Sacramento Da Eucaristia e Crisma
November 25, 2016 | Author: Manuel Alves | Category: N/A
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Temas de Preparação para o Sacramento do Crisma. Muito breves e uteis...
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CRISMA 2010 “O Baptismo é a raiz e o tronco duma árvore e o Crisma são os seus ramos e frutos” Frei Betto CRISMA é o sinal de que recebemos e aceitamos o Espírito Santo na nossa vida. É o sinal de que assumimos conscientemente os compromissos do Baptismo.
TEMA 13 SACRAMENTO DA EUCARISTIA E CRISMA
Lucas 22, 17-20 Mateus 26, 17-9 Marcos 14, 22-24 1 Coríntios 11, 23-29
Cântico . Oração inicial e proclamação da leitura “Isto é o Meu Corpo que é dado por vós.” (Cf. Lc 22, 17-20) A Eucaristia não foi um rito mágico, inventado por Jesus na última Ceia, ou umas palavras misteriosas pronunciadas sobre o pão e o vinho, A Ceia foi como um símbolo de toda a vida de Jesus. Ele viveu durante toda a vida numa disponibilidade total, especialmente com os pobres, Não guardou nada para si próprio. Deu tudo o que tinha. Deu-se a si próprio. Entregou a sua vida aos outros. Quando Jesus se reuniu com os discípulos no dia anterior à sua morte, realizou um gesto que era expressão de todo o amor que tinha no coração, como resumo de todo o amor que foi distribuindo na sua vida. Aquela Ceia era manifestação do compromisso total de Jesus com o homem. Pouco antes de morrer, Jesus oferece a sua vida, voluntariamente: oferece o seu corpo e o seu sangue, por todos, Jesus doa-se para que todos tenham vida. Para simbolizar essa entrega, pegou o pão e o cálice e deu a seus discípulos: era Ele próprio oferecido por todos. Um sacramento do seu amor Ele tinha dito: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos amigos". É isso que Ele sempre fez, e que agora fazia também na Ceia: dar a vida pelos amigos, como humilde servidor Para que os discípulos pudessem compreender melhor os gestos de Jesus, pouco antes Ele tinha lavado os pés de cada um. Pouco depois, também durante a Ceia, Jesus deu a seus discípulos o mandamento do amor fraterno. Ele foi o primeiro a dar o exemplo. Diz São João que Jesus amou até o fim, até à cruz, sem limites. No final, disse aos discípulos: «fazei isto em minha memória». Desta forma, a entrega de Jesus para cumprir a vontade do seu Pai ficaria sempre actuante entre nós, no sacramento do pão e do vinho. Ele está sempre entre nós como aquele que é capaz de dar a vida, sem pedir nada. Os apóstolos deixaram-nos a narração da última Ceia de Jesus: Mt 26, 17-9 Mc 14, 22-24 Lc 22, 7,23 1 Cor 11, 23-29 Aquela Ceia ficou, para sempre, como símbolo e manifestação suprema do amor de Deus com o homem. Os primeiros cristãos entenderam que aquele gesto era muito importante. Reuniam-se frequentemente, em comunidade, para celebrar a "Eucaristia". Era uma recordação viva de Jesus. Jesus, naquele sacramento do pão e do vinho, estava sempre vivo e ressuscitado entre eles. E é por isso também que, em consequência, tentavam depois viver como Ele viveu. Para eles, celebrar a Eucaristia não era apenas o gesto de partir o pão e beber do cálice: era muito mais, era um compromisso de vida em comunidade, um sacramento que transformava a sua vida. E tudo isso porque era o sacramento da plena comunhão com Jesus. Mas, nem todas as comunidades conseguiram viver aquela generosidade de Jesus. Surgiram egoísmos e divisões. Paulo criticou severamente esse comportamento, pois é uma contradição querer celebrar a Eucaristia (sacramento da doação generosa de Jesus) quando existe divisão na comunidade (cf. 1 Cor 11,17-24). Paulo diz que não é possível comungar o corpo de Jesus sem, ao mesmo tempo, comungar com o irmão e preocupar-se com os problemas dele. Viver divididos e, ao mesmo tempo, comer o pão da unidade é uma contradição. Também os antigos profetas fizeram as mesmas denúncias, falando dos antigos ritos religiosos: Deus não gosta de sacrifícios e ritos oferecidos por quem não se preocupa com os irmãos, os pobres e marginalizados. Dizia o Senhor: "Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão e depois volta para oferecer o sacrifício". O próprio Jesus tinha falado nos mesmos termos: "Se no altar te lembrares de ter tido alguma coisa contra teu irmão, vai primeiro reconciliar-te com ele". Portanto, não pode existir comunhão com Deus, sem a comunhão com o irmão. CELEBRAMOS A CEIA DO SENHOR Como é que nós celebramos a Eucaristia? Será que conservamos o sentido profundo da Ceia do Senhor? A Eucaristia é uma lembrança viva da doação total de Jesus e, portanto, um sacramento que transforma a nossa vida, ensinando-nos a amar melhor os irmãos? Se a Eucaristia não for sacramento do amor, perdeu o seu sentido. Se não for sacramento da "comunidade" que vive a paz e a união, perdeu a sua referência a Jesus.
