Senai Costura industrial

September 14, 2017 | Author: RogerioMendes | Category: Sewing Needle, Sewing, Clothing, Fashion & Beauty, Textile Industry
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confecção e vestuario...

Description

SENAI / Modatec - Centro de Desenvolvimento Tecnológico para Vestuário

COSTURA INDUSTRIAL

Belo Horizonte 2007

Presidente da FIEMG Robson Braga de Andrade Gestor do SENAI Petrônio Machado Zica Diretor Regional do SENAI e Superintendente de Conhecimento e Tecnologia Alexandre Magno Leão dos Santos Gerente de Educação e Tecnologia Edmar Fernando de Alcântara

Elaboração Hudson G. Afonso Unidade Operacional Centro de Desenvolvimento Tecnológico para Vestuário

Sumário APRESENTAÇÃO.................................................................................................. 4 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5 2. MÁQUINA DE COSTURA RETA .................................................................... 6

2.1. Nomenclatura da Máquina Ponto 301 ......................................................................................6 2.2. Colocação de linha na Máquina Ponto 301 .............................................................................9 2.3. Trocar a agulha da máquina ...................................................................................................12 2.4. Regulagens das tensões das linhas ......................................................................................13 2.5. Acessórios da Máquina Ponto 301.........................................................................................14

3.

SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO ................................................... 15

4.

TECNOLOGIA DA COSTURA ...................................................................... 17

5. 6.

ÍNDICE DE EFICIÊNCIA ............................................................................... 28 CONTROLE DE QUALIDADE ...................................................................... 29

7.

ATIVIDADES PRÁTICAS.............................................................................. 33

3.1. A posição de trabalho sentado...............................................................................................15 3.2. Cuidados pessoais ..................................................................................................................16

4.1. Linhas para costura .................................................................................................................17 4.2. Tipos de pontos .......................................................................................................................18 4.3. Tipos de costura ......................................................................................................................22 4.4. Características das costuras ..................................................................................................24 4.5. Agulhas .....................................................................................................................................25 4.6. Tabela de adequação Tecido/ agulha/ linha ..........................................................................27

6.1. Técnicas de Controle de Qualidade .......................................................................................30 6.2. Requisitos para revisão do controle de qualidade: .............................................................31 7.1. Atividades de simulação .........................................................................................................33 7.2. Montagem de peça inteira .......................................................................................................44

8. TERMINOLOGIA TÊXTIL E DO VESTUÁRIO .............................................. 60 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 74

Apresentação “Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento. “ Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação. O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país,sabe disso , e ,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência:” formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de educação continuada.” Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento , na sua área tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão importante quanto zelar pela produção de material didático. Isto porque, nos embates diários,instrutores e alunos , nas diversas oficinas e laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos. O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada ! Gerência de Educação e Tecnologia

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Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

1. Introdução Este é um material de apoio para a disciplina COSTURA INDUSTRIAL do curso TÉCNICO EM CONFECÇÃO INDUSTRIAL DO VESTUÁRIO, que tem como objetivo capacitar profissionais para desempenhar com competência e habilidade atividades de costura industrial, em tecidos planos e elásticos na confecção de peças do vestuário, artigos de cama, mesa, banho, decoração, artesanato, ou outros segmentos que tenham a costura industrial como atividade propulsora do setor produtivo, em conformidade às normas e procedimentos técnicos de qualidade, segurança, meio ambiente e saúde. No final desta disciplina o aluno estará apto a: - Manusear máquinas de costura industrial: reta, overloque, interloque, galoneira, pespontadeira, de casear, de pregar botão, de engrazar, de cós e de fazer travete; - Costurar em tecidos planos e elásticos, peças do vestuário e outros segmentos que tenham a costura industrial como atividade propulsora do setor produtivo; - Desenvolver protótipos ou operar em sistemas de produção em série e em células; - Conhecer e avaliar os tipos e características de máquinas, instrumentos e equipamentos utilizados, adequado-os a cada tipo de material a ser costurado; - Identificar anomalias, executar ou orientar procedimentos corretivos e preventivos de acordo com os padrões de qualidade.

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2. Máquina de Costura Reta 2.1. Nomenclatura da Máquina Ponto 301 A figura mostra uma máquina de costura reta de ponto fixo, da classe 300, o tipo de ponto é de nº 301.

Cabeçote - É a parte superior da máquina, constituída de várias peças. Mesa - É a parte onde está assentado o cabeçote, é de madeira recoberta com fórmica, sendo seus pés de metal. Motor - É um equipamento elétrico que serve para colocar a máquina em movimento. Pedal - É a parte da máquina que está ligada ao motor pela barra de união. Aciona o motor, controla a velocidade, e para a máquina. Joelheira – Levanta o calcador e solta a tensão da linha de cima. Deixa o operador com as mãos livres para o trabalho. Polia - Abaixa e levanta a agulha, quando a máquina estiver parada. Porta – fios - Suporte para colocar os tubos ou cones de linha.

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Nomenclatura do cabeçote

Visor do fluxo de óleo - É uma peça de acrílico transparente que permite verificar se o sistema de lubrificação está funcionando. Transportador - É uma peça com dentes afilados que leva o tecido de um ponto feito para o próximo a ser feito. Calcador - Segura o material durante a costura enquanto a agulha penetra no mesmo. Barra do Calcador - É uma peça cilíndrica que tem o calcador fixado em sua extremidade inferior Agulha - É uma peça cilíndrica que em sua extensão possui espessuras diferentes. É feita de aço temperado e cromado, serve para conduzir a linha de um lado para o outro lado do material a ser costurado, possibilitando assim o entrelaçamento da linha superior com a linha inferior, formando o ponto. Barra da Agulha - É uma peça cilíndrica que tem um orifício em sua extremidade inferior onde se encaixa a agulha. Um parafuso permite a fixação ou a remoção da agulha. Guias de linha - São todas as peças que levam a linha do porta - fios até a agulha. 7

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Esticador de linha - Puxa a linha do cone soltando uma quantidade suficiente para a formação da laçada puxando, em seguida, a linha da laçada para o ajuste do ponto. Regulador de Tensão - Conjunto de peças que controla o fornecimento de linhas para agulha, dando a tensão necessária. Chapa da agulha – É uma chapa metálica com um orifício para passagem da agulha e abertura para os dentes do transportador. Sustenta o material que está sendo costurado. Chapa móvel - É uma chapa metálica que serve para visualizar o local onde se introduz a caixa de bobina. Regulador do comprimento do ponto - Permite controlar o comprimento do ponto. Polia do volante – Em conjunto com a polia do motor e através da correia recebe a força do motor, serve também para posicionar a agulha quando a máquina está parada. Alavanca de retrocesso – É uma peça que quando pressionada muda o sentido da costura. Caixa de bobina Guarda a bobina, deixando que a laçada da linha da agulha passe em sua volta. Permite que a bobina desenrole a linha na hora certa, com a tensão certa. Bobina É a peça onde é enrolada a linha que alimenta a parte inferior do ponto.

Lançadeira É a peça onde é colocada a caixa de bobina. Serve para lançar a linha da bobina para cima.

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2.2. Colocação de linha na Máquina Ponto 301 Colocação da linha superior

- Desligar a máquina. - Girar o volante manualmente até que o esticador de linha fique no seu ponto mais alto. Conforme figura acima. - Passar a linha pelos guias conforme numeração. - Passar pelos discos de tensão. Conforme detalhe da figura. - Passar a linha pelo orifício da agulha no sentido da esquerda para direita,

deixando a linha por baixo e para trás do calcador.

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Como encher a bobina

- Levantar calcador. - Colocar a bobina no pino do enchedor de bobinas e pressionar a alavanca até

o final.

- Enrolar a linha algumas vezes em torno da bobina, na direção indicada pela

seta.

- Pisar no pedal, a linha inferior começará a enrolar. - Quando a bobina estiver cheia, retirar a bobina e cortar o fio conforme

indicado na figura.

Nota: A quantidade de linha não deverá exceder 80% da capacidade total da bobina.

