Segurança M4V3 Laboratório 2

June 9, 2018 | Author: Instituto Iub | Category: Nature
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Descrição: Módulo 4 Volume 3 Técnico em Segurança do Trabalho - Laboratório 2...

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Instituto Universal Brasileiro Administração Luiz Fernando Diniz Naso José Carlos Diniz Naso Inês Diniz Naso Gerente Geral Modesto Pantaléa

Diretora Geral Irene Rodrigues de Oliveira Teixeira Teixeira Ribeiro Coordenação Roseli Anastácio Silva Waldomiro Recchi Editoração Marcos Prado de Carvalho Revisão de Texto Marcia Moreira de Carvalho Autor Eduardo Latorre

Impressão IUBRA - Indústria Gráfica e Editora Ltda. Rodovia Estadual Boituva - Iperó, km 1,1 Campos de Boituva - Boituva - SP CEP 18550-000

 Todos  Tod os os direitos são reservados. reservados. Não é permitida a reprodução reprodução total ou parcial parcial deste curso. curso.

SUMÁRIO MATERIAL DE ESTUDO PRÁTICAS EM LABORATÓRIO 2 Aula 4 – Brigada de Incêndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Composição . . . . . . . . . . . . . . Organograma . . . . . . . . . . . . . Incêndio Incêndi o. . . . . . . . . . . . . . . . . Métodos de Extinção de Incênd Incêndio io . Extintores de Incêndio . . . . . . . . Plano de Abandono de Edifícios . .

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Aula 5 – Higiene Ocupacional  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 PRIMEIRA PARTE: PARTE: Condições de Higiene e Organização do Ambiente de Trabalho. . Riscos Ambient Ambientais ais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Antecipação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Reconhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SEGUNDA PARTE: Ações Preventivas e Corretivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ações Corretivas e Preventivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Determinação dos Riscos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Aula 6 – Doenças Ocupacionais  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Legislação Relacionada a Doenças Ocupacionais Riscos Ambient Ambientais ais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Principais Doenças Ocupacionais . . . . . . . . . . Análise de Riscos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Aula 7 – Equipamentos de Avaliação Ambiental  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Decibelímetro . . . . . . . . . . . . . . . . . .  Termo-higrômetro . . . . . . . . . . . . . . . Anemômetro Anemôme tro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Luxímetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  Termômetro  T ermômetro de Globo . . . . . . . . . . . . . Cálculo de Ruído Contínuo e Intermitente.

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Aula 8 – Primeiros Socorros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Etapas Básicas de Primeiros Socorros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Sinais Vitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Parada Cardiorrespiratória. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Ferimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 Queimaduras Queimadur as . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Estado de Choque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Hemorragias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Corpo Estranho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Fraturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

Emergências Clínicas . . . . . . . . Intoxicação e Envenenamento . . Picadas de Animais Peçonhentos  Transporte de Acidentados . . . .

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Aula 9 – Como Elaborar Plano de Trabaho  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Periocidades e Atividades do Plano de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

para formação das brigadas, e não deve variar muito de um Estado para outro, pois esta NBR é de âmbito nacional. Nesta aula, o assunto será abordado com base na IT-17 (Instrução Técnica nº 17) de 2011 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Os alunos de outros Estados devem consultar as normas do Corpo de Bombeiro local.

Aula 4

BRIGADA DE INCÊNDIO

Composição Toda brigada de incêndio deve ter um coordenador geral que é a pessoa responsável pela coordenação e execução das ações e planos de emergência de todas as edificações que compõem uma planta, independentemente do número de turmas. Deve ser uma pessoa capacitada de liderança e que influencia as pessoas que formam a população fixa da empresa.

Objetivo.  Dar ao aluno conhecimentos, recomendações e atribuições da brigada de incêndio na prevenção e combate a princípio de incêndio.

A população fixa são todos os trabalhadores que permanecem regularmente na empresa em todos os turnos, inclusive os terceirizados nas mesmas condições.

A brigada de incêndio é formada por grupos de pessoas, geralmente funcionários da empresa, que recebem treinamentos específicos para tomada de medidas preventivas e de utilização de equipamentos de combate de incêndio. São atribuições da brigada de incêndio:

Para que o coordenador geral possa montar a brigada de incêndio e os planos de emergência, ele necessita conhecer claramente: brigada de incêndio; incêndio; • As atribuições da brigada •  Os requisitos básicos para a escolha dos brigadistas; • O número de pessoas necessário na brigada de incêndio; de incêndio; • O organograma da brigada de • O treinamento e a reciclagem da brigada de incêndio.

prevenção de incêndios; • Atuar na prevenção •  Conhecer muito bem o plano de emergência; riscos existentes; • Saber avaliar os riscos •   Elaborar relatórios das irregularidades encontradas; • Encaminhar o relatório das irregularidades para a chefia; equipamentos de combate • Inspecionar os equipamentos a incêndio; de fuga; • Inspecionar as rotas de • Orientar as pessoas; • Participar dos treinamentos.

Os membros que devem compor a brigada de incêndio são: •  Brigadista: membro da equipe de brigada que estará subordinado a um chefe de equipe/ líder, em um determinado setor, compartimento ou pavimento da edificação. • Líder:  responsável pela coordenação e execução das ações de emergência em sua área de atuação (pavimento/compartimento/set (pavimento/compartimento/setor). or). • Chefe da brigada: responsável por uma edificação com mais de um pavimento, compartimento ou setor setor..

A norma que estabelece a composição, atribuição e organização de uma brigada de incêndio é a NBR 14276 (Programa de brigada de incêndio) da ABNT. Nos Estados, o Corpo de Bombeiros, baseado nesta norma, edita instruções Laboratório 2 - Aula 4

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Organograma

Ações de prevenção da brigada de incêndio • Análise dos riscos existentes durante as reuniões da brigada de incêndio; competente da em• Notificação ao setor competente presa ou da edificação das eventuais irregularidades encontradas no tocante à prevenção e proteção contra incêndios; • Orientação à população fixa e flutuante; exercícios simulados; • Participação nos exercícios •  Conhecer o plano de emergência da edificação.

O organograma da brigada de incêndio deve estar de acordo com o número de edifícios e de andares, bem como o número de funcionários em cada um deles. A própria NBR 14276 dá algumas sugestões para organogramas, mas as empresas podem elaborar o que achar mais conveniente para as suas necessidades. Veja a seguir a figura de alguns exemplos sugeridos pela NBR: Coordenador geral da brigada

Ações de emergência da brigada de incêndio • Identificação da situação; • Alarme/abandono da área; • Acionamento do Corpo de Bombeiro e/ ou ajuda externa; • Corte de energia; • Primeiros socorros; • Combate ao princípio de incêndio; corpo de bombeiro. bombeiro. • Recepção eorientação ao corpo

Líder do setor (brigadista)

Brigadista

Brigadista

Brigadista

Planta com uma edificação, 1 pavimento e 4 brigadistas

Coordenador geral da brigada

Líder do setor nº 1 (brigadista)

Líder do setor nº 2 (brigadista)

Líder do setor nº 3 (brigadista)

Brigadista

Brigadista

Brigadista

Brigadista

Brigadista

Informações importantes para o corpo de bombeiros • Verificar se existe alguém confinado ou preso em algum compartimento do local; desliga a energia par• Encontrar onde se desliga cial ou total da edificação; • Observar qual a capacidade de Reserva Técnica de Incêndio (RTI) e onde se localiza; • Verificar onde se localiza o hidrante urbano mais próximo; • Comprovar se a edificação possui instalação de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), Gás Natural (GN) ou produtos químicos armazenados; • Verificar a relação de telefones que devem ser acionados em caso de emergência.

Brigadista

Planta com uma edificação, 3 pavimentos e 3 brigadistas por pavimento

Coordenador geral da brigada

Chefe edificação nº 1

Chefe edificação nº 2

Líder do setor nº 1 (brigadista)

Líder do setor nº 2 (brigadista)

Líder do setor nº 3 (brigadista)

Brigadista

Brigadista

Brigadista

Brigadista

Líder do setor nº 4 (brigadista)

Brigadista

A brigada tem por função: agir em situações de risco e prevenir incêndio no dia a dia. Em casos de incêndio, a brigada deverá acionar imediatamente o corpo de bombeiros, agilizando medidas necessárias, enquanto os bombeiros não chegam ao local.

Brigadista

Planta com duas edificações, a primeira com 3 pavimentos e 2 brigadistas por pavimento e a segunda com um pavimento e 4 brigadistas por pavimento Laboratório 2 - Aula 4

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Incêndio

Líquidos inflamáveis.  São incêndios que ocorrem em materiais líquidos inflamáveis como gasolina, querosene, álcool, graxas, tintas etc. Queimam só em superfícies e não deixam resíduos. Equipamentos elétricos energizados. Incêndio que ocorre em equipamentos elétricos energizados,, ou seja, conectados à rede elétrica como energizados fiação, máquinas, motores, painéis elétricos etc. Material pirofórico. São incêndios envolvendo material pirofórico, ou seja, que se inflama espontaneamente, como magnésio, antimônio, zinco, alumínio fragmentado, titânio etc. Caracteriza-se pela queima em altas temperaturas e por reagir aos agentes extintores comuns, em especial, a água.

Incêndio é todo e qualquer destruição ocasionada pelo fogo que ocorre fora do desejo e controle do ser humano, causando prejuízos incalculáveis. As fases de desenvolvime desenvolvimento nto dos incêndios são estas: •  Eclosão: início do incêndio caracterizado

pelo surgimento das chamas; • Incubação:  os gases aquecidos se formam no fogo inicial, ocasionando a elevação de temperatura e surgimento dos gases tóxicos e inflamáveis; •  Deflagração:  fazendo iniciar o incêndio ainda no mesmo ambiente; • Propagação:  a transmissão do incêndio se dá para outras áreas da edificação ou área; •  Extinção:  término do incêndio ocorrido pela ação humana ou pelo consumo total dos elementos.

Óleos e gorduras. É uma nova classificação para incêndios que ocorrem em ambientes de cozinhar. São incêndios muito especiais que envolvem meios de cozinhar com banhas, óleos e gorduras.

Métodos de Extinção do Fogo

Classes de incêndio Os incêndio são classificados pelo tipo de material em combustão e em que estágio se encontra. São cinco as classes de incêndio classificadas pelas letras A, B, C, D e K.

Sólidos inflamáveis.  É o incêndio que ocorre em materiais combustíveis sólidos como madeira, papel, borracha, tecidos, espuma etc. São materiais que se queimam tanto em superfície como em profundidade e, ao se queimarem, deixam resíduos como cinzas e brasas. Laboratório 2 - Aula 4

Para haver fogo, são necessários o combustível, o comburente e o calor, formando o triângulo do fogo ou, mais modernamente, o quadrado ou tetraedro do fogo. Quando já se admite a ocorrência de uma reação em cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta retirar um desses elementos. 5

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Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos os seguintes métodos de extinção: por resfriamento, por abafamento e por isolamento.

A água e a espuma química são condutores de eletricidade, portanto, não devem ser usadas em incêndios de classe C, como veremos mais adiante.

• Resfriamento Resfriamento.. Consiste em jogar água

Aparelhos extintores

no local em chamas provocando seu resfriamento e consequentemente eliminando o componente “calor” do triângulo do fogo; •   Abafamento.  Quando abafamos o fogo, impedimos que o oxigênio participe da reação; logo, ao retirarmos esse componente comburente do triângulo, também extinguimos o fogo; •  Isolamento.  Separando o combustível dos demais componentes do fogo, isolando-o, como na abertura de uma trilha (acero) na mata, por exemplo, o fogo não passa, impedindo que se forme o triângulo.

Os equipamentos e aparelhos extintores são os nomes dados aos recipientes nos quais são armazenados os agentes extintores. Podem ter várias formas, serem fixos ou móveis, auxiliando na aplicação do agente extintor no combate a incêndios. Os aparelhos mais usados em incêndios são os extintores, hidrantes hidrantes e sprinklers. Os alunos receberão mais detalhes sobre extintores no treinamento prático.

Hidrantes.  São dispositivos conectados à rede hidráulica da edificação, composto de um registro globo com adaptador. O conjunto hidrante, mangueira de incêndio e esguicho são instalados em uma caixa de abrigo embutida na parede e utilizado no combate a incêndios quando o extintor de incêndio não for eficaz.

Além desses métodos, podemos extinguir o fogo também com a retirada do material e extinção química.

Agentes extintores Agentes extintores são substâncias sólidas, líquidas ou gasosas utilizadas na prevenção e extinção de incêndios através dos métodos de extinção acima descritos. Os agentes extintores mais conhecidos e utilizados são a água, o dióxido de carbono, a espuma química e o pó químico seco. • Água. Indicada no combate aos incêndios

de classe A atuando pelo método de resfriamento. •  Dióxido de carbono (CO2). Indicado no combate aos incêndios de classes B e C, atuando pelo método de abafamento abafamento.. •  Espuma química.  Indicado no combate aos incêndios de classe B, atuando principalmente pelo método do abafamento abafamento.. • Pó químico seco (PQS). Indicado no combate aos incêndios de classes B e C, atuando pelo método do abafamento.

Hidrante

Sprinklers.  É um sistema de chuveiros automáticos composto por uma tubulação hidráulica vinda de um reservatório, instalada no teto da área protegida, acionada automaticamente com o início do incêndio. Compõese de um sistema de canos, bicos de água e válvula de comando.

Menos usado, mas também considerados agentes extintores, temos também a areia, o talco, a cal, o grafite entre outros. Laboratório 2 - Aula 4

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Extintor com gás carbônico. Indicado para incêndios classe C por não ser condutor de eletricidade. Pode ser usado também em incêndios de classes A e B. Extintor com pó químico seco. Indicado para incêndio de classe B, age por abafamento. Pode ser usado também em incêndios de classes A e C. Sprinkler

Extintor com pó químico especial. Indicado para incêndios de classe D, age também por abafamento.

Extintores de Incêndio

Os extintores devem ter afixados em seu corpo um rótulo com as seguintes informações:

Como dissemos, em nossa aula prática, iremos demonstrar o uso do extintor de incêndio. Os extintores são agentes de extinção de incêndio exigidos em todas as edificações (pequenas ou grandes), portanto, escolhemos estes equipamentos para detalhar sua utilização nesta aula prática, os quais podem ser portáteis ou sobre rodas, para combate de pequenos focos de incêndio. Há vários tipos de extintores de incêndio, cada um contendo uma substância diferente e servindo para diferentes classes de incêndio. Vamos conhecê-los.

Rótulo de extintor de incêndio

Uso dos extintores de incêndio A demonstração de uso de extintores será feita através da simulação de uma aula prática na qual serão aplicados os conhecimentos teóricos apresentados em aulas anteriores, além das informações aqui apresentadas que antecedem sua apresentação sobre incêndios. Nela, o aluno verá o manuseio na prática dos extintores portáteis no combate de um princípio de incêndio que o prepara para um treinamento em caráter presencial. Dando início a aula, apresentamos os três tipos de extintores mais usados. O primeiro e mais utilizado é o de água, que pode ser pressurizado ou não, usado com bastante eficiência em incêndios de classe A. Deve-se tomar cuidado, pois a água é condutora de eletricidade; por isso, não usá-lo em incêndios classe C, já que o perigo de choque é eminente.

Extintor de pó para classes ABC. É o extintor mais moderno no mercado que atende a todas as classes de incêndio. O pó especial é capaz de combater princípios de incêndios em materiais sólidos, líquidos inflamáveis e equipamentos energizados. Extintor com água pressurizada.  Indicado para incêndios classe A, a água age por resfriamento e abafamento, dependendo da maneira como é aplicada. Laboratório 2 - Aula 4

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Procedimentos para utilização dos extintores de incêndio Ocorrendo o princípio de incêndio, a primeira coisa que se faz é saber o que está pegando fogo, ou seja, a classe de incêndio, para saber qual agente extintor será usado.

Extintor de água

O segundo extintor é o de gás carbônico, que contém em seu interior carga de dióxido de carbono, bastante eficiente no combate a incêndios classe B e C. Identificando a classe de incêndio

Com essas informações, dirija-se ao local onde se encontra o extintor de incêndio, retirando-o do suporte.

Extintor de gás carbônico

O terceiro e último é o que tem como agente extintor pó químico ABC, e pode ser usado em princípio de incêndio classes ABC.

Retirando o extintor de incêndio do suporte

Sempre ao retirar o extintor do suporte, obob serve o manômetro, cujo ponteiro deverá estar na posição de cor verde.

Manômetro com ponteiro na cor verde

Extintor de pó químico ABC Laboratório 2 - Aula 4

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Após retirar o extintor, dirija-se ao local do incêndio, coloque-o no chão, posicionando-o de forma segura para remover o pinotrava do gatilho. Para removê-lo, procede-se da seguinte maneira: •  Romper o lacre, girando-se o pino-trava até o rompimento deste, ou usando um instrumento cortante. Posição correta diante do fogo

Cuidado para não acionar o gatilho no transporte do extintor, segurando-o pelo cabo.

Rompendo o lacre do pino-trava

• Rompido o lacre, retira-se o pino-trava, liberando o gatilho.

Cuidado no transporte do extintor de incêndio

Após posicionar-se diante do fogo, segure o extintor na posição vertical e empunhe a mangueira pela ponta. Acione o gatilho, dirigindo o  jato do agente extintor para a base do do fogo.

Retirando o pino-trava

Liberado o gatilho, apanhe o extintor, se dirija e se posicione para combater o incêndio. Fique sempre na posição em que o fogo não possa bloquear a sua rota de fuga. Posicione-se sempre a favor do vento, para que as labaredas e a fumaça sejam direcionadas para longe, ou seja, posição oposta. Laboratório 2 - Aula 4

Dirigindo o jato para a base do fogo 9

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Para o agente extintor cobrir uma área maior,, devemos fazer movimentos circulares com maior a mangueira.

Uma vez encerrado o princípio de incêndio, devemos nos assegurar de que o fogo não se iniciará novamente novamente..

Movimentos circulares com a mangueira

No caso dos extintores de água e pó, segurar a mangueira pela ponta conforme vimos facilita o direcionamento e movimento do jato. No caso do extintor de gás carbônico, o jato é direcionado por um dispositivo denominado difusor. Como o gás é gelado em contato com a atmosfera, congela o difusor, podendo queimar a mão caso seguremos pelo difusor. Por isso, é aconselhável, neste caso, segurar pela manopla também chamada de punho.

Verificando se o fogo está realmente extinto

Veja um resumo das operações para aplicação de todos os modelos de extintores de incêndio:

Maneira correta de segurar a mangueira do extintor de incêndio

Após esgotada a carga de agentes do extintor,, este deve ser colocado em posição deitada tintor em local seguro. Isso irá indicar que o extintor já foi utilizado, devendo, portanto, ser recarregado recarregado..

Para o trabalho de combate ao princípio de incêndio, o operador do extintor deve estar usando os EPIs recomendados. Posição correta após o uso do extintor de incêndio Laboratório 2 - Aula 4

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Plano de Abandono de Edifícios

ra improvisada. Procure rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor junto ao chão.

Use as escadas – nunca o elevador. Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia para os elevadores. Feche todas as portas que ficarem atrás de você, assim retardará a propagação do fogo. A seguir, veja um roteiro para quando realizar um abandono de edifício em chamas: • O abandono de um edifício em chamas deve ser feito pelas escadas, com calma, sem afobamentos. • Ao constatar um princípio de incêndio, ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros e fornecer as seguintes informações: a) Nome correto do local onde está ocorrendo o incêndio; b) Número do telefone de onde se está falando; c) Nome completo de quem está falando; d) Relato do que está acontecendo.

Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, fique junto ao piso, onde o ar é sempre melhor. Se possível, fique perto de uma  janela, de onde poderá poderá chamar por socorro. socorro.

Procedimentos para abandono do prédio

Toque a porta com sua mão. Se estiver quente, não abra. Se estiver fria, fazer este teste: abra vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura, mantenha-a fechada.

Se um incêndio ocorrer em seu apartamento, saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não acreditarem que um incêndio possa se alastrar com rapidez.

Se você não puder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como couraça. Procure um lugar perto de janelas e abra-as em cima e embaixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior inferior..

Se você ficar preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações. Se possível, molhar um lenço e utilizá-lo como máscaLaboratório 2 - Aula 4

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Síntese da Instrução Técnica nº 16/2011 Plano de emergência contra incêndio Objetivos: Procurar conhecer o equipamento de combate a incêndio para utilizá-lo com eficiência em caso de emergência.

•  Estabelecer os requisitos para a elaboração, manutenção e revisão de um plano de emergência contra incêndio, visando proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio. informações operacionais das edi• Fornecer informações ficações ou áreas de risco ao Corpo de Bombeiros. alocar as plantas de risco de • Padronizar e alocar incêndio nas edificações para facilitar o atendimento operacional do Corpo de Bombeiros.

Um prédio pode lhe dar várias opções de salvamento. Conheça-as previamente. Não salte do prédio. Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em poucos minutos.

Síntese das informações da edificação: •  Localização (urbana, rural, distância da unidade do Corpo de Bombeiros); • Construção (alvenaria, concreto, metálica, madeira etc.); • Ocupação (industrial, comercial, residencial, escolar etc.); setor, área área e andar • População total e por setor, (fixa, flutuante etc.); •  Característica de funcionamento (horários e turnos de trabalho etc.); • Pessoas portadoras de necessidades especiais; inerentes à atividade; atividade; • Riscos específicos inerentes •  Recursos humanos (brigada de incêndio, grupos de apoio etc.); •  Materiais existentes (saídas de emergência, sistema de hidrantes etc.).

Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado na multidão. Procure outra saída. Uma vez que você tenha conseguido escapar,, não retorne. Chame o Corpo de Bomescapar beiros imediatamente. Fonte: Cartilha de Orientações Básicas do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

Procedimentos Procedime ntos básicos de emergência:

Plano de Emergência contra incêndio • Alerta: identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar os ocupantes, os brigadistas e os bombeiros. • Análise da situação: feita do início até o final da emergência, para desencadeamento dos procedimentos necessários, de acordo com os recursos materiais e humanos disponíveis no local. •  Apoio externo: o Corpo de Bombeiros deve ser acionado de imediato, preferencialmente por um brigadista.

Recomenda-se que todo edifício deva possuir um plano de emergência para abandono de área em caso de incêndio. É importante pedir orientação ao Corpo de Bombeiros para elaborar o plano e estabelecer as tarefas de cada um numa situação de incêndio. Em São Paulo, por exemplo, temos a Instrução Técnica nº 16 (Plano de emergência contra incêndio – Corpo de Bombeiro). Em outros Estados, recomenda-se consultar o Corpo de Bombeiros local. Laboratório 2 - Aula 4

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Aula 5

PRIMEIRA PARTE Condições Condiç ões de Higiene e Organização do Ambiente de Trabalho

HIGIENE OCUPACIONAL

Riscos Ambientais Como já foi estudado, higiene ocupacional é o estudo dos riscos ocupacionais e a forma de controlá-los. Muitas vezes, não se consegue eliminá-los, mas, se conseguirmos neutralizar ou minimizar, isso já é sem dúvida um resultado satisfatório para o técnico em segurança do trabalho, desde que faça o controle sobre estes riscos. Existe diferença entre risco e perigo. O risco é uma combinação da probabilidade de ocorrência de um evento perigoso ou exposição com a gravidade da lesão ou doença que pode ser causada pelo evento ou exposição. Já perigo é a fonte, situação ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de lesão ou doença, ou uma combinação destas; ele existe, mas será que está sob controle ou é capaz de lesionar o trabalhador exposto? Em outras palavras, risco é a probabilidade da ocorrência de uma determinada lesão ou consequência, e perigo é a certeza de um acidente maior, como podemos ver na figura a seguir.

Objetivo. Conhecer as etapas de antecipação, reconhecimento reconhecimento e avaliações além das formas de eliminação, neutralização e atenuação de riscos ocupacionais para evitar acidentes no ambiente de trabalho. Nesta aula, vamos estudar algumas situações de higiene ocupacional de trabalhadores em uma obra da construção civil, em seu ambiente de trabalho, operando seus equipamentos. Para isso, a aula será dividida em duas partes: 1. A primeira irá analisar as condições de higiene e organização do ambiente de trabalho, avaliando os riscos ocupacionais para a segurança e saúde do trabalho de um operador de betoneira. 2. Na segunda parte, veremos como estabelecer ações preventivas e corretivas para a promoção da higiene e organização do ambiente de trabalho de um operador de serra circular de bancada. Laboratório 2 - Aula 5

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Para exemplificar o que acabamos de falar, veja na figura abaixo uma situação de risco/perigo, o controle e a eliminação destes.

Riscos físicos Riscos químicos Riscos biológicos Riscos ergonômicos Riscos de acidentes

Alto risco

Observando o trabalho do betoneiro, assim chamado o operador de betoneira, podemos observar que ele está exposto a alguns riscos:

Risco físico.  O betoneiro está exposto ao ruído proveniente do motor e mecanismos de rotação do tambor, além do pedrisco para concreto no interior do tambor. Portanto, ele deve estar protegido com EPIs de proteção auditiva.

Risco ainda presente

Risco isolado

No caso da betoneira, a engrenagem acionadora da cremalheira que faz rodar o tambor é o principal componente causador de acidentes, portanto oferece perigo. No entanto, uma vez protegida por tampo protetor, torna-se um elemento de risco.

Exposição ao risco físico

Risco químico. O trabalhador está exposto ao risco de poeira quando manipula areia, cimento e pedra para confecção de argamassas ou concreto. Por isso deve-se proteger utilizando os EPIs recomendados como o respirador.

Betoneira com protetor na cremalheira

Como sabemos, os riscos ambientais, ou profissionais, são divididos em cinco grupos: físico, químico, biológico, ergonômico e de acidentes (mecânicos). Laboratório 2 - Aula 5

Exposição ao risco químico 14

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Risco biológico. Fica difícil para o técnico em segurança do trabalho detectar o risco biológico, pois requer conhecimentos especializados que permitem saber diferenciar o que são vírus, bactérias, protozoários etc. Por isso, deve recorrer a profissionais da saúde e medicina do trabalho.

Os riscos físicos, químicos e biológicos são apresentados na NR-15 (Atividades e Operações Insalubres) que descreve os riscos que geram insalubridades se estiverem acima dos limites de tolerância. Os riscos ergonômicos constam na NR-17 (Ergonomia) que trata desses riscos presentes em operadores de caixas de supermercados e de telemarketing. Para os riscos de acidentes, não há uma norma específica, mas podem ser encontrados espalhados em várias NRs como a NR-18 (Construç (Construção ão Civil) e a NR-23 (Incêndios e Explosões).

Risco ergonômico.  O betoneiro está exposto a esforços muito grandes ao transportar sacos de cimento do depósito até a betoneira, que será aberto e despejado no tambor da betoneira.

Os riscos ergonômicos e de acidentes não geram insalubridades. Cabe ao técnico de segurança do trabalho identificar os riscos existentes no ambiente de trabalho e informar aos empregadores a existência destes e orientá-los sobre as medidas que devem ser tomadas, visando controlar, minimizar ou eliminá-los. Para tanto, deve elaborar um programa abrangendo três fases que são: antecipação, reconhecimento e avaliação.

Exposição ao risco ergonômico

Riscos de acidentes.  Além dos riscos de acidentes já mencionados no início desta lição, que dizem respeito ao motor e mecanismos da betoneira, há muitos outros acidentes que podem ocorrer com a betoneira, tais como quedas, choques decorrentes de instalações elétricas improvisadas ou de fios descascados, pancadas, aberturas nos pisos e muitos outros.

Antecipação A antecipação envolve a análise de pro jetos  je tos de nov novas as ins instal talaçõ ações, es, mét método odoss ou pro pro-cessos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para a sua redução ou eliminação. A ferramenta que mais se usa nesta fase é a Análise Preliminar de Risco (APR). Antes do início de uma atividade, o técnico em segurança do trabalho traba lho deve ir ao local onde ela será exercida e fazer a análise para identificar os riscos aos quais o trabalhador estará exposto ao exercer esta atividade e quais as medidas para a redução ou eliminação destes riscos. Só após esta análise é que se pode liberar o funcionamen funcionamento to da máquina. Isto vale para maquinário novo, projeto novo, mudança de layout. No caso da betoneira, foram identificados os riscos de ruído, poeira, esforço físico e descarga elétrica.

É importante que a instalação elétrica seja bem protegida com aterramento adequado para evitar acidentes com a eletricidade ao se fazer a instalação da máquina. Laboratório 2 - Aula 5

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Reconhecimento O reconhecimento é, sem dúvida, a fase mais importante da higiene ocupacional, pois, se o técnico em segurança do trabalho reconhecer um risco de maneira equivocada, este risco será avaliado e controlado de forma errada. Assim, o trabalhador será exposto a uma condição de perigo, adquirindo uma lesão ou doença ou estando sujeito a um acidente. Esta fase envolve os seguintes procedimentos: • Identificação dos riscos; localização das fontes fontes ge• Determinação e localização radoras; • Possíveis trajetórias e meios de propagação dos riscos no ambiente de trabalho, das funções e determinação do tipo de exposição; •  Número de trabalhadores expostos aos riscos e a caracterização de suas atividades; • Danos à saúde decorrentes do tipo de atividade, bem como das medidas de controle já existentes e também a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possíveis comprometimentos com a saúde decorrente do tipo de atividade.

A fase de reconhecimento só pode ser feita no local de trabalho. Voltando Voltando à nossa betoneira, o técnico em segurança do trabalho pode conhecer a atividade do betoneiro, como opera a máquina, como executa as tarefas. É uma tarefa importante, mas insuficiente para um bom reconhecimento. É preciso ver no local de trabalho as condições ambientais, postura do trabalho, ritmo de trabalho. Veja a seguir as fases do trabalho de uma betoneira:

Fases do trabalho em uma betoneira Laboratório 2 - Aula 5

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O primeiro item do reconhecimento é a identificação do risco. Feita a identificação, na sequência, deve-se determinar a fonte, o meio de propagação,, o tempo de exposição e os possíveis propagação danos à saúde (no caso da betoneira, temos identificados os agentes ruído, poeira, esforço físico e descarga elétrica). Porém, para exemplificar os procedimentos aos demais itens, usaremos apenas os agentes ruído e poeira, como podemos ver na tabela abaixo: Risco presente

Físico

Químico

Agente

Fonte

Ruído

Betoneira (mecanismo e motor)

Poeira

Manuseio de massa de cimento

Propagação

Exposição

Danos à saúde

Medidas existentes

Medidas sugeridas

Ar

Ocasional e eventual

PAIR (Perda Auditiva pelo Ruído)

-

Tornar obrigatório o uso de proteção auditiva

Luva de látex e calçado de segurança

Tornar obrigatório o uso de luva, calçado de segurança e máscara respiratória, além de treinamentos periódicos quanto ao uso dos EPIs

Ar

Ocasional e eventual

Dermatose

quem estiver perto estará sujeito. A exposição ao risco também é eventual, mas com probabilidade de dermatose, razão pela qual recomenda-se o uso de máscara respiratória, luvas e calçados de segurança.

Equipamentos de Proteção Individual do betoneiro

Descrição da tabela:

Avaliação

• A fonte de ruído da betoneira são o motor,, o mecanismo de acionamento do tambor e as tor pedras da composição do concreto no interior do tambor. Como o ruído é propagado pelo ar, ele não só é prejudicial para o betoneiro, mas também para quem está por perto, no caso de um servente, por exemplo. Quanto à exposição ao risco, deve-se verificar se é contínua, intermitente ou eventual; para isso, é necessário cronometrar e analisar o trabalho – neste caso, a betoneira está em exposição eventual. O dano à saúde do betoneiro é a Perda Auditiva pelo Ruído (PAIR), e quem nos dá essa informação é a medicina do trabalho. Como medida de segurança, sugere-se o uso obrigatório de protetor auditivo.

A avaliação envolve medidas de avaliação quantitativa e/ou qualitativa para comprovar a exposição e/ou inexistência dos riscos, para dimensionar a exposição e fornecer subsídios técnicos para a proposição de medidas de controle. É nesta etapa que o técnico em segurança do trabalho deve realizar a avaliação dos agentes de riscos presentes no ambiente de trabalho, os quais, em função da natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, prejudicam a saúde do trabalhador. Ela pode ser feita de forma quantitativa e/ou qualitativa.

Quantitativa.  O risco deve ser quantificado, mensurado e, para isso, deve-se utilizar equipamentos de medição especificado como, por exemplo, o decibelímetro para medir ruídos e a bomba de amostragem na medição de poeira. Essas medidas são importantes e necessárias para as medidas de controle que deverão ser tomadas. No caso do ruído detectado nas operações da betoneira, este deve ser quantificado para saber a quantos decibéis (dB) o operador está exposto.

A exposição ao risco contínua e intermitente pode causar insalubridade; já a exposição eventual, não. •  A fonte da origem da poeira é na hora da colocação dos componentes do concreto (areia, cimento e pedra) no interior do tambor da betoneira. Ela também se propaga pelo ar e, portanto, não só o betoneiro, mas também Laboratório 2 - Aula 5

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Qualitativa.  Na avaliação qualitativa, não há necessidade de quantificar o risco, sendo suficiente observar se há ou não risco no ambiente de trabalho. Por exemplo, se o local onde está trabalhando a betoneira é úmido, não seria necessário quantificar, mas apenas saber se o local está alagado ou encharcado encharcado..

Por exemplo, com o decibelímetro próximo ao ouvido do operador operador,, apuramos que ele está exposto a um ruído de 88,9 dB.

Decibelímetro próximo ao ouvido do trabalhador Local de trabalho úmido

Se observarmos o anexo da NR-15 que determina os valores de tolerância para ruídos, vamos verificar que o valor mais próximo é 89 dB, estabelecendo que o operador não poderá operar a betoneira por mais de 4 horas e 30 minutos diárias, sem a proteção de EPIs auriculares.

Quem determina que tipo de avaliação, se quantitativa ou qualitativa, deve ser feito são as normas. A NR-15, em seus anexos, constam os riscos físicos, químicos e biológicos e os tipos de avaliações necessárias. Ela não explica como se faz a avaliação, mas determina os parâmetros, ou seja, limites de tolerância estudados nas lições de Higiene Ocupacional (Módulo 2). Existem situações em que, mesmo que a norma peça uma avaliação qualitativa do risco, é necessário quantificar este risco. Por exemplo, em uma câmara frigorífica, detecta-se o agente frio, mas precisa também quantificá-lo para saber a quantos graus o trabalhador está exposto para se determinar as medidas de controle. Muitas vezes, é preciso consultar outras normas como, por exemplo, as NHOs (Normas de Higiene Ocupacional) da Fundacentro, Fundacentro, conforme  já citadas nas aulas de Higiene Ocupacional. No caso do agente ruído, a NR-15 dá limites, mas não explica como fazer. Já a NHO-1 diz o que é preciso, além de como fazer uma dosimetria do trabalhador.. Quanto ao calor trabalhador calor,, as NRs também dão parâmetros, mas não explica como medir este agente; é preciso também consultar a NHO que trata do assunto.

Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente Nível Nív el de de Ruíd Ruído o dB(A dB(A))

Máxim Má ximaa Expo Exposi siçã ção o Diár Diária ia Per Permi miss ssív ível el

85

8 horas

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7 horas

87

6 horas

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5 horas

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4 horas e 30 minutos

90

4 horas

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3 horas e 30 minutos

92

3 horas

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2 horas e 40 minutos

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2 horas e 15 minutos

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2 horas

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1 hora e 45 minutos

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1 hora e 15 minutos

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1 hora

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45 minutos

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35 minutos

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30 minutos

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25 minutos

108

20 minutos

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15 minutos

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10 minutos

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8 minutos

115

7 minutos

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Às vezes é preciso recorrer a outras normas que dão parâmetros mais atuais como as  já citadas na disciplina Higiene Ocupacional. Ocupacional. 18

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SEGUNDA PARTE Ações Preventivas e Corretivas Nesta segunda parte, o assunto a ser tratado é de como estabelecer ações corretivas e preventivas de riscos verificados no ambiente de trabalho. Para ilustrar esta segunda parte, vamos promover ações preventivas e corretivas para um trabalhador que opera uma serra circular de bancada na preparação de peças de madeira para montagem de andaimes e formas para concreto armado em um canteiro de obra de construção civil. Assim, se torna necessário que o aluno conheça a máquina, sua instalação, princípio de funcionamento, funcionamento, técnicas de utilização e dispositivos de proteção, indicados pelas normas técnicas. É uma máquina que oferece muitos riscos e perigos para o seu operador. A serra circular de bancada é uma máquina estacionária de corte para diferentes materiais, sendo no caso da marcenaria e carpintaria a madeira e derivados. É composta por uma bancada na qual está instalado um disco circular dentado, montado em um eixo que recebe a transmissão de movimento circular por meio de polias e correia, as quais são acionadas por um motor elétrico.

Deslocamento da madeira em direção ao disco

A máquina deve ser instalada em piso liso, nivelado, de preferência, fixada ao piso, em local onde possa ficar livre a área em torno da máquina, facilitando o trabalho de corte em função das características da madeira e tipo de operação. No local, não deverá circular pessoas alheias ao serviço que se presta. Ela deve estar disposta de forma a facilitar os trabalhos de inspeção, manutenção e consertos, além de permitir trabalhar as peças com segurança e sem interferência de operações circunvizinhas. Embora pareça ser uma máquina fácil de ser operada, ela não deve ser utilizada por pessoas não qualificadas, mas devidamente habilitadas conforme determina a norma técnica, pois é uma das máquinas que oferece muitos riscos de acidentes. Requer, Requer, para sua operação, profissional especializado e capacitado, instalação adequada, dispositivos de segurança e proteção, além de regulagem e manutenção periódica. Jamais esses trabalhadores devem operar esta máquina sem os EPIs recomendad recomendados. os. Para a serra circular de bancada, são recomendados os seguintes dispositivos de proteção, de acordo com as exigências da NR-18: • Ser dotada de uma mesa estável com fechamento de suas faces laterais (inferior, anterior e posterior), em madeira resistente e de primeira qualidade ou chapa metálica. •  Ter a carcaça do motor elétrico devidamente aterrada. • Deve-se manter o disco afiado e travado e ser substituído quando apresentar trincas, dentes quebrados ou empenados.

Serra circular de bancada

A operação de serrar, que podemos chamar também de serramento, acontece empurrando-se a peça de madeira bem assentada sobre o tampo da bancada contra o disco em movimento circular. Laboratório 2 - Aula 5

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força mecânica devem devem • As transmissões de força estar protegidas obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removido durante o trabalho. protetora de disco • Ser protegido por coifa protetora e cutelo divisor e coletor de serragem. • Deve ter dispositivos empurradores e guia de alinhamento.

7. Cutelo divisor é uma haste rígida e metálica de espessura ligeiramente menor que a do disco, colocada na posição vertical logo após o disco para evitar a rejeição da peça pelo disco; 8. As laterais da bancada devem estar fechadas; a parte inferior do disco, bem como todo o sistema de transmissão, deverá estar protegida; 9. A chave liga/desliga da máquina deve ficar ao alcance da mão do operador em sua posição de trabalho; 10. Ter recipiente para coletar a serragem resultante do corte; 11. Empurradores são dispositivos utilizados para empurrar a peça a ser cortada, sendo, portanto, um elemento mediador que protege a mão do operador do disco.

Veja todas essas recomendações apresentadas anteriormente em detalhes na figura a seguir:

Após os conhecimentos necessários sobre o equipamento, podemos dar início ao tema desta segunda parte.

Ações Corretivas e Preventivas Medidas de controle Após as fases de antecipação, reconhecimento e avaliação, é preciso estabelecer medidas de controle que são as ações corretivas e preventivas para eliminar, minimizar ou controlar os riscos ambientais. Na realidade, as ações corretivas estão mais a cargo da medicina do trabalho. Os técnicos em segurança do trabalho são responsáveis pelas ações preventivas. Por Por isso, são chamados de prevencionistas, e todas as suas ações são no intuito de prevenir doenças e lesões. Então, devemos lembrar que:

1. O operador deve usar todos os EPIs recomendados; 2. O disco deve estar bem afiado e ter o número de dentes recomendado em função do material e do serviço; 3. Guias de alinhamento são componentes de proteção e facilitador para a execução do corte, guiando e garantindo a sua continuidade; 4. As lâmpadas do local devem estar protegidas e com o nível de iluminamento recomendável; 5. Suporte prolongado para manter a peça que está sendo serrada no nível do tampo da bancada; 6. Coifa protetora é um dispositivo que cobre o disco protegendo o contato das mãos do operador com o disco e contra a projeção de partículas de madeira proveniente do corte; Laboratório 2 - Aula 5

Ação corretiva. É a ação tomada com o objetivo de eliminar o risco. Ação preventiva.  É a ação tomada para que o risco não aconteça. As medidas de controle devem ser tomadas em quatro etapas, cabendo ao técnico em segurança do trabalho propor medidas de controle adequadas: 20

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operador deve preencher com informações básicas sobre o equipamento.

1º. Na fase de antecipação, antes do início da atividade, quando são verificados os riscos possíveis, já se devem determinar as medidas de controle necessárias. 2º. No reconhecimento, quando os riscos são reconhecidos, já se propõem as ações corretivas e preventivas preventivas.. 3º. Na avaliação, quando são apurados os valores que superam as recomendações da NR15, já se devem tomar as medidas de controle. 4º. E, finalmente, temos o nexo causal, quando a medicina do trabalho faz o nexo da causalidade, ou seja, comprova que a doença é proveniente da atividade exercida. A NR-9 estabelece que as medidas de controle dos riscos ambientais deverão ser adotadas na seguinte ordem de prioridade: 1. Medidas de proteção coletiva, como o isolamento, enclausuramento enclausuramento e manutenção das máquinas, e outras medidas que visem à prevenção, neutralização e/ou eliminação do risco ou agente nocivo, na sua fonte ou trajetória; 2. Medidas administrativas de organização do trabalho, como rodízio de pessoal, diminuição da jornada de trabalho; 3. Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Modelo de Check List de uma serra circular

Outras medidas administrativas é não permitir que a máquina seja operada por trabalhador não capacitado e habilitado para isso, além de executar mudanças de posição da máquina, direcionando-a de forma a dissipar o ruído, como também pausar rodízio dos operadores.

Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) são todos os dispositivos de proteção colocados na serra circular de bancada e recomendados pela NR-18, apresentados anteriormente, e todo trabalhador que for operar a máquina estará protegido. Eles eliminam os riscos na fonte e na trajetória, e devem ser determinados por estudos e projetos elaborados pela equipe de segurança do trabalho. Não existe uma norma específica para EPCs, mas elas são citadas em outras normas como por exemplo a NR-12 (Máquinas e Equipamentos), NR-18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) entre outras.

