Sociologia Ensinado Pesquisa No Ensino Médio

March 1, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Franco Ezequiel Harlos   (Org.)

Sociologia viva no Ensino Médio A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO

 

Rua Machado de Assis, 10-35 Vila América | CEP 17014-038 | Bauru, SP Fone/fax (14) 3313-7968 | www.canal6.com.br

S67894 Sociologia viva no ensino médio: a pesquisa como princípio educativo / Franco Ezequiel Eze quiel Harlos (orgs). (orgs) . — Bauru: Bauru: Can Canal al 6, 2016. 240 p. ; 23 cm. ISBN 978-85-7917-399-8   1. Educação. 2. Ensino Médio. 3. Sociologia. I. Harlos, Franco Ezequiel. II. Título.   CDD: 301

 

FRANCO EZEQUIEL HARLOS 󰀨ORG.󰀩

SOCIOLOGIA SOCIOLOG IA VIVA VIVA NO ENSINO MÉDIO A PESQUISA COMO PRINCÍPIO PRIN CÍPIO EDUCA E DUCATIVO TIVO

1ª edição 2016 Bauru, SP

 

Para: Todos os alunos do Ensino Médio que acreditam que o mundo pode mudar mudar.. Todos os alunos do Ensino Médio que não aceitam ac eitam “sempre foi assim” as sim” como  justificativa para qualquer ação.

 

SUMÁRIO

PR EFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 CARTA AO LEITOR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 AUL ULA A MISS MISSA A VERS VERSU US EDU EDUCAÇÃO PEL PELA A PES PESQ QUI UISSA. . . . . . . . . . . . . .17 CIÊNCIA: O FRU TO DA PESQUISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21 MAPA: 󰀨PR É󰀩 PROJETO DE PE SQUISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 NOÇ OÇÕ ÕES BÁS ÁSIICA CASS DE DE MET METO ODO DOLO LOGI GIA A DE DE PES PESQ QUI UISSA . . . . . . . . . . .3 .311 APLIC APLI CAÇÃO 󰀨COLE LET TA E AN ANÁL ÁLIISE DOS DAD ADO OS󰀩 . . . . . . . . . . . . . . . . 35 PROD PR ODUÇÃ UÇÃO O E DIVULGA DIVULGAÇÃ ÇÃO O DO RELAT RELATÓRI ÓRIO O DE DE PESQ PESQUIS UISA A . . . 37 CONSIDER AÇÕES FI FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 R EFER ÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 A NAIS DO V CAFÉ COM SOCIOLOGIA VIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 ÍNDICE DOS RE RESUMOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229 ÍNDICE DOS AUTOR ES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237 5

 

 

 

PREFÁCIO

O sinal toca e uma nova aula se inicia. Dentro da sala de aula, enfileirados como produtos produtos em prateleiras, os alunos a lunos escutam seu mentor, mentor, seu mestre, anotana notando todas as palavras palavra s como se fossem fossem únicas, únicas , digerindo todas as informações como se fossem leis. Por quê? Simples. Desde sempre, ensinamos aos mais jovens que só há um saber legítimo: aquele ensinado e exigido pela escola. O filósofo francês Michel Foucault explica em seu livro Vigiar e Punir como o sistema de ensino, da mesma forma que o penitenciário, busca transformar as pessoas em corpos dóceis, submissos e geradores de lucro. A forma como a discidisciplina e a organização são valorizadas e exaltadas no espaço escolar, assim como a imposição de verdades inquestionáveis e a ideia romântica de como o trabalho - porém, não todo tipo de trabalho tr abalho - enobr enobrece ece o homem, criam pouco a pouco no estudante o ser social, um indivíduo moldado para a vida em sociedade. Além do mais, em aspectos comuns do cotidiano escolar são facilmente idenidentificáveis ferramentas usadas para ensinar aos alunos obediência e disciplina citadas em Vigiar e Punir: o olhar hierárquico, a sanção normatizadora e o exame. O olhar hierárquico é identificável, por exemplo, na forma como as salas de aula são organizadas, organiz adas, na forma como o professor, professor, ficando fica ndo na frente da turma, pode observarr os alunos a todo momento - ou serva ou apenas fazer com c om que se sintam observados -, além de poder circular facilmente pela sala por entre as fileiras de carteiras. As sanções normatizadoras são constantemente aplicadas: “sente-se”, “tire o boné”, “ajeite a postura”, “não coma na sala”, “não corra nos corredores”. Os alunos con7

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

siderados comportados são usados como bons exemplos, enquanto aqueles vistos como desleixados e mal-educados são desprezados. Porém, o exame, ou seja, a prova, é, sem dúvidas, o aspecto mais forte desse sistema. O exame padroniza o aprendizado, destrói as capacidades individuais dos alunos e os coloca em moldes de inteligência. O aluno se torna uma coisa, um caso, uma nota. As dificuldades e progresso individuais são esquecidos e o estudante se converte em números e conceitos. Por estes aspectos do cotidiano cotidia no escolar, há muito tempo, nosso ensino deixou de ser para a vida, pelo puro prazer de saber, e passou a ser um funil onde muitas ideias entram, mas só uma sai. Plantamos, todos os dias, a falsa ilusão de que se estudarem com muita dedicação, um futuro bom estará garantido - e que fique claro: essa é a única maneira de atingir um futuro estável, válido e vantajoso. TraTratamos o aluno como um receptor de informações, uma página em branco que pode apenas aprender, mas nada tem a oferecer. O modelo ensino possui em si ao todas estas carac terísticas citada s citadas e reforça outrastradicional práticas e de costumes prejudiciais aluno (e características muitas vezes também ao professor), como por exemplo, o autoritarismo em sala de aula. Um bom professor, além de possuir o conhecimento da matéria ministrada, deve ter didática e uma relação saudável e respeitosa com os estudantes. Alguns educadores, porém, por diversas razões, se tornam autoritários, gritam, são dominadores, se colocam em um pedestal e vêem os alunos como indivíduos que devem apenas ouvir, absorver a informação in formação e obedecer. Os defensores dessa relação entre aluno e professor argumentam que apenas dessa forma o educador consegue a atenção e o bom comportamento da turma, porque, se a tratasse de outra forma, os estudantes não o veriam com respeito. Contudo, o que se consegue dessa maneira é uma obediência cega e falsa, que não nasce do respeito, mas sim do medo, e que desencoraja o aluno e o faz criar uma barreira que afeta a feta sua aprendizagem. O educador deve ser consciente de que é uma figura fig ura inf luen luente te em sala, um u m exemplo exemplo de comportamento. comportamento. O estudante estuda nte não precisa precisa de um ditador, precisa de um guia, alguém que transmita confiança, que entenda suas dificuldades e esteja disposto a ajudar. Existem diversas dinâmicas, comportamentos e práticas que rompem com essa relação autoritária e distante de aluno-professor e a tornam mais igualitária e agradável, sem comprometer o aprendizado - facilitando-o, na maioria das vezes. Entre elas, se encontra a metodologia denominada educação pela pesquisa. Nela, possibilitando ao aluno que ele realize estudos dentro de um tema de sua escolha 8

 

PREFÁCIO

se permite também que ele descubra o prazer em estudar, investigar e analisar, que entre em contato com a diversidade humana e veja em si mesmo a capacidade c apacidade não só de aprender, mas também de ensinar. O educador, por sua vez, aprende com seus alunos e percebe que cada um deles possui um mundo de ideias e saberes dentro de si. Ao colocar o aluno em posição de pesquisador e o professor em posição de aprendiz, mesmo que por um curto período de tempo, se quebra essa ideia do mestre que tudo sabe e do discípulo dis cípulo que apenas ouve. A educação pela pesquisa é, portanto, um caminho para novas práticas educativas e novas formas de relação entre professores(as) professores(as) e alunos( a lunos(as) as).. Talvez até para pa ra uma nova forma de fazer escola. Este livro trata exatamente desse assunto e é um convite para que práticas educativas sejam repensadas e a escola possa ser um lugar de pesquisa e prazer.  Amanda Moreno Moreno Medina Medina  Ana Luiza Luiza Severo Fernandes Egressas do curso de Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio - IFPR (Campus Foz do Iguaçu). Acadêmicas do bacharelado em Ciência Política e Sociologia – Sociedade, Estado Estado e Política na América Latina - UNILA.

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CARTA AO LEITOR

Prezado leitor, Você já escutou o apelo dos mares? Já escutou as águas que, GRITANDO, clamam, imploram, apelam e arrastam os seres humanos ao desconhecido? As águas da mesmice não lhe deixam entediado? Eu olho para as coisas do mundo e vejo uma quantidade infinita de mar a ser navegado. Tem tanta coisa para ser melhor entendida entendida que não consigo pensar em uma u ma existência em que se abandona aba ndona a navegação. Não entendo como viver sem navegar, mas sei que é difícil abandonar o confortável porto seguro de águas conhecidas. Aliás, os mares assustam os que nunca navegaram e os que neles se lançam todos os os dias. Eu sei, o problema problema é o maldito/bendito começo! Depois que você já navegou algumas léguas, retroceder não é atraente. Mesmo que você volte para as seguras areias da comodidade, o mar puxa, chama, apela, clama, berra pedindo o fim da viagem. Para falar a verdade, as primeiras navegações podem ser muito chatas. Nelas  você não conhece o funcionamento dos barcos, se depara com imprevistos, tem que aprender procedimentos que parecem não fazer sentido e repeti-los detalhadamente. No entanto, entanto, gradativamente, gradat ivamente, você vai se deparando depar ando com novos horizonhorizontes. E então? Então o encantamento acontece! Fato Fato é que navegar é o tipo t ipo de coisa que se aprende fazendo e, uma vez tendo aprendido a navegar, qualquer oceano pode ser conhecido. 11

 

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Pesquisar é assim, assi m, é ouvir o apelo de um mundo que grita para pa ra ser conhecido. É não saber direito como começar, mas mesmo assim entregar-se ao processo de busca. É ter que repetir procedimentos que nem sempre tem um significado que lhe é plenamente conhecido. É, aos poucos, aprender a conhecer o mundo por meio de métodos científ científicos. icos. Na pesquisa, a página em branco é a base para novos mapas de viagem: nela  você pode proj projetar etar viagens a temas que você sempre desejou conhecer. A de ter elementos/lugares do mundo que te inquietam: dê asas para sua imaginação e projete proj ete viagens a estes lugares. A vida é muito curta curt a para termos medo de desafios. desaf ios. Ouça o apelo dos mares. Navegue. Carpe Diem. Carinhosamente, Prof. Dr. Franco Ezequiel Harlos

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INTRODUÇÃO

Cinquenta minutos por semana. Em média 35 35 alunos por sala de aula. Chamada (5 minutos), práticas corriqueiras no espaço escolar – encontrar o livro didático, recados, ir ao banheiro, acomodar-se nas carteiras, guardar as provas de outra disciplina – (5 minutos), breve retomada do conteúdo da semana antecedente e introdução ao assunto do dia (10 minutos), discussão sobre fatos sociais recentes associados com o conte c onteúdo údo da aula (10 minutos) minutos),, explicação explicaç ão – aula expoex positiva (15 minutos), guardar livros e retirar/guardar equipamentos utilizados (5 minutos). A cada 8 aulas de 50 minutos, uma prova ou outro exercício avaliativo. Eis o cotidiano da maioria dos professores de Sociologia que atuam no Ensino Médio brasileiro. Em muitos contextos, a cada semana, professores de Sociologia repetem esta rotina com mais de 30 turmas de estudantes. Assim espera-se que ao final fi nal do Ensino Ensi no Médio o educando demonstre: domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania. Não é uma piada: é a grotesca realidade. Neste contexto, no afã de aproveitar o pouco tempo disponível, os professoprofessores são incitados ao tradicionalismo, ao mecanicismo, ao tecnicismo, ao fordismo educacional e assim a Sociologia torna-se aquilo que grande parte da escola já é: uma grande estrutura em prol da memorização de informações com aplicação restrita às provas de vestibulares ou ao ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. Quanto a mim, eu não me formei professor para fazer isso. 13

 

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 Mas como fazer diferente nos meus 50 minutos semanais com cada turma do Ensino Médio? O poder coercitivo que decorre da própria estrutura organizacional das escolas, da maneira como a Sociologia é ofertada no Ensino Médio e do modus operandi típico da Educação Básica brasileira, impõe limites à ação individual diferenciada. No entanto, felizmente, não impossibilita novas práticas. Na busca de alternativas reais/possíveis rea is/possíveis para ensinar Sociologia de uma forma significativa apostei em novas/velhas metodologias: adotei o portfólio individual como substituto da prova/registro de presença e nele passei a cobrar anotações a notações das discussões, discus sões, teorias e/ e/ou ou conceitos conceitos abordados em cada dia de aula; aul a; adotei o ambienambiente virtual (uma comunidade no Facebook 1) como complemento das discussões iniciadas em sala de aula; adotei o Kahoot 2 como recurso para memorização de conceitos funda fundamentais mentais para a compreensão compreensão das discussões discu ssões sociológicas; adotei as cartas e projetos de vida como alternativas para discussão sociológica com alunos concluintes do Ensino Médio; passei a organizar anualmente um evento denodenominado Cafédesenvolvidas com Sociologia e direcionado apresentação de pesquisas sociológicas porViva alunos do Ensinopara Médio; e, gradativamente, fui sendo conduzido conduzido à metodologia denominada educação pela pesquisa. pesqu isa. O encantamento com os resultados da Educação E ducação pela Pesquisa deu origem ao presente livro. Trata-se do resultado inicial inicia l de um u m projeto de desenvolvimento desenvolvimento de uma metodologia para o ensino de Sociologia pautada na educação pela pesquisa e circunscrita ao âmbito do Ensino Médio. É o primeiro volume de uma série de três volumes, cada um com o intuito de caracterizar e disseminar os resultados de três etapas do projeto projeto em questão, a saber: Etapa 1 (volume (volume 1): 1): após dois dois anos de orientação de pesquisa pesquisass sociológicas desenvolvidas por alunos do Ensino Médio, o presente volume consiste tanto no delineamento de um modelo de educação pela pesquisa no ensino de Sociologia, quanto na apresentação de estruturas, métodos e exemplos que possam auxiliar professores do Ensino Médio a desenvolverem a educação pela pesquisa e alunos do Ensino Médio a desenvolverem desenvolverem pesquisas pesquisa s sociológicas.

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Comunid ade Café com Humana Comunidade Humanass (os (os):): https://ww https://www.facebook w.facebook.com/groups/691 .com/groups/69117 174047671792/ 4047671792/ Trata-se Tra ta-se de um jogo virt virtual ual pedagógico composto por perguntas e respostas formuladas pelo próprio professor professor de cada disciplina. Informações In formações sobre o mesmo podem ser encontradas no seguinte segui nte endereço eletrônico: http://www.gqs.ufsc.br/wp-content/uploads/2015/07/Kahoot-PM-Quiz-Manual.pdf  14

 

INTRODUÇÃO

Etapa 2 (volume 2): guiados pelos exemplos e modelos expressos no volume 1, o volume 2 consistirá em uma obra inteiramente feita por alunos do Ensino Médio, uma composição de pesquisas grupais relacionadas com temáticas sociológicas diretamente associadas com a vida de jovens e adolescentes. Etapa 3 (volume 3): consistirá em uma obra analítica dos processos efetuados nas etapas 1 e 2 e (re)apresen (re)apresentará tará orientações para o desenvo des envolvimento lvimento da educação pela pesquisa no Ensino Médio. Tendo em vista estas etapas, o primeiro volume apresenta, além dos itens supracitados, uma breve discussão teórica sobre Educação pela Pesquisa. Quiçá, as propostas caracterizadas no presente livro possam representar uma pequena contribuição para a reflexão sobre as práticas pedagógicas realizadas no Ensino de Sociologia no Ensino Médio.

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AULA MISSA VERSUS  EDUCAÇÃO PELA PESQUISA

Em diversos contextos educacionais ainda perpetua-se uma visão ultrapassada de educação como ato de promoção do armazenamento de conteúdos. Conteúdos que, aos alunos, caberia reproduzir, memorizar e/ou interpretar. Nas escolas, o típico é apenas “dar e escutar aula”, fazer dos alunos espectadores de aulas expositivas e/ou quando muito coadjuvantes passivos de diálogos (monólogos?) direcionados pelos professores (DEMO, 1997).  Em muitas situações o próprio significado de aula é associado por alunos e professores como o ato de exposição verbal de algo a ser escutado-copiado por estudantes. No entanto, este modelo educacional de aulas semelhantes a missas, Dentre Den tre os caminhos ca minhos incultos e pregações religiosas,daháaula-missa séculos é 3questionado. dicados para a superação  e do aluno-discípulo-ouvinte consta a abordagem denominada Educação pela Pesquisa. Não é a “salvação da pátria”, mas é uma alternativa bastante viável. Trata-se de proposta em que a pesquisa é meio, é recurso, é método, é instrumento para a execução de processos de ensino; em que o aluno aprende pelo ato de pesquisar mediado/ orientado pelo professor; em que pesquisar passa a ser princípio metodológico

diário diár io da aula e a aula passa a ser um tempo, um espaço e um processo de pesquisa

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Aula exposit expositiva iva em que o(a o(a)) professor(a professor(a)) apresenta inform informações ações enquanto os alunos escut escutam am passivamente e/ou participam com breves comentários e/ou questionamentos. 17

 

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(GALLIAZI e MORAES, 2002). E, em que os conteúdos curriculares obrigatórios são transformados em temas de pesquisa. A metodologia de educação pela pesquisa não é recente. Vários intelectuais  vêm desenvolv desenvolvendo-a endo-a desde a última década do século passado, entre entre eles eles destaca-se Demo (1997). No entanto, a metodologia em questão ainda permanece atual  justamente porque a escola perpetua velhas práticas de ensino ensi no pautadas primordialmente na aula expositiva; bem como, pelos fracassos da Educação Básica e do Ensino Médio. Dentro da perspectiva da “Educação pela pesquisa” é incoerente pensar no estudante como objeto de ensino, como receptor passivo-submisso do conteúdo transmitido pelo professor. Na perspectiva em questão é inaceitável o método de “saliva e giz (ou Data Show)” Show)” no qual o professor é o centro ou a fonte do conhecimento e a aula expositiva é a metodologia primordial. Desta forma, a adoção da pesquisa como princípio educativo proporciona oportunidade o educando ser também suas necessidades educacionais, bemdecomo, ser protagonista da responsável sua própria por aprendizagem. Para Demo (2010), a educação pela pesquisa pode contribuir com a compreensão, no aluno, de que, a aprendizagem é um processo contínuo, que ocorre não meramente por substituição mecânica e/ou passiva, mas, por reconstrução. Apesar de todos os aspectos positivos relacionados com a abordagem denominada “educação pela pesquisa”, a mesma pode gerar resistências no espaço escolar. “A maioria dos alunos está acostumada acost umada a receber o conhecimento de forma forma transmissiva. transm issiva. Pouco lhes é exigido nas aulas tradicionais: t radicionais: silêncio, atenção atenção e cópia” (GALIAZZI, MORAES, RAMOS, 2003, p.11). Não raramente, os alunos esperam do professor aulas expositivas e ficam perdidos quando precisam ser agentes, atores, sujeitos ativos do processo de aprender e/ou e/ou construir constru ir conheciment conheci mentos: os: muitas  vezes, quando estudantes est udantes escutam e scutam que vão apren aprender der pela pesquisa e não vão ter ou terão poucas aulas expositivas, resistem e reclamam o retorno ao velho teatro (confortável-seguro-conhecido) do “você finge que ensina e eu finjo que aprendo”. Assim, nesta metodologia o desafio de professores e alunos é superar a sen-

sação de insegurança que decorre das circunstâncias em que conhecimento não é dado pronto, pronto, como algo a ser conhecido sem ser modificado. modi ficado. Fato é que a pesquisa científica é vista v ista por muitos alunos e professores professores como coisa para cientistas, cientista s, como se alguns alg uns fossem aptos apenas para par a ensinar e aprender reproduzindo reproduzindo o que outros criam e poucos fossem capacitados para pesquisar. 18

 

EDUCAÇÃO PELA PESQUISA

Ora, aprendemos a separar ensino de pesquisa, como se tratássemos de duas coisas distintas: é tanto comum o professor que apenas ensina (ou acredita que ensina), que não pesquisa, não promove a pesquisa em sala de aula, quanto o oposto: o professor que apenas pesquisa, que considera o ensino uma atividade menor (DEMO, 2006). Mais ainda, frequentemente aprendemos que “o processo de pesquisa está quase sempre cercado de ritos especiais, cujo acesso é reservado a poucos iluminados” (DEMO, 2006, p. 12) e por isso não apostamos nele como possibilidade para fazer o ensino e a aprendizagem acontecerem. Em função das característ ca racterísticas icas citadas e dos mitos que que pairam paira m em torno da pesquisa, a Educação pela Pesquisa gera a demanda de “alfabetização científica”:: processo em que os alunos entram ca” entra m em contato com os principais métodos e instrumentos de pesquisa de uma determinada área do conhecimento. Ou seja, a educação pela pesquisa passa pela familiarização do aluno com o mundo científico, capacitando-o a lidar com métodos de pesquisa, a desenvolver pesquisa e atuar como produtor produtor de conhecimento.

Para Demo (2006) aprender a lidar com método, planejar e executar pesquisa, argumentar, contra-argumentar, fundamentar, revisar fundamentações, criticar, produzir textos próprios e formalmente corretos, possibilita a construção da autoria individual indiv idual e promove o desenvolvimento desenvolvimento da autonomia intelectual dos estudantes. Não obstante, a pesquisa, que requer coleta de dados e reelaboração de significados, signif icados, envolve envolve a construção construç ão de conhecimento sobre sobre o que está sendo pesquisado, o que permite o enriquecimento do saber de cada um dos participantes do pesquisar. Neste contexto, é também fundamental o exercício do escrever, em que, por meio de interlocuções com conceitos e autores, os alunos-pesquisadores expressam suas aprendizagens e produzem conhecimentos. Ou seja, como cientistas, alunos-autores fazem dos resultados de suas pesquisas produções textuais descritivas e reflexivas ref lexivas em relação ao próprio próprio processo de pesquisa e aos dados coletados e analisados. anal isados. Isto posto, na sequência, apresenta-se informações básicas sobre metodologia de pesquisa em Ciências Sociais, sobre como fazer pesquisa e escrever os itens necessários para a estruturação de pesquisas. Trata-se de informações norteadoras para alunos e professores que desejem fazer pesquisa no Ensino Médio.

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CIÊNCIA: O FR F RUTO DA PESQUISA

Não espere colher goiabas de uma laranjeira. Existem diversos tipos de conhecimento (conhecimento religioso, filosófico, de senso comum e científico) e cada tipo t ipo de conhecimento tem sua origem em âmbitos âmbitos distintos. disti ntos. O conhecimento religioso é fruto fr uto da fé, da crença religiosa, do mundo das coisas coisa s que não podem ser confirmadas ou negadas, que dependem de dogmas e crenças de cada indivíduo ou religião. religião. O conhecimento conhecimento filosófico obedece a princípios da razão, da lógica lógica e origina-se do raciocínio e da reflexão, consistindo em conceitos e teorias que buscam dar sentido aos fenômenos gerais do universo. O conhecimento de senso comum é obtido ao acaso, por p or meio de ações não planejadas, da tentativa e erro, do que se observa observa aleatoriamente a leatoriamente no mundo. mundo. Por sua vez, o conhecimento científico tem sua origem em procedimentos planejados e nasce de pesquisas, com coleta e análises pautadas em métodos. Isso significa que o conhecimento científico não é fruto do acaso, mas de ações com objetivos declarados, de coletas e análises com procedimentos-instruprocedimentos-instrumentos pré-estabelecidos e com foco em uma temática precisa. Essencialmente, o conhecimento científico nasce da pesquisa. pesquis a. Temos Temos então que “pesquisa “pesquisa é a mãe da ciência”,, pesquisa ciência” pesquis a é o que estrutura est rutura todo o conhecimento que pode ser denominado científico. Tal qual a laranja é o fruto da laranjeira, o conhecimento científico é o fruto da pesquisa.

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SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

Pesquisa científica não é ir ao Google e coletar recortes de textos sobre determinado assunto. Pesquisa científica não é fazer uma coleta aleatória sobre determinado tema. Pesquisa é “a investigação feita com o objetivo expresso de obter conhecimento específico e estruturado  sobre um assunto preciso” (BAGNO, 2012). Em geral e de forma sintética/didática, pode-se dizer que o ato de pesquisar segue três etapas, a saber: Figura 1: Etapas básicas de uma pesquisa ETAPA 1 Elaboração do (pré) projeprojeto de pesquisa:

ETAPA 2 Aplicação (coleta e análise dos dados):

ETAPA 3 Produção e divulgação do relatório de pesquisa

Fonte: Elaboração do autor

Etapa 1- Elaboração do (pré) projeto de pesquisa: nesta etapa, como um construtor que faz a planta de uma casa antes de edificá-la ou como um viajante que traça uma rota de viagem antes de viajar, o pesquisador elabora um planejamento,, uma proj mento projeção eção do que será sua pesquisa pesquisa.. Etapa 2 – Aplicação (coleta e análise dos dados): após elaborar a planta o construtor faz a casa, após traçar a rota o viajante percorre-a. O pesquisador, após planejar, executa as ações de coleta e análise dos dados que projetou: é a etapa da execução. Etapa 3 – Produção e divulgação do relatório de pesquisa: fazer pesquisa não tem sentido se os resultados não forem relatados e divulgados, seja em eveneven -

tos científicos ou em publicações. Uma pesquisa sempre deve culminar em uma publicação e/ou apresentação apresentação em eventos científicos. Neste contexto, estas etapas contem elementos estruturais próprios e, em relação às atividades descritas neste livro, apresentam as características expressas na figura 02.

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CIÊNCIA: O FRUTO DA PESQUISA

Figura 2:Síntese das etapas de pesquisa Etapas

Elementos Estruturais • • • • •

1º. Projeto

• • • •



2.º Aplicação

3º. Relatório e publicação dos resultados

Obser vações

Título do Projeto/Autores Tema Delimitação de Tema Revisão de Literatura Problematização Hipóteses Objetivos Justificativa Método (sujeitos, (sujeitos, instruinst rumentos, procedimentos e carcaterização da pesquisa). Referências Refe rências Biblio Bibliográficas gráficas

Para pesquisadores iniciantes em pesquisa no âmbito das Ciências Sociais sugere-se a utilização de questionários como instrumento de pesquisa. Sugere-se também a aplicação de questionários on-line  via formulár formulários ios Google. No referencial teórico, para estudantes do Ensino Médio, sugere-se revisão de literatura contendo no mínimo três citações bibliográficas.

Aplicação dos procedimentos definidos na metodologia para a coleta de dados, bem como para tabulação e análise dos dados coletadas. Relato da pesquisa com a descrição de todos os elementos do projeto de pesquisa, dos dados coletados e analisados e das conclusões.

No caso dos trabalhos relacionados com o presente projeto, os relatos são apresentados em um formato próprio de “Resumo”, em um evento específico denominado Café com Sociologia. Vide exemplos dos relatos nos Anais do Café com Sociologia.

Fonte: Elaboração do autor

Cada um dos elementos estruturais e ações relativas a cada uma das etapas da pesquisa contribui para que o conhecimento científico seja mais fidedigno (seguro, autêntico, autêntico, real, verdadeiro, verídico, verídico, fiel, f iel, confiável), por isso, na sequência, s equência, eles serão descritas descrita s de forma a serem facilmente facil mente compreendidas. compreendidas.

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MAPA: MAP A: 󰀨PRÉ󰀩 󰀨PR É󰀩 PROJETO DE PESQUISA PES QUISA

Navegar sem rumo é possível, mas você pode perder um tempo danado em não chegar a nenhum lugar interessante. Quem constrói uma casa, segue uma planta. Quem viaja, planeja, traça rotas, escolhe um mapa. Quem pesquisa, tamtambém. O mapa do pesquisador é o projeto de pesquisa. Elaborar um projeto de pesquisa pressupõe seguir certa estrutura textual, organizando componentes que deixem claro a proposta do pesquisador. Embora distintos formatos possam ser identificados em projetos de pesquisa, geralmente os mesmos apresentam os seguintes gui ntes elementos: elementos: Figura 3:Estrutura básica de um projeto de pesquisa INSTITUIÇÃO Curso

TÍTULO DA PESQUISA

1 TÍTULO DA PESQUISA

2 REVISÃO DE LITERATURA

Tema: Delimitação do Tema:

Lembre-se das citações.

3 PROBLEMATIZAÇÃO

HIPÓTESES Nome do(a) Autor(a)

Cidade Ano

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4 OBJETIVOS

5 MÉTODO

6 REFERÊNCIAS

 

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1. Tema: trata-se do “assunto “assu nto”” que será objeto de pesquisa. 2. Delimitação de tema: A delimitação do tema deve mostrar com clareza o que será pesquisado. Trata-se do elemento do assunto que será abordado na pesquisa, dos limites claros do que se pretende entender. Ressalta-se que não é viável pesquisar tudo relacionado com um tema e que justamente por isso é necessário delimitá-lo. 3. Revisão de Literatura: consiste em “(re) ver” o que já foi publicado em relação ao tema da pesquisa. pesquis a. Trata-se de ler ler e conhecer a “literatura” “l iteratura” relevante (livros, artigos de periódicos, artigos de jornais, registros históricos, relatórios governamentais, teses e dissertações), sobre sobre o tema que será pesquisado. É um texto que retrata os resultados dos principais estudos relacionados com o tema de pesquisa.

Neste o pesquisador descreve resumidamente o que já foi pesquisado o tema.texto, No caso de propostas voltadas a pesquisadores pesqu isadores iniciantes (alunos do sobre Ensino Médio), Médio), em fase de aprendizagem do processo de pesquisar, pesquis ar, recomenda-se recomenda-se um texto com citações de no mínimo três pesquisas pes quisas recentes e relevantes relacionadas com o tema de pesquisa.  As citações podem ser diretas/literais (curtas ou longas) ou indiretas. Uma citação direta é uma “ transcrição literal da parte da obra do autor consultado” (NBR

10520, 2002, p.2): é a cópia fiel de um trecho do texto de um autor, com a preser vação de todos os elementos elementos textua textuais is (ortograf (ortografia, ia, sinais gráf g ráficos, icos, pontuação) pontuação) deste trecho, acompanhada da d a indicação do autor. autor. Uma citação citação direta curta cu rta apresenta o limite máximo de três linhas lin has e é inserida entre aspas no interior do parágrafo, parágr afo, acompanhada do sobrenome sobrenome do seu autor (ou (ou dos autores), autores), da data e do número da página pá gina em que ela foi retirada. retirada . Por exemplo: exemplo: De acordo com Harlos (2009, p.21 p.21), “não podemos passar a vida surdos às coisas que nos movem” movem”.. Ou 

Nesse sentido, acredita-se que “loucura real é docência sem reflexão. Sem pesquisas, sem análise, sem escrita” (HARLOS, 2009, p.21).

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MAPA: (PRÉ) PROJETO DE PESQUISA

A citação direta longa apresenta mais de três linhas que devem aparecer em um parágrafo distinto, com espacejamento simples de entrelinhas, recuo de 4 cm da margem ma rgem esquerda e descrito des crito em fonte 10. Exemplo: Exemplo: Para Bagno (2012, p.21), se quisermos que nossos alunos tenham algum sucesso na sua atividade futura – seja ela do tipo que for: científica, artística, comercial, industrial, técnica, religiosa, intelectual ... -, é fundamental e indispensável que aprendam a pesquisar. Por sua vez, a citação indireta se caracteriza como uma espécie de paráfrase das ideias do autor citado, ou seja, aquele que cita apresenta as ideias do citado sem copiar as palavras deste: o pesquisador, por meio de suas próprias palavras, interpreta o discurso discu rso do citado e o apresenta mantendo o mesmo sentido. sentido. Por exemplo: exemplo: Para Giddens (2012) pensar de maneira sociológica pressupõe que cultivemos nossa imaginação, nos afastando das coisas cotidianas, familiares, para enxerNas revisões de literaturas citam-se outras pesquisas para indicar o conhecimento do que já foi pesquisado sobre a temática e também para que o autor-pesquisador autor -pesquisador forme, diante dia nte do já pesquisado pesquis ado sobre o tema, compreensões de elementos problemáticos problemáticos que podem ser pesquisados pes quisados para o avanço científico em determinada área. Estes elementos problemáticos compõe uma etapa posterior do projeto de pesquisa chamada problematização.

4. Problematização: problematizar  é elucidar, é contextualizar a situação-problema que gerou o tema através da construção de uma pergunta que norteará todo o processo de pesquisa. Portanto, a problematização problematização deve culminar culmi nar em uma pergunta; deve ser clara cla ra e precisa (os (os conceitos e termos usados não podem causar dúvidas); deve ser limitada a uma dimensão viável (que é possível de ser pesquisada no espaço-tempo e com os recursos que o pesquisador dispõe); deve ser suscetível de solução (é necessário que haja maneira de produzir uma solução para o

problema dentro de critérios metodológicos e de cientificidade problema cientif icidade); ); deve ser coerent coerentee com a delimitação delim itação do tema e com os objetivos da pesquisa. pes quisa. Por exemplo, exemplo, se o tema 27

 

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de uma pesquisa é o Feminismo, delimitado nas interpretações de adolescentes (estudantes de escola esc ola profissionalizante profissionaliz ante)) em relação ao Feminismo, a pergunta de pesquisa pode ser s er expressa da seguinte seg uinte maneira “como adolescentes adolescentes estudantes de uma escola técnica profissionalizante interpretam o Feminismo?” 5. Hipóteses: são respostas supostas, prováveis e provisórias, que são antecipadas no projeto e que deverão ser comprovadas ou refutadas na pesquisa. As hipóteses devem mostrar aquilo que o pesquisador visualiza antes de realizar a pesquisa como resposta mais provável ao problema em estudo. Em pesquisas exexploratórias e descritivas não há necessidade de apresentar as hipóteses. 6. Objetivos: trata-se de definir de forma ampla o que se pretende alcançar (meta, (m eta, fim) f im) com a pesquisa e refer refere-se e-se também a apontar os objetivos da pesquisa de forma coerente com o tema delimitado e o problema de pesquisa. Não se trata

do que o conseguir pesquisador vai fazer (istointelectual se prevê nos procedimentos), o que ele pretende como resultado final de sua pesquisa.mas Com alunos do Ensino Médio recomenda-se um macete para ajudar na elaboração do objeti vo geral, gera l, a saber:  para formular o objetivo, copie o problema de pesquisa, coloque um verbo no infinitivo antecedendo o problema de pesquisa e retire o ponto de interrogação. Por exemplo, se o problema de pesquisa culmina na pergunta “como

adolescentes estudantes de uma escola técnica profissionalizante interpretam o Feminismo?”, teríamos como objetivo “identificar como adolescentes estudantes de uma escola técnica profissionalizante interpretam o Feminismo”. 7. Justificativa: trata-se de explicar os motivos que tornam relevante o desenvolvimento da pesquisa: é o momento do convencimento de que o trabalho de pesquisa é importante. Na justificativa, não é a importância do tema que deve ser defendida, mas da pesquisa. p esquisa. É um item relevante do projeto, projeto, pois é nele que se apresenta a relevância e a validade val idade da pesquisa, pesquis a, é “onde se vende o peixe”. peixe”. 8. Método: consiste na descrição descr ição do conjunto conjunto de procedimentos e instrumeninst rumentos que serão adotados para a coleta coleta e análise anális e dos dados. Trata-se também de caracterizar racteriz ar o tipo de pesquisa e os sujeitos sujeitos da pesquisa. Nesta seção são consideraconsideradas todas as circunstâncias operacionais da pesquisa, isto é, grosso modo, o “com quem”, o “aonde”  e o “como” da pesquisa. Obviamente, para descrever o método de pesquisa os alunos precisam ter noções básicas de Metodologia de Pesquisa. No 28

 

MAPA: (PRÉ) PROJETO DE PESQUISA

presente livro estas noções são apresentadas na seção com título “Noções Básicas de Metodologia de Pesquisa” Pesqu isa”..

9. Referências Referências bibliográficas: Referências bibliográficas são um conjunto padronizado de elementos descritivos de um documento, que permite a sua identificação individual. Constituem-se em uma lista ordenada dos documentos efeti vamente citados no texto (NBR 1071 10719, 9, 1989 1989,, p. 13). 13). Nesta lista constam consta m dados que permitem identificar cada autor e obra citada no transcorrer de qualquer parte (introdução, (introd ução, revisão revis ão de literatura, literatur a, justificat just ificativa, iva, método) método) do projeto ou do relatório de pesquisa. Por exemplo, em relação a cada livro citado no transcorrer do projeto ou do relatório de pesquisa devem ser s er apresentados os seguintes segu intes elementos: elementos:

AUTOR DA OBRA. Título da obra: subtítulo. Número da edição. Local de Publicação: Editor, ano de publicação. Trata-se de “indicar o sobrenome, em caixa alta, seguido do prenome, abre viado ou não desde desde que haja haja padronização neste procedimento, separados entre si por ponto e vírgula seguidos de espaço” (NBR 6023, 2012, p.14). Veja o exemplo: HARLOS, Franco Ezequiel. Zero-a-seis: o passo a passo da docência na Educação Infanti Infantil.l. Bauru: Canal Canal6, 6, 2007 2007.. Por sua vez, em relação a cada artigo citado no transcorrer do projeto ou do relatório de pesquisa devem ser s er apresentados os seguintes segu intes elementos: elementos: AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista, (abreviado ou não) Local de Publicação, Número do Volume, Número do Fascículo, Páginas iniAssim, se você citou o artigo produzido por Harlos, Denari e Orlando (2014) no transcorrer da sua revisão de literatura, nas referências bibliográficas deverá constar a referência deste artigo:

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HARLOS, Franco Ezequiel; DENARI, Fátima Elisabeth; ORLANDO, Rosimeire Maria. Análise da estrutura organizacional e conceitual da educação especial

Obviamente, os exemplos de referências bibliográficas apresentadas no presente livro não representam a multiplicidade das características das publicações que podem ser citadas. Estas podem ter mais do que um, dois ou três autores, podem não ser livros ou artigos, podem não ter ano de publicação, etc. Sugere-se que, tendo aprendido estes com os exemplos aqui apresentados, o aluno-pesquisador possa buscar fontes que indiquem as formas de citação de publicações com outros formatos.

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NOÇ ÕES BÁSICAS NOÇÕES BÁSICAS DE METODOLOGIA DE PESQUISA

Como você faz bolo de chocolate? Você segue um conjunto de procedimentos e técnicas e utiliza instrumentos de uma forma específica. Sem o uso de certos procedimentos, técnicas e instrumentos, não há como fazer um bolo de chocolate. Fazer pesquisa também pressupõe a escolha e o uso de procedimentos, técnicas e instrumentos instr umentos adequados. Estes elementos são componentes componentes do método da pesquisa. pesquisa . Para definir o método de uma pesquisa o pesquisador deve saber identificar que sujeitos (população e amostra4) serão participantes da pesquisa, em que contexto os dados serão coletados, quais instrumentos e procedimentos de pesquisa serão utilizados e que tipo de pesquisa será realizado. Para facilitar a organização da apresentação do método no projeto de pesquisa, sugere-se que cada um destes elementos citados (participantes, instrumentos, procedimentos e tipo de pesquipesquisa) seja apresentado um campo com subtítulo distinto. A definição dos em sujeitos de pesquisa deverá levar em conta os objetivos da pesquisa e o tempo disponível para a coleta. Evidentemente, alguém que faz uma pesquisa com o objetivo de identificar as opiniões dos adolescentes em relação à determinada temática, deverá ter adolescentes como sujeitos da pesquisa. No entanto, não é possível ter todos os adolescentes do mundo como participantes par ticipantes da pesquisa, então é necessário delimitar uma amostra de sujeitos da pesquisa. Desta forma, o conte conteúdo údo do subtítulo sujeitos irá apresentar, no projeto de pesquisa, a População com a qual qua l a pesquisa vai va i ocorrer ou, no relatório relatório de pesquisa, a caracc aracterização dos sujeitos que efetivamente participaram da pesquisa, isto é da Amostra. 4

Amostra diz respeito a um subconj subconjunto unto finito da população, fração ou uma parte do grupo. 31

 

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Na apresentação dos instrumentos de pesquisa são descritas aquelas ferramentas que serão utilizadas tanto para a Coleta de dados quanto para a Análise (ou Tratamento) dos dados. Por exemplo, questionários, entrevistas, testes ou escalas. Um questionário é uma compilação ou série de questões que funciona fu nciona como instrumento para coletar informações de pessoas sobre opiniões, ideias, sentimentos, planos, crenças, origem social e educacional. Nas pesquisas desenvolvidas por pesquisadores iniciantes e adolescentes, recomenda-se, sempre que viável para os objetivos da pesquisa, a adoção de questionários com questões fechadas para coleta de dados, de vido à facilidade de apli aplicação cação e análise dos dos dados coleta coletados dos a partir partir deste deste tipo de instrumento. Destaca-se que nas pesquisas referentes ao projeto que deu origem a este livro, os estudantes estuda ntes foram foram orientados a utilizar utiliza r questionários online para a coleta de dados, tais como os que podem ser elaborados a partir das ferramentas do Google 5. No subtítulo procedimentos de pesquisa são indicados quais serão os passos para a efetivação do Projeto de Pesquisa. Trata-se de descrições sobre como os dados serão coletados e analisados (se por meio de busca a fontes bibliográficas, por meio de observação e registro de eventos, por questionamento, ou por inter venção no objeto de estudo estudo)) e, de apresentação de um cronograma da pesquisa pesquisa,, com a previsão de datas e períodos em que cada procedimento será realizado. No subtítulo que apresenta o tipo de pesquisa (caracterização da pesquisa) as pesquisas são caracterizadas de acordo com classificações que se dão em relação a critérios diversos, tais como em relação à abordagem e aos procedimentos procedimentos utilizados. utiliz ados. No que se refere refere à abordagem, as pesquisas pesqu isas são s ão predominantemente predominantemente classificaclassif icadas como quantitativas ou qualitativas. A figura 02 apresenta uma diferenciação destas duas abordagens. Figura 4: Classificação em relação à abordagem ABORDAGEM

DESCRIÇÃO

Quantitativa

na pesquisa de abordagem quantitativa espera-se do pesquisador a coleta sistemática de informação numérica, em condições de muito controle, além da análise dessa informação por meio de procedimentos estatísticos.

Qualitativa

coleta e analisa sistematicamente materiais narrativos. Tem caráter mais subjetivo, utiliza util izando ndo procedimentos de coleta de dadados com menor controle imposto pelo pesquisador, pode utilizar dados numéricos, mas a forma de coleta é menos rigorosa.

Fonte: Elaboraç  Elaboração ão do autor. 5

Formulários do Google: https://www.google.com/intl/pt_br/f https://www.google.com/intl/pt_br/forms/abou orms/about/ t/.. 32

 

METODOLOGIA DE PESQUISA

Por sua vez, no que concerne aos procedimentos para a coleta de dados, uma pesquisa pode receber uma grande quantidade de classificações. Destacam-se as seguintes: Figura 5: Classificação em relação aos procedimentos para coleta de dados PROCEDIM IMEN ENT T OS

Levantamento (pesquisa de opinião): Pesquissa documental:

DES ESC CRI RIÇ ÇÃO é aquela que busca informação diretamente com um grupo de interesse a respeito dos dados que se deseja obter, obter, utiliza util izanndo questionários, formulários ou entrevistas.

é aquela que utiliza fontes de informação que ainda não receberam tratamento analítico e publicação, tais como documentos arquivados em repartições públicas, associações, igrejas, hospitais, sindicatos, tabelas estatísticas.

Pesquisa experimental:

adota procedimentos que reproduzem um fato ou fenômeno da realidade de forma controlada, com o objetivo de descobrir os fatores que o produzem ou que por ele são produzidos. é aquela que analisa publicações escritas /gravadas. Dentre outros materiais, são consideradas fontes bibliográficas liPesquisa Pesq uisa Biblio Bibliográfica gráfica  vros, publicações periódicas periód icas (jornais, (jornais , revistas, revista s, panfletos panf letos etc.), etc.), relatórios de simpósios / seminários, anais de congressos. É aquela que estuda com profundidade os diversos aspecEstudo de Caso tos característicos de um determinado objeto de pesquisa restrito. é um tipo de pesquisa que adota procedimentos em que os Pesquisa-ação pesquisadores e os participantes envolvem-se na investigação de modo participativo ou cooperativo, interagindo em função de um resultado esperado.

Pesquisa Pesq uisa Etnográfica Etnográf ica

éção umasmétodo de formas pesquisadeque têm como objeto de investigadiferentes sociabilidade, ritos, cultura, crenças e costumes de um determinado grupo social. Trata-se da obtenção e tratamento de dados a partir do contato intersub jetivo entre o cientista socia sociall e a cultu cultura ra e costu costumes mes de um determinado grupo, ora seu objeto de estudo.

