Ritual-Maconico-I-II-e-III-REAA-de-1904
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1° Gráo – Aprendiz PRELIMINARES --------------DISPOSIÇÕES E DECORAÇÃO DO TEMPLO O local de reunião da Loja chama-se Templo. Tem interiormente a fôrma de um rectangulo alongado e o fundo, sendo possível, será semi-circular. A parte do fundo, para á qual se sobe por um degrau (ou por tres pequenos degraus, si a altura da sala o permitir), chama-se Oriente; é separado, á direita e á esquerda, por uma balaustrada. A porta de entrada é no Occidente, a meio da parede que faz frente para o Oriente. O templo não deve ter janellas ou outras aberturas a não ser que por ellas nada se veja do exterior. As paredes são decoradas de vermelho havendo na frisa um cordão que forma, de distancia em distancia, nós emblemáticos termina em uma borla pendente em cada um dos lados da porta de entrada. O tecto figura uma abobada azulada, com estrellas formando um grande numero de constellações. Na parede do fundo, no Oriente, em um painel são pintados ou bordados os astros do dia e da noite (sol e lua), ficando, este ao norte e aquelle ao sul e bem assim a estrella rutilante sobre um triangulo em fundo vermelho. Este painel fica bem em frente á Porta de entrada e sob um docel de damasco vermelho com franjas de ouro. Debaixo do docel está a cadeira do Venerável, sobre um throno ou estrado, ao qual se sobe par três degraus. Na frente da cadeira fica uma mesa rectangular fechada na frente e nos dois lados por painéis de madeira, podendo haver no da frente um esquadro·e um compasso entrelaçados. Sobre essa mesa estarão um candelabro de três luzes, um malhete, um exemplar da Constituição, Final da página 3 dos Regulamentos Geral da Ordem e particular da Loja e do Ritual e o necessário para escripta. Na frente desta meza, fóra do docel, fica o altar dos juramentos, que é uma pequena meza triangular ou uma pequena columna com canelluras e truncada, em cima da qual ficam um exemplar da Constituição e do regulamento geral, uma Bíblia, um compasso, um esquadro e uma espada.
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Diante do altar dos juramentos, uma almofada vermelha com um esquadro bordado a ouro. Á direita e á esquerda da cadeira do Venerável deve haver sobre o estrado, pelo menos, uma cadeira de honra. Próximo á grade do Oriente, ao norte ou á direita do Venerável, há uma cadeira e uma meza para o Orador·e symetricamente, ao sul ou á esquerda do Venerável, uma cadeira e uma meza para o Secretario. Em cada uma d’essas mezas há uma luz e um exemplar da Constituição e do regulamento geral da Ordem e do regulamento particular da Loja. No Occidente, de cada lado da porta, há uma columna ôca, bronzeada, de ordem corínthia, com um capitel supportando tres romãs entre-abertas. No fuste da columna á direita da entrada, ou do sul, deve estar gravada a letra B e no da columna á esquerda ou do norte a letra J. Na frente de cada uma das columnas há, sobre um estrado móvel e de um só degrau, a cadeira para cada um dos Vigilantes e na frente desta uma meza triangular, que póde ter duas das suas faces revestidas de paineis de madeira, podendo nestes paineis estar gravado, ou pintado, um nível de pedreiro nos da meza do 1º Vigilante e um nível nos da do 2º Vigilante. Sobre cada uma dessas mezas ha um candelabro de tres luzes, um malhete e um exemplar do ritual. A direita da meza do Orador, por fora da balaustrada ha uma mesa triangular para o Thesoureiro e, symetricamente, á esquerda do Secretario, uma outra para o Chanceller. Estas mezas pódem ser revistidas de paineis simples. Final da página 4 Ao meio dia e ao norte, no Oriente e fóra d’elle, estão bancos collocados longitudinalmente em duas ou mais linhas paralelas, conforme as dimensões do templo. Os aprendizes sentam-se na ultima bancada do sul e os companheiros na ultima do norte. Os mestres e os de gráos mais elevados até 17º sentam-se indistintivamente numa ou noutra. Os de gráos 18º ou superiores sentam-se no Oriente, Por extensão, dá-se o nome de columna do Norte ou do Meio-Dia ao conjuncto dos irmãos que se sentam nas bancadas diante dessas columnas. O estandarte da Loja é arvorado na balaustrada do oriente á direita do Orador. À esquerda do Secretario a bandeira nacional. Sobre cada uma das mesas do Veneravel e dos Vigilantes pode haver um tympano. * *
*
Chama-se atrio ou vestibulo o repartimento que precede o templo, o qual terá a mobilia que o espaço permittir. 3
Ao vestibulo do templo precede a sala dos passos perdidos, onde devem estar os visitantes antes de se lhes dar ingresso, mobiliada e ornada de quadros com figuras emblemáticas allegoricas, ou de retratos. ___________________ CAMARA DAS REFLEXÕES Camara das reflexões é o local onde é recolhido o profano antes de ser introduzido no templo. Essa camara não deve receber luz do exterior, sendo allumiada apenas por uma lampada. As paredes são forradas de preto e pintadas de emblemas fúnebres. Nesta camara haverá um esqueleto humano ou pelo menos uma cabeça ossea, uma cadeira, uma meza, uma campainha, papel, pennas e tinteiro. Sobre a meza estarão representados um gallo e uma ampulheta e, debaixo d’estes emblemas, as palavras – Vigilância, Perseverança. Sobre as paredes deve haver, em caracteres legíveis, inscripções como as que se seguem: Si a curiosidade aqui te conduz, retira·te. Si queres bem empregar a tua vida, pensa na morte. Si tens receio de que descubram os teus defeitos, não estás bem entre nós. Final da página 5 Si és apegado ás distincções mundanas, retira·te, nós aqui não as conhecemos. Si fores dissimulado, serás descoberto. Si tens medo, não vás adiante. O iniciado deve ser introduzido no edifício de modo que não veja, nem conheça ninguém mais do que o seu introductor. E' introduzido na camara por um dos Expertos, que se apresenta sem insígnias, em quanto não o tiver vendado, e só lhe dirige as palavras indispensáveis. O iniciando deve estar vestido de preto. Com o Experto vem o Thesoureiro, antes do candidato entrar na camara das reflexões, afim de receber os metaes da admissão, o qual declarará que dará o recibo depois de terminada a iniciação. Logo que o candidato entrar para a camara das reflexões, dar-se-lhe-á a ler os títulos I e II da Constituição, que trata da Maçonaria, dos seus princípios e dos Maçons. ___________________ 4
QUESTIONÁRIO E TESTAMENTO Depois de introduzido o iniciando na camara das reflexões, o Experto trazlhe uma folha de papel com as questões abaixo declaradas, com intervallos para serem escriptas as respostas e indicando que o candidato deve ahi também escrever seu testamento moral e philosophico, sendo tudo por elle assignado. As questões são: Quaes os deveres.do homem para com Deus? Quaes os deveres do homem para com a Humanidade? Quaes os deveres do homem para com a patria? Quaes os deveres do homem para com a familia? Quaes os deveres do homem para consigo mesmo? Ao entregar a folha de papel, o Experto adverte ao profano de que deve tocar a campainha, depois de ter respondido. Recebendo do profano o papel cheio e assignado, o Experto leva-o á Loja e depois de receber ordem do Venerável, volta para junto do profano, venda-o e o conduz á porta do templo. Final da página 9 COBRIDOR DO 1º GRÁO OU GRÁO DE APRENDIZ Rito Escocez Signal de ordem – Estando de pé, levar a mão direita abaixo da garganta, tendo os quatro dedos unidos e estendidos e o pollegar separado formando uma esquadria. Signal guttural ou Saudação Maçônica – Estando à ordem, levar a mão direita horizontalmente até o ombro direito e depois deixá-la cair ao longo do corpo, formando assim esquadria. Toque – Tomar com a mão direita a do Irmão, tocar levemente com a extremidade do pollegar a primeira phalange do dedo index, dando por um movimento imperceptível três pancadas igualmente espaçadas. Palavra Sagrada – Pede-se dizendo: Dai-me a palavra sagrada, ou depois de dar o toque cravar ligeiramente a unha do polegar da direita no dedo index do interrogado. De qualquer modo responder: – Não vos posso dar senão soletrada, dai-me a primeira lettra e eu vos darei a segunda. 5
Os dois alternam então, começando pela letra B. Dada a última letra pelo interrogado, o interrogante pronuncia a primeira syllaba e o interrogado a segunda. Palavra de Passe – Não há neste gráo. Marcha – Estando à ordem, dar três passos para frente começando com o pé esquerdo e unindo o pé direito em esquadria a cada passo, de modo a ter os calcanhares unidos a cada passo, depois fazer o sinal gutural como cumprimento. Bateria - 000 Acclamação – Huzzé! Huzzé! Huzzé! Idade – Três annos Apllausos – Batem-se três vezes nas palmas e dão-se três estalos com os dedos pollegar e médio da mão direita, o primeiro ao lado esquerdo, o segundo Final da página 7 ao lado direito à mesma altura e o último ainda ao lado direito um pouco acima, formando assim esquadria. Nos ritos Adonhiramita e françez ou moderno, há as duas seguintes diferenças: Toque – faz-se por três pancadas, tambem sendo as duas primeiras rápidas e a ultima mais espaçada. Palavra sagrada – Começa por J. Palavra de passe – T......... Marcha – faz-se rompendo com o pé direito. Bateria – 00-0 Acclamação – No rito moderno: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Idade – Três annos Apllausos – Batem-se três vezes, sendo as duas primeiras rápidas e a ultima mais espaçada. __________________ SESSÃO ECONÔMICA ________________ ORDEM DOS TRABALHOS VEN.·.