Medidas de proteção do receptor Não obtendo resultados satisfatórios, na fonte nem na trajetória, com EPCs e medidas administrativas, recorremos às medidas de proteção do receptor, isto é, os EPIs recomendados para o trabalhador pela NR-6. Esta é a última medida a ser tomada para o controle de riscos ambientais e assegurar o bem-estar bem- estar do trabalhador. É aceitável que o trabalhador não se adapte aos EPIs, ache-os desconfortáveis, porém é obrigação do SESMT ou da CIPA - ou na falta desses órgãos o responsável que o representa na segurança do trabalho da empresa - a responsabilidade, conscientização e estímulo do uso desses equipa-

Medidas administrativas Medidas administrativas também são importantes no estabelecimento de medidas de controle. Por exemplo, o Check List , que o Laboratório 2 - Aula 5

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Risco de ruído

mentos. Mas para isso, é preciso que uma pessoa com capacidade, conhecimento e experiência no assunto faça um dimensionamento dos EPIs corretos e adequados aos riscos expostos e compatíveis com o trabalhador, já que a NR não estabelece critérios de dimensionamento destes. Para que o EPI seja considerado neutralizador de insalubridade, é importante que seu dimensionamento seja feito com critérios técnicos e adequabilidade ao risco ambiental detectado e não da forma “por achar que serve”. Por isso, o profissional que irá executá-lo deverá seguir as informações, características e instruções de uso especificados pelo fabricante e que devem obrigatoriamente constar do Certificado de Aprovação (CA) que todo EPI deve possuir. Um bom dimensionamento não se restringe só em critérios técnicos, mas também deve levar em conta o conforto e bem-estar do trabalhador que deverá usar o EPI por parte ou toda a  jornada de trabalho. É importante frisar que um EPI não adequado ao risco pode ser bem prejudicial à saúde do trabalhador do que não usá-lo. Como determina a NR, após o dimensionamento e estabelecidos os EPIs que o trabalhador deverá usar, este deverá se submeter a um treinamento para conhecer as técnicas de utilização e se adequar ao uso dos equipamentos. Após esses conhecimentos sobre as medidas de controle, na fonte, trajetória e no receptor, vamos ver na prática os riscos a que um operador de serra circular de bancada está sujeito.

O risco de ruído a que está exposto o operador de serra circular de bancada pode provocar a Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR), como também alterações no sistema nervoso central (SNC) como nervosismo, irritabilidade etc.

Ruído provocado pela serra circular de bancada

Medidas de controle.  Como já dissemos, a primeira medida de controle a ser tomada é tentar eliminar o risco na fonte. Para isso, faz-se o isolamento ou enclausuramento da máquina em cabines acústicas, utilizando material próprio para reverberação do som. Quanto à eliminação do ruído na trajetória, pode-se colocar barreiras (biombos) construídas com material isolante apropriado (lã de vidro, isopor, cortiça etc.). Neste caso, elimina-se o ruído na trajetória. Por fim, não sendo possível a eliminação do risco de ruído nem na fonte nem na trajetória, devese eliminar no receptor (trabalhador), utilizando EPIs específicos como protetores auditivos.

Determinação dos Riscos Após observar o trabalho de um operador de serra circular de bancada no corte da madeira que formará as peças para a montagem de andaimes e formas para a concretagem, constatou-se que este trabalhador pode estar exposto aos seguintes riscos:

Físico: ruído; Químico: poeira (serragem); Biológico: não identificado; Ergonômico: esforço físico; De acidentes: alguns riscos podem ocorrer em função da não preparação adequada da máquina, da sua instalação e da própria madeira a ser trabalhada. Isolamento para o trabalho com serra circular de bancada Laboratório 2 - Aula 5

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Máscara semifacial com respirador Protetor auditivo

Risco ergonômico

Risco de poeira

O risco ergonômico deve-se ao transporte de matéria-prima (tábuas, caibros, sarrafos etc.) necessária para o corte nas dimensões necessárias para a montagem de andaimes e formas. Portanto, o operador deve carregar um peso entre 50 e 60 kg que é o limite determinado por norma. Acima desse peso, o operador deverá contar com ajuda de auxiliares.

O pó de serra (serragem) é prejudicial à saúde do trabalhador, e irritante para as membranas mucosas dos olhos, nariz e garganta. Pode ainda em quantidade provocar transtornos pulmonares.

Medidas de controle.  Para eliminar o risco de poeira na fonte e na trajetória, é preciso manter um sistema de exaustores para retirar do ambiente a poeira antes que ela atinja a zona de respiração do trabalhador. Caso o sistema de exaustão não se mostre totalmente eficiente, ou mesmo inviável de ser instalado, o operador deve usar máscara respiratória semifacial com filtro e os demais EPIs recomendados.

Esforço físico de um operador de serra de bancada

Medidas de controle.  Recomenda-se que o operador realize treinamento sobre posturas adequadas no trabalho de levantamento e transporte correto de pesos e que tenha intervalos de descanso em postura diferente da postura do trabalho, além de executar durante a jornada de trabalho alguns exercícios de alongamento para os membros superiores, inferiores e coluna dorsal e cervical por breves períodos. Sistema de exaustão Laboratório 2 - Aula 5

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Risco de acidente

um serramento irregular e lançamento de pedaços de madeira que podem atingir o operador, além de ter a peça de madeira engalhada, puxando a mão do operador no sentido do disco.

Os riscos de acidentes geralmente causados ao operador desta máquina são os que seguem:

Retrocesso da madeira. O acidente causado pelo retrocesso da madeira pode ocorrer pela existência de nós, rachaduras e outros defeitos existentes na própria madeira, os quais ficam engalhados (presos) no disco. O estado de conservação do disco (não estar empenado, com dente quebrado ou trincado) também pode provocar este tipo de acidente. Neste caso, deve-se eliminar a madeira defeituosa e efetuar a substituição do disco.

Peça de madeira mal apoiada na bancada da serra circular

Contato acidental das mãos com os dentes do disco.  A serra circular jamais poderá trabalhar sem a coifa protetora do disco, que é o principal Equipamento de Proteção Coletiva recomendado por normas técnicas. Sem ela, o operador da máquina fica exposto ao perigo de contato direto das mãos e dedos com os dentes do disco ao menor descuido.

Nós e rachaduras na madeira

Disco em mau estado e desalinhado. O disco de serra deve estar em perfeito estado, portanto, sem dentes trincados ou quebrados, além de estarem bem afiados. Caso contrário, os dentes podem encalhar na madeira e fazer com que o operador perca o controle, tendo sua mão puxada em direção ao disco, provocando até o retrocesso da madeira, lançando-a em direção ao operador,, atingindo-o. operador Contato acidental das mãos com os dentes do disco da serra

Contato dos membros inferiores do operador com o disco da serra na parte inferior da bancada. O perigo dos membros inferiores do operador entrarem em contato com os dentes da serra existe, caso a bancada não possua na parte da frente uma chapa protetora que não permita que pernas e joelhos atinjam o disco da serra que está girando. Dentes do disco da serra quebrados e trincados

Desequilíbrio das tensões internas da madeira, decorrente da própria operação de serrar. O desequilíbrio pode ocorrer por falha do operador na colocação da peça de madeira sobre a mesa da serra circular e de dente quebrado do disco. A peça de madeira deve estar bem apoiada sobre a mesa, alinhada em toda a operação de serragem. Qualquer irregularidade na movimentação pode ocorrer Laboratório 2 - Aula 5

Bancada sem proteção frontal 24

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Contato acidental das mãos e dedos com os dentes do disco ao final da operação de serrar. Ao se aproximar o final do serramento, quando as mãos do operador que empurram as peças de madeira se aproximam dos dentes do disco, há o perigo de acidente. Por isso, mais uma vez, é importante o uso da coifa protetora, como também utilizar um empurrador, que é o dispositivo indispensável nas finalizações de serramento serramento..

eficácia do sistema de gestão da qualidade por meio do uso da política da qualidade, objetivos da qualidade, resultados de auditorias, análise de dados, ações corretivas e preventivas e análise crítica pela direção.

8.5.2 Ação corretiva A organização deve executar ações para eliminar as causas de não conformidades, de forma a evitar sua repetição. As ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos das não conformidades encontradas. Um procedimento documentado deve ser estabelecido, definindo os requisitos para: a) análise crítica de não conformidades (incluindo reclamações de clientes); b) determinação das causas de não conformidades; c) avaliação da necessidade de ações para assegurar que aquelas não conformidades não ocorram novamente; d) determinação e implementação de ações necessárias; e) registro dos resultados de ações executadas; f) análise crítica da eficácia da ação corretiva executada.

Contato acidental com o disco da serra no final do serramento

Falta de limpeza e organização do local de trabalho. A falta de limpeza e organização no local de trabalho de instalações da máquina pode ocasionar acidentes por tropeções e quedas decorrentes de objetos, ferramentas jogadas ou restos de madeira espalhados ou não armazenados.

8.5.3 Ação preventiva A organização deve definir ações para eliminar as causas de não conformidades potenciais, de forma a evitar sua ocorrência. As ações preventivas devem ser apropriadas aos efeitos dos problemas potenciais. Um procedimento documentado deve ser estabelecido definindo os requisitos para: a) a determinação de não conformidades potenciais e de suas causas; b) a avaliação da necessidade de ações para evitar a ocorrência de não conformidades; c) a determinação e implementação de ações necessárias; d) registros de resultados de ações executadas; e) a análise crítica da eficácia da ação preventiva executada.

Local de trabalho desorganizado

Gestão da Qualidade & Ações Corretivas e Preventivas De acordo com a NBR ISO 9000:2005, uma não conformidade é o não atendimento a um requisito. Conforme determina a norma ISO 9001, a organização deve definir ações para eliminar as causas de não conformidades potenciais. Leia o que diz este trecho da norma:

Texto adaptado de artigo disponível em: https://qualidadeonline.wordpress.com/2010/02/05/ acoes-corretivas-e-preventivas/  Acesso em: 27.07.2016.

8.5.1 Melhoria contínua A organização deve continuamente melhorar a Laboratório 2 - Aula 5

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artigo 337 do decreto nº 3.048 de 1999. Já o estabelecimento do Nexo Causal é formulado pelos médicos assistencialistas e pelos médicos do trabalho das empresas. Ao técnico em segurança do trabalho cabe as ações preventivas, conforme estabelece a portaria nº 3.275 de 1989 que regulamenta a profissão e estabelece as atividades que lhe compete. Veja Veja o que diz os inciso III e V do artigo 1º:

Aula 6

DOENÇAS OCUPACIONAIS

III – Analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de risco de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e a presença de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, propondo sua eliminação ou seu controle. V – Executar os programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho nos ambientes de trabalho com a participação dos trabalhadores, acompanhando e avaliando seus resultados, bem como sugerindo constante atualização dos mesmos e estabelecendo procedimentos a serem seguidos.

Objetivo. Dar ao aluno conhecimentos do processo de saúde/doença e dos agentes causadores de doenças no ambiente de trabalho. Doenças ocupacionais  são aquelas que estão diretamente ligadas a atividades profissionais ou a condições em que estas atividades são executadas. Segundo a lei nº 8.213 de 1991, em seu artigo 20, incisos I e II, elas se subdividem em doenças profissionais e doenças do trabalho:

Isto quer dizer que o técnico em segurança do trabalho deve fazer o levantamento dos riscos existentes no ambiente de trabalho aos quais está exposto o trabalhador, observar os fatores ergométricos, quantificar (medir) os agentes ambientais agressivos à saúde do trabalhador, encaminhando ao SESMT os resultados para as devidas providências. Cabe também a ele a elaboração e execução de programas de caráter prevencionista prevencion ista com objetivos e metas definidas, estimulando e envolvendo envolvendo a participação de toto dos os trabalhadores.

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar à determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

Não são consideradas doenças do trabalho: doença degenerativa (por exemplo, diabetes); doença inerente a grupo etário (por exemplo, reumatismo); doença que não produza incapacidade laborativa (por exemplo, miopia); e doença endêmica (por exemplo, malária adquirida por habitante da região); salvo comprovação de que o tipo de doença citada é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

É importante que fique claro para o aluno que doenças ocupacionais, segundo a legislação, é responsabilidade da medicina do trabalho. Assim, o estabelecimento do Nexo Técnico nas doenças ocupacionais é prerrogativa exclusiva do perito médico do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), conforme Laboratório 2 - Aula 6

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Legislação Relacionada a Doenças Ocupacionais

NR-15 – Atividades e Operações Insalubres.  Esta norma determina os limites de tolerância que não causarão danos à saúde do trabalhador durante sua vida vi da laboral. É ela que nos dá parâmetros para avaliações quantitativas dos agentes prejudiciais à saúde. NR-17 – Ergonomia.  Avalia a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores. A não observação desta NR poderá ocasionar doenças conhecidas como Lesões por Esforço Repetitivo (LER/DORT) ou doenças osteomusculares, relacionadas ou não ao trabalho. Estabelece também parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

As doenças ocupacionais são decorrentes dos riscos aos quais estão expostos os trabalhadores no desenvolvimento de suas atividades no ambiente de trabalho e que devem ser previamente identificadas. E para isso, é preciso conhecer algumas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho aprovadas pela portaria nº 3.214 de 1978:

Riscos Ambientais

NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. O PCMSO, como é conhecido, é um programa que tem caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravantes à saúde do trabalhador relacionados a sua atividade, evitando assim as doenças ocupacionais. Ele é desenvolvido pela equipe do SESMT e deve ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde do trabalhador, especialmente as identificadas nas avaliações previstas no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e demais NRs.

Os riscos ambientais, ou agentes ambientais, presentes no ambiente de trabalho, são objetos de estudo das NRs existentes que, em função da sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. Eles são classificados em cinco grupos, como veremos a seguir:

NR-9 – Programa de Prevenção de R iscos Ambientais.  Uma vez conhecidos os riscos e definido o grau de exposição ao qual está exposto o trabalhador, deve-se elaborar um plano de ações de controle visando à preservação da saúde e da integridade do trabalhador nas fases de antecipação, reconhecimento e avaliação. Laboratório 2 - Aula 6

Grupo 1: Risco Físico.  Podem ser definidos como sendo diversos tipos de energia. Veja no quadro a seguir os principais riscos físicos presentes no ambiente de trabalho e suas consequências. 27

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Grupo 1 Riscos Físicos

Consequências

Ruído

Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, problemas do aparelho digestivo etc.

Calor

Taquicardia, aumento da pulsaTaquicardia, ção, cansaço, irritação, choque térmico, fadiga térmica, perturbação das funções digestivas, hipertensão etc.

Frio

Grupo 3: Riscos Biológicos.  Surgem do contato do homem com microrganismos no ambiente de trabalho.

Rachadura e necrose da pele, agravamento das doenças reumáticas, congelamento, predisposição para doenças das vias respiratórias etc.

Vibrações

Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas etc.

Umidade

Doenças do aparelho respiratório, doenças da pele, doenças circulatórias.

Radiação não ionizante

Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e em e m outros órgãos.

Radiação ionizante

Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais.

Pressões anormais

Afogamento, distúrbios neuroAfogamento, lógicos, embolias pulmonares.

Grupo 3 Riscos Biológicos

Consequências

Vírus

Hepatite, herpes, varíola, febre amarela, raiva (hidrofobia), rubéola, AIDS, dengue, meningite.

Bactérias/bacilos

Hanseníase, tuberculose, tétano, febre tifoide, pneumonia, difteria, cólera, leptospirose, disenteria.

Protozoários

Malária, mal de chagas, toxoplasmose, disenteria.

Fungos

Alergias, micoses.

Grupo 4: Riscos Ergonômicos. Estes riscos estão relacionados ao ambiente de trabalho em função de mesas e cadeiras adequadas, maquinários modernos, conscientização dos trabalhadores quanto à postura etc. Grupo 4 Riscos Ergonômicos Esforço físico intenso

Grupo 2: Riscos Químicos.  São definidos como sendo substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador por via respiratória, cutânea e por ingestão.

Levantamento e transporte manual de peso Postura inadequada Imposição de ritmos excessivos

Grupo 2 Riscos Químicos

Consequências

Poeira

As poeiras provindas de minerais podem causar a silicose; as vegetais podem provocar bissinose.

Fumos metálicos

Intoxicação específica de acordo com o metal, febre dos fumos metálicos, doença pulmonar obstrutível.

Névoas, neblinas, gases e vapores

• Irritantes: irritação das vias aéreas superiores, provocada por ácido clorídrico, soda cáustica, ácido sulfúrico etc.; • Asxiantes: dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsão, coma e morte, causados pelo hidrogênio, nitrogênio, hélio, acetileno, metano, dióxido de carbono etc.; • Anestésicos: ação depressiva sobre o sistema nervoso, danos aos diversos órgãos, ao sistema formador do sangue provocados pelo butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono, tricloroetileno, benzeno, tolueno, álcoois, percloroetileno, xileno etc.

Laboratório 2 - Aula 6

Trabalho em turno ou noturno Monotonia e repetitividade

Consequências De um modo geral, devendo haver uma análise mais detalhada caso a caso, estes riscos podem causar: cansaço, dores musculares, fraquezas, doenças como hipertensão arterial, úlceras, doenças nervosas, agravamento do diabetes, alterações do sono, da libido, da vida social com reflexos na saúde e no comportamento, acidentes, problemas na coluna vertebral, taquicardia, cardiopatia (infarto), agravamento da asma, tensão, ansiedade, medo.

Grupo 5: Riscos Mecânicos. Os riscos mecânicos (ou riscos de acidentes) estão relacionados a fatores e tecnologias impróprias que colocam em perigo a integridade dos trabalhadores. trabalhadores.

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Grupo 5 Riscos Mecânicos

Consequências

Arr rran anjo jo fí físsic ico o ina inad deq equ uad ado o

Aci cid den ente tess, des desga gasste fí físsic ico o

Máquinas e equipamentos sem proteção

Acidentes graves

Ferramentas inadequadas ou defeituosas

Acidentes com repercussão nos membros superiores

Iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos

Acidentes graves

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As doenças ocupacionais podem ocorrer durante as atividades laborais no dia a dia do trabalhador. Por isso, cabe ao médico do trabalho fazer a correlação entre a doença apresentada e os riscos aos quais o trabalhador está exposto, previamente determinados na elaboração do PPRA, além de estabelecer o Nexo Causal. Dois importantes equipamentos utilizados pelos trabalhadores vão evitar ou minimizar os riscos de adoecimento: os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) e os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Como já foi dito, esses equipamentos são obrigatórios e devem ser fornecidos pelo empregador, seguindo rigorosamente o que determinam as NRs.

empregador poderá contribuir com o uso de máquinas menos barulhentas e o isolamento do ruído de máquinas que não podem ser substituídas.

Conjuntivite por radiação.  É uma doença causada pela radiação ultravioleta ou infravermelha, e também pela exposição excessiva ao sol, caracterizada por ardor e vermelhidão nos olhos, que surgem após algumas horas de trabalho sem a devida proteção. Os profissionais mais vulneráveis são os que trabalham com soldas. Para prevenir, é importante que o trabalhador use sempre óculos protetores. Lombalgia.  A lombalgia (dor nas costas) é uma das grandes causas de incapacidade no trabalho, caracterizada por dor persistente na área lombar (região mais baixa da coluna vertebral, na altura da cintura), podendo até comprometer a mobilidade da região. Em alguns casos, acompanha algum grau de contratura muscular. Para evitar a lombalgia, é bom não carregar peso em excesso e utilizar equipamento de transporte para cargas pesadas.

Principais Doenças Ocupacionais

LER/DORT.  São duas siglas que correspondem à Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho. Tais doenças são decorrentes das relações e da organização do trabalho, em casos onde as atividades ativi dades são realizadas com movimentos repetitivos, com posturas prolongadas, trabalho muscular parado, sobrecarga mental, ritmo intenso de trabalho, pressão por produção, relações conflituosas e estímulo à competitividade. Atinge homens e mulheres em plena fase produtiva, inclusive adolescentes, podendo evoluir para incapacidade parcial ou permanente, como a aposentadoria por invalidez. Os sintomas são dor crônica, sensação de formigamento, dormência e fadiga muscular, devido a alterações dos tendões, musculatura e nervos periféricos. Para prevenir, deve-se fazer pausas regulares e alongamentos e, além disso, a empresa deve fornecer equipamentos adequados para cada atividade.

A seguir, apresentamos as doenças ocupacionais mais comuns no ambiente de trabalho:

PAIR (Perda (Perda Auditiva Induzida Induzid a por Ruído). É a diminuição auditiva decorrente da exposição frequente a níveis elevados de ruído. ruí do. Além da perda auditiva, há o desenvolvimento de ansiedade, irritabilidade, aumento da pressão arterial e isolamento. Tais fatores comprometem as relações do indivíduo na família, no trabalho e na sociedade. A perda de audição induzida por ruído, problema difícil de ser detectado, pode afetar todos os trabalhadores que ficam expostos a ruídos superiores a 85 decibéis por um período de 8 horas por dia. É comum o trabalhador só perceber que sua audição está comprometida quando já perdeu cerca de 50% da capacidade auditiva e não consegue ouvir com perfeição a voz humana. Para prevenir, o trabalhador deve usar protetores auriculares, e o Laboratório 2 - Aula 6

Reumatismo. O reumatismo é um grupo de doenças que causam dor ou impedem o funcionamento de articulações, tendões ou ossos, provocada por exposição à umidade e esforços excessivos. As doenças mais comuns são artrite, reumatoide e a artrose, as quais afetam as cartilagens e articulações, provocando dor, deformação e limitação de movi29

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mentos. Para prevenir, o trabalhador deve usar botas de borracha e roupas feitas de material impermeável. i mpermeável.

tes de calor, provocando sérios problemas à saúde do trabalhador. A insolação pode levar à desidratação, e as queimaduras, a bolhas e vermelhidão. Em alguns casos, a insolação pode provocar tontura, falta de ar, náuseas e dor de cabeça. O trabalhador, para se prevenir, deve usar capacete e beber bastante líquido não alcoolizado, além de utilizar filtro solar e óculos escuros com proteção UV.

