Sistemas de Protecção Contra Incêndios

February 24, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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ESCOLA DO REGIMENTO DE SAPADORES BOMBEIROS 

SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO  13

 

 

Índice  INTRODUÇ INTRO DUÇÃO ÃO .............. .............................. ................................. ................................. ................................. ................................. ................................. ........................... .......... 4 1.

SISTEMAS AUTOMÁTICOS ......... ................... ..................... .................... ................. ................... ..................... .................... .................... ................. ....... 4 1.1.

SISTEMA AUTOMÁTICO DE DETEÇÃO DE INCÊNDIO (SADI) .......... ................... .................. .............. ..... 4

1.1.1.

Central de alarme e controlo ......... ................... .................... ..................... ..................... .................... .................... .................... ............ 5

1.1.2.. 1.1.2

Dete Detetores tores .............. ............................... ................................. ................................. ................................. ................................ .............................. .............. 6

1.1.2.1.

Detetores de calor ......... ................. .................. .................... .................. .................. ..................... ..................... .................... ................. ....... 7

1.1.2.2.

Detetores de fumo .......... .................... ..................... ..................... .................... .................... .................... .................... ................... ............ ... 8

1.1.2.3.

Detetores de chama ......... .................. .................. ................... .................... .................... .................... .................. .................. ............. ... 10

1.1.3. 1.2.

Botoneiras ou botões de alarme......... .................. .................. ................... .................... ..................... .................... ................ ....... 11

SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS (SAEI) ......... ................... .............. .... 12

1.2.1.

Sistemas de água pulveriz pulverizada ada – Sprinklers ......... .................. ................... .................... ..................... ................... ........ 13

1.2.2.

Sistemas de pó químico ......... .................... .................... ................. ................... .................... ................. ................... ..................... .......... 15

1.2.3.

Sistemas de CO2 ................. ................................. ................................ ................................. ................................. ............................... ............... 16

1.2.4.

Sistemas de halon......... ................... .................... .................... .................... ..................... ..................... .................... .................... ............... ..... 18

1.2.5.

Sistemas de gases químicos.......... .................... .................... ..................... .................... .................. ................... .................... .......... 18

1.2.6.

Sistemas de espuma.......... .................... ..................... .................... .................. ................... .................... .................... .................... .............. 20

BIBLIOGRAF BIBL IOGRAFIA IA ................ ............................... ................................. ................................... ............................... ................................. ................................... ..................... ..... 22 

 

Índice de figuras Fig. 1 – Esquema de um SADI

5

Fig. 2 – Esquema de uma Central de Alarme

6

Fig. 3 – Detetor termostático

7

Fig. 4 – Detetortermove Detetortermovelocimétricos locimétricos

8

Fig. 5 – Detetoótico

9

Fig. 6 – Detetorde infravermel infravermelhos hos

10

Fig. 7 – Detetorde ultraviole ultravioletas tas

11

Fig. 8 – Botoneir Botoneira a

12

Fig. 9 – Botões de alarme

12

Fig. 10 – Sistema “Sprinklers”

13

Fig. 11 – Tipo de âmpola de um sistema “Sprinklers “Sprinklers””

14

Fig. 12 –Sistema de abastecime abastecimento nto de água

15

Fig. 13 – Sistema fixo de extinção automático por CO 2 

17

Fig. 14 – Sistema fixo de extinção por gases químicos

20

Fig. 15 – Sistema fixo de extinção por e spuma

21 

Índice de quadros  Quadro 1 – Cor e Temperat Temperatura ura

14

3

 

 

INTRODUÇÃO Um incêndio num edifício, quando atinge grandes proporções, pode provocar grandes danos materiais que implicam grandes perdas económicas,mas mais grave ainda,pode causar a morte ou incapacidade de ocupantes do edifício, ou de elementos das equipas de intervenção destacadas para combater o incêndio. Para minimizar o perigo de incêndio, os edifícios devem ser dotados de sistemas automáticos de deteção e extinção. Pretende-se expor de forma clara os conhecimentos essenciais destes sistemas de proteção contra incêndios, consentâneo com as competências exigidas exigidas no Curso de Formação Inicial do Sapador Bombeiro e,posteriormente,no desempenho da sua atividade operacional.

1.

