Sistema Gastrointestinal Do Idoso

April 5, 2019 | Author: Camila Helena Madia | Category: Hepatitis, Hemorrhoid, Human Digestive System, Small Intestine, Gastrointestinal Tract
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Sistema Gastrointestinal do Idoso Capacitação para Enfermagem Profª. Camila Madia

Formação do Sistema Digestório

Este sistema é composto por um série de órgãos que, em conjunto promovem a digestão e assimilação pelo organismo dos nutrientes; nutrientes; Estes por sua vez são necessários para o funcionamento e manutenção da vida dos seres.

 O sistema digestório é um canal que tem origem na    

boca (porta de entrada dos alimentos) com sua extremidade final na pelve. Desta forma os alimentos penetram por meio da boca onde começam a sofrer o processo de digestão; Passam pela faringe e esôfago e são redirecionado ao estômago onde são parcialmente digeridos. Depois vão para o intestino delgado e grosso, onde são assimilados pelo organismo. Os resíduos desse processo de digestão e absorção são eliminados através da porção final S.D (RETO E ÂNUS)

BOCA 



A

abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí  encontram-se os dentes e a lí ngua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os

dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.

Lí ngua  A língua movimenta o alimento empurrando-o

em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos.

Faringe e Esôfago  A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.  O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo.

ESTÔMAGO  O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas.  É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado.  Sua função principal é a digestão de alimentos protéicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula

Intestino Delgado  O intestino delgado é um tubo com pouco mais

de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões:  duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e í leo (cerca de 1,5 cm).

IN TEST IN O

GROSSO

 É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a

das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.  Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.

GLÂNDULAS ANEXAS  O pâncreas é uma glândula do aparelho

digestivo, localizada na parte superior do abdome e atrás do estômago. É responsável pela produção de enzimas, que atuam na digestão dos alimentos, e pela insulina (hormônio responsável pela diminuição do nível de glicose (açúcar) no sangue.)

 O fígado é um órgão que atua como glândula exócrina (liberando

secreções) e glândula endócrina (liberando substâncias no sangue e sistema linfático). Ele é a maior glândula do corpo humano.  O fígado desempenha muitas funções importantes dentro de

nosso organismo, como: armazenamento e liberação de glicose, metabolismo dos lipídeos, metabolismo das proteínas, síntese da maioria das proteínas do plasma, processamento de drogas e hormônios, destruição das células sanguíneas desgastadas e bactérias, emulsificação da gordura durante o processo de digestão através da secreção da bile, etc.  O fígado age também no armazenamento de vitaminas e minerais. Ele armazena algumas vitaminas como: A, B12, D, E e K, além de minerais como o ferro e o cobre.

Alimentação  O alimento é fundamental para a manutenção

de todos os nossos processos vitais. É através dele que obtemos a energia necessária para a manutenção destes processos.  Uma dieta adequada é aquela que assegura a ingestão equilibrada de açúcares, gorduras, proteínas, vitaminas e sais minerais, além de água.

 A terceira idade há uma diminuição global da atividade das células, o que leva a modificações das necessidades nutricionais.  Uma dieta incorreta pode ocasionar riscos à saúde.  A composição adequada da dieta de um idoso sadio deve seguir o seguinte padrão: 30% de gorduras (evitando gordura de origem animal), 10-20% de proteínas (carnes), e 50-60% de carboidratos (açúcares, massas, fibras).  Após 50 anos é aconselhada a utilização rotineira de alimentos ricos em vitaminas, principalmente  A e C. A mulher na menopausa deve ingerir alimentos ricos em cálcio com regularidade, na profilaxia da osteoporose que a atinge com maior freqüência.

 O idoso sadio que está se alimentando corretamente, não tem necessidade de suplementação alimentar com medicamentos a base de vitaminas. Por outro lado uma dieta incorreta pode ocasionar riscos à saúde.  Diante de determinadas doenças os cuidados alimentares devem ser redobrados, havendo então a necessidade de uso de vitaminas. O estado emocional alterado como a depressão e o estresse, (por exemplo, podem interferir  diretamente na absorção de alimentos, podendo inclusive ocorrer queda na resistência física).  O idoso bebe menos água o que pode facilitar uma série de situações patológicas, como a desidratação e o aumento da concentração de medicamentos no sangue.