Pneumoconiose.  O termo se aplica a um grupo de doenças causadas pela inalação de poeiras. As mais perigosas são as de sílica (produzidas em marmorarias) e as de amianto, encontrado em alguns modelos de telhas de fibrocimento. Os principais sintomas são a falta de ar e tosse. Para prevenir, o trabalhador deve usar máscaras, evitar o uso de produtos com amianto e, no trabalho com mármore, adequar a ferramenta ao corte úmido.

Asma ocupacional. É a obstrução das vias aéreas causada pela inalação de substâncias que causam alergia, como poeiras de algodão, linho, borracha, couro, madeira etc. O quadro é o de asma brônquica, e os pacientes queixam-se de falta de ar, aperto no peito, chieira no peito e tosse, acompanhados de espirros e lacrimejamento lacrimejamento,, surgidos da exposição às poeiras e vapores. É de caráter reversível: os sintomas podem aparecer no local da exposição ou após algumas horas. Desaparecem na maioria dos casos nos finais de semana ou em períodos de férias ou afastamentos.

Intoxicação química. Provocada pela exposição prolongada a componentes químicos agressivos, a intoxicação química pode acontecer durante serviços de pintura e de impermeabilização, por exemplo. Dependendo da substância e do grau de intoxicação, pode haver risco de asfixia por deficiência de oxigênio. Os principais sintomas são fraqueza e náusea. Para evitar a intoxicação química, deve-se seguir a orientação de uso dos produtos indicada pelo fabricante, além de usar máscaras.

Análise de Riscos

Doenças causadas por vírus e bactérias. Acontecem em locais com pouca higiene, ou em ambientes insalubres, contribuindo para a proliferação de doenças transmitidas por bactérias ou vírus. Os principais sintomas, dependendo da contaminação, pode ir desde mal-estar até febre alta. O trabalhador, pare se prevenir, deve usar máscaras e os demais equipamentos de proteção. Dermatite de contato. A dermatite de contato é uma inflamação da pele resultante do contato direto com substâncias que causam reação alérgica ou inflamatória. Acontece mais comumente nas mãos, braços e no rosto, e pode aparecer quando a pessoa tem contato com uma substância irritante pela primeira vez, ou depois de alguma exposição à substância agressora por longo período. Os principais sintomas são coceira na pele e formação de bolhas que podem estourar, formando crostas e descamações (caso a pele não seja tratada, poderá escurecer,, ficando grossa e rachada). Como prevenescurecer ção, o trabalhador deve usar luvas, botas e os demais equipamentos de proteção.

A Análise de Riscos  é uma ação ou documento elaborado pelo técnico em segurança do trabalho, no qual se registram os riscos identificados e analisados no ambiente de trabalho, seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa. Ela é indispensável para a elaboração de outros documentos, como a Ordem de Serviço, e na realização do PPRA, no qual é desenvolvido todo um programa que visa prevenir, minimizar ou eliminar os riscos do ambiente de trabalho; é a partir do PPRA que a medicina do trabalho elabora o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Insolação e queimadura queimadu ra solar. solar. Isso acontece devido à exposição excessiva ao sol, ou outras fonLaboratório 2 - Aula 6

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Veja na sequência um modelo de Análise de Riscos com comentários sobre seu preenchimento, finalizando esta aula sobre doenças ocupacionais.

A Ordem de Serviço   é um documento exigido pela NR-1 que descreve todas as atividades a serem exercidas, bem como os riscos que serão encontrados no ambiente de trabalho, e os cuidados para executar estas atividades. Não existe um modelo padrão para Análise de Riscos. Por isso, vamos mostrar um modelo básico que reúne o mínimo para uma boa Análise de Riscos. Veja os principais passos para a elaboração do documento: 1. Conhecer o processo produtivo, ou seja, como é feito. 2. Conhecer o local de trabalho, equipamentos e matéria-prima utilizada para a produção. 3. Saber a jornada de trabalho de outros trabalhadores do local, isto porque um trabalhador que permanece no local por 4 horas está menos exposto do que outro que trabalha 8 horas. 4. Reconhecer o local de trabalho quanto às condições de luminosidade e de ventilação ventilação,, natural ou artificial, e de limpeza. 5. Identificar os riscos do ambiente de trabalho e, depois, analisá-los, ou seja, saber quais os danos provenientes destes riscos e quais destes podem afetar o trabalhador. 6. Conhecer a base legal em relação aos riscos, pois todos eles estão enquadrados em alguma norma, e há sempre um embasamento legal para ações do profissional de segurança do trabalho. 7. Verificar se os riscos identificados podem ou não causar danos ao trabalhador.

devemos assinalar o • Na primeira coluna, devemos tipo de risco ambiental (físico, químico, biológico, ergométrico ou mecânico). • Na segunda coluna, é definido a fonte/ causa geradora do risco: máquina inadequada, falta de equipamento de proteção, local e postura do trabalhador etc. • Na terceira coluna, assinalar os efeitos, ou seja, as consequências que o riso pode causar ao trabalhador, como desconforto, doença ocupacional, incapacidade incapacidade ou mesmo morte. •  Na quarta coluna, serão assinaladas as medidas ou ações preventivas que devem ser tomadas para minimizar ou eliminar o risco identificado. • Na quinta coluna, os riscos identificados são avaliados e quantificados. Se necessário, assinalar o quanto está exposto o trabalhador trabalhador..

Observações: • Podem existir outros modelos de Análise de Riscos, mais simples ou mais complicados, dependendo do padrão da empresa. reflete no • Uma Análise de Risco mal feita reflete controle médico da saúde ocupacional, colocando em risco a saúde do trabalhador. trabalhador. Equi• Não há como escolher e indicar os Equipamentos de Proteção Individual e mesmo os de proteção coletiva se não tiver conhecimento dos riscos aos quais o trabalhador está exposto em seu ambiente de trabalho. Laboratório 2 - Aula 6

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Aula 7

• Decibelímetro Decibelímetro.. Mede os níveis de pres-

EQUIPAMETOS DE EQUIPAMETOS AVALIAÇÃO AV ALIAÇÃO AMBIE AMBIENT NTAL AL

são sonora que o ouvido recebe ou aguenta no momento acionado; • Termo-higrômetro.  Mede a temperatura e a umidade relativa do ar. • Anemômetro. Usado para medir a velocidade do vento e o fluxo de ar em movimento; mede-se também a temperatura do ar; • Luxímetro. Utilizado para medir a luminosidade de um local. • Termômetro Termômetro de de globo. globo. Usado para medir o calor radiante existente no ambiente de trabalho;

Decibelímetro Também conhecido como medidor de pressão sonora, é um instrumento utilizado para realizar a medição dos níveis de pressão sonora, ou mais especificamente, quantificar a intensidade de ruído, seja ele contínuo ou intermitente ou de impacto. Veja a descrição deste instrumento de medição:

Objetivo. Conhecer os principais equipamentos de avaliação ambiental e seu uso na avaliação quantitativa de agentes mais comuns no ambiente de trabalho. Na disciplina Higiene Ocupacional e Ergonomia, nossos alunos tiveram os conhecimentos necessários para pautar suas ações prevencionistas, tanto qualitativa como quantitativa. Ação qualitativa, como sabemos, é inspecionar o local de trabalho para observar funções, atividades exercidas, características do ambiente laboral e os agentes ambientais existentes no local; por exemplo,, para fazer a avaliação qualitativa de risexemplo co de ruído, basta ir ao local de trabalho para perceber, através do nosso sistema auditivo, a existência deste. Porém, para saber se o nível desse ruído se encontra dentro dos limites de tolerância estabelecidos pela NR-15, é necessário quantificar,, ou seja, atribuir valores e mensurar o risco. tificar ri sco. Nesta aula dedicada a instrumentos de avaliação ambiental, iremos aprender os aspectos básicos do funcionamento e utilização dos principais instrumentos de avaliação quantitativa e que se encontram disponíveis em nosso laboratório para treinamento de nossos alunos. São eles: Laboratório 2 - Aula 7

1. Microfone capacitivo (10 mm); 2. Display ou visor; 3. Botão Liga/Desliga; 4. Botão de iluminação do display; 5. Botão A/C para seleção da curva de resposta; 6. Botão FAST/SLOW para seleção do tempo de resposta; 32

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7. Botão HI/LO para seleção de escalas; 8. Botão MAX/DATA HOLD para registrar o valor máximo e “congelar” a leitura; 9. Espuma de cobertura para quando a velocidade do vento for acima de 10 m/s.

O botão A/C de seleção de curva deve funcionar em conjunto com o botão FAST/ SLOW de seleção do te mpo de resposta. Veja como: quando o botão A/C for acionado para avaliação de ruído contínuo ou intermitente (dBA), deve-se acionar o bo tão FAST/SLOW FAST/SLOW e selecionar o tempo de resposta para a letra S (SLOW), que significa “lento”; se for avaliação de ruído de impacto (dBC), aciona-se o botão FAST/SLOW para letra F (FAST), que significa “rápido”.

Utilizando o instrumento Alguns ajustes devem ser feitos nas teclas antes da avaliação de acordo com os riscos. O botão de iluminação do display só é acionado em ambientes escuros, caso se deseje melhorar a visibilidade do display display..

Acionando o botão FAST/SLOW

O botão HI/LO é utilizado para seleção de escalas, a saber:

HI = 60 a 130 dB LO = 30 a 100 dB

Botão de iluminação do display acionado

O botão A/C seleciona a curva de resposta A para medição de ruído continuo ou intermitente (motores elétricos, compressores, condicionadores de ar etc.) e a curva de resposta C para medição de ruído de impacto (pancada de prensas, bater estaca etc.). Se for medir ruído contínuo ou intermitente, deve-se apertar este botão até aparecer no display o símbolo dBA; para ruído de impacto, faz-se o mesmo até aparecer no display o símbolo dBC.

Portanto, ao pressionar este botão, temos selecionada no display a escala.

Seleção de escala

O botão MAX/DATA HOLD registra o valor máximo e “congela” a leitura no display. Para registrar o valor máximo, basta pressionar este botão uma vez; e para “congelar” a leitura no display, manter o botão pressionado por 2 segundos, e o valor fica estabelecido até que o botão seja novamente acionado.

Medindo ruído de contínuo ou intermitente (dBA) e ruído de impacto (dBC) Laboratório 2 - Aula 7

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Termo-higrômetro É um instrumento para medição de temperatura e da umidade relativa do ar nos ambientes de trabalho. Veja Veja sua descrição a seguir:

Valor máximo registrado

A medição do ruído com o decibelímetro é feita em um dos ouvidos do trabalhador, posicionando-se o instrumento a uma distância de, mais ou menos, 10 cm, com o microfone direcionado para a fonte de ruído e o display voltado para o operador, facilitando a leitura.

1. Sensor de umidade relativa e temperatura ambiente; 2. Display ou visor; 3. Botão MAX/MIN para modo de registro Máximo e Mínimo da temperatura ou umidade; 4. Botão %RH/°C/°F para selecionar entre RH%, °C e °F; 5. Botão Liga/Desliga; 6. Botão para acionar a iluminação do display.

Utilizando o instrumento O botão MAX/MIN de registro da temperatura ou umidade nos permite, quando pressionado uma vez, entrar em modo de registro Máximo e Mínimo, começando a exibir no display o maior valor encontrado e o símbolo MAX. Pressionado novamente, será exibido no display o valor mínimo com o símbolo MIN. Utilizamos este botão tanto nas medições de temperatura como de umidades.

Posição correta para medição com decibelímetro

Pode-se optar por fazer um teste preliminar, fazendo a medição nos dois ouvidos do trabalhador. O que demonstrar maior quantidade de dB será o escolhido para a avaliação final. No caso de empate, optar por qualquer um dos ouvidos. Laboratório 2 - Aula 7

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Registro máximo e mínimo da temperatura ou umidade do ambiente

O botão %RH/°C/°F é pressionado para medir temperaturas de 20 a 60 °C ou de 4 a 140 °F, além da umidade relativa de 0 a 100%. A cada toque no botão, aparece no display as seguintes indicações:

Medição máxima e mínima do ambiente

Se a avaliação for de temperatura, aciona-se o botão %RH/°C/°F e verifica-se o resultado da medição, neste caso, em °C. Se acionado o botão MAX/MIN, o valor permanece igual, portanto, sem alteração do máximo e do mínimo.

Indicações do botão %RH/°C/°F

Há também o botão para iluminar o display em ambientes escuros, igual ao mostrado no aparelho anterior. É importante saber que, segundo a NR17, os valores ideais de conforto nos ambientes de trabalho são para temperaturas entre 20 e 23 °C; e para umidade relativa, o valor não poderá ser inferior a 40%. Assim, valores apurados fora dessas recomendações devem ser evitados. Para iniciar as medições, ligamos o instrumento pressionando o botão Liga/Desliga que, neste caso, está medindo 56,7% de umidade relativa. Se acionar o botão MAX/MIN para Máximo, aparece 56,8%. Logo, temos 56,7% para mínima e 56,8% para máxima. Laboratório 2 - Aula 7

Valor sem alteração 35

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Anemômetro

Observação. M/S, FP FPM M, KPH, MPH e KN KNT T são as unidades de medidas da velocidade do ar.

O anemômetro é um instrumento para medir a velocidade do ar em várias unidades de medida, como segue:

Uso do instrumento

M/S – metros por segundo FPM – pés por minuto KPH – quilômetro por hora MPH – milhas por hora KNT – milhas por hora náuticas

Ao pressionar o botão Liga/Desliga para ligar o aparelho, mantê-lo na área onde será feita a medição, devendo estar com a indicação da unidade M/S no display.

Para nós, no entanto, só interessa a medida por M/S, que é a unidade de medida estabelecida pela NR-17, sabendo que a velocidade do ar em ambientes do trabalho não pode ser superior a 0,75 m/s. O instrumento possui dois botões, fotocélula para iluminação automática do fundo do display e várias indicações neste. Veja a descrição do instrumento: Anemômetro ligado

O número que aparece no display, neste caso, é de 1,42 m/s, como podemos ver na figura a seguir:

1. Ventoinha; 2. Botão Liga/Desliga; 3. Iluminação automática do visor; 4. Indicação de baixo consumo de energia (bateria); 5. Numeração da medida; 6. Unidades de medida; 7. Botão MAX/AVG; 8. Indicação MAX (velocidade máxima); 9. Indicação AVG (velocidade média). Laboratório 2 - Aula 7

Valor encontrado ao utilizar o anemômetro

Observa-se que o valor máximo apresentado no display é de 1,42 m/s, superior ao que estabelece a NR-14, que é de 0,75 m/s. Acionando o botão MAX/AVG, alterna-se a velocidade entre máxima e média, como podemos ver a seguir: 36

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O botão de seleção de unidade deve permanecer sempre em lux (lx), que é a unidade padrão internacional. Na chave de Função/Escala/ Liga/Desliga, as escalas apresentadas no instrumento são as seguintes:

fc – 200, 2.000, 20.000, 50.000 Observação. A foot-candle (fc) equivale a 10,76 lux, e somente é usada em países saxões. Apenas como referência, damos alguns níveis de iluminamento recomendados, recomendados, constantes no manual do luxímetro:

Alternando a velocidade entre máxima e mínima

Luxímetro

Luminosidade recomendada: • Sala de conferência, recepção: 200 - 750 • Escritório: 700 – 1.500 • Sala de projetos: 1.000 – 2.000 • Linha de produção e trabalhos visuais: 300 – 750 • Trabalho Trabalho de inspeção: 750 – 1.500 • Linha de montagem de peças eletrônicas: 1.500 – 3.000 • Seção de embalagens e área de passa gem: 150 – 300 • Áreas públicas e vestuário: 100 – 200 • Recepção de hotel: 200 – 500 • Caixa: 750 – 1.000 • Corredores e escadas interiores: 150 – 200 • Vitrine de loja e seção de empacotamento: 750 – 1.500 • Vanguarda: Vanguarda: 1.500 – 3.000 • Enfermaria e almoxarifado: 100 – 200 • Consultório médico: 300 – 750 • Sala de operações e pronto-socorro: 750 – 1.500 • Auditório e ginásio interno: 100 – 300 • Sala de aula: 200 – 750 • Laboratório, biblioteca e sala de projetos: 500 – 1.500

O luxímetro é um instrumento para medir a luminosidade (ou iluminamento) dos ambientes de trabalho. Segundo a NR-17 (Ergonomia), os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos mais diferent diferentes es ambientes de trabalho devem ter os valores estabelecidos pela NBR ISO CIE 8995-1 de 2013 – que substitui a NBR 5413, cancelada em 2013, mas citada ainda na NR-17. Veja a descrição do instrumento:

1. Display ou visor; 2. Botão MAX; 3. Chave de Função/Escal Função/Escala/Liga/Desliga; a/Liga/Desliga; 4. Botão de seleção de unidade; 5. Botão HOLD; 6. Elemento fotossensor (fotodiodo de silício com filtro). Laboratório 2 - Aula 7

Uso do instrumento Para ligar o luxímetro, devemos girar a chave de Função/Escala/Liga/Desliga da posição OFF (desligada) para um dos valores da escala lux. Em geral, coloca-se em 2.000, que é o valor ideal para a maioria das medições. 37

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no display um valor quantificando o ambiente, acionamos este botão para congelar o valor medido, facilitando a leitura e eventual anotação. Neste caso, temos como valor encontrado 540 lux. Acionado novamente o botão HOLD, o instrumento volta a registrar valores de luminosidade no ambiente.

Ligando o luxímetro

Se ao selecionar um valor aparecer no display o valor 01, isso é sinal de que a escala selecionada é inferior à desejada para a leitura. Neste caso, devemos selecionar um valor maior. Vamos exemplificar fazendo a medição sobre uma mesa de trabalho de escritório: Valor de 540 lux encontrado após acionar o botão HOLD

1. Colocamos o instrumento sobre a mesa de forma que fique firme e receba a luz na perpendicular. 2. Feito isso, removemos a tampa protetora do fotossensor.

4. O botão MAX congela no display o maior valor medido, e o display atualiza a exibição a cada nova medição. Acionamos este botão para obtermos o valor máximo registrado no período em que o aparelho esteve em operação. Neste caso, temos 543 lux.

Tampa removida do fotossensor

O elemento fotossensor deverá permanecer sempre protegido (tampado) quando não estiver em uso.

Valor 543 lux encontrado após acionar o botão MAX.

5. Concluída a medição, devemos cobrir com a tampa protetora o fotossensor e retornar a chave de função (seletor na posição OFF), e assim, deligamos o instrumento.

3. O botão HOLD congela o valor medido no display e o mantém até que se pressione o botão novamente. No momento em que aparecer Laboratório 2 - Aula 7

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Termômetro de Globo

1. Globo negro – sensor de temperatura 2. Sensor de RH e temperatura com cobertura protetora 3. Display LCD 4. /SET (ligar) 5. NEXT (seguinte) 6. MODE/ (Modo) 7. Interface RS-232 8. Compartimento da bateria (na parte de trás)

Termômetro de globo, também conhecido como medidor WBGT (Web Bulb Globe Temperature  – Temperatura de Globo de Bulbo Úmido) de estresse térmico, mede e exibe a Temperatura de Globo de Bulbo Úmido (WBGT) – ou Índice de Estresse Térmico –, que é como se sente quando a umidade é combinada com temperatura, movimento do ar e luz solar direta ou irradiante; a Temperatura de Globo Preto (TG), que monitora os efeitos de irradiação solar direta sobre uma superfície exposta; a Temperatura do Ar (TA); e a Umidade Relativa (UR); fazendo-se a seleção das unidades °F/°C. É um instrumento muito utilizado para medir o índice de calor na construção civil, fundição de ferro e aço, olarias, instalações de vidro, caldeiras, locais de mineração, treinamento militar, militar, maratonas, atividades na praia etc. Veja as principais características:

Utilizando o instrumento Uma vez ligado o termômetro de globo, aparecerá no monitor a seguinte simbologia:

Onde: • WBGT: Temperatura de Globo de Bulbo Úmido; • TG: Temperatura de Globo Preto; • TA: Temperatura do Ar; • %RH: Umidade Relativa; • C/F: Celsius/Fahrenheit; • IN: Interno (sem sol); • OUT: Externo (com sol); : Indicador de pilha fraca; •  DP/REC1888: Ícones vazios (neste modelo de instrumento). •

Veja o passo a passo da utilização deste instrumento: 1. Pressione o botão gar o instrumento; Laboratório 2 - Aula 7

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/SET para ligar/desliInstituto Universal Brasileiro

2. Deslize para baixo a capa protetora do sensor antes de fazer medições; 3. Pressione o botão MODE/ para selecionar o modo de exibição desejado: Índice de Temperatura Temperatura de Globo de Bulbo Úmido (WBGT); Temperatura do Ar (TA); Temperatura de Globo Negro (TG); Umidade Relativa (RH). Feito isso, aparecerá um ícone no monitor indicando a seleção atual dessas medições; 4. Para selecionar as unidades de temperatura (°F ou °C), pressione simultaneamente e libere os botões MODE/ e NEXT que aparecerá o ícone F ou C no monitor; 5. O instrumento mede o índice WGBT com OUT (com exposição direta ao sol) ou IN (sem exposição direta ao sol). Segure o botão MODE/ por mais 1 segundo para alternar entre os ajustes. O ícone OUT ou IN aparecerá no monitor.

