SIMONELLI E FRAGA Espécies Da Flora Ameaçadas Do ES-2007
July 30, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Espécies da flora ameaçadas de extinção no estado do Espírito Santo BOOK · JANUARY 2007
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Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Conselho deliberativo Elizete Sherring Siqueira Luiz Paulo de Souza Pinto Luiz Son Paulo de Marco Junior Sérgio Lucena Mendes Conselho fiscal Marcelo Passamani Roberta Fassarela Valéria Va léria Fagundes Equipe técnica Andressa Gatti Deusdedet Ale Son Monica Toniato Edição Linda Kogure Projeto gráfico e editoração Frederico Vescovi Leão Catalogação Ana Maria de Mattos Mariani CRB 12/ES, n. 425.
Impressão Gráfica JEP Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) E7733 E77
Esp Espécie éciess da flor floraa am ameaç eaçadas adas de eextin xtinção ção no eestad stadoo d doo E Espír spírito ito Santo Santo / Mar Marcelo celo Simonelli, Claudio Nicoletti de Fraga, organizadores. – Vitória : Ipema, 2007. 144 p. : il. mapas color.; retrs. color. tabs., 29,7cm. 1. Plantas – Extinção – Espírito Santo (Estado). 2. Espécies em extinção – Espírito Santo (Estado). 3. Manguezais – Espírito Santo (Estado). 4. Restinga – Espírito Santo (Estado). I. Simonelli, Marcelo. II. Fraga, Cláudio Nicoletti de. CDD: 581.98152 CDU: 577.4(815.2)
Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Organizadores
Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Vitória 2007
Agr A gra ade decci mento ntoss
A todos que apoiaram a execução deste projeto sobretudo aos funcionários do IPEMA. À Conservação Internacional (CI), ao Museu de Biologia Prof. Mello Leitão, Seama, Incaper, Idaf, Ibama e aos institutos de pesquisas que cederam seus pesquisadores para a elaboração da lista. Aos pesquisadores do Workshop e participantes das análises pela internet. À Companhia Vale do Rio Doce por patrocinar esta publicação.
Ap A pr ese sent nta ação
Em 2003 fomos convidados – juntamente com os colegas Hélio Queiroz Boudet Fernandes e Ivanor Weiler Junior – pelo Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica (IPEMA) para participarmos do projeto denominado “Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica no Espírito Santo mais especificamente incumbidos da árdua, porém prazerosa tarefa de coordenarmos a elaboração da lista das espécies ameaçadas de extinção da flora do Estado do Espírito Santo, feita com base metodológica nos critérios e análises de categorias relativas ao Estado de conservação da IUCN – The World Conservation Union. Essa ação consistia, em um primeiro momento, montar um banco de dados com as espécies da flora capixaba que, posteriormente, deveriam ser triadas e analisadas analis adas pelos mais qualificados botânicos por grupos de especialidades do Brasil e do mundo, o que foi feito de 2003 a 2004. Em outubro de 2004, o IPEMA realizou, em Vitória, um workshop que contou com a participação de 88 especialistas, dentre eles 25 botânicos. A difícil tarefa era de analisar 3.285 espécies candidatas da flora capixaba nas 20 horas de trabalho, o que significava signific ava avaliar ca. 3 espécies espéc ies por minuto, comresultado o objetivo decidir quais deveriam compor entre a listaameaçadas de espécies(753) ameaçadas. Como dode evento foram eleitas 776 espécies e extintas (23). Para muitos, este número parece ser exagerado, mas temos a plena convicção de que ele reflete, por um lado, a nossa elevada diversidade vegetal e, por outro, o estado de conservação em que se encontram os ecossistemas do nosso Estado. Para a sua oficialização, a lista foi encaminhada em março de 2005 para o Consema e o decreto estadual de homologação nº 1499-R foi assinado pelo governador em 11 de junho de 2005, no Museu de Biologia Prof. Mello Leitão e, em e m 14 de junho daquele mesmo ano, foi publicado no Diário Oficial Estadual. A partir de então, o Espírito Santo passou a ser um dos seletos Estados do Brasil a ter uma lista oficial de espécies ameaçadas de extinção. No entanto, faltava o último passo: a elaboração de uma publicação que discutisse os aspectos ligados à conservação de nossas espécies e dos nossos ecossiste-
mas, além das causas e conseqüências da extinção no Espírito Santo. Este último passo agora está sendo dado, com a publicação do presente livro. Trata-se de uma obra que, com certeza, será ferramenta essencial para a adoção de políticas públicas voltadas à conservação da nossa biodiversidade. Esta obra está dividida em duas partes: a primeira, com sete artigos, aborda os ecossistemas existentes no Espírito Santo, suas características, estado de conservação e flora.obtidos A segunda parte sintetiza os além aspectos relativosasàespécies metodologia e aos resultados na confecção da lista, de discutir ameaçadas por grupo de plantas, apresentando ao final de cada capítulo a listagem e o status de conservação para cada uma das espécies. Para a elaboração desta obra foram convidados alguns pesquisadores de diversas instituições do Estado e do Brasil que, apesar apesa r dos seus inúmeros compromissos, logo que convidados se prontificaram a escrever os artigos. A eles, os nossos sinceros agradecimentos, assim como aos pesquisadores que responderam a consulta prévia e/ou participaram do workshop. Sem dúvida, eles foram os principais responsáveis pela elaboração da lista de espécies ameaçadas de extinção no Espírito Santo. Gostaríamos de agradecer também ao patrocinador que possibilitou que todas essas informações viessem à luz do conhecimento dos leitores que, assim como você, irá se deleitar com as características da flora do Espírito Santo e se instruir ainda mais sobre as espécies ameaçadas no Espírito Santo, podendo auxiliar para que elas venham a ser, uma a uma, retiradas dessa listagem. Marcelo Simonelli e Claudio Nicoletti de Fraga Organizadores
Prefácio
Para os padrões brasileiros, brasileir os, o Espírito Santo é um Estado pequeno situado discretamente no nordeste da Região Sudeste, circundado pelo imenso oceano Atlântico e por três dos mais notórios Estados brasileiros. Mas essa discrição capixaba não consegue ocultar uma imensa riqueza paisagística, representada por uma variedade de ecossistemas, como as formações marinhas, os manguezais, as restingas das planícies costeiras, as matas de tabuleiros, as matas da encosta atlântica, as matas de altitude, a vegetação rupestre dos pães de açúcar e os campos de altitude acima dos 2.000 metros, na Serra do Caparaó. A exuberância dessa vegetação já chamava a atenção de viajantes naturalistas do século XIX, como do francês Auguste Saint-Hilaire e do príncipe alemão Maximiliano de Wied-Neuwied, que não só se encantaram com a riqueza da flora e da fauna, mas também testemunharam grandes gra ndes impactos antrópicos, como o uso do fogo para destruir a vegetação nativa. O que esses naturalistas naturalista s presenciaram no início do século XIX em nada se compara ao que se sucedeu no século XX. A expansão dos bananais, cafezais, eucaliptais e, de uma forma ainda mais devastadora, das pastagens, reduziu a Mata Atlântica – que antes cobria mais de 80% da superfície do Estado –, a menos de 10% de sua área original. Esse impacto alarmante dizimou os habitats naturais da flora e fauna nativas, deixando isolados pequenos fragmentos de ecossistema ecossistemass nativos. O que restou é ainda mais vulnerável a antigos impactos, como a exploração madeireira, a coleta de plantas ornamentais, os incêndios florestais, a crescente urbanização e a poluição ambiental. Todo esse impacto certamente levaria a uma das principais conseqüências da ocupação desordenada do território estadual: a extinção prematura de espécies. Preocupado com esse fenômeno e seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Biodiversidade, o IPEMA – Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica – buscou financiamento externo e parceria com instituições públicas estaduais para executar o projeto “Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo”.
Com recursos do CEPF (Critical Ecosystems Partnership Fund ) e apoio do IEMA (Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), INCAPER (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal) e IBAMA I BAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o IPEMA viabilizou três subprojetos envolvendo um diagnóstico de manejo de 20 unidades de conservação do Espírito Santo, a definição das áreas prioritárias para a conservação da Mata Atlântica no Estado e a lista de flora e fauna ameaças de extinção em nível estadual. O presente livro traz os resultados de um workshop que contou com a participação de 25 botânicos de vários Estados brasileiros que conhecem a flora capixaba. O trabalho de alto nível realizado por esses cientistas teve um papel fundamental na organização dos dados existentes sobre a flora do Estado, mas trouxe tr ouxe também um resultado altamente preocupante: 753 espécies de plantas ameaçadas de extinção e 23 consideradas extintas. Espécies que levaram milhões de anos para evoluir, desaparecem rapidamente por causa de impactos antrópicos dos últimos 100 anos. As listas de espécies ameaçadas de extinção, entretanto, não são elaboradas para que fiquemos lamentando. Ao contrário, nos cobram atitudes e são importantes ferramentas de planejamento e gestão para a conservação da biodiversidade e uso territorial. A presença de espécies ameaçadas deve ser um critério essencial na avaliação e mitigação de impactos ambientais. Além disso, as listas nos permitem priorizar atividades de pesquisa, bem como estratégias de manejo de paisagens, fundamentados nos elos mais frágeis dos ecossistemas. Mais do que um livro apresentando os principais ecossistemas do Espírito Santo e uma lista de espécies ameaçadas, a presente obra tem um papel histórico relevante. É o resultado do esforço conjunto de instituições inst ituições públicas e privadas e de um grupo notável de cientistas, que, pela primeira vez, se uniram para diagnosticar e fornecer bases técnico-científicas para um programa de conservação biológica do Espírito Santo. A oficialização da lista denaespécies ameaçadas governo do Estado representou um passo importante consolidação de seupelo papel nas políticas públicas. Entretanto, não podemos parar aqui. Temos que ir a campo, aumentar e difundir nosso conhecimento e estabelecermos estratégias de curto, médio e longo prazos, que possibilitem a conservação e a recuperação de nossa preciosa biodiversidade. Sérgio Lucena Mendes Presidente do Conselho Deliberativo do IPEMA
S u m á r i o
Parte I Vegetação e flora do Estado do Espírito Santo Capítulo 1 ......... Capítulo ................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... .................... ............... .....17 17 A cobertura vegetal no Estado do Espírito Santo Oberdan José Pereira Capítulo Capít ulo 2 ......... ................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... .................... ............... .....21 21 Formações pioneiras: manguezais Renato de Almeida e Claudia Câmara do Vale Capítulo 3................................................................................................................ 27 Formações pioneiras: restingas Oberdan José Pereira Capítulo 4 ......... Capítulo ................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... .................... ............... .....33 33 Florestas de tabuleiro Ariane Luna Peixoto e Marcelo Simonelli Capítulo 5 ......... Capítulo ................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... .................... ............... .....45 45 Floresta ombrófila densa submontana, montana e alto-montana Luiz Fernando Silva Magnago, André Moreira de Assis Hélio Queiroz Boudet Fernandes Capítulo 6 ......... Capítulo ................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... .................... ............... .....51 51 Floresta estacional semidecidual de terras baixas, submontana e montana André Moreira de Assis, Luiz Fernando Silva Magnago Hélio Queiroz Boudet Fernandes Capítulo 7 ......... Capítulo ................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... .................... ............... .....55 55 Refúgio ecológico Hélio Queiroz Boudet Fernandes, André Moreira de Assis Luiz Fernando Silva Magnago
S u m á r i o
Parte II Flora ameaçada no Estado do Espírito Santo Capítulo 8 ......... Capítulo ................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... .................... ............... .....59 59 Metodologia utilizada na elaboração da lista da flora ameaçada de extinção no Estado do Espírito Santo. Claudio Nicoletti de Fraga, Marcelo Simonelli Hélio Queiroz Boudet Fernandes Capítulo Capít ulo 9 ......... ................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... .................... ............... .....73 73 Situação atual da flora ameaçada no Estado do Espírito Santo. Marcelo Simonelli, Claudio Nicoletti de Fraga Hélio Queiroz Boudet Fernandes Capítulo 10 ......... Capítulo ................... .................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... ............. ... 81 As briófitas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo. Olga Yano e Denilson Fernandes Peralta Capítulo 11 ......... Capítulo ................... .................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... ............. ... 89 As pteridófitas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo. Lana da Silva Sylvestre Capítulo 12 ......... Capítulo ................... .................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... ............. ... 97 As gimnospermas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo. Ingrid Koch, Leonardo Dias Meireles, Claudio Nicoletti de Fraga Marcos Sobral Capítulo 13 ......... Capítulo ................... .................... .................... .................... ................... ................... .................... .................... ................... ................... ............ 105 As angiospermas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo. Ludovic Jean Charles Kollmann, André Paviotti Fontana, Marcelo Simonelli e Claudio Nicoletti de Fraga Ficha Técnica ................ ................................ ................................ ................................ ................................ ............................... ........................ ......... 141 Relação dos Participantes na Elaboração da Lista da Flora Ameaçada de Extinção do Espírito Santo
arte te I Par
Vegetação e flora do Espírito Santo
Capítulo 1
A cobertura vegetal vegetal do Espírito Santo Oberdan José Pereira Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
A
vegetação que cobre o território do Espírito Santo se desenvolve em diferentes tipos de solos, enquadrados por Brasil (1978) em pelo menos 13 classes, em terrenos pertencentes a períodos geológicos distintos, estando os mais antigos do Pré-Cambriano (Costa, 1997)
nas e Formações Pioneiras (Restinga e Manguezal). A cobertura vegetal do Espírito Santo foi originalmente constituída pela Mata Atlântica (sentido amplo), que co bria br ia ap aprox roxima imadam dament entee 90 90% % do territó territó-rio e o restante por outras fisionomias
em nível topográfico dos 100 metros do nível do mar,acima principalmente nos municípios serranos; do Terciário, nos municípios costeiros em terrenos planos, os denominados Tabuleiros, em cotas inferiores aos 100 metros (Rizzini, 1997); e do Quaternário (Holoceno e Pleistoceno) representado por sedimento arenoso (Martin et al . 1997) e lodoso que vem sendo depositado no período atual em cotas muito próximas ao nível do mar, em bora sua formação tenha início no Terciário (Y (Yokoya, okoya, 1995).
como restingas, mangues,(Fundação brejos, campos de altitude e rupestres SOS Mata Atlântica et al .,., 1993). Entretanto, a devastação das florestas vem ocorrendo praticamente desde o período do descobrimento, diminuindo drasticamente sua cobertura vegetal original. Da área primitiva, resta um percentual muito pequeno: em torno de 8,95% (Fundação SOS Mata Atlântica et al .,., 1998) que ainda pode ser encontrado em diferentes pontos desta Unidade da Federação.
Na classificação das regiões fitoecológicas apresentada pelo IBGE (1992) e, considerando as diferentes cotas altitudinais e de solo do Bioma Mata Atlântica, as fisionomias da vegetação do Espírito Santo são constituídas por formações florestais e não florestais, que o IBGE (1983) enquadrou como Floresta Ombrófila Densa Sub-Montana,
A erradicação de grandes extensões das diferentes fisionomias vegetais e os contatos entre estas causa a fragmentação dos habitats, o que se constitui num dos mais graves problemas ecológicos da atualidade (Bourlegat, 2003). Esta situação tem como conseqüência uma série de fatores, dentre eles, a perda de diversidade específica, ampliação da borda bor da flores florestal tal e seus seus efeito efeitos, s, limitaç limitação ão de uma espécie para dispersão e colonização, redução de oferta de alimen-
Montana, Alto-Montana e de Terras Terras Baixas; Floresta Estacional Semidecidual, Refúgios Ecológicos, Sava-
tos paradeanimais nativos, declínio e extinção populações (Primack & Rodrigues, 2001). 17 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
A diminuição da cobertura vegetal e suas conseqüências sobre a diversidade vegetal têm motivado no Brasil publicações de listas de espécies ameaçadas com base científica para que possam orientar os governos em suas políticas públicas. Neste sentido,
A caracterização de diferentes fisionomias vegetais do Espírito Santo, aqui apresentadas, não tem como objetivo esgotar o assunto, mas antes de tudo fornecer uma visão ampla de sua ocorrência, de maneira que possa incentivar pesquisas nestas áreas, aten-
otreEspírito Santo tem se colocado enos primeiros Estados que elaborou uma listagem que se encontra disponível na publicação do Diário Oficial Estadual, de 14 de junho de 2005, no Decreto nº 1.499-R.
dendo a uma demanda cada vez mais premente à conservação, possibilitando, assim, como discutido por Pinto et al . (2006), a manutenção dos processos ecológicos e evolutivos destes ecossistemas.
O conjunto das formações vegetais no Espírito Santo e, mesmo quando considerada uma parte delas, é constituído por uma grande diversidade que vem sendo atestada por diferentes pesquisadores, seja em base quantitativa (Thomaz & Monteiro, 1997) ou pelas constantes publicações de novas espécies (Amorim, 2002; Kollmann, 2003; Assis, 2003; Chautems et al .,., 2004; Profice, 2005; Sales et al .,., 2006) e mesmo gêneros (Lima, 1983; Delprete, 1999), muitas destas sendo endêmicas a este Estado (Giullieti, 1992; Thomaz & Monteiro, 1997).
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Apesar dos recentes avanços da ciência no sentido de utilização de ferramentas computacionais para proposição de áreas para conservação, estas são dependentes de informações precisas de coleções (Pimm & Jenkins, 2006). Neste sentido, estudos visando ampliar os conhecimentos da flora do Espírito Santo devem ser incentivados e implementados, possibilitando aos órgãos públicos e à sociedade organizada formular propostas visando a conservação dos remanescentes vegetais que, apesar de pequenos, continuam revelando uma grande diversidade ainda não conhecida pelo homem.
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Cap.1 - A cobertura vegetal do Espírito Santo Oberdan José Pereira
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
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Capítulo 2
Formações pioneiras: pioneiras: manguezais Renato de Almeida Instituto BiomaBrasil Claudia Câmara do Vale Vale Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
O
bilidade de sítios para o estabe estabelecilecimento dos manguezais. Dos vários ambientes propostos por Thom (1982), os estuários alimentados por rios, caracterizados por sedimentos terrígenos em ambientes intermarés, são os habitats por excelência para os manguezais. Carências de reentrâncias, de baixios praiais, de costas abrigadas, protegidas do embate das ondas e marés, restringem a expansão dos manguezais, os quais, muitas vezes ocupam uma estreita faixa costeira e são, freqüentemente, alvo da energia das ondas e não conseguem c onseguem desenvolver-se. O estabelecimento das plântulas requer lugares abrigados, li-
manguezal é um ecossistema costeiro tropical, típico da faixa do entremarés. Presente em todo o litoral capixaba ocupa cerca de 70,35 km² (Vale & Ferreira, 1998). Coloniza depósitos sedimentares (vasas lamosas, argilosas ou arenosas) até o limite superior das preamares equinociais e pode apresentar estrutura caracterizada por um continuum de feições: “lavado”, “mangue” e “apicum” (SchaefferNovelli, 2005). O “lavado” é a feição exposta à maior freqüência de inundação, apresentando substrato lodoso exposto desprovido de cobertura vegetal. O “mangue” apresenta cobertura vegetal típica, constituída por espécies arbóreas que lhe conferem fisionomia peculiar. A feição “apicum” limita-se ao aspecto mangue, e é atingido nas preamares de sizígia, equinociais ou devido a eventos meteorológicos. O “apicum” pode apresentar-se hipersalino, limitando a ocorrência de espécies arbóreas e dando falsa impressão de que não faz parte do manguezal e que nele não há vida. A ocorrência de apicuns está associada, em parte, com a existência de déficit hídrico.
vres ação das ondas. De outro modo,danão há tempo hábil para a colonização dos sítios, a despeito da viviparidade. A fisionomia e as características funcionais dos bosques de mangue refletem respostas das espécies a fatores ecofisiológicos locais. Lugo & Snedaker (1974) reconheceram seis tipos fisiográficos para os manguezais, cada qual compartilhando fontes similares (intensidade e periodicidade) de energias subsidiárias e conseqüente similar ao desenvolvimento estru-
Os fatores geológicogeomorfológicos referem-se à disponi 21
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
tural. A revisão de Cintrón et al . (1985) sugere apenas três tipos (franja, ribeirinho e bacia), mas há tendência atual de se reconhecer apenas os tipos franja e bacia (Schaeffer-Novelli (Schaeffer-Novelli et al .,., 2000). Os bosques de franja e bacia podem ocorre ocorrerr em e m todos to dos os es-
Normalmente, a bacia somente é inundada pelas marés de sizígia, elevações sazonais do nível do mar ou pulsos recorrentes de água doce. Podem permanecer alagadas por longo período, pois a água move-se lentamente em fluxo laminar.
tuários capixabas (Figura 2.1). São as forçantes ambientais locais (topografia, amplitude de maré, morfologia,
A cobertura vegetal apresenta-se bastante homogênea por conter espécies oriundas de famílias evolutivamente convergentes, com adaptações e características fisiológicas especiais, que possibilitam sua ocorrênciaa em áreas alagada, salina, de ocorrênci substrato siltoso pouco consolidado e com baixo teor de oxigênio (Tomlinson, 1986). O número total de espécies para o manguezal é bastante questionável, mas estudos biogeográficos apontam para maior número de espécies no Hemisfério Leste (pelo menos 50 espécies). Na América são registradas apenas oito espécies arbóreas ar bóreas (Tomlinson, 1986).
Figura 2.1 – Manguezais do delta do rio
Santa Maria da Vitória onde podem ser observados diferentes tipos fisiográficos. Fonte: Maplan, 2000
Os mangues capixabas são representados por quatro espécies vegetais típicas, todas halófitas facultativas: a Rhizophoraceae Rhizophora mangle
aporte fluvial de água doce e sedimentos) que condicionam sua existência, estrutura e funcionamento.
L. (mangue-vermelho); Combretaceae Laguncularia racemosaa (L.) Gaetern. f. (mangue-branco); e as Acanthaceae Avicennia schaueriana Stapf. & Leech e A. germinans Learn. (mangue-preto). No “apicum” podem ser encontradas as espécies associadas, como Conocarpus erectus L. (mangue de botão); Acrostichum aureum L. e A. danaeifolium Langsd. & Fisch. (samambaia do mangue); e Hibiscus pernambucensis Arruda (algodão da praia). Espécies graminóides também são comuns, como Sesuvium por p or t u l a c as t r um L. (Aizoaceae);
Os principais critérios usados para descrever os tipos fisiográficos são o fluxo de água, a composição de espécies e características do sedimento (Schaeffer-Novelli et al .,., 2005). Bosques de franja ocupam áreas sujeitas a inundações freqüentes. Podem atingir elevado desenvolvimento estrutural, principalmente sob influência de aportes fluviais (prevalecendo baixa salinidade e considerável aporte de nutrientes). Bosques de bacia ocupam áreas mais internas, com menor freqüência de inundação pelas marés. 22
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Cap.2 - Formações F ormações pioneiras: manguezais manguezais Renato de Almeida - Claudia Câmara do Vale
Salicornia gaudichaudiana Mog. (Amaranthaceae); Sporobolus virginicus (L.) Kunth. (Poaceae); Br. (Cyperaceae). (Cyperaceae). Eleocharis mutata R. Br.
O manguezal, enquanto importante produtor de matéria orgânica, contribui para o enriquecimento das águas estuarinas e costeiras adjacentes. Enquanto os bosques de franja tendem a contribuir com predomínio de matéria orgânica particulada, particul ada, os bosques de
Pouco se conhece sobre as microorquídeas existentes nos manguezais, estando sua diversidade provavelmente relacionada à proximidade de outros ecossistemas.
bacia tendem a contribuir com matéma téria orgânica dissolvida. Abaixo são apresentados alguns dados estruturais disponíveis para os manguezais do Espírito Santo. Ressalta-se ainda a existência de estudos estruturais desenvolvidos por Vale (2000) e Vale (2006). Nem sempre os valores foram identificados em função do tipo fisiográfico, o que dificulta uma análise mais detalhada dos dados. Mesmo assim, é possível constatar que, apesar da baixa diversidade de espécies, observa-se grande varia bilidade quanto ao desenvolvimento estrutural (Tabela 2.1).
Nenhuma das espécies arbóreas é classificada como ameaçada de extinção. Obviamente, poucas espécies toleram variações de salinidade e alagamento. Além do mais, os mangues apresentam características característica s de espécies pioneiras, sobretudo quanto aos aspectos de sua biologia reprodutiva (Cintrón-Molero & Schaeffer-Novelli, 1992). Constata-se, portanto, que a vegetação apresenta baixa diversidade de espécies quando comparada a outras florestas tropicais. Por outro lado, a diversidade em espécies passa a ser de menor significância quando se considera a diversidade funcional, formas estruturais e funções ecológicas desempenhadas pelas espécies vegetais típicas do ecossistema
Mesmo sendo Área de Preservação Permanente (Lei Federal nº 4.771/ 65) alguns manguezais do Espírito Santo encontram-se inseridos em Unidades de Conservação (UC’s). Existem cerca de nove UC’s com ocorrência de manguezais ao longo da costa
(Snedaker, 1989).
capixaba. Destacam-se: Parque Estadual de Itaúnas, APA de Conceição da
Tabela 2.1 - Parâmetros estruturais de alguns manguezais manguezais capixabas
Local
DAP médio cm
Altura média m
Área basal m².ha-1
Fo nt e
Rio São Mateus Rio Reis Magos Baía de Vitória Baía de Vitória
8,1 – 29,6 6,5 – 10,0 2,9 – 26,3 4,2 – 18,9
5,5 – 14,8 3,8 – 5,1 2,0 – 17,0 5,0 – 17,0
7,2 – 30,9 9,4 – 17,9 1,5 – 66,3 5,4 – 26,0
Silva et al. (2000) Carmo et al. (1998a) Ferreira (1989) Carmo et al. (1995)
Baía de Vitória Baía de Vitória
7,2 – 12,6 6,8
4,4 – 9,6 6,0
4,9 – 10,7 18,8
Carmo et al. (1998b) Carmo et al. (2000)
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Barra, Estação Ecológica Municipal da Ilha do Lameirão, Estação Ecológica Municipal do Papagaio e APA Lagoa de Guanandy. O estudo do IPEMA (2005) revela que a maior parte dessas UC’s carece de infra-estrutura e seus respectivos planos de manejo. Tam-
portuária. É crescente a preocupação com saneamento e metais pesados (Barroso & Dias, 1997; Barroso et al .,., 1997; Jesus et al .,., 2004). No Sul do Estado, Soffiati (2000) verificou respostas dos mangues a variações de drenagem e vazão dos rios, basica-
bém foram protocoladas solicitações para criação da Reserva de Vida Silvestre de Santa Cruz.
mente em função da construção de estradas e pontes. O desafio futuro será conciliar a conservação dos manguezais e os novos ciclos econômicos que se apresentam para o Espírito Santo. Destacamse: expansão do turismo, redimensionamento da malha viária e estrutura portuária e aumento do interesse pela carcinicultura marinha. Ressalta-se que os manguezais representam a última fronteira para muitas famílias e expressões culturais. Projetos de desenvolvimento comunitário deverão estar associados a iniciativas educacionais, com vistas ao conhecimento e conservação dos manguezais capixabas.
O Ministério do Meio Ambiente tem empenhado esforços para a “Atualização das Áreas e Ações Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade da Zona Costeira e Marinha”. Reunião técnica com participação de pesquisadores do Sudeste, incluindo o Espírito Santo, apontou a necessidade de atentar para a presença de mangues em substrato sub-horizontal recoberto com concreções lateríticas entre Praia Mole e Santa Cruz, tendo em vista a singularidade desse tipo de associação ao longo do litoral do Espírito Santo. Os manguezais dos rios Piraquê-Açú e Mirim também despontam para a necessidade de estudos. Tais iniciativas se coadunam com a criação da APA Costa das Algas e a REVIS de Santa Cruz.
Agradecimentos à Profª. Dra. Yara Schaeffer Novelli pela avaliação crítica desse texto.
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Vale & Ferreira (1998) constataram constatara m diversos impactos para os manguezais capixabas. Ao Norte, Vale (2000) avaliou respostas dos mangues ao processo de erosão/sedimentação na foz do Rio São Mateus. Na baía de Vitória, até pouco tempo, os manguezais sofriam desmatamentos, aterros, invasões, e disposição de lixo (Carmo et al .,., 1995). Ainda hoje, observam-se a retirada da
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casca mangue-vermelho extração dodotanino (Carmo et al .,.,para no prelo), pesca predatória, e forte expansão 24
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Cap.2 - Formações F ormações pioneiras: manguezais manguezais Renato de Almeida - Claudia Câmara do Vale
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Capítulo 3
Formaçõess pioneiras: restingas Formaçõe Oberdan José Pereira Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
A
restinga é aqui entendida como sendo o conjunto da vegetação litorânea sobre depósitos arenosos marinhos do Quaternário (Suguio & Tessler, Tessler, 1984), depositados tanto no Pleistoceno como no Holoceno (Martin et al .,.,
ta permanentemente inundada, aberta de Clusia e aberta de Ericaceae. A classificação das comunidades da restinga tem sofrido adaptações ao longo desses anos, sendo que Thomaz & Monteiro (1997) estabeleceram, por fusão, a formação halófila-psamófila, por considerarem difícil a delimitação entre estes ambientes, em função de suas espécies serem tolerantes aos fortes ventos, com conseqüente soterramento de suas porções aéreas, assim como a alta salinidade, portanto, psamófilas e halófilas, respectivamente. Outro agrupamento estabelecido é o de Assis et al .,., (2004) que propõem a denominação formação florestal não inundável, baseados nos estudos de Sandro Menezes da Silva, em 1998 (Silva & Britez, 2005), por entenderem que a fisionomia na floresta de Myrtaceae, em Guarapari, não se deve unicamente a esta família que se encontra também com grande representatividade na mata seca.
1997), estandoassociados também, segundo Pereira (2003), em alguns pontos da costa a sedimentos fluviomarinhos. No Espírito Santo a restinga tem sua ocorrência por quase toda a extensão da costa, sendo interrompida em alguns trechos pela foz de rios, algumas vezes associados a estes o manguezal, como na Barra do Jucu, em Vila Velha. Em outros pontos, a restinga não tem sua ocorrência, hoje, em função do avanço do mar sobre a costa que chega até o Terciário (Pereira, 2002), formando as denominadas falésias, encontradas no litoral Sul, entre Guaraparí e Marataízes. A diversidade de fisionomias nas restingas foi reconhecida no Espírito Santo por Pereira (1990) para uma restinga em Guarapari, sendo denominadas com base em Araujo & Henriques (1984) como formação
Considerando as diferentes propostas relacionadas à nomenclatura para as formações vegetais da restinga, Pereira (2003) propõe as terminologias Herbácea não inundável, inundável
halófila, mata psamófila pós-praia, Palmae, seca, reptante, brejo herbáceo, floresta periodicamente inundada, flores-
e inundada;e Arbustiva não inundável inundável;fechada Arbustiva aberta não inundável e inundada; Flo 27
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
restal não inundável, inundável e inundada. Com conotações muito próximas a estas Menezes Meneze s & Araujo (2005) ampliam a discussão, informando – para cada formação – sua situação geomorfológica, descrição fitofisionômica e as denominações
Ericaceae, na sua porção de entre moitas, Chamaecrista ramosa (Vogel) Irwing & Barneby, Lagenocarpus verticillatus (Spreng.) Koyama & Maguire, Cuphea flava Spreng. (Pereira & Araujo, 1995); formação arbustiva ar bustiva fechada inundável Lagenocarpus
equivalentes no litoral brasileiro que, apesar de ser uma descrição para uma área específica da Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro, poderia ser adotada para outros pontos do litoral brasileiro.
rigidus Ness, Marcetia taxifolia (A. St.Hil.) DC., Hymenolobium alagoanum Ducke (Pereira & Assis, 2004); arbustiva aberta não inundável Chamaecrista ramosa (Vogel) Irwing & Barneby, Panicum trinii Kunth, Stygmaphyllon paralias A. Juss. (Pereira et al .,., 2004) e na formação florestal não inundável Pouteria coelomatica Rizzini, Myrciaria flor fl orib ibun unda da (H.West. ex Willd.) O. Berg, Oxandra nitida R. E. Fr. (Assis
No Espírito Santo, os estudos relacionados à flora e à vegetação abrangem restingas desde o Sul do Estado, em Guarapari, até o Norte, em Conceição da Barra (Pereira, 1990; Fabris et 1990; Assis ., 2004; Pereira & al., al & Assis, 2000; Zambom, 1998; et Pereira Pereira et al .,., 2000; Pereira et al .,., 1998; Pereira & Assis, 2004; Pereira et al .,., 2004 e Pereira & Gomes, 1994).
et al .,., 2004). Considerando a formação florestal não inundável Assis et al . (2004) encontraram para o índice de diversidade de Shannon-Weaver o valor de 3,73, o maior registrado para este tipo de formação de restinga no litoral brasileiro. Na formação aberta de Ericaceae, na entre moitas (formação arbustiva aberta não inundável), onde as espécies são herbáceas, este valor foi de 2,43 (Pereira & Araujo, 1995); na arbustiva fechada inundável, 2,88 (Pereira & Assis, 2004) e, na arbustiva aberta não inundável, 3,043 (Pereira et al .,., 2004).