 Elaboração ão do autor. Fonte: Elaboraç

Estas classificações facilitam a outros pesquisadores o entendimento de como determinada pesquisa será desenvolvida ou de como foram obtidos os resultados expressos em um relatório de pesquisa. Além disso, elas são denominações que, por se referirem à práticas com procedimentos próprios, dão direcionamento a aplicação da pesquisa. 33

 

APLICAÇÃO 󰀨COLETA 󰀨COLET A E AN ANÁLISE ÁLISE DOS D OS DADOS󰀩

Trata-se inicialmente da aplicação dos procedimentos definidos na metodologia para a coleta de dados. É possível, especialmente em pesquisas qualitativas, que, por fatores inesperados, o planejado tenha que ser modificado no transcorrer tra nscorrer da aplicação da pesquisa. Nestes casos, todas as alterações relacionadas com o projeto inicial devem ser registradas. A análise e tabulação dos resultados deve iniciar após o momento de coleta, consistindo no momento em que se busca entender como os dados coletados respondem ao problema problema de pesquisa. Para Pa ra tanto, é necessário necessá rio que se olhe os dados de múltiplas perspectivas, ora considerando-os em seu conjunto, ora considerandoconsiderando-os em relação da pesquisa ou em relaçãoetc.) a características cas (renda, sexo,a cada idade,sujeito religião, grau de escolarização, de grupos deespecífisujeitos pesquisa. Por exemplo, se você aplicou um questionário, você pode analisar as porcentagens de respostas do total de sujeitos em relação a cada pergunta, deve analisar as respostas de cada sujeito da pesquisa separadamente, analisar/comparar as respostas de grupos específicos, por exemplo, de grupos de mulheres e de homens. É do ato de analisar de múltiplos ângulos os dados coletados que vão se formando inferências e conclusões que ajudam a responder a pergunta de pesquisa. Por isso a coleta e análise dos dados se finda com a apropriada formulação de conclusões, com a descrição do que pode ser concluído a partir dos dados coletados. 35

 

PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO DO RELA REL ATÓRIO DE PESQUISA PESQUI SA

Uma pesquisa só termina quando o conjunto de seus elementos é relatado e apresentado-divulgado a outros pesquisadores, seja em eventos científicos, revistas ou livros. É a partir do compartilhamento dos dados coletados em pesquisas que a ciência avança. Por isso, o conhecimento dos processos de elaboração de relatórios de pesquisa é fundamental para qualquer pesquisador. Relatório de pesquisa é o document docu mentoo que descreve como uma pesquisa pesquis a foi realizada, al izada, indicando i ndicando os dados coletados, coletados, as análises aná lises efetuadas e as conclusões decorrentes da pesquisa. pesquisa . Trata-se do desenvolvimento desenvolvimento de um relato que permita outros pesquisadores conhecerem os elementos da pesquisa. Um relato de pesquis pesquisa a geralmente gera lmente contempla ado identif identificaç icação de do(s) do(s) autor(es), autor( es), da instituição a que os autores estão vinculados, título daãopesquisa e do ano de realização da mesma; um capítulo de introdução (uma apresentação geral da pesquisa, definindo de forma clara e concisa o tema/problema que foi objeto da pesquisa e utilizando elementos – justificativa, problematização, etc. – do projeto de pesquisa); um capítulo de revisão de literatura e/ou fundamentação teórica (com características estruturais similares ao elaborado no projeto de pesquisa6); a descrição descrição dos objetivos da pesquisa; um capítulo capítulo (metodolo (metodologia) gia) descrevendo o método utilizado para coleta e análise dos dados; um capítulo descrevendo e analisa ana lisando ndo os resultados coletados; um contendo contendo cconsiderações cconsiderações finais fina is ou concluconclu6

Vide capítulo Mapa: (pré) projeto de pesquisa; 37

 

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sões (uma exposição clara e ordenada das deduções/inferências decorrentes dos resultados obtidos na pesquisa); e, as Referências bibliográficas (autores e fontes citadas no texto). texto). Destaca-se que a conclusão apresenta sinteticamente toda a pesquisa, principalmente os resultados (dados a discussão e interpretação própria). Para coletados) facilitar a ecoerência da(interpretação pesquisa comodos umautores todo, pode-se iniciar a conclusão com a reapresentação dos objetivos da pesquisa. De qualquer forma, neste momento o autor da pesquisa precisa expor o que ele infere a partir dos dados coletados e citados nos resultados e não a partir de outras fontes não expressas anteriormente na pesquisa ou não coerentes com o objetivo da mesma. Apesar de existirem elementos estruturais comuns à maioria dos relatórios de pesquisa, eles podem assumir diferentes formatos, tais como o de monografia, dissertação, tese ou artigo científico. No contexto das propostas descritas neste lili vro, para atividades ativ idades com adolescentes, adolescentes, optou-se optou-se por um modelo exclusivo exclusivo de relarelato, que se aproxima do formato de resumos e ou dos textos de banners ba nners produzidos para congressos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O que está em jogo no desenvolvimento de pesquisas por Estudantes Est udantes do Ensino Médio, é a aprendizagem do processo de pesquisa. No Ensino Médio, mais do que produzir pesquisas com resultados significativos e com métodos impecáveis, deve-se incitar a compreensão compreensão dos caminhos camin hos da pesquisa e das formas de construção de conhecimento científico. Deve-se plantar a semente do gosto pela pesquisa relacionada com temas sociológicos. No Ensino Médio, é necessário incitar a percepção de que a pesquisa não é coisa restrita a gênios, mas que pode e deve ser parte do cotidiano de estudantes das mais diversas fases da escolarização. Espera-se fazer entender que “o caminho da pesquisa, pesquis a, uma vez aprendido, aprendido, pode ser adaptado a qualquer qua lquer situação de aprenaprendizagem” (GÜLLICH, 2007, p.12). Alguns dos relatos de pesquisa produzidos por estudantes do Ensino Médio para fins da proposta narrada no presente livro encontram-se na sequência, anexos ao presente livro. Leia-os e inspire-se.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA ASSOCIAÇÃO BRASILEIR A DE NORMAS TÉCNICAS. TÉCN ICAS. NBR 10520: informação e documentação, citações em documentos, apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10719: apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro, 1989. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002. BAGNO. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1998.   DEMO, P. Educar pela Pesquisa. Campinas, Ca mpinas, SP: Autores Associados, 1997. DEMO, P. Pesquisa: princípio científico e educativo. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2006. DEMO, P. Educar pela Pesquisa. 9º edição. Campinas, SP: Autores Autores Associados, 2011. 2011. GALIAZZI, M. C. & MORAES, R. Educação pela pesquisa como modo, tempo e espaço de qualificação da formação de professores de ciências. Ciência e Educação, v. 8, n. 2, p. 237-- 252, 2002. 237 2002 . GALIAZZI, M. C.; MORAES, R.; RAMOS, M. G. Educar pela pesquisa: as resistências sinalizando o processo de profissionalização de professores. Educar, Curitiba, n. 21, p. 227-241. 2003. GIDDENS, A. Sociologia . 6º ed. São Paulo: Penso, 2012. 41

 

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HARLOS, F. E. Vida docente: Escrever é preciso. 1. ed. Bauru-SP: Canal6, 2009.   HARLOS, F. E.; DENARI, F. E.; ORLANDO, R. M. Análise da estrutura organizacional e conceitual da educação especial brasileira (2008-2013). Revista Brasileira de Educação Especial, v. 20, p. 497-512, 2014.

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ANAIS DO V CAFÉ COM SOCIOLOGIA VIVA7

O evento Café com Sociologia Viva ocorre anualmente nas dependências do Instituto Federal do Paraná, Para ná, no Campus Foz do Iguaçu. Iguaçu . Com o objetivo de incitar o interesse pela pesquisa sociológica, o evento consiste em apresentações de pesquisas científicas produzidas por estudantes do Ensino Médio e, nesta 5ª edição, incluiu também debates e apresentações artísticas. Há ainda o objetivo de colaborar para a compreensão de transformações sociais ora em curso, de resistências à mudança, de continuidades e rupturas em padrões culturais e em instituições sociais e sobre o processo de construção do conhecimento sociológico. Embora as pesquisas abordem temáticas diversas associadas com os conteúconteúdos curriculares obrigatórios nas aulas de Sociologia no Ensino Médio, em cada edição o evento apresenta um eixo temático central. Nesta edição o eixo temático é “opiniões sobre temáticas sociais diversas”. Trata-se de identificar e refletir sobre opiniões que se transformam em atos de preconceito, preconceito, respeito, discriminação, discrimi nação, ativismo político ou até mesmo em atitudes criminosas. Leia as pesquisas e pense nas suas opiniões sobre os assuntos nelas abordados.

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Todas as pesquisas relatadas na sequência foram orientadas pelo organizador do presente livro. 43

 

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DESIGUALDADE SOCIAL E SEUS IMPACTOS NA VIDA ESCOLAR DE ESTUDANTES POBRES BOCHI, Iury Foscarini BELLING, Luiz Gabriel

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar opiniões sobre o impacto da desigualdade social na escolarização de alunos pobres. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação (on-line) de um questionário. O questionário foi respondido por 460 pessoas, pessoa s, sendo 374 374 homens e 85 mulheres. Entre os respondentes, 73,4% 73,4% acreditam que a pobreza afeta o desendes en volvimento escolar. 50,1 50,1% % são a favor de cotas cotas sociais socia is para estudantes est udantes em universidades públicas, 45,1% são contrários a tais cotas e 4,8% preferiram não declarar. 84,3% dos respondentes acreditam que pessoas mais pobres têm mais dificuldades de acesso a instituições de ensino de boa qualidade. 85,4% declaram que não acham justo haver uma diferenciação na qualidade dos estudos para estudantes de diferentes classes. Para 68,5% dos participantes da pesquisa, a renda familiar afeta o processo de escolarização dos estudantes, 28,5% discordam desta interpretação

eda3% não responderam responderam ou não opinaram. opinara m. Neste contexto, contexto, 67 ,9% dos part participantes pesquisa acreditam que quem se esforça, mesmo sendo67,9% pobre, tem asicipantes mesmas chances de sucesso do que pessoas ricas, 29,4% não acreditam nesta igualdade de possibilidade para pessoas de diferentes classes e 2,8% não opinaram. 72,5% acreditam que a pobreza provoca dificuldades de acesso a ítens básicos para a boa escolarização. 49,3% declaram que um sistema escolar dividido em escolas públicas e privadas favorece o sucesso dos alunos ricos r icos em universidades públicas, para 37,3% 37,3% a atual atua l formatação do sistema escolar e scolar não favor favorece ece alunos a lunos ricos, 13,4% não opinaram. 85,1% dos participantes da pesquisa declaram que todos deveriam estudar em escolas com as mesmas condições, independentemente de suas condicondições econômicas familiares, ao passo que 10,3% não concordam com esta interpretação e 6,8% não não opinaram. Para 66% dos dos respondentes respondentes um ambiente ambiente familiar famil iar 44

 

 ANAIS DO V CAFÉ COM SOCIOLOGIA VIVA

marcado pela pobreza gera membros com baixa escolarização e para 88% deles, a escola é uma das melhores chances para pessoas pobres mudarem para classes sociais mais ma is elevadas. As respostas coletadas indicam i ndicam que, em sua maioria, os participantes da pesquisa entendem que a desigualdade social afeta negativamente odeprocesso de escolas escolarização de alunosdistintas pobres, ou sejapela porprópria impactar em realização estudos em com condições escassez de oportunidades e recursos a que pessoas em condição de pobreza estão submetidas. Destaca-se que, apesar desta compreensão, alguns dos participantes divergem da oferta de escolas com as mesmas condições para todos os alunos. Palavras-chave: Desenvolvimento escolar, escolar, Pobreza, Desigualdade. Desigu aldade.

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REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL: ENTRE OPINIÕES E PRECONCEITOS SIQUEIRA, Jhenifer SALLES, Antonielle

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões em relação à redução da maioridade penal.  Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 122  122 pessoas, sendo 65,6% mulheres e 34,4% homens. 88% dos

respondentes têm idade 13 e 18 anos e 24% entreque 18 eo40 anos.  Osmotivo principais resultados obtidos foramentre os seguintes: 32,5% acham principal que levou menores menores de idade a cometerem crimes é a inf in f luência dos amigos ou conheciconhecidos e a impunidade de familiares; fami liares; 24,2% 24, 2% acham que por falha fal ha no ensino; 21,7 21,7% % falta da presença do Estado; 11,7% 11,7% dos participantes da pesquisa acreditam que pela  violência dentro dentro de casa cas a e a possibilidade de acesso a bens materiais e 10% acham que por falta de oportunidade profissional. 33,1% acham que a maioridade penal deve ser reduzida para 16 anos; 47.1% acham que deve ser reduzida para 12 ou 17 anos e 19,8% são contra a redução da maioridade penal. 37 37,2% ,2% acham acha m que reclusão com medidas socioeducativas e trabalhos comunitários é o tipo de penalidade adequada para um adolescente em conflito conf lito com a lei; 21,5% 21,5% acham que internação i nternação em uma casa de correção é a penalidade adequada, enquanto 41,3% acham que pena integral para crimes hediondos é a penalidade penalidade adequada. 60,3% acham que reduzindo-se a maioridade penal, pena l, os crimes cr imes cometidos por adolescentes tendem a diminuir; 25,6% acham que os índices tendem a ficar inalterados e 14,1% acham que tendem tendem a aumentar. aumentar. 63% afirmam afirma m que com a redução redução da maioridade penal os menores pensarão duas vezes antes de cometer um crime; 36,9% consideram que, no caso de redução da maioridade penal, a criminalidade continuará existindo da mesma maneira. 88,2% acham que com relação ao número de crimes cometidos por adolescente, adolescente, os números de crimes praticados são estaticamente estat icamente significativos, significat ivos, enquanto 11,8% 11,8% acham que os números de crimes são insignifica insigni ficantes, ntes, comparados a outros tipos de crimes. 63, 63,11% acham que em alguns a lguns casos c asos leis severas diminuem d iminuem 46

 

 ANAIS DO V CAFÉ COM SOCIOLOGIA VIVA

a criminalidade; 26,2% acham que diminuem e 10,7% acham que não diminuem. 63,1% acham que se uma pessoa próxima a ela cometesse um crime aconselharia a pessoa a pagar pelos seus atos; 29,5% denunciariam imediatamente à polícia e 7,4% não se envolveriam com a história. 69,7% concordam com a redução da maioridade 14,8%dos nãorespondentes concordam econcordam 15,6% não com tem uma opinião Acredita-se penal; que muitos a redução da formada. criminalidade porque desconsideram desigualdades sociais e condições de pobreza que, muitas vezes, incitam ou induzem pessoas à criminalidade. Entende-se também que a mídia desempenha o papel de favorecer a adesão à ideia de redução da maiomaioridade penal porque ressalta casos de criminalidade juvenil que são marcados por grande violência – casos estes que são a exceção e não a regra.  

Palavras-chave:  redução, adolescent adolescente, e, maioridade penal. pena l.

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HOMOSSEXUALIDADE, HETERONORMATIVIDADE E PRECONCEITOS CORREIA, Kauana Julia Weirich OLIVEIRA, Theodora Gabriela Castanho de Souza

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar opiniões e preconceitos relacionadoss com a homossexualidade relacionado homossexua lidade e/ou e/ou outras orientações sexuais sex uais não heteronormativas. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 207 pessoas, sendo 49.8% 49.8% do sexo feminino e 50.2% do sexo masculino. mascu lino. Destes, 7.2% têm idade entre 13 e 15 anos, 53.1% têm entre 15 e 18 anos e 39.6% tem mais de 18 anos. Em relação à orientação sexual, sexua l, 71.5% 71.5% declaram-se declara m-se heterossexuais, heterossexuais , 17.4% 17.4% declaram-se bissexuais, 3.4% alegam ser homossexuais, 0.5% declara ser transexual ou transgênero, 1.4% declaram-se assexuais, 5,7% declaram outras orientações sexuais. Quanto à atração sexual, 39.6% alegaram já terem sentido atração sexual por pessoas do mesmo sexo e 60.4% declararam nunca terem sentido atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Para 52.7% dos participantes da pesquisa as pessoas acei-

tam com mais a bissexual bissex ualidade idade que a homossexua homossexualidade lidadedeclaram e 47.3% 47.3% discordaram destafacilidade interpretação. 75.4% dos do participantes da pesquisa que todos os seus amigos e familiares famil iares sabem a respeito da sua orientação orientação sexual, sexua l, 20.8% disseram que apenas alguns amigos e familiares sabem sua orientação sexual, 3.9% alegam manter sigilo sobre sua orientação sexual. 44% afirmam que pelo menos um de seus amigos a migos ou colegas demonstra preconceito em relação relação à homossexualidade. Diante da pergunta sobre haver ou não homossexuais no seu grupo social, 16.4% afirmam haver nele apenas uma pessoa homossexual, 52.7% alegam haver mais de uma pessoa homossexual, 10.1% dizem que a maioria das pessoas que compõem compõem seu grupo social são homossexuais, 9.7% 9.7% declaram que não sabem se alguém integrante de seu grupo social é homossexual e 11.1% afirmam que não possuem homossexuais em seus grupos sociais. 77.3% declaram que pelo menos 48

 

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um de seus familiares possui preconceitos homofóbicos e 22.7% dizem que seus familiares não apresentam nenhum tipo de comportamento homofóbico. Neste contexto, 0.5% declara sentir-se incomodado em dirigir um carro sozinho(a) na companhia de um gay, gay, 1.4% 1.4% admitem incomodar-se ao sentar-se sentar-se ao lado de de um gay no ônibus durante relativamente longa, 2.4% sentirem sentirem-se incomodados em teruma umviagem gay dormindo na mesma casa: os afirmam demais participantes da pesquisa declaram que não se sentiriam incomodados em nenhuma destas situações. Dentre os participantes da pesquisa, 14.8% afirmam afirma m que não não aceitariam um gay como familiar e 14.2% dizem que não aceitariam um travesti neste grupo como familiar. 4% não aceitariam gays no seu grupo de amizades, 7.9% não aceitariam travestis como amigos e 88.1% não se sentiriam incomodados em relação à orientação sexual das pessoas deste grupo. 4.5% dos participantes da pesquisa não aceitariam aceitaria m gays como doadores de sangue, 7.1 7.1% não aceitariam aceitaria m travestis como doadores de sangue. 2.7% afirmaram que afastariam gays da sociedade, 0.7% disdisse que afastaria lésbicas da sociedade, 2.1% declaram que afastariam travestis da sociedade e 94.5% alega que independentemente da orientação sexual não os afastariam da sociedade. Os dados coletados indicam que uma pequena parcela de participantes da pesquisa declara não aceitar gays, travestis, transgêneros ou transexuais em seus grupos sociais e que a aceitação diminui quanto mais estas minorias sociais são aproximadas dos círculos sociais cotidianos. Destaca-se que, embora a maioria dos participantes da pesquisa não declare comportamentos e opiniões homofóbicas ou transfóbicas, eles declaram que dentre os seus amigos, familiares e colegas, existem grandes porcentagens de pessoas que manifestam preconceitos contra homossexuais. Acredita-se que muitas pessoas aprenderam o discurso politicamente correto de aceitação da diversidade sexual e que por isso podem camuflar preconceitos sem superá-los. Palavras-chave: preconcei preconceito, to, orientação sexual, sexua l, homossexualidade.

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RACISMO RACISM O E BULL BULLYING YING EST ESTÃO ÃO RELACIONADOS? SCHMIDT, Anderson SILV SIL VA, Mar Mariana iana

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar se fatores raciais podem favorecer a ocorrência de bullying . Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário.  O questionário foi respondido por 36 sujeitos e dentre eles, 72,2% são do sexo feminino e 27,8% são do sexo

mascu masculino; têm47,2% men 15 anos debrancos idade e e8,3% têmsemais de 18 anos. Em relaçãolino; à cor13,9% d a pele, da 47menos ,2%os sede consideram 47,2% 47,2% c onsideram consideram pardos. Entre os entrevist entrevistados, ados, 72,2% possuem alguma algu ma pessoa da família famí lia com a cor de pele diferente da sua e 25% não possuem ninguém na família fam ília com cor de pele diferente. Dos que responderam, 80,6% possuem amigos próximos com cor de pele diferente da sua e 19,4% possuem a maioria dos amigos próximos com a cor de pele diferente da sua; 77,8% 77,8% convivem com algumas alg umas pessoas p essoas que possuem a cor de pele diferente da sua e 22,2% convivem com pessoas que, em sua maioria, ma ioria, possuem cor de pele diferente da sua. 34 pessoas (94,4%) aceitariam ter pessoas de cor de pele branca como parentes por casamento. 34 pessoas (94,4%) aceitariam ter pessopessoas negras como parentes por casamento. 31 pessoas (86,1%) aceitariam ter índios como parentes por casamento. 34 pessoas (94,4%) (94,4%) aceitariam aceitaria m ter pessoas de cor c or de pele branca no seu grupo de amizade ou como amigos de seus filhos. 36 pessoas (100%) aceitariam ter pessoas negras no seu grupo de amizade ou como amigos de seus filhos. 35 pessoas (97,2%) aceitariam ter pessoas negras como colegas ou parceiros no seu grupo de estudo ou trabalho. 35 pessoas (97,2%) aceitariam ter pessoas de cor de pele branca como colegas ou parceiros no seu grupo de estudo ou trabalho. 66,7% dos que responderam disseram que já sofreram bullying . 72% disseram que já sofreram bullying  diversas  diversas vezes. 28% apenas uma vez. 20 pessoas (80%) disseram que quem praticou bullying  com   com elas era do sexo masculino e 15 pessoas (60%) disseram que era do sexo feminino. 72% das pessoas se sentiram mal quando sofreram bullying . 20% disseram que isso não as incomodou. 8% ficafica50

 

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ram com medo. 68% sofreram bullying  verbal.  verbal. 16% sofreram bullying  físico.  físico. 68,6% das pessoas que responderam que nunca praticaram bullying . Conclui-se que o sexo masculino mascu lino é o que tem maior tendência tendência a praticar bullying , pois 20 das 25 das pessoas que responderam a pergunta perg unta sobre o sexo do agressor disseram dissera m que sofrebullying  por ram  por alguém do sexo disseram masculinojáepraticaram 7 das 10 pessoas do. Acredita-se sexo masculino que responderam o questionário bullying  que racismo e bullying se relacionam, uma vez que entende-se que muitas práticas racistas representam bullying . No entanto, observa-se que, ao menos na coleta realizada nesta pesquisa, não é possível identificar maior presença de vivência de situações de bullying  dentre  dentre indivíduos negros.  

Palavras-chave:  Bullying, Racismo, preconceitos.  

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DIVERSIDADE RELIGIOSA E DIVERSIDADE RELIGIOSIDADE RELIGIOSIDAD E NO IFPR I FPR ROSA, Ellyane MALTEZO, Adnan

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar o perfil religioso dos estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná – IFPR (Campus Foz do Iguaçu). Trata-se de um levantamento de opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário

foi respondid respondido o por 55 sujeit os, todos a lunosOsdoprincipais alunos IFPR, dosresultados quai s 42,6% quais 42, 6% são doforam sexo masculino e 57,4% sãosujeitos, do sexo feminino. obtidos os seguintes: segu intes: em relação à religião: 26,4% são católicos; 11,3% 11,3% acreditam em Deus, mas não seguem religião; 22,6% são protestantes; 11,3% são ateístas; 17% são agag nósticos; 5,7% são católicos não praticantes; 1,9% prefere não declarar; 1,9% são espíritas e 1,9% tem outra religião. Neste contexto, 94,2% dos entrevistados tiveram algum tipo de educação religiosa na infância e 5,8% não tiveram. Quanto à frequência de participação em cultos cu ltos religiosos: 9,4% 9,4% participam par ticipam raramente ra ramente ou em datas especiais; 9,4% participam cerca de uma vez ao ano; 18,9% participam cerca de uma vez por semana; 11,3% até até três vezes por semana; sema na; 11,3% 11,3% nunca participam; par ticipam; 13,2% cerca de uma vez a cada quinze dias; 20,8% participam apenas em cerimônias especiais, e 5,7% participam diariamente. Quanto à frequência com que fazem orações: 28,8% fazem orações uma vez por dia; 25% nunca fazem orações; 7,7% até 3 vezes vezes ao dia; dia ; 3,8% mais de 3 vezes ao dia; 7,7% 7,7% fazem suas orações cerca de uma vez ao mês; 7,7% 7,7% somente somente em algumas algu mas ocasiões; 7,7% 7,7% fazem suas sua s orações até 3 vezes na semana; 5,8% raramente, e 5,8% fazem suas orações cerca de uma  vez por semana. Sobre a prática dos preceito preceitoss religiosos, 44,2% dos part participanicipantes não está preocupado em praticar preceitos religiosos; 19,2% busca praticar a maior parte dos preceitos; 19,2% pratica somente aqueles com os quais concorda; 9,6% pratica poucos preceitos, e 7,7% busca praticar todos os preceitos. Quando questionados sobre sobre o papel da religião em suas sua s vidas, vidas , 34,6% dos alunos respondeu “não é importante e não baseio minhas opiniões ou atitudes em nenhuma relireli52

 

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gião”; 7,7 % “tem alguma importância na minha vida, mas eu não baseio minhas decisões ou opiniões na religião”; 25% “tem relativa importância para mim, mas nem sempre está de acordo com as minhas opiniões ou atitudes”; 15,4% “é o que há de mais importante na minha vida e na qual eu procuro basear todos os meus atos e opiniões”; 17,3% “é algoparte muito a minha e na questioqual eu procuro me basear na maior dosimportante meus atos para e opiniões” opiniões”. . . vida Quando nados se em algum momento já sofreram ofensa dentro do IFPR motivada pela sua religião, 76,9% responderam que não; 23,1 % responderam que poucas vezes e 3,8% que sofreram com frequência. Conclui-se que a diversidade religiosa no IFPR se encontra próxima à média nacional, com predominância do catolicismo e do protestantismo; que a religião não é tão importante na vida da maior parte dos alunos, e que ela tem um papel relativamente relativa mente pequeno pequeno na tomada de decisões dos mesmos. Palavras-chave: diversidade religiosa, IFPR, religiosidade.  

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HÁBITOS COTIDIANOS DE USO DA INTERNET BARBOSA, Claudio Henrique Desordi PRESTES, Andressa Abreu

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar hábitos cotidianos de uso da internet. internet. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 420  pessoas, sendo 31,6 420 31,6% % homens e 68,9% mulheres. mul heres. Neste contexto, 7,5% 7,5% possuem

idade e 13 anos, 46,6%depossuem idade8,4% entree 1,2% 14 e 18 anos, de 19 asuperior 22 anos 21,6%,entre de 2310a 30 anos, 14,7%, 31 a 50 anos possuem idade a 50 anos. 15,2% dos respondentes afirmam que diariamente passam entre 1 e 2 horas conectados à internet, 31,7% de 3 a 5 horas, 21,8% de 6 a 8 horas e 31,4% mais de 8 horas diárias. 75% dos respondentes acessam a internet mais de 5 vezes por dia, 8,9% acessam 3 vezes ao dia, 16% acessam em média 4 vezes ao dia. 66,6% dos respondentes responden tes afirmam af irmam que preferem preferem ter um computador com acesso à internet i nternet a ter uma estante esta nte cheia de livros e 33,4% preferem preferem uma estante com livros liv ros a um compu computa ta-dor com acesso à internet. i nternet. Indagados sobre o que costumam fazer fa zer na internet, 90,1% 90,1% dos respondentes costumam acessar redes sociais, 44,9% trocam e-mails, 12,3% participam de fóruns de discussão, 65,9% navegam pelos sites de seus interesses, 55,6% leem notícias, 53,4% pesquisam em sites de busca, 72% trocam mensagens instantâneas, 43,7% fazem pesquisas acadêmicas, 74,2% assistem a vídeos ou ouou vem músicas, músicas, 54,8% fazem downloads downloads de conte conteúdo údoss de seus interesses, interesses, 19,6 19,6% % utilizam serviços bancários, 37,4 pesquisam preços de produtos, 27,1% fazem compras, 28% consultam mapas, 30% participam de jogos online, 18,6% usam para outros interesses. 50,8% acreditam que a internet é a base principal para estudar, 47,9% consideram necessário o uso de outros recursos além da internet e 1,2% não consideram a internet importante para os estudos. Questionados sobre a frequência com que preferem estar na internet a sair com um amigo, 56,9% afirmam que preferem raramente, 21,9% preferem às vezes, 14,3% preferem frequentemente e 6,8% preferem navegar na internet sempre. Indagados sobre com qual frequência constroem 54

 

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novas amizades amiz ades usando a internet, 29,3% dos responden respondentes tes afirmam af irmam que constroem raramente, 27,6% que ocasionalmente, 13,9% sempre, 22,9% frequentemente e 6,3% não constroem amizades na internet. 48,7% dos participantes da pesquisa afirmam que raramente dormem pouco ou não dormem pouco por ficar na internet, 25,8% às vezes deixam de dormir para ficarem naparticipantes internet, 25,5% frequentemente dor mem pouco por ficar na internet. 54,1% dos da pesquisa afirmamdorqueraramente ficam nervosos ou deprimidos quando estão off-line, 23,3% que se sentem nervosos às vezes, 12,3% frequentemente frequentemente e 10,3% 10,3% sempre. sempre. Os dados coletados indicam que, para os participantes desta pesquisa, a internet é, ao mesmo tempo, espaço de lazer, estudos e de relações sociais. Indicam Indica m também que, ocasionalmente os participantes da pesquisa preferem o mundo virtual da internet em detrimento das coisas do mundo real.  

Palavras-chave: internet, cotidiano, hábitos.

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FEMINISMO E MACHISMO NA VISÃO VI SÃO DE CA CATÓLICO TÓLICOSS   OLIVEIRA, Eduardo Camargo DA SILVA, Tiago Henrique Gonçalves

Resumo: Na presente presente pesquisa objetiva-se identifica identificarr o ponto de vista dos católicos a respeito da igualdade de gênero. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line e análise dos resultados em uma abordagem qualitativa. O questionário foi respondido por 32  32  sujeitos sujei tos que se identificara identif icaram m como católicos, sendo 62,5% mulheres e 37,5% 37,5% homens; 84,4% são menores de idade (possuem menos de 18 anos) e 15,6% são maiores de idade; 96,9% são solteiros e apenas 3,1% são casados; 93,8% são brasileiros e 6,3% são estrangeiros naturalizados; natura lizados; grande g rande parte é do estado do Para Paraná, ná, sendo a maioria maioria de Foz do Iguaçu. Neste contexto, 84,4% foram incentivados pelos familiares a seguirem gui rem o catolicismo 12,5% seguiram segui ram por conta própria e 3,1% 3,1% não se identificaram identifica ram com a questão; quase a totalidade (96,9%) possuem família católica e apenas 3,1% não possuem. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 84,4% afirmam que a mulher deve ter os mesmos direitos di reitos dos homens homens e 15,6% se posicionam contra os direitos iguais entre os sexos; 75% consideram a atual sociedade machista e 25% não consideram. Dentre os que consideram: 70,8% afirmam ser por conta da falta da liberdade para a mulher e por direitos menos favoráveis; 66,6% dizem ser pela desigualdade nos salários para cargos iguais e 45,8% pela criação patriarcal; 68,8% dizem apoiar o feminismo e 31,2% não apoiam; a maioria ma ioria de 93,8% não consideram a mulher inferior ao homem e 6,2% consideram inferior. Conclui-se que, dentre os participantes da pesquisa, os jovens católicos em geral são integrados na religião pela família e em sua maioria são classe média e estudam. Os mesmos se manifestaram favora favoravelment velmentee à igualdade ig ualdade de gênero e o feminismo. Acredita-se que o contex c ontex-to escolar e educacional dos participantes da pesquisa pode tanto influenciar uma compreensão compr eensão mais clara cla ra da necessidade de igualdade igu aldade de gênero e de lutas lutas feministas, feminist as, quanto pode gerar certa coação no sentido de construir um discurso favorável aos elementos elemen tos em questão para par a não transparecer tra nsparecer opiniões “politicamente incorretas”. Palavras-chave: Feminismo, católicos, opiniões. 56

 

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ATIVIDADES FÍSICAS E HÁBITOS ALIMENT ALIMEN TARES NO IFPR  

PERALTA, Giovanna PERALTA, DOS SANTOS, João Vítor Vítor Soares

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar a influência do IFPR (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná) na prática de atividades físicas física s e nos hábitos hábitos alimentares dos alunos que estudam estuda m nesta instituição. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na

aplicação questionário  e análise resultados em umado abordagem qualitativa.deOum questionário foion-line respondido por dos 56 sujeitos estudantes IFPR, do campus de Foz do Iguaçu, 55 deles com idade entre 15 e 18 anos e um com idade entre 18 e 22 anos, 43 do sexo feminino e 13 do sexo masculino, 50 com ensino fundamental completo e 6 com ensino médio completo. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 28 pessoas afirmaram não praticar atividades físicas, 25 afirmaram praticar alguma atividade física, 10 afirmaram praticar atividades artísticas ou culturais. Dentre as que praticam algum tipo de atividade física, 14 afirmaram praticar de um a dois dias na semana e 11 praticam com uma frefrequência acima de três vezes por semana. 13 pessoas alegam manter alimentação saudável e/ou e/ou atividade física f ísica por causa do IFPR, enquanto 43 tiveram estes e stes fatores prejudicados, preju dicados, sendo eles: falta de tempo, pouca opção saudável, variedade baixa bai xa de restaurantes, ter a dieta regulada regu lada afetada, entre outros aspectos não declarados. 39 pessoas afirmaram afir maram desistir de alguma alg uma atividade física física por causa do IFPR. 40 pespessoas afirmaram af irmaram consumir alimen a limentos tos ricos em gorduras, gorduras, 26 afirmaram af irmaram consumir alimentos saudáveis, 8 afirmaram ter a alimentação regulada por especialistas ou restrita devido alergias e/ou intolerância. 36 estudantes dizem sentir sua saúde piorar após adentrar o IFPR, enquanto 20 discordam desta afirmação. 21 pessoas sugeriram um horário alternativo para a prática de atividades físicas no campus, 21 sugeriram exposição de um cardápio saudável nas dependências dependências do campus, ca mpus, 14 14 sugeriram a contratação de uma nutricionista. 34 estudantes dormem em média até 6 horas por noite, e 22 passam mais de 6 horas dormindo. 54 pessoas já trocatroca 57

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

ram horas de sono para fazer alguma atividade acadêmica e duas não trocaram. 51 pessoas sugerem que a direção deve dar mais atenção para par a a saúde do estudante e 47 alunos acham necessária a criação de um serviço social mais eficaz no IFPR. Dos 43 alunos da nova grade do ensino médio técnico, 40 acham que os professores acabam porIFPR acharem que atividades os mesmosfísicas têm oe contraturno liv re. passando livre. Conclui-semais que atividades os alunos do IFP R têm suas f ísicas hábitos alimentares deficitários, sendo os maiores causadores: a falta de tempo e a falta de opções para alimentação, respectivamente. A maioria dos alunos tem sentido sua saúde piorar após começar a estudar no IFPR e isso está relacionado à redução de horas de sono sono para a realização realiz ação de atividades acadêmicas. Os alunos a lunos sugerem sugerem mais atenção da Direção da instituição à saúde dos seus estudantes: sugere-se debates sobre saúde escolar e reorganização das práticas pedagógicas.   Palavras-chave: Alunos, Atividades Físicas, Hábitos Alimentares.

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NÃO EXISTE APENAS AZUL E ROSA NO ARCO󰀭ÍRIS: A ACEITAÇÃO DA HOMOSSEXUALIDADE NA ATUALIDADE TOEBE, Ana Luiza CASTRO, Giovana Borges

Resumo:  Na presente pesquisa objetiva-se averiguar perspectivas sobre a aceitação da homossexualidade e os direitos dos homossexuais. Trata-se de um Estudo de Caso com c om coleta de dados pautada na aplicação (on-line) de um questio-

nário. O questionário foi respondido por 95 pessoas, pessoas , sendo que 51,6% 51,6% são heterossexuais, 35,5% bissexuais, 9,7% homossexuais e 3,2% preferiram não declarar sua orientação sexual. Destes, 6,3% são homens e 93,7% são mulheres. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 90,5% aprovam o casamento entre homossexuais e 9,5% desaprovam. Dos respondentes, 78,9% discordam completamente da homofobia, enquanto 7,4% concordam totalmente e 13,7% não têm uma opinião completamente formada. Quanto à discriminação, 51,6% concordam que a mesma afeta os relacionamentos homossexuais, 37,9% concordam parcialmente e 10,6% 10,6% discordam total totalmente mente dessa afirmação. afi rmação. Para 93,7% 93,7% dos part participantes icipantes da pesquisa a homossexualidade não pode ser considerada uma doença, para 2,1% ela pode ser considerada uma u ma doença e 4,2% 4, 2% não souberam responder. responder. Dos entreentre vistados, 89 89,5% ,5% acreditam acredita m que casa casais is homoafetivos têm o direito de inclusão nos programas do Estado direcionado às famílias, outros 2,1% discordam 8,4% não tem uma opinião formada sobre o assunto. 88,4% dos participantes da pesquisa acreditam em conceitos de família que incluam famílias formadas por casais homossexuais, mossexua is, enquanto 5,3% não acreditam e 6,35% não tem tem uma opinião formada sobre o assunto. Sobre a aceitação da homossexualidade como algo a ser tratado normalmente na sociedade, 88,4% dos dos respondentes respondentes concordam, 9,5% 9,5% não têm opinião formada formada e 2,1% 2,1% discordam. Com relação à aceitação aceitação de gays, lésbicas lésbicas ou transexuais como familiares, 92,6% aceitariam e 7,4% não aceitariam. Já em seus grupos de amizades ou amigos de seus filhos, 96,8% aceitariam e 3,2% não 59

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

aceitariam. No que diz respeito à aceitação de gays, lésbicas ou transexuais como doadores de sangue ou órgãos, 96,8% aceitariam e 3,2% não aceitariam. Já como parceiros de trabalho ou estudos, 96,8% aceitariam e 3,2% não aceitariam. Com relação a terem homossexuais em suas famílias, 29% têm um familiar, 16,1% têm alg alguns, uns,têm 45,alguns 45,2% não, 16,1% têm%e 9,7% 9um, ,7% 19 pref preferem erem em seus de amigos, a migos, 41,9% 41 ,9% a2% lguns, 16,1 19,4% ,4% nãonão têm,declarar. 12,9% a Já maioria degrupos seus amigos s ão e são 9,7% não sabem. Conclui-se que a aceitação da homossexualidade é um tema que demanda debates e estudos, pois percebe-se também que uma margem de aproapro ximadamente 10% dos respondentes tende a manifestar respostas que indicam dificuldade de aceitação da homossexualidade e/ou de igualdade de direitos entre homossexuais e heterossexuais, heterossexua is, o que aponta aponta para a perpetuação perp etuação de compreensões discriminatórias discri minatórias e preconceituosas. preconceituosas. Acredita-se que que a escola pode ter ter um papel fundamental funda mental na redução dos preconceitos preconceitos e estereótipos em relação aos homossexuais. Sugerem-se práticas educativas relacionadas com o esclarecimento direitos de pessoas de diferentes gêneros, orientações sexuais e sexos.   Palavras-chave: homossexualidade, aceitação, direito.  

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RELAÇÃO ENTRE ALUNO E PROFESSOR   ZINN, Karine Paiva DE LARA, Mileny Krul COELHO, Paola Paola Elisa Eli sa

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se caracterizar as diferenças de padrões sociais socia is na interação entre professores professores e alunos de distintas escolas de Foz do Iguaçu. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line e análise dos resultados em uma abordagem qualitativa. O questionário foi respondido por 70 estudantes, sendo que 65 (92,9%) cursam o ensino médio e 5 (7,1%) frequentam o ensino fundamental; 39 (55,7%) estudam em instituição pública federal; 24 (34,3%) em rede pública estadual e 7 (10% (10%)) em entidade privada. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 63 (90%) dos entrevistados apenas estudam e cursam o ensino médio e suas idades variam de 13 a 19 anos; 56 (80%) pessoas gostam de ir à escola para ter um bom emprego no futuro e para encontrar os amigos; 10 (1 (14,2%) declararam declarara m que não gostam de frequentar a escola porque consideram as aulas entediantes e 4 (5,8%) relataram que gostam de ir à escola para adquirir conhecimento, porém se sentem muito pressionados; pressionados; 44 (60%) (60%) dos alunos já tiveram t iveram alguma alg uma experiência exper iência negativa que afetasse sua aprendizagem na disciplina e 35 (50%) dos estudantes não conversam sobre assuntos pessoais com seus professores, embora já tenham ido à escola com problemas pessoais e os professores não notaram; 39 (52,9%) relataram que quando não entendem o conteúdo ministrado pelo professor perperguntam para o colega; 16 (22,9%) pedem explicação em público; 9 (12,9%) esperam outro momento e 8 (11,4%) não esclarecem a dúvida. 42 (60%) falaram que às vezes interagem nas aulas dando exemplos do que acontece no dia-a-dia, 27 (38,6%) nunca interagiram e 1 (1,4%) não opinou. Quando questionados sobre como seriam suas aulas, caso os mesmos se tornassem professores, 13 (18,57%) relataram que suas aulas seriam dinâmicas; 18 (25,71%) lecionariam aulas mais

entusiasmantes; fariam suas em aulas maismais didáticas; 15Conclui-se (21,42%) teriam aulas excelentes, 16 e 8(22,85%) (11,4%) investiriam ouvir o aluno. que a 61

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

maioria dos alunos gosta de ir à escola para ter uma boa formação profissional, mas sentiriam-se mais motivados para participar das aulas se as mesmas fossem mais dinâmicas e os envolvessem mais. É possível perceber que muitos alunos sentem-se afetados pelo comportamento dos professores, uma vez que estes não lhes dão atenção necessária e não demonstram o interesse no seu crescimento pessoal e profissional ou não tornam as aulas cativantes. É essencial que ambos os lados estejam abertos ao contato e à interação para que haja uma comunicação que favoreça aluno e professor.   Palavras-chave: Relacionamen Relacionamento, to, estudante, prof professor. essor.

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 ANAIS DO V CAFÉ COM SOCIOLOGIA VIVA

ACEITAÇÃO SOCIAL󰀭 NECESSIDADE DE PERTENCIMENTO A UM GR G RUPO CORREA, Gabri Gabriela ela GUTIERREZ, Nathali

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar como algumas pessoas se sentem em relação a serem elas mesmas na sociedade e se são discriminadas por não serem quem a sociedade espera que sejam. seja m. Trata-se de um Estudo Est udo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questioquestio-

nário respondido pora 48  48 sujeitos, dos quais 65,6% 34,4% mens.foi 29,2% 29 ,2% têm de 10 15 sujei 15 anos,tos, 66,7% têm entre 16são a 20mulheres, anos e 4,2% maissãodeho20 anos. Os principais resultados resu ltados obtidos obtidos foram os seguintes: 58,3% identificam muito preconceito contra a mulher na sociedade, 33,3% identificam moderadamente o preconceito contra a mulher na sociedade, 6,3% identificam que o preconceito contra a mulher na sociedade é pouco e 2,1% não identifica preconceito contra a mulher na sociedade. 75% das mulheres já sofreu algum tipo de preconceito pelo fato de ser mulher e 25% não sofreu. 52,1% das pessoas se acham diferentes das pessoas da sociedade, 27,1% não se acham diferentes e 20,8% acreditam que em certa parte pa rte eles sejam diferentes das pessoas da sociedade. 64,6% 6 4,6% não sofreram nenenhum tipo de agressão por serem quem são, 33,3% já sofreram e 2,1% preferiram não declarar. 72,3% precisaram mudar seu modo de ser para não se sentirem excluídos ou diferentes diferentes dos outros e 27,7% 27,7% não precisaram. 54,2% já foram discri d iscrimiminados por gostarem de algum estilo musical ou por usarem certo tipo de roupas, 43,8% não foram e 2,1% preferiram não declarar. 71,8% não mudaram seu estilo por terem sido discriminados, 17,9% mudaram seu estilo e 10,3% preferiram não declarar. 52,4% pretendem deixar de se importar com a opinião alheia e passar a ser quem são, 28,6% não pretendem mudar e 19% preferiram não declarar. As pessoas que conseguiram deixar de se importar com os outros em geral, se sensentiram “aliviadas”, livres, sua saúde e autoestima melhoraram; 70,8% acham que para fazer parte de algum grupo social é necessário mudar seu estilo e comportamento e 29,2% não acham; 72,9% acreditam que, predominantemente, os ami63

 

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gos que possuem não os aceitam como são e 27,1% não se sentem aceitos; 62,5% sentem que a maioria das pessoas mais velhas do que eles os aceitam socialmente e 37,5% não se sentem aceitos pelos mais velhos; 52,1% acreditam que ser aceito pelos colegas de classe é um pouco importante, 25% acham que não é importante, 22,9% acham que é muito importante. 38,3% acham que ser aceito pelo grupo de amigos é muito importante, importa nte, 25,5% acham que é extremamente importante, 23,4% acham que é um pouco importante, 8,5% acham que é pouco importante e 4,3% não acham importante. i mportante. Conclui-se que preconceitos preconceitos e padrões tendem a forçar forçar os participantes part icipantes da pesquisa a determinadas determi nadas formas de conduta e de identidade identidade e que os mesmos acreditam que são discriminados quando não se adaptam aos padrões sociais. Paradoxalmente, também ressalta-se que, predominantemente, os participantes afirmam afirma m que que se sentem mais felizes quando assumem suas identidades identidades reais nas relações sociais. Parece evidente ev idente que, dentre dentre os participantes da pesquisa, pesquisa , existe a necessidade de pertencimento a determinado grupo.   Palavras-chave: aceitação, sociedade, grupo.

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IGNORÂNCIA QUE GERA DISCRIMINAÇÃO SPOHR, Leticia Gabriele MEDEIROS, Libna Naara da Silva

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar opiniões sobre discriminação racial em contexto escolar. escolar. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 53 53 sujeitos, sendo 49 do sexo femini feminino no e 04 do sexo masculi masc ulino, no, todos

com idade entre 15rdos, e 21 anos. Vintee 01 e cinco participantes se declararam brancos, bra ncos, 20 pardos, pa 07 negros ama relo amarelo (oriental). da (oriental). Empesquisa relação ao preconceito de alguma ordem étnica na sociedade brasileira, 58,5% das pessoas pensam que o mesmo existe contra afrodescendentes de um modo geral (negros, pardos, mulatos e cafuzos), 28,5% afirmaram não perceber nenhum tipo de preconceito e 13,2% afirmaram que ele exista contra negros. Considerando a questão sobre acreditar ou não que as formas de preconceito preconceito étnico (por causa da pele de Estado E stado de origem) no Brasil estão a mudar, 50,9% responderam que o preconceito ainda é muito forte e prevalente, mas está diminuindo, 22,6% acreditam que ainda são muito fortes, prevalentes e não vão mudar, 17% 17% pensam pensa m que não são mais ma is tão prepre valentes, mas ma s vai demorar muito tempo para dimi diminuir nuir e 9,4 9,4% % dizem di zem que não são mais tão t ão prevalentes e que o preconceito tem diminuído dimi nuído consideravelmente; consideravelmente; 54,7% alegaram que nunca foram vítimas de práticas racistas e 45,3% já sofreram práticas racistas ou preconceituosas. Sobre os programas de cotas afrodescendentes ou indígenas nas universidades, u niversidades, 32,1% 32,1% concordaram totalmente, tota lmente, 28,3% não tem uma opinião formada sobre o assunto, 11,3% concorda em partes, 13,2% discorda em partes e outros 13,2% discorda totalmente e 1% é indiferente; 94,3% dos entrevistados afirmaram que consideram importante a abordagem escolar do assunto racismo 5.7% consideram consideram esta est a temática irrelevante; 64,2% 6 4,2% dos sujeitos responderam responderam que não percebem diferenças no tratamento às pessoas de diferentes cores de pele e 35,8% responderam que percebem; 39,6% responderam que nunca observaram alguma alg uma prática racista na escola, es cola, 37,7% 37,7% perceberam a prática poucas vezes e 22,6% 65

 

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observaram tal atitude várias vezes; 41,5% acredita que sua escola não falha em conscientizar sobre práticas racistas e 58,5% acreditam que essa prática faz falta na escola. 92,5% dos entrevistados entrevistados disseram dissera m que aceitaria aceitariam m ter como parentes parentes por casamento pessoas com a cor da pele negra. 92,5% dos jovens aceitariam receber doação de sangue ou órgãos de pessoas com a cor da pele negra, 83% aceitariam receber doação de brancos, 81,1% receberiam de pardos e 77, 4% de indígenas ou orientais. 94,3% das pessoas aceitariam ter negros como vizinhos na mesma rua ou prédio, 84,9% aceitariam orientais, 83% receberiam indígenas e 79,2% teriam brancos ou pardos em sua vizinhança. 96,2% dos jovens aceitariam ter colegas ou parceiros de trabalho ou estudo de cor negra, 84,9% aceitaria pessoas com a cor da pele amarela, 81,1% toleraria indígenas e 79,2% aceitariam brancos ou pardos como colegas ou parceiros. Se pudessem, 1,9% das pessoas afastariam negros do país por causa da cor c or de sua pele e 98,1 98,1% não afastaria afasta ria pessoas de qualquer qua lquer origem. origem. Destaca-se que, apesar de em pequenos índices, os dados indicam para participarticipantes com perspectiva extremamente racista, a ponto de não aceitar casamentos, doação de sangue ou órgãos de pessoas negras. Conclui-se que poderia haver maior incentivo das escolas para que houvesse a conscientização e o declínio das práticas racistas, racis tas, já que, mesmo não sendo a maioria, um número considerável de pessoas já sofreram com o tema abordado.  Palavras-chave:  racismo, discriminação, escola.

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ATIVI TIVID DADES CUL CULTUR TURAIS AIS EM COLÉGIOS PÚBLICOS  

QU QUADROS, ADROS, Ca rlos Carlos SANTOS REIS, AnaEduardo Beatriz

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar a satisfação dos estudantes de escolas públicas com relação às atividades culturais escolares. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário quest ionário foi respondido por 62 62 estudantes, sendo s endo 59% 59%

mulheres 41 % homens. 87% dos part icipantesdedadança participantes pesquis pesquisa a apresentam idade en-s tre 15 15 e 1e8 41% anos. 75% 75 % apoiam a implantação e teatro como disciplina disciplinas nas escolas públicas, 9% não apoiam, 5% são indiferentes. 86% das pessoas concordam e 14% não concordam concordam com a Lei 13.278/20 13.278/20116, que inclui as artes a rtes visuais v isuais,, a dança, a música e o teatro nos currículos dos diversos níveis da educação básica. 52% das pessoas já tiveram alguma atividade artística em seu ambiente escolar, 11% ainda têm, 28% já tiveram por um curto período de tempo e 9% das pessoas nunca tiveram algo do tipo. Quanto às atividades culturais no espaço escolar, 26% têm teatro, 16% têm dança, 28% fazem dança, 30% não fazem nenhuma das atividades citadas ou fazem outros tipos de atividades. Sobre a importância de frequentar uma biblioteca, 50% atribuíram importância máxima, 27% atribuíram importância mediana e 23% atribuíram pouca importância. Já com relação a ir ao cinema, 76% atribuíram importância máxima, 11% atribuíram importância memediana e 13% atribuíram pouca importância. Quanto a ir ao circo, 45% atribuíram importância máxima, 26% atribuíram importância mediana e 29% atribuíram pouca importância. Quanto ao motivo da influência da cultura na vida das pessoas, 33% acreditam ser os pais, 3% namorado(a)/marido(a), 13% familiares ou parentes, 19% amigos ou colegas, 7% escolas, prof professores essores ou orientadores, 9% Igreja e 16% 16% acreditam em outros motivos/razões. Observa-se Obser va-se insatisfação insatisfaç ão em relação às atividades culturais desenvolvidas nas escolas e aprovação da implantação de disciplinas especifica especi ficamente mente voltadas voltadas para atividades ativ idades como teatro e danças danças.. Perante os os dados, conclui-se que deveriam deveriam ser criadas criada s medidas em que parte da verba escolar 67

 

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fosse direcionada a atividades culturais e que estas ajudariam na inclusão social e na socialização entre os jovens de todas as idades.   Palavras-chave: Escolas Públicas, Atividades Culturais, Satisfação.  