— (bate-0-) — Em Loja, meus IIr.·.. — Ir.·. 1º Vig.·., qual é o primeiro dever de um Vig.·. em Loj.·.? 6
1 °V IG .·. — Ver si templo está coberto. VEN.·.
— Certificai-vos d’isso meu Ir.·.
1 °V IG .·. — Ir.·. Cob.·. cumpri o vosso dever. COB.·.
O Cob.·. depois de bater regularmente à porta do Templo, diz: — Ir.·. 1º Vig.·. o Templo está coberto.
1 °V IG .·. — O templo está coberto, Resp.·. Mest.·.. VEN.·.
— Qual é o segundo dever de um Vig.·. em Loja, Ir.·. 1º Vig.·.?
1 °V IG .·. — Ver si todos os presentes são MMaç.·.? VEN.·.
— Certificai si o são.
1 °V IG .·. — Á ordem, meus IIr.·. Todos fazem o Signal de ordem. 1 °V IG .·. — Resp.·. Mest.·. elles o affirmam em ambas as ccol.·.. VEN.·.
— Ir.·. 1º Vig.·., que horas começam os AApr.·.·MMaç.·. os seus trabalhos? Final da página 8
1 °V IG .·. — Ao meio dia, Resp.·. Mest.·. VEN.·.
— Que horas São, Ir.·. 2º Vig.·.?
2 °V IG .·. —Meio dia em ponto, Resp.·. Mestr.·. O Ven.·. bate-000-, o que é repetido pelos IIr.·. VVig.·., ficando todos de pé e á ordem. O 1º Diac.·. sobe os degraus do throno, colloca-se em frente do Ven.·. e ambos fazem o signa1 guttural. O Ven.·. dá-lhe depois ao ouvido a pal.·. sagr.·. e o Diac.·. dirige-se ao 1º Vig.·. com as mesmas formalidades transmitte-lhe a pal.·. sagr.·. e volta ao seu lugar. O 1º Vig.·. a envia por intermédio do 2º Diac.·., e do mesmo modo ao 2º Vig.·.. 2 °V IG .·. (bate-0-) — Tudo está justo e perfeito na columna do meio-dia. 1 °V IG .·. (bate-0-) — Tudo está justo e perfeito em ambas as columnas, Resp.·. Mest.·.. VEN.·.
— Em nome do Gr.·. Arch.·. do Univ.·. e de S.·. João da Escossia, nosso padroeiro, está aberta a Loj.·. de Apr.·..Maç.·., com o titulo distintivo N......, desde agora a nenhum Ir.·. é permitido fallar ou passar de uma para outra collumna, sem obter permissão, nem occupar-se de assuntos prohibidos pelas nossas leis. Amim meus IIr, pela simpels bateria. Todos fazem o signal gutural e appaldem pela simples bateria. 7
V E N.·.
(bate-0-) — Sentemo-nos, meus IIr.·.. — Ir.·. Secr.·. dai-nos conta do bal.·. dos nossos últimos trabalhos. — Atencção, meus IIr.·.. Finda a leitura da acta.
VEN.·.
— Meus IIr.·. si tendes alguma observação a fazer sobre a redação do bal.·. que acaba de ser lido, a palavra lhes será concedida. Não havendo discussão ou finda a acta.
2ºVIG.·. (bate-0-) — Reina silêncio na columna do sul, Ir.·. 1º Vig.·.. 1ºVIG.·. (bate-0-) — Resp.·. Mestr.·., reina silencio em ambas as columnas. Si não houver discussão. V EN.·.
— (bate -0-) — Está aprovado o bal.·.. Si houve discussão e della resultam emendas ou explicações, essas serão consignadas na acta do dia. As emendas serão submetidas a votos, votando somente os IIr.·. que estiveram presentes á sess.·. e então diz o:
V EN.·.
— Os IIr.·. que aprovam o bal.·., salva a emenda, façam o sinal Aprova-se estendendo a mão direita horizontalmente. Final da página 9
V EN .·.
— Esta approvado. Os IIr.·. que approvam a emenda que façam o signal. Approvam-se do mesmo modo. Teminada a votação.
V EN .·.
— A emenda foi (ou não) approvada. — Ir.·. Mest.·. de Cer.·., cumpri o vosso dever. O Mest.·. de CCer.·., faz assinar a acta pelas cinco LL.·.
V EN .·.
— Ir.·. Secret.·., informai-nos si ha existe expediente. Se o Secret.·. responde negativa ou affirmativamente procede á leitura, do expediente, ao qual o Ven.·. vae dando destino.
VEN.·.
(bate-0-) — IIr.·. 1o e 2 o VVig.·., annunciai em vossas cco.·.l, assim como eu annuncio no Or.·., que vai circular o sacc.·. de pprop.·.. e iinform.·..
1ºVIG.·.
(bate-0-) — IIr.·. que decorais a Col.·. do Norte, eu vos annuncio da parte do Resp.·. Mest.·. que vai circular o sacc.·. de pprop.·.. e iinform.·..
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2ºVIG.·.
(bate-0-) — IIr.·. que decorais a Col.·. do Sul, eu vos annuncio da parte do Resp.·. Mest.·. que vai circular o sacc.·. de pprop.·.. e iinform.·.. O Mest.·. de CCer.·. vae colocar-se entre ccol.·..
2° VIG.·. (bate-0-) — Ir.·. 1º Vig o sacc.·. de ppopos.·. está entre ccol.·.. 1° VIG.·. (bate-0-) — Resp.·. Mest.·. o sacc.·. de ppopos.·. está entre ccol.·.. VEN.·.
(bate-0-) — Ir.·. Mest.·. de Cer.·., cumpri o vosso dever. O Mest.·. de CCer.·. depois de fazer circular o sacco, volta entre ccol.·..
2° VIG.·. (bate-0-)— Ir 1º Vig o sacco de ppopos.·. fez o seu trajecto e acha-se suspenso. 1o VIG.·.