Índice de calor / Desordens de calor

Exemplo de medição Índice de calor

1. Com o instrumento ligado (botão /SET /SET),), abaixe a capa protetora dos sensores de RH e aguarde alguns minutos para que o aparelho entre em modo de medição, ou seja, os termômetros começam a quantificar o calor irradiado. 2. Apertando-se a tecla MODE/ , selecione o modo de exibição TA, TG, WBGT e %RH. Se a quantificação for em ambiente interno, sem incidência solar, selecione IN (interno); se for em ambiente com incidência solar, selecione ON (externo). 3. Depois, escolher a unidade desejada: °C para celsius ou °F para Fahrenheit. Veja nas imagens seguintes como a tela do instrumento mostra as medições:

54,4 °C ou maior

40,5 a 54,4 °C

32,2 a 40,5 °C

26,6 a 32,2 °C

Possíveis desordens de calor para pessoas em grupos de maior risco Insolação altamente provável com exposição continuada. Insolação, cãibras térmicas ou exaustão térmica provável , e insolação possível com exposição prolongada e/ou atividade física. Insolação, cãibras térmicas e exaustão térmica possível com exposição prolongada e/ ou atividade física. Fadiga possível com exposição prolongada e/ou atividade física.

Observação. Índice de Bulbo Úmido-Temperatura de Globo é a tradução da sigla em inglês WBGT (Web Bulb Globe Temperature). O cálculo do IBUTG (Índice de Bulbo ÚmidoTemperatura de Globo) é feito através das seguintes equações: (a) para ambientes internos ou externos sem carga solar direta: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg; (b) para ambientes externos com carga solar diretbn n ta: IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs. Onde: tb = temperatura de bulbo úmido natural em °C; tg = tbss = temperatura de temperatura de globo em °C; tb bulbo seco (temperatura do ar) em °C. Laboratório 2 - Aula 7

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Cálculo de Ruído Contínuo e Intermitent Intermitentee

Portanto, com este resultado, a exposição do trabalhador é superior ao limite de tolerância 1. Para esta condição, o trabalhador deverá usar protetor auricular tipo plugue ou tipo concha, que são os EPIs recomendados. Para transformar esse valor em porcentagem, basta multiplicar este resultado por 100. Veja:

Já aprendemos a usar o decibelímetro decibelím etro no início desta aula para quantificar o ruído. Agora, vamos ver agora como calcular a dose de ruído, assunto já estudado na disciplina Higiene Ocupacional e Ergonomia (Módulo 2). Para isso, temos a seguinte fórmula para se calcular o ruído a que está exposto o trabalhador em seu ambiente de trabalho, seja esta exposição única ou variável:

1,07 x 100 = 107% Observa-se que, neste caso, de forma individual, o trabalhador não está exposto a ruído acima do limite de tolerância, mas, de forma con junta, está exposto, pois 1,07 ou 107% são superiores a 1 ou 100%. Para calcular o nível médio a que está exposto este trabalhador, utilizamos a fórmula de valor de Leq (Equivalent Level ):):

C1 + C2 ... Cn = >1 (unidade) T1 T2 Tn

Onde: C = Tempo de exposição T = Tempo máximo permitido pelo Anexo 1 da NR-15

 + Lc  Leq = log %dose . Tc   . N  + 100 . T 

(

Para exemplificar, vamos supor um trabalhador exposto ao ruído de 85 dB durante 8 horas de trabalho. Consultando Consultando o Anexo 1 da NR-15, veve rifica-se que o tempo máximo para 85 dB é de 8 horas. Assim, temos:

)

Onde: Lc  = Nível de critério utilizado: 85 dB (NR-15). %dose = Valor em porcentagem dose. Tc = Constante de tempo de 8 horas. T = Tempo de medição de ruído. N = Valor padrão para cada norma: 16,61 (NR-15).

C = 8h 8h C = 1 (o resultado 1 não é insalubre, porque não ultrapassa o limite de tolerância)

Vamos para o cálculo:

Caso o trabalhador esteja exposto a dois ou mais níveis de ruído, por exemplo, 4 horas ao nível de 86 dB e outras 4 horas ao nível de 85 dB, consultando o Anexo 1, temos para 86 dB o limite de tolerânci a de 7 horas, e para 85 dB o limite de 8 horas. Utilizando a fórmula, temos:

Leq = log 107 . 8  . 16,61 + 85

(100 . 8) Leq = log (856) . 16,61 + 85 800

Leq Le q = log (1,07) . 16,61 + 85 Leq = 0,0294 . 16,61 + 85

N mantissa 100 000000 1 06 1 07 1 08

025306 029384 033424

Leq = 0,5 + 85

C1 + C2 = T1 T2

Leq = 85,5 dB(A)

4+4= 7 8

Como na tabela de ruído não temos um valor fracionado, vamos arredondar o resultado para 86 dB(A), que é o valor médio.

0,57 + 0,5 = 1,07 Laboratório 2 - Aula 7

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Aula 8

Veja aqui as principais funções de quem está prestando socorro: • Contatar o serviço de atendimento emergencial. • Fazer o que deve ser feito no momento certo, a fim de salvar uma vida e prevenir danos maiores. acidentado vivo até a chegada chegada • Manter o acidentado do atendimento. serenidade diante da • Manter a calma e a serenidade situação, inspirando confiança. •  Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado acidentado.. • Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado, afastando-as do local do acidente, evitando assim causar o chamado “segundo trauma”, isto é, não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes. informações para o serviço • Ser o elo das informações de atendimento emergencial. • Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de atendimento, avaliando seus limites físicos e de conhecimento.

PRIMEIROS SOCORROS

Objetivo.  Apresentar informações capazes de orientar o profissional e ajudar a identificar medidas iniciais e imediatas em situações de emergência. Podemos definir como primeiros socorros medidas iniciais e imediatas que devem ser prestadas a uma pessoa vítima de acidentes ou de mal súbito fora do ambiente hospitalar, cuja finalidade é manter as funções vitais e evitar agravamento de suas condições, aplicando-se medidas e procedimentos até a chegada de assistência qualificada. Qualquer pessoa treinada pode prestar os primeiros socorros, e isso depende de conhecimentos básicos, teóricos e práticos por parte de quem os está aplicando. O restabelecimento da vítima de um acidente, seja qual for sua natureza, dependerá muito do preparo psicológico e técnico da pessoa que prestar o atendimento atendimento.. Ações valem mais do que as palavras, por isso, deve-se conduzir com os procedimentos de primeiros socorros com serenidade, compreensão e confiança, proporcionando bem-estar, evitando assim agravamento das lesões existentes. Manter a calma e o próprio controle é igualmente importante. Muitas vezes, o ato de informar ao acidentado sobre seu estado, sua avaliação ou mesmo a situação em que se encontra deve ser avaliado com ponderação para não causar ansiedade ou medo desnecessários. O tom de voz tranquilo e confortante dará à vítima sensação de confiança na pessoa que o está socorrendo. Laboratório 2 - Aula 8

O profissional não médico deverá ter como princípio fundamental de sua ação a importância da primeira e correta abordagem ao acidentado, lembrando que o objetivo é atendê-lo e mantê-lo com vida até a chegada de socorro especializado, ou até a sua remoção para atendimento.

Etapas Básicas de Primeiros Socorros

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Avaliação do local do acidente

•  Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria (igualdade entre as pupilas). • Temperatura do corpo: observação e sensação de tato na face e extremidades. consciente, per• Caso o acidentado esteja consciente, guntar por áreas dolorosas no corpo e incapacidade funcionais de mobilização. • Verificar também se há lesão no tórax, se há dor quando respira ou se há dor quando o tórax é levemente comprimido. comprimido. acidentado de choque • Não permitir que o acidentado elétrico ou traumatismo violento tente se levantar prontamente, achando que nada sofreu.

No local do acidente, deve-se assumir o controle da situação e proceder a uma rápida e segura avaliação da ocorrência, tentando obter o máximo de informações possíveis sobre o ocorrido. Dependendo das circunstâncias do acidente, é importante também evitar o pânico e procurar a colaboração de outras pessoas, dando ordens breves, claras, objetivas e concisas; e manter os curiosos afastados para evitar confusão e ter espaço onde se possa trabalhar da melhor maneira possível; além de ser ágil e decidido, observando rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando o socorro como fios elétricos soltos e desencapados, tráfego de veículos, andaimes, vazamento de gás etc. Sempre que possível, deve-se manter o acidentado deitado de costas até que seja examinado, e até que se saiba quais os danos que sofreu. Não se deve alterar a posição em que se acha o acidentado, sem antes refletir cuidadosamente sobre sob re o que aconteceu e qual a conduta mais adequada a ser tomada. Caso o acidentado esteja inconsciente, colocar sua cabeça em posição lateral antes de proceder à avaliação de seu estado geral.

Quando o acidentado está inconsciente

Devemos lembrar da importância de manter a calma do acidentado na prestação dos primeiros socorros, pois o estado geral dele pode se agravar caso esteja com medo, ansioso e sem confiança em quem está cuidando.

Avaliação do estado geral de um acidentado

O acidentado inconsciente é uma preocupação, pois, além de se ter poucas informações sobre o seu estado, podem surgir complicações devido à inconsciência. O exame nesta situação deve ser igual ao do acidentado consciente, mas com cuidados redobrados, pois os parâmetros de força e capacidade funcional não poderão ser verificados. O primeiro cuidado é manter as vias respiratórias superiores desimpedidas, fazendo a extensão da cabeça, ou mantê-la em posição lateral para evitar aspiração ou vômito.

A avaliação e exame do estado geral de um acidentado devem ser rápida e sistemática, observando as seguintes prioridades: •  Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas como nome, idade etc. •  Respiração: movimentos torácicos e abdominais com entrada e saída de ar normalmente pelas narinas e boca. • Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do sangue que se perde, e se é arterial ou venoso. Laboratório 2 - Aula 8

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Sinais Vitais

Variação de Temperatura Temperatura do Corpo Estado Térmico Temperatura (ºC) Subnormal 34-36 Normal 36-37 Estado febril 37-38 Febre 38-39 Febre alta (pirexia) 39-40 Febre muito alta (hiperpirexia) 40-41 Variação de temperatura do corpo humano

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

A avaliação da temperatura é uma das maneiras de identificar o estado de uma pessoa, pois, em algumas emergências, a temperatura muda muito. Podemos verificar a temperatura via oral ou axilar. •  Via oral.  A temperatura média varia de

36,2 a 37 °C. O termômetro deve ficar por cerca de 3 minutos sob a língua com o paciente sentado, reclinado ou deitado. • Via axilar. A via axilar é mais sujeita a fatores externos, cuja temperatura média varia de 36 a 36,8 °C. O termômetro deve ser mantido sob a axila seca por cerca de 3 a 5 minutos, com o paciente sentado, reclinado ou deitado. Há ocasiões em que não se pode verificar a temperatura de uma acidentado: inconsciente; • Quando a vítima está inconsciente; •  Quando a vítima apresenta queimaduras no tórax; inflamatórios na axila; • Processos inflamatórios membros superiores. • Fratura dos membros

Os sinais vitais são aqueles que indicam a existência de vida e que podem ser facilmente percebidos, deduzindo-se que, na ausência deles, existem alterações vitais do corpo. São reflexos ou indícios que permitem concluir sobre o estado geral de um acidentado. Os sinais sobre o funcionamento do corpo humano são conhecidos como temperatura corporal, pulso, respiração e pressão arterial. ar terial.

Podemos verificar a temperatura do corpo sem o uso do termômetro, colocando a mão na testa ou no pescoço do acidentado e sentir se está quente, verificando se a pele está avermelhada ou ainda se a pessoa está tremendo e suando.

Temperatura corporal A temperatura do corpo resulta do equilíbrio térmico mantido entre o ganho e a perda de calor pelo organismo, sendo um importante indicador da atividade metabólica, já que o calor obtido nas reações metabólicas se propaga pelos tecidos e pelo sangue circulante. Veja as variações térmicas no quadro a seguir, lembrando que o corpo humano apresenta uma temperatura média normal que varia de 35,9 a 37,2 °C. Laboratório 2 - Aula 8

Pulso O pulso é a onda de distensão de uma artéria transmitida pela pressão que o coração exerce sobre o sangue. Esta onda é perceptível pela palpação de uma artéria e se repete com regularidade,, segundo as batidas do coração. regularidade 44

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• O pulso carotídeo  é o pulso sentido na artéria carótida que se localiza em cada lado do pescoço. Para isso, posiciona-se os dedos sem pressionar muito para não comprimir a artéria e impedir a percepção do pulso, como podemos ver na figura a seguir:

Há uma relação direta entre a temperatura do corpo e a frequência do pulso. Em geral, para cada grau de aumento de temperatura, existe um um aumento no número de pulsações por minuto (cerca de 10 pulsações). Existe uma variação média de pulsação conforme a idade, como podemos ver no quadro abaixo: Pulso Normal

Faixa Etária

6 0 -7 0 bp m

Homens adultos

7 0 -8 0 bp m

Mulheres adultas

8 0 -9 0 bp m

Crianças acima de 7 anos

8 0 -12 0 bpm

Crianças de 1 a 7 anos

11 0 -13 0 bpm

Crianças abaixo de um ano

13 0 -16 0 bpm

Recém-nascidos

Variação de frequência de pulso

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Pulso carotídeo

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

A alteração na frequência do pulso denuncia alteração na quantidade de fluxo sanguíneo. Através do pulso, ou das pulsações do sangue dentro do corpo, é possível avaliar se a circulação e o funcionamento do coração estão normais ou não. No corpo humano, é possível sentir os pulsos da corrente sanguínea por meio radial ou por meio carotídeo.

Na prática, a artéria radial e carótida são mais fáceis para a localização do pulso, mas há outros pontos que não devem ser descartados, como podemos ver na figura abaixo:

• O pulso radial  pode ser sentido na parte da frente do punho. Para isso, devemos usar as pontas de dois ou três dedos levemente sobre o pulso da pessoa do lado correspondente ao polegar, como podemos ver na figura a seguir:

Localização de pontos para verificação de pulso

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Pulso radial

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz Laboratório 2 - Aula 8

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Pressão arterial

Pode-se sentir o pulso com facilidade. Para isso: acomodar o braço do acidentado • Procure acomodar em posição relaxada. indicador, médio e anular sobre sobre a • Usar o dedo indicador, artéria escolhida para sentir o pulso, fazendo uma leve pressão sobre qualquer um dos pontos onde se pode verificar mais facilmente o pulso de uma pessoa. correr o risco • Não usar o polegar para não correr de sentir suas próprias pulsações. • Contar no relógio as pulsações num período de 60 segundos. Neste período, deve-se procurar observar a regularidade, a tensão, o volume e a frequência do pulso.

A pressão arterial é a pressão do sangue que depende da força de contração do coração, do grau de distensibilidade do sistema arterial, da quantidade de sangue e su a viscosidade. A pressão varia com a idade. Por exemplo, uma pessoa com a idade entre 17 e 40 anos apresenta pressão de 140 x 90 mmHg;  já ent entre re 41 e 60 ano anos, s, uma pre press ssão ão de 150 x 90 mmHg. A pessoa com pressão arterial alta sofre de hipertensão e apresenta, dentro de certos critérios de medição, pressão arterial mínima acima de 95 mmHg e máxima acima de 160 mmHg; já uma pressão muito baixa (hipotensão) é aquela em que a pressão máxima chega a baixar até 80 mmHg. No quadro abaixo, apresentamos exemplos de condições que alteram a pressão arterial:

Recomenda-se não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso impede que se percebam os batimentos.

Respiração A observação e identificação do estado da respiração de um acidentado é conduta básica no atendimento de primeiros socorros. Muitas doenças, problemas clínicos e acidentes de maior ou menor proporção alteram parcialmente ou completamente o processo respiratório respiratório.. Deve-se saber identificar se a pessoa está respirando e como está respirando. Secreções, vômitos, corpo estranho, edema e até mesmo a própria língua são alguns fatores que podem ocasionar a obstrução das vias aéreas, produzindo asfixia que, se prolongada, resulta em parada cardiorrespiratória. A respiração pode ser basicamente classificada por tipo e frequência. O quadro a seguir apresenta a classificação da respiração quanto ao tipo:

Respiração que se processa por movimentos regulares, sem dificuldades, na frequência média.

Apneia

É a ausência dos movimentos respiratórios. Equivale à parada respiratória.

Dispneia

Dificuldade na execução dos movimentos respiratórios.

Bradipneia

Diminuição na frequência média dos movimentos respiratórios.

Taq aqu uip ipn nei eiaa

Aceleração do dos mo movimentos re respiratórios.

Or topneia

O acidentado só respira sentado.

Hiperpneia ou hiperventilação

É quando ocorre o aumento da frequência e da profundidade dos movimentos respiratórios.

Sono / Repouso

Convulsões

Hipotireoidismo

Hipertireoidismo

Hemorragia grave

Arteriosclerose

Condições que aumentam e diminuem a pressão arterial

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Sinais de apoio Sinais são indicadores das funções básicas do corpo. Os vitais são verificados por reflexos ou indícios de vida. Além dos sinais vitais apresentados, existem outros que devem ser observados para obtenção de mais informações sobre o estado de saúde de um acidentado, como dilatação e reatividade das pupilas; cor e umidade da pele; estado de consciência; e motilidade e sensibilidade do corpo. Os sinais de apoio devem ser analisados  junto com os sinais vitais, já que tendem a piorar nos casos de declínio do estado geral de saúde.

Tipos de respiração

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz Laboratório 2 - Aula 8

Aumenta a Pressão Digestão Excitação emocional

Anemia grave

Tipos de respiração Eupneia

Diminui a Pressão Menstruação Gestação

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Parada Cardiorrespiratória

Veja a seguir, através do quadro abaixo, os procedimentos descritos para verificação de uma vítima de parada cardiorrespiratória.

A parada cardíaca é a interrupção repentina da função de bombeamento cardíaco, que pode ser constatada pela falta de batimentos, pulso ausente e ainda quando houver dilatação nas pupilas (menina dos olhos). Já parada respiratória é a cessação total da respiração devido à falta de oxigênio e excesso de gás carbônico no sangue, cujos sinais são a ausência de movimentos respiratórios, unhas e lábios roxos, ausência de pulso e batimentos cardíacos e pupilas dilatadas.

Procedimentos Procediment os para verificação de uma vítima de parada cardiorrespiratória

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

A pessoa que está socorrendo uma vítima de parada cardiorrespiratória deve se ajoelhar ao lado do acidentado, de modo que seus ombros fiquem diretamente sobre o esterno da vítima.

A rápida identificação da parada cardiorrespiratória é essencial para o salvamento de uma vida potencialmente em perigo. Uma parada respiratória não resolvida leva o acidentado à parada cardíaca devido à hipóxia (falta de ar) cerebral e do miocárdio.

Desobstrução manual das vias aéreas Há duas manobras recomendadas para a desobstrução manual das vias aéreas:

Antes de efetuar os procedimentos de respiração boca a boca e de massagem cardíaca (veremos a seguir) em uma vítima vít ima com parada cardiorrespiratória, devemos efetuar os seguintes procedimentos:

conhecida como manobra dos • A primeira é conhecida dedos cruzados, em que se deve pressionar o dedo indicador contra os dentes superiores e o polegar (cruzado sobre o indicador) contra os dentes inferiores.

• Deitar a vítima de cabeça para cima, sobre uma superfície plana; • Levantar o queixo da vítima e posicionar sua cabeça de forma a esticar o pescoço, forçando-o para cima; •  Abrir as vias aéreas e retirar objetos que possam impedir a entrada de ar pela boca (dentadura e pontes, por exemplo); respiração, ventilar • Se estiver com falta de respiração, duas vezes e palpar o pulso; • Caso obtenha resposta negativa, iniciar a respiração boca a boca e a massagem torácica. Laboratório 2 - Aula 8

Manobra dos dedos cruzados

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz 47

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• A segunda é a manobra de levantamento língua/mandíbula, que deve ser feita com a vítima relaxada, introduzindo o polegar dentro da sua boca e garganta. Com a ponta do polegar, levanta-se a base da língua e, com os dedos, segura-se a mandíbula ao nível do queixo, trazendo-a para frente.

Respiração boca a boca

Respiração boca a boca

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Massagem cardíaca

Para iniciar a respiração boca a boca, devemos obedecer a seguinte sequência: • Deitar a vítima de costas; •  Desobstruir as vias aéreas, removendo prótese dentária (caso haja) e limpando sangue ou vômito; • Colocar uma das mãos sob a nuca da vítima e a outra mão na testa; •  Inclinar a cabeça da vítima para trás até que o queixo fique em um nível superior ao do nariz, de forma que a língua não impeça a passagem de ar, mantendo-a nesta posição; • Fechar bem as narinas da vítima, usando os dedos polegar e indicador da mão que foi colocada anteriormente na testa do acidentado; • Inspirar profundamente e continuar o procedimento, repetindo o movimento tantas vezes quanto necessário (cerca de 15 vezes por minuto) até a chegada da assistência médica; •  Se a respiração da vítima não tiver sido restabelecida após as tentativas dessa manobra, ela poderá vir a ter parada cardíaca, tornando necessária a aplicação de massagem cardíaca. Laboratório 2 - Aula 8

A massagem cardíaca externa, ou compressão torácica, é o método efetivo de ressuscitação cardíaca que consiste em aplicações rítmicas de pressão sobre o tórax. O aumento generalizado da pressão no interior do tórax e a compressão do coração fazem com que o sangue circule. Para realizar a massagem cardíaca, deve-se proceder da seguinte maneira: •  Deitar o acidentado de costas, como no procedimento de respiração boca a boca; de joelhos ao lado da vítima • Posicionar-se de e num plano superior; espalmadas, uma sobre a • Colocar as mãos espalmadas, outra, em cima do tórax da vítima; • Pressionar energicamente o tórax da vítima: para isso, colocar o peso do seu próprio corpo sobre as suas mãos para aplicar a compressão. A força a ser aplicada dependerá da estrutura física da vítima. 48

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O quadro a seguir dá as frequências consideradas ideais para o trabalho de ressuscitação combinada de respiração boca a boca e massagem cardíaca externa com uma ou duas pessoas socorrendo. Frequência das Manobras de Ressuscitação Cardiorrespiratóri Cardiorrespiratóriaa Obs.: iniciar as manobras sempre com 4 respirações Nº de socorristas

Quantidade de respirações

Quantidade de compressões

1 pessoa

2 (boca a boca)

15

2 pessoas

1 (boca a boca)

5

Frequência das manobras de ressuscitação cardiorrespiratória

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Reavaliação do acidentado Massagem cardíaca externa

Feita a respiração boca a boca e a massagem cardiorrespiratória no acidentado e constatar a ressuscitação, deve-se observar o seguinte:

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

A aplicação de massagem cardíaca externa pode trazer consequências graves, muitas vezes fatais, como fraturas de costelas e do esterno, separação condrocostal, ruptura de vísceras, contusão miocárdica e ruptura ventricular. Essas complicações podem ser evitadas se a massagem for realizada com a técnica correta.