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A VIDA EMOCIONAL DOS ADOLESCENTES  

ARNOLD, Carolina Souza DENIS,Sheila Lucy Raquel Ferreira

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identif identificar icar opiniões de jovens, adolescentes e adultos sobre a depressão. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 87  87  sujeitos; sendo 19,5% com idades entre 10 e 15 anos,

70,1% com idades entre 15 e 18 anos e 10% com mais de 18 anos. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 98,8% declararam que depressão é um assunto que se deve discutir com adolescentes e 1,1% declararam que não é um assunto para se discutir com adolescentes; 86,2% declararam que deveria haver disciplinas escolares que abordassem depressão e saúde mental e 13,8% declararam que não há necessidade de disciplinas discipli nas que abordem depressão e saúde mental; mental; 64,4% declararam não estarem preparados para lidar com os dilemas emocionais típicos da adolescência e 35,6% disseram que estão preparados para lidar com os dilemas emocionais da adolescência; 93,1% declararam acreditar que a escola pode contribuir para gerar condições de tristeza e 6,9% declararam que não acreditam que a escola contribui com isso; 86,5% declararam que não gostam das mesmas coisas de antes a ntes e 13,8% 13,8% declararam declara ram que gostam das da s mesmas coisas; 39,9% se sentem alegres muitas vezes, 39,5% poucas poucas vezes, veze s, 23,3% a maior parte par te do tempo e 2,3% nunca se sentem alegres; 65,5% afirmaram que não perderam o interesse em cuidar da sua aparência e 34,5% afirmaram que perderam o interesse em cuidar da aparência; 59,8% afirmaram que o prazer e alegria não tem estado fora de suas vidas, vidas , e 40,2% afirmaram afirma ram que o prazer prazer e alegria tem estado fora de suas vidas; 51,7% afirmaram que se sentem tristes, desmotivados e infelizes enquanto 48,3% afirmaram que não se sentem tristes, desmotivados e infelizes; 71,3% afirmaram que seu sono está perturbado, que dormem pouco, sofrem com insônia, sono excessivo ou com muitas interrupções enquanto 28,7% afirmaram que não sofrem com insônia, sono excessivo ou com muitas interrupções; 58,6% afirmam não se 69

 

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sentirem deprimidos, mesmo quando coisas boas acontecem para eles, enquanto 41,4% afirmaram que se sentem deprimidos, mesmo quando coisas boas acontecem para eles; 96,6% afirma af irmam m que depressão depressão é uma doença e 3,4% julgam-na julgam-na uma “frescura”. Conclui-se que depressão é um assunto assu nto que deve deve ser discutido disc utido não apenas com os adolescentes, mas também com familiares, professores e comunidade. Não se deve fechar os olhos para um assunto sério como esse, principalmente quando há pessoas que qualificam depressão como “frescura”.   Palavras-chave: Depressão, Adolescentes, Vida Emocional.

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POLÍTICA E JUVENTUDE  

ZANON, Marseli BRITO, Matheus

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar o interesse e a participação do jovem na política . Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line e análise dos resultados em uma abordagem qualitativa. O questionário foi respondido por 79 sujeitos, com 53,2% tendo entre 17 e 21 anos, 25,3% 22 a 26 e 21,5% entre 12 e 16 . Os principais resultados obtidos foram os seguintes: dos 79 participantes da pesquisa, 22 (27,9%) afirmam ter pouco interesse pela política, 26 (32,9%) afirmam ter interesse mediano por política, 31 (39,3%) ter alto interesse por política. Neste contexto, 45 (56,3% (56,3%)) participantes part icipantes da pesquisa afir a firmara maram m que consideram consideram baixo bai xo o interesse dos jovens pela política, 28(35,4%) afirmaram que consideram mediano e 6 (7 (7,6%) ,6%) que o interesse dos jovens pela política polític a é alto. 58 (73,4% (73,4%)) responderam respondera m que se sentem pouco representados pelas atuais juventudes partidárias e partidos políticos, 18 (22,8%) que se sentem medianamente representados e 3 (3,8%) que se sentem bem bem representados representados pelas juventudes juventudes partidárias part idárias e partidos par tidos políticos. Sobre o interesse em fazer parte de um grupo com intuito de inovar as ideias do país, 30 (38%) responderam não ter muito interesse, 24 (30,4%) que têm um interesse meme diano e 25 (31,7%) que têm um interesse elevado em fazer parte de grupos assim. 41 (51,9%) dos jovens responderam que participam de algum partido político e 38 (48,1%) que não participam. 74 (93,7%) afirmaram que acreditam que a participação dos jovens na política polít ica pode mudar a sociedade contem contemporânea porânea e 5 (6,3% (6,3%)) acreditam que não. 46 (58,2%) (58,2%) responderam que não conhecem o portal porta l da transtr ansparência e 33 (41,8%) que conhecem. 42 (53,2%) responderam que não assistem a propagandas partidárias e 37(46,8%) que assistem. 60 (75,9%) responderam acreditar que a propaganda política influencia o voto e 19 (24,1) que não influencia. 36 (45,6%) afirmaram conhecer o trabalho dos vereadores em suas cidades e 43

(54,4%) responderam não conhecer. (59,5%) que tem. possuem algum tipo de interesse pela política de sua 47 cidade e 32responderam (40,5%) que não Conclui-se 71

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que os jovens têm se interessado pela política, mas com pouco espaço, o que faz com que se distanciem da mesma, causando consequências como não conhecerem o portal da transparência ou o trabalho dos vereadores da própria cidade.   Palavras-chave: Jove Jovem, m, Política, Interesse.

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HÁBITOS FEMININOS: ENTRE ESTÉTICA ESTÉTIC A E APARÊNCIA APARÊNCIA FÍSICA FÍ SICA   HONORATO, Giovanna SANTOS, Mayra Ribeiro dos

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar hábitos femininos em relação à aparência física. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 520 mulheres. 61.9% das participantes da pesquisa têm menos de 19 anos,

31.3% tem entre 20 e 39 anos, 6.7% acima de 40 anos. 56.2% encontram-se solteiras, 25.4% estão namorando e 17.4% são casadas. 37.7% declaram que usam cosméticos de forma mediana, 31% usam usa m muito, 16.3% usam pouco, 7.7% 7.7% raramente, rara mente, 4.6% não usam cosméticos e 2,7% usam exageradamente. Neste contexto, 52.2% declaram que o seu gasto mensal com cosméticos é abaixo de R$ 50,00, 37% até R$ 100,00, 8% até R$ 300,00 e 2,8% acima de R$ 300,00. 70.5% têm cosméticos na bolsa e apenas 29.5% não têm têm cosméticos na bolsa. 56.3% fazem uso us o de cosméticos desde a adolescência, 26.2% declaram sempre ter usado cosméticos, 14% usam desde um ano atrás e 3.5% nunca usaram. Não obstante, 68.3% das entrevistadas  já foram inf influenciadas luenciadas a comprar alg algum um cosmético por meio de propagandas e 31.7% declaram nunca terem sido influenciadas a comprar cosmético por propaganda. 85.9% das entrevistadas declararam se preocupar com os traços de envelhecimento ou espinhas e apenas 14.1% das entrevistadas afirmaram o contrário. 40.2% declaram ir ao salão sa lão de beleza beleza às vezes, 38.4% declaram ir ao salão de beleza raramente, 12% declaram não ir e 9.5% sempre vão ao salão de beleza. 96.3% das entrevistadas entr evistadas declaram que não realizaram cirurgias plásticas para fins estéticos e 3.7% 3.7% declara declaram m que que já reali realizara zaram m cirurgias plásticas para fins estéticos. 55 55.7% .7% das entrevistadas já pensaram em fazer alguma cirurgia plástica, 40.6% das enentrevistadas declararam nunca ter pensado em fazer e 3.7% declararam já ter feito cirurgia plástica. 42.5% das entrevistadas declaram que gostariam de realizar modificações estéticas nos seios, 23.7% no rosto, 23.5% nas nádegas, 13.5% nas pernas, 20.6% em nenhum lugar e 26.9% em outros lugares. 75.8% das entrevistadas

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acreditam que, com as novas tecnologias de informação, aumentaram as suas preocupações com estética e 24.2% declararam que tais tecnologias não aumentaram suas preocupações com estética. 85.6% das entrevistadas declaram que a aparência física inf influencia luencia nos relacionamentos relacionamentos (sociais (sociais e afetivos) e apenas 14.4% 14.4% declararam o contrário. Os dados coletados indicam que a preocupação com estética e aparência física transforma tra nsforma o investimento investimento em cosmético e o anseio por alterações corporais, um hábito comum dentre a maioria das mulheres, indiferen i ndiferentemen temente te de faixaa etária e renda. Destaca-se que os meios de comunicação parecem influenciar faix inf luenciar as mulheres ao consumo de cosméticos e a preocupação com o alcance a lcance de padrões estéticos que pressupõe cirurgias e outras intervenções corporais. Palavras-chave: Mulheres, Aparência, Apa rência, Vaidade. Vaidade.

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MACONHA: ENTRE CONCEITOS, PRECONCEITOS PREC ONCEITOS E DROGAS DRO GAS LÍCITAS LÍCITAS GARCIA, Veronica RAMIRES, Kauane

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões sobre a maconha e sobre os usuários da mesma. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 1472 1472 sujeitos, sendo 54,3% mulheres mul heres e 45,7% homens. Os

principais resultados obtidos foram os seguintes: 4% dos respondentes afirmam que não usaram/usam drogas lícitas, 27% que já usaram/usam cigarro, 67,1% que  já usara u saram/usam m/usam bebidas alcoólicas a lcoólicas e 9% que já usar usaram/usa am/usam m fármacos fá rmacos para uso recreativo. Dos respondentes, 79,1% já usaram ou conhecem alguém que já usou maconha e 20,9% não. 56,1% nunca foram induzidos a usar maconha e 43,9% já foram. 45,7% dos respondentes afirmam ter conhecimento sobre os efeitos causados em curto prazo pelo uso da maconha e 54,3% dizem não saber. Dos 45,7% de respondentes que afirmam ter conhecimento sobre os efeitos causados em curto prazo pelo uso da maconha, 11% citam efeitos positivos (como relaxamento, bem-estar, prazer e maior fluxo f luxo de ideias), ideias), 62% citam efeito efeitoss negativos (como (como alu a lu-cinações, letargia, taquicardia, lentidão, vermelhidão nos olhos, euforia e fome), 21% citam efeitos positivos e negativos e 6% dizem que a maconha não apresenta nenhum efeito em curto prazo. Com relação aos efeitos causados em longo prazo pelo uso da maconha, 45,7% afirmam ter conhecimento e 54,3% dizem não conhecê-los. Dos 45,7% de respondentes que afirmam ter conhecimento sobre os efeitos causados em longo prazo pelo uso da maconha, 90% apontam efeitos negativos (como perda de memória, câncer, depressão, esquizofrenia, dependência e problemas respiratórios), respiratórios), 6% dizem que os efeitos em longo prazo dependem da forma e da frequência de uso da substância e 4% dizem que a maconha não apreapresenta nenhum efeito em longo prazo. Destaca-se que, dentre os participantes da pesquisa, 53,5% concordam que a maconha possui propriedades viciantes, 32,9% concordam parcialmente parcial mente e 13,6% 13,6% não concordam. concordam. 46,5% concordam que a maco-

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nha é prejudicial para par a a saúde do usuário, 41,2% concordam concordam parcialmente pa rcialmente e 12,3% não concordam. Além disso, 71,6% dos participantes da pesquisa concordam que drogas lícitas (como o álcool e o cigarro cigar ro)) apresentam males muito maiores do que a maconha e 28,4% não concordam. Dos respondentes, 66,4% não aceitariam um usuário de maconha em sua família, enquanto 33,6% aceitariam. 52,9% afirmam não apresentar nenhum tipo de preconceito com usuários da maconha, 24,3% também dizem não apresentar, mas procuram manter-se afastados dos mesmos e 22,8% dizem d izem apresentar preconceito. preconceito. 78,3% não consideram um usuário u suário de mamaconha um criminoso e 21,7% consideram. 24,9% se consideram desinformados quando o assunto é maconha e 75,1% não. 76,3% consideram a sociedade brasileira desinformada quando o assunto é esse e 23,7% não. Concluiu-se que, em relação ao usuário de maconha, pairam paira m preconceitos preconceitos que estigmati estigmatizam zam esse grupo g rupo social como “criminosos ou vagabundos”. Destaca-se também o grande número de respondentes que consomem drogas lícitas, tais como álcool e cigarro. Mesmo concordando que estas drogas fazem tanto ou mais mal que a maconha. Neste contexto, observa-se desconhecimento sobre os efeitos da maconha e das drogas lícitas. Informação parece, portanto, ser o caminho para redução dos problemas associados com as drogas lícitas e ilícitas. Palavras-chave: Maconha, Drogas ilícitas, Drogas lícitas.

 

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OPINIÕES E HÁBITOS POLÍTICOS EM FOZ DO IGUAÇU MACHADO, Dalva ROD RODRIGUES, RIGUES, Eduarda LOVI, Tamara Valandro

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões e hábitos de Foz do Iguaçu em relação à política. política. Trata-se de um Estudo E studo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário quest ionário foi responrespon-

dido por 82 sujeitos, sendo 65% mulheres e 35% homens. 72% dos respondentes têm entre 14 e 18 anos, 13% entre 19 e 22 anos e 14% têm entre 23 e 50 anos. 60% cursaram os estudos apenas em instituições públicas, 36% parte em instituições públicas e parte em privada e 4% apenas em instituições privadas. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 77% dos respondentes afirmam que política tem papel importante ou muito importante na sua vida, e procuram discutí-la com conhecidos, enquanto 23% não se preocupam ou não se interessam, portanto porta nto não é tema de conversas com conhecidos. 54% acreditam que o voto não deveria ser obrigatório. Neste contexto, 76% dos participantes da pesquisa utilizam as redes sociais (Facebook, Twitter) como fonte de informações sobre fatos políticos, 56% informa-se pela televisão, 66% informa-se por conversas e discussões. Sobre  votar em mulheres, 98% af afirmam irmam votar em mulheres, pois acreditam que deve existir representatividade e que o que define um candidato são ideias e atitudes, independente do sexo. Já os 2% que afirmam não votar em mulheres, defendem ideias religiosas, as quais inferiorizam a mulher e alegam que mulheres não possuem o instinto de liderança e domínio. 55% dos respondentes não votam em candidatos ou partidos par tidos que explicitam sua religião, 37% são indiferentes à religião do candidato ou partido, 2% procuram votar em candidatos ou partidos cujos preceitos ou filosofias estejam em concordância com a religião, 1% tem alguma preferência prefe rência por candidatos ou partidos que compartilham comparti lham da d a mesma religião e 5% dos eleitores sempre procura votar em candidatos ou partidos que representam a religião que seguem. 46% conversam frequentemente sobre política com seus

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amigos e familiares, 45% conversam às vezes, 2% apenas uma vez e 6% nunca conversou sobre. Na Educação Básica, apenas 63% afirmaram que cursaram uma ou mais disciplinas nas quais discutiram sobre política (Sociologia, História e Filosofia). Considerando-se os dados coletados, acredita-se que, especialmente o morador iguaçuense com idade entre 14 e 18 anos, vota ou votaria em mulheres, procura se informar sobre política e não baseia seu voto na religião. Palavras-chave : Política, Conhecimento, Iguaçuenses.

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ASSÉDIO SEXUAL: SEXUAL: ENTRE E NTRE OPINIÕES E PRECONCEITOS   QUADROS, QU ADROS, Jordana Daniel OLIVEIRA, Raissa Carolina Rodrigues de

Resumo:  Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões, conceitos e preconceitos relacionados com o assédio sexual. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 150 pessoas, sendo 77% mulheres e 22% homens. Desta-

ca-se que 7,6% dos participantes da pesquisa apresentam entre 12 a 14 anos, 41% dos respondentes apresenta idade entre 15 a 17 anos, 15,8% de 18 a 20 anos e 35,4% apresentam mais de 20 anos. Neste contexto, 44,2% dos participantes da pesquisa discordam da interpretação de que “o abuso sexual é somente a situação na qual um adulto tem relações sexuais completas com uma criança ou adolescente, já 26,3% concordam parcialmente com esta; 45,9% relatam que já sofreram algum tipo de assédio ou já viram alguém sofrer e 42,7% afirmam que nunca sofreram assédio. A maioria, 83,5% dos participantes da pesquisa, concordou que o assédio não envolve necessariamente somente o contato físico do agressor com a vítima. 78,2% relataram que, em caso de sofrerem assédio, denunciariam o agressor e 69,6% dos respondentes são a favor da conversa sobre abuso sexual com crianças. Além disso, dis so, 67,5% 67,5% concordam que o abuso sexual sexua l praticado por pessoas de dentro da família é mais grave para a vítima do que o praticado por pessoas que não são da família e 8,9% não concordam com essa interpretação, 19,7% pensam que taltal vez seja mais grave g rave do que outro e 8,9% acreditam que não mesmo se ocorre com um estranho seria a mesma reação a da vítima. Para 60,9% quando um abusador é descoberto pela comunidade não deve ser feita justiça com as próprias mãos e 11,5% pensam que a justiça “com as próprias mãos”, nestes casos é a melhor opção. Para 79,1% dos participantes da pesquisa, os abusadores costumam fazer promessas falsas para pa ra atrair as vítimas v ítimas mais facilmente. faci lmente. Sobre Sobre os possíveis possíveis motivos para o silêncio sobre o abuso sexual, 95,5% dos entrevistados não denunciariam por medo de vingança, ameaças e coisas do gênero. E 94,9% dos participantes da

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pesquisa concordam que não são apenas os homens que praticam abuso, é sim as mulheres também praticam. Considerando-se os dados coletados observa-se que as mulheres são mais interessadas em refletir sobre a temática em questão, uma vez que, foram elas que predominantemente predominantemente responderam responderam este es te questionário. Observa-se também grande índice de pessoas que vivenciaram ou testemunhatestemunharam assédio as sédio sexual, sexua l, o que permite concluir que o assédio é um problema problema grave que precisa ser debatido, punido e pesquisado. Palavras-chave: assédio sexual, opiniões, conceitos.

 

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LEITURA: HÁBITOS E 󰀨DES󰀩 MOTIVAÇÕES MOTIV AÇÕES NA EXPERI EX PERIÊNCIA ÊNCIA DE ADOLESCENTES E JOVENS  COZER, Luan Carlos Covalski

GALLI, Guilherme Gomes

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar elementos que incitam  jovens ao hábito da leitura. Trata-se de um u m Estudo de Caso C aso com coleta c oleta de dados pautada na aplicação de um questionário (com itens de Escala Likert). O questionário foi respondido por 51 estudantes ou egressos do Ensino Médio. 74,5% dos respondentes tem idade entre 14 e 16 anos, 15,7% entre 17 e 19 anos, 5,9% entre 20 e 30 anos e 3,9% apresen apresentam tam outras faixas fa ixas etárias et árias.. Quanto ao interesse interesse pela leitura, 54.9% dos respondentes indicaram interesse elevado pela leitura, 33,4% declararam apresentar interesse mediano, pela leitura e 11,8 declaram apresentar baixo interesse. Destaca-se que 62,7%, para leituras, utilizam mais livros impressos do que livros virtuais, já 37,3% realizam mais leituras em livros virtuais. Entre os entrevistados, 19,6% 19,6% têm em casa cas a a quantidade de 41 a 100 livros, 25,5% tem entre entre 16 a 40 livros, 25,5% de 6 a 15 volumes, 25,5% de 1 a 5 e 3,9% não possuem livro algum. alg um. Livros de romance representam representam a preferência de 11,8% 11,8% dos responden respondentes, tes, livros de ação são preferência de 15,7%: 17,6% preferem mitologia, 9,8% literatura Brasileira,, 5,9% preferem livros de ensino, 19,6% preferem Brasileira preferem ficção científica e 76,5% preferem outros estilos . Para 82,4% dos participantes da pesquisa, a falta de tempo é um fator que reduz a possibilidade de ler, para 13,7% é a lentidão na leitura e 9,8% 9,8% é a dif dificuldade iculdade de acesso aos livros. Anual Anualmente, mente, 6,5% dos responden respondentes tes afirmaram que lêem um único livro, 17,4 % leem entre dois e três livros, 17,4% realizam a leitura de quatro livros, 13% lêem entre cinco e sete livros, 17,4% lêem entre 10 e 14 livros, 8,7% lêem 15 livros, 4,3% lêem entre seis e 20 livros, 4,34% leem entre 30 e 50 livros e 4,3% não souberam responder. responder. Conclui-se que as pespes-

soas do eensino médio osum possuem grande apego comra,a internet que este podeeser urecém-formados, m fator provocador provocador de certoum desinteresse pela leitura, leitu

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no entanto destaca-se que os resultados indicam um significativo interesse pela leitura em relação à média nacional. Acredita-se que, o contexto escolar e social (uma instituição ins tituição federal de ensino) ensino) da maioria ma ioria dos respondentes respondentes pode ser um u m fator que seleciona alunos leitores e estimula a leitura e que, por estas características,  verificou-se dentre a maioria dos respondentes respondentes um elevado interesse interesse pela leitura. leitura .   Palavras-chave: Ensino Médio, Leitura, Hábitos.  

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PENA DE MORTE: MORTE: ENTRE E NTRE OPINIÕES E VALORES  

RESENDE, Adilson Zick  SANTOS, Ismael Pereira

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar a opiniões sobre a pena de morte (pena capital). Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 64 pessoas, sendo 79,7% homens e 20,3% mulheres. Dentre os

respondentes, 7,8% apresentam renda abaixo de um salário mínimo, 10,9% entre um e dois salários mínimos, 32,8% recebem entre dois e cinco salários mínimos, 26,6% entre cinco e 10 salários mínimos, 1,6% entre 10 e 15 salários mínimos e 4,7% recebem mais de 15 salários mínimos. Neste contexto, 25% dos participartici pantes da pesquisa acreditam em Deus, mas não segue nenhuma religião, 18,8% são protestantes, 17,2% são ateístas, 14,1% são agnósticos, 7,8% são católicos, 7,8% preferem prefe rem não declarar declara r informações sobre s obre religião, 3,1% 3,1% são católicos não praticanprat icantes, 3,1% kardecistas, 1,6% praticantes de religião Afro-Brasileira, 1,6% são muçulmanos. Do total de respondentes, 46,9% são a favor da pena de morte, 28,1% são favoráveis em casos específicos e 25% não concordam com a pena de morte em nenhuma situação. Para 39% dos respondentes a pena de morte não poderia resolver o problema da violência no país, 34,4% das pessoas acreditam que a pena de morte resolveria tais problemas problemas e 26,6% das pessoas pes soas acham acha m que existe uma pospossibilidade de solução dos problemas de violência a partir da pena de morte. 70,3% dos participantes concordam com a interpretação de que a pena de morte seria compatível com um mundo civilizado civi lizado e 29 29,7% ,7% discordam. Destaca-se que 81% 81% dos respondentes afirmam que já estudaram sobre a pena de morte e 19% dizem que nunca estudaram sobre a temática em questão. 47,9% respondentes afirmam que a prática de pena de morte deve ser executada para alguns crimes mais graves, 29,9% afirmam que a mesma deve ocorrer independente do crime, 20,5% acreditam que a pena de morte não deve ser aplicada em nenhuma situação e 1,5% dos participantes da pesquisa não respondeu esta questão. Os dados coletados in-

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dicam predomínio de opiniões favoráveis à pena de morte e ausência de relação entre estas opiniões e a religião ou a renda das pessoas participantes da pesquisa. Palavras-chaves:  Pena de morte, opiniões, valores. va lores.

 

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CORPO E ESTÉTICA: A CORPOLA C ORPOLATRIA TRIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA  

GONÇALVES, GONÇAL VES, RIBEIRO, ElisonJoão dosGabriel Santos

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar opiniões sobre cuidados com o corpo e com estética. Trata-se de um Levantamento L evantamento de opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 51  51  pessoas, sendo 22(43,1%) homens e 29(56,9%) mulheres. Os

principais resultados obtidos foram os seguintes: 56,9% dos participantes da pesquisa não tem vontade de fazer fazer cirurg ci rurgia ia plástica, 41 41,2% ,2% querem fazer e 2% fizeram fizera m cirurgia plástica; 70% dos entrevistados acham que as mulheres buscam melhorar seus corpos “porque “porque querem querem se sentir mais ma is satisfeitas consigo mesmas” e os outros 30% acreditam que as mulheres buscam melhorar seus corpos devido à opinião das outras pessoas; 90% concordam que as mulheres são mais cobradas em relação à forma ou tamanho dos seus corpos do que os homens; 49% dos entrevistados afirmam que não se importam com o tipo de corpo que mídia define como belo, 29,4% afirmam que se importam e buscam delinear seus corpos conforme os corpos belos apresentados na mídia e 17,6% não tem interesse em ter aqueles corpos. Neste contexto, c ontexto, 20% concordam concordam parcialmente pa rcialmente com a interpretação de mulheres mais magras têm mais chances de ter um companheiro e 80% discordam totalmente disso. Não obstante, 34% dos participantes da pesquisa acredita que mulheres mais magras têm mais chance de sucesso profissional; 58,8% discordiscordam totalmente que mulheres mais magras têm mais disciplina; 29,4% concordam parcialmente pa rcialmente que mulheres mais magra magrass têm mais saúde s aúde e 17 17,6% são neutros. Destaca-se que 64,7% dos entrevistados se pesam pelo menos uma vez ao mês; 88,2% das pessoas acham que uma das melhores formas de cuidar o corpo é com atividade física e 39,6% dos entrevistados se informam sobre o corpo ideal com a internet. Além disso, 34% dos participantes par ticipantes da pesquisa pesquis a cuidam cuida m o seu próprio corcorpo por influência inf luência da família, família , 21,3% 21,3% por influência inf luência da mídia e 27,7% 27,7% por influência inf luência dos amigos; 58% começaram começara m a se preocupar com a aparência na adolescência, 22%

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não se preocupam com a aparência de seus corpos e 20% começaram a se preocupar depois que tiveram filhos. Dentre os participantes da pesquisa 36,7% querem perder peso e 46,9% estão satisfeitos com o corpo que tem. Os dados indicam desejos (cirurgia e emagrecer) e concepções que revelam forte preocupação com cuidados estéticos. Acredita-se que, na sociedade contemporânea, ocorre um fefenômenoo de corpolatria nômen cor polatria (culto exagerado exa gerado ao corpo) e que este es te fenômeno fenômeno contribui para pressionar, especialmente as mulheres, a uma busca por padrões estéticos e corporais que, supostamente, favorecem a aceitação social.   Palavras-chave: padrão de beleza, mídia, corpo.  

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LEGALIZAÇÃO DA MACONHA FELIPE, Misael Boeira COELHO, Lucas Pereira

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões sobre a legalização da maconha. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 45 pessoas, das quais 53,3% são mulheres e 46,7% são homens. Os entrevistados di videm-se, quanto à residência, entre periferia (49%) (49%) e centro c entro (5 (51%). Sobre a renda familiar 44,4% recebem de 3 a 6 salários mínimos, 40% recebem de 1 a 3 salários mínimos, 11,1% recebem mais de 6 salários mínimos e 4,4% recebem menos de 1 salário mínimo. Sobre religião 82,2% acreditam em alguma religião 17,8% não acreditam em nenhuma religião. 71 71,7 ,7 % dizem nunca terem terem feito feito uso de maco maco-nha e 28,3 % afirmam terem usado maconha. Sobre o uso de drogas lícitas 39,1% afirmam não usarem, 17,4% dizem usar cigarro, 56,5% afirmam ingerir bebidas alcoólicas e 4,3% dizem usar fármacos. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: Sobre a aprovação dos pais (caso seja pai ou futuramente quando for) em relação aos filhos fazerem uso de maconha, 34,8% dizem que aprovariam o uso, porém moderado, 17,4% dizem que não aprovariam, 17,4% dizem que não

aprovariam por não quererem seusdizem filhosque façam usoapoiaram, de maconha, 21,7% 21 ,7% dizemapenas não se aplicar a essa situaç ãoque situação e 8,7% os pais p ois pois não tem problemas com o uso de maconha. 95,7% dizem que os idosos da família não concordam concordam com a legalizaç lega lização ão da maconha e 4,3% dizem di zem que os idosos de suas famílias famí lias concordam com a legalização legalizaç ão da maconha. Sobre o uso de maconha maconha pelos pais, 71 71,7% ,7% dizem nunca terem feito feito o uso de maconha, maconha , 10,9% afirmam afir mam já ter feito uso de maconha e 17,4% dizem não se aplicar a essa situação. 80,4% das pessoas acham que com a plantação de maconha em casa cas a o tráfico tráf ico diminuiria diminui ria e 19,6% 19,6% não acreditam que com a plantação diminuiria o tráfico. 95,7% afirmam que seus pais não apoiariam se eles fizessem uso de maconha, 4,3% dizem que provavelmente sim e não houve nenhum caso em que os pais apoiariam. Conclui-se que a grande maioria dos indivíduos participantes é contra o uso da maconha. Observando o

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quadro geral da pesquisa, destaca-se a maioria dos participantes da mesma tem opinião contrária aos processos de legalização da maconha, independente de religiosidade ou da faixa etária a que tais participantes pertencem. Palavras-chave:  Maconha, Legalizar, Gerações.

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A POLÍTICA DO DESARMAMENTO: O CONHECIMENTO E AS OPINIÕES GERKE, Joabee Joab MAZZUCO, Guilherme Macarini

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar opiniões de pessoas de diferentes classes sociais em relação ao desarmamento. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 50 pessoas, sendo 53% homens e 47%

mulheres. Dentre os participantes da pesquisa, 4% recebem menos de um salário mínimo, 22% entre um e dois salários, 48% com entre dois e cinco salários e 26% mais de 5 salários mínimos. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 16% dos participantes da pesquisa afirmam que nunca ouviram falar sobre a política do desarmamento, 30% conhecem a proposta e 54% ouviram falar sobre a política em questão, mas não a conhecem em profundidade. Neste contexto, 46% são contra contra ao desarmamento e 54% são favoráve favoráveis is ao desarmamento. Em relação ao Estatuto E statuto do Desarmamento, Desa rmamento, 36% são favoráveis e defendem a proibição proibição de venda de armas para civis e 64% são contra tal estatuto e favoráveis a venda de armas para civis. Não obstante, 92% dos respondentes afirma que a presença de policial armado em lugares violentos provoca sensação de segurança e 8% afirma que não provoca. Além disso, 40% dos participantes da pesquisa afirmam que atualmente já há restrições o suficientes para o porte de armas e 60% afirma que são necessárias necessária s mais restrições do que as existentes. Para Para 42% dos participantes da pesquisa não deve ocorrer indenização para as pessoas que entregam suas armas para a polícia federal e para 58% deve ocorrer indenização. Para 40% dos resrespondentes ponden tes o desarmamento desa rmamento provoca provoca redução da crimina cr iminalidade. lidade. Apenas 16,3% dos participantes da pesquisa acreditam que, a partir do Estatuto do Desarmamento, criminosos tem mais dificuldade de o acesso a armas de fogo. E, para apenas 4% dos respondentes, as forças policiais tem a segurança pública em domínio. Observa-se que a retirada das armas de fogo do meio civil é vista como uma medida que não reduz os índices de criminalidade. Com a análise dos dados coletados

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pode-se perceber que, na opinião dos participantes da pesquisa, o acesso a armas de fogo voltadas para a atividade criminosa continua fácil, mesmo com o estatuto do desarmamento. Palavras-chave:  Desarmamento, opiniões, armas de fogo.

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IMPACTOS IMP ACTOS DO D O ASSÉDIO ASSÉDIO SEXU SE XUAL AL NO COMPORTAMENTO COMPORT AMENTO FEMINI FEMININO NO  

OLIVEIRA, Gabrie Gabrielly lly Lara Cru z Cruz NUNES, Rafaela Pereira

Resumo: Na presente presente pesquisa objetiva-se avaliar avalia r o impacto do assédio sexual sexua l sobre o comportamento feminino. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line e análise dos resultados em uma abordagem qualitativa. O questionário foi respondido por 45 mulheres,

82,2% com idade entre 15 e 18 anos, 8,9% entre 18 e 22 anos, 6,7% entre 10 e 13 anos e 2,2% entre 30 e 40 anos, 95,5% das entrevistadas eram solteiras. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 80% dos participantes da pesquisa afirmam que já sofreram assédio sexual. 66,7% declaram que tem medo de andar na rua sozinhas, 24,4% declaram que evitam andar sozinhas na rua e 8,9% afirmam que não tem medo. Neste contexto, 75,6% das participantes da pesquisa já evitaram usar alguma roupa por medo de assédio. Não obstante, 75,6% já evitaram ir a algum local em função de o mesmo ser frequentado por homens. 68,6% das participantes da pesquisa responderam que já foram assediadas na rua, 2,9% em festas, 2,9% na escola e 25,7% em outros lugares. Em seguida, foi questionaquestionado se as participantes da pesquisa conheciam a pessoa que as assediou, 83,8% disseram que não conheciam o assediador e 16,2% afirmaram que o conheciam. Destaca-se que, quando sofreram/sofrem assédio sexual, 46,2% das participantes afirmam que ignoram, 41% que se afastam do assediador, 10,3% que pedem ajuda e 2,6% que “levam na brincadeira”. Ao serem questionadas sobre em que momento sentiam mais medo de serem assediadas, 60% das participantes da pesquisa respondeu que ao andar nas ruas, 35,6% ao sair ou chegar em casa depois que escurece e 4,4% mencionou o transporte público. 65,8% das participantes da pesquisa não pensou em ir a polícia quando sofreu assédio, 28,9% pensaram em tal alternativa e 5,3% foram. 40,7% das participantes que não foram ou não pensam em ir até a polícia quando assediadas, acreditam que não seriam levadas a sério pelos policiais, 40,7% acreditam que a denúncia não seria útil, 14,8% alega

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outros motivos para não denunciar práticas de assédio e 3,7% afirma ter medo de denunciar. Posteriorme Posteriormente, nte, foram foram questionadas se achavam que quem comete comete assédio deve ser punido, todas as entrevistadas responderam que sim; também foram questionadas sobre qual tipo de punição, 75,6% responderam ser preso, 17,8% pagar indenização à vítima, vítima , 6,7% pagar multa. multa. Concluiu-se que deixam de frequentar certos locais, de transitar na rua, usar certas roupas e sair em determinados horários, por temor do assédio sexual. Vivemos em uma sociedade machista em que a mulher ainda é muito desvalorizada, objetificada e muitas vezes deixam de denunciar o agressor por medo ou por pensar que não seriam levadas a sério pelos profissionais da lei. Palavras-chave: assédio sexual, mulheres, opiniões.

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HÁBITOS ALIMENTARES NA ADOLESCÊNCIA VARGAS, Anne Gabrielly  CASSUBOSKI, Gisele Vitória

Resumo:  Na presente pesquisa objetiva-se identificar hábitos alimentares de adolescentes estudantes do Ensino Médio. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 53 sujeitos, sendo 24.5% do sexo masculino e

75.5% do sexo feminino. Dentre estes, 11.3% tem idade entre 12 a 14 anos e 88.7% tem entre 15 a 19 anos.  Os principais resultados obtidos foram os seguintes: em relação ao café da manhã, 22.6% dos sujeitos da pesquisa afirmaram não tomá-lo, 15.1 15 .1% % tomam-no duas vezes na semana, 20.8% tomam-no de 3 a 6 vezes na sema sema-na e 41.5% 41.5% tomam café da manhã manh ã todos os dias. Dos entrevistados, 79.2% realizam realiz am essa refeição em casa, 3.8% realizam-na realiz am-na na escola e 17% 17% não realizam realiza m essa refeição. 50.9% das pessoas entrevistadas não comem o lanche da manhã, 22.6% come-no duas vezes na semana, 11.3% comem-no de 3 a 6 vezes na semana e 15.1% comem-no todos todos os dias. Esse lanche é realizado realiz ado em casa por 17% 17% dos entrevist entrevistados, ados, na escola por 43.4% e 39.6% 39.6% não comem lanche de manhã. Em relação ao almoço, a lmoço, totodos os entrevistados realizam essa refeição: 67.9% almoçam em casa, 15.1% almoçam na escola e 17% em restaurante/lanchonete. Dentre os entrevistados, 43.4% comem todos os dias lanche da tarde, 22.6% comem de 3 a 6 vezes por semana, 17% 17 % comem 2 vezes na semana e os outros 17% não comem lanche da tarde; ta rde; 43.4% comem esse lanche em casa, ca sa, 35.8% comem na escola e 3.8% comem em restaurante/lanchonete, fora os 17% que não comem esse lanche. 9.4% dos sujeitos da pesquisa não jantam, 7.5% jantam dois vezes na semana, 18.9% jantam de 3 a 6 vezes na semana e os 64.2% restantes jantam todos os dias; essa refeição é realizada em casa por 84.9% das pessoas entrevistadas, na escola e em restaurante/lanchonete por 1.9%, e 11.3% 11.3% não realizam realiza m essa refei refeição. ção. Em relação ao lanche da noite, 26.4% comem todos os dias, 17 17% % comem de três a seis vezes na semana, semana , a mesma porcentagem vale para os que comem duas vezes na semana e 39.6% não comem, 60.4%

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comem esse lanche em casa, casa , 1.9% comem comem na escola e em restaurante/lanchonete, e 35.8% não comem comem lanche da noite. Entre os entrevistados, quando qua ndo lancham na escola, 24.5% trazem tra zem o lanche de casa, casa , 60.4% compram-o compram-o na escola e 3.8% compram na rua, fora os 11.3% que não lancham na escola. 55.8% dos sujeitos da pesquisa comem, em média, 1 refeição por semana a base  fast-food , 19.2% comem 2 refeirefeições por semana, 17 17.3% .3% comem 3 refeições por semana s emana e os outros 7.7% 7.7% restantes comem 4 ou mais refeições por semana, a base  fast-food . Dentre os 48 entrevistados que bebem refrigerante, 62.5% bebem em uma refeição, 12.5% bebem em duas refeições, 8.3% bebem em três refeições e 16.7% bebem em quatro ou mais refeições por semana. Em relação à pirâmide alimentar, a maioria dos entrevistados considera que come normalmente: óleos e gorduras (47.2%), açúcares e doces (41.5%), carnes e ovos (49.1%), leite e derivados (43.4%), cereais, pães, tubérculos e raízes (43.2%), 39.6% dos entrevistados considera que come pouca quantidade de verduras e legumes e 35.8% acredita que come pouco frutas. Conclui-se  Conclui-se   que a maioria desses adolescentes se alimenta regularmente somente no café da manhã, no almoço, no lanche da tarde e no jantar, e não realiza, portanto, as seis refeições necessárias necessár ias para o dia, que seria o ideal. Concluiu-se também que os os entrevistados consomem pouco comidas do tipo  fast-food  e   e refrigerantes em suas refeições, e acredita-se que esta informação é relevante, uma vez que, dado os padrões de vida na sociedade contemporânea, esperava-se hábitos alimentares bem menos satisfatórios. Sugere-se educação alimentar como prática permanente tanto na escola como em campanhas nos meios de comunicação de massa. Palavras-chave:  Alimentação, adolescentes, atual.

 

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INTOLERÂNCIA RELIGIOSA EM FOZ DO IGUAÇU ROCHA, Leticia Felizardo OLIVEIRA, Natália

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar concepções e preconceitos que estão associados com diferentes religiões presentes em Foz do Iguaçu. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 46  46 sujeitos, sendo 32,6% ca-

tólicos, 28,3% protestantes, 19,6% católicos não praticantes, 15,2% agnósticos e 4,3% têm outra religião. Os entrevistados têm entre 12 e 50 anos. Em relação à renda familiar mensal, 37% responderam de dois a cinco salários mínimos, 21,7% de um a dois salários mínimos, mín imos, 19,6% 19,6% de cinco a dez salários sa lários mínimos, 6,5% 6, 5% de dez a quinze salários mínimos, 2,2% mais de quinze salários mínimos e 13% preferiram não declarar. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 91,3% dos sujeitos receberam algum alg um tipo de educação religiosa na infância, os outros 8,7%, 8,7%, não receberam; 6,5% nunca participam de culto religioso, 93,5% frequentam cultos religiosos, porém, 28,3% apenas em cerimônias como casamentos, 17,4% cerca de três vezes por semana, 17,4% 17,4% cerca de uma u ma vez por semana, sema na, 17,4% 17,4% a cada quinz quinzee dias e 13% cerca de uma  vez mês. Quant Quanto à into intoler lerância ância religios ligiosa, a, 2,2% 2,2% dos suj sujei eitos tos afirmaram que afasta que afasta-riampor ateístas do seuopaís, 2,2% afastare afastariam riam evangélicos, 2,2% afastariam muçulmanos e 6,5% afastariam umbandistas do seu país, os demais sujeitos afirmaram que não afastariam afastar iam fiéis f iéis de nenhuma dessas religiões. Concl C onclui-se ui-se que a intolerância religiosa religiosa está presente em Foz do Iguaçu, porém, em pequena escala. Para a maioria dos sujeitos, a religião não é o que há de mais importante em suas vidas. Uma pequena parcela dos sujeitos afirmou que afastaria de seu país: ateístas, evangélicos, muçulmanos e umbandistas. Nenhum afirmou que afastaria católicos, católicos, deixando clara a supremacia supremacia católica ainda nos dias de hoje. Pelo fato de Foz do Iguaçu abrigar mais de oitenta etnias distintas, há também, consequentemente, uma grande diversidade religiosa. Por hipótese, essa diversidade religiosa diminui a intolerância. Palavras-chave:  Intolerância religiosa, Diversidade religiosa, Foz do Iguaçu.  Iguaçu. 

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OPINIÕES SOBRE COMO OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA RETRATAM AS MULHERES MARTINS Julia LARA João Vitor

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar identifica r opiniões sobre como os meios de comunicação de massa retratam as mulheres.  Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação aplicaç ão de um questionário quest ionário on-line. O questionário questionár io foi respondido respondido por 50 pessoas pessoas,, sendo 70% mulheres mulheres e 30% homens, 12% com idade entre 13 e 15 anos, 56% (maioria) com idade entre 15 e 18 anos, 20% com mais do que 18 e menos do que 25 anos, 4% mais do que 25 e menos do que 30 anos, 6% entre 30 e 40 anos e 2% entre 40 e 50 anos.  Os prinprincipais resultados obtidos foram os seguintes: quando perguntados sobre o que pensam em relação ao uso da mulher como chamariz para promover a venda de produtos e serviços, 76% concordam que tal prática ocorre, 8% discorda e 16% não apresenta apresenta opinião sobre o assunto. Dentre os participantes da pesquisa, pesqui sa, 32,7%

concordam com a em afirmação “nuncanavejo sendo apresentada como uma pessoa inteligente propagandas Tv”,a mulher 32,7% não concorda nem discorda de tal afirmação e 34,7% discorda. Neste contexto, 72% dos participantes da pesquisa concordam que propagandas mostram a mulher de forma ofensiva devem ter seus responsáveis punidos, 10% 10% discorda de punições para propagandas com c om estas características e 18% não concorda nem discorda. Diante de uma propagando de cerveja que faz comparação do corpo da mulher com a garrafa garra fa de cerveja, 58% dos participantes da pesquisa identificam desrespeito contra a mulher, 14% identificam machismo e se sentem ofendidos, ofendidos, 14% 14% identif identifica ica vulgaridade, vu lgaridade, mas ma s não entende isso como um problema e 14% 14% dizem ser um u m anúncio válido vál ido e não tem nada de errado. Perante uma propaganda de joias que incita a interpretação i nterpretação de que as mumulheres se entregam sexualmente ao ganharem uma joia, 92% dos participantes da

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pesquisa afirmam sentir sentirem em indignação, indignação, 6% afirmam afi rmam visualizarem visual izarem o que realmente acontece e 2% dizem que a mulher está sendo retratada normalmente. Diante dos dados coletados, conclui-se que, predominantemente, os participantes desta pesquisa acreditam que a mídia ainda representa a mulher de forma vulgar e que as desmoraliza diante da sociedade, mesmo que a classe feminina busque seu lulugar na sociedade existe ex iste muito preconceito preconceito e abuso de imagem. Com o uso de imai magens para a conclusão desta pesquisa observamos que principalmente indivíduos mais velhos não encontram problemas com propagandas ofensivas às mulheres, que as tratam como objeto e desvalorizam as mesmas sem punição alguma.  

Palavras-chave:  Desigualdade, gênero, mídia, mulher, propaganda;

 

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FEMINISMO E MULHER: VOCÊ SABE O QUE EST ESTAS AS PAL ALA AVRAS SIGNIF SIGNIFICAM ICAM??  SANTOS, Gabriela Marques dos QUEIROZ, Vitória Silva de Souza

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar compreensões associadas com o feminismo e com as mulheres, na perspectiva de adolescentes e jovens.  Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 28 pessoas

com idade média de 16,6 anos. anos. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 16,9% (80% do sexo masculino e 20% do sexo feminino) dos participantes da pesquisa consideram que o feminismo prega a superioridade da mulher sobre os homens e o restante acredita que feminismo é lutar por equidade de direitos d ireitos entre entre homens e mulheres; quando questionados sobre como agiriam se tivessem uma filha, 71,4% das pessoas responderam que a deixariam vestir e brincar com roupas e brinquedos socialmente entendidas como femininas ou masculinas - destes, apenas 25% são homens; somente 64,3% dos participantes da pesquisa responderam que, sendo pais, deixariam seus filhos homens vestirem o que quisessem. Para 35,7% das pessoas não há nenhum obstáculo para uma mulher chegar a um cargo gerencial ou de chefia, para 57,1% o maior obstáculo para tal conquista feminina é o machismo. Quanto a ser feminista ou pró-feminismo, 35,7% 35,7% pessoas se se consideram feministas, sendo todas do sexo feminino. Neste contexto, 71,4% dos participantes da pesquisa disseram que as feministas devem lutar pela igualdade salarial entre homens e mulheres, 50% disseram que as mesmas devem lutar por mulheres ocupando lugares políticos e 46,4% disseram que as feministas devem lutar pelo banimento de propagandas que expõem mulheres mul heres como objeto objeto sexual sexua l e a remetem a um “sexo frágil”. Quanto ao preconceito na sociedade brasileira em relação às mulheres, somente 7,1% dos participantes da pesquisa não o identifica e estes participantes são do sexo masculino. 42,8% dos participantes da pesquisa acreditam que a mulher tem características naturais como “amável”, “passiva” e “cuidadosa; desses 42,8% entrevistados, 33,3% também acreditam que homens

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devem ter traços mais ma is fortes, de “macho”. “macho”. 21,4% 21,4% das pessoas pes soas acreditam acredita m que as mulheres não deveriam usar roupas curtas, se não querem ser assediadas, sendo 50% do sexo masculino. 14,2% das pessoas acreditam que mulheres que tiveram vários parceiros sexuais não devem ser valorizadas, porque são consideradas fáceis. Das pessoas entrevistadas todas concordam que as mulheres tem o direito de votar e serem votadas, de que as mulheres devem receber a mesma educação escolar que um homem e também que é obrigação de ambos os pais cuidar da educação dos filhos. Os dados coletados indicam que, dentre os participantes da pesquisa, os homens demonstraram-se mais propensos a responder de forma machista do que as mulheres. Indicam Indic am também ta mbém uma parcela de pessoas que entendem o feminismo feminismo e a mulher de forma equivocada. No entanto, a grande maioria dos participantes da pesquisa pesquis a demonstrou que consegue consegue compreender compreender as condições de desigualdade desigua ldade e opressão a que mulheres estão submetidas. Apesar do machismo ser uma consconstrução da sociedade empregada em práticas educativas familiares, acredita-se que os jovens demonstram uma visão mais aberta em relação à mulher na sociedade. Palavras-chave:  Feminismo, Machismo, Sociedade.

