Síntese Capítulo 11 A Crónica de D. João I de Fernão Lopes

December 19, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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PORTUGUÊS - MÓDULO 1 A CRÓNICA DE D. JOÃO I

Síntese do capítulo 11.  A aç ação ão:: Neste capítulo, Fernão Lopes narra o modo como a população de Lisboa, incitada pelos brados do Pajem e pelos apelos de Álvaro Pais, se movimentou em muldão e em grande alvoroço, armando-se «cada uũ como melhor e mais asinha podia», em direção ao Paço para salvar o Mestre, que matavam por «mandado da Rainha», D. Leonor Teles, e do seu amante galego, João Fernandes Andeiro. As ruas encheram-se, os ânimos exaltaram-se, o desejo de vingança e de jusça crescia a cada momento. Urgia rebentar ou incendiar aquelas portas que os separava do seu Mestre. Entretanto, o Mest Mestre re apar aparec eceu eu «a ũa gr gran ande de jane janela la», », most mostra rand ndo o ao seu seu povo povo que que esta estava va vi vivo vo e comunicando que matara ele o Conde Andeiro. Muitas foram, assim, as manifestações de alegria coleva e «muitos choravom com prazer de o veer vivo».

 Divi  Di visã sãoo em part pa rtes es De acordo com a movimentação e a ação das personagens, o presente capítulo pode dividirse em 3 partes disntas: 1.ª parte: os pardários pardários do Mestre Mestre de Avis percorrem percorrem as ruas de Lisboa Lisboa para mobilizar a população, que os segue para salvar o Mestre. 2.ª parte: a muldão junta-se, eufórica e furiosa, no Paço e ameaça incendiar e invadir o edicio, caso não tenha nocias do Mestre. 3.ª parte: o Mestre mostra-se à janela, provando que está vivo, e abandona o Paço, sendo aclamado pelo povo. 





 As pers pe rson onag agen enss  Ator  At ores es in indi divi vidu duai aiss (p (pre rese sent ntes es)) O Pajem Neste capítulo, o Pajem percorre rapidamente as ruas de Lisboa, até casa de Álvaro Pais. Pelo caminho, grita que matavam o Mestre de Avis no Paço da Rainha, a m de incitar o Povo a aí se dirigir para salvar D. João. Depois de avisar Álvaro Pais, ambos correm, sempre em altos brados, em direção ao Paço para acudir o Mestre. percorre as ruas de Lisboa em alvoroço, gritando que queriam matar o Mestre de Avis no Paço incita a população a população a dirigir-se ao Paço para ajudar a salvar o Mestre vai até casa de Álvaro Pais em Pais em busca de auxílio 





 

 Álva  Ál varo ro Pais Pa is Depois de avisado pelo Pajem que o Mestre de Avis corria perigo de vida no Paço da Rainha, Álvaro Pais, armando-se e montando rapidamente no seu cavalo, sai para a rua bradando que matavam o Mestre. Perante o apelo, a população junta-se a ele e dirige-se ao Paço. responde ao apelo do Pajem e dirige-se, de imediato, ao Paço para salvar o Mestre 



incenva, com gritos e grande determinação, determinação , a população a, com ele, acudir ao Mestre

 Mest  Me stre re de Avis Av is O Pajem e Álvaro Pais põem em movimento a ação, que gira em torno do salvamento da personagem central do capítulo – o Mestre de Avis. Querido e esmado pelo Povo, D. João é traído por D. Leonor Teles e pelo Conde Andeiro, que pretendiam matá-lo no Paço da Rainha. No entanto, é o Mestre quem acaba por assassinar o nobre galego. Perante o desespero e a raiva da população de Lisboa, que o julgava morto, o lho de D. Pedro aparece numa das  janelas do Paço revelando que estava vivo e em segurança, facto que potenciou momentos de extrema alegria e de grandes manifestações colevas de apoio. recebe o apoio da população de Lisboa, Lisboa, que se mobiliza para o salvar; é traído pela rainha e pelo Conde Andeiro, Andeiro, que o queriam matar assassina o Conde Andeiro mostra-se vivo e seguro, seguro, deixando o povo eufórico e eufórico e pleno de alegria 







Conde e fidalgos Depois de se mostrar vivo e em segurança ao Povo, o Mestre dirige-se ao Paço do Almirante para se encontrar com o Conde D. João Afonso. À entrada do Rossio, é esperado por este úlmo e por um grupo de dalgos, que o recebem com enorme sasfação.

 Ator  At ores es in indi divi vidu duai aiss au ause sent ntes es  D. Leon Le onor or Tele Te less D. Leonor Teles é caracterizada de forma negava, sendo acusada de traição e sendo alvo do ódio da população de Lisboa. O facto de colocar em risco a independência de Portugal, ao apoiar o pardo do rei castelhano, e de (supostamente) ser amante do conde Andeiro, to torn rnam am-n -naa in indi dign gnaa de ser ser rege regent nte. e. Nest Nestee capí capítu tulo lo,, é apre aprese sent ntad adaa co como mo desl deslea eall e manipuladora, na medida em que o Povo acredita que ela preparou uma cilada ao Mestre de Avis, premeditando a morte deste. é odiada pelo odiada pelo povo, que a acusa de traição planeia assassinar planeia  assassinar o Mestre de Avis 



 

Conde João Fernandes Andeiro Tal como D. Leonor Teles, o Conde Andeiro é uma personagem odiada pelo povo. Aliando-se à regente para matar o Mestre de Avis, o nobre galego acaba por ser assassinado por D. João. 

