RPG - Ebook - Solidão-Book One Parte 1

October 1, 2017 | Author: Daemon | Category: Death, Role Playing Games, Nature
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Ebook oficial e gratuito. http://www.daemon.com.br um conto de mistério para Trevas...

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Mistério e Suspense Livro 1: Solidão Capítulo 1: O Chamado Tudo começou tão estranho que cheguei a pensar que era mais um dia normal. Nenhum fato bizarro tinha acontecido até que vi aquele tipo de mensagem, mas alguma coisa dentro de mim me avisava para não levantar da cama, não sair de casa, não entrar na escola... Quase vomitei quando entrei na sala de aula! Odeio ser "bom aluno"... O tempo que fico fora das recuperações só serve para destruir a minha vida social. Acho que dá pra perceber que não tenho muitos amigos. Oficialmente ninguém pra quem eu possa contar este fato, por mais estranho que seja, um fato! Eu não bebi, não fumei por isso não há chance nenhuma de que as coisas que vi sejam imaginação minha ou algum tipo de ilusão. Meu professor viu aquilo comigo mas achou que era algum tipo de brincadeira minha. É bem mais fácil achar isso do que encarar a verdade. Fizemos uma espécie de "pacto de silêncio", mesmo sem palavras os dois entendemos que este fato não seria comentado por nenhum de nós. A quem dizer isso então? A quem posso confiar essas emoções que mudaram a minha vida? Nestas palavras, que se continuarem aqui se acontecer alguma coisa comigo deixo uma espécie de testamento. Nele deixo essa experiência assustadora a todos que tenham estômago para lê-la. Depois de quase vomitar na sala de aula me sentei um pouco e fechei os olhos para relaxar. Era cedo ainda, não havia muita gente na sala e o professor deveria estar chegando, a última aula antes da saída e estávamos voltando de uma aula de química em um laboratório. Até aí normal, o alvoroço do professor, o escândalo que ele deu depois que mandou todo mundo ficar quieto mas não teve sucesso, os gritos histéricos... Ficou estranho mesmo quando ele conseguiu começar a aula. Acho que lemb ro das palavras pronunciadas naquela hora com perfeição: -Quem aqui sabe me dizer o que é a morte? -É quando alguma coisa para de viver né professor?- disse alguém no fundo da sala. -Será que é só isso? Vocês já pararam pra pensar se existe alguma coisa depois disso? Por que a morte escolhe alguns e outros escapam dela mesmo quando parece impossível? -Sorte ué.- mais um comentário inútil, pelo nível intelectual, do mesmo autor anterior. -Sim, isso tem tantas chances de acontecer, quanto ganhar na loteria. Sabem de um fato estranho? Nossas células tem um relógio que não permite ser parado, nos faz crescer e nos desenvolver por algum tempo, mas depois causa a velhice e a morte, o estranho é que ele é um relógio perfeito e não pode ser parado, não podemos nunca rejuvenescer ou viver mais por causa disso, apesar dele funcionar de um modo diferente para cada pessoa. É como se tivéssemos uma bomba atada no peito com um timer nos lembrando que não viveremos para sempre, de uma forma ou outra iremos morrer. Enquanto pensava nessas palavras o que eu chamava de estômago provavelmente já não existia mais, acho que se transformara num processador de alimentos. A sensação ruim se tornou péssima e tenho certeza de que se a oportunidade tivesse surgido tinha saído da sala de aula e não teria voltado mais. -Depois destas palavras, que espero, tenham feito vocês pensarem quero que vão até a sala de informática façam uma pesquisa sobre a morte e a importância dela, depois escrevam um texto sobre a conclusão de vocês. Saí da sala e me senti um pouco melhor, fui até um computador em outra sala e comecei a procurar algumas coisas. Achei vários textos, artigos de jornal e lí todos eles mas o que me chamou a atenção foi uma figura que se chamava morte, não tinha muito a ver com aquilo, não naquele momento mas copiei a foto daquela planície acinzentada pois decidi usar como um papel de carta no fundo do meu texto. Comecei a escrever minha conclusão quando vi que meus colegas tinham escrito qualquer idiotice num pedaço de papel e estavam sendo liberados para voltar pra casa mais cedo. O professor continuava na sala, vendo o que todos escreviam, dando dicas e sugestões para todos. Meu texto já estava quase pronto e só haviam cinco pessoas na sala, quando ele falou: -Vou ajudar um pouco vocês que ainda estão aqui, vou falar um pouco do que a morte significa pra mim. Ela é uma força da natureza, irrefreável com um poder maior do que temos capacidade de compreender. Irracional, pois não segue nenhum tipo de critério, leva quem ela tem a oportunidade e não quem merece ou não tem mais motivo pra viver. -Você acha que alguém não merece viver professor?- perguntou uma garota horrorizada. -Desculpem, acho que me expressei mal. Disse aquilo pois aos 12 anos perdi meus dois pais em um acidente de carro. Eles eram pessoas muito boas com todos. Vivi coisas terríveis depois daquilo, nunca achei justo o que aconteceu e procuro pensar que a morte não os escolheu, que ela de maneira alguma teria levado se visse o quanto meus pais gostavam de mim, ou o quanto eu precisava deles.