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O QUE FAZER COM OS ANIMAIS DE RUA? EDUARDO, EDUAR DO, Luís SIQUEIRA, Anna Giulia REDHER, Gabriele

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões sobre o abandono e a posse de animais. Trata-se de um estudo de caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido por 160 pessoas, sendo 85,6% mulheres e 14,4% homens. Dentre os respondentes, 49,4% apresenta idade entre 10 anos e 18 anos e 50,6% com mais de 18 anos. A maioria dos entrevistados apenas estudam (53,1%), 20,6% apenas trabalham, 16,9% estudam e trabalham e os outros 9,4% não trabalham e nem estudam; 3,1% apresentam renda inferior a um salário mínimo, 55,6% renda de dois a cinco salários mínimos e 41,3% apresenta renda superior a cinco salários mínimos. Os principais resultados resu ltados obtidos foram foram os seguintes: seg uintes: 83,1% 83,1% responderam que tem animal de estimação e 16,9% disseram que não; 16,6% dos entrevistados que não possuem algum animal disseram que gostariam de ter; 69,6% não costumam viajar com seus animais, 15,8% disseram que viajam com seus animais e 14,6% não possuem algum animal; 96,3% não seriam capazes de abandonar abandonar um animal a nimal de estimação,

1,9% disseram que 63,1% talvez abandonariam e 1,9% disseum queanimal abandonaria seus tipo animais de estimação; se dizem capazes de adotar com algum de problema, problema, 31,9% 31,9% disseram dissera m que talvez adotariam adotar iam e 5% que não adotariam; adotaria m; 71,3% 71,3% ficariam com algum animal que encontrasse na rua, 23,1% disseram que isso poderia ocorrer, mas não tem certeza e 5,6% disseram que não adotariam animais abandonados; 55,6% 55,6% não acha que o abandono é consequência da idade avançada dos animais, 30% interpreta que a idade dos animais pode ocasionar abandono e 14,4% disseram que a idade dos animais é um fator determinante no abandono dos mesmos; 98,8% acham que as pessoas devem ser punidas por abandonar animais e 1,2% preferiu preferiu não responder; 89,4% 89,4% disse diss e que denunciaria práticas prát icas de maus tratos contra animais, anima is, 9,4% af afirma irma que talvez denunciaria e 1,2% disse que não denunciaria; 96,9% disse dis se que prestaria prestaria socorro soc orro se atropelasse um animal anima l e 3,1 3,1% disse

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que talvez. Tem-se então que a maioria dos participantes da pesquisa é contra o abandono de animais, mas observa-se que esta prática é extremamente presente em nossa sociedade. Apesar da existência de toda uma economia e afetividade em torno dos animais de estimação (pets), os mesmos seguem sendo tratados como objetos descartáveis. Para a minimização do abandono de animais sugere-se: pupunições (multas) para quem realiza esta prática, a realização de um cadastro para cada animal, e a criação de organizações de acompanhamento anual do animal, para verificar a saúde e também se ele está sofrendo algum tipo de maltrato. Palavras-chave:  Animais, abando abandono, no, rua.

 

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FEMINISMO NA PERSPECTIVA MASCULINA SALES, Fabíola Ellen GONÇALVES, Maria Manoela

Resumo: Na presente presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões masculi masc ulinas nas sobre o feminismo. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 50 homens que tem entre 13 e 40 anos de idade. Os principais resultados ob-

tidos foram os seguintes: 38% dizem ser ou conhecer homens feministas, outros 30% dizem não ser ou não conhecer homens feministas, 30% também dizem não ser nem conhecer homens feministas, mas acreditam que exista e 2% dos homens que responderam acreditam que não há homens feministas. Dos responden respondentes tes hohomens, 88% dizem saber o que é feminismo e 12% afirmam não saber. 48% dizem não saber a diferença entre o feminismo e o femismo e 52% dizem saber diferenciar esses termos. Quando questionado se as mulheres deveriam receber a mesma educação escolar que os homens e se ambos os sexos deveriam ter os mesmos direitos, 100% concordaram. Em se tratando das atividades domésticas, 98% dos homens afirmaram afirma ram ser responsabilidade responsabil idade dos moradores moradores da casa, casa , indiferente de ser homem ou ou mulher outros 2% discordaram. discordara m. 22% dos homens dizem que o feminismo não faz diferença alguma na sociedade atualmente, junto com 12% que dizem ser um movimento totalmente inútil, os outros 66% dizem que o feminismo faz diferença na sociedade. 82% dos participantes dizem ser possível ser feminista e feminina ao mesmo tempo, 10% acreditam ser quase impossível e os outros 8% dos part participantes icipantes acham algo impossível. 90% participantes concordam concordam que que o feminismo não prejudica os homens de maneira alguma, outros 10% dizem que o feminismo prejudica sim os homens, como justificativa a essa afirmação foi dito que mulheres buscam os mesmos direitos, porém tem privilégios perante as leis, por exemplo. 92% dos homens que colaboraram com o questionário dizem que homens e mulheres não recebem os mesmos tratamentos na sociedade, os outros 8% dizem que ambos recebem tratamento igual . Observa-se que, dentre os parpar-

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ticipantes, muitos não são leigos quando o assunto é feminismo. Porém, grande parte dos respondentes que afirmaram ter conhecimento sobre os termos “feminismo” e “femismo”, não souberam diferenciar estes termos e não reconhecem a importância do feminismo para as conquistas das mulheres e redução da desigualdade gua ldade de gênero. gênero.   Palavras-chave : feminismo, homens, conceitos e preconceitos.

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A CRISE ECONÔMICA: ENTRE OPINIÕES E CONSEQUÊNCI CONSEQUÊ NCIAS AS GONÇALVEZ, Andressa Andrade SILVA, Luana Specht

Resumo:  Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões sobre os fatores que originaram a atual crise econômica brasileira e possíveis consequências da mesma.  Trata-se de um levantamento de opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por cinquenta

sujeitos, dos quais 69,4% são mulheres e 30,6% são homens. Dentre os participantes da pesquisa, 6% recebe o vivem em famílias famíl ias que recebem menos menos de um salário sa lário mínimo, 26% de um a 2 salários mínimos, 34% de 2 a 5 salários mínimos, 14% de 5 a 10 salários mínimos, 2% mais de 10 salários mínimos e 18% preferiu não declarar.  Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 44,9% não estão desempregados e 55,1% estão; dentre as pessoas que afirmaram estar desempregadas 39,3% não trabalham por terem condições de serem sustentadas, 53,6% não têm idade suficiente para trabalhar e 7,1% foram demitidas, pois a empresa onde trabalhavam precisava cortar gastos; a crise teve pouco impacto na vida de 59,2% dos indivíduos, para 34,7% dos indivíduos a crise teve impacto mediano e para 6,1% a crise não gerou nenhum impacto; 85,7% 85,7% que cortar gastos em função 42,9% atr ibuem atribue m a crise à corrupção, 42,9tiveram à má gestão dos governantes, 4,1% da ao crise; cenário econômico mundial e 10,2% a outros motivos; 40,8% haver oportunidades de empreender durante a crise, 24,5% não acredita na existência destas oportunidades e 34,7% acredita que podem ocorrer oportunidades muito ocasionais; 65,35% pensam que o país não sairá da crise em 2017; 28,6% dizem que seus salários não são suficientes para seus gastos, 36,7% dizem que é suficiente e o restante não trabalha; 95,8% pensam que as medidas do governo contra a crise são incorretas e ineficazes. Observa-se que um em cada três respondentes destaca que a crise teve muitos impactos em suas vidas e quase a totalidade dos respondentes posiciona a culpa pela crise econômica no governo, destacando a crença na ineficácia das ações governamentais governamentais na superação da crise. Palavras-chave : Crise econômica, opiniões, origens e consequências.

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ASSÉDIO SEXUAL: SEXUAL: ENTRE E NTRE OPINIÕES E PRECONCEITOS  

PERONI, Alexia Luana FREITAS, Carolina Candido

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar opiniões sobre o assédio sexual de adolescentes. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido por 42  42  sujeitos, sujeit os, sendo 78,6% do sexo feminino femini no e 21,4% 21,4% do sexo masculino. mascu lino. Dentre os parpa r-

ticipantes da pesquisa, 59,5% possuíam idade entre 13 e 15 anos, 23,8% entre 16 e 18 anos, e 16,6% entre 19 e 30 anos. Destas 42 pessoas, 38,1% possui o ensino médio incompleto, 26,2% possui o ensino fundamental completo, 14,3% possui o ensino fundamental incompleto, 7,1% possui o ensino médio completo, 7,1% possui poss ui o ensino superior completo e 7,1 7,1% % possui o ensino médio incompleto. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 57,1% nunca sofreu algum tipo de assédio sexual, 28,5% já sofreu uma ou mais vezes e 14,3% já sofreu muitas  vezes. 59 59,5% ,5% discordaram d iscordaram que é muito raro ra ro uma u ma adolescente ser assediad assediadaa sexu sexu-almente al mente no espaço escolar, 16,7 concordara concordaram, m, 24,8% não souberam opinar. 61,9% 61,9% discordam que as pessoas que assediam sexualmente adolescentes são quase semsem pre desconhecidos, 4,8% concordam e 33,3% não tem opinião. 21,4% discordam que as pessoas que assediam sexualmente adolescentes são quase sempre conhecidos, 42,9% não concordam e 35,8% não têm informações sobre o assunto. as sunto. 59,5% 59,5% discordam que as a s adolescentes podem provocar provocar o abuso, pelo seu comportamento sedutor, 26,1% acreditam que isso pode ocorrer e 14,3% não tem opinião sobre o assunto. 92,9% discordam que só se pode falar em assédio sexual quando ocorre sexo. 73,8% acreditam que o assédio sexual de crianças geralmente acontece devido ao consumo de álcool ou drogas por parte do assediador. 40,5% não acreditam que o assédio sexual de adolescentes geralmente acontece devido à falta de atenatenção familiar, 19,1% acreditam que a desatenção familiar é fator associado com a ocorrência de assédio e 40,5% não tem opinião sobre o assunto . 31% discordam que o assédio sexual de crianças geralmente acontece devido à lógica machista

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que orienta nossa sociedade, 30,9% acreditam que o machismo é fator gerador de assédio sexual e 8,1% não tem opinião sobre o assunto. Os dados coletados revelam a perpetuação de preconceitos que podem induzir a culpabilização da vítima de assédio sexual sexua l como responsável responsável pelo assédio. Observa-se que uma quantidade significativa de participantes afirma que já sofreu assédio sexual e que aproximaaproxima damente damen te 20% dos participantes participantes da pesquisa culpab cu lpabilizam ilizam as famílias famí lias das vítimas pela ocorrência de assédio. Acredita-se que, para a superação dos mitos relacionados com assédio sexual, instituições de (escola) ou informal (televisão e outras mídias) devem abordar essa temática e os crimes de assédio devem ser punidos.   Palavras-chave:  assédio sexual, escola, adolescentes.

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RELAÇÕES SOCIAIS E CONFLITOS NA ESCOLA LIMA, Rosiane Rodrigues

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se caracterizar a percepção dos alunos em relação às relações sociais e aos conflitos que ocorrem em espaço escolar. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 30 pessoas (alunos e professores de uma mesma escola) com idade entre e 14 e 30 anos, sendo 73,3%

mulheres e 26,7% homens. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 50% dos participantes da pesquisa se sentem seguros na sala de aula, 36,7% não muito seguros e 13,3% sentem-se inseguros; 46,7% dos participantes da pesquisa se sentem seguros nos arredores da escola, 43,3% não se sentem muito seguros nos arredores da escola e 10% se sentem inseguros nos arredores da escola. Neste contexto, 50% dos participantes da pesquisa afirmam que nunca foram intimidados no espaço escolar, 40% afirmam que foram intimidados algumas vezes e 10% afirmam afirma m que foram intimidados muitas vezes; 36,7% dos respondentes respondentes dizem nunca foram xingados e ameaçados em espaço escolar, 36,7% afirmam que algumas vezes isso já ocorreu com eles e 6,7% afirmam afirma m que vivenciaram esta experiênexper iência muitas vezes. Destaca-se que 40% dos participantes da pesquisa afirmam que nunca ficaram com medo de alunos da escola em que estudam, 56,7% afirmam que tiveram medo de colegas algumas vezes e 3,3% afirmam que muitas vezes  vivenciaram o medo de colegas. Dentre Dentre os part participantes icipantes da pesquisa pesquisa,, 43,3% nunca se envolveram em brigas ou violência física na escola, 53,3% se envolveram algumas vezes e 3,3% muitas vezes. Dos 30 respondentes, 16,7% não concorda que há muitas situações de conflito conf lito entre os alunos no espaço escolar e 83,3% concordam. concordam. Não obstante, 23,3% dos respondentes não acreditam que há muitas situações de conflito entre os alunos e professores, mas 69,7% concordam que a muitas desdes tas situações; 23,3% dos respondentes afirmam que não existem muitas situações de indisciplina na escola, 76,7% afirmam que tais situações existem em grande quantidade. Além disso, 26,7% dos participantes da pesquisa não concordam que

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tenha situações de agressividade dos estudantes na escola, 73,3% concorda; 6,7% dos respondentes dizem que os alunos nunca desrespeitam os professores, 93,3% afirmam af irmam que os alunos desrespeitam os prof professores. essores. Os dados coletados indicam que a percepção percepção dos alunos em relação às relações sociais e aos conflitos conf litos escolares, predominantemente, é a de que a escola é um lugar marcado pela tensão e desresdesrespeitos na relação professor-aluno professor-aluno e aluno-aluno e que os conflitos conf litos escolares levam a intimidações e medos. Diante destes dados, sugere-se que a relação professor-aluno seja objeto de estudo na formação de professores e que as escolas tenham momentos, disciplinas e práticas para a discussão das relações interpessoais que nelas ocorrem. Palavras-chave:  Relações Sociais, Conflitos, Conf litos, Escola.

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HOMOSSEXUALIDADE: ENTRE OPINIÕES E OBSTÁCULOS SILV SIL VA, Emil Emilly ly Berlanda Berla nda da SILVA, Jadna Luana Felipe da

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões e dificuldades relacionadas com a homossexualidade. Trata-se de um Estudo de Caso Cas o com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 117 pessoas, sendo 72,6% mulheres e 27,4% homens. A maioria

(91,5%) dos respondentes apresenta idade entre 13 e 18 anos. Em relação à orientação sexual, 77,8% dos participantes da pesquisa se consideram heterossexuais, 13,6% se consideram bissexuais, 6% se consideram homossexuais, 0,9% se consideram assexuais e 0,9% prefere não se declarar. Os resultados obtidos foram os seguintes: 77,8% dos respondentes afirmam que não tiveram dificuldades para aceitar a orientação sexual sexua l que apresentam, apresentam, 13,7% afirmam afirma m que apresentaram apresentaram um um pouco de dificuldade, 5,1% que apresentaram muita dificuldade e 3,4% afirmam desconhecem ou não tem certeza de sua orientação sexual. 67,5% dos respondentes não se sentiram pressionados para assumir determinada orientação sexual. 32,5% se sentiram influenciados a assumir determinada orientação sexual. DenDentre os respondentes, 47,7% afirmam que tiveram certeza de sua orientação sexual quando apresentavam entre 10 10 e 14 anos; 36,8% quando tinha t inham m entre 5 e 9 anos a nos de idade e 8,5% afirmam que ainda não tem certeza de sua orientação sexual. 31,6% dos respondentes afirmam que não têm nenhum homossexual na família, 43,6% dos respondentes afirmam que tem algum familiar homossexual, 23,9 disseram não saber e 0,9 afirmou ter a maioria da família composta por homossexuais. A maioria (81,2%) dos respondentes, tem amigos homossexuais, 7,7% diz não saber se tem amigos homossexuais, 5,1% dizem não ter amigos com a orientação sexual em questão e 6% diz que a maioria de seus amigos são homossexuais. homossexua is. 85% dos resrespondentes aceitariam um gay, lésbica ou travesti como seu parente, como doador de sangue. Apenas 75% aceitaria um homossexual como familiar mais próximo ou como empregado e 96,5% afirmam que não se sentiriam incomodados com

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a presença de um homossexual em qualquer situação. Dentre os respondentes, 57,8% concordam com a união/casamento de pessoas do mesmo sexo, 26,7% se consideram indiferentes ao relacionamento homossexual e 15,5 15,5% % não concordam. Para 83,8% de dos dos participantes part icipantes da pesquisa o risco de contrair AIDS AI DS é igual entre heterossexuais e homossexuais. A maioria dos entrevistados neste questionário não sofreram preconceito por sua orientação sexual com um percentual de 84,6% e 11,1% alegam que sim. Observa-se respostas contraditórias em relação à temática homossexualidade, pois muitos respondentes aceitam amigos homossexuais, mas não concordam com o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Observa-se também, que a porcentagem de respondentes que aceitam amigos homossexuais é menor do que a porcentagem de pessoas que aceitam familiares ou empregados homossexuais. Acredita-se que o preconceito em relação relação à homossexualidade homossexual idade ainda se faz muito presente em nossa sociedade e que, por vezes, o mesmo é camuflado por discursos politicamente corretos. Sugere-se que temáticas relacionadas com a orientação sexual e a discriminação sexual sejam abordadas nos espaços escolares a fim de minimizar as condutas homofóbicas. Palavras-chave:  Homossexua  Homossexualidade, lidade, adolescência e preconceito.

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HÁBITOS DE USO U SO DA DA INTERNET INTE RNET SANTOS, Felipe Gabriel

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar hábitos de uso diário da Internet. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 126 sujeitos. 60% dos participantes da pesquisa apresentam renda de aproximadamente 2 salários mínimos e os 40% apresentam renda de, com renda de aproximadamente 3 salários mínimos. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 81% dos

respondentes paranavegar ouvir músicas assistir vídeos, 8% 6,3% usamusam para fazer compras,usam 4,7%Internet usam para em sitese de sua preferência para acessar redes sociais. Neste contexto, 78,4% dos participantes da pesquisa acham que a Internet ajuda no dia a dia e 21,6% acredita que a Internet não ajuda no dia a dia. Destaca-se que 100% dos participantes da pesquisa utilizam Internet todos os dias. No entanto, 48,8% pessoas acham que o tempo que eles usam para acessar a Internet poderia ser usado para algo melhor, 44,9% dizem que o tempo gasto com a Internet não poderia ser melhor aproveitado com outras atividades e 6,3% das pessoas não responderam esta questão. Conclui-se que as pessoas que usam mais frequentemente a Internet acham que ela é importante no dia a dia, também sendo em boa parte dos casos seu meio de trabalho e ou fonte de renda, a maior parte dos entrevistados acham que a melhor utilidade da Internet é ouvir música e assistir vídeos. Palavras-chave:  utilidade, Internet, hábitos.

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PADRÕES DE BELEZA E MÍDIA: O QUE É BELO PARA PARA VOC OCÊ Ê É SÓ O QUE APARECE NA TV?  RODRIGUEZ, Camila Caroline BINOTTO, Izabela

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se investigar o comportamento das pessoas em relação aos padrões de beleza valorizados pela mídia. Trata-se de um

Levanta mento de Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 74  74  pessoas, sendo 23% homens e 77% mulheres. mul heres. 14,9% com idade entre 12 e 15 anos, 73% com idade entre 15 e 18 18 e 12,2% com mais de 18 anos. 43,2% possuem renda renda familiar fami liar inferior in ferior ou ou igual igua l a dois salários mínimos, 40,6% de dois a quinze salários mínimos, 16,2% preferipreferiram não declarar. Os principais resultados obtidos obtidos foram foram os seguintes: segui ntes: 55,4% 55,4% das pessoas passam menos de 30 minutos diários preocupando-se com algum aspecto de sua aparência, 31,1% utilizam de 30 a 60 minutos e 13,5 gastam mais de 60 minutos diários com estética. 8,1% das pessoas nunca ficam perturbados com a aparência que possuem (isto é, sentindo-se triste, ansioso ou deprimido), 31,1% raramente perturba-se com a estética que apresenta, 33,8% ficam às vezes e 27% frequentemente. frequente mente. 21,6 21,6% % nunca buscam busc am esconder es conder uma parte par te do corpo que consideconsideram feia, 45% raramente executam essa ação e 32,4% executa-a frequentemente. 55,4% das pessoas gastam menos de 30 minutos por dia envolvidos em atividades destinadas a melhorar sua aparência, 29,7% gastam de 30 a 60 minutos e 14,9% mais de 60 minutos. 44,6% 44, 6% dos sujeitos sujeitos nunca nunca realiza real izam m dietas com foco na melhora da aparência, 44,6% ocasionalmente fazem dietas com este propósito e 10,8% frequentemente faz dietas com fins estéticos. 67,6% dos sujeitos consideram ser influenciados pela mídia nos cuidados com estética e 32,4% não se consideram influenciados. 83,3% dos sujeitos declaram que se possível mudariam algo em sua aparência e 16,2% não mudariam nada. 48,6% se consideram muito feliz em relação a sua própria aparência e 51,4% das pessoas não se consideram felizes com

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a própria aparência ou não sabem. Os dados indicam grande preocupação com estética e com adequação a padrões de beleza, bem como apontam para a consciência de que os padrões beleza apresentados nos meios de comunicação de massa interferem em condutas cotidianas relacionadas com cuidados estéticos.   Palavras-chave:  Mídia, padrões de beleza, opiniões.

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RACISMO NAS ESCOLAS: A PERSPECTIVA PERSPECTIV A DOS D OS PROFESSORES  

IBERSS, Patrick 

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar opiniões de professores sobre a ocorrência de práticas racistas racist as no contexto escolar. Trata-se de um LevanLeva ntamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 21 professores da rede estadual de ensino de Foz do Iguaçu. Neste contexto, 81% dos respondentes afirmam que

os assuntos como racismo, trajetória negra e escravidão devem ser tratados nas escolas como conteúdo de várias disciplinas, disc iplinas, 14,3% que o assunto deve ser tratado apenas uma vez ao ano e 4,8% acreditam que o mesmo deve ser abordado apenas no dia da abolição da escravatura, mês do folclore e no dia da consciência negra. Além disso, 90,5% 90, 5% acreditam que o racismo deve deve ser tratado pedagogicamente pela escola e 9,5% que o assunto deve ser tratado quando ocorrer algum caso evidente na escola. 52,4% dos participantes da pesquisa afirmam que o racismo se manifesta na escola de maneira não explícita e com grande frequência, 28,6% disseram que, em tal contexto práticas racistas ocorrem de maneira explícita e com grande frequência, já 9,5% disseram que existe de maneira não explícita com baixa frefrequência e a mesma quantidade disse que existe de maneira explícita e com baixa frequência, ninguém disse que não existe racismo nas escolas. Ao serem questionados se alunos a lunos negros tendem a ter maior probabilidade de repro reprovação vação 38,1% 38,1% dos professores disseram que isso não ocorre, 28,6% disseram que sim e com grandes chances disso acontecer, 19% disseram que sim tende a acontecer porém é pouco comum e 14,3% disseram que são raras as vezes que isso acontece. Não obstante, 38,1% dos professores afirmam que o racismo tem influência mediana na aprendizagem diza gem e nas notas notas dos alunos, 28,6% disseram dissera m que o racismo tem alta influência inf luência em relação a estes fatores, 19% responderam que tem baixa influência e apenas 14,3% disseram que a questão racismo tem pouca interferência na aprendizagem. 42,9% dos professores disseram que suas perspectivas em relação à aprendizagem de um aluno negro são elevadas, 28,6% disseram que suas perspectivas são meme-

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dianas, 23,8% disseram que suas perspectivas perspectivas são baixas e 4,8% afirmam que tem tem baixas perspectivas em relação ao aluno negro. Para 61,9% dos respondentes alunos brancos não tem melhor aprendizado que alunos negros, 19% disseram que alunos brancos, na maioria ma ioria da vezes, aprendem mais mais que alunos negros e a mesma percentagem disse que esta situação situaç ão ocorre, porém raramente. ra ramente. 47,6% 47,6% dos professoprofessores respondentes disseram que alunos negros tendem a evadir de maneira igual a alunos de outros grupos raciais ou étnicos, 42,9% dos respondentes disseram que alunos negros tendem a evadir, não muitos mais, que alunos de outros grupos e 9,5% dos professores professores disseram que alunos negro tendem a evadir evad ir muitos mais que alunos de outros grupos. Considerando os dados coletados observa-se que uma porcentagem significativa dos participantes da pesquisa acredita na ocorrência de práticas racistas em contexto escolar e entende que essas práticas interferem na aprendizagem dos alunos. Destaca-se também que alguns dos docentes da pespesquisa atribuem diferentes possibilidades de sucesso escolar para alunos negros. Diante dos dados coletados, surge que, processos de formação inicial inicia l e continuada abordem e sensibilizem docentes em relação aos nefastos efeitos do racismo.   Palavras-chave:  Racismo, escola, professores.

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FEMINISMO: ENTRE OPINIÕ OPINIÕES, ES, CONCEITOS E PRECONCEITOS SANTOS, Mariah de Mello ROV RO VARIS, Sofia Zanette

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar opiniões, conceitos e preconceitos relacionados com o Feminismo.  Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 146 146 pessoas, pes soas, predominanteme predominantemente nte adolescentes

com idade entre 14 14 e 17 17 anos, sendo 67,1 67,1% % mulheres mulhere s e 32,9% 32,9% homens. Os principrinc ipais resultados obtidos foram os seguintes: 65,8% declararam que consideram o feminismo necessário, necessá rio, enquanto 16,4% 16,4% o entendem como um exagero ex agero (66,6% são do sexo feminino e 33,4% do sexo masculino), 13% o percebem como desnecessário e 4% declararam não conhecer o tema. 85,6% dos participantes da pesquisa  julgam que existe ex iste desigua desigualdade ldade entre gênero gêneross na sociedade s ociedade atual, at ual, enquanto 9,6% discordam da existência de desigualdade e 4,8% preferiram não opinar. Neste contexto, 78,1% dos respondentes concordaram totalmente com a afirmação de que “nenhum “nenhum homem tem direito di reito de agredir verbalmente verbal mente ou fisicamente uma mumulher”, 13% 13% concordara concordaram m parcialmente parcia lmente (33,3 (33,3% % são do sexo s exo feminino e 66,7% 66 ,7% são do sexo masculino), 2,7% discordaram parcialmente, 3,4% discordaram totalmente e 2,7% declararam ser neutras. Dentre os participantes da pesquisa, 47,3% concordam totalmente com a afirmação de que o feminismo impulsiona as mulheres a denunciarem mais os casos de violên v iolência, cia, 20,8% concordam parcialmente parcia lmente com esta afirmação, 8,9% discordam totalmente, 7,5% discordam parcialmente da mesma e 5,5% 5,5% preferem preferem não opinar. opinar. Observa-se que os os respondentes respondentes concordaram concordaram que há desigualdade de gênero na sociedade, mas discordam sobre o significado do Feminismo. Predominantemente, Predominantemente, os homens participantes part icipantes da pesquisa pesquis a apresentaapresentaram divergências de opiniões, enquanto alguns expressaram total apoio ao feminismo, outros apresentaram afirmam que o feminismo foi uma maneira encontrada pela maioria ma ioria das mulheres de se vitimiz vit imizarem arem e que ele não ajuda ajuda no combate combate à violência. Desta forma, observa-se que o feminismo não possui total aprovação,

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ainda há uma u ma grande gra nde divergência divergência de opiniões a respeito do assunto, especialmente dentre os atores sociais (homens) que historicamente usufruíram dos resultados de posturas machistas e androcêntricas. androcêntricas. Palavras-chave:  preconceito  preconceitos, s, feminismo, femin ismo, opiniões.

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A VIVÊNCIA DA TRANSFOBIA FERRARI, RI, Victor Fonseca Fonseca  FERRA CÁCERES, Júlia Pietrovski

Resumo: A transfobia tra nsfobia é uma série de atitudes ou sentimentos negativos em relação às pessoas travestis, transexuais e transgêneros. Na presente pesquisa objeti va-se averiguar averiguar informações sobre a vivência da transfobia. Trata-se Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 43 pessoas, pes soas, sendo 31 31 homens e 12 mulheres. Den-

tre os respondentes, homossexuais, declaram-sedaheterossexuais, 16% bissexuais,51% 3% declaram-se pansexuais. Neste contexto,30% 4 participantes pesquisa passaram por transição cirúrgica do sexo feminino para o masculino e 6 realizaram o processo inverso. 62% moram com os pais, 16% moram sozinhos, 15% com amigos ou parentes pa rentes e 7% companheiros ou cônjuges. cônjuges. Os principais resultados resu ltados obtidos foram os seguintes: 23,2% dos participantes da pesquisa foram vítimas de transfobia, 34,8% presenciaram situações de transfobia e 16,2% foram vítimas de agressão física acompanhada de atitudes transfóbicas. 43% dos entrevistados que a sofreram agressão (verbal ou física) não procuraram as autoridades para relatar o acontecido. Dos que sofreram agressão física, 4 sujeitos sofreram apenas uma vez e 3 sofreram de 2 a 4 vezes: destes, 43% foram agredidos na rua, 28% em outros locais públicos, 15% na escola/faculdade e 14% 14% em local de trabalho. trabal ho. Cinco respondentes responden tes foram agredidos ag redidos por desconhecidos, enquanto dois foram agredidos ag redidos por funcionário ou alunos de uma escola. Apenas 4 dos participantes da pesquisa que sofreram violência apresentaram queixa às autoridades competentes. 3 foram agredidos há mais de um ano, 2 entre o período de seis meses e um ano, e 2 há menos de 6 meses. 4 contaram com a ajuda de amigos para lidar com a situação, outros 3 lidaram ou com ajuda clínica, sozinhos ou com a família. Os dados indiindicam que a transfobia e a homofobia geram não só ofensas verbais como também agressões físicas. Trata-se de crimes que precisam ser conhecidos e combatidos pelas autoridades, escolas e professores. Homofobia e transfobia parecem se mesclar na geração de atos criminosos que atingem travestis, t ravestis, transexuais e transgê-

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neros e homossexua homossexuais. is. Acredita-se que a temática da transfobia tr ansfobia deve ser abordada nas escolas e em campanhas governamentais, de qualquer forma, a ignorância não pode ser justificativa para a violência e prática de crimes que desrespeitam qualquer segmento social. Palavras-chave:  transfobia, transexualidade, opiniões.  

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A INFLUÊNCIA INFLUÊNCIA DA DA TECNOLOG TECNOLOGIA IA NAS NAS RELAÇÕES HUMANAS SCHMIDT, Daniela SILVA, Gabriella Gabrielli

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar opiniões sobre a inf luên luên-cia da tecnologia nas relações humanas. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 29 sujeitos, sendo 72,4% mulheres e 27,6% homens;

62,1% têm idades entre 15 e 16 anos, 13,8% entre 17 e 18 anos, 20,7% acima de 18 e 3,4% entre 12 e 14 anos; 44,8% tem uma renda mensal de dois a cinco salários mínimos, 37,9% de um a dois salários mínimos, 3,4% de cinco a dez, 3,4% mais de dez salários mínimos, 3,4% menos de um salário mínimo e 6,9% preferiram não declarar; O grau máximo de escolaridade dos sujeitos está dividido em: 62,1 % possui o ensino médio incompleto, 3,4% o ensino médio completo, 17,2% o ensino superior incompleto, 3,4% possui especialização, 3,4% o ensino fundamental incompletoo e 10 incomplet 10,3% ,3% o ensino fundamental fu ndamental complet c ompleto. o. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: segui ntes: 72,4% dos responden respondentes tes admitiram admitir am que algumas alg umas vezes já fingiram estar mexendo no celular para evitar falar com alguém, e outros 13,8% afirmam que sempre fazem isso e outros 13,8% afirmam que nunca fingiu estar no usando o celular para evitar uma conversa. Perante a pergunta “de que forma  você prefere se comunicar comunica r com as pessoas?” 48,3% dos part participantes icipantes da pesquisa responderam que preferem conversar pessoalmente, 31% afirmam que preferem se comunicar por mensagens de texto e 20,7% afirmam que prefere não falar com as pessoas; 62,1% dos respondentes concordam em parcialmente com a afirmação “a tecnologia aproxima quem está longe e afasta quem está perto” já 24,1% concordam plenamente com tal afirmação e 13,8% não tem opinião clara sobre a afirmação mencionada; 37,9% dos entrevistados não acreditam que a tecnologia de alguma forma os afasta de suas famílias e amigos, 10,3% acreditam que isso ocorre e 51,7% 51,7% não tinham tinha m uma resposta respost a clara clar a sobre o assunto; Dos respondentes, 89,7% acreditam que as pessoas deveriam ter mais contato umas com as outras e

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os outros 10,3% não acham que as pessoas deveriam ter mais contato umas com as outras. Observa-se que uma porcentagem significativa de participantes da pesquisa apresenta preferência pela comunicação virtual, mediada por tecnologias, do que pela interação face a face, o que pode indicar indica r um efeito das tecnologias nas relações humanas no sentido de uma crescente dif dificuldade iculdade da relação interpessoal interpessoa l cotidiana. Considerando-se que muitos participantes acreditam que a tecnologia permite uma aproximação de pessoas que estão distantes e um distanciamento das pessoas que estão próximas, reforça-se a interpretação de que as tecnologias podem estar minimizando a capacidade das pessoas de efetuarem interação face a face. Palavras-chave:  Influência, tecnologia, relações humanas;  

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COMO MACHISMO E PAPÉIS DE GÊNERO AFETAM O COMPORTAMENTO MASCULINO? GOMES, Mateus TEIXEIRA, Willian

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar como o machismo e os papéis de gênero afetam o homem. homem. Trata-se de um Levantamento de Opiniões

com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 88  88  pessoas, entre os quais 50,6% são mulheres e 49,4% são homens. Os principais resultados obtidos foram foram os seguintes: seg uintes: 90,8% dos partipar ticipantes da pesquisa acreditam acred itam que o machismo não oprime somente somente as mulheres, enquanto 9,2% acreditam que o machismo oprime somente mulheres. 75,6% dos respondentes disseram que já deixaram de fazer alguma coisa por ser considerada uma prática feminina ou (no caso das mulheres) já presenciaram homens deixando de realizar ações porque outros a consideram ações de mulheres, os outros 24,4% nunca deixaram de fazer algo por este motivo ou não presenciaram o fato. Perante a frase “se um homem chorar, seus amigos homens vão..:”, 40,9% marcaram a opção “tirar sarro e fazer brincadeiras com ele”, 38,6% marcaram a opção “oferecer “oferecer apoio apoio e carinho” carin ho” e 20,5% 20,5% marcaram marcara m a opção “distanciar-se “dist anciar-se ou permanecerem indiferentes”. Perante a frase “se um homem se emocionar com um filme, seus amigos vão...:”, 72,7% responderam que provavelmente os amigos do indivíduo iriam tirar sarro e fazer brincadeiras com ele, 13,6% responderam que os amigos iriam oferecer apoio e 13,6% responderam que os amigos iriam distanciar-se ou permanecerem perma necerem indiferentes. indiferentes. No que se refere à afirmação af irmação “e um homem se negar a mexer com uma mulher ou reclamar de amigos que estão mexendo/ incomodando a mesma, seus amigos vão...:” 46% responderam que seus amigos iriam tirar sarro, fazer brincadeiras com ele, 40,2% responderam que os amigos iriam entender tal atitude e 13,8% responderam que provavelmente seus amigos iriam se isolar. Na afirmação “se um homem demonstrar-se sensível e desintedesinte -

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ressado por atividades esportivas, as mulheres podem se interessar menos por ele”,, 69,3% responderam que não concordam, 22,5% ele” 22 ,5% responderam que concordam e 8% mantiveram-se indiferentes. 88,6% concordam com a afirmação de que “a cultura machista/patriarcalista pode vitimar todas as pessoas, independente do seu sexo e orientação sexual. sexua l. Neste contexto, 79,6% dos respondentes respondentes consideram o feminismo um movimento necessário, 13,6% considera desnecessário e mais 6,8% não opinaram. opinara m. 73,6% dos questionados questionados não concordam com a interpretação de que os papéis de gênero devem ser respeitados enquanto 26,4% concordam. Considerando-se as respostas obtidas pode-se notar que a grande maioria dos respondentes vivenciaram ou presenciaram fatos em que homens sofrem julgamentos, chacotas e distanciamentos por se oporem a comportamento machistas ou assumirem comportamentos associadas com os papéis de gênero femininos. Em razão disso mais de dois terços dos respondentes já deixaram de fazer alguma coisa por ser considerada uma prática feminina ou pelo menos já presenciaram este fato. Desta forma, acredita-se que o combate ao machismo e as a s violências que dele decorrem, perpassa também pela luta contra as consequências do machismo dentre os próprios homens. Palavras-chave:  machismo, papel social soc ial de gênero, opressão.

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A CULTURA DO ESTUPRO NA OPINIÃO DOS HOMENS COSTA, Tulio Tulio Gabriel de Senna S enna EVANGELISTA, Vinicius Paulino

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar o que homens pensam sobre a cultura do estupro.  estupro.  Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por  por  34 34   homens. Os principais resultados obtidos foram os seguintes:  seguintes:  

94% discordam da interpretação de que o uso de roupas mais recatadas evitaria a ocorrência de práticas de estupro e 6% concordam com esta interpretação. 80% dos participantes da pesquisa acreditam que a cultura do estupro é algo real e que preciso ser combatido, mas 20% entende que que trata-se de um u m discurso disc urso sobre algo que não existe; 91% afirmaram que ao receber um não de uma mulher respeitaram sua decisão, já 9% disseram que insistiriam; 100% concorda que a mulher tem direito a segurança independente da roupa que usa; 50% afirmaram não conhecer uma mulher vítima de estupro, 24% disseram que sim e 26% afirmaram que só viram na televisão; 88% afirmaram que acham que homens não são estuprados na mesma frequência que mulheres e 12% afirmaram que sim; 82% concordaram que a mobilizaç ão nas redes sociais é importante lização importa nte para a luta contra contra o estupro, já 16% 16% afirmaram afirma ram que não. não. Observa-se que todos os participantes da pesquisa concordam que mulher merece segurança independente de sua roupa, e que a roupa não é um fator para que a mulher seja estuprada. Apesar da maioria não conhecer uma mulher que já tenha sido estuprada, predominantemente concordam que a frequência de estupro em mulheres é maior ma ior do que a dos homens. No entanto, ressalta-se que uma parcela pa rcela pequena dos participantes da pesquisa associa o tipo de roupa que uma mulher usa com a maior probabilidade de ocorrência do estupro est upro e acredita que homens são tão frequentement frequente mentee estuprados est uprados o quanto qua nto mulheres, o que revela preconceitos preconceitos e desinformação em relação aos dados d ados sobre o estupro. Desta forma, acredita-se que a temática em questão precisa ser discutida em ambientes escolares e midiáticos.  

Palavras-chave:  Cultura do Estupro, perspectiva masculina, opiniões. 124

 

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POLÍTICA E RELIGIÃ RELIGIÃO O DEVEM AND A NDAR AR DE MÃOS M ÃOS DADAS? DADAS?   GUIMARÃES, Bruna ALENCAR, Rafael de

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar o posicionamento de pessoas de distintas religiões no que se refere à relação entre política e religião.  religião.  Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 67  67  pessoas,

sendo 33 (49,3%) são mulheres e 34 (50,7%) são homens. 61 (91%) participantes da pesquisa receberam educação religiosa na infância. Em relação à religião, 16 (23,9%) se intitulam evangélicos, 15 (22,4%) católicos, 13 (19,4%) acreditam em Deus, mas não possuem religião, 8 (11,9%) agnósticos, 7 (10,4%) ateístas, 2 (3%) católicos não praticantes, 2 (3%) espíritas kardecistas, 1 (1,5%) candomblecista e 3 (4,5%) afirmam-se vinculados a outras manifestações religiosas. Sobre a visão política 28 (41,8%) declaram-se “eleitores de esquerda”, 18 (26,9%) “do centro”, 10 (14,9%) declararam-se “eleitores de direita” e 11 (16,4%) não responderam. 38 (56,7% (56,7 %) respondentes respondentes não votam em candidatos ou partidos pa rtidos que explicitam ex plicitam sua re re-ligião, 24 (35,8% (35,8%)) são indiferentes à religião do candidato, ca ndidato, 3 (4,5%) (4,5%) procuram procura m votar em candidatos ou partidos cujos preceitos e filosofias estejam em concordância com as suas sua s perspectivas perspect ivas religiosas religiosa s e 2 (3% (3%) preferem preferem votar em candidatos ca ndidatos ou partidos que compartilham compartil ham da mesma opinião que a sua. Sobre o ensino religioso religioso nas escolas, 28 (46,8%) (46,8%) acham acha m que não deveria existir, ex istir, 10 (1 (14,9% 4,9%)) não têm uma u ma opinião formada sobre o assunto, a ssunto, 10 (1 (14,9% 4,9%)) acham acha m que ele deve existi existirr somente nas escoesco las religiosas, 9 (13,4%) acham que ele deve ser ofertado, mas deve ser facultativo ao aluno e 10 (1 (14,9% 4,9%)) acreditam que deveria existir exist ir em todas as escolas. e scolas. Dentre os participantes da pesquisa, 53 (79,7%) acham que a religião e a política nunca de vem ser misturadas, misturadas , 8 (1 (11,9% 1,9%)) acham que os valores religiosos devem orientar orientar nas tomadas de decisões políticas e 6 (9%) não tem opinião formada.  formada.  Observa-se que mesmo com uma grande maioria de participantes da pesquisa vinculados a uma religião e oriundos de contextos em que receberam educação religiosa, relig iosa, predomina

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a compreensão de que a escolha de políticos e a condução da política, não podem ser guiadas por preceitos religiosos. Palavras-chave: Religião, Política, Posi Posicionamento cionamento..

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VEGETARIANISMO: UMA TENDÊNCIA?   LEITE, Debo Deborah rah Mayara Schlosser Sch losser PACHECO, Enrique Leandro Lea ndro Dutra

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões sobre o vegetarianismo e sobre o consumo de carne. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 70(setenta) sujeitos vegetarianos e não vegetarianos. Dos não vegetarianos vegetaria nos 68,3% são mulheres e 31,7% 31,7% são homens; 50% têm idade entre 15

e3,2% 18 anos, 13 e, 15 anos, 8 ,1% 8,1 % entre 18 e 22 anos,entre 4, 8%40entre 4,8% e 3084,1 a4,1% nos, entre29% 30 eentre 4 0 anos 40 3,2% entre 10 e 13 anos e 1,6% e 5022 anos. 8anos, % apenas estudam, 11,1 trabalham e estudam e 4,8% apenas trabalham. 42,9% tem renda mensal de 2 a 5 salários mínimos, 23,8% de 1 a 2 salários mínimos, 14,3% de 5 a 10 salários mínimos, 1,6% de 10 a 15, 1,6% mais de 15 salários mínimos 3,2% tem renda de menos de um salário mínimo e 12,7% preferem não declarar. Dos vegetarianos vegetaria nos 80% são mulheres mul heres e 20% homens; 63,6% tem idade entre entre 15 e 18 anos, 18,2% entre 13 e 15, 9,1% entre 18 e 22 e 9,1% tem idade entre 22 e 30 anos. 90% apenas estudam estuda m e 10% 10% trabalham traba lham e estudam. es tudam. 41,7% tem renda renda mensal entre 2 e 5 salários mínimos, 16,7% de 1 a 2 salários mínimos, 8,3% menos de um salário mínimo, 8,3% de 5 a 10 salários mínimos e 25% preferem não declarar. 89% dos respondentes responden tes não são vegetarianos e 11% são vegetarianos. vegetar ianos. 54% dos não vegetariavegetarianos não comem algum tipo de carne e 46% comem todo tipo de carne. Dentre os respondentes vegetarianos 77,8% concordam que a dieta vegetariana não é difícil de ser seguida e 22,2% 22, 2% acham que é difícil; difíci l; 100% dos vegetaria vegetarianos nos concordam concordam que não há opções de alimentação vegetarianas suficientes nos locais em que frequentam; 79,4% dos não vegetarianos já foram adeptos da dieta vegetariana e 20,6% nunca foram vegetarianos. Desses 79,4%, 53,3% pararam de comer carne por estarem preocupados com os maus tratos aos animais, 6,7% pela saúde, 6,7% por questões ambientais e 33,3% por outros motivos. ainda sobre esses 79,4%, 62,4%  voltaram a consumir carne ca rne por gostar gostar do sabor, sabor, 25% 25% pela saúde e 12,5% por influinf luência de terceiros. 42,9% dos não vegetarianos tem interesse em experimentar a

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dieta vegetariana vegetar iana e 57 57,1 ,1% % não tem interesse; dos não vegetarianos vegetar ianos 46% continuam continua m comendoo carne comend ca rne por gostar gosta r do sabor sa bor,, 30,2% 30, 2% por hábito/costume, hábito/costume, 14,3% por falta fa lta de opções vegetarianas e 9,5% por não acreditarem nas vantagens da dieta vegetariana. Dos não vegetarianos, 65% eliminariam a carne de sua dieta por saber que os animais sofreram antes de morrer, 15% por saber da grande poluição produzida pelos dejetos e restos de animais, 13,3% por saber que há um excessivo gasto de água para a produção de carne e 6,7% por saber que é necessário desmatar 10 mil metros quadrados para a produção de um quilo de carne. Conclui-se que os vegetarianos taria nos estão satisfeitos com sua dieta e acreditam que precisa-se de mais atenção do comércio para esse grupo, que os não vegetarianos também estão satisfeitos, e não dispensam a possibilidade de experimentar a dieta vegetariana pelo motivo de se sentirem “culpados” “culpados” em relação aos animais. ani mais. Considerando-se C onsiderando-se o dado de que 79,4% dos não vegetarianos já vivenciaram uma experiência de vegetarianismo, acredita-se que existe dentre os respondentes uma tendência ao questionamento do hábito hábito de comer car carne ne e que isso possa refletir ref letir uma tendência mais geral da sociedade contemporânea. Sugere-se que, nas escolas, desde a fase inicial da educação, alternativas de alimentação vegetariana sejam apresentadas aos alunos, para que estes possam perceber a possibilidade do vegetarianismo. Por fim, destaca-se que as opções de alimentações vegetarianas devem ser ampliadas em lugares de comercialização de alimentos, especialmente em lugares públicos como escolas e restaurantes: os vegetarianos também têm direito a uma alimentação variada e isto é possível sem grandes custos.   Palavras-chave: Vegetarianismo, Carne, opiniões.