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Colocação da linha inferior Esta operação consiste em colocar a bobina cheia na caixa de bobina e ambas dentro da lançadeira para alimentar a parte inferior do ponto.

- Colocar a bobina cheia na caixa de bobina, deixando a linha com uma ponta de 10cm aproximadamente. - Passar a linha pelo corte da caixa de bobina . Em seguida puxar a linha por debaixo da mola . - Girar o volante com a mão, deixando a agulha no seu ponto mais alto. - Segurar a caixa de bobina pela lingüeta com a abertura para cima deixando a linha por cima do dedo indicador e encaixe-a no pino central da lançadeira. - Segurar com a mão esquerda a linha da agulha, para cima, e, com a mão direita, girar o volante para frente, até que a agulha desça e suba laçando a linha inferior.

a) Puxar a linha da agulha. Ela trará para cima uma laçada de linha da bobina. b) Puxar a linha inferior e colocar as duas pontas de linha por baixo e para trás do calcador.

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2.3. Trocar a agulha da máquina Esta operação consiste em trocar a agulha defeituosa ou inadequada ao tipo de material a ser costurado, por outra perfeita ou adequada. - Desligar a máquina.

- Girar o volante até que a barra da agulha fique no seu ponto mais alto. - Retirar a agulha soltando o parafuso da barra da agulha com chave de fenda. Observação: O parafuso deve permanecer na barra da agulha. Evitando assim sua perda. - Colocar a agulha na barra da agulha com a cava voltada para a ponta da

lançadeira (observe figura).

Observação: Encostar o cabo da agulha até o final do furo. - Apertar o parafuso mantendo a agulha na posição correta. Observação: Verificar o alinhamento da canaleta pelo lado esquerdo do cabeçote. Nota: Em todas as máquinas a cava da agulha deve estar voltada para a ponta da lançadeira ou ponta do looper.

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2.4. Regulagens das tensões das linhas Para se obter uma costura com qualidade e resistência é necessário que as linhas estejam bem equilibradas de modo que a amarração dos pontos se firme no centro do material de costura. – Verificar a tensão do

fio inferior, se necessário faça o ajuste através do parafuso de modo que a caixa de bobina não caia por seu próprio peso quando segura pelo fio que sai da caixa de bobina. - Costurar o tecido

Observação: Para regular as tensões das linhas use um retalho do mesmo tecido a ser costurado. - Verificar as tensões das linhas, olhando a costura por cima e por baixo. - Fazer o ajuste do fio superior apertando ou folgando a porca do regulador de tensão de modo a equilibrar as tensões das linhas até que a amarração dos pontos se forme no centro do material. Observe figura. Observação: Quando a amarração dos pontos se formar no centro do material e

a costura se apresentar franzida, Verificar:

a) Se as linhas da bobina e da agulha estão com muita tensão. Neste caso diminua a tensão das linhas. b) Se a linha da bobina foi enrolada com muita tensão, diminua a tensão no enchedor de bobina.

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2.5. Acessórios da Máquina Ponto 301 São equipamentos colocados nas máquinas de costura para auxiliar na confecção, aumentando a produção e a qualidade do trabalho, oferecendo ao mesmo tempo segurança ao operador.

Calcador para franzir – Usado para franzir o tecido durante a costura Calcador de teflon – Usado em materiais como nylon e plástico onde se pretende diminuir o atrito entre o calcador e o material. Aparelho para viés – Utilizado para dar acabamento em gola, punho, alças, etc. Nota: Existem ainda no mercado uma infinidade de modelos para diversas aplicações, podendo inclusive ser fabricados sob encomenda para aplicações específicas. 14

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3. Saúde e segurança no trabalho • Zelar pela saúde; • Desenvolver hábitos de higiene e limpeza; • Posição correta no posto de trabalho.

3.1. A posição de trabalho sentado - Manter a cabeça e a parte superior das espáduas levemente inclinada para frente. - Ocupar o máximo do assento da cadeira. - Regular a altura da cadeira, a distância e altura do encosto de acordo com a estatura do operador. - Ajustar a altura da máquina e posição da joelheira de acordo com às características físicas do operador. - Os braços devem ficar na altura da máquina e as mãos devem apenas guiar o material, prendêlo ou arrastá-lo.

Nota: Embora a postura ligeiramente inclinada para frente seja mais natural e menos fatigante que a ereta, vale lembrar que não se deve manter a nuca curvada pois esta postura provoca no operador uma série de tensionamentos em suas estruturas musculares de braços, nuca e costas. O mobiliário ergonômico é base para o bem estar e produtividade no ambiente de trabalho

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O operador estando na posição correta para o trabalho, não terá dificuldade para movimentar os braços e os pés, terá facilidade para acionar o pedal, para controlar a velocidade da máquina e o joelho direito, este estará na posição para acionar a joelheira quando necessário. O corpo na posição correta, evitará: Cansaço prematuro; Desvio na coluna; Problemas respiratórios. Além da posição de sentar-se, outros dois aspectos são de grande importância para segurança no trabalho:

3.2. Cuidados pessoais - Calçados: Existem calçados que ajudam na segurança e facilitam o controle do pedal da máquina. Sendo que os recomendados devem ser: fechados, saltos baixo, cano curto e sola flexível. Exemplos:

Observação: Os sapatos de cano longo, salto ou os tamancos dificultarão o desempenho no trabalho.

- Vestimentas: Deve-se usar roupas adequadas ao tipo de trabalho. Elas não devem ser muito largas, exageradamente decotadas ou impróprias para a estação do ano. - Adornos: Não é permitido o uso de anéis, pulseiras, colares, brincos, relógio ou qualquer outro adorno. Os cabelos compridos devem permanecer presos e/ou protegidos por lenço ou uma rede.

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4. Tecnologia da costura 4.1. Linhas para costura Existem vários tipos de materiais têxteis, conforme o tipo de fibra de que são feitos: fibras naturais ou fibras artificiais. Mas, para esses vários materiais têxteis que precisam ser confeccionados em vários tipos de máquinas de costura, só existem poucas fibras que apresentam as exigências requeridas pelas linhas. Assim, no setor das fibras naturais existem o algodão e a seda. No setor das fibras artificiais existem as poliamidas, o poliéster e, além disso, uma mistura feita com núcleo de poliéster coberto com fio de algodão. Quanto à forma de fabricação, distinguem-se os seguintes tipos de linha: Linha simples Linha torcida A linha simples resulta da fiação de fibras. A linha torcida resulta da torção de duas ou várias linhas simples. A torção é um ponto chave que precisa ser observado no uso da linha. Existem dois tipos de torção: Torção direita, marcada pela letra “S" Torção esquerda, marcada pela letra “Z”

As forças de atrito que atuam na linha durante a sua passagem pela máquina de costura também inserem alguma torção, predominantemente em um sentido. A máquina de ponto fixo, por exemplo, insere voltas de torção Z. Uma linha com retorção em Z adequada atinge o equilíbrio quando resiste a inserção adicional de voltas. A maioria das linhas para máquina de costura utilizam retorção em Z. Este tipo de linha é adequado a maioria das máquinas, havendo, porém, algumas exceções, como por ex., as máquinas de casear que utilizam linhas especiais com retorção em S.

Titulagem da linha

Outro aspecto importante a considerar, quanto às linhas, é a sua numeração, que resulta da relação comprimento-peso. As numerações mais usadas são o Número métrico (Nm), que indica o número de metros necessários para um grama de peso. Por ex. Nm 37 significa que 37 m = 1g., o Denier (Td) que expressa a massa em gramas de 9000 metros de filamento e o Tex que esxpressa a massa em gramas de 1000 metros de fio. O Número métrico é de uso geral, enquanto o denier e o tex é normalmente usado para linhas sintéticas e filamentos. 17

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4.2. Tipos de pontos A costura tem por finalidade unir diferentes componentes de uma peça de vestuário pela formação de uma costura constituída por pontos. Outros métodos existem, tais como a utilização de ultra-sons, a termocolagem, etc., que tem importância limitada em confecção e se aplicam a materiais termoplásticos por ação do calor e da pressão. Entre as técnicas de união mecânica, a costura mantém uma posição predominante devido a sua simplicidade, sofisticação e método de produção econômica, com uma elasticidade controlável. A classificação dos pontos encontra-se normatizada através da NBR 13483 (set/1995). Os diferentes pontos são designados por um número com três algarismos. O algarismo das centenas corresponde a uma das seis classes de pontos. Classe 100 – ponto corrente simples Classe 200 – ponto feito à mão, originalmente. Classe 300 – ponto fixo Classe 400 – ponto corrente de duas ou mais linhas Classe 500 – ponto corrente de acabamento de bordas Classe 600 – ponto corrente de cobertura Dentro de cada classe, os pontos distinguem-se pelos algarismos das dezenas e das unidades.