(bate-0-)— Resp.·. Mest.·., o sacc.·.de ppropos.·. fez o seu trajecto e acha-se suspenso.
VEN.·.
(bate-0-) — Ir.·. Mest.·. de Cer.·., trazei o sacc.·. da PPropos.·. ao altar. — IIr.·. Orad.·. e Secret.·., convido-vos a assistirdes á verificação do seu conteúdo. O Mest.·. de CCer.·. apresenta o sacc.·. ao Ven.·. deitando sobre a meza as peças recebidas ,e vae ao seu lugar. O Orad.·. e o Secret.·. approximam-se do altar, assistindo a contagem das peças, depois voltam aos seus lugares.
VEN.·.
(bate-0-) — Meus IIr.·.,o Sac.·. de ppropos.·. e iinform.·. produziu (tantas) ccol.·. ggrav.·. que passo a decifrar. O Ven.·. lê as peças recebidas, e da-lhes destino. Si tiver de correr o escrutínio sobre qualquer profano, regularizando ou filiando. Final da página 10
VEN.·.
(bate-0-)— Ir.·. 1º Experto, muni-vos do escrutínio e vós Ir.·. Mest.·. de CCer.·. distribui as espheras.
VEN.·.
(bate-0-)— Meus IIr.·., vae correr o escrutínio secreto sobre o ......................................; as espheras brancas aprovam, as negras reprovam. O Mest.·. de CCer.·. apresenta a cada Ir.·. uma urna onde estão espheras brancas e negras e dahi cada um tirará a esphera com que quiser exprimir o seu voto. O 1º Exp.·. 9
vae recebendo em outra urna as esferas distribuídas pelo Mest.·. de CCer.·.. Pode-se fazer também distribuir pelo Mest.·. de CCer.·. uma esphera branca e uma preta a cada um dos IIr.·.. O 1º Exp.·. recolhe a votação e, depois de proclamado o resultado, recolhe as outras espheras. Observa-se nisso o que foi recoummendado quanto ao sacc.·. de prop.·., fazendo os VVig.·. os respectivos annuncios e a verificação tendo lougar em presença do Orad.·. Secr.·.. O Exp.·., apresentando a urna ao Ven.·., destapa a e os número das espheras é conferido com as dos Obr.·. presentes. Si todas as espheras forem brancas, o Ven .·. annunciará diretamente a Loj.·. que o ................ foi approvado limpo e puro; Si houver uma ou duas espheras pretas, annunciará que foi aprovado; Si apareceu três espheras pretas, foi adiado por um mês; e si quatro espheras pretas o .................... foi reprovado. Segue-se a ordem do dia e depois dessa. VEN.·.
(bate-0-)— IIr.·. 1º e 2º VVig.·., annunciai em vossas ccol.·., assim como eu annuncio no Or.·. que vae correr o tr.·. de benef.·..
1º VIG.·.
(bate-0-)— IIr.·. que decorais a col.·. do norte, eu vos annuncio da parte do Resp.·. Mest.·. que vai correr o tr.·. de benef.·..
2º VIG.·.
(bate-0-)— IIr.·. que abrilhantais a col.·. do sul, eu vos annuncio da parte do Resp.·. Mest.·. que vai correr o tr.·. de benef.·... O IIr.·. Hosp.·. tendo ido colocar-se entre col.·..
2º VIG.·. o
— Ir.·. 1º Vig.·., o tr.·. de benef.·. está entre ccol.·..
1 VIG.·.
— Resp.·. Mest.·., o tr.·. de benef.·. está entre ccol.·...
VEN.·.
(bate-0-)— Ir.·. Hosp.·. cumpri o vosso dever . O Hosp.·. faz circular o tr.·., indo depois colocar-se entre ccol.·..
2º VIG.·.
(bate-0-)— Ir.·. 1º V ig.·. , o tr.·. de benef.·. fez seu gyro e está suspenso.
1º VIG.·.
(bate-0-) — Resp.·. M es t r.·. , o tr.·. de benef.·. fez seu gyro e está suspenso.
VEN.·.
(bate-0-)— Ir.·. Hosp.·., dirigi-vos ao altar do Ir.·. Or.·. para ser conferida a collecta. 10
O Hosp.·. vae a mesa do Or.·. e com elle confere o producto do tr.·.. O Or.·. comunica em voz alta ao Ven.·. a quantia arrecadada. VEN.·.
(bate-0-)— Meus IIr.·., o tr.·. de benf.·. produziu a medalha cunhada de .............................. que fica entregue e, debitada ao Ir.·. Hosp.·. Final da página 11
VEN.·.
(bate-0-) — IIr.·. 1o e 2° VVig.·., annuniciai, em vossas ccol.·., assim como eu annuncio no Or.·., que concedo a palavra a bem da Ord.·. em geral e do quadro em particular a qualquer dos IIr.·. que d’ella queira fazer uso.
1º VIG.·.
(bate-0-) — IIr.·. que decorais a col.·. do norte, eu vos annuncio, da parte do Resp.·. Mest.·., que elle concederá a palavra a bem da Ord.·. em geral e do quadro em particular, áquelle que d’ella queira usar.
2º VIG.·.
(bate-0-) — IIr.·. que abrilhantais a col.·. do sul, eu vos annuncio, da parte do Resp.·. Mest.·., que elle concederá a palavra a bem da Ord.·. em geral e do quadro em particular, áquelle que d’ella queira usar. Reinando silêncio ou concluída a discussão.
2º VIG.·.
(bate-0-) — Ir.·. 1º Vig.·., reina o silencio na col.·. do sul.
1º VIG.·.
(bate-0-) — Resp.·. Mest.·., reina o silencio em ambas as ccol.·..
VEN.·.
(bate-0-) — Ir.·. 2° Vig.·., que idade tendes?
2º VIG.·.
— Três annos, Resp.·. Mest.·..
VEN.·.
— Ir.·. lº Vig.·., até que hora trabalham os AAp.·. MMaç.·.?
1º VIG.·.
— Até á meia noite, Resp.·. Mest.·.
VEN.·.
— Que horas são, Ir.·. 2º Vig.·.?
2º VIG.·.
— Meia noite completa. O Ven.·. – bate-000- o que é repetido pelos VVig .·., ficando todos de pé e à ordem. O 1º Diac.·. sobe os degráos do throno, coloca-se em frente ao Ven.·. e ambos fazem o sinal gulttural. O Ven.·. dá ao ouvido a pal.·. sag.·. e o 1º Diac.·. dirigi-se ao 1º Vig.·. com as mesmas formalidades, transmite-lhe a pal.·. sag.·. e volta ao seu lugar. O 1º Vig.·. a envia por intermédio do 2º Diac .·., e o do mesmo modo ao 2º Vig.·..
2º VIG.·.
(bate-0-) — Tudo está justo e perfeito na col.·. do meio-dia..
1º VIG.·.
(bate-0-) — Tudo está justo e perfeito em ambas as ccol.·.. 11
VEN.·.
— Em nome do Gr.·. Arch.·. do Univ.·. e de São João de Escossia, nosso padroeiro, está fechada a Loja de Apr.·. Maç.·., com o titulo distincto N.................... — A mim, meus IIr.·., pela simples bateria. Todos fazem o signal guttural e applaudem pela bateria simples. Final da página 12 Sessão Magna _________ ABERTURA DOS TRABALHOS
VEN.·.
(bate -0-) — em Loj.·., meus IIr.·.. — Ir.·. 1oVig.·., qual é o vosso primeiro dever em Loja?
1º VIG.·.
— Vêr si o templ.·. está coberto.
VEN.·.
— Certificai-vos d’isso, meu Ir.·.
1º VIG.·.
— Ir.·. Cobr.·., cumprir o vosso dever.