A flora das restingas do Espírito Santo está discriminada no trabalho de Pereira & Araujo (2000). Ele aponta que as maiores riquezas se encontram nas famílias Leguminosae, Myrtaceae, Orchidaceae, Bromeliaceae, Rubiaceae, Cyperaceae, Asteraceae, Poaceae, Melastomataceae Euphorbiaceae.
e
Em trabalhos quantitativos, as espécies dominantes na formação halófila-psamófila, considerando o parâmetro valor de importância são: Panicum racemosum (Beauv.) Spring., Ipomoea pes-capre (L.) Sweet e Blutaparon portulacoides St. A.-Hil. (Pereira et al .,., 1992); na formação póspraia Schinus terebinthifolius Raddi,
A descaracterização da restinga, por diversos meios antrópicos, tem proporcionado situações que levam a um grande risco às espécies com ampla distribuição geográfica mas, sobretudo àquelas de distribuição restrita, muitas vezes, endêmicas a este Esta-
Quesnelia quesneliana (Br.)(Fabris L. B. Smith, Scutia arenicola Reiss. . , 1990); formação aberta de et al .,
do. A listacontempla oficial de ameaçadas umespécies número muito grande de famílias, representa 28
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Cap.3 - Formações pioneiras: restingas Oberdan José Pereira
das, entre outras espécies, por Ditassa arianeae Fontella & E. A. Schwarz ( Macroditassa melantha ssp. arianeae (Fontella & E. A. Schwarz) Fontella & T.U.P. Konno); Aechmea blanchetiana (Baker) L. B. Sm., Pilosocereus brasiliensis (Britton &
Lagoa do Juparanã, e as bacias dos rios Itapemirim e São Mateus. A Reserva Biológica de Sooretama e a Reserva Natural da Vale do Rio Doce também incluem diversidade de ambientes, ocorrendo restinga apenas na Reserva da CVRD, resultante de deposição
Rose) Backer. subsp. brasiliensis , Scaevola plumieri (L.) Vahl, Axonopus pressus (Ness ex Steud.) Parodi, Rhodostemonodaphne capixabensis Baitello & Coe-Teixeira, Heteropteris oberdanii Amorim, Cattleya guttata Lindl., Piper sprengelianum C.DC. e Ja Jacq cqui uini niaa armillaris Jacq.
no Quaternário (Pleistoceno) (Martin et al. 1997). Na história da devastação das florestas do Espírito Santo, os relatos de Saint-Hilaire (1974) entre os anos de 1816 e 1822, indicam quanto os ecossistemas litorâneos vinham sendo substituídos, principalmente por culturas de subsistência. Na atualidade, os impactos sobre a vegetação da restinga são, principalmente, extração
No Espírito Santo, a vegetação de restinga encontra-se conservada ao Sul de Vitória, no município de Guarapari, representada pelo Parque Estadual Paulo César Vinha e, em Vila Vila Velha, o Parque Natural Na tural Municipal Munici pal de Jaca Ja care rene nema ma.. Em Vitó Vitóri ria, a, a Re Rese serv rvaa Ecológica Municipal Restinga de Camburi. Ao norte se destacam, em Linhares, a Reserva Biológica de Com boios boi os e, em Con Conce ceiç ição ão da Ba Barr rra, a, o Parque Estadual de Itaúnas. Em www.iema. www .iema.es.gov.br es.gov.br é discriminada a totalidade das Unidades de Conservação e áreas protegidas, sendo que o IPEMA (2005) faz uma breve descrição de algumas delas.
de areia, madeira como(CCREMAD, combustível e ocupação urbana 1992). A expansão imobiliária volta a se acelerar na região Norte e ao a o Sul, em antigas cidades, como Guarapari e Vila Velha. Velha. Impactos, como a extração de areia e drenagem como reportado por Pereira & Assis (2000), interferem nas comunidades de maneira a alterar sua composição florística ou mesmo substituição total da vegetação natural na restinga por exóticas a este ecossistema.
As áreas elencadas como prioritárias para conservação da vegetação de restinga podem ser acessadas em www.ipema-es.gov.br, abrangendo grande parte do litoral do Espírito Santo, como na Foz do Rio Doce, no município de Linhares, Conceição da Barra, Praia das Neves, Setiba, Guanandy e Anchieta. Em CIB
A situação de ocupação da planície quaternária no Espírito Santo para os próximos anos tende a não ser diferente do que vem ocorrendo até o momento. Entretanto, esta pressão antrópica deverá ser ampliada em função do desenvolvimento deste estado, aumentando áreas de cultivo (principalmente de coco e abacaxi), estabelecimento de novos empreendimentos imobiliários e industriais
et al.delimitadas (2000), as áreas conservação são opara delta do Rio Doce e os remanescentes florestais na
nos balneários então pouco pados, como os até extremos Norte eocuSul da costa. 29
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
São muitos os desafios a serem enfrentados no sentido de conservar as Unidades já estabelecidas e proposição de novas. Técnicas disponíveis indicam a transformação destas em “sistemas de áreas protegidas” (Bensunan, 2006). Para tal, o
do Relatório Estadual sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento). 1992. Meio Ambiente e Desenvolvimento no Espírito Santo: relatório final. Copisol Ltda., Vitória.
autor loc . cit . propõe a inclusão de elementos que possibilitem a preservação de processos biológicos, ampliação da conectividade, diminuição do efeito de borda, dentre outros requisitos. Neste caso, terras indígenas, reservas legais e áreas de preservação permanente seriam fundamentais no processo visando à conservação da biodiversidade no Estado do Espírito Santo.
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Pereira, O. J.; Thomaz, L. D. & Araujo, D. S. D. 1992. Fitossociologia da vegetação de ante-dunas da restinga de Setiba/Guarapari e Interlagos/Vila VeVelha, ES. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão Leitão (Nov (Nov.. Sér.), Sér.), 1:65-75. Saint-Hilaire, A. 1974. Viagem ao Espírito Santo e Rio Doce. Tradução de Milton Amado. Ed. Itatiaia, Ed. da Universidade de São Paulo: Belo Horizonte e São Paulo. Silva, M. S. & Britez, R. M. 2005. A vegetação da planície costeira. In: Marques, M. C. M. & Britez, R. M. (orgs.); Alexandre Salino et al. (col.) História natural e conservação da Ilha do Mel, p. 49-84. Editora UFPR, Curitiba. Suguio, K. & Tessler, M.G. 1984. Planícies de cordões litorâneos quaternários do Brasil: origem e nomenclatura. In: L. D. Lacerda, D. S. D. Araujo, R. Cerqueira & B. Turcq (eds.). Restingas: origem, estrutura, processos, p. 15-25. CEUFF CEUFF,, Niterói. Thomaz, L. D & MONTEIRO, R. 1997. Composição florística da Mata Atlântica de encosta da Estação Biológica de Santa Lúcia, município de Santa Teresa-ES. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão (Nov. Ser.), Ser.), 7: 3-48.
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Capítulo 4
Florestas de tabuleiro tabuleiro Ariane Luna Peixoto Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Marcelo Simonelli Faculdades Integradas São Pedro (FAESA)
N
o Espírito Santo são expressivas as áreas cobertas por Florestas de Tabuleiros ao Norte do Rio Doce. Estas florestas encontram-se estabelecidas sobre os Tabuleiros Terciários da série Barreiras e estão localizados entre a região serrana e a planície quaternária. O contato com a planície quaternária é feito através de pequenas escarpas ou de maneira gradativa e, neste contato, têm início os terraços marinhos pleistocênicos formados por sedimentos, que são os mais antigos da planície quaternária (Martin et al .,., 1993).
Köppen, tropical quente e úmido, com estação chuvosa no verão e seca seca no inverno. Com base em dados dos anos de 1975 a 2000, recolhidos na estação meteorológica instalada na Reserva Natural da Vale do Rio Doce, Jesus & Rolim (2005) informam que a precipitação pluviométrica média anual é de 1.202 mm, a temperatura média de 23,3o C, sendo a média das mínimas de 14,8o C e a média das máximas de 34,2o C. Informam ainda que a precipitação total tem uma forte variabilidade anual, com valores abaixo de 1.000 mm, em alguns anos compensados por outros, com precipitaç precipitação ão de até 1.640 mm.
Os Tabuleiros Tabuleiros Terciários se caractericaracterizam por uma seqüência de colinas tabulares, com altitude entre 28 e 65 m, entrecortados por vales amplos e rasos pontilhados de lagoas e brejos. Os vales, em sua maioria, apresentam-se com fundos chatos e colmatados por sedimentos quaternários, por onde correm os rios e riachos. Os sedimentos são de caráter argiloso, argilo-arenoso ou arenoso e as áreas de quaternário distribuem-se em aluviões, atuais ou antigos, ao longo dos vales e vias fluviais (Martin et al .,., 1993).
A Floresta de Tabuleiros do Norte do Espírito Santo está inserida na Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas no sistema de classificação apresentado por Veloso et al . (1991). Entretanto, este posicionamento é contestado por diferentes autores que a classificam como Floresta Estacional Semidecídua de Terras Baixas. Engel (2001), embasado no acompanhamento de fenofases envolvendo 41 espécies espéc ies do doss dossel el florest florestal, al, onde enc enconontrou 43,9% de espécies sempre-verdes,
O clima, na área de ocorrência destas florestas, é ‘Awi’ na classificação de
43,9% como brevi-decíduas e 12% como caduciflolias, a denominou como Floresta Tropical Estacional 33
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Perenifólia, uma classificação baseada em Longman e Jenik (1987), caracterizando-a assim como intermediária entre as duas tipologias do sistema de Veloso et al. (1991).
tos e palmeiras foram representadas, respectivamente, por 69%; 7,5% e 4% dos indivíduos. A composição florística da Floresta Alta tem em comum, com quase todas as florestas tropicais úmidas de
Na Floresta de Tabuleiro podem
baixada, a riqueza em Leguminosae e a presença de Annonaceae , e Sapotaceae , Rubiaceae Bignoniaceae entre as famílias com grande número de espécies. Também a predominância de lianas da família Bignoniaceae é uma característica comum a estas florestas. Myrtaceae é a família mais rica em número de espécies, na área como um todo, caso se considere Leguminosae como três famílias distintas. Mori et al . (1983) en-
ser identificadas quatro formações vegetais naturais denominadas de Floresta Alta, Floresta de Muçununga, Áreas Inundadas e Inundáveis e Campos Nativos. A Floresta Alta ou Floresta Densa está estabelecida em terrenos argilosos ou areno-argilosos, sendo a formação mais representativa da floresta de tabuleiro. Quando comparada com as outras formações da floresta de tabuleiro, a Floresta Alta destaca-se por apresentar árvores de maior porte e sombreamento mais intenso do sub bosque, que que é ralo. É também a formação de maior riqueza específica. As árvores do dossel atingem até 40 m de altura e ocorrem de forma adensada e as lianas, fortemente lenhosas, se destacam pela espessura. Peixoto & Gentry (1990) amostrando espécimes com diâmetro a altura do peito (DAP) igual ou superior a 2,5cm em 0,1 ha, encontraram 443 indivíduos pertencentes a 216 espécies. Das 95 lianas amostradas, 14 apresentaram diâmetro igual ou superior a 10 cm. A riqueza em espécies encontrada está acima de qualquer outro local com índice de precipitação similar e amostrado, seguindo a mesma metodologia. Nunes (1996), analisando o potencial de regeneração da mata de tabuleiro, considerando trechos de floresta e de capoeira, encontrou no banco de plântulas e jovens 7.815 indivíduos
contraram o mesmo padrão emBahia. relação a Myrtaceae na costa Sul da Em 1 ha de Floresta Alta, incluindo árvores com 5 cm ou mais de DAP, DAP, Peixoto et al . (no prelo) encontraram um total de 1.359 indivíduos pertencentes a 271 espécies e 55 famílias. Neste mesmo trecho foram encontradas 21 árvores com DAP acima de 50 cm e 18 árvores com altura superior a 30 m. Entre as espécies com maiores diâmetros e alturas encontram-se Diplotropis incexis Rizzini & A. Mattos (dap de 125.70 cm e altura de 30 m), Hidrogaster trinervis Kuhlm. (90 cm e 34 m), Virola gardneri (A.DC) Warb. (90 cm e 36 m), Micropholis crassipedicellata (Mart & Eichl.) Pierre (87 cm e 30 m), Couratari asterotricha Prance (76 cm e 35 m). As dez espécies com maior valor de importância foram Rinorea bahiensis (7,54), Dialium guianense (7,02), Hidrogaster trinervis Kuhlm. (6,53),
Stephanopodium Stephanopodi um blanchetianum Baill. (4,95) e Helicostyles tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby (4,65).
pertencentes asa lianas 326 espécies. Neste contingente, representaram 19,5% dos indivíduos. Árvores, arbus 34
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Cap.4 - Floresta de tabuleiro Ariane Luna Peixoto - Marcelo Simonelli
Myrtaceae, com 253 indivíduos em 43 espécies, e Sapotaceae, com 105 indivíduos em 16 espécies, foram as famílias mais amostradas.
tre folhas, cheios d’água. Um grupo que também sobressai nesta sinúsia é o de Cactaceae, representado principalmente pelos gêneros Rhypsalis e Hariotta que, com ramos longos, pendentes, cilíndricos ou angulosos produzem abundantes floradas e frutos utilizados como alimento pela fauna local.
Jesus & Rolim (2005) no mais extenso estudo sobre a estrutura da Floresta de Tabuleiros, envolvendo 250 parcelas de 40 ha, encontraram 20.688 árvores com DAP igual ou superior a 10 cm. Foram identificadas 406 espécies, sendo as famílias Leguminosae (67), Myrtceae (58) e Sapotaceae (29) as mais ricas em espécies. Rinorea bahiensis (Moric.) Kuntze, classificada por estes autores como espécie clímax, foi a espécie de maior densidade e também aquela que apresentou melhor distribuição entre os estratos
O solo da floresta alta é coberto por serapilheira mais ou menos densa, não deixando espaço desnudo. O contingente de árvores em crescimento é muito grande. As herbáceas do solo, principalmente Marantaceae e Rubiaceae, não chegam a formar populações densas, embora estejam distribuídas (diferentes espécies) por toda
verticais da floresta. Este mesmo estudo mostrou que as espécies pioneiras, além de poucas quando comparadas com os outros grupos ecológicos, têm baixa abundância (número de indivíduos): 9.611 indivíduos pertencentes a 22 espécies pioneiras. Do grupo ecológico clímax foram encontrados 9.959 indivíduos, distribuídos em 150 espécies; de secundárias tardias, 5.123 indivíduos em 107 espécies, e secundárias iniciais, 4.995 em 127 espécies. Estes dados demonstram que os trechos estudados na Reserva Natural da Companhia Vale do Rio Doce se constituem de florestas tropicais maduras e diferem do padrão encontrado em florestas tropicais mais alteradas, onde predominam espécies pioneiras e secundárias iniciais. O contingente de hemiepífitos e epífitos da floresta alta são notórios, principalmente pela diversidade de Araceae e de Bromeliaceae. O último
a floresta. A dinâmica da floresta alta pode ser avaliada de diversos modos. Estimando a mortalidade, o recrutamento e o crescimento de populações de espécies arbóreas, tomando como parâmetro exemplares com DAP igual ou superior a 10 cm, Rolim et al . (1999) encontraram um incremento médio anual de 0,256 cm/ano. As espécies que obtiveram maiores valores de incremento em crescimento foram Sterculia speciosa K. Schum. (0,74cm/ ano), Astronium concinnum (Engl.) Schott (0,545 cm/ano) e Joa Joanne nnesia sia prin pr ince ceps ps Vell. (0,405 cm/ano). As maiores taxas de mortalidade e maiores projeções de meia-vida foram para populações de Dialium guianensis (Aubl.) Sandwith (0,3% e 255 anos), Alwan & Terminalia aff . kuhlmannii Alwan Stace (0,4% e 182 anos) e Sorocea guilleminiana Gaudich. (0,4% e 172 anos). Três das populações com as
grupo, naárvores maioriaem das vezes, alturas ocupa ea copa das grandes abriga uma rica fauna nos espaços en-
maiores recrutamento estão porcentagens entre as que de mais aumentaram em abundância no período: 35
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Sorocea guilleminiana Gaudich. (64,7%), Eugenia excelsa Berg (58,3%) e Lonchocarpus cultratus (Vell.) Az. Tozzi & H.C.Lima (46,2%). As maiores reduções na abundância foram encontradas em Eriotheca candolleana (K.Schum.) A. Robyns (-40,0%), Brosimum gaudichaudii Trécul (30,0%) e Myrcia racemosa (-27,3%).
parâmetros estruturais parecem variar bastante entre diferentes trechos. Simonelli (1998) inventariando 0,93 ha de Floresta de Muçununga, envolvendo indivíduos com DAP igual ou superior a 5 cm, encontrou 79 espécies em 29 famílias, sendo as mais ricas Myrtaceae e Lauraceae. O índice de diversidade (H’) encontrado foi de 3,37 e mostra-se inferior aos obtidos para a Floresta Alta, porém próximo àqueles encontrados em restingas (Simonelli et al .,., no prelo). As espécies de maior porcentagem de VI foram Guapira opposita (Vell.) Reitz (14,4); Chamaecrista ensiformis var. ensiformis (Vell.) H. S. Irwin & R. C. Barneby (9,1); Manilkara subsericea (Mart.) Dubard. (8,8); Eugenia sulcata
A Floresta de Muçununga reveste áreas da Floresta de Tabuleiros Tabuleiros acompanhando depósitos de solos arenosos, não marinhos, ácidos e relativamente pobres em nutrientes (Simonelli, 1998). As árvores são de menor porte do que aquelas da Floresta Alta, os troncos de modo geral são mais claros, e há maior penetra-
Spring ex Aubl. Mart.(5,0). (6,6) e Tapirira guianensis
ção de superior luz para alcançam o solo. Asentre árvores estrato 7 e do 10 m de altura, havendo, entretanto, árvores emergentes de 15 a 18 m. É mais raro de até 25 m.
Áreas Inundadas e Inundáveis na Floresta de Tabuleiros apresentam diferentes fisionomias, principalmente em função do regime hídrico e são, de modo geral, referidas como brejo, floresta de brejo ou floresta de várzea. No acervo do herbário CVRD encontramse documentadas 64 espécies coletadas em áreas inundadas ou inundáveis.
Na área da Reserva Natural da Vale do Rio Doce foram coletadas 392 espécies em áreas cobertas por Muçununga, pertencentes a 79 famílias, sendo as mais ricas Orchidaceae (53), Leguminosae (35), Myrtaceae (35), Bromeliaceae (15) e Araceae (14). Das espécies coletadas na Floresta de Muçununga, 164 foram coletadas apenas nestas formações. Algumas destas espécies são típicas de vegetação sobre solos arenosos, como as restingas (Couepia schottii Fritsch e Rhodostemonodaphene capixabensis Baitello & Coe-Teixeira, p. ex). Outras parecem endêmicas desta formação (Simira eliezeriana Peixoto, p. ex).
As Áreas Inundadas Herbáceas, de modo geral, são associadas aos Campos Nativos ou a cursos d’água. Apresentam como componentes principais espécies de Cyperaceae, que ocorrem adensadamente, além de representantes de Onagraceae, Melastomataceae, Poaceae e Asteraceae. A Pteridophyta Blechnum serrulatum Rich. (samam baia-do-nativo) é freqüente no entorno destas áreas, bem como Lygodium
volubile (samambaia-abre-caminho). Na Sw. transição destas áreas para a floresta é notória a presença de algu-
Fisionomicamente, Fisionomicament e, as áreaspossucobertas por floresta de Muçununga em pouca variação entre si, porém, os 36
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mas espécies arbóreas, entre as quais tem destaque Symphonia globulifera L. f. (guanandi) e Jacaranda puberula puberula Cham. (carobinha).
ciliar. Os espécimes arbóreos que aí se desenvolvem atingem cerca de 20 m de altura. O dossel é contínuo, impedindo a entrada de grande quantidade de luz, favorecendo o desenvolvimento de espécies de ambientes som brr e a d o s , c o m o a s M a r a n t h a c e a e b (Monotagma plurispicatum (Körn.) K. Shum., p. ex.) que chegam a cobrir grandes extensões do solo. Dentre as Pteridophyta destacam-se fetos arborescentes. A presença de Arecaceae neste ambiente é marcante não só em número de indivíduos, mas também em espécies, destacando-se Euterpe aff. edulis Mart. pela densidade. Esta espécie apresenta rebrota constante, formando assim agrupamentos com grande número de estipes.
As Áreas Inundadas Lenhosas estão mais freqüentemente associadas à Floresta de Muçununga ou à Floresta Alta. Nelas podem sobressair plantas arbustivo-arbóreas ou plantas arbóreas. No primeiro caso, arbustos ou pequenas árvores com cerca de 3 m de altura, mais raro até 5 m (Tapirira guianensis Aubl., Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg., Ilex sp. e Cecropia. spp., principalmente), crescem isoladamente, entremeados por uma densa malha de indivíduos herbáceos – com sistema caulinar e radicular muito entrelaçados –, formando uma camada orgânica flutuante. No segundo caso, os indivíduos do estrato superior são árvores que podem alcançar até 12 m de altura. Ocorrem afastados uns dos outros, permitindo a penetração de luz até o solo. Peixoto et al . (no prelo) estudando a estrutura de um trecho de 0,1 ha, com inclusão de indivíduos de DAP igual ou maior a 5 cm, encontraram como espécies de maiores valores de importância (VI) Tabebuia cassinoides (Lam.) DC., Annona glabra L., Calophyllum brasiliense Cambess., Myrtaceae 2 e Tapirira guianensis Aubl.. São áreas de baixa diversidade, sendo o H’ registrado para o trecho igual a 1,33. No interior da floresta inundada, encontram-se inúmeros canais onde ocorrem espécies de Nymphaeaceae e Cabombaceae. No estrato inferior, so bree s s a e m vá br várr i a s e s pé pécc ie iess de Cyperaceae, entre as quais, predomina Scleria latifolia Sw. (tiririca-do-brejo).
O epifitismo é reduzido. No entanto, podem ser constatadas inúmeras espécies de Araceae nesta sinúsia. Em um trecho de 0,1 ha em que foram incluídos todos os indivíduos com DAP igual ou superior a 5 cm, as espécies que mais se destacaram em VI foram Pithecellobium pedi pe dice cell llar aree (DC.) Benth., Euterpe aff.. edulis Mart., Maprounea guianensis Aubl. e Tapirira guianensis Aubl. A diversidade (H’) encontrada foi de 2,14 (Peixoto et al , no prelo). Comparando a mata inundada com a inundável (floresta ciliar), o número de indivíduos daquela é superior. No entanto, os demais valores são inferiores ao da mata inundável, destacando-se principalmente o volume.
As Áreas Inundáveis estão representadas principalmente por floresta
estabelecidos substrato so, ocorrem nosobre Sul da Bahia earenoNorte do Espírito Santo, sempre como
Os Campos Nativos - Destacamse pelo predomínio de herbáceas e lenhosas não arbóreas. Estes campos,
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enclaves na Floresta Alta ou na Floresta de Muçununga.
Quando os campos nativos sofrem algum impacto que altera a cobertura vegetal, esse desequilíbrio é percebido pelo aparecimento de populações densas de Pteridium aquilinum (L.) Kuhn, associando-se a elas espécies tipicamente invasoras tais como Imperata brasiliensis Trin., Lantana camara L., Vernonia scorpioides (Lam.) Pers., entre outras.
Araújo et al . (no prelo.) afirmam que os campos nativos são de dois tipos: as autênticas restingas, ou sejam, aqueles campos estabelecidos sobre terraços pleistocênicos marinhos, justapostos no bordo do tabuleiro, na parte mais interna da planície quaternária, com até 9 m de altitude, e aqueles estabelecidos nos tabuleiros, em solos arenosos, acima de 28 m de altitude. Reconhecem, entretanto, grandes semelhanças florísticas e fisionômicas entre as duas formações. As condições edáficas levam a uma grande similaridade quando considerados
Como conseqüência de diversos fatores, entre os quais têm destaque a exploração madeireira madeire ira e a expansão da fronteira agrícola, a Floresta de Tabuleiro no Espírito Santo, hoje, está quase restrita a um importante núcleo florestal constituído pela Reserva Biológica de Sooretama e a Reserva Natural
parâmetros tais como profundidade do lençol freático, substrato arenoso e disponibilidade de matéria orgânica sobre o solo ou incorporado à camada superior do mesmo. Considerando tanto a localização geomorfológica quanto a fisionomia e composição florística, Araújo et al . (no prelo) caracterizaram quatro tipos de Campos Nativos: Graminóide Denso; Graminóide; Arbustivo e Em Moitas. A composição florística desses quatro tipos é muito semelhante, não sendo possível diferenciá-los apenas com base na lista de espécies, com exceção dos campos sobre a planície quaternária ocorrem espécies tipicamente de restinga, entre as quais citam-se Allagoptera arenaria (Gomes) Kuntze, Agarista revoluta (Spreng.) Hook. F. ex Nied., Cereus fernambuc fern ambucensis ensis Lem. e Pilosocereus arrabidae (Lem.) Byles & G.D. Rowley.. Entretanto, pela dominância Rowley
da Companhia Vale do Rioe Doce, nos municípios de Sooretama Linhares, respectivamente. Juntas, estas unidades somam aproximadamente 46.000 ha. A primeira é de propriedade do governo federal, gerenciada pelo Ibama e, a segunda, pertence à Companhia Vale do Rio Doce. Com a antropização da paisagem, a área florestada em Sooretama e Linhares se constitui no mais importante corpo florestal entre o Norte do Rio de Janeiro e o Sul da Bahia, que vem rece bendo a atenção de diversos divers os estudiosos, sendo Aguirre (1950), Egler (1951) e Heinsdijk et al . (1965) os precursores. Estão circundadas por uma matriz na qual predominam pastagens, culturas agrícolas (principalmente canade-açúcar, mamão, café, maracujá e pimenta-do-reino) e florestais (principalmente eucalipto). Entretanto, ainda há muitos fragmentos florestais remanescentes, isolados, alguns constituindo unidades de conservação ad-
de espécies-chavepossível e pela fisionomia é perfeitamente distinguir os quatro diferentes tipos.
ministradas pelo (2002) governo federala(Tesaanalisou bela 4.1). Agarez trutura do componente arbóreo de al 38
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guns fragmentos florestais no interior de propriedades agrícolas e reafirma a importância biológica e social da conservação de tais fragmentos.
Além dos núcleos florestais já citados, outro bastante importante situa-se às margens do Rio Doce, no município de Linhares. Grande parte desta área florestal é ocupada por florestas sobre terrenos aluvionares, freqüentemente usadas para o plantio de cacau, constituindo as chamadas matas de cabruca. A cultura de cacau sombreado, localizada próxima à foz do Rio Doce, em Linhares, é responsável pela manutenção de cerca de 29.000 ha de cobertura florestal nativa e, ainda que alterada em sua estrutura, constitui um importante remanescente da Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (IPEMA, 2005).
A Figura 4.1 mostra a distribuição original dos domínios das Florestas de Tabuleiros (considerando aqui os depósitos do grupo Barreiras e tam bém os colú colúviovio-aluv aluviona ionares res), ), o que daria um total de 1.046.876,1 hectares (aproximadamente 23% da área do estado). Atualmente, usando como base o mapea mapeamento mento feit feitoo pela Fundação SOS Mata Atlântica eINPE (www.sosmatatlantica.org.br), existem 7.814 fragmentos neste domínio. Somando-se as áreas destes fragmentos, tem-se o total de 187.039,1 ha, ou seja, 17,9%dedaTabuleiro. coberturaVale original das Florestas Tabuleiro. destacar que somente o núcleo florestal constituído pela Reserva Biológica de Sooretama e pela Reserva Natural da Vale do Rio Doce (aproximadamente 46.000 ha) é responsável por 24,6% da cobertura atual (4,4% da cobertura original), demonstrando a importância destas áreas para a conservação da biodiversidade das Florestas de Tabuleiro.
É importante destacar a ausência quase total de fragmentos florestais nas áreas de depósitos do grupo Barreiras no Sul do estado. Nesta região, praticamente toda a floresta foi retirada para dar lugar a projetos agropastoris. A Floresta de Tabuleiro tem, entre seus atributos, a alta diversidade específica, sendo também rica em endemismos e biotipos distintos para
- Unidades conservação Tabela 4.1no Tabuleiro Estado do de Espírito Santo. presentes na área de domínio das Florestas de
Nome da unidade
Área (ha)
Município
Ano de criação
Floresta Nacional de Goytacazes*
1 .3 5 0
Linhares
2002
Floresta Nacional Rio Preto
2 .8 3 0
Conceição da Barra
1990
Reserva Biológica Córrego do Veado
2 .3 8 3
Pinheiros
1982
Reserva Biológica Córrego Grande
1 .4 8 9
Conceição da Barra
1989
Reserva Biológica de Sooretama
2 4. 25 0
Sooretama
1949
* A maior parte da área está sobre depósitos aluvionares 39
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gica para a conservação da flora e de quase todos os grupos de fauna (MMA, 2000). Devido a diversos fatores, entre os quais se destacam o padrão de distribuição gregário ou esparso, a raridade de ocorrência e, provavelmente a capacidade de crescimento apenas em determinados ambientes, há espécies de ocorrência muito esporádica. O gênero Erisma , tipicamente da Amazônia, apresenta uma espécie disjunta no Sudeste brasileiro, Erisma arietinum M.L.Kawasaki (carneiro) espécie arbórea de grande porte, endêmica da área e de distri bu b u i ç ã o g r e g á r i a . Qualea magna Kuhlm. (vermelhinha), Andradea
fTrigoniodendrum fl l o r i b u n d a Allemão (ganassaia) espiritusanctense E.F.Guim. & Miguel (torradinho), Tabebuia arianeae A.H. Gentry (ipêpreto), T . cristata A.H. Gentry (ipêrajado) e Sclerolobium rugosum Mart. (carvoeiro) são outras espécies de distribuição restrita, representadas na Floresta de Tabuleiro por populações pequenas. Algumas espécies, embora de distribuição mais ampla, encontram-se também representadas na área por populações restritas. Couratari macrosperma A.C.Sm. é um exemplo deste grupo
Figura 4.1 – Depósitos do Grupo Barrei-
ras e Colúvio-aluvionares e fragmentos florestais existentes no Estado do Espírito Santo
espécies de distribuição mais ampla (Peixoto & Silva, 1997). Possui, hoje, uma das floras mais bem conhecidas ao longo do domínio atlântico. Se, considerado o valor estimado de 13.000 espécies de Angiospermas para a Floresta Atlântica (Gentry et al .,., 1997), com base em dados oriundos da listagem florística de exemplares depositados no herbário CVRD, a floresta de tabuleiro detém cerca de 12% deste contingente. A área núcleo da Floresta de Tabuleiro, formada pela Reserva Natural da Vale do Rio Doce (Figura 4.2) e a Reserva Biológica de Sooretama, foi caracterizada como um dos 14 Centros de Alta Diversidade Biológica e Endemismo do Brasil (Peixoto & Silva, 1997)do e éMeio considerada pelocomo Ministério Ambiente área de Extrema Importância Bioló-
Figura 4.2 - Área de tabuleiro mostrando ao fundo a Reserva Natural da Vale do Rio Doce 40
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de plantas. Esta espécie é localmente rara e de distribuição não gregária. Agarez (2002), inventariando o componente arbóreo em fragmentos florestais no entorno da Reserva Biológica de Sooretama, encontrou algumas destas espécies acima citadas. A associação destas espécies às tipologias dos fragmentos definidas por este autor vem a ressaltar a importância da conservação destes pequenos blocos florestais na matriz hoje predominantemente agrícola dos tabuleiros espírito-santenses.
Cryptanthus beuckeri , Vriesea spp., Rhipsalis spp., Clusia spp., Neomarica spp.). Além disso, um significativo contingente de espécies locais vem sendo utilizado na recuperação de áreas degradadas, especialmente em programas de revegetação de bacias hidrográficas. Como conseqüência desses diversos fatores citados (altas taxas de diversidade e endemismo e elevado grau de degradação) muitas espécies das Florestass de Tabuleiro Floresta Tabuleiro constam cons tam na Lista das Espécies Ameaçadas. Analisando um banco de dados de 2.726 espécies de Tabuleiro, foram observados que 139 delas constam como ameaçadas na Lista do Espírito Santo
A flora também é rica em espécies de valor econômico e mais ainda em espécies de valor potencial. Podem ser destacadas aquelas que têm a madeira como(por exemplo, ocomercializada, jacarandá-da-bahia Dalbergia nigra (Vell.) Allemão), a peroba-amarela (Paratecoma peroba (Record & Mell) Kuhlm.), o gonçalo-alves ( Astronium graveolens Jacq. e A . concinum Schott) e vários ipês (Tabebuia spp.). Algumas espécies são produtoras de resinas e óleos, como copaíba (Copaifera langsdorfii Desf.), bicuíba (Virola gardneri (A.DC) Warb e V. oleifera (Schott) A.C.Sm.) e breuvermelho ( Protium macrophyllum (Kunth) Engl.). Em medicina popular podem ser destacados o cipó-cravo ( Tynanthus elegans Miers), a salsaparrilha ( Smilax spp.), o jaborandi ( Piper spp.), o ipê-roxo (Tabebuia heptaphylla hept aphylla (V (Vell.) ell.) Toledo), o jatobá (Hymenaea courbaril L.) o pau-pereira (Geissospermum laeve (Vell.) (V ell.) Miers), a buta ( Cissampelos spp) e Annona acutiflora Mart. (ariticum). Muitas espécies arbóreas locais já foram introduzidas em paisagismo para
(71 ; 61 Em e 7Lista Vulneráveis Criticamente em Perigo ); 9Perigo estão na Oficial das Espécies Ameaçadas do Brasil (4 Vulneráveis; 4 Em Perigo e 1 Rara) e 58 presentes na Lista de Espécies Ameaçadas da IUCN (37 Vulneráveis; 17 Em Perigo e 7 Criticamente em Perigo).
arborização urbana e herbácea em ajardinamento ( Anthurium spp., Monstera spp., Aechmea spp.,
Aguirre, A. 1950.deSooretama - Estudoe sobre o parque reserva, refúgio criação de animais silvestre
Agradecimentos ao geógrafo Luciano Cajaíba pelos mapas e cálculos do tamanho dos fragmentos e à Michele Dechoum, gerente de Recursos Naturais do IEMA, pelo banco de dados.