Classe 100 – Ponto corrente simples Ponto formado a partir de uma ou mais linhas de agulha, caracterizado pelo entrelaçamento em si. Este ponto é geralmente utilizado para costurar temporariamente ou ponto invisível.

Ponto 101 É formado por uma linha que entra no seu próprio laço.

Classe 200 - Ponto feito à mão, originalmente. Estes pontos são formados por linhas que passam isoladamente de um lado do material para outro em perfurações sucessivas da agulha. Tendo tido origem manual, são hoje produzidos por máquinas. Quando se usa mais de uma linha, cada uma delas entra no tecido no mesmo ponto de perfuração.

Ponto 201 Ponto formado por duas linhas 1 e 2 que devem ser passadas através do material pela mesma perfuração, seguindo direções opostas, sem se entrelaçarem.

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Ponto 202 É formado por uma linha que atravessa o tecido e cujo processo de formação é o seguinte: - A linha entra no tecido e sai dois pontos a frente; - Atrasa um ponto.

Ponto 204 È formado por uma linha, conforme o esquema da figura.

Ponto 209

É um tipo de alinhavo.

Classe 300 – Ponto fixo Estes pontos são formados por uma ou mais linhas da agulha introduzidas de um lado do material que se entrelaçam com a linha da bobina do outro lado.

Ponto 301 É formada por duas linhas, uma da agulha (1) e outra da bobina (a). O laço da linha (1) passa através do tecido e é entrelaçado pela linha (a). A linha (1) é depois puxada para cima para fixar a costura.

Ponto 304 Este ponto é igual ao 301, com exceção de que os sucessivos pontos simples formam um desenho simétrico em ziguezague. 19

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Ponto 309 Ponto formado por três linhas: duas linhas da agulha (1) e (2) e uma linha da bobina (a). As laçadas das linhas (1) e (2) devem ser passadas através do material, vindas pelo lado da agulha, e entrelaçadas com a linha (a) no outro lado.

Classe 400 – Ponto corrente de duas ou mais linhas Estes pontos diferenciam-se dos da classe 100 devido à existência de uma linha inferior extra, ou linha de lançadeira (geralmente localizada na superfície inferior do material), sendo o material atravessado pela linha da agulha a fim de equilibrar o ponto. Devido à sua geometria, o ponto de cadeia tipo 401 é mais resistente do que o ponto fixo do mesmo tipo, existindo ainda menor possibilidade de causar costuras franzidas . É possível utilizar tensões mais baixas aumentando a elasticidade das costuras, sendo a produtividade mais elevada em relação ao ponto fixo devido ao fato de as linhas serem alimentadas diretamente de cones de grandes dimensões sem necessidade de parar freqüentemente para a troca de bobina.

Ponto 401 Ponto usado para unir duas ou mais peças de materiais, sempre que forem necessárias características de elasticidade e resistência. Deve ser usado em operações similares ao do ponto 301, onde maior elasticidade é requerida, e em costuras longas onde se procura evitar a troca de bobina.

Classe 500 – Ponto corrente de acabamento de bordas – Overloque Estes pontos são formados por uma ou mais linhas da agulha e /ou lançadeira, devendo pelo menos uma das linhas circundar a borda do material a ser costurado. Existem muitas variedades nesta classe, incorporando de uma a quatro linhas. Estes pontos são geralmente utilizados para dar acabamento na borda de uma folha de material ou para unir e dar acabamento na borda de duas folhas em uma mesma operação, especialmente em malhas, uma vez que esta classe de pontos possui excelentes propriedades elásticas quando se utilizam linhas apropriadas. A linha da agulha é responsável pela resistência, enquanto que as linhas das lançadeiras são escolhidas de modo a melhorar a aparência e maciez.

Ponto 504 É formado por três linhas: uma linha da agulha (1), outra do looper inferior (b) e outra do looper superior (a). As linhas dos loopers entrelaçam-se no meio da espessura do material. 20

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Classe 600 – Ponto corrente de cobertura Os pontos desta classe utilizam entre duas e quatro linhas de agulha, uma linha de lançadeira inferior e uma ou duas linhas de lançadeira superior ou linhas de cobertura. Todos estes pontos são altamente elásticos e produzem costuras planas e resistentes.

Ponto 602 Este tipo de ponto é formado por quatro linhas: duas linhas da agulha (1) e (2), uma linha do looper inferior (a) e uma linha de cobertura (Z).

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4.3. Tipos de costura Uma costura pode ser definida como uma seqüência de pontos destinada a fazer a união de duas ou mais partes de material, e é utilizada na montagem das partes constituintes de uma peça de vestuário (ou outro tipo de material costurável). De um modo geral, as costuras têm de agüentar cargas e possuir propriedades físicas idênticas aos materiais que juntam. O tipo de ponto e linha a utilizar em cada costura variam com o tipo de aplicação. A classificação das costuras encontra-se normatizada através da NBR 9397 (jun/1986).

Classificação As costuras estão divididas em 8 classes de acordo com os tipos número mínimo de componentes dentro delas. Os componentes são denominados como limitados ou ilimitados em largura.

Designação numérica Cada costura é identificada através de uma designação numérica composta de 5 dígitos: 1º dígito - Nº da classe 1 a 8. 2º e 3º dígitos - Números que vão de 01 a 99 para indicar as diferenças na configuração do material. a) 4º e 5º dígitos - Números que vão de 01 a 99 para indicar diferenças na localização das penetrações da agulha ou representação simétrica da configuração do material (como para os 2º e 3º dígitos).

Convenções As ilustrações indicam apenas o número mínimo de componentes necessários para construir a costura. Cada camada de material é representada por um traço forte: A borda ilimitada do material é representada por um traço ondulado. A borda limitada do material é representada por um traço reto: Os(s) pontos(s) de penetração da agulha são representados por um traço reto vertical:

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Ilustrações

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4.4. Características das costuras Resistência das costuras A resistência das costuras depende de vários fatores Resistência da linha O tipo de fibra que constitui a linha influencia sua resistência. As linhas de fibras sintéticas são mais resistentes que as de algodão. Por outro lado, para um mesmo tipo de linha, quanto mais grossa esta for mais resistente é. Numero de pontos/ cm da costura A resistência da costura é proporcional ao número de pontos\ cm, numa gama de 2 a 7 pontos\ cm. Acima deste valor, o número de pontos\ cm já não influencia a resistência da costura. Numero de carreiras de pontos A resistência da costura é praticamente proporcional ao número de carreiras de pontos, pois a força de tração reparte-se pelas diferentes carreiras de pontos. Utiliza-se várias carreiras de pontos quando o tecido apresenta boa resistência e quando é difícil a utilização de uma linha mais resistente ou o aumento do número de pontos\ cm. Tipo de costura As costuras de ponto corrente apresentam maior resistência que as costuras de ponto fixo do mesmo tipo.

Elasticidade das costuras A elasticidade da costura é sobretudo função do tipo de ponto utilizado, a extensibilidade da linha interfere apenas ligeiramente na extensibilidade longitudinal da costura. As costuras de ponto corrente com duas linhas e suas derivadas, bem como as costuras cerzidas, são nitidamente mais elásticas que as costuras de ponto fixo. A elasticidade é dada pela quantidade de linha introduzida e pelo modo como o ponto é formado.