Continuei meu texto e quando terminei vi que o meu professor estava vindo ler o que eu tinha escrito pois só nós dois estávamos na sala naquele momento, todos os outros já tinham ido pra casa. A minha última frase foi: "Alguns conhecem essa força da natureza muito cedo." Talvez eu tenha tentado fazer uma homenagem pra ele, fazer uma média, sabe como é. Com alguns cliques levantei o texto e deixei maior para que ele pudesse ler, a parte debaixo ficou escondida e a foto ao fundo dava um contraste magnífico nas letras pretas. Ele sentou-se ao meu lado e começou a ler enquanto comentava a redação e conversava comigo, estava olhando pra ele, quando vi que no momento que acabou de ler começou a chorar, não entendi como aquela pequena frase podia fazer tanto estrago. E certamente não teria feito se lá estivesse o que eu escrevi, no lugar estava escrito em uma letra bem escura e grossa: "Alguns infelizes são vítimas do capricho deste espectro racional que como os humanos se diverte vendo a vida alheia. Infelizmente a solidão a faz destruir vidas felizes e perfeitas, apenas para ver como crianças mimadas se saem quando enfrentam a vida olho no olho, ignora seus chamados para que às levem e por ser onipresente assiste a tudo e procura tirar o maior proveito disso. A morte é sádica e mesquinha e adora ser lembrada disso pois sua evolução se deu junto à humanidade que a alimentou com muito sangue, por meio de batalhas e traições. Se considera um dos aspectos humanos e muito próxima deles por causa disso. Seus poderes são limitados mas a cada dia maiores assim como sua inteligência e sua capacidade de arquitetar planos para se divertir no limbo." Quando acabei de ler aquilo me assustei mas não foi nada comparado à quando o professor abaixou um pouco mais o texto, naquela foto que usei como papel de carta estavam três pessoas em meio à planície cinza, um garoto ajoelhado no chão de um lado e de outro um casal de meia idade, ambos choravam muito. O meu professor ampliou a foto e começou a chorar como uma criança. Olhou pra mim e percebeu que não tinha feito aquilo, tinha sido uma coisa sobrenatural, sem explicação lógica pois no meu rosto estava estampado apenas o medo e a surpresa. Mesmo assim ele procurou achar respostas: -Olhe isso é um assunto pessoal muito sério, não gostaria de saber que isso foi uma brincadeira sua por outra pessoa, entendeu Sandro? -Não é brincadeira nenhuma... Não sei nem o que está acontecendo... Juro que não escrevi aquilo... Eu não... -Onde arrumou a foto? -Digitei morte aí saiu umas coisas, essa foto junto... -Está vendo esse garoto na foto, sou eu e ao lado estão meus pais que faleceram... Aquilo foi a gota meu estômago, revirou complemente e corri ao banheiro, vomitei uma pasta verde e minha cabeça a mil tentou explicar o que aconteceu. Centenas de possibilidades mas nenhuma que pudesse explicar o que aconteceu na verdade. Aquelas pessoas não estavam na foto antes e do nada foram parar lá. Coloquei a cabeça debaixo da torneira, para literalmente esfriar a cabeça e olhei meu rosto pálido no espelho, meus joelhos pareciam ser feitos de gelatina e com muito custo saí de lá. Meu medo só era menor que a minha curiosidade cheguei na porta da sala e vi que a minha mochila estava em um canto tudo estava desligado, minha única esperança era tentar recuperar o arquivo no dia seguinte, depois da aula. Hoje não consegui pensar em outra coisa senão neste mistério mas só vou poder tentar encontrar uma tentativa de solucioná-lo amanhã.

Muito obrigado por ter chegado até o fim do primeiro capítulo deste conto, as idéias são muitas mas o tempo é curto, isto infelizmente, é o que tenho pronto no momento, gostaria muito de saber a sua opinião sobre a história, sugestões ou qualquer coisa que você esteja a fim de dizer pra mim. Neste e-mail [email protected] você pode entrar em contato comigo, o que é importante pois a cada incentivo, sinto o tempo aumentar um pouquinho e as idéias se multiplicarem. Muito obrigado por sua paciência e sua atenção. Rigonato.

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