 Na avaliação alimentar do idoso é importante saber-se ou através do mesmo ou de seu acompanhante, dados sobre a sua alimentação diária, doenças crônicas e tratamentos realizados, sobre eventual cirurgia, uso de dentaduras, de laxantes, de medicamentos de uso crônico, fumo, álcool e sobre a exposição ao sol.  A utilização crônica de diurético, por exemplo, pode levar a diminuição do potássio com sérias repercussões sobre a saúde, inclusive podendo levar à depressão.  Na terceira idade há situações em que pode ocorrer  diminuição da ingestão de alimentos, como nas doenças que levam a perda do apetite, destacando-se aqui o estado depressivo.  Nestas situações há necessidade de suplementação da dieta, havendo produtos com esta finalidade no comércio. Há situações crônicas, como o alcoolismo, que é acompanhado de falta de apetite e lesões do estômago gerando com muita freqüência deficiências nutritivas.

 Outras situações podem levar a déficit nutritivo por  deficiência de absorção e/ou de metabolismo devido principalmente a distúrbios do sistema digestivo.  A alimentação por sonda (nasogástrica e nasoenteral) deve ser utilizada para suplementação da dieta ou mesmo para sua completa substituição em determinadas doenças neurológicas graves, ou em situações em que não há condições para se engolir.  Na alimentação por via endovenosa (parenteral) pode também suplementar a dieta por via oral e mesmo a dieta enteral. É um procedimento limitado pelo tempo, pois a veia não suporta muitos dias de utilização. Em algumas situações especiais há necessidade de se utilizar veia de grande porte, que permite tempo prolongado de utilização, mas sempre com cuidados especiais.

Doenças Gastrointestinais Xerostomia ou secura na boca

 Pela menor produção de saliva, mau hábito de

respirar pela boca, próteses mal ajustadas. Causas emocionais como ansiedade e medo.  A deficiência de saliva não altera o paladar, mas pode ser causa de dificuldade de deglutição, acelera a deteriorização dos dentes, dificuldade na mastigação, contribuindo para a má digestão, causa também o mau hálito.

Estomatite angular

 É comum no idoso, e suas principais causas

são: falta de dentes, dentaduras mal adaptadas. Outra causa menos comum é a deficiência de ferro e riboflavina (fator de crescimento participando dos sistemas enzimáticos do organismo, que regulam os processos energéticos ). A língua grossa (glossite) está relacionada à deficiência de vitamina B12 e infecção das papilas.

Divertículo 

O paciente com divertículo tem um saco ou uma bolsa na parede intestinal. Assemelha-se ao apêndice. Uma pessoa pode nascer com um divertículo ou este pode desenvolver-se mais tarde. No idoso está relacionado com a constipação. Pode haver mais de um divertículo. Os divertículos ocorrem mais freqüentemente no cólon.

 

Sintomas: Geralmente não há sintomas, a não ser que os divertículos se tomem infectados. Isto é conhecido como diverticulite.  A inflamação é incrementada pela acumulação de fezes no saco (diverticulite). Os sintomas são de inflamação que se assemelham aos da apendicite.

 

Cuidados de Enfermagem - Geralmente o tratamento é cirúrgico, para remoção do divertículo. Observação do abdome quanto à flacidez ou distensão; - Cuidados de mudança de decúbito enquanto estiver no leito; - Massagens de conforto; - Observação da prescrição médica.

  

 Colecistite  A colecistite é uma inflamação da vesícula biliar, um pequeno órgão em forma de saco, localizado no quadrante superior  direito do abdómen, sob o lobo direito do fígado.  Em condições normais, a vesícula funciona como um reservatório de bílis, um líquido produzido pelo fígado, que contem enzimas que digerem as gorduras. Durante uma refeição, a bílis passa da vesícula para um canal de excreção, sendo então conduzida até ao intestino, mais concretamente ao duodeno, onde vai então participar na digestão.  A colecistite desenvolve-se, geralmente, quando uma pessoa tem litíase vesicular, isto é, cálculos biliares (³pedras na vesícula´), que são depósitos que se formam no interior da vesícula a partir do colesterol ou dos pigmentos biliares existentes na bílis. Se um dos cálculos sai da vesícula e provoca a obstrução do seu canal excretor, a bílis fica aprisionada no interior da vesícula, o que vai levar à inflamação da parede, seja por ação direta dos químicos existentes na bílis, seja porque a estase favorece a infecção bacteriana, constituindo-se assim a colecistite.