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4.5. Agulhas Existem diferentes tipos de agulhas que são usadas em máquinas de costura industriais, com características diferentes, para atender a finalidades específicas. É necessário portanto, conhecer bem as características e as particularidades das agulhas a fim de selecionar as mais adequadas ao trabalho que se pretende executar.

Nomenclatura da agulha

Canaleta É um canal que percorre todo o corpo da agulha e que protege a linha quando a agulha penetra no tecido. A linha é enfiada do lado dessa canaleta. A profundidade do canal deve estar de acordo com o diâmetro da linha de modo a penetrar sem restrições. As formas mais comuns de canaleta estão ilustradas a seguir:

A canaleta em espiral é especialmente útil em máquinas que tem a barra da agulha de curso longo, onde a linha sofre uma torção e a finalidade dessa canaleta é favorecer a passagem da linha e serve para evitar que a costura de materiais densos e resistentes provoque o desfilamento da linha.

Cava A cava é um rebaixo que se encontra do lado oposto a canaleta e acima do buraco da agulha, e tem por objetivo o ajuste da lançadeira para trabalhar mais perto da agulha de modo a assegurar que a lançadeira entre com mais facilidade na laçada da agulha. 25

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Ponta A ponta é a extremidade inferior da agulha e sua concepção e seleção são de extrema importância. As mais usadas são: Ponta redonda ou cônica – é a ponta de utilização mais comum, este tipo de ponta caracteriza-se por penetrar o tecido apartando as fibras sem rompê-las.

Ponta bola – esta agulha possui sua extremidade em formato esférico. As agulhas com ponta bola são produzidas com bolas que vão de leve a pesada com relação ao tamanho da agulha. Esta ponta caracteriza-se por penetrar o material afastando as fibras do tecido e penetrando nos espaços entre os fios do tecido.

Principais referências de agulhas por máquina: AGULHAS

Referência

Máquina/ finalidade

DB X 1

Costura Reta em geral.

DP X 5

Costura reta e travete.

DC X 27

Overlock e Interlock.

UY X 128 GAS

Máq. Fechadeira, cós, galoneira, goleira.

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Numeração das agulhas Existem diversos sistemas para indicar a grossura das agulhas, utilizando números ou letras. Os sistemas mais comuns são o sistema métrico, onde o diâmetro do corpo da agulha expresso em milímetros é multiplicado por 100 e o sistema Singer .

4.6. Tabela de adequação Tecido/ agulha/ linha TÍTULOS INDICADOS PESPONTOS TECIDO

AGULHAS NUMERAÇÃO

LINHAS - NUMERAÇÃO (ETIQUETA) LINHA DA AGULHA

LINHA INFERIOR

SINGER

MISTA

100% POLIÉSTER

PESADO - acima de 130 a 160 ou 440 g/m ² (acim a 120 a 140 de 13 oz)

21 a 23

24 ou 35

25 ou 30

MÉDIO / PESADO entre 340 e 500 g/m² (entre 10 / 14 oz)

18 a 22

35

30

45

36

-

LEVE / MÉDIO entre 100 a 120 ou 170 e 340 g/m² 90 a 100 (entre 5/10 oz)

12 a 16

50/45 ou 75

50 ou 80

80 ou 120

80 ou 120

-

LEVE - até 200 g/m² (até 5 oz)

09 a 12

120/140

120

120/140

120

-

MÉTRICA

120 a 140

70 a 90

MISTA

100% POLIÉSTER

28/35 ou 45 30/36 ou 50

FIO

-

OVERLOQUE PESADO - acima de 440 g/m ² (acim a de 13 oz)

90 a 120

14 a19

45 ou 75

50 ou 80

75 ou 120/140

80 ou 120

FIO TEXTURIZADO

MÉDIO / PESADO entre 340 e 500 g/m² (entre 10 / 14 oz)

90 a 120

14 a19

45 ou 75

50 ou 80

75 ou 120/140

80 ou 120

FIO TEXTURIZADO

LEVE / MÉDIO entre 170 e 340 g/m² (entre 5/10 oz)

70 a 90

12 a 14

(120/140)

120

120/140

120

FIO TEXTURIZADO

LEVE - até 200 g/m² (até 5 oz)

70 a 90

09 a 12

(120/140)

120

120/140

120

FIO TEXTURIZADO

Fonte: Linhas Corrente

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5. Índice de eficiência Chama-se Índice de Eficiência a relação entre a produção que um operador realiza e a que pode realizar, num tempo determinado. No Índice de Eficiência, também chamado nível de Desempenho do Operador, pesa muito o tempo gasto em operações manuais (manipulação) e em operações mecânicas (máquinas). Entre os fatores que reduzem o desempenho de um operador, apontamos: a) Manipulação:

o o o o o o o

Espera do trabalho; Mudança de tarefa; Troca de pacote (tempo de pacote); Posto de trabalho inadequado (falta de espaço); Insuficiência de trabalho; Corte defeituoso; Baixa qualidade na operação anterior.

b) Máquinas:

o o o o o o o o o

Quebra de linha; Troca de bobinas; Falhas de pontos; Quebra da máquina; Lubrificação inadequada; Má colocação de linha; Troca de cor de linha; Má regulagem do motor; Má regulagem do pedal.

c) Condições físicas ou psicológicas:

o o o o o

Trabalho vagaroso; Falta de concentração no trabalho; Falta de interesse; Falta de familiaridade com o método; Falta de coordenação motora.

Economia de Movimentos É a arte de ordenar os movimentos de um operador durante a realização de uma tarefa. Eliminando os movimentos desnecessários diminui o esforço, evitando o cansaço prematuro e a fadiga muscular, cujo resultado é o aumento da produção. Os movimentos necessários na arte de costurar estão estritamente ligados ao equipamento usado, e na sua maioria limitados a um grupo padrão.

28

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Alguns fatores a serem considerados para o estudo dos movimentos são: o Os movimentos devem ser reduzidos ao mínimo; o Deve ser estabelecida uma seqüência apropriada de movimentos; o O trabalho deve estar posicionado corretamente em relação ao operador para assegurar a menor distância entre o suprimento e a máquina através de um caminho fácil; o Espaços livres atrás da máquina para que as peças costuradas passem livremente até a próxima operação sem assistência do operador; o A mesa deve ser proporcional à estatura do operador e o material a ser costurado deve estar posicionado convenientemente, porque se evita a necessidade do levantamento das peças a serem costuradas; o O manejo da grande maioria das máquinas de costura na indústria de confecção requer uma combinação de movimentos. Envolve simultaneamente o uso das mãos, braços, pernas, joelhos e pés, e esses movimentos precisam ser coordenados para se obter sucesso. Tais movimentos devem ser feitos instintivamente. De outra forma o operador ficará fatigado dentro de pouco tempo. o O arranjo geral dos equipamentos deve ser estudado cuidadosamente e ajustado para o conforto do operador. o O operador poderá observar suas falhas (grande parte devido a maus hábitos) comparando seus movimentos com os de outro que realiza serviço similar, sem esforço aparente.

6. Controle de qualidade "Qualidade é não receber nada errado, não fazer nada errado e não enviar nada errado” (autor desconhecido). Qualidade é um conceito dado a um produto cujo valor é estabelecido quando comparado a um padrão. Estabelecido o padrão, inicia-se o controle de qualidade, através de fichas técnicas e de controle, sendo necessário avaliações constantes. Cada seção é responsável pela qualidade do serviço a que está diretamente ligada e cada operador é responsável pela qualidade de seu trabalho. Existem várias possibilidades de falhas, tais como: d) Ocasionados por falhas humanas:

o Fadiga o Estado emocional o Doença e) Ocasionados por métodos inadequados:

o Falta de conhecimento o Falta de treinamento o Falta de informação

29

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial f) Ocasionados por defeitos na máquina:

o Peças desreguladas o Peças gastas o Peças inadequadas g) Ocasionadas por falhas de material:

o o o o

Tonalidades Furos Fios puxados Falta de uniformidade no desenho

h) Ocasionadas por ambiente inadequado:

o o o o o o

Má iluminação Má circulação do ar Temperatura desconfortável Falta de ordem Falta de higiene

6.1. Técnicas de Controle de Qualidade O controle de qualidade tem por objetivo produzir dentro dos padrões desejados. Sua introdução no setor da indústria de confecção veio não somente melhorar a qualidade como também eliminar os desperdícios e reduzir os custos. Seus princípios básicos podem ser aplicados a qualquer tipo de indústria de confecções não importando o volume da produção nem o artigo a ser confeccionado.