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INTOLERÂNCIA RELIGIOSA EM FOZ DO IGUAÇU SANTOS, Mateus Henrique

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar informações e opiniões sobre a intolerância religiosa e religiosidade em Foz do Iguaçu. Trata-se de um Levantamento Levanta mento de Opiniões com coleta de dados pautada pautada na aplicação de um u m questionário on-line. O questionário foi respondido por 28  sujeitos, sendo 53,6% que se definem como protestantes (evangélicos, batistas, mórmons, luteranos, teste-

munhas de Jeová, dentre outros); 25% católicos; 17,9% acreditam em uma força maior (divindade), porém não pertence a nenhuma religião; e 3,6% são pagãos. Dos entrevistados, 78,6% acreditam existir intolerância religiosa em Foz do Iguaçu; 10,7% não tem certeza da ocorrência de tal fenômeno; 10,7% nunca ouviram falarr no assunto. 68% seguem a sua religião porque parentes ou familiares fala familia res seguem a mesma religião, 20% porque um dia ouviu falar nela e se interessou, 12% por outros motivos. 64,3% dizem que seus pais não os obrigam a efetuar práticas ligadas a uma religião, já 35,7% dizem que sim. 50% dizem participar de atividades religiosas em grupo gr upo por duas ou mais vezes na semana, 28,6% uma vez na semana, 10,7% raramente vão aos cultos, 3,6% uma vez ao ano, 3,6% não possuem culto, 3,6% outros. 28,6% buscam busca m praticar todos os preceitos de sua religião, 32,1 32,1% % buscam praticar a maior parte deles, 21,4% praticam somente os que vão de acordo a seus ideais, 10,7% não estão preocupados em praticar, 7,1% praticam poucos. 32,9% dizem que a religião é a coisa mais importante em suas vidas e nela propro curaram basear todos os atos e opiniões, 39,3% dizem ser algo muito importante na qual tentam basear a maior parte de seus atos e opiniões, 10,7% dizem que a religião tem pequena importância em suas vidas, v idas, 10,7% dizem não ser importante e não se baseiam nela, 3,6% diz ter alguma importância, porém não se baseiam nela, 3,6% outros. 25% dizem que deve existir ensino religioso em todos as eses colas, 28,6% discordam da presença do ensino religioso na escola, 1,4% acreditam que o ensino religioso deve ser matéria opcional, 14,3% não possuem opinião formada, 3,6% acreditam que o ensino religioso deve ser ofertado somente em

formada, 3,6% acreditam que o ensino religioso deve ser ofertado somente em 129

 

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escolas religiosas, 7,1% não opinaram. 77,8% aceitariam familiares pertencentes à outra religião, 14,8% aceitariam, aceitaria m, porém não estariam estar iam felizes, feliz es, 7,4% 7,4% toleraria. 81,5% 81,5% aceitariam aceitaria m amigos am igos (as) (as) pertencen per tencentes tes à outra religião, 11, 1,11% aceitariam, aceitar iam, porém p orém não estariam felizes, 7,4% toleraria. 91,6% aceitaria doadores de sangue/órgãos, 7,4% aceitariam, aceitaria m, porém não estariam felizes. feliz es. 51,9% 51,9% aceitariam aceitaria m ter filhos fil hos (as) (as) pertencenpertencentes a outra religião, 37% aceitariam, porém não estariam felizes, 11,1% toleraria. 81,5% aceitariam vizinhos v izinhos (as) pertencentes pertencentes a outra religião, relig ião, 14,8% 14,8% aceitariam, aceitar iam, porém não estariam felizes, 3,7% toleraria. 85,2% aceitariam colegas ou parceiros (as) de trabalho pertencentes a outra religião, 11,1% aceitariam, porém não estariam felizes, 3,7% toleraria. 80,8% aceitariam ter empregados em sua casa/funcionários de sua empresa pertencentes a outra religião, 7,7% aceitariam, porém não estariam felizes, 7,7% toleraria, 3,8% preferiram não declarar. 80,8% aceitariam turistas pertencentes a outra religião, 11,5% aceitariam porém não estariam felizes, 7,7% toleraria. 63% aceitaria governadores/presidentes/prefeitos pertencentes a outra religião, 7,4% 7,4% aceitariam porém não estariam estaria m felizes, 22,2% 22 ,2% toleraria, 3,7% não aceitariam e 3,7% não reconheceriam este como tal. 7,4% votariam em candidatos que compartilham a mesma religião que eles, 22,2% teriam alguma preferência por candidatos que compart compartilha ilham m da mesma religião que eles, 48,1% 48,1% dizem que a religião do candidato é indiferente, 14,8% não votaria em candidatos que explicitam sua religião, 7,4% outros. Conclui-se que dentre os moradores de Foz do Iguaçu existe ex iste forte religiosidade e tolerância em relação à diversidade religiosa, mas que mesmo assim a intolerância religiosa se manifesta em alguns segmentos sociais,, uma vez que uma pequena parcela dos respondentes sociais respondentes aponta não satisfação com  o fato de pessoas de diferentes diferentes religiões fazerem faz erem parte de seus círculos círcu los sociais. Palavras-chave: Intolerância, Religião, Crença.

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REAÇÕESS DIANTE DE PROPAGANDA REAÇÕE PROPAGANDA NAS REDES SOCIAIS SO CIAIS   SOARES, Lucas SOARES, FONTEBASSO, Bruno

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar comportamentos relacionados com a propaganda em redes sociais, na perspectiva dos usuários destas redes.   Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação redes. de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 50 usuários das

redes sociais, sendo 61.2% homens e 38.8% mulheres.  mulheres.   Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 61.2% dos entrevistados utilizam a internet há 7 anos ou mais; 26.5% utilizam-na utili zam-na entre 4 a 6 anos e 12.2% 12.2% utiliza util izam m internet há menos menos de 3 anos. 100% dos entrevistados afirmam possuir perfil em pelo menos uma rede social e se conectam as redes sociais todos os dias. 95.8% utilizam o Facebook; 54.2% utilizam o Twitter; 6.3% o LinkedIn e 41.7% utilizam outras redes sociais. Quanto ao dispositivo em que os entrevistados utilizam para se conectar as rere des sociais, 34.8% utilizam o Computador (Desktop); 93.5% utilizam o celular; 8.7% o tablet e 52.2% o notebook. 97.8% 97.8% dos entrevistados acessam aces sam as a s redes sociais socia is em sua residência; 65.2% acessam na escola, trabalho, ou outros. Os principais motivos para a criação dos perfis nas redes sociais estão entre: entretenimento/ lazer 82.9%; buscar e manter contatos sociais 67.4%; obter informações em tempo real de seus contatos 34.8%; outros motivos 56.4%. Em relação ao perfil de comportamento nas redes sociais, 54.3% dos entrevistados se identificam como participantes (interagem e compartilham conteúdos); 39.1% se identificam como expectadores (somente acompanham os acontecimentos) e 6.5% se identificam como criadores (criam e divulgam seu próprio conteúdo). Na questão “você costuma participar de alguma publicidade (promoções, ofertas, sorteios) de empresas pela Rede Social?”, 52.2% dos entrevistados afirmaram não participar e 47.8% afirmaram que costumam participar. Em relação a compartilhar publicidade para outras pessoas, 52.2% dos entrevistados afirmaram afirma ram que comparti compartilham lham e 47 47.8%

afirmaram que não costumam compartilhar publicidade de outras pessoas. Em 131

 

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relação aos quesitos quesitos mais atrativos de uma publicidade realizada realiz ada nas redes sociais, sociais , as alternativas mais escolhidas foram: apresentação do produto (design, fotos), com 57.8%; 57.8%; promoções com 48.9% e credibilidade da marca com 40%. 4 0%. Neste contexto, 63% dos participantes da pesquisa já usaram as redes sociais como canal de contato com alguma empresa e 37% nunca usou. Concluiu-se que as redes sociais são um recurso que pode ser eficaz para atividades de marketing e propaganda, um recurso que quase não gera custos e que aproxima a relação cliente e empresa em um ambiente utilizado espontaneamente por potenciais clientes. Destaca-se que, o próprio usuário das redes sociais pode ser um agente de marketing, uma  vez que, como os dados indicam, i ndicam, muitos compartil compar tilham ham propagandas propaganda s com outros usuários dos ambientes virtuais em questão. Palavras-chave:  propaganda, redes sociais, comportamento.

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A MÍDIA CONTROLAD CONTROLA DA POR INTERESSES POLÍTICOS   VASCONCELOS, Pedro Ivo PRESOTTO,  Allan PRESOTTO,

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se entender a visão dos adolescentes em relação à divulgação divu lgação de fatos políticos na mídia. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário quest ionário on-line. O questionário foi respondido por 41 pessoas, sendo 63,4% homens e 36,6% mumu lheres. Predominantemente (90,2%) (90,2%),, os participantes pa rticipantes da d a pesquisa pesquis a possuem idades entre 15 e 20 anos. 95,1% dizem utilizar a Internet como principal meio de informação sobre política. 51,2% 51,2% dos participantes par ticipantes da pesquisa pesquis a acreditam que o horário horár io de propaganda eleitoral obrigatória é útil para conhecer as propostas dos candidatos, 29,3% dizem que o mesma é útil para pa ra conhecer os candidatos, ca ndidatos, 14,6% 14,6% acham que é um meio de os políticos acalmarem as pessoas diante uma crise política; 1 entrevistado diz ser desnecessário e outro diz ser desigual, pois alguns partidos possuem mais recursos para campanhas maiores. 97,5% dos participantes da pesquisa acreditam que os políticos utilizam a mídia para influenciá-los e 2,5% discorda da ocorrência de tal fato. 39% dos entrevistados afirmam que têm o hábito de ler, ouvir ou assistir assuntos políticos, 34,1% afirma que às vezes o faz e 26,8% afirmam não realizar nenhuma dessas atividades. Quando perguntado se os entrevistados acreditam no que é apresentado nos meios de comunicação de massa, 65,9% disseram acreditar um pouco, desses 37% se consideram pessoas pouco informadas e 26% se consideram pessoas informadas. 26,8% dos participantes da afirmam não acreditar no expresso nos meios de comunicação de massa, destes, 45,4% se consideram informados e 36,3% muito informados e 18,3% um pouco informados. Apenas 7,3% acreditam nas informações sobre política expressa pepelos meios de comunicação de massa. Observa-se que as pessoas que acreditam ter maior índice de informação tendem a desacreditar nas informações oriundas dos meios de comunicação de massa. Destaca-se também que as informações expres-

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sas na internet i nternet recebem mais credibilidade do que informações oriundas oriunda s de fontes de informação como a televisão, rádio e os jornais. Palavras-chave: política, mídia, influência, controle.

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OPINIÕES SOBRE PAPÉIS DE GÊNERO   ALENCAR, Áquila Oliveira STOPASSOLI, STOP ASSOLI, Juliana Julia na Abatti

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identifica opiniões sobre papéis de gênero na perspectiva de jovens e adolescentes. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 78 pessoas, pessoas , sendo 65,4% mulheres e 34,6% homens. Desses, Desses , 66,7% têm idades entre 10 e 16 16 anos e 33,4 33,4% % tem entre 17 e 25 anos.

Quanto à renda familiar mensal, 62,8% possuem renda entre menos de 1 salário mínimo a 5 salários mínimos; 15,4% possuem renda entre 5 salários mínimos a mais de 15 salários salá rios mínimos míni mos e 21,8% 21,8% preferiram preferiram não declarar. declara r. Os principais resulresultados obtidos foram os seguintes: quando perguntados sobre o que achavam de  ver uma u ma mulher pagando a conta de um casa casall em um u m restaurante, 20,5% acham acha m que seria mais educado se o homem pagasse a conta; 33,3% acham que, provavelmente, foi a mulher que fez o convite e 46,2% acham que aquela mulher, sendo independente, deve detestar ficar devendo a alguém. 76,9% acham natural que o pai e a mãe compartilhem as tarefas e os cuidados do filho como a troca de fraldas; 20,5% pensam que um pai que troca as fraldas do filho não faz mais que a obrigação; 2,6% acham linda essa atitude colaborativa e quando encontrá-lo vão até elogiar. Neste contexto, contexto, 69,2% 69,2% acreditam que atitude de um rapaz que se prontifica a levar as sacolas de uma mulher na feira, é um raro ato de cavalheirismo; 26,9% acham tal ato gentil, mas acreditam que ele baseia-se na ideia de que a mulher é mais frágil do que o homem; 2,6% acham tal ato antiquado, pois as mulheres de hoje em dia dispensam esse tipo de cuidado, 1,3% acham a atitude natural, pois as mulheres são mais frágeis e gostam de proteção. Para reduzir o assédio às mulheres no ônibus, 87,2% falaram que deve haver educação desde a primeira infância, além de denúncia e punição efetiva dos assediadores, 5,1% acham que as mulheres deveriam conhecer estratégias de defesa pessoal para afugentar, na hora, todo homem que se aproximar demais, 5,1% acha que as mulheres que não desejam ser assediadas deveriam usar roupas bem mais discretas e 2,6% acham

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que as mulheres mulheres deviam devia m ter ônibus só para elas. 66,7% acredita não ser um problema uma família em que um marido cuida da casa e a mulher trabalha, 21,8% sente esta situação como desconfortável, 7,7% 7,7% entendem entendem que que esta situação indica uma mudança de papéis que demonstra a evolução evolução social; socia l; 3,8% acreditam que esta situação humil humilhante hante a tanto para o marido quanto para a mulher. Para a vaga de professor(a) de uma creche, dentre candidatos homens ou mulheres, 94,9% escolheriam aqueles que tivessem a melhor qualificação; 5,1 % escolheriam a mulher,  já que as a s mulheres mul heres são mais delicadas. Ao serem questionado quest ionadoss sobre s obre como interpretariam o fato de ver o namorado de sua filha chorando quando assiste um filme, 91% 91% disse interpretar i nterpretar como algo normal, af afinal, inal, emoção não tem gênero; 5,1 5,1% concluiria que ele é gay e que ela precisa arrumar outro namorado urgentemente; 3,8% afirma que achei interessante que um homem expresse seu lado feminino. Para 79,5% a escolha da roupa, do horário ou fato de estar sozinha não justifica o ato de agressão sexual contra as mulheres; para 15,4% embora tais comportacomporta mentoss não justifique mento justif ique a agressão sexual, sexua l, as mulheres devem usar roupas mais adequadas para par a saírem sozinha sozi nha e à noite; e 5,1% 5,1% acha extremamente ext remamente inadequado inadequado uma mulher andar sozinha ou usar roupas roupas cur curtas. tas. Embora predominanteme predominantemente nte os dados coletados indiquem opiniões que questionam os habituais habitua is papéis de gênero, as respostas dos participantes da pesquisa assinalam um pequeno percentual de pessoas que defendem a perpetuação dos tradicionais comportamentos associados ao feminino e ao mascul ma sculino. ino. Trata-se Trata-se de opiniões que, por exemplo, negam ao homem a possibilidade de expressão de sentimentos e a mulher a possibilidade de  vestir-se de determinadas formas ou andar a ndar nas ruas r uas em determinados horários. Palavras-chave: Machismo, papéis de gênero gênero,, opiniões.

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󰀨IN󰀩 SUSTENTABILIDADE NOS DOMICÍLIOS DE FAMÍLIAS FAMÍLIAS DO OESTE LUZ, LU Z, Clara PARANAENSE

FAJARD AJARDO O JAGNOW JAGNOW, Lilia Li liane ne

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identifica identificarr práticas sustentáv sus tentáveis eis realizadas em domicílios de famílias do oeste paranaense. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line.

O questionár questionário foi respondido 104 entre pessoa14s, esendo pessoas, 81% 82% 81 dos responden respondentes tes mulheres e 18% io homens; 74% compor idade 18 anos. dos respondentes são estudantes do Ensino Médio. 34% dos respondentes afirmam demorar entre 5 e 10 minutos para tomarem banho, 25% afirmam demorar 15 minutos e outros 41% afirmam demorar mais de quinze minutos. 59% declaram que nunca deixam a torneira aberta enquanto escovam os dentes. 22% declaram que nunca deixam as luzes acessas durante o dia, 40% alegam que deixam algumas vezes e somente 3% afirmam que sempre deixam. 30% dos participantes da pesquisa afirmam que nunca deixam o computador ligado sem estar utilizando-o, 32% algumas vezes tem esse comportamento c omportamento e 38% geralmente mantem o computador ligado mesmo quando não o estão utilizando. Dentre os participantes da pesquisa, 37% alegam que separam o lixo orgânico do reciclável e 22% afirmam que nunca se imporimportaram tara m com isso. 59% alegam que sempre apagam as luzes luzes do cômodo que estão ao se dirigirem a outro espaço e apenas 5% alegam não fazer isso e os outros 36% afirmam afirma m que as apagam raramente. raramente. 48% dizem descartar o papel utilizado no lixo comum, 33% por vezes reutiliza o papel reciclado e 18% dos respondentes costumam transformar papel em rascunho antes de encaminharem para reciclagem. Neste contexto, 76%, 76%, declaram declara m que tem o hábito de abrir as a s janelas para aproveitar a iluminaç iluminação ão natural e ventilação. Com relação às lâmpadas que economizam energia, ene rgia, 89%, afirmam af irmam que as utilizam utili zam e 10% não as utilizam utiliza m em seus domicílios. Para 39% dos participantes da pesquisa as soluções dos problemas ambientais dedecorrem de pequenas ações de cada indivíduo, 53% acreditam que as soluções têm

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que origem em ações individuais, em ações do governo e empresas. Observa-se que, na organização das ações do cotidiano, as respostas dos participantes da pesquisa indicam que as famílias do oeste paranaense nem sempre executam condutas que demonstram preocupação com questões ambientais: no tempo do banho, no computador que se mantem ligado e no lixo que não é separado, estão exemplos de pouca preocupação com sustentabilidade. No entanto, os participantes concordam com seu papel na redução dos problemas ambientais e realizam ações de cuidado com o meio ambiente que impactam também na redução de gastos, tais como o uso de lâmpadas mais econômicas. Acredita-se que estratégias permapermanentes de educação educação ambiental (formal e informal) devem ser efetuadas para pa ra que as pessoas incorporem i ncorporem hábitos hábitos sustentáveis sustentáveis no cotidiano das atividades domiciliares. domicil iares. Palavras-chave:  Sustentabilidade, ambiental, práticas domiciliares.

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CULTURA DO ESTUPRO: EM OPINIÕES E DETALHES FILIPIAK, Eduarda Borges LIMA, Emanuely de Carvalho

Resumo: A expressão “cultura “cultu ra do estupro” tem sido utilizada desde 1970, 1970, para apontar comportamentos (sutis ou explícitos) que silenciam ou relativizam a violência sexual contra a mulher. Na presente presente pesquisa objetiva-se averiguar possíveis p ossíveis expressões da cultura do estupro dentre adolescentes e jovens. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line e análise dos resultados. O questionário foi respondido por 44 sujeitos, sendo 10 do sexo masculino e 34 do feminino. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: segu intes: 93,2% dos dos participantes part icipantes da pesquisa consideram o estupro um ato anormal e criminoso os outros 6.8% consideram o estupro um ato normal. 86,4% dos participantes da pesquisa acreditam que no mundo atual ainda há uma chance de haver igualdade de gênero e 13.6% 13.6% não acredita nesta possibilidade. 75% afirmaram sofrer cotidianamente com o assédio sexual, enquanto 25% afirmam que não sofrem assédio sexual - em sua maioria, os que afirmam que não sofrem assédio, são homens. Em relação à ação de assoviar para mulheres na rua, 90,9% relatam não ser uma atitude normal, mas 9,1% não percebem tal ato como inadeinadequado. 97,7% dos participantes da pesquisa discordam que a culpa de um estupro pode ser da vítima, enquanto 2,3% acreditam que ocasionalmente a vítima pode ser culpada de ser estuprada. 83,7% afirmam afi rmam que o movimento feminista feminista é funda f unda-mental para combater a cultura do estuporo e 16,3% discordam dessa interpretação. 93,2% dos participantes da pesquisa p esquisa não concordam que “em briga briga e agressões agress ões de marido e mulher ninguém pode meter a colher” e 6,8% concordam com essa interpretação. Além disso, 100% dos que responderam, afirmam que mulher que sofre violência em casa cas a não provocou o homem, homem, e que a mulher mul her que sofre violência

conjugal tem personalidade De acordo com aspara respostas ad-a quiridas, não 100% discordam que a sadomasoquista. mulher deve aguentar a violência manter

família famí lia unida, unida , assim como 97.7% 97.7% discordam que atualmente atual mente a violência doméstica 139

 

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contra a mulher justifica-se pelo alto nível de estresse, enquanto os outros 2.3% concordam. 47,7% acreditam que o homem é naturalmente mais agressivo que a mulher e 52.3% discordam desta afirmação. 43.2% relatam acreditar que todo homem tem potencial de ser estuprador, estuprador, mas 56.8% 56. 8% não acredita na veracidade desta interpretação. 86.4% não concordam concordam com a afirmação af irmação de que “mulher casada tem que transar transa r com o marido, mar ido, mesmo que não não queira”; queira”; já 13.6% 13.6% afirmam af irmam que sim. Por fim, 75% das pessoas que responderam o questionário pensam que o estupro não é um ato banal e 25% 25% acredita na banalidade do estupro. Observa-se que a maioria dos participantes da pesquisa acham erradas as atitudes relacionadas com a cultura do estupro, porém, algumas das respostas reforçam essa atitude tais como assoviarr na rua e as ideias de que a culpa do estupro é da vítima e de que o estupro assovia é um ato banal e normal. As respostas coletadas ainda indicam que existe assédio sexual/verbal nas ruas, incomodando as vítimas cotidianamente. Palavras-chave: estupro, cultura, assédio.

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DESIGUALDADE DESIGUALD ADE SOCIAL S OCIAL E POBREZ POBREZA: A: ENTRE OPINIÕES E PRECONCEITOS   BOITA, Alisson Becker JESUS, Adeir Silva

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões relacionadas com a desigualdade social e a pobreza no Brasil. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 31 31 estudantes, estuda ntes, 22,6% do sexo masculino mascu lino e 77,4% 77 ,4% do sexo feminino; 96,8% 96, 8% com idade entre 10 a 18 18 anos. Os O s principais resultados obtidos foram os seguintes: 96,8% dos participantes da pesquisa afirmam que existe preconceito em relação às pessoas mais pobres da sociedade brasileira e 3,2% acredita que tal preconceito não existe. 45,2% afirmam que ricos também sofrem com preconceito preconceito e são discriminados discri minados no Brasil e 54,8% 54 ,8% dizem que isso não ocorre. Exemplificando preconceitos contra pessoas mais pobres, os participantes da pesquisa descreveram situações em que pobres são considerados inadequados em relação a um determinado espaço, porque supostamente não teriam condições de compra dos itens nele vendidos, ou são pensados como c omo favelados favelados ou mendigos, em função da roupa que vestem. Identificando preconceitos contra pessoas mais ricas, citara citaram m frases fras es como “aqui playboy não entra” entra”,, representando a expressão da não aceitação de “ricos” em determinados contextos. Neste contexto, 58,1% acreacreditam que ações do governo, tais como programas sociais, são úteis para acabar com a desigualdade social e 41,9% não acreditam em tais ações; 74,2% declaram que os movimentos sociais auxiliam no combate à desigualdade social e 25,8% acreditam que não; todos os participantes da pesquisa acreditam que existe uma relação entre pobreza e maior índice de criminalidade; 64,5% acreditam que a desigualdade social contribui para a violência no país e 35,5% dizem que não; 54,8% dos entrevistados não sabem se contribuem ou não para a desigualdade no

Brasil, 25,8%declaram afirmamque queonão contribuem, contribuem, e 6,2% dizem quee não; 96,8% Brasil é um país 12,9% marcado por desigualdades sociais

3,2% discordam desta interpretação. 58,1% afirmam que frequentemente se dede 141

 

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param com situações de discriminação aos mais pobres. Dentre os participantes da pesquisa, 90,3% dizem que na zona urbana ocorre mais desigualdade social, enquanto 9,7% 9,7% acredita que a desigualdade social socia l está mais presente na zona rural; 51,6% 51 ,6% acreditam que o Brasil está es tá entre os países país es mais desigua desiguais is do mundo. Todos Todos os participantes da pesquisa acreditam que a desigualdade se concentra mais nas cidades maiores do que nas menores cidades. E 96,8% dos entrevistados creem que lutar contra a desigualdade social é uma forma de manter a sociedade mais humana e justa perante os seus cidadãos e 3,2% acreditam que lutas contra a desidesigualdade gua ldade social não transformam transforma m a justiça nas sociedades. Considerando-se que o Brasil é um u m dos países com maior ma ior índice de desigualdade social soc ial no mundo e tendo em vista os dados coletados, destaca-se como a desigualdade desigua ldade social pode ter efeitos que ultrapassam condições econômicas e interferem nas relações entre pessoas de diferentes classes sociais, pois geram preconceitos e atitudes discriminatórias. Ressalta-se também a descrença de pequena parcela de participantes da pesquisa em relação à eficácia das lutas de movimentos sociais no combate a desigualdade e/ou descrença no próprio combate a desigualdade, como recurso para superação a injustiça – estas descrenças revelam o desconhecimento da história da humanihumanidade que indica que, as lutas de movimentos sociais foram recursos das d as pessoas pessoa s de classes mais pobres para a conquista de melhores condições de vida. Palavras-chave: desigualdade social, pobreza, opiniões.

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FORMAS DE EXPRESSÃO EMOCIONAL: ENTRE MENINAS E MENINOS   HEGER, Daniela Helena BARROS, Gabriela G abriela Toffanetto Toffanetto

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões sobre as formas de expressão emocional de meninas e meninos.  meninos. Trata-se de um u m levantamento leva ntamento de opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um u m questionário on-line. O questionário foi respondido por 287  287  sujeitos, sendo 64,1% mulheres e 35,9% homens; 48,4% possuem idade entre 10 e 16 anos, 35,2% tem entre 17 e 19 anos e 16,4% possuem mais de 20 anos.  anos.   Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 97,2% dos participantes da pesquisa afirmam não concordar com o ditado “Homem que é homem não chora” e apenas 2,8% afirmam concordar; 45,3% dizem não se sentir desconfortável por manifestar emoções em público, outros 54,7% dizem que se sentiriam desconfortável; 89,5% confirmam que já escutaram dizer que “chorar é coisa de mulherzinha” e 10,5% confirmam que nunca escutaram tal afirmação; 72,8% dos entrevistados admitem que nunca deixaram de expressar seus sentimentos por medo de ser considerado afeminado e 27,2% ( a maioria meninos) admitem que já deixaram de expressar seus sentimentos por conta do medo de ser considerado afeminado; 92% reconhecem que os meninos são mais pressionados do que as meninas para não chorarem ou se emocionarem, outros 8% dizem não ser verdade; dos entrevistados que reconheceram que os meninos são mais pressionad pressionados os do que as meninas para não chorarem ou se emoemocionarem, 71,1% acreditam que é porque as pessoas associam masculinidade com força e força com “frieza emocional”, 19,2% acreditam que é porque a sociedade prega que os meninos não devem expressar seus sentimentos em público, 6,8% dizem que é porque biologicamente os meninos apresentam menos tendência a se emocionar e 8% afirmam ser por outro motivo; 89,2% firmam que as meninas

são pressionadas queinterpretação; os meninos para chorarem emocionarem,mais 10,8% discordam do desta 50,2%não declaram queouossemeninos são

imprevisíveis e podem se expressar de várias maneiras, 25,8% acreditam que os 143

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

meninos geralmente não expressam expressa m seus sentimentos, 17,4% 17,4% afirmam afi rmam que os meninos expressam seus sentimentos apenas quando estão sozinhos, 5,6% diz que os meninos são bem diretos, expressam e falam sobre seus sentimentos, 1% assegura que os meninos são muito sentimentais e expressam seus sentimentos em qualquer momento momento e lugar; 56,8% declaram decla ram que as meninas são imprevisíveis i mprevisíveis e podem se expressar de várias maneiras, 32,1% acreditam que as meninas são muito sentimentais e expressam seus sentimentos em qualquer momento e lugar, 8,4% afirmam que as meninas são bem diretas, expressam e falam sobre seus sentimentos, 2,8% dizem que as meninas geralmente não expressam seus sentimentos. Considerando os dados coletados observa-se que predominantemente os respondentes acreditam na sociedade ainda existem preconceitos em relação a como meninos e meninas devem expressar emoções. Espera-se que os meninos sejam “durões” e não expressem sentimentos e ou não chorem e da menina espera-se o oposto. Acredita-se que estes preconceitos devam ser superados para a mais adequada exexpressão emocional, seja de meninos ou meninas. Palavras-chave: Emoções, Meninas, Meninos.

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BULLYING NAS ESCOLAS  SANTOS, Maria Alice Al ice dos PRIOTTO, Heloisa Palma

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar informações sobre a ocorrência do bullying em um contexto escolar.  Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line.  O quesquestionário foi respondido por 47 sujeitos (estudantes do Ensino Médio), sendo que 63,1% são do sexo feminino e 36,9% são do sexo masculino; dentre esses, 83%

apenas estudam, 10,6% apenas trabalham e 6,4% trabalham e estudam.  estudam.  Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 31,9% dos participantes da pesquisa afirma af irmam m que que nunca nunca sofreram agressão, intimidação ou assédio na escola e 68,1 68,1% responderam que já haviam sofrido; 12,8% haviam sofrido intimidação, agressão ou assédio apenas uma vez, 27,7% sofreram diversas vezes, 2,1% sofreram todos os dias, 27,7% sofreram algumas vezes e 4,3% sofreram várias vezes ao dia; 17% dessas pessoas pess oas sofreram intimidação, intimidaç ão, agressão ou assédio indo ou vindo da escola, 2,1% sofreram no banheiro da escola, 10,6% no refeitório da escola, 27,7% na sala de aula e 40,4% em outro local da escola; 4,3% desses entrevistados responderam que quando quando isso aconteceu, aconteceu, não se sentira sentiram m incomodados, incomodados, 10,6% 10,6% sentiram se assustados, 14,9% ficaram com medo, 42,6% sentiram-se mal e 2,1% não queriam mais ir para pa ra a escola; 47,8% 47,8% dessas pessoas pes soas responderam que a intimidação, agresagressão ou assédio sofridos por elas não teve consequências, 17,4% responderam que teve consequências ruins, 6,5% responderam que teve consequências terríveis e 4,3% responderam que tiveram que mudar de escola; 2,1% não sentem nada em relação aos agressores, 36,2% tem pena deles, 12,8% tem medo deles, 46,8% não gosta deles e 2,1% gosta deles; 61,7% acreditam que a culpa de que pratica intimiintimidação, agressão ou assédio é do agressor, 21,3% responderam que a culpa é dos alunos que assistem e não fazem nada e 17% acreditam que a culpa é dos pais de quem agride; 75,7% responderam que foram agredidas por pessoas do sexo masculino, mascu lino, e 24,3% que foram foram agredidas por pessoas do sexo feminino; 27% das

pessoas sofreram agressão, intimidação ou assédio de forma física, 67,6% sofre 145

 

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ram de forma verbal, 27% de forma emocional, 5,4% de forma sexual e 5,4% de forma racista; 91,1% dos participantes da pesquisa afirmam que nunca intimidaram, assediaram ou agrediram alguém e 8,9% declaram que já executaram tais ações. Os dados coletados indicam que o bullying  é  é algo bastante presente no espaço escolar dos participantes da pesquisa. Acredita-se que as vítimas do bullying   podem desenvolver problemas psíquicos e que aqueles que praticam o bullying   possam futuramente f uturamente adotar comportamentos, antissociais, antissocia is, psicóticos e/ou e/ou violentos. Conclui-se então que a temática em questão precisa ser abordada pela escola e que família e comunidade escolar precisam trabalhar juntos para identificar e combater casos de bullying . Palavras-chave: Bullying, violência, escola.

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ALUNOS QUE SE SENTEM DISCRIMINADOS PELOS PROFESSORES   KLAUCK, Larissa Gregório SILVESTRI, Macsini Cometa Andrioli

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar informações sobre a possível ocorrência de atos discriminatórios dos professores para com os alunos.  Trata-se Trata -se de um Levantamento L evantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicaapl icação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 47 estudantes, sendo 76,1% do sexo feminino e 23,9% do sexo masculino. Os participantes da pesquisa tem idade entre 14 e 19 anos. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 56,5% dos participantes da pesquisa afirmam que já se sentiram discriminados pelos professores, enquanto 43,5% nunca se sentiram discriminados. Dentre os que se sentiram discriminados pelos professores, 51,7% acredita a dificuldade no aprendizado foi o fator motivador da discriminação, 21,1% acredita que a religião a que pertencem motivou a atitude discriminatória, 15,2% a cor de pele, 9,1% a origem étnica e cultural, 6,1% a orientação sexual e 39,4% cita outros motivos. Como atitudes atitudes discriminatórias, discrim inatórias, 26 dos estudantes citam citam a grosseria do professor,, 20 citaram professor cita ram o favoritismo do docente para com outros alunos, a lunos, 18 a impaimpaciência, 14 14 a implicância individualiz indiv idualizada, ada, 10 o autoritarismo autoritarismo e 9 a falta de interesse do professor para com o aluno. 58,7% dos participantes da pesquisa sentem medo de algum de seus professores. Devido ao relacionamento com o professor, 67,4% dizem que se sentem afetados negativamente no aprendizado, porém 32,6% dizem que não se sentem afetados. Ao que se s e refere a essa deficiência def iciência no relacionamento relacionamento com os professores professores 78,3% das pessoas pess oas tem muita dificuldade dif iculdade na matéria, os outros 21,7% 21 ,7% não possuem dificuldades dificu ldades na matéria. matéria. 95,7% dos participantes da pesquisa acreditam que os professores professores demonstram demonstram preferência preferência por determinados alunos. 84,8% acreditam que notas baixa baixass inf influenciam luenciam na ocorrência de discri discriminação minação

dos professores prof essores para com os alunos. 87% declaram quealgum acreditam que o humor do professor pode afetar a vontade de aprender e causar desconforto durante

as aulas. O número de alunos que afirmam já ter chorado pelas atitudes de algum 147

 

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professor é de 56,5%. Em caso de dúvidas na matéria em que o relacionamento com o professor é considerado inadequado 57,8% 57,8% pedem ajuda a um u m colega, 26,7% deixam passar, 8,9% procuram o professor em outro momento e apenas 6,6% pedem a explicação em público. Os dados coletados indicam indica m que, no relacionamento relacionamento professor-aluno, os alunos sentem-se muitas vezes discriminados e que isso pode interferir negativamente na aprendizagem e no esclarecimento de dúvidas, bem como pode afetar o aluno psicologicamente. Assim, acredita-se que a relação entre professores e alunos precisa ser discutida em espaço escolar e que todos os alunos precisam ser escutados para que a escola não se torne um lugar de discriminação. Palavras-chave: alunos, discriminação, professores.

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DROGAS E ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA VIANA, Kethelyn Beatriz MACHADO, Luciene do Carmo Ribeiro

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se analisar como as drogas e o álcool influenciam a vida dos adolescentes. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um u m questionário. O questionário foi respondido por 28 sujeitos, sendo 67,9% são mulheres e 32,1% homens, a maioria, 75% com idade entre 10 e 18 anos e 25% com idade entre 18 e 20 anos. 89,3% admitiram

 já ter ingerido bebida alcoólica e 10, 10,7% 7% dissera disseram m que não. 71 71,4% ,4% dos entrevistados disseram que se fumassem maconha ocasionalmente ou regularmente, os amigos íntimos desaprovariam e 28,6% alegaram que não receberiam nenhuma desaprovação. Quanto à ingestão de bebidas alcoólicas em regularidade, 66,7% disseram que seus amigos não desaprovariam e 33,3% que seus amigos desapro variam.  varia m. 78,5% alegara alegaram m que não bebem, pois não têm motivo para realiz realizar ar tal ato e os outros 21,5% dizem ter medo de futuramente adquirir problemas com bebidas alcoólicas. 66,6% disseram que começaram a beber mais que um golinho há um ano e 33,4% disseram que não bebem regularmente. Falando sobre drogas que eles já experimentaram, 71,4% alegaram nunca terem usado nenhum tipo, 7,1 7,1% % já fumaram fu maram cigarro, 17,9% 17,9% usaram usa ram maconha mac onha e 3,6% já experimentaram experi mentaram LSD. 39,3% dos participantes da pesquisa disseram que já ficaram com alguém sob efeito efeito de drogas e 60,7% que que não ficaram. ficara m. 64,3% dos participantes part icipantes da pesquisa disseram nunca ter tido problemas com a polícia enquanto estava sob efeito de drogas, enquanto 7,1% já tiveram. 57,1% alegaram que ninguém os influenciou a beber ou usar drogas e 42,9% afirmou que já sofreram influencias para beberem. 85,7% dos dos respondentes respondentes disseram dissera m que nunca beberam para se adequar a um u m grupo social específico e 14,3% disseram que talvez já o tenham feito. 67,9% afirmaram que se incomodam quando alguém usa drogas por perto e 32,1% disseram que não faz diferença. Quanto ao motivo de beber em festas, 64,3% alegaram que é por diversão, enquanto 35,7% disseram que não tem um motivo em particular.

Considerando-se o alto índice de adolescentes que alegam ter consumido drogas 149

 

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lícitas, especialmente o álcool, considera-se que os estudos do efeito do álcool e os fatores sociais que levam ao consumo do álcool deveriam ser mais discutidos no espaço escolar. Aliás, sabemos que álcool mata mais do que as drogas ilícitas. Destaca-se também ta mbém a precocidade do início do do consumo do álcool, uma vez que os participantes pesquisa são predominantemente menores de idade e observou-se que a maioria deles declara que já consumiu bebidas alcoólicas. Palavras-chave: drogas, álcool, adolescência.

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MACHISMO, FEMINISMO E FEMISMO: VOCÊ SABE A DIFERENÇA? PEREIRA, Gabrie Gabriell NASCIMENTO, Vitória

Resumo: Na presente presente pesquisa objetiva-se averiguar o conhecimento c onhecimento das pessoas em relação à diferença entre feminismo e femismo.  femismo.  Trata-se de um levantamento de opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário anál ise dos resultados em uma abordagem qualitat qualitativa. iva. O questionário foi on-line e análise respondido por 106 106 pessoas, pessoas , sendo 69 pessoas do sexo feminino femin ino e 37 do sexo masculino, com idades entre 15 e 18 anos. Dentre os participantes da pesquisa, 83% afirmam que sabem o significado de femismo e 17% que não sabem, mas 77,4% não sabiam diferenciar femismo do feminismo e 22,6% afirmavam que sabiam, demonstrando não compreender a diferen di ferença ça entre feminismo femin ismo e femismo. 83% dos entrevistados afirmam que conhecem uma pessoa que luta pelo movimento feminista e 17% não conhece nenhuma pessoa que lute pelo femismo; 43,4% das pessoas acham o femismo desnecessário, 24,5% acham um exagero, 21,7% não conhecem o assunto e 10,4 10,4% % acham necessá necessário. rio. Diante de de imagem em que que um homem e uma mulher mu lher são separados por símbolo que representa igualdade, igua ldade, 81,1 81,1% % lembram-se do feminismo e 18,9% lembram-se de femismo. Ao serem indagados sobre a realidade do femismo como problema social, 49,1% 49,1% assinalar assi nalaram am que é um um problema proble ma real e 50,9% afirmara afi rmaram m que é apenas apenas falta de informação in formação do feminismo; feminismo; 91,5% dos entrevistados completaram a frase “mulheres que buscam a igualdade são” com a expressão “feminista” e 8,5% com a expressão “femistas”. 86,8% completaram a frase “mulheres que acreditam serem superiores aos homens são...” com a expressão “femistas” e 13,2% com a expressão “feministas”. Quando falamos sobre o machismo, 89,6% dos entrevistados afirmam que o machismo é um problema proble ma real e 10 10,4% ,4% que não; 90,6% das pessoas pess oas acham acha m que o machismo é geragera-

dor de violência e 9,4%aacham que não.entre quee oalguns dos participantes da pesquisa não sabem real diferença enConcluiu-se tre o femismo feminismo, feminismo, observa-se

também. Acredita-se que a confusão entre feminismo e femismo decorra da ótica 151

 

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machista que entenda igualdade entre homens e mulheres como uma supervalorização da mulher. Palavras-chave: Femismo, feminismo, ignorância.

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AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ESCOLARIZAÇÃO CAMARGO, Leonardo Santos MEDEIROS, Marcos Vinicius

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar o que alunos pensam sobre as escolas em que estudam ou estudaram. Trata-se de um levantamento de opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 347  347  sujeitos, sendo 88,2% mulheres e 11,8% homens, predominantemente predominantemente com idade entre 15 e 18 18 anos e estudantes de escolas públicas. 39% dos participantes da pesquisa avaliam as escolas em que estudaram/estudam como “boas” e 61 61% % como ‘’regula ‘’regulares’’ res’’.. Nas escolas em que estudam, 44% dos participantes da pesquisa definem como “bom” o conhecimento que os professores professor es têm das matérias e o método de ensino dos professores e 56% definem como regular. Quanto à dedicação dos professores para preparar aulas e atender aos estudantes, 40% acharam insuficiente e 60% acham satisfatória. 32% avaliaram como insuficientes as iniciativas da escola para realizar excursões, passeios culturais, 53% acharam tais iniciativas regulares e 15% acharam boas. 55% avaliam como deficientes as biblioteca da(s) da(s) escola(s escola(s) em que cursara curs aram m o ensino funfu ndamental e 45% como boas. Quanto às condições dos laboratórios da(s) escola(s) em que cursaram ensino fundamental, 45% avaliaram como insuficientes, 35% acharam regulares e 20% avaliaram como boas. Sobre o acesso a computadores e outros recursos de Informática da(s) escola(s) em que cursaram o ensino fundafundamental, 40% acharam insuficiente e 60,5% avaliaram como bom. Sobre o ensino de língua estrangeira est rangeira na(s) na(s) escola( escola(ss), 34% avalia avaliaram ram como boas as condições para a prática de esporte na(s) na(s) escola(s) escola(s) e 64% avaliara ava liaram m como regular. regula r. Neste contexto, contexto, 81% dos participantes da pesquisa afirmam que quando concluírem o ensino médio cursarão ensino superior, 7,2% disseram que farão algum curso rápido para

consegui conseguirem remdados emprcoletados emprego, ego, 5,5% disseram que vão trabalhar trabados lharalunos e 5,5%quanto não souberam responder.  Os indicam insatisfações à estrutura

física, práticas pedagógicas e atividades culturais, indicando que a escola precisa 153

 

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ser repensada tanto para atender demandas daqueles que nelas estudam, quanto para obter melhores resultados. No entanto, indicam que apesar destas dificuldades, os pari percebem a importância da continuidade dos estudos. Palavras-chave: escola, adolescentes, avaliação. 

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VOCÊ É DEPENDENTE DA INTERNET?   CHAGAS, Fernando Apolinario LIMA, Victor Romagna

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar indícios de dependência em relação à internet. internet. Trata Trata-se -se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um u m questionário on-line. O questionário foi respondido por 34  34  sujeitos, sujeit os, sendo que 18,2% afirmam afi rmam ter a idade entre 12 a 14 14 anos; 48,5% 48 ,5% entre 15 a 18 anos; 33,3% tem mais do que 19 anos.  anos.  Os principais resultados obtidos foram

os seguintes: 21,2% declaram que sempre ficam conectados a internet por mais tempo que pretendiam; pretendiam; 45,8% declaram quase qua se sempre isso corre, 9,1 9,1% % rara raramente mente  vivenciam essa situação e 9,1% 9,1% não ficam fica m conectados por mais tempo do que prepretendiam. 15,7% constantemente ouvem queixas de pessoas próximas pelo fato de permanecerem muito tempo usando a internet; 43,8% frequentemente escutam reclamações deste tipo, 18,8% raramente as escutam e 21,9% não escutam queixas pelo excesso de uso da internet. Neste contexto, contexto, 34,4% dos participantes da pesquisa não deixam de dormir para ficar na internet, enquanto 15,6% raramente deixam de dormir para ficar na internet; 15,6% ocasionalmente; 9,4% frequentemente e 25% 25% diz que sempre sempre troca internet pela cama. Com relação ao desempenho no trabalho ou na escola, 41,9% dizem não terem queda de produtividade pelo uso da Internet, enquanto 13% dizem que ocasionalmente são afetados pelo uso da mesma; 25% declaram que isso ocorre frequentemente e 19,3% dizem que a internet sempre causa queda no desempenho. Quase a metade, ou seja, 45,4% não se importam em se desconectar para executar tarefas domésticas; 12,1% ocasionalmente; 27,3% frequentemente, enquanto 15,2% sempre negligenciam tarefas domésticas para ficar na internet. Quando interrompidos na internet, 31,3% não se incomodam; 37,5% 37,5% raramente rara mente se incomodam; 18,8% ocasionalmente ficam perturbados pertu rbados e 12,6% sempre sempre se incomodam. Os dados indicam indica m uma parcela signisign ificativa de participantes par ticipantes da pesquisa com indícios de dependência dependência da internet, tais como: trocar as horas de sono, ter prejuízos no trabalho ou estudo pelo uso da in-

ternet; ter amigos ou familia fa miliares res que frequentemente frequentemente reclama reclamam m do excesso do tem155

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

po em que o respondente passa na internet ou ficar estressado quando não pode acessarr ou interrompido acessa interrompido no uso da internet. Sugere-se que a temática abordada na presente pesquisa receba mais atenção em políticas e práticas educacionais. Palavras-chave: Dependência, Internet, Sedentarismo. 

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DESIGUALDADE SOCIAL: ENTRE OPINIÕES E PRECONCEITOS   ALEGRENCIO, Juciliane Milouski

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões relacionadas com pobreza, riqueza e desigualdades sociais. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 38 pessoas, sendo 57,9% do sexo feminino e 43,1% 43,1 % do sexo masculi masc ulino, no, com idade entre 10 10 e 30 anos. a nos.  Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 81,6% declaram que sabem definir o que é desigualdade social, enquanto 18,4% afirmam que não sabem o que é desigualdade social; quando questionados sobre quais seriam as causas da desigualdade social, 38,5% dos respondentes afirmam ser o desequilíbrio, 66,7% a divisão de classes sociais, 2,6% a distribuição igualitária de trabalhos, 38,5% salários desiguais na mesma área de trabalho, 25,6% a discriminação racial e 2,6% a distribuição monetária igualitária. Neste contexto, 94,9% dos participantes da pesquisa afirmam que o Brasil é um país em que ocorre desigualdade social e 5,1% que não. 94,9% acrediacreditam que as rela relações ções sociais diárias de uma pessoa são afetadas pela classe social a que ela pertence, enquanto 5,1 5,1% acreditam acredita m que não; 79,5% acreditam que a classe c lasse sociall de uma pessoa socia pe ssoa interfere na conquista de um empr emprego, ego, 10,3% 10,3% acreditam que não, e outros 10,3% não souberam opinar. Dentre os participantes da pesquisa, 20,5% discordam parcialmente da afirmação “o esforço pessoal é o principal fafator de sucesso de uma pessoa”, 0,3% discordam completamente da mesma, 41% concordam parcialmente parcial mente e 28,2% concordam completamente completamente com esta afirmação. af irmação. 61,5% 61 ,5% concordam parcialmente parcia lmente com a interpretação de que condições econômicas dos pais de uma pessoa geralmente são o principal fator de sucesso ou da falta de sucesso da mesma, 25,6% discordam parcialmente e 12,8% discordam completacompletamente desta interpretação. Para 66,7% dos participantes da pesquisa, pessoas mo-

tivadas podem ondeque quiserem independentemente de suas condições econômicas. 48,7%chegar declaram as oportunidades de vida, trabalho e escolarização

são radicalmente diferentes para ricos e pobres, 28,2% concordam parcialmente 157

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

com esta declaração, 12,8% discordam parcialmente e 10,3% discordam completamente da mesma. 35,9% concordam parcialmente com a interpretação de que a escola valoriza o mesmo tipo de conhecimento e de vocabulário que na maioria das vezes é apresentado pelas pessoas ricas, 25,6% discordam parcialmente desta interpretação, 23,1% discordam completamente e 15,4% concordam completacompletamente; 38,5% concordam parcialmente com a seguinte afirmação: “Com trabalho e esforço pessoal a pobreza pode ser superada por todos”, todos”, 28,2% concordam completamente, 23,1% discordam parcialmente desta afirmação e 10,3% discordam completamente. Em relação à afirmação de que “pobres são pobres por falta de esforço de mudarem suas condições de vida”, 59% discordam completamente, 23,1% discordam parcialmente, 12,8% concordam parcialmente e 5,1% concordam completamente. Concluiu-se que, uma pequena parcela de participantes da pesquisa associa desigualdade social e pobreza com falta de esforço pessoal das pessoas favorecidas economicamente, bem acredita que, todos, em que casomenos de esforço individual adequado, podem alcacomo alcançar nçar as mesmas condições de  vida: acredita-se que que estas concepções concepções meritocráticas desconsideram desconsideram as profundas profundas diferenças de oportunidades escolares, de saúde e de alimentação, que afetam as pessoas de diferentes classes sociais do Brasil e do mundo. Palavras-chave: desigualdade social, pobreza, meritocracia.