Referências Agarez, F.V. 2002. Contribuição para a gestão de fragmentos florestais com vista à conservação da biodiversidade em floresta atlântica de tabuleiro. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 237 p.
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Sooretama, no município de Linhares, estado do Espírito Santo. Boletim do Ministério da Agricultura, 36 (4-6): 1-52.
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Capítulo 5
Floresta Ombrófila Ombrófila Densa Submontana, Submontana, Montana e Alto-montana Alto-montana Luiz Fernando Silva Magnago Universidade Federal de Viçosa (UFV) André Moreira de Assis Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC) Hélio Queiroz Boudet Fernandes Museu de Biologia Mello Leitão (MBML)
obre as regiões originadas no Pré-Cambriano, em terrenos montanhosos com alta precipitação e umidade e ausência de período seco pronunciado, ocorre a Floresta Ombrófila Densa, que é subdividida em Submontana, Montana e AltoMontana (IBGE, 1983).
restas no Espírito Santo pertencem às famílias Orchidaceae, Bromeliaceae e Araceae (Assis, 2007). Além disso, é característicoo das Florestas Ombrófilas característic Densas primárias ou em estágios avançados de regeneração, a presença de árvores de grande porte, atingindo até 30 metros de altura e a formação de estratos (superior ou dossel, médio e inferior).
S
A distribuição vertical de temperatura e umidade nas montanhas influencia fortemente a florística e a estrutura destas florestas, constituindo um gradiente vegetacional acentuado
Embora as áreas com formações da Floresta Ombrófila Densa ocupem a maior parte do território capixaba
(Koehler et al .,., 2002), abrigando espécies com distribuição restrita à Mata Atlântica, sendo algumas limitadas a determinadas localidades, constituindo os endemismos restritos (Kurtz & Araujo, 2000).
(IPEMA, 2005), publicações a respeito de sua vegetação e flora são escassas, estando a maior parte das informações sobre esses temas presentes apenas em estudos técnicos, tais como EIA/RIMA e Planos de Manejos, ou em monografias de conclusão de curso de graduação.
A elevada umidade que caracteriza as Florestas Ombrófilas Densas, favorece o estabelecimento de uma rica e diversificada comunidade epifítica, destacando-se por sua alta representatividade na fitofisionomia do interior das florestas. Os principais representantes de epífitas destas flo-
Em estudos realizados na região de Santa Teresa, foram encontrados altos índices de diversidade no estrato arbóreo entre os maiores encontrados em florestas tropicais (Thomaz & Monteiro, 1997; Assis et al .,., 2007). O 45
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
elevado endemismo nesse ambiente é comprovado pelas constantes desco bertas de espécies novas, de diferentes famílias, conforme demonstrado em alguns trabalhos publicados nessa década (Baitello, 2001; Kollmann, 2003; Lombardi, 2004; Chautems et al .,., 2005; Sobral, 2006).
florestas, a presença de pteridófitas de porte arbustivo Cyathea spp (samam baia-açú).
As espécies arbóreas comumente encontradas como as predominantes na fitofisionomia dos estratos médios e superiores na Floresta Ombrófila Densa são Euterpe edulis e diferentes espécies de Myrtaceae ( Eugenia mandiocensis O.Berg, Marlierea excoriata Mart., Myrcia laurifolia Cambess.), Lauraceae ( Ocotea confertiflora Mez., Nectandra
Figura 5.1 – Aspecto de um trecho Flo-
resta Ombrófila Densa no Município de Linhares, com enfoque para indivíduos arbóreos de Cecropia hololeuca. Foto: Luiz Magnago
oppositifolia Nees, Ocotea dispersa (Nees) Mez, Cryptocarya aschersoniana Mez., Ocotea organensis (Meisn.) Mez, Ocotea aciphylla (Nees) Mez), Melastomataceae (Leandra rufescens (DC.) Cogn., Miconia inaequidens Naudin), Sapotaceae ( Ecclinusa ramiflora Mart., Pouteria bangii T.D.Penn., Micropholis venulosa (Mart. & Eichler) Pierre.) e Annonaceae (Unonopsis lindmanii R.E. R.E. Fr.), além de representantes de outras famílias, como Croton fl flor orib ibund undus us Spreng., Guapira opposita (V (Vell.) ell.) Reitz., Rei tz., Virola gardneri (A.DC.) Warb., Caryocar edule Casar., Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns e Siparuna glossostyla Perkins. Entre o dossel também é comum observar a presença de Cecropia hololeuca Miq., que ocupa áreas de clareiras naturais no interior das florestas, fato que já foi demonstrado para as espécies deste gênero por Tabarelli & Mantovani (1999)
A Floresta Ombrófila Densa Submontana ocorre na faixa altitudinal de 50 a 500 metros e caracteriza-se por possuir estrutura fanerofítica, com ocorrência de caméfitas, epífitas e lianas, estrato superior entre 25-30 metros (IBGE, 1983). O maior número de remanescentes dessa formação se encontra nos municípios de Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Leopoldina, Guarapari, Viana, Fundão e Santa Teresa (Figura 5.2). As Unidades de Conservação (UC’s) que abrangem esta formação estão representadas pela Reserva Biológica de Duas Bocas, Parque Estadual da Fonte Grande e Reserva Biológica Córrego do Veado e nas partes mais baixas das Áreas de Proteção Ambiental do Mestre Álvaro, Goiapaba-Açu e Área de Relevante Interesse Ecológico Estadual Morro da Vargem.
eAlém Tonhasca-Junior Tonhasca-Junior (2005) (Figura 5.1). dessas fanerógamas, destaca-se ainda na paisagem do interior dessas
A Floresta Densa Montana ocorre naOmbrófila faixa altitudinal de 500 a 1.500 metros, caracterizando-se 46
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Cap.5 - Floresta Ombrófila Densa Submontana, Montana e Alto-montana André Moreira de Assis - Luiz Fernando Silva Magnago - Hélio Queiroz Boudet Fernandes
características xerofíticas (IBGE, 1983). Remanescentes dessa formação estão representados na Serra do Caparaó, incluindo o Parque Nacional e trechos elevados dos Parques Estaduais de Pedra Azul e do Forno Grande, bem como o seu entorno. e ntorno. Além dessas formações, o IBGE (1983) menciona para o Estado a ocorrência da Floresta Ombrófila Aberta Montana como uma “feição florestal composta de árvores mais espaçadas”, localizada localiz ada entre Venda Venda Nova e Ibatiba e nos arredores de Domingos Martins e Santa Leopoldina. Segundo o mesmo autor, “o caráter aberto da floresta é estabelecido pela palmeira Attalea sp., conhecida localmente por
Figura 5.2 – Aspecto de um trecho de Flo-
resta Ombrófila Densa Submontana no município de Santa Leopoldina. Foto: Luiz Magnago
por apresentar um estrato dominante com altura até 25 metros, formado f ormado por macro, meso e nanofanerófitas, com grande quantidade de epífitas e lianas (IBGE, 1983), sendo esta vegetação influenciada pela elevada umidade decorrente da alta pluviosidade (Hueck, 1972; Thonhasca-Junior, 2005). O maior número de remanescentes dessa formação está nos municípios de Marechal Floriano, Domingos Martins, Vargem Alta, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Castelo, Muniz Freire, Atílio Viváqua e Muqui (Figura 5.3). Os principais remanescentes preser-
indaiá-açu”. Nopara entanto, composição florística essaa formação listada pelo IBGE (1983) é semelhante à da Floresta Ombrófila Densa Montana estudada por Thomaz & Monteiro (1997), e a referida espécie de palmeira, tida como determinante naquela formação, também ocorre em diferentes áreas de florestas ombrófilas no Estado (Fernandes, 1994; Henderson, et al .,., 1995; Lima & Soares, 2003).
vados deste tipo de floresta encontram-se na Reserva Biológica Augusto Ruschi, Parque Natural Municipal São Lourenço, Parque Estadual de Pedra Azul, do Forno Grande e de Mata das Flores, e porções mais baixas do Parque Nacional do Caparaó. A Floresta Ombrófila Densa Alto-montana ocorre em altitudes superiores a 1.500 metros composta de nano e microfanerófitas de alturas
Figura 5.3 – Aspecto do interior de uma
Floresta Ombrófila no município de SantaDensa Teresa.Montana Foto: Luiz Magnago
entre 10 baixas metrostemperaturas (IBGE, 1983).méEm função5 adas dias é comum a vegetação apresentar 47
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Dessa forma, consideramos que os critérios utilizados para a classificação da Floresta Ombrófila Aberta não são suficientemente claros para diferenciá-la dos demais tipos de Floresta Ombrófila Densa, podendo ainda ser uma região de transição. Desse modo, são necessários maiores estudos quanto à sua composição florística floríst ica e estrutural para o estabelecimento de critérios que possam delimitar estas formações no Estado do Espírito Santo.
encontradas. Apesar dessa importância, é uma tipologia vegetal pouco estudada, necessitando de pesquisas quanto às suas características a florísticas e ecológicas para o Espírito Santo. Entre os estudos já realizados neste Estado estão Silva et al. (1984) que pesquisou a vegetação dos afloramentos rochosos da faixa litorânea de Vitória; Thomaz & Monteiro (1997) que mencionam a vegetação de afloramentos rochosos para a Estação Biológica Santa Lúcia, em Santa TereTeresa, e o IBGE (1997) que trata desta tipologia vegetal na Floresta Ombrófila Densa Alto-montana.
Inserido nessas Regiões Fitoecológicas, existe um tipo vegetacional que está associado aos afloramentos rochosos em área de solos litólicos rasos ou mesmo sobre a rocha nua. Este tipo vegetacional será
Nas Florestas Ombrófilas Densas existem ainda as florestas ciliares, ge-
aqui denominado deque Vegetação Rupestre, considerando esse termo, segundo ACIESP (1997), designa as formas de vida que estão associadas aos rochedos ou afloramentos rochosos (Figura 5.4).
ralmente associadas aos fundos de (Figura 5.5) , que correspondem àsvale áreas das bacias hidrográficas onde, comumente, ocorrem solos mais férteis e úmidos, sendo, por isso, muito visadas para as atividades agrícolas.
Figura 5.4 – Aspecto de um trecho de
Figura 5.5 – Trecho de floresta ciliar na
Vegetação Rupestre de Floresta Ombrófila Densa no município de Marilândia. Foto: Luiz Magnago
Estação Biológica de Santa Lúcia no município de Santa Teresa. Foto: Luiz Magnago
A vegetação rupestre apresenta fisionomia, composição florística e condições ecológicas diferenciadas
Isso contribuiu para a fragmentação e quase erradicação das florestas ciliares no Espírito Santo. As forma-
das que a circundamsinúsias e, devidoflorestais a estas peculiaridades, muitas espécies endêmicas podem ser
ções ciliares apresentam ecológicas próprias que sãocondições empregadas pelo regime hídrico de rios e 48
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Cap.5 - Floresta Ombrófila Densa Submontana, Montana e Alto-montana André Moreira de Assis - Luiz Fernando Silva Magnago - Hélio Queiroz Boudet Fernandes
córregos, estando determinadas, segundo Rodrigues (2001), por uma condição ecotonal que é ocupada por um mosaico de tipos vegetacionais ou até mesmo de unidades fitogeográficas, cada qual com suas particularidades florísticas. Devido a estas condições que formam gradientes ambientais de solos e saturação hídrica, as florestas ciliares são altamente heterogêneas quanto à diversidade de espécies e ambientes.
sendo constantemente descritos. Isto demonstra a importância de sua conservação e incentivo à realização de estudos envolvendo, principalmente, levantamentos florísticos e populacionais que, de acordo a cordo com Van Den Berg (1995), são imprescindíveis ao manejo apropriado das comunidades vegetais.
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A diversidade de regiões fitoecológicas aqui mencionadas reflete em uma elevada heterogeneidade de formações vegetacionais, que propicia alta riqueza florística e fitofisionômica no domínio destas florestas no Espírito Santo. Mesmo restritos às unidades de conservação ou a fragmentos de tamanhos variados e em diferentes estágios de regeneração, os remanescentes vegetacionais ainda apresentam
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IPEMA 2007
Capítulo 6
Floresta Estacional Estacional Semidecidual de Terras Baixas, Submontana e Montana André Moreira de Assis Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC) Luiz Fernando Silva Magnago Universidade Federal de Viçosa (UFV) Hélio Queiroz Boudet Fernandes Museu de Biologia Mello Leitão (MBML)
corre também sobre terrenos do Pré-Cambriano em regiões em que os regimes hídricos apresentam uma estacionalidade de períodos chuvosos e secos demarcados. Esse fator climático limitante à vegetação (mais de 60 dias secos) faz com que os elementos arbóreos apresentem caducifolia parcial (20% a 50% dos indivíduos) como forma de adaptação ao estresse hídrico e/ou climático (IBGE, 1987; Silva, 2000; Tonhasca-Junior, 2005), bem como armazenamento de água em partes da planta, órgãos para absorção da umidade atmosférica ou de chuvas, perda de turgescência foliar e outras estratégias estraté gias (Ivanaus (Ivanauskas kas & RodriRodrigues, 2000).
os podem atingir alturas superiores a 25 metros. O IBGE (1983) indica a presença das formações de Floresta Estacional Semidecidual das da s Terras Terras Baixas Baixa s e Submontana e Montana na porção Sul do Estado. Ao Norte, em função do elevado desmatamento, o IBGE (1987) não determinou nenhuma área natural dessa região fitoecológica. No entanto, considerando uma escala mais detalhada, podem ser encontrados
O
Essa condição climática e a conseqüente resposta fisiológica das plantas contribuem para o aumento da temperatura e diminuição da umidade no interior dessas formações florestais, condições estas desfavoráveis para o estabelecimento de um grande número das epífitas.
Figura 6.1 – Trecho de um fragmento de
Floresta município Estacional de Águia Semidecidual Branca. Foto:noLuiz Magnago
Os diferentes (superior ou dossel, médio estratos e inferior) estão presentes e alguns indivíduos arbóre 51
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
pequenos remanescentes naquela região, geralmente restritos a fragmentos isolados associados aos afloramentos rochosos (Figura 6.1).
Sul do estado entre os municípios de Cachoeiro do Itapemirim e Itapemirim. Na região Norte essa formação ocorre de forma isolada em fragmentos de diferentes tamanhos, principalmente nos municípios de Laranja da Terra, Itarana, Itaguaçu, Baixo Guandu, Colatina, Pancas, Mantenópolis, São Gabriel da Palha, Barra de São Francisco, Nova Venécia (Motta, 1991) e Águia Branca (Figura 6.2). Essa formação está representada nas UC’s da Floresta Nacional de Pacotuba, Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça, Parque Nacional dos Pontões Capixabas e Reserva Particular do Patrimônio Natural Cafundó.
A Floresta Estacional Semidecidual representa a segunda mais importante formação vegetacional em termos de área ocupada no Estado do Espírito Santo (IPEMA, 2005). No entanto, as informações sobre esse tipo de vegetação e sua flora estão praticamente restritas a trabalhos técnicos, como EIA/ RIMA, Planos de Manejos, e outros. Nessa formação, as espécies arbóreas que freqüentemente predominam na fitofisionomia são representantes de Leguminosae, como os “angicos” (Lewis Pseudopiptadenia contorta (DC.)) G.P. (DC. & M.P. Lima, Anadenanthera colubrina (Vellozo) Brenan, Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan e outras (Dalbergia nigra Fr. All., Pte Vahl, Platypodium elerocarpus rohrii Vahl, gans Vogel, Peltogyne angustiflora Ducke.), e também espécies de várias famílias, tais como Pterygota brasiliensis K.Schum., Joannesia princeps Vell., Schefflera morototoni (Aubl. Maguire, Ramisia brasiliensis Oliv., Bixa arborea Huber e Lecythis pisonis Cambess).
Figura 6.2 - Aspecto de um trecho de Flo-
resta Estacional Semidecidual SubMontana no município de Águia Branca. Foto Luiz Magnago
A Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas ocorre na faixa altitudinal de 5 a 50 metros (IBGE, 1983). A região, com os maiores remanescentes dessa formação, é o município de Itapemirim, sendo que nenhuma Unidade de Conservação (UC) abrange essa formação.
A Floresta Estacional Semidecidual Montana ocorre na faixa altitudinal de 500 a 1.500 metros. Esta região fitoecológica está presente no estado na Serra do Caparaó (IBGE, 1983), provavelmente englobando um trecho do Parque Nacional do Caparaó e, segundo o IPEMA (2005), tam bém o Parque Pa rque Estadua Estaduall da Cachoe Cachoeira ira da Fumaça.
A Floresta Estacional Semidecidu Semidecidu--
Inserido nas três regiões fitoeco-
ocorre faixa 1983). altitual Submontana dinal de 50 a 500 metrosna(IBGE, Seus maiores remanescentes estão ao
lógicas Floresta Estacional decidualdemensionadas, além deSemiumapequena porção de Floresta Ombró 52
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Cap.66 - Floresta Estacional Semidecidual de Terras Baixas, Submontana e Montana Cap. André Moreira de Assis - Luiz Fernando Silva Magnago - Hélio Queiroz Boudet Fernandes
uso agrícola, estas fisionomias rupestres apresentam-se como “refúgios da vegetação natural”. As vegetações de afloramentos rochosos em Florestas Estacionais Semideciduais brasileiras são encontradas em diferentes tipos vegetacionais, como citado por Caiafa & Silva (2005) nos Campos de Altitude da Serra do Brigadeiro/MG, por Oliveira-Filho & Fluminhan-Filho (1999) no Campo Rupestre e de Altitude do Parque Florestal Quedas do Rio Bonito/MG, por Benites et al . (2003) nos Complexos Rupestres de Altitude das Serras da Mantiqueira e do Espinhaço/MG e BA e por Porembski et al .,., (1998) na vegetação
Fi gu r a 6. 3 – Aspecto da vegetação
rupestre de Floresta Estacional Semidecidual no município de Águia Branca. Foto: Luiz Magnago
fila Densa e com trechos representativos de fragmentos em bom estado de conservação, está o complexo montanhoso da Serra das da s Torres, Torres, localizado nasVivácqua, divisas dos municípios de Atílio Muqui e Mimoso do Sul, possuindo cotas alimétricas que variam em cerca de 30 a 1.200 metros de altitude. Estudos recentes desenvolvidos pelo IPEMA demonstram alta heterogeneidade de foramções vegetacionais e de riqueza de espécies, bem como a presença de espécies ameaçadas de extinção para o Estado. Estes dados indicam a região da Serra das Torres como um dos remanescentes de Florestas Estacional Semidecidual mais representativos do Espírito Santo.
de Inselbergs/BA. Dentre as espécies ameaçadas que ocorrem na Região Fitoecológica da Floresta Estacional Semidecidual destacam-se Syagrus romanzo ffian ff ianaa (Cham.) Glassman, Paratecoma peroba (Record & Mell) Kuhlm., Cavanillesia arborea (Willdenow) K. Schum., Orthophytum foliosum L.B. Sm., Mezilaurus crassiramea (Meisn.) Taub. ex Mez, Bulbo phyl ph yllu lum m pl plum umos osum um (Barb. Rodr.) Cogn., Cogniauxiocharis euphlebia (Oliv. ex Rchb. f.) Hoehne e Epidendrum polyan pol yanthu thum m Lindl.
Nas diferentes tipologias das Florestas Estacionais Semideciduais também são encontradas as VegetaVegetações Rupestres ( Figura 6.3), sendo que alguns trechos destas formações foram estudados por Porembski et al . (1998) sobre os complexos rochor ochosos de inselbergs dos municípios de Pancas e na divisa de Santa Teresa
A região das Florestas Estacionais Semideciduais, embora ocupasse 23% do território capixaba, IPEMA (2005), foi quase totalmente substituída por pastagens e culturas agrícolas como o café, cana-deaçúcar e extração de rochas ornamentais, sendo que a última atinge
com Itarana. Para o autor . cit .,., devido ao desmatamento dasloc Florestas Estacionais Semideciduais para
principalmente Vegetação Rupestre que, outrora,aestava imune à expansão agrícola. 53
IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
A situação de conservação das Florestas Estacionais Semideciduais é ainda mais crítica quando comparada às demais, em função da elevada fragmentação, da pequena extensão de seus remanescentes, do baixo bai xo número núm ero de estu e studos dos cient ci entífi íficos cos e das poucas Unidades de Conservação, que contemplam estas regiões. Desta forma, tornam-se urgentes iniciativas que visam reverter este quadro para que a diversidade biló bi lógi gica ca da dass Fl Flor ores esta tass Es Esta taci cion onai aiss Semideciduais ainda existentes no Espírito Santo sejam conhecidas e protegidas.
IPEMA (Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica) 2005. Conservação da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo: cobertura florestal e unidades de conservação (Programa Centros para Conservação da Biodiversidade – Conservação Internacional do Brasil). IPEMA, Vitória, Espírito Santo. Ivanauskas, N. M. & Rodrigues, R. R. 2000. Florística e fitossociologia de remanescentes de floresta estacional decidual em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 23 (3): 291-304. Mota, E. V. V. R. 1991. Identificação de novas unidades de conservação no Estado do Espírito Santo utilizando
Referências Benites, V.Shaefer, C.; Caiafa, Mendonça, E. S.;V. C. A. E. N.; & Ker, J. C. 2003. Solos e vegetação nos complexos rupestres de altitude da Mantiqueira e do Espinhaço. Floresta e Ambiente, 10 (1): 76-85.
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Caiafa, A. N. & SILVA, A. F. 2005. Composição florística e espectro biológico de um campo de altitude no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Minas Gerais – Brasil. Rodriguésia, 56 (87): 163-173.
Porembski, S.; Martinelli, G. & Ohlemuller, R. 1998. Diversity and ecology of saxicolous vegetation mats on inselbergs in the Brazilian Atlantic rainforest. Diversity and Distribuitions, 4: 107-119.
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IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 1987. Folha SF.34 SF.34 Rio Doce: geologia, ge ologia, geomorg eomor-
Tonhasca-Junior, A. 2005. história natural da Mata Ecologia Atlânticae. Editora Interciência, Rio de Janeiro.
fologia, vegetação e uso potencialpedologia, da terra. Projeto Radambrasil, Rio de Janeiro. 54
IPEMA 2007
Capítulo 7
Refúgio ecológico: campo de altitude Hélio Queiroz Boudet Fernandes Museu de Biologia Mello Leitão (MBML) André Moreira de Assis Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC) Luiz Fernando Silva Magnago Universidade Federal de Viçosa (UFV)
s Refúgios Ecológicos, segundo o IBGE (1983), são áreas geralmente isoladas ou relíquias de algum paleoclima que ainda estão praticamente intactos, estando situados nos pontos mais altos dos planaltos, onde estes ambientes formam agrupamentos vegetais que destoam das sinúsias dominantes da vegetação regional.
O
Figura 7.1 – Aspecto de um trecho de
Para o Estado do Espírito Santo, o IBGE (1983) menciona o Refúgio Ecológico Alto-Montano que é caracterizado por apresentar vegetação com co bertura herbáceo-graminóide e arbustiva e é encontrado em áreas revestidas por solos litólicos de embasamento cristalino, integrados aos afloramentos rochosos nos terrenos acima de 1.500 metros na Serra do Caparaó (Figura 7.1). Para o IPEMA (2005), esta região abriga a única área de Campo de Altitude existente no Espírito Santo como também é citado por TonhasTonhasca-Junior (2005), que ressalta a importância dos Campos de Altitude como
Refúgio Ecológico (Campo de Altitude) Alto-Montano na Serra do Caparaó. Foto Ludovic Kollmann Kollmann
Os Campos de Altitudes ocorrem sobre geoformas mais arredondadas de rochas graníticas e/ou rochas intrusivas ácidas ricas em sílica e alumínio, inseridos na área de abrangência da mata atlântica (senso amplo) nas escarpas mais altas e íngremes das serras do Sudeste brasileiro, apresentando uma vegetação predominantemente campestre, de características fisionômicas e ecológicas ímpares (Caifa & Silva, 2005).
centros de riqueza endemismos de espécies, mesmo ocupando áreas relativamente pequenas.
Segundo Safford (1999), os agrupamentos de vegetação nos Campos de 55
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Altitude formam um mosaico, tendo como fisionomia mais freqüente a ar bustiva bust iva inse inserida rida em uma mat matriz riz de touceiras de gramíneas, apresentando plantas herbáceas espaçadas. Estas fisionomias arbustivas e herbáceas também são mencionadas para os Campos de Altitude por Oliveira-Filho & Fluminhan-Filho (1999) e Caifa & Silva (2005) para Minas Gerais e, por Benites et al .,., (2003), para Minas Gerais e Bahia.
logia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Projeto Radambrasil, Rio de Janeiro.
Diante dessas definições, é possível que outras áreas montanhosas do Estado do Espírito Santo, além do Caparaó, abriguem campos de altitude,já que outros picos montanhosos apresentam altitudes acima de 1.500 me-
Oliveira-Filho, A. T. & Fluminhan-Filho, M. 1999. Ecologia da vegetação do Parque Florestal Quedas do Rio Bonito. Cerne, 5 (2): 51-64
tros e vegetações sobreprinrocha. Estudos mais herbáceas aprofundados, cipalmente do ponto de vista florístico e pedológico, devem dirimir essa dúvida ou ainda indicar a existência de outras regiões que também poderiam ser consideradas como Refúgios Ecológicos.
I: : An introduction to the physical environment and vegetation of the campos de altitude. Journal of Biogeography, 26: 693-712.
IPEMA (Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica). 2005. Conservação da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo: cobertura florestal e unidades de conservação (Programa Centros para Conservação da Biodiversidade Biodiversida de – Conservação Internacional do Brasil). IPEMA, Vitória, Espírito Santo.
Safford, H. D. 1999. Brazilian Páramos
Tonhasca-Júnior, A. 2005. Ecologia e história natural da Mata Atlântica. Editora Interciência, Rio de Janeiro.
Referências Benites, V. V. C.; Caiafa, Caiafa , A. N.; Mendonça, E. S.; Shaefer, Shaefe r, C. E. & Ker, Ker, J. C. 2003. Solos e vegetação nos complexos rupestres de altitude da Mantiqueira e do Espinhaço. Floresta e Ambiente, 10 (1): 76-85. Caiaf a, A. N. Caiafa, N . & SILVA, SILVA, A. F. 2005. Composição florística e espectro biológico de um campo de altitude no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia 56 (87): 163-173. IBGE (Fundação Instituto1983. Brasileiro de Geografia e Estatística). Folhas SF.23/24, SF .23/24, Rio de Janeiro/Vitória: Janei ro/Vitória: geo 56
IPEMA 2007
Parr te I I Pa
Flora Fl ora am amea eaçad çada a no no Esta Estado do do Es Espír pírito ito Sa Santo nto
Capítulo 8
Metodologia utilizada na elaboração da Lista Metodologia da Flora Ameaçada de Extinção no Espírito Santo Claudio Nicoletti de Fraga Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Marcelo Simonelli Faculdades Integradas São Pedro (FAESA) Helio Queiroz Boudet Fernandes Museu de Biologia Professor Mello Leitão
ma lista de espécies ameaçadas tem como princi-
espécies listadas pelo Herbário CVRD para a Reserva Natural Natur al da Vale
objetivo produzir um instrumentopal para conservar a biodiversidade e evitar a extinção das espécies, já que permite reunir e organizar um sistema de informações sobre as espécies de especial interesse para a conservação, além de representar um instrumento efetivo na construção de políticas públicas.
do RiodoDoce; o banco de dados completo acervo do Herbário MBML; e parte do banco de dados do HerbáHer bário VIES, da Universidade Federal do Espírito Santo.
U
Essas informações locais foram complementadas com dados sobre a flora do Espírito Santo, oriundas de coleções depositadas fora do Estado e já informatizadas como: a coleção tipo e as famílias Orchidaceae e Bromeliaceae presentes no banco de dados do Herbário HB, Herbarium Bradeanum (pois eram as únicas informatizadas naquele momento); as informações das coleções tipo do Herbário RB, herbário do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro; e a listagem das espécies ocorrentes no Espírito Santo e presentes na lista nacional de espécies ameaçadas, publicada por Mello Filho et al. (1992).
Para elaborar a lista de espécies ameaçadas do Espírito Santo, tanto de flora quanto de fauna, era necessário ter um conhecimento sobre a biologia das espécies ocorrentes no Estado. Entretanto, para a flora, a primeira preocupação foi tentar estabelecer, o mais próximo possível da realidade, quais os táxons existentes dentro dos limites do Estado. Para se alcançar esse conhecimen conhecimen-to, foram agrupadas em um banco de dados, as informações presentes na lista de espécies das restingas do Espíri-
Para todas as fontes de informa-
to publicada por Pereira & AraujoSanto, (2000) e atualizada ao longo do tempo no site www.restinga.net; as
ção foramdeterminados consideradosem apenas espécimes nível os específico ou infra-específico, permane 59
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
cendo também os materiais determinados em cf. e aff., além de táxons constantes nas fontes de informação como inéditas (espécies novas ainda não publicadas) para que os diferentes especialistas, em consulta ampla, viessem a definir sobre a inclusão ou exclusão dos táxons na listagem de espécies ameaçadas a ser confeccionada, ou mesmo dentre os táxons ocorrentes no Estado.
pécimes depositados no Herbário HB, com 329 espécies e 516 espécimes do Herbário RB, com 188 espécies. Além dessas informações, foram lançadas as 28 espécies ocorrentes no Espírito Santo presentes na lista de espécies ameaçadas do Brasil (Tabela 8.1). A soma de todas as entradas no bancoo poss banc possibil ibilitou itou um escor escoree de 14.1 14.146 46 acessos, muito aquém dos ca. 50.000 exemplares depositados nos acervos botânicos do Estado. Além disso, foi possível visualizar que nestas fontes de informação existiam 29 táxons dados ainda como não descritos pela ciência (sp. nov.) em diferentes famílias botânicas ou não possuíam seus nomes efetivamente publicados, demonstrando a
A lista das restingas capixabas (Pereira & Araujo, 2000; e parte do banco do Herbário VIES) possibilitaram 819 entradas; da lista do Herbário CVRD foram anexadas 2.009 espécies ao banco; enquanto que a partir do banco de dados do Herbário MBML foram lançadas espécies Os em herbários 10.524 espécimes 3.075 determinados. extracapixabas possibilitaram uma entrada de 1.043 espécimes, sendo 527 es-
grande necessidade as coleções capixabas venham ade serque mais bem tra balhadas balhad as taxonomic taxonomicam ament ente. e.