30

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

6.2. Requisitos para revisão do controle de qualidade: Nas operações da máquina de costura reta:

31

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Nas operações da máquina de overloque:

32

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

7. Atividades Práticas 7.1. Atividades de simulação União de curvas contrárias - Executar a união das curvas observando o encontro dos piques. - Chulear costura

- Rebater a costura com um pesponto duplo.

Chapar bolso

- Embainhar bolso - Vincar bolso utilizando gabarito e ferro a vapor. - Marcar posição do bolso utilizando gabarito - Posicionar bolso e chapar com pesponto duplo 33

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Platina e Tampa de bolso

Bolso embutido

- Executar costura definindo largura do bolso

- Executar costura paralela alinhando as extremidades a costura anterior (costurar pelo avesso)

34

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

- Fazer corte no meio e direcionais aos ângulos nas extremidades.

- Pespontar base do bolso

35

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

- Virar bolso e costurar canto conforme figura

- Executar costura sobre o overloque prendendo vista e espelho ao forro.

36

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

- Pespontar parte superior do bolso prendendo todas as camadas de tecido.

- Executar fechamento do fundo de bolso.

37

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Gola

38

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Revel curvo

39

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Zíper

40

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Capa de almofada FICHA

TÉCNICA Data: 07/11/2008

Coleção: AAAPODF

Ref: Público:

Masculino

Modelo: Feminino

CAPA DE ALMOFADA x Unissex

Estilista:

Segmento:

Casual

Modelista: Tamanho:

Protótipo

Pilotista:

Preta

Cor:

Modelagem:

Frente

18

Partes:

Costa

Matérias Primas e Aviamentos Descrição/Fornecedor

Código

Composição

Cor

Larg./ Unid. Consumo Quant. 1,4 mt 0,52

Sarja 5.5 OZ

100% algodão

preta

TNT

100% poliéster

branca

mt

0,52

Linha 120

100% poliéster

branca

mt

1559,2

Fio texturizado

100% poliéster

branco

mt

1935,78

branco

mt

90cm

niquelado

Unid.

1

Zíper de nylon no metro Cursor niquelado

Silk:

Bordado:

1,4

Lavagem:

Obs:

41

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Sacola para sapatos

FICHA

TÉCNICA

Coleção: Qualificação profissional em Operador de Maquinas de Costura Industrial Ref:

AAAPODG

Público:

Masculino

Modelo: Feminino

Data:

x

Unissex

Estilista:

Segmento: Casual Modelista:

Pilotista:

branca

Cor:

Protótipo

07/11/2008

SACOLA PARA SAPATOS

Modelagem:

Frente

Partes:

Costa

Matérias Primas e Aviamentos

Silk:

Larg./ Unid. Consumo Quant.

Composição

Cor

meia malha

100% algodão

branca

0,63

linha 120

100% poliéster

branca

3,0m

fio 180

100% poliéster

branca

6,0m

Descrição/Fornecedor

Código

Bordado:

Lavagem:

Obs:

42

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Bolsa de atividades FICHA Coleção:

TÉCNICA

Aprendizagem em confecção industrial do vertuário

Ref:

AAAPOCQ

Modelo:

Público:

Masculino

Feminino

Data:

X Unissex

Estilista:

Segmento:

Casual

Modelista:

Protótipo

Tamanho:

07/11/2008

BOLSA DE ATIVIDADES

Cor:

Pilotista:

Branco

Modelagem:

Frente

Partes:

Costa

Matérias Primas e Aviamentos Descrição/Fornecedor

Código

Composição

Cor

Larg./ Unid. Consumo Quant. 1,4 m 0,52

Sarja 7 OZ

100% algodão

branca

Linha 120

100% poliéster

branca

m

1559,2

Fio texturizado

100% poliéster

branco

m

1935,78

Zíper de nylon de 10 cm. Botão de Metal flexível

branco

um.

1

Niquelado

um.

1

um.

1

Etiqueta de composição

Silk:

Bordado:

Lavagem:

Obs:

43

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

7.2. Montagem de peça inteira Camisa t-shirt FICHA

TÉCNICA Data: 19/4/07

Coleção: DALMMIAA

Ref: Público:

Modelo:

Masculino

Feminino

Camiseta t-shirt x Unissex

Estilista:

Segmento: Casual Modelista:

Protótipo

Tamanho:

6

Pilotista:

Cor: Branco

Modelagem:

Frente

5

Partes

Costa

Matérias Primas e Aviamentos Descrição/Fornecedor Meia malha

Código

Composição 100% algodão

Ribana

Cor

Larg./ Unid. Consumo Quant.

branco

kg

0,16

branco

kg

0,015

Linha 120

100% poliéster

branco

-

m

14

Fio texturizado

100% poliéster

branco

-

m

40

-

un.

1

Etiqueta de composição

Silk:

Bordado:

Lavagem:

Obs:

44

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Camisa t-shirt Seqüência operacional de peça piloto Fase P re pa ra ção

M o nt a ge m

A c a ba m e nt o



Operação

Máquina

Acessórios

1

Separar e identificar as partes

2

Unir om bro direito

overloque

3

Pregar ribana no decote

galoneira

ap. viés 1 dobra

4

Pregar ribana nas mangas

galoneira

ap. viés 1 dobra

5

Unir om bro esquerdo

overloque

6

Pregar mangas

overloque

7

Fechar laterais fixando etiqueta

overloque

8

Em bainhar barra

galoneira

9

Arrem atar e revisar

manual

ap. bainha

man./visual

10 Pass ar

f erro vapor

11 Dobrar

manaul

12 Em balar

manual

45

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Short de malha FICHA

TÉCNICA

Coleção: Ref:

Data: 17/052007 Modelo:

AAAOSCF

Público:

Masculino

Feminino

SHORT DE MALHA

X

Unissex

Estilista: Protótipo Tamanho:

Segmento: CASUAL Modelista:

6

Pilotista:

BRANCO

Cor:

Modelagem:

Frente

4

Partes

Costa

Matérias Primas e Aviamentos Descrição / Fornecedor MEIA MALHA/

Código

Composição

Cor

04.01.01761

100% ALGODÃO

BRANCA

ETIQUETA DE COMPOSIÇÃO

Larg./ Unid. Consumo Quant. 0,9

BRANCO

0,64 1

M

0,52

ELÁSTICO 3CM

100% PLOLIÉSTER

BRANCO

LINHA 120

100% PLOLIÉSTER

BRANCO

1147,15

LINHA180

TEXTURIZADA

BRANCO

3301,01

Bordado:

Silk:

4, CM

K UNID

Lavagem:

Obs:

46

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Seqüência operacional de peça piloto Short de malha Fase P re pa ra ção

M o nt a ge m

A c a ba m e nt o



Operação

Máquina

1

Separar e identificar as partes

2

Unir gancho dianteiro

overloque

3

Unir gancho tras eiro

overloque

4

Fechar laterais

overloque

5

Unir entrepernas

overloque

6

Pregar elás tico fixando etiqueta

7

Rebater elástico

elastiqueira

8

Embainhar barra

galoneira

9

Arrematar e revisar

Acessórios

manual

overloque

ap. elástico ap. bainha

man./visual

10 Pas sar

f erro vapor

11 Dobrar

manaul

12 Embalar

manual

47

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Camiseta regata c/ viés

48

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Seqüência operacional de peça piloto Camiseta regata

Fase



Operação

Máquina

Acessórios

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

49

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Bermuda bolso lateral

FICHA

TÉCNICA Data: 23/04/2007

Coleção: AAAOMAG

Ref: Público:

Modelo:

x Masculino

Feminino

Bermuda Bolso Lateral Unissex

Estilista:

Segmento: Casual Modelista:

Tamanho:

Protótipo

6

Cor:

Pilotista:

natural

Modelagem:

Frente

7

Partes:

Costa

Matérias Primas e Aviamentos Descrição/Fornecedor

Código

Composição

Cor

Larg./ Unid. Consumo Quant.

