Skinner, B. F. (1978) - O Comportamento Verbal

July 28, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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O

COMPORTAMENTO

VERBAL

 

Obra publicada  com a colaboração da

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Reitor:

Prof. Dr. Waldyr Muniz Oliva

EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Presidente:

Prof. Dr. Mário Guimarães Ferri

Comissão Editorial: Prof. Dr. Mário Guimarães Ferri (Instituto de Biociências). Membros: Prof. Dr. Antonio Brito da Cunh Cu nhaa (Instituto de Biociências), Prof. rof. Dr. Car Carlo loss da Silva La Lacaz caz (Faculdad (Facu ldade e de Medic Me dicin inai ai Prof Prof.. Dr. Pér Pérsio sio de Souza Santos (Escola Politécnica) e Prof. Dr. Roque Spencer Spen cer Maciel de Barr Barros os (Faculdade de Educação).

Presidente:

 

CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Câmara Brasileira do Livro, SP

S639c S63 9c

Skinner, Burrhus Frederic, 1904O comportamento verbal / B. F. Skinner ; tradu tradução ção

de Maria da Penha Villalobos. — São Paulo : Cultrix : Ed. da Universidade de São Paulo, 1978. 1. Behaviorismo (Psic (Psicolog ologia) ia) 2. Comportamento Comportamento verbal verbal 3. Comunicação Comunicação oral 4. Ling Linguage uagem m — Psicologia I . Título. Títu lo.

17. e 18. CDD-150.19434 17. -001.5 18. -001.54 17. e 18. -4 -401 01.9 .9

78-0676 780676

índices para catálogo sistemático: 1. Comportamento Comportament o ling lingüísti üístico co : Psicol Psicologia ogia da linguagem 401.9 (17. e 18.) 2. Comun omunic icaç açãão verb verbal al 00 1.5 (1 7 .) 0 01 01.54 .54 ( 1 8 .) 3. Ling Lingua uage ge*n *n : Psic Psicolo ologia gia 4 0 1 .9 ((11 7 . e 18 .) 4. Neo-be Neo-behav havior iorism ismoo : Ps Psico icologi logiaa 15 150.1 0.194 9434 34 (1 7. e 1 8 .) 5. Skinner Skinner : Sis Sistem temaa : Psic Psicolo ologia gia 15 150.1 0.194 9434 34 (1 ( 1 7. e 1 8 .)

 

B.

F.

S K I N N E R

O

COMPORTAMENTO

VERBAL Tradução de M a r iiaa d a P e n h a V i ll l l a lloo b o s

(Assistente-Doutor do Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.)

EDITORA CULTRIX SÃO PAULO

EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

 

Titulo do original: VERBAL BEHAVIOR Original English language edition published by Prentice-Hall Prentic e-Hall,, Inc., Eng Engle lewo wood od Cli Cliffs ffs,, New New Jer Jersey, sey, U .S .A . Copyright Copy right © 1957 by AppletonAppleton-Century-Crofts Century-Crofts,, Inc. In c.

MCMLXXVIII Direitos de tradução para a língua portuguesa adquiridos com exclusividade pela EDITORA CULTRIX LTDA. Rua Conselheiro Furtado, 648, fone 278-4811, 01511 S. Paulo, SP, que se reserva a propriedade literária desta tradução. Impresso no Brasil Printed in Brazil

 

Para  J u l i e e D e b b i e ,  

minhas fontes primárias

 

SUMÁRIO

11

Pr e f á c i o

I PARTE: UM PROGRAMA 1. 2.

Uma Anál Análise ise Funcional do do Comportamento Comportamento Verb Verbal al Problemas Gerais

15 28

II PARTE: VARIÁVEIS DE CONTROLE 3. 4. 5. 6. 7.

O Mando Mando 55 O Comportamento Verbal Sob o Controle de Estímulos Estímulos Verbais 74 O Tacto 107 Condições Especiais que Afetam o Controle de Estímulos 182 O Auditório Auditório 209

8.

O Operante Verb Verbal al Como Como Unidade de Aná Análise lise

224

III PARTE: VARIÁVEIS MÚLTIPLAS 9. 10. 11. 11 .

Causação Causação Múltipla Estimulação Suplementar Nov Novas as Combinações de Respostas Fragment Fragmentárias árias

273 303 349

IV PARTE: A MANIPULAÇAO DO COMPORTAMENTO VERBAL 12.

O Autoclítico

373

13 13... 14. 14

A Gramáti Gra mática ca e ea Seus Sinta Sintaxe xe Como Como Proc Process essos os Autoclíti Autoclíticos cos A Composição Efeitos

395 411

 

V PARTE: A PRODUÇÃO DO COMPORTAMENTO VERBAL 15 15.. 16. 17. 18. 19 19..

A Autocorreção Autocorreção Condições Especiais da Autocorreção O Autofortalecimento Autofortalecimento do Comporta Comportamento mento Ver Verbal bal O Comporta Comportamento mento Verba Verball Lógico e Científico O Pensamento Pensamento Dois Epílogos Pessoais

443 459 481 48 1 498 514  538 

Apêndice: A Comunidade Verbal

547

 

PREFACIO

Foi preciso muito muito temp tempoo para escrever escreve r este est e livro. livro. Uma Uma  classificação de respostas verbais como uma primeira versão da  I I Parte fo foii termina terminada da no verão de 1934. Algun Algunss experimenexperim entos de apoio foram então realizados com a Somatória Verbal, e   foram  fora m fe feit itas as analises estatísticas de várias obras obr as literárias, de   dados obtidos com experimentos de associação de palavras e  do da adi adivin vinhaç hação. ão. Tod Todo o essee Literário material material fo foi usadocomportamento em cursos sobre Comportamento Verbal nai   Universidade de Minnesota, nos últimos anos da década de  trinta, e na Universidade de Harvard, no verão de 1938, e na   Universidade de Chicago, no verão de 1939. Um manusmanuscrito da extensão deste livro deveria ser completado sob os  auspícios de uma bolsa da Guggenheim em 1941, mas a   guerra interferiu interfer iu no pro projet jeto. o. A bols bolsaa fo foii retoma ret omada da em 1944  1945 e um umaa versão ficou quase pronta. pronta. Essa versão versão fo foii a  base de um curso sobre Comportamento Verbal na Universidade de Coimbra, no verão de 1947; no ano seguinte, notas  taquigráficas do mesmo, mimeografadas, foram postas em circulação pelo Dr. Ralph Hefferlein. No outono de 1947, do manuscrito preparado para as  William James Lectures, na Universidade de Harvard extraiuse  um material do qual várias centenas de cópias mimeografadas  têm circulado circulado des desde de então. então. Na preparação prepar ação dessas conferências conferências  verificouse que o manuscrito estava começando a adquirir o   caráter de uma revisão bibliográfica e que o tema central  estavase tornando obscuro. Por isso, ao comple com pletar tar o manu manusscrito para fins de ^publicação, foram omitidos os sumários da   literatura acerca do assun assunto. to. O término do manuscrito manuscrito final   f foo i então adiado em favor fav or da realização de um livro so sobr bree o



 

  (Ciência sobre e Comportamento comportamento o qual disporiahumano uma referência assuntos não Humano), essencialmente verbais. verbais. A atual versão é duas vezes mais mais longa que qu e  as  James Lectures e contém muitas mudanças feitas para se  adaptarem aos progressos recentes realizados na análise experimental do comportamento comportam ento humano humano ou não não.. Com exceção exce ção dos do s  dois últimos capítulos, ela foi escrita durante o período de  

 primav era d e 1955, em Putney, Ver  primavera Vermon montt. O trabalho fo foii generosamente subvencio subvencionado nado pela Society Society  of Fellows da Universidade de Havard (uma bolsa de 3 anos)    pela  pe la Universidade de Minnesota {uma licença licenç a sabática sabátic a d e meio   ano), pela Fundação Guggenheim (uma bolsa de meio ano),    pela  pe la Universidade de licença Harvard ( conferenci confe rencista das  Williama  uma sabát sabática). ica). Devostaagradecimentos  James Lectures Lectures e uma todas essa essass instituiçõe instituições. s. Infeliz Infelizmente mente,, não é possível poss ível reconherecon hecer de forma adequada a generosa ajuda recebida de alunos  e colegas durante estes anos, bem como as críticas feitas às  versões anteriores, publicadas ou inéditas.  . 0 manuscrito final   f foo i muito be bene nefifici ciad adoo pelas pel as críticas e p el eloo auxílio editorial edito rial   recebido de Mrs. Susan R. Meyer, da Dra. Dorothy Cohen   e pela preparação cuidadosa feita por Mrs. Virgínia   N.  Ma  Maclau claury. ry. B. F. Cambridge, Massachusetts.

 

I

UM

Parte

PROGRAMA

Skinner

 

Capítulo 1 U M A A N Á L I S E F U N C IIOO N A L D O C O M P O R T A M E N T O   VERBAL  Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez são modifi modificados cados pelas conseq conseqüênci üências as de sua ação. Alguns processos que o organismo humano compartilha com outras espécies alteram o comportamento para que ele obtenha um intercâmbio mais útil e mais seguro em determinado meio ambiente. Uma Uma ve vezz estabelecido estabeleci do um comport comportamento amento aprop apropria ria do, suas conseqüências agem através de processos semelhantes para permanec permanecerem erem ativas. ativas. Se, por acaso, o m meio eio se modifica, formas antigas de comportamento desaparecem, enquanto no vas conseqüências produzem novas formas. O comportamento altera o meio através de ações mecâni cas, e suas propriedades ou dimensões se relacionam freqüen temente, de uma forma simples, com os efeitos produzidos. Quando um homem caminha em direção a um objeto, ele se ve mais próximo deste; quando procura alcançá-lo, é provável que se siga um contacto físico; se ele o segura, levanta, em

purra ou puxa, o objeto costuma mudar de posição, de acordo com as direções apropriadas. Tudo isso decor decorre re de simples princípios geométricos e mecânicos. Muitas vezes, porém, um homem age apenas indiretamente sobre o meio do qual emergem as conseqüências últimas de seu comportamento. Seu primeir primeiroo efeito efei to é sobre outros home homens. ns. Um homem sedento, por exemplo, em vez de dirigir-se a uma fonte, pode simplesmente “pedir um copo d^gua”, isto é, pode produzir um comportamento constituído por certo padrão so noro, o qual por sua vez induz alguém a lhe dar um copo d’água. d’águ a. Os sons sons em ssii mesmos mesmos são são faci facilmen lmente te descri descritíve tíveis is em termos físicos, mas o copo de água só chega ao falante como conseqüência de uma série complexa de acontecimentos que

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incluem o comport comportamento amento d dee um ouvinte. A conseqüência úl últiti ma, o recebimento de água, não mantém qualquer relação geométrica ou mecânica com a forma do comportamento de “pedir água água”” . Na verdade, verdade, é característico caracter ístico deste comporta mento o fato de ele ser impotente contra o mundo físico. Raramente nossos gritos derrubam as muralhas de Jerico, ou somos bem sucedidos ao ordenar ao sol para que não se mova ou para que as as ond ondas as se acalmem. Palavr Palavras as não quebra quebram m ossos. As conseqüências de tal comportamento surgem por intermé dio de uma série de acontecimentos não menos físicos ou ine vitáveis que as ações mecânicas, mas bem mais difíceis de descrever. Os comportamentos que só são eficientes através da me diação de outras pessoas possuem tantas propriedades topográ ficas distintas que se justifica um tratamento especial e, até mesmo, mesm o, se exige tal tratamento. Problemas coloca colocados dos por esse modo especial de ação usualmente são atribuídos ao campo da linguagem lingua gem ou da fala. In Infel felizm izmente ente,, o termo “ fal fala” a” destaca oções comportamento vocal emediadora dificilmenteé pode ser de aplicado situa em que a pessoa afetada forma a visual, como ao escrever um bilhe bilhete. te. A palavra “ linguagem” est estáá agora satisfatoriamente afastada de suas ligações originais com o comportamento vocal, mas, por outro lado, acabou por se referir mais às práticas de uma comunidade lingüística do que ao comportamento comportamento de um de seus seus membros. O adjetiv adjetivoo “ lin lin güísti güí stico” co” sofre das me mesm smas as desvanta desvantagens. gens. O termo “compor tamento verbal” tem muitas vantagens, que recomendam-lhe o uso. Sua sançã sançãoo etimol etimológica ógica não é excessivament exces sivamentee poderosa, mas destaca o falante .individual e, quer seja reconhecido ou não por quem o usa, especifica o comportamento modelado e mantido pelas conseqüências mediatas. Tem também a van

tagem de ser relativamente pouco familiar aos modos tradicio nais de explicação. Uma definição do comportamento verbal como comporta mento reforçado pela mediação de outras pessoas precisa, como veremos, de maiores esclareci esclarecimentos. mentos. Além do mais, tal def defii nição não nos diz muito sobre o comportamento do ouvinte, mesmo que houvesse pouco comportamento verbal a conside rar se alguém ainda não tivesse adquirido respostas especiais para os padrões padrões de energia gerados gerados pelo pelo falant falante. e. Essa omissão pode ser justificada, pois o comportamento do ouvinte, ao ser vir de mediador para as conseqüências do comportamento do

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falante, não é necessariamente verbal em nenhum sentido es pecial. Na verdade, não pod podemo emoss distingui-lo distingui-lo do comport comporta a mento em geral e uma descrição adequada do comportamento verbal precisa cobrir apenas aqueles aspectos do comportamento do ouvinte necessários para explicar o comportamento do fa lante. O comportam comportamento ento d doo falante e do ouvinte juntos com com põem aquilo que podemos chamar de episódio verbal total. Não há em tal episódio nada além do comportamento combi nado de dois ou mais indivíduos. Nada “e “eme merge rge”” nnaa unidade social. O falante falant e pode pode ser estudado pressupo pressupondo-se ndo-se um ou vinte vin te,, e o ouvinte pressup pressupondo ondo-se -se um falante. falant e. As descrições separadas que daí resultam esgotam o episódio do qual os dois participam. Seria loucura subestimar a dificuldade deste assunto, mas progressos recentes, obtidos pela análise do comportamento, permitem-nos abordá-lo com cert certoo otimismo. otimismo. Novas técnicas experimentais e novas formulações revelam um novo nível de ordem e de de precisão. Os processos e as relações básicas que d dão ão ao comportamento verbal suas características especiais são agora bastantee bem comp bastant compreend reendidos. idos. Muito do trabalho experimental responsável por tal progresso foi realizado com outras espécies, mas os resultados revelaram-se surpreendentemente livres de res trições quanto às às espécies. Trabalhos Trabalho s recentes revelara revelaram m qque ue os métodos podem ser estendidos ao comportamento humano sem sériass modificações. séria modificações. Longe Longe da da possibilidade de extr extrapolar apolar des cobertas científicas específicas, essa formulação fornece uma nova abordagem, muito proveitosa do comportamento humano em geral e nos habilita a tratar mais eficazmente desta subdivi são chamada verbal. A “compreensão” do comportamento verbal é algo mais do que o uso de um vocabulário consistente, com o qual instân cias específicas específicas pode podem m sser er descritas. descritas. Ela Ela não deve ser conf confun un dida com atérios confirmação de mais qualquer de alcance princípios teóri cos. Os cri critér ios devem devem ser ma is exigentes exigegrupo ntes.. O de nossa compreensão do comportamento verbal numa análise “causal” deve ser avaliado pelo alcance das nossas previsões de ocorrên cia de casos específicos e, eventualmente, pela extensão de nossa capacidade de produzir ou controlar tais comportamentos me diante a alteração das das condições eem m que ele ocorre ocorre.. Na apre

sentação de tal objetivo, é salutar ter em mente certas tarefas específicas do do planejamento. Como Como pode pode o professor estabelecer esta belecer os repertórios verbais específicos, que constituem os principais

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produtos finais finais da educação? Como pode o terapeu terapeuta ta revel revelar ar o comportamento verbal latente numa entrevista terapêutica? Como pode o escritor evocar seu próprio comportamento verbal no ato da composição? Como pod podee o cient cientis ista, ta, o matemátic matemáticoo ou o lógico manipular seu comportamento verbal no pensa mento produtivo? Problemas práticos práticos d desse esse tipo ssão ão,, é claro, infindáveis. Resolvê-los Resolvê-los não é o alvo alvo imediato de um umaa análise análise científica, mas eles estão subjacentes aos tipos de processos e relações que tal análise deve considerar.

FORMULAÇÕES

TRADICIONAIS

A ciência do comportamento não encontrou este campo desocupado desocu pado.. Sistemas altame altamente nte elaborados de termos para descrever o comportamento verbal já foram desenvolvidos. O vocabulário leigo é abundante. abundante. A retórica clássica, a gra mática, a lógica, a metodologia científica, a lingüística, a crítica literária, a patologia da fala, a semântica e muitas disciplinas contribuíram com termos técnicos e princípios. De ma maneira neira geral, porém, o assunto aqui considerado ainda não foi cla ramente identificado, nem métodos apropriados para seu estudo ainda ainda lingüística, por exemplo, registrou eforam analisou os projetados. sons da fala A e práticas semânticas e sintáticas, mas comparações de línguas diferentes e o traçado das mudanças históricas assumiram precedência sobre o estudo do falante in dividu divi dual. al. A Lógica, a Matemática e a metod metodologia ologia cie científi ntífica ca reconheceram as limitações que as práticas lingüísticas impõem ao pensamento humano, mas de maneira geral satisfizeram-se com uma análise formal; de qualquer modo, elas não desenvol veram as técnicas necessárias para uma análise causal do com portamento do do homem homem p pensante. ensante. A retórica clássica foi respon sável por um elaborado sistema de termos que descrevem as características das obras de arte literária, aplicáveis igualmente ao falar cotidi cotidiano. ano. El Elaa tamb também ém deu deu algum alguma atenção ao aoss efe efeititos os sobre ciência o ouvinte. Mas as primeiras precoces promessas prom essas d dee uma do comportamento verbale nunca foram realizadas. A crítica literrria moderna, excetuando-se, algumas vezes, o uso do vocabulário técnico da psicanálise, raramente vai além dos termos empregado empregadoss po porr um leigo inteligen inteligente. te. Um ataque frontal eficiente (uma formulação apropriada a todos esses cam pos especiais) não emergiu sob os auspícios de nenhuma dessas disciplinas.

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Talvez esse fato seja responsável pelo surgimento da se mântica como uma descrição geral do comportamento verbal. O estudo técnico do significado já estava sendo realizado como um campo campo perif periféric éricoo da da lingüística quando, em 192 9233, Ogden e Rich Ri chard ards1 s1 dem demons onstrar traram am a ne neces cessid sidad adee d dee um umaa ciênc ciência ia mais ais ampla am pla do simbolismo. Esta Es ta deve deveria ria ser um umaa análise geral do processo lingüístico aplicável a qualquer campo e não estar do minada inada por nenhum nenhum interes interesse se especial. Foram fei feitas tas tentat tentativas ivas para levar a cabo tal recomendação, mas uma ciência adequada do comportamento verba verball nnão ão foi obtida. Exi Existe stem m vários vários ti pos correntes de semântica e elas representam os mesmos in teresses especiais e empregam especiais de até então. O método méto do original asdemesmas Ogden técnicas e Richards era filo sófico com tendências psicológicas. Alguns dos sistemas mais mais rigorosos são francamente francamente lógicos. Em ling lingüíst üística ica,, a semâ semântica ntica continua a ser uma questão de como os significados são expres sos e como se modificam. Alguns Alguns semanticistas semanticistas lidam prin cipalmente com o maquinário verbal da sociedade, particular mente a propagan propaganda. da. Ou Outro tross são esse essencial ncialmente mente terapeutas que afirmam que muitos dos problemas do mundo são erros lingüísticos. O uso corrent correntee do termo “semântica” “semântica” revela a necessidade dê uma ciência do comportamento verbal que es teja divorciada de interesses especiais e que seja útil onde quer que a linguagem seja usada, mas a ciência em si mesma não surgiu esta égide. final caberá às ciências do comporta A sob responsabilidade mento e particular particularmente mente à psicologia. O que oco ocorr rree qu quando ando um homem fala ou responde a uma fala é claramente uma questão relativa ao comportamento humano e, portanto, uma questão a set respondida com os conceitos e técnicas da psicologia enquantoo ciência experiment enquant experimental al do comportamento. comportamento. À primeira vista, isto não parece constituir uma questão particularmente difícil. difíc il. Excet Excetuando-se uando-se o aspecto relat relativo ivo à simplicidade, o com portamento verbal tem muitas características favoráveis enquan to obje objeto to de tsudo. Sua observaçã observaçãoo costuma ser fácil (s (see não o fosse, ele seria ineficaz como comportamento verbal); nunca nun ca houve houve falt faltaa de material (os (o s homen homenss fal falam am e ouvem muito); os fatos são do reais geralmente concordarão acerca que(observadores é dito em cuidadosos qualquer circunstância dada); e o desenvolvimento da prática arte de escrever propor1. Ogden, G. K . e Rich Richards, ards, I. A., O significado do Significado  Significado   (Nova Iorque, 1923).

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cionou um sistema para o registro do com portamento verbal, pronto o qual deé notação mais conveniente e preciso do que qualquer outro disponível no cam campo po não-verbal. O que está faltando é um tratamento causal ou funcional satisfatório. Ao lado de outras disciplinas relacionadas com o comporta mento verbal, a psicologia já arrolou fatos e às vezes ordenou-os numa ordem conveniente, mas nessa massa de material ela

não conseguiu ainda demonstrar as relações significativas que constituem const ituem o núcleo de uma uma descrição cientí científic fica. a. Po Porr razõe razõess que, retrospectivamente, não são muito difíceis de descobrir, ela foi levada a negligenciar alguns dos fatos necessários para umaa análise um análise funcional ou causal. Ela o fez porque o lugar de tais fatos vinha sendo ocupado por certas causas fictícias das quais a psicologia cust ou acausas, se desembaraçar. Examin Examinando ando mais ais de perto algumas custou dessas podemos encontrar umam ex plicação para a demora do surgimento de uma ciência do com portamento verbal. Admite-se, geralmente, que para explicar o comportamento, ou qualquer um de seus aspectos, devemos atribuí-lo a fatos ocorridos ocorri dos nnoo organismo. No campo campo do compor comportament tamentoo verba verbal,l, esta prática outrora foi representada pela doutrina da expres são das idéias. Ente Entendiandia-se se que uma uma alocução se explicav explicavaa por apresentar as as idéias qque ue expressava. Se o fal falante ante tivesse tido idéias diferentes, ele teria pronunciado palavras diferentes, ou as mesmas mesmas palavras num numaa ordenação dif difere erente nte.. Se su suaa alo alo cução era pouco comum, isto se dava porque suas idéias eram novas nov as ou originais. Se ela parecia vazia, ele deveria ter senti senti do a falta de idéias ou ter sido incapaz de expressá-las em pala vras. Se ele era incapaz incapaz de se manter em silênci silêncio, o, era por causaa da força caus força de de su suas as idéias. Se falava d dee forma hes hesitan itante, te, era porque suas idéias surgiam lentamente ou estavam mal organizad organ izadas. as. E assim por diante. Assim se explic explicavam avam todas as propriedades do comportamento verbal. Tal prática tem obviamente o mesmo alvo que a análise causal, mas mas não os mesmos mesmos resultados. A dificuldade reside no fato de que as idéias para cuja expressão os sons são pro nunciados não podem ser observadas de forma independente. Se pedimos uma prova de sua existência, é provável que a reafirmemos palavras, uma reafirmação está mais próximacom da outras idéia d do o que o mas enunciado origina original.l. Anãoreafi reafir r mação mostra apenas que a idéia não se identifica com uma única expressão. De fato, freqüentement freqüentemente, e, ela é definida com comoo

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algo comum a du duas as ou ma mais is expressõe expressões. s. Mas nós não alcan çaremos esse “algo” mesmo que expressemos uma idéia de todas as maneiras concebíveis. Outra Ou tra res resposta posta comu comum m é o apelo às imagen imagens. s. Diz-se qu quee a idéia é aquilo que passa pela mente do falante, aquilo que o falante vê, ouve ouve e sente quando quando ele está 4*tendo tendo'1 '1 a idéia idéia.. Foram tentadas explorações dos processos mentais subjacentes ao comportamento verbal pedindo-se aos pensantes para que descrevessem descrevess em expe experi riênci ências as dessa natureza. Mas apesar de algun algunss exemplos selecionados terem sido por vezes convincentes, ape nas uma pequena parte das idéias expressas em palavras pôde ser identificada com o tipo de acontecimento físico sobre o qual repousa a noção de imagem. Um livro livro sobre Físi Física ca é m muito uito mais do que a descrição das imagens das mentes dos físicos.

Há, énum óbvio,conjunto algo suspeito na facilidade com aquelas a qual pro des cobrimos de idéias precisamente priedades necessárias para explicar o comportamento que as expressa. Nós, evidentemente, evidentemen te, construímos construímos aass idéias à vontade, a partir do comportamento a ser explicado. Não hhá, á, é claro, umaa verdadeira explicação. um explicação. Quando dize dizemo moss que um umaa obs obser er vação é confusa porque a idéia não é clara, parece que estamos falando acerca de dois nívejs de observação, embora só exista, de fato, fat o, um um único. Ê a observação  que é confusa. Es Esta ta prá tica pode ter sido defensável quando as investigações acerca dos processos verbais eram filosóficas, e não científicas, e quan do se pensava que uma ciência das idéias pudesse um dia orde nar melhor o assunto; mas hoje o assunto é encarado de outra form forma. É função deigação uma uma ficção explicativa ivadoutrina mitigar d aascuriosi dade da dea.e levar a invest investigação a um explicat fim. A das idé idéias ias teve esse efeito na medida em que ela parecia transferir pro blemas importantes do comportamento verbal a uma psicolo gia de idéias. Os problemas p pareciam areciam entã entãoo ir além do aalcan lcan ce das técnicas do estudante de linguagem ou pareciam ter-se tomado excessivamente obscuros para qualquer estudo ulte rior proveitoso. Talvez hoje em dia ninguém mais seja enganado por uma “ idéia” como um umaa ficção explicativa. Idiomas e expressões que parecem explicar o comportamento verbal em termos de idéias são tão comuns em nossa língua que é impossível evitá-las, mas elas podem ser pouco mais que figuras de retórica moribundas. moribunda s. A formulação formul ação básica básica todavia foi preservada preservada.. O sucessor imediato da “idéia” foi o “significado” e o lugar

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deste último está correndo o risco de ser disputado por um recém-chegado, a “ in informa formação” ção”.. Todos esses termos têm o mesmo efeito, o de desencorajar uma análise funcional e o de copiar certas práticas inicialmente associadas com a doutrina das idéias. Uma conseqüência funesta é a crença de que a fala tem uma existência independente do comportamento do falante. As palavras são encaradas como ferramentas ou instrumentos, análogos a marcas, fichas ou bandeiras de sinalização que são, algum algu mas vezes, empregadas empregadas para fins verbais. É verdade que o comportamento verbal comumente produz entidades objetivas. A gravação de uma fala, as palavras numa página, os sinais transmitidos por telefone ou telégrafo são registros produzi doss pelo comportamento verbal. Como do Como fatos obj objeti etivos, vos, todos eles podem ser estudados, como já o foram ocasionalmente, pela lingüística, pela engenharia de comunicações, pela crítica liter literária ária e por outras disciplinas. Mas embora aass propriedad propriedades es formais dos registros das expressões vocais sejam interessantes, temos de preservar a distinção entre uma atividade e seus traços. Devemos, particularmente, evitar a formulação artificial do com portament porta mentoo verbal como “uso de palavras” palavras”.. Não temos maio maio res razões para dizer que um homem “usa a palavra água”  ao pedir para beber do que para dizer que ele “usa um instru mentoo de alcance” ment alcance” ao pegar o copo ofer oferecid ecido. o. Nas artes, artes, nos

ofícios, nos esportes, especialmente onde a instrução é verbal, os atos às vezes são nomeados. Dizemos que um jog jogador ador de tênis usa um drop stroke  ou que um nadador é campeão no estilo crawl.  Mas provavelment provavelmentee ninguém se enganará quan do nos referimos a drop stroke  e a crawl  como coisas, mas as palavras palavras sã sãoo um um assunto diferent diferentee * . Uma comp compreensão reensão errônea tem sido comum e freqüentemente desastrosa. Uma prática complementar tem sido a de atribuir uma existência existênc ia indep independente endente aos aos significad significados. os. O ““signifi significado” cado”,, bem como a “idéia”, tem sido entendido como algo que é expresso ou comunicado por uma expressão expressão vocal. Um signifi significado cado exp explili ca a ocorrência de um conjunto particular de palavras com o sentido de que, se houvesse um significado diferente a ser ex presso, um conjunto diferente de palavras teria sido empregado. Uma expressão vocal será afetada dependendo de o significado * Drop stroke > rebate curto do tenista, fazendo a bola cair logo depois de ter ultrapassado a rede; to crawl,  crawl,  "arrastar-se” e, também, modalidade de nado de peito. (N. da T.)

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ser claro ou vago, vago, e assim assim por diante. O con concei ceito to tem cert certas as vantag van tagen ens. s. Onde quer que “ idéias” (assi (assim m com comoo “ sentime sentimentos” ntos” e “desejos”, que são também considerados como exprimíveis por palavras) dev devam am est estar ar no int interi erior or do organismo, há um umaa possibilidade promissora de que os significados possam ser mantidos do lado de fora da pele. Nesse Nesse sentido, sentido, eles são tão observáveis como qualquer parte física. Podemos nós, porém, identificar de uma forma objetiva o significado significado de uma uma aloc alocução? ução? Um argumento argumento promi promissor ssor pode ser apresentado no caso de nomes próprios e de alguns subs tantivos comuns, verbos, verbos, adjetivos e adv advérbios érbios — palav palavras ras em relação às quais a doutrina das idéias dificilmente poderia ser sustentada por meio do apelo ààss imag imagens. ens. Mas, e no caso de palavras como átomo, ou gen, ou menos um,  ou o espírito do  tempo, nas quais entidades não-verbais correspondentes não são facilme facilmente nte disce discernívei rníveis? s? E pa para ra palavra palavrass tais com comoo todavia,  contudo, embora  e ui!  parece necessário procurar dentro do organismo a intenção, atitude ou sentimento do falante, ou qualquer outra condição psicológica. Mesmo palavras que parecem preencher um padrão semân ticoo ext tic exterior eriorizado izado apresentam problemas. Pode ser verda verdade de que os nomes próprios mantêm uma correspondência biunívoca com as coisas, supondo-se que cada coisa tenha seu nome própri próprio, o, mas mas o que dizer dos nomes comun comuns? s? Qua Quall é o significado significado de gato? gato? É um gato a total totalidade idade físi física ca d dee todos os gatos, ou a classe de todos os gat gatos? os? Ou devemos devemos nós abrir mão da idéia de de gato? Mesmo nnoo caso dos nomes p próprios róprios a dificuldade permanece. Admitindo-se que haja um único  João ão??   homem chamado João, é o próprio João o significado de  Jo Certamente ele   não é transmitido ou comunicado quando a palavra é usada.

A existência de significados torna se ainda mais duvidosa quando passamos das palavras para os conjuntos que dizem algumaa coisa. algum coisa. O que é dito dito por uma uma sent sentença ença é algo m mais ais que o significado significado das das palavras qu quee a compõem compõem.. As sentenças não se referem apenas às arvores, ao céu e à chuva: elas dizem algo sobre eles. Este st e algo é as as vezes vezes chama chamado do de “p “proposiçã roposição” o” — que é um precursor precursor algo m mais ais respeitável respeitável da fala, mas muito semelhante à “idéia”, a qual, segundo a antiga doutrina, era considerada alg algoo que era expres expresso so pela própria sentença. De De finir uma proposição como “algo que pode ser dito em qual quer Ungua” não nos diz o que são as proposições, ou de que

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material elas são são feit feitas. as. O problema também não se resolve definindo-se uma proposição como todas as sentenças que têm o mesmo significado que outra sentença qualquer, uma vez que não podemos identificar uma sentença como membro dessa classe sem conhecer seu significado — ponto, no qual nos ve mos enfrentando nossos problemas originais. Tem sido tentador buscar estabelecer uma existência se parada para as palavras os significados, pois com para isso torna-se possível obter uma esolução bastante elegante certos problemas. As teor teorias ias do significado usualmente usualment e tratam tratam de arranjos correspondentes de palavras palavras e coisas. Como as en enti ti dades lingüísticas, de um lado, podem corresponder às coisas ou fatos que constituem seu significado de outro lado, e qual é a natureza da relação entre elas que chamamos de “referên cia”” ? Num primeiro relance, ooss dicionários parecem suportar cia as noções de tais arranj arr anjos. os. Mas os dici dicionári onários os não forne fornecem cem significado; na melhor das hipóteses eles oferecem palavras que possuem possuem o mesmo mesmo significado. significado. O esquema semântico, tal como é concebido usualmente, tem propriedades interes santes. Os matemáticos, os lógicos e os teóricos da informação têm explorado amplamente correspon dência. Por Po r exemplo: exemp lo: em os quepossíveis medida medida modos podem de as dimensões da coisa comunicada serem respresentadas nas dimensões do meio de comunicação? Mas falta mostrar que que tal construção guarda uma semelhança próxima com os produtos das ativi dades lingüísticas genuínas. De qualquer forma, tal prática negligencia propriedades importantes do comportamento original e levanta outros pro blemas. Não podemos, co com m sucesso, pree preencher ncher um quadro de referência semântica recorrendo à “intenção do falante” até que uma explicação psicológica satisfatória da intenção tenha sido da dada da.. Se o “ significado con conota otativ tivo” o” deve supleme suplementar ntar uma so associati associativo. denotação vo. deficiente, Quando alguns algun é necessário s significados significado um sestudo são classif classificados do proces icados como “emotivos”, outro campo psicológico difícil e relativa mente pouco desenvolvido é invadido. Todas essa essass tent tentativ ativas as constituem esforços para preservar a representação por meio da construção de categorias adicionais para palavras excepcio nais. Ela Elass constituem constit uem uma uma espécie de colcha d dee retalhos que conseguiu principalmente mostrar quão batida e gasta é a noção

básica. Quando conseguimos conseguimos fornecer forn ecer o material supleme suplementar ntar necessário para esta representação do comportamento verbal,

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descobrimos que nossa tarefa foi proposta em termos embara çosos, se nã nãoo impossíveis. Os dado dadoss observáveis foram pré pré--esvaziados e o estudioso do comportamento viu-se a braços com “processos mentais” vagamente identificados. O desejo de explicar o significado é facilmente compre ensível. ensív el. Perguntamos Perguntamos “ O que você quer di dize zer? r?”” porque a resposta é freqüentemente freqüentemente útil. O esclarecimento do doss signifi cados nesse sentido desempenha um importante papel em qual quer tipo de esforço esf orço intelectual. Para os fins do discurso efe efe  tivo, o método da ências paráfrase costuma suficiente; podemos não preci precisar sar de referências refer eext xtra ra verbais. serMas não se deve per mitir que a explicação do comportamento verbal gere um sen tido de explicação explicação científi científica. ca. Não se expl explica ica u uma ma observação pelo simples fato de parafrasear o “que ela significa”. Indubitavelmente, podemos definir idéias, significados, etc., de tal forma que eles poderiam se tomar cientificamente acei táveis e até mesmo úteis na descrição do comportamento ver bal. Mas tal esf esforço orço eem m conservar os term termos os tradicionais seria seria dispendioso. É a formulação geral que está errada. Nós pro curamos as “causas” do comportamento que possuam um status científico aceitável e que, com sorte, possam vir a ser suscetí veis de de medida medidass e de manipulação manipulação.. Dizer Dizer que ist istoo é ““tudo tudo o que se entende por” idéiasencontrar ou significados é deturpar aais  prática tradicional. tradiciona l. Precisamos encontr ar as relações funcion funcionais qu quee  governam o comportamento verbal a ser explicado; chamar tais relações de “expressão” ou “comunicação” é correr o perigo de introduzir propriedades e fatos enganadores e exteriores. A única solução é rejeitar a formulação tradicional do com portamento verbal em termos de significado.

UMA NOVA FORMULAÇÃO A direção a ser tomada em outra alternativa dita a própria tarefa. taref a.   qual No Nossa ssaa topografia primeira responsabilidade simplesment simplesmente e descritiva. desta subdivisãoé do comportamento humano? Uma vez respondida essa questão questão,, pelo menos de forma preliminar, podemos avançar para o estágio da explicação:  que condições são relevantes para a ocorrência do comporta mento — quais são as variáveis das das qu quais ais ele é função? Um Umaa vez identificados tais fatores, podemos explicar as caracterís ticas dinâmicas do comportamento verbal dentro de um qua-

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dro apropriado apropriado ao comportament compor tamentoo hum humano ano como um todo. Ao mesmo tempo precisamos considerar o comportamento do ou vinte. Relacionando-o Relacionando-o com o comportamento do falant falante, e, com pletamos nossa explicação do episódio verbal. Mas isto isto é apenas apenas o começo. Uma vez est estabel abeleci ecido do um repertório do comportamento verbal, uma porção de novos problemas surgem surgem da interação interação d dee suas suas partes. O comporta mento verbal é usualmente o efeito de múltiplas causas.  Va riáveis separadas combinam-se para ampliar seu controle fun cional e novas formas de comportamento surgem da recombinaçãoo de velho naçã velhoss fragmentos. Tudo isso exerce influência sobre o ouvinte, cujo comportamento, por sua vez, exige análise. Outro grupo de problemas surge do fato, freqüentemente apontado, de que um falante é também, normalmente, um ou vinte. vint e. Ele Ele reage a seu próprio próprio comportamento comportamento de várias ma neiras importantes. Parte Par te do que ele disse está sob o contr controle ole dass outras partes de seu comportame da comportamento nto verbal verbal.. Refer Referimo-nos imo-nos a esta interação quando dizemos que o falante qualifica, orde na ou elabora seu comportamento no momento em que ele é produzid prod uzido. o. A mera mera emissão de respostas constitui constitui uma descr descrii ção incompleta quando o comportamento é composto.  Outra conseqüência do fato de que o falante também é um ouvinte é que o comportamento do ouvinte se assemelha ao compor tamento do falante, particularmente quando o ouvinte “en tende” o que se diz. O ouvinte e o falante, quando são uma única pessoa, se engajam em atividades tradicionalmente descritas como “pen samento”.. O falante man samento” manipula ipula seu seu comportamento; el elee o rev revêê e pode pode rejeit rejeitá-lo á-lo ou emiti-lo emiti-lo de de form formaa mod modificada. ificada. A extensão em que ele realiza tais atos pode variar amplamente, determi nada tal variação em parte pela medida em que ele funciona como se seu u próprio ouvinte ouvinte.. O falante hábil aaprende prende a modi ficar o comportamento fraco e a manipular variáveis que ge rarão e reforçarão reforçarão nov novas as respostas em seu repertór repertório. io. Ta Tall comportamento é comumente observado nas práticas verbais da literat literatura ura bem como da ciênci ciênciaa e da lógica. Uma análise dessas atividades, como de do seuspapel efeitosdosobre o ouvinte, leva-nos finalmenteassim ao problema comportamento verbal no problema do conhecimento. Este livro descreve os principais traços de uma análise feitaa de feit desse sse ponto de vista. A I I Parte Part e descreve a topografia do comportamento verbal relacionada com suas variáveis con

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troladoras e na III Parte, das conseqüências da inte ração de variáveis. A IValgumas Parte Parte descreve a manipulação do comportamento verbal no ato de composição, enquanto que a V Parte considera as atividades envolvidas na correção e na produção criativa de comportamento usualmente chamada pen samento sam ento verbal. verbal. Nenhuma Nenhuma suposição é fei feita ta acerca de qual quer característica exclusivamente verbal e os princípios e mé todos empregados adaptam-se ao estudo do comportamento

humano como um todo. Um tratament humano tratamentoo ext extensi ensivo vo d doo com portamento humano em geral, feito segundo o mesmo ponto de vista, pode pode ser encont encontrado rado alhures. 2 A pres presente ente expl explica ica ção é auto-suficiente. Um traço importante da análise que vamos empreender é que ela se volta para o comportamento do falante e do ouvinte individual; não recorremos a conceitos estatísticos baseados em dado da doss obtidos com grupos. grupos. Mesmo com res respeit peitoo ao fal falante ante e ao ouvinte individual pouco uso se fará de resultados experi mentais específi específicos. cos. Os fatos fato s básicos a serem analisad analisados os são bem conhecidos de qualquer pessoa educada e não precisam ser confirmados estatisticamente ou experimentalmente no ní vel de de rigor aqui aqui tent tentado. ado. Não se fez nenhum es esforç forçoo no sen tido de acompanhar acompanhar a “lilite tera ratu tura ra”” rele relevante. vante. A ênfase sserá erá dada a um conjunto de fatos bem conhecidos, de acordo com a formulação do comportamento derivada de uma análise expe rimental mais rigorosa. A atual ext extensã ensãoo ao comport comportamento amento verbal é assim um exercício de interpretação, mais do que uma extrapolação quantitativa de resultados experimentais rigorosos. A falta de rigor quantitativo é, até certo ponto, com pensada pelo fato de que as condições a serem consideradas nesta análise devem, na medida do possível, ser accessíveis e manipuláveis. man ipuláveis. A formulação será emine eminenteme ntemente nte práti prática ca e sugerirá aplicações tecnológi tecnológicas cas imediatas. Apesar da enfase não ser experimental nem estatística, o livro não é propria mente um livro teórico teórico no no sentido comum comum.. Ele não recor recorre re a entidades entidades explicativas hipotéticas hipotéticas.. O objeti objetivo vo últi último mo é a previsão e o controle do comportamento verbal.

2. 1954).

Skin Skinner, ner, B. F .: Science and Human Behavior   (Nova Iorque, V H 

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Capítulo 2 PROBLEMAS GERAIS

O COMPORTAMENTO VERBAL COMO UMA VARIÁVEL DEPENDENTE Nosso assunto é o comportamento verbal e devemos aceitá-lo na na forma crua em que ele é observado. Ao estudar a fala, temos de explicar uma série de atividades musculares complexas que produ produzem zem ruídos. Ao est estudar udar a esc escrit ritaa ou os gestos,, lidamos com outros tipos de respostas musculares. Há gestos muito tempo reconhece-se que este é o material com o qual

são feitas as línguas, mas tal reconhecimento tem sido quali ficado de forma a dest destruir ruir o ponto princi principal. pal. Como Como disse  Jespe  Jes pers rsen en11 há mu muito itoss anos anos,, “A única única def definiç inição ão nã nãoo-im imp pugnágnável de de uma uma palavra palavra é que ela é um háb hábito ito humano humano.” .” In Infe feliliz z mente, ele sentiu necessidade de acrescentar: “um ato habi tual da parte de um indivíduo que tem, ou pode ter o efeito de evocar algu algum ma idéia na mente d dee outro indivíduo”. indivíduo” . Da mesma mesma forma, Bertrand Russel2 afirma que “assim como saltar é uma classe de movime movimento. nto. . . assim também a palavra ‘cachor ‘cachorro' ro' é [outra] classe”, mas ele acrescenta que as palavras diferem de outras classes de movimentos corporais porque têm um significado. Nos Nos dois casos algo foi acrescentado acrescentado para uma descrição objetiva. Tem-se dito freqüentemente que tal acréscimo é necessá rio, mesm mesmoo quando quando o comportament comportamentoo não é verbal verbal.. Qualque Qualquerr esforço para tratar o comportamento como um movimento das 1. 2. 1940).

Jespersen, Jespersen, O. Language Language   (Nova Iorque, 1922). Russ Russel, el, B. Inquiry into Meaning and Truth  Truth   (Nova Iorque,

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partes de um organismo enfrenta imediatamente a objeção de que não é o simples movimento que importa, mas o que o mo vimento significa, seja para o organismo que tem determinado comportament compor tamentoo seja para o observador. AfirmaAfirma-se se comumente que podemos ver significado ou objetivo no comportamento e, portanto, não podemos omitir tal significado de nossa expli cação. Mas o signifi significado cado não é propriedade do comp comport ortament amentoo enquanto tal, mas das condições sob as quais o comportamento ocorre. Tecnic Tecnicamente, amente, os significados significados d deve evem m ser bus buscado cadoss en tre as variáveis independentes numa explicação funcional e não como propriedades d daa variáve variávell dependente. Quando al al guém diz que pode perceber o significado de uma resposta, ele quer dizer que pode inferir algumas das variáveis das quais a resposta é um umaa função. A questão é part particul icularment armentee impor tante no campo do comportamento verbal, onde o conceito de significado desfruta de tão grande prestígio. Na definição de comportamento verbal como comporta mento reforçado por intermédio de outras pessoas, não espe cificamos, nem o podemos fazer, qualquer forma, modo ou meio. Qualquer movimento ca capa pazz de afetar outr outroo organism organismoo pode ser verbal. Nós, provavelmente, escolhemos o comporta mento vocal, não apenas porque é o mais comum mas tam bém porque tem pouco efeito sobre o meio físico e porque é qu quase ase necessariamente verbal. Há p porém orém lingu linguagen agenss escri escritas, tas, linguagens por sinais e linguagens nas quais o “falante” esti

mula a pele do “ ouvi mula ouvinte” nte”.. O comportamento aud audível ível não não--vocal (por exemplo, bater palmas para chamar um criado ou tocar uma cometa) e os gestos são verbais, mesmo que não const constituam ituam uma linguagem organiza organizada. da. O teleg telegraf rafist istaa hábil comportã-se comportãse verb verbalment almentee ao mover o pulso. Alguma Algumass dess dessas as formas normalmente surgem apenas após o estabelecimento da forma vocal, mas ist istoo não ocorre nnecessariamente. ecessariamente. A escrita e a datilografia podem ser primordialmente verbais ou trans crições de um umaa forma vvocal ocal anterior. Ind Indicar icar pa palavras lavras é ver bal, como aliás qualquer indicação, uma vez que só é eficaz quand qu andoo altera o comportame comportamento nto de algu alguém ém.. A definição cobre também a manipulação de objetos físicos, realizada por causa de seu efeito sobre as pessoas, como por exemplo no caso dos adornos ado rnos e da dass vestes cerimoniais. No caso d dee qu qualquer alquer médium, médium,   o comportamento é ao mesmo mesmo tempo verbal e nã não-verbal: o-verbal: nã nãoo-verbal, em seu efeito sobre o meio; verbal em seus efeitos últi mos sobre o observa observador. dor. A lingu linguagem agem cer cerimoni imonial, al, a linguage linguagem md das as flores, das pedras preciosas, etc. são de pequeno interesse, por

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que possuem um vocabulário pequeno e pouca ou nenhuma gramática, mas, de qualquer forma, segundo os termos de nossa no ssa definição, elas são são verbais. Por ser o comportamento verbal vocal a forma mais comum, podemos tratá-lo como re presentativo, Quand Quandoo for necessário ou útil, útil, problem problemas as para para lelos de outras formas poderão ser considerados. Co

m po r t a m e n t o

  Vo

c a l

O comportamento verbal vocal é executado por uma com plexa musculatura: o diafragma, as cordas vogais, aass falsas cordais vocais, a epiglote, a abóboda palatina, a língua, a bochecha, bochec ha, ooss lábios e o maxilar. maxilar. O mais compl completo eto registr registroo de um único exemplo de uma locução seria o registro elétrico ou mecânico da da ação de todos os os músculos envolvidos envolvidos.. Nes Neste te mo mo mento, o interesse por tal registro é puramente teórico, uma vez que até ag agora ora não se fez nad nadaa semel semelhante. hante. Fe Felilizme zment nte, e, uma uma ciência do comportamento verbal não precisa esperar por isso. As complexas respostas musculares do comportamento vocal afetammuito o meio pela produção da “fala” audível, um dado maisverbal acessível. O produto acústico do comportamento vocal verbal pode ser registrado fonogr fonografic aficamente. amente. O disco assim grava gravado do pod podee ser convertido numa forma visível e, para maior conveniên cia, analisado analisado nu num m espectr espectroo de graus graus de intensidade. O regis tro acústico é menos preciso que um registro da ação muscular, porque diferentes padrões musculares presumivelmente produ zem o mesmo som, mas mas aaoo menos ele é exeqüível. exeqüí vel. Ele El e é tam bém mais conveniente, porque usa menos termos ou dimen sões. É provável provável que não se perca nad nadaa impo import rtant antee porque o cientista se coloca essencialmente na mesma posição que o ouvinte e, para muitos fins, pode ignorar qualquer propriedade do comportamento verbal que não produza diferenças na cor

rente sonora. rente sonora. Mesmo assim, um registro registro acústico revela-nos revela-nos mais do que usualmente queremos saber, exceto quando os detalhes acústicos devem ser especialmente destacados, e isso logo se torna difícil. Outro tipo de registro tornou-se possível com a desco berta de que a fala podia ser dividida em seus sons componen tes e pela descoberta de um alfabeto fonético para represen tar esses sons (Estes dois avanços, é claro, foram anteriores ao estudo estudo ci cien entítífi fico co).). Uma Uma amostra amostra de comportamento verbal pode ser registrada colocando-se os simbolos apropriados numa

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ordem correspondente, tal como é feito, apesar de inexata mente, ao ao se escrever escr ever ccom om o alfabeto alfabeto inglês. No que nos in teressa, tal registro torna simplesmente possível identificar al gum gu mas da dass propriedades acústicas acústicas de uma alocução. A trans trans crição permite que o leitor construa um fac-símile do compor tamento, o qual terá sobre a comunidade verbal o mesmo efei to que a amostra amostra original. Este Este titipo po de reg regist istro ro é prát prático ico e econômico porque um número indefinido de acontecimentos acústicos diversos pode ser representado por meio de um pe queno número de simbolos. Este uso de um alfabeto “fonético” não acarreta nenhum compromisso acerca do significado funcional das unidades iden tificadas. Podemos usar a grafia ing inglesa lesa par paraa registrar registrar ccantos antos  pee e w e e ) ou os ruídos de de passaros ( towhit, towhoo, ou  p coisas inanimadas (pop  e boom ), no sentido de que ao ler registros em voz alta reconstruímos um fac-símile razoável dos cantos ou ou ruídos ruídos originais. Mas Mas is isto to não quer dize dizerr que os pássaros ou os tambores falem segundo “fonemas” ingleses. A função analítica (mais do que a transcritiva) do fonema na lingüística moderna surge, por um lado, de uma incursão no domíniododaestudo fonologia, que não terá ser feita aqui, e por outro, e comparação das que práticas de comunidades verbais em seu seu conjunto conjunto.. O lingüista enfrenta enfr enta os fatos seguin tes:: 1) numa tes numa comunidade verbal verbal,, as as respostas  pin  e bin  ocor rem em condições diferentes, enquanto que em outra comuni dade verbal elas têm o mesmo efeito ou ocorrem nas mesmas condições; 2) numa comunidade verbal, as respostas  pit  e bit  têm efeitos diferentes ou ocorrem sob circunstâncias diferentes, enquanto que em outra comunidade verbal elas têm o mesmo efeititoo ou ocorrem sob as efe as mesm mesmas as circ circunstâ unstâncias ncias;; 3 ) na nass comu comu nidades em que  pin  e bin  têm o mesmo efeito,  pit   e bit   também tem o mesmo efeito; e onde as duas primeiras produzem efeitos diversos, diver sos, as duas duas últi últimas mas também os produzem. Tai Taiss fa fatos tos apresentam problemas que porque se situam além referências da mera transcrição do comportamento verbal, incluem às condi ções de ocorrência do comportamento verbal ou aos efeitos produzid prod uzidos os no ouvint ouvinte. e. Trataremos Trataremos aqui dess desses es fatos adiciona adicionais is de outra forma. O registro de uma alocução num alfabeto fonético pro porciona, é claro, menos informação acerca de suas proprieda

des do que um registro acústico, mas isto não acarretará obje çoes caso possamos mostrar que as propriedades preservadas são

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as propried propriedades ades efeti efetivas vas do do comportamento verbal. Is Isto to nos nos leva a um princípio importante da análise do comportamento. Distinguimos entre um exemplo de resposta e uma classe de respostas. Uma Uma única resposta, com comoo um exemplo de atividade de um organismo, pode ser descrita na medida das facilidades de que se dispuser. Mas, quando deparamo deparamoss com o probl problema ema  futu turo ro , pode ser impossível da predição do comportamento  fu predizer os numerosos detalhes de um único exemplo ou fazê-lo, mais provavelmente, provavelmente, pode não ter importância. Tudo o que queremos saber é se ocorrerá ou não uma resposta de determi nadaa classe. Por “determinada nad “determinada clas classe,, se,, entendemos uma uma res posta que apresente certas propriedad propriedades es selecionadas. Pod Pode e mos querer saber se um homem abrirá uma porta, e não como ele gira a maçaneta maçaneta.. Não que desprezemos ooss detal detalhes hes do girar a maçaneta por não estarem submetidos a uma lei ou por serem indeterminados; simplesmente, tratamos do fato de ele abrir a porta sem atentarmos atentarmos para os detalhes. detalhes. A propriedade do comportamento em virtude da qual classificamos uma res posta como “abrir uma porta” constitui nosso interesse prin cipal. Da mesm mesmaa forma, não precisamos conhe conhecer cer todo todoss os detalhes de uma resposta vocal desde que o padrão sonoro que ela produz obtenha certo efeito sobre uma comunidade verbal específica. específica. Há muitas raz razões ões práticas e teóricas para que se registre e analise certos exemplos de comportamento verbal tão detalhadamente quanto possível, mas elas não coin cidem com nossos interesses de previsão e controle do compor tamento, tame nto, pelo menos menos no estágio atua atuall da ciênc ciência. ia. O ““fon fonema” ema” foi um reconhecimento precoce do princípio da propriedade definidora de uma uma resposta. Inf Infelizme elizmente, nte, pa para ra nos nossos sos objet ob jeti i vos atuais, a extensão do conceito para a lingüística histórica e comparativa obscureceu sua relevância para a definição da unidade do comportamento verbal no falante individual. O problema do som da fala torna-se mais claro e, ao mesmo tempo, perde parte de sua importância quando com paramo para moss outros modos modos de comportamento. comportamento. Se o comport comporta a mento verbalTodavia, nunca, fosse não existiriaa serem a fonética ou a fonologia. Todavia m muitos uitosvocal, do doss problemas considera dos no estudo do comportament compor tamentoo verbal permaneceriam. Num Numaa comunidade, na qual todo comportamento verbal fosse escrito, teríamos que identificar “marcas de fala” e descobrir suas propriedades propriedad es geométricas essenciais. Se tal linguag linguagem em se asse melhasse à escrita moderna, teríamos que estudar um maior número de marcas que funcionariam como, digamos assim, a

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letra a  para podermos identificar seus traços comuns e para des cobrir que propriedades poderiam, para muitos fins, serem ignoradas. Se tal comunidade fal falasse asse apenas por meio de máquinas de escrever, a extensão de propriedades seria menor. A vantagem de uma extensão menor para o leitor, assim como para o cientista, pode ser percebida pela instrução, tão fre qüente: “Por “ Por favor, us usee letras de forma. for ma.”” A grafologia pro porciona uma “fonética” rudimentar do comportamento verbal escrito; também aqui os “significados” exigem outras técnicas de análise. Uma “citação direta” é um registro de comportamento ver bal que sdepende explicitamente de um conhecimento das, condições condiçõe em que que mais ocorreu o comportamento. Freqü Freqüentem entemente ente, porém, ela é pouco mais que uma transcrição fonética ou acústi ca que permite ao leitor reconstruir propriedades relevantes do “comportamento “compor tamento original. O relato falad faladoo de de que algué alguém m diss dissee “São quatro horas” reconstrói no momento um caso de com portamento verbal. Um registro regist ro esc escrito rito permite qu quee o lei leitor tor o reconstrua por si mesmo. Uma técnica que permita a reconstrução de um dado é pouco usua usual.l. A ciênc ciência ia geralmente não recorre recorre a modelos ou à imit imitação; ação; suas suas descrições dos fatos não se assemelham a esses esses fatos. No cainpo cainpo do comportamento não-verbal, não-verbal, realmente não relatamos o comportamento imitando-o. Todavia, ao falar u um ma linguagem está sendo estudada, o cientistaque usanão a imitação em vez de que métodos mais usuais de descrição, mantém uma correspondência ponto por ponto com a coisa escrita. (Esta distinção será discutida mais adiante no Capítulo 5.) Russell 3 chamou a atenção para o fato de que exemplos raros de comportamento verbal, como o Juramento da Coroação ou o Pai-Nosso, possuem possuem nomes nomes próprios. Ele El e também menciona o método que se deve a Gõdel, pelo qual se atribuem números a palavras e, a parti par tirr daí, a todas as sentenças possíveis. possíveis. O sis tema de catalogação de uma biblioteca atribui nomes próprios (números identificadores) a amplas amostras do conhecimento verbal conhecidas como livros. livros. Não é provável provável,, todavia, que estes prenunciem um sistema descritivo no qual todas as res postas verbais venham próprios que asnãoexistentes tenham maior semelhança com aasreceber coisas nomes nomeadas do que entre os fatos e suas descrições numa outra ciência qualquer. 3. 1940).