SISTEMASAUTOMÁTICOS

Designa-se sistema a um conjunto de órgãos e/ou equipamentos que concorrem para a execução de um mesmo fim. Em termos de segurança contra incêndios considera considera-se -se a existência de dois sistemas: Sistema

Automático de Deteção de Incêndios,adiante designado de SADI, e Sistema Automático de Extinção de Incêndios, designado por  SAEI.  SAEI.

1.1. SISTEMA AUTOMÁTICO DE DETEÇÃO DE INCÊNDIO (SADI)  A função básica deste sistema é garantir a deteção, de forma automática, de um incêndio numa fase o mais precoce possível, isto é, sem a intervenção humana. É sabido que o fator tempo é um fator determinante em termos das consequências de um incêndio. Assim, para que se possa ter êxito na limitação dos danos de um incêndio e para que a evacuação das pessoas possa ser efetuadasem perigo é imperioso que a deteção desse mesmo incêndio seja feita o mais cedo possível. Nos locais permanentemente ocupados por vigilantes esta condição está garantida à partida, bastando apenas instrui-los dos procedimentos a seguir em caso de incêndio. Um SADI é, basicamen basicamente, te, composto por três tipos de componentes (fig. 1):  

Central de alarme e controlo;

 

Detetores;

 

Botoneiras.

 

Fig. 1 | Esquema de um SADI SADI  

1.1.1. Central de alarme alarme e controlo  A central de alarme alarme e controlo é o e elemento lemento do SA SADI DI que tem como funçã função: o:  

Integrar toda a informação que llhe he é transmiti transmitida da pelos detetores e botoneiras de alarme;

 

Controlar o bom funcionamento de todo o sistem sistema; a;

 

Informar os operado operadores res do estado de funciona funcionamento mento do sistema e da ocorrência de de qualquer anomalia ou incêndio nas áreas protegidas pelo sistema;

 

Desencadear, de modo automático e de forma sequencial, a série de procediment procedimentos os para que esteja programada.

 A central de alarme e controlo controla os detetoresque podem estar diretamenteli diretamenteligados gados ou agrupados por zonas, estando, por sua vez, cada zona ligada à central. Em funcionamento e numa situação em que não há incêndio, a central faz umapesquisa automática interrogando sequencialmente cada detetor ou cada zonaininterruptamente. Quando um detetor é ativado a central sinaliza esta situaçãoatravés de um sinal luminoso, que indica o detetor ou zona ativada e dá um sinalacústico. A partir deste momento a central desencadeia, automaticamente, umasérie de procedimentos de forma sequencial e temporizada. Os procedimentos desencadeados pela central, em caso de incêndio, são os maisvariados e programáveis, programáve is, caso a caso. De entre estes referem-se os seguintespossíve seguintespossíveis: is: 5

 

 

 

Tr Tra ans nsmi miss ssão ão auto automá mátitica do ALERTA para a corporação de bomb iros maispróxima;

 

Fecho de portas corta ogo;

 

Abertura de extratores de fumo e arranque de sistemas de desenf  magemmecânicos;

 

Para rage gem m de el ele evado dorr s no piso térreo;  

 

Pa Parage ragem m de sis siste tema mas de vent ventililaçã ação o e de ar ccond ondici iciona onado do com fecho de registos cortafogo;

 

Di Dispa sparo ro de ins instal talaçõ açõe e de extinção.

 A central de alarme e controllo é ainda o órgão do sistema responsável pela sua alimentação elétrica. Para tal a central possui:  

alimen entad tada ad da a rred ed pública; Uma fonte principal e alimentação elétrica, alim

 

Uma fonte secundária, geralmente constituída por acumuladore acumuladoress e um carregador, que deve assegurar o fun ionamento normal da instalação durante 72 horas e, ao fim deste tempo tem po,, o aci acion oname ament nto dos dos al alar arme mess llum umiino noso so e a acú cúst stic ico o d dur ura ante, pelo menos, 30 minutos.

1.1.2. Detetores Os deteto tetore ress ssã ão o oss dis disp positi iti os d automaticamente te do oS SAD ADII q qu ue rre egi gisstam tam, ccom omp para aram e me em automaticamen a presença de fumos, calor e/ou chama, transmitindo um sinal para a Central de alarme e controlo (fig. 2). 

