Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi

March 19, 2019 | Author: Mestre Genelohim | Category: Reality, Love, Time, Knowledge, Mind
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Obra inspirada pelo Guru Bhagavan Sri Ramana Maharshi, editada pela Sociedade Budista-Hinduísta Renovadora - SOBUHIR, q...

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Mahabhutani e Indrananda Inspirados por Ramana Maharshi

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi ENSINAMENTOS PARA A TRANSCENDÊNCIA

1a edição: Janeiro de 2013 Rio de Janeiro

Mahabhutani

e Indrananda

Inspirados por Ramana Maharshi

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi ENSINAMENTOS PARA A TRANSCENDÊNCIA

Ilustrações por INDRANANDA, inspirada por Vincent van Gogh, especialmente para esta obra.

© 2013 Mahabhutani e Indrananda Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi de Mahabhutani e Indrananda é licenciado sob uma Licença Creative Commons AtribuiçãoNãoComercial-SemDerivados NãoComercial-SemD erivados 3.0 Não Adaptada Adaptada..

Editado por Sociedade Budista-Hinduísta Renovadora SOBUHIR la Edição: 2013

C O N T E Ú D O

INTRODUÇÃO:

04

Capítulo 1- Ser Puro

05

Capítulo 2 - Consciência Absoluta

10

Capítulo 3 - O Samadhi

14

Trabalho do Monge M onge Capítulo 4 - O Trabalho

18

Capítulo 5 - A Direção do Mestre

21

Capítulo 6 - Ser N ada é Tudo!

24

Capítulo 7 - Aceitar e Modificar

28

Capítulo 8 - Amor Incondicional

31

Capítulo 9 - A Nova Era

35

Capítulo 10 - Renovando as Tradições

39

Capítulo 11 - Obtendo Recursos da Natureza

43

Capítulo 12 - A Verdadeira Felicidade

47

INTRODUÇÃO O Caminho, do início ao fim! Engana-se quem pensa que a meta final, tão desejada, seja onde o peregrino deva fixar sua atenção. A meta não é mais importante do que o Caminho que a ela conduz! Na verdade, a meta pode ser imaginada, mas não existe! Somente o Caminho é real, e nele se situa, sempre, a realidade de nossa vida! Aquele que quer tornar-se um Iluminado, um Mestre, precisa conscientizar-se conscientiza r-se da Realidade Transcendental, Transcendental, onde passado, presente e futuro unem-se num continuum que ultrapassa as noções de tempo e de espaço! Viver o Caminho, com dedicação, dedic ação, esperança e fé em si mesmo e nos Mestres é o que confere ao peregrino a qualidade essencial para a realização da Grande Obra! Viver simplesmente, sabendo que no AQUI e AGORA está a única Realidade, completa e definitiva, merecedora de toda sua atenção e empenho. Este livro traz comentários que ajudarão na conscientização do processo de libertação da ignorância que impede o reconhecimento da grandeza da vida, que se insere no mais amplo conjunto da Existência, que abarca inúmeras encarnações. Acreditar em si mesmo e nos Mestres de Sabedoria, buscando reconhecer-se como um Ser Divino. Este o objetivo máximo do ser Humano consciente! Mahabhutani e Indrananda 

Capítulo 1

Ser Puro

Após dissolvidos os invólucros que agasalham o Ser, mergulhamos em águas profundas, límpidas, transparentes, e alcançamos o Ser mais Puro.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 6 1.1. Discípulo = Como fazer com que os invólucros sejam dissolvidos? Mestre = A Nova Doutrina mostra isso com clareza. O Caminho Óctuplo serve de guia para par a uma vida de acordo com as necessidades do discípulo. Mas podemos resumir o método, recomendando desapego, dedicação à obra espiritual, meditação e caridade como chaves para a libertação da escravidão da matéria. 1.2. Discípulo = Para vivenciarmos somente o Ser,é necessário o isolamento? Mestre = Não! É um equívoco pensar que um discípulo somente pode obter bons resultados se embrenhar-se na mata, isolar-se no alto de uma montanha ou trancar-se trancar-se num recinto protetor!... protetor!... Para onde for for,, ele levará em sua mente, em sua memória, as mazelas que o perturbam, impedindo-lhe a meditação!... Para meditar precisa, isto sim, trabalhar a mente, livrando-a de pensamentos que o distanciam do objetivo maior.. Precisa esvaziar a mente de todos os pensamentos, maior para que os ensinamentos superiores possam adentrar no Íntimo! Tendo conseguido isto, buscar um posicionamento de confiança e humildade, que o farão estabelecer contatos eivados de bondade, compreensão e tolerância com seus semelhantes, não se perturbando com as mazelas existentes nos ambientes que frequentar! 1.3. Discípulo = Se existe, qual a relação entre Consciência Absoluta e Ser Puro?

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 7 Mestre = É o Ser Puro que vive a Consciência Absoluta. Não foi dito que, dissolvendo os invólucros, alcançamos o Ser Puro? Pois aquele que alcançou o Ser Puro, livre dos invólucros estioladores, este possui a Consciência Pura, a plena consciência da Realidade Única, conhecida de todos os que se libertaram dos grilhões da matéria. 1.4. Discípulo = De que modo Conhecimento e Sabedoria influenciam na Consciência Absoluta? Mestre = Consideramos Conhecimento e Sabedoria como partes ou degraus que conduzem à Consciência Absoluta. Nossas pesquisas levam-nos a obter cada vez mais Conhecimentos que por sua vez redundam em Sabedoria, se aplicados corretamente. Este é o processo que fatalmente conduz à Consciência Absoluta ou seja à vivência plena da Realidade Total. Total. 1.5. Discípulo = Quando pode o homem dizer que alcançou o Ser Puro? Mestre = Muito do que se diz, em se tratando de espiritualidade, não condiz com a realidade. Vejamos: O discípulo busca a Iluminação, quer ser Iniciado, pretende chegar ao Ser Ser,, tornar-se um Buddha... Pensa e age como se tudo fosse um vir-a-ser! Todavia, assim como tudo é um, o tempo não existe! O que for, já é; não será! O discípulo de hoje, já é o Mestre de amanhã, e este o Buddha da Eternidade! Sabemos que, para quem vive na multiplicidade, isto é difícil de vivenciar, vivencia r, mas mas pode estar certo ce rto de que a obra só

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 8 está incompleta ao nível da ilusão material -- mostrando-se inteiramente acabada para aqueles que tem “olhos de ver”! 1.6. Discípulo = Quando chegamos ao Ser Puro, significa que alcançamos a auto-iluminação? Mestre = Fazer uma gradação de luz espiritual não atende à realidade. A Iluminação, quando se processa, é sempre total e definitiva! Podemos notar diferenças nos estágios que antecedem à Iluminação, mas nunca após a sua ocorrência! É um processo total e definitivo! Quem chegou ao Ser Puro é certamente um Iluminado e um Iluminador ao mesmo tempo. 1.7. Discípulo = Como podemos ver o Ser Puro em relação a Deus? Mestre = O conceito de Unidade, exposto por Hermes Trimegistos, e entrevisto na recomendação “Homem, conhece-te a ti mesmo, que saberás de Deus e do Mistério da Unidade!” -- aponta para a verdade verda de segundo a qual Deus e o Ser são idênticos. Assim, o homem, em sua essência, é Deus! CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO Viver aspirando tornar-se um Iniciado, Iniciado, um Iluminado, Iluminado, alguém muito sábio ou poderoso, é simplesmente desviarse do real objetivo da trajetória no planeta! Cada um de nós tem tarefas e missões a cumprir, mas não precisa ocupar-se com essas quimeras de vir a tornar-se isso ou aquilo, para afinal apenas ostentar galardões inúteis! As tarefas que se impõem estão expostas claramente: é viver simplesmente, ganhar o próprio sustento.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 9 e o de seus dependentes, se houver; praticar o bem, admirar admira r a natureza e a vida, sentindo que faz parte de tudo isso, e que a imortalidade não é algo dependente da matéria, mas o estado natural de todo ser humano! Sim, para nos considerarmos imortais temos que aceitar nossa verdadeira identidade. Somos seres encarnados, sujeitos, momentaneamente, às vicissitudes da matéria, porém capazes de reconhecer que, embora embotados pelos invólucros, podemos desde já assumir nossa verdadeira identidade, mergulhando decisivamente no oceano esplendoroso do Ser!