Tabela 8.1 - Quantificação e origem das informações para a composição do banco de dados dos espécimes e taxons do Estado do Espírito Santo. Origem da informação
Espécimes*
Taxons**
1 0. 52 4
3 . 0 75
Herbário RB
25 0
188
Herbário HB
51 6
329
2 .0 0 9
2 . 0 09
28
28
81 9
819
1 4. 14 6
6 . 4 48
Herbário MBML
Li s t a da C V R D IBAMA 1 Restingas 2 Totais
* Espécime aqui se refere ao número de entradas originadas de cada uma das fontes de informação, significando acessos de coleta apenas para as informações originadas dos herbários MBML, RB, e HB; ** Táxons aqui se referem a nomes específicos e/ou infra-específicos presentes em cada uma das fontes de informação, sendo que a soma simples não indica o número real de táxons, em virtude de um mesmo nome poder ocorrer em mais de uma base. 1- Mello-Filho, 1992; 2- Pereira & Araujo (2000) e banco de dados da UFES. 60
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Cap.88 - Metodologia utilizada na elaboração da Lista da Flora Ameaçada de Extinção no Espírito Santo Cap. Claudio Nicoletti de Fraga - Marcelo Simonelli - Helio Queiroz Boudet Fernandes
Em virtude do nome de uma espécie aparecer em mais de uma das bases utilizadas para a confecção do banco, o número de táxons levantados para confecção da base da flora do Espírito Santo não foi apenas a soma aritmética. Dessa forma, do total dos 6.448 nomes de táxons para o Espírito Santo, 2.290 apareciam em duas ou mais bases que, quando subtraídas do total, perfaziam o escore de 4.158 táxons distintos para o Estado. Após a exclusão de 45 espécies exóticas ao Estado (100 acessos), o banco ban co de dad dados os foi fin finali alizad zadoo com 4.1 4.113 13 táxons, em 204 famílias, com 14.046 acessos para a flora do Estado do Espírito Santo (Tabela 8.2).
verificou-se que as famílias que mais contribuem com número de espécies para o Estado são exatamente aquelas apontadas como as grandes detentoras de diversidade no Neotrópico, e destas apenas cinco famílias (Orchidaceae, Leguminosae, Bromeliaceae, Myrtaceae, Asteraceae) possuem mais de 1/3 dos táxons totais do Estado (1.457 táxons) que, quando somadas com as outras sete famílias mais importantes em número de espécies (Rubiaceae, Melastomataceae, Euphorbiaceae, Cyperaceae, Bignoniaceae, Sapindaceae e Lauraceae), alcançam mais da metade (2.084 táxons) da flora do Estado (Figura 8.1). Na tabela de ACESSOS, as mesmas cinco famílias mais ricas em nú-
Dessa forma, o banco de dados das espécies do Espírito duas tabelas: uma comSanto todosapresentava as entradas possíveis, oriunda das diversas fontes de informação, independentemente do táxon ser citado mais de uma vez, denominado de ACESSOS, com 14.046 entradas; e outra denominada “Espécies”, com 4.113 entradas, com o nome de todos os táxons constantes na lista anterior, mas aparecendo apenas uma só vez.
mero de ESPÉCIES são também aquelas que possuem maior número de acessos, mudando apenas a ordem de importância (Orchidaceae, Bromeliaceae, Myrtaceae, Leguminosae, Asteraceae), possuindo também mais de 1/3 (5.819 acessos) dos acessos identificados do Estado, sendo que Orchidaceae possui 1/6 (2.490) de todo o material utilizado nesta análise. Quando agrupadas com outras quatro famílias (Arecaceae, Rubiaceae, Melastomataceae e Begoniaceae),
Com base nas informações do banco de dados da flora do Espírito Santo,
Tabela 8.2 8 .2 - Quantificação dos táxons ocorrentes no Espírito Santo Origem da informação
Táxons*
Nomes de espécies totais nas diferentes bases
6 .4 4 8
Nomes de espécies em comum nas diferentes bases
2 .2 9 0
Total de nomes de espécies para o Espírito Santo
4 .1 5 8
Espécies exóticas a serem excluídas
45
Total de espécies para o Espírito Santo
4 .1 1 3
* Táxons aqui se referem a nomes específicos e/ou infraespecíficos. 61
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Figura 8.1 – Famílias mais importantes em números de espécies da flora do Espírito Santo (1. Orchidaceae, 2. Leguminosae, 3. Bromeliaceae, 4. Myrtaceae, 5. Asteraceae, 6. Rubiaceae, 7. Melastomataceae, 8. Euphorbiaceae, 9. Cyperaceae, 10. Bignoniaceae, 11. Sapindaceae, 12. Lauraceae e 13. demais 192 famílias botânicas).
de coleta tenham maior interesse em coletá-las, ampliando o esforço de coleta local de material botânico destas famílias, demonstrando a grande necessidade de se intensificarem as co-
alcançam mais da metade dos acessos utilizados util izados na análise (Figura 8.2). Na Figura 8.2 são apresentadas as 12 famílias que possuem o maior número de acessos paraque, o Espírito Santo. Pode-se observar algumas famílias muito numerosas em espécie, são suplantadas por famílias que possuem menor riqueza no Estado – em função de serem trabalhadas por especialistas ao longo dos últimos tempos – e possuírem maior número de espécimes identificados (os levados em consideração nesta análise). Este fato possibilita que as equipes locais
letas e os estudos das famílias que não possuem especialistas próximos aos Herbários locais. Dessa forma, as famílias que têm um especialista sempre à frente de coletar ou receber o material coletado para estudo, possuem maior representatividade nas coleções, como em Orchidaceae, coletadas por Roberto Kautsky e trabalhadas por Pabst (acer-
Figura 8.2 - Famílias mais importantes em números de acessos da flora do Espírito Santo (1. Orchidaceae, 2. Bromeliaceae, 3. Myrtaceae, 4. Leguminosae, 5. Asteraceae, 6. Palmae, 7. Rubiaceae, 8. Melastomataceae, 9. Begoniaceae, 10. Araceae, 11. Malpighiaceae, 12. Piperaceae e 13 demais 192 famílias botânicas). 62
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Cap.88 - Metodologia utilizada na elaboração da Lista da Flora Ameaçada de Extinção no Espírito Santo Cap. Claudio Nicoletti de Fraga - Marcelo Simonelli - Helio Queiroz Boudet Fernandes
vo informatizado do Herbário HB), além daquelas coletadas e trabalhadas por Claudio Nicoletti de Fraga, Ludovic Kollmann e André Paviotti Fontana; Bromeliaceae, coletadas por Roberto Kautsky e coletadas e trabalhadas por Edmundo Pereira e Elton Leme (também pertencentes ao acervo ac ervo informatizado do Herbário HB) e, mais recentemente, as coletas executadas por Ludovic Kollmann, André Paviotti Fontana e Claudio Nicoletti de Fraga e trabalhadas em conjunto com Elton Leme; Myrtaceae, coletadas pelas equipes dos herbários do Estado e tra balhadas por por Graziela Graziela Maciel Barroso, Ariane Luna Peixoto (Herbário CVRD) e Marcos Sobral (Herbário MBML, VIES e CVRD); Palmae, coletadas e tra-
ria ser feito de forma que possibilitasse a comparação com listas produzidas em outros Estados, assim como a nacional e a mundial. A elaboração da Lista de Flora Ameaçada de Extinção no Espírito Santo foi iniciada com um Workshop realizado no dia 16 de agosto de 2003, nas dependências do Museu de Biologia Prof. Mello Leitão, com a presença dos coordenadores do Grupo Flora, ainda sem uma definição de como seriam trabalhadas as espécies por grupo, além dos coordenadores gerais do projeto. Os trabalhos seguiram o Roteiro Metodológico para Ela boraçãoo de Listas boraçã L istas de Espécie Esp éciess AmeaAmea çadas de Extinção (Lins et al., 1997),
balhadas por Helio de Queiroz Boudet Fernandes; Melastomataceae, coletadas, especialmente, pela equipe do Herbário MBML e trabalhadas por Renato Goldenberg; Begoniaceae, coletadas e trabalhadas por Ludovic Kollmann; Araceae, coletadas pelas equipes dos herbários CBRD, MBML e VIES e trabalhadas por Marcus Nadruz; Malpighiaceae, coletadas pelas equipes dos Herbários CVRD, MBML e VIES e trabalhadas por André Amorim; e Piperaceae, coletadas pelas equipes dos herbários CVRD, MBML e VIES e trabalhadas por Elsie Franklin Guimarães.
que definee final. três etapas: preparatória, decisória
Etapa preparatória Definição dos critérios e categorias: Inicialmente Inicialmente foi estudada a possi bilidade de se utilizar uti lizar os métodos mét odos de Mendonça & Lins (2000) para a confecção da lista de espécies da flora ameaçadas de Minas Gerais e os critérios utilizados por Fraga (2000) para as Orchidaceae das restingas do Espírito Santo, por considerá-los mais eficientes para análise de plantas do que os critérios da IUCN (2001). Porém, o Grupo Flora também optou por utilizar os critérios e as categorias propostos pela União Mundial para a Natureza, IUCN (2001) versão 3.1, sem qualquer modificação, como o adotado pelo Grupo Fauna.
Após construir as bases necessárias para ampliar o conhecimento dos táxons presentes no Espírito Santo, era necessário obter o conhecimento biológico sobre as espécies dessa flora e, para isso, foi reunido maior número de pesquisadores e conhecedores desta flora para que a avaliação fosse fei-
Esse entendimento se deu em função de ampliar a possibilidade de com-
ta de forma ampla e segura. Ao mesmo tempo, o enquadramento nas categorias de ameaça dos táxons deve-
paração entre osSanto resultados da listagem do Espírito com outras listas congêneres em nível nacional e 63
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Regionalmente Extinto na Natureza (EW) - Um táxon está regionalmente extinto na natureza quando so brevive apenas em cultivo ou quando as populações naturalizadas vivem completamente fora de sua distribuição original. Assim, Regionalmente Extinto na Natureza não é uma categoria de de ameaça, pois as populações naturais não mais existem.
internacional, mesmo sem os critérios da IUCN serem direcionados para analisar, de forma precisa e rigorosa, a realidade do conhecimento atual da flora do Estado. As categorias adotadas para elaboração desta lista são apresentadas na Figura 3. Essas definições referem-se exclusivamente à situação dos táxons no Estado do Espírito Santo, independentemente do seu status em outros Estados, ou na escala nacional ou mundial. As definições abaixo seguem a IUCN (2001) e Gardenfors et al . (2001).
Regionalmente Extinto (RE) - Um táxon está regionalmente extinto
Criticamente em Perigo (CR) - Um táxon está Criticamente em Perigo quando a melhor evidência disponível indica que ele se enquadra em qualquer um dos critérios de A a E para Criticamente em Perigo (Tabela 3) e que deve ser considerado um táxon que enfrenta um risco extremamente
quando não háindivíduo razoável dúvida de que o último potencialmente capaz de reprodução no Estado morreu ou desapareceu. Assim, Regionalmente Extinto não é uma categoria de ameaça, pois as populações naturais não mais existem.
alto de extinção na natureza. Em Perigo (EN) - Um táxon está Em Perigo quando a melhor evidência disponível indica que ele se enquadra em qualquer um dos critérios de A a E para Em Perigo ( Tabela 8.3 8 .3) e
Figura 8.3 – Esquema das categorias de ameaça adotado na Lista da Flora Ameaçada no Espírito Santo, adaptado da IUCN (2001). 64
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Cap.88 - Metodologia utilizada na elaboração da Lista da Flora Ameaçada de Extinção no Espírito Santo Cap. Claudio Nicoletti de Fraga - Marcelo Simonelli - Helio Queiroz Boudet Fernandes
que deve ser considerado um táxon que enfrenta perigo muito alto de extinção na natureza.
res do Grupo Flora trabalharam juntos e elaboraram a lista de espécies candidatas a partir da confecção do banco de dados da flora do Espírito Santo, sendo que o primeiro passo foi retirar os táxons que possuiam ampla distibuição no estado do Espírito Santo, táxons comuns em ambientes perturbados e os táxons cujas populações são predominantemente de estados limítrofes e estão em expansão no estado. Com base nesses critérios, os coordenadores fizeram uma avaliação geral das espécies, resultando em uma lista de 3.328 espécies candidatas.
Vulnerável (VU) - Um táxon está Vulnerável quando a melhor evidência disponível indica que ele se enquadra em qualquer um dos critérios de A a E para Vulnerável (Tabela 3) e que deve ser considerado um táxon que enfrenta um alto risco de extinção na natureza. Baixo Risco (LR) - Um táxon está na categoria Baixo Risco quando a melhor evidência disponível indica que ele não se enquadra em qualquer um dos critérios de A a E para Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vul-
Assim como para fauna, o grupo de flora preocupou-se em não produzir uma lista muito extensa, que difi-
nerável (Tum abela 3) e que ser considerado(Tabela táxon que deve enfrenta um baixo risco de extinção na natureza. nature za.
cultasse e/oudos desestimulasse análise por parte especialistas aa serem consultados. Entretanto, em virtude da especialidade botânica trabalhar com grupos taxonômicos em nível de família (diferente do que ocorre em faufa una onde se trabalha em nível de Ordem), a listagem de Angiospermas teve que ser fragmentada em pequenos bancos com as planilhas ESPÉCIES e ACESSOS, totalizando 158 bancos menores, o que facilitaria a resposta por parte dos especialistas.
Deficiente em Dados (DD) - Um táxon está na categoria Deficiente em Dados quando as informações existentes sobre ele são inadequadas para se fazer uma avaliação direta ou indireta sobre seu risco de extinção com base em sua distri distribuição buição e/ou status de suas populações. Um táxon nesta categoria pode ser bem estudado e sua biologiaa ser biologi s er bem conheci conhecida, da, mas faltam informações apropriadas sobre sua abundância e/ou distribuição geográfica. Assim, a categoria Deficiente em Dados não é uma categoria de ameaça. A colocação de um táxon nesta categoria indica que mais informações são necessárias sobre ele, reconhecendo-se a possibilidade de futuras pesquisas mostrarem que o táxon se enquadra em alguma das categorias de ameaça.
Para as Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas não houve a divisão do banco em famílias em função f unção do menor número de informações no banco e por terem sido subcoordenadas por Olga Yano, Lana da Silva Silvestre e Claudio Fraga, respectivamente. A tabela ESPÉCIES continha as colunas: família, gênero, termo específico, autor, subespécie ou variedade, autor da subespécie ou variedade, status sugerido e comentário. Os dois últimos estavam preenchidos tempo-
Elaboração da relação das espécies candidatas à lista: Os coordenado65
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Tabela 3 – Sumário das categorias e critérios utilizados pela IUCN (extraído de Fundação Biodiversitas). Critérios
Vulnerável
Em perigo
Criticamente em perigo
1 - Redução já ocorrida. Causas de redução reversíveis, bem conhecidas e já ausentes. Taxa de redução de
50% em dez anos ou três gerações
70% em dez anos ou três gerações
2 - Redução já ocorrida. Causas de redução ainda atuantes ou pouco conhecidas ou irreversíveis. Taxa de redução igual a
maior ou igual a 30%
maior ou igual a 50%
maior ou igual a 80%
çãoos p1r0ojaentoads aoupaerm a o3s- pRreódxuim três gerações. Taxa de redução igual a:
igm ualioar 3o0u%
igm ualioar 5o0u%
u igum alaaio8r0o%
4 - Redução já ocorrida e projetada envolvendo período de 10 anos ou três gerações. Taxa de redução igual a:
maior ou igual a 30%
maior ou igual a 50%
maior ou igual a 80%
A. População em declínio Redução populacional (observada, estimada,com inferida ou suspeita) base em qualquer um dos itens abaixo 90% em dez anos ou três gerações
a - Observação direta b- Índice Índic e de abundância apropriado para o táxon c- Declínio na área de ocupação, extensão da ocorrência do habitat e/ou qualidade d- Níveis reais ou potenciais de exploração e- Efeitos da introdução de taxa, hibridização, patógenos, poluentes, competidores ou parasitas
B. Distribuição restrita e declínio ou flutuação 1 - Extensão da ocorrência:
< 20.000 km2
< 5.000 km2
< 100 km2
2 – ou área de ocupação: e pelo menos duas das três características seguintes:
< 2.000 km2
< 500 km2
< 10 km2
Não mais que 10 localidades
Não mais que 5 localidades
a – Distribuição geográfica altamente fragmentada. Táxon assinalado em:
66
Uma só localidade
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Cap.88 - Metodologia utilizada na elaboração da Lista da Flora Ameaçada de Extinção no Espírito Santo Cap. Claudio Nicoletti de Fraga - Marcelo Simonelli - Helio Queiroz Boudet Fernandes
Critérios b – Diminuição Di minuição contínua em:
Vulnerável
Em perigo
Criticamente em perigo
Qualquer taxa
Qualquer taxa
Qualquer taxa
Qualquer taxa
Qualquer taxa
Qualquer taxa
(I) Extensão da ocorrência (II) Área de ocupação Área, extensão (III) qualidade do habitate/ou
(IV) Número de localidades ou subpopulações (V) Número de indivíduos adultos c – Flutuações extremas na distribuição geográfica:
C. Tamanho populacional reduzido e em declínio Populações estimadas em: e uma das seguintes situações:
< 10.000
< 2.500
10%em 10 anos ou 3 gerações
20%em 5 anos ou 2 gerações
(I) N Neenhuma subpopulação com mais de:
1000
250
(II) N Nú úmero de indivíduos em e m uma subpopulação:
100%
pelo menos 95%
Qualquer taxa
Qualquer taxa
1 - Declínio populacional contínuo estimado em: 2 - Declínio populacional contínuo em pelo menos uma das seguintes situações:
< 250 25%em 3 anos ou 1 geração
a - Populações estruturadas da seguinte forma:
b - Flutuações populacionais populaci onais extremas
D. Tamanho populacional reduzido e restrito Número de indivíduos < 1.000(1) maduros: Ou para a categoria área de ocupação vulnerável (2): de 20 km2 ou cinco ou menos localidades. O táxon pode ser afetado por atividades antrópicas ou eventos estocásticos em período muito curto de tempo, podendo assim tornar-se criticamente em perigo ou mesmo extinto. E. Análise quantitativa Propabilidade de extinção na natureza
> ou = 10% em 100 anos 67
< 250
> ou = 20% em 20 anos ou 5 gerações
50 pelo menos 90% Qualquer taxa
< 50
> ou = 50%em 10 anos ou 3 gerações
IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
rariamente com indicações da coordenação apenas como forma de análise prévia, tendo que ser avaliados e preenchidos pelos especialistas (Figura 8.4). Nessa tabela estava a totalização dos táxons de um determinado grupo, no caso das Angiospermas, famílias. A tabela ACESSOS continha as colunas: família, gênero, termo específico, autor, subespécie ou variedade, autor da subespécie ou variedade, município, localidade, coletor, número e sigla da origem da informação (Figura 8.5), servindo para suprir os especialistas de dados sobre a representatividade dos táxons nas coleções e de sua distribuição no estado.
Dados (DD). De posse desta lista, os coordenadores realizaram uma criteriosa avaliação das espécies candidatas, visando enquadrá-las em categorias de ameaça que refletiam seu status de conservação no Estado, seguindo os critérios e categorias da IUCN (2001), não sendo, entretanto, eliminada nenhuma espécie em virtude dos coordenadores terem classificado o táxon como Baixo Risco, ficando na dependência dos especialistas ou para o Workshop final a decisão de excluí-la.
As espécies não eliminadas do
Seguindo as recomendações da IUCN, assim como para o grupo de fauna, os métodos envolvendo estimativas, inferências e projeções foram fora m per-
banco de dadospelos na primeir primeira a análisee foram julgadas coordenadores sugeridos alguns critérios de ameaça para alguns táxons ou enquadradas temporariamente em Deficiente em
feitamente Nesse caso, poderiam seraceitáveis. feitas extrapolações de ameaças atuais, potenciais para o futuro ou de fatores relacionados à abundância e distribuição do táxon, desde
Figura 8.4 – Banco de dados da flora do Espírito Santo, tabela ESPÉCIES, analisado pelos coordenadores coordenador es e enviados posteriormente para o especialista. Exemplo: família Acanthaceae, Mendoncia velloziana (linha 37, marcada de laranja) 68
68 IPEMA 2007
Cap.88 - Metodologia utilizada na elaboração da Lista da Flora Ameaçada de Extinção no Espírito Santo Cap. Claudio Nicoletti de Fraga - Marcelo Simonelli - Helio Queiroz Boudet Fernandes
que elas pudessem ser razoavelmente sustentadas. O nível de ameaça de uma espécie deveria ser avaliado levando-se em conta apenas a sua situação no estado do Espírito Santo. Para exemplificar este processo, pode-se observar o caso de Mendoncia velloziana Mart. (Acanthaceae) na ta bela ESPÉCIES, ESPÉCIES, julgada pelos coordenadores como Baixo Risco (LR), com a observação: espécie de ampla distribuição, em referência aos ecossitemas do estado (Figura 8.4). Se chegou a essa conclusão em função da consulta da ta belas de ACESSOS (Figura 8.5), onde o táxon aparecia presente nas restingas do estado (Pereira & Araujo, 2000), nas florestas de tabuleiro (CVRD-Lis-
pteridófitas, em 19 famílias; duas gimnospermas, em duas famílias e 3.111 angiospermas, em 156 famílias, sendo dessas 887 monocotiledôneas em 27 famílias e 2.224 entre os demais grupos de angiospermas em 129 famílias.
Consulta ampla a especialistas: A lista de espécies candidatas com a categoria de ameaça proposta foi encaminhada para os especialistas. Entretanto, diferente do que ocorreu com o grupo de fauna, a confirmação do status sugerido seria feito diretamente na coluna de status, não sendo adotado um “Formulário/Consulta”, pois o banco de dados continha as tabelas ESPÉCIES e ACESSOS ( Fi-
ta) e na atlântica de encosta (material demata herbário do MBML).
guras 8.5), o que facilitaria a resposta 8.4 doseespecialistas.
Das 3.328 espécies candidatas, 60 eram briófitas, em 26 famílias; 153
Além do banco de dados das espécies candidatas, foi também envia-
Figura 8.5 – Banco de dados da flora do Espírito Santo, tabela ACESSOS, analisado pelos coordenadores e enviados posteriormente para os especialistas. Exemplo: família Acanthaceae,, Mendoncia velloziana (linhas 125 a 127, marcadas de laranja). Acanthaceae
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
do um sumário das categorias e critérios utilizados pela IUCN (Tabela 8.3) juntamente com uma carta que continha as formas de se melhor trabalhar com o banco de dados, além da indicação de que qualquer inclusão deveria ser feita ao final da tabela ESPÉCIES, de que as exclusões não seriam necessárias, bastando indicar que a espécie encontrava-se em baixo risco de extinção, e de que todas as modificações deveriam ser feitas em negrito de forma a diferenciar do arquivo enviado, como no exemplo da resposta do Vinicius Vinicius Castro Souza para as Scrophulariaceae (Figura 8.6).
informações sobre as espécies constantes na lista, envolvendo um maior número de estudiosos.
A consulta foi feita via internet, e os especialistas foram orientados para
Das consultas enviadas apenas 42 foram respondidas, com 30 respondi-
encaminharem suasposteriormente avaliações parare-o IPEMA para serem passados para os coordenadores. O objetivo desta consulta foi ampliar as
das de forma a partir de contato diretodigital com eo 12 especialista. Observou-se que alguns especialistas convidados para participar do
Nessa consulta, foram enviados 161 bancos de dados (um de briófitas, um de pteridófitas, um de gimnosperma e 158 de angiospermas) para 181 especialistas, com alguns especialistas respondendo por mais de um grupo botânico, normalmente famílias próximas taxonomicamente, além de terem sido enviadas algumas famílias para serem respondidas por mais de um especialista, sendo, dessa forma, feitas 239 consultas.
Figura 8.6 – Resposta dada pelo especialista Vinícius Castro Souza para as Scrophulariaceae da lista de espécies candidatas, demonstrando as inclusões (linhas 19 a 24, marcadas de laranja), algumas correções de grafia de nomes de espécies (linha 13) e de nomes de autores de espécies (linhas 8, 14, 15 e 18), estando todas as modificações em negrito.
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Cap.88 - Metodologia utilizada na elaboração da Lista da Flora Ameaçada de Extinção no Espírito Santo Cap. Claudio Nicoletti de Fraga - Marcelo Simonelli - Helio Queiroz Boudet Fernandes
Workshop final não responderam à consulta enviada, optando por levarem seus arquivos respondidos apenas para o evento, o que impossibilitou uma maior eficiência do número de espécies retiradas pela consulta ampla. Atualização da base de dados para o workshop: De posse de todas as sugestões encaminhadas pelos especialistas nos bancos de dados iniciais, os coordenadores do Grupo Flora compilaram os dados e preparam a lista das espécies e seu enquadramento nas categorias da IUCN (2001) para ser apresentada e discutida na etapa decisória. Com os dados obtidos nas respostas da consulta ampla restaram para ser avaliadas no workshop 3.285 espécies, para um total de 20 horas de trabalho, o que siginificava avaliar ca. 3 (2,75) espécies por minuto. O grande número de espécies para ser avaliado no workshop foi causado tanto pelas inclusões ocorridas ao longo da consulta ampla como pela inexperiência de todos os envolvidos no processo (coordenadores e especialistas) em aplicar os critérios da IUCN para plantas, visto este não ser adaptado para o conhecimento atual sobre plantas tropicais. Desta forma, verificou-se que um grande número de espécies permaneceu nas categorias de Baixo Risco (LR) e Deficiência de Dados (DD).
trabalhos. Após a abertura do Workshop com autoridades estaduais e nacionais, os especialistas ocuparam uma sala ampla, não ocorrendo a divisão por grupos taxonômicos em função da quantidade de táxons para serem analisados. Os coordenadores formaram pequenos grupos e dividiram os bancos de dados, compilados das respostas obtidas na consulta ampla, em função do conhecimento de cada pequeno grupo de especialistas, que, após análise detalhada, decidiram pelo seu status de conservação, enquadrando-as nas categorias propostas pela IUCN (2001). Após as conclusões do Grupo Flora, os resultados foram relatados por um dode s coordenadores plenáriados encerramento na do sessão Workshop para conhecimento e homologação por todos os participantes. Neste momento, surgiram as discussões gerais sobre as espécies e os problemas relacionados a elas, como o caso de se aceitar as espécies vegetais presentes nas ilhas oceânicas como fazendo parte da flora presente no domínio da Mata Atlântica do estado, como havia sido trabalhado pelo Grupo Flora ao longo do Workshop.
Etapa final
Esta etapa foi realizada em um Workshop em Vitória-ES, no período de 13 a 15 de outubro de 2004, no qual
Por fim, a lista de táxons, com sua categoria de ameaça e critérios, foi organizada e encaminhada aos coordenadores novamente para que fizessem uma revisão minuciosa, principalmente quanto à grafia. Para sua oficialização, a lista foi encaminhada em março de 2005 para o CONSEMA, tendo
participaram três coordenadores, 22 especialistas convidados de 15 instituições e um monitor para auxiliar os
o1499-R decretosido estadual de homologação Nº assinado pelo governador do Estado no dia 11 de ju-
Etapa decisória
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
nho de 2005, no Museu de Biologia Prof. Mello Leitão e publicado no Diário Oficial Estadual no dia 14 de junho de 2005. Após isto, o IPEMA disponibilizou em seu site www.ipema-es.org.br.
Agradecimentos aos curadores dos Herbários CVRD, VIES, MBML, RB e HB por disponibilizarem os dados para confecção das bases de dados utilizadas na confecção da lista de espécies ameaçadas do Espírito Santo e à Mariana Machado Saavedra pela avaliação ava liação crítica e sugestões suge stões ao ao manuscrito.
Referências Fraga, C.N. 2000. Ecologia, fitogeografia e conservação das Orchidaceae da restinga do Estado do Espírito Santo. Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dissertação de mestrado. 170 p. Gardenfors, U.; Hilton-Taylor, C.; Mace, G.M. & Rodriguez, J.P. (2001). The Application of IUCN Red List Criteria at Regional Levels. Conservation Biology 15 (5): 1206-1212. IUCN. (2001). IUCN Red List Categories and Criteria: Version 3.1. IUCN Species Survival Commission. IUCN, Gland, Switzerland and Cambridge, UK. 30 p. Lins, L.V.; Machado, A.B.M., Costa, C.M.R. & Herrmann, G. 1997. Roteiro metodológico para elaboração de listas de espécies ameaçadas de extinção. Belo Horizonte, Fundação Biodiversitas, 55 P. Mello-Filho, L.E., Somner, G.V. G.V. & Peixoto, A.L. 1992. Centuria plantarum
br asil bras ilie iens nsis is ex exst stin inti tion onis is mi mini nita tata ta.. Sociedade Botânica do Brasil-SBB / IBAMA. 167 p. Mendonça, M.P M.P.. & Lins, Lins , L.V. L.V. 2000. Introdução. In: Mendonça, M.P. M.P. & Lins, L.V.. (orgs.) Lista vermelha das espéL.V cies ameaçadas de extinção da flora de Minas Gerais. Belo Horizonte: Fundação Biodiversitas, Fundação ZooBotânico de Belo Horizonte. 157 p. Pereira, O.J. & Araújo, D.S.D. 2000. Análise florística das restingas dos Estados do Espírito Santo e Rio de Jane Ja neir iro. o. In In:: Eco E colo logi giaa de d e Res R esti ting ngas as e Lagoas Costeiras. Rio de Janeiro, Esteves, F.A. & Lacerda, L.D. (eds.), p. 25-63.
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Capítulo 9
Situação atual da flora ameaçada no Espírito Santo Santo Marcelo Simonelli Faculdades Integradas São Pedro (FAESA) Claudio Nicoletti de Fraga Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Helio Queiroz Boudet Fernandes Museu de Biologia Professor Mello Leitão (MBML)
Brasil é um país privilegiado em relação à diversidade de
tem transformado as áreas de florestas tropicais nas regiões mais ameaçadas
biomas, sendo possivelmente o seus país com maior biodiversidade do planeta. Segundo Myers et al . (2000) é um dos principais países entre aqueles detentores de megadiversidade, possuindo entre 15% e 20% do total de espécies do planeta, distribuídas entre diversos tipos de ecossistemas. Alguns destes ecossistemas, como a Mata Atlântica foram muito mais degradados do que outros mas, apesar disso, apresenta ainda uma magnífica biodiversidade (Camargo et al .,., 2002).
do planeta em1988). termos de perda de espécies (Lugo,
O
Gerir essa riqueza demanda ações urgentes fundamentadas em uma metodologia de conservação, espelhada em políticas públicas que representem as aspirações da sociedade, dada a intensa e rápida destruição de habitats no globo (Wilson, 1988). Os fatores mais importantes no estudo florístico para análise de conservação em regiões tropicais residem no fato de que é
O complexo vegetacional denominado Mata Atlântica, que outrora recobria a parte do litoral brasileiro se adentrando pelo continente em uma área de 1.360.000 Km² (16% do território brasileiro), representa uma destas florestas tropicais consideradas entre as mais ameaçadas amea çadas do mundo (Scarano, 2002). Extensas matas foram reduzidas a um conjunto de pequenos fragmentos que podem sofrer processos de erosão de diversidade biológica biológi ca em grande gra nde escala esc ala (Fonseca, (Fons eca, 1992), conseqüência de cinco séculos de ocupação desordenada que teve início com o extrativismo do pau-brasil, expandiu-se para outras madeiras e, posteriormente, para a agricultura e a pecuária. Segundo Peixoto et al . (2002), não existem dados efetivamente confiáveis sobre a superfície total remanescente e os
nesta do mundo ocorre a maior porção sobreposição entreque diversidade biológica e pressão antrópica, o que
autores a esse valor, valor que estádivergem entre 5%quanto e 15%, sendo os, resíduos florestais, muitas vezes, pe-
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
quenos fragmentos disju disjuntos ntos e florisfl oristicamente empobrecidos. Nesse contexto, a Mata Atlântica foi inserida como um dos 25 hotspots, sendo considerado um dos mais ricos e ameaçados ecossistemas do mundo (Myers et al .,., 2000). A inclusão da Mata Atlântica como um dos hotspots é facilmente justificável pelo: 1) seu estado de conservação com uma co bertura total de apenas 6% 6% de sua área original (Mittermeier et al .,., 1999); 2) alta diversidade biológica somando cerca de 20.000 espécies de plantas vasculares e 1.361 espécies de verte brados (exceto peixes) e 3) com alto grau de endemismo: 6.000 de plantas vasculares e 546 de vertebrados (Myers
et al .,., 2000). A cobertura vegetal do Espírito Santo, antes praticamente toda reco berta pela Mata Atlânt Atlântica, ica, tem uma história de devastação cujos registros remontam aos do início de sua colonização, fato que lastimavelmente une todo o território do Brasil por um trágico passado comum, responsável pelo desaparecimento assombroso das formações vegetais existentes (Silva, 1986). Apesar disso, mesmo sendo um Estado relativamente pequeno (46.184,1 Km2), o Espírito Santo detém uma grande biodiversidade. Isso se deve em parte às diversas fisionomias encontradas no Estado, moldadas pelas variações altimétricas, geomorfológicas, pedológicas e climatológicas existentes. Preocupados com esse processo de degradação que não ocorre somente no Espírito Santo e no Brasil, mas em todo o nosso planeta, vários órgãos governamentais têm tomado iniciativas visando a elaboração de listas mundiais, nacionais e regionais de
espécies ameaçadas de extinção, que têm sido cada vez mais usadas para contribuir significativamente na conservação das espécies e de seus ecossistemas, servindo para nortear trabalhos de avaliação e análise ambiental, de escolha de áreas prioritárias para conservação e definição de zoneamento de unidades de conservação e de educação ambiental. A primeira lista de espécies da flora ameaçada de extinção para o Brasil foi elaborada pelo então Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), em 1968, e constava de apenas 12 espécies. Posteriormente, em 1980, mais uma espécie foi acrescentada à lista. Em 1992, já adotando critérios similaresdo aosBrasil da IUCN, dade Botânica (SBB)a Socieelaborou uma listagem contendo 100 espécies candidatas a serem adotadas como ameaçadas de extinção pelo Brasil (Mello Filho, 1992). Este número foi acrescido de mais sete plantas e, segundo a portaria Ibama n0 6-N, de 15 de janeiro de 1992, no Brasil, existem 107 espécies ameaçadas reconhecidas oficialmente. Atualmente, esta lista já se encontra totalmente defasada e em vias de reformulação. Recentemente (em 2005) foi realizado realiz ado um Workshop em Belo Horizonte (MG), organizado pela Fundação Biodiversitas em que os pesquisadores de todo o Brasil e do exterior estiveram presentes e elaboraram uma lista atualizada. Esta lista possui 1.560 espécies e foi enviada aos órgãos competentes, que poderão adotá-la como a lista oficial da flora brasileira ameaçada de extinção (www.biodiversitas.org.br). No Espírito Santo, o Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica (IPEMA) ficou responsável pelo projeto deno-
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Cap.99 - Situação atual da flora ameaçada no Espírito Santo Cap. Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga - Helio Queiroz Boudet Fernandes
minado “Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica do Estado do Espírito Santo”, que compreendeu três subprojetos, sendo o primeiro deles a elaboração das Listas de Espécies da Flora e Fauna Ameaçadas de Extinção. Esta etapa culminou com a realização, em outubro de 2004, de um Workshop com função decisória para a elaboração das referidas listas, seguindo-se a metodologia apresentada em Fraga et al. (ver capítulo 8). A lista elaborada foi encaminhada aos organismos competentes e posteriormente foi legalmente reconhecida pelo Decreto Estadual nº 1499-R e publicada no Diário Oficial do Estado, em 14 de junho de 2005, e homologa a Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção no Espírito Santo. Esta lista contém 776 espécies (entre ameaçadas, extinta localmente na natureza e extintas localmente).
se sabe se os espécimes cultivados são oriundos das extintas populações naturais do Estado. O número de espécies ameaçadas listadas para o Espírito Santo (753) equivale a 49% do número total (1.537) proposto para o Brasil (www.biodiversitas.org.br) (www .biodiversitas.org.br) e a 9% do total de espécies ameaçadas (8.321) citadas pela IUCN para o mundo (Baillie et al .,., 2004). Isso não significa que são as mesmas espécies, pois uma espécie pode estar regionalmente ameaçada, porém em escala nacional ou internacional, nem sempre é incluída entre as ameaçadas. Apesar disso, esses dados são alarmantes, pois demonstram que um Estado tão pequeno como o Espírito Santo possui quase a metade do número total de espécies ameaçadas proposto para o Brasil, reflexo de anos de exploração indiscriminada de nossos ambientes naturais. Por outro lado, no entanto, demonstram a importância da conservação do que ainda resta da diversidade vegetal. Infelizmente, poucos são os remanescentes florestais localizados em unidades de conservação. Segundo dados do IPEMA (2005), o Espírito Santo possui apenas cerca de 3% de sua área em unidades de conservação.