Fi . 2 | Esquema de uma central de alarme

O modo como fazem a deteção baseia-se, como não podia deixar de ser, nos produtos da combustão (fumos e gases, alo alorr e cha chamas mas). ). As Assim sim,, par para a cad cada a um um,, des e tipo de produtos de combustão existe um tipo de etetor.

 

1.1 .1..2.1 .1..

Deteto De torres de calor

Estes detetores são especial ente conceb concebidos idos p para ara de detetar tetar e eleva levações ções d temperatura. Podem ser dos seguintes tipos: 

Detetorestermostáticos São equipamentossimples e robustos, cujo princípio de funcion mento consiste no elétrico ico atr atravé avéss de uma lâm lâmin ina a bi bimet metál áliica que dilata com a aciona aci onamen mento to de um um con contac tactto elétr elevação da temperatura(fi temperatura(fig. g. 3). São regulados para uma temperatura a soluta que, quando é atingida, provoca o acionamentodo detetor.  

Fig. 3 | Detetor termostático 

São Sã oe equ quip ipam amen ento toss m mui uito to fifiáv áveis e pouco pouco ssujei ujeitos tos a falsos falsos al alarme armes. s. Cada detetor deste tipo é capaz de cobrir uma área de erca de 40 m2. São a ap prop ropri ria ados e em m llo ocais onde exista naturalmente uma humidade elevada e se preveja a ocorrência de incêndio que li er erte te p pou ouco co fumo fumo na sua sua fa fase se iini nici cial al,, ha haja ja u a rápida elevação da tempe tem perat ratura ura,, onde h haja aja fo fort rt risco de engorduramento e nos locais que se desenvolvam trabalhos traba lhos que produza produzam m fum fumo os e vapores. Não sã são a ap propriados e em m llo o ais com pé direito superior a 7,5 metros , se preveja incêndio encoberto rto  e de desenvolvimento lento e onde, face aos riscos, seja i periosouma deteção precoce.

Detetorestermovelocimétricos Estes detetoresagem pelo

ri rinc ncíp ípiio d da a e ele leva vaçã ção o b bru rusc sca a d da a tte emp mper era at ra, aqual provoca a

dilatação dila tação do a arr co contid ntido o n num uma câmara do detetor (fig. 4). Este ar aodiilatar e, sendo a sua variação de volume  superior o débito de um orifíciocalibrado de compe sação, existente para o efeito, provoca a dilatação acâmara, que é flexível, arrastando uma membrana que, por sua vez,aciona um contacto elétri o. 7  

 

 

Estes detetores podem normalmente ser regulado reguladoss para reagir a umaelev umaelevação ação de temperatura que varia entre 4 e 20˚C por minuto. São equipamentos muito fiáveis e pouco sujeitos a falsos alarmes. Cadadetetor deste tipo é capaz de cobrir uma área de cerca de 40 m 2.

Fig. 4 | Detetortermovelocimétricos 

 A sua utilização é idêntica aos detetores termostáticos, apenas tendo umamaior sensibilização em incêndios de desenvolvimento rápido.

1.1.2.2.

Detetores de fumo

Estes detetores são especialmente concebidos para detetar existência de fumos visíveis ou de gases invisíveis. Podem ser dos seguintes tipos: 

Detetoresóticos Este tipo de detetoré constituído por uma célula fotoelétrica sobre a qual incide permanentemente um feixe luminoso proveniente de uma fonte luminosa que faz parte integrante do detetor(fig. 5). Quando existirem fumos visíveis na atmosfera estes, por serem opacos, interferem no feixe luminoso não deixando que os raios luminosos incidam na célula fotoelétrica, a qualirá dar origem a alarme. 

 

Fig. 5 | Detetorótico  São apropriados em locais  onde existam grandes velocidades de ar e onde possam ocorrer

incêndios cuja manifestação, na sua fase inicial, seja caracterizada por uma abundante libertação de fumos. Não são apropriados em locais  onde exista risco de poeiras ou gorduras,haja formação de

vapor de água ou nevoeiro, onde se executem trabalhos que impliquem a libertação de fumos e existam campos de alta frequência.