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 10

Capítulo 2

Consciência Absoluta

No cume da montanha, o Discípulo, no seu se u estado mais puro, visualiza e tem noção sobre o que o livro, agora mostrado, com uma página grafada “Sabedoria” e outra “Conhecimento”, “Conhecimento”, quer dizer, dizer, quando essas palavras se fundem, formando o magno conceito Consciência  Absoluta.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 11 2.1. Discípulo = De que modo Conhecimento e Sabedoria influenciam na Consciência Absoluta? Mestre = Consideram Consideramos os Conhecimento e Sabedoria como partes ou degraus que conduzem à Consciência Absoluta. Nossas pesquisas levam-nos a obter, cada vez mais, conhecimentos, que por sua vez redundam em Sabedoria, se aplicados corretamente. Este é o processo que fatalmente conduz à Consciência Absoluta, ou seja, à vivência plena da Realidade Realidade Total. Total. 2.2. Discípulo = Ao estarmos no Samadhi, já atingimos a ConsciênciaAbsoluta? Mestre = Uma vez obtido o verdadeiro Samadhi, este es te que, embora possa deixar o discípulo ainda entrever entrev er planos dominados pela matéria -permanece para sempre, é-lhe facultado o ganho maior, a Consciência Absoluta, que passa a fazer parte de sua vivência, abrindo-se-lhe por inteiro as portas da percepção e do entendimento total. 2.3. Discípulo = Qual a ordem natural: Obter a Consciência Absoluta, para chegar ao Ser Puro, ou o inverso? Mestre = Sendo o Ser Puro P uro a Realidade Total, Total, é preciso alcançar alcanç ar a Consciência Absoluta Absoluta para que Ele seja conhecido ou mais do que isso, vivido. Pois a culminância do trabalho é fundir-se com o Ser, Se r, de modo a realizar-se o milagre da Unidade! 2.4. Discípulo = Qual a relação Consciência Consciência Absoluta/Eu Superior? Mestre = Para se chegar a conhecer o Eu Superior, é preciso vencer as barreiras dos invólucros mantidos pelo Ego. Assim, identificação identificação com o corpo físico, egoísmo, distrações mentais, enganos da ciência materialista, vícios da personalidade, informações mal-orientadas, apego, ilusões, desejos, vaidade -- tudo isso tem que ser vencido. E então o Ser Ser,, livre dos invólucros e mazelas materiais, postado em beatitude, revigora-se com a energia cósmica transmutadora, que o faz alçar o voo voo libertador ao Samadhi, onde será apenas... Consciência Absoluta. 2.5. Discípulo = Até que ponto a bagagem que trazemos influencia na obtenção da Consciência Absoluta?

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 12 Mestre = Enganam-se os que pensam que a evolução e volução dita pessoal ou individual desenvolva-se apenas no decorrer de uma vida! Não! O processo é longo, ocorrendo no transcurso de muitas encarnações, durante as quais o Conhecimento e os produtos das vivências se vão acumulando, formando o que designamos designamos por “bagagem”. Assim, é claro que, quanto mais expressiva seja a bagagem, em determinado momento, maior a possibilidade de que ocorra aí a obtenção de um grau superior de Consciência. 2.6. Discípulo = Se, para acessar a Realidade, devemos esvaziar a mente de todo pensamento, de tudo que sabemos, sab emos, não seria o caso de deixarmos para trás essa bagagem, a fim de receber novos ensinamentos? Mestre = Se analisarmos o que seja “bagagem” constataremos que se trata de Conhecimento Superior acumulado. Não o conhecimento que temos de afastar, por ser fruto apenas do intelecto e do ego, mas aquele que foi obtido em meditações e outras práticas! Portanto, a essa bagagem bagage m vamos adicionar o que pudermos obter agora, pois este é o caminho para a auto-realização! a uto-realização! 2.7. Discípulo = Quando é que sabemos já estarmos prontos para obter a Consciência Absoluta? Absoluta? Mestre = Não existe esse momento! Tudo acontece de modo tão natural e radical que é impossível determinar quando a transição se dá! Ao tratarmos de “Consciência” tenhamos em mente que estamos tentando analisar fenômenos que ocorrem em forma de lampejos, que, como raios velozes e furtivos, tomaram conta de nossos horizontes, impondo-nos realidades nunca antes vislumbradas! 2.8. Discípulo = Como é a preparação para se chegar à ConsciênciaAbsoluta? Mestre = A preparação não é como as que em geral os instrutores prescrevem, como por exemplo, ficar quieto, em silêncio e calmo, recitando mantras ou fazendo rituais... Não! A preparação tem início num passado remoto,estendendo-se por múltiplas encarnações, até eclodir em momentos muitas vezes inusitados! inusitados! O discípulo poderá até estar fazendo compras no supermercado, quando de repente será tomado por algo que

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 13 o elevará aos píncaros da Montanha Espiritual! Recomenda-se, portanto, trabalhar,, meditar, acreditar e viver simplesmente! trabalhar

CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO Na história da evolução humana encontramos exemplos marcantes de esforços empreendidos por valorosos estudantes que exploram as possibilidades de obtenção de conhecimentos e conseguiram alargar as fronteiras do Saber. S aber. São benfeitores da Humanidade, que nos legaram jóias preciosas, úteis em nossos esforços de auto-superação. Boa parte dessa herança trata da melhoria das condições de vida, partindo de premissas materiais, tão importantes para a nossa sobrevivência, o nosso bem estar e o desenvolvimento das nações. Outra parte vai além: busca atingir os horizontes filosóficos e espirituais, tentando realizar avanços significativos na obtenção, pelo homem, de graus mais elevados de Consciência, na busca da verdadeira Realidade. Sim! A busca de Verdadei Verdadeira ra Realidade, Realidade, que se oculta nas ilusões da matéria, de “maya”, e nos enganos intelectuais dos escravos do “método científico”. Essa busca da Verdade é o ápice da ciência e dos anseios do Homem, que, acima das paixões mesquinhas, da vaidade, do apego às glórias mundanas, dedica-se com afinco, perseverança e amor incondicional, incondicion al, à compreensão das mais altas manifestações do espírito -que leva, certamente, à obtenção obtenç ão da Consciência Absoluta!

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 14

Capítulo 3

O Samadhi

Sem forma, em cor cor,, apenas uma grande energia que irradia todo o SER...

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 15 3.1. Discípulo = O que é o Samadhi? Mestre = Talvez Talvez fosse mais prático prático falar do que não é o Samadhi! Assim, evitaríamos desvios da mente, quando se tenta explicar o indefinível! Samadhi não é desmaio, distração, variação da mente, nem concentração, reflexos, sonho ou devaneio!... Samadhi é uma percepção apurada da Realidade, que permite a consciência de vários níveis existenciais, que se juxtapõem harmoniosamente. 3.2. Discípulo = Existem estágios no Samadhi? Mestre = Em sua essência, o Samadhi não comporta divisões. Todavia, como o indivíduo geralmente varia em sua capacidadede vencer os invólucros, que a matéria lhe impõe, estudiosos estudios os apontam para alguns degraus, tais como: dhiana, pequeno ou grande Samadhi. A grande divisão é em relação à permanência no estado, e stado, que pode ser temporário ou permanente. Porém o que importa é a profundid profundidade ade do êxtase, com os maravilhosos resultados espirituais decorrentes. 3.3. Discípulo = Qual a relação Samadhi - corpo físico? Mestre = Quando se observa um yogue em estado de Samadhi, pode-se achar que está “fora de si”, isto porque seu corpo físico pode mover-se de modo estranho, mais ou menos como ocorre oc orre com alguém que bebeu demais, ou usou drogas! O Mestre Ramakrishna foi chamado de louco! Isto porque ele se entregava totalmente totalmente à beatitude, desprezando desprezando a vida material! material! Mas nem sempre é assim!... assim!... Ramana Maharshi viveu em Samadhi, sem prejuízo de suas atividades no plano material. E muitos yogues fizeram o mesmo... e o fazem! 3.4. Discípulo = Estar em Samadhi e estar e star em devacham são a mesma coisa? Mestre = Não! Para um desencarnado, estar em devacham é, digamos, o usual. Já o Discípulo que está no mundo, vê grande diferença entre essas duas situações. situações . Estar em Samadhi é entrar num êxtase que aguça a capacidade perceptiva, em diferentes graus; já estar no devacham é ter a capacidade de, estando em Samadhi, penetrar numa esfera especial,