A primeira coisa que chama a atenção na lista é o seu elevado número de espécies, fato preocupante e que, sem dúvida, reflete a realidade em que vivemos. O Estado ainda possui uma elevada diversidade florística, porém essa diversidade sofreu e ainda sofre elevado processo de erosão, correndo sérios riscos de deixar de existir. Exemplo disso são os 23 táxons (2,9%) citados como extintos localmente, ou seja, não ocorrem mais em populações naturais em nosso Estado. Destes, 21 táxons podem ser considerados extintos na natureza, pois eram espécies endêmicas do Espírito Santo e apenas a Araucaria angusti folia (Bertol.) Kuntze e Hadrolaelia virens (Lindl.), Chiron & V. P. Castro,
Destruição e degradação de ha bitats: Sem dúvida nenhuma, no Es-
podem ser encontradas em populações naturais em outros Estados ou cultivadas no Espírito Santo. Porém, não
pírito Santo esta foi a maior causa da diminuição de diversidade e, conseqüentemente, do aumento no número
Vale ressaltar que o número de espécies ameaçadas é reflexo da própria história do uso e da ocupação do solo em nosso Estado. Segundo a IUCN (Baillie et al .,., 2004), os principais fatores responsáveis pela extinção de espécies em nível mundial são:
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
de espécies ameaçadas, visto que o Estado passou por vários ciclos desde o início da ocupação portuguesa (como o da exploração madeireira, da agricultura principalmente cafeeira, da pecuária, da industrialização e dos “reflorestamentos” homogêneos). Isto fez com que o Espírito Santo, que possuía aproximadamente 90% de seu território coberto pela Floresta Atlântica, apresente atualmente cerca de 7% de cobertura original (IPEMA, 2005).
Sobre-exploração: É também um fator que merece destaque com relação à flora. Exemplo disso é que das 753 espécies de flora ameaçadas de extinção, destacam-se as pertencentes às famílias Orchidaceae (205 espécies ou 27,2%, além de cinco extintas) e Bromeliaceae (102 espécies ou 13,5%), sendo, portanto, as famílias com maior número de espécies ameaçadas no Estado e, notadamente, as que sofrem as maiores pressões exploratórias para fins ornamentais.
Invasão de “espécies alienígenas”: As atividades agrícolas presentes no Espírito Santo nunca priorizaram o uso racional de espécies nativas. Isto não é exclusividade do Espírito Santo. Só para se ter uma idéia, dados revelam que menos de 20 espécies de plantas produzem a maior parte do alimento mundial e as quatro principais espécies em carboidratos (trigo, milho, arroz e batatas) alimentam mais pessoas do que as 16 plantações seguintes mais importantes juntas (Witt, 1985). Além delas, espécies plantadas para outros fins, como industriais, pecuária e ornamentais ou até mesmo algumas que são muito utilizadas em projetos de recuperação de áreas degradadas (como Acacia auriculiformis A. Cunn. ex Benth. e Leu-
caena leucocephala (Lam.) de Wit) são exóticas e, em situações de descontrole, podem invadir áreas naturais e competir com espécies nativas. Somase a isso o fato de que muitas espécies foram introduzidas acidentalmente, como várias gramíneas que vieram nos porões dos navios negreiros.
Outras causas: Outros fatores tam bém podem estar relacionados às extinções tanto em nível global como local. Os principais são: doenças; poluição e contaminação; mortalidade acidental e mudanças climáticas. Quando comparadas às categorias das espécies ameaçadas ( Figura 9.1), observa-se que o número de espécies foi dee Criticamente 171 (23%), Em Perigoem dePerigo 222 (29%) Vulnerável de 360 espécies (48%). Pode ser observado que quase a metade das espécies está enquadrada na categoria de menor risco entre as ameaçadas. No entanto, estas espécies assim como todas as outras merecem atenção especial para que não passem futuramente para a categoria de maior risco em novos estudos. Quando comparado o número de espécies ameaçadas e extintas regional-
Figura 9.1 - Porcentagem de espécies da flora do Espírito Santo enquadradas por categoria de ameaça. VU = Vulnerável, EN = Em Perigo, CR = Criticamente em Perigo
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Cap.9 - Situação atual da flora ameaçada no Espírito Santo Cap.9 Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga - Helio Queiroz Boudet Fernandes
mente por grupo vegetal (Figura 9.2), podemos observar que a maior parte (706 espécies ou 91%) pertence às Angiospermas, seguido das Briófitas com 36 espécies (4,6%), Pteridófitas com 32 espécies (4,1%) e Gimnospermas com 2 espécies (0,3%). A maior porcentagem de Angiospermas é também evidenciada em outras listas. A própria lista mundial da IUCN traz 7.796 Angiospermas, ou seja, 93,7% do total de espécies (8.321) citadas como ameaçadas (Baillie et al .,., 2004). Isso se explica facilmente por que que cerca de 90% das espécies descritas pela ciência pertencerem a este grupo. No Espírito Santo, o grande número de Angiospermas presentes nas listas de espécies ameaçadas não é só reflexo da representatividade do grupo no Estado, mas também pode estar associado ao fato de que a maior parte dos estudos realizados estão relacionados às Angiospermas, ficando os outros grupos (Briófitas e Pteridófitas) subamostrados, principalmente por falta de interesse pela maior
Figura 9.2 – Número de espécies na lista de ameaçadas e extintas, separadas por grup grupoo
parte dos pesquisadores do Estado. Já, para as Gimnospermas, das duas únicas espécies existentes no Espírito Santo, uma consta como ameaçada ( Podocarpus sellowii Klotzsch ex Endl.) e Araucari Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze comoaregionalmente extinta na natureza. Em relação ao número de espécies por grupo em cada categoria de ameaça (Figura 9.3), verificamos que todos os demais tiveram maior número de espécies na categoria Vulnerável, seguido pela categoria Em Perigo.
Figura 9.3 - Número de espécies da flora do d o Espírito Santo ameaçadas nas diferentes categorias separadas por grupo. VU = Vulnerável, EP = Em Perigo, CR = Criticamente em Perigo
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Comparando a lista do Espírito Santo com outras listas regionais ( Ta belaa 9. bel 9.11) podemos observar que o Estado apresenta-se em segundo lugar em termos de número absoluto de espécies ameaçadas de extinção, se não considerarmos a lista de presumivelmente ameaçadas de Minas Gerais. Entretanto, se levarmos em consideração a área, seguindo a avaliação de Bergalo et al . (2000), o Espírito Santo ocupa a primeira posição em relação ao número de espécies ameaçadas por quilômetro quadrado, ou seja, hipoteticamente no Estado é necessário percorrer apenas 61 Km2 para se encontrar uma espécie
ameaçada, enquanto para o Brasil este número é de 5.458 Km 2. Nesse contexto, ou seja, num am biente bie nte já bas bastan tante te ant antropi ropizad zado, o, porém com uma diversidade biológica ainda bem representativa, a elaboração de listas de espécies ameaçadas de extinção pode representar uma excelente ferramenta para a elaboração de políticas públicas visando à conservação delas, de outras espécies (in-situ e/ou ex-situ) e de seus ecossistemas. Serve também para balizar a destinação de recursos e a implantação/ampliação de empreendimentos impactantes.
Tabela 9.1 9 .1 – Comparação do total de espécies ameaçadas nos Estados brasileiros já avaliados, com sua extensão territorial e área necessária para se encontrar uma espécie ameaçada.
Estado (Área em km2)
Total de espécies
Área necessária para se encontrar uma espécie ameaçada
Espírito Santo (46.077)
753
61 km2
Paraná1 (199.314)
593*
336 km2
Minas Gerais2 ( (5586.528)
537**
Minas Gerais2 ( (5586.528)
9 8 7 * **
594 Km2
São Paulo3 ( (2248.209)
1 .0 2 0
243 Km2
Rio Grande do Sul4 ( (2281.748)
600
470 Km2
Pará5 (1 (1.247.689)
5 3 * * **
Brasil6 (8.514.877)
1 . 5 6 0* * ** *
1.092 km2
23.541 Km2 5.458 Km2
1) Hatschbach & Ziller, 1995; 2) Mendonça & Lins, 2000; 3) Resolução SMA 48 de 21 de setembro de 2004; 4) www.sema.rs.gov.br; 5) www.museu-goeldi.br.; 6) www.biodiversitas.org.br.
* ** *** ****
A lista do Paraná considera somente os grupos das Gimnospermas e Angiospermas; Considerando somente a “lista 1” de espécies ameaçadas; Considerando também a “lista 2” incluindo as espécies presumivelmente ameaçadas; Lista ainda não oficializada. Resultado do Workshop realizado nos dias 28 e 29 de junho de 2006 em Belém; ***** Lista Nacional ainda não oficializada. Resultado do Workshop realizado em 2005, em Minas Gerais, pela Fundação Biodiversitas.
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Cap.9 - Situação atual da flora ameaçada no Espírito Santo Cap.9 Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga - Helio Queiroz Boudet Fernandes
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
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Capítulo 10
As briófitas ameaçadas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Espírito Santo Olga Yano Instituto de Botânica, São Paulo (IBt – SP) Denilson Fernandes Peralta Instituto de Botânica, São Paulo (IBt – SP)
s briófitas (s.l.) comumente conhecidas como musgos e limos, incluem, além destes, as hepáticas e os antóceros. São vegetais criptogâmicos avasculares que apresentam uma geração gametofítica (n) e outra esporofítica (2n). A planta adulta é o gametófito haplóide sobre o qual se desenvolve o esporófito diplóide de vida efêmera. Sua coloração pode variar do verde-musgo ao verdeesbranquiçado, tornando-se às vezes purpúrea como ocorre em algumas espécies de Sphagnum Dum., Frullania Raddi, Hookeriopsis (Besch.) A. Jae-
em formações bem úmidas, como a Mata Atlântica, Mata Amazônica, Matas de Galeria e pântanos; em regiões bastantee áridas, como a caatin bastant caatinga ga do Nordeste brasileiro, as savanas e os desertos africanos.
ger, Mitt. e Rhacocarpus Lindb. Isotachis Podem crescer sobre diferentes substratos, como cascas de árvore (corticícolas), paredões rochosos e pedras (rupícolas), solo (terrícolas), troncos e galhos de árvores vivas ou em decomposição e, às vezes, sobre outros materiais como couro, plástico ou tecido. São encontradas ainda sobre a superfície de folhas coriáceas e frondes de vegetais vasculares (foliícolas), principalmente em plantas próximas ao leito dos rios, riachos e lagos ou ainda em áreas bem úmidas. São vegetais capazes de suportar grandes variações climáticas, ocorrendo tanto
coletas desses materiais. As briófitas são vegetais pequenos, cujo comprimento varia de alguns milímetros a aproximadamente 30 cm. No Brasil foi encontrada uma espécie de Polytrichum Hedw. de 80 cm, escandente, crescendo entre gramíneas e outras plantas herbáceas.
A
A reprodução mais freqüente, principalmente nas formações úmidas, é a assexuada, através de gemas ou propágulos ou diferentes partes do gametófito. A reprodução sexuada é por oogamia. E as briófitas de regiões bastante áridas (como caatinga) caa tinga) estão e stão sempre com esporófito quando das
Segundo Hirai et al . (1998), as briófitas podem ser confundidas com pequenas pteridófitas como Azolla Lam., Grammitis Sw., Hecistopteris J. Sm., Huperzia Bernh., Hymeno phyllum Sm., Lellingeria A.R. Sm. &
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
R.C. Moran, Lycopodiella Holub., Lyco podium podiu m L. e Selaginella P. Beauv. com fanerógamas como Tillandsia L., Lemna L, Spirodela Schleid., Wolffia Horkel ex Schleid., Wolfiella (Hegelm.) Hegelm., Tristichia Du Petit-Thouars, Portulaca L.; e com fungos liquenizados como Alectoria Ach., Bryoria Brodo & D. Hawksw., Cladonia P P.. Browne, Br owne, e Usnea Dill. ex Adans. Podem tam bém, às vezes, serem confun confundidas didas com algumas algas marinhas ou outras plantas aquáticas. Por isso, há denominação geral de “musgos” para diferentes plantas muito pequenas e rasteiras. Hoje, as briófitas constituem três divisões distintas: Anthocerotophyta, que reúne os antóceros; Bryophyta, que reúne apenas os musgos verdadeiros e, Marchantiophyta, que concentra as hepáticas folhosas e talosas. Os antóceros são briófitas de hábito prostrado; as hepáticas podem ser folhosas (gametófitos com os filídios dispostos lateralmente) e talosas (gametófitos sem diferenciação em caulídio, filídio e rizóide); os musgos são todos folhosos de hábito ereto ou prostrado. Além da importância ecológica das briófitas, briófit as, estas são utilizadas pelo homem como: a) material de enchimento, fardo, etc., usado principalmente na construção de casas;
plo Bryum sp., Campylopus sp. e outras; em jardinagem para transplante de mudas, e como substituto de gramas para forrar o solo; c) material para decoração especialmente de vitrine de lojas; d) erva medicinal na China para tratamento principalmente de doenças cardiovasculares. Ainda o Sphagnum foi utilizado como vestimentas cirúrgicas na Segunda Guerra Mundial e como substituto do algodão; como absorvente feminino; alimento de peixes, isca em pescaria, formação de turfeiras e necrose dos troncos de árvores frutíferas; e) turfas são importantes como com bustível; na agricultura e horticultura; para tratamento de água; como papel e material de construção e outros usos e importância ecológica das turfas pantanosas; f) controle de erosão do solo (Polytrichum sp., Campylopus sp., Bryum sp.) e como sementeiras para plantas superiores, principalmente as Melastomataceae que necessitam de solo bem ácido para germinação (Sphagnum sp. e Leucobryum sp.); g) indicadoras de meio ambiente especificamente paleoecológicos, depósitos minerais, poluição da água e do ar (exemplo: briófitas aquáticas);
b) em horticultura horticultura para para adição ao solo solo permitindo a aeração e retenção de umidade para germinação de sementes e plantio de mudas (exemplo: Sphagnum sp. e Leucobryum sp.); ma-
h) substâncias ativas biologicamente (fragrância odorífera e paladar particular, como amargo, azedo, doce, etc); antimicrobianas; reguladores de crescimento de plantas; impede o ataque de predadores, incluindo peixes; antitumoral e citotóxicas.
terialo para cultivo para co brir solo de vasosem emvasos; bonsai, bonsai , muito usado no Japão e no Brasil (por exem-
De um total de 24 mil espécies de briófitas briófit as registrada registradass no mundo mundo,, 2.961
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Cap.10 Cap. 10 - As briófitas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Olga Yano - Denilson Fernandes Peralta
táxons foram documentados no Brasil (Tabela 10.1), sendo 22 de Anthocerotophyta, 979 de Marchantiophyta e 1.960 de Bryophyta, distribuídos em 450 gêneros (6 de Anthocerotophyta, 144 de Marchantiophyta e 300 de Bryophyta) e 111 famílias (quatro de Anthocerotophyta, 39 de Marchantiophyta e 68 de Bryophyta). O primeiro trabalho sobre briófitas - mais especificamente musgos - desenvolvido no Espírito Santo é o de Lützelburg (1923), que menciona apenas Neckeropsis disticha (Hedw.) Kindb. e Squamidium turgidulum (Müll. Hal.) Broth. (= Squamidium macrocar macrocar- pum (Spruce ex Mitt.) Broth.), ambas citadas para o rio Mutum. Mais tarde surgiram publicações com listas de espécies do Espírito Santo, destacando-se Vital (1974), SchäferVerwimp (1991), Behar et al . (1992), Visnadi & Vital (1995), Costa (1999), Yano & Mello (2000), Costa & Silva (2003) e Yano (1992, 2005) que, por referirem espécies de ocorrência nova ou conterem listas de espécies, ampliaram o conhecimento da distribuição geográfica das briófitas no Estado.
diacea (Müll. Hal.) Broth. e ocorrências novas para o Brasil dos musgos Aongstroemia orientalis Mitt., Barbula indica (Hook.) Spreng., Chenia lepto phylla (Sak.) Zander, Chrysoblastella chilensis (Mont.) Reimers, Grimmia ovalis (Hedw.) Lindb., Racomitrium (Tayl.) ayl.) A. Jaeger, R. cucullacrispipilum (T tifolium Hampe, Rigodium toxarion (Schwägr.) Schimp., Sphagnum strictum Sull., Zygodon viridissimus (Dicks.) Brid.; hepáticas: Aphanolejeunea ephemeroides R.M. Schust., Calypogeia andicola Bischler, Cephalozia crossei Spruce, Spruce, Lejeunea gomphocalyx Spruce e Radula affinis Lindenb. & Gottsche, além de uma dezena de ocorrências novas para o Estado. No Espírito Santo são encontradas atualmente 399 espécies de briófitas (Tabela 10.2), sendo uma de Anthocerotophyta (1 gênero e 1 família); 226 de Bryophyta (121 gêneros e 49 famílias); e 172 de Marchantiophyta (71 gêneros e 28 famílias). Do total de espécies conhecidas, até o momento, foram consideradas ameaçadas de extinção 36, sendo sete delas Em Perigo e 29 Vulneráveis (Tabela 10.3)
Nesses trabalhos foram referidas ocorrências novas para a América do Sul como Leucolejeunea conchifolia (A. Evans) A. Evans, Rhizogonium sublimbatum H.A. Crum e Tortula amphiamphi-
Foram consideradas Em Perigo as espécies que apresentam apenas uma localidade de coleta no Estado do Espírito Santo, apesar de apresentarem
Tabela 10.1 - Número total de espécies de briófitas no Brasil.
Tabela 10. 2 - Número total de espécies de briófitas no Estado do Espírito Santo.
Divisão
Divisão
Espécies
Espécies
Anthocerotophyta B r y o p hy t a Marchantiophyta
22 1 . 96 0 979
Anthocerotophyta B r y o p hy t a Marchantiophyta
1 22 6 17 2
Total
2 . 96 1
Total
39 9
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Tabela 10.3. 10. 3. Lista das espécies de Briófitas ameaçadas ou regionalmente extintas no estado do Espírito Santo com as respectivas categorias de ameaça de acordo com as definições defini ções da IUCN. Categorias de ameaça: Vulnerável (VU), (VU), Em Perigo (EN), Criticamente em Perigo (CR) e Regionalmente Extinta (REX). Divisão
Família
Antho An thocer ceroto otophy phyta ta Not Notothy othylada ladaceae ceae Bryophyta Bryophyta Bryophyta Bryophyta
Adelotheciaceae Andreaeaceae Bryaceae Ditrichaceae
Es pé c i e
L i st a E S
Notothylas breutelii Notothylas (Gottsche) Gottsche
VU
Adelothecium bogotense Adelothecium (Hampe) Mitt.
VU
Andreaea spurioalpina M spurioalpina Mü üll. Hal.
EN
Brachymenium hornschuchianum Ma hornschuchianum Mart.
VU
Chrysoblastella chilensis Chrysoblastella (Mont.) Reimers
EN
Bryophyta
Fissidentaceae
Fissidens elegans Fissidens elegans B Brrid.
VU
Bryophyta
Hypopterygiaceae
Lopidium plumarium Lopidium plumarium (Mitt.) Hampe
VU
Zelometeorium patens Zelometeorium patens (Hook.) Manuel
VU
Itatiella ulei (Broth. Itatiella (Broth. ex Müll. Hal.) G.L. Smith (Figura 10.2)
VU
Rhacocarpus inermis Rhacocarpus Hedw. (Figura 10.1)
EN
Sphagnum pendulirameum H pendulirameum H..A. Crum
VU
Marc Ma rcha hant ntio ioph phyt ytaa An Aneu eura race ceae ae
Aneura latissima Aneura latissima S Sp pruce
VU
Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Ar Arnel nellia liacea ceaee
Gongylanthus liebmannianus (Lin (L inde denb nb.. & Go Gott ttsc sche he)) St Step eph. h.
VU
March Ma rchant antiop iophy hyta ta Cal Calyp ypog ogeia eiacea ceaee
Calypogeia andicola Calypogeia andicola B Biischler
VU
Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Cep Cepha haloz loziac iaceae eae
Cephalozia crassifolia Cephalozia (Lindenb. & Gottsche) Fulford
EN
Cylindrocolea rhizantha Cylindrocolea (Mont.) R.M. Schust.
VU
Bryophyta Bryophyta
Bryophyta Bryophyta
Meteoriaceae Polytrichaceae
Rhacocarpaceae Sph a g na c e a e
Marcha Mar chanti ntioph ophyta yta Cep Cephal halozi oziell ellace aceae ae Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Fr Frull ullani aniace aceae ae
Frullania beyrichiana Frullania (Lehm. & Lindend.) Kachroo & R.M. Schust. (Figura 10. 3)
VU
Lista Br a s i l
Lista IUCN
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Cap.10 Cap. 10 - As briófitas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Olga Yano - Denilson Fernandes Peralta
Divisão
Família
Es pé c i e
Marcha chanti ntiop ophy hyta ta Jun Junger german mannia niacea ceaee Jungermannia Jungermannia amoena Mar Lindenb. & Gottsche Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Lej Lejeun euneac eaceae eae
Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Lej Lejeun euneac eaceae eae Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Lej Lejeun euneac eaceae eae Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Lej Lejeun euneac eaceae eae Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Lej Lejeun euneac eaceae eae Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Lej Lejeun euneac eaceae eae
Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Lep Lepido idozia ziacea ceaee Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Met Metzge zgeria riacea ceaee Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Met Metzge zgeria riacea ceaee Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Met Metzge zgeria riacea ceaee Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Met Metzge zgeria riacea ceaee Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Pa Palla llavic vicini iniace aceae ae Marcha Mar chanti ntiop ophy hyta ta Pa Palla llavic vicini iniace aceae ae Marc Ma rcha hant ntio ioph phyt ytaa Pe Pell llia iace ceae ae
Marc Ma rcha hant ntio ioph phyt ytaa Ra Radu dula lace ceae ae Marc Ma rcha hant ntio ioph phyt ytaa Ra Radu dula lace ceae ae
L i st a E S
VU
Aphanolejeunea ephemeroidesR.M. ephemeroides R.M. S c h us t . Leptolejeunea obfuscata Leptolejeunea (Spruce) Steph.
VU VU
Prionolejeunea validiuscula Prionolejeunea Spruce ex Steph.
VU
Pycnolejeunea papillosa Pycnolejeunea X.- L. He
VU
Verdoornianthus griffinii Verdoornianthus G ra ds t .
VU
Vitalianthus bischlerianus Vitalianthus (Pôrto & Grolle) R.M. Schust. & Giacontti
VU
Arachniopsis monodactyla Arachniopsis (Spruce) R.M. Schust.
VU
Metzgeria brasiliensis Metzgeria S c hi f f n.
VU
Metzgeria liebmanniana Metzgeria Lindenb. & Gottsche
VU
Metzgeria psilocraspeda Metzgeria psilocraspeda S c hi f f n.
VU
Metzgeria subaneura Metzgeria S c hi f f n.
VU
Jensenia difformis Jensenia (Nees) Grolle Pallavicinia lyellii Pallavicinia (Hook.) S.F. Gray
EN VU
Noteroclada confluens Noteroclada Taylor ex Hook. & Wils. (Figura 10.4)
VU
Radula affinis Radula Lindenb. & Gottsche
VU
Radula schaefer-verwimpii Radula Yamada
VU
March Ma rchant antiop iophy hyta ta Tric richo hoco colea leacea ceaee
Trichocolea
March Ma rchant antiop iophy hyta ta Tric richo hoco colea leacea ceaee
brevifissa Stteph. brevifissa S Trichocolea uleana S uleana Stteph.
EN EN
Lista Br a s i l
Lista IUCN
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
ampla distribuição ou outras que só ocorrem na Amazônia. As espécies vulneráveis apresentam duas ou mais localidades de coleta no Estado, apesar destas tam bém ap apre rese sent ntar arem em am ampla pla dis distr tribu ibuiição no Brasil. A inclusão dessas espécies nas categorias de ameaçadas apresenta grandes dificuldades em função das poucas coletas nos diferentes ecossistemas e, conseqüentemente, no reduzido número de trabalhos para este Estado. Coletas intensas no Estado e análise criteriosa das espécies e sua distribuição provavelmente mudariamgeográfica esse quadro. A flora de briófitas do Espírito Santo apresenta características mui-
to semelhantes às da região amazônica, principalmente aquelas coletadas na Reserva Natural da Vale Vale do Rio Doce, no município de Linhares, isto é, são encontradas espécies que ocorrem na Amazônia como, por exemplo, Aneura latissima Spruce, (Spruce) Leptolejeunea obfuscata Steph., Prionolejeunea validiuscula Spruce ex Steph., Pycnolejeunea papi pa pill llos osaa X.–L. He, Verdoornianthus griffinii Gradst. e Arachniopsis monodactyla (Spruce) R.M. Schust. Outras espécies que ocorrem em altitudes superiores a 2.000 m como, por exemplo, Itatiella ulei (Broth. ex Müll. Hal.) G.L. Smith, Andreaea spurioalpina Müll. Hal. e Gongylanthus liebmannianus (Lindenb. & Gottsche) Steph., em Agulhas Negras, no Itatiaia, Rio de Janeiro, e aparecem no Pico da Bandeira, Parque Nacional do Caparaó, Espírito Santo.
2a
1
2b
4
3
inermis Hedw.; 2. Itatiella ulei (Broth. (Broth. ex Müll. Hal.) G.L. Smith (a. planta Figura 10. 1. Rhacocarpus inermis Hedw.; beyrichiana (Lehm. & Lindenb.) Kachroo & R.M. Schust.; feminina, b. planta masculina); 3. Frullania beyrichiana (Lehm. 4. Noteroclada confluens Taylor confluens Taylor ex Hook. & Wils. Fotos: 1/3/4 - D. F. Peralta, 2 - O.Yano
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Cap.10 Cap. 10 - As briófitas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Olga Yano - Denilson Fernandes Peralta
Ainda as espécies Cryptochila grandiflora (Lindenb. & Gottsche) Grolle, Floribundaria floribunda (Dozy & Molk.) Fleisch., Lejeunea gomphocalyx Spruce, Spruce, Orthodontium denticulatum Geh. & Hampe, Plagio-
chila macrifolia Taylor, P . mollusca Lehm., (HamPorotrichum lancifrons pe) Mitt., Rhizogonium sublimbatum Schimp. in Müll. Hal., Riccia horrida Jovet-Ast e Sematophyllum cylindrothecium (Broth.) W.R. Buck & Schäf.-Verw Schäf.-V erw.. poderiam fazer parte part e da lista de espécies ameaçadas do Espírito Santo por apresentarem distribuição muito restrita. A grande maioria das briófitas vive como epífitas e tende a desaparecer com a destruição de seu habitat diante da impossibilidade de sua reposição local. É muito importante preservar os diferentes microambientes para possibilitar a manutenção da elevada biodiversidade de briófitas nas regiões tropicais e subtropicais.
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Capítulo 11
As Pteridófitas Pteridófitas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Espírito Santo Lana da Silva Sylvestre Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
A
s Pteridófitas compreendem as plantas vasculares que possuem alternância de gerações bem marcadas, ambas de vida livre, sendo o esporófito a fase dominante diplóide. Dispersam-se
amplamente utilizadas na medicina popular ( Equisetum , Microgramma ).
por e não produzem sementes. esporos Tradicionalmente são classificadas em uma única divisão (Pteridophyta). Entretanto, vários autores têm demonstrado sua origem parafilética, o que tem levado ao reconhecimento dois grupos distintos: Licófitas e Monilófitas (Pryer et al ., . , 2004; Smith et al ., . , 2006). As Licófitas são plantas que possuem microfilos (ou licofilos), estando os esporângios localizados na base de
mundial, onde se concentram cerca de 9.000 espécies de Pteridófitas (Tryon & Tryon, 1982). Três “Centros Primários de Diversidade e Endemismos” foram reconhecido reconhecidoss por Tryon (1972): o Andino, o Mexicano e o Brasileiro. O Centro Brasileiro localiza-se do Sul da Bahia ao Rio Grande do Sul, sendo especialmente rico nas regiões montanhosas, como as serras do Mar e da Mantiqueira (T (Tryon ryon & Tryon, 1982).
esporofilos. Monilófitas compreendem asAs demais Pteridófitas, estando representadas pelas cavalinhas, samambaias e Psilotum , possuindo, na maioria, folhas expandidas denominadas megafilos (eufilos).
O Espírito Santo está inserido neste centro de diversidade, onde é estimada a ocorrência de 600 espécies muitas delas endêmicas.
A região Neotropical é a segunda mais diversa do grupo em nível
Muitas Pteridófitas são amplamente conhecidas como plantas ornamentais, especialmente os gêneros Adiantum , Selaginella e P o-
Poucos foram os estudos que abordaram as Pteridófitas do Espírito Santo. Brade (1947) divulgou o resultado de uma expedição à região de Jatiboca, listando 112 espécies. Vários táxons novos foram descritos para a Ilha de Trindade, Trindade, a
lypodium sendo algumas utilizadas como, folhagens de corte ( Ne Ne- phro ph role lepi piss e Rumohra ). Outras são
maioria oriunda das expedições realizadas por J. Becker na década de 60 (Brade 1937, 1969).
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Estudos mais recentes concentramse na região litorânea (Behar & Viégas, 1992, 1994). Atualmente existem projetos sendo desenvolvidos no Município de Santa Teresa, envolvendo a Reserva Biológica Augusto Ruschi e a Estação
indicadas três espécies; no Rio Grande do Sul (www.fzb.rs.gov.br), 22; em São Paulo (Diário Oficial, 2004), 85 espécies. O Estado de Minas Gerais foi o primeiro a reeditar sua lista, aumentando para 118 o número de Pteridófitas ame-
Ecológica de Santa Lúcia. Os resultados incrementarão o conhecimento da flora de pteridófitas do Estado.
açadas de extinção no Estado (www.biodiversitas.org).
Na lista de espécies ameaçadas do Brasil (Portaria IBAMA N0 6-N, de 15 de janeiro de 1992) consta apenas de uma espécie vulnerável: Dicksonia sellowiana Hook. (Dicksoniaceae), indicada pela sua exploração indiscriminada para fabricação do xaxim. Esta espécie não teve registro confirmado
Para a elaboração da lista, seguiuse a metodologia e critérios já explicitados no capítulo 8. A base original (acessos) foi submetida à análise de especialistas para correções e ajustes nomenclaturais. Os especialistas que participaram desta etapa foram: Dr. Jefferson Prado (Instituto de Botânica/SP), Dr. Paulo G. Windisch (Unisinos), Dr. Ale-
para o estado do Espírito Santo até o momento da divulgação da presente listagem. Entretanto, recentemente foram localizadas populações em afloramentos rochosos no Município de Castelo, no Parque Estadual do Forno Grande, a ca. de 1.700m de altitude. É importante ressaltar que estas populações isoladas não refletem sua exploração e sim a ausência dos ambientes típicos desta espécie no Espírito Santo. Dicksonia sellowiana também está
xandre Salino (UFMG), Dr. Paulo Labiak (UFPR), Dr. Vinicius Vinicius Dittrich Dittrich (Unesp), MSc. Claudine Mynssen (Jardim Botânico do Rio de Janeiro) e MSc. Glória Maria de Viégas Aguije (Cefetes).
incluída na lista da CITES, onde ainda consta o gênero Cyathea (Cyatheaceae), representando os fetos arborescentes (samambaiaçus). Recentemente, em workshop realizado em 2005 (www.biodiversitas.org), foram indicadas 79 espécies de Pteridófitas ameaçadas de extinção no território brasileiro. Duas espécies foram consideradas extintas.
lista não reflete a diversidade das Pteridófitas no Estado e que estudos florísticos devem ser incentivados para que esta riqueza seja, de fato, conhecida.