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INTERAÇÃ INTER AÇÃO O PROFESSOR󰀭AL PROFESSOR󰀭ALUNO UNO CRUPINSKI, Juliana SILVA, Thyago Leite Santiago

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar características da relação professor/aluno no campus Foz do Iguaçu, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná.  Paraná.  Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 29  29  estudantes, dos quais 69,2% são mulheres, 26,9% são homens e

3,8% não foram especificados. 92,3% apresentam entre 15 e 18 anos de idade e apenas 7,7% 7,7% entre 18 18 e 22 anos. Os O s principais resultados obtidos foram os seguinsegu intes: 55,6% dos participantes da pesquisa afirmam que, em suas aulas, a maioria dos professores professores ocasionalmente oca sionalmente leva em consideração os conhecimentos do aluno, 22,2% afirmam que os professores sempre levam em consideração tais conhecimentos, 18,5% declaram que os professores não levam em consideração o que os alunos sabem e 3,7% não responderam; 66,7% responderam que ocasionalmente participam das aulas opinando e perguntando, 25,9% responderam que não participam das aulas ativamente e 7,4% declaram que sempre participam ativamente das aulas. Neste contexto, 44,4% declaram que perguntam para um colega quando não entendem um conteúdo explicado pelo professor, 37% procuram o professor em outro momento que não o da aula e 18,5% pedem explicação em público. 48,1% responderam que as aulas ministradas pelos professores são agraagradáveis, 25,9% acreditam que predominantemente as aulas são monótonas monótonas e 25,9% consideram as aulas extremamente ex tremamente atrativas; 77,8% 77,8% responderam que a linguagem utilizada pelos professores é ótima e 22,2% declaram que tal linguagem é regular. Para 55,6% dos participantes da pesquisa, os professores aparecem diariamente para darem aula em estado normal, para 40,7% os professores frequentemente demonstram-se entusiasmados e 3,7% não souberam responder. 59,3% responderam que os professores não notaram quando estavam com problemas pessoais, 33,3% 33,3 % declaram declara m alguma alg uma vez os professores perceberam, 3,7% uma vez e 3,7% 3,7% nun-

ca; 48,1% responderam que não conversam assuntos pessoais com os professores, 159

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

enquanto 48,1% responderam que às vezes conversam assuntos pessoais com os professores e 3,7% declaram que sempre que necessário estabelecem conversas pessoais com os docentes; 55,6% responderam que a razão da permanência na instituição institu ição em questão é adquirir um diploma para conseguir consegu ir um emprego, 18,5% 18,5% declararam que anseiam adquirir conhecimento na área em que buscam um ememprego, 11,1% anseiam se preparar para o vestibular, 7,4% permanecem no IFPR porque a famílias família s os obriga e 7,4% 7,4% declarou outros motivos. Os dados indicam que a interação entre professores e alunos estudantes do IFPR pode ser aprimorada, seja com mecanismos que facilitem que os alunos perguntem quando não sabem um conteúdo, que ajudem ajudem os alunos a lunos a se comunicarem com os docentes e/ou e/ou com maior participação dos próprios alunos durante as aulas. Palavras-chave: IFPR, interação, i nteração, professor-aluno.  

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INTIMIDAÇÃO, AGRESSÃO E ASSÉDIO NO AMBIENTE ESCOLAR   SILV SIL VA, Leonardo L eonardo Senna Zelinsk Z elinskii da

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar informações sobre a ocorrência de intimidação e agressão a gressão em ambien a mbiente te escolar. Trata-se Trata-se de um Estudo Es tudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação aplicaç ão de um questionário. O questionário foi respondido por 24 pessoas, 14 mulheres e 10 homens, estudantes de ensino médio público ou particula part icularr, com idades entre 15 a 18 18 anos. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 75% dos participantes da pesquisa disseram ter sofrido algum tipo de intimidação, agressão ou assédio em algum momento da vida escolar; e scolar; destes, destes , 11,1 11,1% % tinham tin ham menos de 5 anos quando foram intimidados inti midados ou agredidos, 27,8% tinham entre 5 e 11 anos, 33,3% tinham entre 11 e 14 anos, e 27,8% tinham mais de 14 anos; em relação ao número de vezes que isso ocorreu, 11,1% disseram ter sofrido apenas uma vez, 66,7% disseram ter ocorrido diversas  vezes, 16,7% disseram ter sofrido ou sofrer quase todos os dias e 5,6% declararam declarara m “váriass vezes ao dia”. “vária dia”. Neste contexto, contexto, nas escolas, 5,6% dos participantes foram inintimidados ou agredidos no refeitório, 11, 11,11% nos banheiros, ban heiros, 38,9 no pátio da escola, escola , 38,9% indo ou vindo da escola e 44,5%, na sala de aula. Quando perguntados sosobre as consequências dos atos de intimidação, agressão e assédio, 61,2% disseram que “não teve consequências”, consequências”, 33,4% 33,4% constataram constatara m “algumas “algu mas consequências ruins”, r uins”, e uma pessoa acabou mudando de escola, ninguém marcou a opção “consequências terríveis”. Em relação à natureza do ato de intimidação, agressão ou assédio sofrido por estes 18 sujeitos, em ordem crescente: Racista 11,2%, Físico 27,8%, 27,8%, SeS exual 38,9%, Emocional 50%, Verbal 77,8%. Sobre as vítimas, 66,7% foram agredidos ou intimidados por homens e 33,4% 33,4% por mulheres. Sobre S obre a culpa de estes atos continuam acontecendo, acontecendo, 83,3% disseram ser do agressor agress or,, 28,3% disseram dissera m ser “dos alunos que presenciam e não fazer nada”, 4,2% acreditam ser dos pais do agresagres -

sor 4,2% disse ser do 78,3% agredido, ninguém marcou as opçõesalguém “dos professores” “da edireção da escola”. já intimidaram ou agrediram em ambientee

escolar. Os dados indicam que formas de intimidação e agressão fazem parte da 161

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

 vida escolar escola r de muitos dos participantes part icipantes desta pesquisa. pesquis a. Como sabe-se, sabe-s e, intimidaintim idação e agressão tem consequência na vida daqueles que praticam estes atos e dos que a vivenciam, por isso acredita-se que as escolas deveriam ter trabalhos mais constantes relacionados com estas ocorrências. oc orrências. Sugere-se que a temática em questão faça parte dos cursos de formação de professores, pois os docentes precisam estar preparados para lidar l idar com eventuais situações de intimidação e agressão ag ressão que aconteçam entre os alunos. Palavras-chave: intimidação, violência escolar, escola.

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ENTRE OPINIÕES POLÍTICAS E CLASSE SOCIAL EXISTEM ASSOCIAÇÕES?   SLOVINSKI, SLO VINSKI, Heron Ghellere

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se  objetiva-se identificar associações entre opiniões políticas e a classe social a que as pessoas pertencem. Trata-se de um levantamento de opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido por 100 pessoas , dos quais 85% são homens e 15% mulheres, 39% possuem renda de mais de 5 salários mínimos; 46% de 2 a 5;14% de 1 a 2, e 1% tem renda de menos de 1 salário mínimo. Neste contexto, 23% dos participantes da pesquisa são muito e 53% são pouco procurados para darem sua opinião sobre política e 24% não são questionados sobre política. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 49 % dos respondentes já participaram de associações, grêmios estudantis, sindicatos, movimentos sociais e organizações políticas e 51% afirmaram que nunca participaram de organizações como estas. Dos respondentes, respondentes, 91% 91% não costumam costuma m contribuir com a campanha campa nha de algum alg um can ca ndidato/partido, participando de reuniões, colocando cartazes, distribuindo propaganda, trabalhando na campanha, ou dando dinheiro para campanha; e ape-

nas 9% contribui de alguma maneira; acreditam que suas ações não influência no Governo Federal e 33% 67% pensam que sim; 61% afirmam queexercem gostam de política e os outros 39% não gostam. Fazendo uma avaliação do atual Governo Federal, 55% consideram o seu desempenho péssimo, 44% como ruim ou regular e apenas 1% como bom. bom. Além disso, d isso, 17% dos participantes da pesquisa aprovam o atual governo(federal) governo(federal) e 83% desaprovam. Dos participantes da pesquisa, apenas 5% votariam novamente no atual governo governo,, 86% não votariam votaria m e 9% não responderam. Os dados coletados parecem indicar que, no pequeno contingente de participantes desta pesquisa, classe social não é um fator relevante para influenciar a opinião política, uma u ma vez que não foi possível identifica identificarr relações entre receber dedeterminado salário e responder o questionário de determinada forma. Ressalta-se

a grande porcentagem de respondentes que nunca participaram de associações, grêmios estudantis, sindicatos, movimentos sociais e organizações políticas e que 163

 

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não gostam de política ou de falar deste assunto: esse dado merece destaque e reflexão, pois acredita-se que indica o distanciamento dos participantes da pesquisa em relação às atividade política e que isso pode influenciar o fato de o fator classe social não se relacionar com opiniões políticas. Palavras-chave: Política, Governo, Classes Sociais.

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OPINIÕES POLÍTICO󰀭PARTIDÁRIAS PIRES, Ana Maria Timos FARIAS, Rebecca Canete de

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se levantar opiniões de caráter político-partidário e relacioná-las com a idade dos indivíduos respondentes. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido por 102 pessoas, sendo 20 mulheres com menos de 30 anos, 42 homens com menos menos de 30 anos, 18 mulheres com mais ma is

de 30 anos e 20 homens com mais de 30 anos. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 6 se declaram de centro-direita, 14 de centro-esquerda, 16 de direita, 22 de esquerda e 42 afirmaram não ter posicionamento político. 12 afirmaram se interessar muito por política e acompanhar todos os detalhes relarela cionados ao cenário político brasileiro, 34 afirmaram ter interesse parcial, vendo algumas notícias relacionadas com a temática, 10 responderam que não têm interesse e apenas acompanham o que aparece na televisão, 20 que têm interesse e regularmente acompanham notícias política e 24 que não têm nenhum interesse no assunto. Dentre as pessoas com mais de 30 anos de idade, 14 são a favor da saída de Dilma Rousseff do cargo de presidência, 6 são contra, 6 dizem concordar em alguns pontos e discordar de outros e 12 não têm opinião formada, já dentre as com menos de 30 anos de idade, 12 se dizem diz em a favor da saída de Dilma Dil ma Rousseff do cargo de presidência, presidência, 26 são contra, 22 afirmara af irmaram m concordar em alguns pontos e discordar de outros e 2 não têm opinião formada sobre o assunto. Acredita-se que a proximidade escolar com temas relacionados com política possibilita, possibil ita, dentre os mais jovens, compreensões diferenciadas sobre os processos políticos vigentes no Brasil atual, enquanto pessoas não vinculadas ao contexto escolar, mais frefrequentemente quente mente debatem debatem política apenas com c om base nas informações apresentadas nos antigos meios de comunicação (televisão e rádio rádio). ).   Palavras-chave: Política, opinião, idade.

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ABUSO SEXUAL: SEXUAL: ENTRE EN TRE O 󰀨DES󰀩 CONHECIMENTO E O PRECOCEITO ZARDINELLO, Natalia RAZENTE, RAZENT E, Tamires Tamires

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões relacionadas com o abuso sexual e abordagem desta temática em contexto escolar. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 98 pessoas, sendo 66,3% feminino e 33,7% 33,7% masculino. mascu lino. Os principais resultados resu ltados obtidos foram foram os seguintes: seg uintes: 91,8% das pessoas concordam totalmente que o abuso sexual ocorre em qualquer classe social, s ocial, 5,1 5,1% % concordam em parte, par te, 2% não souberam responder e 1% 1% discordiscordam em parte. 59,9% dos participantes da pesquisa acreditam que, na escola, as crianças deviam ser informadas sobre abuso sexual, 34,7% concordam parcialmente com abordagem deste tema com crianças, 3,1% não souberam responder e 3,1% discordam totalmente. Neste contexto, 8.1% dos participantes da pesquisa acreditam que falar sobre o abuso sexual com o adolescente vai despertar a sua curiosidade e vai levá-la a procurar se relacionar sexualmente com alguém, 78,6%

não que isso venha e os demais não apresentavam opinião clara sobreacreditam este assunto. 90,8% dos ocorrer participantes da pesquisa acreditam que adolescentes do sexo masculino mascul ino ou feminino podem ser agressores sexuais, sexua is, 6,1% 6,1% não souberam responder e 3,1% 3,1% discordam discorda m totalmente total mente desta interpretação. 67,3% 67,3% dos partipa rticipantes da pesquisa discordam da interpretação de que roupas curtas, exibindo o corpo, podem ser causa de abuso sexual, 16,3% discordam em partes, 5,1% não souberam responder, responder, 8,2% 8, 2% concordam em partes par tes e 3,1% 3,1% dos entrevistados entrevist ados concordam totalmente que o tipo de roupa pode gerar o abuso sexual. Os dados indicam que os participantes, em sua maioria, acreditam acred itam que temática abuso sexual precisa ser abordada em contexto escolar para minimizar ou evitar situações de abuso. Indicam também uma pequena parcela de respondentes que culpabiliza a vítima

pela ocorrência do abuso sexual, julgando vestes e comportamentos da mesma. Acredita-se que a escola deve ser espaço para pensar sobre todos os problemas 166

 

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sociais e que temas não podem ser proibidos por tabus e preconceitos. O silêncio só aumenta os mitos e medos que geram práticas criminosas cri minosas como o abuso sexual. sexual . Palavras-chave: abuso sexual, opiniões, preconceitos.

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LEVANTAMENTO DE OPINIÕES SOBRE O PROGRAMA PROGR AMA BOLSA B OLSA FAMÍLIA FAMÍLIA MARTINEK, Alexandre Leonardo VIANA, Antonio Marcos

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões e o conhecimento das pessoas sobre o programa Bolsa Família, do Governo Federal. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 112 112 pessoas, sendo 50 homens e 62 mulheres. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: apenas 18,8% afirmam que conhecem muito bem o programa Bolsa Família, 20,5% apenas ouviram falar sobre o Programa e 60,7% das pessoas apenas conhecem o programa. 69,6% das pessoas obtiveram conhecimento sobre o programa pela televisão e em redes sociais, 14,3% obtiveram conhecimento sobre o programa participando do mesmo e 16,1% obtiveram conhecimento sobre o programa realizando leituras e pesquisas profundas sobre o assunto. 25,9% das pessoas avaliaram liara m o programa progra ma Bolsa Famíl Família ia como “ótimo/bom “óti mo/bom”, ”, 51,8% 51,8% como regular regula r, 16,1% 16,1% como “ruim/péssimo”, 6,3% não souberam responder. Neste contexto, 21,4% dos

participantes da leva pesquisa acreditamdos quepobres, o mesmo é meramente prejudicial, pois à acomodação 72,3% acham queassistencialista é assistencialis-e ta, mas necessário e benéfico, por reduzir a fome e a pobreza, 6,3% não das pessoas não souberam responder. Não obstante, 33% acreditam que o programa em questão é muito importante, 10,7% acreditam que o mesmo é pouco importante, 46,4% dizem que é importante, 4,5% das pessoas acham que o programa não tem importância nenhuma e 5,4% não souberam responder. responder. Além A lém disso, 75,9% dos entrevistados acham que o programa é pouco fiscalizado, sendo que muitos que não precisam recebem o benefício, 9,8% acham que o mesmo tem uma boa fiscalização, 10,7% não souberam responder e 3,6% não responderam. 25% dos participanpar ticipantes da pesquisa não sabem o que é necessário para participar do programa Bolsa

Famíl ia, 58% sabem parcialmente e 17 Família, 17% % sabem totalmente. Os dados dados indicam que os entrevistados apresentam um conhecimento superficial acerca do programa 168

 

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Bolsa Família, originár originário io de redes sociais e da televisão. televisão. Indicam também que os entrevistados, em sua maioria não conhecem os critérios para participação no programa. Apesar do desconhecimento, 72,3% acham que o programa em questão é assistencialista, mas necessário e benéfico, por reduzir a fome e a pobreza e, 75,9% acham que é pouco fiscalizado. Diante destes dados, acredita-se que a população brasileira brasileir a em geral deveria ser melhor informada sobre o programa em questão e que, muitas críticas ao programa decorrem da falta de conhecimento sobre o mesmo. Palavras-chave: Programa Social Bolsa Família, Conhecimento, Opiniões.

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FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLH ESC OLHA A DE OBJETIVOS OBJ ETIVOS DE VIDA DE ADOLESCENTES MEDEIROS, Lucas Gabriel BAEZ, Lyncon Estevan

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar fatores e valores que influenciam na determinação de objetivos de vida de adolescentes e jovens.   Trata-

-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 41 sujei sujeitos, tos, sendo 73,2% mulheres e 26,8% homens, 85,4% com idade entre 15 e 18 anos, 9,8% com idade entre 18 18 e 22 anos e 4,9% com idade de 10 a 14 14 anos. Os principais resultados resu ltados obtidos foram os seguintes: 51,2% dos participantes da pesquisa afirmam que, sem apresentar certeza, sabem a profissão que desejam exercer no futuro, 9,8% ainda não sabem a profissão que desejam exercer e 39% tem certeza da escolha em questão. Neste contexto, 70,3% dos respondentes escolheram ou escolheriam a profissão por livre arbítrio, 24,3% com alguma influencia dos familiares; 5,4% com forte influencia dos familiares ou outras pessoas. Em relação a influencia das escolas na escolha do futuro, 52,2% das participantes da pesquisa afirmam que as escolas têm “média influencia”, 21,7% que elas têm muita influencia, 21,7% que elas tem pouca influencia e 4,3% que elas não tem nenhuma influencia. No que se refere à influencia de amigos nas escolhas de forma de vida, 82,6% acredita que amigos excercem pouca ou nenhuma inf luencia 17 17,4% que eles exercem média ou grande influencia. Em relação a quão importante é, na tomada de decisões sobre o futuro, o reconhecimento social (valorização), 39,1% diz ser importante, 21,6% diz ser nada importante, 21,6% diz ser muito importante e 8,7% diz ser nada imim portante. Em relação a quão importante i mportante é ter uma profissão que gere muita renda, 39,1% dos participantes da pesquisa diz ser muito importante, 30,4 % diz ser importante, 21,7% diz ser pouco importante e 8,7 diz ser nada importante. Sobre a

importância de uma u ma vida com amigos, am igos, 69,6% 69,6% dizem ser muito importante importa nte e 30,4% 30,4% 170

 

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dizem ser importante. No quesito de importância da construção de uma família: 47 47,8% ,8% acham que é muito importante; 21,7% 21,7% acham acha m importante; importa nte; 21,7% 21,7% acham pouco importante e 8,7 acham que não é nada importante construir uma família. Quanto à importância de ter dinheiro para ser feliz no futuro, 39,1% acham isso muito importante; importa nte; 39,1 39,1% % acham importante; 13% acham pouco importante i mportante e 8,7% acham nada importante. Em relação à importância de ser uma pessoa justa, 87% diz ser muito importante, 8,7% diz ser pouco importante e 4,7% diz ser importante. importa nte. Além disso, 56,5% afirma afir ma que para ter um bom futuro é ser imporimportante ser aceito socialmente , 30,4% diz ser pouco importante, 13% diz ser muito importante,. Perguntando para os entrevistados qual é a palavra que lhes ocorre quando escutam a palavra futuro, 11 pessoas expressam a palavra felicidade, 6 citam família, fam ília, 7 sucesso, 6 trabalho, 5 medo e 10 independência. Perante Perante os dados coletados observa-se que escola e família são instituições inst ituições que, na ótica dos participantes pesquisa, os influenciam na tomada de decisões; que renda edareconhecimento social sãosignificativamente fatores importantes na escolha profissional, mas que o anseio de constituir família e de uma vida com conduta justa também é uma característica dos respondentes; e, que o futuro é, aos olhos da maioria dos participantes part icipantes da pesquisa, um tempo com imagem positiva, associado à felicidade, sucesso, independência e constituição de família. Palavras-chave:  adolescentes, objetivos, perspectivas.

 

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QUAL É A SUA MARCA? LINHAR, Ana A na Karoline COLLE, Ana Laura Moresco

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar como as marcas inf luenciam jovens jovens e adolescentes. Trata-se de um estudo de caso cas o com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 98 pessoas, sendo 90,8% com idade entre 15 a 25 anos de idade e outros 9,2% mais de 25 anos, 64,3% 64, 3% são do sexo feminino e 35,7% 35,7% são do sexo masculino. mascu lino.

Os principais resultados obtidos foram os seguintes: dentre os participantes da pesquisa, 4,3% das pessoas se consideram consumistas e 35,7% não; 84,7% acredita que tem amigos consumistas e 15,3% que não tem. Neste contexto, 71,4% já ouviram falar na marca Fila; 98,2% na marca RipCurl; 95,9%Adidas; 71,4% ConCon verse; 98% 98% Nike; 22,4% 22,4% Quicksilver; 69,4% 69,4% Rebook; 4,1% 4,1% Gola; 89,8% 89,8% Puma; 17,3% 17,3% Goodyear; 88,8% All Al l Star; 48% Umbro; Umbro; 11,2% 11,2% Lotto. 15,3% das pessoas compram calçados esportivos a cada três meses; 23,5% de seis em seis meses; 29,6% a cada seis meses ou uma vez por ano; 22,4% compram após mais de doze meses e 9,2% não compram calçado esportivo. espor tivo. 41,8% 41,8% quase nunca vai va i as compras com intenção de adquirir calçados; 35,7% raramente; 16,3% sempre e 6,2% nunca. 42,9% dos participantes da pesquisa possuem, entre dois ou três calçados esportivos de marmarca reputada; 32,6% mais de três pares e 24,5% 0 ou um. Em uma resposta de múltiplas escolhas foi constado que 58,2% das pessoas são influenciadas, ao comprar algo de marca, pelos pais; 12,2% pelo namorado (a); 12,2% por irmãos; 29,6% por amigos; 11,2% por ídolos; 42,9% por moda; 30,6% pela publicidade e 15,3% pelos funcionários dos estabelecimentos. Sobre o que indica um comportamento consumista, em uma pergunta de múltiplas escolhas, 66,3% das pessoas acham que trocar de celular anualmente revela um comportamento consumista; 70,4% acha que adquirir todas as inovações tecnológicas é um indício de consumismo; 60,2% acredita que só usar roupa de marca revela isso; 88,8% afirma que comprar coisas das quais não se necessita é uma atitude consumista; 82,7% crê que ser consumist consumistaa

é comprar coisas que não usa, e 72,4% comprar muitas coisas “para aparecer”, em 172

 

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busca de status. 40,8% das pessoas quase sempre se sentem mal por não poderem comprar o que desejam; 36,7% raramente, rara mente, 13,3% 13,3% nunca e 9,2% sempre vivenciam mal estar ao não comprarem o que desejam. Os dados coletados indicam que as marcas dos calçados são um elemento conhecido pelos participantes da pesquisa e que muitos buscam adquirir e possuem calçados de certas marcas. Acredita-se que, a preocupação com aceitação social, faz do adolescente e dos jovens alvos fáceis de campanhas publicitárias que induzem a aquisição de produz que supostamente representam status. Palavras-chave: Marcas, adolescentes, identidade. identidade. 

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ATIVIDADES CULTURAIS EM FOZ DO IGUAÇU ZRENNER, Raf Ra f hael Pere Pereira ira  ANTUNES, Kevin Matheus

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar opiniões sobre as atividades culturais e artísticas que acontecem em Foz do Iguaçu; sobre as atividades culturais preferidas por moradores desta cidade; e, em relação à Fundação Cultural de Foz do Iguaçu. Trata Trata-se -se de um Levantamento L evantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 36  36 morador moradores es de Foz do Iguaçu Ig uaçu , sendo 53.1% mulheres e 46,9% homens, a maioria estudantes do Ensino Médio. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 81,3% dos participantes da pesquisa gostam de frequentar bibliotecas; 90,7% dos participantes da pesquisa gostam e vão ao cinema; 75% gostam de frequentar shows de música e apresentações musicais e 25% não gostam ou não  vão; 81,3% 81,3% frequentam ao shopping ao menos uma vez por mês; 93,7 93,7% % praticam esportes e 6,3% não praticam esportes; 37,5% dos participantes da pesquisa considera que seus interesses por atividades culturais tem origem em amigos/colegas,

9,4% hábitos de familiares/parentes, pelo namorado (a)/marido/esposa, 12,5%em pelos professores/escola, 21,9% pela9,4% igreja e 9,4% por outros meios. Em relação a preferências musicais, 68,8% gostam de rock, 62,5% das gostam de pop e 56,3% prefere música eletrônica. 26,7% das pessoas consideraram as atividades culturais e artísticas promovidas pela Fundação Cultural de Foz do Iguaçu como “boas”, 50% consideram-nas “medianas”, 23,3% consideram-nas ruins ou péssimas; 28,1% consideram bom o conforto e comodidade das instalações da Fundação Cultural de Foz do 46,9% como mediana, 18,8% como ruim e 6,3% como péssimo; 28,1% consideram satisfatórias as condições de higiene/limpeza da fundação em questão, 62,5% consideram-nas consideram-nas medianas, 6,3% 6 ,3% consideram-nas consideram-nas ruins rui ns e 3,1% consideram-nas péssimas; 52,1% acreditam que a divulgação das atividades

culturais promovidas pela Fundação é satisfatória e os demais 47,9 consideram as divulgações insatisfatórias; 73,3% dos participantes da pesquisa não se sentiram 174

 

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satisfeitos com a quantidade de teatros em Foz do Iguaçu, 20% declaram-se satisfeitos e 6,7% não opinaram; 86,7% dos participantes da pesquisa acham que não é suficiente a quantidade de peças teatrais realizadas em Foz do Iguaçu. Para 71% dos participantes da pesquisa a Prefeitura de Foz do Iguaçu deve investir mais em atividades culturais e artísticas. 68,8% do total de respondentes acreditam que Foz do Iguaçu tem potencial para produzir, consumir e ofertar mais atividades culturais. cultu rais. Os dados coletados revelam opiniões que indicam insatisfação com as atividades culturais e artísticas realizadas e ofertadas em Foz do Iguaçu, bem como com as atividades da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu. Destaca-se o ininteresse dos participantes participa ntes no maior investimento investimento das verbas públicas em atividades culturais e artísticas. Palavras-chave: Cultura, Foz do Iguaçu, Pesquisa.

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DIFERENTE S GERAÇÕES DIFERENTES GER AÇÕES E SUAS SUAS OPINIÕES SOBRE DESMATAMENTO   CURCEL, Bianca GOMES, Isadora PEREIRA, Laysla Fernanda

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se analisar a opinião das pessoas de diferentes gerações e classes sociais sobre o desmatamento de florestas e áreas verdes.   Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido por 210 sujeitos, sendo 79% mulheres e 21% homens. Com idade entre 10 e 50 anos ou mais, 50,4% tem idade entre 10 a 22 anos e 49,6% entre 22 e 50 anos. Com relação ao grau máximo de escolaridade, 19,5% tem apenas o ensino fundamental, sendo completo ou incompleto, 37,6% apenas o ensino ensino médio (completo ou incompleto), 21,4% 21,4% o ensino superior super ior (completo (completo ou incompleto), 16,7% estão se especializando e 4,8% fazendo mestrado, doutorado ou pós-doutorado. pós-douto rado. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: segu intes: com relação ao recente episódio da seca em São Paulo, 56,2% dos respondentes apontaram que di versos  ver sos fato fatores res podem ser justificados justificados para a crise de de água no Sud Sudeste este e apenas apenas 32,4 32,4% % concordaram que o episódio da seca em São Paulo foi causado pelo desmatamento, enquanto 1% não concorda e 5,2% afirmam que a falta de gestão política adequada causou a seca em São Paulo. Sobre a relação entre falta de água e o desmatamento, 96,7% concordam que há relação entre os dois e 3,3% afirmam que não há relação. A respeito da redução do desmatamento desmatamento na Amazônia Amaz ônia nos últimos anos, a nos, 95,2% afirafi rmam que essa redução não é suficiente e 4,8% que é suficiente. Sobre as alternativas para a redução do desmatamento, 85,6% declaram que toda vez que uma árvore for cortada, deve-se plantar uma nova em seu lugar, 42,1% afirmam que reduzir o consumo do papel mediante med iante uso do papel reciclado, 41,1 41,1% % apontam que não se deve comprar imóveis em áreas protegidas ecologicamente, 40,7% aboliriam o avanço de novos pastos sobre florestas, 27,3% apoiam que produtos feitos com couro animal não devem ser consumidos, dando da ndo preferência preferência ao couro ecológico e 14,8% disseram

que para evitar o desmatamento deve-se reduzir o consumo de carne vermelha. No que se refere às consequências do desmatamento, 63,2% apontam que é a perda de 176

 

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biodiversidade de flora e fauna nativas, 45,5% para a degradação de mananciais, 36,8% apontam para o aterramento de rios e lagos, 38,8% destacam a diminuição das chuvas, 32,5% a desertificação do ambiente, 34% declaram que é a redução da umidade relativa do ar, 41,1% citam o aumento do efeito estufa e 27,8% a redução da qualidade da água. Com relação às consequências do desmatamento para a sociedade, 55,9% citam a falta de água, 22,8% destacam que a redução da diversidade biológica, elimina plantas com potencial de mercado na indústria farmacêutica e de cosméticos e 12,9% lembram o aumento da resistência a doenças e pragas na agricultura, 8,4% os danos causados pela redução de áreas para o ecoturismo. Na opinião dos respondentes, com relação à punição para quem desmata, 66% das pessoas pensam que a reclusão, de um a três anos e multa deve ser a punição, 19,6% apoiam a detenção de seis meses a um ano e multa, 10,5% apoiam a detenção de um a dois anos e o restante e 3,8% apoiam somente a multa para quem desmata. Quanto à opinião dos respondentes sobre as plantações de reflorestamento (se é uma vantagem ou desvantagem), 94,2% acham que as plantações de reflorestamento são uma vantagem e o restante, 5,8% acham que são uma desvantagem. Quanto à possibilidade de aumento da produção de alimentos sem desmatar, 71,4% acha que é sim possível, pos sível, 25,2% não souberam responder e 3,3% acham que não é possível. Quanto à opinião dos respondentes sobre em qual das situações o desmatamento é aceitável, 85,2% considera que, na atualidade, em nenhuma situação é aceitável desmatar, 9% apontam a atividade agrícola, 4,3% a construção de moradias, 1% a construção de estradas e 0,5% a construção de shoppings. Em relação ao principal fator de desmatamento desmatamento do Brasil, 43,3% apontam apontam que as a s madeireiras são o principal fator de desmatamento, desmatamento, 29,3% 29,3% apontam as construtoras, 16,8% a pecuária pecu ária e 10 10,6% ,6% o cultivo da soja. Com relação a como o respondente pode e faz para contribuir com o meio ambiente, ambiente, 37,6% 37,6% não jogaria lixo nas ruas e nos rios, 32,9% separaria separa ria os lixos li xos recicláveis dos comuns, comuns, 21% 21% economizaria água ág ua e 8,6% reutilizaria reutiliz aria papéis. Os O s dados coletados indicam que os participantes da pesquisa, em sua maioria, são contrários ao desmatamento; conhecem os possíveis efeitos do mesmo tanto no que se refere ao meio ambiente quanto no que se refere às pessoas; e, conhecem alternativas para o enfrentamento do desmatamento. desmatamento. Parece haver h aver uma tendência ao consenso quanto à interpretação de que o desmatamento precisa ser combatido e punido. Sugere-se que nossos governantes incentivem pesquisas sobre as opiniões das pessoas em relação ao desmatamento e que os resultados destas pesquisas sejam escutados na produção de novas leis e propostas de combate a práticas de desmatament desmata mento. o.

Palavras-chave: Desmatamento, ecologia, meio ambien a mbiente. te. 177

 

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CONHECIMENTOS BÁSICOS DE PROFESSORES PROF ESSORES A RESPEIT R ESPEITO O DO TEMA “GÊNERO E SEXUALIDADE” HOBLOS, Marwa

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar conhecimentos básicos de professores a respeito do tema “gênero e sexualidade”.  Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line e

análise dos resultados em uma abordagem qualitativa. O questionário foi respondido por 30 professores atuantes no Instituto Federal do Paraná (Campus Foz do Iguaçu) ou na Universidade Federal da Integração Latino-Americana, sendo 43,3% mulheres e 56,7% homens. 26,6% dos respondentes respondentes são doutores; doutores; 53,4% são mestres; 20% são graduados. Quanto à religião, 36,7% não possuem religião, 40% são católicos, 20% são cristãos e 3,3% seguem outras religiões. 13,3% acreditam que “gênero” e “sexo” são respectivamente, características anatômicas e hormohormonais de um determinado indivíduo e aspecto cultural da diferença entre homem e mulher; 63,3% acreditam que são, respectivamente, aspecto cultural da diferença entre homem e mulher e características anatômicas e hormonais de um determinado indivíduo; 10% acreditam que são respectivamente, desejo afetivo e erótico do indivíduo e características anatômicas e hormonais de um determinado inindivíduo; 10% acreditam que são respectivamente, aspecto cultural da diferença entre homem homem e mulher e desejo afetivo e erótico do indivíduo e 3,3% afirmam afirma m não saber. Quanto à quantidade de gêneros existentes, 50% afirmam não saber; 26,7% acreditam existir entre 4 e 20; 16,7% acreditam que são mais de 40 e 6,7% acreditam existir apenas 3. Quanto ao conhecimento à respeito dos assexuais, 63,3% acreditam que são os que não sentem atração sexual; 13,3% acreditam que são os que não se identificam com nenhuma identidade ou expressão de gênero; 13,3% afirmam não saber e 10% acreditam que estes possuem um distúrbio de desejo sexual hipoativo. Quanto à diferença entre um transexual e uma travesti, 50%

acreditam que o indivíduo transexual não se identifica com o gênero que lhe foi 178

 

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atribuído em o seu nascimento e a travesti vivencia papéis de gênero feminino, mas não se reconhece como homem ou mulher; 43,3% acreditam que o indivíduo transexual fez a cirurgia de mudança de sexo e a travesti se comporta conforme as características do gênero oposto; 3,3% acreditam que não há diferença e 3,3% afirma af irmam m não não saber. saber. Para 66,7% dos part participantes icipantes da pesquisa a vestimenta do do indivíduo não é uma forma de identificar a sua identidade de gênero, para 33,3% a vestimenta permite identificar sua identidade de gênero. Neste contexto, 70% acreditam que homossexuais são pessoas que sentem atração afetiva/sexual por pessoas do mesmo sexo e permanecem se identificando com o gênero atribuído com o nascimento; 13,3% 13,3% acreditam ser aqueles que sentem atração afetiva/sexual afetiva/sexua l por pessoas do mesmo sexo, mas se identificam com o gênero contrário ao atribuído com o nascimento, 13,3% afirmam ser aqueles que sentem atração afetiva/ sexual por pessoas do mesmo sexo por se identificarem com o gênero oposto e 3,3% afirmam serpor aqueles sentemmental atração por pessoas do mesmo sexo causado um transtorno trque anstorno ouafetiva/sexual afetivo. De forma geral, 46,7% dos entrevistados possuem conhecimentos básicos sobre o tema e 53,3% não alcançam este resultado. Observou-se que o grau de escolaridade ou a formação em licenciatura ou bacharelado bacha relado não influencio inf luenciouu na demonstração de maior ma ior ou menor menor conhecimento em relação às temáticas em questão. Nota-se também que 33,3% dos cristãos, 58,3% dos católicos, 36,7% dos não religiosos e 100% dos que seguem a FSM são os que possuem os conhecimentos básicos. Conclui-se que, apesar da grande gra nde diferença na quantidade de entrevistados em cada formação (nota-se (nota-se uma grande gra nde quantidade de mestres), mestres), a formação acadêmica não está e stá relacionada com o nível de conhecimento conheci mento dos professores professores sobre o tema. Por Porém, ém, nota-se que a religião pode possuir algum a lgum vinculo v inculo com o nível de conhecimento sobre “Gênero “Gênero e SexuaSexualidade”.. Diante dos resultados e considerando o contato que professores lidade” professores tem com pessoas com diferentes identidades de gênero e orientações sexuais, acredita-se que “gênero “gênero e sexualidade” sexual idade” são temáticas que precisam ser s er abordadas no processo de formação dos professor professores. es. Palavras-chave: Gênero, Sexualidade, Professores.

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FACES DA VIOLÊNCIA ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO GONÇALVES, GONÇAL VES, Érica de Freitas

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se caracterizar objetiva-se caracterizar percepções de alunos do Ensino Médio de escolas públicas em relação à violência escolar. Trata-se de um Estudo de Caso desenvolvido em uma abordagem qualitativa, com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido por 20 sujeitos estudantes do Ensino Médio. Os resultados principais resultados foram os seguintes: todos os participantes da pesquisa afirmaram que, no ambiente escolar, não foram furtados nos últimos 6 meses. 89,5% afirmam que nenhum aluno destruiu de propósito seus materiais escolares nos últimos 6 meses e 10,5% responderam que já tiveram materiais destruídos por colegas. 55% dos respondentes responden tes afirma af irmam m que na escola não foi disseminado dissemi nado fofocas fofocas sobre s obre eles e 45% 45% responderam que já foram vítimas de fofocas. Destes que responderam que já espalharam fofocas sobre eles, 35% responderam que o fato ocorreu uma ou duas  vezes, 5% que ocorreram cinco ou seis vezes e outros 5% relataram que o fato aconteceu sete vezes ou mais. 65% dos respondentes afirmaram que nunca foram

excluídos proposi proposital talmente mente por algum 35% relataram 35% foram excluídos por colegas. Quando questionados se colega nos últimos seis mesesque osjárespondentes ha viam sido xingados ou apelidados por colegas, 84,2% 84, 2% afirmara afi rmaram m que ninguém os havia xingado/apelidado, 15,8% que foram apelidados/xingados, sendo que 5,3% foram xingados por serem homens ou mulheres, 5,3% por seus familiares e 15,8% por sua aparência. Perguntamos quantas vezes por semana os respondentes foram ofendidos/insultados, 60% afirmaram que ninguém os havia insultado, 25% relataram que houve xingamento uma ou duas vezes e 15% três ou quatro vezes por semana. Neste mesmo contexto, perguntamos se professores ou funcionários estavam presentes quando ocorreu os colegas os insultaram, 62,5% responderam

que não, 25% que algumas vezes sim e outras não e 12,5% responderam que sim. Quando questionado se nos últimos 6 meses os alunos foram ameaçados , 85% responderam que não e 15% que sim, sendo 100% das vezes alunos de sua 180

 

 ANAIS DO V CAFÉ COM SOCIOLOGIA VIVA

série. Quando indagados se alguma vez os respondentes já sentiram medo que lhe fizessem algum mal, 70% responderam que não, 30% responderam que sim. Em relação á existência de segurança do colégio 63,2% responderam que há segurança seg urança,, 21,1 21,1% % que não há e 15,8% responderam que não sabem.  55%

dos respondentes afirmam que seus problemas pais ou responsáveis, 40% para professores, professor es, 35% para amigos am igos e 15% 15% responderam que não contam para ninguém. Perguntamos se nos últimos seis meses, os respondentes haviam agredido fisicamente outro outro aluno, a luno, 90% responderam que não e 10 10% % que sim. 73,7 73,7% % responderam que não apelidam/xingam seus colegas, e 26,3% que sim, sendo 15,8% destes por uma brincadeira brincadeir a que envolve envolve xingament xinga mento, o, 10,5% 10,5% por brigas de futebol f utebol ou times de futebol e 5,3% por fazer mal a ele. Quando indagado quantas vezes o individuo ameaçou outro aluno, 80% responderam que nunca ameaçaram e 20% que ameaçaram uma ou duas vezes. Ainda questionamos se nos últimos 6 meses, o aluno havia ingerido bebidas alcoólicas e quantas 65%ou disseram que enão, 20% disseram que ingeriram três ou quatro vezes,vezes, 10% sete mais vezes 5% uma ou duas vezes. Os dados coletados indicam um contexto em que a violência física não é percebida pelos respondentes e talvez não ocorra, mas em que a violência psicológica é vivenciada por parcela dos alunos, pois estes apontam práticas prática s como insultos e ameaças como parte de suas experiências ou ações no contexto escolar.  escolar.   Palavras-chave:  Violência, alunos, ensino médio.

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EDUCAÇÃO EM DIREITOS EDUCAÇÃO DIREI TOS HUMANOS SOB A PERSPECTIVA DE DOCENTES DO ENSINO MÉDIO ALDERETE, Noelia Janina Alves A lves

Resumo: A presente pesquisa objetiva caracterizar a percepção de professores do ensino médio em relação ao tema educação em Direitos Humanos. Trata-se de um Estudo de Caso desenvolvido em uma abordagem qualitativa, com coleta de da-

dos pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido por nove professores da rede estadual de ensino da região oeste do estado do Paraná, sendo oito mulheres e um homem. Todos os participantes da pesquisa são licenciados e 44,4% relataram ter durante sua graduação alguma disciplina voltada para a questão dos direitos humanos. 44,4% também afirma já ter participado de algum curso de caráter de formação continuada que aborda-se a questão dos direitos humanos. Quando questionados a respeito da possibilidade da inserção do estudo da educação em direitos humanos na sua área de atuação, ou seja, na(s) disciplinas que lecionam apenas 11,1% alegaram não ser possível a inserção. Entre os entrevistados 33,3% afirmam já ter lido na integra a Declaração Mundial dos Direitos Humanos. Foi proposta no questionário uma seção onde eram expostos proposições de direitos aos entrevistados para que eles os pudessem avalia-las como possíveis bons exemplos ou maus exemplos de direitos humanos. Esta avaliação dava-se por meio de uma escala crescente de acordo com a relevância creditada a proposição em questão pelos entrevistados. As avaliações foram completamente aleátorias em relação ao direito esconder uma doença contagiosa, de ter quantos filhos quiser, de abortar, de recusar o serviço serv iço militar, de fumar e direito de apressar apressar a morte de um paciente terminal terminal que pede para morrer. Por meio meio desta pesquisa-se pesquisa-se nota-se que apesar apesar da recente obrigatoriedade da inclusão da temática Direitos Humanos na educação básica e na formação de professores, os docentes demonstram ter necessidade de processos de formação

que sistematicamente contemplem a educação em Direitos Humanos. Palavras-chave: Direitos humanos, professores, colégios estaduais. 182

 

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RELAÇÃ REL AÇÃO O FAMÍLIA, FAMÍLIA, ESCOLA ESC OLA E SUCESSO ESCOLAR MEZZOMO, MEZZOM O, Alyne Christyna Christ yna ALVES, Marcieli

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar informações sobre a relação família/escola e sobre possíveis relações entre as diferentes estruturas familiares e o sucesso escolar dos alunos.  alunos.  Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line e análise dos resultados em uma abordagem qualitativa. O questionário foi respondido por 142 42   sujeitos que se identificam como estudantes, sendo 81% do sexo feminino e 19% do masculino. 23,2% dos participantes da pesquisa são filhos de pais separados, 7% vivem em famílias monoparentais, 53,5% vivem em famílias nucleares e 16,3 % vivem em famílias com outras contituições. Neste contexto, 74,6 % dos participantes da pesquisa considera que tem pais presentes, 11,3 % considera que tem pais omissos, 7% considera que tem pais permissivos. 67% dos participantes da pesquisa definem seu desempenho escolar como bom, 23,2% como excelente, 5,6% como ruim e 1,4% péssimo. 71,8% declaram que nunca reprovaram e 28,2%

 já reprovaram.seu reprovaram. 9,9%desempenho dos participantes dos da pesquisa declara m declaram suas famílias famí lias não acompanham escolar, 51,4% afirmam queque vivem em famílias fazem um acompanhamento mediano do desempenho escolar, 18,3% afirmam que raramente suas famílias raramente acompanham o seu desempenho escolar e 20,4% afirmam que suas famílias constantemente acompanham o seu desemdesem penho escolar; 50,7% se definiram como participantes em sala, 31% como ativos, 14,8% como pouco part participativos icipativos e 3,5 3,5 % não participantes. 43% dos responden responden-tes dizem que os professores que possuem alertam as famílias sobre desempenho escolar dos alunos, 31% declaram que os professores não alertam, mas tentam resolver os problemas com o desempenho dos alunos, 21% dizem que a maioria

dos professores que possuem não fazem nada a respeito do desempenho dos alu nos e 3,5% declaram que os professores convocam os pais ou responsáveis para  virem até a escola quando qua ndo de desempenhos negativos negativos dos estudantes.  estudantes. Analisando 183

 

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individualmente os dados coletados em relação a cada participante da pesquisa,  verificou-se que oriundos de família fa míliass com c om pais separados, pai e madrasta, mad rasta, mãe e padrasto, só pai ou mãe, em maior ma ior proporção proporção do que os demais, responderam que consideram baixopais ou omissos muito baixo a relação familiar com seus estudos queconsideram seus na relação família/escola. Acredita-se quee/ou as estruestru turas familiares podem ter interferência na forma como as famílias se relacionam com a escola e na forma como as mesmas se relacionam com o processo de estudo dos alunos. No entanto, ressalta-se que não se pode pressupor que determinada estrutura familiar implique em resultados menos ou mais satisfatórios de deterdeterminado aluno. Palavras-chave: família, escola, relações, aprendizagem.

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GRAVIDEZ E METODOS GRAVIDEZ METOD OS CONTRACEPTIVOS: ENTRE O ES CONHECIMENTO E AS OPINIÕES OPINIÕ DE ADOLESCENTES   CANZI, Tiago

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar o conhecimento de adolescentes sobre métodos contraceptivos e opiniões dos mesmos sobre a gravidez na adolescência. Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line e análise dos resultados em uma abordagem qualitativa. O questionário foi respondido por 370 adolescentes com idades entre 14 e 17 anos, sendo 44,5% do sexo masculino e 55,5% são do sexo feminino. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 80,8% dos participarticipantes da pesquisa classificam a acessibilidade que têm a métodos contraceptivos como regular e 19,2% classificam-na como boa. 92,2% consideram que recebem poucas informações sobre doenças doenças sexual sexu almente mente transm transmissíveis issíveis e 6,8% consideram consideram que receberam informações em nível adequado. Todos Todos os participantes par ticipantes da pesquipes qui-

sa conhecem uma aadolescente tenha engravidado durante oTodos Ensino Médio. Todos consideram gravidez naque adolescência algo preocupante. Tod os conhecem pelo menos um tipo de doença sexualmente transmissível e/ou de método para evitar a gravidez. Todos os participantes da pesquisa conhecem pelo menos um método de aborto. Todos os participantes da pesquisa responderam que, em caso de dúvidas sobre s obre questões relacionadas relacionadas com sexo, métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis, primeiro buscam informações na internet, depois com amigos e por fim com adultos (familiares ou professores). Os participantes da pesquisa relatam que, geralmente, buscam informações sobre as temáticas em questão, apenas quando estão diante de uma situação problemática. Os dados co-

letados indicam os participantes da métodos pesquisa contraceptivos entendem a gravidez na adolescência como umque problema, conhecem e acreditam que tem informações básicas sobre doenças sexualmente transmissíveis. No entanto, 185

 

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também indicam que, para os participantes da pesquisa, a acessibilidade a métodos contraceptivos contraceptivos e as informações sobre DST’s DST’s não não são satisfatórias. Considerando os dados coletados, acredita-se que devem ser criadas alternativas para que adolescentes tenham o amplo aos sexual, recursoscom necessários realização métodos contraceptivos e que aacesso educação situaçõespara paraaque os alualu nos possam esclarecer dúvidas individualmente, possa fazer parte do cotidiano escolar. Palavras-chave:  gravidez, adolescência, conhecimentos e opiniões.