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 16 onde poderá encontrar-se com seres que estão vivendo objetivos e cumprindo missões que se integram, em benefício do Grande Todo. Todo. 3.5. Discípulo = Se estar em Samadhi é um estado de meditação profunda, como pode um Mestre permanecer em Samadhi, enquanto trabalha no mundo? Mestre = Em resposta anterior, mencionei a vida de Ramana Maharshi, que decorreu em Samadhi, e ao mesmo tempo trabalhando!... O Mestre pode estar em vários lugares e situações ao mesmo tempo! Afinal, sabemos que tempo e espaço são simples convenções! Quando alguém está em meditação profunda, pode realizar praticamentee tudo, em diversos níveis de realidade! praticament 3.6. Discípulo = É preciso estar livre de todos os invólucros para chegar ao Samadhi? Mestre = Sim! É por isso que é tão difícil alcançar esta beatitude! beatitude! Releva observar que esses invólucros vão sendo vencidos à medida que o Discípulo se ligue cada vez mais intensamente aos valores espirituais. Assim, não deve preocupar-se em vencer os invólucros, mas sim em viver os princípios da doutrina. Amor é a Lei, Amor sob so b Vontade! Vontade! 3.7. Discípulo = Alcançar o Samadhi é o mesmo que obter a auto-iluminação? Mestre = Sim! São maneiras diversas de expressar a mesma situação! Quando alguém alcança o Samadhi, abrem-se as portas da Realidade Transcendental, e a Luz Maior ilumina o Discípulo, possibilitando-lhee a “imersão no SER”! possibilitando-lh

CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO Vencer as dificuldades impostas pelo pe lo mundo fenomenal é uma tarefa hercúlea, mas que se impõe àquele que quer livrar-se das limitações contidas nos invólucros, que se antepõem à sua plena realização. Esta ocorre após a obtenção do estado de Samadhi, culminância do processo de meditação.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 17 Todo homem e toda mulher é capaz de chegar a esse estado. Basta que primeiramente queira; segundo, que se lance obstinadamente ao trabalho espiritual, à prática dos ensinamentos mais elevados e dos métodos do yoga. Querer,, ousar Querer ous ar,, saber sab er e calar -- esses são os verbos do Iniciado. Querer alcançar a transcendência, Ousar empreender a luta para obtê-la, Saber achar o Caminho adequado, Calar  sobre o que vier a conhecer, que esteja além da compreensão do profano. Obtido o Samadhi, abertas estarão as portas dos Mistérios, Mistérios , e o Caminho da União total com o SER!

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 18

Capítulo 4

O Trabalho do Monge

Peregrinar, cultivando e colhendo as mais belas flores, para enfeitar o seu Altar.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 19 4.1. Discípulo = Ouvimos que um monge tem obrigações, e que deve viver apartado do mundo. Até que ponto isso é real? Mestre = Depende de fatores culturais a regra a ser seguida pelo Monge. Essas regras tem-se mantido em várias latitudes, mas ocorrem mudanças com o correr do tempo e da variação nos diversos locais. Hoje, o mundo mostra-se pequeno, com o progresso das comunicações e transportes, de modo que o Monge pode viver menos isolado e livre de limitações que o afastavam do mundo, ao qual, em última análise, deve servir, iluminado pela Verdadeira Verdadeira Doutrina. 4.2. Discípulo = É o Monge um Bodhisatva? Mestre = O Monge trabalha para atingir a estatura de um Buddha. Somente quando chegar a esse patamar, patama r, será chamado a escolher entre fundir-se totalmente com o SER, ou continuar servindo ao progresso espiritual da Humanidade. Enquanto não chega a esse nível, segue ajudando a seus semelhantes e a si próprio, no trabalho devocional. 4.3. Discípulo = O Monge pode ter família? Mestre = Aqui também entra o fator cultural. No passado passado e também hoje em alguns locais, isso é vedado. Mas existem yogues que tem família, cumprem com todos os deveres inerentes a esta condição, sem prejuízo de seu relevante trabalho espiritual. 4.4. Discípulo = Qual a diferença diferenç a entre Monge e Yogue? Yogue? Mestre = Bem, pertencem a diferentes tradições. O Monge é do Budismo. O Yogue Yogue é do Hinduísmo. No passado, passa do, as diferenças eram marcantes e rigidamente observadas. Mas os tempos são outros, de libertação de correntes que aprisionam o pensamento e a razão! Seja Sej a Monge ou Yogue, Yogue, a situação situaçã o do Peregrino é a mesma! Não deixemos, portanto, que armaduras conceituais e costumes ultrapassados atrapalhem o livre trânsito das ideias e concepções, obstruindo a Vontade Vontade e freiando o processo evolutivo da Humanidade! 4.5. Discípulo = É o Monge um estudante que só recebe ensinamentos, ou ele também os repassa para outros? Mestre = No início, ele apenas recebe dos Mestres, mas logo pode começar a repassar algo para outrem. Na verdade, verdade, a simples existência

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 20 de um Monge, inteiramente dedicado à Obra, já constitui um precioso ensinamento. 4.6. Discípulo = Cabe ao Monge recrutar discípulos, ou estes devem vir espontaneamente? Mestre = Diferentemente das religiões em geral, os Monges não devem influenciar diretamente para aumentar o número de estudantes. Apenas os exemplos são suficientes para despertarem os peregrinos e trazê-los para o nosso convívio. 4.7. Discípulo = Como deve o Monge comportar-se, em relação aos lazeres e distrações da sociedade, socie dade, assim como aos graves problemas sociais? Mestre = Pode participar de atividades recreativas recre ativas sadias, ou seja, que não atentem contra os princípios filosóficos da doutrina. Deve alheiarse de locais e pessoas que vivam praticando negatividades. Mas colaborar com os bem-intencionados, que trabalham para minorar os males do mundo. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO Já foi esclarecido que o Monge não tem forçosamente que permanecer no mosteiro ou ashrama. Ele pode viver no mundo, inclusive como chefe de famíia, praticando o bem e vivendo em fraternidade. O compromisso de um Monge é, na verdade, consigo mesmo. Ele busca vencer as dificuldades impostas imposta s pelos invólucros da matéria, a fim de realizar-se plenamente como um Ser Eterno, incorruptível! Na verdade, todos somos o SER, todos estamos unidos na Realidade Total. Apenas passamos por experiências necessárias à conscientização de nossa condição real. Monges ou não, estamos envolvidos na grande aventura cósmica, como habitantes deste maravilhoso planeta!

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 21

Capítulo 5

A Direção do Mestre

Caminhos floridos de Luz, grandes Ensinamentos que o Mestre direciona para o Infinito, e que nos levam à transcendência...