Russell, B. Inquiry into Meaning and Truth   (Nova Iorque, i--------- ----   .

I ? — I

_  -------

 -

U N E S P A

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Não importa tentadora possafonética ser a utilização da cita pos sibilidade especial quão de uma transcrição ou de uma ção direta para reconstruir o comportamento que está sendo ana lisado; devemos acentuar que, do ponto de vista do método científico, uma expressão como "São 4 horas”  é o nome de umaa resposta. um resposta. Não se tr trata, ata, obviamente, obviamente, da respost respostaa que est estáá sendo estudada, porquanto ela foi dada por alguma outra pes soa em out outro ro lugar. Ela Ela simplesmente se asseme assemelha lha àq àquela uela

resposta do do ponto de de vvista ista da da forma. As condições responsá veis pela resposta original podem não ter nada em comum com as condições responsáveis pela resposta do cientista que des creve. Es Esta ta prática, prática, chamada chamada hipost hipostase, ase, é um umaa anom anomalia alia no método científi científico. co. Com Comoo disse Q u ine4 in e4:: “ Um Umaa citação não é uma descrição, um hieroglifo; ela de designa objeto mas não por meio de umamas descrição em termos outrosseuobjetos, representando-o.” Quine fala aq aqui ui dos dos registros escrit escritos os do comportamento verbal escrito escrito.. Em nen nenhu huma ma outra ciência isto é possível porque em nenhuma outra ciência os nomes e as coisas nomeadas possuem estrutura similares. Uma citação é, usualmente, mais do que uma transcrição fonética ou acústica, mais do que um hieroglifo ou um nome. Em primeiro lugar, freqüentemente, embora não inevitavel mente, ela quebra em partes uma amostra claramente contínua de comportamento. Tais cortes não precisa precisam m refle refletir tir p pau ausa sass atuais ou outras propriedades do padrão de tempo e de inten sidade sida de do comportamen comportamento. to. Ao citarmos citarmos um episódio falado, nós não apenas em sons da amplas, fala representados letras,o separamos como também em unidades mais chamadas por pa lavras ou sentenças, representadas por cortes especiais ou por pontuação. pontu ação. A diferença entre entre u um m registro fonético fonético e u um ma ci tação direta pode ser percebida no treinamento exigido nos doiss casos. doi casos. Um pequeno repert repertório ório fonético é suficiente par paraa transcrever tr anscrever a fala inglesa com vistas a um umaa reconstrução. reconstrução. Ma Mass milhares de “palavras” diferentes devem ser aprendidas antes que citações diretas p poss ossam am ser efeti efetivamente vamente escrit escritas. as. O pro cesso inclui, é claro, o aprender a soletrar bem como, parti cularmente, a distinção distinçã o ent entre re pala palavra vrass homófona homófonas. s. A habilidad habilidadee em geral é adquirida durante o processo de aprendizagem da escrit esc ritaa e, uma uma vez adquirida, é am amiúde iúde considerada. Pro Provavel vavel mente,ocorrendo somos levados a desprezar o fato de que no momento está um processo de análise. 4.

Quine, W. V .  M ath at h e m atic at ical al L og ic  ic   (Nova Iorque, 1940), p. 26.

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Somos também levados, muito provavelmente, a menos prezar o fato de que, numa citação direta estamos inferindo algosobre acercaefe das sobcos as quais uma resposta foi emitida, ou efeitos itoscondições carac caracter terísti ísticos nu num m ouvinte. Pode-se fazer uma transcrição fonética razoavelmente boa de uma língua que não se fala ou, como o estenógrafo mostra freqüentemente, de uma língua familiar sem todavia reagirmos a ela como um ouvinte. Mas as unida unidades des de citação direta especificam as res res postas verbais como unidad unidades es sob controle controle funcional. Ao fa zermos uma distinção enrte through  e threw *   ou entre Send  me two  e send me, too   **, estamos especificando ou as condi ções normais nas quais as respostas são dadas ou seus efeitos normais sobre o ouvinte. Nas Nas citações indiretas  dar-se-á maior ênfase a essas variáveis adicionais. He said that he would go  [ “Ele “E le disse que que iri iria” a” ] permite ap apen enas as um umaa reconstrução muito muito grosseira uma possível resposta Iverbal dada, apenas  go  sobre will go viveu do de original   [“Eupois irei”], e não pode

ríamos sequer ter certeza de que outra resposta característica da mesm esmaa situação não tivesse sido dada dada efet efetiva ivamente mente.. Mas sabemos, com alguma certeza, de que tipo de situação se tratava e que tipo de efeito a observação pode ter causado. U m a   U n id a

d e  d e 

Co

m po r t a m e n t o

  Ver

ba l

Do registro muscular ou acústico do comportamento ver bal passamos, por meio da transcrição fonética, à citação direta e indi indiret reta. a. Na medida em que efetuamos efetuamos essa passagem, passagem, guar damos cada vez menos informações sobre o exemplo específico. Esta perda de detalhes pode ser tolerada se as propriedades essenciais à previsão continuam a ser descritas. Ao mesm mesmoo tempo, começamos a acrescentar inferências ou fatos sobre as condições nas quais a respost respostaa foi dad dada. a. Na tare tarefa fa de prev prever er ou controlar o comportamento verbal devemos, é claro, levar em consideração tais variáveis adicionais, mas seu status deve ser esclareci esclarecido. do. As unid unidades ades tradicionais do comportament comportamentoo verbal nunca fazem uma distinção clara entre o observado e o inferido. Vejamos, Vejamo s, por exemplo, o conceito de “ palavra” palavra”.. Tal *

Mantivemos Mantiv emos no origin original al os exemplos dad dados. os. Tr Trata ata-se -se de de pa lavras com a mesma pronúncia com sentido e grafia diferentes, como em português “mal” e “mau”. (N. da T.) tl

* * Frases com pronúncia idêntica mas mas significado diferente: difere nte: Envie-me Envi e-me doi dois” s” ; “Envie-me, també também”. m”. (N. da T T.).)

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como é usado pelo leigo e por muitos lingüistas, uma pala vra pode pode ser uma uma simples simples alocução ( “ Que Quero ro dizer-lhe um umaa palavra” ou “A última palavra” palavra” ) ou uma uma subdivisão conven cional de uma uma alocução ( “ O que seria dito em du duas as ou ou três palavras é freqüentemente ditoou apenas uma em alemão” ) em ou inglês um símbolo objetivo objetivo real oucom sup suposto osto ( “escolher umaa palavra” ou “jun um “ juntar tar palavras” ) ou algo com comum um a dois ou ma mais is modos modos de comp comport ortament amentoo ( “um umaa palavra pode pode ser dita ou ou es escr critita” a” ). Com menos menos razão razão,, nós até falamos da mes mesma ma palavra em duas duas línguas ( “ O Fr Francês ancês e o Ingl Inglês ês usam a mesma esma palavra palav ra para acordo: ‘acc ‘accord’ ord’ ” ), ou em dois momentos his histó tó ricos da mesma mesma língua, ou em duas duas formas afi afins ns ( “di “diamante amante”” é a mesm mesmaa palavra palavra que “br brililhan hante te”” ). Às vezes vezes “palavr palavra” a” parece significar ape apena nass um padrã padrãoo léxico ( “ a palavr palavraa ‘rápido’ ” ). Aquilo de que necessitamos para nossos objetivos atuais — e do qual qual a “palav “palavra” ra” ttradicional radicional se aproxima — é u um ma unidade de comportamento constituída por uma resposta de forma identificável funcionalmente com uma ou mais ma is variáveis independentes. Em relacionada termos tradi tradicionai cionais, s, pode mos dizer que necessitamos de uma unidade de comportamento definida em termos de “ forma e signific significado” ado”.. A análise do comportamento não-verbal esclareceu a natureza de tal uni dade em condições de laboratório nas quais a conveniência da unidad un idadee pode pode ser submetida a rigorosas verificaç verificações. ões. Uma ex ex trapolação desse conceito para o campo verbal é fundamental

para a análise representada para represent ada pelo resto resto deste livro. livro. Os tipos de comportamento nos quais estamos usualmente interessados têm, como vimos, um efeito sobre o meio, o qual por sua vez tem um efeito efe ito de de retorno sobre o orga organismo nismo.. Ta Tall comporta mento pode ser distinguido das atividades primariamente re lacionadas comquea operam economiasobre interna do organismo chamando as atividades o meio de “comportamento operante oper ante”” . Qualquer Qualquer unidade unidade de tal comport comportamento amento é con venientemente chama chamada da de “ operant operante” e”.. Para muito muitoss fins, o termo “operante” pode ser permutado com a tradicional “res posta”, mas os termos permitem-nos fazer uma distinção entre um exemplo  de comportamento (Fulano fumou um cigarro en tr tree 2:0 2:000 e 2:10 2:1 0 hora horas” s” ) e um tipo  de comportamento (“fumar cigarr cig arros” os” ). O termo ‘r ‘respos esposta” ta” mu muitas itas ve vezes zes é usad usadoo para os dois casos, apesar de não trazer o segundo significado muito claro. A descrição de um exemplo de de comport comportamento amento não re quer a descrição das variáveis relacionadas ou de uma relação funcional.l. O termo operante, funciona operante, por outro lado lado,, est estáá ligad ligadoo com

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a previsão e o controle de um tipo  de comport comportameni amenio. o. Apesar de observarmos apenas exemplos particulares, estamos lidando com leis que especificam tipos. A distinção dá origem à questão do formalismo. Uma res posta, como um exemplo, pode ser completamente descrita  forma ma   de comportamento. Um operant como uma  for operantee espec especifi ifica ca pelo menos uma relação com uma variável — o efeito que o comportamento caracteristicamente, se bem que não inevita velmente, tem sobre o meio — e não é por isso uma unidade puramente formal. Um Umaa especificação especificação formal não não pod podee ser evitada, desde que uma resposta só pode ser considerada um exemplo de operante por meio de uma identificação objetiva. Mas não basta a ident identifica ificação. ção. Como Como u um m exemplo d dee op operante erante verbal, a resposta deve ocorrer como função de certa variável. Nesse sentido, podemos distinguir entre o operante rápido  no qual a variável controladora é partilhada pelo operante veloz,  e o operante rápido  no qual a variável controladora é semelhan te à do operante  fixo. problema presente na análise comporta mentoUmverbal é o dasempre dimensão da unidade. As do unidades lin lin güísticas güísti cas padronizadas são de dimensões variadas. Aba Abaixo ixo do nível da palavra jazem raízes ou, mais rigorosamente, as pe quenas quen as unidade unidadess “ sign signifi ificati cativas” vas” cham chamadas adas morfemas. Acima da palavra estão as frases, idiomas, sentenças, cláusulas etc. Cada uma delas pode ter unidade funcional como operantes verbais. Uma Uma partícu partícula la de comportamento comportamento tão pequen pequenaa quanto um único som pode estar sob controle independente de uma variável manipulável. manipulável. (V (Vere eremos mos exemplos de tais operantes verbais atom atomizados izados ma mais is tar tarde. de.)) Por outro lado, um amplo amplo segmento do do comportamento comport amento — talvez uma uma fr frase ase com comoo vasta  maioria  ou quando tudo foi dito e feito   ou a verdade, toda a  ou toda variar uma sentença como verdademuito e nadaquer maistudo que aperde verdade quem   —   podem sob controle

unitári o funcional semelhante. Apesar de partes dess unitário desses es ope rantes mais amplos terem a mesma forma que partes de outros operantes, ou mesmo de unidades completas, pode não haver interação int eração funcional. Se isso po pode de parecer est estranh ranhoo par paraa a análise lingüística tradicional, é preciso lembrar que o ope rante verbal é exclusivamente uma unidade de comportamento do falante falante individual. A unidade funci funcional onal de um amplo amplo ope rante e a extensão em que a presença desse operante no reper tório do falante pode afetar operantes de forma similar devem 37

 

ser decididas a partir do estudo do comportamento deste fa lante.. Nas práticas característ lante características icas de um umaa comu comunidade nidade verba verbal,l, pode não ser possível estabelecer a unidade funcional de uma ampla amostra semelhante de comportamento. Fizemos notar que um falante possui um repertório verbal  no sentido de que respostas de várias formas de tempo em tempo, aparecem, em seu comportamento relacionadas com con dições identifi ident ificávei cáveis. s. Um repertór repertório, io, como um umaa alocução de operantes verbais, descreve o comportamento verbal  poten  potencial cial   de um falante. falante. Perguntar Pergu ntar onde está um operante verbal quand quandoo uma resposta não está sendo emitida é o mesmo que perguntar onde está o movimento do joelho quando o médico não está batendo na rótula. Um repertório repertóri o de comportamento verbal é uma uma contrução conveniente. A distinção ent entre re “operaate “opera ate verbal” e “palavra” pode ser comparada à existente entre “re pertórioo verb pertóri verbal” al” e ““vocabulário vocabulário”” . Diz-se Diz-se qu quee uma uma pe pesso ssoaa pos pos sui um vocabulário de tantas mil palavras quando estas são observadas em seu comportamento verbal durante certo perío do de tempo, Mas um um vocabulári vocabulárioo muitas vezes é encarado como um depósito de ferramentas inanimadas a partir do qual o falante falante faz um umaa seleção aprop apropriada riada qquando uando fal fala. a. O que se leva em consideração aqui não é apenas que certas formas específicas de comportamento verbal são observadas, mas que elas sã sãoo observadas observadas cm circunstâncias circunstâncias espe específi cíficas. cas. Estas Esta s cir cir cunstâncias controladoras acrescentam um caráter dinâmico ao “repertório” que falta ao “vocabulário”. Pr

o b a b il i d a d e   d e  

po R e s po

st a

Algumas partes do repertório verbal surgem mais prova velmente que outras. Esta probabilidade é um conceito im portante port ante,, se bem que dif difícil ícil.. Nosso da dado do básic básicoo nã nãoo é a oco ocor r rência de uma dada resposta enquanto tal, mas a probabilidade de que ela venha venha a oco ocorre rrerr nu num m cert certoo moment momento. o. Cad Cadaa ope rante verbal pode ser concebido como tendo, sob circunstâncias específicas, uma probabilidade de emissão que pode ser deter minada inada — emissão conve convenient nientemente emente cham chamada ada d dee sua “fo “força rça”” . Baseamos a noção de força em vários tipos de evidência. is s ã E m is

o

 

d e 

R e s po

st a

Se a resposta é emitida, o operante provavelmente é   forte.

Todavia, a emissão é um sinal melhor de força se as circuns

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tâncias são pouco comuns. Num Num tipo de lapso verbal, verbal, por exemplo, a resposta que se introduz ou que deforma o comportamento ( Ver Capítulo 11 ) não é apropriada para a situação imediata, mas apesar disso surge como especialmen especialmente te forte. for te. A resposta que aparece em circunstâncias ambíguas, difíceis ou não-apropriadas, mas não é um lapso, provavelmente é forte pela mesma esma razã razão. o. O cientist cient istaa que que continua a falar falar sobre seu trabalho durante um emocionante jogo de futebol ou num ba rulhento trem de metrô e o conversador compulsivo que não toma conhecimento de interrupções evidenciam repertórios es pecialmente fortes. Outras formas de comportamento verbal, verbal , por exemplo, o escrever — apresentam evidência do mesmo tipo. Entre as circunstâncias pouco comuns que evidenciam força podemos incluir estímulos verbais inadequados: do fato de uma pessoa ver seu nome numa relação escrita pouco clara ou muito sintética, ou ouvir seu nome em meio a uma con versação barulhenta, podemos inferir a força de seu nome em seu próprio repertório. Ní v e l   d e   E n e r g i a

A emissão de uma resposta constitui uma medida de tudo ou nada. nada. Ela El a nos permite in infe feri rirr a força força p.p p.pen enaas em termos da adequação das condições condições em que ocorre a emissão. emissão. Um segundo tipo de evidência sugere-nos que a força está numa escala contínua que vai vai de zero até um valor muito alto. alto. Um Umaa resposta pode ser executada com certa energia, que não deve ser confundida com “força” como sinônimo de “probabilidade”. A energia parece variar com a probabilidade e muitas vezes é acei ac eita ta com como med medid idaa de de forç fo rça. a.55 Um enér enérgi gico co e pro prolo long ngad adoo NÃO! não é apenas uma resposta forte, mas sugere uma forte tendência em responder, tendência que não seria facilmente domina dom inada da por forças competitivas. Por outro outro lado, um um tímido e breve NÃO é aceito como um exemplo de um operante fraco, do qual inferimos alguma inadequação nas variáveis indepen dentes. Uma Uma energia relativa permite inferência semelhante. semelhante. Da resposta um “papagaio VERMELHO” concluímos que a cor vermelha era de especial importância para o falante, en quanto que de um “PAPAGAIO vermelho” inferimos a im5. Ê po possí ssível vel que energia e probabilida probabilidade de variem, uma em funçao da outra, apenas depois que a energia da resposta tenha sido diferencial mente reforçad reforçadaa (ver Science and Human Behavior,  Behavior,   p. 95).

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portância especial do papagaio em si mesmo como uma va

riável. Sob certas circunstâncias pode ocorre ocorrerr um umaa ráp rápida ida mudança no nível de energia, tal como o caso do Sr. Winkle nos Pickwick PaperSy  o qual pouco antes de submergir num sonho alcoólico gritou: Que venha mais uma garrafa, começando com voz alta terminando baixinho. baixinho .

e

Outras propriedades do comportamento verbal variam com o nível de energia. Em níveis baixos, baixos, a part partee da rresposta esposta que cai de de tom chega até o sussuro. sussuro. No outro outro extrem extremoo d daa linha outras propriedades topográficas topográfi são afetadas. Provav Provavelment por causa do mecanismo do cas aparato da fala, o grau deelmente intene sidade do nível de uma resposta tende a variar com a energia. Sendo o resto igual, quanto mais alta a resposta, mais alto o grau de intensidade. Por isso, isso, o grau de intensi intensidade dade pode às vezes vezes ser tomado como indicador de força. No comport comporta a mento de crianças pequenas, as “observações apropriadas” a uma ocasião social emitidas em voz baixa e quase inaudível, em contraposição aos gritos emitidos ao brincar, sugerem uma ordem de valores possíveis. Outras Outr as form formas as de comport comportamento amento verbal apresentam apresentam em geral uma uma ext extensão ensão mais mais limitada. No comportamento verbal escrito, algumas indicações de força po dem ser encontradas no tamanho das letras, na pressão da pena, nos etc. modelo Algu Alguma madoconcessão concessã o a caracter características compará aráe veis itálicos se faz pelo se tipo empregado. empregado . ísticas Este Estess comp são hoj hoje expedientes convencionais, embora guardem algum traço de uma variação original da força operante. Vel o

c id a d e

Outra propriedade do comportamento verbal emitido é a velocidade com a qual as partes sucessivas da amostra se se guem uma às outras, ou a velocidade com que a resposta apa rece depois que a ocasião para sua emissão tenha surgido. Admite-se em geral a implicação de que um comportamento verbal forte forte é rápido e que hesitação hesitação rev revela ela po pouca uca força. Uma resposta nado a dá-la”; prontauma indica demora que na o resposta falante estava nos leva “fortemente a suspeitarincli que algo está possivelmente errado nas circunstâncias controladoras. A fraqueza pode dever-se a um comportamento competitivo. Um homem absorvido na leitura de um livro pode demorar vários segundos para responder a um chamado ou a uma per*

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gunta. Em crianças pequenas, nas quais o comport gunta. comportamento amento verbal é franco porque ainda está sendo adquirido, atrasos de minutos são por veze vezess obser observados. vados. Uma criança criança de 13 meses já havia adquirido a resposta Luz.  Cert Certaa ocasião lhe foi mostrada um umaa luz luz e perguntaram-lhe: perguntaram-lhe: “ O que é iss is so?” Ela não deu qualquer resposta durante, pelo menos, um mi nuto e desistiu-se d daa tentat tentativa iva de levá-la a responder. Ela já já havia voltado a brincar quando a resposta surgiu claramente. Em comportamentos patológicos pode haver atrasos ainda maio

res. Um registr registroo antig antigoo de um caso se encontra em H e a d ,6 que pediu a um de seus pacientes afasicos que contasse, isto é, que que repetisse repeti sse a ordem numérica. O paciente paci ente não respon deu durante dez minutos, quando então, subitamente, começou: Um, dois, três, qquat uatro ro,.,. . . Às vvezes ezes,, inferimos a força do com portamento verbal de alguém com quem nos correspondemos a partir da velocidade com a qual uma carta é respondida, e traços de velocidade na caligrafia proporcionam uma evidência semelhante. semelhan te. Ges Gestos tos frenétic frenéticos os demo demonstram nstram velocidad velocidadee na res posta em outra forma de comportamento. R e pe t i ç ã o

Uma terceira indicação possível de uma relativa força é a repetiçã repe tiçãoo imediata de um umaa resposta. Em vvez ez de dizer NÃO! NÃO!   com grande energia alguém pode dizer Não! Não! Não!  Uma forma de repetição indiscriminada está implicita na forma  M  Milil   vezes não!.  Energia e repetição po podem dem combin combinar-se. ar-se. Ocasional Ocasional mente, pode-se observar o declínio da força em respostas su cessivas, que vão paulatinamente diminuindo de energia, in tensidade e velocidade: NÃO! não! não!  A repe repetiçã tiçãoo é ap apa a rentemente responsável por uma classe de expressões que en volvem volv em um umaa ênfase especial; por exemplo: Venha, venha,  venha,  venha, e  Agora, agora.  Expressões como again and again  again  [“muitas vezes”], round and round  [“vezes sucessivas”] e milhas e milhas  são complicadas por um princípio adicional, mas provavelmente revelam também o efeito da força. Um engano  engano  muito, muito triste  funciona no lugar de Um engano MUITO  MUITO  triste.  A repe repetiçã tiçãoo pode ser diluída por um compor comportament tamentoo interposto. inter posto. Na resposta, Não, não é, Não foi nada,  a força excepcional da forma não é   evidente em sua repetição. 6,

Head, Henry:  Aph  A phas asia ia   (Nova Iorque, 1926).

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L im it

a ç õ es

 

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ê n c ia

 

d e 

Fo

rça

É fácil superestimar superestimar a significação desses desses indicad indicadores. ores. Se duas ou mais propriedades do comportamento indicam a mesma coisa, elas devem variar juntas: mas energia, velocidade e repe tição nem nem semp sempre re satisfazem a essa exigênc exigência. ia. Classifi Classificamos camos as pessoas de acordo com a força geral de seus comporta mentos verbais, de uma forma que sugere que nossas medidas estão est ão intimamente intimamente associad associadas. as. Por exemplo: exemplo: a pessoa prolixa prolixa (quando é   prolixa) prolixa) fala alto, dep depress ressaa e se repete, enquanto enquanto o taciturno taciturno fala devaga devagar, r, bai baixo xo e raramente raramente repet repete. e. Mas nas respostas isoladas essas medidas se alteram por outras circuns tâncias e as exceções exceções deve devem m então ser explic explicadas. adas. Por exem exem plo: uma resposta mal memorizada pode tardar por causa de sua fraqueza mas, durante a demora o caráter aversivo da si tuação cresce e quando, finalmente, ela é emitida, o nível de energia pod e ser alto.umaAexplicação aaparente parente especial. discrep discrepância ância entr entree retard retarda a mento epode força exige

Outra complicação é que nossas medidas — nível de ener gia, rapidez da resposta e mesmo repetição — entram na cons  formas mas   de resposta. Em inglês, isto não trução de diferentes  for não apresenta maior dificuldade. dificuldade. Níveis absolutos absolutos de altura e in tensidade não são “distintivos”, nem tampouco são importan tes os níveis de altura relativa. relati va. Mudança Mudançass d dee alt altura, ura, todavia, distinguem diferentes diferentes tipos d dee alocução. A energia d daa resposta não pode ser tomada como um indicador inevitável de força na medida que ela serve para tornar DE-sert (deserto) uma resposta resp osta diferente de de-SER de- SERT T (s (sobre obremes mesa). a). O prolo prolonga ngamen mento to de um som não significa necessariamente força quando ele surge como “quantidade”, nem tampouco a reduplicação é sempre um exemplo útil de repetição de forma. Energia, velocidade e repetição são afetadas por condições especiais de re refor forço. ço. Falamos mais alto com um surdo e mais mais devaga dev agarr com com um bobo bobo e, no noss dois dois casos, repet repetimos. imos. A repetiç repetição ão podee tornar-se pod tornar-se necess necessária ária nu num m lugar lugar barulhento. (O (Ouç uça! a! Ouça! uç a!)) Quando nosso interlocutor está longe, aumentamos a energia e o nível da voz e prolongamos cada som quando isso é possível. Uma resposta rápida e alta obterá mais resultado numa situa ção competitiv compet itiva, a, por exempl exemplo, o, num numaa sala de aula. Podemos admitir condições especiais desse tipo na avaliação de qual quer medida dada apenas inferindo a força operante, não do fato de que do fato que alguém nas esse mesmas cir fala mais altoalguém do quefalao alto, faria mas normalmente

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cunstâncias.

Há algum con consol soloo nnaa averig averiguação uação de que mudan ças de força devidas a essas condições especiais freqüentemente exageram a força ““na natur tural al”” . Ela Elass pode podem m no noss levar a conf confundir undir a importância relativa de um indicador, mas não sua direção ou sinal. Infelizmente, outros tipos de conseqüência opõem evidên cias normais de forç força. a. Valor Valores es extremos extremos de qualquer um umaa dessas propriedades interferem no efeito sobre o ouvinte. A co munidade verbal, como uma coleção de ouvintes, força a fala a um certo cer to padrão padrão de de velocidade, energia e repetição. repet ição. Se a criança fala alto alto,, é corrigida. corrigida. Se ela m murmura, urmura, recomenda-se recomenda-se para que fale alto. Se suas suas palavras brot brotam am ao aoss trop tropeços, eços, re comenda-se come nda-se que seja mais mais ponderada. ponderada. Repe Reperti rtir-s r-see é considerado má forma, mas a dupla negativa, que é apenas o resultado ino cente de um NÃO forte, é considerado ilógico e não-gramatical. Mas se os indicadores são obscurecidos por esses interesses conflitan conf litantes, tes, evidência evidênciass de força co continuam ntinuam a sobreviver. Cont Conti i nuamos a fazer inferências práticas acerca do comportamento do falante falan te a partir part ir de sua sua energia, velocidade e repet repetição. ição. Um com pleto nivelamento com vistas à monotonia é impossível de ser alcançado e a comunidade, comunidade, de fato fato,, se opõe a isso isso.. Em alguns tipos de comportamento verbal — por exemplo, quando se lê alto — a variável controlado controladora ra gera um comporta comportament mentoo de de u um m nível nível razoavelmente razoavelm ente constante constant e de de força. Excet Ex cetoo no caso de respos tas pouco familiares ou mal aprendidas, um texto normalmente não reforça reforça uma uma resposta mais do que outra. Mas um umaa série

de respostas de energia e velocidade uniformes não é eficiente no qu quee toca ao ao ouvinte. Por isso, o leit leitor or é le levado vado a introduzir sinais espúrios de força. Ele lê como se se seu comport comportamento amento tivesse sido determinado, não por um texto, mas por um con  junto de va variá riáve veis is semelh semelhant antes es às da fala “ real” real”.. Ora, é sign signi i ficativo que ele faça isso modulando a intensidade, a energia e a velocidade. A par partir tir desses desses indicadores de força força,, o ouvint ouvintee infere um conjunto de condições condições determinantes. O lei leitor tor re velou uma boa “interpretação”. Nos também proporcionamos indicadores por outras ra zões. zõe s. Se nos mostram u uma ma apreciada obr obraa de arte e exclama mos Que beleza!  a velocidade e a energia da resposta não serão desperdiçadas desperdiçadas com o propriet proprietário. ário. Podemos acentuar o efeito por meio de repetição: Que beleza, que beleza! Verdadeiramente, uma beleza!  Is Isto to é percebido de forma tão clara p por or qualquer pessoa que tornou-se parte de uma cultura simular

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características de força, quer as variáveis independentes apro priadas estejam presentes ou não — quer o quadro proporcione ou não uma ocasião na qual tal comportamento verbal seria naturalmente fort forte. e. Dificil Dificilment mentee isso se daria se o significad significadoo de nossos indicadores tivesse sido inteiramente obscurecido por outras considerações. Fr

e q ü ê n c ia

  Al

t a

Um terceiro tipo de evidência é a alta freqüência com que uma resposta aparece numa extensa amostra de comporta mento verbal. Por Po r exemplo: o número de vez vezes es que um falante fala nte emite Eu, meu, mim, minha é   usado para indicar a força de seu comportamento com relação a si mesmo como variávd controlado contr oladora ra — seu seu “egocentrismo” ou “con “conceit ceito” o”.. Outras respostas têm sido usa usadas das para indicar outr outros os temas. Com tal medida se pode mostrar que os interesses de um escritor mudam udam d dee ano para ano — que ele ele se ttom omaa mais ou menos preocupado com o sexo, a morte ou com qualquer outro assunto. variável A prática prática reconhecee a noção geraldedeuma um umaaalta proba bilidade de resposta relevância fre qüência ao medi-la, mas tais interpretações dependem de certos pressupostos, que nem sempre são justificados. A contagem de palavras é, muitas vezes, uma tentativa de desenvolver uma análise puramente formal da variável depen dente isolada. O comporta comportamento mento verbal verbal é estudado sem se levar em conta conta as circunst circunstâncias âncias em que foi emitido. Mas, apesar de ser útil saber que uma resposta de uma certa forma é freqüentemente emitida, é também importante conhecer as condições predominantes. predominantes. Desde qque ue nnossa ossa unidade de análise não é puramente formal, não podemos ter certeza de que todos os exemplos de uma resposta são exemplos do mesmo operante, nem podemos ter certeza de que a de freqüência ser atribuída à freqüência de ocorrência variáveisnãode possa controle. No caso do egocentrismo, o próprio falante está sempre presente

e a mudança de sua inclinação para falar sobre esse assunto pode ser significativa; mas uma resposta como neve  deve variar, podemcs presumir, de acordo com a esta estação. ção. Um Umaa mudança de freqüência pode não refletir uma mudança de tendência em “ falar sobre a neve quando ela está presente”, mas apena apenass outras circuns circunstâncias tâncias.. Mesmo a freqüê freqüência ncia d dee respostas, tais como Eu, mim, meu e minha , pode variar como uma função do ouvinte a quem se destina o comportamento

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verbal. A menos menos que saibamos que tal ouvinte permanece pre sente ou ausente, uma mudança de freqüência não pode ser usada para se inferir dela uma tendência subjacente em emitir tais formas. Apesar de a alta freqüênci freqüênciaa ser um dado int interess eressante ante e até mesmo satisfatório, ela se afasta de nosso programa de lidar com o falante falant e individual individual num numaa dada dada ocasião. Seus d dado adoss são mais relevantes para estudos de práticas características de uma dada comunidade verbal e, por isso, mais apropriados para as preocupações comuns dos dos lingüistas. Todavia, Todavia, pode-s pode-see usar às vezes tais dados para inferir processos característicos do falante individual. Pr

o b a b il i d a d e   e

  E x e m p l o   Is o l a d o

Apesar de a língua inglesa conter muitas expressões que sugerem que o conceito de probabilidade de uma resposta é um conceito familiar e útil, permanecem certos problemas a serem resolvidos para que ele possa ser empregado na análise do comportamento. Em ccondições ondições de lab labora oratóri tório, o, a pro probabil babili i dade da resposta é facilmente estudada num organismo indivi dua dual como freqüência freqüência de resposta. Em tais condiçõ es, precisas mu mudan dan ças l de freqüência podem ser apontadas comocondições, funções de variáveis específicas, e tais estudos fornecem alguns dos fa tos mais fidedignos disponíveis sobre o comport comportamento. amento. Mas precisamos caminhar do estudo das freqüências para a consi deração da probabi probabilidade lidade de um fato fato isolado. O problema não é ape apena nass próprio do campo campo do comportamento. comportament o. Ele El e é bás básico ico onde quer que os dados de uma ciência sejam probabilísticos, e ist istoo significa aass ciências físi físicas cas em geral. Apesar de os dad dados os sobre os quais tanto o leigo como o cientista fundamentam seus conceitos de probabilidade surgirem sob forma de fre qüência, ambos querem falar acerca da probabilidade de ocor rência de um único aconteciment acont ecimento. o. Nos últimos capítulos deste livro, num consideraremos a maneira pela qual para diversas combinam dado momento, contribuem dar variáveis, força a umaa dad um dadaa resposta. Ao fazer isso, pode parecer qque ue estej estejamos amos indo além de uma interpretação da probabilidade em termos de freqüencia; todavia, nossa evidência para a contribuição de cada variável baseia-se exclusivamente na observação das freqüências.

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VARIÁVEIS INDEPENDENTES E PROCESSOS CORRELATOS A probabilidade de que uma resposta verbal de determi nada forma venha a ocorrer num dado momento constitui o dadoo básico a ser previsto dad previsto e controlado. controlado. Esta Es ta é a variável “depende “d ependente” nte” numa numa análise funcional. As condições e acon tecimentos para os quais nos voltamos com vistas a conseguir previsão pre visão ou ou controle — as ““va variáve riáveis is independentes” — pre cisam agora ser consideradas. Co

n d ic io n a m en t o

 

e

  Ex

t in ç ã o

Qualquer operante, verbal ou de outro tipo, adquire força e continua a ser mantido quando as respostas costumam ser se guida gu idass por um acontecimen acontecimento to chamado chamado “ refo reforço rço”” . O processo de “condicionamento operante” é mais evidente quando o com portamentoo verbal é adquirido inici portament inicialmente. almente. Os p pais ais cons cons-troem um repertório de respostas na criança reforçando muitos casos particulares particulares de uma uma resposta. Obv Obviam iamente ente,, um umaa resposta deve aparecer pelo menos uma vez antes de ser fortalecida pelo reforço. refor ço. Isto Is to não quer dizer, todavia, que todas as formas complexas do comportamento do adulto estejam no repertó rio voca vocall não não-condicionado -condicionado da criança. Os pa pais is precisam es perar pelo surgimento da forma final. Respos Respostas tas muito muito in trincadas podem ser construídas no comportamento de um or ganismo por meio de um processo que pode ser ilustrado pelo seguinte exemplo. Decidimos condicionar um um pombo a cami nhar em sua gaiola segundo um padrão que obedecia ao modelo de um 8. Admitamos que o pombo es este teja ja famint famintoo e que p po o demos apresentar imediatamente a comida como um reforço convenient conve niente. e. Não precisamos esperar até qque ue a figura 8 surja inteira intei ra para para reforça ref orçarr o comport comportamento. amento. Começam Começamos os reforçando qualquer secção isolada do comportamento que seja parte do modelo final. No caso de o pombo permanecer relat relativamente ivamente imóvel, podemos ter que começar reforçando o mais leve mo vimento. viment o. A ave ave torna-se torna-se ativa em pouco tempo, apesar de tal atividade não obedecer a qualquer padrão determinado. Em seguida, suspendemos o condicionamento até que a ave comece a se mover numa direção como, por exemplo, o sen tido do movimento dos pontei ponteiros ros do relógi relógio. o. O menor m movi ovi mento nessa nessa direção é imediatamente imediatamente reforçado. Pos Posteri terior or mente, o reforço é suspenso até que um movimento extenso

46

 

seja executado. Movimentos circulares completos surgirão em

breve. brev e.

Isto Is to constitui metad metadee do resultado desejado desejado..

O ope

rante é então parcialmente extinto, enquanto os reforços são suspensos até que a ave se mova em direção contrária ao mo vimento dos dos pontei ponteiros ros do relógio. Pode ser necessário ref refor or çar ocasionalmente um movimento feito segundo a direção dos ponteiros do relógio. Event Eventualment ualmentee a av avee fará voltas com pletass na pleta nass du duas as dire direções ções.. As duas duas partes do padrão escol escolhido hido estão agora disponíveis, mas não ainda na ordem desejada. Podemos agora esperar por um padrão correspondente ao nu mero 8 antes de proporcionar proporcionar novo refor reforço. ço. Em co condições ndições favoráveis, o desempenho final relativamente complexo pode ser adquirido num curto espaço de tempo. Ao ensinar uma criança a falar, as especificações formais sobre as quais o reforço é contingente são, no começo, muito suaves. suav es. Qualquer Qualquer resposta resposta que se aproxi aproxime me vagamente do com com-portamento-padrão portament o-padrão da comunidade é refo reforçada. rçada. Quand Quandoo tais respostas começam a surgir com maior freqüência, passa-se a exigirr maior precisão. Desta ma exigi maneira, neira, podem podem-se -se obt obter er formas verbais muito complexas. (Vere (Ve remos mos,, no capítul capítuloo 4, qu quee há outras maneiras de se provocar um resposta complexa para que se possa possa reforçá-la. Es Este te métod métodoo de aproximações pro gressivas usualmente é relevante apenas nos estágios iniciais de construção de um repertório verbal.) Se as contingências do reforço são, por qualquer razão, abrandadas ou relaxadas, as propriedades da resposta verbal sofrem uma uma mud mudança ança em outra direção. direção. A degener degeneração ação da dass formas de comando mil milititar ar é um exemplo. exemplo. Conside Consideremos remos um sargento com um novo esquadrão que deve ser condicionado a obedecer-lhe obedecer -lhe às ordens. O sargento começa com uma uma respost respostaa verbal empregada pela comunidade verbal mais ampla, por exem  Marche! he!  De início, esta resposta precisa ser plo, a resposta  Marc claramente enunciada, mas em breve o esquadrão executa a resposta apropriada independentemente de muitas especifica ções do comando, em parte porque outros aspectos da situaÇao começam a con contro trolar lar o comportamento. A form formaa da res posta então se degenera de maneira característica e eventual mente pode atingir o estágio de uma simples expulsão forçada de ar com alguma vocalização, mas com pouca ou nenhuma torma^ torm a^ Apenas porq porque ue o comport comportament amentoo apropriado do es quadrão sobrevive à deterioração do comportamento do sar gento é que a forma final é eficaz. O esquadrão, enquanto grupoo de ouvintes, grup ouvintes, foi progressivamente recondicionado. Um

47 

 

novo esquadrão, todavia, pode trazer de volta uma forma de comportamento mais específica por parte do sargento. As conseqüências do reforço continuam a ser importantes depois dep ois que o comportame comportamento nto verbal foi adquirido. Sua prin cipal função é manter a força da da resposta. A freqüê freqüência ncia com que um falante emitirá uma resposta depende, o resto sendo igual, da alta freqüência do reforço numa dada comunidade verbal. Se o reforç reforçoo cessa, em virtude de algu alguma ma mu mudan dança ça de circunstância, o operante enfraquece e pode mesmo desa parecer pela “extinção”.

Reforço operante, portanto, é um simples meio de con trolar a probabilidade de ocorrência de determinada classe de respostas verbais. Se desejamos desejamos tornar tornar a respost respostaa de de um dado dado tipo providenciamos reforço efetivo de muitosaltamente exemplosprovável, d dee tal tipo. Se desejamoso eliminá-la d doo reper tório verbal, providenciamos para que não haja mais reforço. Qualquer informação sobre a freqüência relativa de reforço ca racterística de uma comunidade verbal dada é obviamente va liosa para a previsão de tal comportamento. Co

n t r o l e  do 

Est

ím u l o

Uma criança adquire comportamento verbal quando voca lizações relativamente não-padronizadas, reforçadas seletiva mente, assumem gradualmente formas que produzem conse qüências apropriadas numa numa dad dadaa comunidade verb verbal. al. Na fo for r mulação processo, de amencionar estí mulos quedesse ocorram antes nós do necessitamos comportamento ser reforçado. É difícil, se não impossível, descobrir estímulos que evoquem respostas vocais vocais especí específicas ficas na criança muito jovem. Não há estímulo capaz de fazer uma criança dizer b  ou a  ou e  da mesma forma que podemos levá-la à salivação pingando limão em sua boca ou fazer suas pupilas se contraírem por meio de um raio de luz. A matéri matériaa br brut utaa a par partitirr da qual o compo comport rta a mento men to verbal é construído construído não é “eli “elidida dida”” . Para refor reforçar çar um umaa dada resposta é preciso apenas esperar que ela ocorra. Todavia estímulos anteriores são importantes no controle do comportamento verbal. São importantes important es porque const constituem ituem uma expressa expres contingência sa desta forma: de reforço na presença de três de termos u um m dado a qual estí estímul mulo, pode o, uma um sera dada resposta é caracteristicamente seguida por um dado re forço. Ta Tall contingência contingência constiui u um ma prop propriedade riedade do me meio. io.

48

 

Quando ela prevalece, o organismo não só adquire a resposta

que obtém o reforço, mas também torna-se mais propenso a emitir emit ir essa resposta na presença do doss estímulos ant anterior eriores. es. O pro cesso mediante o qual isto se constitui, chamado “discriminação de estímulo”, tem sido extensivamente estudado no compor tamento não-verbal. Num Numerosos erosos exemplos serão descritos em capítulos posteriores. Mo t

iv a ç ã o

 

e

  Emoção

Ainda que o reforço proporcione o controle de uma res posta, não usamos o reforço enquanto tal quando posterior mente exercemos controle. Reforçando com açúca açúcar, r, fort fortale ale cemos a resposta  Açúcar ! , mas mas a resp resposta osta só será emitida emitida quando a criança est estiver iver famint famintaa de açúc açúcar. ar. Assim sendo, controlamos a resposta, não por meio de reforços adicionais, mas privando ou saciando a criança com açúca açúcar. r. Respos Respostas tas não-verbais são controladas da mesm mesmaa mane maneira. ira. Que Querr uma porta seja aberta por meio de “Torça a maçaneta e empurre” ou por

meio de Fora!,  nós tornamos a resposta mais ou menos pro vável alterando a privação associada com o reforço de passar pela porta. Se a resposta foi reforçada de de várias m maneiras aneiras di ferentes, podemos controlá-la mudando não a privação, mas o reforço reforço iminente iminente.. Nós aumentam aumentamos os a probabil probabilidade idade de um homem vir a atravessar uma sala colocando um objeto comumente reforçador na outra extremidade. Removendo tal obje to, ou melhor, colocando-o próximo do homem, reduzimos a probabilidade de que ele venha a atravessar a sala. Quando operante que é adquirido, ele torna-se de um grupo um de respostas varia juntamente com a membro privação relevant rel evante. e. Um homem obtém obtém um copo de de ág água ua d dee muitas ma neiras: pegando um copo de água, abrindo um torneira, ver tendo água água de uma uma jar jarra, ra, etc etc.. O operante verbal  Água!  torna-se d^sse d^ sse grupo quando é reforça reforçado do com água água.. As pro babilidades de todos os operantes assim reforçados variam juntas. Respostas de todas as classes aumentam sua probabilidade de ocorrência^ quando privamos o homem de água ou o levamos a perder água — por exemplo, induzindo-o a exercícios violen tos alimentando-o alimentando-o COm sal, qu quee deve ser eli eliminad minado, o, ou aum aumen en tando a temperatura do ambiente, provocando-lhe a transpira ção. Por outro lado, tornam tornamos os tais tais respostas menos prováveis de dadeocorrer de água. pelo fato de levar o homem a beber grande quanti

 

Tais operações são designadas pelo leigo como criadoras ou mitigadoras de “ um estado de de sede” sede”.. Ta Tall concepção é apenas tão válida ou útil na previsão e controle quanto a observação sobre a qual repousa. Os aconteciment acontecimentos os impor tantes constituem as operações que modificaram o estado de sede. sed e. Ao prever e controlar cont rolar a resposta verbal  Água!  nós não mudamos diretamente a sede; nós iniciamos certas operações que a modificar modificaram. am. É mais mais simples simples omi omititirr qualquer referê referência ncia a um “impulso” e dizer que a probabilidade de uma resposta  Água!  Águ a!  pode ser modificada por meio dessas operações. Suponhamos, todavia, que nosso falante, além de beber água, águ a, a tenha usado para apa apagar gar incêndios. At Atéé termos ver verififii cado esse ponto, não podemos ter certeza de que uma resposta adquirida quando ele foi reforçado com água por estar se dento será emitida quando o cesto de papéis se incendiar. Se há alguma conexão funcional, ela deve ser buscada em certos fatos comuns ao beber água e ao apagar um incêndio. Se a resposta reforçada  Água! porcionada pela água  foiantes do quepela pelaestimulação água na visual boca, epro se tal estimulação desempenha um papel no controle do compor tamento de apagar um incêndio, então a resposta adquirida apenas sob privação de água pode ocorrer no caso de um de  Água! a!  sastre. O grupo grupo de operações que afetam a força de  Águ sugere, na linguagem comum alguma “necessidade geral de  água”  mais mais do do que sede. sede. Mas teremos que examinar todos os comportamentos nos quais a água desempenha um papel paraa definirmos essa necessidade. Podemos dizer que aum par aumen en

tamos a força de qualquer resposta que tenha sido reforçada com água, inclusive a resposta verbal  Água!,  fortalecendo qual quer comportamento que “requeira água para sua execução”. (Emcomo termos mais comportamento técnicos, este sob comportamento to qualquer o controle daseria águadescri como um estímulo discriminativo.) Co

n t r o l e 

Aver

s iv o

Há outros tipos de conseqüências que alteram a força de umaa resposta verba um verbal.l. O comportamento comportamento pode ser reforçado pela redução do estí estímulo mulo aversivo, Quando um estímulo estímulo av aver er  fuga..  Quando sivo é reduzido, chamamos o comportamento de  fuga algumas condições que caracteristicamente precedem um estí mulo aversivo são reduzidas, nós as chamamos de evitação.  Assim, se a resposta verbal Pare!  é reforçada quando acarreta

50

 

a suspensão de uma injúria física, a resposta é um exemplo de fuga. Mas Não toque em mim!  pode ser reforçado quando acarret acar retaa a suspensão de um umaa ameaça de tal inj injúri úriaa — de fatos que foram previamente seguidos de tal injúria e que daí por diante condicionaram estímulos aversivos — e o compor tamento é entã entãoo chama chamado do de evitação. Quando o fal falante ante teve uma reforço, controlamos seu comportamento verbalhistória criandode astalcircunstâncias circ unstâncias apropriadas. Levamo-lo a dizer Pare!  espancando-o, ou a dizer Não toque em mim!  mim!  ameaçando-o com um espancamento. Uma descrição completa do comportamento verbal do fa lante individual leva-nos a observar outras variáveis no cam po da motivação e da emoção, mas os processos aqui são raros, se é que isso ocorre alguma vez, e relacionam-se apenas com o comportamento comportamen to verbal verbal.. Algu Alguns ns pontos relev relevantes antes serão dis cutidos no capítulo 8.

