai? ARY - Fui ao cardiologista. Trecho

das prescrições médicas: fumar, no máximo, 10 cigarros por dia (eu fumo três maços) e evitar preocupações sérias (ando cheio delas). Posso tomar scotch puro, moderadamente (bebo com soda e quase sem moderação). E daí? SÉRGIO - Está, pelo menos, fumando menos? ARY - Só eu sei quanto tenho sofrido. SÉRGIO - Mas você está resolvido a deixar de fumar? ARY - Ando fumando exageradamente. Tenho ensaiado diminuir o fumo. Fico no ensaio. Não tenho o que se chama força de vontade. Além do mais, quem deixa de fumar assim, de estalo, desanda a engordar que não pára mais. Lamartine Babo engordou. Carlos Frias engordou. Quem me fez ficar de boca aberta foi o Geysa Bôscoli. Era tão magro quanto o Héber de Bôscoli. Agora está enorme. Engordou 16 quilos! Não fuma nem bebe mais o seu chopezinho. Engordou

Songbook

o Ary

Barroso

Ary com Radamés Gnattali, Jorge Curi, Sílvio Caldas e Femando Lobo, Rio, década de 50.

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Songbook

o Ary Barroso FOTOS ARQU!YQ MAR lUZA BARROSQ

Angela Maria e Ary, comemorando o tricampeonato do Flamengo,

tanto que começou a fazer regime para emagrecer. Fico, pois, nesse dilema terrível: fumo ou não fumo. Fumando, como estou, prejudico-me; deixando de fumar, engordarei como um balão. O melhor é deixar como está para ver como é que fica. SÉRGIO - Vai continuar fumando? ARY - Tem dia que chego a não comprar nem um macinho. Não consigo, é besteira. Vocês querem ajudar-me? Que devo fazer? SÉRGIO - É verdade que você vai operar o estômago? ARY - Meu médico, além de me aconselhar uma operação, me pediu os .seguintes exames: radiografia seriada do estômago e do duodeno, hemograma de Shilling, azo temia, proteínas parciais e totais, ovos, parasitas. Positivamente, virei laboratório. SÉRGIO - De vez em quando você se recupera em seu sítio de Araras, o Madrigal.

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Ary e Araci de A1meida, Rio, 1953

ARY - Para quem vive cheirando gasolina queimada, para quem vive comendo picadinho em boates, para quem sente o dever de trabalhar diariamente em busca de notícias, para quem passa as noites ouvindo as mesmas músicas, vendo as mesmas caras, conversando os mesmos assuntos, para quem é incorrigível

Fugi na noite triste de finados espectador da Yanity-fair, película seriada que já não provoca tantas emoções, para quem a monotonia dos elogios mútuos anda gerando a monotonia da vida, para quem vai ao Jirau, ao Sacha's, do Farolito ao Beguin, do Beguin ao Jirau, do Jirauao Sacha's e, às vezes, à cama, para quem vive no Rio, afinal, sair, de vez em quando, é bom.

SÉRGIO - E tem saído? ARY - Foi o que fiz. Fugi na noite triste de Finados e me embrenhei pelo mato adentro. Fui ao Madrigal. Um silêncio saudável. Silêncio de coisas vivas. Silêncio das águas crespas do lago. Silêncio com cheiro de mel silvestre que reconforta os pulmões. E, se não houver silêncio, há o canto do sabiá. Há o sussurro do vento brincando com o leque dos coqueiros. Há o marulho do rio que continua querendo abrir caminho entre as pedras que algum cataclisma antiqüérrimo jogou no seu caminho. Há o dia longo que começa às oito horas e acaba às 18, ou mais tarde, à vontade do sol. Há também um biriba familiar, pretexto para os homens se divertirem e as mulheres aprenderem a contar. Sai cada briga! E, depois, há o sono-sono, sem pílulas, sem pulgas e com dois cobertores. Agora, voltei. Voltei e estou aqui. Continuemos. Não há

Soogbook

o Ary Barroso

- Ary, Aloísio de Oliveira e Haroldo Barbosa. Entre eles a primeira mulher de Aloísio, 1948

remédio. Meus amigos, bom dia! SÉRGIO - Você é um grande boêmio, um homem da noite. Continua freqüentando as boates do Rio? ARY - Pergunto: há vida noturna no Rio de Janeiro? Se vida noturna é freqüentar os mesmos bares, correr os mesmos restaurantes, ver as mesmas caras, ouvir os mesmos cantores com as mesmas músicas, assistir aos mesmos shows, discutir os mesmos assuntos - se vida noturna é isso, a vida noturna carioca é formidável. Entra ano, sai ano, é a mesma. De vez em quando, aparecem um Lido, uma Amália Rodrigues, um Sílvio Caldas ou uma Elizeth Cardoso. Passaram depressa e tudo retoma à tranqüilidade clássica. SÉRGIO - Quer dizer que é tudo igual? ARY - As variações são mínimas. Tudo escurinho. Já se sabe que o amor adora meia-luz. Um pianista, uma

cantora, o barman, a dose raquítica de uísque, o preço gordíssimo, aves noturnas tresnoitadas. Vazio, o bar parece o corredor da Santa Casa. Cheio, pouca diferença de um mercado de peixe: gritaria. O carioca não sabe conversar baixinho. E a fumaceira? Os olhos ardem até as lágrimas. E o freguês chatíssirno que nos abraça