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 22 5.1. Discípulo = O Peregrino precisa, sempre, sempre, da assistência de um Mestre ou Guru? Mestre = Quase sempre isso é necessário. Mas existem casos em que o Peregrino já chegou à fase final, em que pode prescindir de um orientador.. Na verdade, o mais importante Guru é o próprio Ser!... orientador 5.2. Discípulo = Existe diferença entre o ensinamento ensinamento vindo através de livros, e ensinamentos ensinamentos vindos do Alto? Mestre = Sim! O ensinamento recebido diretamente do Alto retrata fielmente a Realidade, enquanto o obtido através de livros apresenta-se com a roupagem da linguagem, incapaz de expressar fielmente aquela realidade. 5.3 Discípulo = Pode-se ter mais de um Mestre, e seguir com ambos o mesmo Caminho? Mestre = Sim! Embora cada Mestre apresente um modo único de apreensão dos Ensinamentos, tudo se une num Caminho Maior, Maior, que conduz necessariamente ao mesmo objetivo final. Grandes Mestres trabalham sempre em harmonia total. 5.4. Discípulo = Quais as consequências, quando um discípulo não atende às recomendações do Mestre? Mestre = Geralmente recai sobre o Discípulo o aspecto negativo desse proceder. Quando o Mestre recomenda algo, este é o melhor modo de atuação, dadas as circunstâncias circ unstâncias do momento e os objetivos da vida espiritual. Ele sofre, portanto, as consequências. consequência s. Não que isso seja um castigo imposto pelo Mestre! Agora, tudo pode ser reconduzido à normalidade, tão logo o Discípulo se disponha a corrigir o êrro! 5.5. Discípulo = Quando o discípulo começa a receber ensinamentos do Mestre, ele tem prazos para isso, ou dura toda a vida? Mestre = Mestre e Discípulos podem estabelecer metas a serem alcançadas em tempos determinados, determinados , mas o ensinamento espiritual não é como na escola profana: profana : Dura toda a vida, com um ou mais Mestres! 5.6. Discípulo = Quando o discípulo atinge à auto-iniciação, e alcança o Samadhi, o Mestre o acompanha?

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 23 Mestre = Sim! A união Mestre-Discípulo é eterna! Quando o Discípulo se realiza como mestre, passa a atuar ainda mais intensamente com o seu Mestre! 5.7. Discípulo = Que alterações poderão ocorrer nas relações Mestre-Discípulo, nesta Nova Era? Mestre = Os Mestres vão abolir uma série de coisas, certas “muletas” até então usadas como meios auxiliares! Uma delas é a realização de rituais e a concessão de graus! O Discípulo terá que trabalhar mais independentemente, com maior responsabilidade, e dele será cobrada uma atitude mais séria e compatível com a gravidade da situação da Humanidade no planeta Terra! Terra! CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO Estando no início da Nova Era, devemos repensar todo trabalho até então desenvolvido, procurando dele escoimar coisas que se tornaram obsoletas, tendo em vista os altos objetivos da Iniciação Esotérica! A relação Mestre-Discípulo deixa de ter laivos de dependência, para assumir responsabilidades responsabilidades consentâneas consentâneas com o tempo atual! Passado o ciclo assinalado no Calendário Maya, -- estamos sendo chamados a assumirmos em definitivo a magna tarefa da Construção da Nova Civilização! Que isto se realize prontamente, aqui e agora! OM!

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 24

Capítulo 6

Ser Nada é Tudo!

Ser Nada é redimir a Essência de Hadit, o Alpha da Ressurreição.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 25 6.1. Discípulo = Desde cedo somos ensinados a assumirmos vários papéis na vida, aprendendo a viver em sociedade. Como é aceitar que “é bom ser Nada?” Mestre = O que você descreve desc reve é o início, a etapa preliminar da vida. Está correto o ensinamento que aponta para pa ra as atividades na vida social. Mas é preciso aprender, aprend er, em determinado ponto, que a etapa final comporta uma radical mudança! Após “Ser Tudo” Tudo” é preciso desfazer-se de sfazer-se de tantos papéis, funções, obrigações, para resgatar resga tar a própria essência que, no decorrer dos processos, foi-se atomizando, dividindo, em prejuizo de sua integridad integridade. e. 6.2. Discípulo = Ser Tudo tem a ver com a alvorada da Nova Civilização? Mestre = Tem sim, quando entendemos como a compreensão da grandeza do Ser, Ser, nossa verdadeira identidade, mostra que tudo que existe está ou vem do Ser. O mais é Maya, Ilusão que reside na matéria e em seus subprodutos. Portanto, é preciso Ser Nada para redimir a própria essência,, e assim passar a ser, verdadeiramente, essência verdadeirament e, Tudo no Ser! 6.3. Discípulo = Ligando-se à Essência Cósmica que envolve o Universo, é uma forma de atingir à purificação? Mestre = Sim! pois essa essência constitui o cerne da Realidade invisível e intocável, para para quem não submergiu submergiu no Oceano do Ser. Ser. Pela meditação e a prática das austeridades, pode o Discípulo identificar-se com essa Essência, e assim tornar-se puro e imaculado, residindo na morada mora da do Ser. 6.4. Discípulo = Como se dá a Ressurreição, que ocorre após o “Ser Nada”? Mestre = Vimos que o “Ser Nada” é livrar-se dos condicionamentos da matéria e dos seus subprodutos psíquicos. Não tem, necessariamente,, que incluir a morte física, do corpo, mas dos invólucros necessariamente criados no decorrer dos anos... Pois bem: Após esse rompimento dos grilhões materiais, o indivíduo que passou a Ser Nada, está no princípio da Ressurreição. Está morto para o mundo, mas pronto pronto para o Renascimento numa outra e verdadeira realidade! Livre das ilusões e

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 26 ingressando na vida eterna, na Imortalidade! 6.5. Discípulo = Como situar o “Renascido” dentro do propósito de se construir uma Nova Civilização? Mestre = Este Renascido, que reside na Realidade maior, tem plena consciência de todos os planos existenciais. Não é um alienado da vida social e das necessidades humanas! Muito pelo contrário! Ele é um Mestre que pode orientar, inspirar e conduzir os outros para que trabalhem trabalh em com ele na direção acertada, acertada, tendo em vista os altos propósitos da Suprema Hierarquia Espiritual. 6.6. Discípulo = Qual a relação entre Ser Se r Nada e o Samadhi? Mestre = Há uma estreita relação. Quando o indivíduo entra em Samadhi, ele abandona todos os invólucros que o aprisionam à matéria. De modo que, estando em Samadhi, ele está livre das amarras do mundo profano. Deixa de ser todas essas “posições” ocupadas na sociedade, para que, sendo “Nada” na matéria, passe a ser “Tudo” na Realidade do Ser. 6.7. Discípulo = Por que, tendo aprendido tanto dos Gurus e estudado e praticado tanto das doutrinas, ainda nos sentimos muito aquém da realização espiritual? Mestre = Isso ocorre porque o Caminho é mais do que longo! É infinito! Não há início, meio e fim da Senda evolutiva!... O Ser que habita o seu corpo e ativa a sua mente, sabe muito bem disso, e por essa razão, não deixa que você se acomode nas conquistas, mas continue caminhando, espargindo Luz pelas estradas da existência, onde tantos necessitam de esclarecimentos esclarecime ntos e apoio! CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO Ser ou Não-Ser, eis a questão -- disse Shakespeare, dando ao mundo um motivo para meditar!... meditar!... Temos que ser inúmeros personagens, buscando afanosamente preencher o grande vazio que nos ameaça devorar!... O vazio existe porque é próprio da matéria e de seus subprodutos... Todavia, devemos trabalhar para o preenchimento das

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 27 lacunas que a vida nos apresenta. Obtemos, assim, uma satisfação transitória, e uma felicidade esvanescente. esvanescente . E isso é o máximo que se pode obter nessa vida material. Mas quando o indivíduo desperta para o espiritual, quando começa a dissipar as trevas da ignorância, vai, passo a passo, progredindo no conhecimento de outros níveis de percepção, e finalmente alcança a perfeita compreensão, penetrando na Realidade do Ser.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 28