O OUVINTE E O EPISÓDIO VERBAL TOTAL Nossa definição de comportamento verbal aplica-se ape nas ao falante, mas o ouvinte não pode ser omitido de nossa descrição. descriçã o. O con conceito ceito tradicional de comportamento verbal, discutido no Capítulo 1, admitia geralmente que certos pro cessos lingüísticos básicos eram comuns ao falante e ao ouvinte. Processos comuns são sugeridos quando se admite que a lin guagem acorda na mente do ouvinte “idéias presentes na mente do falante**, ou quando a comunicação é tida como bem suce dida só quando uma expressão tem o “mesmo sentido para o falante e par paraa o ouvinte ouvinte”” . Teorias do sign significado ificado comum comumente ente sao aplicadas tantofosse ao falante comopara ao ambos. ouvinte, como se o pro cesso significativo o mesmo Muito do comportamento do ouvinte não tem qualquer

semelhança com o comportamento do falante, e não é verbal, de acordo acordo com no nossa ssa de defi fini niçã ção. o.77 Mas o ouvinte (be (bem m como o leitor) está reagindo a estímulos verbais — os produtos fi nais na is d doo comp comportamento ortamento aqui analisa analisado do — e, naturalment naturalmente, e, ouviJt

^ rcm rcmos> os> ma mais is adiante adiante que, que, em muitos uitos caso casoss imp import ortante antes, s, o * está ao mesmo tempo se comportando como falante.

51

 

estamos interessados no destino de tais estímulos. Por u um m lado, eles evocam respostas das glândulas e dos músculos lisos, pela mediação do sistema nervoso autônomo, especialmente as reações reaç ões emocionais. Estes exemplificam os clássicos reflexos condiciona con dicionados. dos. Por outro lado, lado, os estímulos verbais controlam grande parte do complexo comportamento do esqueleto com o qual o indivíduo opera sobre seu meio. Os processos relevan tes nestas duas amplas áreas serão considerados a seguir, na medid me dida a ere do em necessário. necessári Em qualquer oímulos. est estímulo ímuloO verbal não difere dif nada nada o.de outras espécies caso, de de est estímulos. com portamento de um homem como ouvinte não deve ser distin guido de outras formas de seu comportamento. Nosso interesse pelo ouvinte não é, porém, apenas um interesse em saber o que acontece aos estímulos verbais criados pelo falante. falante. Numa Numa descriç descrição ão completa de um episódio de fala, precisamos mostrar que o comportamento do ouvinte pro porciona de fato as condições que tínhamos suposto na expli cação do comportamento comportamento d doo falante. falant e. Nós precisamos de des crições separadas, mas que se interliguem, tanto do comporta mento do ouvinte como do falante, se nossa explicação do comportamento comp ortamento verbal tiver que ser completa. Na explicação do comportamento dotamento falante, ouvinte que reforçará seu compor seu comportament o depressupomos determinadasummaneiras. Na descrição do comportamento do ouvinte, pressupomos um fa lante cujo comportamento tem certa relação com as condições ambientais. As trocas en entre tre eles devem devem expl explicar icar todas as con dições assim pressupostas. A descrição de de todo o episódio estará então completa.

 

II

Parte

VARIÁVEIS DE CONTROLE

 

Capítulo 3

0 M ANDO

Numa comunidade verbal dada, certas respostas são carac teristicamente seguidas por certas conseqüências. Espere!  é seguido por alguém que espera e Psiu!  é seguido de silêncio. Grande parte do comportamento verbal de crianças pequenas é deste tipo. Doce! é   caracteristicamente seguido pelo recebi mento de um doce e Fora!  pela pela abertura de uma porta. Tais efeitos não são inevitáveis, mas nós normalmente podemos achar para cada resposta uma conseqüência que é mais comum que qualquer qualquer outra. Exi Existem stem paralelos paralelos não-verba não-verbais. is. Foral,  como vimos, tem como efeito último girar a maçaneta e em purrar a porta. As du duas as formas de compo comportamen rtamento to tornam-se partes do repertório do organismo por meio de condiciona mento operante. Quando Quando um umaa resposta é carac caracteristi teristicamente camente reforçada de uma forma^ sua probabilidade de surgimento no comportamento do falante é uma função da privação associada. a esse reforço refo rço.. A respos resposta ta Doce  ocorrerá mais provavelmente apôs um período de privação de açúcar e menos provavelmente apóss a saciação. A resposta Quieto! é   reforçada por meio da apó redução de uma condição aversiva, e podemos aumentar a pro babilidade de sua ocorrência criando tal condição — isto é, . fazendo algum barulho. Será conveniente dar um nome para o tipo de operante verbal no qual a resposta de uma forma dada é caracteristi camente seguida por uma conseqüência dada numa comunidade verbal. A relação básica tem sido reconhecida na nass análises gra maticais e sintáticas (expressões como “modo imperativo” e ordens e súplicas” sugerem a si mesmas), mas nenhum termo tradicional tradici onal pode pode ser u usado sado aqui ccom om segurança. O ter termo mo mando  tem certo valor mnemónico derivado de comando, desmando,

 

etc ., e possui etc., possui tam também bém a conven conveniência iência d dee ser breve. Defi Definireniremos, .pois, o mando   como operante no qual e a estX res, posta é reforçada reforçad a jgof lilim m a um conseqüê conseqüência ncia verbal caract característica erística estX, portanto. ~sõb q controle co ntrole funcional de condi co ndiçõe ções.s.-ffl fflev evant antes es.. de privação priva ção ou estímulo avçrs avçrsivo. ivo. O uso adje ad jetiv tivo_£ o_£.. verbal do termo são auto-expliçativos. Particu Particularmente, larmente, e em contrast contrastee £Qm  outros tipo tiposs de operantes verbais a se serem rem , dis discut cutidos idos-pos -pos teriormente, a resposta não tem uma relação específica com um estímulo anterior. Um mando  caracteriza-se pela relação especial e única en tre a forma da resposta e o reforço caracteristicamente recebido

, numa numa dada dada comunidade ver verbal bal.. Convém também refe referi rirmo-nos rmo-nos a essa relação dizendo que um mando  “especifica” o seu reforço. Ouça!, Olhe!, Corra!, Pare!  e Diga sim!  especificam o compor tamentoo de um ouvinte tament ouvinte;; mas quand quandoo um comensal famint famintoo sopa pa!!  ele está especificando o reforço final. exige Pão!  ou  Mais so Freqüentemente, tanto o comportamento do ouvinte quanto o reforço refor ço final sã sãoo especificados. O m mand andoo Passe o sal!  especifica uma ação (passe)  e um”reforço final (o sal). Um. mando é   um tipo de operante verbal singularizado por suas suas variáveis controladoras. control adoras. Não é um umaa unida unidade de f ormal de análise. análise. Nenhuma respos resposta ta pode ser d dada ada a um mando  a partir par tir apen apenas as de sua forma. Como Como regra geral, pa para ra ide identi ntifi fi carmos qualquer tipo de operante verbal, precisamos conhecer o tipo de de variáveis cuja resposta co consti nstitui tui um umaa função. Nu Numa ma dada comunidade verbal, todavia, certas propriedades formais podem estar que tão esta intimamente comsertipos específicos de variáveis estas s podem, associadas seguramente, inferidas. No caso presente, podemos dizer que algumas respostas, apenas por causa de suas propriedades formais, sejam provavelmente, mandos. O padrão de resposta que caracteristicamente obtém o re forço depende, claro, da “linguagem" — isto é, das práticas de reforço reforço da comu comunidade nidade verbal ((V V er Ap Apênd êndic ice) e).. Mas temo temoss que explicar não apenas as relações entre padrões de resposta e reforços, mas também a manutenção do comportamento do ouvinte.  Quando considerarmos outros tipos de operantes ver bais, verificaremos que o comportamento funciona principal mente em benefício do ouvinte e, nesse caso, não é difícil explicar-l expli car-lhe he o comportamento. comportamento. _Q mando,  porém, funciona principalmente para benefício do falante: por que deveria o ouvinte realizar a mediação necessária do reforço?

56

 

O que precisa ser explicado, em outras palavras, é o episódio vocal em sua sua totalidade. Is Isto to pode pode ser feit fe itoo arrolando os acontecimentos relevantes do comportamento, tanto do ou vinte como do falante falante,, em sua sua ordem temporal própria. A pri vação ou a estimulação aversiva, responsáveis pela força de cada um, precisam ser especificadas, e as contingências de re forço devem explicar a origem e a manutenção continua do comportamento. Vári Vários os intercâmbios intercâmbios entre entre os dois organ organismos ismos ocorrem freqüentemente. A figura 1 representa um episódio em que uma pessoa pedee p io a outra pessoa. O problema da motivação é ex ped expli pli cado presumindo-se um falante esfomeado e um ouvinte ja disposto a reforçá-lo reforçá-lo com pão. pão. A primeira troca física ocorr ocorree quando a mera presença do ouvinte proporciona a ocasião (SD (S D) 1 para o mando  do falante: Pão, por favor!  O falante normalmente não emite a resposta quando não há alguém pre sente; mas, quando um ouvinte aparece, aumenta a probabi lidadee da respo lidad resposta sta (Ca (Capít pítulo ulo 77)) . A estimulação vvisua isual,l, e de outros tipos, proporcionada pelo ouvinte é indicada pela pri

meira f no diagrama. diagrama. A resposta do fal falante ante {Pão, por favor)   produz pro duz um. estímulo estímulo verbal" ver bal"para para o ouvinte. Aqu Aqui,i, a troca (o primeiro J4 J 4 ) está na forma forma de estimulação auditiva, que pro porciona a ocasião (SDV) para a resposta não-verbal de passar Q^pio^ Apesar de termos presumido um ouvinte predisposto a dar pao ao falante, o comportamento não aparece de forma in discriminada. O mando  do falante (Pão, por favor)   estabelece umaa ocasião na qual o ouvinte pod um pode, e, com êx êxitito, o, dar pão pão.. A troca do pão pão é indicada indicada pela segun segunda da O efei ef eito to sobre o fa lante é o de reforçar o   pela apresentação do pão, e isto completa com pleta a dwc dwcnçãõ nçãõTio Tio mando qu quee respeita respeita ao falante. Todavia, co consnsÀrácyacterfstiça de muitas culturas o fato de o reforço Bèmsucedido do mando  ser seguido por outra resposta verbal que visada.assegurar comportamento semelhante do ouvinte no fuNo diagrama, isto é indicado pela resposta verbal Obri  Esta resposta está sob o controle da estimulação pro porcionada pelas partes precedentes do episódio indicadas no diagram diagr amaa como o segundo SD. A estimul estimulaçã açãoo auditi auditiva va ( o se gund gu ndoo U ) proporciona um estímulo reforçador r eforçador p para ara ò ouvin ouvin te, estimulo que explica em parte o comportamento de passar v i

“ estímulo, R = resp resposta. osta.

O sobrescrito indica termos termos

— ettimulo 1' 1'   *i eliciador. * tecnicamente tecnic amente um estímulo discriminativo, isto é, não um

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o pão. pão. Este Es te estímulo verbal tam também bém po pode de cont contribu ribuir ir par paraa o surgimento de uma resposta verbal por parte do ouvinte (Não  há de quê!)   a qual, quando ouvida pelo falante, reforça a resposta Obrigado.  Estas Estas du duas as últimas trocas não consti constituem tuem parte integral do episódio vocal que contém um mando;  elas suplementam nossas suposições com relação à motivação dos dois indivíduos. indivíduos. ( O ef efeit eitoo de uma uma respost respostaa verba verball que serve como reforço será discutido mais adiante, no Capítulo 6.) (FALANTE) Pâ o , por favor

(Auditório) s°

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II

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— ► S ... . i . + S D .

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Pio,, por íav Pio íavor

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t II 1 u R -------- ► S ' *i * i" V+ S ° passar o páo

Obriga igado

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tt Ir RV ---De nada

(Ó U V I N T E ) Figura  1 T ipo s  

d e

Ma n d o

O mando  representado na figura 1, na qual o ouvinte é independentemente motivado a reforçar o falante, chama-se co-

 pêSt StJo. Jo.   As respostas respostas servem apenas apenas para indic indicar ar que mumente  pê o falante aceitará aceitará o que que o ouvinte já está disposto a dar. Trata-se, em outras palavras, de uma ocasião para uma dádiva bem suced suc edida ida.. Freqüenteme Freqüentemente, nte, porém, porém, a resposta do falant falante, e, aalém lém de especificar um reforço, pode precisar estabelecer uma-.si tuação aversiva, da qual o ouvinte só pode escapar proporeis nandoo a apropriada mediação. Quando o compor nand comportame tamento nto do ouvinte é assim reforçado pela redução da ameaça, a resposta do falante é chamada de ordem. Mãos ao alto!   não apenas especifica uma forma de ação, mas constitui uma ameaça da qual a vítima vítima só pode escapar erguendo mãos. mãos. A ameaç ameaçaa pode ser expressa por uma entonação característica ou pode tornarbolsa sa ou a vida ! , onde -se explícita, como em  A bol onde as d dua uass pri meiras palavras especificam o reforço e as duas últimas as con seqüências seqüênci as aversivas com as quais o ouvi ouvinte nte é ameaçado. As

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ordens militares são obedecidas por causa de uma espécie de ameaça constante. Um paradigma mostrando a interação do ouvinte e do falantee numa falant numa ordem é mostrado na Figura 2. Aqui também o primeiro primeiro intercâmbi intercâmbioo é do ouvinte com o fal falante. ante. A presen ça do ouvinte constitui a ocasião para o comportamento verbal (SD), será e também nesse caso estímulo cuja fuga proporcionada pelaum resposta do aversivo fal falante ante.. (Sav) Digamos que o ouvint ouvintee es este teja ja no caminho do falant falante. e. A resposta Saia  da frente!  especifica uma ação por parte do ouvinte e sua en tonação constitu const ituii uma am ameaça. eaça. Ouvida pelo ouvi ouvinte nte (em essa resposta evoca a resposta apropriada saindo de lado, o que, abrindo caminho para o falante, reforça-lhe o mando. O reforço é também ocasião para uma mudança em seu com portamento, possivelmente muito evidente, em virtude da qual a ameaça ameaça é afastada. afastada. Ess Essaa m mudança udança ref reforç orçaa o ouvi ouvinte nte a sair do caminh cam inhoo (em | ). (FALANTE) S D+ S , t

t1

caminho abert abertoo 

Sala da Frente +- ameaça

(Auditório)

•'

Rv+ R*’v R*’v

---------y . 

S r*',n( ------ S " )

II 11

t 1

S DV+ S " V

.

Sala da frente (ameaçador)

R sair da frente

ameaça retirada

■ (-R " )

I 1 > Sr,in(= Sr,in(=

S*v S*vV V)

ameaça retirada

(OUVINTE) Fig u r a   2

Ha outras formas mediante as quais o falante pode alte rar a probabilidade de o ouvinte vir a responder de forma

apropriada. Um mando  que proporcione reforço gerando uma  pedid didoo  ou su su  disposição emocional é comumente chamado de  pe  pltca.  plt ca.  Uma questão  é um mando  que especifica a ação verbal, e o comportamento do ouvinte permite-nos classificá-la como uma solicitação, uma ordem ou um pedido, conforme o caso. *ki-i-^U *k ^Ura ra ad admit mitimo imoss não só que o ouvi ouvinte nte propo proporci rciona ona um publico para o falante como também cria uma situação na

 

(FALANTE) (Auditório)

ç£>

Qual é seu nome?

.

Obrigado

-------------^ S r*in + S DV

dV

S

Lester

"t" ?



Qual é  seu nome?

Rv Lester



---------------

RV*

*

S rem Obrigado

(OUVINTE) F ig u r a   3

qual o falante será reforçado ao lhe dizerem o nome do ou vinte. O mando  do falante Qual é seu nome?  torna-se (no primeiro 4^) um estimulo verbal para o ouvinte, que respon de, quer por causa de uma tendência permanente de responder ao falante, quer por causa de uma ameaça implicita na res posta deste, ou ainda porque o falante o predispôs emocional mente a responder responder.. Sua resposta em f f completa o pa parad radigm igmaa para o falante, mas serve também como ocasião para a res posta Obrigado,  a qual completa o paradigma para o ouvinte, se necessário. Se o falante falant e cont controlou rolou o ouvinte principalment principalmentee por meio de estimulação aversiva, Obrigado  pode ser substi tuído por um visível relaxamento da ameaça. (Uma análise desse tipo parece violentar as dimensões tem porais pora is do comportamento. Todos os acontecimentos represen represen tados num desses paradigmas podem ocorrer em dois ou três  pode dem m   ocorrer num segun seg undo dos. s. Os acontecimentos descritos  po breve período e nós podemos demonstrar a realidade de tal cadeia interrompendo-a em qualquer ponto. A função do paradigma entrelaçado é a de controlar a perfeição de nossa descrição comport comportamento amento verbal. O comport comportamento amento do falante e do do cuvinte teriam sido descritos convenientemente? Identificamos estados apropriados de privação ou de estimu lação aversiva em todos os casos? Conseguim Conseguimos os representar corretamente o intercâmbio físico entre os dois organismos? Nessa descrição do episódio vocal é preciso notar que não se recorre a algo além dos comportamentos separados do ouvinte e do falante falante.. Ao admitir admitir aass condições fornecidas por um ouvin-

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tc analisamos o comportamento do falante e vice-ver vice-versa. sa.

Co locando os dois casos juntos, construímos o episódio total e mostramos como ele surge naturalmente e se completa.) Vários outros casos de mandos  podem ser distinguidos em termos do comportame comportamento nto do ouvinte. Ao medear o re forço do falante, o ouvinte desfrutará ocasionalmente de con seqüências das quais, aliás, o falante não participa mas que são, não obst obstante, ante, reforçadoras. reforçadoras. Qua Quando ndo estas se constit constituem uem de reforço pòsltivo, chamamos o mando  de conselho (Vá para o  Oeste).  Quando, realizando o comportamento especificado especificado pelo falante, o ouvinte escapa de uma estimulação aversiva, nos cha mamos o mando  de aviso (Cuidado!) . Quando o ouvin ouvinte te ja está inclinado a agir de certa forma, mas é refreado, por exem plo, por uma ameaça, o mando  que cancela a ameaça é chamado  permissão são (Vá (V á em frente fre nte!! Pross Pr ossiga iga!). !).  Quando o reforço de  permis gtatuito do comportamento do ouvinte é ampliado pelo falante, o mando é   chamado de oferecimento  (Pegue um grátis).  Quan do o falante, caracteristicamente, emite outro comportamento que pode servir de reforço ao ouvinte, o mando  é uma chamada — ou um pedido pedido de atenção, ou um “voca vocativ tivo” o”.. A classificação do comportamento do falante em termos das características do comportamento mediador do ouvinte pode dens, ser diferenciada avisos, conselhos, da tradicional permissões, prática ofertas de edefinir chamadas pedidos, em ter or moss da intenção mo intenção do falant falante. e. Em geral, as as int intenções enções podem ser reduzid reduzidas as a cont contingências ingências de refor reforço. ço. No caso pres presente, ente, as diferenças nítidas residem no comportamento do ouvinte e nas nas condições que o contr controlam. olam. Mas isso resulta em dif diferen eren tes contingências de reforço para o falante, as quais produzem diferentes propriedades dinâmicas, diferentes relações entre as respostas, diferentes entoações, etc. Desde que o comportamento verbal, sob a forma de mando,  opera principalmente em benefício do falante, mandos repeti dos podem podem provocar no no ouvi ouvinte nte um uma revolta. revolta. É comum sua  Água! a!  vizar ou esconder-se o caráter do mando.  A resposta  Águ não tende tão bem sucedida quanto sede!,a  cuja forma aé ser caracteristicamente do tipo de Estou operantecomverbal ser descrito no Capítulo 5, ou Pode darme um pouco d'água?,  que parece especificar apenas o menos oneroso dos atos, que é dizer Sim!  ( O pretex pre texto to fica claro se ou ouvinte d diz iz simp simples les mente Sim!) Você se importaria de me dar um copo d’água?  também especifica apenas uma resposta verbal (Não, de forma

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nenhuma), mas o mando  implícito pode ser eficaz por causa da sugestão de deferênci deferênciaa à incli inclinação nação do ouvin ouvinte. te. De Defe ferê rên n cia explícita aparece em fórmulas como Se você não se importa 

ou simplesmente Por favor.  Quando acent acentuadas, uadas, elas podem converter um mero pedido numa suplica mais forte. Pode-se também ampliar a inclinação do ouvinte em res ponder pela adulação, demonstrando gratidão ou propondo uma barganha, como em Dême um copo d}água, meu bom homem.  O Pai-Nosso, mistura de mandos  e de louvores, segue esse padrão. pad rão. O louvor pode-se pode-se to toma marr condicional condici onal na depend dependência ência da execução do reforço, como em Seja bonzinho e me dê um  copo d}àgua,  que pode ser traduzido assim: Só se você me  gratidão dão der um copo d}água eu o chamarei de bom rapaz. A grati pode ser suspensa até que o ouvinte responda, como em Eu  lhe agradeço por me dar de beber.  Às vezes, rec recorre orre-se -se a um umaa barganha aberta, como em Dême um copo d’água e eu lhe   contarei tudo a respeito.  A abundância abundância de tais técnicas su suple ple mentares apenas destaca a precariedade do reforço do mando. Qualquer resposta usada conjuntamente com diferentes mandos  especificando diferentes reforços, ficam sob o controle de diferentes privações e adquirem certas propriedades gerais. Por favor   é o exemplo mais mais conhecido. Ela Ela é reforçada por qualquer estado de privação e é frequentemente emitida sem qualquer especificação do comportamento reforçador.  Mandos  de menor generalidade   etc., nas incluem quais a conseqüência as formas enfáticas. comum é Assim! a res   Agor  Agora! a! Aqui! posta do ouvinte de de pres prestar tar atenção. Desde qque ue o compor tamento subseqüente do ouvinte pode ser relevante para muitos estados de privação, essas respostas colocam-se sob um con trole muito amplo.  Mandos  generalizados reforçados pela aten ção do ouvinte são freqüentemente usados em conjunção com outros tipos de comportamento verbal, que veremos poste riormente. A relação do mando é   mais clara quando está no controle exclusivo de uma resposta, mas ela é também eficiente em combinação com outros tipos de variáveis. Um hom homem em fa minto pode mostrar uma alta freqüência de respostas as quais, se fossem seriam consideradas comoqueespecificando mandos, mida, mesmo que   surgissem em condições claramente co su gerissem outros tipos de operantes verbais a serem descritos abaixo. Tal “causação “ causação múl múltip tipla” la” de um umaa única respost respostaa é tra tada no Capítulo 9.

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Pr

o pr ie d a d e s  

D in â

m ic a s   d o  

Ma n d o

O nível de energia do mando  pode variar do muito alto ao muito baixo, e a rapidez com que ele é emitido, quando surge a ocasião, também pode variar de muito rápida a muito lenta. Se o padrão é de duração considerável, ele pode ser executado de forma lent lentaa ou rápida. rápida. Se o refor reforço ço não e imediatamente acessível, a resposta pode ser emitida uma só vez, ou pode ser repetida. Essas propriedades variam em conseqüência de mu muitas itas condições da hist história ória p passa assada da e presente do do falante. falante. Par Partic ticular ular mente relevantes são o nível de privação, a intensidade da esti mulação aversiva e a extensão pela qual um dado ouvinte, ou

alguém como ele, reforçou respostas semelhantes no passado (ou (o u se recusou recusou a fazê fazê-lo) -lo).. Tais condiçõe condiçõess têm um efei efeito to re lativamente maior sobre o mando  do que sobre outros tipos de comportamento verbal, a serem discutidos em capítulos posteriores. poster iores. A larga ga gam ma de propriedad propriedades es dinâm dinâmicas icas daí re sultante torna o mando  um tipo expressivo de operante. A probabilidade e intensidade do comportamento do ou vintee também pode vint pode variar amplam amplamente. ente. Se q ouvint ouvintee já nã nãoo está predisposto a agir, a probabilidade de ele ser o mediador do reforço pode depender da eficiência da estimulação aversiva proporcionada proporciona da pelo falante. falante. Algu Alguns ns ouvintes est estão ão acostuma doss a receber do receber ordens — eles já j á sentiram sentiram as conseqüências av averersivas não-condicionadas do não-cumprimento não-cumprimento d das as mesmas — e respondem de forma apropriada a mandos  simp simples. les. Out Outros ros são mais predi predispost spostos os a reagir reagir a formas m mais ais suaves. A en ento to nará nação,conseqüências conseqü a altura ências ou av aversivas outra ersivasindicação têm um de efeit efe ito que o apropriado. o falante proporcio É menos menos provável que um pedido hesitante ou fraco seja reforçado. ^ ? a respo resposta sta alta oou u am ameaç eaçad adora ora é m mais ais provavelme provavelmente nte refor refor çada, dependendo apenas da força relativa do ouvinte e do fa lante. Deve-se notar notar qu quee os mandos  são característicos de mui tas instruções hipnóticas e a medida do auxílio ou da coopera ção que o sujeito fornece ao hipnotizador dependerá dos tipos de variáveis variáveis aaqui qui consideradas. As variáveis que aí inte interfe rferem rem dependem da autoridade ou do prestígio do falante. O resultado claro de uma longa história de respostas a mandos  constitui uma tendência geral, não facilmente traçável, a e qualquer forma de privação ou d dee esti estimulação mulação aversiva. , v er ou ouvinte vinte se 5vê) . obrigado e pode podeo não nã o ter consciência nsciência diss disso. o. \ Capítulo Capítulo Um experimento experiment planejado plane jadoco por F. S. Keller para uma uma situação d dee sala de aula aula ilus ilustra tra este es te ponto. O iinstrunstru-

4

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tor diz: diz: ‘‘Antes de recapitular   [ “sum “summi ming ng up” ] estas influ influ ências, há uma adicional  [additional] que deve ser mencionada. Posso ilustrar melhor isto isto com um exem exemplo plo.” .” Nesse pont pontoo ele se volta para o quadro negro e escreve 5  4 

FAÇA-O NO PAPEL O instr instrutor utor então continua: “O que vo vocês cês fizeram foi o re sultado da ‘posição' ou ‘atitude' de vocês no momento em que esta simples esti estimulação mulação lhes foi apresentada. Exemp Exemplos los como este são múltiplos  e vocês podem achá-los em quantidade em suaa própria experiênc su experiência. ia. Fre Freqüe qüentem ntement ente, e, não se tem conciência dos tempos  quando eles ocorrem na vida diária, mas nossa generalização é o  pro da experimentação  produt dutoo  ada.” po pode de ser facilmente verificada.” verific Em seguid seguida, a,deelelaboratório escreve noe quadro negro 4 

 _ 3 _ FAÇA-O NO PAPEL Quando o número dos que multiplicaram, no primeiro caso, é   comparado com o número dos que multiplicaram no segundo verificamos que quase sempre há um número maior de multi plicação pli cação no segundo caso. As palavras subli sublinhadas nhadas que, obvia obvia mente, não foram destacadas nas instruções, exerceram algum controle sobre o comportamento do ouvinte. Tr

a t a m e n t o

  Tr

a d ic io n a l

No tratamento tradicional do comportamento verbal o “significado” de um mando  é presumivelmente o reforço que caracteri carac teristi sticame camente nte se segue segue a ele. O significado de Doce!  é o tipo de objeto freqüentemente produzido por essa resposta. Mas “o que é comunicado” parece ser a “necessidade que o falante tem de açúcar”, necessidade que se refere ao estado controlador de privação. privação. O conceito do mando,  ou do operante verbal em geral, reconhece explicitamente tanto a contingência de reforço e privação quanto a estimulação aversiva, e é livre para lidar com essas variáveis da maneira mais apropriada sem

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tentar identificar uma relação de referência ou um processo de comunicação. Afora estas questões semânticas, a formulação acarreta algo do ônus da gramática e da sintaxe ao tratar das proprie dades dad es dinâmicas dinâmicas do comportamento comport amento verba verbal.l. O mando,  óbviamentt,  sugere o modo imperativo,   mas os interrogativos   tam bém são mandos,  como muitas das interjeições   e vocativos,  e alguns subjuntivos  e optativos.  As classificações classifi cações tradicionais sofrem de de uma uma mistura dos níveis de de análise. Revelam prin cipalmente a influência dos sistemas descritivos formais, nos quais as sentenças são classificadas sem qualquer (ou com pouca)) referência ao comportamento do falante. É aqu pouca aquii qu quee as deficiências da gramática e da sintaxe numa análise causal s io mais mais óbvias. Falt Faltam am técnicas apropriadas. Como disse Epicte Epi cteto to:: “ Quando você tiver qu quee escreve escreverr a seu seu amigo, amigo, a gramática lhe dirá como fazê-lo; mas a gramática não lhe dirá se você você deve ou não escr escrever ever a seu seu amigo amigo.” .” O uso do mando mando   como unidade de análise não quer dizer que o trabalho da análise lingüística possa ser evitado, mas simplifica nossa tarefa, isolando o comportamento do falante individual como um obje to de estudo e proporcionando técnicas apropriadas. Ao escolher entre sistemas descritivos com base na sim plicidade e na eficiência, a maior familiaridade com o trata mento clássico não dev devee pesar. pesar. Consideremos, por exemplo, a seguinte citação: Em muitos países, tem-se observado que muito cedo as enanças usam um m  longo (sem vogal) vog al) como sinal de que querem algo, mas mas nós nós dificilment difici lmentee acertaría acer taríamos mos ao supor supor que

originalmente o so som m era emitido pela ccria rianç nçaa com esse esse sensen j   n^° ° us usam am conscientemente até perceberem que os adultos, ao ouvirem o som, som, acorrem para descobrir descobr ir o que a criança deseja. 2

^ Ap Apesa esarr de esta pa passa ssage gem m ser ser consi considera derada da algo algo qu quee cons titui um ponto inteligível em conexão com um episódio desC~lt o , iriteligível, há muito ainda ainda por ser feit feito. o. Est Estaa nao é a descrição mais vantajosa para todos os aspectos envolvt os,  pois os termos psicológicos que ela contém trazem à baila muitos problemas. Nos termos atuais, como deveria ter traduzido estes aspecto? expressão usa um m  longo como sinal de que deseja algo” 2-

Jespers Jesperson, on, O .: Language   (Nova Iorque, 1922), p. 157.

 

torna-se “emite o som m  num dado estado de privação ou de estimulação avers aversiva” iva”.. A expressão “o “o som não tem orig original inal mente esse sent sentido ido”” torna-se “a relação ent entre re o som e o estado de privação ou de estimulação aversiva é inato ou, pelo me nos, de origem anterior, e a resposta não é verbal, de acordo com co m noss nossaa definição” definição”.. “ Elas nã nãoo o usa sam m c o n sc scie ient ntem em en ente te... ...”” transforma-se em “Ele não é condicionado como uma resposta verba ver bal.l. . . E “ . . .até .a té que vejam que os adultos, ao ouvi rem o som, acorrem para descobrir o que a criança deseja” torna tor na-se -se “ . . . a t é que a em emissã issãoo do so som m leve leve os ouv ouvintes intes a proporcionar os reforços apropriados a uma privação particular”. A passagem completa poderá ser traduzida assim: “Tem-se observado que muito cedo uma criança emite o som m  em certos estados de privação ou de estimulação aver siva, mas nós dificilmente acertaríamos chamando tal resposta de verbal, nesse nesse estágio. Ela é con condic diciona ionada da como um ope rante verbal apenas quando as pessoas, ao ouvirem o som, acorrem e proporcionam o reforço apropriado”.

A distinção entre respostas aprendidas e não-aprendidas é mais facilmente feita em termos de história do reforço do que em termos de significado e uso conscient consciente. e. Um exemplo significativo é o choro. choro. No recém-n recém-nascido ascido,, o comportamen comportamento to vocal desse tipo é claramente uma resposta não-condicionada. Durante algum tempò, o choro é função de vários estados de privação e de estimulação estimulação aversiva. Mas quand quandoo o choro torna-se caracteristicamente seguido da atenção dos pais, o que o reforça, ele pode transformar-se num comportamento verbal, de acordo com nossa defi definição. nição. Ele tornou-se um umaa unidade de comportamento diferente, porque agora está sob o cont controle role d dee variáveis diferentes difer entes.. E também adquiriu, prova velmente, propriedades diferentes, pois os pais reagem de forma diversa a diferentes de entonações e intensidade choro. A simplicidade tal tradução difere da de simplicidade da descrição original original.. A tradução é simples, porque seu seuss termos podem ser definidos em relação a operações experimentais e

porque ela é consistente face a outras afirmações relativas ao comportamento verbal e não-verbal. A descrição original é simples, porque é familiar e apro priada pria da para para discursos casuais. Tra Tratata-se se da difere diferença nça entr entree a simplicidade sistemática da ciência e a comprcensibilidade fácil do leigo. Os Principia  de Newton não eram simples para o

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homem do povo, mas num sentido eles eram mais simples do que qualquer coisa que o homem comum pudesse dizer acerca do mesmo assunto.

O

MANDO

PROLONGADO

Um mando  assume uma dada forma por causa das con tingências de reforço mantidas pelo ouvinte ou pela comunida de verbal verbal como um todo. As condições condições esti estimuladora muladorass qque ue pre pre valecem quando tal resposta é emitida e reforçada não inter ferem fer em na definiçã defi niçãoo da unidade. Quando um mando  e refor çado por uma redução dos estímulos aversivos condicionados ou não-condicionados, os estímulos que ocorrem antes da res posta devem, é claro, ser levados em conta, mas eles desem penham uma função diferente dos estímulos aqui considerados. Os estímulos que afetam o falante antes da emissão do com portamento verbal são amiúde importantes e jamais são com pletamente irrelevantes, como veremos nos capítulos seguintes. A probabilidade de emissão de uma resposta é maior quando as condições estimuladoras se assemelham muito às que preva leceram antes do reforço. reforço. Mas as circunst circunstâncias âncias presentes ou passadas não precisam ser idênticas; todavia, nenhum aspecto da situação presente, que se assemelha à situação ao tempo do reforço, pode ser susposta como algo que contribui para a probabilidade da resposta. Um exemplo de estímulo prolongado se verifica quando as pessoas mandam  no comportamento de bonecas, de crianci nhas nh as ou de animais animais não-treinados. Estes Est es “ouvin “ouvintes tes”” não po dem reforçar o comportamento de uma forma característica. Todavia, eles possuem um número suficiente de coisas em co mum com os ouvintes que antes proporcionaram reforço para controlar a resposta, pelo menos quando esta revela uma força apreciavel. O fato de o reforço ref orço ser improváv improvável el oou u impossível pode afetar afetar aass propriedades propriedades dinâmicas. dinâmicas. A respost respostaa pode sser er fraca, ou emitida de forma excêntrica, ou acompanhada por uma observação apropriada (Capítulo 1 2 ). Po Porr outro lado, lado, tal comportamento ocorre freqüentemente quando seus aspectos irracionai irra cionais” s” não são vistos p pelo elo falante. falante. Nós adquirimos e retemos a resposta Pare!   porque muitos ouvintes paralisam sua atividades, quaisquer que elas sejam, quando a emitimos, noas, como resultado, podemos dizer Pare!   a um carro com 67 

 

freios defeituosos ou a uma bola de bilhar que ameaça cair numa das bolsas da mesa de jogo. O mesmo proccsso ocorre no caso extremo de emissão de mandos  na ausência de ouvintes. O homem homem sol solitá itário rio,, que está morrendo de sede, com voz entrecortada pede  Á g ua!   Um rei, sozinho num campo de batalha, gritou Um cavalo, um cavalo,  meu reino por um cavalo!   Tais respostas são “irr irraci acionai onais” s” na medida em que não podiam ter qualquer efeito sobre o meio no momento, mas o processo subjace subjacente nte é legal. Através d dee um processo de estímulos induzem-se situações que, semelhan tes a situações anteriores, chegam a controlar o comportamento e, em caso extremo, uma resposta muito forte é emitida quando nenhum estímulo comparável pode ser detectado. Existem muitos exemplos familiares não-verbais de indu ção de estímulos. estímulos. É verdad verdadee que não se pode abri abrirr um umaa porta sem a porta, ou comer uma refeição sem a mesma, mas, num estado de grande força, partes dos comportamentos, mesmo dos mais práticos, ocorrem na ausência da estimulação neces sária para uma uma execuç execução ão apropriada. apropriada. O jogador de bei beisebo seboll que deixou cair a bola num momento crucial pode imitar o arremessoo corret arremess cor retoo com a mão vazia. Uma pessoa sedenta po pode de “ fingi fingir” r” que que bebe um copo vaz vazio. io. Muitos Muitos gestos surgem surgem com comoo originários extensões respostas práticas. O guarda dedetrânsito estende“irracionais” a mão, com de a palma para fora, em direção a um carro que se aproxima, como se pretendesse parar o carro p por or meios físicos. físi cos. O gesto funciona como um umaa res posta verbal, mas exemplifica a extensão de uma resposta prática mediante a indução de estímulos numa situação na quall o reforço qua reforço normal normal é impossível. O comportament comportamentoo verbal pode libertar-se mais tacilmente do controle do estímulo por que, por sua própria natureza, não requer apoio; isto é: ne nhum estímulo precisa estar presente para dirigi-lo ou formar importantes elos na cadeia de respostas. M a n d o s   Su p e r

s t ic io s o s

Existem mandos que não podem ser explicados sob a alegação de que respostas da mesma forma foram reforçadas sob circunstâncias semelhantes. semelhantes. Por exemplo: o jogador de venha o s et e!   mesmo que em nenhuma outra dados diz: Q ue venha ocasião ele tenha ped pedido ido e recebido recebido um sete. A explicação parece ser a de reforç reforçoo aci acidental dental da respost resposta. a. O estudo experi-

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mental do comportamento não-verbal revelou que o simples íeforco intermitente, tal como o que é proporcionado pelo lançamento ocasional do sete, é suficiente para manter a força de uma uma resposta. O jogador pode pode admiti admitirr prontament prontamentee qque ue

não há conexão mecânica entre sua resposta e o comportamento do dado, mas mantém a resposta com alguma força e continua a proferi-la, seja seriamente seja por capricho, sob uma tensão suficient sufi cientee por causa de suas suas “c “conseqüênci onseqüências” as” ocasionais. Os mandos  que especificam o comportamento dos objetos inani mados ma dos muitas veze vezess recebem recebem aalgu lgum m ref reforço orço nesse sentido. A resposta [“Sopra, Sopra, vento hibernal”] Blow, blow, thou  winter Wind, por exemplo, é usada quando o vento ja esta soprando a correlação entre o comportamento e oforça efeito, apesar de eespúrio, pode determinar uma mudança na do operante. Outros mandos  “irracionais” devem sua força a efeitos co laterais não-especificados estritamente na forma da resposta. Muitas respostas “mandam” comportamentos emocionais mesmo quando, por causa das maneiras especiais pelas quais tal comportamento é condicionado, respostas emocionais verdadeiras da parte do ouvinte não podem ser executadas por ordem. O mando Oh! enxugue as lágrimas!  não tem qualquer efeito sobre a secre ção lacrimal. Não podem podemos os est estabel abelecer ecer um parad paradigma igma semelhante ao da Figura 1, no qual o mando  tenha a forma de Chore, por    favor!,  favo r!,   porque não podemos completar a descrição do ouvinte. Todavia, umao resposta constituir de um padrão mais amplo, qual, porverbal outraspode razões, produz parte lágrimas no ouvinte ou leit leitor or sen sensíveis. síveis. A entonação entonação e outras propriedades são im portantes para eliciar o comportamento emocional, e um falante emotivo suplementará suas respostas com efeitos sonoros muito generosos.. Nós não dizem generosos dizemos os  Animese!  com um tom monótono, pois não podemos esperar que o mando  sozinho tenha efeito soore o ouvinte. Pronunciada adequadamente, todavia, tal resposta respo sta pode pode ter um efeito. efei to. O processo geral geral não é carac caracte te rístico do mandot   e o mesmo resultado, freqüentemente (e talvez com mais facilidades) é obtido sem a forma do mando. O Ma n d o   Má g

ic o

Há mandos que não podem ser explicados, mostrando-se que eles jamais tiveram o efeito especificado, ou qualquer outro ito similar, em ocasiões semelh semelhantes. antes. O fal falante ante p parece arece criar novos mandos  por analog analogia ia com os antigos. Ten Tendo do sido bem-

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sucedido ao mandar   manteiga e pão, ele passa a mandar   geléia,  M i lton ltviv ono, mesm me smooshouldst que jamais a tenha obti obtido do  por este esteonmeio. mde eio. tbou be living in tbis hour  [ “Milt “Milton deveis veis Oestar vivo

a esta hora”], mesmo que nunca se tenha dirigido eficazmente á Milton, nem tenha conseguido ressuscitar ninguém antes com umaa resposta similar. A relação especial en um entre tre res resposta posta e con seqüência exemplificada pelo mando  estabelece um padrão ge ral de controle cont role sobre o meio. Em momentos de sufici suficiente ente pressão, o falante simplesmente descreve o reforço apropriado a um estado est ado de privação privação ou de estimul estimulação ação avers aversiva. iva. A res posta, é claro, deve necessariamente fazer parte de seu reper tório verbal como outro tipo de oper operante ante verbal ( Capítu

los 4 e 5). Este tipo de mando  ampliado pode ser chamado de mando  mágico. má gico. El Elee não não esgota o campo campo da ma magia gia verbal verbal,, m mas as const constitu ituii o exemplo exemplo mais mais comum. Entusias Entusiasmados mados com nosso sucesso em circunstâncias favoráveis de reforço, nós nos propomos a mudar mu dar o mundo mundo sem benef benefíc ício io d doo ouvint ouvinte. e. Incapaz Incapazes es de ima ginar como o universo poderia ter sido criado a partir do nada, conjeturamos que ele tenha sido feito por meio de umaa resposta verbal um verbal.. Foi necessário aapen penas as dizer, com sufi ciente autoridade Let there be light!   [Faça-se a luz luz!] !] A for go,  ma let é  tirada de situações nas quais ela foi eficaz ( L et me go, Let him have it:  “Deixe-me “Deixe-me ir”, ir” , “Deixe-o “Deixe-o ter ter”” ), mas nã nãoo es pecificamos o ouvinte que tornará esse exemplo eficaz. O desejo  assume muitas vezes a forma de mando  e deve mando

ser classificadonunca como ocorreram um   mágico, se as de conseqüências especificadas como resultado comporta mento verbal semelhante. O falante pod podee espec especifi ificar car algu algum m estado de coisas reforçador, quer para si mesmo ( O to be i n  England, now that ApriVs there!)   [ “Oh! estar na Inglaterra Inglaterra agor ag oraa que que abril chegou! cheg ou!”” ] quer p para ara ooutrem utrem (Feliz Aniversár i o! ) . Quan amaldi aldi çoa, çoa,  o mando  especifica circunstân Quando do se am cias punitivas. A imprecação é ma mais is claramente um mando  quando envolve o fato de o ouvinte providenciar seu próprio castigo;  Salte no lago!   é, de algum modo, mais explícito en ocê!  quanto modus operandi   do que  A zar pr a v ocê  poder  r   está associada a mandos  de várias maneiras. A forma  pode Y ou may go  [“Você pode ir”] é uma permissão (em contraste n go  [ “ Você p com ir” e, como ir?”] vimos,é aum perm permissão issão  mando, ndo, M apod yodeIe ir go”  ] [“Posso mando é umY ou tipocade para a ação verbal, mando  que terá a forma de uma permissão.

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 poss ssii bly) bly ) go  [“Eu posso ir”] ou Em (possivelmente I may   ( po  Mayb  M aybee VU go  [ “ Tal Talvez vez eu váM váM] may   [ “poss “posso” o” ] é um exemp exemplo lo de um tipo de comportamento verbal (a ser discutido no Capí 12) próximo ao mando. Em [ “ Poss tulo a você sem sempre pre  Ma ay you always lways be hap happy   ou Possa feliz”]  M “[Possa vocêsersofrer os  Ma ay y ou s uf uffer fer tbe torme tor ments nts of ] ob   a tormentos de Jó”]  M generr ali zado  (cf. Por favor).  Na forma é um tipo de mando gene that   [“Desejo que”] ou  M  Myy wish wi sh i s that  that   forma ampliada I wi sb tha [ “Meu desejo é que” ] , vo você cê poss possaa ser semp sempre re feliz, o may   [“pos sa” ] guard guardaa a mes mesma ma função optativa. optativa. Would   [“Queira”] é tvere a tentenoutro mando  comum generalizado: W ould G od I tvere der apple blossom  [ “ Quei Queira ra E> E>eus que eu se seja ja um umaa macieira em flor”] — O h!   às vezes exerce a mesma função (cf. o desejo de Browning de estar na Inglaterra em abril), mas serve também para destacar o caráter de mando  dos vocativos ( O   captain, my Captain!)   [ “Oh “Oh!! Cap Capitão, itão, meu Capitão” ] e da dass per ( O h! que o atormenta tormenta,, cavalei cavalei r o?). o?) . Quando a resposta guntas que o acompanha não está em forma de   mando   (O, Brignall  banks are wild and fair)   [ “Oh! “O h! as ma marge rgens ns do Brignall sã sãoo belas e selvagens!”], o O h!   pode ser encarado como mandando 

a atenção do ouvinte ou ou do leitor. leit or. Est Estaa é, evidentemente, su suaa função num exemplo como este Oh! que bela manhã!   no qual funciona de forma semelhante ao mando  mais específico Olhe!,  observado abaixo. O Ma n d o  

na

  L it

er a t u r a

Como muitos destes exemplos estão a sugerir, certas for mas de comportamento literário são ricas de mandos . Alguns ( “Le “L ei tor, tor , eu ca casei sei  me com el e, } ) y  alguns destes são mandam ham me me I s mael) , e alguns   umvocativos comportamento verbal ( C ha mandam  a atenção do leitor ( O uçam uçamme me cri ança ançass e vocês vocês ouvi r ã o . . , ) t    Em virtude da tênue relação entre o esc escritor ritor e o leitor, muitos destes mandos   são são necessar necessariamente iamente mág mágicos. icos. Os poemas líricos são particularmente ricos em mandos  literários. Das primeiras linhas dos poemas líricos ingleses encontrados num nu m certo núm número ero de antologias, cerca de 4400 % po possuía ssuíam m a forma mais característica dos mandos . 5 0 % d deles eles especificav especificavam am o comportamento do leitor: ele deveria prestar atenção, com olhos e ouvidos. O poeta, nesse caso, foi aafetado fetado pelo peloss refor refor lhe!! V ej a! e O uça uça!  ços responsáveis pelas formas vulgares O lhe formas que principalmente chamam a atenção do leitor ( Ouça,  vocêê viu voc vi u G eor g e? , O lhe, ser ser á que v ocê ocê me pode ajud aj udar?  ar?   ou

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V ej a bem, bem, o que você você pr et en de?) . S ee  [“Olhe”] também é usado para mandar   a atenção para algo que está sendo des cou ali ali par par ado, ado, olhe, olhe, e eu lhe di s s e. . . ) A var crito ( E l e fi cou variiant antee  Seee  [ “Ver” poética de  S “V er” ] é Beho Behold ld [ “Comt “Comtem empla plar” r”].]. O p poe oeta ta manda  o ouvinte olhar para alguém sentado num gramado ver

de e ouvir, não apenas as suas palavras, mas também a cotovia. Ele também o manda  falar claramente (Tell me, where is fancy  

breed?) br d? ) [ uDi uD i game game, onde onde está o fr fruto uto i magi nár nár i o?”] o?” ] , mandao  nev er say say that that I was was false false of hear heartt )   (Oh! não ficar quieto ( O h, nev

digas que meu coração é falso), e cooperar em vários proble mas práticos relacionados com as privações do poeta: Come, 

let us kiss, Come live with me and be my love, Take, o take  those lips away   [ “ Venha, beijemo-n beijemo-nos, os, Venha viver com comigo igo e seja meu amor, Afaste, oh! afaste estes lábios”], ou Drink   to me onl only wi th thi ne ey es  [ “B “Bebe eberr pa para ra mim mim,, só com te teus us olhos”],], Estes, nem sempre olhos” sempre,, são são mandos mágicos  — embora

um reforço apropriado surgisse possivelmente como uma sur presa — mas outros exemplos parecem consistir necessaria andoss mági mági cos cos ( G o and catch catch a falli fall i ng star st ar))   (“Vá mente em mando e apa apanh nhee uma uma estrela cadente” cadente”].]. Quando Quando o lei leitor tor é mandado  a alterar ou a controlar suas emoções (Then hate me when thou  wi lt, W eep wi w i th me me, L ove ov e me no more mor e)   [“Então odeie-me quand qua ndoo definhares, Chore com comigo, igo, N Não ão me ames ames mais” ] , estas especificações não podem ser seguidas ao pé da letra, como vimos, mas resultados colaterais podem não ser inapropriados. Em outros 15% das primeiras linhas, o poeta começa dirigindo-se a alguém ou a alguma coisa que se encontra além do leitor. lei tor. Pede-se que rosas vermelhas falem, que serpentes sarapintadas com línguas bipartidas desapareçam e que surja

Ulisses, o grego grego destemido. Os restantes 1 0 % dos mandos  ook of verse versess  prováveis são simples afirmações de desejos ( A book under the bough. .  . ) [ “Um livr livroo de versos versos sob u um ma árvor árvore. e. . . ” ] ou declarações com prefixos como Let, May, O   ou Would   [“Dei xe”, “Possa”, “Oh” ou “Queira”]. A riqueza desses exemplos literários exemplifica um prin cípio gera gerall a ser confirmado em capítulos posteriores. A “li “li cençaa po cenç poét étic ica” a” não é um termo vazio. vazio. A literat lit eratura ura é o pro duto de uma prática verbal especial, que faz surgir um com portamento que, de outra forma, permaneceria latente no re pertório de mu muitos itos falan falantes tes (V (Ver er C Capítu apítulo lo 16 1 6 ) . Entre out outras ras coisas, a tradição e a prática da poesia lírica encoraja a emis são de um comportamento sob o controle de fortes priva ções — em outras palavras, respostas sob a forma de mandos.