Saber beber não é coisa assim tão fácil vigorosamente oito vezes e nos conta a mesma história quatro? SÉRGIO - É gente que não sabe beber. ARY - Saber beber não é coisa assim tão fácil. Pode-se mesmo aquilatar a classe do boêmio observando a sua maneira de beber. Não se trata de saber se ele pega o copo assim, se bebe tudo de uma vez, se gosta de mais ou menos

gelo, se prefere água mineral ou clubesoda. Nada disso. Saber beber é conservar a sua personalidade depois do quinto scotch. Admite-se mesmo que o bebedor fique mais falante, excessivamente gentil, ou que não fale com ninguém, limitando-se a dialogar consigo próprio ou com um personagem qualquer, invisível. Quem não sabe beber fica chato, valente, grosseiro, barulhento, brigador, quando não dá para insultar os garçons ou para quebrar copos. Corro dessa gente como o diabo da cruz. Infelizmente, os maus bebedores andam proliferando. SÉRGIO - Você é muito assediado na noite? ARY - Estou com um amigo, tranqüilamente, tomando o meu scotch, lá no canto do bar. Chega um camarada que nunca vi mais gordo e começa: "Ary, você não me conhece. No entretanto (sic), vim falar com você assim mesmo, para lhe perguntar por

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Songbook o Ary Barroso FOTOS

ARQUIVO

MARJUZA

BARROSO

que você é tão grosseiro com os calouros." Tenho uma explicação, mas o camarada não deixa e prossegue: "Aliás, a opinião de muita gente é que você não passa de um sujeito pretensioso." Começo a me impacientar. E tome: "Com um ar de celebridade, não dando pelota a ninguém etc. etc." Olho o relógio, vou pedindo a conta, vou-me desculpando com toda humildade, deixando uma explicação rápida, e caio fora.

Minhas noites estão ficando muito chatas SÉRGIO - Para onde você vai? ARY - Vou para outro bar. Logo na entrada, sou interceptado por outro desconhecido, já um pouquinho alto. Agarra na gola do meu paletó, leva-me bem junto dele e grita dentro do meu ouvido. O homem quer saber se me lembro dele, de uma vez, no Teatro Alhambra, quando ele assistiu à revista Segura esta mulher. Quero dizer algo, mas o camarada não deixa: "Você ficou importante. Não liga mais para os pequenos." Com jeito, consigo desembaraçar-me das mãos do desconhecido. Outra desculpa ... e rua! SÉRGIO - Gente famosa como você está sempre enfrentando essas coisas. ARY - Noutro dia, foi uma senhora. Em pleno restaurante (eu comia meu franguinho), saiu lá do seu conforto, agachou-se à minha frente (sim, senhores, agachou-sei) e queria, a todo custo, que eu cantasse (sim, senhores, . que eu cantasse!) Camisa amarela. Não há quem agüente! Não cantei e a senhora voltou à sua-mesa dizendo que eu não passava de um "orgulhoso" e que fiquei assim depois que me. condecoraram. Que me dizem os amigos? De minha parte, juro que sou u~ homem de paciência requintada. O diabo é que minhas noites estão ficando muito chatas. SÉRGIO - E ainda têm aquelas pessoas que pedem para você tocar piano. ARY - Aviso importante: quando estou matando tempo num bar, só vou ao piano quando quero. Não estou ali para divertir ninguém. De forma que, por favor, não insistam para que eu

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Ary Barroso e Vi lia-Lobos, condecorados com a Ordem Nacional do Mérito, 1955

toque. É horrível. SÉRGIO - O que é que você consome na noite? ARY - Não bebo coquetel de qualidade nenhuma. Gosto de um gimtônica pela manhã. Só bebo uísque com soda e, assim mesmo, depois das 19 horas. Detesto champanhe. Não gosto de "abrideiras". Só tomo uma espécie

Gosto de um gim-tônica pela manhã de sopa: pavesa. Gosto de frango, inteiro, quente, para comer com a mão. Cerveja, só preta, para misturar com o chope em taça grande. Não gosto de comer sozinho. Quando não tenho fome, é só apreciar Antônio Maria que a fome aparece. SÉRGIO - Outro comilão que deve abrir o apetite dos outros é Manezinho

Araújo, o rei da embolada. ARY - É assim que o Manezinho Araújo come ~arapatel: espalha o sarapatel no prato. Cobre com boa camada de farinha de mandioca. Quantidade suportável de pimenta ... e manda! Para acompanhar, cerveja gelada. Dá até água na boca. SÉRGIO - Você andou gripado. Já está bom? ARY - Tomei café com cafiaspirina, cabeça no travesseiro, cobertor em cima e pé na tábua. Três horas mais tarde, estava bom. A gripe não arranjou nada comigo. O uísque conserva os corpos mortos, quanto mais os vivos. SÉRGIO - Se o uísque for de boa procedência ... ARY - Ainda se vende uísque falsificado nesta cidade. São uns ladrões! Cobram os olhos da cara e ainda nos arrebentam o estômago e a cabeça com as suas porcarias. Por onde

Songbook

o Ary Barroso

Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes e Ary Barroso entre amigos, década de 60

anda a Saúde Pública que ainda não deu incertas em algumas casas da noite? A ganância dos inescrupulosos não tem limites. Será que os bares e boates são territórios interditados à ação das autoridades? SÉRGIO - Como você consegue trabalhar tanto, se passa as noites bebendo nas boates? ARY - Vou dar uma receita admirável. É ótima para quem bebe diariamente ou para quem tem medo de beber por causa do fígado: extrato fluido de boldo, 30 gramas; extrato fluido de jurubeba, 30 gramas. Uma colher de chá pela manhã e outra à noite. Bom proveito. SÉRGIO - Você gosta da música que as boates estão tocando? ARY - Amanhã irei a uma gafieira. Preciso ver aqueles pares sambando. O mestre-sala manobrando. O trombone chorando. A cerveja entornando. Os

cabelos esticados brilhando. Quando, periodicamente, dava um pulo no Elite, era mais compositor e compreendia melhor o sentido exato do samba com telecoteco. A música de boate convida à melancolia. A música de gafieira espanta as mágoas e é mais Brasil. Vou lá. Mas vou todo! Depois eu conto. SÉRGIO - Diga-me o nome de uma