• Verificar o pulso após um minuto de ressuscitação, e depois, a cada três minutos;

presença de respiração eficaz; eficaz; • Verificar a presença • Manter a vítima sob observação.

Erros comuns na ressuscitação cardiorrespiratória

Não se podem cessar as massagens por muito tempo, pois a corrente sanguínea produzida pela compressão externa é inferior à normal, representando apenas de 40 a 50% da circulação normal. Portanto, qualquer interrupção maior no processo diminuirá a afluência de sangue no organismo.

incorreta das mãos; • Posição incorreta •  Profundidade de compressões inadequadas; • Incapacidade de manter um selamento adequado ao redor do nariz e da boca durante a ventilação; • Dobrar os cotovelos ou joelhos durante as compressões, levando ao cansaço; •  Ventilações com muita força e rapidez, levando à distensão do estômago; •  Incapacidade de manter as vias aéreas abertas; atendimento es• Não ativação rápida do atendimento pecializado.

Massagem cardíaca combinada com respiração boca a boca A massagem cardíaca deve ser aplicada em combinação com a respiração boca a boca. Para isso, o ideal seria conseguir alguém que ajude para que as manobras não sofram interrupções devido ao cansaço. Para cada trinta massagens cardíacas, devemos soprar duas vezes na boca da vítima, enchendo-lhe os pulmões de ar. Laboratório 2 - Aula 8

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Ferimentos

Ao se deparar com um ferimento, os principais procedimentos para limpeza são estes: 1. Lavar bem as mãos com água e sabão; 2. Lavar abundantemente a ferida com água limpa e sabão. Se possível, lavar com água morna; 3. Cuidado ao retirar sujeira. Não esfregar os ferimentos para não piorar a solução de continuidade da pele, e não remover possíveis coágulos existentes; 4. Cobrir com gaze estéril para secar, limpando a ferida no sentido de dentro para fora, para não levar microrganismos para dentro; 5. Colocar compressas de gaze sobre a ferida. Fazer uma atadura ou bandagem sobre o ferimento com curativo.

Os ferimentos são lesões que surgem sempre que existir um traumatismo, seja em que proporção for, desde um pequeno corte ou escoriação de atendimento doméstico até acidentes violentos com politraumatismo e complicações. Todos os ferimentos, logo que ocorrem, causam dor, originam sangramentos e são vulneráveis a infecções. Essas lesões apresentam solução de continuidade dos tecidos e provocam o rompimento da pele e, conforme seu tipo e profundidade, causam rompimento das camadas de gordura e de músculo. Veja a seguir as principais causas de ferimentos:

Em qualquer forma de atendimento a ferimentos provocados por qualquer tipo de acidente, deve-se conduzir da seguinte maneira: • Parar ou controlar qualquer tipo de hemorragia; prevenir o estado de choque; • Cuidar e prevenir • Não tentar retirar farpas, cacos de vidro ou partículas de metal do ferimento, a menos que saiam facilmente durante a limpeza; ferimento com os dedos nem • Não toque no ferimento com lenços usados ou outros materiais sujos; • Proteger o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo, sem apertar; • Mudar o curativo quantas vezes for necessário para mantê-lo limpo e seco; • Não aplicar algodão ou esparadrapo sobre qualquer ferimento, pois se desmancha e pode prejudicar o ferimento; •  Procurar auxílio especializado com urgência, nos casos de lesões graves, e encaminhar a vítima para atendimento especializado; • Não se aplicam medicamentos sobre os ferimentos. O uso de medicamentos tópicos é restrito ao pessoal médico ou sob sua prescrição autorizada. A mesma observação é válida para o uso de antibióticos ou de qualquer substância via oral.

• Ferimentos incisos. Provocados por ob-

 jetos cortantes, têm bordas regulares e causam sangramento de variados graus, devido ao seccionamento dos vasos sanguíneos e danos a tendões, músculos e nervos. •  Ferimentos contusos.  Também chamados de lacerações, são lesões teciduais de bordas irregulares, provocados por objetos rombudos, através de trauma fechado sob superfícies ósseas, com o esmagamento dos tecidos. O sangramento deve ser controlado por compressão direta e aplicação de curativo e bandagens. •  Ferimentos perfurantes.  Lesões causadas por perfurações da pele e dos tecidos subjacentes por um objeto. O orifício de entrada pode não corresponder à profundidade da lesão. • Ferimento transfixantes. Atravessam de lado a lado uma parte do corpo. • Ferimentos puntiformes. Geralmente sangram pouco para o exterior. Laboratório 2 - Aula 8

Os ferimentos podem inflamar e infeccionar muito rapidamente, dependendo do grau de limpeza e dos cuidados que forem tomados para prevenir a contaminação contaminação.. 50

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Todo ferimento é uma forma de lesão que afeta os tecidos moles do corpo, seja externamente ou de maneira não aparente, interna. Os tecidos moles são aqueles que não são ossos nem dentes, como a pele, tecidos gordurosos, músculos e órgãos internos. De uma maneira prática, os ferimentos podem ser classificados de acordo com o tipo de agente que os causou e com as complicações que eles podem apresentar. Eles se apresentam em forma de contusão, escoriação, laceração, laceração, avulsão e amputação traumática.

As contusões podem ser tratadas de maneira simples, desde que não apresentem gravidade. Normalmente, bolsa de gelo ou compressa de água gelada nas primeiras 24 horas e repouso da parte lesada são suficientes. Se persistirem sintomas de dor, edema, hiperemia, pode-se aplicar compressas de calor úmido, devendo procurar auxílio especializado. As contusões simples, de um modo geral, não apresentam complicações, nem necessitam de cuidados especiais. Mas deve-se ficar alerta para contusões abdominais, mesmo que não apresentem nenhum sintoma ou sinal, pois poderá ter havido complicações internas mais graves.

Contusão

Escoriação

As contusões são lesões provocadas por pancadas, sem a presença de ferimentos abertos, isto é, sem rompimento da pele. Não há solução de continuidade da pele e só ocorre derramamento de sangue no tecido subcutâneo ou em camadas mais profundas. Quando há apenas o acometimento superficial, a vítima apresenta somente dor e inchação (edema) da área afetada. Quando há sufusão hemorrágica de pequeno porte, o local adquire uma coloração preta ou azulada. Quando vasos maiores são lesados, o sangramento produz uma tumoração visível sob a pele, ocorrendo o hematoma formado pelo sangue extravasado.

São lesões simples da camada superficial da pele ou mucosas, apresentando solução de continuidade do tecido, sem perda ou destruição deste, com sangramento discreto. Mas costumam ser extremamente dolorosas e não representam risco à vítima quando isoladas. Geralmente, são causadas por algum instrumento cortante ou contundente. Também são chamadas de esfoliaduras ou arranhões, e pode se complicar se não forem tratadas adequadamente adequadamente.. Para atender a este tipo de ferimento ferimento,, devese fazer uma assepsia pessoal, lavando as mãos com água e sabão. O ideal para estes casos é lavar o ferimento com bastante água limpa e sabão. Se a área atingida for grande, cobrir com gaze ou curativo improvisado, deixando sempre espaço para ventilação.

Estas lesões, quando superficiais, não ameaçam a vida, porém podem alertar a quem estiver fazendo a prestação de primeiros socorros para a possibilidade de lesões de órgãos internos. Laboratório 2 - Aula 8

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Laceração

novamente encaixado no lugar, a circulação para o retalho pode ficar seriamente comprometida. A gravidade da avulsão depende do comprometimento da circulação para o retalho, e a cicatrização costuma ser demorada. Veja os procedimentos de primeiros socorros que devemos realizar em caso de avulsão: •  Se possível, obtenha o pedaço da pele que foi arrancada, lave com água limpa e envolva com uma bandagem estéril. Coloque em um saquinho plástico. •  Caso a pele não tenha saído completamente, coloque-a de volta em sua posição normal. Mas antes, utilize soro fisiológico para lavar ou irrigar a ferida cuidadosamente, verificando se não há nenhum detrito ou partículas estranhas, senão isso levará a uma terrível infecção que acabará causando mais danos. •  Aplicar uma pressão direta se a lavagem causar um profuso sangramento novamente, novamente, pois, muitas vezes, há formação de coágulos superficiais que são removidos quando o ferimento é lavado. sangramento, • Enfaixar a ferida após parar o sangramento, utilizando tiras estreitas de gaze para fixar o retalho de pele no lugar. Deve-se manter vários espaços ou aberturas entre as tiras para permitir que a ferida respire um pouco e tenha espaço para drenagem. ferida em um curativo de algo• Envolver a ferida dão respirável e estéril, pois isso permitirá que a ferida seja drenada, sem impedir sua respiração.

Laceração é um rompimento da pele de profundidade variada que pode ser regular ou irregular. Pode ocorrer isoladamente ou em conjunto com outros tipos de lesões, causando sangramento significativo caso seja cortada a parede de um vaso sanguíneo, principalmente uma artéria. Veja os procedimentos de primeiros socorros que devemos ter em caso de laceração: 1. Efetuar a limpeza com soro fisiológico. 2. Proteger o local com compressa de gaze estéril; 3. Controlar o sangramento com compressão direta e aplicação de curativo e bandagens.

Avulsão

Amputação traumática

Avulsão é a extração de um retalho cutâneo, que pode ficar pendurado ou ser cortado completamente. Ela tende a sangrar profusamente e, em alguns casos, os vasos sanguíneos podem se fechar e se retrair para o tecido circundante, limitando a perda de sangue. Se o tecido avulsionado ainda estiver preso a um retalho de pele e for Laboratório 2 - Aula 8

As amputações são definidas como lesões em que há separação de um membro ou de uma estrutura protuberante do corpo. Podem ser causadas por objetos cortantes, por 52

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esmagamentos ou por forças de tração. Estão frequentemente relacionadas a acidentes de trabalho e automobilístico automobilístico.. O tratamento inicial para amputação deve ser rápido pela gravidade da lesão, que pode causar a morte por hemorragia, e pela possibilidade de reimplante do membro amputado. O controle da hemorragia é crucial na primeira fase do atendimento de primeiros socorros.

dos ferventes, sólidos superaquecidos etc., que pode atingir graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de sua localização, extensão e grau de profundidade. Podem causar queimaduras também substâncias químicas como ácidos, soda cáustica etc., substâncias radioativas, radiação infravermelha e ultravioleta, eletricidade e baixas temperaturas. O efeito inicial e local, comum em todas as queimaduras, é a desnaturação de proteínas, com consequente lesão ou morte celular. Por este motivo, elas têm potencial de desfigurar, causar incapacitações temporárias ou permanentes ou mesmo a morte. Todo tipo de queimadura é uma lesão que requer atendimento médico especializado imediatamente após a prestação de primeiros socorros, seja qual for a extensão e profundidade. Acidentados com lesões extensas de pele tendem a perder temperatura e líquidos corporais, tornando-se mais propensos a infecções. Afastar a vítima da origem da queimadura é o passo inicial e tem prioridade sobre todos os outros tratamentos. t ratamentos.

O membro amputado deve ser preservado sempre que possível, porém a maior prioridade é a manutenção da vida. Veja os procedimentos de primeiros socorros em caso de amputação: 1. Abrir vias aéreas e prestar assistência ventilatória, caso necessário; 2. Tratar Tratar o estado de choque, caso seja seja necessário; 3. Cuidar com o segmento amputado: a) Limpeza com soro fisiológico, sem imersão de líquido; b) Envolver em gaze estéril, seca ou compressa limpa; c) Cobrir a área ferida com compressa úmida em soro fisiológico; d) Proteger o membro amputado com dois sacos plástico; e) Colocar o saco plástico em recipiente de isopor com gelo ou água gelada; f ) Jamais colocar a extremidade em contato direto com o gelo.

Classificação das queimaduras O agente causador das queimaduras produz uma série de alterações sistêmicas, mas o revestimento cutâneo, cutâneo, sendo o mais atingido primariamente, apresenta alterações mais visíveis. Dependendo da profundidade queimada, as queimaduras são classificadas em graus para melhor compreensão e adoção de medidas terapêuticas adequadas.

Queimaduras de primeiro grau.  Atingem a primeira camada da pele e são caracterizadas pelo eritema (vermelhidão), que clareia quando sofre pressão. Há dor e edema e, geralmente, há bolhas.

Queimaduras

Queimaduras de segundo grau.  Caracteristicamente avermelhadas e dolorosas, com bolhas, edema abaixo da pele e restos de peles queimadas soltas. São mais profundas, provocam necrose e visível dilatação do leito vascular. A dor e ardência local são de in-

Queimadura é qualquer lesão provocada no organismo pela temperatura, geralmente o calor, como chama, brasa, fogo, vapores quentes, líquiLaboratório 2 - Aula 8

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Primeiros socorros

tensidade variável. Queimaduras de terceiro grau.  São aquelas em que toda a profundidade da pele está comprometida, podendo atingir a exposição dos tecidos, vasos e ossos. Como há destruição das terminais nervosas, a vítima só acusa dor inicial da lesão aguda. São queimaduras de extrema gravidade.

Os procedimentos para queimaduras têm por objetivo prevenir o estado de choque, controlar a dor e evitar a contaminação. Veja quais são: queimada sob água • Lavar e manter a área queimada corrente na temperatura ambiente para resfriamento. Isso faz com que se interrompa a atuação do agente causador da lesão, alivia a dor e se evita o aprofundamento da queimadura; nenhum tipo de medicamento; • Não utilizar nenhum creme dental etc.; • Não aplicar pomadas, creme • Não aplicar gelo no local da queimadura, pois provoca vasoconstrição e diminuição da irrigação sanguínea; arrancar, nem soltar roupas coladas à • Não arrancar, queimadura; necessário, recortar as roupas em • Quando necessário, volta da ferida; líquidos, quando a vítima estiver • Oferecer líquidos, consciente; • Manter o local da lesão limpo e protegido contra infecções. Para isso, utilizar uma gaze esterilizada; • Não furar as bolhas.

Na prática, é difícil de distinguir queimaduras de segundo e terceiro graus. Além disto, uma mesma pessoa pode apresentar os três graus de queimaduras, porém a gravidade do quadro não reside no grau da lesão, e sim na extensão da superfície atingida. Veja na figura abaixo como que os diferentes graus de queimadura atingem as camadas de pele.

O tratamento inadequado e a infecção podem converter queimaduras de segundo grau em queimaduras de terceiro grau. Graus de queimadura

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Veja a seguir outros procedimentos de primeiros socorros para queimaduras:

Para melhor identificação dos graus de queimadura, observe o quadro a seguir que apresenta uma melhor identificação destes.

Queimaduras nos olhos. Podem ser produzidas por substâncias irritantes como ácidos, álcalis, água quente dentre outros fatores. Nestes casos, devemos proceder da seguinte maneira: lavar os olhos da vítima durante vários minutos, se possível, com soro fisiológico; e tampar o olho atingido com gaze estéril ou pano limpo.

Grau

Causa

Profundidade

Cor

Enchimento capitalr

Sensação da dor

1º grau

Luz solar ou chamuscação pouco intensa

Epiderme

Eritema

Presente

Dolorosa

2º grau

Chamuscação ou líquidos ferventes

Epiderme e derme

Eritema e bolhas

Presente

Dolorosa

Todas as camadas

Branca, preta ou marrom

Ausente

Pouca dor, anestesiada

3º gr grau au

Cham Ch amaa dir diret etaa

Queimaduras por substâncias químicas. Substâncias químicas podem queimar rapidamente. Não há tempo a perder. A área de contato deve ser lavada imediatamente com água. Depois, cobrir a queimadura com gaze esterilizada até a chegada da emergência.

Identificação dos graus de queimadura

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz Laboratório 2 - Aula 8

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Queimaduras por frio. O frio também pode causar queimaduras e lesões nas partes do corpo expostas por muito tempo a baixas temperaturas ou umidade excessiva. A exposição a temperaturas no ponto de congelamento ou abaixo deste, ou mesmo ao frio extremo, ainda que por curto período de tempo, pode causar geladuras. Pode ocorrer lesão tecidual local delimitada e resfriamento corporal generalizada, que pode causar a morte. As lesões causadas pelo frio são extremamente dolorosas, podendo ocorrer infecção grave no descongelamento de uma área lesada. Quanto aos primeiros socorros, deve-se levar a vítima em um local aquecido, mantendo-a deitada; depois, aquecer as partes congeladas com água quente (não fervente) ou panos molhados com água quente, realizando massagens delicadas para ativar a circulação nas partes próximas do membro congelado (nunca massagear diretamente a parte congelada); e dar bebidas quentes como chá ou café (nunca bebidas alcoólicas).

A vítima neste estado, geralmente, apresenta os seguintes sintomas: pálida, úmida, pegajosa e fria; • Pele pálida, • Suor intenso na testa e palmas das mãos; • Fraqueza geral; • Pulso rápido e fraco; • Sensação de frio, pele fria e calafrios; curta, irregular ou mui• Respiração rápida, curta, to difícil; •  Expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo com pupilas dilatadas; medo, ansiedade; • Agitação, medo, • Sede intensa; • Visão nublada; • Náuseas e vômitos; •  Respostas insatisfatórias a estímulos externos; total ou parcial de consciência; • Perda total •  Taquicardia. Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque, mas infelizmente não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima do choque. Porém existem algumas providências que devem ser tomadas com o intuito de prevenir o agravamento e retardar a instalação do estado de choque:

Estado de Choque

ser deitada de costas; costas; • A vítima deve ser •  Deve-se afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura e, em seguida, verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar; devem ficar eleva• Os membros inferiores devem dos em relação ao corpo. Isto pode ser feito colocando-os sobre uma almofada, cobertor dobrado ou qualquer outro objeto. Caso haja algum ferimento no tórax, os membros inferiores não devem ser elevados; • Se a vítima estiver inconsciente, ou se estiver consciente mas sangrando pela boca ou nariz, deitá-la na posição lateral para evitar asfixia; • Verificar se a vítima respira, senão, preparar-se para iniciar a respiração boca a boca; •  Observar o pulso, pois, no choque, este pode se apresentar rápido e fraco. Se houver ausência de pulso e dilatação das pupilas, iniciar a massagem cardíaca;

É o estado de depressão de vários órgãos do organismo devido a uma falha circulatória, podendo levar à morte. Ele se dá quando há mal funcionamento entre o coração, vasos sanguíneos e o sangue, instalando-se um desequilíbrio no organismo. O choque é uma grave emergência médica. O correto atendimento exige ação rápida e imediata. As principais causas de estado de choque são hemorragias intensas, infarto, queimaduras graves, afogamentos, choque elétrico, picadas de animais peçonhentos dentre outras. Laboratório 2 - Aula 8

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•  Hemorragia interna:   é quando o san-

•  Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da melhor maneira possível, ou seja, deixá-la bem confortada. Se for preciso, agasalhar a vítima com cobertor ou algo semelhante; • Controlar ou evitar a causa do estado de choque; •  Manter a cabeça da vítima sempre mais baixa que o corpo; • Não dar líquidos à vítima quando estiver inconsciente ou semiconsciente, e caso haja suspeita de lesão abdominal.

gue extravasa em uma cavidade pré-formada do organismo, como o peritoneu, pleura, pericárdio, meninges, cavidade craniana e câmara do olho. Toda hemorragia deve ser contida imediatamente. As hemorragias graves não tratadas podem ocasionar o desenvolvimento do estado de choque e morte. Conter uma hemorragia com pressão direta usando um curativo simples é o método mais indicado. Veja os procedimentos:

Hemorragias

1. Usar luvas descartáveis; 2. Utilizar uma compressa limpa e seca: gaze, pano e/ou lenço limpo; 3. Colocar a compressa sobre o ferimento e pressionar com firmeza; 4. Usar atadura, tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha à mão para amarrar a compressa e mantê-la bem firme no lugar.

Algumas medidas em caso de hemorragia controlar a hemorragia hemorragia • O socorrista pode controlar não só por meio da técnica descrita da compressão direta sobre o ferimento, mas também através da compressão sobre pontos arteriais que nutrem de sangue o local lesionado; e ainda pela elevação do ponto de sangramento para diminuir o fluxo de sangue circulante. disponha de compressa, compressa, fechar • Caso não disponha a ferida com o dedo ou com a mão, evitando uma hemorragia intensa. Apertar fortemente com o dedo ou com a mão de encontro ao osso nos pontos onde a veia ou a artéria é mais fácil de ser encontrada. •  Quando o ferimento for nos braços ou nas pernas e sem fratura, a hemorragia será controlada mais facilmente se a parte ferida ficar elevada. • Nunca dê bebida alcóolica à vítima. • Manter a vítima agasalhada com cobertores ou roupas, evitando contato com o chão frio ou úmido. •  Não dar líquidos se a vítima estiver inconsciente, ou quando houver suspeita de lesão no ventre ou abdômen.

Hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, veia ou artéria, e também através de ferimentos ou pelas cavidades naturais (nariz, boca etc.) resultante de algum traumatismo. Ela pode ser classificada inicialmente em arteriais e venosas e, para fins de primeiros socorros, em internas e externas. • Hemorragia arterial: é aquela em que o

sangue sai em jato pulsátil e se apresenta com coloração vermelho vivo. • Hemorragia venosa: é aquela em que o sangue é mais escuro e sai continuamente e lentamente, escorrendo pela ferida. • Hemorragia externa: é aquela na qual o sangue é eliminado para o exterior do organismo como acontece em qualquer ferimento externo, ou quando se processa nos órgãos internos que se comunicam com o exterior, como o tubo digestivo, os pulmões ou as vias urinárias. Laboratório 2 - Aula 8

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Torniquete

Aplicando o torniquete

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

O método do torniquete é o último recurso usado por quem fará o socorro, devido aos perigos que podem surgir por sua má utilização, pois, com este método, impede-se totalmente a passagem de sangue pela artéria.

Há situações em que uma hemorragia se torna intensa, com grande perda de sangue. Nestes casos, se torna necessário o uso de torniquete. Veja os procedimentos: 1. Elevar um membro ferido acima do nível do coração; 2. Usar uma faixa de tecido largo, com aproximadamente 7 cm ou mais, longo o suficiente para dar duas voltas, com pontas para amarração (é contra indicado a utilização de fios de arame, corda, barbante, material fino ou sintético); 3. Aplicar o torniquete logo acima da ferida; 4. Passar a tira ao redor do membro ferido duas vezes. Dar meio nó; 5. Colocar uma vareta (caneta ou qualquer objeto semelhante) no meio do nó. Dar um nó completo no pano sobre a vareta; 6. Apertar o torniquete, girando a vareta; 7. Fixar a vareta com as pontas do pano; 8. Afrouxar o torniquete, girando a vareta no sentido contrário, a cada 10 ou 15 minutos.

É importante que se saiba da necessidade de afrouxar o torniquete gradual e lentamente a cada 10 ou 15 minutos, ou quando ocorrer arroxeamento da extremidade para que o sangue volte a circular um pouco, evitando assim maior sofrimento da parte sã do membro afetado. Se a hemorragia for contida, deve-se deixar o torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser reapertado caso necessário.

Hemorragia interna

A hemorragia interna é resultante de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos, apresentando um grau de dificuldade na sua identificação. Deve-se suspeitar de hemorragia Laboratório 2 - Aula 8

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interna se a vítima estiver envolvida em um acidente violento, sem lesão externa aparente; em uma queda de altura; em contusão contra volante ou objetos rígidos; ou em queda de objetos pesados sobre o corpo. O sangue não aparece, mas a pessoa apresenta pulso fraco e rápido, pele fria, suores abundantes, palidez intensa, sede, tonturas, estado de choque, náuseas, vômito de sangue, calafrios, confusão mental e agitação, dispneia, abdômen em tábua e desmaio. Em casos de hemorragia interna, os procedimentos de primeiros socorros são estes:

1. Afrouxar a roupa que aperta o pescoço e o tórax; 2. Colocar a vítima sentada e com a cabeça voltada para frente, em local fresco e arejado; 3. Verificar o pulso. Se estiver forte e apresentar sinais de hipertensão, deixar que seja eliminada certa quantidade de sangue; 4. Apertar a narina durante 10 minutos, para que as paredes se toquem e, por compressão direta, o sangramento seja contido; 5. Inclinar a cabeça da vítima para trás e manter a boca aberta. Sempre que possível, aplicar compressas frias sobre a testa e nuca; 6. Caso a hemorragia não ceda, colocar um tampão de gaze dentro da narina e um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco de gelo; 7. Em caso de contenção do sangramento, avisar a vítima para evitar assoar o nariz durante pelo menos 2 horas e assim evitar um novo sangramento.

1. Manter a vítima deitada (a cabeça mais baixa que o corpo); 2. Quando houver suspeita de fratura do crânio ou de derrame cerebral, a cabeça deve ser mantida elevada; 3. Aplicar compressas frias ou saco de gelo no ponto atingido; 4. Conduzir, o mais rápido possível, ao socorro médico.

Corpo Estranho

Hemorragia nasal

Hemorragia nasal é a perda de sangue pelo nariz, que pode ocorrer por traumatismo craniano. Também pode ocorrer devido à manipulação excessiva do plexo vascular com rompimento dos vasos através das unhas, diminuição da pressão atmosférica, locais altos, viagem de avião, saída de câmara pneumática de imersão ou sino de mergulho, contusão, corpo estranho, altas temperaturas, crise hipertensiva dentre outras causas. Veja os procedimentos de primeiros socorros em caso de hemorragia nasal: Laboratório 2 - Aula 8

A penetração de corpos estranhos é um tipo de acidente muito comum e pode ocorrer nas circunstâncias mais inesperadas. Vários tipos de objetos estranhos ao nosso corpo como farpas de madeira, estilhaço de vidro, partículas de areia, gotas de produtos químicos e até insetos podem penetrar acidentalmente nos olhos, ouvidos, nariz e garganta os quais, muitas vezes, apesar de aparentemente inofensivos devido ao tamanho, podem causar danos físicos e desconforto sério. 58

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É importante o rápido reconhecimento reconhecimento do corpo estranho que tenha penetrado no corpo. Em todos os casos de atendimento, é preciso agir com precisão, manter a calma e tranquilizar a vítima. O conhecimento e a serenidade sobre o que está fazendo são fundamentais para o trabalho de primeiros socorros.

Instrumentos como agulhas, pinças ou outros semelhantes só podem ser utilizados por profissionais da saúde. No caso de algum líquido atingir o olho, deve-se remover imediatamente, lavando o olho em água corrente de uma pia, ou no jato de água corrente feito com a mão espalmada sob a torneira. Este procedimento deve ser realizado, no mínimo, por 15 minutos. Com o olho coberto por uma gaze esterilizada ou curativo, encaminhar a vítima para socorro especializado.

Corpo estranho no olho Qualquer corpo estranho que penetre ou respingue nos olhos constitui um acidente doloroso e, muitas vezes, de consequências desastrosas. A primeira coisa a ser feita é procurar reconhecer o objeto e localizá-lo visualmente. Em seguida, pede-se que a vítima feche e abra os olhos reperepe tidamente para permitir que as lágrimas lavem os olhos e, possivelmente, removam o corpo estranho. O corpo estranho pode estar na pálpebra inferior ou superior. Deve-se remover com cuidado, procedendo da seguinte maneira:

Corpo estranho no ouvido Corpos estranhos podem penetrar acidentalmente também nos ouvidos, especialmente na área correspondente ao conduto auditivo externo. Estes acidentes são mais comuns com crianças. Todos os procedimentos de manipulação de corpo estranho no ouvido devem ser realizados com extrema cautela. Erros de conduta e falta de habilidade na realização de primeiros socorros podem ocasionar danos irreversíveis à membrana timpânica com consequente prejuízo da audição, temporário ou permanente. Para os primeiros socorros, a vítima deve ser deitada de lado, com o ouvido afetado para cima. Se o objeto for visível, pode-se tentar retirá-lo delicadamente para não forçá-lo mais para dentro, com as pontas dos dedos. Se o objeto não sair ou houver risco de penetrar mais, deve-se procurar socorro especializado.

1. Lavar bem as mãos com água e sabão; 2. Tentar, primeiramente, remover o objeto com as lágrimas, como foi dito antes; 3. Se não sair, usar hastes flexíveis com ponta de algodão; 4. Enquanto se puxa a pálpebra inferior para baixo, retira-se o objeto cuidadosamente. 5. No caso da pálpebra superior, levante-a dobrando-a sobre uma haste flexível; 6. Quando o corpo estranho aparecer, removê-lo com o auxílio de outra haste flexível. 7. A vítima não pode esfregar o olho nem usar colírio anestésico. 8. Se houver risco de lesão ou dor excessiva, suspender a manobra e encaminhar para o socorro especializado. Neste caso, deve-se cobrir o olho afetado com gaze esterilizada ou pano limpo.

Não tentar retirar o corpo estranho do ouvido com grampo, arame, alfinete, haste flexível etc.

Corpo estranho no nariz Corpos estranhos no nariz geralmente causam dor, crises de espirro e coriza, e podem resultar em irritação se não forem removidos imediatamente. A conduta correta é manter a vítima calma, cuidando para que não inale o corpo estranho. Depois, comprimir com o dedo a narina não obstruída e pedir o acidentado para assoar, sem forçar, pela narina obstruída. Normalmente, este

Removendo corpo estranho no olho

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz Laboratório 2 - Aula 8

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Fraturas

procedimento ajuda a expelir o corpo estranho. Caso não saia com facilidade, devemos procurar auxílio médico imediatamente. Não se deve permitir que a vítima assoe o nariz com violência, mas aspirar calmamente pela boca enquanto se aplicam as manobras para expelir o corpo estranho.

Corpo estranho na garganta A penetração de um corpo estranho na garganta pode constituir um problema de proporções muito graves. Geralmente, as pessoas se engasgam com moedas, pequenos objetos, próteses dentárias, espinhas de peixe, ossos de galinha, e até mesmo com a saliva. Antes de qualquer procedimento, a vítima deve ser tranquilizada e fazer com que respire o mais normalmente possível sem entrar em pânico. Depois, identificar o tipo de objeto que causou o engasgo. Passar imediatamente a aplicar as técnicas para expelir o corpo estranho como a tapotagem.

Fratura é uma interrupção na continuidade do osso que apresenta uma aparência geralmente deformante, devido ao grau de deformação que pode impor à região afetada. Ela ocorre devido à queda, impacto ou movimento violento com esforço maior que o osso pode suportar, supor tar, além do envelhecimento envelhecimento e determinadas doenças ósseas como a osteoporose. Suspeita-se de fratura quando houver dor intensa no local e que aumente ao menor movimento, edema local, crepitação ao se movimentar (som parecido com o amassador de papel), hematoma ou equimose. A pessoa que prestar os primeiros socorros deve ser muito hábil na avaliação e na dede cisão da conduta a ser tomada nestes casos. As fraturas podem ser classificadas de acordo com sua exteriorização e com a lesão no osso fechado.. As mais comuns são estas: fechado

Tapotagem A tapotagem deverá ser aplicada se a vítima estiver tranquila e não estiver se sufocando. Esta técnica consiste em aplicar uma série de pancadas no dorso da vítima, que são dadas com a mão em concha. Este procedimento normalmente deverá liberar o corpo estranho, fazendo com que a própria vítima jogue-o fora naturalmente. A tapotagem pode ser aplicada com a vítima sentada, em pé ou deitada. • Tabotagem com a vítima sentada ou em pé.. Colocar-se ao lado da vítima ligeiramente por pé trás; dar golpes para cima, nas costas da vítima, entre as espáduas (as pancadas são dadas repetidamente e com frequência rápida); usar a outra mão apoiada no tórax da vítima para segurá-la. • Tabotagem com a vítima deitada. Deve-se ajoelhar ao lado do acidentado deitado de lado e puxá-la para si de modo que a parede anterior do tórax da vítima fique de encontro aos seus próprios joelhos; da mesma forma que faz com a vítima em pé, dar pancadas fortes com a mão em concha, de baixo para cima, nas costas entre as espáduas. As pancadas são dadas repetidamente em rápida sequência. Laboratório 2 - Aula 8

Fratura fechada ou interna. O osso quebrado permanece no interior do membro sem perfurar a pele, mas pode romper um vaso sanguíneo ou cortar um nervo. Fratura aberta ou exposta.  O osso quebrado sai do lugar, rompendo a pele e deixando exposta uma de suas partes, que pode ser produzida pelos próprios fragmentos ósseos ou por objetos penetrantes. Este tipo de fratura pode causar infecções. 60

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Fratura em fissura. As bordas ósseas ainda estão muito próximas como se fosse uma rachadura ou fenda.

Caso seja necessário, utilizar talas, que irão auxiliar na sustentação do membro atingido. Elas têm que ser de tamanho suficiente para ultrapassar as articulações arti culações acima e abaixo da fratura. Para improvisar talas, podemos usar qualquer material rígido ou semirrígido como tábua, madeira, papelão, revista enrolada ou jornal grosso dobrado. O membro fraturado deve ser acolchoado com panos limpos, camadas de algodão ou gaze, procurando sempre localizar os pontos de pressão e desconforto. Depois, prender as talas com ataduras ou tiras de pano, apertá-las o suficiente para imobilizar a área, com o devido cuidado para não provocar insuficiência circulatória. Devemos fixar a tala em, pelo menos, quatro pontos: acima e abaixo das articulações, e acima e abaixo da fratura.

Imobilização de um membro fraturado Imobilizar significa tirar os movimentos das  juntas acima e abaixo da lesão. Antes Antes de efetuar a imobilização de um membro fraturado, devemos dar atenção as seguintes observações: • Observar o estado geral da vítima, procurando lesões mais graves como ferimento e hemorragia; • Acalmar a vítima; •  Controlar eventual hemorragia e cuidar de qualquer ferimento com curativo, antes de proceder à imobilização do membro afetado.

Verificados os ferimentos, imobilizar o membro, procurando colocá-lo na posição que for menos dolorosa para a vítima, o mais natural possível, trabalhando com muita delicadeza e cuidado. Toda a atenção é pouca, pois os menores erros podem gerar sequelas irreversíveis.

Membros fraturados imobilizados com talas

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Membro fraturado imobilizado

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Ao imobilizar um membro, não devemos forçar seu retorno, ou seja, em hipótese alguma devemos tentar recolocar o osso fraturado de volta no seu eixo. Isso só pode ser feito por pessoal especializado.

A imobilização deve ser cuidadosa, e o transporte para o atendimento médico só poderá ser feito dentro de padrões rigorosos. Laboratório 2 - Aula 8

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Emergências Clínicas

aqueles que atingem a cabeça, a boca, o pescoço, o tórax; por fumaça no decurso de um incêndio; por afogamento; em soterramento; dentre outros acidentes, ocasionando dificuldade respiratória, levando à parada respiratória.

Afogamento

O sinal universal de asfixia é o das mãos na garganta. Se a pessoa não der quaisquer informações acerca do seu estado, verifique os seguintes indícios: incapacidade de falar; dificuldade para respirar ou respiração ruidosa; incapacidade de tossir com força; pele, lábios e unhas com cor azua zulada ou escurecida; perda de consciência.

Primeiros socorros • A primeira conduta é favorecer a passagem do ar através da boca e das narinas; asfixia; • Afastar a causa da asfixia; •  Verificar se a vítima está consciente; •   Desapertar as roupas do acidentado, principalmente em volta do pescoço, peito e cintura; •   Retirar qualquer objeto da boca ou da garganta da vítima, para abrir e manter desobstruída a passagem de ar; •  Para assegurar que a vítima inconsciente continue respirando, colocá-la na posição lateral de segurança; •   Iniciar a respiração boca a boca, após ter colocado a vítima na posição correta. Lembrar que cada segundo é importante para a vida da vítima. •  Repetir a respiração boca a boca quantas vezes forem necessárias; •   Manter a vítima aquecida, para prevenir choque; •  Não dar líquidos enquanto a vítima estiver inconsciente; •  Não deixar a vítima sentar ou levantar. Ela deve permanecer deitada mesmo depois de ter recuperado a respiração; •  Continuar observando cuidadosamente a vítima para evitar que a respiração cesse novamente; • Não deslocar a vítima até que sua respiração volte ao normal; ví tima somente deitada, • Remover a vítima mas só em caso de extrema necessidade; •   Solicitar socorro especializado mesmo que a vítima esteja recuperada.

Antes de qualquer socorro ao afogado, devemos observar se existe alguma correnteza, verificar o tamanho e o peso da vítima, seu estado (móvel, parada ou se debatendo). Verificado tudo isso, retiramos a vítima da água com muito cuidado para não se afogar também.

Primeiros socorros • Deite a vítima de costas, se possível, com a cabeça mais baixa que o corpo; boca a boca; • Inicie a respiração boca lado, se ela • Vire a cabeça da vítima para o lado, vomitar; • Execute massagem cardíaca externa, se a vítima apresentar ausência de pulso; •  Remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo.

Asfixia

Asfixia pode ser definida como parada respiratória com o coração ainda funcionando. É causada por certos tipos de traumatismos como Laboratório 2 - Aula 8

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Choque elétrico

•  Feita a ressuscitação cardiorrespiratória, deve ser feito um exame geral na vítima para localizar possíveis queimaduras, fraturas ou lesões que possam ter ocorrido no caso de queda durante o choque elétrico. Deve-se atender, nesta ordem, a hemorragias, fraturas e queimaduras; •  Chamar a emergência ou levar a vítima para o hospital mais próximo.

Entorse

Choque elétrico é a passagem de corrente elétrica pelo corpo quando em contato com material eletrificado, causando abalos musculares. Se a corrente for intensa, determinará a morte pela paralisia do centro nervoso que rege os momo vimentos respiratórios e cardíacos. Em condições habituais, correntes de 100 a 150 volts já são perigosas, e acima de 500 volts são mortais. Cada segundo de contato com a eletricidade diminui a possibilidade de sobrevivência da vítima.

Entorse é uma lesão dos ligamentos articulares devido à distensão ou torção brusca, sem deslocamento das superfícies articulares, mas não há o deslocamento completo dos ossos da articulação. As causas mais frequentes são violências como puxões ou rotações, que forçam a articulação e ocorre geralmente nas articulações do tornozelo, ombro,  joel  jo elho, ho, pu punh nho o e de dedo dos. s. Ao sofrer uma entorse, a vítima sofre uma dor intensa ao redor da articulação atingida e dificuldade de movimentação, que poderá ser maior ou menor conforme a contração muscular ao redor da lesão. Os movimentos articulares são extremamente dolorosos, aumentando em qualquer tentativa de se movimentar a articulação afetada.

Primeiros socorros • Interromper imediatamente o contato da vítima com a corrente elétrica. Para isso, utilizar material não condutor bem seco, como pedaço de pau, cabo de vassoura, borracha e/ou pano grosso, ou desligar a eletricidade; •  Certificar-se de estar pisando em chão seco, se não estiver usando botas de borracha; • Não tocar na vítima até que ela esteja separada da corrente elétrica, ou que esta esteja interrompida; áreas de queimadura; • Proteger as áreas •  Verificar respiração e pulso. Se não sentir nenhum destes, começar a reanimar a vítima com respiração boca a boca e massagem cardíaca, pois, devido ao choque elétrico, pode ocorrer parada cardiorrespirat cardiorrespiratória; ória; Laboratório 2 - Aula 8

Primeiros socorros durante • Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas; •   Após este tempo, aplicar compressas mornas; •  Imobilizar o local como nas fraturas. 63

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Luxação

É a perda temporária e repentina da consciência, provocada em geral por emoções súbitas, fadiga, fome, nervosismo, hipoglicemia dentre outros fatores. Seus principais sintomas são fraqueza, suor, frio abundante, náusea ou ânsia de vômito, palidez intensa, pulso fraco, pressão arterial baixa, respiração lenta, tontura, extremidades frias e escurecimento da visão. Devido à perda da consciência, a vítima cai.

Primeiros socorros •  Deitar a vítima de costas e levantar suas pernas; • Afrouxar as roupas; ambiente arejado; • Manter o ambiente testa. • Aplicar panos frios no rosto e na testa.

São lesões em que a extremidade de um dos ossos que compõem uma articulação é deslocada de seu lugar. O dano a tecidos moles pode ser muito grave, afetando vasos sanguíneos ou nervos. São estiramentos mais ou menos violentos, cuja consequência imediata é provocar dor e limitar o movimento da articulação afetada. As articulações mais atingidas são o ombro, cotovelo, dedos e mandíbula. A luxação ocorre geralmente devido a traumatismos por golpes indiretos ou movimentos articulares violentos. Dependendo da violência do acidente, poderá ocorrer o rompimento do tecido que cobre a articulação, com exposição do osso. Há uma dor intensa no local afetado e pode ocorrer edema, impotência funcional, além de apresentar uma deformidade visível de articulação. ar ticulação.

Há casos em que a pessoa apenas começa a desfalecer. Quando isso acontecer, devemos sentar a vítima em uma cadeira ou outro local semelhante, curvá-la para frente e baixar a cabeça colocando-a entre as pernas, pressionando-a para baixo, e fazer com que a vítima respire profundamente até que passe o mal estar.

Convulsão

Primeiros socorros bolsa de gelo ou compressas compressas • Aplicação de bolsa frias no local afetado; •  Imobilizar o membro afetado da mesma forma que na fratura.

Desmaio É uma contração violenta, ou série de contrações dos músculos voluntários, com ou sem perda de consciência, cujos principais sintomas são o olhar vago e fixo (ou revirar dos olhos), suor, pupila dilatada, espuma pela boca, morder a língua e/ou lábios, corpo rígido e contração do rosto, palidez intensa, movimentos involuntários e desordenados e perda de urina e/ou fezes.

Primeiros socorros deitada e de costas; costas; • Colocar a vítima deitada cabeça, virando-a para o lado; • Proteger a cabeça, Laboratório 2 - Aula 8

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móveis e • Retirar da boca prótese dentária móveis eventuais detritos; •  Introduzir um pedaço de pano ou lenço limpos entre os dentes para evitar mordeduras na língua; • Afastar qualquer objeto para que não se machuque; • Afrouxar as roupas e deixar debater-se livremente; • Não dar tapas na pessoa nem jogar água sobre ela; •  Não interferir nos movimentos convulsivos, mas assegurar-se de que a vítima não está se machucando.