Detetores iónicos O princípio de funcionamento destes detetores baseia-se na existência de duas câmaras, uma das quais é hermeticamente fechada e a outra está em contacto com a atmosfera da zona a proteger. Estas duas câmaras são ionizadas por uma fonte radioativa (normalmente, o Amerício 241) fazendo o detetor a comparação c omparação do comportame comportamento nto elétrico das duas câmaras. Quando na câmara que está em contacto coma atmosfera entrarem gases e/ou aerossóis, provenientes de uma combustão, a sua resistência elétrica será alterada provocando um desequilíbrio entre as duas câmaras que desencadeia o alarme. Este tipo de detetores acarreta cuidados especiais devido à existência de elementos radioativos e por questões de proteção ambiental, este tipo de detetores são cada vez menos utilizados. São apropriados em locais onde se pretenda uma deteçãoprecoce ouse verifiquem combustões lentas com libertação de gases de combustãoinvisíveis. Não são apropriados em locais onde a humidade relativa do ar seja superiora 95%, ocorram correntes de ar com velocidade superior a 10m/s,haja pó excessivo e forte engorduramento ou ocorra libertação degases ou vapores.

9

 

 

1.1.2.3.

Detetores de chama

Estes detetores são especialmente concebidos para detetar a ocorrência deradiação, normalmente associada à chama. Podem ser dos seguintes tipos: 

Detetores de iinfravermelhos nfravermelhos  O princípio de funcionamento deste tipo de detetor baseia-sena emissão deradiação na banda dos infravermelhos por parte da chama, a qual vai ativaruma célula fotoelétrica existente no detetor (fig. 6).

Fig. 6 | Detetor de infravermelhos 

Devem ser colocados de forma a estarem em linha reta com o local deonde possam eventualmente eventualme nte surgir as chamas. Requerem especial atenção àsujidade, pois esta poderá reduzir-lhes a sensibilidade ou tornálos mesmoinoperantes, sendo indispensável uma limpeza frequente. São apropriados em locais onde se pretende umadeteção precoce doincêndio cuja primeira manifestação seja a chama e em locais com pé direitoinferior a 30 metros. Não são apropriados em locais onde se possa desenvolver um incêndio semchamas ou com forte libertação de fumos antes das chamas, onde avisibilidade possa ser obstruída ou possam existir efeitos perturbadorescomo peças de máquinas rotativas.

 

Detetores de ultravioletas  São, em tudo, semelhantes aos detetores de infravermelhos, embora vocacionados para a deteção de radiação na banda do ultravioleta. Embora menos sensíveis que os detetores de infravermelhos, diminuindo a sua sensibilidade rapidamente com o distanciamento ao local a proteger, são, no entanto, menos sujeitos a falsos alarmes (fig. 7).

Fig. 7 | Detetor de ultravioletas 

 As causas mais comuns de gerarem ffalsos alsos alarmes nestes detetores incluem-se relâmpago relâmpagos, s, arcos elétricosde soldadura elétrica, Raio-X e materiais radioativos.

1.1.3. Botoneiras ou botões de alarme alarme Destinam-se essencialmente na possibilidadede desencadear o alarme de incêndio por comando manual (fig. 8).Quando acionados, pressionando o botão ou partindo um vidro, é efetuadoum contacto elétrico(fig. 9).  Asbotoneiras com botão são rearmadas por meio de uma chave especial.As botoneiras manuais de alarme estão localizadas junto das saídas para o exterior e nas saídas de cada piso. 11

 

 

Fig. 8 | Botoneira

1.2.

Fig. 9 | Botão de alarme

SISTEMASAUTOMÁTICOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS (SAEI) 

 Adeteção precoce traduz-sen traduz-seno o aumento da possibili possibilidade dade de ê êxito xito na extinção de um incêndio e, consequentemente, na minimização das suas consequências. Os Sistemas Automáticos de Extinção de Incêndio (SAEI), permitem disponibilizar imediatamente o agente extintor adequado ao local protegido, na quantidade necessária e aplicado da forma mais eficaz, rápida e segura o que garante uma probabilidade de êxito elevada no combate do incêndio. Podemos, pois, dizer que o objetivo de um sistema de extinção automática é manter uma vigilância contínua e permanente de determinadas áreas, face ao risco de incêndio e que, no caso da sua ocorrência, o irá combater de imediato, descarregando um agente extintor, de modo a extingui-lo ou, em última análise, a controlá-lo, evitando a sua propagação e desenvolvimento até que cheguem mais meios de combate. O princípio de funcionamento dos vários sistemas existentes é semelhante na medida em que a todos eles está associado um sistema de deteção, que pode ser um sistema automático, do tipo descrito anteriormente, um sistema de deteção exclusivo (normalmente (normalmente térmico) ou de uma combinação de ambos. Os Sistemas Automáticos de Extinção tomam a designação do agente extintor que proporcionam.. Os mais comuns são: proporcionam  

Sistemas de Água Pulverizada “Sprinklers”;

 

Sistemas de Pó Químico;

 

Sistemas de CO2;

 

Sistemas de Halon;

 

Sistemas de Gases Químicos;

 

Sistemasd Sistemasde e Espuma.