A música

de gafieira é mais Brasil cantora que você goste. ARY - Elizeth - refiro-me à Cardoso. Artista de raça. Voz suavíssima e convincente. Note-se um certo alheamento de Elizeth por essa coisa importante que se chama repertório. Quando Elizeth se dedicar à seleção de um repertório de categoria, de acordo com as suas emoções e com

seu feitio artístico, dificilmente será superada. SÉRGIO - Dos novos compositores, de quem você está gostando? ARY - Bárbaro esse Antonio Carlos Jobiml O homem compõe de fato. SÉRGIO - E dos cantores novos? ARY - João Gilberto é um cantor que me tem impressionado muito. SÉRGIO - Pelo visto, você gosta da Bossa Nova. ARY - No Brasil, a Bossa Nova fez sucesso mas não enpolgou as massas. Fez sucesso na interpretação de alguns dos seus expoentes. Mas ninguém ainda canta ou assobia a Bossa Nova nos bondes. Um amba desse estilo, porém, foi bem recebido pelas massas: A felicidade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Nenhum outro repetiu esse êxito. A Bossa Nova prossegue circunscrita a certas áreas, enquanto os campeões de vendagem de discos no

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Songbook

Ary com a cantora mexicana Maria Antonieta Pons, México, 1953

Brasil ainda são Adelino Moreira, Nélson Gonçalves e Orlando Dias. SÉRGIO - Qual o problema da Bossa Nova? ARY - Não é porque a Bossa Nova seja de má qualidade e, sim, porque avançou demais no tempo. Está a alguns quilômetros na frente do povo. SÉRGIO - Mas ela está brigando para se impor. ARY - Na verdade, não é só a Bossa Nova que está lutando por um lugar ao sol. É toda a música popular que vem sendo passada para trás pelo twist e pelo chá-chá-chá. Eu ficaria tranqüilo se as minhas músicas fossem ignoradas, não em benefício da música estrangeira, mas da Bossa Nova, que, pelo menos, nada tem de exótica. SÉRGIO - O rádio toca muita música estrangeira. ARY - Temos vencidomuitas batalhas no exterior: o bicampeonato de futebol, a vitória da mediação brasileira na guerra fria União 18

o Ary Barroso

Ary e Carmem Miranda, EUA, 1944

SoviéticalEstados Unidos/Cuba, a Palma de Ouro conferida ao filme O pagador de promessas, em Cannes, e o novo prêmio conferido ao mesmo filme em São Francisco, Califórnia. Por que não haveremos também de ganhar algumas vitórias internas, a começar pela batalha da música popular? SÉRGIO - O que foi que você disse para o presidente Café Filho, quando

Um poeta como Vinicius pode até me beijar ele o condecorou com a Ordem Nacional do Mérito? ARY - O samba subiu muito, presidente. SÉRGIO - Qual foi a sua reação quando soube que iria ser condecorado? ARY - No princípio, eu estava pessimista, pois sempre achei a Ordem do Mérito uma coisa muito séria.

Agora, ao receber a condecoração, fico pensando que estou vivendo os melhores dias de minha vida. Se o Itamaraty achou que mereço a medalha, é porque, de alguma maneira, fiz alguma coisa por minha terra. SÉRGIO - Por que você deixou de compor músicas para o carnaval? ARY - Já estou cansado de explicar os motivos pelos quais me retirei do chamado páreo carnavalesco. Em respeito ao meu patrimônio artístico e aos meus cabelos brancos, recolhi-me e não penso em voltar. Salvo se o ambiente sofrer radical filtragem, coisa que não acredito. SÉRGIO - Yinicius de Moraes voltou da Europa. Já esteve com ele? ARY - Até que enfim consegui botar os olhos no Vinicius. No ameno Vinicius de Moraes. Está a mesma coisa. Abraçou-me, deu-me um beijo. Um poeta como Vinicius pode até me beijar. Tomara que ele me pegue poesia. Está "sorvendo" direitinho.

Songbook

o Ary Barroso

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Ary, Walt Disney e Adalgisa Nery, EUA, década de 40

Iremos ter noites magníficas. SÉRGIO - Como um legítimo carioca, embora nascido em Minas Gerais, o que você acha dessas mudanças de nomes de rua? ARY - Já houve até uma tentativa de mudar o nome da Rua da Assembléia para República do Peru. O desinteresse do público foi tão grande que o Executivo se viu obrigado a recolocar a placa "Rua da Assembléia" e dar a uma rua de Copacabana o nome de República do Peru. Antes dis o, chegou ao Rio um coestaduano meu. Na esquina da Rua da Assembléia com a Avenida Rio Branco, indagou de um português que passava na ocasião: "O senhor pode me dizer onde fica a Rua da Assembléia?" O português respondeu: "Ora, rapaz, a Rua da Assembléia fica exatamente aqui." Disse, então, o mineiro: "Mas ali está escrito Rua República do Peru." Resposta do português: "Está escrito Rua República do Peru para se

pronunciar Rua da Assembléia." SÉRGIO - Você é um pioneiro não apenas na música popular e no rádio. Como vereador, foi de sua autoria um projeto criando a coleta seletiva de lixo, um tema que só seria discutido 40 anos mais tarde. Além disso, você se preocupou com a ecologia, quando ninguém usava esta palavra. ARY - Para deixar à vista o cortiço