COB.·.
(depois de bater regularmente à porta do templ.·.) — Ir.·. 1º Vig.·., o templo está coberto.
1º VIG.·.
— Resp.·. Mest.·., o templ.·. está coberto.
VEN.·.
— Qual é o vosso segundo dever de um Vig.·. em loj.·., Ir.·. 1º Vig.·.?
1º VIG.·.
— Ver si todos os presentes são MMaç.·..
VEN.·.
— Verificai si o são.
1º VIG.·.
— A´ ordem, meus Irmãos (todos fazem o signal de ordem) Resp.·. Mest.·., eles o affirmam em ambas as ccol.·.
VEN.·.
— (bate -0-). Ir.·. 2o Diac.·., qual é o vosso lougar em Loj.·.?
2º DIAC.·.
— A´ direita do 1 o Vig.·., se elle o permitir.
VEN.·.
— Para que, meu Ir.·.?
2º DIAC.·.
— Para transmitir as suas ordens ao 2º Vig.·. e ver si todos os IIr.·. conservam nas ccol.·. a devida decencia.
VEN.·.
— Onde, tem assento o 1 o Diac.·.?
2º DIAC.·.
— A´ direita do Ven.·. e abaixo do solio, si ele o permitir.
VEN.·.
— Para que, Ir.·. 1o Diac.·.?
1º DIAC.·.
— Para transmitir as suas ordens ao 1 o Vig.·., e a todas as outras dignidades e officiaes, afim de que o trabalhos se executem com mais promptidão. 12
VEN.·.
— Onde tem assento o 2º Vig.·.?
1ºDIAC.·.
— No meio dia.
VEN.·.
—Para que occupais esse logar, Ir .·. 2o Vig.·.?
2º VIG.·.
— Para observar o sol no seu meridiano, mandar os OObbr.·. para o trabalho, e chamal-os para a recreação, afim de que ao Ven.·. resulte honra e gloria. Final da página 13
VEN.·.
— Onde tem assento o 1o Vig.·.?
2º VIG.·.
— No Occidente.
VEN.·.
— Para que, Ir.·. 1o Vig.·.?
1º VIG.·.
— Assim como o sol se esconde no Occidente para terminar o dia, assim tem alli assento o 1o Vig.·., para fechar a Loj.·., pagar aos OObr.·. e despedil-os contentes e satisfeitos.
VEN.·.
— Onde é o lugar do Ven.·.?
1º VIG.·.
— No Or.·..
VEN.·.
— Para que, meu Ir.·.?
1º VIG.·.
— Assim como o sol nasce no Oriente para principiar a sua carreira e romper o dia, assim o Ven.·. alli tem assento para abrir a Loj.·., dirigil-a nos seus trabalhos, e esclarecel-a com as suas luzes.
VEN.·.
— Ir.·. 1º Vig.·., para que nos reunimos aqui?
1º VIG.·.
— Para promover o bem-estar da humanidade, levantando templos á virtude e cavando masmorras ao vicio.
VEN.·.
— Que tempo é necessário para que um Ap.·. Maç.·. seja perfeito?
1º VIG.·.
— Três annos, Resp.·. Mest.·..
VEN.·.
— Que idade tendes?
1º VIG.·.
— Três annos.
VEN.·.
— A que horas começam os AAp.·. MMaç.·. a trabalhar?
1º VIG.·.
— Ao meio-dia.
VEN.·.
— Que horas são 2o Vig.·.?
2º VIG.·.
— Meio-dia completo, Resp.·. Mest.·.. O Ven.·. – (bate -000) – que é repetido pelos VVig, ficando todos de pé e á ordem. O 1º Diac.·. sóbe os degráos do throno, coloca-se em frente ao Ven.·. e ambos fazem o sinal gulttural. O Ven.·. dá ao ouvido a pal.·. sag.·. e o 1º Diac.·. dirigi-se ao 1º Vig.·. com as mesmas formalidades, transmite-lhe a pal .·. 13
sag.·. e volta ao seu logar. O 1º Vig.·. a envia por intermédio do 2º Diac.·., e o do mesmo modo ao 2º Vig.·.. 2º VIG.·.
(bate-0-) — Tudo está justo e perfeito na col.·. do meio-dia..
1º VIG.·.
(bate-0-) — Tudo está justo e perfeito em ambas as ccol.·., Resp.·. Mest.·..
VEN.·.
— Em nome do Gr.·. Arch.·. do Univ.·. e de S.·. João da Escossia, nosso padroeiro, está aberta a Loj.·. de Apr.·..Maç.·., com o titulo distinctivo N......, em sess.·. magna Final da página 14
.
Amim meus IIr.·., pela simples bateria. Todos fazem o signal guttural e applaudem pela simples bateria.
VEN.·.
— Sentemo-nos, meus IIr.·. Segue-se a leitura e approvação da acta, leitura e destino do expediente, gyro do sacc.·. de propos.·. e inform.·., como na sess.·. econ.·., salvas as restricções estabelecidas na lei, conforme o fim da sess.·..
VEN.·.
— Ir 2º Diac.·., dirigi-vos á sala dos passos perdidos e verificai si ha IIr.·. visitantes, convidando-os a assignarem o livro respectivo e apresentarem os seus títulos legais, que trareis ao Ir .·. Or.·. para o necessário exame. O 2º Exp.·., executa a ordem e volta ao templo com o livro de assignaturas dos visitantes e os seus títulos que entregará ao Orad.·. para confronto das assignaturas do livro e do Ne Varietur. Isto é indispensável quando os visitantes não forem MM.·. conhecidos.
VEN.·.
— Ir.·. Mest.·. de Cerem.·., acompanhai á porta do templo os AAp.·. e CComp.·. visitantes. Pede ingresso na forma usual.
VEN.·.
— Franqueai-lhes ingresso. De pé e á ordem. Entram e ficam entre ccol.·..
VEN.·.
(aos visitantes) — D’onde vindes, meus IIr.·. ? Um dos visitantes responde.
Visit.·.
— De uma Loj.·. de S. João, Resp.·. Mest.·..
VEN.·.
— O que trazeis, meus IIr.·.?
Visit.·.
— Amizade, Paz e prosperidades a todos os meus IIr.·..
VEN.·.
— Nada mais trazeis?
Visit.·.
—O Ven.·. de minha Loj.·. vos sauda por três vezes três. 14
VEN.·.
— O que se faz em vossa Loj.·.?
Visit.·.
— Levantam-se templo a virtude e masmorras ao vicio.
VEN.·.
— Que vindes aqui fazer?
Visit.·.
— Vencer as minhas paixões, submetter minhas vontades e fazer novos progressos na Maç.·..
VEN.·.
— O que desejais meus IIr.·.?
Visit.·.
— Um lugar entre vós.
VEN.·.
— Elle vos é concedido. Ir.·. Mest.·. de Cerem.·., conduzi os nossos IIr.·. aos logares que lhes competem. Final da página 15 Os demais visitantes são introduzidos do mesmo modo pelo Mestr.·. de Ccer e uma comissão, seguindo-se a ordem abaixo declarada. As perguntas acima só serão feitas aos MMaç.·. de gr.·. 17.·. e inferiores.