Sarja 5.5 oz 100% algodão

12.05.05249

100% algodão

natural

1,6

m

0,37

Linha nº 120 cor natural 100% poliéster

12.05.00183

100% poliéster

natural

-

m

46

Fio texturizado

12.05.01492

100% poliéster

natural

-

m

51

Velcro 20 mm

04.01.01185

branco

-

m

0,07

Elástico 40 mm

04.01.00245

branco

0,04

m

0,48

Etiqueta de composição

12.05.02102

-

un.

1

Silk:

Bordado:

Lavagem:

Obs:

50

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Sequência operacional de peça piloto Bermuda Bolso Lateral 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

51

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Camisa manga longa FICHA

TÉCNICA Data: 19/04/2007

Coleção: AAACIAA

Ref:

Modelo:

x Masculino

Público:

Feminino

Camisa manga longa Unissex

Estilista:

Segmento: Casual Modelista:

Protótipo

Tamanho:

6

Pilotista:

Cor: Branco

Modelagem:

Frente

7

Partes

Costa

Matérias Primas e Aviamentos Descrição/Fornecedor

Código

Composição

Cor

Larg./ Unid. Consumo Quant.

Tricoline

12.05.04130

100% algodão

branco

1,4

m

0,84

Entretela TH17

04.01.02302

100% poliéster

branco

0,9

m

0,11

Botão de massa 4 furos nº 18

04.01.02302

100% poliéster

branco

-

un.

7

Linha nº 120 cor natural 100% poliéster

12.05.00183

100% poliéster

branco

-

m

57

Fio texturizado

12.05.01492

100% poliéster

branco

-

m

40

Etiqueta de composição

12.05.02102

-

un.

1

Silk:

Bordado:

Lavagem:

Obs:

52

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Seqüência operacional de peça piloto Camisa manga longa Fase



Operação

Máquina

Acessórios

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

53

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Saia FICHA

TÉCNICA Data: 16/5/2007

Coleção: AAASICK

Ref: Público:

Masculino

Modelo: X Feminino

SAIA BOLSO CHAPADO

Unissex

Estilista:

Segmento: CASUAL Modelista:

Protótipo Tamanho: 6

Pilotista:

BRANCO

Cor:

Modelagem:

Frente

21

Partes

Costa

Matérias Primas e Aviamentos Descrição / Fornecedor

Larg./ Unid. Consumo Quant.

Código

Composição

12.05.03846

100 % ALGODÃO

BRANCO

_

KS 101/65

NIQUELADO

INID

1

ZÍPER NYLON 10 CM

12.05.00407

100 % POLIÉSTER

BRANCO

INID

1

LINHA 120

12.05.00183

100 % POLIÉSTER

BRANCO

M

3483,85

TEXTURIZADA

BRANCO

M

2979,09

BRANCO

UNID

1

SARJA 5.5 OZ BOTÃO METAL FLEXÍVEL

LINHA 180 ETIQUETA DE COMPOSIÇÃO

Silk:

Bordado:

Cor

1,4

M

0,37

Lavagem:

Obs:

54

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Seqüência operacional de peça piloto Saia Fase

P re pa ra ção da f re nt e

Nº Operação

Máquina

1

Separar e identif icar as partes

2

Chulear revel do bolso

3

Unir revel ao bolso

4

Virar e pespontar

PF 2 X 301

5

Vincar bolso dianteiro

f erro vapor

6

Chapar bolso dianteiro

PF 2 X 301

7

Chulear braguilha e petingal

overloque

8

Chulear meio da f rente

overloque

9

Unir braguilha a f rente esquerda

PF 301

Dar pique virar e pespontar borda da 10 braguilha

PF 2 X 301

overloque PF 301

11 Unir zíper a braguilha

PF 301

14 Unir f rente direita ao zíper

PF 301

15 Unir f rente direita e esquerda

PF 301

PF 2 X 301

19 Embainhar bolso

PF 2 X 301

20 Vincar bolso

f erro vapor

21 Chapar bolso

PF 2 X 301

22 Fixar tampa do bolso

PF 2 X 301

23 Unir pala as costas

2x309

24 Unir meio das costas

2x309 5 de 9cm

26 Unir laterais

galoneira

PF 301

28 Pregar cós f ixando passantes

2 X 309

29 Fazer acabamento na ponta do cós

PF 301

30 Ebainhar barra

PF 301

32 Casear 33 Pregar botão

gabarito

gabarito

ap. passante

interloque

27 Pespontar lateral

31 Travetear A c a ba m e nt o

PF 301

18 Virar e pespontar

25 Fazer passantes

gabarito

PF 2 X 301

17 Executar f echamento da tampa do bolso

M o nt a ge m

PF 2 X 301

13 Unir petingal ao zíper

16 Pespontar

P re p. P a s s a nt e s

gabarito

PF 301

12 Executar pesponto estético da braguilha

P re p. da s co stas

Acessórios

manual

ap. cós calcador embainhador

maq. Travete caseadeira botoneira

34 Arrematar e revisar

man. \ visual

35 Passar

f erro vapor

36 Dobrar

manual

37 Embalar

manual

55

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Jaqueta FICHA

TÉCNICA Data: 05/092007

Coleção: ALMAICP

Ref:

Modelo:

x Masculino

Público:

Feminino

Jaqueta Unissex

Estilista:

Segmento: Casual Modelista:

Protótipo

Tamanho:

6

Cor:

Pilotista:

Natural

Modelagem:

Frente

12

Partes

Costa

Matérias Primas e Aviamentos Descrição/Fornecedor

Código

Composição

Cor

Larg./ Unid. Consumo Quant.

Sarja 7oz

100% algodão

natural

1,5

m

0,87

Linha 120

100% poliéster

natural

-

m

101

Fio texturizado

100% poliéster

branco

-

m

148

metálico

-

un.

10

-

un.

1

Botão metálico pé flexível niquelado Etiqueta de composição

Silk:

Bordado:

Lavagem:

Obs:

56

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Jaqueta Seqüência operacional de peça piloto Fase

P re p. da f re nt e

P re p. da s co stas

P re p. da s m a nga s



Operação

1

Separar e identificar as partes

2

Unir recortes inferiores da frente

interloque

3

Pes pontar recortes

PF 2 X 301

4

Fechar tampa do bols o

5

Virar e pes pontar

6

Pregar pala dianteira fixando tampa do bols o

7

Pes pontar pala

8

Unir recortes inferiores das costas

9

Pes pontar recortes

10 Unir pala tras eira

P re p. da go la P re p. do re v e l

PF 2 X 301 interloque PF 2 X 301 interloque overloque

13 Embainhar abertura da m anga

PF 2 X 301

16 Fechar alhetas 17 Virar e pes pontar 18 Fechar gola

PF 301 PF 2 X 301 PF 301 PF 2 X 301 PF 301

19 Virar e pes pontar

PF 2 X 301

20 Chulear revel

overloque

22 Unir om bros 23 Pes pontar ombros 24 Pregar gola 25 Pes pontar frente

PF 301 interloque PF 2 X 301 PF 301 PF 301

26 Pregar m angas

interloque

27 Pes pontar cava

PF 2 X 301

28 Fechar laterais

interloque

29 Pregar punho marcando pregas

PF 301

30 Pregar cós

PF 301

31 Pregar alhetas

PF 301

32 Arrematar / revis ar A c a ba m e nt o

interloque

12 Chulear recortes das mangas

21 Unir revel a frente

M o nt a ge m

PF 2 X 301

PF 2 X 301

14 Unir recortes da manga

Acessórios

PF 301

11 Pes pontar pala

15 Pes pontar recortes P re p. da s a lhe t a s

Máquina

man. / visual

33 Pas s ar

ferro vapor

34 Dobrar

manual

35 Embalar

manual

57

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Avental FICHA

TÉCNICA Data: 19/4/07

Coleção: DALMZGAE

Ref: Público:

Modelo:

Masculino

Feminino

Avental x Unissex

Estilista:

Segmento: Casual Modelista:

Protótipo

Tamanho:

U

Pilotista:

Cor: Preto

Modelagem:

Frente

4

Partes

Costa

Matérias Primas e Aviamentos Descrição/Fornecedor

Código

Composição

Sarja 11oz

100% algodão

Linha 80

100% poliéster

Etiqueta de composição

Logomarca Modatec ( 3 cores )

Silk:

Bordado:

Cor preto

Larg./ Unid. Consumo Quant. 1,6 m 0,685

preto

-

m

18

branco

-

un.