À base original foram acrescidos dados bibliográficos, especialmente de revisões taxonômicas taxonômicas recentes. Esta base preliminar somou 22 famílias, 57 gêneros, 181 espécies e uma variedade. Entretanto é importante ressaltar que esta
As informações sobre a ocorrência de táxons em Estados vizinhos (na Serra do Caparaó, divisa com Minas Gerais, por exem exemplo plo)) não não foram con consi sider derada adass quando não existia material-testemunho coletado no Espírito Santo.
Outros Estados já indicaram várias espécies de Pteridófitas em suas listas de espécies ameaçadas. Em Minas Gerais (Mendonça & Lins, 2000) foram
As espécies foram organizadas utilizando-se a seqüência de famílias apresentadas na Flora Mesoa-
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Cap.11 Cap. 11 - As Pteridófitas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Lana da Silva Sylvestre
mericana (Moran & Riba, 1995). Essa escolha teve como objetivo a uniformização das listagens de espécies de Pteridófitas ameaçadas no Brasil para que pudessem ser facilmente comparadas. A lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do Espírito Santo (Ta belaa 11. bel 11.1) 1) con const staa de 31 tá táxon xons, s, dis dis-tribuídos em 10 famílias e 13 gêneg êneros (um Criticamente em Perigo , seis Em Perigo e 24 Vulneráveis ). Destas, seis constam na lista brasileira de espécies ameaçadas (segundo workshop Biodiversitas realizado em 2005 pela Fundação Biodiversitas) e nenhuma está relacionada na lista da IUCN.
Asplenium beckerii Brade (Aspleniaceae) foi considerada Regionalmente Extinta. Trata-se de uma espécie endêmica da Ilha de Trindade e, apesar do tamanho do esporófito (as frondes chegam a medir mais de 20 cm), não foram mais encontradas populações na ilha, mesmo após esforços de coleta intensivos (Alves, 1998). Entretanto, novas tentativas de localização das espécies ameaçadas que ocorrem na Ilha de Trindade devem ser incentivadas, visto que o solo deve conter um banco ban co de es espor poros os vi viáve áveis is que pod podeerá prover, potencialmente, o resta belec bel ecime imento nto de al algum gumas as es espé péci cies es..
biformisvulnerá (Hook.) Figura 11.1 - Huperzia Espécie Holub (Lycopodiaceae). vel, epífita em região de ocorrência da Floresta Ombrófila Densa. Foto: J. P. S. Condack
cie endêmica da Ilha de Trindade, ocorrendo sobre rochedos em populações muito restritas ( Em Perigo). O gênero Huperzia (Lycopodiaceae) apresentou seis espécies Vulneráveis , a maioria representada por epífitas típicas de Florestas nas. Muitas destas espécies Montasão endêmicas das regiões sudeste e sul do Brasil ( Figura 11.1).
O gênero Elaphoglossum (Lomariopsidaceae) apresentou o maior número de espécies ameaçadas (sete) todas ocorrentes em Florestas
O gênero Asplenium (Aspleniaceae) apresentou cinco espécies Vulneráveis. Destas, três são típicas de Florestas Montanas, endêmicas das regiões Sudeste e Sul do Brasil ( Asplenium austrobrasiliense (Christ) Maxon, A. campos - port po rtoi oi
Montanas, estando representado em sua maioria por epífitas. Destaca-se Elaphoglossum beckeri Brade, Brade, espé-
Brade e A. wacketii Rosesnt.); Rosesnt.); variedade é endêmica da Ilhauma de Trindade (Asplenium praemorsum
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
var. trindadense Brade) e uma espécie possui distribuição restrita às regiões de Florestas Litorâneas, ocorrendo em populações descontínuas do sul da Bahia ao Paraná (A. lacinulatum Schrad.).
Realizando-se uma análise das espécies com maior grau de ameaça (Criticamente em Perigo e Em Perigo), verificou-se que a maioria são plantas epífitas que ocorrem em áreas de Floresta Ombrófila Densa (Montana). Este
Embora o esteja gênerorepresentado Polypodium (Polypodiaceae) por apenas três espécies, duas delas foram consideradas Em perigo, ambas ocorrendo em Florestas Montanas. Destaca-se Polypodium bradei de la Sota, conhecida apenas da coleção typus (Castelo, Forno Grande).
resultado se repete quandoàssão acrescidos os dados referentes espécies vulneráveis. No total, as espécies epífitas representam 53,1% das Pteridófitas ameaçadas de extinção do Espírito Santo (Figura 11.2). Este resultado revela que estas espécies são altamente dependentes da manutenção das formações arbóreas onde se esta belecem. Muitas são sensíveis à perda da qualidade do habitat, uma vez que alterações microclimáticas poderão in-
O gênero Thelypteris (Thelypteridaceae) está representado por duas espécies ameaçadas e os demais gêneros por apenas Anemia uma espécie cada. Destas, destaca-se espiritosantensis Brade (Schizaeaceae), espécie Criticamente em Perigo por ser conhecida apenas de uma localidade (Município de Itaguassu, Jatiboca), estando representada apenas pela coleção typus.
viabilizar o estabelecimento e manutenção destas espécies. Comparando-se os resultados obtidos no workshop da flora brr a s i l e i r a a m e a ç a d a d e e x t i nç ã o b (www.biodiversitas.org), (www .biodiversitas.org), verifi-
Figura 11.2 - Hábito preferencial das Pteridófitas ameaçadas de extinção no Espírito Santo
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Cap.11 Cap. 11 - As Pteridófitas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Lana da Silva Sylvestre
cou-se que seis táxons ameaçados no Espírito Santo também estão em nível nacional. São eles: Asplenium beckeri Brade, A . praemorsum var. trindadense Brade, Ceradenia capilaris
mais importantes, sendo representada por um grande número de espécies que se desenvolve em ambientes não florestais, como campos de altitude e campos rupestres. A Figura 11.3 compara as
(Desv.) L. E. Bishop, Elaphoglos(Desv.) Brade, Pteris limae sum beckeri Brade, Brade e Thelypteris noveana (Brade) Ponce. Vale ressaltar que quatro destes táxons são endêmicos da Ilha de Trindade. Trindade.
famílias de Pteridófitas com esp éci es am eaçad as n o E sp í ri t o Santo em relação aos demais Estados e à lista nacional.
Em relação às listas estaduais nota-se que as famílias com alta diversidade em ambientes florestais contribuem com maior número de espécies nos Estados de São
Embora as listas de espécies ameaçadas sigam, em linhas gerais, as categorias propostas pela IUCN, as metodologias têm variado, o que pode ocasionar comparações imprecisas . Além do aspecto metodológico, a qualidade
Paulo e Espírito Santo (Lomariopsidaceae, especialmente Ela ph p h o g l o s s u m ). Em contrapartida, em Minas Gerais, a família Pteridaceae aparece como uma das
da lista depende diretamente do grau de conhecimento da flora. Neste sentido, a lista de espécies ameaçadas de extinção do Espírito Santo pode ser considerada bastante prelimi-
Figura 11.3 - Análise comparativa das famílias de Pteridófitas ameaçadas de extinção no Espírito Santo em relação às demais listas já divulgadas (São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e a lista nacional)
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
nar, visto que o conhecimento das Pteridófitas no Estado ainda é incipiente. A Figura 11.4 mostra os resultados obtidos, por grau de ameaça, entre as diferentes listas de Pteridófitas ameaçadas de extinção. Os
ranos, devem ser priorizados pois têm revelado a ocorrência de muitos táxons raros e de distribuição geográfica restrita. Esforços de coleta concentrados são necessários para incrementar a representatividade de
Estados do Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul indicaram maior número de espécies Vulneráveis, diferentemente da lista de Minas Gerais que apresentou um número extremamente alto de espécies Criticamente em Perigo e da flora brasile bras ileira ira ameaça ame açada da de extinção, extinç ão, que teve um número equivalente de espécies criticamente em perigo e em perigo, além de um número menor de vulneráveis.
grupos subestimados, como Grammitidaceae e Hymenophyllaceae. Em complementação ao esforço de coleta, coleções de importantes herbários capixabas devem ter seu acervo identificado, pois ainda existe muito material indeterminado (Sylvestre, 2003). Portanto, seria necessário implementar esforços no sentido do estabelecimento de uma política que viabilize a visita de especialistas a estas coleções. Finalmente, muitos
A flora do Espírito Santo necessita de estudos para que seja definida, com maior precisão, a riqueza das Pteridófitas no Estado. Os ambientes florestais, especialmente os ser-
grupos não foram precisamente analisados pela falta de revisões taxonômicas recentes, não existindo dados suficientes para a correta identificação dos táxons e a análise de sua distribuição geográfica.
Figura 11.4 - Comparação entre o número de espécies de Pteridófitas ameaçadas, por categoria,, nas diferentes listas estaduais e na lista da flora brasileira ameaçada de extinção. categoria
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Cap.11 Cap.11 - As Pteridófitas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Lana da Silva Sylvestre
Tabela 11.1 - Lista das espécies de Pteridófitas ameaçadas ou regionalmente extintas no Estado do Espírito Santo com as respectivas categorias de ameaça de acordo com as definições da IUCN. Categorias de ameaça: Vulnerável (VU), (VU), Em Perigo (EN), Criticamente em Perigo (CR) e Regionalment Regionalmente e Extinta (REX). Família
E sp é c i e
L i st a E S
Aspleniaceae Aspleniaceae
Asplenium austrobrasiliense (Christ) Maxon Asplenium beckeri Brade
VU R EX
Aspleniaceae
Asplenium campos-portoi Brade
VU
Aspleniaceae
Asplenium lacinulatum Schrad.
VU
Aspleniaceae
Asplenium praemorsum var. trindadense Brade var. trindadense
VU
Aspleniaceae
Asplenium wacketii
VU
Cyatheaceae
Cnemidaria uleana (Samp.) R. M. Tryon var. uleana var. uleana
VU
Cyatheaceae
Cyathea poeppigii (Hook.) Domin
VU
Dennstaedtiaceae
Blotiella lindeniana ( lindeniana (H Hook.) R. M. Tryon
VU
Grammitidaceae
Ceradenia capilaris (Desv.) L. E. Bishop
EN
Grammitidaceae Lomariopsidaceae
Lellingeria pumila Labiak Elaphoglossum acrocarpum (Mart.) T. Moore
EN VU
Lomariopsidaceae
Elaphoglossum beaurepairei (Fée) Brade
VU
Lomariopsidaceae
Elaphoglossum beckeri Br Brade
EN
Lomariopsidaceae
Elaphoglossum nigrescens ( nigrescens (H Hook.) T. Moore ex Diels
VU
Lomariopsidaceae
Elaphoglossum organense Brade
VU
Lomariopsidaceae
Elaphoglossum pteropus C. Chr.
VU
Lomariopsidaceae
Elaphoglossum villosum (Sw.) J. Sm. Sm.
VU
Lycopodiaceae
Huperzia biformis (Hook.) Holub
VU
Lycopodiaceae
Huperzia flexibilis (Fée) B. Ollg.
VU
Lycopodiaceae
Huperzia fontinaloides (Spring) Trevis.
VU
Lycopodiaceae
Huperzia martii (Wawra) Holub
VU
Lycopodiaceae
Huperzia mollicoma ( mollicoma (S Spring) Holub
VU
Lycopodiaceae
Huperzia quadrifariata ( quadrifariata (B Bory) Rothm.
VU
Polypodiaceae
Polypodium bradei de la Sota
EN
Polypodiaceae
Polypodium monoides Weath.
EN
Polypodiaceae
Polypodium trindadense trindadense B Brrade
VU
Pteridaceae
Adiantum papillosum Handro
VU
Pteridaceae
Pteris limae B limae Brrade
VU
Schizaeaceae
Anemia espiritosantensis Brade
CR
Thelypteridaceae
Thelypteris montana montana S Saalino
EN
Thelypteridaceae
Thelypteris noveana (Brade) Ponce
VU
L i st a Brasil
EX
CR
EN
CR
EN
CR
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
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Capítulo 12
As Gimnospermas Gimnospermas ameaçadas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Espírito Santo Ingrid Koch Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - Sorocaba Leonardo Dias Meireles Pós-Graduação em Biologia Vegetal/Unicamp Claudio Nicoletti de Fraga Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Marcos Sobral Universidade Federal de Minas Gerais
termo gimnosperma mente “semente nua”,, éliteralutilizado para designar o conjunto de plantas vasculares cujos óvulos e sementes apresentam-se expostos sobre esporófilos ou estruturas equivalentes (Foster & Gifford, 1958).
O
Estudos filogenéticos realizados nas últimas décadas baseados principalmente em caracteres morfológicos, sugeriram que as gimnospermas formariam um grupo não natural (parafilético). Entretanto, estes resultados não se mostraram robustos e análises filogenéticas recentes baseadas na combinação de várias seqüências de genes, apontam as gimnospermas como um grupo monofilético e irmão de angiospermas (Soltis et al .,., 2005; Stevens, 2006). Como as gimnospermas são compostas por linhagens bastante antigas de plantas com sementes, muitas delas já extintas, e as análises filogenéticas baseadas em dados moleculares utilizam os táxons atualmente existentes, as questões sobre a monofilia do grupo, as relações entre
seus componentes e os táxons mais proximamente proximamen te relacionados às angiospermas permanecem incertas (Soltis et al., 2005). Os representantes das gimnospermas são usualmente tratados como pertencentes a quatro ordens, Cycadales, Ginkgoales; Pinales e Gnetales (Foster & Gifford, 1958; Soltis et al .,., 2005; Stevens, 2006). A ordem mais representativa pelo número de espécies e importância econômica é Pinales, com 7 famílias, 69 gêneros e 537 espécies. Ginkgo biloba é o único representante vivo de Ginkgoales, Cycadales é constituída por duas famílias, 10 gêneros e 305 espécies; Gnetales é constituída por três famílias, três gêneros e 96 espécies (Stevens, 2006). No Brasil ocorrem representantes de três das quatro ordens de gimnospermas: Pinales, com Podocarpaceae (Podocarpus – 2 a 8 espécies; Retro-
phyllum - 1 –espécie) e Araucariaceae (Araucaria 1 espécie); Cycadales, com Zamiaceae (Zamia – 4 espécies);
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Gnetales, com Gnetaceae (Gnetum – 3 a 7 espécies) e Ephedraceae (Ephedra – 1 espécie) (Joly 1987, Giulietti et al . 2005, Shepherd 2005).
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze ocorre2002a). nas regiões e Sudeste (Garcia, DentreSul as Podocarpaceae, Podocarpus ocorre em todo o território brasileiro, sendo Podocar pus sellowii sellowii Klotzsch Klotzsch ex Endl. a espécie mais amplamente distribuída, registrada desde o sul até as regiões Norte e Nordeste (Garcia, 2002b) e Retro phyllum phyl lum pire piresii sii (Silba) (Silba) C. N. Page é restrito ao interior da Amazônia (Silba, 1983; Page, 1988). As espécies de Zamia e Gnetum ocorrem na região amazônica (Shepherd, 2005; Silva & Silva, 2006) e Ephedra tweediana Fisch. & C.A. Mey. no Rio Grande do Sul (Shepherd, 2005; Secretaria da Coordenação e Planejamento do RS, 2002). Dentre essas espécies, Araucaria angustifolia é a que sofreu maior pressão antrópica pela exploração de sua madeira e derrubada de florestas na região Sul. Atualmente consta na lista de espécies ameaçadas do Brasil (Mello Filho, 1992) como espécie e na lista em da IUCN vulnerável (2006) como(VU) criticamente perigo (CR) pelo desmatamento acelerado e pela falta de áreas disponíveis para o reflorestamento. No Estado do Espírito Santo existe um relato de Ruschi (1950) sobre a observação, em 1939, de um fragmento florestal na Serra do Caparaó, com cerca de 300 indivíduos adultos de Araucaria angustifolia. O autor acreditava que a população observada indicava a existência, em um momento anterior, de uma área mais extensa de floresta, mas relatava que mesmo a
população observada já havia desaparecido em função da derrubada por lenhadores e carvoeiros. Hueck (1953), em um artigo sobre a distribuição natural de Araucaria angustifolia, relatou que não obteve informações sobre a ocorrência da espécie para o Estado e quenatural os indivíduos observados deveriam ser oriundos de plantações artificiais. artificiais . Entretanto, nunca houve plantios de Araucaria na região Sul do Espírito Santo. Hueck (1953) relata que as florestas contínuas de Araucaria angustifolia ocorrem nas serras brasileiras, entre 1.000 e 1.400 m, em latitudes de 24 a 30o S, e em pequenas manchas isoladas entre 1.400 a 1.800 m, em latitudes de 18 a 24 o S. Cita a ocorrência de populações de Araucaria em vários pontos da Serra da Mantiqueira freqüentemente associadas à ocorrência de Podocarpus lambertii Klotzsch Klotzsch ex Endl., com limite setentrional no município de Conselheiro Pena, em Minas Gerais, em latitude próxima a 18o S. Esses dados mostram que a região do Caparaó (ES) se encontra inserida em uma área propícia para a ocorrência da espécie, bem como para a ocorrência de Podocarpus lambertii partir e modelos matemáticos elaborados a e de registros de ocorrência das espécies e dados de clima apontam a região como área de alta probabilidade para a ocorrência de ambas as espécies (Figuras 12.1 e 12.2). Considerando-se a carência de evidências atuais da ocorrência nativa de Araucaria angustifolia no Espírito Santo, o relato de Ruschi (1950) e a impossibilidade de se localizar novamente a população descrita por ele, além da confirmação do desmatamento local desta espécie pelo autor na
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Cap.12 - As Gimnospermas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Cap.12 Ingrid Koch - Leonardo Dias Meireles - Claudio Nicoletti de Fraga - Marcos Sobral
Serra do Caparaó, levou a espécie a ser apresentada como Regionalmente Extinta (REX) (Tabela 12.1).
Podocarpus lambertii (Figura 12.6 e 12.7) ocorre no Sul e Sudeste brasileiros eRuschi na Bahia (Garcia 2002b) e foiassociacitada citada por (1950) como espécie da à Araucaria, na região do Caparaó. Garcia (2002b) cita o Espírito Santo quando descreve a distribuição desta espécie, mas não relaciona os locais de ocorrência. Duarte (1973) descreve a distribuição da espécie na serra da Mantiqueira, nos Estados de SP, SP, MG e RJ, mas não cita o Espírito Santo. No levantamento dos dados de herbário para a confecção da lista de espécies ameaçadas (Fraga et al., capítulo 10), a espécie não foi incluída entre as ocorrentes no Estado do Espírito Santo em função de não haver nenhum espécime que suportasse a sua inclusão. Apesar de fortes indícios da possibilidade de ocorrência da espécie na região do Caparaó, os dados ainda são deficientes e poderão ser futuramente investigados, o que justifica a não inclusão da espécie nem como candidata na lista de espécies ameaçadas do Espírito Santo.
Podocarpus sellowii ( (Figura 12.4 e ) ocorredeem populações ocasionais 12.5 no interior florestas montanas, em altitudes em torno de 1.000 metros, no município de Santa Teresa. Duarte (1973) cita um registro de ocorrência também
para o Morro do Sal, na região de Cachoeiro do Itapemirim, Sudeste do Espírito Santo, e ressalta que a espécie ocorre comumente em solos com afloramentos de Quartzito e Arenito, com umidade constante e temperaturas amenas, características similares àquelas. descritas para Araucaria angustifolia Modelos de distribuição potencial da espécie baseados em registros de ocorrência e dados de clima, mostram áreas de alta probabilidade em outras localidades do Estado, inclusive no Caparaó (Figura 12.3), mas estes dados não foram ainda confirmados. A ocorrência restrita da espécie no Estado permitiu a inclusão de Podocarpus sellowii na na categoria Vulnerável (VU) (Tabela 1). Os dados levantados demonstram que pouco se conhece sobre a distribuição e o estado de conservação dos representantes de gimnospermas para o Espírito Santo. Os modelos de distribuição potencial confirmam que as regiões de altitude localizadas ao Sul do Estado de Espírito Santo representam áreas propícias para a ocorrência das espécies de gimnosperma de Floresta Atlântica. Os registros encontrados em literatura aliados às informações ecológicas das espécies e a estes sugerem que a ausência atualmodelos destas espécies deve-se provavelmente à grande pressão antrópica relatada.
Tabela 12.1. Lista das espécies das gimnospermas ameaçadas ou regionalmente extintas no Estado do Espírito Santo, com as respectivas categorias de ameaça, de acordo com as definições da IUCN. Categorias de ameaça: Vulnerável Vulnerável (VU), Criticamente em Perigo (CR) e Regionalmente Extinta (REX). Família
E sp é c i e
Araucariaceae
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Podocarpus sellowii Klotzsch ex Endl.
Podocarpaceae
Lista ES
Lista Brasil*
Lista IUCN**
R EX
VU
CR
VU
-
-
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Figura 12.1 - Área de ocorrência potencial de Araucaria angustifolia prevista pelo algoritmo “Bioclim” máxima a partir de de ocorrência da espécie e dados clima (média anual de temperaturas nodados mês mais quente e mínima no mês maisdefrio, precipitação anual, mais seco e mais úmido). Círculo vermelho indica a região do Caparaó
Figura 12.2 - Área de ocorrência potencial de Podocarpus lambertii prevista pelo algoritmo “Bioclim” a partir de dados ocorrência espécienoemês dados defrio, clima (média anual de temperaturas máxima no mêsdemais quente eda mínima mais precipitação anual, mais seco e mais úmido). Círculo indica a região do Caparaó
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Cap.12 - As Gimnospermas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Cap.12 Ingrid Koch - Leonardo Dias Meireles - Claudio Nicoletti de Fraga - Marcos Sobral
Figura 12.3 - Área de ocorrência potencial de Podocarpus sellowii prevista pelo algoritmo algoritmo “Bioclim” a partir de dados ocorrência espécienoemês dados defrio, clima (média anual de temperaturas máxima no mêsdemais quente eda mínima mais precipitação anual, mais seco e mais úmido). Círculo vermelho indica a região do Caparaó
Figura 12.4. - Podocarpus selowii ocorrente no Espírito Santo (planta masculina) Foto: Claudio Fraga
Figura 12.5- Podocarpus selowii ocorrente no Espírito Santo (planta feminina). Foto: Claudio Fraga
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Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Figura 12.6 - Podocarpus lambertii, espécie com distribuição potencial para o Es pírito píri to Sant Santoo (pla (planta nta masc masculin ulina). a). Foto: Claudio Fraga
Figura 12.7 - Podocarpus lambertii, espécie com distribuição potencial para o Es pírito Santo (plant (plantaa femini feminina). na). Foto: Claudio Fraga
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103 IPEMA 2007
Capítulo 13
As Angiospermas Angiospermas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann Museu de Biologia Professor Mello Leitão (MBML) André Paviotti Fontana Projeto de Conservação das Orquídeas em Risco de Extinção (LProjeto CORES) Marcelo Simonelli Faculdades Integradas São Pedro (FAESA) Claudio Nicoletti de Fraga Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
s Angiospermas surgiram provavelmente no período Cretáceo e divergiram das plantas sem flores e com sementes há aproximadamente 120.000.000 de anos (APG, 1998). Elas se expandiram junto com os insetos até dominarem a maioria dos am bien bi ente tess no mu mund ndo, o, to toma mand ndoo fo form rmas as e há há- bito bi toss ma mais is di dive vers rsos os (R (Rav aven en et al al.,., 20 2001 01). ).
A
As Angiospermas comumente chamadas de plantas com flores, constituem o maior e mais diversificado diversificado grupo do reino vegetal atual, estando a maior parte da cobertura vegetal da terra representada por esse grupo de plantas, que se caracteriza por grande plasticidade e alto poder de adaptação às mais diversas condições ambientais. Tanto podem ser plantas verdes, fotossintetizantes como aclorofiladas, vivendo como saprófitas ou parasitas. Muitas são aquáticas e vivem nas águas doces dos rios e lagos, enquanto poucas se adaptam à vida marinha. Variam desde pequenas ervas a árvores de grande porte ou lianas que oferecem uma grande variedade de meios para se prenderem a seus suportes. Muitas angiospermas es-
tão adaptadas para viver sobre troncos e ramos de outras plantas, como as epífitas (Barroso et al., 1978). A característica principal das Angiospermas é possuir óvulos protegidos dentro de um ovário, formando frutos, característica que empresta o nome ao grupo, angio, derivado do grego angeion (recipiente) e sperma (semente). As Angiospermas também se caracterizam por possuírem flores que são mais complexas que as estruturas reprodutivas das do Gimnospermas, das quais provavelmente evoluíram. Morfologicamente as flores de AngiMorfologicamente ospermas são constituídas de quatro séries de elementos dispostos em espiral ao longo de um eixo floral: 1) uma série externa de brácteas ou folhas modificadas chamadas de sépalas, geralmente verdes e que possuem uma função de proteção, formando o cálice; 2) uma série interna de brácteas ou folhas modificadas chamadas de pétalas, geralmente coloridas para atração, formando a corola; 3) uma ou mais séries de órgãos masculinos, os estames
105 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
que produzem os grãos de pólen e cujo conjunto é denominado androceu; e 4) uma série de estruturas femininas, os carpelos que contém os óvulos e que juntos formam o gineceu (Heywood, 1993).
formam um grupo parafilético constituído por três ordens e quatro famílias. O clado Magnoliídeas é formado por quatro ordens e 12 famílias, o clac lado Monocotiledôneas é composto por nove ordens e 42 famílias e, Eudicoti-
A divisão Angiospermae Magnoliophyta é dividida em duas ou classes: as monocotiledôneas (Liliopsidae) e eudicotiledôneas (Magnoliopsidae), (Magnoliopsidae), esta última chamada antigamente de dicotiledô dicotiledôneas. neas. A separação das duas classes ocorreu aproximadamente há 200.000.000 de anos (Wolfe et al., 1989). No mundo as monocotiledôneas são representadas por aproximadamente 65.000 espécies e as eudicotiledôneas, por 165.000 espécies (Raven et al., 2001). No Brasil, estima-se a ocorrência de 8.000 espécies de monocotiledôneas e 19.500 de eudicotiledôneas (Giulietti et al., 2005).
ledôneas, 29 ordens e 157 famílias (Lorenzicom & Souza, 2005).
As monocotiledôneas são geralmente ervas, exceto as palmeiras, os bambus e algumas Velloziaceae que podem alcançar vários metros de altura. Possuem normalmente um cotilédone, raízes fasciculadas, folhas longas e estreitas com nervuras paralelas, flores trímeras, pólen geralmente monosulcado. As eudicotiledôneas são herbáceas ou lenhosas e, normalmente, possuem dois cotilédones, raízes axiais, folhas de venação reticulada, flores tetrâmeras ou pentâmeras, pólen trisulcado ou triporícido. Estudos filogenéticos recentes mudaram os conceitos mais antigos estabelecidos na sistemática das angiospermas. O APG II (2003) baseado em estudos moleculares, estabelece modificações de posicionamento de vários táxons na Botânica Sistemática atual. Das 457 famílias de angiospermas listadas no APG II, 215 são nativas do Brasil, como as angiospermas basais e três clados. As angiospermas basais
As angiospermas tiveram um papel fundamental para o ser humano e sua evolução. A domesticação das plantas, principalmente principalm ente das angiospermas permitiu melhoramento nas condições de vida do homem, provocando uma expansão populacional populaci onal e geográfica. A domesticação das plantas há cerca de 10.000 anos, possibilitou a fixação dos homens que se transformaram de caçadores-nômades a agricultores (Tombalato, 2004). As plantas, com flores, foram e são a principal fonte alimentícia vegetal usada pelo homem. Há aproximadamente 10.000 anos, o trigo, no Oriente Médio, (Tanno & Willcox, 2006), e o arroz, na China (Garris et al., 2005), estavam sendo domesticados. Há cerca de 7.500 anos, o milho era cultivado no novo mundo (Piperno & Flannery, 2001). O àuso das plantas não é restrito somente nutrição, mas também teve e tem outros importantes papéis na vida humana. São inúmeras as utilizações das angiospermas pelo homem como nas edificações, meios de condução, vestuários, armas, tinturas, óleos, fibras, especiarias, cosméticos, venenos, alimentos para criações, floricultura, artesanato, dentre várias outras. O homem vem utilizando as plantas para uso medicinal há milhares de anos, sendo os primeiros relatos escritos encontrados há 3.000 anos em tabletes sumerianas na Mesopotâmia (MagninGonze, 2004). Na religião o uso de plantas é muito antigo e as alucinógenas
106 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
eram usadas e ainda o são em cultos xamanísticos no mundo todo e hoje, o uso de incenso é ainda muito comum nos cultos religiosos (Schultes & Hoffmann, 1981).
4.113 espécies vegetais de todos os grupos, pertencentes a 204 famílias, sendo dessas ca. 3.900 são angiospermas. No entanto, este número de espécies tende a aumentar devido, por um lado, a existência de grande quan-
O número de plantas estimadas no mundo é de 264.000 a 279.000 espécies, ou seja, aquelas formalmente descritas e documentadas em coleções biológicas (Peixoto & Morim, 2003). Segundo David Bramwell (2002), a partir da utilização de dados sobre espécies endêmicas, endêmica s, o número seria de 422.000 espécies, sendo 98.800 somente na América do Sul. Esses escores são muito discutidos em função de não existirem pesquisas específicas para quantificar o número de espécies de plantas no planeta, além de diversos grupos botânicos carecerem de revisões taxonômicas para dirimirem problemas entre a identidade de espécies afins.O Brasil é considerado considera do um dos países de maior diversidade biológica, destacando-se destaca ndo-se no ranking mundial de países megadiversos. Abriga cerca de 14% da diversidade de plantas do mundo (Shepherd, 2002). Para o território brasileiro, estima-se em 55.000 a 60.000 espécies de plantas
tidade de material identificado em nívelherborizado especifico e não por outro, pela falta de profissionais ligados à botânica no Estado (Fraga et al., nesse livro). Recentes pesquisas desenvolvidas no Espírito Santo demonstraram uma biodiversidade muito grande, colocando o Estado entre as maiores biod bi odii ve verr si da dade dess do mu mund ndoo (T (Tho ho-maz,1997). Essa megadiversidade, por sua vez, é o resultado da interação de vários fatores geográficos, climáticos, altimétricos e geomorfológicos. A diversidade do Espírito Santo e a própria falta de conhecimento da sua flora que por sua vez está ligada à escassez de instituições de pesquisa, impulsionando impulsionando apenas rere centemente a descoberta e a publicação de novas espécies vegetais (Fernandes, 1989; Chautems, 1991; Werff, 1991; Fernandes, 1996; Toscano & Kollmann, 1997; Baumgratz,
(MMA, 1998), sendode estimadas 50.000 a 56.000 espécies angiospermas (Barbosa & Peixoto, 2003). Dados mais específicos quanto à quantidade de espécies em cada Estado são muito escassos. Na Bahia são estimadas cerca de 10.000 espécies de angiospermas (Harley & Maio, 1980). Segundo Lom bardi (2000), o número de angiospermas para o Estado de Minas Gerais pode chegar a 10.000 espécies. Através da base original (acessos) utilizada na elaboração da Lista da Flora Ameaçada de Extinção no Estado do Espírito Santo (Fraga et al., nesse livro), foram quantificadas cerca de
1998; & Pereira, 1998; Fraga, 1999; Pereira Goldenberg, 1999; AcevedoRodriguez & Somner, 2001; Baitello, 2001; Guimarães & Goldenberg, 2001; Leme & Silva, 2001; Ronse, 2001; Vianna & Fontella, 2002; Amorim, 2003; Fraga & Kollmann, 2003; Frey, 2003; Kollmann, 2003; Leme, 2003; Mass & Westra, 2003; Chiron & Castro, 2004; Fraga, 2004; Fraga & Smidt, 2004; Lombardi, 2004; Chautems et al., 2005; Fiaschi & Pirani, 2005; Frey Fre y, 2005a; Frey, 2005b; Frey, 2005c; Profice, 2005; Coelho, 2006; Fiaschi, 2006; Fraga & Saavedra, 2006; Frey, 2006; Kollmann, 2006;
107 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Kollmann & Fontana, 2006; Kollmann & Sobral, 2006; Leme & Kollmann, 2006; Sales et al., 2006; So bral,, 2006; Sobral bral Sob ral & Couto, Couto , 2006; So brall & Proe bra Proença nça,, 2006 2006). ). Par Paraa a List Listaa de Espécies Ameaçadas do Espírito
(TaaRegionalmente Extinta (REX) (T bela be la 13 13.1 .1). ).