Sintomas  Cólica biliar: trata-se de uma dor ou uma sensação de pressão no abdómen superior, que pode ocorrer no centro ou do lado direito, na região da vesícula e do fígado.  Em alguns pacientes, a dor irradia para trás e para cima, para a zona interescapular ou para o ombro direito.Tipicamente, surge logo após as refeições, principalmente quando estas são copiosas;  Febre e arrepios  Náuseas e vómitos  Perda de apetite  Icterícia: coloração amarelada da pele e mucosas, muito visível a nível do olho  Urina escura  Diminuição dos movimentos intestinais.  Os sintomas da colecistite crônica podem incluir qualquer  um dos anteriores, mas, geralmente, esta condição traduzse por desconforto abdominal ligeiro que vai e vem, dificuldades de di estão.

 Tratamento:  - Tratamento da colecistite aguda consiste em repouso no leito e medicamentos se houver necessidade, serão prescritos pelo médico.  Cuidados de Enfermagem:  - Observar para que o paciente ingira sucos e outros líquidos;  - Dieta hipocalórica;  - Orientar para evitar condimentos e exercícios físicos;  - Observar para que o repouso no leito seja cumprido;  - Manter boa higiene corporal e do ambiente;  - Medicação conforme prescrição médica.

 Hemorróidas  O termo hemorróidas refere-se à condição na

qual as veias ao redor do ânus ou reto inferior ficam inchadas e inflamadas  . Hemorróidas podem ser resultado de esforço para evacuar. Outros fatores que contribuem para a hemorróida são gravidez, constipação crônica, diarréira e intercurso anal.  A hemorróida pode ser dentro do ânus (interna) ou abaixo da pele ao redor do ânus (externa).

 Sintomas  O sintoma mais comum das hemorróidas internas é sangue

vermelho brilhante na região anal, no papel higiênico ou no vaso depois de ter ido ao banheiro.  Hemorróidas inflamadas também causam dor, desconforto, inchaço e coceira na região anal.       

Causas

Inchaço nas veias retais ou anal causa hemorróida.

constipação crônica ou diarréia esforço excessivo ao evacuar sentar-se no toalete por longos períodos de tempo falta de fibras na dieta Outra causa de hemorróida é o enfraquecimento do tecido conjuntivo no reto e ânus que ocorre com a idade.

Tratamento e cuidados:

 - O tratamento comum da hemorróida é sua remoção

    

por cirurgia. Se o caso for brando, pode necessitar apenas tratamento sintomático; - Banhos de assento para aliviar o desconforto; - Aplicação local de uma pomada para retrair a membrana mucosa (prescrito pelo médico); - Aumento da ingestão líquida; - Educação do intestino para esvaziar todos os dias; - Dieta rica em resíduos e fibras. (germens de trigo, farelos, verduras, frutas).

 Constipação  - É o distúrbio gastrointestinal mais comum nos idosos,

permanência prolongada de material fecal nos cólons, devido a um decréscimo na freqüência das evacuações e dificuldades na eliminação de fezes endurecidas.  Sintomas:  Sensação de plenitude;  Dor abdominal;  Anorexia;  Pirose;(Sensação de ardor )  Eructação (arrotar, soltar gases )  Mau hálito  Sintomas gerais de cefaléias, náuseas e vômitos. Alguns

pacientes relatam tenesmo ou defecação dolorosa.