I Os MMest.·. — Comm.·. de dous MMest.·.. II Os dos ggr.·. 4 a 17 — Comm.·. de dous IIr.·. dos mesmos ggr.·.. III Os dos ggr.·. 18 ou equivalente em outros ritos até o gr.·. 30 — Comm.·. de três membros dos ditos ggr.·., armados de espada e munidos de estrellas. Forma-se uma abóbada de aço simples. IV Os dos ggr.·. 31 e 32, os membros efetivos e honorários da Assembl.·. Ger.·., membros do Tribunal de Appellação, Presidente de Officinas, Delegados á grande loja estadoal e as deputações das officinas — Comm.·. de cinco membros da mesma categoria ou da imediatamente inferior, armados de espada e munidos de estrelas. Forma-se abobada de aço dobrada. Uma bateria de malhetes, á entrada do templo (000), repetida pelos VVig.·.. V Os dos ggr.·. 33, os grandes dignatários effectivos e honorários da Assembl Ger, os membros effectivos das grandes officinas, chefes de ritos e os beneméritos da Ord.·. — Comm.·. de sete membros, armados de espadas e munidos de estrellas. Abóbada de aço dobrada. Três baterias de malhete. O Ven.·., si não pertence a essas classes oferece o malhete junto a grade do Or.·. VI Delegado do Gr.· Mestr, presidente da grande loja e o presidente do Tribunal de Appellação — Comm.·. de sete membros, armados de espadas e munidos de estrelas. Abóbada de aço dobrada. Malhetes batentes por três baterias. O Ven.·. offerece o malhete junto a grade do Or.·. 15
Final da página 16 VII As GGr.·. DDignid.·. de honra e os honorários — Comm.·. de nove membros, armados de espadas e munidos de estrelas. A abóbada de aço dobrada. Malhetes batentes incessantes. O Ven.·. offerece o malhete no centro do templo. VIII O Gr.·. Mestr.·. Adj.·. — Do mesmo modo. IX O Gr.·. Mestr.·. da Or.·. — Comm.·. de onze membros armados de espadas e munidos de estrelas. Abóbada de aço dobrada. Malhetes batentes incessantes pelos VVig.·.. O Ven.·. acompanhado do Orad.·., Sec.·.r, Porta-Estand.·. e Porta-Esp.·., vem entre columnas e ahi ordena que se dê ingresso apresentando então o malhete. _______________ FILIAÇÃO _______________ O filiando apresenta os seus títulos e documentos pelos quaes se verifique o grao que possue e a sua regularidade Maçonica. Depois de verificar si está tudo em ordem, o que pode ter logar em sess.·. anterior ou fora da sess.·., antes de lhe ser dado ingresso.. VEN.·.
— Meus IIr.·., acha-se na sala dos passos perdidos o nosso Ir.·. F ......................; gr.·. ........... que foi aprovado para filiar-se nessa Off.·. . Ir.·. Mestr.·. de CCer.·. nomeai uma comm.·. de .......... membros (o mesmo numero estabelecido para os visitantes do seu gráo ou qualidade), afim de acompanhar á porta do templo o Ir.·. filiando. Para dar ingresso.
VEN.·.
Franqueai o ingresso. De pé e a ordem. Logo que tiver ingresso. — Sede bem vindo, Resp.·. Ir. ., e que a nossa Aug.·. Loj.·. seja para vós uma habitação de paz e de concórdia. Nós os operários d’este templo achamo-nos possuídos do maior jubilo com a vossa filiação. — Convido-vos a virdes ao altar ratificar os vossos juramentos. O Fil.·. vai ao altar e presta o seguinte juramento. Final da página 17
.
Juro e prometto, pela minha fé e pela minha honra, cumprir a Constit.·. e reg.·. ger.·. da Ord.·. e as leis e resoluções dos poderes competentes e bem assim o reg.·. part.·. e deliberações d’esta Aug.·. Loj.·., reconhecendo o Gr.·. Or.·. e Supr.·. Cons.·. do Brazil, como 16
única potencia maçônica legal e legítima no Brazil. Assim Deus me ajude. O Fil.·. vai depois ficar entre ccol.·. , acompanhado do Mestr.·. de CCer.·., salvo si possuir o gr.·. 18.·. ou superior, caso em que ficará no Or.·.. VEN.·.
(bate-0-) — IIr.·. 1° e 2º VVig.·., convidai os IIr.·. que abrilhantam as vossas CCol.·., assim como eu convido os do Or.·., a reconhecerem o Ir.·. F.·. como Memb.·. act.·. d’essa Aug.·. Loj.·. e a unirem-se a mim a fim de me ajudar a applaudir a brilhante acquisição que acabamos de fazer com a sua Filiação.
1ºVIG.·.
(bate-0-) — IIr.·. que decorais a col.·. do norte, o Resp.·. Mest.·. manda convidar-vos a reconhecer o Ir.·. F.·. como membr.·. act.·. d’essa Aug.·. Loj.·. e a unirmo-nos a elle para applaudir a brilhante acquisição que acabamos de fazer com a sua Filiação
2ºVIG.·.
(bate-0-) — IIr.·. que abrilhantais a col.·. do meio-dia, o Resp.·. Mest.·. manda convidar-vos a reconhecer o Ir.·. F.·. como membr.·. act.·. d’essa Aug.·. Loj.·. e a unirmo-nos a elle para applaudir a boa acquisição que acabamos de fazer com a sua Filiação
.
(bate-0-) — Está annunciado na minha col.·..
1ºVIG.·.
(bate-0-) — Está annunciado emm ambas as ccol.·..
VEN.·.
— A mim meus IIr.·.. Applande-se conforme o gr.·. do Fil.·..
VEN.·.
— Ir.·. Mestr.·. de CCer.·. convidai o nosso Ir.·. a assignar o livro de presença e depois designai-lhe o logar que lhe compete.
.
— Sentemo-nos, meus IIr.·.. Final da página 18 Para o juramento de Membr Hon da Loj observa-se o que está fixado para o caso de filiação, prestando o mesmo juramento. A regularização de profanos iniciado por MM de ggr elevados, faz-se com as mesmas formalidades da filiação. Depois do juramento, o Vem poderá intruil-o nos signais, toques e palavras, si julgar necessário. O juramento é o seguinte: Juramento Ratifico e de novo juro, por minha honra, não revelar nenhum dos misteryos da Maçonaria senão a Maçon regular, não escrever, gravar, riscar, imprimir ou fazer caracter por onde os possa divulgar, cumprir fielmente a Constituição, regulamento geral, leis e resoluções dos poderes competentes e bem assim o regulamento particular e 17
deliberações desta Augusta Loja, reconhecendo o Grande Oriente e Supremo Conselho do Brazil como única potencia Maçonica legal e legítima na Brazil. Assim Deus me ajude. O regularizando depois de instruído ou examinado pelo Ven .·. nos sinaes, toques e palavras, é mandado colocar entre ccol .·., fazendo o Ven.·. nesta occasião proclamar e applaudir, como no caso da filiação. ______________ INICIAÇÃO ____________ O 1º Exp.·., informa-se antes si há algum profano para ser iniciado. VEN.·.
— Ir.·. 1º Exp.·., podeis informar-nos si há algum Prof.·., na câmara das reflexões que pretenda ser iniciado nos nossos aaug.·. mmyst.·. ?
1o EXP.·.
— Sim, Resp.·. Mest.·., Está o Prof.·. F. .
VEN.·.
— Meus IIr , o escrutínio foi favorável a admissão do Prof.·. F., e é chegada a hora da sua recepção. Final da página 19 — Dizei-me, pois, si estás dispostos a consentir na sua iniciação. Manifestai-o pelo signal de costume. Todos estendem a mão direita horizontalmente.
VEN.·.
— Ir 1º Exp.·., ide ao logar onde está o Prof.·. e dizei-lhe que sendo perigosas as provas por que tem de passar, é conveniente que faça o seu testamento e ao mesmo tempo nos responda as questões que sujeitamos ao seu espirito para bem conhecer-mos os seus princípios e o merecimetno de suas virtudes. — Ir.·. Secr.·. entregai ao 1º Exp.·. o questionário do costume. Executa a ordem do Ven.·. e depois de obter as resposta do Prof.·., volta a dar conta da sua Missão, sendo-lhe franqueado o ingresso sem mais formalidades. O Exp.·. traz a resposta do Prof .·. na ponta da espada. O obedece, traz a resposta. Todos estendem a mão horizontalmente.