Santo, o grupo dasmaior angiospermas o que apresentou número foi de espécies ameaçadas e Regionalmente Extintas no Estado do Espírito Santo (Simonelli et al., capítulo 9).
cotiledôneas. nas monocotiledô-o neas quanto Tanto nas eudicotiledôneas maior número de espécies ameaçadas se enquadra na categoria Vunerável (VU). Porém, pode ser observado que, para as monocotiledôneas, o segundo maior status de ameaça foi o Criticamente em Perigo (CR) e não o Em Perigo (EN), como para as eudicotiledôneas (Figura 13.1). O elevado número de monocotiledôneas ameaçadas no status Criticamente em Perigo (CR) se deve em virtude da presença de Orchidaceae e Bromeliaceae nesse grupo, duas famílias botânicas com gran-
Das ca. 3.900 espécies de angiospermas listadas para o Espírito Santo foram consideradas ameaçadas de extinção 685 espécies (ca. 17,6%), estando 170 enquadradas na categoria Criticamente em Perigo (CR), 209 Em Perigo (EN) e 306 Vulnerável (VU), além de 21 espécies (0,6%) incluídas como
Dentre as 685 espécies ameaçadas de extinção, 375 375 espécies são monocotiledôneas enquanto 310 são eudi-
Figura 13.1. Número de espécies ameaçadas e Regionalmente Extintas de Angiospermas da flora do Espírito Santo nas diferentes categorias separadas por grupo. REX = Regionalmente Extinta, CR = Criticamente em Perigo, EN = Em Perigo, VU = Vulnerável
108 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
de diversidade específica e com grande número de espécies ornamentais que, lamentavelmente, encontram-se mais suscetíveis ao extrativismo comercial (Figura 13.2).
A maioria das espécies incluídas como REX está nesta categoria em virtude de ser somente conhecida pelo material tipo, não coletadas nos últimos esforços de coleta que ocorreu no Estado, além de se tratar
21 espéciesRegionalmente de angiospermasDas consideradas Extintas (REX), 15 são eudicotiledônes e seis monocotiledôneas (Figura 13.1), As monocotiledônea monocotiledôneass estão representadas pelas famílias Orchidaceae (cinco espécies) e Burmanniaceae (uma espécie), enquanto as eudicotiledôneas estão representadas pelas famílias Begoniaceae e Euphorbiaceae, com quatro espécies cada; Violaceae, com duas espécies; enquanto Aristolochiaceae, Brumeniaceae, Clusiaceae, Ebenaceae e Verbenaceae estão representadas por uma espécie.
normalmente de muitas espéciesdestas endêmicas. No entanto, espécies possuem informações antigas em áreas onde, recentemente, poucos esforços de coleta foram realizados, havendo, por isso, enorme necessidade de se destinar esforços e recursos necessários para averiguar se realmente estas espécies não são mais encontradas em seu ambiente natural no Espírito Santo. Na Figura 13.2 estão representadas as 20 famílias que apresentaram o maior número de espécies ameaçadas, estando as demais 47 famílias re-
Figura 13.2 - Famílias de angiospermas que apresentaram os maiores números de espécies ameaçadas no Espírito Santo
109 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
presentadas por menos de sete espécies. Observa-se que as famílias Orchidaceae e Bromeliaceae apresentaram o maior número de espécies ameaçadas (210 e 102 espécies, respectivamente), representando 46% de to-
cura por substitutas, ameaçando as espécies do Estado, como Alcantarea roberto-kautsky (VU) e A. vi (VU). nicolor (VU).
das as angiospermas ameaçadas Estado, enquanto a soma de todas no as espécies das demais 65 famílias ameaçadas totaliza 373 táxons (54%). Como já citado anteriormente, essas duas famílias apresentam grande riqueza de espécies ocorrentes no Estado e muitas delas possuem alto popotencial ornamental, sofrendo, sofre ndo, em função disso, grandes pressões extrativistas para fins comerciais.
palmente denominadas provocou as uma diminuição“nobres”, drástica de certas espécies, levando a quase extinção do pau-brasil (Caesalpinia echinata, Figura 13.4 ), da peroba ( Paratecoma peroba) e da braúna (Melanoxylon brauna ), estando as três representadas como Criticamente em Perigo (CR) na lista. Mas, sem dúvida, o principal fator responsável pela extensiva lista de espécies de angiospermas ameaçadas no Espírito Santo foi a fragmentação dos ecossistemas.
Na família Orchidaceae, o gênero Cattleya com as espécies Cattleya labiata, C. schilleriana, C. schofieldiana e C. velutina, e o gênero Hadrolaelia com as espécies, Hadrolaelia grandis, H. praestans, H. pumila, H. perrinii, perri nii, H. tene tenebrosa brosa (Figura 13.3) listadas como Criticamente em Perigo são exemplos de plantas com alto valor ornamental e comercial, sendo coletadas há décadas no Estado por mateiros e colecionadores. Outro exemplo de coleta extrativista ocorre na família Bromeliaceae, com espécies do gênero Vries osea que há cerca de 50 anos vêm sofrendo com o extrativismo indiscriminado. As espécies V. fosteriana (EN) e V. hieroglyphica (CR) (Figura 13.6) foram coletadas no Estado em larga escala, levando ao desaparecimento quase total da segunda espécie. Já a exploração de espécies do gênero Alcantarea é mais recente, visto que o alto valor das mudas de Alcantarea imperialiss (Carriere) Harms provenientes li do Rio de Janeiro estimulou a pro-
A extração de madeira, princi-
Dentre as 685 espécies de angiospermas em risco de extinção no Espírito Santo, 16,5% (ou 113 espécies) constam na Lista da Flora Brasileira revisada em 2006(www. biodiversitas biodiver sitas.org.b .org.br) r) e 2,34% (16) encontram-se na IUCN (2006) ( Tabela 13.1), além das cinco listas estaduais, sendo que a lista nacional e a do Estado de Minas Gerais foram recentemente revisadas, não oficializadas (Simonelli et mas al., capítulo 9). Ao se comparar o número de espécies de angiospermas ameaçadas em cada Estado com o Espírito Santo, observase que a situação das espécies da flora em cada Estado não é muito diferente, ficando o Espírito Santo atrás apenas da lista revisada do Estado de Minas Gerais. Estas listas possuem extrema importância para orientar e incentivar futuras propostas de conservação e estudos que promovam maior compreensão da flora estadual e brasileira brasi leira..
110 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Figura 13.3 - Hadrolaelia tenebrosa (Orchidaceae). Foto: Claudio Fraga
Figura 13.4 - Caesalpinia echinata (Fabaceae). Foto André Paviotti Fontana
Figura 13.5 - Begonia angularis (Begoniaceae). Foto Ludovic Kollmann
Figura 13.6 - Vriesia hieroglyphica (Bromeliaceae). Foto Ludovic Kollmann
Figura 13.7 - Scaevola plumieri (Goodeniaceae). Foto Claudio Fraga
(Clusiaceae). Figura 13.8 - Clusia marizii (Clusiaceae). Foto Ludovic Kollmann
Figura 13.9 - Tibouchina castellensis (Melastomataceae).Foto (Melastomat aceae).Foto LudovicKollmann
Figura 13.10 - Prepusa viridiflora
(Melastomataceae). (Melastomat aceae). Foto Ludovic Kollmann
(Gentianaceae).. Foto André Paviotti Fontana (Gentianaceae) 111 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Tabela 13.1 - Lista das espécies das angiospermas ameaçadas ou regionalmente extintas no Estado do Espírito Santo com as respectivas categorias categori as de ameaça e critérios de inclusão, de acordo com as definições da IUCN. Categorias de ameaça: (VU) Vulnerável , , (EN) Em Perigo , (CR) Criticamente em Perigo e (REX) Regionalmente Extinta. Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
ACANTHACEAE ACANTHACEAE
Aphelandra espirito-santensis Profice & Wassh. Aphelandra gigantea (Rizzini) Profice
EN EN
-
-
ACANTHACEAE
Aphelandra hirta (Klotzsch) Wassh.
VU
-
-
ACANTHACEAE
Aphelandra margaritae E. Morr.
EN
-
-
ACANTHACEAE
Aphelandra maximiliana (Nees) Benth.
EN
-
-
ACANTHACEAE
Aphelandra nitida Nees & Mart.
VU
-
-
ACANTHACEAE
Aphelandra prismatica (Vell.) Hieron.
VU
-
-
ACANTHACEAE
Chamaeranthemum Chamaeranthemu m beyrichii Nees
VU
-
-
ACANTHACEAE
Herpetacanthus longiflorus Nees
VU
-
-
ACANTHACEAE
Jacobinia Jacobi nia clausse claussenian nianaa (Nees) Profice
VU
-
-
ACANTHACEAE
Justicia Justi cia congrua congrua (Nees) Lindau
VU
-
-
ACANTHACEAE
Justicia Justi cia cydoniae cydoniaefolia folia (Nees) Lindau
VU
-
-
ACANTHACEAE
Justicia Justi cia genuflex genuflexaa Nees & Mart.
VU
-
-
ACANTHACEAE
Justicia Justi cia scheidw scheidweiler eilerii V. A. W. Graham
VU
-
-
ACANTHACEAE
Justicia Justi cia symphyanth symphyanthaa Lindau
VU
-
-
ACANTHACEAE
Justicia Justi cia tijucensi tijucensiss V. A. W. Graham
VU
-
-
ACANTHACEAE
Justicia Justi cia wasshausen wasshauseniana iana Profice
VU
-
-
ACANTHACEAE
Odontonema dissitiflorus (Nees) Kuntze
VU
-
-
ACANTHACEAE
Ruellia affinis Lindau
VU
-
-
ACANTHACEAE ACANTHACEAE
Ruellia curviflora Nees & Mart. Ruellia rosea (Nees) Hemsl.
VU VU
-
-
ACANTHACEAE
Schaueria lophura Nees
VU
-
-
ACANTHACEAE
Staurogyne anigozanthus (Nees) Kuntze
VU
-
-
ACANTHACEAE
Staurogyne carvalhoi Profice
EN
-
-
ACANTHACEAE
Stenostephanuss lobeliaeformis Nees Stenostephanu
VU
-
-
ALSTROEMERIACEAE
Alstroemeria capixaba M. C. Assis
CR
CR
-
AMARANTHACEAE
Hebanthe paniculata Mart.
VU
-
-
AMARANTHACEAE
Hebanthe pulverulenta Mart.
VU
-
-
AMARYLLIDACEAE
Griffinia colatinensis Ravenna
CR
-
-
AMARYLLIDACEAE
Griffinia espiritensis Ravenna
CR
VU
-
ANNONACEAE
Duguetia sooretamae Maas
EN
VU VU
-
112 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
ANNONACEAE
Oxandra reticulata Maas
EN
-
-
ARACEAE
Anthurium coriaceum (Grah.) G. Don
VU
-
-
ARACEAE
Anthurium ianthinopodum Schott ex Engler
VU
-
-
ARACEAE ARACEAE
Anthurium jilekii Schott Anthurium longifolium (Hoffmanns.) G. Don
VU EN
-
-
ARACEAE
Anthurium organense Engl.
EN
-
-
ARACEAE
Anthurium radicans K. Koch & A. Haage
EN
-
-
ARACEAE
Anthurium xanthophylloides G. M. Barroso
VU
-
-
ARACEAE
Asterostigma lombardii E. G. Gonç.
VU
-
-
ARACEAE
Dracontioides desciscens (Schott) Engl.
EN
-
-
ARACEAE
Philodendron Philodendr on hatschbachii Nadruz & Mayo
EN
-
-
ARACEAE
Philodendron Philodendr on spiritu-sancti Bunting
CR
CR
-
ARACEAE
Philodendron Philodendr on vargealtense Sakuragui
CR
-
-
ARACEAE
Stenospermation ulei K. Krause
CR
-
-
ARALIACEAE
Dendropanax cuneatus (DC.) Decne. & Planch.
EN
-
-
ARALIACEAE
Oreopanax capitatus (Jacq.) Decne. & Planch.
VU
-
-
ARALIACEAE
Schefflera calva (Cham.) Frodin & Fiaschi.
VU
-
-
ARALIACEAE
Schefflera varisiana Frodin
CR
-
-
ARECACEAE
Attalea oleifera Barb. Rodr.
VU
-
-
ARECACEAE
Bactris ferruginea Burret
EN
-
-
ARECACEAE
Bactris pickelii Burret
VU
VU
VU
ARECACEAE
Bactris timbuiensis H.Q.B.Fern.
VU
-
-
ARECACEAE ARECACEAE
Euterpe edulis Mart. Euterpe espiritosantensis H.Q.B.Fern.
VU VU
EN -
-
ARECACEAE
Lytocaryum insigne (Hort. ex Drude) Toledo
VU
-
-
ARECACEAE
Syagrus botryophora (Mart.) Mart.
VU
-
-
ARECACEAE
Syagrus macrocarpa Barb. Rodr.
CR
EN
EN
ARECACEAE
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman
CR
-
-
ARECACEAE
Syagrus ruschiana (Bondar) Glassman
VU
VU
-
ARECACEAE
Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman
CR
-
-
RE
-
-
ARISTOLOCHIACEAE Aristolochia hypoglauca Kuhlm. ASCLEPIADACEAE
Ditassa arianeae Fontella & E. A. Schwarz
CR
VU
-
ASCLEPIADACEAE
Ditassa oberdanii Fontella & M. Alvarez
CR
-
-
ASCLEPIADACEAE
Marsdenia fontellana Morillo & Carnevali
EN
-
-
113 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
ASTERACEAE
Aspilia clausseniana Baker
VU
-
-
ASTERACEAE
Aspilia floribunda (Gardner) Baker
VU
-
-
ASTERACEAE
Cololobus longiangustatus (G. M. Barroso) H. Rob.
VU
-
-
ASTERACEAE ASTERACEAE
Cololobus rupestris (Gardner) H. Rob. Conocliniopsis prasiifolia (DC.) R. M. King & H. Rob.
VU VU
-
-
ASTERACEAE
Dasycondylus resinosus ( resinosus (S Spreng.) R. M. King & H. Rob.
VU
-
-
ASTERACEAE
Eremanthus crotonoides (DC.) Sch. Bip.
VU
-
-
ASTERACEAE
Fleischmannia remotifolia (DC.) R. M. King & H. Rob.
VU
-
-
ASTERACEAE
Lepidaploa cotoneaster (Willd. ex Spreng.) H. Rob.
VU
-
-
ASTERACEAE
Lessingianthus elegans (Gardner) H. Rob.
VU
-
-
ASTERACEAE
Mikania biformis DC.
VU
-
-
ASTERACEAE
Mikania dentata G. M. Barroso
VU
-
-
ASTERACEAE
Mikania firmula Baker
VU
-
-
ASTERACEAE
Mikania microdonta DC.
VU
-
-
ASTERACEAE
Piptocarpha notata (Less.) Baker
VU
-
-
ASTERACEAE
Piptocarpha robusta G. M. Barroso
VU
-
-
ASTERACEAE
Senecio graciellae Cabrera
VU
-
-
ASTERACEAE
Senecio mikanioides Otto ex Walp.
VU
-
-
ASTERACEAE
Vernonia appariciana G. M. Barroso
VU
-
-
BEGONIACEAE
Begonia albidula Brade
VU
VU VU
-
BEGONIACEAE
Begonia altamiroi Brade
EN
VU
-
BEGONIACEAE
Begonia angularis Raddi
VU
-
-
BEGONIACEAE BEGONIACEAE
Begonia apparicioi Brade Begonia bahiensis A. DC.
REX CR
-
-
BEGONIACEAE
Begonia besleriifolia var. stuhriana Brade var. stuhriana
REX
-
-
BEGONIACEAE
Begonia coccinea Hook.
CR
-
-
BEGONIACEAE
Begonia crispula Brade
CR
EN
-
BEGONIACEAE
Begonia curtii L. B. Sm. & B. G. Schub.
EN
-
-
BEGONIACEAE
Begonia espiritosantensis E. L. Jacques & Mamede
CR
EN
-
BEGONIACEAE
Begonia fruticosa A. DC.
VU
-
-
BEGONIACEAE
Begonia hirtella Link
EN
-
-
BEGONIACEAE
Begonia hugelii (Klotzsch) A. DC.
EN
-
-
BEGONIACEAE
Begonia ibitiocensis E. L. Jacques & Mamede
EN
CR
-
BEGONIACEAE
Begonia inconspicua Brade
REX
-
-
114 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
BEGONIACEAE
Begonia integerrima Spreng.
EN
-
-
BEGONIACEAE
Begonia itaguassuensis Brade
EN
-
-
BEGONIACEAE
Begonia jairii Brade
VU
-
-
BEGONIACEAE BEGONIACEAE
Begonia kuhlmannii Brade Begonia obscura Brade
EN REX
-
-
BEGONIACEAE
Begonia polygonifolia A. DC.
CR
-
-
BEGONIACEAE
Begonia radicans Vell.
EN
-
-
BEGONIACEAE
Begonia rufa Thunb.
EN
-
-
BEGONIACEAE
Begonia ruschii L. Kollmann
CR
VU
-
BEGONIACEAE
Begonia santos-limae Brade
VU
-
-
BEGONIACEAE
Begonia smilacina A. DC.
REX
-
-
BEGONIACEAE
Begonia sylvatica Meisn. ex A. DC.
EN
-
-
BEGONIACEAE
Begonia thelmae L. B. Sm. & Wassh.
CR
-
-
BEGONIACEAE
Begonia valdensium A. DC.
VU
-
-
BIGNONIACEAE
Paratecoma peroba (Record & Mell) Kuhlm.
CR
-
-
BIGNONIACEAE
Tabebuia arianeae A. H. Gentry
EN
VU
-
BIGNONIACEAE
Tabebuia cristata A. H.Gentry
EN
EN
-
BIGNONIACEAE
Tabebuia riodocensis A. H. Gentry
EN
VU
-
BIXACEAE
Bixa arborea Huber
VU
-
-
BOMBACACEAE Cavanillesia arborea (Willdenow) K. Schum.
VU
-
-
BROMELIACEAE Acanthostachys pitcairnioides (Mez) Rauh & Barthlott
VU
-
-
BROMELIACEAE Aechmea amicorum B. R. Silva & H. Luther
EN
EN
-
BROMELIACEAE Aechmea azurea L. B. Sm. BROMELIACEAE Aechmea blanchetiana (Baker) L. B. Sm.
VU VU
-
-
BROMELIACEAE Aechmea capixabae L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE Aechmea entringeri Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE Aechmea fosteriana L. B. Sm.
EN
EN
-
BROMELIACEAE Aechmea fosteriana subsp. rupicola rupicola L Leeme
EN
-
-
BROMELIACEAE Aechmea guarapariensis E. Pereira & Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE Aechmea maasii E. Gouda & W. Till
VU
-
-
BROMELIACEAE Aechmea macrochlamys L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE Aechmea microcephala E. Pereira & Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE Aechmea mutica L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE Aechmea orlandiana L. B. Sm.
CR
EN
-
115 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
BROMELIACEAE
Aechmea pedicellata Leme & Luther
VU
-
-
BROMELIACEAE
Aechmea podantha L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Aechmea rubrolilacina Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE BROMELIACEAE
Aechmea triangularis L. B. Sm. Alcantarea benzingii Leme
VU VU
CR
-
BROMELIACEAE
Alcantarea roberto-kautskyi Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Alcantarea vinicolor (E. Pereira & Reitz) J. R. Grant
VU
-
-
BROMELIACEAE
Billbergia lietzei E. Morren
VU
-
-
BROMELIACEAE
Billbergia lymanii E. Pereira & Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Billbergia minarum var. viridiflora viridiflora E E.. Pereira & Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Canistropsis albiflora (L. B. Sm.) H. Luther & Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Canistrum triangulare L. B. Sm. & Reitz
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus beuckeri E. Morren
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus capitatus Leme
EN
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus caulescens I. Ramírez
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus coriaceus Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus correia-araujoi Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus dorothyae Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus exaltatus H. Luther
EN
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus fernseeoides Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus grazielae H. Luther
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus latifolius Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE BROMELIACEAE
Cryptanthus leuzingerae Leme Cryptanthus lutherianus I. Ramírez
VU EN
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus maritimus L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus odoratissimus Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus pseudoglaziovii Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus pseudoscaposus L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus roberto-kautskyi Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus scaposus E. Pereira
VU
-
-
BROMELIACEAE
Cryptanthus whitmanii Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Encholirium gracile L. B. Sm.
CR
EN
-
BROMELIACEAE
Encholirium horridum L. B. Sm.
VU
EN
-
BROMELIACEAE
Neoregelia angustibracteolata E. Pereira & Leme
VU
-
-
116 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
BROMELIACEAE
Neoregelia capixaba E. Pereira & Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Neoregelia guttata Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Neoregelia inexspectata Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE BROMELIACEAE
Neoregelia lilliputiana E. Pereira Neoregelia menescalii Leme
VU VU
-
-
BROMELIACEAE
Neoregelia pascoaliana L. B. Sm.
VU
EN
-
BROMELIACEAE
Neoregelia ruschii Leme & B. R. Silva
VU
-
-
BROMELIACEAE
Neoregelia sanguinea Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Neoregelia zaslawskyi E. Pereira & Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Neoregelia zonata L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Nidularium ferrugineum Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Nidularium kautskyanum Leme
VU
VU VU
-
BROMELIACEAE
Nidularium serratum Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Orthophytum duartei L. B. Sm.
CR
EN
-
BROMELIACEAE
Orthophytum estevesii (Rauh) Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Orthophytum foliosum L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Orthophytum fosterianum L. B. Sm.
VU
VU
-
BROMELIACEAE
Orthophytum zanonii Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Pitcairnia burle-marxii Braga & Sucre
VU
-
-
BROMELIACEAE
Pitcairnia decidua L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Portea fosteriana L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Quesnelia kautskyi C. M. Vieira
VU
-
-
BROMELIACEAE BROMELIACEAE
Racinaea domingos-martins domingos-martinsii ii (Rauh) J. R. Grant Tillandsia Tillan dsia kautskyi E. Pereira
VU EN
VU
-
BROMELIACEAE
Tillandsia Tilland sia segregata E. Pereira
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea amadoi Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea appariciana E. Pereira & Reitz
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea belloi Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea breviscapa (E. Pereira & I. A. Penna) Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea Vries ea calimaniana Leme & W. Till
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea Vries ea colnagoi E. Pereira & I. A. Penna
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea debilis Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea Vries ea delicatula L. B. Sm.
VU
EN
-
BROMELIACEAE
Vriesea drepanocarpa (Baker) Mez
VU
-
-
117 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
BROMELIACEAE
Vriesea fosteriana L. B. Sm.
EN
CR
-
BROMELIACEAE
Vriesea funebris L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea gracilior (L. B. Sm.) Leme
EN
-
-
BROMELIACEAE BROMELIACEAE
Vriesea harry-lutheri Leme & G. Brown Vriesea hieroglyphica (Carriere) E. Morren
EN CR
CR
-
BROMELIACEAE
Vriesea kautskyana E. Pereira & I. A. Penna
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea languida L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea menescalii E. Pereira & Leme
EN
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea morrenii Wawra
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea neoglutinosa Mez
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea pabstii McWilliams & L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea parviflora L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea pereireae L. B. Sm.
EN
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea plurifolia Leme
EN
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea racinae L. B. Sm.
VU
EN
-
BROMELIACEAE
Vriesea repandostachys Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea rhodostachys L. B. Sm.
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea schunkii Leme
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea seideliana W. Weber
VU
-
-
BROMELIACEAE
Vriesea weberi E. Pereira & I. A. Penna
VU
-
-
BURMANNIACEAE
Apteria aphylla (Nutt.) Barnhart ex Small
CR
-
-
BURMANNIACEAE
Miersiella umbellata (Miers) Urb.
VU
-
-
BURMANNIACEAE BURSERACEAE
Thismia espirito-santensi espirito-santensiss Brade Trattinnickia mensalis Daly
REX EN
-
-
CACTACEAE
Melocactus violaceus Pfeiff.
VU
VU
VU
CACTACEAE
Pilosocereus brasiliensis (Britton & Rose) Backeb.
VU
-
-
CACTACEAE
Rhipsalis cereoides (Backeb. Voll) Backeb.
EN
VU
VU
CACTACEAE
Rhipsalis paradoxa (Salm-Dyck ex Pfeiff.) Salm-Dyck
EN
-
-
CACTACEAE
Rhipsalis pilocarpa Loefgr.
EN
VU
VU
CACTACEAE
Rhipsalis russellii Britton & Rose
EN
-
VU
CACTACEAE
Schlumbergera kautskyi (Horobin & McMillan) N. P. Taylor
EN
EN
EM
CAPPARACEAE
Capparis nectaria Vell.
VU
-
-
CAPPARACEAE
Capparis nectaria Vell.
VU 118
IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
CHRYSOBALANACEAE
Couepia belemii Prance
EN
-
-
CHRYSOBALANACEAE
Couepia carautae Prance
EN
-
-
CHRYSOBALANACEAE
Exellodendron gracile
CHRYSOBALANACEAE
(Kuhlm.) Prance Licania arianeae Prance
EN EN
-
-
CHRYSOBALANACEAE
Licania belemii Prance
EN
-
-
CLUSIACEAE
Clusia aemygdioi A. G. da Silva & B. Weinberg
VU
-
-
CLUSIACEAE
Clusia marizii A. G. da Silva & B. Weinberg
VU
-
-
CLUSIACEAE
Kielmeyera occhioniana Saddi
EN
-
-
CLUSIACEAE
Kielmeyera rufotomentosa Saddi
REX
-
-
CLUSIACEAE
Kielmeyera rupestris Duarte
CR
-
-
CLUSIACEAE
Kielmeyera sigillata Saddi
CR
-
-
COMBRETACEAE
Buchenavia pabstii Marquete & C.Valente
EN
EN
EN
COMBRETACEAE
Terminalia kuhlmannii Alwan & Stace
EN
VU
VU
COMMELINACEAE
Dichorisandra neglecta Brade
CR
-
-
COSTACEAE
Costus cuspidatus (Nees & Mart.) Maas
CR
EN
-
COSTACEAE
Costus scaber Ruiz & Pav.
VU
-
-
CYPERACEAE
Bulbostylis nesiotis (Hemsl.) C. B. Clarke
CR
-
-
CYPERACEAE
Cyperus atlanticus Hemsl.
CR
VU
-
CYPERACEAE
Rhynchosporaa filiformis Vahl Rhynchospor
EN
-
-
DILLENIACEAE
Doliocarpus lancifolius Kubitzki
VU
-
-
EBENACEAE
Diospyros duartei Cavalcante
REX
-
-
ELAEOCARPACEAE ELAEOCARPACEAE
Sloanea garckeana K. Schum. Sloanea monosperma Vell.
VU VU
-
-
ELAEOCARPACEAE
Sloanea obtusifolia (Moric.) K. Schum.
VU
-
-
EUPHORBIACEAE
Euphorbia holochlorina Rizzini
REX
-
-
EUPHORBIACEAE
Paradrypetes ilicifolia Kuhlm.
REX
-
-
EUPHORBIACEAE
Phyllanthus retroflexus Brade
REX
-
-
EUPHORBIACEAE
Tetraplandra dimitrii Emmerich
CR
-
-
EUPHORBIACEAE
Tetraplandra kuhlmannii Emmerich
REX
-
-
FABACEAE
Bauhinia grazielae Fonseca Vaz
EN
-
-
FABACEAE
Caesalpinia echinata Lam.
CR
EN
EN
FABACEAE
Centrolobium sclerophyllu sclerophyllum m H. C. Lima ex G. P. Lewis
EN
-
-
FABACEAE
Dalbergia elegans A. M. Carvalho
EN
VU
-
119 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
FABACEAE
Grazielodendron rio-docensis H. C. Lima
VU
VU
-
FABACEAE
Hymenolobium janeirense Kuhlm.
VU
-
-
FABACEAE
Machaerium fulvovenosum H. C. Lima
EN
-
-
FABACEAE FABACEAE
Melanoxylon brauna Schott Moldenhawera papillanthera L. P. Queiroz, G. P. Lewis & R. Allkin
CR
VU
-
EN
-
-
FABACEAE
Swartzia linharensis Mansano
EN
-
-
FABACEAE
Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarucchi & Pipoly
EN
-
-
FABACEAE
Zollernia magnifica A. M. Carvalho & Barneby
VU
-
-
FABACEAE
Zollernia modesta A. M. Carvalho & Barneby
VU
-
-
GENTIANACEAE
Prepusa viridiflora Brade
EN
EN
-
GENTIANACEAE
Schultesia guianensis (Aubl.) Malme
CR
-
-
GESNERIACEAE GESNERIACEAE
Codonanthe devosiana Lem. Codonanthe gracilis (Mart.) Hanst.
EN EN
-
-
GESNERIACEAE
Codonanthe uleana Fritsch
EN
-
-
GESNERIACEAE
Dalbergaria sanguinea (Pers.) Steud.
EN
-
-
GESNERIACEAE
Nematanthus crassifolius (Schott) Wiehler
EN
-
-
GESNERIACEAE
Nematanthus fornix (Vell.) Chautems
EN
-
-
GESNERIACEAE
Nematanthus hirtellus (Schott) Wiehler
EN
-
-
GESNERIACEAE
Nematanthus lanceolatus (Poir.) Chautems
EN
-
-
GESNERIACEAE
Nematanthus sericeus (Hanst.) Chautems
EN
-
-
GESNERIACEAE
Paliavana tenuiflora Mansf.
EN
-
-
GESNERIACEAE
Sinningia aghensis Chautems
EN
-
-
GESNERIACEAE
Sinningia barbata (Nees & Mart.) G. Nicholson
EN
-
-
GESNERIACEAE
Sinningia cooperi (Paxton) Wiehler
EN
-
-
GESNERIACEAE
Sinningia elatior (Kunth) Chautems
VU
-
-
GESNERIACEAE
Sinningia kautskyi Chautems
CR
-
-
GESNERIACEAE
Sinningia magnifica (Otto & A. Dietr.) Wiehler
VU
-
-
GESNERIACEAE
Sinningia sceptrum (Mart.) Wiehler
VU
-
-
GESNERIACEAE
Sinningia speciosa (Lodd.) Hiern.
VU
-
-
GESNERIACEAE
Sinningia valsuganensis Chautems
EN
-
-
GESNERIACEAE GESNERIACEAE
Sinningia villosa Lindl. Vanhouttea calcarata Lem.
EN VU
-
-
GOODENIACEAE
Scaevola plumieri (L.) Vahl
VU
-
-
120 IPEMA 2007
Cap.13 Cap. 13 - As Angiospermas ameaçadas ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
GRAMINAE
Axonopus pressus (Nees ex Steud.) Parodi
CR
-
-
GRAMINAE
Cryptochloa capillata (Trin.) Soderstr.
EN
-
-
GRAMINAE
Ichnanthus bambusiflorus (Trin.) Döll
EN
-
-
GRAMINAE HELICONIACEAE
Streptochaeta spicata Schrad. ex Nees Heliconia angusta Vell.
EN VU
-
-
HELICONIACEAE
Heliconia episcopalis Vell.
VU
-
-
HELICONIACEAE
Heliconia laneana var. var. flava flava (Barreiros) E. Santos
VU
-
-
HELICONIACEAE
Heliconia richardiana Miq.
VU
-
-
HUMIRIACEAE
Humiriastrum spiritusancti Cuatrec.
VU
-
-
LAMIACEAE
Eriope macrostachya Mart. ex Benth.
EN
-
-
LAMIACEAE
Hyptidendron asperrimum (Epling) Harley
EN
-
-
LAMIACEAE
Hyptis paludosa A. St.-Hill ex Benth.
VU
-
-
LAMIACEAE
Salvia apparicii Brade & Barb. Per.
CR
-
-
LAMIACEAE
Salvia espirito-santensis Brade & Barb. Per.
CR
-
-
LAMIACEAE
Salvia itaguassuensis Brade & Barb. Per.
CR
-
-
LAURACEAE
Beilschmiedia linharensis Sa. Nishida & van der Werff
EN
-
-
LAURACEAE
Mezilaurus crassiramea (Meisn.) Taub. ex Mez
CR
-
-
LAURACEAE
Ocotea confertiflora (Meisn.) Mez
VU
-
-
LAURACEAE
Ocotea cryptocarpa Baitello
CR
VU
-
LAURACEAE
Ocotea polyantha (Nees & Mart.) Mez
EN
-
-
LAURACEAE
Rhodostemonodaphne capixabensis Rhodostemonodaphne Baitello & Coe-Teixeira
VU
EN
-
LAURACEAE
Williamodendron cinnamomeum van der Werff
CR
EN
-
LECYTHIDACEAE
Cariniana parvifolia S. A. Mori, G.T.Prance & Menandro
EN
EN
-
Couratari asterotricha Prance
EN
VU
CR
LENTIBULARIACEAE Genlisea lobata Fromm
VU
-
-
LENTIBULARIACEAE Utricularia foliosa L.
VU
-
-
LECYTHIDACEAE
MALPIGHIACEAE
Banisteriopsis sellowiana (A. Juss.) B. Gates
CR
VU
-
MALPIGHIACEAE
Barnebya dispar (Griseb.) W. R. Anderson & B. Gates
CR
-
-
MALPIGHIACEAE
Bunchosia acuminata Dobson
VU
VU
-
MALPIGHIACEAE
Bunchosia macilenta Dobson
VU
-
-
MALPIGHIACEAE
Byrsonima alvimii W. R. Anderson
CR
VU
-
121 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
MALPIGHIACEAE
Byrsonima bahiana W. R. Anderson
EN
VU
-
MALPIGHIACEAE
Byrsonima laevigata (Poir.) DC.