Capítulo 7

Aceitar e Modificar

Ao aceitar trilhar o Caminho que o levará a adquirir o auto-conhecimento, o Discípulo saberá que isso exigirá dele alguns sacrifícios, modificações de vida, mas que trarão também a Grande Luz do Conhecimento.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 29 7.1. Discípulo = Como deverá ser, ser, para o discípulo, a escolha desse Caminho? Mestre = Terá, Terá, antes de tudo, que abdicar das falaciosas promessas dos falsos mestres, dos intelectuais que se intitulam donos da verdade, enfim, daqueles que, mesmo sendo sinceros, enveredam por veredas conducentes aos equívocos da matéria e da ciência ciênc ia materialista. Depois, aproximar-se daqueles que, pelo exemplo e pelo trabalho, mostram o brilho verdadeiro da jóia espiritual que os anima, inspira e guia: a Nova Doutrina. 7.2. Discípulo = Como discernir discernir,, de tantas doutrinas, filosofias e estudos espiritualistas, o que realmente se adequa à busca do iniciante? Mestre = Primeiramente, verificar o caráter do autor de cada trabalho que se apresenta. Sua obra deve estar refletida em sua vida! Depois, deixar que sua inteligência e sua intuição escolham o que mais lhe serve, em um dado momento. Aplicar-se, então, com afinco afinc o e devoção, ao estudo e à prática dos ensinamentos escolhidos. 7.3. Discípulo = É no início desse caminho que o discípulo começa a passar por modificações na maneira de pensar e agir? Mestre = Sim! Ele percebe que precisa mudar a direção de sua vida. Sente a inadequação do modo de abordar certas importantes questões, como por exemplo, sua identificação identificação com o corpo físico e os desejos da mente. Volta-se Volta-se então para uma postura postura espiritual, espiritual, buscando na meditação meditação e na prática das austeridades, o progresso na Senda Evolucionária! Evoluc ionária! 7.4. Discípulo = Como esclarecer as dúvidas que frequentemente freque ntemente acossam a mente do estudante? Mestre = As dúvidas são muitas e frequentes. Porém necessárias, necessá rias, porque é buscando resolvê-las que ele avança avanç a no Conhecimento. Está escrito no Livro da Lei (NLL) que as dúvidas dos filósofos mostram as suas fraquezas! Sim! É por isso que o Discípulo não deve confiar plenamente nesses cegos, condutores de cegos! Todavia, em relação ao iniciante, as dúvidas são motivos de estímulo à pesquisa. 7.5. Discípulo = Quando é que o discípulo sente-se pronto para

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 30 trabalhar na Grande Obra? Mestre = Na verdade, em sendo um Discípulo, ele já está empenhado em sua missão. Pode ocorrer, contudo que, para determinadas tarefas, ele tenha que se preparar sob a direção de Mestres, até chegar a dominar algumas técnicas e procedimentos essenciais. Ele saberá quando tiver alcançado o nível exigido para o Serviço Superior. Superior. 7.6. Discípulo = Quando o discípulo chega ao final do caminho, ele já é um Bodhisatva? Mestre = Há um cântico da SOBUHIR que diz: Chegamos ao fim do nosso Caminho. Nele encontramos o nosso Guru. Em nossas mãos a Nova Doutrina E as sementes da Civilização! Pois bem. Quando o Discípulo chega a esse ponto, onde já estudou, incorporou e vive a Nova Doutrina, ele tem em suas mãos, em sua mente e em seu coração, as sementes da Nova Civilização, que são os conhecimentos da doutrina e as vibrações vibraç ões de alto teor que o animam a servir com amor incondicional, a Humanidade! Eis o Bodhisatva! CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO A escolha do caminho, e as alterações a lterações no modo de pensar e de agir,, a meditação e a prática das virtudes, como recomenda o Budismo, agir em sua Senda Óctupla -- eis a resultante da resolução de se dedicar à vida espiritual. Colocando-se em condições de refletir, de aceitar as determinações do Mais Alto e de reformular-se no que descobriu estar em desacordo com sua missão, o Discípulo adequa-se aos pressupostos da Suprema Supre ma Hierarquia Espiritual -- descobre sua Verdadeira Verdadeira Vontade, Vontade, que é a mesma da Divindade -- e parte para o Trabalho exigido na realização da Grande Ob ra.

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Capítulo 8

Amor Incondicional

Amor é a Lei, Amor sob Vontade! Divulgadores da Lei de Thelema, Thele ma, a Lei da Vontade, Vontade, explicam que essa Vonta ontade de não é a peque pequena na vontade vontade do Ego, Ego, mas mas a Vonta Vontade de Maior, do SER que anima a individualidade e une-se a tudo que existe.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 32 8.1. Discípulo = Amor Incondicional é o mesmo que Amor Espiritual? Mestre = Há marcante diferença! Quando se fala em amor espiritual, busca-se distingui-lo distingui-lo do amor carnal, e alguns chegam mesmo a igualá-lo ao que que se entende como “amor Platônico”. Considera-se o amor espiritual como algo mais desligado da matéria, dos instintos, da baixa sexualidade. No amor espiritual cultivar-se-iam cultivar-se-iam os sentimentos mais nobres e as intenções mais honestas. Todavia, Todavia, mesmo quando se ama honestamente honestamente e com elevação de sentimentos, costuma haver um desejo de reciprocidade, e a falta dessa exigência ex igência é condição essencial essenc ial do Amor Incondicional. 8.2. Discípulo = Como pode alguém amar uma pessoa que pratica atos condenáveis, e não se arrepende? Mestre = Quando alguém pratica atos condenáveis, não está agindo de acordo com o seu Ser, mas movido pelo Ego, por impulsos decorrentes de traumas e confusões psiquicas psiquic as que não pode controlar. controlar. Tudo isso é fruto da ignorância, que não deixa perceber o aspecto divino da existência! Quem ainda não venceu, também, a ignorância, rejeita essa pessoa, e pode até querer eliminá-la! Mas aquele que venceu a ignorância, vivendo no Ser, pode ver a Realidade em todas as pessoas, e consequentemente amá-las amá-la s de modo total e definitivo! 8.3. Discípulo = Podem-se desenvolver simultaneamente, diversas formas de amor, ou apenas uma de cada vez, ou somente uma a vida toda? Mestre = Cada um dá o que tem! O ideal seria que todos amassem a todos incondicionalmente! Mas isso seria possível somente se a Humanidade já tivesse alcançado o nível máximo de seu desenvolvimento, de sua evolução! Procure então cada qual analisar-se profundamente, para saber em que nível se situa, s itua, e, a partir daí, meditando e praticando pratic ando os ensinamentos da verdadeira verdadeira doutrina, amar a todos da maneira mais pura e elevada que lhe for possível fazer! 8.4. Discípulo = A evolução espiritual tem a ver com a maneira de amar?

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 33 Mestre = Sim! Quanto mais evoluido o indivíduo, mais intenso e geral é o amor que nutre pelos seus semelhantes. Veja Veja os exemplos dos Mestres de Sabedoria, dos Santos e Iniciados que até se sacrificaram pela Humanidade, ou na defesa de princípios, virtudes e verdades! Sim! Amar é evoluir, é crescer espiritualmente, é contribuir para a edificação edific ação de um mundo melhor! 8.5. Discípulo = Como proceder diante das inúmeras injustiças praticadas por tantos neste mundo conturbado? Mestre = O mal existirá enquanto o Homem persistir trilhando o caminho da ignorância, vivendo movido pelo egoismo, a inveja e excessivo apego à matéria e seus subprodutos psíquicos. Não há uma solução imediata para isso! O uso da violência contra os violentos pode trazer algum resultado momentâneo, mas longe está a solução do problema. Então, o caminho é longo e penoso! É trabalhar pelo aperfeiçoamento do Homem, ajudando-o a livrar-se da ignorância, das exigências do ego, dos desvarios da mente, buscando busc ando convencê-lo a se interiorizar, a praticar a meditação, meditação , a descobrir o Ser e fundir-se com Ele! 8.6. Discípulo = As nações tem interesses muitas vezes conflitantes. Como conviver pacificamente, quando esses interesses não desembocam em pacíficas soluções? Mestre = O orgulho nacional tem sido causa de graves conflitos, de guerras sangrentas, provocando perdas irreparáveis irrepará veis de vidas e de bens preciosos. Se os dirigentes fossem sábios, e os povos mais tolerantes, saberiam distinguir quando insistir exigindo, e quando ceder! Muitas vezes é melhor perder bens e até parte de território te rritório do que embrenhar-se em guerras e outros conflitos igualmente desgastantes e prejudiciais. As resoluções, as decisões de âmbito internacional não são fáceis de serem tomadas. Os dirigentes são pressionados pela opinião pública e diversas instâncias instâncias da sociedade, o que torna muito difícil resolver. É por isso que os fatos se precipitam, e os conflitos se agravam, conduzindo a perdas de grande porte. Tolerância sem fraqueza, diálogo, diplomacia e respeito ao direito internacional, são recomendações