1

Lavagem:

Obs:

58

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Avental Seqüência operacional de peça piloto Fase

P re pa ra ç ã o

M o nt a ge m

A c a ba m e nt o



Operação

Máquina

Acessórios

1

Separar e identificar as partes

2

Em bainhar bols o

3

Vincar bolso

f erro vapor

4

Chapar bols o

PF 2 X 301

5

Em bainhar laterais

PF 301

6

Em bainhar barra

PF 301

7

Fazer acabam ento na parte superior Pregar viés

2 X 309

ap. cós

8

PF 301

ap.viés

9

Travetear

manual PF 301 gabarito

maq. Travete

10 Arrem atar e revisar

man./visual

11 Pass ar

f erro vapor

12 Dobrar

manual

13 Em balar

manual

59

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

8. Terminologia Têxtil e do Vestuário A Abertura (esp.): Fenda, abertura. Abotoamento (port): Ação e efeito de abotoar. Tipos de abotoamento Botão, zíper, velcro, colchete. Acabamento (port): Ato de rematar, concluir. Acolchoado (port): Enchimento de algodão, ou fibra sintético, colocado entre duas camadas de tecido e preso com costuras em formato decorativo ou não. Também conhecido como matelassê. Do francês-matelassê. Agulha (port): Peça cilíndrica com diferentes espessuras em sua extensão, normalmente de aço temperado e cromado. Alça (port): Suspensório com que se segura nos ombros certa peça do vestuário: alça de blusa, soitien, bolsa... Alfaiate (port): Pessoas que confeccionam roupas sociais sob medida masculina. Algibeira (port): Diz-se de pequeno saco ou bolso pendurado em uma peça do vestuário.

60

Curso Técnico em Confecção Industrial do Vestuário Costura Industrial

Tipos de Bolsos Embutido: Situa-se na parte interna da peça aparecendo somente a vista do bolso, correspondente à boca do mesmo, possui forro. Bolsos embutidos Vista simples

Vista dupla

Figura 1 – Bolso embutido.

Chapado: Constitui-se de uma peça cortada à parte e costurada sobre a roupa, com pespontos aparentes. Bolso chapado Pesponto simples

Pesponto duplo

Pesponto largo

Figura 2 – Tipos de pesponto.

Forrado: É composto por várias partes: duas folhas de forro , uma de revel e outra de espelho. Geralmente dispostas na parte frontal de calças, é parte embutida e parte visível, com a boca geralmente pespontada e arredondada, podendo ter outros formatos. Bolso forrado Bolso redondo

Bolso faca

Bolso quadrado

Figura 3 – Bolso forrado.

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Algodão (port): Fibra natural vegetal extraída da semente do algodoeiro. Alheta: Tipo de alça pequena

Alinhavar (port): Costurar a ponto largo como preparo de costuras feitas à mão, unindo temporariamente peças ou partes de peças até que se passe a costura definitiva. Alma (port): Diz-se do fio (geralmente sintético) incorporado ao centro do fio fabricado no processo de fiação.

Alvejamento (port): Conjunto de operações que tem por objetivo branquear as fibras têxteis, destruindo os corantes naturais das fibras pela ação de agentes oxidantes e/ou redutores. Amaciamento (port): Ação de amaciar as fibras têxteis. Aplicação (port)- Acessória que se aplica em outras peças. Tipos de Aplicações Ilhós, rebites bordados, etc. Armarinho (port): Casa comercial que vende artigos para costura. Arrematar (port): Conjunto de pontos que acabam o trabalho de uma costura. Assimétricos (port): Modelo que proporciona linhas diferentes de um lado para o outro. Ateliê (port): Lugar onde trabalha artesões e, sobre tudo artistas. 62

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Avesso (port): Diz-se da parte oposta à principal do tecido. Aviamentos (port): Acessórios que são colocados na roupa: Tipos de Aviamentos Adorno, rendas, babados, apliques de bordados ou como elementos estruturais zíper, linha, botão. B Babado (port): Tira de tecido franzida e costurada na barra de uma peça de roupa. Bainha (port): Dobra com costura na extremidade de um tecido ou qualquer peça do vestuário. Barbatana (port): Pequena haste flexível usada para armação de algumas peças do vestuário. Bermuda (esp, Fr, Port.): Calça esportiva que não desce além do joelho. Blazer (fr, Ingl, port.): Paletó esportivo que pode ser usado em qualquer ocasião. Bobina (esp, port): Pequeno cilindro de madeira, metal, ou matéria plástica.

Boca (port): Parte inferior da calça por onde passam as pernas. Body (ingl): Blusas estendidas, com forma de maiô. Bolero (esp, fr. ingl, port.): Casaco muito curto de origem espanhola, com ou sem mangas, normalmente sem gola, usado por cima de blusas ou vestidos. Botão: Peça de variados tamanhos e formas, usadas para fechar peças do vestuário, fazendo-a entrar numa casa ou presilha. Braguilha (port)- abertura dianteira de calças, saias e blusas, geralmente compostas por zíper e botão ou apenas botões.

Figura 4 – Braguilha.

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Curiosidade O hábito de vestir roupas de brechó começou com os estudantes franceses dos anos 60, que tentavam compensar a falta de dinheiro com criatividade. Quando a influente grife italiana Prada reprisou sucessos do passado em suas coleções de roupas e acessórios, a partir de 1996, o estilo brechó chegou ao ápice. C Cabeça de manga (port): Parte arredondada mais alta da manga.

Cache-coeur (fr): Transpasse drapeado sobre o peito muito usado como acessório. CAD/CAM (computer aided design/ computer aided manufacture): Projeto assistido por computador/ projeto executado por computador. Para confecção, com o CAD faz-se a criação, a modelagem, o estudo do plano de corte com a máxima eficiência. Com o CAM faz-se a estampagem, a plotagem de moldes, cortes com alta precisão de várias folhas do material, fusionamento de partes das peças e costuras automáticas programadas. Camiseta (esp, port.): Peça do vestuário, em malha, geralmente com punho, corpo quadrado e mangas curtas, adquirindo o formato “T”, daí o nome em inglês: t-shirt.

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Curiosidades A camiseta básica é uma das maravilhas do século XX. A t-shirt, como é chamada devido ao formato que remete ao desenho da letra, surgiu ainda no século XIX, quando era usada pelas atletas femininas. Porém, foi preciso muitas décadas para que essa peça fosse aceita como um dos itens essências do guarda –roupa. Canelado (port): Diz-se do tecido obtido por flutuantes bem fechados de fios de urdume, constituindo efeitos paralelos à trama; efeito sanfonado; Carcela (port): Tira de tecido com casas que se costura de um dos lados da roupa para abotoar sobre outro lado em que estão presos os botões.

Figura 5 – Carcela.

Cargo (port): São modelos de calças e bermudas baseados nos estilos dos uniformes de serviços e utilitários. Casa (port): Abertura por onde passa o botão. Cava (port): Abertura ou corte no vestuário que vai do ombro até a região logo abaixo da axila, a qual se adaptam ou não mangas.