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Evidentemente, o poeta lírico tem urgência de muitas coisas, e grande urgência. Ele El e precisa de um leit leitor or e da parti participação cipação e atenção dess dessee lei leitor tor.. Depois, ele p precisa recisa que algué alguém m ou

algo seja levad algo levadoo até ele, ou afastado dele. O comportamento verbal reforçado como resultante dessas várias privações é emi tido, apesar de sua manifesta fraqueza ou ineficácia, por causa da prática poética. A forma lírica jus justif tifica ica ou permite o “com portamento irracional”, e ao fazê-lo proporciona ao estudioso do comportamento verbal um material especialmente útil.

 

Capítulo 4

0 COMPORTAMENTO VERBAL SOB O CONTROLE  DE EST ESTÍMULOS VERBAIS

A relação específica entre respostas e reforço, que define um mando,  não envolve, como vimos, um estímulo anterior específico. especí fico. Contudo, eles não sã sãoo irre irrelevant levantes. es. Um exemplo de estímulo de controle já foi citado. O com comportamento portamento verbal verbal só é reforçado por meio de outra pessoa, mas não requer a participação dessa pessoa para a sua execução. Quando emi emiti ti do na ausência de um ouvinte, ele, em geral, permanece não-reforçado. Ap Após ós repetidos reforços na presenç presença, a, e ext extinç inção ão na ausência de um ouvinte, o falante só falará na presença do ouvinte. Praticamente Praticamente,, todo comportamento verbal é contr contro o lado por um auditório, como veremos em detalhe no Capítulo 7. O mando  pode cair sob o controle de um estímulo mais restrito, caso uma dada resposta só seja reforçada numa oca oce!   pode sião espec especial. ial. Uma criança criança que adquiriu adquiriu o mand mandoo D oce!  emitir a resposta independentemente das circunstâncias exter nas, e o fará se sua sua p privação rivação for grande. É ma mais is prová provável, vel, porém, que a resposta apareça na presença de alguém que a tenha previamente reforçado com doces e, ainda mais prova velmente, ela surgirá na presença dessa pessoa quando esta esti ver visivelmente visivelmente carregando doces doces.. Podemos demonstrar demonstrar três níveis de probabilidade de uma resposta como resultante de três freqüências relativas de reforço. reforço. Quando nenh nenhum um ouvint ouvintee está presente, a probabilidade de reforço é baixa, e não é pro vável váv el que a resposta seja emitida. emitida. Quando surge surge um ouvinte, ouvin te, a probabilidade de reforço aumenta, bem como a probabilidade de aparecimento da resposta. Se o ouvinte ttir irar ar doces do bolso, é segui do porum ummaior maioraumento aumentodadaprobabilidade probabilidadedode reforço a criança emi-

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tir a resposta D oce oce!   Mas, enquanto o apareciment aparecimentoo de um umaa pessoa que funcione como ouvinte no segundo estágio aumenta a probabilidade de muitas formas de comportamento verbal (como tornaremos a ver no Capítulo 7), o aparecimento dos doces no terceiro estágio tem um efeito especial sobre a res posta Doces!   isolada. Quando a resposta surge nessas circunstâncias a criança não está “ nomeando” ou “d “descrevendo” escrevendo” ooss doces. Tais termos são mais apropriadamente usados para descrever respostas que não mostram relação com um refor reforço ço específi específico. co. (V (Ver er Capí tulo 5forma ). Nu Nurns rnsresposta ampla fai faixa xa produz de compo comportame nto específico verbal verbal,, um uma dada de não umrtamento reforço e,a portanto, é relativamente independente de qualquer estado es pecial de privação ou de estimulação aver aversiva. siva. Ao con contrár trário, io, o controlee é exer control exercido cido por estímulos anterior anteriores. es. Veremos mais tarde que a utilidade do comportamento verbal para o grupo comoo um todo depende amplamente dessa condiçã com condição. o. Sem con siderarmos vantagens específicas neste ponto, podemos voltar diretamente para a técnica empregada para se colocar uma res posta verbal sob o controle de um estímulo. Damos um passo no sentido de destruir a relação com um estado particular de privação ao reforçar um único tipo de resposta de uma forma apropriada a muitos estados diferentes. Se reforçamos uma resposta selecionada com comida quando o organismo está faminto, poderemos também reforçá-la com águ ág ua quan quando do o organismo estive estiverr sedento. Em segu seguida, ida, po pode de mos aumentar a força da resposta privando o organismo quer de comida, quer de ág água ua.. Es Este te processo poderia ser continuado até que esgotássemos todos os reforços associados com formas ou modos de privação ou com a libertação de todos os tipos de condições aversivas. A resposta p passaria assaria ent então ão a ex exis istitirr com certa força, exceto se o organismo estiver completamente saciado e livre de estimulação aversiva. O efeito desse processo de libertar uma resposta da con dição controladora específica é usualmente obtido de outra ma neira: em^vez usar uma variedade dejreforços, um dos quais de relevante paragrande um estado dc privação ou cada esti mulação aversiva, arranja-se uma contingência entre uma resposta verbal e um reforço condicionado generalizado. Qualq Qualquer uer acon tecimento que preceda caracteristicamente muitos reforços di ferentes pode ser usado como um reforçador para colocar o comportamento sob o controle de todas as condições apropria

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das de privação e estimulação das estimulação aaversiva. versiva. Uma resposta caract caracte e risticamente seguida por um reforço condicionado generalizado desse tipo tem propriedades dinâmicas semelhantes às que teria adquirido se tivesse sido freqüentemente seguida por todos os

reforços específicos em questão. Um reforço condicionado generalizado comum é “a apro-^ vação”.. Muitas vez vação” vezes es é difíci difícill especificarespecif icar-lhe lhe aass dimen dimensões sões fí fí  sicas. Pode tratar-se tratar-se de pouco mais mais do que uma incl inclinaçã inaçãoo de cabeça ou de um sorriso por parte de alguém que caracteristi camente proporciona um umaa variedade variedade de ref reforço orços. s. Às vezes, como veremos no Capítulo 6 , ele tem uma forma verbal: Certo\   ou Bom!   Pel Peloo fato fat o de estes “sina “ sinais is de aprov aprovação” ação” amiúde precederem específicos que apropriados a muitos estados de privação, reforços o comportamento eles reforçam pro vavelmente será forte, durante grande parte do tempo. Ao destruir a especificidade do controle exercido sobre uma dada forma de resposta por uma dada condição dc pri vação ou de estimulação aversiva, parece que deixamos a forma da resposta inteterminada. inteterminada. Previame Previamente nte poderíamo poderíamoss produzir produzir a resposta  Á g ua! ,  privando o organismo de água, e a resposta Comida!,  privando privando o organismo de comida. O que ocupará o lugar de privação no controle de uma resposta que tenha logrado um reforç reforçoo generalizado? A respost resposta, a, é clar claro, o, ser seráá algum alg um estímulo estí mulo comum, comum, usual. Ao destruir destruir a especif especifici icidade dade d dcc uma relação, tornamos possível o estabelecimento de outra. Podemos usar nosso reforçador generalizado para fortalecer a resposta a  na presença do estímulo a}  a resposta b  na presença do estímulo b , e assim por diante. Quer o fal falante ante emita a resposta á ou a resposta by  não se trata mais dejima questão de privação, mas mas de um estímulo estímulo presente. presente. Es Esta ta relação de controle no comportamento verbal é que será de grande impor tância para o funcionamento do grupo. Outro reforço comum generalizado é a fuga ou evitação ao estímul estímuloo aversivo aversivo.. Um homem homem pode pode estimular outro outro ave averrsivamente de muitas maneiras espancado-o, refreando-o ou privando-o de reforçadores positivos, para não mencionar os várioss tipos de “ ofensas verbai vário verbais” s”.. Est Estaa estimulação pode pode ser ser usada para fortalecer o comportamento, ou de tipo, porque su sua suspensão suspensão é reforç reforçadora. adora. verbal Os estímul estímulos os outro aver aver-sivos condicionados (estímulos que amiúde precedem ou acom panham a estimulação aversiva) também são reforçadores quando sua retirada é contingente sobre o comportamento.

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A retirada da estimulação aversiva pode ser generalizada ao luscofusco.  Um comport comportamento amento ecóico patológico pode ser observado na “ecolalia”, na qual um segmento dé fala ouvido pelo paciente pode ser repetido muitas vezes. vez es. O comportamento comportamento ecó ecóico ico é mais mais comu comumente mente observado em combinação com outros tipos de controle (ver Capítulo 9). Numa conversa, por exemplo, uma resposta ligeiramente atípica muitas de um vezes ve diálogo zes é passada passad terão, aem de geral, falant fal anteemais a fa fala lant palavras nte. e. Asemduas dua comum s metades do que dois monó monólogos logos d doo mesmo mesmo sujeit sujeito. o. Se um fala falante nte d diz iz incrível  em vez de inacreditável, em geral o outro falante, e por causa da relação presente, dirá incrível. Um comportamento ecóico fragmentário é evidente quan do um falante adota o sotaque ou maneirismos de outro_ ao lon go de uma uma conversa. conversa. Se u um m membro do grupo sussura, tal tal vez apenas por causa de uma laringite, os demais membros uer r a e Paz, Paz,  de Tolstoi, tendem a sussurar também. Em G uer uma mulher imita o pai moribundo, procurando “falar mais por gestos do que por palavras, como se ela também tivesse al guma dificuldade de articulação”.

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Re f o r ç o  

do 

Co

m po r t a m e n t o

  Ecó

ic o

Um repertório ecóico é estabelecido na criança através do reforço “educacional”, porque é útil aos pais, professores e outras pessoas. pessoas. El Elee torna possível um curto-ci curt o-circu rcuito ito do pro cesso de aproximação ser outros usado tipos para evocar novas unidades progressiva, de resposta pois sobre pode as quais de reforço reforço pod podem em tornar-se cont contingente ingentes. s. O refor reforço ço educacio nal usualmente é proporcionado com o auxilio de mandos  do  f   nestes, o ouvinte, tornando-se um falante, é tipo D iga (X f’  fX X \   O proc reforçado se sua resposta produz o som  f processo esso con tinua a ser usado na educação formal para permitir que o professor estabeleça novas formas de comportamento ou obte nha uma resposta sob novas formas de controle de estímulo, como, com o, por exemplo, ao nomear nomear obje objetos tos (Ver (V er Capítulo 5 ) . Em todos estes casos, explicamos o comportamento do ouvinte reforçador apontando para uma melhoria da possibilidade de controle do do falante qque ue ele reforça. É essencial, po porém, rém, qu quee o refor reforço ço espec específic íficoo se ointroduza para paradigm digma. a. queNaocorre figura do 4, por exemplo, vemos primeiro nointercâmbio ouvinte para o falante, constituindo o ouvinte um auditório que manda  uma resposta dizendo Diga ‘Castor’.  Para o fa lante, isto funciona como o estímulo verbal no operante ecóico Castor.  Quando Quando ouvida ouvida pelo ouvinte (em 44 4 4 ) a resposta do falante reforça então o mando Diga ‘Castor\   Admitimos qu quee o ouvinte está operando em circunstâncias tais que é reforça dor ouvir o falante falante dize dizerr X . Talvez ele possa, em seguid seguida, a, dar novos passos que tenham conseqüências reforçadoras, ou,

(FALANTE) Audiência + Diga ‘Castor*

S D - h S 0V + S "

diminuição de amea ameaça ça

Castor



Rv

-----------s r#'f r#'ftt ( =

— S *v)

- f   - - - - - - a   - - - - - - - -   1 - - - - - - - - - Rv

------- —►

Digaa ‘Casto Dig ‘Castor* r* — _---_--------------------   -

5 r«i r«in. Y = gD

#

pVornon-V

rn «m r vH vHMu Murr

dimin diminuição uição de ameaça ame aça ------------>.

conseqüências?

(OUVINTE) F ig u r a   4

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como pai, ele é reforçado quando o filho adquire um repertó rio verbal. De qualquer forma, ele ag agee no sentido de libe liberar rar a ameaça em seu mando Diga (Castor\   fornecendo assim o reforço para a resposta ecóica do falante. O comportamento ecóico continua a ser reforçado mesmo quando o ouvinte não está mais explicitamente educando o falante. Por exempl exemplo: o: somos somos ocasionalmente reforçados reforçados por repetir algo a um terceira pessoa, numa situação em que essa terceira pessoa, como ouvinte, proporciona reforços por moti voss que serão discutidos no Capítulo vo Capítulo 5. Há também muitas fontes indiretas de reforço reforço ecóico. Por Po r exemplo: som somos os refor refo r çados a fazer eco a formas verbais repetitivas emitidas por ou tros num numa conversa, porque tais formas são, mais jjro jj rovv à ve vellmente, parte efetiva efetiva de de seus seus repertórios repertórios.. Respostas ecóicas sãoo úteis sã úteis e reforçadas quando quando servem com comoo subs substit titutos utos.. Ao responder à pergunta O que ocorrerá com a situação internacional durante as próximas semanas?,   o estudante tende a ur antee as pr pr óxi mas mas se s emanas, anas, a si tuaç tuação inte i nterr naci naci oresponder D urant nal.  . . resposta que.pode^ que.pode^ ser_puramen ser_puramente te eecói cóica ca mas que, espe cialmente se a situação exige rapidez, é auto-reforçadora na medida em que proporciona tempo para a composição do resto da sentença. O comportamento ecóico é reforçado quando continua a reintegrar o estímulo e a permitir que_ ofalante reaja a ele de outras outras maneiras. Se dermos ordens complic complicadas adas para serem seguidas, segu idas, pode pode ser vantajoso vantaj oso repeti-l repeti-las as ecoi ecoicamente. camente. Quan Quando do nos dizem que devemos mover-nos para a direita, poderemos responder com mais precisão se antes respondermos verbal mente: à direita.  Há situaç situações ões padronizadas nas quais a repe repe tição da dass instruções é espe especif cificament icamentee reforçada. Num Num restau rante de balcão, o cozinheiro repete a ordem que lhe foi dada pelo balconista, assim como num navio o engenheiro de má quinas ordem que lhe foi dada pelo oficial da ponte de comando. comarepete ndo. aConfirmando a ordem recebida, a resposta ec ecói ói ca leva a bom termo o comportamento do balconista ou do oficial de comando (ver Capítulo 8 ), e isto pode ser reforçador para o cozinheir cozinheiroo e p para ara o engenhei engenheiro ro d dee máquinas. Além

do mais, eles provavelmente executam as ordens mais eficaz mente por tê-las repetido. repetido. Uma Uma resposta é emi emititida, da, como u um m eco como pedido de esclarecimento (você disse Castor?) ou ampliação (Castor? Que Castor?), e o resultado, presumivel mente me nte é reforçador. reforçador. Na 5 .a part partee verem veremos os outros reforços reforços in

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diretos do comportamento ecóico, com as vantagens que daí advém para o falante enquanto ser que pensa. O Qu e   Nã o  

é

  Um   Co

m po r t a m e n t o

  Ecó

ic o

O comportamento ecóico é facilmente confundido^ com res postas auto-reforçadoras porque elas se assemelham à fala de outras pessoas pessoas ouv ouvidas idas em outras ocasiões. Quando ce cert rtoo pa drão sonoro senujn associou com se transforma reforç reforçador ador acontecimentos condicionado. reforçadores, Se alg alguém uém ele re força repetidamente os comportamentos com o estimulo verbal Certo!,  nío devemos excluir a possibilidade de o falante re forçar-s forç ar-see a si mesmo da mesm mesmaa maneira. A criança criança pequena, sozinha em seu quarto de brinquedos, pode reforçar automa ticamente seu comportamento vocal exploratório quando pro duz sons sons ouvidos na fala d dee outras pessoas. A propriedade auto-reforçadora pode ser apenas uma entonação, ou qualquer outra idiossincrasia de um dado falante ou de falantes em geral. A criança cuja mãe costuma receber pessoas para jogar bridge  imita com bastante precisão o ruído inteligível de uma sala cheia de de pessoas pessoas que falam muito. O adulto adquire pad padrões rões de que sãosticos automaticamente reforçados por serem, por entonação exemplo, característicos caracterí de uma uma pes pessoa soa de prestígio. Fo For r mas verbais especí específicas ficas surge surgem m pelo mesm mesmoo processo. processo. A cri cri ança pequena às vezes adquire comportamento verbal segundo as formas de elogio usadas por outros para reforçá-lo: T om  í um bom bom me meni no,  da mesma forma que o adulto pode gabar sua própria habilidade “com o objetivo de ouvir-se exaltado”. O processo é importante na modelagem automática de formas padro pa droniz nizada adass de resposta. Contudo, isto nã nãoo consti constitu tui,i, um comportamento ecóico, porque um estímulo verbal de forma correspondente não o precede de imediato. É preciso distinguir-se também entre comportamento ecói  posteer i or   post O que fulano lhe disse ontem?  questão co e a reprodução   de uma um a fal falaa  ouvida. não é um A respo resposta comporta comport sta aà mento ecóico ecóico — Assim como a resposta à pergunta O que bel   trana estava usando quando você a viu ontem?   é um exemplo

do tipo de operante verbal a ser descrito descr ito posteriormen poster iormente. te. Pode haver uma correspondência formal entre o estímulo ouvido on tem e a resposta de hoje (correspondência que, na verdade, tem conseqüências de longo alcance), mas isto não torna ecói co o comport comportamento. amento. Falta Fal ta um umaa relação tempor temporal al especial.

 

Um repertório ecóico pode, é claro, participar da mediação de tal comportamento. Deve-se também distinguir o comportamento ecóico a res postas que tenham uma correspondência formal com tal com portamento, mas que estão agora sob o controle de outros estímulos, verbais ou não. O comportamento ecóico não depende nem demonstra ne nhum nhu m insti instinto nto ou faculdade de imitação. A sem semelhança elhança formal do estímulo e da resposta não necessita aumentar a probabili dade de ocorrência da resposta ou proporcionar qualquer au xílio xíl io padrão em sua sua sonoro execuç execução. ão. fato fato é quemusculares não há semelhança en entre tre um e asO respostas que produzem um padrão semelhante. semel hante. O máximo que podemos dizer é que a auto-estimulação resultante de uma resposta ecóica assemelha-se ao est estímul ímulo. o. A semelhança pode desempenh desempenhar ar um papel no reforço da resposta, mesmo na relação de repetição, mas não tem qualquer efe efeititoo para evocar a resposta. O pa papaga pagaio io não imita um estímulo verbal, porque o estímulo construiu uma série de acontecimentos que levam naturalmente a um conjunto de ati vidades musculares que produzem o mesmo som; a capacidade de distinção do papagaio deve ser reforçada quando ele produz sons que se assemelham aos sons qu quee ele ele ouviu. O que é “instintivo” no papagaio, se é que há algo instintivo, é a capacidade capacid ade de ser assim reforçado. O comportament comportamentoo ecói ecóico, co, como qualquer comportamento verbal, é modelado e mantido por certas contingênc contingências ias d dee reforço. refo rço. A semelKã semelKãnça nça formal entre o estímulo e a resposta constitui parte dessas contingên cias e só pode ser explicada apontando-se para o significado da semelhança para a comunidade reforçadora. Torna-se perfeitamente claro que um estímulo verbal não tende a gerar uma resposta com idêntico padrão sonoro quando examinamos o longo processo mediante o qual são adquiridos os operantes de repet repetição. ição. O comportamen comportamento to precoce de re petição nas crianças pequenas, freqüentemente, está muito longe do assunto; o pai ou a mãe precisam reforçar combinações muito demos imperfeitas imperfei dizer que tas apara para criança manter “nãoa sabe forçacomo do comport comportamento. executaramento. uma forma Po Po particular de resposta pela primeira vez”; falando de forma mais precisa, podemos dizer que a resposta não é ainda uma função de qualquer variável disponível para o pai e a mãe. Nada do padrão a ser repetido poderá ajudar, até .que algum comportamento comporta mento ecóico ocorra por pu pura ra coincidência. “ Tenta Tentarr

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n _ inrir o som certo”, assim como tentar encontrar o chapéu  __  _ inrir ^Talguém. consiste em emitir tantas respostas diferentes quantas forem possíveis, até que surja a resposta correta, Teobaldo, no livro Way of Ali Flesh,  de Samuel Butler,

usou a técnica errada: [Erne sto estava] muito atrasado na pronúncia do c ou  [Ernesto do "k”, e em lugar de dizer come   [“venha”], dizia T u m . . . — Ernesto, — disse Teobaldo — você não acha que seria  melhor se você dissesse come   [“venha”! como os outros, em  vez de dizer tumf  — Eu digo tu tum m — resp respond ondeu eu Ern esto esto.. . . Teobaldo registrou o fato de que ele estava sendo contes tado no mom momento. ento. . . — Não, E Ernesto, rnesto, você não d diz iz — cie resp respond ondeu eu — você  não disse nada disso; você disse tum   e não come.   Agora, diga  come , depois de mim, assim como eu faço. — Tum, — disse Ernesto... — . . . Bem, Ernesto, eeu u vo vou u lhe dar mai maiss uma oportuni dade, e se você não disser come , saberei que você é teimoso e  travesso. . . . A cria criança nça viu viu bem o que ia acon acontecer, tecer, estava ass assus us tada e, é claro, disse tum   mais uma vez. — Muito bem bem,, Ernesto — . dis isse se o pa pai, i, agarran agarrando-o do-o com  raiva pel peloo ombro. —• Eu fiz o qu quee podia p para ara poupá-lo, mas mas,,  se você quer assim assim,, que seja — e arrasto arrastou u o coitad coitadinho, inho, que  chorava por antecipação, para fora da sala.

Quando algum comportamento ecóico tiver sido adquirido^reaquisição de uma nova unidade torna-se mais simples. O comportamento explorató exploratório rio po pode de ser diminuíd diminuído. o. Na aq aquiuide repertório repert ório ecóico, o falante hábil aum aumenta enta as cha channã - ^ g g_tep g_ tepetir etir corretam corretamente ente um novo ..m ..mate aterial rial ao ap aprend render er a nao_rcsponder^da manelrTInèficíente que caracterizava seu comIWteffiÇWoo „anterior, ass IWteffiÇW assim im como aprende a não pr prqc qcu urar_ ra r_oo chapc ch apciL iL u m a iug iu gar que que já tenha sido examinado. Respostas parcialmente ecóicas serão dadas a um novo estímulo como re a t a d o de contingên contingências cias semelha semelhantes ntes anteriores. O proce processo sso xjiX)ar de um sóm passo a passo, descobrindo um padrão parcialmente correspófldente, o qual, Quando em seguida, distorcido torci do através de modu modulações lações ad adquiridas. quiridas. não seé dis dis^P^wrtes, mesmo o foneticista experimentado poderá continuar a responder até que ocorra uma resposta ecoica bem-sucedida.

 

O processo de “descoberta” de um som fica patenteado quandoque vemos que uma criança vocais posteriormente só serãopequena emitidosemite com muitos grande sons difi culdade ao aprender aprender um umaa segunda segunda língua. Isto não se dá porque a enunciação se tornou mais difícil ou porque o apa rato da da fala se deformou. O d desenvolvi esenvolvimento mento de um amplo amplo repertório ecóico apropriado para uma dada língua torna mais difícil repetir estímulos verbais que não pertençam a essa língua. Quando surge a ocasião para uma nova resposia ecoica (como “th>}  a uma pessoa de língua por exemplo, alguém diz D i ga “th>} francesa), uma forma padronizada, mas imprecisa, surgirá — provavelmente^algo provavel mente^algo'' parecido com  z,   que é o ecóico mais pró ximo na língua materna. A força de tal comportament comportamentoo do

falante adulto leva-o a substituir respostas exploratórias que se aproximam mais de perto do padrão do estímulo e que estariam mais rapidamente d disponíveis isponíveis nnaa criança pequena. O mesmo princípio é evidente em outro nível das etimologias po pulares. O fazendeiro fazendeiro am americano ericano que chama a ameixa Reine Claude de Rain Cloud   está repetindo um amplo padrão verbal com a resposta de seu repertório que mais de perto se asse melha me lha a ele. Se tal resposta est estáá disponí disponível, vel, ela assume assume prece dência sobre uma nova forma composta de unidades ecóicas menores — forma que, incidentalmente, tende a ter menos efeitos reforçadores sobre o próprio falante. O M e n o r   O pe r

a n t e 

Ecó

ic o

Qual é a menor unidade unidade de comportamento comportamento verbal? verb al? A me nor unidade acústica ou geométrica disponível de descrição da fala ou de seu relato como um acontecimento físico não está aqui em questão. questão. Nosso proble problema ma rel relaci aciona-se ona-se com a menor resposta sob sob controle cont role funcional de uma uma única variável. Os com portamentos ecóicos oferecem vantagens especiais no tratamento dessa questão, fracassada porque a correspondência formal entre estímulo e resposta-produto pode ser demonstrada no nível dos “sons vocais” ou das propriedades acústicas. Numa resposta repetida correta, a correspondência formal usualmente usualmen te é boa. A consoante consoant e inici inicial al d doo est estímul ímuloo assem assemelha-se elha-se à consoante inicial da respost resposta, a, e assim assim por diante. diante. Mas isto não quer dizer quedehaja uma conexão funcio nall entr na en tree cada cad a par tais necessariamente traços ou propriedades. O operante podee te pod terr um padrão ma mais is aamplo. mplo. O químico quí mico responderá dia

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minodifenilmetano   corretamente e com facilidade, enquanto que um homem igualmente inteligente, sem experiência em química, pode precisar tentar várias vezes antes de pronunciar uma res postaalguma bem sucedida suce dida.. Isto Isespecial to não quer qque ue longas o químico sua habilidade para dizer encadear sériespos de sons separado separados. s. Sua experiência experiência quotidiana const construiu ruiu unidades unidades de repeti repetição ção ainda ma mais is aamp mplas. las. Es Esta tass podem podem ser tão longas quanto diamino  e difenilmetano,  ou apenas di, amino, fenil  e metano.  Talvez os sufixos il c ano  tenham alguma unidade funcional.. O leigo nnão funcional ão dispõe de qualquer d dessas essas unida unidades. des. Assim como o falante nativo francês que tenta pela primeira vez repetir o som th,  ele provavelmente emitirá apenas uni* dades grosseiramente similares de seu repertório estabelecido. Diamino  poderá produzir dínamo , por exemplo. Por outro lado, o químico descobrirá que seu repertório especial não auxilia na repetição de padrões complexos de outros vocabu lários técnicos. Os primeiros operantes ecóicos adquiridos por uma crian ça tendem a constituir-se em amplos padrões integrais, e são de pouca ajuda para ela quando se trata de fazer eco a novos padrões. padrõ es. Um repertó repe rtório rio de unidad unidades es no nível de “ sons vo

cais separados se desenvolve posteriormente e de forma muito lenta. Pequenas respostas ecóicas pod podem em ser reforçadas p pelos elos pais, ou por outras pessoas, com a finalidade expressa de cons truir tal repertóri repertório. o. A criança criança é ensinad ensinadaa a repet repetir ir p peque equenos nos modelos sonoros, tais como à, spt  etc. Es Este te repertório básico pode ser adquirido ao mesmo tempo que outras formas de comportamento verbal ou mesmo outras unidades mais am plas.. A criança pode emi plas emititirr respostas respostas tão amplas amplas quanto síla bas, palavras ou até mesmo sentenças como operantes unitá rios de repetição. Todavia, para para consegui conseguirr rep repeti etirr um novo estímulo, ela recai no repertório de sons isolados. Este repertório ecóico mínimo é ótimo para recordar uma resposta que construa outros tipos dc controle por estímulo. Por exemplo: diante de um jacaré, no Jardim Zoológico, que remos que a criança aprenda a nomeá-lo. Como veremos no Capítulo 5, queremos fazê-lo reforçando a palavra  jacaré   na presença presen ça do mesm mesmo. o. Mas não podem podemos os espe esperar rar que tal res posta surja espontaneamente, e o método de modelagem pro gressiva pode levar muito tempo. Se pudermo pudermoss evocar a res res-*x>st® st® como uma uma reunião de pequenas unidades unidades ecóicas ecóicas nunca reunidas nessa ordem anteriormente, o comportamento pode

 

ser convenientemente reforçado e o jacaré, como estímulo, adquirirá alg algum um control controlee sobre a resposta. De ce certo rto m modo odo,, contingências semelhantes surgem sem qualquer intenção de liberada no discurso quotidiano. Aprendemos com facilidade uma ampla parte de nosso repertório verbal fazendo eco ao comportamento de outros, em d que eventualmente controlam control am o comportamento comporta mento decircunstâncias e forma não-ecóica. A vanta gem adquirida, possivelmente, proporciona outro exemplo de reforçoo indi reforç indireto reto de de comportamento ecóico que persi persiste ste nnaa vid vidaa adulta. No desenvolvimento do repertório ecóico básico, não é necessário um programa educacional que destaque uma cor respondência mínima entre o estímulo e a resposta verbais. Operantes Opera ntes mínimos mínimos de eco parecem toí toínarnar-se se naturalmen naturalmente te funcionais como algo logicamente esperado quando se constroem corre correspondênci spondências as ma mais is amp amplas. las. Ten Tendo do adquiri adquirido do um umaa dúzia de respostas ecóicas complexas, todas comcçadas por b,  a criança pode repetir corretamente uma décima terceira res posta quereconhecer também comece por b.  Quando Quan do isso pre cisamos a independência funcional de acontece, um operante ecóico tão pequeno quanto b. Mesmo um repertó repe rtório rio razoavel mente amplo de operantes ecóicos não significa, todavia, que um conjunto completo de unidades no nível do som da fala virá a se desenvolver. Pessoas inteligentes inteligentes gaguejam gaguejam ao repet repetir ir nomes ou palavras não-familiares, mesmo que não contenham sons novos e há evidentemente grandes diferenças individuais na tendência para agir assim. Qual é o tamanho da unidade mínima obtida nesse pro cesso? Quando um repertó repertório rio ecóic ecóicoo é est estabelec abelecido ido aaos os poucos, como nos reforços educacionais, unidades de correspondência

são especificamente reforçadas enquanto tais, mas o produto final de repertório de amplos ou pequenos pequen os um operantes educativos educativos, , nã nãoo é operantes, claro. (N (Não ão se smesmo e tra trata ta de de saber que dimensões são necessárias para representar a fala, tendo em vista o registro científico, pois estes podem não ser funcionais funcion ais no processo de comportame compo rtamento.) nto.) O som vocal ( “o fonema” dos lingüistas) não é necessariamente a unidade mais pequena. O mímico hábil tem o que podemos podemos cham chamar ar de re pertório “finamente matizado”, que lhe permite repetir novos sonss de forma conveniente. son conveniente. Também lhe permi permite te imit imitar ar ento nações, acentos e maneirismos vocais, bem como sons abso lutamente verbais, como os produzidos por pássaros, animais e máquinas.

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O grau de precisão exigido por uma dada comunidade reforçadora é importante. importante. Geralmente Geralmente o falant falantee realiz realizaa somen te aquilo que se exige exige dele. Numa Numa comunidade verbal verbal qu quee não insiste numa correspondência precisa, um repertório ecóico pode permanecer descuidado e será aplicado a novos modelos com menos menos sucesso. sucesso. Algum Algumas as vez vezes, es, tal tal reper repertóri tórioo inclui re lações estáveis entre estímulos e respostas, as quais não com binam exatamente — por exemplo, o “ceceoso” pode combi nar  s  com th  e continuar a fazêlo com a aquiescência da comu nidade reforçadora. A possibilidade de um repertório mínimo explica a apa rente facilidade com a qual muitos falantes se engajam num comportamentoo ecóico. comportament ecóic o. Podemos afirmar que o esti estimulo mulo ecoico “diz mais explicitamente ao falante o que dizer” do que os objetos ou propriedades de objetos “nomeados” em outro tipo de operante verbal (Capítulo (Capítul o 5 ) . Se pod podem emos os repetir   os nomes das cartas do baralho mais rapidamente, e sem cansaço, por um período de tempo mais longo do que podemos nomear   as próprias cartas, isto se dá, provavelmente, por causa das vanta va ntagen genss do repertório ecóico mínimo mínimo.. Os efeitos especiais de um repertório mínimo encorajaram sem dúvida, a crença numa faculdade ou processo de imitação, no qual a semelhança formal do estímulo e da resposta é encarada como algo dotado de um significado, mas a vantagem do comportamento ecóico pode ser explicado de outras formas. Outros tipos de operantes verbais também produzem re pertórios mínimos, mas veremos que em nenhum outro lugar é possível reduzir as correspondências funcionais entre estímu los e respostas a unidades tão pequenas ou a um número tão pequeno peque no de unidade unidades. s. Por conseguint conseguinte, e, o comport comportamento amento ecóico é excepcional na medida em que novas ocasiões podem dar a resP resP°°stas acu acurad radas. as. Ele Ele é também exce excepcion pcional al na que do o reforço de tal comportamento contribui para omedida reforçoemgeral repertório básico e, assim, para o reforço de todos os operantes operantes ecóicos. ecóicos. Uma vantagem semel semelhante hante à do repertório ecóico pode ser detectada no comportamento ver bal onomatopaico, como veremos no Capítulo 5.

f ' -i

(lues uest** t**°° acerca da unidade ecói ecóica ca mais ampla  não é ■ re resP°n sP°ncck r - Não podem emoos faz fazer eco a um est estím ímulo ulo verbal indefinidamente prolongado, em parte porque as pri meiras porções ficariam muitos distantes no tempo e, em parte, porque as diferentes porções interferem umas com as outras,

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ou ainda ainda porque outros tipos de respostas (es (especi pecialmente almente aass intraverbais discutidas discutidas aba abaixo ixo)) interferem. interf erem. Um exemplo claro é a repetiçã repetiçãoo de um umaa sér série ie d dee dígitos. dígitos. O tamanho tamanho de um es es tímulo verbal que pode ser repetido com sucesso varia em função de de inúmeras inúmeras condições — tais como como a motivação ou a fadigaa — e é drasticamente fadig drasticamente reduzido reduzido em em algun algunss casos de afasia. Co

m po r t a m e n t o

  Aut

o -e c ó i c o

Desde que um falante usualmente se ouve a si próprio e, assim, se estimula verbalmente, ele também pode fazer eco a si próprio. Tal comportamento é potencialmente auto-reforauto-reforçador se fortalecer a estimulação usada no controle do compormento verbal próprio da pessoa pessoa.. Tal comp comportame ortamento nto aparece de forma forma patológica na “palilalia” “palilalia” — condição nnaa qua quall o indi víduo inicialmente responde ou fazendo eco ao comportamento verbal de outra peesoa ou por alguma outra razão, e continua fazendoo eco a si próprio. Um relatór fazend relatório io antigo 1 descreve um homem que, acostumado a ler alto as legendas dos filmes mudos, mu dos, começou a repeti-las repeti-las indefi indefinidamente. nidamente. Quando su suaa mulher, aborrecida, exclamou “pelo amor de Deus, Bob, cale a boca!” ele respondeu “Eu não posso me calar, eu não posso me calar, eu não posso me calar. . . ”, eventualmente extinguindo* -se num num sussurro inaudível. inaudível. A frase frase qu quee cont continua inua “e “e nã nãoo nnos os sai da cabeça” (o que cm francês se chama ritournelle)  é pos sivelmente uma manifestação normal do mesmo efeito. É difícil demonstrar uma relação puramente ecóica se as variáveis responsáveis pelo primeiro exemplo de uma resposta podem conti continuar nuar a opera operarr nnaa produção da segunda segunda.. A repe tição pode pode ser apenas apenas sinal de uma uma força exc excess essiva. iva. A “perseveração verbal” psicótica ou “verbigeração”, que apresenta uma repetição de forma, pode ser auto-ecóica ou pode ser apenoss o efeit no efeitoo “não-corrigido” d dee outros tipos de de variáv variáveis. eis. Toda via, ao analisar a múltipla causação da fala normal, será útil recorrermos à possibilidade todos osa tipos de comportamentos auto-ecóicos auto-eco. temos de Em considerar possibili dade de o estímulo verbal estar encoberto.

1.

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Critch Critchley, ley, MacDonald,  ].  ] . N eu euro roll and an d P sy sych chop opat athh ,  8 (1927), 23.

 

COMPORTAMENTO

TEXTUAL

Um tipo familiar de çstímulo verbal que controla o com portamento portam ento verbal é u um m texto. Assim, Assim, como o estímulo ecóico, eEconstituí o produto de um comportamento verbal anterior que não está está sendo disc discutid utidoo aq aqui. ui. Quando Quando um umaa criança apren de a ler, são constituídos muitos operantes verbais, nos quais respostas específicas ficam sob o controle de estímulos visuais (o (ou, u, como em Braill Braille, e, tácte tác teis is).). Porque os estímulos são de uma modalidade (visual ou táctil) e os padrões produzidos pela resposta outraqu (auditivos), faltaprecisa a corres pon pondên dência ciasão ^íe de forma queemodalidade torna possível a natureza jlo repertórioo m repertóri mínimo ínimo de comportam comportamento ento ecó ecóico. ico. Todavia, o do repertS repe rtSrio rio mínimo permanece. Um te text xtoo pod podee ter a forma de figuras figu ras ( até onde onde a resposta çons çonsiit iite-S e-Simp imple lesme smente nte na emis são de uma forma vocaí apropriada para cada figura), de piçtogramas formalizados, de Eèroglifos, de caracteres* _q u   de letras ou símbolos de ..um ..um alfabet a lfabetoo ffonéti onético co (independentement (independentementee da precisão ou_ da consi consist stênci ência, a, com com.. a qual o alfab alfabet etoo regis registra tra a f alã^vocaQ alã^vocaQ.. O repertór repe rtório io textual textual mínimo depend dependerá erá da natu reza 3o texto. Um falante sob o controle de um texto é obviamente o leitojLleito jL- Seu comportamento comportamento em resposta a tais estímulos estímulos ver bais pode apresentar muitas características interessantes, que serão descritas nos capítulos 5  e 6 . O que nos int interes eressa sa aqui é o seu comportamento vocal tal como é controlado pelos estí mulo uloss escritos escritos oou u impressos. Um Umaa vez que o ter termo mo “ler” ssee refere usualmente a muitos processos ao mesmo tempo, o termo mais estreito “comportamento textual” será usado aqui. Nesse caso, num operante textual, a resposta vocal está sob o controle de um estímulo verbal que não procede de um auditório. 2 O comportamento textual, assim como o ecóico, é inicial mente men te reforçado por raz razões ões “educaci “educacionais” onais” expl explíci ícitas tas.. Pessoas interessadas proporcionam reforços condicionados generalizados para que Se mantenham determinadas relações com  gato to  nà'~píèaU ? arespostas K â 5 . nu num mavocais pág página. ina. uma uma criança respo responde nde  ga  ,A  , A ?• L er não é uma habilidade ou uma capac cap acida idade de,, mas uma ten-  encia. Quan Quando do dizemo dizemoss que uma pessoa pessoa é “capaz “ca paz de ler’* ler’ *, queremos  tter que ela virá  a comportar-se de certa maneira em condições ade-   quadas que envolvem um estímulo não proveniente de um auditório.

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sença das marcas G a t o e não na presença de outras, ela recebe aprovação; se responde cachorro  na presença das marcas C a c h o r r o , e não na presença de outras, recebe aprovação, e as sim por diante. diante. A razão pela qual a famí família lia,, a comunidade_e_os agentes da educação reforçam o comportamento textual dev£_ ser

explicada em termos das vantagens definitivas advenientes da existê exi stênci nciaa de mais um membro membro alfabet alfabetizado izado no grupo. Numa Numa formulação explícita, todavia, acontecimentos reforçadores prá ticos devem ser especificados. O comportamento textual recebe reforços não-educacionais quando uma pessoa é paga para ler num espetáculo público” ou pa para ra um cego, etc. Os efeitos colaterais colaterais da da leit leitura, ura, já men cionados, queçoserão discutidos Na nos verdade, capítulos o5 comportamento e 6 , proporcio nam na m um ereforço refor automático. comportament o textual é tão fortemente reforçado que nós nos surpreendemos lendo não apenas cartas, livros e jornais, como também coisas sem importância, como etiquetas de pacotes, anúncios do Me^ tíô e cartazes. Conseqüênci Conseqüências as automáticas são usa usadas das para mo tivar o leitor iniciante quando um livro de textos é designado comoo “ interessante” com interes sante”.. Tal reforço, to todav davia, ia, nã nãoo é contingen contingente te sobre a precisão da resposta da forma necessária para modelar o comportamento hábil. Uma--deinonstração primitiva, mas clara, do modus ope   randi  J b reforço automático automático é prop propord ordoxi oxiad adaa pelo leitor iniciante que precisa ouvir-se pronunciando uma palavra — talvez várias vezes — antes de reagi reagirr _çom _çom__ o   ^comportamento já adquirido como ouvir ouviru uêT Na Te Teititura ura silenciosa, silenciosa, a autòautò-est estimül imülação ação do comportamento textual é reduzida a uma escala tal que não pode mais ser observada pelos circunstantes; mas, ao responder a um material novo difícil (por exemplo, a instruções comple xas) o comportamento textual, mesmo dos leitores hábeis, pode assumir proporções conspícuas, como quando ele começa a re forçar a auto-estimulação mediante uma leitura em voz alta. Uma realimentação audível é relativamente muito importante na leit leitura ura d dee músicas. Muit Muitos os mú músicos sicos ou ou cant cantores ores nunc nuncaa apren dem a ler em silêncio e podem achar necessário, ao ver um texto musical, tocar algumas notas num instrumento ou, pelo menos, meno s, assobiá-lo ou cantá-lo. Atividades compará comparáveis veis silen ciosas proporcionam estimulação inadequada para uma resposta identificadora. O comportamento textual pode ser reforçado porque ele colabora na aquisição de outros tipos de operantes verbais.

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Assim como o comportamento ecóico habilita o professor a evocar a sim resposta para face tipo* ento de e&tí jn  jnu ulos los^ as assi m tam també bém m umreforçá-la texto ev evoc ocaa uamoutros comp comportam ortamento ve verrEaf~sob Eaf~ sob condições qu quee lev levam am a outros tipos de con contro trole. le. Um dicionário ilustrado, ao evocar respostas textuais na presença de figuras, constrói um repertório com o qual as figuras, ou as coisas representadas, são posteriormente nomeadas ou des critas. cri tas. Um dicio dicionári nárioo nào-ilustra nào-ilustrado do tem um umaa função similar na construção de repertórios intraverbais, discutidos mais adian te neste capítulo. (A importância do doss repertór repertórios ios verbais ge rados por tex textos tos — ou do lugar d das as respostas tex textuai tuaiss na aqui sição do comportamento verbal — é revelada pelo onipresente livro de textos e pela presença de livrarias e bibliotecas nas

instituições educacionais.) tendência ainata parauma leitura, analogia uma Nenhuma suposta tendência imitar estímuloporcomo um com eco,  jam  ja mais foi pro propos posta ta seri seriam ament ente. e. Tod Todavia, avia, repe repertórios rtórios tex textua tuais is e ecóicos poss possuem uem propriedades dinâmicas semelhante semelhantes. s. O es tímulo verbal exerce o mesmo tipo de controle sobre os dois tipos de resposta e as contingências reforçadoras que estabe lecem os dois tipos de comport comportamento amento sã sãoo semelhantes. Um texto, assim como um trecho de conversa ouvida, é apenas a ocasião na qual uma resposta particular é reforçada por uma comunidade comu nidade verba verbal.l. Duas dife diferen renças çasrr impor important tantes, es, todavia, seguem-se do fato de o produto_de uma resposta textual não ser semelhante ao estímulo^ O tamanho da menor unidade funcional do comporta mento textual tem sido um problema muito discutido em edu cação. É melhor ensin ensinar ar um umaa criança a ler por letra letrass isolad isoladas as ou sons, ou por sílabas, palavras ou unidades mais amplas? Independentemente de como ele é ensinado, o leitor habilidoso possui eventualmente operantes textuais de muitos tamanhos diferentes. diferente s. Ele El e pode ler um umaa fras frasee de muitas palavras como uma unica unidade, ou pode ler uma palavra som por som. Um repertório básico aproximadamente no nível da letra ou do som da fala isolados pode desenvolver-se lentamente, quano apenas unidades mais amplas são reforçadas; contudo, como no comportamento ecóico, ele surge sem orientação especial, odavia, oda via, há um limi limite te para esse processo. Se o text textoo é desenvolvimento del um repertório mínimo ^onetico, o obr obrigat igatóri órioo no ní níve vel foné fonético tico. . O repe repertóri rtóriooatinge alta alta mente diferenciado de um imitador, perceptível no comporta-

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mento ecóico, depende da semelhança das dimensões do estí mulo e da resposta, a qual, por definição, está ausente no comportamento textual. textua l. Se um texto tex to não é fonét fonético, ico, tal limiteEssa não distinção se impõe.é ilustrada pelo cantor que canta de ouvi do mas sabe ler música. música. Um repertór repertório io ecóic ecóicoo é desenv desenvolvido olvido por qualquer cantor habilidoso; qualquer padrão melódico que esteja dentro do alcance de seu grau de intensidade pode ser duplicado com precisão e a partícula do repertório mínimo com o qual isto é feito pode tornar-se cada vez menor, de forma quase qua se ilimitada. ilimitada. Even Eventual tualment mente, e, as as dimensõ dimensões es do estí estímulo mulo con sistem numa ordem contínua de freqüências para a qual as dimensões da resposta correspondem de modo mais ou menos preciso. Na lei leitura tura visual visual de um te text xtoo impresso, todavia, os sistemas de dimensões dimensões são difer diferentes entes.. A respost respostaa continua continua a ser representável, como um ponto numa ordem contínua de freqüências, dmas o texto agora é Oconstituído porl competente, um arranjo geométrico e pontos discretos. leitor visua visual com absoluta entoação, pode satisfazer contingências reforçadoras muito estritas; uma dada nota numa pauta é a ocasião na qual um tom de uma dada dada altura é ref reforça orçado. do. Mas não há razão para que tal texto necessite ser pontilhado; quartos de

tom têm sido empregados e teoricamente, não há, razão para que isso tome inexequível o emprego de subdivisões mais pre cisas. Os pontos d daa eescala scala fundem-se fundem-se então num numaa linha, da qua quall qualquer posição corresponde a uma outra na linha contínua dos graus de intensidade da resposta (compare-se a notação  gltt ss ssand ando). o).  Isto para o  gl Is to,, todav todavia, ia, aind aindaa nã nãoo const constitui itui um com portamento ecóico, porque o estímulo é visual e a resposta é audível, mas os matizes de tal repertório poderão ser tão pre cisos quanto os do caso ecóico, no qual o cantor reproduz um tom ouvido. ouvido. Uma ve vezz que esta condição prevalece não não ape nas para um texto capaz de ser representado numa ou, pelo menos, em muito poucas dimensões, ela é de pequena impor tância na análise do comportamento verbal em geral. Uma segunda diferença entre o comportamento textual e o ecóico também se segue da diferença de semelhança for mall entre ma entre o estímul estímuloo e a resposta-produto. No comportament comportamentoo ecóico, a correspondência sobre a qual se funda o reforço pode servir com comoo um reforço refor ço condicionado condicionado automático. O falante, que é também o ouvinte capaz, “sabe quando imitou correta mente uma uma respost resposta” a”,, e é reforçado por is isso. so. Ta Tall refor reforço ço leva 92

 

a forma da resposta a se aproximar cada vez mais da forma do estímulo, sendo o limite a mais precisa correspondência possí

vel, quer com a capacidade vocal do falante, quer com sua capacid cap acidade ade de julgar a semelhan semelhança. ça. (Q (Qual ualque querr int interfe erferênc rência, ia, seja com o estímulo ecóico, seja com a estimulação gerada pela

resposta significar umaverbal topografia defeituosa   como ecóica, se vê pode no comportamento do surdo-mudo.) O reforço automático de ler um texto “interessante , todavia, tem apenas o efeito de ampliar a probabilidade de ocorrência de tal comportamento; ele não reforça diferencialmente as for mas corretas no nível fonético. Álguma autocorreção é possível em amostras mais am plas do comportament comportamentoo verbal. Um Umaa pesso pessoaa pode responder inicialmente com uma sílaba, uma palavra ou uma frase detur pada para, em seguida mudar para uma forma correta que “parece adequada” ou que “ faz sen sentitido” do”.. Isto depende depende do condicionamento anterior da resposta do ouvinte e, usualmente, uma resposta só “parece adequada” ou “faz sentido” se for de taman tamanho ho substancial. Uma a comparaçã comparação o do est estímul ímulo o leitor e da resposta-produto não pode Um modelar o comportamento do abaixo do nível, digamos, da sílaba mais do que o som da fala do comportamento comportament o ecóico. ecóico. A má má pronúncia, mesmo acim acimaa do nível da sílaba, constitui uma característica familiar do com portamento textual e, por essa razão, muitas vezes é fácil dis tinguir um repertório de comportamento verbal basicamente ou, pelo menos, originalmente textual.