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EVASÃO EV ASÃO ESCOLAR ESCOL AR EM UM CURSO CURS O DE LICENCIATURA LICENCIA TURA EM FÍSICA: F ÍSICA: UM ESTUDO DE CASO OLIVEIRA, Vanessa Magalhães de

Resumo: Na presente presente pesquisa objetiva-se identif identificar icar causas causa s de evasão do curso de licenciatura em Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (Campus Foz do Iguaçu). Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de da-

dos pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário quest ionário foi respondido por 15 sujeitos sujeitos que evadiram do curso em questão, sendo s endo seis homens e nove nove mulheres. Destes sujei sujeitos, tos, quatro têm idade entre 16 a 20 anos; três têm idade entre 21 a 24 anos e oito tem mais do que 25 anos; além disso, quatro apresentam renda entre um e dois salários mínimos, sete apresentam renda entre três e cinco salários mínimos e quatro apresentam apresentam renda acima de cinco salários salá rios mínimos. Todos os part participantes icipantes da pesquisa afirmara af irmaram m serem egressos de ensino médio realiz realizado ado em escola pública. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: todos os participantes da pespesquisa acreditam que alunos cansados do trabalho ou preocupados com problemas familiares não conseguem aprender bem o que o professor ensina; 12 respondentes afirmaram que gostariam de voltar a estudar e terminar a licenciatura em Física e três afirmaram que não gostariam de efetuar tal retorno; dois respondentes acrediacreditam que para melhorar a situação da evasão escolar atual, é necessário mais atenção do governo governo com as famílias mais ma is carentes, um acredita que é necessário melhorar as condições da escola, dois acreditam que são necessários professores mais pacientes com os alunos, dois pensam que é necessário oferecer transporte escolar de qualidade para todos os alunos e oito indicam estas e outras medidas como necessárias para minimizar a evasão escolar; quando indagados sobre os motivos de escolha o curso de Física, seis respondentes relataram que foi pelas oportunidades no mercado de trabalho, para a carreira, dois afirmaram que foi devido à influência dos

pais, professores e amigos, quatro afirmaram que gostam da área em que se insere o curso, um afirmou que fez a escolha em função da qualidade do IFPR e dois não 187

 

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especificaram motivos; oito participantes da pesquisa afirmaram que estavam com dúvidas na hora da escolha do curso de Licenciatura em Física, seis disseram que tinham certeza da escolha e um não respondeu; dos respondentes que já abandonaram escola em outras ocasiões (durante o ensino médio), disseram fizeramapara trabalhar e ajudar a família; dois afirmaram que três o fizeram peloque fatoo de não aprenderem nada com a escola; cinco afirmaram que foi por outras causas; cinco participantes afirmaram não conhecer os prejuízos causados na sociedade e nos cofres públicos com a evasão escolar, nove afirmaram conhecer tais prejuízos e um não respondeu a esta questão; dois respondentes afirmam que seus familiafamilia res e/ou amigos não aprovaram a escolha do curso de Física, 11. disseram que seus familiares aprovaram tal escolha, um afirma que seus familiares não aprovaram a licenciatura em Física e que isso influenciou na sua decisão de abandonar o curso; três respondentes afirmaram que abandonaram o curso de Física por insatisfação com o mesmo, um por problemas familiares, três por dificuldades financeiras, oito por outros motivos; 10 respondentes respondentes afirmam afir mam que pretendem fazer outro curso cu rso uni versitário  ver sitário,, dois dois afirmaram que já haviam cursado outr outroo curso e que que isso influenciou influenciou decisão de desistência do curso de Física, um afir a firmou mou que não não pretende pretende cursar cursa r outra graduação e um não respondeu a esta questão. Neste contexto, sete respondentes afirmam que precisaram exercer alguma atividade remunerada que o atrapalhou durante o curso de licenciatura em Física e que isso contribuiu para a tomada de decisão de desistência do curso; cinco disseram que exerceram atividade remunerada durante a realização do curso, mas que isso não influenciou na decisão de desistência da licenciatura, dois disseram que não trabalharam durante o período de estudos na licenciatura em Física, sete participantes da pesquisa afirmaram que não conversaram com ninguém para tomarem a decisão de abandono da licenciatura, cinco afirmaram que conversaram com amigos e/ou familiares, um que conversou com outros colegas colegas do curso. Diante dos dados dados coletados observa-se que, os alunos que evadiram o curso em questão são predominantemente alunos trabalhadores (que trabalham enquanto estudam), egressos de escola pública, incertos da escolha na graduação desde o princípio princípio do curso. Destaca-se que os motivos motivos alegados para evasão são múltiplos, mas que a característica aluno-trabalhador identifica 12 dos 15 participantes da pesquisa, pesqu isa, o que leva a hipótese h ipótese de que, mesmo não reconhecendo reconhecendo a necessidade de trabalho como fator de evasão, esta é uma possível variável fundafunda -

mental na desistência da licenciatura em Física do campus Foz do Iguaçu.   Palavras-chave: Evasão Escolar, Licenciatura em Física e causas da evasão. 188

 

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 CLIMA ESCOLAR: ENTRE DIAS DE SOL E TEMPESTADES DALLAZEM, Anna Claudia LARA, Luana

Resumo: Enten  Entende-se de-se Clima Escolar Escola r como a atmosfera psicológica, psicológica, o perfil perf il das relações entre as pessoas e as expectativas recíprocas compartilhadas pelos envol vidos com as atividades de uma u ma escola. es cola. Com esta es ta compree compreensão, nsão, na present presentee pespe squisa objetiva-se averiguar a percepção de clima escolar de estudantes do ensino médio de escolas públicas do extremo-oeste do do Paraná. Tra Trata-se ta-se de um estudo de caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 101 101 estudantes estuda ntes com idades entre 14 e 18 anos. Os Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 45,5% dos respondentes acreacreditam que a maioria dos estudantes das escolas em que estudam será capaz de ter êxito no ensino superior, no entanto 33,7% acreditam que poucos terão êxito no ensino superior. Neste contexto, 47,5% dos participantes da pesquisa acreditam que a maioria dos alunos valorizam pouco a escola, 23,8% acreditam que os alunos não valorizam a escola em que estudam; 59,4% acreditam que é alto o

nível de exigência da escola em que estudam, estuda m,a32,7% concor concordam dam pa rcialmente parcialmente esta afirmação e 7,9% não concordam com mesma. Neste contexto, 49,5%com dos respondentes afirmam que, na escola em que estudam, os alunos não usam com frequência computadores ou outros aparelhos conectados à internet, 34,7% afirafirmam que os alunos usam computadores ou outros aparelhos conectados à internet e 15,8% 15,8% afirma af irma que tal uso ocorre muito raramente. 60,4% % dos participantes da pesquisa afirmam que ocorre muita troca de professores nas escolas em que estudam e 39,6% afirmam que estas trocas ocorrem pouco. 76,2% afirmam que os alunos da escola em que estudam não são divididos em turmas/série, de acordo com seu nível de capacidade, 11,9% acreditam que essa prática ocorre; 70,3%

acreditam que nunca há competição entre os professores; 29,7% acreditam que algumas alg umas vezes possui pos sui competição entre os professores. professores. 50,5% responderam responderam que algumas vezes são realizadas assembleias ou encontros com os alunos para discutir 189

 

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as regras, a disciplina e os problemas de convivência na escola; 28,7% acham que nunca há encontros com os alunos; 41 41,5% ,5% dos respondentes acreditam que os professores demonstram poucas habilidades para lidarem com indisciplina e conflitos classe de estas formaquestões constr utiva; construtiva; 34,7% acredita acreditam habilidadenão dospossuem professores paranalidar com e 14,9% acham que m os na professores habilidades para lidarem com indisciplina e os conflitos na classe. 69,3% acreditam que os alunos nunca vão embriagados ou drogados para a escola; 24,8% acham que em algumas vezes os alunos vão desta maneira para a escola; 4% acha que muitas vezes os alunos vão embriagados ou drogados para a escola e 2% afirmam que os alunos sempre vão para a escola embriagados ou drogados. 96% declaram que, na escola em que estudam ocorrem situações em que os alunos provocam, zoam, apelidam ou irritam algum colega e 4% acreditam que nunca há esse tipo de situação. Diante dos dados coletados observa-se que, predominantemente, os participantes da pesquisa percebem o clima escolar como marcado por possibilipossibilidade de êxito acadêmico dos alunos que com eles estudam; por muitas trocas de professores prof essores e por situações em que não se sabe lidar l idar com conflitos conf litos entre os alunos. Acredita-se que, os professores e os governantes devem receber capacitação para a compreensão de como o clima escolar interfere na aprendizagem dos alunos e devem agir para que as escolas tenham clima caracterizado por segurança, estabilidade, boa gestão de conflitos e participação ativa de todos os agentes envolvidos com o processo de escolarização. Palavras-chave: clima escolar, professores, indisciplina. 

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PERFIL SOCIOECONÔMICO DE ESTUDANTES DE ESCOLAS PÚBLICAS  

DO EXTREMO󰀭OE EXTREMO󰀭OESTE STE DO D O PARANÁ PARANÁ SILVA, Carolina Model

Resumo: Na presente presente pesquisa objetiva-se identif identificar icar o perfil perf il socioeconômico de estudantes da rede estadual de escolas públicas do extremo-oeste do Paraná.  Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um

questionário on-line. O questionário quest ionário foi respondido por 33 33 sujeitos, sendo 11 mulheres e 22 homens. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 39,4% dos participantes da pesquisa residem em bairros localizados na região central da cidade, 36,4% residem em bairros na periferia da cidade, 12,1% moram em área rural, 9,1% residem em condomínio residencial fechado e 1% dos entrevistados residem em favela. Em relação à renda mensal da família, 39,4% indicam que a renda familiar é de três a cinco salários mínimos, 27,3% apresentam renda de um a dois salários mínimos, 3% afirmam que a sua renda familiar é menor que um salário mínimo, 3% dos entrevistados apresentam renda superior a vinte salários mínimos e 3% apresentam renda familiar de seis a dez salários mínimos. Neste contexto, 24,2% responderam que quatro pessoas vivem da renda da sua família, 24,2% dos entrevistados responderam que três pessoas vivem da renda da família, 21,2% responderam que duas pessoas vivem da renda familiar, 18,2% responderam que cinco pessoas fazem parte da renda da sua família e uma pessoa declarou que sete ou mais integrantes da casa que vivem da renda familiar. Em relação ao grau de escolaridade dos pais 48,5% responderam que os pais apresentam ensino fundamental incompleto, 15,2% dos pais dos estudantes possuem o ensino funfun damental completo, 6,1% afirmam que seus pais não concluíram o ensino médio e 12,1% responderam que seus pais concluíram o ensino médio, 9,1% dos estudantes responderam que seus pais não completaram o ensino superior, 3% res-

ponderam que os pais têm mestrado e 6,1% dos estudantes afirmam que os pais possuem doutorado. Em relação ao grau de escolaridade da mãe, 57,6% afirmam 191

 

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que as mães têm ensino fundamental fu ndamental incompleto e 18,2% 18,2% das mães dos estudantes estuda ntes apresentam ensino fundamental completo, 3% das mães não concluíram o ensino médio e 6,1% dos entrevistados responderam que suas mães concluíram o ensino dos estudantes que suas mães não concluíram ensino médio, superior3% e 12,1% das mães responderam dos entrevistados apresentam ensino superioro completo. Entre os participantes da pesquisa, 90,9% pretendem cursar faculdade e 9,1% 9,1% não pretendem. Em relação ao número de livros liv ros que costumam costuma m ler por ano 48,5% dos entrevistados responderam que não leem nem um livro, 15,2% leem apenas um livro, liv ro, outros 15,2% 15,2% leem de dois a cinco livros por ano, 12,1% 12,1% afirmam af irmam ler mais de quinze livros, 6,1% responderam que leem de seis a dez livros, 3% responderam onze a quinze livros por ano. Em relação à religião 60,6% dos entre vistados são católicos, 18,2% são protestantes, protestantes, 15,1 15,1% acreditam em Deus, mas não seguem nenhuma religião, 3% são católicos não praticantes, 3% consideram-se agnósticos. Em relação aos preceitos de sua religião, 27,3% não praticam nem um tipo de preceitos, 27,3% buscam praticar todos os preceitos da sua religião, 18,2% praticam poucos preceitos, 18,2% praticam a maioria ma ioria dos preceitos preceitos da sua religião e 9,1% praticam preceitos dos quais concordam. Sobre o papel da política na vida dos estudantes, 36,4% responderam que não se preocupam com política e não costumam costuma m discutir discut ir sobre política, 21,2% não apresentam apresentam opiniões sobre o assunto, 21,2% responderam que a política é muito importante e procuram sempre discutir sobre política com conhecidos, 12,1% acreditam que a política é importante e eventualmente discutem sobre política com conhecidos e 9,1% não entendem ou não gostam de política. Considerando os dados coletados observa-se que os sujeitos desta pesquisa possibilitam inferir a escola pública do extremo-oeste do Paraná como um lugar de diversidade religiosa, de pessoas oriundas de diferentes classes econômicas e com distintas relações com questões políticas, no entanto, com um predomínio significativo de estudantes com pais com baixa escolaridaescolaridade e com pouco interesse pela leitura. Acredita-se que, os estudantes da região apresentam peculiaridades culturais, econômicas e políticas, típicas de regiões de fronteira, que precisam ser conhecidas para a eficaz prática pedagógica.   Palavras-chave: Escola pública, Perfil socioeconômico, estudante.

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OPINIÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS E ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI DAMINELLI, Lara Marques

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar interpretações sobre os Direitos Humanos e os direitos específicos de adolescentes em conflito com a lei.  Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido por 33 pessoas, sendo 25 mulheres e

8cipantes homens. principais resultadospossuir obtidoselevado foram os seguintes: dentre partipartidaOs pesquisa 3% declaram conhecimento sobre os Direitos Humanos, 57,6% 57,6% declaram declara m possuir satisfatório conhecimento sobre a temática temática em questão, 39,4% declaram que sabem pouco sobre o assunto Direitos Humanos.   Neste contexto, 66,7% não concordam com a redução da maioridade penal, enenquanto 33,3% concordam. No caso de um adolescente infringir a lei, 24,3% dos respondentes afirmam que o mesmo dever receber penalidade deve receber a mesma que a de um adulto, 39,4% declaram que adolescentes e adultos devem receber penalidades distintas, porém com o mesmo grau de severidade e 36,4% dizem entre adultos e adolescentes que comentem crimes devem ocorrer penalipenalidades diferentes, sendo as penalidades penal idades dos adolescentes menos menos rígidas. Para 75,8% dos participantes da pesquisa os Direitos Humanos destinam-se a todos os seres humanos, para 24,2% tais direitos destinam-se aos seres humanos que respeitam os valores e normas produzidas socialmente. Dos entrevistados, 66,6% consideconsideram que a defesa dos direitos humanos entre adolescentes em conflito com a lei não é prioritária, pois tais adolescentes não fizeram o uso adequado da liberdade individual, não souberam agir pacificamente e 33,3% declaram que tal defesa é prioritária servindo como oportunidade de superação de condutas não aceitáveis. Não obstante, 24,2% dos participantes da pesquisa concordam com a interpretainterpretação de que “bandido bom é bandido morto” e os demais participantes discordam.

Para 72,7% o tratamento judicial é desigual para adolescentes de distintas classes sociais. Ao serem questionados quanto aos serviços (saúde, educação e assistência social) socia l) que um adolescente adolescente tem acesso quando internado em uma unidade socioe193

 

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ducativa, 66,6% dos entrevistados afirmaram que os adolescentes devem ter acesso a estes serviços, 33,3% afirmam que tais serviços representam uma inversão de  valores, pois “cidadãos “cidadãos corretos” não não têm acesso aos serviços públicos. Para 63,6% 63,6% dos participantes, durante permanência numa Unidade Socioeducativa os adolescentes perdem parte dosadireitos que possuem, para 36,4% isso não ocorre. Os dados coletados revelam que aproximada aproximadamente mente 25% 25% dos participantes da pesquisa pes quisa não percebem o adolescente em conflito conf lito com a Lei como detentor detentor de Direitos Humanos e/ou não sabem o que são Direitos humanos; indicam também que, uma parcela significativa de participantes da pesquisa deslegitima a vulnerabilidade social dos adolescentes em conflito confl ito com a lei e a necessidade de atendimento atendimento diferenciado para adolescentes ou adultos que cometam atos infracionais. infr acionais. Acredita-se que, em espaço escolar, esc olar, devem ser executadas propostas de Educação Educaç ão em Direitos Humanos que contemplem contemplem o debate das especificidades especif icidades daqueles que, sendo adolescentes, transgridam as leis vigentes. Palavras-chave: Direitos Humanos, conflito com a lei, adolescentes.

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NA PERSPECTI PER SPECTIV VA DE GAMER GAMERS: S: OPINIÕES SOBRE PROBLEMAS RELACIONADOS COM JOGOS VIRTUAIS SACARDO, Eric BITENCOURT, Joab

Resumo: Na presente pesquisa objetivou-se averiguar opiniões sobre os problemas relacionados com jogos virtuais. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 73  sujeitos que se identificam como gamers, em sua maioria (43,8% 43,8%)) com idades entre 15 e 18 anos, sendo 65,8% homens e 34,2% 34 ,2% são mulheres. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 50,7% dos participantes da pesquisa afirmam que os jogos não os afetam fisicamente ou mentalmente, 49,3% que os jogos afetam nestes aspectos. Dentre os respondentes, 34,2% declaram que  jogam menos menos de 20 horas horas semanais, 75,3% jogam mais do que 20 horas semanais e 6,8% declaram declara m que jogam jogam mais de 250 horas por mês. Além disso, 76,7% declaram que os jogos tem uma influência positiva em suas vidas, enquanto 23,3 acredi-

tam que os têm efeitos negativos. 60,3% dos respondentes afirmam quejogos já gastaram dinheiro com Neste jogos contexto, e 39,7% não gastaram; 57,5% das pessoas concordam que o seu comportamento não muda após jogar por muito tempo, enquanto enquanto 42,5% 42, 5% dizem que sim, mudam de comportamento comporta mento;; 23,3% dizem ser viciados em jogos e 76,7% dizem que não são viciados em jogos; 65,8% ocaoca sionalmente trocam atividades importantes por jogos, 34,2% afirmam que não; 58,9% diz que não trocaria momentos com amigos por jogos, enquanto 41% diz que efetuaria tais trocas; 69,9% acreditam que não terão nenhum futuro com os  jogos; 65,8% dizem que não nunca nunca perderam nenhum trabalho escolar e/ou e/ou alg algum um compromisso importante por jogos, enquanto 34,2% afirmam que já perderam

compromissos importantes em função de jogos; 64,4% diz conhecer mais amigos pessoalmente do que virtualmente, 9,6% diz conhecer mais pessoas virtualmente 26% são iguais.  iguais.  Diante dos resultados coletados, conclui-se que, na perspectiva 195

 

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dos  gamers a uma divisão de opiniões entre acreditar que os jogos os afetam ou não os afetam a fetam mentalmente, mental mente, enquanto concomitantement concomitantementee a um reconhecimento reconheci mento de que, muitas vezes, em função dos jogos não se executam atividades importantes. a maioria dos gamersse reconhece positivospor dosjogos jogosnão em suasAlém vidas,disso, por isso cabe perguntar o interesseresultados dos adolescentes poderia ser utilizado no processo de ensino destas pessoas. Ora, na escola, jogos não poderiam ser recursos de ensino? Disciplinas relacionadas com jogos on-line não poderiam ser utilizadas para ensinar conhecimentos das diferentes áreas do conhecimento? Palavras-chave:  jogos, opiniões, jogadores. jogadores.

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A DROGADIÇÃ DROGA DIÇÃO O E A ABORDA ABORDAGEM GEM DE REDUÇÃO DOS DO S DANOS DANOS MURIANA, Alexandr A lexandree Abraão

Resumo: A drogadição é um problema que vem tomando grandes proporções nas sociedades e escolas contemporâneas. Consequentemente, também foi ampliada a demanda por estudos abordando as implicações da drogadição no ambiente escolar e sobre como os professores e alunos vivenciam as situações a ela

relacionadas. Neste contexto, o presente eestudo objetiva analisar que  versam sobre drogadição dos estudantes suas implicações no seupublicações ambiente escoambiente lar. Trata-se de pesquisa bibliográfica desenvolvida em uma abordagem qualitati va e pautada na anál análise ise categorial c ategorial temática de seis art artigos igos compilados a part partir ir de busca na Scientific Electronic Library Online – SciELO, com base nos descritores “drogas” e “escola” e delimitada ao campo título. A análise dos artigos compilados permitiu o desvelamento de três temáticas recorrentes, a saber: 1. abordagens de combate ao uso de drogas; 2. a associação entre supostas características da adolescência e o interesse pelo consumo de drogas; e, 3. a representação social do usuário de drogas. Dentre as abordagens de combate ao uso de drogas os artigos compilados apostam na abordagem de redução de danos que se baseia em princípios como os seguintes: evitar o envolvimento com o uso de drogas; evitar o envolvimento precoce; evitar que o uso se torne abuso; ajudar a abandonar a dependência; e orientar para o uso menos prejudicial possível. A abordagem da redução de danos consiste em minimizar os problemas de saúde decorrentes do uso abusivo de drogas ao invés de, como na abordagem tradicional, reprimir o uso ou tentar eliminá-lo. Os artigos são unânimes na contraposição a abordagem tradicional. Neste contexto, todos todos os artigos analisados ana lisados evidenciam a adolescência como uma etapa relacionada à “transgressão” “transgres são”,, bem como elaboram uma a associa assoc ia-ção estigmatizante estigmati zante entre supostas supostas característ ca racterísticas icas da adolescência e o interesse interesse pelo

consumo de drogas. Considerando o expresso nos artigos analisados ana lisados interpreta-se que os educadores não só deveriam repensar campanhas pautadas na abordagem tradicional de combate e repressão do uso de drogas, como deveriam repensar os 197

 

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significados que atribuem à adolescência. Sugere-se que professores possam cogitar a discussão sobre usos menos prejudiciais possíveis, especialmente de drogas lícitas (álcool e tabaco), ao invés de, sem sucesso, tentarem eliminá-las por completo da vida de adolescentes. Palavras-chave: drogadição, redução dos danos, pesquisa bibliográfica.

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A VIDA PROFISSIONAL DE UM ENGENHEIRO ENGENHEI RO ELETRICIST EL ETRICISTA A SILVA, Nicolas Alves da

Resumo: Na presente presente pesquisa objetiva-se averigua averiguarr informações sobre a vida profissional de engenheiros eletricista eletricistas. s. Tra Trata-se ta-se de um Levanta Levantament mentoo de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 26  26 engenheiros eletricistas, eletricistas , sendo 87,5% 87,5% homens e 12,5% . Dentre mulheres estes, 4% cursaram em4% construção civil, 8% em automação, 32% em fornecimento de especialização energia elétrica, em telecomunicações e 44% em eletroeletrônica. eletroeletrônica. Os principais resultados obtidos foram os segu seguintes: intes: 80% dos participantes da pesquisa afirmam que trabalhar com engenharia elétrica é cansativo e 20% declaram que não trata-se de uma profissão cansativa. Neste contexto, 24% estão muito satisfeitos em relação à atividade profissional que exercem, 36% estão satisfeitos, 32% estão insatisfeitos e 8% não opinaram. 12,5% declaram possuir renda de dois salários mínimos, 29,2% de dois a cinco salários mínimos, 25% de cinco a dez salários mínimos, 8,3% de dez a quinze salários mínimos, 4,2% de vinte a quarenta salários mínimos e 20,8% preferiram não dede-

clarar. 72% escolheram a engenharia elétrica por gostarem da atividade, 8% pelas oportunidades de emprego a ela relacionadas, 8% por questões financeiras e 12% por outros motivos. 4,2% declaram trabalhar até 20 horas semanais, 20,8% entre 20 e 30 horas semanais, 12,5% entre 30 e 39 horas semanais, 41,7% entre 40 e 44 horas semanais e 20,8% acima de 44 horas semanais. 32% estão empregados com carteira car teira assinada, assinada , 4% empregados empregados sem carteira assinada, a ssinada, 16% são funcionários públicos concursados, 16% são autônomos/ autônomos/ prestadores de serviços, serv iços, 8% tem contrato c ontrato temporário, 12% são estagiários, 4% proprietários de empresas e 8% apresentam outro tipo de vínculo empregatício. 56% exercem atividade técnica no seu trabalho atual, 4% atividade administrativa, 20% atividade gerencial, 8% atividade

comercial e 12% em outro tipo de atividade. 56% declaram que a exigência da capacitação profissional é superior a recebida no curso de engenharia elétrica em que se formou, enquanto 20% declaram ser compatíveis com a recebida recebida no curso curs o e 199

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

24% inferior a recebida no curso em que se formou. Durante Dura nte o curso de engenharia elétrica, 64% 6 4% declaram que obtiveram um alto aprendizado, 24% declara declaram m que obtiveram um aprendizado mediando e 12% declaram que não obtiveram uma apren aprendiza gem satisfatória. decla declaram ram que na da regsua região ião área em que vive há muitas ofer-ofer tas dedizagem emprego ou trabalho4% para profissionais técnica, 24% declaram que há ofertas de emprego ou trabalho, 52% declaram que há poucas ofertas de empregoo ou trabalho empreg trabal ho e 20% declaram declara m que praticamente não há ofertas ofertas de emprego emprego para profissionais da sua área técnica. Referente à como o mercado remunera os profissionais da Engenharia Elétrica, 20% declaram que é melhor que as outras áreas, 48% declaram que é equivalente a outras áreas e 32% de forma pior que as outras áreas técnicas. 60% dos entrevistados declaram que teve dificuldade para empregar-se, enquanto que 40% dizem que não tiveram essa dificuldade. 20% declara que a engenharia elétrica é uma boa opção para quem espera uma condição financeira estável, 20% declara que não é uma boa opção, e 60% declararam que é relativo. Os dados coletados indicam que os part participantes icipantes da pesquisa percebem percebem a existência de poucas vagas de emprego na área em questão e profissionais da Engenharia Elétrica com níveis bastante distintos de rendas salariais, de graus de satisfação em relação à atividade profissional e de tempo de exercício profissional semanal. Palavras-chave: Engenharia Elétrica, vida profissional, grau de satisfação.

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A 󰀨IN󰀩SA 󰀨I N󰀩SATISF TISFAÇÃO AÇÃO PROFISSION PROFIS SIONAL AL DE ENGENHEIROS QUÍMICOS  SILVA, Leonardo Zapola da

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar informações sobre a satisfação profissional de Engenheiros Químicos.  Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 15 pessoas,  sendo 9 mulheres e 6 homens. Os principais

resultados foramessa os seguintes: dos participantes pesquisa maram queobtidos escolheram profissão 46,7% pelas oportunidades no da mercado de afirtrabalho, 46,7% afirmaram que escolheram por ser o que realmente gostam e 6,7% a escolheram por outros motivos. Neste contexto, 60% dos respondentes declaram-se satisfeitos com as perspectivas e atuação com engenharia elétrica e 40% declaram-se declara m-se insatisfeitos. Não obstante, 60% dos participantes da pesquisa pesqui sa não recomendam o curso de Engenharia Química como alternativa viável para egresso do ensino médio e 40% recomendam o curso em questão. Destaca-se também ta mbém que 53,3% dos entrevistados afirmaram que a remuneração que recebem está abaixo da média do mercado, 13,3% afirmaram que a remuneração está acima da média do mercado, 13,3% 13,3% afirmara afi rmaram m que a remuneração está na média do mercado, 20% não souberam responder ou não opinaram; 53,3% dos entrevistados afirmaram que tem carga horária semanal de trabalho entre 40 e 44 horas de trabalho, 33,4% entre 20 e 30 horas, 13,3% afirmaram que a carga horária está acima de 44 hoho ras; 40% dos entrevistados declaram que em suas atividades profissionais atuais efetuam especialmente atividades administrativas ou gerenciais, 26,7% atividades técnicas, 6,7% afirmaram exercer atividade comercial, 26,7% afirmaram exercer outro tipo de atividade; 46,7% dos entrevistados afirmaram que há poucas ofertas profissionais na área de Engenharia Química, 40% afirmaram que praticamente não há ofertas profissionais na área de Engenharia Química, 13,3% afirmaram

que há ofertas profissionais na área de Engenharia Química; 60% dos entrevistados afirmaram que foi muito difícil encontrar uma oferta profissional em sua área depois de finalizar o curso superior, 20% afirmaram que foi razoavelmente 201

 

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difíci l encontrar difícil encontrar uma oferta profissional em sua área, 6,7% afirmaram afirmar am que foi foi fácil encontrar uma oferta profissional em sua área, 13,3% afirmaram ainda não ter encontrado uma oferta profissional em sua área.  área. Os dados coletados indicam que atualmente é difíciluma encontrar uma boa oferta profissional na áreaQuímicos de Engenharia Química, indicam porcentagem significativa de Engenheiros insainsatisfeitos com as atividades que exercem. Palavras-chave: Engenheiros Químicos, satisfação, sati sfação, cotidiano e empregabilidade. empregabilidade.

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AS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DO ENGENHEIRO QUÍMICO: ENTRE ENT RE SA SATISF TISFAÇÕES AÇÕES E INS INSA ATISF TISFAÇÕES AÇÕES PIOVESAN, PI OVESAN, Thiago Th iago

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar características e desafios das atividades profissionais do Engenheiro Químico.  Químico.  Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário

on-line. O questionário foi respondido por 70  70  engenheiros químicos, dos quais a maioria (51,4%) é do sexo feminino. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 46% dos participantes da pesquisa estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a profissão em questão; em contrapartida, 42,8% estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos. A maioria considera o salário que recebe está abaixo da média do mercado e trabalha entre 40 e 44 horas por semana. 37,7% declaram que os conhecimentos utilizados no cotidiano do Engenheiro Químico são inferiores aos recebidos no curso e 37,7% dizem que os conhecimentos utilizados são compatíveis com os recebidos na graduação em Engenharia Química. Entre estes, 18,8% se atualizam todo dia, 20,3% uma ou mais vezes por semana, 20,3% uma ou mais vezes por mês e 24,6% uma ou mais vezes a cada três meses. Para 40,6% dos participantes da pesquisa o curso de engenharia química atendeu as expecexpectativas profissionais e para 46,6% não atendeu. É importante destacar que, 52,2% dos participantes da pesquisa afirmam que nas regiões onde moram há poucas oportunidades para pa ra pessoas formadas em Engenharia Química Quí mica e 26,1% 26,1% dizem que quase não existem ofertas de emprego nesta área. As respostas obtidas indicam um cenário de contradições, uma vez que vários responden respondentes tes estão atual atualmente mente em algum emprego concordam que o curso de Engenharia Química atendeu as expectativas profissionais, que estudaram em boas universidades, contudo dizem que a área está ruim no momento, péssima para alguns, por falta de opções e

pelo mercado ser extremamente volátil. Contraditoriamente, os participantes da pesquisa também afirmam que o mercado de trabalho do Engenheiro Químico é 203

 

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promissor e pode acabar surpreendendo surpreendendo no no futuro. Considerando os dados dados cicitados, tendo em vista especialmente a grande porcentagem de insatisfeitos com a profissão e de participantes da pesquisa pesquis a que afirmam afirma m que, em suas regiões de resiresidência o mercado de trabalho Engenhar Engenharia ia Química Quím ica nãotanto é promissor, promissor , conclui-se que a escolha da profissão em na questão pressupõe esforço para a inserção no mercado do trabalho, quanto para se manter em exercício profissional.  

Palavras-chave: Engenharia química, profissão, satisfação.

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CONHECENDO UMA PROFISSÃO: ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E  

BIOTECNOLOGIA FARIAS, Letícia Scussel

Resumo:  Na presente pesquisa objetiva-se averiguar informações sobre o curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário  on-line. O

questionário foi respondido por sete pessoas que concluíram ou estão cursando Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, sendo três mulheres e quatros hohomens. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: em relação à satisfação com o curso em questão, três participantes da pesquisa declararam que se sentem muito satisfeitos e quatro declararam-se satisfeitos. No que se refere às ofertas profissionais na área de Bioprocessos e Biotecnologia, cinco participantes da pesquisa responderam que há ofertas de trabalho e dois responderam que há poucas ofertas ou que praticamente não há ofertas de emprego para profissionais na área. á rea. Quanto à remuneração em relação à média do mercado, um alegou ser acima da média, dois alegaram ser na média, dois alegaram ser abaixo da média e dois não souberam responder. Quando questionados sobre o vínculo empregatício que possuem, três responderam ser estagiários, dois não trabalham, um possui outro tipo de vínculo além dos citados e um não respondeu. Sete participantes relataram que o curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia é muito novo no Brasil, porém p orém é muito abrangente, abrangente, sendo uma área tecnológica utilizad uti lizadaa em diversos âmbitos profissionais, tornando o mercado de trabalho amplo e o profissional  versátil. Concluiu-se que que o curso de Engenharia de Biopr Bioprocessos ocessos e Biotecnologia é um curso curs o multidisciplinar e que dada sua recente implantação no Brasil, ainda demandará algum tempo para que profissionais relacionados com o mesmo possam ser demandados pelo mercado. Acredita-se que, por ser um curso c urso novo, o mercado

tende a reconhecer cada vez mais o profissional formado na área  área e entende-se que

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a multidisciplinaridade, que é característica do curso em questão, pode favorecer a atuação em âmbitos de criação científica e tecnológica.   cadoPalavras-chave: de trabalho. Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, profissão, mer 

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O PERFIL PROFISSION PROFISSIONAL AL DO DO EDUCADOR FÍSICO  

NETO, Renan Augusto Chueng C hueng

Resumo: Na presente presente pesquisa objetiva-se averigua averiguarr informações sobre a vida profissional de Educadores E ducadores Físicos. Trata-se Trata-se de um levantamento de opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 30  30 profissionais na área de Educação Física – dos quais 20 são

homens e 10os mulheres, mul heres, com idade 25 e 40 anos. ada nos.   Os principais resultadoscom obobtidos foram seguintes: todos osentre participantes pesquisa estão satisfeitas a atuação profissional no âmbito da Educação Física; 80% dos entrevistados escolheram tal profissão por realmente gostar de praticar esportes e os outros 20%, escolheram por influência de outras pessoas. Todos os entrevistados trabalham com em uma carga horária de aproximadamente horas semanais e são servidores públicos concursados. Dois terços (66,7%) afirmam que a remuneração que recebem é acima da média do mercado e o restante (33,3%) não sabe responder. Nem todos os entrevistados obtiveram apoio dos pais quando optaram pela graduação em Educação Física, pois havia opiniões diferentes na família, que acabaram acarretando em uma caminhada mais complicada para completar seus objetivos. Todos os participantes da pesquisa estão satisfeitos com a atuação profissional como educadores educadores físicos e recomendam o curso em questão. Concluiu-se que, que, apesar das compreensões negativas relacionadas com a docência, os profissionais que atuam como professores de Educação Física demonstram satisfação com a profissão que exercem.   Palavras-chave: Educação Física, Esportes, Docência.  

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CONHECENDO MAIS SOBRE A PROFISSÃO DE MÉDICO  

POSSAMAI, Bruna CAMARGO, Clovis

Resumo: Na presente presente pesquisa objetiva-se identificar identifica r informações sobre a ati vidade profissional de médicos. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido

por 28 sujeitos formados emDentre Medicina, s endo 13 homens sendo homtrês ens esão 15 estagiários, mul heres, aseis mulheres, ma ioria maioria nascida entre 1977 e 1995. os entrevistados, empregados com carteira assinada, quatro funcionários públicos concursados, sete autônomos, cinco em contrato temporário e três enquadram-se em outras categorias. Neste contexto, 52,2% dos participantes da pesquisa afirmam que estão muito satisfeitos com a profissão que exercem, 37,9% declararam-se satisfeitos e 9,9% não respondeu. respondeu. Prevalecem aqueles que estudaram estudar am somente em escola partipart icular, depois dos mais de 50% que estudaram apenas em escola pública no ensino médio. Para conseguirem a aprovação no curso de Medicina, Medicina, 34,5% estudaram de 0 a 6 meses, meses , 13,8% estudaram estudara m de 6 a 12 meses, meses , 24,1% 24,1% de 1 a 2 anos, 3,4% de 2 a 3 anos e 24,1% estudou por mais que 4 anos após o término do Ensino Médio. O percentual de pessoas que cursaram Medicina em instituições federais e estaduais é inferior ao percentual que fez faculdade particular. Pode-se constatar que os atuantes desta profissão dificilmente irão sofrer com a falta de oportunidades de emprego. empreg o. Conclui-se que a carreira na medicina está e stá em alta e a escolha pelo curso cu rso envolve envol ve muito mais que retorno financeiro. fina nceiro. Existe também t ambém a necessidade de se ter  vocação para seguir segu ir a mesma, pois é preciso muito muito estudo e dedicação dedicação para entrar na faculdade, para frequentar a mesma e para exercer a profissão. Palavras-chave: Medicina, mercado de trabalho, satisfação profissional.

 

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DOCÊNCI DO CÊNCIA A EM QUÍMICA SOUSA, Rhuan Gustavo Vieira de

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar informações sobre a proprofissão professor de química. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido por 43 docentes, dos quais 62,8% são mulheres e 37,2% são homens, 44,2% dos participantes têm menos de 5 anos de atuação na profissão, 30,2% atuam há mais de 10 anos. Dentre estes, trinta e quatro formaram-se em instituições públicas e dezoito não possuem nenhum tipo de pós-graduação. Dos que possuem pós-graduação, onze têm especialização em áreas técnicas da Química e quatorze em áreas relacionadas com a Educação. Dez participantes da pesquisa atuam em instituições privadas e os demais atuam em instituições públicas. No que se refere estresse lala boral, 81,50% classificam seu trabalho como medianamente estressante. Três participantes da pesquisa afirmam ter recebido rejeição dos familiares em função de terem escolhido a docência química como profissão. Os participantes da pesquisa afirmam que escolheram a profissão professor de Química por gostarem da docência e da química; bem como pela carência desses profissionais no mercado de trabalho, traba lho, ou simplesmente simplesmente por falta de opção. Neste contexto, os profissionais destacam que, associadas com o exercício da profissão em questão, estão as seguintes dificuldades: parte dos alunos é desinteressada, o sistema e a estrutura de ensino são deficitários e a remuneração é insatisfatória. Desta forma, considerando a profunda carência ca rência de professores professores de química enfrentada enf rentada pelo sistema educacional educacional brasileiro e tendo em vista os dados d ados coletados, acredita-se que, apesar de eviden ev identes tes desafios, a docência em química é uma alternativa viável para a conquista de um empregoo com estabilidade empreg e stabilidade (em instituição institu ição pública). Palavras-chave:  Docência, Química, Características C aracterísticas da profissão.

 

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A ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO ENGENHEIRO MECÂNICO: ENTRE CARACTERÍSTICAS E DIFICULDADES MACHADO, Higor Rosso DE CAMPOS, Mateus Vinícius Carneiro

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averigua averiguarr informações sobre a atuação profissional do Engenheiro Mecânico. Trata-se de um Estudo de Caso com

coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 31 sujeitos que se identificam como engenheiros mecânicos formados ou em formação em universidades federais, sendo 80% homens. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 60% dos entrevistados estavam entre os mais interessados das turmas em que estudaram. Mais de 70% dos entre vistados trabalham trabal ham com carteira assinada e a média da carga horária horária de trabalho é de aproximadamente 30 horas semanais. Cerca de 50% dos entrevistados relatam que no atual emprego a exigência da capacidade profissional é inferior à recebida na graduação. 75% das pessoas que responderam ao questionário disseram ter encontrado dificuldades para ingressar no mercado de trabalho devido à falta de experiência profissional. 90% afirmaram que o campo de trabalho da Engenharia Mecânica é muito vasto e está em crescimento. cresc imento. Todos os participantes part icipantes da pesquisa declaram estar satisfeitos com a perspectiva de trabalho e remuneração na área da Engenharia Mecânica. Os dados coletados indicam que, na perspectiva dos participantes desta pesquisa, a Engenharia Mecânica é uma área promissora. Palavras-chave:  Mercado de trabalho, Oportunidades de emprego, Engenharia Mecânica.

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ENGENHARIA QUÍMICA: ENGENHARIA QUÍM ICA: CARACTERÍSTICAS E DESAFIOS DA ATU TUAÇÃO AÇÃO PROFI PROFISSIO SSIONAL NAL RAMIREZ, Aline A line Braz Braz

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar características da atuação profissional em Engenharia Química. Quí mica. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respon-

dido por 94 sujeitos que estão cursando ou estão formados no curso mencionado. Dentre os indivíduos que responderam o questionário, 56,7% são homens e 43,3% são mulheres. Cerca de 40% dos participantes possuem mãe e pai com ensino superior completo. 42,9% dos participantes da pesquisa consideram-se satisfeitos com a atividade profissional que exercem e/ou e/ou com a Engenharia Quím Química ica e 57 57,1 ,1% % se consideram insatisfeitos insat isfeitos com estes elementos. elementos. Neste contexto, c ontexto, 38,9 % dos respondentes afirma af irma possuir possu ir uma remuneração abaixo abai xo da média do mercado e 61, 61,11% afirma af irma apresentar remuneração coerente coerente com a média do mercado. Destaca-se também t ambém que, na opinião de 46,7% de respondentes, respondentes, na região em que eles vivem, v ivem, há poucas ofertas de empregoo ou trabalho para profissionais da Engenharia Química. empreg Quím ica. Além disso, o local de trabalho é considerado moderadamente estressante, para 51,7% dos participanparticipantes da pesquisa. Destaca-se que 88,6% dos participantes da pesquisa acham que a Engenharia Química é importante para o desenvolvimento do país. Observa-se que apesar dos preconceitos de gênero que geralmente associam a Engenharia Química como profissão masculina, nesta coleta uma grande porcentagem de participantes da pesquisa são mulheres. Destaca-se também que apesar de uma porcentagem significativa de participantes da pesquisa alegarem que existem poucas ofertas de emprego e trabalho para engenheiros químicos, ou que estão insatisfeitos com a escolha pela área profissional em questão, existe satisfação com os salários sa lários recebidos e percepção do âmbito de trabalho como pouco estressante.

Palavras-chave:  Engenharia Química, mercado de trabalho, características da atuação profissional. 211

 

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CARACTERÍSTICAS DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL COM ENGENHARIA CIVIL OLIVEIRA JUNIOR, Cipriano Limas de

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar características da atuação profissional na área de Engenharia Civil. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line. O questionário foi respondido por 72 profissionais que atuam na área questão, seja como projetis. Dentre os part   tas engenheiros executores de obras participantes icipantes da pesquisa sãoou homens e 36,1% são mulheres. Os principais resultados obtidos foram 63,9% os seguintes: 45,8% dos participantes da pesquisa estão satisfeitos com suas atividades profissionais, 20,8% estão insatisfeitos i nsatisfeitos e 13,9% 13,9% não sabem qual seu nível de satisfação. Dentre os dados coletados, surpreende que 50% dos participantes participa ntes da pesquisa afirmam que tem salário abaixo da média do mercado e outros 50% afirmam que tem salário dentro da média, o que pode explicar os 20,8% de insatisfeitos com a profissão. Neste contexto, 51,4% dos participantes da pesquisa destacam a falta de oferta de vagas de emprego para engenheiros civis, na cidade em que vivem e em regiões próximas. Outro fato curioso é o nível de exigência para atuação

com Engenharia Engenharia Civil, uma u ma vez que 44,3 % dos participan par ticipantes tes da pesquisa afirmam afi rmam que este nível é superior ao recebido na graduação na área e 38,6% dizem que tal exigência é compatível com o curso. Destaca-se também que pós a formação e trabalho como engenheiro (a) civil, 57,6% dos participantes da pesquisa optou por fazer outro outro curso de nível nível superior. superior. Considerando os os dados nesta nesta pesquisa, infere-se que a engenharia civil sofre consequências da crise econômica atual ou de um número alto engenheiros (as) civis residentes na região dos participantes da pesquisa, pois muitos destacaram a baixa remuneração e/ou a dificuldade para arrumar emprego na área.  

Palavras-chave: Engenharia Civil, remuneração, profissão.

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 ANAIS DO V CAFÉ COM SOCIOLOGIA VIVA

MEDICINA: CARACTERÍSTICAS CARACTERÍ STICAS DA ATIV TIVIDADE IDADE PROFISSIONAL PROFI SSIONAL  REBELATTO, Amanda Colle

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar características da atuação profissional de médicos e o perfil perfi l socioeconômico de profissionais profissionais da medicina. Trata-se de um Estudo E studo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário foi respondido por 10 médicos, sendo 70% homens e 30% mulheres. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: a maior parte dos entrevistados, 60%, realizaram o ensino fundamental e médio em escolas particulares, entretanto 70% cursaram a graduação em uma instituição pública. Apenas 10% afirmaram que trabalhavam antes da graduação. Dentre os participantes da pesquisa, 70% trabalham há mais de cinco anos na profissão; 20% trabalham trabalha m há menos de de 2 anos e 10% 10% trabalha trabal ha a menos de 5 anos; 50% dos respondentes trabalha mais de 45 horas semanais, 10% trabalha trabal ha entre 40 e 45 horas semanais, 30% trabalha entre 31 a 40 horas semanais e 10% trabalha menos do que 20 horas semanais. Em relação à remuneração, 40% afirmou que está na média de mercado e 20% afirmaram que recebe abaixo da média de mercado, os demais não responderam. Neste contexto, contexto, 60% dos responden respondentes tes afiraf irmam que estão satisfeitos quanto ao exercício profissional como médicos; 20% estão muito satisfeitos e 20% estão insatisfeitos. 80% acham que há ofertas de trabalho na região em que vivem e 20% acreditam que as ofertas regionais não são satisfatórias. 40% acreditam que é boa a infraestrutura do local em que trabalho, enquanto 30% acreditam que é ótima e 30% afirma que ela é regular. Do total, 90% acreditam que fizeram uma boa escolha profissional e 10% pensam que não fizeram uma boa escolha. Diante dos dados coletados, observou-se que a maioria dos participantes cursaram o ensino fundamental e médio em escolas particulares e a graduação em universidades públicas, além de nenhum trabalhar durante a graduação. Quase todos os entrevistados afirmaram que fizeram uma boa escolha profissional. Conclui-se que a Medicina é, na perspectiva dos respondentes, uma profissão promissora, que gera remuneração satisfatória e satisfação, mas que demanda grande investimento temporal tanto para a

formação quanto na atuação profissional. Palavras-chave:  Médico, profissão, perfil. 213

 

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SER MÉDICO: OS PRÓS E CONTRAS DESTA ATIVIDADE PROFISSIONAL SILV VA, Izadora I zadora Noro da  SIL

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar características atuação profissional como médico (a). (a). Trata-se de um Levantamento L evantamento de Opiniões com dados coletados a partir part ir da aplicação de um u m questionário on-line. O questionário foi respondido por 41 médicos, 28 mulheres e 13 homens, especializados em diversas

áreas, em sua maioria nascidos 1977 e 1995. Os principais obtidos foram os seguintes: 46% dosentre entrevistados cursaram Medicinaresultados em instituição pública, 44% em instituição privada e 10% parcialmente em instituição pública e parcialmente em instituição privada. 57% dos entrevistados demorou um ano para ingressar na faculdade após iniciar as provas de vestibular e 25% demorou apenas poucos meses. 71% dos entrevistados se surpreenderam com o curso após iniciá-lo, 17% não se surpreendeu em nada com o curso e 12% se surpreenderam muito pouco. A maioria dos entrevistados está trabalhando trabalha ndo atual atualmente, mente, sendo que 83% atuam na área pública e 17% em consultório particular. Quanto ao sasa lário, 53% dos médicos declaram-se insatisfeitos com a remuneração que recebem, 22% declaram-se satisfeitos, 12% declaram-se muito insatisfeitos, 12% está indiferente. Quando perguntado aos médicos o que os levou a escolher a área de Medicina, as respostas foram distintas: amor, ajudar o próximo, aptidão, vocação, salário ou influência familiar. Para os participantes da pesquisa, ser médico não é fácil, pois tal profissão profis são demanda que se abdique muito de tempo de lazer, tanto no processo formativo, quanto na atuação profissional. Os dados coletados indicam uma profissão com perspectivas perspect ivas satisfatórias de empregabilidade, empregabilidade, mas que pressupõe de investimento temporal e financeiro para ser alcançada. Palavras-chave:  Medicina, Profissão, Médico.

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CONHECENDO A PROFISSÃO: PROFESSOR󰀨A󰀩 DE ENSINO FUNDAMENTAL SOUZA, Ana Carolina Iuliano

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se identificar características das práticas e do cotidiano de Professor(as) de Ensino Fundamental, a fim de refletir

sobre como escolha profissional Trata-se de um de Caso coleta adedocência dados pautada na aplicação de um. questionário. O Estudo questionário foicom respondido por 12 professoras que atuam no Ensino Fundamental. Destas, 75% das respondentes entre 39 e 50 anos; 50% estudaram apenas em escolas públicas, 25% somente em escola particulares e 25% estudaram em ambas; 83.3% são funcionários públicos concursados e 16.7% trabalham com carteira assinada; 50% são formadas em Letras, 25% são formadas em Pedagogia e 25% tem outra formação; 91.7% têm pós-graduação.  Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 66.7% consideram-se satisfeitas com a profissão e 25% consideram-se insatisfeiinsatisfeitas; 58.3% consideram como parcialmente satisfatório o conhecimento adquirido durante a licenciatura licenciatur a e 33.3% considera considera satisfatório; 50% considera a exigência da profissão compatível com sua formação e 41.7% a considera superior; 41.7% não considera que as características da profissão são compatíveis com as imaginadas anteriormentee a escolha da car anteriorment carreira reira em questão; as participantes da pesquisa cicitam como pontos negativos negativos da atividade profissional de docentes a desvalorização desvaloriz ação e a falta de compreensão dos pais e sociedade, “a indisciplina e desrespeito por  parte das famílias e sociedade em geral” , e como pontos positivos, a interação com as crianças cria nças e a possibilidade de acompanhar a evolução das mesmas (“observar que  ). Para 50% das participantes da pesquisa o grau ajudamos criança a ler o mundo”  ). de estresse da d a profissão de professor é mediano, para 25% é alto e para 25% é mui-

to alto; 83.3% trabalham aproximadamente 40 horas semanais; 83.3% exercem a profissão há mais de 15 anos; 58.3% consideram consideram a sua remuneração abaixo da média de outras profissões e 33.3% consideram na média de outras áreas de gradua215

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

ção. 41.7% 41.7% mudaria de profissão se pudesse voltar no tempo e 58,3% 58, 3% não mudaria mudaria;; para o futuro, as participantes acreditam que haverá um aumento no desinteresse pela profissão e surgimento de profissionais menos capacitados. Conclui-se que, apesar das dificuldades destacadas e de apresentarem uma perspectiva pouco positiva em relação ao futuro da profissão, a maioria das participantes da pesquisa está satisfeita com a profissão e atribui à prática profissional um sentido maior, um sentido que transcende questões salariais e condições de trabalho. Palavras-chave: professoras, profissão, satisfação.