 

1.2.1. Sistemas de água pulverizada – Sprinklers Uma instalação Sprinklers pode ser definida como sendo um sistema simples erobusto, de grande fiabilidade na deteção e extinção de focos de incêndio, e queutiliza água pulverizada como agente extintor.  Um sistema Sprinklers(fig. 10) é essencialmen essencialmente te constituídopor:   

Fonte abastecedora de água;

 

Central de bombagem;

 

Rede de distribuiç distribuição; ão;

 

Posto ou postos de controlo;

 

Sprinklers.

Fig. 10 | Sistema Sprinklers 

O componente essencial deste tipo de instalações são os Sprinklers que possuem um elemento termofusível ou uma ampola, que funde ou rebenta sob o efeito da elevação anormal da temperatura, acionando o sistema de descarga de água pulverizada sobre a superfície coberta (fig.11). 13

 

 

Fig. 11 | Tipo de âmpolade um sistema “Sprinklers” 

Os Sprinklers têm pois, simultaneamente, a função deteção (detetor de calor termostático) e a função extinção, traduzida pela pulverização e distribuição da água pela zona protegida. Existem várias gamas de atuação dos Sprinklers, função da temperatura de disparo da sua cabeça. Nas cabeças de ampola, esta temperatura de disparo é identificada pela coloração do líquido no interior da ampola, como observado noQuadro 1.  Quadro 1 | Cor e temperatura 

COR

TEMPERATURA

Laranja

57▫C

Vermelho

68▫C

 Amarelo

79▫C

Verde

93▫C

 Azul

141▫C

Roxo

182▫C

Os Sprinklers são alimentados por uma rede de distribuição devidamente dimensionada e alimentada a partir de fontes de água, calculadas por forma a assegurarem o correto

 

funcionamento funcionamen to da instalação durante um período de tempo determinado, em ffunção unção do grau de risco dos locais a proteger.  A alimentação de água água a um sistema Sprinklers Sprinklers é um fator essencial, o que justifica justifica o rigor com que se impõem, face ao tipo de instalação, determinados requisitos técnicos que garantam o bom funcionamento do sistema. Regra geral, uma instalação deve ter duas fontes de alimentação distintas, podendo uma ser a rede de abastecimento público e a outra um reservatório de capacidade adequada e devidamente equipado. O posto de controlo, normalmente instalado entre as fontes de água e a rede de alimentação, pode atuar apenas pela abertura do Sprinkler, provocando simultaneamente o alarme e o arranque do sistema de abastecimento de água.(fig.12)

Fig. 12 | Sistema de abastecimento de água

Em instalações especiais, que envolvem riscos elevados, o alarme próprio da instalação pode também estar ligado ao quartel de bombeiros mais próximo.

1.2.2. Sistemas de pó químico O pó químico é um agente extremamente eficaz na extinção de fogos de líquidos inflamáveis e de certos combustíveis sólidos e ainda em equipamentos elétricos.  

15

 

 

Os sistemas de pó químico podem ser utilizados em todos os casos em que se necessite uma extinção rápida e onde haja possibilidade de autoinflamação. Podem igualmente ser utilizados para extinguir fogos em equipamentos elétricos, não sendo, no entanto, aconselhável a sua utilização em instalações sensíveis devido à ligeira ação corrosiva do pó ao longo do tempo, facto que é potenciado pela grande dificuldade em limpar os resíduos do pó utilizado. Os sistemas de extinção automática por pó químico dividem-se em dois grupos, consoante o tipo de utilização:  

Sistemas de inundação total;

 

Sistemas de aplicação local.