 __   _ _ 

Aut

o c o m po r t a m e n t o

  Te

x t u a l

Ler um texto escrito por nós mesmos é tão comum que

sua importância sua importância pode passar despercebida. Fre Freqüen qüenteme temente nte,, criamos criam os um m texto ( “ tom tomam amos os nota” ) o:para cont controlar rolar anosso portamento ais tarde. Por exemplo: exempl lembramos nós com mes mes  fazer  r   algo ou dizer   algo, como quando proferimos mos para  faze umaa conferência um conferência ou lembramos uma uma passagem passagem lida. Há um umaa vantagem, como veremos na V Parte, cm se revisar notas quando “pensamos acerca de algum problema” ou quando “es clarecemos clarecem os nossas nossas idéi idéias” as”.. A natureza natureza relat relativamente ivamente p perma erma nente de um texto, quando comparada com estímulos ecóicos, toma o autocomportamento textual comumente mais impor tante que o auto-ecóico, e o primeiro demonstra de forma mais obvia as vantagens ocasionais do comportamento auto-ecóico mencionadas no capítulo precedente.

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TRANSCRIÇÃO O único comportamento verbal até agora considerado foi o comportamento comportamento vocal. O falante cria um padrão auditivo, que é reforçado quando afeta o ouvinte enquanto estímulo auditivo. Uma Uma resposta resposta que crie crie um estímul estímuloo visual com efeito similar também é verbal, de acordo com nossa defini ção.. Desde que o comportamento verbal ção verbal pode pode consi consistir stir em escrita, e não em fala, outras correspondências entre a dimen são do estímulo e da resposta precisam ser consideradas. O escrever, distintamente do falar, requer apoio do meio externo. Ele só ocorre em um “ meio meio”” . Precisamos tratá-lo em, pelo menos, três níveis: 1 ) obt obtendo endo os instrumentos instrumentos ou materiais necessários, 2 ) fazendo fazendo ma marcas rcas de forma difer diferenci enciada ada e

3 ) transmitindo tais marcas marcas ao lei leitor. tor. O segundo estágio é o que mais importa para esta aná 1  nãodisponíveis lise, se o estágio puder ocorrer porque,aspor exem plo, mas os materiais não estão ou porque respostas nesse nível são muito fracas, nenhuma resposta será emitida no estágio 2 , apesar de um umaa for força ça poss possive ivelment lmentee grande. O com portamento escrito é uma forma vantajosa, que deve ser con siderada ao se discut discutir ir a composição composição e a cor correç reção. ão. No compor tamento vocal há, às vezes, uma distinção entre a mera emis são de uma resposta e a emissão, de forma a vir a afetar o ouvinte (capítulo 5), mas isto é muito menos óbvio que a distinção entre os estágios 2  e 3  apontados acima. Quando tanto o estímulo quanto a resposta são escritos, eles podem sê-lo em sistemas dimensionais diferentes e todas as características do comportamento ecóico seguir-se-ão, exceto pelo fato de eles agora se expressarem em termos visuais e não em termos auditivos. auditivos. A modelagem modelagem automát automática ica da resposta resultante de uma comparação com um estímulo de dimensões semelhantes é o objetivo do caderno de caligrafia, como uma situação da escrit escritaa do profess professor. or. O repertór repe rtório io mínimo pod podee ser finamente matizado; assim como o comportamento ecóico

se aproxima da imitação, aquilo que chamamos de cópia apro xima-se do desenho. Na verdade, copi copiar ar um manuscrit manuscritoo nu num m alfabeto desconhecido é idêntico ao processo de copiar um conjunto conj unto de figuras. Desenhar Desenhar,, assim como imit imitar ar vocalment vocalmente, e, 94

 

 jequer um repertór repertório io extraor extraordina dinariam riamente ente com comple plexo. xo. É difí difícil cil desenhar bem, assim como é difícil imitar bem, e há grandes diferenças na habilidade de pessoa para pessoa na execução dessas modalidades.  famii li ar é ^diferente de Copiar um texto num alfabeto  fam desenhar segundo o tamanh tamanhoo da unidade “e “ecoi coica ca . O copist copistaa hábil possui um pequeno número de respostas padronizadas (as maneiras pelas quais ele produz as letras do alfabeto), respostas que se encontram o controle de uma dee es tímuloss (a tímulo (as s letras do te texxto). to ).sob O reforço reforço máxim máximo o serie dep depend ende de uma correspondência entre a unidade da resposta e a unidade do estímulo; mas, assim como o comportamento ecóico pode assemelhar-se assemelha r-se muito vagamen vagamente te ao padrão padrão repetido ( diferindo em grau de intensidade, velocidade, entonação e outras pro priedades) assim também o repertório mediante o qual uma pessoa copia um texto pode produzir formas visuais que di ferem do estímulo estí mulo visual dent dentro ro de amp amplos los limite limites. s. Quand Quandoo se copia um impresso sob forma manuscrita, ou quando se copia da caixa alta para a caixa baixa, as semelhanças geomé tricas entre o estímulo e a resposta podem ser triviais ou podem estar ausentes. ausentes. Não há, nes nesse se caso, caso, um efe efeit itoo au autocor tocorret retivo: ivo: repertório tais tipos do de desenho. cópia escrita não se assemelham à unidade do Uma resposta escrita também pode ser controlada me diante um estímulo vocal; por exemplo, quando se toma um ditado. As unidades unidades de respost respostaa m mais ais comuns nnoo alfa alfabe beto to inglês permitem um umaa transcrição transcrição por ext extenso enso.. O repe repertó rtório rio mínimo do amanuense ou do estenógrafo revela uma correspondência altamente eficiente entre as propriedades visuais do padrão pro duzido pela rwposta e as propriedades auditivas do estímulo. A unidade de correspondência pode ser bastante ampla, como nos sinais de palavras, ou tão pequenas quanto, digamos, uma característica que representa a presença ou ausência de voz. -estas correspondências são inteiramente convencionais e nunca se proclamouainda que que houvesse um mecanismo semelhante a imitação, o comportamento do inato, estenógrafo hábil possa tornar-se tão “natural” quanto o comportamento ecóico de um hábil imitador. A transcri transcrição ção — quer quando quando se copia material escnto cn to,, quer qu quand andoo se tom tomaa um ditado — recebe mu muitos itos refor refor ços especiais, educativos e econômicos, e continua a ser sus tentada por outras conseqüências da vida diária, Vemos ta tais is

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repertórios em ação onde quer que haja pessoas transcrevendo comportamentos verbais com qualquer fim. As relações as sim estabelecidas são eficazes, embora não tão óbvias, quando uma resposta transcrita se introduz em outro comportamento escrito. escri to. Por exe exempl mplo: o: ao escre escrever ver um umaa cart cartaa quand quandoo alg algué uém m está falando, podemos transcrever uma palavra ouvida mesmo que ela não tenha relação com as variáveis responsáveis pelo resto da da carta. Da m mesm esmaa forma, quand quandoo escre escrevemos, vemos, enquan to lemos, podemos copiar uma palavra e produzir uma distor ção semelhante do comportamento em andamento (Ver Capí tulo 1 1 ). Outras Outr as formas de comport comportamento amento verbal ( por exemplo, os gestos) podem mostrar correspondências entre respostas e estímulo, correspondências que colocam problemas semelhan tes de unidade de repertório mínimo.

COMPORTAM ENTO

INTRA INT RA VERBAL

No comportamento ecóico e no ato de escrever a partir de uma cópia exis existe te uma uma corr correspondê espondência ncia 7ò 7òrrm ãÍ”êntr tree_~ a es es tímulo e a resposta produ produzida zida.. No comportamento comportamento textual text ual e na tomada de um ditado existe uma correspondência ponto a ponto entre sistemas dimensiona dimensionais is dif diferent erentes. es. ponto Mas Mas aalg algum umas as respostas verbais não apresentam correspondência ponto com os estímulos estímulos verbais que as as evocam. Ë o caso de res pondermos 4  ao estímulo verbal 2  + 2, ou à bandeira  para eu juro fidelidade,  ou Paris  para capital da França,  ou 1066  lherme, o C onqui nquistad stado or .  Podemos chamar o compor para G ui lherme, tamento controlado por tais estímulos de intraverbal.  JLIma vez que não estamos tratando de correspondências formais, podemos considerar os estímulos vocais e escritos e as respos tas vocais e escritas em 4  combinações ao mesmo tempo. Muitas respostas intraverbais são relativamente triviais. As fórmulas sociais apresentam freqüentemente esse tipo de controle; por exemplo: Como vai você?   pode ser apenas um estímulo para Bem, obrigado,  na qual a resposta é puramente intraverbal intr averbal.. A resposta  por favor é  freqüentemente pouco mais que um apêndice intraverbal de um mando.  A “con versa"’ é amplamente intraverbal e nem sempre é claro que a conversa “ séri séria” a” seja algo mais. mais. Exempl Exemplos os m mais ais importan tes são encontrados na determinação das seqüências gramati 96

 

cais e sintáticas (Capítulo 13). Por quê?   é freqüentemente um estímulo para uma resposta começada por Porque, não importando o que venha depois. Quando um longo poema poema é recitado, muitas vezes podemos explicar a maior parte dele supondo apenas que uma parte controla a outra de maneira

intraverbal. Se interrompemos o falante, falante, o control controlee p pod odee perder-se; mas um início rápido restabelece-lo-á, recriando o estímulo verbal apropriado. O alfabet alfabetoo e adquirido como um umaa série de respostas intraverbais, assim como a contagem dos números, a adição, a multiplicação e a reprodução das tabelas matemáticas matem áticas em geral. Muitos dos “ fat fatos” os” de historia são adquiridos adq uiridos e retidos retidos como respostas int intraverba raverbais. is. O mesm mesmoo ocorre com muitos fatos científicos, apesar de nesse campo as respostas estarem amiúde sob outro tipo de controle, que será discutido no próximo capítulo. capítulo. Um problema co consti nstitui tui m muitas uitas vezes o estímulo para uma resposta ampliada sem nenhuma outra variável controladora control adora important importante. e. A resposta ààss questões numa prova objetiva estimula respostas intraverbais mais ou menos men os da mesma mesma forma. Muitas metáforas aparentes e alusões literárias têm freqüentemente freqüentemente origem origem intraverbal. Em expres toas fi t as a fi ddle  [“Ele estava bem disposto”] sões como H e to was pl pl eased as Punch P unch  [“Ele estava muito satisfeito”] ou H e was não precisamos procurar o processo envolvido na verdadeira me táfora (capítulo 5), mas podemos procurar uma explicação para as respostas  fi ddle  e Punch  na história intraverbal do falante. As “Alusões Irrelevantes” 3  de Fowler podem ser explicadas da como di dirr i a A l i ce. ce.  . . , a mesm me smaa forma. Na respo resposta sta  A moral, com palavra-estímulo moral   pede a resposta como diria Alice.  (O fato de uma alusão literária proporcionar colorido ou prestígio relaciona-se com outra variável, que será considerada no Ca pítulo 6 .) En

cadeamento

Nem todo elo de uma cadeia de respostas intraverbais está sob o controle controle exclusivo exclusivo do do elo precedente. Vemos isso qu quando ando uma cadeia (como dizer o alfabeto, atribuir o valor e  a vinte ligares ou recitar um poema) é interrompida e não pode ser restabelecida restabele cida pelo último último elo emitido. Um recomeç recomeçar ar apressa apressado do retoma o estímulo de controle mais remoto e pode ser eficiente, or outro lado, erros por “haplologia” mostram o poder ocasio3.

Fowler, H. W .  M  Mod oder ernn Englis En glishh Us Usage age   (Londres, 1930).

97 

 

nal de nal de um único elo. Isso Iss o ocorre quan quando do dois elos são idênticos: o falante atinge um primeiro elo e continua com as respostas que se seguem seguem ao segundo. segundo. (A haplografia — tipo semelhant semelhantee de erro que ocorre na cópia de um texto — é, como era de se es perar, muito ma mais is comum comum que o tipo intraverbal intraverbal.. O comporta mento complexo do copista — que olha o texto original, em seguida olha a cópia, para depois voltar ao texto à procura da “mesma palavra” — é relativamente pouco afetado pelos es tímulos mais remotos.) Muitas características importantes das respostas verbais en cadeadas, ou das intraverbais em geral, são esclarecidas por uma comparação compa ração com o comportamento comportamento musical. Ao tocar de memó ria, a antecipação haplológica salta para uma frase final, a haplogia inversa que consiste em se ser capaz de encontrar a frase

final porquefreqüentemente um elo anteriorrequerido fica se repetindo, e o “recomeçar apressado” para se começar a tocar in medias res  são parale paralelos los óbvios. óbvios . A mú música sica também propo propor r ciona indícios da importância da auto-estimulação nas cadeias “ intraverbais intr averbais”” . O cantor incapa incapazz de pro produz duzir ir notas de intensi dade adequada pode “perder a melodia”, quer ele esteja lendo a partitura, quer esteja cantando de cor. Exemplos comuns de encadeamento intraverbal são des critos pelo termo “empréstimo “empréstimo literário” lite rário”.. Todo comp comporta orta mento verbal é, obviamente, emprestado no sentido de que é adquirido de outras pessoas. pessoas. Boa parte dele se inicia como como comportamento ecóico ou textual, mas ele não prossegue com tais características quando o estímulo ecóico ou textual está ausente. Uma Uma colocaç colocação ão comumente “empr “empresta estada” da”àsdeconexões palavra palavrass intraverbais nnuma uma pas sagem literária remonta adquiridas adq uiridas ao tempo d doo contac con tacto to ooriginal riginal com a fonte. fon te. A pro prova va de tais empréstimos consiste em demonstrar que passagens pa ralelas não podem ser explicadas de maneira plausível de outra forma. Seqüências int intrave raveiba ibais is são são deli deliberadament beradamentee adquirida adquiridass por causa de sua utilidade para o escritor ao seguir o princípio do “macaco perseverante” de R. L. Stevenson ou em encorajar as múltiplas fontes literárias do Capítulo 9. “As s o c i a ç ã o  

d e 

Pa

l a v r a s”

Um efeito desse condicionamento extensivo de operantes intraverbais “asso ciação livre” livre ”é —o encadeamento ou, como dizemo dizede mos, s,respostas no caso casogeradas de u um mnaencad encadea ea mento muito diferent diferentee do nosso, um “ vôo de idéias” idéias”.. Uma res res--

98

 

oost* verbal proporciona o estímulo para outra, em longas séries. O efe efeit itoo claro se re reve vela la no expe experiment rimentoo clássico d daa n5Mwilo ilorã rãnn de palavra palavras. s. Aqu Aquii pede-se simple simplesme sment ntee ao suj sujei eito to que responda verbalmente que late alto qualquer resposta aemum queestimulo po possa ssa “ verbal,^ou pensar is isto to ree, que ele se descubra da dand ndo-a o-a silenci silenciosamente. osamente. Respostas ecóicas e textuais são comumente produzidas, mas tais respostas ou são enviadas mediante instruções ou são excluídas dos resul tados. tado s. Tal Ta l experimento repetido com mu muitos itos sujeitos, sujeit os, ou mu muitas itas vezes com um sujeito, produz uma ampla amostra de respostas sob o controle de um estímulo-padrão numa dada comunidade verbal. verb al. O uso da dass respos respostas tas individuais p para ara fifins ns de diagnos tico será considerado no Capítulo 1 0 . No momento, momento, estamos interessados na relação intraverbal em si mesma. Os reforços estabelecidos por operantes intraverbais cos tumam tum am ser bastante bastante óbvios e específi específicos. cos. As contingências sã sãoo as mesmas, quer no comportamento ecóico quer no textual: um estímulo verbal é a ocasião na qual uma resposta verbal parti cular recebe caracteristicamente algum tipo de reforço gene ralizad raliz ado. o. Na sabatina oral escolar, a resposta correta correta é a que é reforçada no momento da ocasião verbal criada pela pergunta. Por isso ela é m mais ais provavelmente emiti emitida da quando a

pergunta for proposta de novo. Ao recit recitar ar um poema poema ou ou aaoo fazer uma longa descrição de um episódio histórico, cada seg mento (não precisamos especificar exatamente o começo e o fim) é a ocasião na qual um segmento particular bem sucedido é reforçado como correto. As relações intraverbais, em qualquer repertório adulto, constituem resultado de de contingências centenas de milhares de reforços sob uma grandeo variedade inconsistentes e até conflitivas. Muita Muitass respo respostas stas diferentes são são post postas as sob o contr controle ole de uma dada palavra-estímulo e muitas palavras-estímulo di versass são postas sob o con versa control trolee de de um umaa única resposta. Por Po r exemplo: o reforço educacional constrói muitos operantes intra verbais diferentes envolvendo os números cardinais. Quatro  e parte da ocasião para cinco,  no processo de aprender a con  seii s,  quando se aprende a contar de dois em dois; tar; para  se para um, quando se está aprendendo o valor de tt, e assim por diante. Por Po r outro lado, muito muitoss estímulos verbais verbais dife rentes acabam sob o controle da resposta quatro,  por exemplo, *un, dots, tres,  ... ou duas vezes dois.  . . Muita Muitass conexões d di-i«crentes entre respostas verbais e estímulos verbais são esta

 

belecidas quando passagens diferentes são memorizadas e “fa tos” diferentes são adq adquiridos. uiridos. O experimen experimento to de associa associação ção de palavras palavras mostra os resultados. Ocasion Ocasionalmen almente, te, um ope rante intraverbal pode predominar, mas em geral a resposta que será dada a um estímulo verbal, quando nenhuma outra condição é aespecificada, ser prevista somente forma estatística, partir das pode freqüências observadas nos de testes de associação de palavras. Pensou-se inicialmente que tipos de associação nas res postas intraverbais representavam tipos de processos de pen samento. C. G. Jung, em seu famoso Estudos Sobre a Associação de Palavras,  usou um complexo sistema de classificação a partir do qual qual “relações p psíquicas” síquicas” seriam seriam reconstruídas. El Elee distinguiu quase quase 50 subclasses. Se o estí estímulo mulo mar   produzia lago,  tratava-se de uma Subordinação; se  ga  gato to  produzia animal,  era um caso de Superordenação; se dor   produzia lágrimas,  tratava-se de Dependência Casual, Casual, e ass assim im por diante. Mas tal classificação lógica tem pouca ou talvez nenhuma conexão com as condições de reforço responsáveis pelo comportamento intraverbal. Podemos Podemos admitir, pelo contrário, contr ário, que ao lado da dass seqüências intraverbais especificamente adquiridas, um estímulo verbal constituirá ocasião para reforçar uma resposta verbal de forma diferente quando, por qualquer motivo, as duas for mas ocorrem fre freqüe qüente ntement mentee juntas. juntas. A razã razãoo com comum um disso é que as circunstâncias não-verbais sob as quais são emitidas ocorrem juntas. Podemos chamar essa tendência a ocorrerem juntas de “ us usoo contíguo” cont íguo”.. No experi experimento mento com comum um de associa associação ção de palavras, as associações por meio dos sons das palavras, inde pendentemente de seu significado, são, como vimos, ou ope

ran rantes tes ecóicos, textuais, textuaisão s, ou transcritivos. transcritivos Oscontíguo. operantes Há in traverbais remanou remanescentes escentes explicados por. uso momentos em que é útil ter certos operantes de prontidão. Apelamos para esse princípio visando a possíveis reforços para repetir repet ir a fala de outras pessoas pessoas num numaa conversa. O uso con tíguo descreve outro caso: quando falamos sobre lagos é  van tajoso ter disponível a forma mar.  Para expl explicar icar um operante intraverbal específico é necessário substituir um acontecimento reforçador atua atuall por uma uma “ vantagem vantagem”” . Em ggeral, eral, to todav davia, ia, basta mostrar que a forma mar   ocorrera provavelmente no  gato; o; lágri mas,  no contexto de lago; animal,  no contexto de  gat contexto de dart   e assim por diante. Se as conex conexões ões cau causais sais

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0 ti lógicas têm qualquer relevância é na descrição das condi

ções que produzem essas propriedades contextuais do mundo físico. Certas exceções exceções,, nas nas qua quais is a freqüência de resposta não se segue do uso contíguo freqüente, podem ser atribuídas a reforços específicos, especialmente onde as respostas têm uma circulação limitada ou quando a história do falante é pouco comum. As respostas dadas a uma lista de palavras-estimulo depen dem de m naturalmente naturalment e da história história verbal do falant falante. e. Grupos de falantes pode podem m apresentar diferenças grupais. grupais. Não é surpreen dente que colegas do sexo masculino e do feminino revelem a tendência de dar respostas diferentes a palavras-estímulo como anel4, enquanto estudantes de medicina divergem dos estu dantes de direito nas respostas dadas a uma palavra-estímulo tal como administrador 5. A natureza do controle de estímulos no comportamento intraverbal é revelado pelas respostas a estímulos verbais que contêm mais de um umaa palavra palavra.. O estímulo vermelho,  no expe rimento comum de associação de palavras, pode produzir verde, verde,   azul, há cor  muitas ou qualquer uma dentre inúmeras outraselarespostas, pois circunstâncias diferentes nas quais aparece como parte da ocasião para o reforço de tais respostas. Da mesma forma, a palavra-estímulo branco  produzirá negro, neve,  neve,  etc. et c. Mas, nu numa ma comunidade americana, na na ausência de outros determinantes específicos, o estímulo verbal composto vermelho, branco  . . . pro rod duzirá zirá azul,  preferencialmente a qualquer outro. O estímulo composto constitui const itui uma uma ocasião muito mais específica do que qualquer uma de suas partes tomada separadamente, e é uma ocasião na qual a resposta azul  é caracteriscamente caracter iscamente dada e reforçada. Da m mesma esma maneira, um umaa nada da a v er com o  ... pro expressão tal como I s t o nnãão tteem na duzirá caso,  ou uma ou duas outras formas, com exclusão de

todas as produzirem demais demais irem 6, apesar de variedade essas pala palavras vras, , tomadas separa damente, produz grande de respostas. resposta s. Quan Quanto to mais complexo o padrão do estímulo, quanto mais específica a ocasião verbal, tanto mais forte o controle exercido sobre uma unica resposta.

4.

Coo Cooden denoug ough, h, F. L. — Sc Scie ienc nce, e, 1104 04 (1 9 4 6 ), 451-456 .

(1943), 299-309^' 6-

* MacmilIan’ Z-

L ’  JJ- ExP- Psych ychol ol--> 33

Car Caroll oll,, J. B B.. Psy Psycho chome metri trika ka,, 6 (19 (1 9 4 1 ) , 29 297-3 7-307 07..

 

Assim como alguém pode repetir-se ou ler os estímulos verbais que tenha produzido, assim também esse alguém pode responder intraverbalmente a estímulos autogerados, como suge rem muitos exemplos exemplos citados acima. O compor comportament tamentoo que gera os estímulos pode estar oculto. A U n id a

de 

In

t r a v e r b a l

O número de relações intraverbais no repertório de um falante adulto provavelmente ultrapassa muito ouma número de formas diferentes de respostas desse de repertório, vez que uma uma dada dada forma p pode ode te terr muitas muitas conexões funcionais. funcionais. Esse total é acrescido ainda pelo fato de unidades de tamanhos di ferentess coincidirem. Alguns ferente Alguns operantes intraverbais são com postos ou partilham de outros. outros. Tais Tai s operantes podem podem ser tão pequenos quanto um único som vocal, como ao recitar o alfabeto, ou ao usar certos rótulos gramaticais, ou podem ser compostos de muitas palavras, como quando recitamos um poemaa ou tomamos de emprést poem empréstimo imo um umaa expre expressão. ssão. Quando consideramos a múltipla causação do comportamento verbal achamos útil e freqüentemente proveitoso recorrer a uma uni dade da de intraverbal intraverbal consti constituída tuída apen apenas as de um padrão enfá enfátic tico. o. (Só (S ó por meioaprender de uma comportamento intraverbal desse tipo pode alguém falar sob a forma de pentâmetros jâmbicos ou a compor quintetos com facilidade.) Exceto no que respeita a elos intraverbais específicos em áreas limitadas do conhecimento, não há um repertório mínimo semelhante ao que se aproxima da imitação no comportamento ecóico ou que permite a um leitor hábil pronunciar uma pala vra nova num num te texto xto.. Um estímulo estí mulo verbal novo pode pode evocar respostas intraverbais por causa de sua semelhança com outros estímulos, mas não há razão para que tal comportamento deva ser consistente ou revele qualquer unidade funcional de pe quenas quen as partes. partes. Ao estudar respostas intrave intraverbai rbaiss a no novo voss estímulos, Thorndike7  não encontrou nenhuma tendência con sistent sistentee em responder de uma uma forma forma pad padronizad ronizada. a. Is Isto to é ver dadeiro mesmo para estímulos tomados de uma língua inter nacional, que usava tais tendências com fins mnemónicos.

7. Thorndike, E. L., L. , Stu Studie diess in the Psychology Psychology of Lang Language uage   (Nova Iorque, 1938).

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T e à DUÇÃO

Um caso especial de comportamento intraverbal é a tra dução. O modus operandi é  usualmente claro para o estudante que inicia o estudo de uma nova língua e que primeiro adquire uma série de operantes intraverbais, nos quais os estímulos são dados dad os numa numa língua e as respost respostas as em out outra. ra. As * línguas po dem ser de qualquer dos dos tipos consider considerados ados no capítulo 7. Os pais podem traduzir “a linguazinha” de seu filho para um estranho, assim como o cientista traduz o jargão profissional para o leigo. Nesse sentido, a sim simples ples paráfrase é uma uma tradu ção. Como em qualquer outro comportamento intraverbal, quer o estímulo quer a resposta podem ser escritos ou falados sem que o processo básico se altere. No caso mais comum, os estímulos são dados na nova língua, enquanto enquant o as respostas sã sãoo da dada dass na antiga. Dia Diante nte de uma passagem na nova língua, o tradutor emite (digamos alto) respostas intraverbais intraverbais aprop apropriadas. riadas. Se estas coinci coincidirem direm com algo semelhante a um padrão familiar, ele pode então reagir de alguma ou de todas as formas apropriadas a um ouvinte (Ver particularmente os capítulos  5  e 6 ). Ta Tall auto auto-estim -estimulaulação constitui uma reminiscência de estágios anteriores de lei tura. Ela El a proporciona a autocorreç autocorreção ão da dass unid unidades ades que de certa forma estejam acima do nível do som isolado da fala. Eventualmente, o tradutor vai além desse mais procedimento seiro, desenvolvendo operantes intraverbais eficientes,gros em especial de padrões mais amplos, e adquirindo um comporta mento normal de ouvinte ou de leitor sob o controle da nova língua sem auxílio da tradução. Quando a tradução se faz da língua antiga para a nova, o tradutor pode não reagir absolutamente como ouvinte a seu próprio comportamento. Ele El e compõe uma uma sentença na no nova va língua ape apenas nas como uma uma séri sériee de respostas respostas int intrave raverba rbais is.. Ela Ela pode ou não ser eficaz numa comunidade verbal apropriada. Se o falante não é ainda ouvinte nessa comunidade, não havera correção automática em seu comportamento. línguas são adquiridas independentemente, pode Quando pode haver pouca poduas ucass conexões iintraver ntraverbais bais en entr tre e elas elas.. Na verade, um bilíngüe hábil pode não ser capaz de dar rapidamente U  guando solicitado a fazê-lo pela primeira vez. ua habÜidade nesse sentido melhora de forma a parecer que está adqu adquirindo irindo um conjunto conj unto d dee operantes intraverbai intraverbais. s. Se

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ele se torna, por exemplo, professor de línguas, pode adquirir uma bateria completa de estereótipos intraverbais, que não desempenham nenhum papel útil em seu comportamento en quanto bilíngue quando ele não está ensinando. Por outro lado, o falante bilíngüe pode funcionar como umaa espécie de tradutor. um tradutor. Respondendo a um único con conjunt juntoo

de circunstâncias em duas línguas, ele proporciona ao ouvinte umaa possível ligação entre um entre as duas. duas. É mais difícil difícil dizer o que ocorre quando ele ouve algo numa língua e responde em outra. O caso é freqüent freqüentement ementee apontado como algo que exige o conceito de “ idéia’* idéia’ * ou de “proposição” “pr oposição”,, um umaa vez vez qque ue algo comum às duas línguas aparece como responsável por esta o sentido permutabilidade. permutabili de uma dade.resposta Mas dizer e a transfere que um para tradutor tradutoutra or apreen apreende não deé explicar   seu comport comportamento. amento. Dizer Dizer que ele emit emitee um com portamento numa língua controlada pelas variáveis que infere como responsáveis por uma resposta em outra língua também é ilidir ilidir a questão. El Elee pode pode reagir a um umaa resposta num numaa língua, de uma das maneiras características do ouvinte, e em seguida descrever sua própria reação em outra língua; mas isto não pro duz propriamente propriamente uma uma tradução. Todavi Todavia, a, sua resposta com comoo ouvinte pode operar no sentido de confirmar a tradução obtida de outra maneira. maneira. Ele experime experimenta nta um umaa tradução, com comparan paran do os efeitos das duas versões sobre si mesmo e mudando a tradução até que os efeitos sejam aproximadamente os mesmos. Mas isso não explica o comportamento por ele assim comparado.

PROPRIEDADES DINÂMICAS DO  COMPORTAMENTO VERBAL SOB  O CONTROLE DOS ESTÍMULOS   VERBAIS Quando os estímulos verbais que controlam o comporta mento ecóico, textual e intraverbal são razoavelmente claros e fortes, e os repertórios são bem estabelecidos, não é provável que haja muita variação na velocidade ou energia da resposta. Ler alto, provavelmente, é monótono, porque uma parte do texto não difere grandemente da outra no âmbito de seu con trole. Is Isso so também vale para os estímulos estímulos ecóicos quando o falante recebe ordem para “repetir outra pessoa” palavra por

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palavra. A recitação intraverbal de um poema, costuma ser monótona, pois a única variação provém da extensão em que o comportamento foi condicionado.

Essa uniformidade dinâmica advém não apenas da uni formidade dos estímulos, mas do uso de um reforço generali zado, zad o, uso uso que que trabalha trabalha para el elimi iminar nar as variaç variações ões d daas^ variá veis de motivação. Em mu muitos itos casos, a uniformidade é espe cificamen cificamente te reforçada. Na transcr transcrição, ição, por exempl exemplo, o, um nível constante de força pode ser mais eficiente na produção de uma cópia utilizável, assim como a mera comunicação vocal pode benefici benef iciar-s ar-see das das mes mesma mass propriedades. Em outras circunstân circunstân cias, todavia, o comportamento vocal ganha ao apresentar al gumaa variedade gum variedade dinâmica. Isto Is to é especialmente especialmente verd verdade ade quan do é  importante para o ouvinte que o comportamento reflita

as circunstâncias sob as quais ele foi emitido originalmente — isto é, quando as variáveis que afetam o escritor original podem ter algum efeito sobre o comportamento vocal do lei tor e, portanto, em última instância, sobre o ouvinte. Is Isso so seria comum se um texto representasse de um modo mais exato exa to as propriedades dinâmicas dinâmicas d daa fala. Ao repet repetir ir o que que se acabou de ouvir como comportamento ecóico, a variedade dinâmica do estímulo pode ser comunicada, particularmente se o repertório ecóico se aproxima do da imitação e se o comportamento intraverbal, em resposta aos estímulos vocais, podee possuir caracterís pod características ticas dinâ dinâmica micass semelhantes. Mas quan do o estímulo é um texto — quer o comportamento seja tex tual, quer seja intraverbal — as propriedades dinâmicas da fala original se perd perdem em — excet exceto, o, por po r exempl exemplo, o, quan quando do um umaa palavra pala vra é sublinhada sublinhada pa para ra ter m mais ais ênfase. Em tais circun circunsscias, o bom leitor, o ator ou o declamador treinado, como vi moss no^ capít mo capítul uloo 2 , introduzem uma variedade de velocidades, entonações e níveis de energia que não são controlados por estímulos intraverbais, mas acrescentados ao comportamento por causa das contingências reforçadoras colaterais do tipo que sera discutido no capítulo 6 . Ainda que o compor comportamento tamento possa ser apenas textual ou intraverbal, ele tem alguma das va riedades de operantes verbais sob outros tipos de relações ^ omo Evelina Evelina disse de Gar Garri rick ck . .Eu .E u ma mall posso acreditar que ele tenha estudado um texto escrito, pois cada palavra parece ser pronunciada segundo o impulso do momento”. 8 8.

Bumey Bumey,, Fanny, Evelina   (Everyman Edition), p. 22.

10ß

 

O “SIGNIFICADO” DAS RESPOSTAS VERBAIS   DADAS AOS ESTÍMULOS VERBAIS comportamentos textual intraverbal são são às vezesOs vezes, , desprezad despre zados os como “ecóico, lingua linguagem gem espúria” espúreia”. . Ele Eless não importantes para o teórico da significação, porque a corres pondência entre respostas e variáveis de controle não apre sentam problemas importantes importantes de referênci refer ência. a. A única rela ção semântica relevante parece ser a que se estabelece entre a  fontee  do estímulo verbal no comportamento do resposta e a  font falante que o produziu originalmente, e isto só se relaciona longinquamente longinquam ente com o comportamento do fala falante nte atua atual.l. No próximo capítulo, voltaremos ao problema da referência. Na explicação do comportamento verbal como um todo, as relações funcionais efetivas não devem ser negligenciadas por causa de uma preo preocupa cupação ção com o senti sentido. do. Nas pessoas alfabetizadas, os operantes ecóicos e intraverbais, bem como os textuais constituem, em geral, parte importante do compor tamento verbal. A contribuição contribuição d dee ta tais is respo respostas stas é particular mente importante quando passamos a examinar o modo como as variáveis se combinam na fala continuada, e o modo como o efeito do próprio comportamento do falante o leva a compor

e a corrigir o que ele diz, e a manipulá-lo no pensamento verbal.

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Capítulo 5  0 TACTO Em todo comportamento verbal sob controle de estímulo há trê trêss acontecime acontecimentos ntos impor importantes tantes a serem consider considerados: ados: um estímulo, um uma re resposta sposta e um reforço. Eles sã sãoo interdependentes, como vimos, da seguinte for forma: ma: o estí estímulo, mulo, agindo antes da emissão da resposta, cria ocasião para que a resposta prova velmente seja reforçad reforçada. a. Sob tal dependência, mediante u um m processo de discriminação operante, o estímulo toma-se a oca sião em que a resposta provavelmente será emitida. Nos operantes ecóicos textuais e intraverbais o estímulo anterior anteri or é verbal. Exi Existe stem m do dois is tipos importantes de estímu los de cont control rolee que usualmente são não-verbai não-verbais. s. Um deles  já foi me menci ncion onad ado: o: um auditório  controla caracteristicamente um amplo grupo de respostas mediante um processo que será discutido em detalhe no capítulo 7 . O outro é constituíd constituídoo nada menos que pelo conjunto do meio físico: o mundo das coisas e acontecimentos a respeito dos quais um falante “fala”. O comportamento verbal sob o controle de tais estímulos é tao importante que é o único estudado exclusivamente pelas teorias de linguagem e da significação. A dependência em três termos, nesse tipo de operante, é exemplificada quando, na presença de uma boneca, uma crian ça freqüentemente adquire um reforço generalizado dizendo boneca;   ou quando um peixe teleósteo ou sua imagem cons titui ocasião na qual o estudante de zoologia é reforçado quan

 peioperante. i xe tele teleóste ósteo. o. do   Não, “háSímbolo um ter termo adequado para esse tipodizde pe “ Sinal” Símbolo” ” mo e outros termos term os mais m ais técnicos da lógica e da semântica nos comprometem com es quemas especiais de referência e destacam a própria resposta

 

verbal ma mais is do que as relações de con contro trole. le. O ttermo ermo tacto  que invent inventei ei será usado aqui. Ess Essee termo traz traz consigo certa sugestão mnemónica do comportamento que estabelece “con tact ta cto” o” com o mundo mundo físi físico. co. Um tacto  pode. ser definido como um operante verbal, no qual uma resposta de certa forma é evocada (ou pelo menos reforçada) por um objeto particular ou um acontecimento ou propriedade de objeto ou aconte ciment cimento. Expli camos a forç força mostrandoé que na presença desse objeto o.ou Explicamos acontecimento tala resposta caracteristicamente re forçada em determinada comunidade verbal. Pode ser tentador dizer que num tacto  a resposta “se re fere a”, “menciona”, “anuncia”, “fala sobre”, “nomeia”, “denota” “de nota” ou “descreve” “des creve” sseu eu estímulo. Ma Mass a relação essencial entre resposta e estímulo de controle é precisamente a mesma quee a do comportamento intraverbal, textu qu textual al e ecóieo. Nã Nãoo dizemos que o estímulo intraverbal “se refere a” por todas as respostas que ele provoca, ou que uma resposta ecóica ou tex tuall “menciona” ou “ descreve” sua tua suass variáv variáveis eis d dee control controle. e. A única relação funcional útil se expressa na afirmação de que a presença de um dado estímulo aumenta a probabilidade de ocorrência uma uma determina determinada Es ta é, também, a de essência do tacto. da forma de resposta. Esta De fato, não deveríamos aplicar nenhum dos termos tra dicionais a exemplos desse tipo. Pode-se condicionar alguém alguém a dizer Como vai?   em determinadas circunstâncias apropriadas. Como pergunta, isto se parece com um mando  mas, na verdade, nada mais é que uma resposta unitária caracteristicamente re forçada em ocasião apropriada. Obrigado,  na maior parte das vezes, nada mais é que uma resposta apropriada a uma classe de ocasiões ocasiões nnas as quais algum algumaa pessoa rec recebe ebeu u algo. Num caso especial, uma resposta emitida caracteristicamente por alguma outra pessoa começa como uma resposta ecóica, mas é even tualmente controlada control adaexemplo, por umpodemos estímul estímuloo tender não-verbal. entrar rar num elevador, por a emitirAoo ent apro  S obe!! ,  mesmo que jamais tenhamos sido ascensoristas. priado  Sobe Num estado de espírito apropriado, podemos emitir tal res posta,, como dizemos, posta dizemos, “excen “excentric tricament amente” e”.. Não estamos estamos anun anun ciando a presença do elevador, ou indicando sua condição; es tamos simplesmente emitindo um comportamento comumente

ouvido e repetido nessa circu circunstânci nstância. a. A mes mesma ma fórmula ex expli pli ca um lapso verbal familiar, no qual saudamos outra pessoa usando usan do nosso própri próprioo nome. As fonte fontess de tais práticas são

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óbvias no caso do falante jovem; uma criança de dois anos

saudava seu pai dizendo Oi, Bobby!,  forma ca racterística pela qual o pai o saudava. Não há nenhuma utilidade, e pode até mesmo ser enga nador, chamar-se um tacto  de “declaração”, “proposição” ou “anúncio”, ou dizer que ele “declara”, “anuncia” ou “denota” algo, ou que ele “toma conhecido” ou “comunica” a condição do estímulo. Se esses termos termos têm têm qualquer significado cie cientí ntí fico, além de uma paráfrase da atual relação, eles se referem a certos processos adicionais, que consideraremos na IV Parte. Veremos, por exemplo, que o tacto é  o operante que mais provavelmente será “afirmado”, sem que todavia o operante em si mesmo possa ser considerado por isso uma afirmação. regularmente

A Re

lação

 

d e 

Co

n t r o l e

O tacto  surge como o mais importante operante verbal, por causa do controle incomparável exercido pelo estímulo an terior.. Ess terior Essee controle control e é estabelecido estabelecido pela comu comunida nidade de reforçadora, por motivos que veremos a seguir. Ele El e contr contrast astaa cla cla ramente com as relações de controle no mando  onde os resul tados mais eficientes são obtidos quando se rompe qualquer conexão com o estímulo anterior, deixando assim a privação ou a estimulação estimulação aversiva no cont controle role da da respost resposta. a. Quer expl explii citamente, quer como efeito de contingências comuns, uma res posta é reforçada de uma única maneira sob várias e diferentes circunstâncias de estímulo. estímulo. A resposta chega ent então ão a “e “especi speci ficar” suas conseqüências características, independentemente da condição na qua quall ela ocorre. No tacto  todavia, (assim como no comportamento ecóico, textual ou intraverbal) enfraquece mos a relação com qualquer privação ou estimulação aversiva específica e estabelecemos uma relação excepcional com um estímulo discriminativo. discriminativo. Fazemos Fazemos isso refo reforçando rçando a respost respostaa tao consistentemente quanto possível na presença de um estí mulo com muitos reforçadores diferentes ou com um reforçador gen genera eraliza lizado . aOresposta controle“es resultante result ante é afeit fedad itoo ap por or meio do estimulo. Uma Um ado. dad dada “espec pecifi ifica” ca” um uma dada propr propriedadeiedade-estímu -estí mulo. lo. Isto Is to é a “ referênci refe rência” a” da teoria semâ semântica. ntica. Falando aproximadamente, o mando  permite que o ouvinte infira algo acerca da condição do falante, independentemente das circuns tancias externas, enquanto que o tacto  permite que ele infira algo acerca das circunstâncias, independentemente da condiÇao do falante. falante. Essas Essas ““infe inferênc rências ias”” precisam ser m mais ais clara-

 

mente representadas pela análise das práticas reforçadoras da comunidade que mantêm atuantes os mandos  e os tactos. Um tacto  estabelecido com um reforço completamente ge neralizado pode ser chamado de “puro” ou de “objetivo”. O fato de a resposta ser emitida pode depender de outras va riáveis; mas, sempre que ela for emitida, sua forma é deter minada unicamente por um traço específico do meio de estí mulo. mu lo. Todavi Todavia, a, um reforç ref orçoo verdadeiramente verdadeiramente generalizado é raro, e (ver particularmente o Capítulo 6 ) é provável que nesse sentido a pura obje objetitividad vidadee jamais se realize. O compor tamento verbal, no qual o reforço é completamente generalizado e cujo controle, por isso mesmo, compete exclusivamente ao meio, é desenvolvido pelos métodos da ciê ciência. ncia. As práticas reforçadoras da comunidade científica suprime por completo os interesses especiais do falante. Is Isto to não é necessar necessariamente iamente sinal de uma ética superior dos cientistas, mas apenas uma prática desenvolvida que se mostrou particularmente valiosa. Ela é responsável por muito da força do método científico (capítulo 18). Re

forço

 

do

  Ta

c t o

Ensina-se a uma criança os nomes dos objetos, cores, etc., quando algum reforço generalizado (por exemplo, a aprovação manifestada pelo estímulo verbal Certo!)   se torna contingente face a uma resposta que mantém uma relação apropriada com um estímulo estí mulo corrente corr ente.. Uma série típica de acont aconteciment ecimentos os é sugerida no modelo da Fig. 5: (FALANTE) Obj

Verme lho — (Auditório)

SD Obj Ver melho

+

SD a

Vermelho Certo! • RV ---------- ► SReforÇ S ReforÇ° a |

S D + Sv



Rv

(OUVINTE) Figura   5

1100 11

 

Admitimos aqui que um objeto vermelho estimula o ou vinte e o falante. O obj objeto eto,, juntamente com a presença do ouvinte como um auditório, e possivelmente um mando  apro priado para a ação verbal emitida pelo ouvinte (por exemplo, Que cor é esta?)   é a ocasião na qual a resposta verbal Vermelha  por parte do falante recebe o reforço Certo!   Ele El e realiz realizaa isso porque a resposta torna-se um estímulo verbal, que corresponde

apropriadamente ao estímulo do objeto vermelho para fornecer a ocasião na qual o ouvinte diz Certo!  Na Fig. 5, o último reforço do ouvinte requer uma expli caçãoo adiciona caçã adicional.l. Este Es te é um reforço “educacional” “educacional”,, isto é, pro porcionado inicialmente porque estabelece e mantém uma for ma particular de comportamento no falante. O tacto  como operante verbal é usado pelo ouvinte principalmente por mo tivos que examinaremos a seguir, mas uma explicação adequa da do paradigma na Fig. 5 requer o arrolamento dos aconte cimentos reforçadores específicos acima da linha horizontal. Alguns deles são fornecidos pela cultura; por exemplo, o pra zer que os pais têm com um filho talentoso proporciona refor ços condicionados para qualquer comportamento dos pais que aumente aum ente o repertório repertório verbal da criança. Em instituições ed edu u cacionais, tais reforços são particularmente proporcionados, de novo pela comunida comunidade de verbal, mediante ref reforço orço econômic econômico. o. O professor é pago para reforçar a criança de modo apropriado. Chegamos um pouco mais perto da explicação final do comportamento forma especificado de tacto  quando examinamos um caso no qual o na estímulo pelo tacto   não é dire tamente acessível acessível ao ouvinte. Em tais circ circunstânc unstâncias, ias, o com portamento do falante pode ser reforçador para o ouvinte, por constituir a ocasião para um comportamento que, de outra rorma, rorm a, poderia poderia não ocorr ocorrer. er. No parad paradigma igma da Fig Fig.. 66,, presume -se que o falante esteja em contacto com um estado de coisas desconhecido para o ouvinte; ele responde ao telefone e ve rifica rifi ca que a cham chamada ada era p para ara o ouvinte. A chamada chamada te tele lefô fô nica, mais o ouvinte como um auditório, é a ocasião-padrão para que o falante responda Telefone para você.  Is Isto to se torn tornaa um importante estímulo verbal para o ouvinte, que assim vai ®té o telefone e é reforçado a fazê-lo por motivos extrínsecos. No futuro, ele garante a força de uma resposta comportamento Obrilhante por parte do falante, emitindo verbal seme  gado  gad o  como um reforçador apropriado.

 

(FALANTE) Chamada Telef ônica

SD

( A u d itório)

-H

**Telefone para você”

Obrigado!

*  

sD

s rein rein v

II Rv -

R “Telefone para você”

(OUVINTE) F ig u r a   6

V ai ao

telefo ne

-

Ob Obrri gado

muito podemos dizer que comporta tactogerais, mentoEmnatermos forma de   trabalha em benefício do oouvinte am pliando seu contacto com o meio, e é essa a razão pela qual este comportamento é construído na na comunidad comunidadee vverbal. erbal. Ma Mass uma exposição geral não especifica os acontecimentos parti culares que expli explicam cam uma uma circ circunstâ unstância ncia da dada da qualquer. No re forço educacional, as contingências entre respostas e estímulos apropriados aprop riados são ma mais is claramente claramente mantidas. O principal efeit efeitoo é a determinação da forma ou topografia do comportamento (na “modelagem” de respostas) e em esclarecer o controle do es tímulo.. Quando tímulo Quando o comportamento do falante reforça o ouvinte por motivos meramente incidentais, as contingências um tanto semelhantes podem ser deficientes. Obrigado! é  um reforço menos discriminador do falante que Certo!  A correspon correspondência dência ent entre re o Telefone para você  do e o  pedido ouvido no telefone

não pode diferir muito, porque o reforço que em seguida o ouvinte proporciona ao falante depende da correspondência en tre a forma da resposta e o pedido pedido telef telefônic ônico. o. Se a cham chamada ada for para outra pessoa, o Obrigado!   do ouvinte pode ser rapida mente cancelado por algum tipo de conseqüência aversiva. Um reforço menos explícito do tacto  corresponde ao re forço de respostas respostas intraverba intraverbais is por por uso contíguo. Geralme Geralmente, nte, há uma vantagem quando respostas apropriadas a uma situa ção corre corrente nte sã sãoo fortes. Há tam também bém mu muitos itos reforços automá automá ticos do efeito efei to do comportamento comportamento sobre o próprio falante. Um meio qualcontrole o falante respondidosobre dessaoutro maneira pode exerceraoum maistenha discriminador comporta

112

 

mento, verbal mento, verbal ou não-verba não-verbal.l. Por exemplo: ao classifi classificar car cor retamente um objeto, o falante pode reagir a ele de forma mais aprop ap ropriad riada. a. As fontes de de reforço deste efe efeit itoo ficarão claras quando examinarmos em detalhe o efeito do comportamento verbal. A

R e s p os o s ttaa do do O u v i n t e a u m T a c t o

As teorias do significado comumente consideram o com portamento tanto do ouviníe como do falante ao mesmo tempo. Essa prática é encorajada pela noção do “uso das palavras”, a qual parece libertar a palavra do comportamento do ouvinte ou do falante, de forma que ela possa estar em relação de referência com um objeto. objeto. A resposta do ouvinte a um texto texto é óbviamente influenciada pela correspondência entre a forma de resposta resposta e o estímulo-contr estí mulo-controle; ole; mas o lugar dessa dessa corres corres pondência no comportamento do falante raramente foi ana lisado. lisad o. A substituição de um estímulo por outr outroo no no refl reflexo exo condicionado sugeriu uma base biológica à noção de referência. Assim J. B. Watson argumentava que “as palavras funcionam para provocar respostas da mesma forma que os objetos para os quais as palavras servem de substitutivo” l . Ele cita a história, contada por Swift, do homem que car

regava um saco cheio de objetos que ele podia exibir, em lugar de falar por meio de palavra palavras. s. “Des “Desde de cedo o hom homeme eme po possui ssui um substituto verbal, dentro de si mesmo, teoricamente, para cadaa obje cad objeto to do mundo mundo.. Por Por conseguinte, ele carrega o m mund undoo consigo, em virtude d dessa essa organização” organização”.. Ms es este te é sem dúvida dúvida,,  sanduí uích chees  ou um mund undoo bastante bastante inúti inútil.l. Ele Ele não pode comer  sand de martelo arrancar umsuperficial, prego com muito a orelha . Es Esta tatradicional é um umaa aná lise muito próxima da noção de que as palavras “representam” coisas. A mesma objeção pode ser feita contra a interpretação que Bertrand Russell faz do comportamento do ouvinte em sua Inquiry into Meaning and Truth:

Sup*onha que você está na companhia de um homem que   subitamente diz “raposa” porque acaba de ver uma raposa,  e suponha também que, embora você o tenha ouvido, você não   veja a raposa. O que ocorre oco rre com você, eem m conseqüência do  fato de compreender a palavra “raposa” “raposa ” ? Você olha olha ao redor, redor,

1.

Watson, J. B., Behaviorism   (Nova Iorque, 1924), p. 233.

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mas isto também teria ocorrido se ele tivesse dito “lobo” ou  “zebra”” . Voc “zebra Vocêê pode pode ter a imagem de uma raposa. raposa. Mas o que que  revela, do ponto de vista do observador, que você compreendeu   a pal palavra avra é qu quff você se se compor com porta ta (de (dentr ntroo de certos limites)  tal como você o faria far ia se tivesse tivesse visto a rapos raposa. a. Gera Geralme lmente, nte,   quando você ouve uma palavra que designa um objeto, e você   a compreende, seu comportamento é idêntico ao que o próprio   objeto teria provocado. pode de ocorrer ocor rerdossemreflexos qualquer inter mediário “mental”, pelas Isto regraspo comuns condicio nados, nad os, uma vvez ez que a palavra tomou-se associada aaoo objeto” 2.