 Pacientes idosos imobilizados no leito costumam

apresentar constipação intestinal, inclusive com formação de fecaloma, por vezes associada à confusão mental e desidratação.  É muito importante caracterizar a presença da verdadeira constipação, porque muitos idosos acreditam que, se a evacuação não for diária, o seu ritmo intestinal  já está alterado.  A freqüência da evacuação, desde três vezes ao dia até três vezes por semana é considerada normal.  Urge investigar sobre como e quando o paciente começou a ter dificuldade para evacuar, se vem mantendo a presença de sangue nas fezes se usa drogas, se tem antecedentes cirúrgicos e, principalmente, se vem perdendo peso e sobre mudanças recentes de hábitos alimentares.

 Cirrose  A cirrose é uma doença difusa do fígado, que altera as funções

das suas células e dos sistemas de canais biliares e sanguíneos.  É o resultado de diversos processos, entre os quais, a morte de células do fígado e a produção de um tecido fibroso não funcionante. Isto prejudica toda a estrutura e o trabalho do fígado.  Como se adquire e como se desenvolve?  Após períodos variáveis de tempo, indivíduos com inflamações

crônicas do fígado estão sujeitos a desenvolverem cirrose.  Não é possível prever quais as pessoas com doença de fígado que terão cirrose.  

As

causas mais comuns são:

As hepatites crônicas pelos vírus B e C e O alcoolismo.

 O que se sente?  A doença se desenvolve lentamente e nada pode ser percebido

por muitos anos. A cirrose por si mesma dificilmente causa sintomas em seu início, porém, com a evolução para estágios mais avançados, o insuficiente funcionamento do fígado leva ao aparecimento de diversas manifestações.  Dependendo do paciente e da causa da cirrose poderão ser predominantes sintomas de um ou mais grupos.  

As

alterações relacionadas aos hormônios são: Perda de interesse sexual; Impotência; Esterilidade; Parada das menstruações; Aumento das mamas dos homens; Perda de

pelos. 

As



Perda de interesse sexual; Impotência; Esterilidade; Parada das menstruações; Aumento das mamas dos homens; Perda de pelos.

alterações relacionadas aos hormônios são:

 Hepatite 

O

que é?

 É qualquer inflamação do fígado. Pode ser

causada por infecções (vírus, bactérias), álcool, medicamentos, drogas, doenças hereditárias (depósitos anormais de ferro, cobre) e doenças autoimunes. 

Como

se adquire?

 Existem vários tipos de hepatite e a causa difere

conforme o tipo.

 Hepatite Viral  A:via fecal-oral, ou seja, fezes de pacientes contaminam a água de consumo e os alimentos quando há condições sanitárias insatisfatórias.  Hepatite Viral B:as relações sexuais e a injeção de drogas ilícitas são as principais preocupações atuais.  A aquisição pela transfusão sanguínea e derivados deixou de ser o principal motivo, desde a implantação dos rigorosos cuidados vigentes nos bancos de sangue e a extinção de pagamento a doadores. O bebê pode adquirir hepatite na hora do parto quando a mãe tiver o vírus  Hepatite Viral C:a transfusão de sangue e derivados, a injeção de drogas ilícitas, o contato desprotegido com sangue ou secreções contaminadas são as principais vias.Ocorrem casos de transmissão mãe-bebê na hora do parto.Suspeita-se da via sexual e da aspiração nasal de drogas para explicar uma parte dos 20 a 30% de casos nos quais não se conhece a forma de contaminação.

 Hepatite Viral D:é um vírus que só causa doença na presença do

vírus da hepatite B. Sua forma de transmissão é a mesma do vírus B.  Hepatite Viral E:fecal-oral, igual à hepatite A. É mais descrita em

locais subdesenvolvidos após temporadas de enchentes.  Álcool:uso abusivo de qualquer tipo de bebida alcoólica. A

quantidade que causa doença hepática é variável de pessoa para pessoa, sendo necessário, em média, menor dose para causar doença em mulheres do que em homens.A dose de alto risco é de 80g de álcool por dia, o que equivale a 5-8 doses de uísque (240 ml), pouco menos de 1 garrafa e meia de vinho (800 ml) ou 2 litros de cerveja.Quanto maior o tempo de ingestão (anos), maior é o risco de hepatite alcoólica e cirrose. Certas pessoas podem adoecer mesmo com doses e tempo bem menores do que a média acima mencionada.