o sacrificio de uma árvore de 300 anos mais ignóbil que já se construiu nesta pobre terra, ali onde era o Hotel dos Estrangeiros, a prefeitura permitiu que se sacrificasse uma árvore de 300 anos, que dava sombra, que tinha ninhos, que foi testemunha de acontecimentos empolgantes da vida brasileira, inclusive o assassinato de Pinheiro Machado. Gente cega! Gente impiedosa! Lá está debruçado, em

pedaços, o tronco varonil. As raízes ainda fortes o bastante para suportar O peso de mais de dois séculos. As outras duas irmãs da morta aguardam, de galhos abertos, em prece, a sua hora. O homem é uma besta! SÉRGIO - Dorival Caymmi já voltou de sua temporada paulista. Já esteve com ele? ARY - Ainda não botei as botucas no Dorival Caymmi, desde que retomou ao lar antigo. Façamos uma idéia de como estará: mais gordinho, cabelos branquinhos, bem queimado (o sol de São Paulo queima à traição), de bom humor, com roupa nova e alguns sambas magníficos. Quero vê-io. Me telefona, Dó! SÉRGIO - Ary Barroso, para terminar, quero fazer a seguinte declaração: você não morre nunca. ARY - Sou eterno porque Deus me quis assim.

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Songbook O Ary Barroso

Ary Barroso no maracanã irradiando futebol com sua famosa gairinha, década de 50.

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o Ary Barroso

Songbook

Aula de música ARYBARROSO

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Songbook

O Ary Barroso

Aula de música

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* E7

1 CIE

t

F6

t

CIE

D7

G7

~~~~~*~~r *

~

Am

Jij C/G

A 7(~13)

A7

~ G7

C6

~'-/

Copyright by MANGIONE, FILHOS & CIA. LTOA. Rua do Ouvidor, 183/1° andar - Rio de Janeiro - Brasil Todos os direitos reservados para todos os países do mundo - Ali rights reserved.

22

t D.e

o Ary

Songbook

Barroso

Anistia ARYBARROSO

B7(b9)

F#m7(b5)

m / / Anisti

a

/

G6 não

/

faça

D7(9) G6 / Anisti C#7/G# isso,

/ a

foli

/

é

Bm/D

D/F# Seu

A7(9) meu só

/

/

por----que

sei

G#.

~ ~

I

y

*

n n n-i'---" 1 ~

E6

-

E (#5)

~

E6

E

E (#5)

E6

I

~

n n~~

E

E (#5)

I

E6

E

E (#5)

E6

I

.I

n nn-i

1

n nn-i

E6

E

E6

E

\J1

~

E(#5)

(Te n

E6

n

'---"

E

E(#5)

_

fTl_)

~~~~F~m

32

y

1

I....J

~~

E

I~

~

F#m F#m(#5)

F#m6 F#m

F#m(#5)

F#m6

~

E(#5)

n

F#m F#m(#5)

E6

E

I....J

E(#5)

F#m

n~fTi~ F#m6 F#m F#m(#5)F~m6

Songbook

J

F#m6

n n~r 1 1,-/

F~m F#m(~5) F#m6 F#m F#m(#S)

~P

o Ary Barroso

B7

_~

••

B7(9)

_

E 7M

~

*~1

~~I

y ~~)

m~..~~~~~ E7M

~~[~--:.----...... C#7

D7

D7

C#7

C#7

D7

C#7

C#7

D7

..

-

F#m7

F#7(~13)

B~(9)

B~(~9)

D7

E7

D7

~~~~

E6

~

~~~

E7M

E6

~.. ~ªI*~ô{~

: B 7(9)

I

*

E7M

E6

r--.

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§§f

I

*

B ~(9)

ô{

~)

_~* m~~~~~~I~~ B 7(9)

~1

-$- E7M

~"t~fjAo%e-$33

Songbook



E6

E7M

o Ary

Barroso

TI7(9)

TI~(9)

~

I

~

*

y

E6

E7M

I

~

y

*

~

TI7(9)

TI~(9)

~ ~

I

*

y

~

t

Copyright by IRMÃOS VITALE S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO São Paulo - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos autorais reservados para todos os países. Ali rights reserved. lntemational Copyright Secured.