Mas nós não nos comportamos diante da palavra “raposa” da mesma forma que diante do objeto, exceto em casos-limites. Se temos medo de raposas, o estímulo verbal raposa, ouvido na presença de raposas de verdade, evocará em nós uma rea ção emocional; se estamos caçando, o estímulo provocará em nóss alegria nó alegria ou excitação. excit ação. Possivelme Possivelmente, nte, o comportamento de “ver uma raposa” pode enquadrar-se na mesma fórmula, como veremos mais mais adiante. Mas o est estímul ímuloo verbal raposa  não causa, por simples condicionamento, nenhum comportamento prático apropriado Comoo disse Russel Russell, l,  isso pode lobo  zeb br a levar-nos a olharpara emraposas. torno, como estímulo ou  ze teria provocado, mas, quando vemos uma raposa, não olhamos ao redor e sim para a própri própriaa rapo raposa. sa. Ap Apenas enas quando os con ceitos de estímulo e resposta são muito vagamente o princípio do condicionamento pode ser usado como um protótipo bioló gico de simbolização. O comportamento prático do ouvinte em relação ao estí mulo verbal produzido pelo tacto  segue a mesma relação de três termos já usada na análise do comportamento do falante. Podemos supor que na história do ouvinte descrito por Russell o estímulo Raposa  tenha sido a ocasião na qual o olhar em re dor foi seguido pela visão de uma uma raposa. Podemos táSnbem táSnbem

supor que o ouvinte tivesse algum “interesse em ver raposas” — assim sendo, o comportamento dependente da visão de uma raposa para sua execução é forte e o estímulo proporcionado por uma uma raposa raposa é, portant portanto, o, reforçador. Ouvir Ouvir o est estímulo ímulo raposa  constitui ocasião na qual voltar-se e olhar ao redor é freqüent freq üentemente emente seguido seguido pelo reforço reforço de ver um umaa rapo raposa. sa. Tec ec nicamente, o comportamento de voltar-se e olhar ao redor é um operante operant e discriminado, discriminado, e não um refle ref lexo xo condici condicionado. onado. A «

2. Russe Russell, ll, B., Inquiry into Meaning and Truth   (Nova Iorque,  1940), p. 82.

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diferença é importante. O estímulo verbal raposa  não é subs diferença titutivo para uma raposa, mas uma ocasião na qual certas res postas foram e, provavelmente, serão reforçadas pela visão de „ma raposa raposa.. O comportamento comportament o qu quee é controlado pe pela la própria raposa rapo sa — olhar para ela ou corr correr er a galope em sua persegui ção —: não pode ser evocado pelo estímulo verbal e, por isso, não há possibilidade de substituir os estímulos por um sinal ou símbolo. Consideremos outro exemplo: quando uma cozinheira tacta tacta   um dado estado de coisas com o aviso simples  jan  j antar!  tar!   ela cria nfna ocasião verbal na qual podemos, com succsso, sentarmo-nos à mesa mesa.. Mas o ouvi ouvinte nte nnão ão ssee senta sobre o estím estímulo ulo verbal, verb al, e nem tampouco o come. O tip tipoo d dee resposta que pode ser dada, tanto ao jantar como ao estímulo verbal  jan  j antar tar!! ,  é exemplificado pela resposta condicionada da salivação, de acor do com a fórmula de Pavlov. O comportamento prático do ouvinte (cujas conseqüências são responsáveis, em última ins tância, pelo desenvolvimento da resposta verbal em primeiro lugar) deve ser formulado como um operante discriminado que envolve três termos, sendo que dois deles não proporcionam um paralelo para a noção de símbolo. A freqüência relativa com a qual o ouvinte se engaja nüma ação eficiente ao responder ao comportamento na forma de tacto  dependerá da extensão e da precisão do controle do estí mulo mu lo do comportamen comportamento to do falante. Alg Alguns uns dos fator fatores es que podem interferir com uma correspondência próxima entre a resposta respo sta e o estímulo serão discutido discutidoss no capítul capítuloo 6. A fre fr e qüência da ação eficiente, por seu lado, explica aquilo que podemos chamar de “crença” do ouvinte: a probabilidade de que de desempenhará uma ação eficiente face um estímulo verbal ver bal par particu ticular. lar. Em ggeral, eral, isso variará variará entre falantes (r (ref efle le tindo a opinião que o ouvinte faz da previsão e honestidade o falante) e entre respostas (dependendo da plausibilidade da resposta em conexão com o resto de uma situação dada). ^O fato de o ouvinte desempenhar uma ação efetiva depen derá também do fato de a resposta ser um tacto  ou ser mera mente men te ecóica, textual ou intraverbal. intraverbal. Vimos, porém, que o tipo de operante verbal não é indicado apenas pela forma da resp respost osta. a. Em certa certass circunst circunstâncias, âncias, é caracterí característico stico o fato d dee

° Acomportamento comportamento tter er a forma d doo tacto, mas há muitas circuns tancias nas quais o tipo particular deve ser indicado mediante respostas colaterais se o ouvinte tiver que agir de forma ade

1155 11

 

quada. Disc quada. Discutir utiremos emos as as respostas qque ue têm essa função na IV Parte. Foi possível classificar os mandos  em termos das dife rentes razões pelas quais o ouvinte reforça; da mesma maneira, podemos explicar o fato de uma resposta num tacto  diferir da mesma resposta num operante textual, intraverbal ou ecóico. O tacto  “cadeira” tem uma vantagem sobre os demais tipos, porque parece “dizer algo” sobre o objeto que evoca a res posta. O tacto  parecc fornecer mais “informações” que o com portamento tex tual,o intraverbal ou ecóico. El Eleee proporc proporciona iona uma ligação textual, entre comportamento do ouvinte um estado relevante relev ante d dee coisas. Mas a ligação só é m mais ais lon longa ga quand quandoo o comportamento do falante é  controlado pelo comportamento verbal de outra pessoa. Todas aass grad gradações ações de dif diferenç erençaa ent entre re operantes verbais refletem diferentes conjuntos de variáveis no comportamento comportamen to quer do falante falante qu quer er do ouvinte. Os proces sos componentes de comportamento são os mesmos onde quer que eles ocorram. O Co

n t r o l e  d e 

Estímulo  

do

  Ta

c t o

Todo comportamento verbal é controlado por uma esti mulação anterior proveniente de um auditório, comoreforça veremos no capítulo 7; mas um auditório, quando presente, as respostas verbais diferentemente, dependendo da forma da res posta, da ocasião ou ou de ambas. ambas. O comportamento te textual xtual e o ecóico ecóico nem sempre são apro aprovado vadoss oou u reforçados. reforçados. O comporta mento do falante está, portanto, sob o controle das proprie dades dad es adicionais de ocasião. O ouvinte pod podee marcar a ocasião como propícia com estímulos verbais tais como O que foi que  você disse?   ou O que isto quer dizer?   Trata-se aqu aquii de mandos  para ações verbais que indicam a disposição de reforçar res pectivamentee os comportamentos pectivament comportament os ecóico ecóico e text textual. ual. Uma da dada da ocasião também pode ser ou não ser propícia para um com portamento na forma de tacto.  Um dad dadoo ob obje jeto to não continua a ser ocasião inevitável para reforço varia, de uma resposta apro priada, e a probabilidade da oresposta assim, de acordo oom oo m a ocasião. O ouvint ouvintee pode pode ajudar, dizendo O que é isso?   ou mandando  o comportamento de mando  na forma de tacto  de outra man maneira. eira. Outra Out ra propriedade propriedade pode ser a nnovidade ovidade da ocasião. Ob Obje jeto toss familiare familiaress perdem perdem seu contr controle ole porque a comunidade retira eventualmente o reforço, a não ser em con dições especiais. Apenas Apenas obj objet etos os,, d dee algu algum ma forma pouco coco-

116

 

mxDSt   ou que surgem em meios pouco comuns, são importan

tes para o ouvinte e proporcionam, assim, ocasião para refor çar o falante. falante. Uma mesa de bilhar no fundo de um umaa pisci piscina, na, um hidrante de incêndio na sala de estar ou uma foca no quarto de dormir tenderão mais provavelmente a evocar tactos  que os mesmo mesmoss objeto objetoss em condições comuns. comuns. É cl claro aro que nem sempre o que é pouco comum para o falante o é tambem para o ouvinte e, portanto, a regra não se aplica de um modo uniforme. O reforço generalizado torna o tacto  relativamente inde pendente da condição momentânea do falante e, nesse aspecto, o tacto  assemelha-se ao comportamento textual, intraverbal e ecóico. Há um umaa diferença, todav todavia, ia, no estímulo-cont estímulo-controle. role. O comportamento que “descreve o meio ambiente” tende menos a ser desinteressa desinteressante” nte” do ponto de vista dinâm dinâmico. ico. O tacto  não precisa ser elaborado para para ser “e “expres xpressivo.” sivo.” El Elee usu usual al mente é emitido com modulações de intensidade e velocidade que refletem não apenas a presença ou ausência de estímulos que controlam uma forma específica de resposta, mas tambem outras condições condições relevan relevantes tes da ocasião e do falante falante.. A “ int inter er pretação” do leitor hábil, ou do ator, dá ao comportamento textual ou intraverbal o caráter dinâmico do tacto.  Esse ca ráter se deve, em parte, a certas conseqüências especiais, que serão analisadas no capítulo 6, conseqüências que se opõem ao efeit efeitoo nivelador de um reforço reforço ggeneralizad eneralizado. o. Contudo, o que mais importa é a falta de uma correspondência ponto por ponto entre a resposta e o estímulo de controle visto no comporta mento ecóico e textual. Todos os estímulos, verbais ou de outro tipo, variam em intensidade e clareza de padrão, e o controle que exercem é afetado de acordo com tal va variação. riação. Acima de ce certo rto nível, todavia, os estímulos ecóicos e textuais têm poucos efeitos determinados. Se decidimos levar alguém alguém a dizer violino, por exemplo, podemos recorrer a um estímulo verbal acrescido de um mando  para um comportamento ecóico: Diga “violino”.  As correspondencias de dimensão no comportamento ecóico determinam a resposta grande grandcom e precisão. Poderíamos tam  apropriado, bem usar um estímulocom textual um mando Leia isto: VIOLINO,  no qual outro tipo de correspondência ponto por ponto restringiria a resposta quase tanto quanto no caso anterior. anterior. O mesmo mesmo nível de especif especificação icação poderia ser obtido dizendo-se Digame o que é isso  designando um violino,

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uma que no as comportamento contingências de ecóico reforçoousãotextual, quase tão especí ficas vez quanto apesar do fato de não haver uma correspondência ponto por ponto entre o violino e a resposta violino.  Ma Mass est estaa especifici especificidade dade não se mantém em todos os estímulos possíveis, como descobriremos num exame ulterior do controle do estímulo.

O TACTO AMPLIADO Se uma cadeira, agindo como estímulo, torna simplesmente provável a resposta cadeira,  e se um tabuleiro de jogo, agindo comodeestímulo, torna simplesmente prováveldoa comportamento resposta tabuleiro jogo,  podemos tratar da “semântica” verbal apenas organizando um inventário de tactos. Mas um

repertório verbal não é o equivalente de uma lista de passa geiros num avião ou navio, na qual um nome corresponde a uma pessoa, sem omissão de qualquer uma ou sem que qualquer uma apareça du duas as ve vezes. zes. O control controlee de estímul estímuloo não é tão preci preciso so assim assim.. Se uma uma respo resposta sta é refor reforçada çada nu numa ma dada ocasião ou classe de ocasiões qualquer traço dessa oca sião, ou comum a essa classe, parece ganhar alguma medida de control controle. e. Um estímul estímuloo novo que pos possua sua um desses traços pode po de evocar um uma resposta. Há várias man maneiras eiras p pelas elas qu quais ais um novo estímulo pode assemelhar-se a um estímulo previa mente presente reforçada,de e   p. 59, edição de  1857).

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comportamento humano de uma forma narrativa, não se pode dizer   que ela revele qualquer compreensão do mesmo, mas o escritor freqüentemente parece “dizer algo” acerca do com portamento humano, humano, interpretando-o, an analisan alisando-o. do-o. Uma pes soa não é simplesmente descrita como participante de vários episódios: ela é caracterizada.  Est Estaa é um umaa expressão signifi cativa, pois sugere o lugar próprio da metáfora num vocabulario pré-cient pré-científico. ífico. En Entr tree outras técn técnicas icas liter literárias árias,, a -p -per erso sona na lidade é desc descrit ritaa e ana analisada lisada por m meio eio de cert certas as tipol tipologias. ogias. Na Nass formas literárias mais antigas, os animais eram usados como esquem esq uemaa classificatório. O Professor W e lls ll s 6 com compilou pilou um umaa lilista sta útil dess desses es ter tereót eótipo ipos. s. Um homem pode sser er u um m as asno, no, um umaa coruja, coruj a, um umaa víbora oou u um rato. Os respectiv respectivos os adjetivos — estúpido, sábio, traiç traiçoeiro oeiro ou d desprez esprezível ível — carecem d doo efeito total da extensão metafórica no tereótipo. Os animais familiares, é claro, são rapidamente esgota dos, mas a litera literatura tura constrói se seu us próprios termos. O escri escri tor pode ocupar-se eficazmente com aquilo que Thomas Carew 7 designou de “estas heróicas virtudes para as quais a antigui dade não deixou nome mas apenas modelos, tais como Hér cules, Aquiles e Te Teseu seu”” . Quand Quandoo dizem dizemos os que u um m home homem m realiza uma tarefa hercúlea, não dizemos apenas que a tare fa requeria uma grande dose de força, ou que foi executada com diligência, ou que era possivelmente detestável; dizemos tudo isso, e alg algoo mais, co com m u uma ma ssóó palavra. A fábula, o mito mito,,

a alego alegoria ria — em sum suma, a, a lit literatura eratura em geral — criam seus próprios vocabulários, conectando formas verbais com descri ções de acontecimentos ou ocasiões particulares a partir das quais, depois, elas podem ser metaf metafori oricame camente nte ampliadas ampliadas.. Uma Uma relação interpessoal complexa pode ser descrita de forma su cinta como como ““gritando gritando ‘lobo' ” , enquanto que um um ajusta ajustamento mento emocional complexo pode ser sintetizado como “as uvas estão verdess . Seria necessária um verde umaa longa sentença ou, ma mais is pro vavelmente, um parágrafo ou até mesmo um capítulo para tratar de qualquer um desses casos de uma forma não-metafórica. Quando a expres expressão são literár lit erária ia é reforçad reforçadaa em seu seuss própri próprios os direitos, direito s, ela se torna útil nnaa descrição direta. Is Isto to ret retira ira a torça metafórica de sua virtude heróica e não nos fornece  Wells, F. L ., “ Excurs Ex cursion ionss among Spi Spide der” r” , Sewanee Review ,  U 3 7 , V  , 75-9 75 -90. 0. 7. Carew, T., “Pretensions of Poverty”, Poems . Songs and   Sonnets  (Londres, 1670).

 

qualquer indício acerca do que está ocorrendo quándo o termo é usado metaforicam metaforicamente. ente. Ela leva leva,, todavia, a uma termino terminolologia nãometafórica, mas capaz de descrever a personalidade humana, terminologia esta cada vez mais complexa e eficiente. A eficácia científica de tal vocabulário derivará das contingências atuais de reforço na comunidade científica, e não de suas origens orige ns metafóricas. Qu Qualqu alquer er sobrevivência da metáfo metáfora ra interferirá no uso científico. A diferença entre o tacto  metafórico e o genérico é uma dass grandes difer da diferenças enças entre ciê ciênci nciaa e literatura. O com comportaportamento verbal científico é estabelecido e mantido por causa de certas conseqüências práticas. Nad Nadaa alé além m de uma extensão genérica servirá eventualmente, como veremos no capítulo 18. Em literatura não há conseqüências práticas semelhantes e,  porr isso, as ex  po exte tens nsõe õess me metaf tafór órica icass pre prevale valecem cem.. N ingué ing uém m neg negará ará que elas são eficazes, mas a vantagem que auferimos da leitura de Dostoyevsky ou de Joyce à medida que compartilhamos seu “conhecimento” ou “compreensão” da natureza humana, é muito diferente da vantagem obtida pelo estudo científico. Ex

tensão

  Met

o n í m ic a

A metáfora, tal como foi definida, inclui símiles e diversas variações menores que a retórica clássica costuma distinguir. É aconselhável distinguir uma categoria à parte para o que chamamos metonímia, usando a palavra para incluir várias outrass figur outra figuras as clá clássic ssicas, as, inclusive a “ sinéd sin édoq oque ue”” . Aqu Aquii ocorre uma ampliação do tacto  quando um estímulo adquire controle sobre a resposta, porque freqüentemente acompanha   o estímulo sobre o qual o ref reforço orço é normalm normalmente ente contingente. Assim, dizemos  A Casa Branca de desm smen entiu tiu o boa boato to   quando quem falou foi o Presidente, Você não não tocou seu   jantar. quando o fato importante ou é que o jantar foi em comido. Expli- 

camos tal comportamento notando que o Presidente e a Casa Branca, bem como tocar e comer, ocorrem freqüentemente  juntos  jun tos.. Fezse um esforço no sentido de explicar a metonímia em termos de relaçõe relaçõess ló lógica gicass en entre tre estím estímulos. ulos. Vários tipos fo fo ram definidos de acordo com ess essaa tentativ tentativa. a. A rrelaç elação ão po pode de ser de pessoa com o cargo (antonomásia), da parte com o todo (sinédo (siné doqu qu e), e assi assim m por diante. Mas essas essas relações, assim como as empregadas na análise clássica da associação d e

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otlâvias, apenas explicam por que os estímulos ocorrem juntos nâtureza. Quaisquer dois estímulos contíguos apresentarão este efeito, independentemente da razão de sua contigüidade. A extensão metonímica não ocorre livremente em ambas as direções. Não descrevemos uma reforma da Casa Casa Branca dizendo que o Presidente recebeu uma nova mão de tinta. Esta falta de simetria é facilmente explicada pela maneira pela qual a extensão difere extensão generica e maise metafórica. A metonímica exten extensão são genéri genérica ca da basei baseiase ase numa propriedad propriedade que integra a contingência de ref reforço. orço. A resposta ampliada tem, assim, um efeito apropriado sobre o ouvinte, que responde efetivam ente ao estad estadoo de coi coisas sas descrito. Na metáfora, este resultado não pode ser garantido, porque a propriedade res ponsá  po nsáve vell pe pela la ex exte tenn sã sãoo po podd e não ser se r igua ig ualm lmen ente te im impo port rtan ante te  p  par araa o ou ouvi vinn te ou tão eficaz sob sobre re seu co com m po porta rtam m en ento to.. P o r conseguinte, ele pode surpreenderse ao ouvir a resposta dada ao novo estímulo ou, se não está em contacto com o estímulo,  j jaa ação q ue ex exec ecut utaa em rela relação ção a ele p o de derá rá p ertu er turb rbá álo lo.. N o e n tanto, a propriedade responsável pela extensão metafórica usualmente men te tem algum signif significado icado funcional funcional.. A exten extensão são me metonítonítodavia, pode os, resultado uma associação  pur  pmica, uram amen ente te ac acide identa ntall dconstituir e es estím tímulo ulos, e o tactode  metonímico, por conseguinte, muito provavelmente confundirá o ouvinte e falhará em preparálo para um uma. a. açã açãoo efetiva. Esta Estass extensões são eficientes apenas quando não levam a resultados confliti vos. Podemos dizer Uma armada de vinte velas,  no exemplo familiar dos livros de texto, exemplo este da “parte pelo todo”,  porq  po rque ue o ou ouvi vint ntee in indu dubi bita tave velm lmen ente te su supo porá rá qu quee o rest re staa n te de cada navio também está presente, mas não podemos dizer que os navios agitavamse preguiçosamente à brisa sem produzir efeitos colaterais que devem ser evitados.  No mo mome mento nto,, há pou poucas cas m eto etoním nímias ias espo es pont ntân ânea eas. s. Mu Muito itoss exemplos do falar cotidiano e da literatura, assim como muitas as aParentes’ s*° respostas que foram reforçadas inde pend  pe nden ente tem m en ente te e, assim assim,, est estab abele elecid cidas as co como mo u n ida id a d e s' func fu ncioionais. nai s. A extensã extensãoo metonímica pode explicar a origem ddessas essas expressões no meio verbal, mas não é necessária para explicar c^ os comp comportamento ortamento do fala falante nte indi individ vidual ual.. Uma das razoes da raridade da verdadeira metonímia é que as propriedades controladoras e contingentes são tão imprecisamente associadas que a resposta, em geral, é de pouco valor quando falta

'M a respos respostapa tapadrão. drão. Propriedades intimamente ass associ ociad adas as p ro -

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duzem logo rel relações ações padronizadas de con controle. trole. Assim, cos cos-tumase apontar que laranja  e violeta,   hoje usados como termos indicativos de cores, devem ter sido ampliados a partir de uma apli aplicaçã caçãoo ant anterio eriorr a objetos. Uma vvez ez que a ass associaç ociação ão entre objetos e cores é muito próxima, as extensões metoní micas devem ter sido relativamente eficazes quando ocorreram  pela pr prim imeir eiraa vez; mas, po porr est estaa mes mesma ma razão razão,, as resp re spos osta tass logo se transformaram em formas^ padronizadas controladas apenas  pela cor. envolvido na extensão metonímica comu* menteO aprocesso um comportamento muito distante dos conduz exemplos da retórica clássica e usualmente se admite que ele não exige uma designação designa ção espec especial. ial. Digamos que uma cri criança ança esteja hab habitua itua-da a ver uma laranja na mesa por ocasião do café da manhã. Se, numa dada manhã, a laranja não estiver presente, a criança logo dirá laranja.  Suponhamos que podemos mo mostrar strar que não se trata de um mando : por exemplo, suponhamos que podemos demonstrar que a laranja, quando oferecida, não é comida nem tocada. toc ada. Entã Então, o, uma ve vezz que não há laranja que atue como estímulo, por que a resposta é emitida? Como A. P. W e iss8 is s8 apontou ao discutir este caso, não precisamos dizer que a criança “ perce percebeu beu a ausência da lara laranja nja”” . A respo resposta sta é evocada  pela mesa edo por caféoutros da ma manh nhãã com apropriados tod todas as as suas cara caracte cteríst rística icas familiares estímulos a essa hora dos dia. As laranjas acom acompanh panharam aram muitas vezes esse essess estímu estímulos los e a resposta laranja  fo foii reforçada em sua presença presença.. Uma ex exten ten-são metonímica semelhante poderia ocorrer em outra direção. Como resultado da mesma história, uma laranja, vista pela  prim  pri m ei eira ra vez em o utra ut rass cir circu cuns nstân tância cias, s, po pode deria ria ev evoc ocar ar a res posta  po sta café da manhã. (Um falante mais sofisticado diria mais do que laranja  ou café da manhã   em tai taiss circuns circunstâncias. tâncias. Dia Diante nte da m mesa esa do ca café fé sem a laranja ele poderia dizer não há laranjas?  Ou diante de uma laranja, sem a presença da mesa do café, ele poderia dizer Esta laranja me faz lembrar o café da manhã . As resp respostas ostas não há  e me faz lembrar   são exemplos de outro tipo de com p  poo rt rtam amen ento to ve verb rbal al a ser disc di scut utid idoo no ca capp ítu ítulo lo 12. No Noss dois casos, ocorreu algo mais do que uma simples extensão metonímica. ními ca. A resposta foi reforçada de acordo com com este princíheoo re reti ticc al Basis o f B ehav eh avio ior  r   ( C o l u m b u s , 8 . Weiss, A. P.,  A T he Ohio, 1929).

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 pio c o fala falante nte des descre creveu veu o fa fato to ou co come ment ntou ouo o p or mei meioo de um’comportamento verbal adicional.) E x t e n s ã o   d o   T a c t o   P o r    So l e c i s m o

Uma extensão ainda mais tênue do tacto é   tão inútil e desconcertante para o ouvinte que é descrita em termos pejorativos tais como improprieda impropriedade, de, so soleci lecismo smo ou cata catacres crese. e. A  p  pro ropr prie ieda dade de qu quee ob obté tém m co cont ntro role le da resp re spos osta ta relaci relacionas onasee apen apenas as distantemente com a propriedade definidora sobre a qual reforços padronizados são contingentes ou assemelhase a essa  pro  palgumas ropr prie ieda dade impropriedade* de p o r mo motiv tivos osnão irre irrelev sejam levan antes tes. eficientes . Isto Is to não ou não q ue uersejam r dize di zerrreforqu quee çadas. çad as. Não fic ficamos amos seriamente pertu perturbad rbados os qu quando ando alguém diz dilema   para designar apenas uma situação difícil, ou diz exeqüível  quando a ação é meramente possível, e não chegaremos provavelmente a nos chocar com a Sra. Impropriedade9 quando ela graciosamente exclama Você vai na frente e  eu o precederei.  Um dilema não é muito diferen diferente te de uma di di culdade, e  pr  prece eceder der,,  apesar de ser o oposto de seguir,  assemelhase todavia na descrição de uma situação que envolve a ordem ord em seg segund undoo a qua quall aass pessoas sa saem em de uma sal sala. a. Mas mesmo assim tais exemplos são perturbadores para o ouvinte e, muitas vezes ve zes podem ser perigosos. Muitas comunidad comunidades es verbai verbaiss não apenas falham em responder eficientemente a tais extensões, como também proporcionamlhes algum tipo de castigo. A extensão sol soleci ecista sta não está llonge onge de metoním metonímia. ia. Q ua uanndo um aluno, sob a pressão de um exame, escreve:  A fadiga fadig a  de uma sinapse é recíproca à fase refratària   e, posteriormente, corrige a frase para é semelhante ay não é difícil encontrar circunstâncias comuns nas quais estas respostas sejam permutadas satisfatoriamente. satisfator iamente. Po Porr exemplo: sentimentos recípr recíprocos ocos tam tam- bém são sem semelh elhan antes tes.. O te term rmoo recíproco  às vezes é reforçado na presença de coisas que possuem a propriedade de semelhança e, posteriormente, é evocado por essa única propriedade. Assim como a metáfora e a metonímia, a extensão sole cista é mais comum quando não há nenhuma outra resposta disponível. Algumas respo respostas stas inco incorretas rretas são reforçada reforçadass pela comunidade verbal, da mesma forma que a metáfora e a meto afaua, e adquirem um status   funcional, se não social, compa9

Sheridan, Sher idan, R. B., The Rivais   (1773).

1311 13

 

rável respostas corretas. originais, provave provavellmente,aosãodasquase tão raros quantoEnganos as metáforas originais.  N o m e a ç ã o

Um tacto  muitas vezes é ampliado quando uma pessoa ou coisa coi sa recebe um nome. Uma criança recémnascida, uma um a máquina recéminventada, uma flor descoberta recentemente, uma cidade que acaba de ser fundada — constituem ocasiões novas

que car carecem ecem de tac/ojpa tac/ojpadrões drões.. Antes que a “ nomeação nomeação”” ocorra, as únicas respostas disponíveis são os nomes comuns e os adjetivos evocados pela miscelânea de propriedades que os novos objetos possuem em comum com objetos anteriores, para os tactos. tacto s. 0 nosso nenê de cas asaa é  quais já dese nome adquiriram   uma espécie próprio, no sentido de que identifica razoavelmente um objeto particular, mas não ipode identificar esse objeto em outras ocasiões, ou quando é dito «por outras pessoas, e não pode continuar a ser usado à medida que o objeto muda.. Um nome própr muda próprio io — isto é, um nome ref reforçado orçado ca ca-racteristicamente apenas na presença de uma pessoa ou objeto  p  par artic ticul ular ar,, ou qu quee ten tenha ha algu alguma ma rela relação ção com tal ta l pe pesso ssoaa ou cois co isaa — é, obviam obviamente, ente, mais efi eficaz caz.. Mas de onde provêm ta tais is nomes? Q ua uall o processo verbal responsável pela primeira atribuição de um nome a uma nova pessoa ou objeto? Muitos “nomes próprios” aceitos são mera sobrevivência de conjuntos de tactos: A Igrejinha da Esquina, Um tratado   Sobre a Probabilidade,  ou Ode à Beleza.  Freqüentemente, usase a propriedade da posição numa série:  A Oit Oitava ava Sinfo Si nfonia nia   de Beethoven   é um nome próprio derivado da designação de uma ordem seriada, assim como o nome de criança Tércio.   Novas  Nov as es estre trelas las são em ger geral al no nome mead adas as p o r nú núm m eros er os,, de aco acorrdo com a ordem de sua descoberta.  N  Nov ovaa Ingl Inglate aterra rra   designa uma relação temporal; Conway do Norte   designa uma relação geográfica.

Muitos nomes, porém, exemplificam a extensão de uma relação de tacto.  Os nomes dados às criança criançass em geral já foram adquiridos pelos pais que ouviram chamar assim outras  pessoas:  pess oas: amigos, pa pare rent ntes es ou figu figuras ras ad admi mira rada dass da h istó is tóri riaa ou da literatu literatura. Is Isto to e expressa dizendo que ônimo uma ”criança nomeada “ra. segund segundo” o” sse alg alguém uém ou édizend um o“hom ônimo” . Estefoié um exem exemplo plo comum de exten extensão são genéri genérica ca ou metafórica. Uma criança cujo nome é escolhido por causa de sua parecença fí

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st stca ca com com ou outra tra exemplifica claramente uma metáfora. m etáfora. Mais freqüentemente,  po  poré rém m , a base para par a a ex exte tens nsão ão é algu alguma ma reação reaçã o emocional ou uma de outro criada nos pais. Se o nomecomum é sugerido pelareação primeira vez por ptipo or ou outra tra ^p ^pes essoV soV aass mesmas propriedades comuns tomam relativamente fácil que os  pais ap apliq lique uem m o nom no m e à cria criança nça,, acei ac eitan tando do assim ass im a sug sugest estão. ão. Que algo deste tipo está envolvido na nomeação tornase claro no caso negativo. Nomes que, claramente, não são evocados de forma alguma /pela criança podem ser rejeitados, apesar das razões raz ões favoráveis a se seuu uso. Nomes adquiridos por po r perten pertencecerem a pessoas que despertam reações emocionais incompatíveis são evitados; os pais podem resistir a um nome pertencente a uma pessoa que, embora de suas relações é detestada, mesmo que se trate de um nome de família. Indubitavelmente, há muitos outros processos em ação quando escolhemos o nome de uma criança, fatores culturais, inclusive sive.. Não se trata de um um exemplo de extensão de um tacto  

se o único efeito de um nome escolhido é o de acrescentar  pres  pr estíg tígio io ou pe pers rson onal alida idade de,, ou o d e au aum m enta en tarr as pers pe rspe pecti ctiva vass de uma criança criança no mund mundo. o. Tal nome é dado, do mesmo modo como mais tarde poderá ser adotado um corte especial de ca belo  be lo ou um no novo vo tip ti p o de roup ro upa, a, p o r cau causa sa d e um umaa sem semelha elhança nça existente, não antes de o nome ser dado, dad o, mas mas depois. O nome, num certo sentido, é um enfeite. Dizemos que uma criança é chamada de Prudência ou de Generosa “segundo” uma virtude abstrata. abstrata . A cri criança ança recém recémnasci nascida da não é conspicu conspicuamente amente  pru  p rudd ente en te ou ge gene neros rosa, a, mas em cert ce rtaa medid me didaa el elaa parec pa recee ad adqu quiirir um caráter admirável tão logo o nome lhe é dado. Os “apelidos” revelam freqüentemente maior liberdade, sugerindo uma licença poética, constituindo, assim, bons exem plos do proc processo esso d e nomeaçã nom eação. o. Nome No mess ca capri pricho chosos sos da dado doss às crianças, como por exemplo Chato, Trapalhão  ou  Raio de So Soll  e o fato de se chamar um resturante de Panela de Barro  revelam um processo básico. Os nomes próprios parecem ser esquecidos mais facilmente que outras fo formas rmas de com comportame portamento nto verbal. verbal. Isto po pode de sser er uusório, pois a ausência de um nome próprio num repertório  pode  po de se serr extr ex trem em am amen ente te ev evid iden ente te.. Ao de desc scre reve verr u m o b je jeto to ou uma pessoa com um conjunto de tactos,  há, em geral, muitas rormas alternativas se uma dada resposta falhar, e o próprio *lanteta pode ser tecapaz de rep registrar no pria momento, a respos resposta estava estavanãoausente ausen de seu repertório. ertório.que, A pró própria singula-

 

ridade do nome próprio, todavia, expõe o processo de esquecimento. Po Porr ou outro tro lado, há raz razões ões para se esperar qu quee os nomes pró próprio prioss seja sejam m esquecidos mais facilmente. Na medida em que são estritamente “próprios” — isto é, na medida que apresentam extensões outros estímulos — sãolimitado usados enãoreforçados numa situaçãodelimitada em um número de ve vezes zes.. Os nomes comuns, por ou outro tro lado, são apropriado apropriadoss a uma gama muito mais ampla de situações e, como veremos em breve, são redutíveis, em parte, a um repertório mínimo, em virtude do qual um operante dado pode tirar força de outross oper outro operantes antes com os quais tenha alg algoo em comum. Se, po porr acaso, um nome próprio apresenta uma extensão metafórica, el elee adqu adquire ire uma vantagem mnemónica. Um expe expediente diente ffavoavorito do “especialista da memória” é o de converter um nome  p  pró rópp ri rioo nu numa ma de desc scriç rição ão d a pes pessoa soa no nom m ea eada da,, não nã o im impo port rtan ando do quão extravagante ou pouco plausível esta possa ser. O valor mnemónico tem uma contrapartida que trabalha em ou outra tra direção. Nas peças mo moralizantes ralizantes ou nas aalegorias, legorias, os  perso  pe rsona nage gens ns co costu stum m am ser no nome mead ados os pelo peloss tra traço çoss da pe pers rson onaalidade lida de ou ppel elos os papéis ppadroni adronizados zados que des desempenham. empenham. O drama da Restauração seguiu a mesma prática e, em certa medida, os novelistas do sécul séculoo X IX , ccomo omo Dickens e Trollope. Mas ao nomear o personagem com o objetivo de descrever seu com port  po rtam am en ento to ou con condiç dição ão,, o au auto torr não está es tá inte in tere ressa ssado do em assegurar que o leitor grave o seu nome: ele está interessado em

destacar a personalidade ou o papel desse personagem.  Mr.  Quiverful  [Sr. FamíliaGrande] de Trollope, é um clérigo indigente, chef chefee de uma famíl família ia numerosa. Esta condição, em certa medida, é lembrada ao leitor toda vez que se usa esse nome próprio.  Mr. Cr Craw awley ley   [“Sr. Rasteiro”, de to crawl,  rastejar] do mesmo autor, por sua vez, caractemase por uma excessiva humildade ou, na frase de Hamlet, “rasteja entre o cé céuu e a te terra rra ” . Dandolhe o nome nom e de Crawley, Trollo Trollope pe caracterizao repetidamente ao longo do livro. Ad iv in h

a çã o

Será possível emitir uma resposta que fosse classificada como um tacto  na ausência de qualquer estímulo relevante? Por certo, podemse exercer pressões para evocar respostas que se assemelhem a tactos.  Um homem pode ser forçado, sob estimulação aversiva, a “dar o nome” de alguém que ele nao conhece absolutamente — isto é> a emitir algum nome na pre

1344 13

 

 jguçaa d e um es  jguç estr tran anho ho.. Nu Num m ex exam ame, e, o estu es tuda dant nte^ e^ p od odee ser aconselhado assi assim: m: “ Se não souber, dê um p al alpp ite ite.” .” Mas se a forma da resposta resultante não for controlada de algum modo pelo estímulo, ela não pode constituir tacto.  O tacto  é   uma relação, e não apenas uma resposta e, na ausência de estímulo controlador não se poderá estabelecer nenhuma relação. Traços de controle muitas vezes podem ser demonstrados quando qua ndo o falante parece estar adivinhando. A ssituaç ituação ão at atual ual  pode  po de te terr algu alguma ma sem semelh elhanç ançaa com situ situaçõ ações es pas passad sadas. as. O e st stuu dante está sendo aconselhado a deixar que essas pequenas semelhanças atuem em seu favor, ainda que a situação, de outra forma, não fosse suficientemente importante para evocar uma resposta. O ato de identificar o compositor de uma peça musical desconhecida muitas vezes se parece a uma adivinhação, mas a pessoa pode ser afetada por propriedades musicais que, de alguma forma, controlam o nome do compositor, mesmo quando estas são sutis e não podem ser identificadas pela pessoa que adivinha. adivi nha. Se puderm pudermos os m ostra ostrarr que o nome adivinh adivinhado ado tem qualquer relação funcional com a música ouvida, haverá então evidência de alguma relação apropriada com um tacto.  Naa situação  N situ ação clássica d e ad adivi ivinh nhaçã açãoo d o jog jogoo da mo moed edaa  — “ Cara o u c o ro roaa ?” — a pos posição ição fin final al da mo moed edaa nã nãoo co cont ntro rola la a resposta do adivinhador e, assim sendo, a resposta não é um tacto.  Isto não que querr dizer, porém porém,, que a resposta não é determi det erminada. nada. A pergu pergunta nta “Cara ou coroa? coroa?”” pode pr produzir oduzir uma primeira resposta estatisticamente diferente da pergunta “Coroa ou cara”, sugerindo influências ecóicas ou intraver  bais.  bai s. Se o fa falan lante te é sol solici icitad tadoo a ad adiv ivin inha harr a seq seqüê üênci nciaa de um umaa  jogadas,  jogad as, seu co com m p or orta tam m en ento to ser seráá co cont ntro rola ladd o p o r suas adivinhações anteriores somadas a um tipo de comportamento semelhant semel hantee àaosituação que seráde discutido nnaa Vestabelecem Parte Parte.. Experiências anteriores adivinhação tendências,

quer para repetir, quer para recusar a repetição de respostas ant® an t®^lorp lorps s Contu Co ntudo do,, na popu população lação como um to todo do,, algumas seqüências padronizadas de respostas “casuais” são observadas.10

10. guessing ditada ^ppkton

Skinner, B B.. F., “T he Pr Proces ocesss involved in the Repe Re peated ated of Alternatives*’, J. exp. Psychology, 30 (1942), 495503; na Cumulative Record   do autor (ed. rev.), 1961, N. Iorque: CenturyCrofts.

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D in

â m ic a

 

do  t a c t o

 

a m p l ia d o

Vimos que a força de um tacto  pode variar com a clareza ou a raridade do estímulo e com as condições de motivação momentâneas do falante, particularmente quando estas estão relacionadas com comportamentos especiais do ouvinte (Ver capítulo capít ulo 6 ). O tacto  ampliado está sujeito a outra fonte de variabilidade. Qu Quand andoo a amplia ampliação ção ocorre pela primeira vvez ez (e só então odependerá processo da é desemelhança especial interesse), a probabilidade da resposta entre situações novas e antigas. antiga s. Uma extensã extensãoo genérica, que se segu seguee a uma prop proprieriedade inevitavelmente associada com reforço, provavelmente é forte. Apenas em ca caso soss raros a tendência par paraa respo responder nder é qualificada e o falante pode glosar tal fraqueza com uma res posta  po sta adic adicion ional, al, tal como uma espécie de  (Ver Capítulo 12). Uma cadeira pouco comum não será provavelmente chamada de cadeira, mas será qualificada como uma espécie de cadeira.  As extensões metafóricas baseiamse em propriedades que só de longe se associam com o reforço e serão provavelmente fracas, fraqueza que será descrita pelo próprio falante mediante expressões tais como ta n to . . . qua quanto nto   ou como.  As metáforas são mais comuns, como vimos, nas condições especiais de “licença” na comunidade literária. Verdadeiras extensões metonímicas e solecistas são raras e tendem a ocorrer apenas sob a pressão de “falar a qualquer  pree ço  pr ço”” (V e r ca capp ítu ítulo lo 8 ) . Em m ui uito toss casos casos,, a ve verd rdad adei eira ra no no-meação também apresenta uma pequena probabilidade de res posta  po sta,, com comoo se po pode de pe perc rceb eber er na de delib libera eraçã çãoo ca cara ract cter eris istic ticam amen en-te longa envolvida na nomeação não apenas de crianças recém nascido, como também de novos mecanismos ou de uma obra de arte. arte. A adivinhação, o palpite co constituem nstituem os ccas asos os extremos de um controle mínimo de estímulo e quase sempre requerem variáveis fortes, além das variáveis próprias da situação estimulante.

ABSTRAÇÃO Qualquer propriedade de um estímulo, presente quando uma resposta verbal é reforçada, adquire algum grau de controle sobre essa resposta, e esse controle continua a ser exercido quando a propriedade aparece em outras combinações.

Caso esse processo de extensão não se verificasse» resultaria o

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a o s   uma ve vezz que cada estímu estímulo lo compartilha propried propriedades ades com muitos outros e chega, assim, a controlar uma grande variedade de respos respostas. tas. Como vim vimos, os, certa ampl ampliação iação do controle é permitida, e até mesmo útil, mas uma livre extensão do tacto  não  pode  po de ser to toler lerad ada, a, p ar artic ticul ular arm m en ente te em ass assun unto toss práti pr ático coss e científicos. A comunidade verbal resolve este problema recorrendo a outro processo de comportamento, que ativa o controle do estímulo e op opÕ Õe ese se ao processo de amplia ampliação. ção. Ela reforça respostas

na presença de uma propriedade de estímulo escolhida, e não reforça, ou até mesmo pune, respostas evocadas por propriedades nãoespecif nãoespecifiçadas içadas.. Como resu resultado ltado,, a resposta tende a ser dada apenas na presença da prop propriedad riedadee escolhi escolhida. da. Suponh Suponhaamos, por exemplo, que a comunidade reforce repetidamente uma resposta verbal na presença de uma pequena pirâmide vermelha. Desde que não haja interferência de outro comportamento, doravante a resposta será evocada com graus variados de probabilidade por qualquer estímulo vermelho, qualquer estímulo pequeno e qua qualque lquerr estímu estímulo lo que tenha a forma de pirâmide. É improvável, porém, que a comunidade também reforce: a res posta  po sta se sem m pre qu quee ela seja da dada da a uma dess dessas as p ropr ro prie ieda dade dess frag frag-mentárias do estímulo quando estas ocorrem em outras combinações. naç ões.liga Se aa uma respo resposta sta deve de ser —de digamos, uso prá prático, tico, ela talvez deva estar ligada da proprieda propriedade a forma. A comunidade abstémse de reforçar respostas emitidas na presença de objetos pequenos ou vermelhos que não tenham a forma de  pirâmid  pirâ mide. e. To Toda davia via,, ela co cont ntin inua ua a refo re forç rçar ar a resp re spos osta ta sem sempre pre que qualquer objeto piramidal, independentemente da cor, tamanho ou qualquer outra propriedade, estej estejaa presente. O operante verbal resultante seria tradicionalmente chamado de “o nome da forma de uma pirâmide” e classificado como abstrato. Se a metáfora usualmente é tomada como sendo, não o resultado natural da indução de estímulo, mas um empreendimento atribuído a alguma faculdade especial ou poder do falante bem dotado, então se fazem solicitações ainda mais extensas exte nsas à faculdade de abstração. Co Contud ntudo, o, eesse sse processo é demonstrad dem onstradoo ma mais is facilmente nos animais que no noss homens. A tormula é surpreendentemente simples quando lembramos como tem sido complicados os tratamento clássicos do problema. Pavlov estudou o processo em seus experimentos sobre os reflexos condicionados, e descobriu que a resposta salivar do cachorro poderia ser posta sob o controle de uma única propriedade

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de um estímulo ou de uma dada combinação de propriedades

caso as respostas a outras propriedades ou combinação de pro pried  pr iedad ades es não fos fossem sem refo reforça rçada das. s. Como Com o ver verem emos os no próx pr óxim imoo capítulo, o processo demonstrado no experimento pavloviano é visto com mais freqüência no comportamento dos ouvintes do que no dos falantes, mas um paralelo próximo do tacto  abstrato  podee ser co  pod cons nsoli olida dado do nu num m or orga ganis nism m o mais sim simple ples.1 s.111 Um pom po m bo bo,,  porr exe  po exemp mplo, lo, re refo forç rçad adoo pa para ra bica bi carr um pe pequ quen enoo tri triân ângu gulo lo ve verm rmeelho projetado numa tela translúcida, bicará formas de outros tipos, cores ou feiti feitios, os, embo embora ra em ritmo mais lento. Mas ele ele  pode  po de ser leva levado do a re resp spon onde derr pr pref efer eren enci cial alm m en ente te a qu qual alqu quer er um umaa destas propriedades se o reforçarmos apenas quando essa pro pried  pr iedad adee es estiv tiver er p re rese sent nte, e, in inde depe pend nden ente tem m en ente te das dem demais. ais. Exemplos de abstmção extraídos de manuais são usualmente relevantes para as operações “intelectuais” em que o meio é analisado de maneira prática. Os exem exemplos plos tendem a destacar dimensões ba b a st staa n te . simp simples les da naturez natureza, a, ma mass o pro pro-cesso é igualmente bem exemplificado nos casos em que a pro prie  pr ieda dade de ab abst stra rata ta do doss est estím ímul ulos os não po pode de ser iso isolad ladaa p o r ne nenh nhum um outro método de an anál álise ise.. O estud estudante ante que está aprendendo a “adivinhar” o compositor de uma música que não conhece, ou o pintor ou escola de um quadro desconhecido, está sujeito às mesmass contingências de reforço diferenciado. Respostas tai mesma taiss como  Mo  Moza zart  rt   ou Flamenga  são controladas por propriedades sutis estímulos quando reforçadas com ser “certo” punidas co com m “dos err errad ado” o” ppela ela comun comunidade. idade. Mas pode mu muito itooudifíci difícil, l, ssee não impossível, fazer uma descrição dessas propriedades em termos comparáveis à descrição matemática de uma pirâmide. O procedimento por meio do qual um tacto  abstrato é erigido não cria o controle exercido pelo estímulo; simplesmente, o intensifica e o torna torn a m mais ais agudo. A pro proprie priedad dadee especificada  pela co conti nting ngên ência cia re rest stri rita ta é o mes mesmo mo tip tipoo de p ropr ro prie ieda dade de,, e exerce o mesmo tipo de controle, que na extensão metafórica. 11 . Noss Nossaa definição de com portam ento v erbal inclui, incidental mente o comportamento de animais sujeitos a experimentos, nos quais os reforços são proporcionados por um experimentador ou por um aparato destinado a estabelecer contingências que se assemelhem às man tidas pel peloo ouvinte normal. O ani animal mal e o exp erimen tador cons constitituem uma com unidade pequena, ma mass genuína. Is Isso so pode ofender nosso senso de propriedade, mas temos o consolo de que tal relação, como a que é representada pelo tacto   abstrato, é suscetível de estudo em laboratório.