CRISMA 2010 “O Baptismo é a raiz e o tronco duma árvore e o Crisma são os seus ramos e frutos” Frei Betto CRISMA é o sinal de que recebemos e aceitamos o Espírito Santo na nossa vida. É o sinal de que assumimos conscientemente os compromissos do Baptismo. Em primeiro lugar, a Eucaristia é o sacramento do amor de Deus pelo homem, manifestado em Jesus. E é por isso que, quando celebramos a Eucaristia, "agradecemos" a Deus o presente que Ele nos fez em seu próprio filho Jesus. Toda a Eucaristia é, fundamentalmente, uma ACÇAO DE GRAÇAS. Em segundo lugar, a Eucaristia é o sacramento do amor fraterno. Eucaristia, sem vida fraterna, não é nada, seria como um rito mágico esvaziado do seu sentido. A Eucaristia tem de ser uma celebração do que foi a vida de Jesus, do seu amor generoso por todos. Portanto, sem comunhão com os irmãos, não celebramos nada. O teste que mede a nossa preparação para poder celebrar a Eucaristia é a vida de fraternidade com todos, principalmente com os mais carentes. Quem recebe Cristo, na Eucaristia, deve estar disposto a receber os pobres. Dizia São João Crisóstomo: "O templo do irmão indigente é mais precioso que o templo do Senhor" Portanto, é necessário unir a Eucaristia com a vida. Sem compromisso com a vida, a Eucaristia perde o seu valor. A Eucaristia ensina a viver em fraternidade, a estar voltados para os outros, a superar egoísmos, porque a Eucaristia é comunhão com Deus e com o irmão. Quem comunga o corpo do Senhor, que se deu sem medida, está a assumir o compromisso de DAR-SE aos outros. Se a Eucaristia não nos leva a transformar a nossa vida e a um compromisso mais sério com o próximo, é porque já não estamos a celebrar a Ceia do Senhor: trata-se de um rito que perdeu o sabor. Seria a recordação de um "morto", não a recordação do Cristo vivo, ressuscitado. Celebramos a Eucaristia, quando Jesus está vivo, para nós, nos pobres e humildes. Celebramos a Eucaristia não tanto para pedir a Deus ajuda nos nossos problemas, mas para melhor aprender a amar. Nisso consiste a Ceia do Senhor. JESUS PROMETE-NOS SEU ESPÍRITO Na noite da quinta-feira, antes de morrer, Jesus jantou, pela última vez, com seus discípulos. Era o momento da despedida. Os discípulos ficaram tristes e preocupados. Depois de três anos de amizade e de vida em comum, não era fácil para eles se acostumarem com a ideia de perder o amigo e enfrentar o futuro sozinhos. Quem lhes dará coragem para ficar unidos e continuar a obra de Deus? Vendo Jesus a tristeza deles, conversou com eles e tentou consolá-los, com a melhor das promessas: _______ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ (Jo 14,15-17) E também: ____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ (Jo 14,26) Quem é o Espírito que Jesus vai enviar aos seus discípulos? O Espírito é alguém intimamente ligado a Jesus e ao Pai. É o amor do Pai e do Filho que nos é comunicado. A sua missão é estar presente na vida dos amigos de Jesus, pois, sem Ele, é impossível conhecer e amar Jesus; sem a Sua força, é impossível viver o Evangelho e ser testemunhas de Jesus. O Espírito torna os discípulos “homens novos”, capazes de seguir Jesus e amar como Jesus amou. A Bíblia compara o Espírito: A um sopro de vida que cria o homem; A uma voz que nos faz entender a verdade; A uma água viva que faz renascer o deserto; A um fogo que aquece o coração; A uma luz que purifica, transforma e ilumina. A Bíblia diz que o Espírito é o grande DOM do Pai e do Filho, faz de nós a sua morada e continua em nós a obra de Jesus. O Espírito ilumina a nossa vida e leva-nos a Deus. Dá força e esperança na luta e nos compromissos; acende em nós o fogo do amor; anima a testemunhar a fé em Jesus. Ele é a nossa alegria e a nossa paz. JESUS CUMPRIU A PROMESSA E ENVIOU O ESPÍRITO Os apóstolos, antes de receber a plenitude do Espírito, eram cobardes, ignorantes, medrosos. Depois, anunciavam, corajosamente, o Evangelho e testemunhavam a ressurreição de Jesus. O Espírito estava com eles e acompanhava-os por todo o lado, fortalecendo-os nos momentos difíceis. Foi com a presença do Espírito, e com a sua graça, que se formaram as primeiras comunidades, vivendo fraternalmente e compartilhando os bens. O Espírito Santo era a VIDA da primeira Igreja.
Com o Crisma que vão receber, o Espírito Santo espera ser a
CRISMA 2010 “O Baptismo é a raiz e o tronco duma árvore e o Crisma são os seus ramos e frutos” Frei Betto CRISMA é o sinal de que recebemos e aceitamos o Espírito Santo na nossa vida. É o sinal de que assumimos conscientemente os compromissos do Baptismo.
VIDA DE CADA UM DE VÓS.
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