Medicamentosa:vários remédios de uso clínico podem causar hepatite em indivíduos suscetíveis. Não se pode prever quem terá hepatite por determinada droga, porém, indivíduos que já têm outras formas de doença do fígado correm maior risco.  Alguns medicamentos relacionados com hepatite são: paracetamol (Tylenol®, Dôrico®); antibióticos e antifúngicos como a eritromicina, tetraciclina, sulfas, cetoconazol e nitrofurantoína; anabolizantes (hormônios usados para melhorar o desempenho físico - dopping); drogas antipsicóticas e calmantes, como por exemplo, a clorpromazina (Amplictil®), amiodarona (antiarrítmico), metildopa (Aldomet® - anti-hipertensivo) e antituberculosos. Anticoncepcionais orais (pílula) também são ocasionalmente mencionados  Autoimune:algumas doenças fazem com que as substâncias de

defesa do próprio indivíduo (anticorpos) causem inflamação e dano ao fígado. Não se sabe porque isso acontece

hereditárias:doenças como  Hepatites por causas hereditárias:doenças a hemocromatose e a doença de Wilson levam ao acúmulo de ferro e cobre, respectivamente, respectivamente, no fígado, causando hepatite.  Esteatohepatite não alcoólica (esteatose hepática, fígado fígado gorduroso): é o acúmulo de gordura no fígado. Ocorre em diversas situações independentes do consumo de álcool, como obesidade, desnutrição, nutrição endovenosa prolongada, diabete melito, alterações das gorduras gorduras sanguíneas (colesterol (colesterol ou triglicerídeos altos) e alguns remédios.



O que



No caso das hepatites infecciosas, há um período sem sintomas, chamado de incubação. A duração dessa fase depende do agente causador. Depois, aparecem sintomas semelhantes, por exemplo, a uma gripe, com febre, dores articulares (nas juntas) e de cabeça, náuseas (enjôo), vômitos, vômitos, falta de apetite e de forças. f orças. É comum que a melhora dessas queixas gerais dê lugar ao aparecimento dos sintomas típicos da doença, que são a coloração amarelada da pele e mucosas (icterícia), urina escura (cor de Coca-Cola) e fezes claras. Pode-se notar o aumento do tamanho do fígado, f ígado, com dor quando se palpa a região abaixo das costelas do lado direito. A duração dessa fase varia de 1 até 4 meses.



De forma geral, a hepatite A costuma ter evolução benigna, não deixando seqüelas. A hepatite B torna-se crônica em até 5% dos casos e a hepatite C em mais de 80%. Dos indivíduos com hepatite B crônica, 25 a 40% evoluem para cirrose e/ou câncer de fígado, enquanto que na hepatite crônica C, isso ocorre em cerca de 20%.

 

se sente e como se desenvolve?

 A hepatite D piora a evolução da hepatite B por  estar associado a formas fatais.  A hepatite E é geralmente benigna, exceto nas gestantes, gestantes, nas quais há maior m aior risco de formas graves levando a óbito materno e fetal.  A hepatite alcoólica, assim como as medicamentosas e autoimunes, pode evoluir  para cronicidade e cirrose se a exposição ao agente causador persistir. hemocromatose(depósito sito de ferro nos tecidos  A hemocromatose(depó em virtude de seu excesso no organismo. ) pode evoluir, com o passar dos anos, para a cirrose e o câncer de fígado.

 Pancreatite  que é?  Pancreatite é a inflamação do pâncreas.  O pâncreas é um órgão situado na parte

superior do abdômen, aproximadamente atrás do estômago.  É um órgão com várias funções, sendo parte responsável pela produção de insulina e parte responsável pela produção de substâncias necessárias para a digestão dos alimentos.  A pancreatite pode ser aguda ou crônica.

 A outra grande causa de pancreatite é o consumo

excessivo de álcool. O uso crônico de quantidades excessivas de álcool pode levar tanto a episódios agudos de pancreatite como à própria pancreatite crônica.  Causas bem menos comuns de pancreatite são as

produzidas por:  certos medicamentos infecções virais como a

caxumba traumatismo abdominal (graves acidentes de carro, por exemplo); excesso de funcionamento da glândula paratireóide; excesso de triglicerídeos no sangue; mal formações do pâncreas

 Na pancreatite aguda o principal sintoma é dor abdominal.