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Além do mais,Aso extensões processo metafóricas de abstraçãonem provavelmente sc completa. sempre são nunca eliminadas, pois a oportunidade para extinguir todas as respostas ampliada ampl iadass pode não surgir jjamai amais. s. Uma resposta verbal provavelmente nunca se restringe a um único grupo de propriedades, ainda que, no caso ótimo, uma única propriedade, ou coleção específica de propriedades, por motivos práticos, possa constituir o controle exclusivo. A abstração é um processo verbal peculiar, porque um

meio nãoverbal não pode proporcionar a contingência restrita necessári necess ária. a. Uma única prop propriedade riedade pode controlar con trolar uma resposta nãoverbal, mas não pode controlar apenas   tal resposta, a menos que ela seja o único e inevitável acompanhamento de outro conjunto de propriedades. Suponhamos Supon hamos que,Essa “ num pomar pomar,, signiapeapenas as maçãs verme vermelhas lhas se sejam jam comestíveis. condição fica que apenas quando uma maçã ficar vermelha o comportamento de apanhála e comêla será reforçado por certa estimulaçãoo gustativa. Como resultado, eesse laçã sse com comportam portamento ento só será será evocadoo por evocad po r maçã maçãss vermelhas. Também També m ccomo omo resultado disso disso haverá certa tendência em pegar e comer outros objetos vermelhos, desde que não difiram muito do formato e do tamanho das maçã ma çãs. s. Assi Assim, m, uma bola de borracha nova, brilh brilhan ante te e vermelha  pode  po de pa pare rece cerr “ bo boaa para pa ra co com m er er”” , e pode po de ev evoc ocar ar o extra ex trava vaga gant ntee compo com portam rtamento ento de comê comêla. la. Mas, em geral, não tendem tendemos os a comer ‘livros e chapéus vermelhos só porque comemos maçãs vermelhas. Se houv ho uver er tal tendência, tend ência, está fadada a extinguirse. Por conseguinte, a única sob resposta controlada pela vermelhidão da maçã não permanece o controle da propriedade “vermelho”, independentemente das outras circunstâncias sob as quais esta propriedade ocorre. Todavia, uma resposta verbal pode ficar sob o controle exclusivo do vermelho porque a contingência necessária não requer uma conseqüência prática comum a todos os exemplos de verm vermelh elho. o. Ainda que a comunidade verbal eventualmente even tualmente esteja preocupada com questões práticas, ela só pode manter a contingência especial requerida para uma abstração quando as conseqüên cons eqüências cias práticas variam variam de caso caso para ca caso so.. O oouvinte uvinte pode estar preocupado com a vermelhidão do estímulo por muitas e vermelho diferentes comportarseá em resposta ao mas tudo  doo ialante de razões, forma ediferente em ocasiões diferentes, que ele exige do falante é que a resposta vermelho  esteja relacionada com o estímu estímulo lo vermelho em cada caso caso.. O reforço gene-

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ralizado proporcionado pela comunidade pode apoiarse numa única condição. A realização especial do tacto   abstrato, ao dividir o inundo em pequenas partes, alimentou a crença de que a abstração está  part  pa rtic icuu la larm rmen ente te,, o u sem sempre pre,, rela relacio ciona nada da com prop pr opri ried edad ades es singulares, em oposição às coleções de propriedades chamadas objetos ou coisa coisas. s. Dizse Dizse,, po porr exem exemplo, plo, que aqu aquilo ilo a qu quee ssee refere referem m os termos abstratos não pode “existir por si”, como os objetos, e esta é a razão pela qual formu formulamos lamos ab abstrações. strações. Mas um tacto   pode  po de en envo volv lver er o co conn tr trol olee d e um objeto-e stímulo exatamente da mesmaa maneira. Uma rresposta mesm esposta contro controlada lada por uma única dime dimennsão de um estímulo pode ter propriedades especiais, mas estas não sã sãoo as prop propriedad riedades es espec especiais iais da abstração. Qu Quan ando do o estímulo é um objeto, uma espécie de “abstração” nãoverbal é  possív  po ssível el às vezes, p o rq rquu e um umaa únic únicaa resp re spos osta ta práti pr ática ca p o de ser dada núme mero ro de ca caso sos. s. Pocomo r exemplo: podem podemos os ccla lasssificara um grande nú número objetos cadeiras, comportan-

do nos de forma não verbal face a eles: sen sentando tando nos nel neles. es. Es Esta ta é uma resposta identificadora de cadeira, resposta que, sendo dada na presença de cadeiras, recebe um reforço nãoverbal, prático, ap aprop ropriado riado à clas classifi sificação. cação. A resp resposta osta verb verbal al cadeira  pode ser colocada sob o controle de propriedades mais sutis; por exemplo, pode estar relacionada com o formato das cadeiras, independentemente independen temente de se seuu tamanho. Mas não há nenhum processo ce sso exclus exclusivo ivo ddee cclas lassif sificaçã icaçãoo oouu controle de estímulo. Qu Quando ando a resposta cadeira  se restringe a uma classe de estímulo dada  peloo me  pel meio io falante,, o pro proce cesso sso de ab abstr straç ação ão seg segue ue o me mesm smoo cu curs rsoo seguido numa resposta como vermelho. Usualmente, mencionamos objetosaparentemente, primeiro ao fazer uma descrição do mundo físico, e asoslínguas, de início, tendem a desenvolver os termos que se referem a objetos. É fácill explicar iisso fáci sso reco recorren rrendo do às suas conseq conseqüências üências práticas. Na história de uma língua, é bem possível traçar lento surgimento de palavras relacionadas com propriedades isoladas — por exem plo, o no nome me das core cores. s. P o r o u tr troo lado, lad o, us usua ualm lmen ente te,, nu num m a an anáálise lógica ou epistemológica, é mais conveniente supor que o mundo é construí construído do de unidades sin singula gulares res de propriedades. A “confusão flcrida e sussurrante” de William James sugere mais materiais caóticos sensíveis do que uma coleção confusa de objetos.. Recen tos Recentemen temente, te, todavia, os objetos receberam o benefício de um melhor sentido de protocolo. As sens sensações ações,, ou os atriat ri bu  buto da dass sens sensaçõe ações, s, apa aparec recem em agor agoraa am amiú co com m o ab abstr straç açõe õess e nãotosscomo dados sensíveis primários, e iúde osdeobjetos encontraram

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mu fundamento sólido no nível zero de descrição de Carnap.12 Mas todos os tactos  são relacionados, se é que o são, mediante  o   mesmo processo. A respo resposta sta verbal cadeira  é tão abstrata quanto vermelho.  Ela não é   controlada por nenhum estímulo singular. singul ar. a Muitas propriedade riedades s de uma evocam resposta das em prop qualquer ocasião dadaúnica — o cadeira, tamanho,quea cor, o ma material, terial, o modo de construção — são irrelevantes. A extensão da resposta cadeira  a outros estímulos produzidos por tais prop propriedade riedadess foi limitada pela extinção. Talvez ssej ejaa neces neces-sário mais extinção para restringir um termo que indica uma  pro  p ropp ri riee d ad adee tal com comoo vermelho  do que um termo que indica um objeto tal como cadeira, mas isso depende de cada caso em  par  p artic ticul ular ar.. A re resp spos osta ta inseto , apesar de controlada por uma classe de objetos, necessitará, provavelmente, de mais reforço diferencial numa dada comunidade verbal que a resposta ver melho . Em respostas verbais controladas por propriedade prop riedadess ún úniicas dos estímulos há menor chance de dispersão metafórica e,  p  po o rt rtan anto to,, m en enor or cha chance nce d e qu quee o o u vin vi n te pro pr o po ponh nhaa um umaa resp re spos osta ta ineficaz. Uma predileção por coisas, levanos às vezes a conseqüências cias absur absurdas das na procura de pr propriedades opriedades defi definidoras. nidoras. Procu Procuraramos reunir um conjunto de propriedades para compor uma cois co isa. a. O Professor I. A A.. Ri Richards chards considera um exemp exemplo lo p artiar ticularmente bom em seu Principies of Literary Criticism .13 A citação é de G. W. Mackail no  Le  Lectu cture ress on Po Poetr etry. y.

A poesi poesia, a, co como mo a vida, é uma coisa. . . Essencialmente Essencialmente um a energia ou substância contínua, a poesia é, historicamente, um movimento relacionado, uma série de manifestações sucessivas integradas. Ca da poeta, de Hom ero ou de sseus eus predecessores a no noss ssos os dias, tem sido, em certa medida e até certo ponto, a voz do movimento a energia da poesia; nele e a seus poesia, por enquanto, tornouse evisível, audível, encarnada; poemas, que chegaram até nos, constituem o registro remanescente dessa encarnação parcial e transitória. . . O progresso da poesia, com seus vastos pode r®* e função elevada, é imortal.

O tema central desta passagem é, aparentemente, o ponto questão. Qual é o referen referente te do tacto   abstrato  poesia?   O Professor MacKail parece demonstrar que se trata de algo que 1 9 37 )^

 Logi gica call S y n ta x of L angu an gu age ag e   (Nova Iorque, Carnap, Rud Rudol olph, ph,  Lo

13, R i c h a r d s , I. A., Principles of Literary Criticism   (Nova Iorque, 1934), p. 19.

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nunca está completamente presente em qualquer apresentação de um estímulo, mas que constitui, todavia, a característica de uma longa suces sucessão são dc est estímulos. ímulos. Con Contudo tudo,, uma vez que  poesia  é um nome, ele conclui que ela deve ser um umaa co coisa. isa. Uma únicaa prop únic proprieda riedade de é demasiado evanescente. Assim, as palavras se vão sucedendo para provar que a poesia é, ao mesmo tempo, substancial ( substância, energia, sucessiva, movimento,integrada, poder, visível, audí   vel)  e permanente (contínua, imortal)}* Podemos tentar substancializar o referente de  pir  piram amida idall  da mesma maneira. A piram ida idalidad lidad e, como a vida, c um a c oisa. . . Essencialmente, uma substância ou energia contínua, a piramidalidade é historicamente um movimento relacionado, uma série de manifestações fest ações sucessi sucessivas vas integrad as. C ada ad a constru co nstru tor de pirâmide, pirâmide , de Queops ou de seus predecessores a nossos dias, tem sido, em certa medida e até certo ponto, a voz do movimento e a energia da  p  pir iraa m id a lid li d a d e ; nele, ne le, a p ira ir a m ida id a lilidd a d e , p o r e n q u a n to to,, to tom m ous ou see visível, audível, encarnada; e suas pirâmides conservadas constituem o registro remanescente dessa encarnação parcial e transitória. O progreso da pira piram m idalid idalidade ade , com seus seus vast vastos os poderes e função elevada, é imortal.

Por absurdo que isto possa parecer, não se trata de um exemplo imparcial da retificação de entidades para corresponder a termos abst abstrato ratos. s. Esta prática não se limita, de forma alguma, à crítica literária. Compa Comparese, rese, po porr exem exemplo, plo, a seguinte passagem de Philip Jourdain en The mture of Mathematics : 15 . . . um a palav ra — “m atem ática” — — é usad a tan to pa ra de signar certo tipo de conhecimento e a coisa, se é que existe tal coisa, a que se se refere ess essee conhec con hecime imento. nto. Fiz distin ção . . . entre en tre “ M atemática”, coleção de verdades das quais sabemos algo, e “matem ática” , o conhecimento que ttemos emos da M atem ática. Assi Assim, m, podemos de  New  N ew ton tofalar n ” e,dav e“matemática rd a d e ira ir a m e n te, tede , dize diEuclides” zerr q u e aoum ada tem te m“matemática á titicc a se dese de sennvolveu e tem, portanto, uma história; mas a Matemática é eterna

e imutável e, portanto, não tem história: ela não pertence, nem  par  p arcc ia ialm lm en te te,, a Eucl Eu clid ides es,, a N ew ewto tonn ou a qu em q u e r q ue seja se ja,, mas ma s é algo que é descoberto ao longo do tempo pela mente humana. 14. Estas respost respostas as constituem exemplos do tacto   impuro do capítulo capítu lo 6. 6. A função, nes nesse se caso, caso, é rredu edu zir a ansiedad ans iedad e do falante de que a poesia não foge totalmente a uma descrição. 15. Reimpresso em J. R. Newman, Newma n, The World of Mathematics, {Nova Iorque, 1956, p. 67).

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(As características atribuídas às pessoas por meio do uso de estereótipos foram consubstanciadas por Victor Hugo em  Less Miserables  Le Miser ables   [Livre Cinquième, V[ desta forma: . . . chacun ddes es indiutdus indiutdus de Vesp Vespèc ècee hum aine correspond q u u n e des espéces de la crèatwn animale; animale; . . .depu .de puis is  ju s q u ’a Vaigle, de puts put s le pore por e ju s q u ’au ’au ti tigr gree , tous les sont dans Vhomme et   . . chacun d*eux est dans un Quelquefois mime plusieurs d’entre eux à la fois.

à quel que l  Vbuxtr Vbuxtree  animãux   homtne.  

Muitos dos traços, habilidades e faculdades já aceitos pela  psicolog  psico logia, ia, em mo mome mento ntoss di dive verso rsos, s, co como mo con concei ceitos tos leg legítim ítimos os tiv tiveeram origem igualmente modesta.) Os referentes das abstrações — as propriedades dos estímulos que controlam os tactos  abstratos — só podem ser desco bert  be rtos os p o r ce certo rtoss m éto étodo doss d e inv investi estigaç gação ão em empír píric ica. a. O que qu e “significa” realmente  poes  poesia, ia, cadeira, verm ve rmel elho ho,, raposino rapo sino   ou  pira  midalidade ? Se tentam tentamos os respo responder nder a esta que questão, stão, proc procurand urandoo descobrir o que essas palavras “significam para nós”, estamos nos comportando empiricamente, apesar de certa desvantagem. É mais fácil descobrir o que elas “significam” para outra pessoa. Há muitos problemas técnicos a serem solucionados antes que isto possa ser feito numa escala satisfatória, mas a fórmula básica é simples: manipular os estímulos e, em função da presença ou ausência da resposta, identificar as propriedades controladoras efetiv efe tivas. as. Os experim experimentos entos de laborató laboratório rio relativos à formação de conceitos seguem esse padrão, construindo e testando a presença de tactos  abstratos numa comunidade verbal arti artificial ficial.. Os mesmos processos poderiam ser usados num estudo empírico da abstração gerada pelos meios verbais fora do laboratório. A

I m p o r t â n c i a   d a   A b s t r a ç ã o

Um nome próprio é um tacto  no qual a resposta está sob ° controle de uma coisa ou de uma pessoa específica. específica. Um nome comum é um tacto  no qual a resposta está sob o controle de uma propriedade que define uma classe de coisas ou pessoas. Um “ tacto  apropriado” pode sofrer extensão metafórica (como cm  Dan  Daniel iel fo foii a ju lg a m e n to ) ; mas, quando isso ocorre, ele obvia mente ficou sob o controle de um subconjunto de propriedades neste caso, a imparcialidade ou a sabedoria judiciária possuída Por Daniel — funcionando esta como um tacto  comum. Um tacto  comum bem estabelecido é necessariamente uma abstra-

i o ; el elee está ssob ob o ccontrol ontrolee de um subconjunt subconjuntoo de propri propriedades edades

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que podem estar presentes numa ocasião dada, mas que, é provável, nunca compõem exclusivamente tal ocasião. Um repertório de tactos  comuns tem muitas vantagens. Às vezes é econômico responder a uma apresentação total de estímulos com um nome próprio, mas um repertório abstrato torna  possív  po ssível el sel seleci eciona onarr e id iden entitific ficar ar ape apenas nas as p ropr ro prie ieda dade dess ap apre rese senntadas tad as imp importantes ortantes para o ouvinte. Tal repe repertório rtório te tem m ttambém ambém a grande vantagem de ser disponível numa situação nova quando falta o nome próp próprio. rio. Uma sséri ériee de tactos   comuns que tenham sido condicionados separadamente face a propriedades singulares ou a grupos de propriedades fornecem uma resposta essencialmente nova e única. O homem de terno cinzento que alimenta   os cisnes  pode, numa ocasião dada, designar uma pessoa particular tão especifica especificamente mente qu quanto anto se seuu nome próp próprio. rio. Mas não  podem  po demos os us usar ar o no nome me p ró rópp ri rioo , a me meno noss qu quee o ten tenha hamo moss ad adqu quiirido relaci relacionado onado ccom om ess essaa pesso pessoa. a. Podem Podemos, os, porém, compo comporr um substitutivo aceitável, unindo dessa maneira uma série de res posta  po stass com comuns uns.. A D in

â m ic a

 

d o s 

Ta c t

o s 

A b s t

r a t os

Para evocar uma resposta que esteja sob o controle de uma única propriedade de um objeto é necessário não apenas apresentar o objeto mas “especificar a propriedade a que se deve re reag agir”. ir”... Assim, para ob obte terr a resp resposta osta vermelho,   precisamos apresentar um objeto vermelho, bem como uma ocasião verbal na qual respostas cromáticas sejam especialmente reforçadas —  p  poo r ex exem emplo plo,, dizen di zendo do  Diga  Diga-me -me qu quee cor é esta?  Na ausência de uma ocasião especial que designe uma classe particular de tactos, um dado estímulo nãoverbal não controla apenas uma única res posta  po sta.. O estím es tímul uloo qu quee o faz é re rela lativ tivam amen ente te com comple plexo xo.. A força de um tacto abstrato  reflete sua história de reforço. Muitos casos da resposta podem ter sido reforçados, mas muitas mais podem ter ficado sem reforço, ou podem ter recebido  puniç  pu nição, ão, en enqq u a n to a força da res respo posta sta po pode de ser mo modif difica icada da de acordo com tal história. Em ger geral, al, a prop proporção orção de respostas nãoreforçadas em relação às reforçadas representa o que podemos chamar de grau ddee abstração. Esses graus freq freqüen üentem temente ente se orden ordenam am sob forma de cla classe ssess sub subordin ordinadas adas.. Se estamo estamoss olhando a vitrina de uma casa de móveis e alguém nos pergunta O que você estâ olhando?  a resposta mais fácil será, provavelmente, um gesto acompanhado da resposta vocal  Aq  Aqui uilo lo..  Se insistirem, perguntando  Aq  A q u ilo il o o qu quê? ê?,,  poderíamos responder 

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facilmente  Aq utrass pergun perguntas tas leva levam m a uma su sucess cessão ão  Aque uela la cois coisaa. O utra

de respostas:  Aq  A q ue uele le mó móve vel,l, aquela cadeira, aque aquela la cadeira de  braços, aquela cadeira de braços sueca moderna   e finalmente  Aque  Aq uela la mo mode derna rna cadeira sueca de braços fe feita ita d e bordo.   A última resposta é uma resposta verbal reforçada apenas em raras ocasiões e sob um controle de estímulos resultante de uma contingência tingênc ia exata de rreforços. eforços. Ass Assim im sendo, tratase de uma res pos  p osta ta mais “ di difíc fícil” il” de ser da dada da ou ou,, em o utra ut rass pa palav lavras ras,, men menos os  prov  pr ováv ável el de ser em emiti itida da.. A classificaçã class ificaçãoo lógica, com comoo no caso das respostas intraverbais e dos tactos   metafóricos, não e diretamente responsável pela força relativa; ela é mais propriamente uma descrição do estado de coisas do meio, estado este responsável,, po sável porr sua vez vez,, pela força relati relativa. va. No am ambiente biente particu particular lar de determinado indivíduo, é claro, alguns termos altamente abstratos podem ser fortes e alguns termos gerais podem ser  bast  ba stan ante te fracos fracos..

O PROBLEMA DA REFERÊNCIA A teoria semântica limitase muitas vezes à relação entre resposta e estímulo, que prevalece no operante verbal que chamamos tacto. Palavras, partes de palavras ou grupo de palavras, de um lado, e coisas, partes de coisas e grupos de coisas, de outro, encontramse numa relação “referência”, “designação” ou “d “deno enotação tação” ” . Amútua rel relação açãochamada pod podee ser tão vazi vaziaa qu quanto anto uma convenção lógica, ou pode fornecer a “intenção” do falante. Mas de que modo uma palavra “substitui” uma coisa, ou “significa” aquilo que o falante tem a intenção de dizer, ou “comunica” alguma condição de uma coisa a um ouvinte nunca foi satisfatoriamente esta estabelecido. belecido. A noç noção ão de op operan erante te verbal traz essas relações para a esfera dos métodos da ciência natural. Como um estímulo, ou alguma propriedade de um estímulo, ela contr° k s°b uma dada fforma orma de respos resposta, ta, está aagora gora  per  p erfe feita itam m en ente te co com m pr pree eend ndid ida. a. A forma for ma de um umaa resp re spos osta ta é m od odeelada pelas contingências vigorantes numa comunidade verbal. Uma dada forma é colocada sob o controle de estímulos, através do reforço diferenciado de nossa contingência de três termos. O resultado é, simplesmente, a probabilidade de que o falante venha a emitir uma resposta de uma dada forma na presença de um estímulo com propriedades específicas sob certas condições amplas de privação ou de estimulação aversiva.  A me medid didaa

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em que interessa ao falante é   a relação de referência ou de significa signi ficação. ção. Ha Haveria veria pouco interess interessee em usar essa fórmu fórmula la para redefinir conceitos tais como signo, sinal ou símbolo, ou uma relação tal como referência, ou entidades comunicadas num episódio vocal, ttais ais como idéi idéias, as, signi significados ficados ou informação. Esses Esses termos tradicionais carregam muitas conotações irrelevantes, surgidas de seu uso na descrição das relações entre a resposta do falante e o comportamento do ouvinte e as contingências do reforço imposto por uma comunidade verbal.

Mesmo dentro do comportamento verbal do falante há outros tipos de operantes verbais que sugerem paradigmas nos quais podem ser feitas outra outrass distinções. Cada tipo de oper operante ante  possui  pos sui p ropr ro prie ieda dade dess ún únicas icas,, qu quee res resist istem em à ten te n tati ta tivv a de se che chegar gar a uma única fórmu fórmula abrang abrangente. ente. eEst Este e é fal umantes. fato. simpl simples es acerc acercaaé do comp comportamen ortamento to laddos os ouvintes dos falantes O assunto extremamente complexo e não pode ser tratado de forma satisfatória por mei meioo de conceit conceitos os simplif simplificados. icados. Mesmo de dentr ntroo da estreita relação representada pelo tacto , a noção tradicional dc significado não está adequadamente representada, pois, antes e acima da relação de referência, temos que considerar a questão da asserção (ver capítulo 12) e a questão acerca da precisão e veracidade de uma resposta, e assim por diante (ver IV e V Partes Pa rtes). ). Presumivelmen Presumivelmente, te, poderí poderíamos amos descrever o com comportaportamento do lógico ou do lingüista quando ele diz que uma palavra “substitui” ou “significa” algo, ou que uma proposição é falsa ou verdadeira e, desta ou de outra forma, podemos estabelecer definições mas asportamento definições, provavelmente, não seriam seri am úteisalternativas; nnaa análi análise se do com comportam ento verbal. Estamo Estamoss interessados em encontrar termos, não para ocupar os lugares tradicionais, mas para empregálos no tratamento de um assunto tradicional. Ao estudar as propriedades do mundo das coisas ou dos acontecimentos aos quais respondemos verbalmente, devemos nos elevar por nosso próprio esforço; muitas propriedades da natureza podem ser identificadas e tratadas exclusivamente por meioo de práticas verbais. En tret mei tretan anto, to, o problem problemaa do controle de estímulo :io tacto  pode ser examinado signific significativamente. ativamente. Se o mundo pudesse ser dividido em muitas coisas e acontecimentos separados e pudéssemos estabelecer uma forma separada de res posta  po sta ve verb rbal al pa para ra cad cadaa coisa ou ac acon ontec tecim imen ento, to, o prob pr oble lem m a seria relativamente relativam ente simpl simples. es. Mas o mun mundo do não é anal analisado isado tão ffacil acil-mente ou, pelo menos, não foi analisado assim por aqueles

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cujos compo cujos comportamentos rtamentos vverbais erbais devemos estudar. Em qualq qualquer uer repertório verbal amplo encontramos uma confusa mistura de relações

entre formas resposta e formas estímulos.  proble  pro blema ma en é tre en enco con n tr trar ar asdeun unida idade dess básicas de “de co corre rresp spon ondê dênc ncia ia”O ”. Estamos preparados para esse assunto por causa de nosso exame de outros tipos de comp comportamento ortamento verb verbal. al. O compo comportartamento men to ecó ecóico ico em par particular ticular fornece um bom modelo. O falante adquire adq uire ope operantes rantes ecó ecóico icoss de muitos ta tamanhos. manhos. Ele tende a repetir palavras, fras frases, es, ou mesmo sente sentenças. nças. Even Eventualm tualmente ente,, sseu eu comportamento revela pequenas unidades ecóicas, aproximadamente do tamanho do som da fala quer como resultado de reforço educacional direto, quer como subproduto da aquisição de unidade unidadess m mais ais amplas. Só por ccaus ausaa dess dessee repertó repertório rio mínimo é ele capaz de repetir padrões verbais ouvidos pela primeira vez. O comportamento textual revela um repertório mínimo semelhante. lhan te. criança pod pode e ças. ser. ensinada ler por simples sons,  pa  palav lavras ras,, Afra frases ses ou sen senten tenças Ind In d e p en endda en ente tem mpo e nrte simpl do es tam ta m an anho ho da unidade mais freqüentemente reforçada, desenvolvese um

repertório mínimo com o qual ela será capaz de ler palavras nlofamiliares. Descobr Descobriuse iuse que um rep repertó ertório rio mínimo comp compaarável estava ausente do com comportamento portamento intraverbal. Qua Quando ndo muitas respostas diferentes são reforçadas sob o controle de um estímulo único, e quando a mesma resposta pode ser reforçada sob o controle de múltiplos estímulos, o falante adquire  pouco  po uco men menos os qu quee as ten tendê dênc ncias ias intra in trave verb rbai aiss co confu nfusas sas rev revela eladas das nos experimentos por associação de palavras. O tacto  assemelhase ao comportamento intraverbal, na falta da correspondência ponto por ponto vista no comportamento textual e ecóico, mas as contingências do reforço são, não obstante, mais consistentes que no comportamento intraverbal. riavera, ria vera, eviden evidentemente, temente, al algum gum tipo de rep repertó ertório rio mínimo. Quan ^ r i d o inici niciaalme ment nte, e, uum m tacto  pode ser de qualquer tamanho. Expressões tais como Uma agulha no palheiro  podem ser controladas como uma unidade num tipo particular de situação. çã o. Isto também é verda verdadeiro deiro no caso de respostas ma mais is amplas, ampl as, que parecem envolver as asser serçõe ções. s. Uma única prop pr oprieriedade de uma situação pode evocar a resposta  A pressa é inim inimiga iga   a perfeição; o falante não compôs   necessariamente uma sentença no sentido do capítulo 14 e, no momento, não está fazendo uma afirmação. Ele simplesmente umaeventualmente resposta apropriada unidades menores emite surgem e nossaà situação. tarefa é

 

desc obrir até que po descobrir ponto nto vai o processo. Qua Quais is ssão ão aass menores unidades identificáveis de resposta sob o controle de propriedades separadas de estímulos (usualmente) naoverbais?  Nossa  No ssa aná análise lise do co com m po port rtam amen ento to ecóico e text te xtua uall pre prepa pa ranos para essa tarefa, lembrandonos da examinar uma resposta eem m inúmeras oocas casiões iões. . necessidade As unidad unidades esdemíni mínimas mas de comportamento textual e ecóico raramente aparecem por si mesmas mesm as como respostas completas. Todavia, sua unida unidade de fun fun-cional cion al ainda pode ser dem demonstrad onstrada. a. A mesma regra funciona  para  pa ra o tacto . Supõe Supõese, se, freq freqüen üentem temente, ente, que o refer referente ente de uma resposta pode ser identificado sempre que a resposta é dada. Quando o estímulo aparece como sendo um objeto, este é tomado como referente da resposta; todavia, há sempre um elemento de abstração. Não podem podemos os apon apontar tar uma cadeir cadeiraa eespeci special al que ssej ejaa o referente da resposta cadeira. As propriedades de um estímulo relevantes na evocação da resposta, quer para o falante individual, quer de acordo com a  práti  pr ática ca de um umaa dad dadaa co com m un unida idade de,, só po pode dem m ser de desc scob obert ertas as considerandose uma série de ocasiões nas quais as propriedades são sistematicamente variadas e a presença ou ausência da res posta  po sta é no notad tada. a. Nã Nãoo podem po demos os res resolv olver er esse prob pr oble lem m a da dand ndoo à  p  pro ropr prie ieda dade de re rele leva vant ntee um umaa espéci espéciee d e status  de objeto, como um “conceito” ou “abstração” — dizendo que a resposta ver melho   referese ao “conceito de vermelho” ou à “vermelhidão” de algo algo.. Nunca ref reforça orçamos mos uma resposta quando um “ conceito” está presente; o que está presente é um estímulo parti-

cular. O referente de um tacto  abstrato, se é que esse termo cular. tem algum sentido, é a propriedade, ou conjunto de propriedades, sobre a qual o reforço é contingente, controlando, por isso,, a resposta. Pod isso Podemo emoss dizer que o refe referen rente te é a classe  de estímulo definida por tal propriedade ou propriedades, mas há  poucass razões pa  pouca para ra se p re refe feri rirr classes a prop pr oprie rieda dade des. s. A p roro  pried  pri edad adee cor correl relac acion ionad adaa com o re refo forç rçoo dev devee ser se r esp especi ecifica ficada da em termos físicos, se quisermos permanecer dentro dos quadros de uma ciência empírica. Saber se uma resposta podese “manter por si só” não é uma questão das práticas ortográficas de uma língua, pois estas não refletem clara clarame mente nte as relaç relações ões funcionais envo envolvidas. lvidas. A distinção entre línguas analíticas, sintéticas ou aglutinadas, quando não constitui uma distinção de ortografia, ligase principalmente ao comportamento de segunda ordem a ser discutido na IV Parte. Certos compo comportamentos rtamentos verbai verbaiss não podem mante manters rsee

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oor si porque só são emitidos quando outros comportamentos do falante falante formam parte da ocasi ocasião ão (ver (ve r IV e V Part P artes es). ). As terminações gramaticais constituem um bom exemplo disso; não há ocasião na qual a única resposta do falante seja -mente   [como sufixo adverbial que indica o modo (no original, ly)]   (com uma rara exceção: quando o falante diz -ly  [“mente”] como uma contribuição ao uma comportamento de que outraelepessoa — por exemplo, como correção —verbal é claro está falando como se estivesse acrescentando uma terminação à sua própria resposta resp osta).* ).* Os outros operantes mínimos acima acima descritos descritos podem apresentar problemas semelhantes. semelhantes. Uma vez vez que a feminilidade nunca aparece sozinha, independentemente de algo feminino, a terminação terminaç ão feminina nunca aparece sozinha na fala. A eficiência funcional independente da unidade mínima de resposta é mais facilmente detectada quando o comportamento é o resultado da causação múltipla. Em qualquer par de “tactos"   notamos que os estímulos  podem  pod em ser se r os mesmos mes mos,, pode po dem m ser se seme melha lhante ntess ou podem pod em ser diferentes, e que as respostas podem ser as mesmas, podem ser semel semelhantes hantes ounadiferentes. são mostradas Figura 7. As nove possibilidades resultantes ESTÍMULO mesmo

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(6) (6 ) 6) Homonímia Parcial

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4J

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7) Sinonímia

8) Sinonímia

9) Ideal

Parcial

Fi o u r a   7

. * *ss ssoo em inglês, porqu po rquee em portu português guês,, além de “ termina term inação ção gra iç içai ai para a formação do advérbio,  me  ment ntee   é substantivo e uma das Hexoes r1 ve verb rboo  me  ment ntir. ir.   (N. da T.)

 

O comportamento verbal tende a ser mais eficiente quando as condições expr expressas essas nas 1 e 9 prev prevalec alecerem erem.. Já se disse qu quee uma língua ideal sempre “expressará” a mesma coisa pelos mesmos meios e coisa coisass similares po porr mei meios os simi similares. lares. É de se pres presum umir ir que ela também expresse coisas diferentes por meios diferentes. Este é um alvo impossível, porque o comportamento verbal varia num número muito menor de dimensões do que o mundo que ele deve desc descrever. rever. Além do m mais, ais, o proces processo so responsáve responsávell pelo comportamento verbal forma alguma, voltado o estabe estabelecim lecimento ento de não uma está, línguade ideal. Duas violaç violações ões para bem conhecidas aparecem nnos os qua quadro dross 3 e 7. Na homoním homonímia, ia, a mesma resposta é dada a estímulos diferentes (por exemplo,  palma é   evoca evocada da tanto pelo vegetal como pela m ão ão). ). Na si sino no nímia, o mesmo estímulo leva a respostas bastante diferentes (por exemplo, o mesmo acontecimento pode evocar tanto palmeira como pal palm m a). On Onde de a homon homonímia ímia pode levar a resposta respostass nãoapropriadas por parte do ouvinte, a sinonímia interfere com um discurso eficiente, esgotando as formas verbais disponíveis e requerendo uma história verbal mais ampla por parte do ouvinte. A homonímia parcial, na casa 6, é uma conseqüência necessária do fato de que o comportamento verbal não pode ser modificado tantas meio físico; voca bu  bulár lário io em am amplo plo as direções re resp spos osta tassquanto dev devem emo asse assemelh melharse arse,,em emqualquer alguns aspe aspecctos, “ se sem m qualqu qualquer er boa razão razão”” . A sinonímia parcial, da ccas asaa 8, na qual uma propriedade comum a dois ou mais estímulos controla diferentes respostas é, se não inevitável, pelo menos um resultado muito provável das condições incidentais e freqüentemente caóticas sob as quais surge o comportamento verbal. As três casas remanescentes são de especial interesse aqui. Todas as variedades de extensão genérica e metafórica são representadas na Casa 2, onde a mesma forma de resposta é dada a estímulos semelhantes. O tacto  abstrato também ocorre aqui. Sob tais condições, temos evidências convincentes da eficácia funcional de ou alguma parte de umaresponsável apresentação de estímulos: da parte da propriedade pelatotal semelhança dos estímulos. As casa casass restan restantes, tes, 4 e 5, oferecem evidência iigualgualmente convincente da eficiência funcional de uma fração de uma resposta total. Qu Quand andoo respostas semelhantes sã sãoo evocadas por estímulos semelhantes, na casa 5, o elemento comum em virtude do qual as respostas são semelhantes, aparece como independentemente controlado pelo elemento comum em virtude do qual os estímulos são semelhantes.

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Os exemplos mais familiares das unidades funcionais são tradicionalmente chamados de palavras. Ao ap apren render der a falar, a criança adquire tactos  de vários tamanhos: palavras ( boneca ), (rases (sobre a mesa ) e sentenças (Maria vai dormir).   Essas unidades mais amplas não são compostas pelo falante no sentido d o capítulo 14; elas são respostas unitárias, sob o controle de estímulos particulares. (Muitas (Mu itas respostas respostas compl complexas exas retêm alguma unidade funcional, mesmo no falante adulto, como vimos. Frases estereotipadas: Como vai você?  e lugares comuns como vasta maioria  podem não depender do controle separado de suas  parte  pa rtess p o r me meio io de tra traço çoss sep separa arado doss da si situ tuaç açãã o .) De tal comportamento, pode emergir eventualmente um repertório básico de unidades funcionais menores, também ao nível da palavra. A criança criança que adquiriu a resposta Eu tenho   uma boneca  e Eu tenho um gatinho   em ocasiões separadas pode revelar alguma unidade funcional na expressão Eu tenho um.  . . a qual, posteriormente, se combina com novas respostas em novas circunstâncias; por exemplo, quando a criança diz, pela primeira vez e sem condicionamento separado, Eu tenho um tambor.  O  processo  proc esso pode po de ir além. A p a rtir rt ir de res respo posta stass Eu tenho um.  . . e Eu quero um. . .  emerge uma unidade menor de resposta: Eu.   Pequenas unidades funcionais podem, é claro, ser aprendidas separadamente, particularmente mediante o reforço educativo  pr  prop opor orcio ciona nado do parecem p o r aque aqueles les qu quee como ensin en sinam amsubprodutos a cria crianç nçaa da a fal falar ar;; mas elas também emergir aquisição de respostas mais amplas, que contêm elementos idênticos, de forma muito semelhante ao que ocorre no comportamento textual e ecóic ecóico. o. Assi Assim m como o falante falante que possui um comportacom portamento ecóico bem desenvolvido pode imitar novos padrões sonoros complexos ouvidos pela primeira vez, também o indivíduo ^Ujj ^ ss ^U ssu* u* um reper repertór tório io mínim mínimoo bem bem des desenv envol olvi vido do de tacto   pode  po de “ de desc screv rever” er” uma um a nova no va situação situ ação complex com plexaa qu quan andd o esta es ta é vista pela primeira vez. A relação entre a propriedade de uma resposta e a propriedade de controle de um estímulo só pode ser demonstrada comparando muitos casos de comportamento verbal de um mesmo mdivíduo. relaç ão nãocom preci precisa sa ser óbvia o falante, fila pode nãoTalse relação identificar qualquer reaçãopara do ouvinte ou com as práticas de reforço da comunidade verbal. Foram reconhecidas unidades funcionais abaixo do nível da  palavra  pala vra.. Alg Algum umas as dela delass têm sido sid o cha chama madas das d e “ m or orfe fem m as” as ” . O termo é usualmente definido, em parte, por referência às práticas reforçadoras da comunidade como um todo, com alguma refe-

1511 15

 

rência à história registrad rência registradaa da líng língua. ua. Prov Provavelm avelmente, ente, ad adotar otar eess ssee termo para a unidade do comportamento verbal aqui analisada,

apesar de ela representar claramente um processo analítico semelhante, só confu confundiria ndiria o resultado. Um exemplo de opera operante nte verbal freqüentemente menor que uma palavra é uma “raiz”. Apesar de podermos estar interessados em acompanhar uma raiz ao longo da história da língua, ela é funcionalmente significante no comportamento do falante contemporâneo como uma unidade mínima de resposta correlacionada com um elemento identificável de um estímulo. Se um falante emite a resposta destrói  numa ocasião e a resposta destrutível   em outra e se, como é provável,  pude  pu derm rmos os id iden entif tific icar ar um elem el emen ento to co comu mum m nas dua duass ocasiõ ocasiões, es, então temos evidência da unidade funcional do operante destr.  . . Que formas comparáveis possam ser encontradas em outras línguas, ou que a história dessa raiz possa ser traçada através de formas i^ais primitivas da mesma língua são fatos relacionados, interessantes e capazes de explicar por que a comunidade verbal contemporânea estabelece operantes que apresentam essas semelhanças. lhan ças. Mas tai taiss fatos não acrescentam nada à dem demons onstração tração da unidade funcional da unidade mínima no comportamento desse falante. Outras unidades familiares abaixo do nível da palavra são os afixos para fins de sintaxe, de flexão, ou para outros fins (Ver capítulo 13). 13 ). Estes também ttêm êm sua pró própria pria história história,, mas são são unidades funcionais no comportamento do falantedeapenas na medida em que correspondem a traços particulares uma situação de estímulo. A evidência é mais cla clara ra quand quandoo um falante compõe novas forma formass de respo respostas stas em relação a situações novas. Tend Tendoo desenvolvido um sufixo funcional ado  [ e d , em inglês] com relação a esta sutil propriedade dos estímulos dos quais falamos como ações no passado, o sufixo pode ser acrescentado pela  prim  pr imei eira ra vez a um umaa pa palav lavra ra qu quee até en entã tãoo só ha havia via de desc scri rito to ações no presente. O processo é clar claroo quando o falante co compõe mpõe uma forma estabelecida pelas práticas de uma comunidade particular.  Hee sing  H singed  ed   [“Ele cantou”] é obviamente composto  a partir de elementos separados, uma vez que a comunidade reforça a forma  Hee sang  [“Ele cantou”].  H  H  Hee w al alke ked  d   [“Ele andou”] pode tam bém ter te r sido co comp mpos osto to;; mas, como a form fo rmaa tam ta m bé bém m é ref refor orça çada da separadam sepa radamente, ente, a evidência, nes neste te caso, não é tão clara clara.. Um tipo de unidade mínima está sob o controle das propriedades sutis dos estímulos que distinguimos com diferentes “partes da fala”;  porr ex  po exem emplo plo;; o fa fala lant ntee pode po de co comp mpor or ad advé vérbi rbios os ac acres resce cent ntan ando do 4y

U2

 

 I -mente, -mente,   em po portug rtuguê uês] s] aos adjetivos. Sufix Sufixos os como -ness  [ “da “dade de”” ] e hood   [ “ ade” ] são faci facilmente lmente manejad manejados os ccomo omo el eleementos separados na composição de novos termos ajustados aos “estados do ser”. Algumas unidades aparentemente mínimas não têm uma genealogia respeitável e foram sendo negligenciadas por aqueles que se voltaram para ooss dados histór históricos icos e comparativos. Tod Todaavia, existem muitos exemplos com os quais estamos bem familiarizados. Em inglês, a inicial sp  caracteriza muitas palavras que têm algo a ver com ações ligadas à boca {spit, speak, spew  

[ saliva, fala, vômito ]), ou de algum outro ponto ( sputter,  sprinkle, spray  [ “ lanç lançar ar perdigot perdigotos os ao falar falar,, bo borrifa rrifa r” ] ou ccom om radiação de um ponto ( spoke, spire, spur   [“raio de roda, espira, espora” espo ra” ]. Poderia parecer, po porr isso isso,, que a resposta sp  tem uma unidade funcional que se encontra sob o controle de um padrão geométrico comum a muitos est estímulos. ímulos. Isto não signi signifi fica ca qu quee a forma originada no ato de emitir ou de falar necessariamente tome emprestada das semelhanças de comportamento com tais atos alguma força comum; tampouco significa que devemos esperar o aparecimento de formas semelhantes em outras línguas, ainda que uma raiz indoeuropéia esteja obviamente relacionada. O fato básico é que um estímulo que envolve a emanação ou a radiação a partir de um ponto evoca comumente a resposta sp.  A resposta raramente ocorre isolada e, mesmo assim, apenas no comportamento iniciado sob tensão, no qual um novo padrão que revele radiação de um ponto pode levar o falante a balbuciar sp,   em inglês, sem completar uma forma verbal padronizada. O lingüista pode reconhecer a unidade funcional da unidade verbal sp sp,,  mas não admitir que ela seja classificada como um morfema, não apenas por motivos históricos ou comparativos, mas porque, se removermos o sp  dos exemplos dados no parágrafo precedente, só nos restam fragmentos inúteis de comportamento. Mas isto é imp importa ortante nte aapenas penas se supusermos que as  palav  pa lavra rass s io fo form rmad adas as de pa parte rtess sepa separáve ráveis. is. N ad adaa em nos nossa sa analise do tacto  como unidade de comportamento verbal nos leva a acredita acreditarr nisto. O que queremos dizer com esta afirma afirma-ção é que, embora a resposta spit   [ “ sal saliva iva”” ], revel revelee uma ssem emeelhança com speak   [“fala”] e spew   [“vômito”], semelhança que  pode  po de se serr at atri ribu buíd ídaa a um ele eleme ment nto ocs cstím tímul uloo co comu mum m em rela relação ção à inicial s p f   tal resposta não revela qualquer relação funcional comum com outras formas terminadas em it ( hit, hit, sitt b it,  e assim  porr d ian  po ia n te te). ). Tai Taiss fr frag agm m en ento toss não po pode dem m ser co cons nsid ider erad ados os com comoo semsignificado, no sentido de serem totalmente incontrolados;

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eles aparecem por boas razões, mas não possuem uma razão em comum. co mum. (Freq (Freqüen üentem temente, ente, po podemos demos enco encontrar ntrar alg alguns uns traços traços de elementos semelhantes. Por Po r exemplo: m muitas uitas palavras que possuem relação com sons produzidos vocalmente contêm a unidade terminal — each\   por exemplo, screech  [berrar],  preach   [pregar], teach  [ensinar.] [ensina r.] Não é, por portanto tanto,, inteiramente fantástico afirmar que a resposta speech  é uma combinação de sp   e eech.  Uma ve vezz que a forma fo foii estabelecida num dado falante cedo demais para ser claramente um neologismo, tornase difícil  prov  pr ovar ar es este te p o n to to.) .) 16 Apesar de podermos demonstrar uma unidade funcional do comportamento verbal em que a resposta de uma dada forma é controlada por um dado estímulo, daí não se segue que todo exemplo de uma resposta que tenha essa forma represente o mesmo operante, ou que cada exemplo de resposta evocada por ess essa prop propriedad riedade e tenha ess essa a fforma. orma. segue segue,, que por acabamos exemplo, quea todo caso de um exemploNão da se unidade sp   seja de escrever, ou que todo caso de radiação venha a evocar a

unidade ade resposta que contém sp.  (E não se segue, é claro, que a unid funcional de um operante mínimo no comportamento do falante corresponda às às práticas de qualq qualquer uer comunidade. Uma cri criança ança de seis anos usou a terminal nê nêss , de  japo  japonês nês   e chinês , para se referir ao formato dos olhos.) As menores unidades de comportamento verbal que funcionam como tactos  mínimos não são necessariamente os sons sonoros separávei separáveiss do comp comportam ortamento ento ecói ecóico co ou textu textual. al. Em Embora bora o “fonema” dependa do uso, e não seja apenas uma unidade formal de análise — em outras palavras, depende das relações controladoras do comportamento verbal — ele não representa uma unidade de resposta sob o controle de uma propriedade dos estímulos. Os ffonemas onemas comum comumente ente ssão ão definidos em ter termos mos das práticas de reforço de uma comunidade, mas eles também  pode  po dem m se serr de defin finid idos os com relaç relação ão ao co com m p orta or tam m en ento to de cada 16. Todos os problemas de referência que surgem das contin co ntin gências de reforço impostas por uma comunidade verbal têm paralelos em outros tipos tipos de respostas verbais verbais.. Um exem exemplo plo de “mando   mínimo” comparável ao sp,  que acabamos de discutir, é o som inicial hw   (comumente escrito wh-)  que ocorre em muitas frases interrogativas inglesas. Podese dizer que ele tem uma função independente como um mando   pa  p a ra a aç ação ão ve verb rbal al,, que qu e pode po de a p a re recc e r sozin so zinho ho em m om ento en toss de ten tensã são, o, que aparece quando se formam neologismos e que pode ser necessário reconhecêlo ao explicar alguns casos de causação múltipla do comportamento verbal.

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falante depois que este ffoi oi model modelado ado po porr ess essaa comunidade. Tendo

btt t   sob o controle de uma classe partiidentificado a resposta bt cular de estímulo, verificamos que, embora possa variar em mui-

tas propriedades fonéticas ou acústicas, ele nunca começa com  pit. oclasse som indicado   Nessequeínterim, podemos estabelecer uma separada em de respostas envolvem a forma  pit t   e desco pi  b  bri rirr qu que, e, em embo bora ra ela possa va varia riarr em m uit uitas as prop pr oprie rieda dade des, s, nun nunca ca chegaa ao po cheg ponto nto de soar como bit.  Aind Aindaa que a inicial  p  e a inicial b  não estejam separadamente sob o controle de propriedades isoladas de estímulos, elas estão sempre sob o controle de propriedades diferentes. As unidades mínimas no comportamento de um falante individual só poderiam ser identificadas por um estudo exaustivo realizado num período de tempo tão curto que o comportamento  possaa ser enc  poss encara arado do com comoo ess essen encia cialm lmen ente te não nãomo modifi dificad cado. o. A lista de unidades revelada seria muito longa e não seria tão facilmente expressa como os repertó repertórios rios eecói cóicos cos e textuais. As pro proprie prie-dades natureza encontram esobcomplexas o controle tamentoda verbal sãoque maisse numerosas quedoascomporcobertas pelas descrições proporcionadas pela Física, porque o com port  po rtam amen ento to ver verba ball é co cont ntro rola lado do po porr mu muita itass ca cara racte cterís rístic ticas as tem te m  pora  po rais, is, inc incid iden entai taiss e triv triviais iais,, ign ignorad oradas as num numaa aná análise lise cien científic tífica. a. O número de unidades de resposta identificáveis não é limitado pelas formas disponíveis, além do mais, porque não há limite para o tam tamanh anhoo da unidad unidade. e. À med medida ida que cresce a necessidade de um número maior de unidades, constroemse res postas  po stas mais amp amplas. las. Mas, mesm mesmoo qu quee não pos possam samos os d ar uma

explicaç expli cação ão empír empírica ica satisfatória de um único rep repertório ertório,, pod podeemos compreender a natureza de tal repertório e a natureza da unidade funcional funcional possível de peque pequenas nas unid unidades ades voca vocais. is. Se Sem m tal concepção, não poderíamos analisar facilmente causação múltipla do comportamento verbal (capítulo 9), as a distorções de forma que surgem da causação múltipla (capítulo 11) ou o  processo  proc esso de com composi posição ção no qu qual al nov novas as resp re spos ostas tas ve verb rbais ais são criadas em novas ocasiões. A

R e f e r

ê n c ia

  Nu

ma

  L in

gu a gem

  Id e a l

 Nas condições cond ições de um umaa líng língua ua idea ideal,l, a pa palav lavra ra pa para ra casa, por exemplo, sera composta de elementos referentes a cor, estilo, material, tamanh tam anho, o, posiçã posição, o, etc. Só desta for forma ma é que nos referiremos a cas casas as semelh semelhantes antes por me meios ios semelhantes. semelhan tes. As  palavra  pala vrass pa para ra dua duass casas em tu tudo do igu iguais ais,, exc exceto eto na co cor, r, ser serão ão

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iguais exceto no elem iguais elemento ento que se refere à cor. Se na palavra nenhum elemento se referir à cor, esta parte das condições de uma língua ideal não pod poderá erá ser preenchida. Cada palavra em tal língua será um nome próprio, que se refere a um objeto ou acontecimento singular. singular. Quem qquer uer qu quee ffale ale ess essaa língua poderá inventar imediatamente a palavra para a nova situação reunindo as respostas básicas relacionadas ele-  mentos. Assi Assim m como separadamente é tautológico dizer Otàvia écom umaseus mulher,  porq  po rque ue a ter term m in inaç ação ão do su suje jeito ito,, a, também indica o sexo descrito pelo predicado, também em nossa linguagem ideal qualquer afirmação semelhante seria tautológica ou, pelo menos, simple sim pless repetição. As respostas abstratas não passariam de res posta  po stass inco in comp mplet letas as.. Tal linguagem, obviam obviamente, ente, é impossível impossível.. Mesmo que pudéspud éssemos ampliar ilimitadamente o tamanho das unidades verbais, a escassez das dimensões forçarnosia em algum ponto a introduzir semelhanças nãofuncionais entre as formais verbais e, assim, assi m, a viola violarr a regra bási básica. ca. P or exem exemplo: plo: a orde ordem m de seri seria a ção numa longa frase descritiva, usualmente não é em si mesma representativa represe ntativa de coi coisa sa alguma na situação descrita. Todavia, a crescente possibilidade de separação e manipulação dos elementos da resposta num repertório mínimo de unidades é um  passo  pas so na direç di reção ão da dass con condiç diçõe õess idea ideais. is. Podemos aproximarnos de uma linguagem ideal de outra maneira quando estímulos e respostas têm dimensões semelhantes. Este não cons constitui titui um requ requisito isito essenci essencial, al, uma vez que  pode  po deria ria ex exis istitirr p er erfe feita ita co corre rresp spon ondê dênc ncia ia e n tre tr e siste sistema mass d im imen en-sionais diferentes, mas, na medida em que as respostas se assemelham aos estímulos, respostas relacionadas com estímulos semelhantes serão ela elass mesmas semelhan semelhantes. tes. Os modelos têm ess essaa  prop  pr oprie rieda dade de.. De Descre screve vemo moss um es esta tado do de coisas de m od odoo mais completo é, com construindo duplicata exata dessereconstruindoo, estad estadoo de coi coisas sas.isto . Tal comporta portame mento ntouma é verbal, de acordo com nossa definição, uma vez que um modelo é cons-

truído e usado por causa de seus efeitos sobre os ouvintes . Isto não é tão impraticável quanto pode parecer, porque o modelo nem sempre preci precisa sa ser construíd construído. o. O exemplo da amostra do vended vendedor or é par parte te ddoo repertó repertório rio verbal. Os quadros ou fotografias são modelos incompletos ou superficais que corres pond  po ndem em às “ coisas de qu quee se fa fala la”” de for forma ma m u ititoo mais d eta et a lhada que as respostas fonética fonéticas. s. Ta Tanto nto as amostras do vendedor, quanto o catálogo ilustrado, satisfazem a exigência de

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que coisas semelhantes devem se rexpressas por meios seme lhantes.