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 34 pertinentes, mas soluções definitivas, pertinentes, definitivas, somente com a dissipação do véu da ignorância serão realmente possíveis. 8.7. Discípulo = Quando o discípulo consegue chegar à Iluminação, atingindo ao Samadhi, o seu amor também se torna incondicional? Mestre = Certamente que sim! Embora às vezes veze s ele possa vacilar, diante de algumas brutalidades da vida, na maior parte do tempo, especialmente quando em Samadhi, seu amor amor é imenso e extensivo a todos os seres da Criação. Há vários níveis de Samadhi, e quando o Discípulo se acha apenas no início dessa derradeira fase espiritual, podem ocorrer ocorrer alguns desvios! Ilustra esse fato o episódio no qual o Mestre Jesus agrediu os vendilhões vendilhões do Templo! Templo! CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO O amor está submetido somente à Vontade Superior, àquela Vontade que impulsiona à realização realização de uma missão que se estenderá estenderá por muitas encarnações! Quando o Discípulo atinge a determinado estágio evolutivo, evolutivo, é-lhe desvelado o conteúdo de passadas vidas, mostrando-se-lhe o fio da meada que une, com pressupostos lógicos, várias encarnações. Pode ele, assim, compreender o sentido de sua existência, e passar a agir com perfeita consciência na realização da Obra que lhe foi confiada. Seja qual for sua missão, o amor estará inserido como um sentimento que vara o tempo, e persiste, apesar das dificuldades. E o Amor Incondicional será sempre o coroamento dessa longa caminhada, que conduz à morada eterna dos seres auto-conscientes, servidores incondicionais da Raça Humana.

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Capítulo 9

A Nova Era

Muito já se falou e escreveu sobre uma Nova Era, que seria o estabelecimento estabeleciment o de uma diferente feição para a Humanidade e o mundo de um modo geral. Datas foram apontadas, mudanças ocorreram, mas nunca se firmou um ponto no tempo tão precisamente e bem fundamentado como este que nos aponta a tradição Maya, com o fim de um ciclo evolutivo em 21 de dezembro dez embro de 2012!

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 36 9.1. Discípulo = Essa profecia da Nova Era está ligada ligada a mudanças apenas espirituais espirituais?? Mestre = Não há como separar a vida espiritual da material! Vivemos ambas simultaneamente! Se atentarmos para os fortes indícios mostrados pelos meios de comunicação, veremos que tanto os fenômenos naturais como aqueles provocados pelos homens estão concorrendo para o climax anunciado nas previsões! 9.2. Discípulo = E a Nova Era E ra de Horus, que já teve início, como fica em relação a esta nova data de 2012? Mestre = A evolução comporta vários ciclos, que podem ser observados em diferentes ocasiões! Na verdade, são posturas “didáticas” usadas por estudiosos e Mestres, para realçarem certas mudanças importantes. A Era de Horus continua, mas dentro dela podemos ter novas eras. Apenas devemos observar a importância maior de alguns pontos da longa caminhada que o ser humano e o planeta realizam! 9.3. Discípulo = Como devemos atuar nesta Nova Era, E ra, visando contribuir para o progresso da Humanidade? Mestre = Não é preciso fazer obra de grande vulto, nem sacrificarsacrific arse, como se fazia antigamente. Hoje, pode-se comunicar com todo o planeta, através da Internet, o que antes era impossível! Concluimos, então, que basta expressar o que de melhor puder produzir, que os mecanismos naturais e estruturais se encarregarão de espalhar pelo mundo as boas novas de uma filosofia que transcende, transforma e exalta a excelência da vida espiritual. 9.4. Discípulo = Temos observado que, enquanto alguns produtos que consideramos excelentes, permanecem sem destaque, na Internet, outros, de qualidade duvidosa, recebem rece bem um número imenso de visitas! Como vencer essa dificuldade? Mestre = Observa-se também que produtos de boa qualidade tem alcançado grande aceitação, de modo que o segredo deve estar em algo ainda não utilizado por alguns. Os destaques escolhidos na divulgação são o ponto estratégico que determina o sucesso do trabalo, em termos

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 37 de aceitação. É preciso, portanto, buscar os pontos melhores para destaque, e depois então introduzir o restante com equilíbrio e moderação. 9.5. Discípulo = Como deverá ser o início desse novo ciclo? Mestre = A principal característica caracterís tica não será de um cataclisma, c ataclisma, seja motivado por causas naturais ou sociais e políticas. O mundo continuará com os seus conflitos sangrentos por algum tempo -- mas já agora as mentalidades estão transformadas! As populações não mais suportam a voracidade dos que comandam comanda m a economia e a política, de modo terrivelmente danoso para todos! A grande mudança é na Consciência Global da Humanidade. As redes sociais serão cada vez mais utilizadas para congregar as pessoas em grandes bolsões de resistência aos desmandos dos poderosos! A Nova Era é AGORA! 9.6. Discípulo = Quando acontecerá o verdadeiro Renascimento? Mestre = Diferentemente dos “renascimentos” individuais, retratados na literatura espiritualista, o verdadeiro Renascimento Rena scimento do Ser Humano é um processo longo que está em curso! O que ocorre oc orre hoje é que estamos chegando a um ponto crucial, o ápice de uma subida que teve início há muito muito tempo, e que que está prestes a conhecer o auge! É isso que o Calendário Maya aponta, com grande precisão! 9.7. Discípulo = É na Nova Era que haverá a confraternização, a união do Amor e da Paz entre os povos? Mestre = Sim! Está previsto que, no transcorrer dos anos 20, as nações da Terra Terra resolverão seus problemas, pro blemas, partindo para um novo modo de relacionar-se, conscientes de que somente a convivência pacífica e o cultivo das virtudes poderão balizar a construção de uma Nova Civilização, onde todos poderão evoluir em harmonia e verdadeira fraternidade! CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO Grandes são os problemas, graves as questões existentes entre as nações da Terra. Terra. Até hoje, tem prevalecido a força, a violência, o desamor nas relações internacionais. E o resultado tem sido simplesmente desastroso! Todavia, Todavia, o Homem tem capacidade de discernir o que é melhor para o seu destino e, através das adversidades, adve rsidades, dos sofrimentos -- vem

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 38 aprendendo as lições. De modo que agora é chegado o momento, momento, aquele ponto em que ele reflete, medita e conclui conc lui que uma mudança radical deve ser assumida. Isto é o que veremos em breves anos desenhar-se no cenário mundial: uma Nova Era de Paz, Concórdia e Desenvolvimento Harmonioso para todos!

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Capítulo 10

Renovando as Tradições

Buddha, Krishna, antigo e novo, Tradições milenares, mas que com o progresso da atual civilização tendem a renovar-se.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 40 10.1. Discípulo = Mesmo alguns Mestres da atualidade ocupamse de obras tradicionais, e nelas baseiam seus ensinamentos. Onde achamos a renovação? Mestre = O genuíno ensinamento ensinamento nunca morre! É sempre válido, verdadeiro e justo! É por isso que os Mestres Mestre s nele se baseiam, em seus magistérios. Apenas alguns acréscimos que no correr do tempo te mpo foram sendo apensados, devem ser repensados, e se for o caso, abandonados, suprimidos. suprimido s. Mas a renovação ocorre na maneira de explicitar o conteúdo do ensino tradicional, e aplicá-lo às questões hodiernas. Diferentes maneiras de visualizar problemas e questões, dão à pedagogia uma feição moderna, atual, que pode atrair a atenção de um povo ávido de novidades úteis à sua vida. 10.2. Discípulo = No Budismo existem várias tradições? Mestre = Sim! Várias nações desenvolveram diferentes filosofias, que se baseiam num cerne ou essência, mas divergem em muitos pontos. Fala-se, portanto, em Budismo Teravada, em Budismo Tibetano, em tradições chinesas ou japonesas -- todas merecedoras merec edoras de crédito. Todavia, Todavia, achamos por bem procurar uma unificação que, embora divirja de todas, conserve o substrato das origens, e seja útil aos que hoje buscam a evolução consciente. 10.3. Discípulo = Existe relação entre Tradição e Religião? Mestre = Sim! Mas é preciso distinguir entre tradição religiosa e outras, como os costumes existentes numa determinada sociedade. Há, contudo, relação entre religião e costumes. Na Índia, na China e no Japão, entre outros países, os costumes que permeiam a vida social estão em grande parte sancionados e fortalecidos pela religião. 10.4. Discípulo = O Yoga Yoga é uma tradição hinduísta? Mestre = Sim! Uma tradição que se espalhou pelo mundo, dada a sua excelência para a vida espiritual. Outras Outras tradições também usam da meditação para alcançarem alcança rem seus objetivos maiores, porém é na Índia que temos o Yoga Yoga praticado por grandes grandes Mestres e por Discípulos abnegados. Na China e no Japão, os Monges praticam artes marciais, que preenchem essa função espiritual. Em outros países, há práticas esotéricas,