1º EXP.·.
— Resp.·. Mest.·., o Prof.·. cumpriu a sua primeira obrigação. Eis a suas respostas e o seu testamento.
VEN.·.
— Entregai-os ao Ir.·. Orad.·. para d’eles fazer a leitura. 18
Executa-se. VEN.·.
— Ir.·. Thes.·., está satisfeito?
THES.·.
— sim Ven.. Mestr
VEN.·.
— Ir.·. Exp.·., ide preparar o Prof.·. e couduzí-o a porta do templo, onde o confiareis ao Ir.·. Mest.·. de Cerem.·.. O Exp.·. vai a camara das reflexões, venda os olhos do Prof.·., tira-lhe todos os metais, a casaca e o collete, e descobre-lhe o lado esquerdo do peito. Depois conduz o Prof.·. a porta do templo onde o entrega ao Mest.·. de Cer.·., que bate profanamente uma ou duas pancadas fortes. Os VVig.·. batem e repetem sempre os annuncios do Cobr.·. ao Ven.·..
COBR.·.
(armando-se) — Bate profanamente a porta do templo.
VEN.·.
(bate – 0) — Fazei ver meus IIr.·., quem é o temerário que ousa interromper os nossos Augustos Trabalhos. Os VVig.·. batem – 0 – e transmittem a ordem. O Cobr.·. abre a porta um pouco e colloca cautelosamente a ponta da espada no peito do Prof.·., dizendo em voz alta e aspera.
COBR.·.
— Quem é o temerário que tem o arrojo de querer forçar a entrada d’este templo?
1º EXP.·.
— Suspendei a vossa espada Ir.·. Cobr.·. é o Mestr.·. de CCer.·. que vem apresentar um Prof.·. a essa Aug.·. Loj.·. . O Cobr.·. retira a espada e da conta da resposta.
VEN.·.
(bate – 0) — Armai-vos, meus IIr.·., porque um Prof.·. acha-se a porta do nosso templo. Final da página 20 — Ir.·. Mestr.·. de CCer.·., que indiscrição é a vossa conduzindo aqui um Prof.·.? O que quereis? O que pretendeis?
EXP.·.
— Que seja admitido em nossos AAug.·. MMyst.·..
VEN.·.
— E como pôde o Prof.·. conceber tal esperança.
EXP.·.
— Porque é livre e de bons costumes.
VEN.·.
— Pois que é l i v r e e de bons costumes, perguntai-lhe o seu nome e a sua patria. O Exp.·. responde.
VEN.·.
— Que profíssão exerce e a sua residencia actual? O Exp.·. responde. 19
A porta deve estar meio aberta. O Mestr.·. de CCer.·. e o Prof.·. da parte de fora e o Cobr.·. da parte de dentro, para passar a resposta ao 2º Vig.·., o 2º ao 1º e este ao Ven.·. VEN.·.
(bate 0) — Fazei entrar o Prof.·.. Quando entra, o Exp.·. coloca-lhe a ponta da espada sobre o peito de modo que o Prof.·. a sinta.
VEN.·.
— Vedes alguma cousa, senhor?
PROF.·.
— Não, senhor.
VEN.·.
— Sentis alguma impressão?
P ROF.·.
— Sinto a ponta de um ferro.
VEN.·.
— A arma, cuja ponta sentis, symbolisa o remorso que há de perseguivos, si fordes thraidor à associação a que desejas pertencer. O estado de cegueira em que vos achais, é o symbolo do mortal que não conhece a estrada da virtude, que ides principiar a trilhar. — O que quereis de nós, senhor.
P ROF.·.
— Ser recebido Maç.·..
VEN.·.
— E esse desejo é filho de vosso coração, sem nenhum constragimento ou suggestões?
P ROF.·.
— Sim, senhor.
VEN.·.
— Reflecti bem no que pedis. Não conheceis os dogmas e os fins da Subl.·. Ord.·. a que desejais pertencer e ella não é uma simples associação de auxílio mutuo e de caridade. Ella tem responsabilidades e deveres para com a sociedade e para com a humanidade, e necessita de progredir e assim assiste-lhe o direito de exigir dos seus iniciados o cumprimento de sérios deveres e enormes sacrifícios. — Nós somos apenas os atomos d’esse grande corpo, que se chama Humanidade. Final da página 21
VEN.·.
— As calamidades do presente são "o premio terrivel do futuro. Os soffrimentos trazem a agonia e as idéas a immortalidade. Aquelle que morre no cumprimento do dever cahe com gloria e sob o resplendor do futuro. — É sempre pelo ideal e só pelo ideal que nós nos dedicamos. Os homens sacrificam-se por visões que, para os sacrificados, são qúasi sempre illusões, mas íllusões com que se obtêm todas as certezas humanas, Abrahão, preparando-se para sacrificar o seu proprio filho representa grande e sublime allegoria. — Assim tambem, a sociedade ou a patria deve levar os seus filhos ao altar do sacrificio quando o exigir o bem das gerações vindouras. 20
P ROF.·. VEN.·.
— Previno-vos, senhor, de qui a nossa Ord.·. exigirá de v6s uma obrigação solemne e terrível, que tem sido prestada por muitos grandes homens e bernfeitores da Humanidade. — Pelas vidas e feitos d' esses homens podereis conhecer o quanto a Maç o' o tem incitado e estimulado os seus iniciados. — Ficai tambem sabendo que consideramos traidor á nossa Ord∴ aquelle que não cumpre os deveres de maçon em qualquer calamidade. Pausa — Já passastes pela primeira prova das antigas iniciações, a da Terra, pois isso significa" a caverna em que estivestes recolhido e onde fizeste as vossas ultimas disposições. Temos diminuido O rigor d'essa prova, que é hoje apenas um symbolo do que foi realmente. — Agora restam-vos outras para as quaes é necessaria toda a vossa coragem. Consentis em submerter-vos a ellas? Tendes a coragem precisa para affrontar todos os perigos a que a vossa resolução póde porventura expôr-vos. — Sim, senhor. — Ainda unta vez. reflecti, senhor. Si vos tomardes maçon, encontrareis nos nossos symbolos a terrivel o realidade do dever. Final da página 22 — Não devereis combater somente as vossas paixões, mas ainda ha outros inimigos da Humanidade, como sejam: os hypocritas, que a enganam; os perfidos, que a defraudam; os fanáticos que a opprimem e os ambiciosos que a usurpam; e os corruptos e sem principios, que abusam da confiança das massas. A estes não se combate sem perigo. — Sentis-vos com energia, resolução e dedicação para combater o Obscurantismo, a Perfidia e o Erro?
P ROF.·.
— Sim, senhor,
VEN.·.
— Pois que é essa a vossa resolução, eu não respondo pelo que vos acontecer . — Ir. . Terrível, levai esse Prof.·. para fóra do templo e conduzi-o por esse caminho escabroso por onde passam os temerários que querem entrar n'este augusto recinto. O Exp. . toma o Prof. . pelo braço, leva-o fóra do Templo e, depois de fazel-o dar algumas voltas, o conduz a porta do Templo, onde arroja-o de qualquer altura, amparrando-o convenientemente.
Exp.·.
— Resp.·. Mestr. ., apresento-vos o Prof.·. que deu uma prova de coragem.
VEN.·.
— Senhor, é através de perigos e difficuldades que podereis alcançar a iniciação. 21
— Embora a Maç não seja uma religião c proclama liberdade absoluta de consciencia, tem com tudo uma crença e os maçons não se empenham em empreza importante sem primeiro invocarem ao Gr.·. Arch. . do Univ, . — Ir. . Exp.·., conduzi o cand.·. . . . . junto ao Ir.·. 2º Vig.·, e fazei-o ajoelhar-se, (Executa-se). P ROF.·.