Cerzido (port): Costurar peças de um tecido de modo que não se notem, com pontos muito pequenos. Colarinho (port): Gola de tecido costurada ou adaptada à camisa, em torno do decote. Cós (port): Tira de tecido que circunda certas peças de vestuário, particularmente calças, saias e jaquetas, na altura da cintura. 65

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Cronometragem (port): É uma técnica que permite fixar da maneira mais precisa, partindo de um número limitado de observações, o tempo necessário a execução de uma tarefa. Customização (port): Na moda significa personalizar, interferir na roupa que veste, criar peças únicas. D Decote (port): Abertura da roupa que deixa o colo ou parte dele descoberto. Drapeado

Tipos de decote: V”

U”

Transpassado

Redondo

Tomara que caia

Assimétrico

Profundo

Canoa

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Quadrado

Princesa

Reto

Figura 6 – Tipos de decotes.

E Embeber (port): Tipo de franzido que não aparece. Encaixe (port): Diz-se da distribuição de uma quantidade de moldes, sobre uma metragem de tecido ou papel. Enfestadeiras (port): São máquinas utilizadas para realizar enfesto. Enfesto (port): É o conjunto de folhas de tecido disposta em camadas umas sobre as outras, obedecendo a metragem pré-estabelecida, para uma quantidade de peças que se deseja cortar. O enfesto também é conhecido por colchão ou estendida. Entretela (esp, port): Pano fino composto por cola termoativa, que se coloca entre duas folhas de tecido para torná-la mais consistente, tornando-a armada. Muito utilizada em golas de camisas sociais para maior consistência. Etiqueta (esp, port.): Pedaço de tecido que contém informações técnicas sobre a roupa. F Fenda (port): É uma abertura feita para dar movimento a uma peça ou evidenciar um forro importante. Fiação (port): Processo que transforma as fibras químicas, naturais ou suas misturas em fios.

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Five pockets (ingl.): Primeiro modelo de calça jeans a ser inventado. Possui 5 bolsos, sendo 2 traseiros chapados, 3 dianteiros (2 forrados e 1 moedeiro ou relógio).

Forro (esp, port): Tecido de seda, raion, acetato ou misto com algodão, leve brilhante para forrar o interior das roupas. Franzir (port): Formar pregas muito pequenas e próximas por meio de pontos ou cordões corrediços. G Galão (port): Tira ou cadarço de tecido bordado ou fios entrelaçados, utilizada como enfeite ou debrum de roupas. Gancho: Costura curva de união do meio da calça na frente e costas

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Gola (port): Parte do vestuário junto ao pescoço ou em volta dele. Adorno do decote feito de diferentes formas. Tipos de gola Canoa (viés)

Esporte

Rolê ou cacharrel

Padre ou MAO

“V” Em ribana

Jabô (Jabot)

Figura 7 – Tipos de gola. I lhós (port): Orifício por onde se enfia uma fita ou um cordão. Aro de metal de plástico ou de outro material. K Kimono: Túnica alongada usada no Japão. Vestimenta feminina sem costuras unindo mangas e cava. L Lã (port): Fibra natural de origem animal. Lavagem (port): Tratamento posteriores que podem ser dados aos produtos confeccionados. Layout (ingl, port.): Distribuição estudada de equipamentos dentro de um espaço físico.

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Looper (port): Dispositivo inferior a chapa da agulha utilizado na formação da laçada das máquinas de ponto corrente.

Lapela (port): Parte anterior e superior de um casaco, voltada para fora. M Macacão (port): Diz-se de peças do vestuário que possui corpo e alças unidos. Manga (port): Diz-se da parte do vestuário onde se enfia o braço. Martingale (fr, port): Meio cinto folgado e em geral preso por um botão, usado mais comumente na parte posterior de vestidos ou jaquetas.

Figura 8 – Martingale.

Militar (port): Estilo que tem como inspiração aos uniformes militares. Moulage (port): Técnica de modelagem feita diretamente com o tecido sobre o corpo, só depois a criação é desenhada. Em um segundo momento, a modelagem propriamente dita é feita sobre a base em tecido, modelada no corpo. N Nervura (port): Prega finíssima e costurada ou fio mais grosso entremeado no tecido, que forma desenho ou listra em relevo. Nesga (esp,port): Peça ou pedaço de tecido triangular que se adiciona, costurado entre dois tecidos de uma costura para dar mais amplidão. 70

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O Ombreiras (port): Almofadinhas trilaterais que, para dar aparência de ombros largos, são costuradas à parte interna dos ombros do vestidos, tailleurs, blusas e casacos. Ourela (port): Borda, orla. É o arremate lateral dos tecidos produzidos em tear. P Pala (pala): Recorte usados na parte superior de blusas, vestidos, saias, calças. Passante: Alças costuradas na extremidade da cintura (cós) das calças, bermudas e saias por onde passa o cinto. Patte (fr, port): Vista que arremata uma abotoadura.

Pence (port): Pequena prega que vai afinando gradativamente nos dois sentidos ou em uma só, feita no avesso do tecido, para ajustar ou moldar ao corpo diferentes peça do vestuário. Pique (port): Cortes feito na roupa para dar caimento, ou para referencia de união ou localização.

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Platina (port): Peça que, na armadura medieval, protegia o ombro do guerreiro sob a forma de placa de metal maiôs ou menos larga, que ressaltava além da articulação do braço. Mais tarde foi usada como elemento decorativo, cercada de franjas douradas e ainda assim é utilizada em uniformes de gala. Reduzida a uma simples forma do mesmo tecido da camisa, é utilizada hoje por militares para segurar a correia do fuzil, colocado ao ombro.

Prega (port): Dobra ou vinco na roupa. Parte do tecido propositalmente dobrado sobre si mesmo para dar maior folga ou por efeito de detalhe e ornamentação. Punho (port): Tira de tecido que dá acabamento às extremidades das mangas, região que corresponde à articulação entre a mão e o antebraço. R Revés (port): Revestimentos de golas e decotes. Rolotê (port): Cordão feito em tecido. Viés costurado à peça dobrado sobre si mesmo e preso à roupa para formar detalhes ou alças. T Travete: Tipo de costura em zig-zag utilizada no arremate e reforço. V Velcro (port): Feito de duas tiras de fibra sintética, uma forrada com material áspero e outra com felpudo, de forma com que se encaixam com uma leve pressão. É fácil de abrir, com um pequeno movimento se desprendem. Conhecida também como carrapicho. Viés (port): Posição de sentido diagonal (45°) à trama e ao urdume. Tipo de debrum utilizado em golas e cavas de camisetas. 72

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Vinco (port.): Marca ou sinal produzido por uma dobra. Vista (esp, port.): Parte destinada a fazer acabamento de bolsos traseiros, geralmente feita com tecido diferenciado do restante do bolso. Vivo (esp, port.): Debrum ou tira de cor contrastante com a peça debruada.

Tipos de Pespontos e Costuras 1. Pesponto duplo; 2. Pesponto triplo; 3. Pesponto largo; 4. Pesponto de borda; 5. Bainha.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MÁRIO DE ARAÚJO - TECNOLOGIA DO VESTUÁRIO – FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN, Lisboa, 1996. P 209-272 Dados técnicos para indústria têxtil / Eraldo Maluf, Wolfgang Kolbe. – 2 ed. rev. e amp. – São Paulo: IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo: ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, 2003. P277-291 BROTHER. Single Needle Straight Lock Stitcher With Thread Trimmer - Instruction Manual (English Version). BROTHER Industries Ltd. Nagoya. Japan,1996. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 9397: MATERIAIS TÊXTEIS – TIPOS DE COSTURA, JUN1986. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 13483: Material têxtil – Tipos de pontos. Rio de Janeiro, 1995. GONÇALVES, Xico. Donna: abc da moda. Porto Alegre: Zero Hora Editora Jornalística, 2002. 233p. VIAL, Emerson Freire. Terminologia de moda: têxtil, vestuário e calçados. Belo Horizonte: Centro Universitário FUMEC, 2005. 606p. Sites: http://www.lanmax.com.br/noticiasvis / acessado em 29/01/2007

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