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BIOMEDICINA: CARACTERÍ BIOMEDICINA: CARACTERÍSTICAS STICAS DA ATU TUAÇÃO AÇÃO PROFI P ROFISSIO SSIONAL NAL  

ASSUNÇÃO, Flaviane Mattos LUDKE, LUD KE, Emily Danubia Danubia Kalinca Kal inca

Resumo: Na presente pesquisa objetiva-se averiguar informações sobre as condições de atuação profissional no âmbito da Biomedicina. Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação aplicaç ão de um questionário on-li-

ne. questionário foi respondido por 63 pessoas que cursaram/cursam biomedicina,Osendo 77% mulheres e 23% homens.  Os principais resultados obtidos foram os seguintes: segu intes: quanto à área profissional de formação, aproximada aproximadamente mente 33% 33% estão muito satisfeitos, 41% estão satisfeitos, 22% estão insatisfeitos e 3% são indiferentes. Já quanto à atividade profissional que exercem, 22% dos participantes da pesquisa estão muito satisfeitos, 55% estão satisfeitos, 14% estão muito insatisfeitos e aproximadamente 8% são indiferentes. Na opinião de 55% dos participantes da pesquisa a remuneração dos biomédicos está abaixo da média do mercado, para 30% a remuneração está na média do mercado, 9% não sabem classificar a remuneração dos biomédicos em relação à remuneração média e 9% acham que o salário dos biomédicos está acima da média do mercado. Quanto à área de atuação, 46% trabalham com análises clínicas, 5% trabalham com microbiologia e o restante trabalha em áreas diversas. Quanto à procura de biomédicos no mercado de trabalho, 50% caracterizaram como média, 20% caracterizaram como alta e 30% como baixa. 51% dos participantes da pesquisa descreveram o aprendizado dudurante a graduação como alto, 24% como médio, 19% como muito alto e 6% como baixo. 94% dos interrogados cursaram a graduação em universidade particular, 3% em universidade estadual e 3% em universidade federal. Quanto à motivação, 92% escolheram a biomedicina por ser o que realmente gostam, 3% pelas oportunidades no mercado de trabalho e 5% por outros motivos. 64% dos interrogados

descreveram a biomedicina como uma boa profissão e 36% descreveram como uma profissão ruim. 36% dos participantes da pesquisa trabalham entre 40 e 44 horas semanais, 17% entre 30 e 39 horas semanais, enquanto que 47% trabalham 217

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

menos de 30 horas por semana. s emana. 35% concordam que há poucas ofertas de emprego nessa área, na região onde vivem, outros 35% concordam que há oportunidades em suas regiões, já o restante, 30%, acha que não há oportunidades para os profissionais dessa área. Quanto à remuneração, 73% acha que o mercado remunera os biomédicos de forma pior pior que outras áreas, á reas, enquanto 24% acha que o mercado remunera os profissionais dessa área da mesma forma que as outras, e o restante, 3%, não sabe definir. 38% descrevem como ruim o mercado de trabalho para os biomédicos e que seria necessário mais reconhecimento ao profissional, assim como um conselho atuante para a criação de um piso salarial. 27% considera o mercado de trabalho saturado para os atuantes nessa área, pois as oportunidades são poucas e as vagas são geralmente preenchidas por indicação. 25% concorda que o mercado ainda está em ascensão e 10% ainda afirma que o mercado está bom e que as vagas surgem para aqueles que procuram especializações. AproxiAproxi madamente 75% recomendaria o curso para egressos do ensino médio e 25% não recomendaria. Destaca-se que a área que mais emprega profissionais da Biomedicina é a de Análises Clínicas, por isso os participantes da pesquisa concordam que ter uma especializ especia lização ação é muito importante para abrir novos caminhos camin hos e novas novas oportunidades. Como a grande parte dos participantes da pesquisa afirma que indicaria o curso de Biomedicina, acredita-se que a possível baixa remuneração seja compensada por outras características da atuação profissional na área. Palavras-chave:  Biomedicina, características, satisfação.

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CONSUMO DE DROGAS DRO GAS NA ADOLESCÊNCIA DELGADO, Ana Paula Gonzalez MARINO, Maria Eduarda NICOLLI, Gabriele Oliveira

Resumo: Na presente pesquisa objetivou-se identificar opiniões e comportamentos relacionados com o consumo de drogas na adolescência. Trata-se de

um Levantamento com foi coleta de dadospor pautada na aplicação um questionário on-linede . OOpiniões questionário respondido 673 pessoas, 673 pessoas , sendode 68,9% do sexo feminino e 31,1% do sexo masculino. 63,2% dos respondentes têm idade entre 15 e 18 anos, 30,2% têm idade entre 18 e 22 anos, 3,3% têm entre 10 e 13 anos e 3,1 3,1% têm idade idade entre 22 e 30 anos. Dentre os part participantes icipantes da pesquisa, 74,4% já consumiu drogas e 25,6% 25,6% nunca nunca consumiu nenhum tipo de droga. Neste contexto, álcool foi consumido por 73,3% dos participantes da pesquisa; tabaco foi consumido por 39,1% e maconha foi consumida por 43,7% dos participantes da pesquisa. As principais motivações motivações que levara levaram m os part participantes icipantes da pesquisa a consumirem alguma droga, conforme respostas apresentadas, foram as seguintes: escol70,2% escolha ha própria (58,5%), influência (58,5% inf luência dos amigos (13,8%), (13,8% ), algum alg umdetipo t ipo pressão (0,6%). dos respondentes concordam com a interpretação quede o “consumo de drogas é um probl problema ema de saúde pública” e 29,8% discordam desta dest a interpretação. 80,4% declaram que o consumo de drogas afeta a segurança da população e 19,6% discordam desta interpretação. Para 63,% dos participantes da pesquisa a posição social socia l do adolescente tem relação com o consumo de drogas e para 36,1 36,1% % essa relação não existe. Para 91% dos participantes da pesquisa muitas vezes os adolescentes consomem drogas para serem aceitos socialmente. Para 27,6% dos participantes part icipantes da pesquisa a legali legalização zação das drogas ilícitas melhoraria melhorar ia a economia economia e reduziria problemas sociais, para 40,6% somente o consumo de maconha deveria

ser legalizado e para 31,9% a legalização de qualquer droga ilícita é inaceitável. Concluiu-se que grande parte par te dos respondentes respondentes já teve algum alg um contato com drogas, tanto lícitas quanto ilícitas, que muitos deles as consumiram, e que grande parte das drogas consumidas pelos participantes da pesquisa são as chamadas drogas 219

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

lícitas. Acredita-se que o consumo consu mo de drogas lícitas deve ser debatido em ambiente ambiente escolar e em campanhas que apontem os malefícios provocados pelas mesmas. Palavras-Chave: drogas, adolescências, opiniões.

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PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE A POLÍTICA NO BRASIL ATUAL  ALI, Rayan Khaleel Racki Abu OLIVEIRA, João Victor de Castro

Resumo: Na presente pesquisa objetivou-se identificar opiniões em relação ao atual cenário político brasileiro. Trata-se de um levantamento de opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questionário

foi respondido por 100 pessoas. 81,9% dos respondentes são homens e 18,1% são mulheres. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 43,1% dos participantes da pesquisa declaram que não apresentam grande interesse sobre questões políticas, 37,5% declaram-se interessados por política e 19,4% declaram-se completamente desinteressados pela temática em questão; 15,7% declaram que identificam-se com o PT (Partido dos Trabalhadores), 10% com PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), Brasileira), enquanto o restante declara declaram m outros outros partidos como seus representantes. Neste contexto, 37,5% 37,5% dos participantes par ticipantes da pesquisa são totalmente favoráveis ao processo impeachment da Presidente Dilma Rousseff, 36,1% são parcialmente favoráveis a tal processo e 26,4% são totalmente contrácontrários ao mesmo. Não obstante, 63,9% acreditam que o voto no Brasil deveria ser facultativo, 30,6% acreditam que o voto deva continuar sendo obrigatório e 5,6% declaram que não são capazes de opinar sobre esse assunto. A pesquisa revelou ainda que 55,1% dos participantes da pesquisa não lembram em quem votaram na última eleição. Destaca-se que 81,2% dos participantes da pesquisa declaram que não se arrependem ar rependem do voto voto efetuado na última últi ma eleição federal e 18,8% se arrear rependem. Além disso, 87 87,1 ,1% % dos responden respondentes tes declaram decla ram que não venderiam o voto e 12,9% venderiam. Para 62,9% dos participantes da pesquisa a grande maioria dos políticos é corrupta, para 18,6% apenas alguns políticos são corruptos e os outros 18,6% 18,6% tem certeza de que todos todos os políticos são corruptos. Destaca-se que

a maioria dos respondentes não apresentam consciência significativa do papel da política uma vez que declaram desinteresse pela mesma e não se lembram em que votaram nas últimas eleições. Conclui-se que, paradoxalmente, a maioria dos 221

 

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participantes da pesquisa alega desinteresse pela participação política enquanto concomitantemente concomitanteme nte afirma afir ma ser favorável a destituição do cargo c argo de uma Presiden Presidente te democraticamente eleita. Palavras-Chave:  Política, voto, opinião política.

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A DISCRIMINA DISCRI MINAÇÃO ÇÃO RACIAL RACIAL OCORRE O CORRE NAS ESCOLAS? QUINTANA, José Vinicius RIBEIRO, André Gustavo

Resumo: Na presente pesquisa objetivou-se identificar a ocorrência de práticas de discriminação racial em ambientes escolares.  Trata-se de um Estudo de Caso com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário. O questio-

nário foi respondido por 75 pessoas, 39 homens e 36 mulheres, 82,7% com idade entre 15 e 18 anos, 10,7% com idade entre 18 e 22 anos, 2,7% entre 22 e 30 anos, 2,7% entre 30 e 40 anos e 1,3% com mais de 50 anos. Em relação à cor da pele, 32% dos respondentes declararam-se pardos, 5,3% negros, 56% são brancos, 4% amarelos (orientais) e 2,7% preferiram não declarar sua cor. Os principais resulresultados obtidos foram os seguintes: 49,3% dos respondentes identificam algum preconceito de ordem étnica na sociedade brasileira, 37,3% identificam preconceito contra negros, 4% contra os índios, 1,3% contra contra nordestinos e 8% não identificam identifica m preconceitos na sociedade brasileira. Para 56% dos respondentes diversas formas de preconceito étnico ainda estão muito fortes no Brasil, mas estão diminuindo, para 20% o preconceito étnico não é mais tão prevalecente, mas entendem que o mesmo vai demorar muito para acabar, para 18,7% o preconceito racial e étnico ainda são fortes e prevalecentes e não vão mudar e para 5,3% o nosso país é está caminha cam inhando ndo para ausência ausência de preconcei preconceitos tos étnicos. 52 52% % dos part participantes icipantes da pes pes-quisa não sofreram preconceito pela cor de sua pele nunca, 30,7% já sofreram, 9,3% talvez e 8% não lembram; 33,8% dos respondentes concordam concordam parcial parcialmente mente com programa programass de cotas para negros e indígenas, 27% concor concordam dam totalmente, 13,5% 13,5 % não tem opinião formada em relação a estes es tes programas, programa s, 9,5% discordam totalmente, 12,2% discordam em partes, 4,1% são indiferentes. 41,3% afirmam que o assunto racismo é abordado nas escolas somente às vezes, 49,3% afirmam que

o assunto é abordado frequentemente, 9,3% que o assunto nunca é abordado na escola; 69,3% acham muito importante o assunto racismo ser trabalhado no ambiente bien te escolar, 21,3% 21,3% acreditam que é importante, importa nte, 5,3% são indiferen indi ferentes, tes, 2,7% 2 ,7% não 223

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

tão importante e 1,3% não acham importante; 69,3% das pessoas não percebem diferença no tratamento entre brancos e negros e 30,7% percebem essa diferença. 50,7% dos respondentes já observaram alguma prática de racismo dentro de sua escola, 30,7% nunca observaram observa ram práticas prática s de racismo em ambiente escolar e 18,7% 18,7%  já observara obser varam m várias vá rias práticas de racismo raci smo em ambiente escolar; 66,7% dizem d izem que o preconceito racial acontece tanto de negros para brancos quanto de brancos para negros, 30,7% que acontece apenas de brancos para negros e 2,7% de negros para brancos; 76% acreditam que a escola falha falh a em conscientiza conscientizarr ou inibir práticas racistas e 24% não acreditam. Concluiu-se que, na perspectiva dos respondentes, ocorrem práticas racistas em ambiente escolar, uma vez que muitos dos respondentes vivenciaram ou observaram tais práticas. Acredita-se que o racismo é um assunto que precisa ser amplamente discutido no ambiente escolar, porque além dos efeitos efeitos negativos que provoca, é um crime c rime e, como ficou evidenciado, 76% 76% dos respondentes acreditam que a escola fal respondentes falha ha ao não abordar o assunto e não intervi intervirr para inibir in ibir o racismo. Sugere-se que as escolas tenham tenha m profissionais e/ou e/ou recursos para identificar e denunciar práticas racistas. Palavras-chave: racismo, escola, afrodescendentes.

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OPINIÕES SOBRE DESIGUALDADE DE GÊNERO KURTZ, Ana Lucia SCHU, Hanna Caroline de Oliveira

Resumo: Na presente pesquisa objetivou-se identificar opiniões sobre (des) igualdade igua ldade de gênero. gênero. Trata-se de um Levantamento Levanta mento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line e análise dos resultados em

uma abordagem qualitativa. O questionário foi respondido por 97 sujeitos, sendo 68 (70.1%) mulheres e 29 (29.9%) homens. Dentre os participantes da pesquisa, 78 (80.4%)) apresentam (80.4% apresenta m idade entre 15 e 18 anos; 12(1 12(14.4%) entre 18 e 22 anos; 3 entre 30 e 40 anos (3.1%); 3 entre 10 e 13 anos (13.1%) e 1(1%) entre 22 e 30 anos. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: dentre os participantes da pesquisa 70 (72.2%) consideram o Feminismo algo necessário; 22 (22.6%) o consideram desnecessário; 5 (5.2%) não conhecem o tema. 32 (33%) nunca participaram de um movimento feminista; 32 (33%) gostariam de participar; 18 (18.6%) já participaram; 14 (14.4%) declaram que nunca participariam de um movimento com tal enfoque e 1 (1 (1%) preferiu não declarar. Dentre os participantes par ticipantes da pesquisa, pe squisa, 90 (93.8%) concordam que há desigualdade de gênero na sociedade contemporânea e 6 (6.3%) acreditam que tal forma de desigualdade não ocorre em nosso país. 89 (91.8%) acreditam que duas pessoas de diferentes sexos devem receber o mesmo salário para exercer a mesma função; 4 (7.2%) acreditam que homens e mulheres não devem receber salários sa lários iguais ig uais e 1 (1% (1%) preferiu não opinar sobre essa questão. 79 (82.3%) acreditam que a mulher não deve ser a única responsável pelo serviço doméstico; 10 (10.4%) acreditam que a mulher deve ser a única responsável por tais tarefas e 7 (7.3%) preferiram não opinar. Neste contexto, 88 (91.7%) participarticipantes da pesquisa não veem algo errado em uma mulher exercer uma função considerada “masculina”, 5 (5.2%) preferiram não opinar e 3 (3.3%) consideram

errado tal exercício profissional. Além disso, 73 (75.3%) participantes da pesquisa acreditam que é uma escolha da mulher ser mãe; 19 (19.6%) pensam que não deve ser uma escolha da d a mulher e 5 (5.6% (5.6%) preferiram não opinar. 92 (94.8% (94.8%)) res225

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

pondentes concordam que é obrigação de ambos os pais cuidar das crianças; 3 (3.1%) declaram que deve ser obrigação da mãe, mas com ajuda do pais, 1 (1%) acha que é uma obrigação apenas da mãe e 1 (1%) preferiu não opinar. Quando os participantes homens foram indagados se eles se consideravam machistas, 25 (56.8%) responderam que não se consideram machistas; 11 (25%) disseram que se consideram machistas; 8 (18.2%) preferiram não responder. Para 83 (86.5%) participantes da pesquisa uma mulher nunca tem culpa de ser estuprada e para 9 (9.4 9.4% %) , em função da vestimenta, vesti menta, do local onde estava, do horário horário do ato, ou de estar alcoolizada, uma mulher pode ser considerada culpada de um estupro; 2 (2.1%) preferiram não opinar sobre essa questão e 2 (2.1%) declararam que a mulher é a única culpada na maioria das situações. Os dados coletados indicam uma pequena parcela de respondentes que não percebe a existência de desigualdade de gênero na sociedade brasileira, que assume posturas machistas e /ou aceitam como naturais atos que indicam comportamentos machistas e sexistas. Palavras-Chave: desigua desigualdade ldade de gênero, opiniões e preconceitos.

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VIL AS DE FOZ DO VILAS D O IGUAÇU: IGUAÇU: PRECONCEITOS EM RELAÇÃO AO LOCAL DE RESIDÊNCIA FERREIR A, Amanda dos Santos FERREIRA, BRITO, Matheus da Silva

Resumo: Na presente pesquisa objetivo objetivou-se u-se identificar identifica r possíveis preconceitos em relação ao local de residência de moradores de Foz do Iguaçu.  Iguaçu.  Trata-se de um Levantamento de Opiniões com coleta de dados pautada na aplicação de um questionário on-line e análise dos resultados em uma abordagem qualitativa. O questionário foi respondido por 47  47 sujeitos, dos quais 68,1% são mulheres e 31,9% homens; 87,2% têm idade entre 14 e 18 anos, 8,5% entre 19 e 22 anos, 2,1% entre 10 e 13 anos e 2,1% entre 31 e 40 anos. Os principais resultados obtidos foram os seguintes: 55,3% dos participantes da pesquisa declaram que observam preconpreconceitos em relação ao local onde vivem. 89,4% 89,4% dizem existir ex istir preconceito em relação a outras outras regiões e 10,6 10,6 dizem não exist existir. ir. 55,3% dos participantes da pesquisa relatam sofrer preconceito em relação ao local em que residem e 44,7% relata não sofrer. 63,8% declaram que considera tais preconceitos inadequados, 29,8% diz que em alguns algu ns casos tais preconceitos são pertinentes e 6,4% concorda concorda com o prepreconceito.. Dos entrevistados, metade diz conceito d iz que o bairro onde a pessoa mora pode ser um limitador de possibilidades de trabalho e de escolarização. Perguntados em relação a bairros específicos, temos que: em relação à “Vila A”, 71,7% dizem ser um local loca l seguro segu ro e promissor, promissor, 17,4% 17,4% dizem ser um u m local perigoso e 10,9% dizem ser um local loca l com muita pobreza e muitos trabalhadores; trabal hadores; em relação ao “Porto “Porto Meira”, Meira”, 71,7% dizem ser um local perigoso, 23,9% dizem ser um local com muita pobreza e muitos trabalhadores e 4,3% dizem ser um local seguro e promissor; em relação ao “Jardim Jupira”, 69,6% dizem ser um local perigoso,15,2% dizem ser um local

com muita em pobreza e muitos trabalhadores e 15,2% promissor; relação ao bairro “Três Lagoas”, 58,7%dizem dizemser serum umlocal localseguro perigoeperigoso, 28,3% dizem ser um local com muita pobreza e muitos trabalhadores e 13% 227

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

dizem ser um u m local seguro seg uro e promissor. Diante dos dos dados coletados conclui-se que existem vilas vi las de Foz do Iguaçu que são identificadas identif icadas pelos respondentes como perigosas, marcadas pela pobreza e pouco promissores e outras identificadas como seguras, ricas e promissoras. Conclui-se também que a forma como cada local de residência (vila, bairro ou comunidade) é visto, gera estereótipos que interferem nas oportunidades profissionais e nas relações interpessoais dos moradores de distintas regiões de Foz do Iguaçu. Palavras-chave: Preconcei Preconceito, to, local de residência, residência, Foz do Iguaçu. Ig uaçu. 

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INDÍCE DOS RESUMOS

󰀨IN󰀩 SUSTENTABILIDADE NOS DOMICÍLIOS DE FA MÍLIAS DO OESTE PAR ANA ENSE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 A 󰀨IN󰀩SATISFAÇÃO PROFISSIONAL DE ENGENHEIROS QUÍMICOS. QUÍM ICOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 A ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO ENGENHEIRO MECÂNICO: MECÂNI CO: ENTRE ENTRE CARACTERÍ CARACTERÍSTI STICAS CAS E DIFI DIFICULD CULDADES ADES . . . .2 .2110 A CRISE ECONÔM ECONÔMICA: ICA: ENTRE OPINIÕES OPINIÕES E CONSEQUÊNC CONSEQUÊNCIAS IAS . 104 A CUL CULTURA TURA DO ES ESTUP TUPR RO NA OPINI INIÃ ÃO DO DOSS HOMEN MENSS . . . . . . . 124 A DI DISC SCRI RIMI MIN NAÇÃ ÇÃO O RACI RACIAL AL OCO OCORRE RRE NAS NAS ESC ESCO OLA LAS? S? . . . . . . . . . 223 A DROGADIÇÃO E A ABORDAGEM ABORDAGEM DE REDUÇÃO DOS DANOS DANOS 197 A INFLUÊNCIA DA DA TECNOLOGIA TECNOLOGIA NAS RELAÇÕES RELAÇÕES HUMANAS . 120 A MÍD MÍDIA IA CO CONTR NTRO OLAD LADA A PO POR INT INTERE ERESS SSES ES PO POLÍ LÍTI TICO COSS . . . . . . . . 133

A POLÍTICA DO DESARMAMENTO: O CONHECIMENTO E AS OPINIÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 229

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

A VI VIDA EM EMOCIONA L DO DOS AD ADOLESCENTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 A VIDA VIDA PROF PROFISS ISSIO IONAL NAL DE DE UM ENGENHEIR ENGENHEIRO O ELETRICIS ELETRICIST TA . . 199 A VIVÊNCIA DA TR ANSFOBIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .118 ABUSO SEXUAL: SEXUAL: ENTR E NTRE E O 󰀨DES󰀩CONHECIMEN 󰀨DES󰀩CONHECIMENTO TO E O PR ECOCEITO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 ACEITAÇÃO SOCIAL󰀭 NECESSIDADE DE PERTENCIMENTO A UM GRUPO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 ALUNOS QUE SE SENTEM DISCRIMINADOS PELOS PROFESSOR ES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 AS ATIVIDADES PROFISSIONAIS PROFISSIONAIS DO ENGENHEIRO QUÍ UÍMI MICO CO:: ENTR ENTRE E SA SATI TISSFAÇÕ ÇÕES ES E IN INSSATI TISF SFA AÇÕ ÇÕES ES . . . . . . . . . . . 20 2033 ASSÉ AS SÉD DIO SEXU SEXUAL: ENTRE ENTRE OP OPINI INIÕ ÕES E PRECO PRECON NCE CEIT ITOS OS. . . . . . . 105 ASSÉ AS SÉD DIO SEXU SEXUAL: AL: ENT ENTRE RE OP OPINI INIÕ ÕES E PREC RECO ONCE CEIT ITOS OS. . . . . . . . 79 ATIV IVIIDAD ADES ES CU CUL LTU TURA RAIIS EM EM CO COLÉ LÉG GIOS PÚB PÚBLI LIC COS . . . . . . . . . . . 67 ATIV IVID IDAD ADES ES CU CUL LTU TURA RAIIS EM FOZ DO IGUAÇU . . . . . . . . . . . . . . . .1 .1774 ATIVI TIVID DAD ADES ES FÍSI FÍSICAS CAS E HÁB HÁBIT ITOS OS ALIMENT ALIMENTARES ARES NO NO IFPR IFPR . . . . . 57 AVAL ALIA IAÇÃ ÇÃO O DOS DOS PROC OCES ESSO SOSS DE DE ESC ESCO OLAR LARIZ IZA AÇÃ ÇÃO O . . . . . . . . . . 153 BIOMEDICINA: CARACTERÍSTICAS DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL ...............................................217 BU LLYING NAS ESCOLAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 CARACTERÍSTICAS DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL COM ENGENHARIA CIVIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212

CLIMA CL IMA ESC ESCO OLAR LAR:: ENTRE ENTRE DIA DIASS DE DE SOL SOL E TEMP TEMPES EST TAD ADES ES . . . . . . 189

230

 

 ANAIS DO V CAFÉ COM SOCIOLOGIA VIVA

COMO MACHISMO E PAPÉIS DE GÊNERO AFETAM O COMPORTA MENTO MA MASCU LINO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 CONHECENDO A PROFISSÃO: PROFESSOR󰀨A󰀩 DE ENSINO FUNDAMENTAL. FUNDAMENTAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215 CONHE CO NHECE CEND NDO O MAIS MAIS SOBR SOBRE E A PRO PROFI FISS SSÃ ÃO DE MÉD MÉDIICO. . . . . . . 20 2088 CONHECENDO UMA UM A PROFISSÃ PROFISSÃO: O: ENGENHARIA ENGENHA RIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 CONHECIMEN TOS BÁSICOS DE CONHECIMENTOS DE PROFESSORE PROFESSORESS A RESSPEI RE EIT TO DO TEM EMA A “GÊN ÊNER ERO O E SEX EXU UAL ALID IDAD ADE E” . . . . . . . . . . . . . 178 CONSUMO DE DROGAS NA A DOLESCÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . 219 CORPO E ESTÉTICA: ESTÉT ICA: A CORPOLATRIA NA SOCIEDADE CONTEMPOR ÂNEA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 CUL CU LTU TURA RA DO ES ESTU TUP PRO: EM OPIN INIIÕES E DET ETAL ALHE HESS . . . . . . . . . 139 DESIGUALDADE SOCIAL E POBREZA: DESIGUALDADE POBREZA : ENTRE ENTR E OPINIÕES E PR ECONCEITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .141 DESIGUALDADE SOCIAL E SEUS IMPACTOS NA VIDA ESCOLAR DE ESTUDANTES POBR ES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 4 DESIGUALDADE DESIGU ALDADE SOCIAL: ENTR ENTRE E OPINIÕES E PRECONCEITOS PRE CONCEITOS 157 157 DIFEREN TES GERAÇÕ DIFERENTES GER AÇÕES ES E SUAS OPINIÕES OPINIÕES SOBRE DESMATAMENTO ............................................176 DIVE IVERS RSID IDAD ADE E REL RELIIGI GIOS OSA A E RELI RELIGI GIOS OSID IDAD ADE E NO IF IFP PR . . . . . . . . 52 DOCÊNCIA EM QUÍMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209

DROGAS E ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMA EDUCAÇÃO HUMANOS NOS SOB A PER ERSSPECT CTIV IVA A DE DOCEN ENT TES DO EN ENSSIN INO O MÉ MÉD DIO . . . . . . . . . . . . 182 231

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

ENGENHARIA QUÍMICA: CARACTERÍSTICAS E DESAFIOS DA DA AT ATUAÇÃO PR PROFISSIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .211 ENTRE OPINIÕES POLÍTICAS E CLASSE SOCIAL EX ISTEM ASSOCIAÇÕES? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163 EVASÃO EVASÃ O ESCOLAR ESCOLA R EM UM CURSO CUR SO DE LICENCIATURA EM FÍSICA: UM ESTUDO DE CASO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187 FACE CESS DA DA VI VIOLÊ LÊN NCIA ES ESCO COLAR LAR NO EN ENSIN INO O MÉD MÉDIIO . . . . . . . . . 180 FAT ATORES ORES QUE INFLUE INFLUENCIAM NCIAM NA ESCOLHA ESCOLH A DE OBJETIVOS DE VIDA DE ADOLESCENTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170 FEMI FE MINI NISSMO E MA MACH CHIISMO NA NA VIS VISÃO DE DE CA CATÓLI LICO COSS . . . . . . . . . . 56 FEMIN ISMO E MULHER: VOCÊ SABE O QUE ESTAS FEMINISMO PALAVR AS SIGNIFICA M? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 FEMINISMO NA PERSPECTIVA MASCULINA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 FEMIN ISMO: ENTRE OPINIÕES, CONCEITOS E FEMINISMO: PRECONCEITOS ..............................................116 FORMAS DE EXPRESSÃO EMOCIONAL: ENTRE MENINAS E MENINOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 GRAVIDEZ E METODOS GRAVIDEZ M ETODOS CONTRACEPTIVOS: ENTRE ENTR E O CONH CO NHEC ECIM IMEN ENT TO E AS OP OPIN INIIÕES DE DE ADO ADOLES LESCE CENT NTES ES . . . . . . . . 185 HÁBITOS AL ALIMENTAR ES NA NA AD ADOLESCÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 HÁBITOS COTIDIANOS DE USO DA INTERN RNE ET . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4 HÁBITOS DE USO DA INTER NET . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111

HÁBITOS FEMININOS: FEMINI NOS: ENTRE ESTÉTICA E APARÊ APARÊNCIA NCIA FÍSICA FÍSICA 73 HOMOSSEXUALIDADE, HETERONO HOMOSSEXUALIDADE, HETERONORM RMATIVID ATIVIDADE ADE E PR ECONCEITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 232

 

Indíce dos resumos

HOMO HO MOSSEXU SSEXUALID ALIDADE: ADE: ENTRE OPINI OPINIÕES ÕES E OBST OBSTÁ ÁCULOS . . . . 109 IGNORÂ RÂN NCIA QUE GERA DISCRIMINAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 IMPACTOS DO ASSÉDIO SEXUAL NO COMPORTA MENTO FEMININO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .91 INTER AÇÃO PROFESSOR󰀭ALU NO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 INTI MIDAÇÃO INTIMIDA ÇÃO,, AGRESSÃO E ASSÉDIO AS SÉDIO NO AMBIENTE AMBIEN TE ESCOLAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .161 INT IN TOLE LERÂ RÂN NCIA RE RELI LIG GIOSA EM EM FO FOZ DO DO IG IGUAÇU. . . . . . . . . . . . . 129 INT IN TOLE LERÂ RÂN NCIA RE REL LIGIOSAE AEM M FOZ DO IGUAÇU . . . . . . . . . . . . . . 95 LEGALIZAÇÃO DA MACONHA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 LEITURA: HÁBITOS E 󰀨DES󰀩 MOTIVAÇÕES NA EXP XPE ERIÊNCIA DE DE ADOLESCENTES E JOVENS . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81 LEVANTAMENTO LEVANTAMEN TO DE OPINIÕES SOBRE O PROGRAMA PROGRA MA BOLSA FA MÍLIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168 MACHISMO, FEMINISMO MACHISMO, FEMIN ISMO E FEMISMO: VOCÊ SABE A DIFER ENÇA? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 MACONHA: ENTRE ENTR E CONCEITOS, PRECONCEITOS E DROGAS LÍCITAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 MEDICINA: CARACTERÍSTICAS CAR ACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE ATIVIDADE PROFISSIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213 NA PERSPECTIVA DE GAMERS: OPINIÕES SOBRE PROBLEM LEMAS AS RELA RELACI CIO ONAD ADOS OS CO COM M JOG OGOS OS VIR VIRTU TUAI AISS . . . . . . . . 195

NÃO EXISTE APENAS NÃO A PENAS AZUL E ROSA NO ARCO ÍRIS: A ACEIT CEITA AÇÃ ÇÃO O DA DA HOM HOMOSSEX OSSEXU UALID ALIDADE ADE NA ATU TUALID ALIDADE ADE. . . . . . 59 O PER PERFI FIL L PR PROFISS SSIIONAL DO ED EDUCAD ADO OR FÍ FÍSICO . . . . . . . . . . . . . 20 2077 233

 

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O QUE FAZER COM OS A NIMAIS DE RUA? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 0 OPINI INIÕ ÕES E HÁB HÁBIT ITOS OS PO POLÍ LÍTI TICO COSS EM EM FO FOZ DO DO IGU IGUA AÇU . . . . . . . . 77 OPINIÕES PO P OLÍTICO󰀭PARTIDÁRIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 OPINIÕES SOBRE COMO OS MEIOS DE COMU MUNI NICA CAÇÃ ÇÃO O DE DE MASS MASSA A RETR RETRA ATAM AS AS MULHE MULHERES RES. . . . . . . . 96 OPIN INIIÕES SOBRE DES ESIIGUAL ALD DAD ADE E DE DE GÊ GÊNE NER RO . . . . . . . . . . . . . . . 225 OPINIÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS E ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193 OPINIÕES SOBR E PAPÉIS DE GÊNERO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 PADRÕES DE BELEZA E MÍDIA: O QUE É BELO PARA VOCÊ É SÓ O QUE APAR ECE NA TV? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .112 PEN ENA A DE MORTE: EN ENT TRE OPIN INIIÕES E VAL ALO ORE RESS . . . . . . . . . . . . . . . 83 PERFIL SOCIOECO SOCIOECONÔMICO NÔMICO DE DE ESTUDANTES EST UDANTES DE ESCO ESC OLAS PÚB ÚBLI LICA CASS DO DO EXTRE EXTREM MO󰀭O O󰀭OEST ESTE E DO DO PARAN PARANÁ Á . . . . . . 191 PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE A POLÍTICA NO BR ASIL ATUA L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 POLÍTICA E JU VENTUDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 POLÍTI PO LÍTICA CA E RELIG RELIGIÃ IÃO O DEVEM DEVEM AND ANDAR AR DE DE MÃOS MÃOS DAD ADAS? AS? . . . . 12 1255 QUA L É A SUA MARCA? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 RACISMO E BULLYING ESTÃ E STÃO O RELACIO REL ACIONADOS?. NADOS?. . . . . . . . . . . . . . . 50 RACISMO RACISM O NAS ESCOLAS: A PERSPECTIVA PERSPECTIVA DOS PROFESSORES .11 .1144

REAÇÕES DIANTE DE REAÇÕES DE PRO PROP PAGAND GANDA A NAS NAS REDES SOCIAIS SOCIAIS . . . . .1 .1331 REDUÇÃO REDUÇÃ O DA MAIORIDADE PENAL: ENTRE EN TRE OPINIÕES E PR ECONCEITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 234

 

Indíce dos resumos

R ELAÇÃO ENTR E ALU NO E PROFESSOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61 RELA RE LAÇ ÇÃO FAM AMÍL ÍLIA IA,, ES ESC COLA E SUCES ESSO SO ES ESC COLA LAR R . . . . . . . . . . . 183 RELA RE LAÇ ÇÕES SO SOCIAIS E CONFLITOS NA NA ES ESCOLA . . . . . . . . . . . . . . . 107 SER MÉDICO: OS PRÓS E CONTRAS CONTR AS DESTA ATIVIDADE ATIVIDADE PROFISSIONAL ...............................................214 VEGETAR IA NISMO: UMA TENDÊNCIA? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 VILAS DE FOZ DO IGUAÇU: PRECONCEITOS EM R ELAÇÃO AO LOCAL DE R ESIDÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227 VOCÊ É DEPENDENTE DA INTER NET?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

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INDÍCE DOS D OS AUTORES AUTORES

ALDER ALD ERET ETE, E, Noe oeliliaa Jan anin inaa Al Alvves . . . . . . . . . . 182 ALEEGRE AL REN NCIO, Ju Juci cililian anee Mil Milous uski ki . . . . . . . . 157 ALENCAR, Áquililaa Oliveira . . . . . . . . . . . . . . . 135 ALENCAR, Rafael de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 ALI, Ra Rayyan Kh Khal aleeel Racki Abu . . . . . . . . . . . . 221 ALVES, AL VES, Marcieli Marcieli.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183 ANTUNES, ANTUNE S, Kevin Matheus. . . . . . . . . . . . . . . .174 .174 ARN RNO OLD LD,, Sh Sheililaa Car Caroolilinna So Souz uzaa . . . . . . . . . . . 69

CANZI, Ti Tiago . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 185 CASSUBOSKI, Gisele Vitóri riaa . . . . . . . . . . . . . . 93 CASTRO, Gi Giovana Bo Borges . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 CHA HAG GAS, Fe Fern rnan anddo Apo Apolilinnar ariio . . . . . . . . . . . 155 COELHO, Lucas Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 COELHO, Paola Elisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 COLLE, Ana Laura Moresco . . . . . . . . . . . . . . 172 CORREA, Gabriela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

A SSUN vian tto BASS EUNÇ Z, LÇyÃnO co,nFlEasvi teane vaenM . .a.tt . o. s. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 127170 BARB ARBOS OSA, A, Cl Clau audi dioo Hen Henriq rique ue De Deso sord rdii . . . . . . 54 BAR ARRROS, Gabri rieela To Toff ffan aneett ttoo . . . . . . . . . . . . . 143 BELLING, Luiz Gabriel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 BINOTTO, Izabela. Iz abela. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 BITENCOURT, Joab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 BOCHI, Iu Iury Foscarini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 BOITA, Al Alisson Be Becker . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 BRITO, Ma Matheus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

C RRE EIA IA, , Ka Kioaua uan nbari Jelulidiae We Jul W enna iriiach. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .148 ir CO ORR STA, ST A, Tul uli Gab Ga riel Senn Se 24 COZER, Luan Carlos Coval alsski . . . . . . . . . . . . . 81 CRUPINSKI, Juliana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 CURCEL, Bianca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 DA SILV SILVA, Tiag Tiagoo Henri Henriqu quee Gonç Gonçalv alves es. . . . . . . 56 DALLAZEM, Anna Claudia . . . . . . . . . . . . . . 189 DAM AMIN INEELLI, Lara Marques . . . . . . . . . . . . . . 193 DE CAMPO CAMPOS, S, Mateu Mateuss Viníci Vinícius us Carneir Carneiroo . . . 210 DE LARA, Mileny Krul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

BRITO, Math theeus da Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . 227 CÁCERE RESS, Júliliaa Pietr troovski . . . . . . . . . . . . . . . .118 CAMARGO, Cl Clovis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208 CAM AMA ARGO, Le Leonar arddo San Santtos . . . . . . . . . . . . 153

DEL ELG GAD ADO O, An Anaa Paul ulaa Go Gonz nzal alez ez . . . . . . . . . . 219 DENIS, Lu Lucy Raquel Fe Ferr rreeira. . . . . . . . . . . . . . . 69 DOS SAN SANTTOS, João Ví Vítor So Soar ares es . . . . . . . . . . . 57 EDUARDO, Luís . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 237

 

SOCIOLOGIA VIVA NO ENSINO MÉDIO |  A pesquisa como princípio educativo

EVANGE EVAN GELI LIST STA, A, Vini inici cius us Pau aulilino no . . . . . . . . . 124 FAJARDO FA JARDO JAGN JAGNOW OW,, Lili L iliane ane.. . . . . . . . . . . . . . 137 FARIAS, Le Letícia Sc Scussel . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205

LUZ, Clara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 MACHADO, Da Dalva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 MACHADO, Higor Rosso . . . . . . . . . . . . . . . . 210

FARI RIA AS, Rebecca Canete de . . . . . . . . . . . . . . 165 FELIPE, Misael Boeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 FERR RRA ARI RI,, Victor Fonseca . . . . . . . . . . . . . . . . .118 FERR RREEIR IRA A, Am Aman anda da dos Sa Sanntos . . . . . . . . . . 227 FILIPIAK, Ed Eduarda Bo Borges . . . . . . . . . . . . . . . 139 FONTEBASSO, Bruno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 FRE REIITAS, Ca Carolina Can Canddido . . . . . . . . . . . . . . 105 GALLI, Gu Guilherme Go Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 GARCIA, Veronica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 GERKE, Joabe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 GOMES, Isadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 GOMES, Mateus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 GON GO NÇAL ALVE VESS, Éri Éricca de de Fr Freita tass . . . . . . . . . . . . 180 GONÇALVES, Jo João Ga Gabriel . . . . . . . . . . . . . . . . 85 GON GO NÇAL ALVE VESS, Mar ariia Man anooela . . . . . . . . . . . . 102 GON GO NÇA ÇALLVE VEZ, Z, Andr Andres essa sa An Andr drad adee. . . . . . . . . 104 GUIMARÃES, Br Bruna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 GUTIERREZ, Na Nathali. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 HEGER, Da Daniela He Helena. . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 HOBLOS, Ma Marwa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178 HONORATO, Giovanna . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

MACHADO, MACHAD O, Lu Lucie ciene ne do do Carmo Carmo Ribeir Ribeiroo . . . 149 MALTEZO, Adnan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 MARINO, Maria Eduarda . . . . . . . . . . . . . . . . 219 MARRTI MA TINE NEK, K, Al Alex exan andr dree Leo Leona narrdo. . . . . . . . . 168 MARTINS Julia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 MAZZZU MA ZUC CO, Gui Guilh lheerm rmee Ma Macar arin inii . . . . . . . . . . 89 MED ME DEI EIRROS, Li Libbna Naa aara ra da Sililva va . . . . . . . . . . 65 MEDEIROS, Lu Lucas Ga Gabriel . . . . . . . . . . . . . . . 170 MED ME DEIR IRO OS, Mar arccos Vin iniicius . . . . . . . . . . . . . 153 MEZZOMO, Al Alyyne Christy tynna . . . . . . . . . . . . 183 MURI MU RIAN ANA A, Al Aleexan andr dree Ab Abra raãão. . . . . . . . . . . . 197 NASCIMENTO, Vi Vitória . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 NETTO, Renan Augu NE gussto Chueng . . . . . . . . . . . 207 NICOLLI, Ga Gabriele Ol Oliveir iraa . . . . . . . . . . . . . . . 219 NUNES, Rafaela Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 OLIVEIRA OL IVEIRA JUNI JUNIOR OR,, Cip Ciprian rianoo Limas Limas de . . . 212 OLIVEIR IRA A, Ed Eduar arddo Cam Camaargo . . . . . . . . . . . . . 56 OLIVEIRA, Gabrielly Lara Cruz. . . . . . . . . . . . 91 OLI LIVE VEIR IRA, A, Joã oãoo Vi Vict ctoor de de Cas Castr troo . . . . . . . . . 221 OLIVEIRA, Natália . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 OLIVEIRA OL IVEIRA,, Raissa Raissa Caro Carolina lina Rod Rodrigu rigues es de de . . . 79

IBERSS, Patrick . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114 JESUS, Adeir Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 KLAUCK, Lar ariissa Gregório . . . . . . . . . . . . . . . 147 KURTZ, Ana Lucia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 LARA João Vitor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 LARA, Luana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189 LEIT LE ITE, E, Deb Deboora rahh Maya Mayara ra Sc Schl hlos osse serr. . . . . . . . . 127 LIM IMA A, Em Eman anuuely de de Car Carvval alhho. . . . . . . . . . . . . 139 LIMA, Rosiane Rodrigues . . . . . . . . . . . . . . . . 107 LIMA, Victor Romagna . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

OLIVEIRA, Theodora Gabriela Castanho de Souza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 OLI LIVE VEIR IRA A, Van Vanes essa sa Mag agal alhã hães es de . . . . . . . . 187 PACHECO, Enrique Leandro Dutra. . . . . . . . 127 PERALTA, Giovanna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 PEREIRA, Gabriel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 PERE REIIRA RA,, Laysla Fernanda . . . . . . . . . . . . . . . 176 PERONI, Alexia Luana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 PIOVESAN, Thi Thiago. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 PIRES, An Ana Ma Maria Ti Timos . . . . . . . . . . . . . . . . . 165

LINHAR, Ana Karoline . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 LOVI, Tamara Valandro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 LUDKE KE,, Em Emililyy Dan Danuubia Ka Kalilinnca . . . . . . . . . . 217

POSSAMAI, Bruna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208 PRESOTTO, Allan. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 1333 PRESTES, An Andressa Ab Abreu . . . . . . . . . . . . . . . . 54 238

 

Indíce dos Autores

PRIOTTO, Heloisa Palma . . . . . . . . . . . . . . . . 145 QUADROS, Ca Carlos Ed Eduardo . . . . . . . . . . . . . . . 67 QUADROS, Jo Jordana Da Daniel . . . . . . . . . . . . . . . . 79

SILVA, Leo SIL Leona nard rdoo Senn Sennaa Zelin Zelinsk skii da . . . . . . . . 161 SILVA, Le Leonar arddo Za Zapola da da . . . . . . . . . . . . . . . 201 SILVA, Lu Luana Sp Specht . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104

QUE UEIR IRO OZ, Vitó tóri riaa Sililva va de So Souz uzaa . . . . . . . . . . 98 QUINTANA, Jo José Vi Vinicius . . . . . . . . . . . . . . . 223 RAMIRES, Kauane . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 RAMIREZ, Aline Braz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211 RAZENTE, Tamires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 REBBELATTO, Amanda Collllee . . . . . . . . . . . . . 213 RE REDHER, Gabriele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 RESENDE, Ad Adilson Zi Zick . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 RIBEIRO, André Gustavo . . . . . . . . . . . . . . . . 223 RIBEIRO, Elison dos Santos . . . . . . . . . . . . . . . 85 ROCHA, Leticia Felizardo . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 RODRIGUES, Ed Eduarda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 RODRI RIG GUE UEZ, Z, Cam amililaa Car Caroolilinne . . . . . . . . . . . 112 ROSA, Ellyane . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 ROVARIS, So Sofia Za Zanette . . . . . . . . . . . . . . . . . . .116 SACARDO, Eric . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 SALES, Fa Fabíola El Ellen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 SALLES, An Antonielle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 SANTOS REIS, Ana Beatriz. . . . . . . . . . . . . . . . 67 SANTOS, Fe Felipe Ga Gabriel . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111 SAN ANTTOS, Gabri rieela Mar Marqques do dos . . . . . . . . . . . . 98

SILVA, Mariana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 SILVA, Nicolas Alves da . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199 SIL ILV VA, Th Thyag agoo Le Leite Sa Sannti tiaago . . . . . . . . . . . . . 159 SILLVES SI VESTRI TRI,, Macs Macsini ini Co Come meta ta And Andrio riolili . . . . . 147 SIQUEIRA, Anna Giulia . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 SIQUEIRA, Jhenifer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 SLOVIN INSSKI KI,, He Heron Gh Ghelllleere . . . . . . . . . . . . . . 163 SOARES, Lu Lucas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 SOU SO USA, Rh Rhua uann Gus Gusta tavvo Vie Vieir iraa de de . . . . . . . . . 20 2099 SOUZA ZA,, An Anaa Car aroolilinna Iul uliian anoo . . . . . . . . . . . . 215 SPOHR, Leticia Gabriele . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 STOPASSOLI, Jul Juliian anaa Ab Abatt ttii . . . . . . . . . . . . . . 135 TEIXEIRA, Wi Willian . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 TOEBE, Ana Luiza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 VARGAS, Anne Gabrielly . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 VASCONCELOS, Pe Pedro Iv Ivo. . . . . . . . . . . . . . . 133 VIA IAN NA, Antonio Marcos . . . . . . . . . . . . . 168 VIANA, Ke Kethelyn Be Beatriz . . . . . . . . . . . . . . . . 149 ZANON, Marseli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 ZARDINELLO, Na Natalia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 ZINN, Karine Paiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

SANTOS, Ism SANTOS, Ismael ael Pe Pere reira ira . . 83 SANTOS, Maria Alice dos . . . . . . . . . . . . . . . . 145 SANTOS, Mari riah ah de Melllloo . . . . . . . . . . . . . . . .116 SANTOS, Mateus Henrique . . . . . . . . . . . . . . . 129 SANTOS, Ma Mayra Ri Ribeiro do dos. . . . . . . . . . . . . . . 73 SCHMIDT, Anderson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 SCHMIDT, Da Daniela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 SCHU SC HU,, Hann Hannaa Car Carol olin inee de de Oli Olive veir iraa . . . . . . . . 22 2255 SILVA, Ca Carolina Mo Model . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191 SILVA, Emilillly Berlan andda da . . . . . . . . . . . . . . . . 109

ZRE RENN NNEER, Raf Rafhhael Pe Pereira . . . . . . . . . . . . . . . .174

SILVA, Gabriellllaa Gabriellllii . . . . . . . . . . . . . . . . 120 SILVA, Izadora Noro da . . . . . . . . . . . . . . . . . . .214 SIL ILV VA, Jadn dnaa Luan anaa Felilipe pe da . . . . . . . . . . . . . 109 239

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