— tomai parte na oração que em vosso favor vamos dirigir ao Senhor dos Mundos e autor de todas as cousas.
VEN.·.
(bate 0). De pé e á ordem. Final da página 23 ORAÇÃO Humilhemo-nos, meus IIr.·., ante o Soberano Arbitro dos Mundos, reconheçamos o seu poder, e a nossa fraqueza. Contendo os nossos corações nos limites da equidade, e dirigindo os nossos passos pela estrada da virtude, elevemo-nos até o Senhor do Universo. Elle é um só, subsiste por si mesmo, e todos os entes lhe devem a existência. Tudo faz e em tudo domina, invisível aos olhos, vê, e lê no fundo de nossa alma. A elle ergamos os nossos votos, e as nossas preces. Digna-te, oh Gr.·. Arch.·. do Univ.·., proteger os OObr.·. de paz, aqui reunidos. Anima o nosso zelo, fortifica a nossa alma na luta das paixões, inflamma o nosso coração no amor da virtude; guia-nos a todos, assim como a este candidatod, que deseja participar de nossos augustos mystérios. Presta-lhe agora e sempre a tua proteção e ampara-o com o teu braço omnipotente em todas as provas, perigos e dificuldades. Amém.
Todos
Amem.
VEN.·.
— Senhor nos extremos da vida, em quem depositais a vossa confiança?
P ROF.·.
— Em Deus.
VEN.·.
— Pois que confiais em Deus, levantai-vos, segui sem temor e com passo affouto o vosso guia e nada receieis. O 1º Exp.·. colloca o Prof.·. entre CCol.·., e guarda-se profundo silêncio.
VEN.·.
(bate -0-)
1º VIG.·.
(bate -0-)
2º VIG.·.
(bate -0-) Todos se assentam em silêncio e o Prof.·. senta-se entre ccol.·..
22
VEN.·.
— Senhor, antes que esta augusta assembléia, de que sou órgão, consinta em admittir-vos ás provas, ella deve sondar o vosso coração, desejando que respondais com a maior liberdade e franqueza. Fica a critério do Ven.·. o deixar de fazer algumas perguntas ao candidato, conforme o tempo que se dispõe.
VEN.·.
— Que pensamentos vos occorreram quando estaveis no logar sombrio de meditação onde vos pediram para esquercerdes a vossa última vontade? Final da página 24 — Repondei com franqueza. A vossa resposta não nos offenderá. Deixa-se o candidato, responder sem precipitações. As observações seguintes do Ven∴ poderão variar as respostas assim o exigirem.
VEN.·.
— Em parte já vos dissemos com que fim fostes submettido á primeira prova, a da Terra. Os antigos diziam que havia quatro elementos; a. Terra, o Ar, a Agua e o Fogo. — Vós estaveis na escuridão e no silencio um subterraneo como um encarcerado numa masmorra, e cercado de emblemas da mortalidade e de phrases escriptas allusivas, principalmente para cornpellir-vos a uma séria e solemne reflexão, tão necessaria a um passo importante como a iniciação nos nossos mysterios. — Esperavamos que vos lembrasseis de que a masmorra tinha sido sempre o principal instrumento da tyrannia; que na idade média os casteltos dos nobres foram edificados sobre as masmoras; que a Inquisição teve as suas cellas escuras para as suas victimas; e que a Bastilha foi uma das centenas de prisões construidas pelos reis e tyrannos. — Esperávamos mais, que vos lembrando d'isso, manifestasseis a vossa cólera contra todo o despotismo, quer sobre o corpo, quer sobre a consciencia, e o mais fervoroso amor pelas instituições livres. — O primeiro acto de um povo opprimido que defende os seus direitos é destruir as Bastilhas que foram o orgulho e a segurança dos seus senhores. — Esperavamos que refletisseis que o dever de uma - sociedade de homens intelligentes não poderia ser somente libertar os prisioneiros das masmoras de ferro e de pedra, mas demolir as Bastilhas, mais fortes do que essas materiaes, em que a Ingnorancia e o Erro, as Superstições e os Preconceitos conservam algemados os espiritos e as consciencias de enorme parte da grande família humana. — Os emblemas da mortalidade de que -estaveis rodeado não podiam levar-vos a refíectirdes sobre a instabilidade e brevidade da 23
vida humana; eram Apenas uma lição trival sempre ensinada e sempre desprezada Final da página 25 Si desejais tornar-vos um verdadeiro maçon, deveis primeiro morrer para o vicio, para os erros e para os preconceitos vulgares e nascer de novo para a virtude, para a honra e para a sabedoria. Agora devo também prevenir-vos que não imagineis que zombamos das crenças religiosas. I 6s não julgamos que haja uma homenagem mais digna de Deus do que a Candura, a Sciencia e a Virtude, e assim admittimos na nossa Ord.·. todos os homens que possuam estes dons, qualquer que seja a sua religião. Não somos inimigos dos governos ou das autoridades constituídas, si são justos. Censuramos apenas o que julgamos desacertado. Mas, infeliz do rnaçon que consentir em tornar-se instrumento da tyrannia, apoio da usurpaçâo e apologista da injustiça do desprezo das leis e constituições que contêm as eternas garantias de liberdade. * *
*
2ª Crêdes em um Ente Supremo? PROP. '.
-Sim, senhor.
VEN. '.
-Esta crença, que honra e enobrece o vosso coração, não é exclusivo patrimônio do filosofo, também o é do selvagem. Desde que o selvagem percebe que não existe por si mesmo, interroga á natureza quem é o seu autor e o magestoso silencio d'essa natureza o faz render tosco, mas sincero culto a um Ente Supremo que é o Creador do Mundo. * *
*
3ª O que entendeis por virtude? Prof.·.
-Responde.
Ven -
E' uma disposição da alma que nos induz a praticar o bem. * *
* Final da página 26
VEN.·.
— E o que entendeis ser o vicio?
PROF.·.
— Responde. 24
VEN.·.
— É o oposto da virtude. É o hábito desgraçado que nos arrasta para o mal e é para impormos um freio salutar a esta impetuosa propensão, para nos elevarmos acima dos vis interesses que atormontam o vulgo profano e acalmar o ardor das paixões que nos reunimos n'este templo. Aqui trabalhamos para acostumar o nosso espirito a curvar-se ás grandes affeições e a não conceber senão ídéas sólidas de virtude, porque é só regulando os nossos costumes pelos principios eternos da moral que poderemos dar à nossa alma esse equilíbrio de força e de sensibilidade que constitue a sabedoria ou antes a sciencia da vida. Mas este trabalho, senhor, é penoso e comtudo a elle deveis sujeitarvos, si persistis no desejo de pertencer á nossa Ord∴. — Persistis em ser recebido maçon?
PROF.·.
— Sjm. senhor.
VEN.·.
— Toda a associação tem leis particulares e todo o associado deveres a cumprir, e como não seja justo sujeitar-vos a obrigações que não conheceis vou dizer-vos a natureza d'csses deveres. O primeiro é um silencio absoluto ácerca de tudo quanto ouvirdes e descobrirdes entre nós, bem como de tudo quanto para o futuro chegueis a ouvir, vêr ou saber. O segundo dos vossos deveres e o que faz que a Maç∴ seja o mais sagrado dos bens, além de ser a mais nobre e a mais respeitável das instituições, é o de vencer paixões ignobeis que deshonram o homem e o tomam desgraçado; a pratica constante da beneficencia, soccorrer os seus irmãos prevenir as suas necessidades, minorar os seus infortúnios, assistil-os com os seus conselhos e as suas luzes. O que em um profano seria uma qualidade rara, não passa no maçon do cumprimento dos seus deveres. Toda a occasião que elle perde de ser util é uma infidelidade, todo o soccorro que recusa é um perjurio; Final da página 27 e si a terna e consoladora amizade também tem culto nos nossos templos, é menos por ser um sentimento do que um dever que pôde tornar-se em virtude. O terceiro dos vossos deveres e a cujo cumprimento só ficareis obrigado depois da vossa iniciação, é o de conformar-vos em tudo com as nossas leis e de submetter-vos ao que vos fôr determinado em nome da associação em cujo seio desejais 'ser admittido. Agora que conhcceis os principaes deveres de um maçon, direi-me si vos sentis com força e si persistis na resolução de vos sujeitardes á sua pratica.
