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TIEMPO

DE ENSAYO SIRUELA

P eter Sloterdijk

Ira y tiempo Ensayo psicopolitico

Traduccion del aleman de Miguel Angel Vega Cernuda y Elena Serrano Bertos

B iblioteca de E nsayo 70 (Serie M ay o r) E dicio nes S iruela

E ste l i b r o ha r e c i b i d o u n a a y u d a a la t r a d u c c i o n p o r p a r t e del G o e t h c - I n s t i t u t , fi n a n c i a d o p o r el M i n i s t e r i o de A s u n to s E x t e r i o r e s alem an T o d o s los d e r e c h o s re se r v a d o s . C u a l q u i e r f o rm a de r e p r o d u c c i o n , d i s t r i b u c i o n , c o m u n i c a c i o n p u b lic a o t r a n s f o r m a c i o n de esta o b r a so lo p u c d e ser re a liz a d a c o n la a u t o r i z a c i o n de sus t i t u l a r e s , salvo e x c e p c io n p r e v i s t a p o r la ley. D i n j a s c a C E D R O ( C e n t r o E sp a n o l de D e r e c h o s R c p r o g r a f ic o s , w w w . c e d r o . o r g ) si n ecesita f o t o c o p i a r o e s c a n e a r alg u n f ra g m c n t o de es ta o b r a . T i t u l o or igin al: Z o rn u n d Zeit. P o litis ch -p sy ch o lo g isc h er Versuch En cu b ierta: P e t e r S l o t e rd i j k . © foto: Sven P a u s t i a n / F O C U S / C O N T A C T O C o l e c c i o n d i r ig i d a p o r Ig n acio G o m e z de Liafio D i s e n o grafico: G l o r i a G a u g e r © S u h r k a m p Verlag, F r a n k f u r t am M ain , 2006 © De la t r a d u c c i o n , M iguel A ngel Vega C e r n u d a y E le n a S e r ra n o B e rto s © E d ic io n e s S iru e la , S. A., 2010 c/ A l m a g r o 25, p p al. d ch a. 28010 M a d ri d . Tel.: + 34 91 355 57 20 Fax: + 34 91 355 22 01 s ir u e la @ s ir u e la .c o m w w w .s i ru e l a .c o m ISBN: 978-84-9841-300-7 D e p o s i t o legal: M -3.646-2010 I m p r e s o en A n z o s P r i n t e d an d made in Spain P ap el 100 % p r o c e d e n t e de b o sq u e s b ien g e s tio n a d o s.

Indice

Introduccion La p rim era p alabra eu ro p ea El m u n d o thim otico. O rgullo y g u erra Mas alia de la erotica T eoria de co n ju n tos del orgullo Prem isas griegas de las luchas m odernas: la d o ctrin a del thymos El m o m en to de N ietzsche C apitalism o consum ado: u n a econom fa de la g en ero sid ad La situacion poscom unista

11 11 21 24 31 34 37 41 49

1. El negocio de la ira en general La venganza n arrad a El ag resor com o d o n an te Ira y tiempo: la explosion sim ple La form a proyectual de la ira: la venganza Form a b an caria de la ira: la revolucion El in co n m en su rab le p o d e r del pensam iento negativo

59 64 71 75 77 79 82

2. El dios iracundo: el camino hacia la creacion del banco m etafisico de la venganza Preludio: la venganza de Dios c o n tra el m u n d o secular El rey de la ira La in te rru p c io n de la venganza A cum ulacion o rigin aria de la ira G enealogfa del m ilitantism o La auto-agresiva m asa de ira Ira hiperbolica: apocalipsis ju d fo y cristiano R ecipientes de la ira, depositos infernales: aproxim acion a la m etafisica del alm acenam iento final

87 89 95 98 100 105 107 111 115

P o r que la b u sq u ed a de los motivos de la ira de Dios esta equivocada: erro n eas conclusiones crisdanas A labanza del p u rg a to rio 3. La revolution thimotica sobre el comunista banco mundial de la ira C u ando u n a rev o lu tio n no es suficiente D iversiones espectrales El proyecto de la epoca: la esdm ulacion del thymos de los hum illados La reb elio n sin teo ria o el m om ento de la an arq u fa C onciencia de clases: la thim odzacion del p ro leta riad o Sobre la ap aricio n del sistem a bancario no m o n etario El K om intern: el b anco m undial de la ira y los bancos fascistas del pu eb lo C re a tio n de ira m ed ian te los prestam os de g u erra El m aoismo: la psicopolfdca del fu ro r p u ro El m ensaje de M ontecristo

120 128

135 136 139 142 149 154 164 174 194 202 212

4. Dispersion de la ira en la era del centro After Theory La ero d zacio n de A lbania o la aventura del alm a poscom unista C apitalism o real: retraso en el colapso de los sistemas dinam ico-am biciosos D isidencia dispersa. La In tern acio n al m isantropica El teatro m un d ial de las am enazas La tercera recoleccion: ^podia el Islam politico establecer un nuevo banco m undial de la disidencia?

262

Conclusion: mas alia del resentim iento

°72

Notas

219 220 228 235 244 256

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Ira y tiempo Ensayo psicopolitico

Introduction

La primera palabra europea Como u n a llam ada que no tolera resistencia alguna, en el inicio de la prim era frase de la traditio n europea, en el verso introductor de la Iliada, aparece, de m anera fatal y solem ne, la palabra «ira». Como corresponde al objeto directo de u n a o ra tio n bien construida, este sustantivo esta en acusativo: «La ira canta, oh diosa, del Pelida Aquiles...». El hecho de que aparezca en prim er lugar hace resonar un pathos exagerado. iQ ue especie de relatio n con la ira se p ropone al oyente en ese magico comienzo de la epopeya? Aquella ira con la que em pezo todo en O ccidente, £de que form a quiere expresarla el recitador?