é odiado pelo odiado pelo povo, que o acusa de traição



é assassinado pelo Mestre de Avis

 Ator  At ores es co cole lect ctiv ivos os  Povo  Po vo de Li Lisb sboa oa O povo de Lisboa é um dos protagonistas deste capítulo e representa a consciência coleva, uma vez que parlha um conjunto de caracteríscas comuns (como o patriosmo) e um objevo comum (apoiar e defender o Mestre). A população age como um todo e é vista como uma personagem coleva. Incitada pelos gritos do pajem e de Álvaro Pais, esta muldão de gente das camadas populares, sem nome, não hesita em acorrer em auxílio do Mestre. Os populares pegam em armas, correm pelas ruas, planeiam maneiras para entrar no Paço, como incendiar e derrubar a porta, trepar o muro, com o propósito de evitar que matassem o seu Mestre. Solidariedade, desejo de vingança, euforia e alegria são marcas do estado de espírito desta massa popular, desta força singular e tão poderosa, deste grupo anónimo, a quem Fernão Lopes deu voz, e que é capaz de inuenciar o curso da História de Portugal. é uma personagem deste personagem deste capítulo e a voz de uma consciência colecva mostra solidariedade solidariedade e  e desejo de vingança mobiliza-se para defender para defender o Mestre de Avis ca comovido por saber que o Mestre está vivo 







O Espaço: A ação do capítulo 11 decorre nas ruas de Lisboa e em redor do Paço da Rainha. Com efeito, toda a movimentação inicial do povo tem como palco as ruas lisboetas, por onde esta massa popula pop ularr corre corre eufori euforicam cament ente, e, curios curiosa, a, expect expectant ante, e, apreen apreensiv sivaa e ardend ardendo o em desejo desejo de vingança. A sua movimentação tem como desno o Paço da Rainha, onde se consta que matam o Mestre de Avis. Já no Paço, manifesta a sua agressividade e a sede de fazer jusça feita pelas próprias mãos. Tudo se pensa e se faz para tentar salvar o Mestre; todos estão impacientes e ansiosos por saberem novas daquele que foi traído por D. Leonor e pelo Conde Andeiro. No momento em que o Mestre revela estar vivo, a alegria e a comoção misturam-se. Seguidamente, e após dispersar a população, o Mestre dirige-se ao Paço do Almirante para se encontrar com o Conde João Afonso. Antes de lá chegar, é recebido à entrada do Rossio pelo Conde, que o espera com um grupo de dalgos, sasfeitos por o ver em segurança. ruas de Lisboa, Lisboa, que o Pajem, Álvaro Pais e o Povo percorrem em direção ao  

Paço da Rainha para salvarem o Mestre

 

 

 

Paço da Rainha, Rainha, espaço ao redor do qual o povo se junta e demonstra a sua indignação, a sua ânsia, o seu forte desejo de vingança e euforia por saber que o Mestre está vivo Rossio,, espaço onde o Conde João Afonso e os seus pardários aguardam Rossio pelo Mestre

O narrador  O narrador é omnisciente, uma vez que conhece os acontecimentos que relata, bem como as emoções e os pensamentos das personagens. Num discurso, que oscila entre a objevidade e a subjevidade, Fernão Lopes regista os factos, analisa-os e interpreta-os. Manifesta, ainda, empaa e solidariedade por aquela massa popular patriota e apresenta um retrato negavo de D. Leonor e do Conde Andeiro. narrador omnisciente discurso com marcas de objevidade objevidade e  e de subjecvidade simpaa pelo povo e povo e reprovação dos atos dos que não apoiavam a causa da independência de Portugal  



 A af afir irma maçã çãoo da cons co nsci ciên ênci ciaa co cole lect ctiv ivaa O Povo, enquanto personagem coleva, apresenta um papel avo e decisivo na ação, determinando o curso dos acontecimentos. Com efeito, a muldão mobiliza-se, de imediato e rapida rap idamen mente, te, para para sal salvar var o Mestre Mestre,, manif manifest estand ando o todo todo um senme senmento nto patrió patrióco co e a consciência de pertencer a uma comunidade nacional.

 Esti  Es tilo lo e ling li ngua uage gem m Com o propósito de levar o leitor a “ver” e a “viver” os acontecimentos e a conhecer intrinsecamente as personagens apresentadas, a narração dos factos dá ênfase ao processo descrivo e confere ao discurso um forte apelo visual e sensorial. A sugestão de diferentes sensações, a representação de senmentos e o uso de recursos expressivos recordam o trabalho do repórter, que deixa contaminar o seu relato objevo dos acontecimentos com marcas (linguíscas) de subjevidade. narração e descrição visualismo e visualismo  e sugestão de sensações representação de senmentos de senmentos presença de recursos expressivos: - comparação Ex : «… e assi como como viuva  viuva que rei nom nha…» - apóstrofe Ex: Ex: «— Acorramos ao Meestre, amigos amigos,, acorramos ao Mestre que matam sem por quê!» - polissíndeto Ex: Ex: «Nom cabiam pelas ruas principaes, e atr  atreves evessavom savom logares logares escusos, escusos, desejando desejando cada uũ de seer o primeiro; e preguntando uũs aos outros quem matava o Meestre, nom minguava quem responder que o matava o Conde Joam Fernandez, per mandado        

 

da Rainha.» - frases exclamavas

 

 

Ex:  «— Ó que mal fez! pois que matou o treedor do Conde, que nom matou logo a Ex:  aleivosa com ele!»

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