34

*

y

~ Fade Out

o

Songbook

Ary Barroso

Bahia ARYBARROSO G7

I

G7 Bahi--a,

do

I

Baia--na

I

C7

ter-ra

D7

sacrifí--cio

ba-baq:ú

I

I

I

I

G7 Bahi--a

E

I

mereço

Gm7

um

C7

pan-deiro

e

cai

I

C7 co--ro

Bahia

do

jongo

I hei

de

Gm7 voltar

I

Roda

G7/B

Ter-ra

I

cho--ro

C/Bb e

o

tundá,

Juro

Deus

C7 não

tem

F6

mereço

que

feiti-ço

C/Bb

F/A

I

de

desa-fio

noi--tes

de

da

Pega

o

I

G7

num

sou Abo

Integrando

o

F6

D7

C7 nas

tem

I Eu

sauda

um

I

I

tem

Gm7

I

G7

I

Cai

batu-car

A

I E

I

ti-ver

chine--la Abo

E

I

Gm7 a

umbú

Bahi--a

Gm7

Ba-hia

I

F6 por

I

G7/B

F/A

I

F6

Ba-iana

da

bota

batu--que

do

da

e

Bahi--a,

I

I Quem

D7

sou

I I I

F6

G7

ba-baçú

mandin-ga

I I

sacrifí----cio

Eu

I

coco

rnu-queca

tem

I

I

tem

C7

F6 no

do

I

C7

I

I

D7

que

C7

ter-ra

Baia--na

I

I

feiti----ço

I

G7

umbú

e

I tem

Gm7

G7 Bahi--a,

Ba-iana

I I I

F6

D7

I I I

Gm7

Bahi--a,

C7

pra

coco

I C7(#5) I

C7

F6

F6

mandin-ga

tem

mu-queca

C7

Reis

Eu

I

tal-vez

35

Songbook

o Ary Barroso

Bahia G7

G7

C7

F6

F6

C7

D7

Gm7

Gm7

C7

G7

F6

D7

G7/B

C/Bb

D7

~.§c._

Gm7

FIA

Gm7

G7

~

C7

D7

Gm7

F6

C7

C7

F6

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36

F6

D7

o Ary Barroso

Songbook

Boneca de piche ARY BARROSO E LUIZ IGLÉSIAS D

Bb

D(#5)

D6

G6

A7

1IIImel 1ill111111 Bm7

D Venho

com

I

D(#5) dessas

Em / Da

de

A7 I D7M ja-boti-caba

Sou

A7 pinta

na

Com

A7 pinta

e

/ vai

te

D/

gos

to

e

meu

se

G6 tu borrece

I A7/E te

D(#5) D6 / ha-ver banzé Eu

DI o

A7 / D7M / D A7/E ja-boti-caba

me

E

D

I

nas

te

A7 piso

I

I

/

/ Da B7/D#

Mas

A7

Da

/ / B7/D# B7 / Em Bo-ne-ca de piche

/

bran

Bm7 / cor do Em

I

a

bran

A7 Sou eu que

D(#5) bo-a

Eu

D

A7 E /

Em aze-viche

co

D ia-ta

te /

te

/

cana-ia

Eh!

Com

A7/E

eu tenho de sê

mui-é

/ Eh!

/ I

co

muito

Bb ó

de

A7 / tu que me

/

/

rabo-de-arra-ia

D / pé

Em

/

/ Eu te dou

farseia,

/ dois

/ Em do aze-viche

Mas há

/ me

sinar

É

Bm7 cor

muito

Que culpa

Eh!

de

I

A7

Eh!

/

/

Não

Cheio

A7/E



D contes-ta

me

A7 meu

o

/

/

contes-ta

Eh!

ver

É

I

o

/ Eh!

D chu-va"

de

D

má-goa

A7/E

D arran-co

bran-co

de

Venho

Pra

Bb

minhas á-gua

D ia-ta

G6 sa-peco

A7/E



A7 si-nar

/

num

I "nego

/

minhas

dou a

te

/

Bb assim

I as

vem quase

A7 Nin-guém

to

A7 Eu

A7 piso

gos

Tem português

tu

D

A7 Nin-guém

I

/

Nego

B7 I Em Bo-ne-ca de piche

A7/E

preto

D tes-ta

Nego, D ia-ta

meu

Sou

/

D6 mula--ta

É

I D A7/E

meu

/

D(#5) D6 colari--nho

meu

D benzi-nho

o

/

/ A7/E

no

ver

G6 di-tado diz:

o

/

D tes-ta

na

que

A7/E

preto

PIa

D benzi-nho

D chu-va

/

B7 aca--ba

engana

Bem

I

A7

Eh!

I

A7 si-nar

É

A7 meu

o

D6 lu--va

/ A7/E

B7/D#

ver

Eh!

enforcado

Quase

/

gen-te

/ A7/E PIa

/

/

/ a

B7

D7M

quen-te

I

dedo dentro

A7 dou a

meus

toda

quase

D benzi-nho

D chu-va

D

Bb

da-nado

G6 empur-rando

Em

Se / piso

B7/D#

me

tu

D / o

pé Em

/ Da

I

B7 te aca--ba

/ Tu é preto

37

Songbook

A7/E teu

e

to

gos

A7/E

/ preto

te

e

teu

A7 to

gos

Nin-guém

%D

te

Mas

D contes-ta

B~

Barroso

A7/E

/

D contes-ta

A7 Nin-guém

o Ary



muito

bran



Com

pinta

na

A7/E

/ Mas

A7 co

muito

D

bran

D

D tes-ta

D tes-ta

A7 co

pinta

Com

D (#5)

Tu é

na

D6

~il_ A7

G6

A7/E

D

A7

~~.*ê~ D

A 7tE

~.

A7

I'

~ ~.

l~ê. B71D#

Em

Em

Em

I D

A

7/E

A7/E

A 7/E

A7

A7

Ir;:;--

D

*

D

~J

m~~

A7

D7M

.,I ~

B7

D

Bm7

Em

Em

A

7/E

A7

D

D

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38

B71D#

o Ary Barroso

Songbook

Caboca ARY BARROSO E JOSÉ CARLOS BURLE Ab6

AO

Eb6

Abm6

Db7

Fm7

Bb7

Gm7(b5)



C7

GbO

Eb7

VI 1mfi I ml I I I

i vi i)i ml i wi i I AO I Eb/Bb Bb7 I Eb6 Abm6 Eb6 I

Introdução:

Ab6

Eb6 Cabo-----ca

I

I um

I

I

do ma-to

I

Eb6

do

I

Bbm/Db do

Nor

I

te

III

Ab6 Cabo-----ca

de

Juro

F7/C Perfu-madas

I

Bb7

bo

I Ab6 no cora---ção

C7 cur-vas

do

I

C7/G Sapo-ti

I

Bbm7

Bbm7

I

I

I Que

por

de

ti

Cm/Eb este

ca Bb7 vi-nham

ma

tas

à

ca

I me

virgens

I

DbUVFb

I Posso

Abm/Cb

Cm/Eb Das

Cabo

Bb7 na ci-dade

Fm7 Senho--ra

I

Me

I

quê

Fm7 a-qui

I

F7/ A

I

I

Fm7 cor--pinho

I

Fugi pro meio

Cabo

Fm7 for--te

de sei-va

I

Nos-sa

I teu

Fm7

Fm7 de viço

I

Eb7 Cabo-----ca C7/G

I

Eb6 abraça--ram C7 chei--a

ca

III

Trazi-a

As

co-mo

Ab6 mes--mo

C7/G por

I

I

I nho

Ab6 Cabo-----ca

Nem

I

I retra-to

Eb/Bb

I

Ab7M

simpli-cida

Gm7(b5) Da

I Fm7 I

Db7 C7

Bb7/F me

GbO braços

teus

I

Fm7 Cabo-----ca

I

I

cami

I I Eb7

E

Que nunca mais te esqueci

que teu

I

curvas

imagi-nação

I

C7

I

I

I nas

I Bbm/Db

F7 feiti---ço

tal

Sem saber

I Que

Fm7

I

Eb6 olha--ram

me

enlou-queci

C7 pu-seste

I

I Fm7 I Bb7 I Eb7 I I I Ab6 I AO I Eb/Bb

Bb7/F o-lhos

GbO teus

os

I

GbO que me

Quase

Me

Quando

Db7 C7

I Caboca

Bbm7

I Eb7(#5)

esquecer Bbm/Db

I mun-do

afo

ra

39

Songbook

Coisa / bra-silei

/

F7/C i-gual

não

Ab7M

Brasil

Eb6

F7/ A

Bbm7

/

haver Ab6

/ ro

Bbm7

po-de

o Ary Barroso

Fm7 ver-de,

Eb6

Dbm/Fb Cabo

Bb7 hospita-Ieiro

Gbo

/ Que

Bb7/F

/ É

ca

Eb7 des-cubro

/ em

o

/ Brasil

Ab6 você

Eb6

Gbo

Bb7/F

~im;~~·~ Gm7(~5)

~.~

C7

Fm7

C7

F7

---./

Ab6

~.

40

Fm7

~ij~?

~~r

Eb7

~§~I~~~q~

C7/G

Ab6

~

C7/G

bem

Songbook

o Ary Barroso F7/C

Fm7

B~m7

F7/A

Fm7

n~m7

~

I ~~7

_.

B~m7

E~7(ls)