Apontar para um objeto constitui uma variação da construção de modelos. Um homem pode di dizer: zer: Eu nunca saio sem   levar.   . . — e acabar exibin exibindo do uma arma ti tirada rada do d o cinto. O ato de exibir é verbal, de acordo com nossa definição, e é equivalente à resposta verbal arma , embora muito mais completo comoo des com descriç crição. ão. Qu Quand ando, o, numa confeitaria, apontamos o bolo que desejamos comprar, em lugar de descrevêlo, também estamos agindo verbalm verbalmente. ente. Usamo Usamoss o bolo ao con constru struir ir a resposta; sua correspondência com a coisa descrita é, evidentemente, perfeita. De Decidir cidir ssee um bolo pode ser seu pró próprio prio nnome ome ou ssee uma arma pode referirse a si mesma depende de como definimos “ nom nome” e” e “ referên referência” cia” . (Decid (Decidir ir se vamos incluir o ato de apontar objetos num sistema de tactos  dependerá da extensão do campo verbal que queremos cobrir co com m o termo. Isto não acarreta nenhum problema lingüístico importante porque, assim como no caso da construção de modelos em geral, o repertório é descrito com facilidade.) A construção de modelos tem uma posição especial no campo do com comportam portamento ento verba verbal.l. “ Relatam Relatamos” os” mu muitos itos exemplos do comportamento, humano ou não, por imitação ou reence nação dos mes mesmos. mos. Fazemo Fazemoss pouco progresso no sentid sentidoo de uma análise cientifica quando procedemos assim, uma vez que tal “relatório” é tão pouco passível de análise e tão desajeitado quanto os dados origi originais. nais. Con Contudo, tudo, uma mími mímica ca engenhosa  podee te  pod terr uso pr prát átic icoo nas disc discuss ussões ões casua casuais. is. Ra Rara ram m en ente te em empr preegada no estudo científico do comportamento nãoverbal, ela constitui prát prática ica comum nnoo camp campoo verbal. O com comportam portamento ento ecóico, apesar de imperfeito, constitui parte do repertório de qualquer homem educado e é comumente empregado quando se relata um com comportame portamento nto verbal. Como vi vimos mos no capítulo 2, ao descrever uma resposta verbal numa citação vocal direta, nós a modelamos. Qu Quand andoo a registramo registramoss por po r meio de uma notação fonética (por exemplo, quando a escrevemos na grafia mglesa) capacitamos o leitor treinado a modelála por si mesmo. ^ A citaçã taçãoo é uma ffor orma ma eesp spec ecia iall ddee tacto  que usa o repertório mínimo do com comportam portamento ento eecói cóico. co. É indifere indiferente nte que nnós ós a chamemos de ecóica ou de tacto.   As classificações baseiamse cm contingências de reforço que, nesse caso, são as mesmas, y comportamento eecói cóico co me merec recee um tratam ento separ separado ado por inúmeras razões, mas o tipo de reforço que recebe costuma ser 

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idêntico ao do tacto.  Qua Quando ndo rrespondemos espondemos a um objeto verbal  — po porr ex exem emplo plo,, à fala ou ouvi vida da de o u tra tr a pes pessoa soa — pela em emissã issãoo de respostas ecóicas e, assim, construímos um modelo para ela  — nós tactamos  esse objeto no único sentido em que qualquer objeto jamais pode ser tactado. Um tipo rudimentar de construção de modelo pode ser exemplificado quando uma resposta verbal se assemelha a um estímulo não-verbal.  No comp comportam ortamento ento vvocal ocal,, tal rel relação ação rece recebe be o nome de onomatopéia; no comportamento escrito, ele é exem plifica  pli ficado do pelo peloss pi picto ctogr gram amas as ou hie hieróg róglifo lifos. s. Ass Assim im como cit citar ar uma resposta verbal constitui uma forma de comportamento que constrói um modelo de objeto descrito, assim também a resposta onomatopaica proporciona um modelo acústico rudimentar de um “ ob objeto jeto ” nãoverbal, mas audíve audível.l. Escrever um pictograma ou um hieróglifo é uma forma de comportamento verbal que constrói um modelo visual grosseiro de um objeto visual não verbal. ver bal. Um con conjunto junto convenci convencional onal de pictogramas é um reperrep ertório mínimo de limitação semelhante ao comportamento ecóico no nível do fonema. Assim como a extens extensão ão do repe repertório rtório ecóico se aproxima da mímica vocal, a extensão do pictograma aproximase da arte representativa. Há muitos tipos e graus de semelhança na onomatopéia.  Au  A u -A -Au u  os. aproximase dae alg mímica; já  plã é  ech bangue menos  próxim  pró ximos. Aq Aquil uiloo qu que algum umas as vezes cham amad ado, o,   pestão o r ana analogi logia, a, de resposta imitativa mostra uma semelhança mais tênue, porque a semelhança se dá entre diferentes modos de estímulos. Se as respostas smooth   [“liso”], thin   [“magro”] e crag  [ “ pen penhas hasco” co” ] assemelhamse a coi coisas sas lisa lisass e magras, mag ras, oouu a pen penhas has-cos, isto se dá não tanto em virtude dos produtos audíveis da fala quanto em virtude do comportamento que produz esses sons. son s. Algumas proprie propriedades dades dos estímulos nãoaudit nãoauditivos ivos po podem dem ser imitados por propriedades das respostas não necessariameme auditivas. Por exemplo: stupendous, sesquipedalian, tiny   e bit   [“estupendo, sesquipedal, pequenino e bocado”] registram certas  prop  pr oprie rieda dade dess nã nãoa oaud uditiv itivas as dos ob objet jetos os no toca to cant ntee ao tam taman anho ho..

Respostas reduplicadoras podem assemelharse aos estímulos no tocante ao número.  Hig  Higgle gledy dy-pi -piggl ggled edyy  [“confuso, desordenado”] sugere uma semelhança com aquilo que quase se poderia chamar de caráter. Todas essa essass respostas constituem um tipo de cons cons-trução de modelo, no qual o construtor confinase aos elementos fonéticos de uma língua dada. Ele con constrói strói a melh melhor or image imagem m  possív  pos sível, el, sem cair aba abaixo ixo do nível dos sons da fala. O picto

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grama é coagido da mesma maneira; ele não é um retrato preciso,  p  poo r c a u s a da lim limitaç itação ão do re repe pert rtór ório io conven con vencio cional nal mínimo. mín imo.

O papel da onomatopéia na origem da linguagem tem sido freqüentemen freqüen temente te discuti discutido. do. Formas onomatopaicas podem surgir se um repertório ecóico previamente estabelecido tiver sido ampliado para estím estímulos ulos audíveis mas nãoverbais. É também  possível  poss ível que qu e a onom on omato atopé péia ia poss possaa su surgi rgirr in inde depe pend nden ente tem m ente en te de tal repertório anterior, de acordo com as explicações tradicionais da origem da linguagem, se o comportamento vocal fosse eficiente com um ouvinte por assemelharse a um padrão auditivo ao qual o ouv ouvinte inte já estivesse condicionado. Nesse caso, as questões de origem origem são são totalm totalmente ente irr irrelevantes. elevantes. As contribuições atuais de relação onomatopaica são menos especulativas e não  pode  po dem, m, na ve verd rdad ade, e, ser ign ignora oradas das.. Da Dadas das du duas as res respos postas tas sin sinôônimas sob o controle de um estímulo auditivo, aquela que revelar alguma semelhança formal deve deverá rá ter uma fforça orça adi adicional. cional. Sendo o resto igual, ela pravalecerá no comportamento do falante e,  p  poo r isso, te tend nder eráá a sobr so brev evive iverr na língu lín guaa com m aior aio r dose do se de  prob  pr obab abili ilida dade de.. Cont Co ntrib ribuiç uiçõe õess de força de um umaa rela relação ção on onom omaatopaica precisam ser consideradas no tratamento da causação múltipla do comportamento verbal (capítulo 9).  Não po pode demo moss ir m u ito lon longe ge da solução soluçã o do pr prob oblem lemaa de uma linguagem ideal por meio da construção de respostas verbais que se se assemelham a seus seus estímulos estímu los de controle. Não podem podemos os imitar ou repetir coisas azuis, coisas pesadas ou coisas truculentas  p  por or mei meio de re resp spos osta tassuma azuis, pesadas das ou tr truc ucul ulen enta tas. s. A a ltltee rnativa é opermitir que ou, pesa no máximo, algumas propriedades de cada estímulo adquiram o controle de uma forma separada de resposta. resposta. Nenhu Nenhum m esfor esforço ço é feito para responder respond er a todas as  propr  pro pried iedad ades es de um dad dadoo es estím tímul ulo. o. O re resu sulta ltado do mais precis pre cisoo é obtido pelo processo de abstração, mas a mobilidade independente das respostas na ampliação metafórica também é valiosa. A diferença considerável entre um dado estado de coisas e o comportamento verbal que ele chega a controlar significa que,  para  pa ra um ou ouvi vint nte, e, o com co m porta po rtam m en ento to ve verb rbal al carece carec e da rique riq ueza, za, complexidade complexi dade e detalhes que mar marcam cam a “exp “experiência eriência di dire reta ta”” . A extensão em que isso se dá depende das propriedades selecionadas nad as para reforç reforçoo por uma comunidade verbal. O cientista constroi um conjunto de respostas para uma situação dada por CaU^ 1 ^ a,S c^n.^n c^n.^n^^ nc^as nc^as de reforço reforç o estabe estabelecid lecidas as pela pel a com comun unidad idadee verbal científi científica. ca. O poeta po eta emite um conjunto de respostas respostas inteiramente diferentes para a mesma situação porque elas são eficientes» de maneira diferente, para diferentes tipos de ouvintes ou

 

de leitores. Qua Quall dos dois com comportam portamentos entos condiz mai maiss de perto com a situação constitui menos uma questão de acuidade ou de compreensibilidade do que uma questão de interesses e práticas das comunidades verbais. Podemos sintetizar esta análise do problema tradicional da referência nota notand ndoo a relevâ relevância ncia de certos termo termoss tradici tradicionais. onais. O fato de uma resposta verbal condicionada na presença de um estímulo dado revelar alguma força na presença de outro estímulo que tenha algumas das propriedades do primeiro é freqüentem qüen temente ente chamado de Generaliz Generalização. ação. Ta Tanto nto na análi análise se lógic lógicaa como na psicológica, presumese freqüentemente uma atividade

especial po especial porr pa parte rte do falante. Mas a Generaliza Generalização, ção, ass assim im como a Metáfora, constitui apenas uma característica do controle de estímulos. estí mulos. O contro controle le mais preci preciso so estabelecido pe pela la comunidade na abstração fez com que este termo fosse freqüentemente aplicado ca do:: (1 ) à história do rreforç eforçoo que produz o resultado dese jado;  jad o; ( 2 ) à re resp spos osta ta re resu sultltan ante te e ( 3 ) à prop pr opri ried edad adee co cont ntro rola lado dora ra dos estímulos. O termo Formação de Conceitos, tomad tomadoo originalmente da lógica e da epistemologia, tem sido aplicado essencialmente ao mesmo pprocesso. rocesso. Aqui a Formação carr carrega ega o sentido ( 1) , m mas as o Conc Concei eito to cont continua inua a mostrar (2 ) e (3 (3)) . No  proces  pro cesso so co cont ntín ínuo uo de ex exte tens nsão ão de no nome mess próp pr óprio rioss pa para ra tactos  abstratos mínimos, os termos ao fim do processo têm sido freqüen freq üentem temente ente chamados de Universais. Em geral, à medida em que caminhamos ao longo desse afastamento contínuo do nome próprio, o referente tornase mais difícil de ser identificado. ficad o. A mane maneira ira ppela ela qual represe representam ntamos os a últim últimaa rrelação elação de controle constitui amiúde uma questão de gosto. Na presente análise falamos de propriedades definidoras e de classes de estímulos, e num discurso casual podemos nomear esses conceitos controladores com sufixos tais como  pi  pira ram m ida id a llD ll D A D E   e verme  Ih  I h I D Ã O , e assi assim m po porr dian diante. te. Num sentido mais sofisticado,  podem  po demos os fala falarr de pr prop oprie rieda dade dess com comuns uns a m uit uitas as instâ in stânc ncias ias,, como conceitos, abstrações, universais, noções, etc., desde que tenhamoss em mente o process mo processoo atual de demon demonstração. stração. Este é tam bém o po pont ntoo no qual o ter term m o po pode de ser se r rev reviv ivid idoo para ser usado através de uma definição operatória. Os “ R e f e r e n t e s ” e m O u t r o s T ip i p o s d e O p e r a n t e s V e r b a is is  Nu m a fo  Num form rmula ulaçã çãoo co com m po port rtam amen entis tista ta das relaç relações ões sem semânti ânticas cas,, não temos a compulsão de explicar todos os comportamentos verbaiss com uma única fórmula. Ob verbai Obviam viamente, ente, o tacto é   um tipo

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importante de resposta verbal, particularmente c m   seu efeito especial sobre o ouvinte. A pa partir rtir daí, porem, não concl concluímos uímos que ele seja o único tipo genuíno de comportamento verbal, ou que ele estabeleça um padrão de acordo com o qual todo com-

 po rtam  port am en ento to ver verbal bal dev devaa ser exp explicad licado. o. Po Podem demos os p o u p ar esfo esforços rços infrutíferos tentando descobrir os referentes de termos como Operan erantes tes qual, mas, por favor , ou o referente ddee um espirro. Op textuais ou ecóicos, por causa de sua perfeita correspondencia com estímulos verbais gerados pelo comportamento de outros,  podem  po dem pa pare rece cerr tactos , mas, ao tratar com o falante textual ou ecóico, ecói co, os refere referentes ntes originai originaiss podem não ser releva relevantes. ntes. Qu Quand andoo repetimos ou lemos uma passagem de comportamento verbal, não estamos necessari necessariamente amente nos “ referind referindoo a algo algo no sentido especial do tacto.  Vimos Vimos que o mand mandoo também requ requer er uma formulaçãoo diferente. Tradicionalm formulaçã Tradicionalmente, ente, isto ttem em sido explicado argumentandose que o falante adquire uma palavra em sua relação significativa com uma coisa e em seguida usa  a palavra para  pedi  pe dirr algo. Es Esta ta não é ape apenas nas um umaa de descr scriçã içãoo im impre precis cisaa da aq aqui ui-sição de muitos mandos , como também há muitos exemplos que

não podem se serr expl explicados icados as assim sim.. Não preci precisamos samos ten tentar tar ide identi nti ficar os “referentes” de Por favor! , de Psiu!  ou de  A  Aco cord rde! e!   em tal quadro de correspondência. O comportamento intraverbal apresentou muitas dificuldades na teoria semântica tradicional. Como ele não apresen apresenta ta  perfe  pe rfeita ita cor corres respo pond ndênc ência ia com os est estím ímul ulos os ve verb rbai aiss vis vistos tos no comportamento ecóico ou textual, é mais facilmente aceito como uma resposta a um estado de coisas nãoverbal que segue o  padrão  pad rão do tacto.  O que ssão ão essencialmente relações relações en entre tre palavras passam a ser tratadas como relações entre palavras e coisas. Quando dizemos que a palavra César   se refere a César, apesar de ele estar morto há 2 000 anos, é claro que não estamos falando o comportamento de um falante contempo contemporâneo. râneo. Uma resposta essa forma é, por certo intraverbal, se não for textual ou ecóica. m processo de reforço educativo colocoua sob o controle de vários conjuntos de circunstâncias verbais.  Teoricamente Teoricamente,, deveríamos ser capazes de traçar a trajetória dessas circunstâncias ate o instante em que uma resposta foi dada a César como omem.. O estudo da história pressupõe encadeamentos váli omem válidos dos esse tipo e uma predileção por fontes primárias é determinada essencialmente pelo desejo de evitar encadeamentos excessivamente longos e por isso, provavelmente, errôneos. Mas o compor amento verbal do historiador moderno é ainda, em sua maior  parte  pa rte,, intra in trave verb rbal al.. Se ex exclu cluirm irmos os p intu in tura ras, s, está es tátu tuas as,, etc., et c., César 

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não pode ser um tacto  no comportamento do falante contem porâ  po râne neo. o. Assim como com o as me metáf táfora orass e as assoc associações iações de pal palavr avras as freqüentemente são explicadas em termos de relações lógicas (e o processo psíquico que elas pretendem representar) assim também a relação semântica é usada para explicar a fonte última do padrão de com comporta portame mento nto do historiad historiador. or. Mas ela ela não explica seu seu com comportame portamento nto corrente. No comportamento de um falante do século XX, César atravessou o Rubicão   é uma res posta  po sta,, não a um ac acon ontec tecim imen ento to físico esp específi ecífico co mas a um con con- junt  ju ntoo de est estím ímul ulos os ve verba rbais. is. Uma grande porção do discurso lógico, matemático e científico também é intraverbal e, por isso, não é representado adequadamente pela semântica do tacto.  Não temos que ser capazes de dizer o que uma expressão surgida no meio de um cálculoo mate cálcul matemát mático ico “ sig signif nific ica*’ a*’.. Uma expressão é descrita como comportam com portamento ento verbal quan quando do traçamos seus seus antecedentes. Po Pouucas delas podem interessar ao destino de uma variável envolvida em tacto. ( É tenta tentador dor compara comparar r esta disti distinção co com mdea todos exi exisstenteumentre os  juízos analíticos e sintéticos, mas,nção apesar os juiz juizes es analí analíticos ticos poderem ser intraverbais intraverb ais — e não possuírem assim “referentes” nos termos da relação presente — nem todos os juízos sintéticos são necessariamente tactos.)   O utro ti tipo po de resposta verbal que não pode ser representada por um  padr  pa drão ão sem semânt ântico ico de deriv rivad adoo da relaçã relaçãoo de tacto  é exemplificado  porr re  po resp spos ostas tas tais com como: o: ê, talvez, não, exceto  e verdadeiramente,   respostas que se relacionam com a manipulação e a qualificação de ou outro tro comp comportamento ortamento ve verbal. rbal. Estas constituíram uma ccar arga ga

 pes ada pa  pesada para ra os esq esque uema mass tra tradic dicion ionais ais de refer re ferên ência cia,, mas uma explicação adequada poderá ser dada para esse tipo de resposta em outra parte da análise do comportamento verbal (IV Parte).

COMPORTAMENTO VERBAL SOB O   CONTROLE DE ESTÍMULOS PRIVADOS 17  N o exem  No ex empl ploo de tacto  da figura 5, tanto o falante como o ouvinte são representados em contacto com um objeto comum, 17.

Alguns dos pontos desta seção seção foram discutidos pela pe la pn  mei ra v ez num artigo intitulado “A Análise Operatória dos T e r m o s Psicológicos”, publicado na Psychological Review , (1945), 55, pp. 270 277. U m a discussão mais extensa relacionada com uma ciência geral

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* , qual se refer referee a resposta do falant falante. e. Alguns com comportam portamentos entos  poré rém, m, est estão ão sob o co cont ntro role le de estím es tímul ulos os aos qua quais is só veibais,  po o falante pode reagir. A respo resposta sta  Me  Meuu de dent ntee dó dóii  é controlada  po  p o r um esta es tado do de coisas com o qual só o falan fa lante te po pode de ter te r ce certo rto tipo de rel relaçã ação. o. Uma par parte te pequena m mas as im impo portan rtante te do un uniiverso está encerrada dentro da pele de cada indivíduo e, na medida do que sabemos, é aces acessív sível el unicame unicamente nte a ele ele.. Daí não se segue que esse universo interior seja substancialmente diverso do universo exterior, ou do meio interior de outros indivíduos. As respostas aos estímulos privados não parecem diferir das respostas ao acontecimentos pú públic blicos. os. Todavia, a privatividade de tais estímulos coloca dois problemas. Uma primeira dificuldade encontrase na análise do comportamento em geral: o investigador não pode, de imediato, apontar os estímulos aos quais deve recorrer para a previsão e o controle do com comportame portamento. nto. É possí possível vel que este problem problemaa eventualmente seja resolvido pela melhoria das técnicas fisiológicas, que torn tornarão arão públicos os acontecimentos privado privados. s. No campo verbal, por exemplo, se pudéssemos dizer precisamente que acontecimentos no especialmente, interior do organismo controlam a resposta Estou  deprimido   e, se pudermos produzir esses acontecimentos à vontade, atingiremos o grau de previsão e controle característicos das respo respostas stas verbais aos estímu estímulos los exte externo rnos. s. Mas apesar de que este seria um avanço importante e que demonstraria, sem sombra de dúvida, a natureza física dos acontecimentos privados, o problema da privacidade não pode ser inteiramente resolvido apenas pela invasão instrumental do organismo. Não importa quão claramente esses esses acontecimentos interno internoss  possam  poss am ser ex expo postos stos no la labo bora rató tório rio,, pois po is pe perm rman anec ecee sem sempre pre o fato de que, num episódio verbal normal, eles são bastante privados. vado s. Temos ainda que respo respond nder er a uma per pergu gunta nta mais ampla,  petg  pe tgun unta ta cuja discussã discussãoo cie cientí ntífic ficaa po pode de ser en enca carad radaa com comoo um caso especial. Ao construir o tipo de operante verbal chamado tacto , a comunidade verbal reforça caracteristicamente uma dada resposta

em presenç presençaa de um estímulo dado. Isto Is to só pode ser feito ssee o estimulo age tanto sobre o falante quanto sobre a comunidade retorço. Um estímu estímulo lo privado não pod podee sati satisfazer sfazer essas essas condo comportamento humano aparece em Science and Human Behavior , Scie Sc ienc nce” e” 1161^ n° X V II, “Privat “Privatee Eve Event ntss in a Natural

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dições. De que modo, então, dições. en tão, a comun comunidade idade verbal estabelece as contingências de reforço que produzem as respostas verbais a estímulos privados? Como, po porr exemplo, a resposta dor de  dente   pode ser apropriadamente reforçada se a comunidade de reforço não tem contacto com o dente?  Nãoo dis  Nã discu cutim timos os o fa fato to de re resp spos osta tass a estím es tímulo uloss priv pr ivad ados os serem estabelecidas, mas sim de que modo elas foram construídas, qual sua relação com estímulos controlados e quais, se é que existe alguma, são suas características distintivas. Há pelo menos quatro maneiras pelas quais uma comunidade de reforço sem acesso a estímulos privados pode gerar um comportamento verbal em relação a eles. 1) Pode Podese se usar um acom acompanham panhamento ento púb público lico comum dos estímulos privados que eventualmente controlam a resposta. Consideremos, por exemplo, o modo como um cego pode aprender os os nomes de um tabule tabuleiro iro ccheio heio de objetos. A esti estimulação mulação que eventualmente está sob controle é táctil: o homem explora os objetos co com m ooss dedos. Ao mes mesmo mo tempo tempo,, el elee adquire as res posta  po stass ve verb rbais ais re repp etin et indd o o pr prof ofes esso sor. r. A co conti nting ngên ência cia nec necess essária ária entre uma dada resposta e o objeto apropriado é estabelecida  pe  pelo loo está pr prof ofes esso sor, r, o qu qual al id iden entif tific ica, a, pel pela a alvis visão, ão, reforço o ob obje jeto todepen qu queede,o cego ceg tocando. A contingência total tot do depende, assim, da resposta do cego na presença do estímulo táctil, e o efeito dessa resposta sobre o professor reforçador, que identifica fica o estím estímulo ulo pela vis vista. ta. Este é um siste sistema ma verbal perfeitamente satisfatório, capaz de estabelecer tactos  muito precisos, mas só porque há uma estreita relação entre os estímulos tácteis e visuais gerados pelos objetos. Respostas a estímulos privados são freqüentemente reforçadas da mesma man maneira. eira. Ensinase um umaa criança a dizer  D  Dói ói   de acordo com o uso da comunidade, que torna o reforço contingente a certos acompanhamentos públicos de estímulos dolorosos (uma pancada forte, um corte no dedo, etc.). 2 ) Uma prática comum consiste em usar respostas colate dentista tista sej sejaa rais  a um estímulo privado. É possível que um den capaz de iden:ificar alguma condição de um dente doente, condição que está tão intimamente associada com a estimulação  priv  pr ivad adaa de tal d en ente te qu quee a re resp spos osta ta dor de dente   poderia ser estabelecida de acordo com o padrão acima; mas, usualmente, a resposta é   estabelecida no jovem falante com base em outras respostas que el elee dá aaoo estímulo privado. A comunidade comunidad e rreforça eforça

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como correta a resposta  M  Meu eu dent de ntee dói dó i  quando observa o com porta  po rtam m en ento to co colat latera erall de lev levar ar a mão ao ma maxil xilar, ar, ex exec ecut utar ar cert certas as expressões faciais ou gemer de acordo com certos padrões transitórios. Como um caso especial desse principio, respostas a estímulos privados complexos são freqüentemente estabelecidas com  base  ba se no co com m po porta rtam m en ento to ve verb rbal al já con condic dicion ionad adoo em relaç relação ão a algum dos elementos de um estímulo complexo. Grosso modoy um homem pode descrever alguma condição interna com o repertório verbal apropriado a seus vários traços e, com base nessa informação, comunidade pode então reforçar resposta apropriada aprop riada aoa estado geral das ccoi oisas sas. . Em geral, auma maior parte do repertório privado (de heartburn  [“azia”] a Weltschmerz   [ “ o mal do século” ] ) é adqu adquirida irida dessa maneira. Uma ve vezz que o processo supõe que respostas elementares a acontecimentos  priv  pr ivad ados os já se en enco cont ntra ram m dis dispo ponív níveis eis,, a pr práti ática ca não sug sugere ere um umaa solução para o problema geral. 3) Uma terceira possibili possibilidade dade é a de que a comunidade  pode  po de não pre precisa cisarr reco re corre rrerr aos estím es tímulo uloss pr priv ivad ados os;; ela po pode de reforçar uma resposta em conexão com um estímulo público só  para  pa ra tr tran ansf sfer erir ir a res respo posta sta a um ac acon ontec tecim imen ento to pr priv ivad adoo em v irir tude das propriedades comuns, como na extensão metafórica e metonímica.. Já se mostrou suficientemente qu metonímica quee grande pa parte rte do vocabulár vocabulário io emoci emocional onal é metafórico po porr natureza. Qua Quando ndo descrevemos estados internos como “agitado”, “deprimido”, ou “entusiasmado” certas propriedades geométricas, temporais e intensivas produziram uma extensão metafórica de respostas.  Nem toda todass as exp expres ressõ sões es me metaf tafór órica icass evo evocad cadas as p o r e stíst ímulos privados exemplificam eesse sse princíp princípio. io. Apesar Ap esar de uma dor   aguda  ou uma sensação de ardor   poderem ilustrar a extensão metafórica surgida da semelhança entre a estimulação proporcionada por objetos agudos, ou que queimam, e certos estímulos  privado  priv ados, s, o utra ut ra ex explic plicaçã açãoo é possí possível. vel. O pas passo so m eta etafó fóric ricoo po pode de ter ocorrido antes  de a resposta recuar para o mundo privado.  Nesse  Ne sse caso, não ha have veria ria razão par paraa pr proc ocur urar ar p o r um estím es tímul uloo  priva  privado^ que e tive tivesse sse pr prop oprie rieda dade dess em sem semelh elhan antes. tes. comSe certos a resp re spos osta ta   é, qu primeiramente, adquirida conexão objeagudodo^ tos que possuam propriedades físicas identificáveis, nãorelacio nadas nad as com seu efeito sobre o organi organism sm o humano hum ano — por po r exemplo, se uma agulha é chamada de aguda quando apresenta certo modelo geométrico ou quando penetra facilmente no papel ou num tecido, ou se uma faca é chamada de aguda quando corta

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madeira facilmente, então a extensão da resposta para certo tipo de estímulo doloroso gerado por picada ou cortc é meto nímica.. Certo nímica Certoss estímu estímulos los costum costumam am ser associ associados ados com objetos

que possuem certas propriedades geométricas e, por isso, a res post  po staa é tran tr ansf sfer erid idaa de um par paraa o utro ut ro..  Is  Isto to é agudo  tornase sinônimo de  Is  Isto to ma machu chuca ca , quando originalmente só era sinônimo de  Isto  Is to tem uma po pont ntaa fin finaa  ou . . .um gume afiado.  Apesar de a comunidade nunca ter acesso a algo mais além da forma geométrica da ponta, ou do gume, ou de seus efeitos sobre a superfície do falante, a resposta  Is  Isto to é agudo  no sentido de  Is  Isto to ma chuca  é presumivelmente eficaz e pode continuar a receber reforço. Par Paraa o fala falante, nte, ooss estímulo estímuloss privad privados os associ associados ados são mais importantes que as propriedades geométricas do objeto que os produz; por isso eles predominam no controle da resposta. Quando, mais tarde, a resposta é evocada pelos estímulos privados não acompanhados ou produzidos por um objeto físico agudo (quando um paciente relata que sente uma dor aguda no lado), não podemos admitir que o estado de coisas em seu lado tenha necessariamente qualquer uma das propriedades geométricas do objeto aagudo gudo original original.. Ela precisa ap apenas enas pa partilha rtilharr algumas das propriedades dos estímulos produzidos por objetos agudos. agudo s. Não precisamos m ostra ostrarr que uma do dorr aaguda guda e um objeto agudo possuem algo em comum; e, se não o possuírem, a extensão da resposta para o acontecimento privado não exem plificaa o pr  plific prin incí cípi pioo pr pres esen ente te.. To Toda davia via,, em ex expre pressõ ssões es com comoo tem  pera  pe rame ment ntos os efe eferv rves esce cente ntess  e arrefecidos, precisamos procurar possíveis semelhanças entre os fatos públicos e os privados para explicar a extensão metafórica. Algo Algo no interio interiorr da pele deve “ fe ferv rver” er” ou ““es esfri friar ar’’5, em algum sentido. 4) Quan Quando do uma resposta é descri descritiva tiva do próp próprio rio comportamento do falante, existe uma quarta maneira pela qual um estímulo privado privado pode adq adquirir uirir controle. A contingência origi original nal  pode  po de base basearse arse em co com m po porta rtam m en ento toss ex exte tern rnam am en ente te ob obser serváv váveis eis do organismo, mesmo que esta estimule o falante e a comunidade de maneira maneira diversa. Se o comp comportam ortamento ento se reduz agora, em magnitude ou escala, atingirseá um ponto em que os estímulos  priv  pr ivad ados os so sobr brev evive ivem, m, mesm mesmoo qu quee os estím es tímulo uloss pú públi blico coss se de desva sva-neçam. neça m. Em outras palavras, o com comporta portame mento nto pode ser executado de forma tão fraca ou tão incompleta que não chega a ser visto por outra pessoa, apesar de continuar a ser suficientemente forte para estimular o autor do comportamen comportamento. to. Em tal caso, a resposta eventualmente é dada a um estímulo privado,

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estímulo que é similar, exceto na magnitude,  aos estímulos priva

doss  diferentes acompanhados por manifestações públicas úteis à do Este é, possivelmente, apenas um caso especial do  prim  pri m eir eiroo pr princ incípi ípioo acima, mas deve devemos mos n o tar ta r qu que, e, qu quan ando do o objeto descrito é o próprio comportamento, uma redução de magnitude pode afetar diferentemente as manifestações públicas e  priv  privad adas. as. Apesar de estas quatro práticas serem, num sentido, maneiras pelas quais a comunidade verbal rodeia a inacessibilidade dos estímulos privados, construindo um comportamento verbal sob seu controle, nenhuma delas garante ,a precisão de controle comunidade.

encon trada nas respostas a estímu encontrada estímulos los exte externo rnoss manipuláveis. No  prim  pr imei eiro ro tipo tipo,, a con conexã exãoo en entr tree os es estím tímul ulos os pú públi blico coss e priv pr ivad ados os não precisa ser invariável, e as respostas colaterais do 2.° caso  pode  po dem m ser dad dadas as a ou outros tros estímulos. Mesmo nas práticas cuidadosas de um laboratório psicológico, é duvidoso que termos descritivos de estados emocionais estejam precisamente sob o mesmo mes mo controle de estímulos de falante para falante. A extensão metafórica do 3.° caso pode seguir propriedades inesperadas, e não há como o controle de estímulos possa ser obtido por meio dos pro processo cessoss auxiliares de abstração. Se a estimulação privada que acompanha o comportamento macroscópico e microscópico no 4,° tipo não se modifica, exceto pela magnitude, podemos esperar maior validade; mas a prática é aplicável só quando o objeto descrito é o comportamento do falante. Por conseguinte, as contingências que estabelecem o com po  porta rtame mento nto verba l sobo ofoico cont ntro role le de estím es tímulo ulossseguinte pri priva vado dos s são defici def icient entes. es. ver O bal resultad resultado descrito alhures da forma: Todos suspeitam das respostas verbais que descrevem acontecimen tec imentos tos privados. H á freqüentemen te var variávei iáveiss que tendem a enfraquecer o controle de estímulo de tais descrições, e a comunidade reforçadora em geral é impotente para prevenir a distorção resultante. resultante. O indivíduo que se recusa a reali realizar zar um a tarefa desagradável, alegando dor de cabeça, não pode ser desafiado com êxito, mesmo que a existência do fato privado seja duvidosa.  Não  N ão h á re resp spos osta ta efi efica cazz p a ra o e st stuu d a n te que, qu e, depo de pois is d e te r sido corrigido, insi insiste ste que aquilo era o que ele ele ““pre pre ten dia ddizer” izer” ; mas a existência desse fato privado não é aceita com confiança. O próprio indiv indivíduo íduo também sofr sofree essa essass limita limitações. ções. O am ambibiente, público ou privado, parece permanecer indistinto até que o organismo seja forçado a fazer um a distinção. Qu em qu er que seja solicitado fazer  pr  prim imor oros osas as c o n crepentinamente o rd a rá que qu e ele a a go ra “ vdiscriminações ê” cores co res q u e cromáticas ante an tess n ão eram ‘vistas”. É difí difícil cil ac acred reditar itar que não distinguiríam os as cores primárias, a menos que houvese alguma razão para fazêlo;

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mas fomos condicionados a fazêlo tão cedo em nossa história que nossa experiência, provavelmente, não constitui um guia seguro. Experimentos nos quais organismos foram criados no escuro tendem a confirmar o ponto de vista segundo o qual o comportamento discriminativo espera por contingências que forçam as discriminaçõe cri minações. s. O ra, a autoobserva autoobservação ção é também pro duto de co ntingências discriminativas e, se uma discriminação não pode ser forçada pela comu nidade, ela pode não surgir jamais. Por estranho que possa parecer, a comunidade é que ensina o indivíduo a “conhecer a si mesmo”. Algumas contingências que envolvem a estimulação interna, é claro, não têm que ser arranjadas por uma comunidade de reforço. Ao arrem essar um a bola, sincronizamos um a seqüên cia de respostas pela estimulação gerada por nossos próprios movimentos. Neste cas caso, o, as conting contingências ências de reforço ssão ão determ de term inadas pelas exigências mecânicas e geométricas do arremesso da  bola  bo la e, u m a vez que qu e u m a c o m u n id idad ad e refo re fo rça rç a d o ra não nã o está es tá envolvida, a questão do acesso ao comportamento individual não está implicada. implicada . Mas o “co “conhe nhe cim ento ento”” . . . está particu larm ent entee identificado com o comportamento verbal que surge do reforço so soci cial al.. O com portame nto conceptual e abstrato ssão ão apa ren temente impossíveis sem tal reforço. O tipo de autoconhecimento representado pelo comportamento verbal discriminativo — o conhecimento “expresso” quando falamos acerca de nosso pró prio  pr io c o m p o rtam rt am e n to — es está tá e st stri rita tam m en te lilim m ititad ad o pelas pe las c o n titinn -

gências que a com unidad e ve gências verbal rbal pode providenciar. As deficiências que geram a suspeita   pública, no caso do próprio indivíduo, levam à simples ignorância

Um resultado característico dessas contingências deficientes é que tais respostas costumam ser controladas por uma mistura de estímulos cuja natureza não está clara, quer para a comunidade, qu quer er para o ouv ouvinte, inte, quer para o próp próprio rio falante. Mesmo naquilo que parece ser uma descrição objetiva de acontecimentos estímulos privados podem trazer umaciais contri bui  buição ção.. públicos, As técnicas técnic as da ciência e das con contin tingê gênc ncias ias espe especiais que forçam a abstração são medidas corretivas; mas em qualquer outra parte, particularmente na extensão metafórica, estímulos  priva  pr ivado doss es estã tãoo fr freq eqüü en ente tem m en ente te env envolv olvido idos. s. Uma respo res posta sta como Estou com fome   pod podee ser reforçada de várias maneir maneiras. as. A comunidade pode reforçála, porque conhece a história da ingestão do falante, como em (1), ou observou um comportamento colateral, provavelmente associado com tal história — por exem plo,  pl o, o fala fa lant ntee come pr proo n ta tam m e n te q ua uand ndoo lhe ofe oferec recem em comida ou responde com alegria ao ouvir a sineta do jantar — como em (2), ou porque o falante engajouse em outro comporta 18.

Science and Human Behavior , Nova Iorque (1945), p. 260.

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mento verbal, descrevendo sua disposição para comer ou a  prob  pr obab abilid ilidad adee de qu quee ve venh nhaa a com comer, er, com comoo em ( 4 ) . O falan fa lante te  pode  po de po porr si mesm mesmoo rea reagir gir a tu tudo do isso, bem com comoo à po pode dero rosa sa estimulação privada de pontadas no estômago produzidas pela fo fome. me. Um dado exemplo de ssua ua resposta Estou com fome   pode,  p  poo r co conse nsegu guint inte, e, ser tr trad aduz uzid idaa po porr  Há m uito ui to te tem m po que não  como  (1), O cheiro da comida me dá agua na boca  (2), E u   estou voraz  (3), Eu poderia comer um boi  (4) e Sinto pontadas  no estômago, de fome.  ( A respos resposta ta Eu estava mais faminto do   que pensava  revela um controle exercido pelos estímulos públicos gerados pela ingestão de uma quantidade excessiva de comida, onde os complementos ou acompanhamentos privados anteriores foram inefica ineficazes.) zes.) En Enqu quanto anto todas estas formas podem ser sinônimos de Estou com fome , elas não são sinônimas umas das outras. Para fins técni técnicos, cos, a resposta pod poderia eria ser posta sob o controle de apenas um desses estados de coisas num falante particular, mas requererseia um conjunto especial de contingências opostas às da comunidade como um todo. Muitas expressões que parecem descrever as propriedades das coisas devem ser interpretadas como parcialmente sob o controle de estímulos privados. A palavra  fam  familia iliarr é   um bom exem ploo disso. Um lu  pl luga garr fam familia iliarr não se dis distin tingu guee p o r ne nenh nhum umaa  pro  p ropr prie ieda dade de física. Ele é fam familia iliarr ape apenas nas pa para ra algu alguém ém qu quee já o tenha visto anterio anteriorm rmente, ente, ou algu algum m lugar parecido. Q ua uallquerr lugar se torna familiar quan que quando do visto com freqüência. A resposta Seu rosto me é familiar   não pode ser formulada da mesma maneira que Seu rosto é vermelho.  As condições respo responnsáveis por  fam  familia iliar  r   não estão no estímulo, mas na história do

falante. Tendo adqu falante. adquirido irido a resposta relativa a essa prop propriedade, riedade, o falante pode emitila na presença de outros objetos vistos com freqüên qüência. cia. vistos Ten Tendo doanteriormente, adqu adquirido irido o ele term termo o co com memitilo rrelaç elação ãonaa est estíímulosfre visuais pode presença de sons ouvidos anteriormente, de gostos sentidos ante norm ente e as assi sim m por diant diante. e. Apenas supondo que o indivíduo está reagindo a certos traços de seu próprio comportamento relacionado com o efeito de estímulos repetidos é que  podemo  pod emoss exp explic licar ar o alcance da res respo posta sta em sua tota to talid lidad ade. e.  Boni  Bo nito to   requ requer er expli explicação cação semelhante. Mu Muitas itas tentativa tentativass toram feitas para mostrar que os objetos belos possuem certos traços tra ços objetivos distintivos. Se pudéssemos enc encarar arar essas essas ten tentatativas como bem sucedidas, ou potencialmente bem sucedidas, não haveria aqui qualquer problema, uma vez que as proprie

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dades objetivas explicariam o controle ampliado da resposta bonito , assim como outras propriedades explicam a resposta  piramidal.  piramid al.  Mas se a “ bel beleza eza está no noss olhos de quem a vê vê”” , devemos recorre recorrerr a um efeito comum de ta tais is estímulos. Se bonito   é adquirido primeiramente com relação a quadros e em seguida emitidos espontaneamente, pela primeira vez, na presença de uma peça musical, e se isso não pode ser atribuído a  prop  pr oprie rieda dade dess físicas co comu muns, ns, tais como “ u n ida id a d e” ou ‘‘sim ‘simet etri ria” a” , um estímulo estímulo privado deve estar envolvido. O ccaso aso difere do anterior, isto é, de  fa  fam m ili iliar  ar , por parecer que incorre numa petição de princípio. Não é difíci difícill tr traçar açar a histó história ria do estímulo ppririvado no caso de  fa  fam m ili iliar  ar , mesmo que não possamos estabelecer facilmente facilmen te suas prop proprieda riedades. des. Mas parece necessário admitilo como já existente no caso de bonito.  Os objetos que chegamo chegamoss a chamar de bonitos apenas por meio de um aprendizado não colocam tal problema,19 mas objetos ou fatos aos quais respondemos instantaneamente como bonitos exigem que se suponha adicionalmente um fato privado comum. Podem Podemos os cons construir truir um paralelo grosseiro, reforçando o comportamento sexual ou de ingestão de alimentos na presença de determinado estímulo visual e em seguida, independentemente, na presença de determinado estímulo auditivo. Uma resposta verba verball estabelecida agora em conexão com um desses estímulos deveria ser evocada  pelo  pe lo o u tro tr o em v ir irtu tudd e do ef efei eito to co comu mum m de ref refor orço çoss sob sobre re o comportamento sexual ou de ingestão de alimentos. Em outros tipos de resposta, a participação dos estímulos  priva  pri vado doss é mais ób óbvia via.. Na assim ch cham amad adaa “ faláci faláciaa p atét at étic icaa ” , um objeto ou acontecimento são descritos com termos apropriados ao “estado de espírito” do falante: o homem sombrio fala do mar sombri sombrio. o. O princípio psi psicanalíti canalítico co da projeção iinclui nclui exemplos de comportamento verbal que descreve o comportamento de outras pessoas: o homem colérico freqüentemente chama os eoutros medroso demaisccasos de medrosos, medro sos, assi assim m depo porrcoléricos, dian diante. te. oMas, ainda chama que, emos certos asos o falante possa confundir e misturar acontecimentos privados e  públi  pú blicos cos,, tod todas as as re resp spos osta tass des desse se tip tipoo nã nãoo prov pr ovam am ne neces cessar sariaia-

men te uma contribuição privada. A origem pública dos termos mente subjetivos não deve ser esquecida. Aquilo que parece ser um exemplo de “falácia patética”, ou de projeção, pode exemplificar  19. Como exemplo, comparese a análise que Sten dhal dh al faz da  bela  be la am an te em  De V A m o u r .

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apenas a inversão do processo pelo qual uma resposta foi conConsifinada em primeiro lugar a acontecimentos privados.

deremos, por exemplo, a resposta temeroso.   Nós a adquirimos em circunstâncias nas quais os acontecimentos públicos estavam disponíveis para a comunidade reforçadora, ainda que circunstâncias concomitantes privadas que, eventualmente, podem ser ma mais is imp importan ortantes tes para nós, controlassem a resposta. A comunidade pode basear seus reforços sobre estímulos realmente amedrontadores, comosuar, em (1) acima, ou em respostas concomitantes tais como assustarse, retirarse ou saltar ao menor barulho, ccomo omo em ((2) 2) . Ainda que os aconteci acontecimentos mentos  priva  pr ivado doss co conc ncom omita itant ntes es po possam ssam pr pred edom omin inar ar,, eles nun nunca ca ad adqu quiirem o contro controle le exclus exclusivo ivo do comp comportam ortamento. ento. Ao descrever o comportamento dos outros com os mesmos termos, continuamos a fazer uso de manifestaçõ manifestações es públicas. Se observ observamo amoss que um animal se assusta ou se afasta quando alguém se aproxima, dizemos que ele está amedrontado não porque estejamos atribuindo ao animal nossas próprias circunstâncias concomitantes ao medo, mas porque as características públicas do comportamento de medo estão claramente representadas. Tamb Também ém podemos chamar objetos inanimados de medrosos, sem “projetar” coisa alguma. Assim, uma criança que estava observando alguns feijões saltadores mexicanos sobre uma mesa viu um deles moverse em direção a outro pouco antes que este se movesse na direção oposta. A criança então exclamou Este feijão está com medo.  Considerando que os feijões mexicanos não são inteiramente inanimados, os fatos ocorridos foram uma coincidência que, todavia, poderia ser reproduzida mecanicamente — por exemplo, pelo aparelho de Michotte, para o estu estudo do da percepção da causalidad causalidade.2 e.200 O momento em que ocorreram os dois pulos e suas direções relativas foram suficientes para evocar a resposta medroso.  Não se segue daí que o menino estivesse atribuindo sentimentos subjetivos ao feijão. Um exemplo de apelo desnecessário a acontecimentos privados é discutido por I. J. Lee,21 que vai buscar seu exemplo em Gregory W ilbu ilbur. r. Um menino de ttrês rês aanos, nos, que passeava , car carro ro nnU Um ^^°°Ca^ ac ac^^ en enta ta(^ (^°° excl exclamou amou  H  Hil ill! l!   [“Colina!”] a cada mudan mudança ça de velocidade ou direção. Uma descida espec especial ial 20. 21.

Michotte,  A  A.,., L a Pe Perc rcep eptio tionn de la C ausa au salit lité  é , Louvain (1946).  Lang ng uage ua ge H a bits bi ts in H u m a n A ff ffaa ir irss   (Nova Iorque Lee, I. J,,  La

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mente súbita provocou a resposta Strong hill  [“colina forte”]. Isto foi descrito dizendose que o menino havia projetado sua  pró  p rópr pria ia for força ça pa para ra a colin colinaa [hill].   Mas  fo  forr te   é uma resposta adquirida cedo no repertório normal sob o controle de certos aspectos intensivos dos estímulos: sabores, cheiros, bem como as  pressõ  pre ssões, es, em empu purrõ rrões es e pu puxõ xões es p o r p arte ar te de pes pessoa soass forte fo rtes. s. Nes Nesse se caso, para provarse a projeção seria necessário mostrar que a resposta havia sido previamente controlada apenas por casos quee envolviam a força da criança. A resp qu resposta osta  Big hill!   [“Colina grand gra nde!” e!” ] que poderia iigualmente gualmente ser evocada evocada nas me mesmas smas circunstâncias, não sugeririaverbal projeção. O comportamento extensivo, usualmente chamado animismo, pode ter pouco a ver com os estímulos privados. Ele pode representar um estágio no crescimento do ambiente verbal, no qual respostas que descrevem certos aspectos do com po  p o rt rtam am e n to são liv livre rem m en ente te amp ampliad liadas, as, q u er pa para ra os ob objet jetos os an aniimados, qu quer er para os inanimados. On Ondas, das, árvores, nuven nuvenss e homens são chamados de “coléricos” quando em movimento violento e, possivelm possivelmente, ente, desorganiza desorganizado. do. Qu Quand andoo num ccaso aso especial, a resposta é evocada pelo comportamento do falante, certos estímulos privados também podem estar presentes; mas eles não  precisa  pre cisam m de dese sem m pe penh nhar ar um pa pape pell em o u tro tross ex exem emplo ploss de res res- posta  po sta.. Se tem temem emos os a cóle cólera ra das on onda dass ou das árv árvore ores, s, nã nãoo é  po  porq ueestão proj pr ojeta etam m os nelas conosco, noss nossos os se sent ntim imen ento toss e todas afi afirm rmam amos qu quee elasrque encolerizadas mas porque as oscoisas tomadas de mo movime vimento nto violento sã sãoo perigo perigosas. sas. Even Eventualm tualmente, ente, o ambiente verbal pode forçar uma discriminação mais útil, na qual respostas desse tipo são estreitamente limitadas a certas características do comportamento dos organismos, em lugar dos objetos em geral; mas tal controle, provavelmente, nunca é exclusivo excl usivo.. Apenas quando um homem des descreve creve árvores aç açoitad oitadas as  pelo  pe lo v en ento to como col coléric éricas, as, p or orqq ue ele p róp ró p rio ri o está es tá colé colérico rico,, é que precisamos recorrer a outro princípio, e este princípio pode ser apenas o da causação múltipla, que será discutido no capítulo 9. R e s po po s t

a s 

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b a is   a o  

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O comp comportamento ortamento cost costuma uma estimular seu seu autor. Só por isso isso o com comporta portame mento nto ccoordenad oordenadoo pode ser executado. O com p  poo rtam rt am e n to co coor orde dena nado do é aq aque uele le no qu qual al um umaa resp re spos osta ta em p arte ar te é controlada por outra. O com comportamento portamento verbal exempl exemplifi ifica ca a coordenação requerida requ erida pela autoesti autoestimulação. mulação. O falante pode

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ser ouvinte de si mesmo mesmos. s. Po Porr eexemplo, xemplo, quando quan do respostas intra verbais geram “associações livres” — e a autoestimulação automática do comportamento verbal é crucial na análise do processo sintático e de outros envolvidos na composição e no pensa

mento( IV e V Partes Pa rtes). ). Esta Estamos mos tratando aqui aqui de auto auto -tactos  — do com co m po port rtam amen ento to verbal ver bal co cont ntro rola lado do po porr o u tro tross co com m porta po rta-mentos do falante, presente, presen te, passado passado ou futuro. futuro . Os estímulos  pode  po dem m ser ou não priv pr ivad ados os.. O comportamento verbal autodescritivo é de interesse por muitas mu itas razões. Só através da aquisição de tal compo com portam rtamen ento to e que o falante pode tornarse “consciente” do que está fazendo ou dizendo, e por quê. A ddescr escrição ição que um homem fa fazz de seu  pró  p rópr prio io co com m port po rtam amen ento to é lar larga game ment ntee usada usa da nas ciências sociais, da antropologia cultural à psicofísica, e a fidedignidade do informante ou sujeito é um ponto crucial, bem como a natureza dos dados obtid obtidos. os. Quais Qu ais são os  fa  fato toss   atuais nessas ciências? Um exame de atitudes ou de opiniões, com questionário ou entre* vista, pode informarnos acerca do que um homem diz que  pret  pr eten ende de fazer; faze r; mas a tendê ten dênc ncia, ia, ou o bala balanço nço da ten tendê dênc ncia, ia, seria o dado atual? Em psic psicofí ofísica sica,, este é o problema do status   do “relato verbal”.  R  Resp espos ostas tas ao com co m porta po rtame ment ntoo em curso.  A resposta Estou   abrindo a janela  é controlada pela estimulação gerada, em parte,  peloo co  pel com m porta po rtame ment ntoo d o fa falan lante. te. O fa fala lant ntee vê a jan janel ela, a, as m u da dann-

ças janelahá e nenhum parte deproblema si mesmo na atividade crita. cri ta.na Não problem a em emempenhada expli explicar car como ou por po r desque o reforç reforçoo é proporcio proporcionado nado pelo ambiente amb iente verbal. O que você  está fazendo? é   freqüentemente uma pergunta prática, cuja ifcs if cspo post staa é útil para o ouv ouvinte. inte. Respo Respostas stas ao com portam po rtamen ento to yerbal aparente (Estou falando inglês ) comumente têm conseqüências semelhantes. Apesar de a comunidade reforçadora usar as manifestações evidentes do comportamento, o falante adquire a resposta em conex co nexão ão com uma quantid quantidade ade de autoestí autoestímulos mulos adicion adicionais. ais. Estes Podem assumir praticamente o controle completo; por exemplo, quando o falante descreve seu próprio comportamento estando com os olhos vend vendados. ados. Nesse caso, caso, o falan falante te e a com comunid unidade ade reagem a estímulos diferentes, apesar de estarem intimamente associados, como no exemplo do homem cego. Talvez as respostas mais difíceis de serem explicadas sejam as
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