Síntese Unidade Crónica D. João I (1)
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Fernão Lopes, Crónica de D. João I Síntese da unidade
Fernão Lopes, Crónica de D. João I – Síntese da unidade
Contexto histórico
1384
1383 • Morre D. Fernando, nono rei de Portugal • Regência de D. Leonor Teles • Revolução de Lisboa • O Conde Andeiro é assassinado pelo Mestre de Avis • O Mestre de Avis pede auxílio a Ricardo II de Inglaterra • O Mestre de Avis é elevado a regedor e defensor do reino
• O bispo da Guarda facilita a entrada naquela cidade do monarca castelhano • João I de Castela chega a Santarém, onde se encontra com D. Leonor Teles • João I de Castela cerca Lisboa • Epidemia de peste
1385 • Início do reinado de D. João I
Esquema feito com base em Joel Serrão (dir.), Dicionário de História de Portugal , Porto, Figueirinhas, 1990 [p. 674]
Fernão Lopes, Crónica de D. João I – Síntese da unidade
Fernão Lopes, Crónica de D. João I
(cap. 11, 115 e 148 da Primeira Parte) Crónica medieval Género da tradição historiográfica e literária
Características comuns a outras crónicas medievais
Características inovadoras de Fernão Lopes
• Texto em que se registam acontecimentos históricos por ordem cronológica
• Articulação entre a compilação de fontes e a investigação original e crítica • Dimensão interpretativa e estética • Visão global e integradora de várias perspetivas
Fernão Lopes, Crónica de D. João I – Síntese da unidade
Atores (individuais e coletivos)
Estrutura global
Características da Crónica de D. João I
Estilo
Afirmação da consciência coletiva
Fernão Lopes, Crónica de D. João I – Síntese da unidade
Estrutura global
Crónica constituída por duas partes (divididas em capítulos)
1.ª parte
Relato dos acontecimentos ocorridos entre a morte de D. Fernando e a subida ao trono de D. João I
2.ª parte
Relato dos acontecimentos ocorridos durante o reinado de D. João I, até 1411 (ano em que foi assinada a paz com Castela)
Fernão Lopes, Crónica de D. João I – Síntese da unidade
Atores Individuais
Personagens históricas Ex.: Mestre de Avis
Álvaro Pais D. Leonor Teles Nun’ Álvares
Coletivos
Povo (massa anónima, “arraia meúda”) Ex.: populações civis (com
destaque para a de Lisboa) grupos militares Forças gregárias, animadas por uma só vontade
Fernão Lopes, Crónica de D. João I – Síntese da unidade
Atores individuais
Retrato de D. João I, autor anónimo, século XV
Xilogravura da Crónica do Condestabre , 1554
Acácio Lino, pintura representando D. Leonor Teles [frag.]
Fernão Lopes, Crónica de D. João I – Síntese da unidade
Atores coletivos (população da cidade de Lisboa)
Panorâmica de Lisboa na primeira metade do s éc. XVI – pormenor do fólio iluminado, atribuído a António de Ho landa, da Chronica de D. Afonso Henriques, de Duarte Galvão
Fernão Lopes, Crónica de D. João I – Síntese da unidade
Contextualização histórico-literária
Afirmação da consciência coletiva
POVO •
Crise política de 1383-1385
(período histórico em que o país esteve sem rei / período de tomada de consciência de liberdades e responsabilidades)
•
Papel decisivo na fase de nomeação do Mestre (cap. 11) Vivência heroica dos grandes momentos da revolução – preparação do cerco, de forma empenhada e valorosa (cap. 115) – vivência da miséria associada à falta de mantimentos durante o cerco (cap. 148)
Fernão Lopes, Crónica de D. João I – Síntese da unidade
Estilo Articulação entre objetividade e subjetividade
• Objetividade presente no rigor da pormenorização (cf. descrições pormenorizadas com valor descritivo e informativo) • Subjetividade presente na apreciação crítica e emotiva dos factos relatados (cf. interrogação retórica; frase exclamativa)
Coloquialismo
• Interpelação do interlocutor (narratário), recorrendo à 2.ª pessoa do plural e à apóstrofe • Utilização do verbo ouvir , sugerindo a interação oral • Reprodução de cantigas populares • Uso de palavras/expressões de sabor popular e/ou arcaizante
Visualismo e dinamismo
• Articulação entre planos gerais (focalização da cidade e dos atores coletivos que nela intervêm) e planos de pormenor (incidência em grupos de personagens e/ou em situações particulares) • Recriação dos acontecimentos de forma dinâmica • Emprego de vocábulos que marcam o sensorialismo da l inguagem (atos de ver e ouvir ) • Emprego de recursos expressivos que conferem visualismo ao relato: comparação, personificação, enumeração, hipérbole
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