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 41 usadas com a mesma finalidade. A diversidade demonstra apenas que há vários caminhos conducentes ao mesmo ponto: a transcendênci transcendência. a. 10.5. Discípulo = Como podemos inserir a obra Nova Doutrina no arcabouço de uma tradição? Mestre = A nossa Nova Doutrina Doutrina fala de Samadhi e Nirvana. Explicita a Senda Óctupla do Budismo, e descreve ações inerentes ao Yogue. Concluímos, Concluímos, então, que ela procura unificar unific ar estas duas tradições, tradições, de inestimável valor para o progresso da Humanidade. A vida espiritual pode ser tremendamente complicada. Basta que enveredem pelos meandros das filosofias e das teorias, que muito falam e, na verdade, pouco explicam! No entanto, e ntanto, com um simples exercício, uma postura (mudra) ou uma palavra (mantra) pode-se obter precioso conhecimento, que ajudará a vencer a ignorância, principal dificuldade no Caminho da descoberta do SER! 10.6. Discípulo = Os Mestres e Gurus, hoje, devem fazer adaptações na doutrina, para melhor êxito em seu trabalho? traba lho? Mestre = Se o Mestre sentir a necessidade, deve fazê-lo. Mas essas alterações alteraçõe s não devem atingir o cerne, a essência doutrinária, sob pena de desfigurá-la. Como já foi dito, a verdadeira doutrina é, em si, imutável. Vejamos Vejamos um exemplo: O que pode ser alterado altera do no BhagavadGîta? Nada que mude a sua essência. Porém algumas alterações em sua apresentação podem ser feitas, por motivos pedagógicos. 10.7. Discípulo = Em termos de tradição, que escolha escolh a um Iniciado que chega ao Mais Alto Alto é levado a fazer? Mestre = Cada indivíduo nasce dentro de uma determinada tradição. É um dado cultural. No decorrer de sua vida, ele pode entrar em contato com várias outras, tendo a oportunidade de compará-las. Se faz isto, chega certamente à conclusão de que, no mais alto, todas se unificam. Ou seja: Todas levam ao mesmo ponto, que é a Unidade... Então ele pode dedicar-se a uma tradição ou religião, mas saberá que as demais também são válidas. Importante é abstrair-se dos detalhes da religião, e concentrar-see na doutrina. É nela que se encontram os pressupostos que concentrar-s norteiam o Caminho a ser seguido!

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 42 CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO As tradições religiosas, em suas manifestações culturais e sociais, são elementos auxiliares na pedagogia pedagogia da fé. São instrumentos que servem para objetivar, e assim facilitar o conhecimento e a compreensão de verdades de difícil apreensão para muitos. Todavia, o que realmente importa, em última instância, é livrar-se da ignorância, ignorânc ia, para submergir na essência do SER, que é a nossa verdadeira identidade!

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Capítulo 11 Obtendo recursos da Natureza

A Natureza é pródiga em benesses que o humano pode aproveitar! Basta deixar-se penetrar pelas carícias dos elementos! A brisa do Ar, em sua suavidade;; o frescor das Águas; suavidade Águas; a firmeza da Terra Terra e o calor do Fogo podem conferir qualidades a todo momento! Basta deixar a sensibilidade fluir!...

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 44 11.1. Discípulo = Quando se fala “extrair da natureza a essência e ssência da espiritualidade”, o que isto significa? Mestre = A natureza visível é apenas reflexo da realidade cósmica, que está além dos sentidos, mas que os mantém e vivifica... vivifica... Ao receber uma influência natural, seja do Ar, Ar, da Água, da Terra ou do Fogo -- você está na verdade recebendo influxos cósmicos, que se classificam c lassificam como “espirituais”. 11.2. Discípulo = Quando o discípulo se depara com uma água cristalina, cujo som traz paz ao a o coração, podemos dizer que é um dom espiritual, ou simplesmente energia da natureza? Mestre = São as duas coisas ao mesmo tempo.Nada acontece no mundo material que não tenha origem o rigem no espiritual. Ou melhor, toda realidade, em todos os níveis, está contida no SER. 11.3. Discípulo = O discípulo, de pés no chão, ao tocar uma árvore, acontece uma simbiose de energias? Mestre = Certamente que sim! O corpo humano é um captador e acumulador de energias, além de produtor! O mesmo se pode dizer da árvore! Apenas são de diferentes reinos (animal, vegetal) e assim a ssim podem ambos se beneficiar. numa troca energética que o homem pode fazer com pleno conhecimento. Estando com os pés no chão, chã o, o homem facilita a entrada de energias telúricas, que, subindo, subindo , vão-se encontrar, no plexo solar, com as emanações oriundas do vegetal, com o qual estiver em contato, e que tem origem cósmica, através de sua folhagem e fotosíntese. 11.4. Discípulo = Há previsões de que o homem, com suas atividades destrutivas, destrutivas, irá aniquilar a natureza.Iss natureza.Issoo acontecerá! E qual a resultante? Mestre = Já foi dito que o “fogo renova toda toda a natureza - INRI”. Sendo assim, toda atividade destrutiva, seja por ação do homem, seja em decorrência de cataclismos naturais, resultará no final, num renascer, numa retomada do vigor e da fertilidade da Terra, que assim deixará que a Humanidade viva o seu glorioso destino. Muitas e sérias dificuldades já foram vencidas, e outras certamente o serão, fato que sabemos necessário para que a raça humana, huma na, com seu

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 45 conhecimento sempre crescente crescente e renovado, -- venha a povoar longinquos astros deste e de outros sistemas planetários. Quem Que m viver, viver, verá! 11.5. 11 .5. Discípulo = As essências das flores, das folhas, são fontes de energia propícia a uma grande elevação espiritual? Mestre = Sim! Na essência vegetal encontra-se a quinta essência que veicula a energia cósmica ou espiritual. Há pessoas que tem esse conhecimento, conhecime nto, e dele se utilizam, com real rea l proveito. Todavia, Todavia, isto pode e deve ser ampliado, beneficiando a um número maior de seres humanos e animais. A fitoterapia pode exercer um papel mais efetivo na vida cotidiana, com certeza! 11.6. Discípulo = Como a natureza influencia na elevação elevação espiritual (Samadhi)? Mestre = Não apenas se detendo na contemplação -- o que é um bom recurso -- mas também aurindo fragrâncias ou extraindo extra indo energias notadamente de vegetais, pode-se obter significativo avanço avanç o espiritual. Deus atua através da Natureza, e o Homem é, de direito, o principal beneficiário disso! Enlevando-se diante da Natureza, Natureza , o Homem consegue atingir estados especiais de consciência, chegando com certa facilidade ao Samadhi. 11.7. Discípulo = Pelo que vemos, a contemplação e a troca energética são os principais meios para se usar a natureza. Há outras maneiras de fazê-lo? Quais? Mestre = Fizemos menção da fitoterapia, que é o uso medicamentoso da natureza, e podemos ainda assinalar a ssinalar o mergulhar e amalgamar-se com o meio natural -- o que é um processo totalizante de entrega, onde tudo está envolvido: o corpo físico, os corpos sutis e o próprio Ser Individual, que assim imerge no oceano de beatitude e paz. paz . Trata-se aqui, de mergulhar mergulhar nesse Oceano para alcançar a Pérola que repousa no fundo, concentrando as benesses da espiritualidade, à espera de quem, por merecimento, chega às alturas e profundezas da Iniciação Real.