VU
-
-
MALPIGHIACEAE
Byrsonima variabilis Adr. Juss.
VU
-
-
MALPIGHIACEAE MALPIGHIACEAE
Heladena bunchosioides (A. Juss.) A. Juss. Heteropterys admirabilis Amorim
CR EN
VU
-
MALPIGHIACEAE
Heteropterys alternifolia W. R. Anderson
VU
-
-
MALPIGHIACEAE
Heteropterys bahiensis Nied.
EN
-
-
MALPIGHIACEAE
Heteropterys capixaba Amorim
EN
VU
-
MALPIGHIACEAE
Heteropterys megaptera Adr. Juss.
CR
-
-
MALPIGHIACEAE
Heteropterys oberdanii Amorim
EN
VU
-
MALPIGHIACEAE
Heteropterys perplexa W. R. Anderson
VU
-
-
MALPIGHIACEAE
Heteropterys trigoniifolia Adr. Juss.
CR
-
-
MALPIGHIACEAE
Hiraea bullata W. R. Anderson
CR
-
-
MALPIGHIACEAE
Lophopterys floribunda W. R. Anderson & Chas. C. Davis
EN
-
-
MALPIGHIACEAE
Mascagnia chlorocarpa (A. Juss.) Griseb.
VU
-
-
MALPIGHIACEAE
Mezia araujoi Schwacke ex Nied.
VU
-
-
MALPIGHIACEAE
Peixotoa glabra Adr. Juss.
CR
VU
-
MALPIGHIACEAE
Tetrapterys lalandiana Adr. Juss.
VU
-
-
MALVACEAE
Pavonia alnifolia A. St.-Hil.
VU
VU
-
MALVACEAE
Pavonia multiflora A. St.-Hil.
VU
-
-
MALVACEAE
Pavonia selloi Gürke ex Mart.
VU
-
-
MARANTACEAE MARANTACEAE
Calathea aemula Körn. Calathea brasilienses Körn.
VU VU
-
-
MARANTACEAE
Calathea cylindrica (Roscoe) K. Schum.
VU
-
-
MARANTACEAE
Calathea monophylla (Vell.) Körn.
VU
-
-
MARANTACEAE
Calathea musaica (Bull) Bailey-Raffill
EN
-
-
MARANTACEAE
Calathea sciuroides Petersen
EN
-
-
MARANTACEAE
Calathea singularis H. Kenn.
EN
-
-
MARANTACEAE
Calathea tuberosa (Vell.) Körn.
CR
-
-
MARANTACEAE
Calathea widgreni Körn.
VU
-
-
MARANTACEAE
Calathea wioti Regel
CR
-
-
MARANTACEAE
Calathea zebrina (Sims) Lindl.
VU
-
-
MARANTACEAE
Ischnosiphon gracilis (Rudge) Körn.
VU
-
-
MARANTACEAE
Ischnosiphon gracilis (Rudge) Körn.
VU
122 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
MARANTACEAE
Ischnosiphon ovatus Körn Körn..
EN
-
-
MARANTACEAE
Maranta bicolor Ker-Gawl
VU
-
-
MARANTACEAE
Maranta subterranea J. subterranea J. M. A. Braga Braga
EN
-
-
MARANTACEAE MARANTACEAE
Monotagma plurispicatum (Körn.) K. Schum. Schum. Saranthe compisita ( compisita (L Link ex Körn.) K. Schum.
VU VU
-
-
MARANTACEAE
Saranthe klotzchiana (Körn.) Eichler
VU
-
-
MARANTACEAE
Stromanthe porteana Griseb Griseb..
VU
-
-
MARANTACEAE
Stromanthe schottiana Eichler
VU
-
-
MELASTOMATACEAE
Bertolonia formos Brade
CR
-
-
MELASTOMATACEAE
Bertolonia foveolata Brade
CR
-
-
MELASTOMATACEAE
Cambessedesia eichleri Cogn Cogn..
EN
VU
-
MELASTOMATACEAE
Clidemia capilliflora (Naud.) Cogn. Cogn.
VU
-
-
MELASTOMATACEAE
Dolichoura spiritusancten spiritusanctensis sis Brade
EN
VU
-
MELASTOMATACEAE
Henriettea gomesii Brade
CR
-
-
MELASTOMATACEAE
Huberia espirito-santensis Baumgratz
EN
VU
-
MELASTOMATACEAE
Meriania calophylla Triana
VU
-
-
MELASTOMATACEAE
Meriania tetramera Wurdack
VU
-
-
MELASTOMATACEAE
Merianthera burlemarxii Wurdack
CR
CR
-
MELASTOMATACEAE
Merianthera pulchra Kuhlm.
CR
-
-
MELASTOMATACEAE
Miconia amoena Triana
VU
-
-
MELASTOMATACEAE
Miconia capixaba R. Goldenberg
EN
VU
-
MELASTOMATACEAE
Miconia longicuspis Cogn Cogn..
VU
VU
-
MELASTOMATACEAE MELASTOMATACEAE
Miconia octopetala Cogn Cogn.. Miconia rimalis Naudin
VU VU
-
-
MELASTOMATACEAE
Miconia setosociliata Cogn Cogn..
VU
VU
-
MELASTOMATACEAE
Mouriri megasperma Morley
CR
-
-
MELASTOMATACEAE
Tibouchina Tibouch ina apparicioi Brade
CR
-
-
MELASTOMATACEAE
Tibouchina boudetii P. J. F. Guim. & R. Goldenberg
EN
VU
-
MELASTOMATACEAE
Tibouchina Tibouch ina castellensis Brade
CR
VU
-
MELASTOMATACEAE
Tibouchina quartzophila Brade
CR
VU
-
MENISPERMACEAE
Odontocarya vitis (Vell.) J. M. A. Braga
VU
VU
-
MENISPERMACEAE
Sciadotaenia acutifolium Krukoff & Barneby
VU
-
-
MONIMIACEAE
Macrotorus utriculatus (Mart. Ex Tul.) Perk. Perk.
CR
VU
-
123 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
MONIMIACEAE
Mollinedia glabra (Spreng.) Perkins
EN
VU
VU
MONIMIACEAE
Mollinedia marquetiana A. L. Peixoto
VU
-
VU
MONIMIACEAE
Mollinedia salicifolia Perkins
EN
VU
-
MONIMIACEAE MONIMIACEAE
Siparuna glossostyla Perkins Siparuna reginae (Tul.) A. DC.
EN VU
-
-
MORACEAE
Dorstenia alberti Carauta, C. Valente & Sucre
CR
-
-
MORACEAE
Dorstenia bonijesu Carauta & C. Valente
VU
-
-
MORACEAE
Dorstenia cayapia Vell Vell..
EN
-
-
MORACEAE
Dorstenia conceptionis Carauta
CR
-
-
MORACEAE
Dorstenia gracilis Carauta, C. Valente & Araújo
EN
-
-
MORACEAE
Dorstenia hildegardis Carauta, C. Valente & R. Barth
CR
-
-
MORACEAE
Dorstenia milaneziana Carauta, C. Valente & Sucre
EN
-
-
MYRTACEAE
Campomanesia espiritosantensis Landrum
EN
VU
VU
MYRTACEAE
Campomanesia macrobracteolata Landrum
EN
VU
-
MYRTACEAE
Marlierea sucrei G. M. Barroso & A. L. Peixoto
EN
EN
-
MYRTACEAE
Myrcia follii G. M. Barroso & A. L. Peixoto
VU
VU
-
MYRTACEAE
Myrcia gilsoniana G. M. Barroso & A. L. Peixoto
EN
VU
-
MYRTACEAE
Myrcia isaiana G. M. Barroso & A. L. Peixoto
EN
VU
-
MYRTACEAE
Myrcia limae G. M. Barroso & A. L. Peixoto
VU
VU
-
MYRTACEAE
Myrcia riodocensis G. M. Barroso & A. L. Peixoto
EN
VU
-
MYRTACEAE
Neomitranthes obtusa Sobral & Zambom
EN
VU
-
MYRTACEAE
Plinia renatiana G. M. Barroso & A. L. Peixoto
EN
VU
-
MYRTACEAE NYCTAGINACEAE
Plinia stictophylla G. M. Barroso & A. L. Peixoto Andradea floribunda Allemão
EN EN
-
-
NYCTAGINACEAE
Belemia fucsioides Pires
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Acianthera aphthosa (Lindl.) Pridgeon & M. W. Chase
CR
-
-
Acianthera auriculata (Lindl.) Pridgeon & M. W. Chase
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Acianthera bragae (Ruschi) F. Barros
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Acianthera glumacea (Lindl.) Pridgeon & M. W. Chase
EN
-
-
CR
-
-
ORCHIDACEAE
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Acianthera heringeri (Hoehne) F. Barros Acianthera papillosa (Lindl.)
Pridgeon & M. W. Chase
CR 124
IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família ORCHIDACEAE
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
Acianthera pectinata (Lindl.) Pridgeon & M. W. Chase
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Acianthera rupestris (Lindl.) F. Barros
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Acianthera Pridgeon & saurocephala M. W. Chase (Lodd.)
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Acianthera strupifolia (Lindl.) Pridgeon & M. W. Chase
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Amblostoma tridactylum (Lindl.) Rchb. F. F.
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Anathallis aquinoi (Schltr.) Pridgeon & M. W. Chase
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Anathallis gehrtii (Hoehne & Schltr.) F. Barros
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Anathallis kautskyi (Pabst) Pridgeon & M. W. Chase
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Anathallis montipelladensis (Hoehne) F. Barros
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Anathallis radialis (Porto & Brade) Pridgeon & M. W. Chase
EN
-
-
Barbosella spiritu-sanctens spiritu-sanctensis is (Pabst) F. Barros & Toscano
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Bifrenaria aureofulva (Hook.) Lindl.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Bifrenaria calcarata Barb. Rodr. Rodr.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Bifrenaria leucorrhoda Rchb. F.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Bifrenaria tetragona (Lindl.) Schltr.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Bifrenaria thyrianthina (Loudon) Rchb. F.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Bifrenaria wittigii (Rchb. F.) Hoehne
EN
VU
-
ORCHIDACEAE
Brassia arachnoidea Barb. Rodr.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Bulbophyllum arianeae Fraga & E. C. Smidt
CR
VU
-
ORCHIDACEAE
Bulbophyllum boudetiana Fraga
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Bulbophyllum campos-portoi Brade
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Bulbophyllum cantagalense (Barb. Rodr.) Cogn. Cogn.
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Bulbophyllum gomesii Fraga
CR
VU
-
ORCHIDACEAE
Bulbophyllum kautskyi Toscano
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Bulbophyllum laciniatum (Barb. Rodr.) Cogn. Cogn.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Bulbophyllum plumosum (Barb. Rodr.) Cogn.
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Bulbophyllum teresensis Ruschi
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Bulbophyllum weddellii (Lindl.) Rchb. f.
CR
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Campylocentrum crassirhizum Hoehne Campylocentrum Campylocentrum Campylocentru m parahybunens parahybunensee (Barb. Rodr.) Rolfe
VU EN
-
-
ORCHIDACEAE
ORCHIDACEAE
Capanemia fluminensis Pabst
EN
-
-
125 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Família
Es pé c i e
ORCHIDACEAE
Capanemia micromera Barb. Rodr.
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Capanemia superflua (Rchb. f.) Garay
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Capanemia thereziae Barb. Rodr. Rodr.
CR
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Catasetum mattosianum Bicalho Catasetum purum Nees & Sinning
CR CR
-
-
ORCHIDACEAE
Cattleya guttata Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Cattleya harrisoniana Bateman ex Lindl. Lindl.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Cattleya labiata Lindl Lindl..
CR
EN
-
ORCHIDACEAE
Cattleya schilleriana Rchb.f .
CR
CR
-
ORCHIDACEAE
Cattleya schofieldiana Rchb.f.
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Cattleya velutina Rchb.f.
CR
EN
-
ORCHIDACEAE
Centroglossa castellensis Brade
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Centroglossa glaziovii Cogn Cogn..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Centroglossa macroceras Barb. Rodr. Rodr.
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Centroglossa tripollinica Barb. Rodr.
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Cirrhaea longiracemosa Hoehne
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Cleistes revoluta (Barb. Rodr.) Schltr. Schltr.
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Cochleanthes candida (Lindl.) R. E. Schult. & Garay
EN
-
-
Cochleanthes wailesiana (Lindl.) R. E. Schult. & Garay
EN
VU
-
Cogniauxiocharis euphlebia (Oliv. ex Rchb. f.) Hoehne
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Coryanthes speciosa (Hook.) Hook. Hook.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Cranichis candida (Barb. Rodr.) Cogn. Cogn.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Cryptophoranthus Cryptophoran thus kautskyi Pabst
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Cryptophoranthus Cryptophoran thus schenckii Cogn Cogn..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Cycnoches pentadactylon Lindl Lindl..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Cyrtopodium gigas (Vell.) Hoehne
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Cyrtopodium holstii L. C. Menezes
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Dichaea moseni Rchb. f.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Dimerandra emarginata (G. Mey.) Hoehne
EN
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Dipteranthus pellucidus Cogn Cogn.. Dryadella espirito-santensi espirito-santensiss (Pabst) Luer
VU CR
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
ORCHIDACEAE
Dryadella kautskyi (Pabst) Luer
CR
-
-
126 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
ORCHIDACEAE
Dryadella suzanae (Pabst) Luer
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Dungsia harpophylla (Rchb. f.) Chiron & V. P. Castro
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Dungsia kautskyi (Pabst) Chiron & V. P. Castro
CR
EN
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Elleanthus pusillus Schltr Schltr.. Eltroplectris calcarata (Sw.) Garay & H. R. Sweet
CR VU
-
-
ORCHIDACEAE
Eltroplectris kuhlmanniana (Hoehne) Pabst
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Encyclia bragancae Ruschi
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Encyclia burle-marxii Pabst
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Encyclia megalantha (Barb. Rodr.) Porto & Brade
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum ansiferum Rchb.f.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum caldense Barb. Rodr. Rodr.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum carpophorum Barb. Rodr. Rodr.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum chlorinum Barb. Rodr. Rodr.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum coronatum Ruiz & Pav. Pav.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum Epidendru m cristatum Ruiz & Pav. Pav.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum dendrobioides Thunb Thunb..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum Epidendru m ecostatum Pabst
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum geniculatum Barb. Rodr. Rodr.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum imatophyllum Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum janeirense Porto & Brade
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum kautskyi Pabst
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum martianum Lindl Lindl..
EN
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Epidendrum paranaense Barb. Rodr. Rodr. Epidendrum polyanthum Lindl. Lindl.
EN VU
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum robustum Cogn Cogn..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum setiferum Lindl Lindl..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum vesicatum Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Epidendrum zappii Pabst
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Galeandra beyrichii Rchb. f.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Galeottia ciliata (Morel) Dressler & Christenson
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Gomesa glaziovii Cogn Cogn..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Gongora bufonia Lindl Lindl..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Gongora quinquenerv quinquenervis is Ruiz & Pav. Pav.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Govenia utriculata (Sw.) Lindl.
VU
-
-
127 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
ORCHIDACEAE
Habenaria carvalhoi Ruschi
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Habenaria fastor Warm Warm..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Habenaria macronectar (Vell.) Hoehne
VU
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Hadrolaelia coccinea (Lindl.) Chiron & V. P. Castro Hadrolaelia grandis (Lindl. & Paxt.) Chiron & V. P. Castro
EN
-
-
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Hadrolaelia perrinii (Lindl.) Chiron & V. P. Castro
CR
VU
-
ORCHIDACEAE
Hadrolaelia praestans (Linden & Rchb.f.) Chiron & V. P. Castro
CR
VU
-
ORCHIDACEAE
Hadrolaelia pumila (Hook.) Chiron & V. P. Castro
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Hadrolaelia pygmaea (Pabst) Chiron & V. P. Castro
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Hadrolaelia tenebrosa (Rolfe) Chiron & V. P. Castro
CR
CR
-
ORCHIDACEAE
Hadrolaelia virens (Lindl.) Chiron & V. P. Castro
REX
-
-
ORCHIDACEAE
Hadrolaelia wittigiana (Barb. Rodr.) Chiron & V. P. Castro
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Hadrolaelia xanthina (Lindl.) Chiron & V. P. Castro
VU
VU
-
ORCHIDACEAE
Heterotaxis crassifolia Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Hoehneella heloisae Ruschi
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Hoehneella santos-nevesii Ruschi
REX
-
-
ORCHIDACEAE
Hoffmannseggella gloedeniana (Hoehne) Chiron & V. P. Castro
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Hoffmannseggella kautskyana V. P. Castro & Chiron
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Hoffmannseggella macrobulbosa (Pabst) H. G. Jones
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Hoffmannseggella mixta (Hoehne) Chiron & V. P. Castro
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Hoffmannseggella munchowiana (F. E. L. Miranda) Chiron & V. P. Castro
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Houlletia brocklehurstiana Lindl Lindl..
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Huntleya meleagris Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Isabelia violacea (Lindl.) C. Berg & M. W. Chase
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Jacquinie Jacqu iniella lla globosa globosa (Jacq.) Schltr. Schltr.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Lankesterella ceracifolia Ames
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Lycaste ciliata (Ruiz & Pav.) Lindl. ex Rchb. f.
CR
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Macradenia rubescens Barb. Rodr. Masdevallia discoidea Luer & Würstle
EN CR
VU
-
ORCHIDACEAE
Maxillaria cleistogama Brieger & Illg. Illg.
VU
-
-
128 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
ORCHIDACEAE
Maxillaria minuta Cogn Cogn..
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Maxillaria phoenicanther phoenicantheraa Barb. Rodr. Rodr.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Maxillaria piresiana Hoehne
VU
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Maxillaria robusta Barb. Rodr. Rodr. Maxillaria schunkiana Campacci & Kautsky
VU CR
-
-
ORCHIDACEAE
Maxillaria spiritu-sanctensi spiritu-sanctensiss Pabst
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Maxillaria valenzuelana (A. Rich.) Nash
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Miltonia candida Lindl Lindl..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Miltonia clowesii Lindl Lindl..
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Miltonia cuneata Lindl Lindl..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Miltonia russelliana (Lindl.) Lindl. Lindl.
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Miltonia spectabilis Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Myoxanthus ruschii Fraga & L. Kollmann
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Myoxanthus seidelii (Pabst) Luer
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Notylia microchila Cogn Cogn..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Oncidium cornigerum Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Oncidium crispum Lodd Lodd..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Oncidium gardneri Lindl Lindl..
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Oncidium kautskyi Pabst
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Oncidium longipes Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Oncidium majevskyi Toscano & V. P. Castro
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Oncidium novaese Ruschi
CR
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Oncidium schwambachii V. P. Castro & Toscano Ornithidium parviflorum (Poepp. & Endl.) Rchb. f.
VU EN
-
-
ORCHIDACEAE
Ornithocephaluss myrticola Lindl Ornithocephalu Lindl..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Ornithophora radicans (Rchb. f.) Garay & Pabst
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Pabstia jugosa (Lindl.) Garay
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Pabstia schunkiana V. P. Castro
CR
VU
-
ORCHIDACEAE
Pelexia laxa (Poepp. & Endl.) Lindl.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Phymatidium Phymatidiu m aquinoi Schltr Schltr..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Phymatidium falcifolium Lindl Lindl..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Phymatidium geiseli Ruschi
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Phymatidium Phymatidiu m glaziovii Toscano
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Phymatidium tillandsioides Barb. Rodr. Rodr.
CR
-
-
129 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
ORCHIDACEAE
Pleurothallis bradei Schltr Schltr..
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Pleurothallis castellensis Brade
REX
-
-
ORCHIDACEAE
Pleurothallis colnagoi Pabst
CR
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Pleurothallis conspersa Hoehne Pleurothallis garayi Pabst
CR CR
-
-
ORCHIDACEAE
Pleurothallis henrique-aragoni henrique-aragoniii Pabst
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Pleurothallis lingua Lindl Lindl..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Pleurothallis ruschii Hoehne
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Pleurothallis translucida Barb. Rodr. Rodr.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Pleurothallis tigridens Loefgr Loefgr..
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Polystachya rupicola Brade
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Pseudolaelia brejetubensis M. Frey
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Pseudolaelia canaanensis (Ruschi) F. Barros
VU
VU
-
ORCHIDACEAE
Pseudolaelia citrina Pabst
CR
VU
-
ORCHIDACEAE
Pseudolaelia dutrae Ruschi
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Pseudolaelia vellozicola (Hoehne) Porto & Brade
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Rauhiella silvana Toscano
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Rodriguezia obtusifolia (Lindl.) Rchb. f.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Rodrigueziellaa gomezoides (Barb. Rodr.) Berman Rodrigueziell
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Rodrigueziopsis Rodrigueziop sis microphyta (Barb. Rodr.) Schltr. Schltr.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Saundersia mirabilis Rchb. f.
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Saundersiaa paniculata Brade Saundersi
EN
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Scaphyglottis prolifera Cogn Cogn.. Scuticaria kautskyi Pabst
EN CR
CR
-
ORCHIDACEAE
Sobralia liliastrum Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Stanhopea insignis Frost ex W. Hook. Hook.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Stigmatosema polyadon (Vell.) Garay
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Trichocentrum fuscum Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Trichopilia santos-limae Brade
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Trigonidium acuminatum Bateman ex Lindl. Lindl.
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Trigonidium latifolium Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Trizeuxis falcata Lindl Lindl..
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Vanilla dietschiana Edwall
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Vanilla dubia Hoehne
EN
-
-
130 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
ORCHIDACEAE
Vanilla edwallii Hoehne
VU
-
-
ORCHIDACEAE
Warrea warreana (Lodd. ex Lindl.) C. Schweinf .
EN
-
-
ORCHIDACEAE
Xylobium Xylob ium colleyi colleyi (Bateman ex Lindl.) Rolfe
EN
-
-
ORCHIDACEAE ORCHIDACEAE
Xylobium pallid Xylobium pallidiflor iflorum um (Hook.) G. Nicholson Zygopetalum brachypetalum Lindl Lindl..
EN CR
-
-
ORCHIDACEAE
Zygopetalum pabstii Toscano
CR
-
-
ORCHIDACEAE
Zygostates chateaubriandii Ruschi
REX
-
-
ORCHIDACEAE
Zygostates kuhlmanni Brade
REX
-
-
ORCHIDACEAE
Zygostates leptosepala Toscano & L. Kollmann
CR
-
-
OXALIDACEAE
Oxalis blackii Lourteig
EN
-
-
OXALIDACEAE
Oxalis clausenii Lourteig
VU
-
-
OXALIDACEAE
Oxalis cytisoides C. Mart. ex Zucc. Zucc.
VU
-
-
OXALIDACEAE
Oxalis doceana Lourteig
EN
EN
-
OXALIDACEAE
Oxalis impatiens Vell Vell..
EN
-
-
OXALIDACEAE
Oxalis kuhlmannii Lourteig
EN
VU
-
OXALIDACEAE
Oxalis mandiocana Raddi
VU
-
-
OXALIDACEAE
Oxalis rhombeo-ovata A. St.-Hil. St.-Hil.
VU
-
-
OXALIDACEAE
Oxalis umbraticola A. St.-Hil. St.-Hil.
EN
-
-
PIPERACEAE
Ottonia peltata E. F. Guim. & Ichaso
VU
-
-
PIPERACEAE
Ottonia villosa Yunck Yunck..
EN
-
-
PIPERACEAE
Peperomia cordigera C. DC. DC.
CR
-
-
PIPERACEAE
Peperomia pseudoestrelle pseudoestrellensis nsis C. DC. DC.
EN
-
-
PIPERACEAE PIPERACEAE
Peperomia psilostachya var. angustifolia angustifolia C C.. DC. Peperomia regelii C. DC. DC.
EN EN
-
-
PIPERACEAE
Peperomia rostulatiformis Yunck Yunck..
CR
VU
-
PIPERACEAE
Peperomia suboppositifolia Yunck Yunck..
CR
VU
-
PIPERACEAE
Piper alnoides Kunth
VU
-
-
PIPERACEAE
Piper casteloense Yunck Yunck..
CR
VU
-
PIPERACEAE
Piper fuligineum Kunth
VU
-
-
PIPERACEAE
Piper juliflorum Nees & Mart.
EN
-
-
PIPERACEAE
Piper laevicarpum Yunck Yunck..
VU
EN
-
PIPERACEAE
Piper sprengelianu sprengelianum m C. DC.
VU
-
-
PIPERACEAE
Piper subrugosum Yunck Yunck..
CR
-
-
Piper truncatum Vell Vell..
PIPERACEAE
EN
-
-
131 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
PIPERACEAE
Piper vicosanum Yunck Yunck..
EN
-
-
POLYGALACEAE
Polygala pulcherrim pulcherrimaa Kuhlm Kuhlm..
EN
-
-
POLYGALACEAE
Polygala santosii Wurdack
VU
-
-
RUBIACEAE
Bradea anomala Brade
CR
-
-
RUBIACEAE
Bradea bicornuta Brade
CR
-
-
RUBIACEAE
Bradea kuhlmannii Brade
CR
-
-
RUBIACEAE
Bradea montana Brade
EN
-
-
RUBIACEAE
Genipa infundibulifor infundibuliformis mis Zappi & Semir
VU
-
-
RUBIACEAE
Palicourea veterinariorum Kirkbride
CR
-
-
RUBIACEAE
Riodocea pulcherrim pulcherrimaa Delprete
EN
-
-
RUBIACEAE
Rudgea coronata subsp. saint-hilairei (Standl.) & Zappi
CR
CR
-
RUBIACEAE
Rudgea minor (Cham.) Standl. Standl.
VU
VU
-
RUBIACEAE
Rudgea minor subsp. umbrosa (Muell.Arg.) Zappi
CR
-
-
RUBIACEAE
Rudgea reflexa Zappi
EN
EN
-
RUBIACEAE
Rudgea reticulata Benth Benth..
VU
-
-
RUBIACEAE
Rudgea sessilis (V (Vell.) ell.) Müll. Arg Arg..
VU
-
-
RUBIACEAE
Simira grazielae A. L. Peixoto
CR
-
-
RUBIACEAE
Standleya kuhlmannii Brade
CR
-
-
RUTACEAE
Conchocarpus marginatus (Rizzini) Kallunki & Pirani
EN
-
-
SAPINDACEAE SAPINDACEAE
Melicoccus espiritosantensis Acev.-Rodr Acev.-Rodr.. Paullinia riodocensis Somner
EN VU
-
-
SAPINDACEAE
Serjania divaricocca Somner
EN
-
-
SCROPHULARIACEAE
Agalinis bandeirensis Barringer
CR
-
-
SCROPHULARIACEAE
Nothochilus coccineus Radlk Radlk..
CR
-
-
SCROPHULARIACEAE
Otacanthus caparaoensis Brade
CR
-
-
SCROPHULARIACEAE
Stemodia veronicoides J. veronicoides J. A. Schmidt Schmidt
EN
-
-
SMILACACEAE
Smilax spicata Vell Vell..
EN
-
-
SOLANACEAE
Dyssochroma viridiflora Miers
VU
-
-
SOLANACEAE
Schwenckia novavenecian novavenecianaa Carvalho
CR
EN
-
SOLANACEAE
Solanum sooretamum Carvalho
EN
-
-
THEOPHRASTACEAE
Jacquinia Jacqu inia armil armillaris laris Jacq Jacq..
VU
-
-
132 IPEMA 2007
Cap.13 - As Angiospermas ameaçadas Cap.13 ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo Ludovic Jean Charles Kollmann - André Paviotti Fontana - Marcelo Simonelli - Claudio Nicoletti de Fraga
Família
Es pé c i e
Lista Lista Lista ES Brasil* IUCN**
Trigoniodendron spiritusanctense E. F. Guim. & Miguel
EN
EN
-
VELLOZIACEAE
Vellozia albiflora Pohl
VU
-
-
VELLOZIACEAE VELLOZIACEAE
Vellozia nuda L. B. Sm. & Ayensu Vellozia pulchra L. B. Sm. Sm.
EN EN
-
-
VERBENACEAE
Citharexylum obtusifolium Kuhlm Kuhlm..
RE
-
-
VIOLACEAE
Rinorea maximiliani (Eichler) Kuntze
RE
-
CP
VIOLACEAE
Rinorea ramiziana Glaz. ex Hekking
RE
VU
VU
VITACEAE
Cissus blanchetiana Planch Planch..
VU
-
-
VITACEAE
Cissus coccinea (Baker) Mart. Ex Planch. Planch.
VU
-
-
VITACEAE
Cissus nobilis Kuhlm Kuhlm..
VU
-
-
VITACEAE
Cissus paucinervia Lombardi
VU
-
-
VITACEAE
Cissus pulcherrima Vell Vell..
VU
-
-
VITACEAE
Cissus serroniana (Glaz.) Lombardi
VU
-
-
VITACEAE
Cissus stipulata Vell Vell..
VU
-
-
VOCHYSIACEAE
Erisma arietinum M. L. Kawas. Kawas.
VU
-
-
VOCHYSIACEAE
Qualea magna Kuhlm Kuhlm..
EN
-
-
VOCHYSIACEAE
Vochysia angelica M. C. Vianna & Fontella
EN
-
-
VOCHYSIACEAE
Vochysia riedeliana Stafleu
VU
-
-
VOCHYSIACEAE
Vochysia santaluciae M. C. Vianna & Fontella
EN
-
-
TRIGONIACEAE
* Lista Nacional ainda não oficializada. Resultado do Workshop realizado em 2005, em Minas Gerais, pela Fundação Biodiversitas. ** IUCN 2006. IUCN Red List of Threatened Species. . Downloaded em2006 Março 2007.
133 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
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IPEMA 2007
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311: 1886. 137 IPEMA 2007
F i cha T écni nicca
Relação Relaç ão dos Par Parti ticip cipant antes es na El Elabo aboraç ração ão da Lista de Espécies da Flora Ameaçada de Extinção do Espírito Santo
Partici Part icipant pantes es
Coordenadores Claudio Nicoletti de Fraga* Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ); Ivanor Weiler Júnior Escola das Ciências Físicas - Prefeitura Municipal de Vitória; Helio Queiroz Boudet Fernandes* Museu de Biologia Prof. Mello Leitão (MBML); Marcelo Simonelli* Faculdades Integradas São Pedro (FAESA). Monitora
Idalúcia Smidth Bergher* Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica (IPEMA) Pesquisadores envolvidos na consulta ampla e/ou na participação do Workshop:
Alain Chauteams Conservatoire et Jardin Botaniques de la Ville de Genève Alessandro de Paula* Faculdade Teixeira de Freitas (FTF) Alexandre Instituto deQuinet* Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) André Moreira de Assis* Museu de Biologia Prof. Mello Leitão (MBML) André Márcio Araujo Amorim* Centro de Pesquisa do Cacau (CEPLAC) André Paviotti Fontana* Conservação da Orquídeas em Risco de Extinção (Projeto CORES) Ariane Luna Peixoto* Escola Nacional de Botânica Tropical (ENBT); Daniel Ruschel Universidade da Região da Campanha (URCAMP) Daniela Zappi
Royal Botanic Gardens, Kew (RBGK) 141 IPEMA 2007
Espécies da Flora ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo
Daniele Monteiro Ferreiral Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Elsie Franklin Guimarães Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Elton Martinez C. Leme* Herbarium Bradeanum (HB) Francisco Soares Santos Filho Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Gerardo Aymard UNELLEZ – Guanare / Herbário PORT Glória Maria de Farias Viegas Aguije* Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (CEFETES) Haroldo Cavalcante de Lima Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) João Marcelo Alvarenga Braga Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ)
Jimi Naoki Nakajima Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Josafá Carlos de Siqueira Pontifícia Universidade Católica (PUC) José Manoel Lúcio Gomes* Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Juliana de Paula Souza Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz/Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) Julio Antonio Lombardi Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Lana da Silva Sylvestre* Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Leandro Jorge Telles Cardoso Universidade Santa Úrsula (USU) Luciana Dias Thomaz* Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Ludovic Jean Charles Kollman* Museu de Biologia Prof. Mello (MBML) Luíz Carlos da Silva Giordano Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Luiz Fernando Silva Magnago* Faculdades Integradas São Pedro (FAESA)
Lúcia D Ávila Freire de Carvalho Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) 142 IPEMA 2007
Ficha Técnica
Marcio Lacerda Lopes Martins* Centro Universitário de Vila Velha Velha (UVV) Marcos Sobral* Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Maria Bernadete Costa e Silva Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE) Mariana Machado Saavedra Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Marcus Nadruz Coelho* Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Micheline Carvalho Silva Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Oberdan José Pereira* Faculdades Integradas São Pedro (Faesa) Olga Yano* Instituto de Botânica do Estado de São Paulo (Ibt/SP) Pedro Fiaschi* Centro de Pesquisa do Cacau (Ceplac) Rafaela Campostrini Forzza Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Raymond M. Harley Royal Botanic Gardens, Kew (RBGK) Renato Goldenberg* Universidade Federal do Paraná (UFPR) Renato Mello e Silva Universidade de São Paulo (USP)
Ricardo de Souza Secco Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) Roberto Lourenço Esteves Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Sheila Regina Profice Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) Vinicius Castro Souza* Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz/Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) * Pesquisadores que participaram do workshop
143 IPEMA 2007
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