Num sistema de inundação total não há a preocupação em proteger um local específico dentro de uma determinada área. Em caso de ocorrência de um incêndio, o sistema é ativado descarregando pó químico que se distribui por toda a área protegida e que garante a extinção do incêndio, independentemente do ponto onde tenha ocorrido. Num sistema de aplicação local apenas determinada área num local específico é protegida. No caso de ocorrência de um incêndio nesse local, o sistema é ativado descarregando pó químico que se distribui apenas pela área protegida.

1.2.3. Sistemas de CO2  Os sistemas de extinção automática por CO 2  têm uma utilização variada, sendo bastante eficientes na proteção por inertização ou extinção em locais fechados ou confinados. O mecanismo de extinção de CO 2 baseia-se, como é lógico, na redução da percentagem de oxigénio do ar para valores inferiores aos necessários para a alimentação da combustão e, devido ao facto deste gás ser mais denso que o ar, cria, quando aplicado, uma atmosfera inerte na zona de combustão, extinguindo o incêndio por asfixia.  As instalações fixas de extinção por CO2constituem um sistema de proteção eficazpara combustíveis líquidos e equipamentos elétricos e eletrónicos. Podem aindaser utilizadas, com algum êxito, em locais onde possam ocorrer incêndios que têmpor base combustíveis sólidos que, pelo seu valor ou sensibilidade à água, devamser protegidas desta forma.  À semelhança dos sistemas de pó químico os sistemas de CO2  dividem-se em doisgrupos, consoante o tipo de utilização:

 

 

Sistemas de inundação total;

 

Sistemas de aplicação local.

Os principais componentes de um sistema automático de extinção por CO2 são:   

Reservatór Reservatórios ios de CO2;

 

Rede de distribuição distribuição;;

   

Bocais de descarga e difusores; Sistemas de deteção;

 

Dispositivos de comando e controlo.

Fig. 13 | Sistema fixo de extinção automático por CO2 

Nos sistemas de inundação total, a técnica utilizada é preencher um determinado espaço fechado com uma concentração pré-definida de CO2, que garanta a extinção, em função dos combustíveis em presença, devendo esta concentração ser mantida até que a temperatura em todo o espaço protegido tenha atingido uma temperatura inferior à de ignição dos combustíveis.  A eficácia destes sistemas depende, pois, considerave consideravelmente lmente da estanqueidad estanqueidade e do local protegido, pelo que todas as possíveis fugas devem ser colmatadas. Com a aplicação local, o objetivo é a proteção e equipamentos específicos ou áreas não delimitadas por divisórias. Neste caso a descarga de gás é efetuadadiretamente sobre as superfícies em combustão até que o fogo tenha sido completamente extinto.A ativação deste tipo de sistemas processa-se a partir de um sistema de deteção, específico do sistema ou SADI, ou de forma manual.  A deteção, central ou local, deve ser concebida por forma a permitir uma deteção precoce de qualquer foco de incêndio, acionar o respetivo alarme e só posteriormente dar início ao 17

 

 

processo de descarga do gás, permitindo assim o abandono do local sinistrado pelas pessoas presentes, sem risco de asfixia pelo CO 2.

1.2.4. Sistemas de halon Os sistemas de extinção automática por halon, utilizavam essencialmente o halon 1301, exceto, em alguns casos pontuais, como sejam sistemas de aplicação local em que o agente extintor utilizado é o halon 1211.  À semelhança dos sistemas de pó químico e dos sistemas de CO2  os sistemas de halon dividem-se em dois grupos, consoante o tipo de utilização:  

Sistemas de inundação total;

 

Sistemas de aplicação local.

Os principais componentes de um sistema de extinção automático por halon são:  

Reservatór Reservatórios ios de halon;

 

Rede de distribuição distribuição;;

 

Bocais de descarga e difusores;

 

Sistema de deteção e ativação;   Dispositivos de comando e controlo. É frequente recorrer-se à utilização de azoto para sobrepressurização dos reservatórios de halon o que tem como consequências:   Evitar quedas bruscas de pressão, durante a descarga;



  Suavizar as variações de pressão face à temperatur temperatura a durante a compressão do halon;



  Permitir utilizar tubagens de menor diâmetro.



 A ativação deste tipo de sistemas processa-se a partir de um sistema de deteção específico do sistema ou SADI, ou de forma manual.  A deteção, central ou local, deve ser concebida por forma a permitir uma deteção precoce de qualquer foco de incêndio, acionar o respetivo alarme e só posteriormente dar inicio ao processo de descarga do gás, permitindo assim o abandono do local sinistrado pelas pessoas presentes em segurança e sem risco de exposição prolongada ao halon.