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 46 CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO Há uma tendênca separatista que coloca o homem apartado da natureza. No início, quando reinava a simplicidade, o homem vivia bem próximo dos animais e demais reinos, vegetal e mineral. Com o advento e o progresso da tecnologia, ele foi-se afastando afastand o cada vez mais, chegando ao ponto em que está! Quase que numa redoma de vidro, para usarmos uma imagem forte! Mas, com sua mente privilegiada, pode o ser humano abstrair-se de toda essa parafernália tecnológica e, usando seus poderes naturais, abrir as portas da percepção de um novo mundo, além das formas e das aparências! Pode usar a natureza para isso, e viver uma realidade total e imensurável!

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Capítulo 12 A Verdadeira Felicidade

Na unificação do Ser, atingindo à mais alta Consciência Espiritual, anulando qualquer resquício de impurezas materiais, deixando-se levar por esta poderosa energia, chega-se finalmente à grande e verdadeira Felicidade!

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 48 12.1. Discípulo = Qual a diferença entre Verdadeira Verdadeira Felicidade e Felicidade Relativa? Mestre = Felicidade Relativa é a que o homem obtem trabalhando trabalhando o seu mundo, de modo a que todas ou quase todas as suas necessidades necessidade s sejam atendidas. Mas essas necessidades necessida des são geralmente ditadas por uma mente presa aos ditames da vida material e psíquica. É, portanto, incompleta, volátil, relativa. Já a Felicidade Real ou Verdadeira Verdadeira é a que se obtem após a dissipação do espesso véu da ignorância, que acorrenta o homem às mencionadas exigências da matéria. Quando, através do estudo, da reflexão e da meditação o indivíduo vislumbra uma outra realidade, extrafísica, inicia-se um processo que certamente o conduzirá à bemaventurança, que é a Verdadeira Verdadeira Felicidade. 12.2. Discípulo = Como podemos reconhecer essa bemaventurança, bemaventur ança, essa Verdadeira Verdadeira Felicidade? Felicidade? Mestre = O bem estar que obtemos quando necessidades básicas fundamentais são atendidas, e progredimos na construção de melhor qualidade de vida, é facilmente reconhecido. Todavia, esse bem estar mostra-se sempre ameaçado pela inconstância da vida, em seus aspectos materiais e psíquicos. Já o bem estar que experimentamos quando progredimos na senda espiritual é firme, estável, harmonioso, inspirador de confiança e paz! Isto porque, diferentemente diferente mente do mundo material, que se caracteriza pela fragmentação e a ilusão, o mundo espiritual é real, abrangente, abarcando uma órbita além do tempo e do espaço. 12.3. Discípulo = Há uma relação entre autorealização e a Real Rea l Felicidade? Mestre = Sim! Justamente porque na dita pequena ou ilusória felicidade, o indivíduo não encontra plena satisfação -- ele é levado a buscar “algo “algo mais”. Há casos em que ele envereda envereda por caminhos escabrosos, praticando atos condenáveis -- o que serve apenas para aumentar sua insatisfação e até levá-lo à completa ruína -- mas felizmente registramos felizes eventos, nos quais o caminho da elevação espiritual é vislumbrado, e por ele o buscador envereda, logrando, cedo ou tarde, alcançarr a beatitude do Ser, alcança Se r, a Verdadeira Verdadeira Felicidade F elicidade..

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 49 12.4. Discípulo = O objetivo principal da autoiniciação é alcançar a Verdade Verdadeira ira Felicidade? Felicidade? Mestre = Sim! Se considerarmos que autoiniciação e Verdadeira Verdadeira Felicidade encerram, no conjunto, uma situação de plenitude, que beneficia não apenas ao indivíduo, mas à Humanidade como um todo. A Felicidade a que nos referimos é um modo de ser completo, de alguém que conseguiu vencer a ignorância, libertando-se libertando-s e das amarras materiais e psíquicas para viver uma outra Realidade, total e verdadeira! 12.5. Discípulo = Conhecimento e Sabedoria são etapas para alcançarmos alcanç armos a Verdadeir Verdadeiraa Felicidade? Mestre = Sim! Não existe Sabedoria S abedoria sem Conhecimento, embora a recíproca não seja verdadeira! verdadeira! O Sábio precisa conhecer conhecer a vida e seus mistérios, para exercer o que designamos como “Sabedoria”, que é um modo superior de lidar com a realidade. Mas não se deve confundir conhecimento livresco livresco e arroubos intelectuais, intelectuais, com Sabedoria! Sabedoria! Por toda parte pululam filósofos e intelectualóides, que elaboram teorias mirabolantes, e se apresentam como “sábios”, quando na verdade são meros tolos, que se enrolam em suas nefastas gabolices! O verdadeiro Sábio prima pela simplicidade, e atua sempre com naturalidade e modéstia! Ele sabe que seu conhecimento, quando apresentado, está sempre muito aquém da Realidade que tenta descrever! 12.6. Discípulo = Livrando-nos do Ego e da Mente, podemos alcançar a Felicidade? Mestre = É preciso ir além disto! Livrar-se das negatividades nega tividades da mente e do ego é o primeiro passo na escalada superior. Todavia, Todavia, é preciso caminhar com firmeza e persistência na direção dire ção do ponto em que deve ocorrer o encontro com o SER. Refiro-me àquele mergulho no Oceano, que se realiza com o total despojamento das características da individualidade. O apego a essas características, característica s, mesmo às tidas como positivas e benéficas, benéficas , -- impede que o indivíduo se una ao Grande Gra nde Todo, Todo,  juntan  jun tando do sua essê essênci nciaa à Essê Essênci nciaa Tota otaliz lizant antee do Ser Real Real,, reco reconhe nhecend cendoo aí sua verdadeira identidade!

Ser Puro, Consciência Absoluta e o Samadhi pág. 50 12.7. Discípulo = Dois seres, unidos por um amor espiritual espiritua l já alcançaram alcança ram a Verdadei erdadeira ra Felicidade? Felicidade? Mestre = A união espiritual é um bom caminho a ser trilhado com inspiração e orientação orie ntação sábia. A partir daí, a caminhada pode mostrar-se mais fácil e harmoniosa. Mas ainda haverá muito que enfrentar e vencer! As provas se apresentarão, as dificuldades parecerão às vezes intransponíveis, porém o amor que une dois seres é sempre um auxílio decisivo para o triunfo! CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO E DO LIVRO Alcançar a Verdadeira Felicidade pode ser o objetivo final do indivíduo que sabe muito bem que sua felicidade reside na transcendência, e que deve incluir, de resto, toda a Humanidade Humanidade!! Ninguém é feliz isolado de seus semelhantes! Viver neste mundo tão complexo e sofredor é uma tarefa hercúlea, seja qual for a condição do indivíduo na sociedade... socieda de... A simples sobrevivência é um enorme desafio, mesmo quando as aparências dizem o contrário! Sim! Porque muitos nascem “em berço de ouro” -- porém, se observamos atentamente, vemos que sempre existem e xistem dificuldades de várias ordens!... Assoberbado pela luta cotidiana, dentro dos parâmetros da matéria, além dos quais nada vislumbr vislumbra, a, vive o indivídu indivíduoo na ignorância de uma Realidade que transcende tudo isso! E difícil é fazê-lo aceitar que existe um Caminho certo para a Verdadeira Verdadeira Felicidade! Esse Caminho, que conduz, através de esforços bem dirigidos para a superação das dificuldades da vida e o conhecimento de um novo campo de realizações, além do egoísmo, do apego, da vaidade, das dependências -- é o melhor de todos os meios conducentes ao conhecimento de si próprio, da Real Essência que anima o ser humano, em sua gloriosa peregrinação pelo Universo. Não é outro o objetivo deste livro: ajudar o estudante da Ciência Ciênc ia Divina a encontrar e trilhar o Caminho da Transcendência, do progresso e da realização no SER!

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