• No transporte, usar sempre maca; na sua falta, usar uma tábua, bagageiro ou o próprio assento do banco traseiro de algum veículo ou qualquer objeto plano rígido; • Remover a vítima para a maca, mantendo seu corpo reto; • Evitar balanços ou freadas bruscas; • Usar lençóis ou travesseiros no apoio do pescoço e das costas.

Insolação e intermação

Lesão na coluna

Ocorre devido à ação direta dos raios solares sobre o indivíduo, caracterizada pela perda súbita de consciência e falência dos mecanismos reguladores da temperatura do organismo. A pessoa apresenta intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas e tontura, temperatura do corpo elevada, pele quente, avermelhada e seca, extremidades arroxeadas e inconsciência. O mais importante nestes casos é baixar gradativamente a temperatura do corpo. No caso da intermação, esta ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados como fundições, padarias, caldeiras etc. A vítima apresenta palidez, dor de cabeça e náuseas, suor intenso, tontura e inconsciência. A vítima com lesão na coluna geralmente apresenta insensibilidade e dificuldades em movimentar os membros.

Primeiros socorros • Remover a vítima para um lugar fresco e arejado; •  Colocar a vítima deitada, com a cabeça elevada; peças de roupa da • Remover o máximo de peças vítima; compressas frias sobre sua cabeça cabeça • Colocar compressas e envolver o corpo com toalhas molhadas; • Pode oferecer bastante água fria ou gelada ou qualquer líquido não alcoólico.

Primeiros socorros • Não tocar e não deixar ninguém tocar na vítima; • Não virar a pessoa com suspeita de fratura na coluna; •  Observar atentamente a respiração e o pulso e estar pronto para iniciar as manobras de ressuscitação; Laboratório 2 - Aula 8

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Neurose histérica

sintomas: cefaleia intensa, falta de ar, palpitação, ansiedade, nervosismo, perturbações neurológicas, tontura, instabilidade, náuseas e vômitos. Todos os sintomas e sinais de crise hipertensa hiper tensa podem evoluir para acidente vascular cerebral, edema agudo do pulmão e encefalopatia.

Primeiros socorros O atendimento é essencialmente especializado, e a principal atitude de quem for prestar os primeiros socorros é a rápida identificação da crise hipertensiva e a remoção da vítima. Procurar saber se a vítima já é hipertensa, há quanto tempo e que medicamento usa. A remoção para atendimento especializado deve ser urgente.

A neurose histérica, ou crise de ansiedade, é uma síndrome psiconeurótica caracterizada por estados de expectativa, apreensão, muita tensão e nervosismo. Pode vir associada à fadiga com exacerbações agudas de pânico e ansiedade, palpitações e, frequentemente, manifestações físicas de medo e pavor. Sentindo-se ansiosa, a vítima tende a respirar rapidamente, apresentar crises de choro ou de riso, gritos estridentes, olhar observador e mãos em garra.

Infarto do miocárdio e edema agudo de pulmão

Primeiros socorros • Não discutir com a vítima; • Deixar a vítima chorar à vontade, se for o caso, ficando sempre por perto em sinal de apoio e compreensão; •  Não dar medicamentos, especialmente calmantes e tranquilizantes; • Oferecer água, ou água com açúcar para ser digerida devagar e com calma.

O infarto do miocárdio é uma necrose do músculo cardíaco após isquemia por oclusão arterial coronária aguda, que causa parada cardíaca, levando a vítima à morte. Os principais sintomas são dor torácica de maneira angustiante e insuportável, compressão no peito e angústia, que não diminui com repouso. Já o edema agudo de pulmão é o acúmulo anormal de líquido nos tecidos dos pulmões, resultante de alguma doença aguda ou crônica ou de outras situações especiais, e também quando uma pessoa muda rapidamente de um local de baixa altitude para um local de alta altitude. Os principais sintomas são alteração nos movimentos respiratórios (ou movimentos bastante exagerados), falta de ar, ansiedade e agitação, aumento dos batimentos cardíacos e da temperatura do corpo, mucosa nasal vermelho-brilhante e tosse.

Crise hipertensa

É o aumento rápido e excessivo da pressão arterial que pode se evidenciar pelos seguintes Laboratório 2 - Aula 8

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Primeiros socorros •  Não movimentar muito a vítima, pois o movimento ativa as emoções e faz com que o coração seja mais solicitado; • Observar com precisão os sinais vitais; • Manter a pessoa deitada, em repouso absoluto, na posição mais confortável, em ambiente calmo e ventilado; Tranquilizar uilizar a vítima, procurando inspirarinspirar• Tranq lhe confiança e segurança; • Afrouxar as roupas; líquidos ou alimentos. alimentos. • Evitar ingestão de líquidos

A intoxicação ou envenenamento podem ocorrer por negligência ou ignorância no manuseio de substâncias tóxicas, cuja presença no organismo pode levar a graves alterações de um ou mais sistemas fisiológicos. Numerosas substâncias químicas e partículas sólidas, originadas nas atividades comercial, agrícola, industrial e laboratorial, são potencialmente tóxicas para o homem. Observe como devemos identificar quando uma vítima sofreu intoxicação ou envenenamento: veneno no hálito; hálito; • Cheiro de veneno da boca; • Mudanças de cor dos lábios e da • Dor ou sensação de queimadura na boca e na garganta; • Estado de inconsciência, de confusão mental ou mal estar.

Hipotermia

Devemos conhecer as substâncias que são manipuladas no laboratório. Há normas de biossegurança, procedimentos operacionais padrões e equipamentos de segurança de uso obrigatório por todos que lidam com substâncias tóxicas. A hipotermia é uma consequência da exposição a um ambiente frio por um período prolongado, provocando redução da temperatura do corpo (abaixo de 35°), podendo até ser fatal. Pode também acontecer devido a uma infecção, uma hemorragia e diminuição da taxa de glicose no sangue.

Veja a seguir os procedimentos de primeiros socorros para os principais casos de envenenamento e intoxicação intoxicação..

Intoxicação por medicamentos. A ingestão de doses elevadas de medicamentos pode levar à intoxicação. Primeiros socorros: iniciar imediatamente a respiração boca a boca; provocar vômito, fazendo a vítima beber água morna ou água com sal, ou passar o dedo indicador na garganta da vítima.

Primeiros socorros quente; • Levar a vítima a um ambiente quente; • Retirar as roupas frias ou molhadas; • Colocar cobertores sobre a vítima; • Envolver a vítima com bolsas de água quente;

Ingestão de produtos químicos.  A ingestão de produtos químicos (soda cáustica, querosene, gasolina, removedor etc.) pode provocar estado de inconsciência. Primeiros socorros: não provocar vômitos; não deixar a vítima caminhar; não dar bebida alcoólica à vítima, nem azeite ou óleo.

Intoxicação e Envenenamento

Aspiração de venenos.  A vítima apresenta tosse e falta de ar. Primeiros socorros: carregar a vítima para um lugar arejado; não deixar caminhar; aplicar respiração boca a boca, se necessário. Laboratório 2 - Aula 8

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Envenenamento através da pele.  Pode provocar lesão da pele e intoxicação. Primeiros socorros: lavar a pele com água corrente; aplicar  jatos de água sobre a pele enquanto retira retira as rouroupas da vítima; agir com rapidez para evitar que a lesão aumente e a pele absorva absor va mais veneno.

Mordedura de animais

Picadas de Animais Peçonhentos

Qualquer tipo de mordedura ou arranhão causado por animais pode transmitir raiva, uma doença transmitida por cães, gatos, morcegos e animais silvestres como raposa, macaco etc. Neste caso, deve-se lavar o ferimento com água e sabão e procurar um médico para avaliar o tipo de lesão que orientará sobre o tratamento a ser instituído. Há também casos de envenenamento por picadas de animais peçonhentos, que são aqueles que injetam no organismo humano substâncias tóxicas. Os animais peçonhentos mais comuns são cobras, escorpiões e aranhas. Veja os primeiros socorros para picadas de animais peçonhentos:

Transporte de Acidentados

Picadas de cobra venenosa. É um acidente agudo e de evolução rápida. Deverá ser tratado nos primeiros 30 minutos após o acidente. Os principais sinais e sintomas são dor, inchaço, manchas roxas e hemorragia. Primeiros socorros: não perder tempo; deitar a vítima o mais rápido possível; aplicar compressa de gelo no local; não dar álcool, nem aplicar querosene, nem infusões; jamais cortar a pele para extrair o sangue; levar imediatamente a vítima para a unidade sanitária, com mínima movimentação possível. Picada de escorpião e de aranha.  A vítima apresenta dor no local da picada, podendo passar para as áreas vizinhas, queda rápida de temperatura, suor intenso, náuseas e vômitos. Primeiros socorros:  lavar o local atingido com água e sabão; manter a vítima em repouso; levar imediatamente a vítima para a unidade u nidade sanitária. Laboratório 2 - Aula 8

O transporte de acidentados é um determinante da boa prestação de primeiros socorros. Um transporte mal feito, sem técnica, sem conhecimentos pode provocar danos muitas vezes irreversíveis à integridade física da vítima. 68

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De maneira geral, o transporte bem realizado deve adotar princípios de segurança para a proteção da integridade do acidentado, conhecimentos técnicos para o transporte de uma vítima consciente ou não consciente, cuidados com o tipo de lesão que a vítima apresenta, além de técnicas e materiais para cada tipo de transporte. Em muitos casos, deve-se contar com o auxílio de um ou mais voluntários. Antes de iniciar qualquer atividade de remoção e transporte de alguma vítima, deve-se assegurar da manutenção da respiração e dos batimentos cardíacos, a hemorragia deverá ser controlada e todas as lesões de trauma deverão ser imobilizadas. A vítima de fratura da coluna só pode ser transportada em caso de extrema urgência ou iminência de perigo. O transporte de uma vítima de mal súbito requer de quem for socorrer o máximo cuidado, com o objetivo de não lhes complicar o estado de saúde com o agravamento das lesões existentes. Quanto ao estado de choque, este deve ser prevenido antes do transporte.

Transporte de apoio feito por um socorrista

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Se o acidentado estiver consciente, enquanto se prepara o transporte, o socorrista deve transmitir-lhe segurança e conforto, assumindo a situação a fim de evitar pânico. A calma do acidentado desempenha um papel muito importante na prestação dos primeiros socorros. O estado geral do acidentado pode se agravar caso a sensação de medo, ansiedade ou falta de confiança possa atingir níveis críticos. Quem presta os primeiros socorros deve ter em mente três ações básicas: afastar os perigos do acidentado; contatar o atendimento de emergência; e acompanhar o caso.

Transporte de apoio feito por dois socorristas

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Transporte Tr ansporte ao colo

Veja a seguir os principais métodos de transporte:

É um transporte utilizado em caso de envenenamento ou picada por animal peçonhento, estando a vítima consciente; ou em casos de fratura, exceto da coluna. Coloca-se um braço debaixo dos joelhos da vítima e o outro, bem firme, em torno de suas costas, inclinando o corpo um pouco para trás. Caso a vítima este ja cons conscien ciente, te, para melh melhor or fix fixação, ação, esta pode passar um de seus braços pelo pescoço do socorrista; caso esteja inconsciente, ficará com a cabeça estendida para trás, o que é muito bom, pois melhora bastante a sua ventilação.

Transporte de apoio É usado para vítimas de desmaio, com ferimentos leves ou pequenas perturbações e pode ser feito com um ou dois socorristas. Deve-se passar o braço da vítima por trás da nuca do socorrista, segurando-a com um de seus braços, passando seu outro braço por trás das costas da vítima em diagonal. Laboratório 2 - Aula 8

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Transporte ao colo

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Com dois socorristas, a vítima é abraçada e levantada de lado até a altura do tórax dos socorristas.

Transporte ao colo com três socorristas

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Transporte nas costas Este tipo de transporte é usado para remoção de pessoas envenenadas ou com entorse e luxações dos membros inferiores, previamente imobilizados. A vítima põe os braços sobre os ombros do socorrista por trás, ficando suas axilas sobre os ombros dele, buscando os braços da vítima e segurando-os, carregando-a logo em seguida.

Transporte ao colo com dois socorristas

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Com três socorristas, estes se colocam enfileirados ao lado da vítima, que deve estar de abdômen para cima. Eles se abaixam apoiados num dos joelhos e, com seus braços, levantam a vítima até a altura do outro  joel  jo elho. ho. Em se segu guid ida, a, se er ergu guem em to todo doss ao me messmo tempo, trazendo a vítima de lado ao encontro de seus troncos e a conduzem até o local desejado. Laboratório 2 - Aula 8

Transporte nas costas

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz 70

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Transporte Tr ansporte de bombeiro

Transporte de arrasto em lençol

É um transporte que pode ser realizado em casos que não envolvam fraturas e lesões graves, muito eficaz e útil, caso seja feito por uma pessoa ágil e fisicamente capaz. Primeiro, coloca-se a vítima em decúbito ventral; depois, ajoelha-se com um só joelho ou os dois e, com as mãos passando sob as axilas da vítima, levante-a, ficando agora de pé. O socorrista coloca uma de suas mãos na cintura da vítima e, com a outra, toma o punho, colocando o braço dela em torno de seu pescoço. Abaixa-se para frente, deixando deixando que o corpo da vítima caia sobre os seus ombros. A mão que segurava a cintura da vítima passa agora por entre as coxas, na altura da dobra do joelho, e segura um dos punhos da vítima, ficando com a outra mão livre.

Seguram-se as pontas de uma das extremidades do lençol, cobertor ou lona, em que se encontra apoiada a cabeça da vítima, suspende-se um pouco e arrasta-se a vítima para o local desejado.

Transporte de arrasto em lençol

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Transporte Tr ansporte de lençol pelas pontas É realizado com quatro socorristas, cada um segurando uma das pontas do lençol, cobertor ou lona, formando uma espécie de rede onde a vítima é colocada e transportada. Vítimas com lesões na coluna não podem ser transportadas desta maneira.

Transporte de bombeiro

Transporte de lençol pelas pontas

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz Laboratório 2 - Aula 8

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz 71

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Transporte Tr ansporte de cadeirinha

Transporte Tr ansporte pelas extremidades

Este tipo de transporte é feito por dois socorristas, que se ajoelham cada um de um lado da vítima. Cada socorrista passa um braço sob as costas da vítima e o outro braço nas coxas dela. Então, cada socorrista segura, com uma das mãos, o punho e, com a outra, o ombro do companheiro. Os dois socorristas erguem-se lentamente com a vítima sentada na cadeira improvisada.

Também feito por dois socorristas, um deles segura o tronco da vítima, passando os braços por baixo das axilas dela. O outro, de costas para o primeiro socorrista, segura as pernas da vítima.

Transporte pelas extremidades

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Transporte Tr ansporte de cadeira Quando a vítima está numa cadeira, podese transportar a mobília com ela. Um socorrista segura a parte da frente da cadeira, onde os pés se juntam ao assento. O outro socorrista segura lateralmente os espaldares da cadeira pelo meio. A mobília fica inclinada para trás, pois o socorrista da frente coloca a borda do assento mais alto que a de trás. A atenção é muito importante durante o transporte para que a vítima não caia.

Transporte de cadeirinha

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Uma outra maneira de se realizar o transporte de cadeirinha é cada um dos socorristas segurar os braços um do outro, formando um assento, onde a vítima se apoia abraçando o pescoço e os ombros dos socorristas.

Transporte de cadeirinha com os braços

Transporte de cadeira

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz Laboratório 2 - Aula 8

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz 72

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Transporte de maca A maca é o melhor meio de transporte de vítimas. Pode-se fazer uma boa maca, abotoando-se duas camisas ou um paletó em duas varas ou bastões, ou enrolando um cobertor dobrado em três, envolta de tubos de ferro ou bastões. Pode-se ainda usar uma tábua larga e rígida ou mesmo uma porta.

Transporte de maca

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Improvisando uma maca

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Como improvisar uma maca Cabos de vassoura, galhos resistentes de árvores, canos, portas, tábuas, pranchas, cobertores, paletó, camisas, lençóis, lonas, tiras de pano, saco de pano, cordas, barbantes, cipós e uma série de materiais são adequados para se improvisar uma maca. •  Varas, cabos de vassoura, canos ou galhos podem ser introduzidos em dois paletós ou casacos. As mangas deverão ser viradas do avesso e passadas por dentro do casaco, o qual deve estar abotoado para que fique firme. •  Cipó, corda, barbante ou arame de tamanho adequado podem ser trançados entre dois bastões rígidos para formar uma espécie de rede flexível e esticada. lenço, toalha ou lona lona po• Manta, cobertor, lenço, dem ser dobrados sobre dois bastões rígidos.

Laboratório 2 - Aula 8

Remoção de vítima com suspeita de fratura de coluna (consciente ou não) A remoção de uma vítima com suspeita de fratura de coluna ou de bacia e/ou acidentado em estado grave, com urgência de um local onde a maca não consegue chegar, chegar, deverá ser efetuada como se seu corpo fosse uma peça rígida, levantando, simultaneamente, todos os segmentos do seu corpo, deslocando a vítima até a maca.

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Transporte de vítima com suspeita de fratura

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

No transporte com maca, deve-se tomar o cuidado de acolchoar as curvaturas da coluna para que o próprio peso não lese a medula. Se a vítima estiver de bruços e apresentar vias aéreas permeáveis e sinais vitais presentes, deve ser transportada nesta posição com cuidado, pois colocá-la em outra posição pode agravar uma lesão na coluna.

Manobra de retirada de vítima com suspeita de fratura de coluna, de dentro um veículo O socorristas, colocando-se por trás, passa as mãos sob as axilas da vítima, segura um de seus braços de encontro ao seu tórax e arrasta para fora do veículo, apoiando suas costas nas coxas. Esta manobra deve ser feita apenas em situações de extrema urgência.

Retirando a vítima de acidente do carro

Fonte: Manual de Primeiros Socorros. Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz

Alguns cuidados básicos aci dentado o menos • Movimente o acidentado possível. •   Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte. •   O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo para a vítima. •  Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem necessárias. Nem mesmo durante o transporte. Laboratório 2 - Aula 8

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Deve haver consenso comum entre CIPA e colaboradores com o intuito de esclarecer os funcionários da forma correta de trabalho, da adoção de EPCs para diminuir ou eliminar o agente agressor e do uso de EPIs quando houver necessidade; com isso, obteremos ótimos resultados em benefício à segurança e medicina do trabalho. Através da metodologia CIPA/SESMT, iremos buscar mecanismos que melhoram ainda mais as condições de trabalho e oferecer melhores EPIs para maior segurança na realização de trabalhos em função do dia a dia.

Aula 9

COMO ELABORAR PLANO DE TRABALHO

Periocidades e Atividades Periocidades do Plano de Trabalho Veja nas figuras a seguir a sugestão de periocidade das atividades da CIPA e as atividades que constam dos Planos de Trabalho. Atividade – Gestão_____________

Objetivo. Mostrar a periocidade e atividades básicas para elaboração de um plano de trabalho da CIPA.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11 1 1º 12 1 2º

1. Reunião mensal

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2. Inspeção de segurança

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3. Elaboração do Mapa de Risco

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4. SIPAT

O plano de trabalho é elaborado com a finalidade de desenvolver a consciência e a importância da prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e criar uma atividade vigilante, vigilante, permitindo aos trabalhadores reconhecer e corrigir condições e práticas de insegurança. Isso faz com que o trabalhador seja educado e conscientizado sobre a importância e maneira de se proteger adequadamente dos riscos inerentes à atividade que desempenha em seu ambiente de trabalho, além de reduzir permanentemente as possibilidades de ocorrências de acidentes do trabalho e despertar o interesse dos empregados pela prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais, de modo que torne compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida, que é o mais importante.

5. Análise – Acidentes/Incidentes

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6. Análise – Medidas propostas

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7. Elaborar/rever – Plano de Trabalho

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8. Inspeção de extintores 9. Inspeção de segurança - terceiros

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10. Processo eleitoral 11. Curso de treinamento CIPA

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Periocidade das atividades da CIP CIPA A

Item 1

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Para alcançar as metas acima citadas, é através do planejamento, organização, cobrança do uso de equipamentos apropriados, métodos de trabalho adequados e supervisão competente quanto à ajuda correta por parte dos empregados em todos os níveis. Laboratório 2 - Aula 9

Mês

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Período

Atribuições

1º mês

Elaborar Plano de Trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho.

1º/2º mês

Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o Mapa de Riscos com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver.

Contínuo

Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho. Instituto Universal Brasileiro

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Mensal

Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho, visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.

Mensal

Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas no Plano de Trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas.

Mensal

Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho.

Gestão 20____ Empresa: ________________________ Ações (O quê?) ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos Contínuo de alterações no ambiente e processo de trabalho, relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores.

Objetivos das ações (Por quê?) ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

Requerer ao SESMT SESMT,, quando houver, ou ao empregador a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores.

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Contínuo

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Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA Contínuo e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho.

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Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem Contínuo como das cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho.

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Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que Contínuo tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores.

12

Requisitar ao órgão ou entidade as Contínuo cópias das CAT ou Ficha de Registro de Acidente emitidas.

13

Anual

Promover, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT.

Anual

Participar, em conjunto com o órgão ou entidade, de campanhas de prevenção da AIDS.

15

Bianual

O Presidente e o Vice-Presidente deverão constituir a Comissão Eleitoral para organização e acompanhamento da próxima eleição.

16

Bianual

Início do Processo Eleitoral conforme Calendário Eleitoral.

14

Itens Básicos do Plano de Trabalho Trabalho da CIPA

Local (Onde?) ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ Estratégias de ação (Como?) ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ Data de início (Quando?) ____ / ____ / ______ Data de término (Quando?) ____ / ____ / ______ Responsável (Quem?) _______________ Observações ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

Atividades do Plano de Trabalho da CIPA Laboratório 2 - Aula 9

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Instituto Universal Brasileiro

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