i

~~~fr~~I:~y~

Copyright by IRMÃOS VIT ALE SI A INDÚSTRIA E COMÉRCIO São Paulo - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos autorais reservados para todos os países. Ali rights reserved. International Copyright Secured.

41

Songbook

O Ary Barroso

Camisa amarela ARYBARROSO Bb7M(9)

Bb~

Ab7(9)

Gm7

Db7(9)

Cm7(9)

F7(13)

Dm/ A

Am7

C7(b9)

F7M

F/ A

F7

Ab"

C7(9)

I II I I milti I F7(#5)

Bb~ (9)

Bb7(9)

C~ (9)

C#"

E"

Bb7M(9) Encon-trei

/ F7/A

F7

oi!

em

Ab7(9) pe-daço

o meu

Cm7(9) GaIe-ria

/ F7(#5)

Bem

chumbado,

um

G7(b9) Lapa

às

sete

F7 A

42

/ Folião Ab7(9) horas

na

/

mão

da

Bb~ Jardinei--ra

Gm7 ma-nhã

Mais

o quinto

Mas,

Dm/ A



Gm7

nada

O

Foi

por

na

Cm7(9) copo

o

Me

F7(13) Can-tando

Bb7M(9) Convi-dei-o

pedaço,

/

G7 carnbale-ando

F7(13)

num

Bb7M(9) pe-diu,

F7(13) Can-tando

ainda

Cm7(9) Ia,

a Florisbe Gm7 ca--sa

pra

/ no

Bb~ (9) ver-dade,

na

turbilhão

Bb7(b9) es-tava

/ Se

GO ca-fé

Bb6 de cacha~a

/

/

Am7 vol-tar

a

meu

EO encon-trei

Cm7

C7(9) / E desapare-ceu

Gm7 iro-nia



Db7(9) Cm7(9) quarta-fei ra

F7(13)

Ia

/

Bb7(9) bom

C#O tarde,

Db"

/

Cm7(9)

/ G7/D

Eb~ atraves-sado

C7(9) C~ (9) Be-bendo raça

de

estava

Bb6

amare

F7(13)

G7

Eb~

Abo sor-riso de

um

/

C7(9)

reco-reco

Gm7

F/A Exi-biu-me

Não

/ Com

Dm/A

/ Bb~ (9)

/

Eb7M(9) ma-mado

Gm7 Db7(9) na Ave-nida de ca-misa

/

C7(b9) F7M companhi--a

Eb7M(9)

Dm7

Bb~ Florisbe--Ia

A

minha

Bb7(b9)

DbO

acabando

num

Dm7 Zur-rapa

do

Cm7

F7(#5)

Ab7(9) Largo

um

da

Bb7M(9) Vol-tou / F7/A

ra, oil

a Jardinei Am7 zonzo,

bem

C~ (9) cor-dão

Cn0(9)

/

da

copo

Gm7 d'água

com

Songbook

/

C7(b9) F7M i-carbona--to

o

Cm7(9) sa-pato~

o

/ F7(#5) /

meu

F/A pe-daço

E

perigo!

Que

Mas

não

/

C~ (9) tal

Por

G7(b9) nela

Gosto

roncou

C7(9)

/ dele

C7(9) CX(9) as-sim Pas-sada

B~7M(9) A~7(9)

de

Gm7 fato

meu

a

EO ca-misa

Cm7(9) a brinca-deira

Ele é

C#O Pe-gou

G m7

Dh(9)

pedaço

A

me

GO ca-misa

F7(13)

DrnJA

F7

FIA

F7M

n~~(9)

F7(~5)

Gm7

Gm7

nh(9)

G7 do-mina, C#O

e

C7(b9) ti-rou

não

E quis

Am7

Senhor

é

o

fogo

F7(#5) do Bon-fim)

C m7(9)

Gm7

C 7(~9)

Cm7(9)

C 7(9)

nb~(9)

Ele

Ab7(9) o-tou

E

F7(13)

B~7M(9)

Bb7(b9) bri-gar

fascina

/ (Meu

nem

/ me

Dm7 ama-rela

Bb6

C m7(9)

F7(13)

C7(9) cama

pra mim

.;r';--_ F7/A

na

Bb~ (9) mal-hurno-rado

Despertou

/ O

/

caiu

/

Bb7(9) se-mana

uma

/ Pois

/ G7/D

Eb~ ligo

não levo a mal

isso,

Abo ruim

/

Bb~ (9)

/

Eb7M(9) co-migo

estava

o Ary Barroso

nb7(~9)

Eb7M(9)

~

~~}

G7/D

G7

C 7(9)

..

~~

Ilcm7(9)

F7(13)

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43

o

Songbook

Ary Barroso

Canção em tom maior ARYBARROSO C

B7(b13)

Gm/Bb

A7

Dm7

Dm/c

G7/B

19111111 Gm7

Am7

E7

F6

C7(b9)

Iltlllrll Fm6

A7(b 13)

/

c a-qui

Eis F/A

uma

G7 G~ Pra

E

/ voz

E7 mestre

do

/

que

/

é

Pra /

G7

44

C La-ra

Dm7 can-tar

/ Mais

de

/

Gm7 cora~ão

/

A7(b13) la-ra

/

quatro

/

/

/

/

/

Dm7

/

G7

/

/ vivemos

D#O bem

/ Eis

a

Em/B so-frer

ao

/ /

/ Pra

/ Gm/Bb natu-ral

/ uma C vi-ver

se

/

marca

/

/ que

tom

ideal

a

da

/ simples

da

Gm/Bb mai-or

/

Gm/~ com

não

/

F#O com-passo

/ em

G7/B vi-ver

/ Dm7 Escu-tando

A7

Dm7/ F6 In=-terpreta-ção

B7(b13) can~ão B7(b13)

O

/ de F/A dor

C/Bb Uma

/

tempos

A7(b13) / A7 vi da

C a-qui

Dm/c ale-gria

a

/

quatro

Em

meu

meu

/ B7(b13) harmoni-zada

C G7/B la-ra

é

do

F6

Db7M

Dm7 / can-tar toda

/

C/E ra-zão

a

C7(b9)

/ que

/ Pra

/ C Melo-dia

Gm/Bb tempos

Dm7 la-ra

po-ema

esse

C nin-guém

em

é

Ab7M

/ A7

/ Que

G7 do-er

/

C7M/G

/

/

o

Gm/Bb mai-or

Dm7 a-mor

certo

·Fm/Ab boa

Como

/

A7

um

/ Am7 uni ver-sal,

canção Fm6 / G7 vi---da

tom

/

C can-tar

/

Dm7 mal-trata

/

B7(b13) em can~ão

D#"

o

meu

Dm7 bem

Songbook

e

*i~~·

B 7(~13)

GmIB~

o Ary Barroso

~ A 7

Dm7

G7fB

Dmle

FIA G7

G~

3

§.

~~

~

e

Dm7

e

elE

EmIB efB~

/

GmIB~

B 7(~13)

A 7

Dm7

F6

F6

e

Fm6

B 7(~13)

1*

GmIB~

B 7(~13) G mIB~ A 7

A~7M

.c

E7

e

G7

A7

G7

rei:

Gm7 e7(~9)

Am7 /

A 7(~13)

GmIB~

A 7(~13)

Dm7

e

G7fB

A7

/

Dm7

e

G7

e

D~7M

Pf

G7

FmlA~

e7M1G

Dm7

e

Dm7

FIA

1"((

pc

[f

*

II