  



Geralmente é localizada próximo da "boca do estômago", podendo espalhar-se como uma faixa para os lados e para as costas. Náuseas e vômitos costumam ocorrer associados à dor. Em geral se inicia subitamente e torna-se progressivamente mais forte e contínua. Na pancreatite crônica, além da dor, pode haver diarréia com eliminação de gordura nas fezes. Isso ocorre porque, a partir de um certo ponto, o pâncreas torna-se insuficiente na produção de enzimas necessárias para a digestão e absorção da gordura contida nos alimentos. Por esse motivo, nota-se diarréia de intensidade variável, podendo até ser muito intensa, com cheiro rançoso e contendo gordura, que parece como "pingos de azeite boiando na água". A dor na pancreatite crônica pode ser permanente, necessitando de analgésicos potentes, ou pode aparecer em crises, geralmente provocadas pelo consumo de álcool.

 Gastrite  A gastrite é uma doença inflamatória que se

caracteriza por acometimento da camada de tecido mais superficial que reveste o estômago, chamada de mucosa gástrica. Essa inflamação desenvolve-se como uma resposta normal do organismo quando ocorre uma agressão à sua integridade

 O que causa a gastrite?  A gastrite pode ser causada por diversos fatores diferentes.   Helicobact er py lor i : essa bactéria tem a capacidade de viver

dentro da camada de muco protetor do estômago. A prevalência da infecção por esse microorganismo é extremamente alta, sendo adquirida comumente na infância e permanecendo para o resto da vida a não ser que o indivíduo seja tratado.  A transmissão pode ocorrer por duas vias: oral-oral ou fecal-oral. A gastrite não é causada pela bactéria em si, mas pelas substâncias que ela produz e que agridem a mucosa gástrica, podendo levar a gastrite, úlcera péptica e, a longo prazo, ao câncer de estômago.   Aspirina: o uso de aspirina e de outros antiinflamatórios nãoesteróides podem causar gastrite porque levam à redução da proteção gástrica. Importante ressaltar que esses medicamentos só levam a esses problemas quando usados regularmente por um longo período. O uso de corticóide por longo período também pode levar a gastrite.

 Álcool: pode levar à inflamação e dano gástrico quando consumido em grandes quantidades e por longos períodos.  Gastrite auto-imune: em situações normais, o nosso organismo produz anticorpos para combater fatores agressores externos. Em algumas situações, entretanto, pode haver produção de anticorpos contra as próprias células do organismo, levando a vários tipos de doenças (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, diabetes mellitus tipo 1). Na gastrite auto-imune, os anticorpos levam à destruição de células da parede do estômago, reduzindo a produção de várias substâncias importantes. O câncer de estômago também pode ocorrer a longo prazo.  Outras infecções: a gastrite infecciosa pode ser causada por outras bactérias que não o H. py lor i , como por exemplo a bactéria da tuberculose e a da sífilis; pode também ser causada por vírus, fungos e outros parasitas.  A gastrite aguda também pode ocorrer em pacientes internados por longo período em unidades de tratamento intensivo, em pacientes politraumatizados e em grandes queimado

 Q uais os sintomas?  A gastrite pode ser completamente assintomática,



 



principalmente nos casos crônicos. Na fase aguda, os sintomas são mais proeminentes. Comumente, os sintomas são:  Desconforto na região superior do abdome: pode ser representado por dor ou apenas um desconforto. Alguns pacientes podem relatar dor em queimação; dor que melhora com a ingestão de alimentos.  Náuseas e vômitos, geralmente acompanhando o desconforto.  Saciedade precoce, ou seja, sensação de empachamento logo após a alimentação. Esse sintoma pode levar à redução e perda de apetite.  Se a gastrite levar à formação de úlceras gástricas hemorrágicas, pode haver eliminação de sangue digerido, nas fezes (que ficam escuras) ou nos vômitos.

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