1.2.5. Sistemas de gases gases químicos Os sistemas fixos de gases químicos, substitutos do Halon 1301, especialmente os gases fluorados (HFC), têm configurações muito semelhantes às daquele agente extintor, variando as

 

quantidades e os níveis de concentração. Assim, podem classificar-se quanto ao seu modo de atuaçãoem:  

Sistemas de inundação total;

 

Sistemas d de e aplicaçã aplicação o local (de utili utilização zação mui muito to rara).

Os sistemas de inundação total, como o seu nome indica, são utilizados para proteção integral de um local.  A inundação total consiste num fornecimento de gás em concentração previamente determinada, de modo a inundar uniformemente o volume a proteger, no espaço de tempo mínimo imposto pelas normas internacionais. Este tipo de sistema pode ser utilizado na extinção de fogos provenientes de três categorias, a saber:  

Fogos de líquidos ou gases inflamáveis;

 

Fogos superficiais de só sólidos lidos inflamáveis;

 

Fogos não super superficiais, ficiais, como os que oco ocorrem rrem em alguns materiais sólido sólidos, s, sujeitos a aquecimento espontâneo espontâneo e que ficam em combustão latente.

Nos sistemas de inundação total a concentração é variável de gás para gás, sendo possível nuns a presença humana e noutros não. Todos os gases substitutos do gás halon oferecem condições propícias para sistemas de inundação total. Os sistemas de aplicação local permitem a descarga do gás diretamente sobre o material ou equipamento sinistrado, de modo a que este fique rodeado localmente por uma atmosfera com elevado teor do agente extintor. Utiliza-se este sistema, quer quando a quantidade de agente extintor ou disposição dos locais de descarga não são suficientes para obter a concentração desejada, quer em locais onde os materiais ou equipamentos a proteger estejam em recintos abertos.  As concentrações limites para zonas normalmente ocupada ocupadass são as mesmas que em inundação total; no entanto, não esquecer o facto de que a descarga é local, logo a concentração durante a mesma é bastante elevada. Por outro lado, os sistemas podem ser do tipo:  

Reservatór Reservatórios ios individuais;

 

Reservatór Reservatórios ios em baterias.  19

 

 

Os componentes de um sistema de extinção por gás g ás dividem-se em vários grupos, consoante a função desempenhada no conjunto(fig. 14). Assim, temos:  

Reservatór Reservatórios ios de armazenamento;

 

Rede de distribuição distribuição;;

 

Bocais de descarga;

 

Sistema de ativação;

 

Sistema de controlo e segurança.  

Fig. 14| Sistema fixo de extinção por gases químicos

1.2.6. Sistemas de espuma Os sistemas de extinção automática por espuma são variados e dependem do tipo de instalação que se pretende proteger, sendo soluções particularmente utilizadas em situações de incêndio ou de derrame de combustíveis da Classe B. Os sistemas de espuma são conhecidos por sistemas  premix quando quando utilizam soluções espumíferas previamente preparadas e armazenadas e que são pressurizadas para a corrente de água, aquando da utilização. No entanto, na maior parte dos casos, os líquidos espumíferos são armazenados à parte e só entram em contacto com a água no momento da utilização, conforme exemplo da fig, 15.

 

 A sua constituição básica é a seguinte:  

Reservató tórrio espumíf ro;

 

Grupo de bombagem

 

Rede de tubagem;

 

Câmaras de expansão ou geradores de espuma de alta expansão .  

doseadorr de espumífero; doseado

Fig. 15| Sistema fixo de extinção por espuma

21  

 

 

BIBLIOGRAFIA  

Manual de Formação para Bombeiro Sapador , Lisboa: Certitécnica,1993

 

ANPC (2013). Nota Técnica nº 17- Sistemas automáticos de extinção de incêndio  por agentes gasosos. gasosos. Lisboa

 

Regulamento Técnico de SCIE, Portaria 1532/2008: Título VI, Cap.VI, Secção II, artigos 175.º a 176.º

 

Decreto-lei n.º 220 de 12 de novembro. Diário da República nº 220/2008, 1ª série. Ministério da Administração Interna, Lisboa

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