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45

o Ary Barroso

Songbook

Cem por cento brasileira ARYBARROSO

E6

G#rn7

E7M

B7(9)

F#m7

IIIII /

E6



/ por

cento

/

sul

/

F#m7 boa C#7(b9) vento

do

/

F#m7/ pas-sa

/ B7(9) Minu-ano

/ e

/

/ triguei

ela

na

/ é coisa F#m7 en-toa

ra,

G#m7/ vi-dra-ça E/G#

à toa

A

/ Puxa

B7(9) chimar-rita

/ ano

/ perde

a

/ e ela

A7M gra-ça

E6 vo-cê

pra

é

B7(9)

E6 quê

/ /

/ Pois

F#m7 en-toa A

não

F#m7

B 7(9)

/ pra

é

/ B7(9)

*E6

F#m7 vo-cê

/ E7M /

ao

/

/

C#7 não

/

/

Pra

/ E6 vio-lão

gaúcha

/ Pu-xa

B 7(9)

F#m7

(C F#m7

/ Cem

Mi--nuano

sopa,

B7(9) chimar-rita

quê

/

/ é

1

7

Quê,

Pacatapá,

E6 / é pra vo-cê

/

/ /

/

Quê, quê

/ E6 vio-lão

ao

E6

46

/

/

/

C#7(b9) o vento

E6

~

/ como

esse

gente

/

A

/ valente

/ F#m7 / é pra vo-cê Pacata pá,

/

/

/

B7(9) mo-re-na

uma B7(9)

Pacatapá,

/

Zunindo

/

/ Tem

Gaúcha

/

/ E6 é pra vo-cê

B7(9)

/

F#m7 pa-ís

meu

/ F#m7 bras i-I eira

Pacatapá,

quando

/

/ no

B 7(9)

o

Songbook

o

--~~~ .§.~~F#m7

E6

~

Ary Barroso

B 7(9)

F#m7

E/G~

C#7(~9)

F# m7

B 7(9)

F#m7

B 7(9)

G#m7

C#7

A 7M

E6

F#m7

B 7(9)

E6

B 7(9)

C#7(~9)

.

E6

E6

B 7(9)

B 7(9)

B 7(9)

E6

E6

~~f~rr~~~~~11

B 7(9)

D.e.

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47

o AIy

Songbook

Barroso

Cinco horas da manhã ARYBARROSO

E6

B7

F'

G#7

~m

I III E6 São

I cinco

I me

Eu

/ mio,

mas

não

me C#7 não me

enquanto

I

C#7 não

F#7 I a-borre---ce



É

go

I

Sou

G#7

I

I

B7

I

I I

~~48

B7

I

e

I

B7 Ma-ria

casa

I Sou

I

III

E6

Não

E6

I

re---conhe----ce

I

Por

I

ra

C#m7

.~ij~'1_. F#7

B7

em

des-cansar

I

mio



boa com-panhei--ra

minha

boê

embo

I

corpo

do

F#m/A

I Vou-me

I

I

/

G#7 Mari--a

do

B7 Mari--a,

I C#/B

I

ho-ra)

raian

F#7 ho--ra

E6 III

che

I

B7

I

I B7 I

B7/F#

vem

a-cabar

I

I

FO já

I

me

eu

B 7/F#

sol

embo----ra·

vou-me

B7 quero

I

I

I I

I do

F#m/A

isso

O

C#m7

boê

dor

manhã

da

es-peran

G#7

E6 I I I

I

B7 horas



F#m/A

/'>:

B7

'1

Songbook

o Ary

Barroso

B7

E6

E6

_~. ~* I~* ~1_-*

-~~~~~:~ E6

C~7

F~7

~:rm

B7

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49

Songbook O Ary Barroso

Coisas do carnaval ARYBARROSO

D7(9)

Dm7

Bm7(b5)

E7(b9)

Fm6

F6

G7(13)

Em7

A7(13)

III Eu

C6 encon-trei

C6 holan-desa

Um

que

Am7 na

duplo.

uma

era

barra

gaitei

C6 ao

(I+~Sa-fio

meu

com

Am louca

que

Am7 pas-so a

/ G7

/ A

tal

e

A7(b13) A

50

Eu

ro

Breve

tal

G7/D

G7/D ara

G7(b13) C~ de-sacata.---va D7(9) mo-rena se

O

VI

/ um

se

G7(#S)

Am fez vir

um

Am more-não

/ falei

It

com

/ O

que?

na

Quincas

ela

e

por G7/D

ra

/ ali

Fm6 e--Ia,

era

Foi

/

Ebo ma--to

/

Em7 meu Deus,

to

G7 E-Ie

F7M/A

Am6 bo-----ca

Dm7(9) Pe-roba Chisto

G7 Que era

ra

Am7 D7(9) / no Serrador Lutar

ali

Am compa-nheiro

G7/D Ebo complemen

o

Am chopp

Fazendo

Ebo ci-gana

uma

G7 Eu vi uma

G7

F7~A Ten-do

Am7 á-gua na

/ Am7 to

/

C6 mim

por

EbO G7/D Galeri---;a

Ebo G7/D caresti---a

tipo

C6 encon-traram

me

E7(b9)



Am6 Am7 fuzar-----ca da

que

/ C7(9) / F6 Quando

/

um

Passou

desaca

denomina-va

C6 ca-reca

G7 /

F7M/A Eu

era

Dm7(9)

C6 pa-lhaço

um

mesmo

G7 ra

contar

com

G7 Adi-ante

to

Am6

Bm7(bS) mo-rena

Dm7/ fo-li---a

contra

Ebo com-portamen

A7(b13)

com

Am uma Su-zana

vi

/

Ebo jei-tão de

C6 fantasi-ado

G7(13) gin-gava

ca

G7 braço

G7 Sam-bando

F7M/A

D7(9)

Am7 velho

De

EbO G7/D u-ma bele---za

Am6

C7(9)

C~

Ilml 9

G7/D bran--~ca

EbO ba-iana

G7(b13)

essa

coisa

Dm7 com um a-mor Dm7 Pu-lava,

/ sambava,

/ A7(13) que de-cep-ção!

G7(13) d'Assunção

G7(#S)

Songbook

% C6

1*;

Ebo

G7/D

o Ary

Barroso

G7

C6

Ebo

G7/D

G7

1 G7/D

C6

Am

Am7

B m7(bS)

Am6

G7

F7M1A

E7(b9)

Dm7

G7(13)

Fm6

Em7

C6

G7/D

Am7

Am

Am6

G7

F7M1A

Am7

G7(b13)

C7(9)

C~

A 7(13)

A 7(b13)

D7(9)

fE~'~~l~' D m7(9)

G 7(13)

C~

G 7(#5)

~~1~AO%

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51

o Ary

Songbook

Barroso

Dá nela ARYBARROSO

nl rol IVI I I ml I C6

C#"

G7

G6/D

Em7

A7

D7

G6

C/E

Cm/Eb

G/D

E7

Am7

G/F

llilllll I I C#
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