PROF.·.
— Sim, senhor. 25
VEN.·.
— Senhor, ainda exígimos de vós um juramento de honra que deve ser prestado sobre a taça sagrada. Si sois sincero, bebei sem receio, mais si a falsidade e a dissimulação acompanham a vossa promessa, não jureis. Afastae antes essa taça e temei o prompto e terrível effeito d'essa bebida? Consentis no juramento?
PROF.·.
— Consinto.
VEN.·.
— Ir.·. Mestr.·. de Cer∴ conduzi o candidato ao altar. o Prof∴ é levado ao Or∴. Ir∴ Sacrificador, apresentai ao candidato a taça sagrada, tão fatal aos perjuros. O Exp∴ apresenta-lhe um vaso com agua assucarada e espera pelo sinal que o Ven∴ deve fazer para dar a bebida ao neofito. Deve estar munido de um vidro com um liquido amargo que despeja no vaso depois de ter o candidato bebido parte da agua.
VEN.·.
— Repeti commigo o osso juramento. — Juro guardar o silencio mais profundo sobre todas as provas aque fõr exposta a minha coragem. Si eu fôr perjuro e trahir os meus deveres, si o espírito de curiosidade aqui me conduz. consinto que a doçura d'esta bebida (O Ven.·.faz signal para lhe dar o copo) se converta em amargura e o seu effeito salutar em subtil veneno. (Fazse-lhe beber).
VEN.·.
(bate -0- forte, que é repetido pelos VVig∴) — O que vejo, senhor? Altera-se o vosso semblante! A vossa consciencia desmentiria por ventura as vossas palavras? A doçura d’essa bebida mudar-se-hia em amaragura? Final da página 28 Retirae o Prof∴. O Prof∴ é conduzido pra entre ccol∴ e ahi senta-se.
VEN.·.
— Senhor, não quero crer que tcnhais o disigno de enganar-nos. Entretanto, ainda podeis retirar-vos, si assim o quizerdes. Bebestes da taça sagrada, ou antes da taça da boa ou má sorte, que é a taça da vida humana. Consentimos que provaseis da da. doçura da bebida e ao mesmo tempo fostes solicitado a esgutar o amargo dos seus restos, Isto vos lembrará que o homem sabio e justo deve gosar os prazeres da vida com moderação, não fazendo ostentação do bem que gosa desde que vá offender ao infortunio. 26
Agora, previno-vos que tendes de passar por outras provas e essas provas são symboticas, não sendo terríveis nem perigosas, Com ellas queremos experimentar a vossa firmeza e resolução. Ellas vos lembrarão que a vossa resolução deve ser inabalável c que não deveis trocar a liberdade ou a vida pela deshonra, mesmo si, como os maçons nossos antepassados, vos achardes algum dia envolvido nos laços crueis e implacáveis de uma inquisição politica ou religiosa, que encarcera e, no fundo das suas masmoras ou nos seus cadafalsos, sacrifica aquelles que defendem a Liberdade ou ensinam as suas santas doutrinas. A Inquisição nunca achou um cobarde ou um delator entre maçons. Ella dorme apenas, podendo ainda accordar, No pleno gozo dos vossos direitos, podeis tamhem vêr de um momento para outro um. Usurpador declarar a sua vontade unica lei e n'esse caso sereis levado a defender os direitos do povo e a magestade da lei contra elle. A nação hoje livre póde amanhã estar escravisada. Republica hontem, reino hoje, ímperio amanhã, taes são as phantasticas mutações de scena das nações. Portanto, reflecti bem, senhor. Quando derdes um passo para. a frente, será muito tarde para poderdes recuar. Persistis em entrar para a Maç∴? Final da página 29 PROF.·.
— Sim, senhor.
VEN.·.
— (bate –0- forte, repetido pelos VVig)
VVIG.·.
— (batem !)
VEN.·.
— Ir.·. Terrível, fazei Prof.·. assentar-se na cadeira das reflexões. O EXP∴ faz o Prof∴ dar uma volta com rapidez e o assenta na cadeira das reflexões.
VEN.·.
— Prof. ., que a obscuridade que vos cobre os olhos e o horror da solidão sejam os vossos unicos companheiros. (Pausa). N’esta ocasião póde o Ven∴ dirigir outros quesitos ao candidato ou convidar o Orad∴ ou qualquer outro Ir∴ a fazelo.
VEN.·.
— Tendes bem reflectido, senhor, nas consequencias da vossa pretenção? Pela ultima vez, dizei-me: Quereis voltar ao mundo profano ou persistis em em entrar para a Maç∴?
PROF.·.
— Persisto.
VEN.·.
(ba.te -0-, repetido Pelos VVig∴.) Ir. . Terrivel, apoderai-vos d' esse Prof.·. e fazei-o praticar a sua primeira viagem. Empregai todos os esforços para o trazerdes sem correr perigo. O Exp∴ acompanha o Prof∴ e o faz percorrer um caminho difficil e cheio de obstaculos. Enquanto dura a viagem altera-se 27
o silencio da Loja, imitanto o trovão, o que cessa desde que o candidato chega ao altar do 2º Vig∴, onde o Exp∴ bate tres pancadas com as palma da mão aberta. 2º VIG.·.
(levantando-se precipitadamente e encostando o malhete ao peito do Prof.·.) — Quem vem lá?
Exp.·.
—. E' um Prof.·. que deseja ser recebido rnaçon.
2º VIG.·.
—. E Como pôde elle conceber tal esperança?
Exp.·.
—. Porque é livre e de bons costumes.
2º VIG.·.
—. Pois, si assim é, passe. Exp.·. conduz o Prof∴ para entre ccol∴.
2º VIG.·.
(bate-0-).—. Ir∴ 1º Vig.·., está feita a primeira viagem.
1º VIG.·.
(bate-0-).—. Resp.·. está está feita a primeira viagem.
VEN.·.
— Senhor, congratulo- me comvosco por terdes voltado incolume. Já sabeis que as nossas provas são syrnbolicas, por isso dizei-me: O que notaste nesta viagem? Que observações suscitou ella no vosso espirito? O que achaste nella de symbolico? Final da página 30
PROF.·.
— Responde Depois faz se sentar o Prof∴.
VEN.·.
— Esta primeira viagem com os seu ruido e com os seus trovões, representa o segundo elemento, o Ar, que, com os seus meteoros, miasmas, relampagos e continuas flutuações, ameaça-nos constantemente de morte. O Ar é o symbolo da vitalidade ou da vida, é um emblema natural próprio da vida humana, com as suas correntes, as suas agitações e estagnações, oseu cansaço e energias, as suas tempestades e calrnarias e as suas perturbações e equilíbrios electricos. Esta interpretação, embora verdadeira, é, porém, trivial. Esta viagem representa também o progresso de um povo. O progresso é a vida geral da humanidade, é o seu avançar collectivo. Elle encontra delongas e obstáculos, tem as suas estações e as suas noutes, mas sabe vencer a todos os tropeços e tem o seu despertar. As nações lambem são cegas e o Destino que as guia é syrnbolisado pelo vosso guia, o Ir∴ T errivel. Finalmente, assim como depois do temporal vem a calmaria, tambem depois das revoluções do progresso vem a estabilidade das instituições livres. 28
Conseguir este resultado e ajudar o seu paiz a progredir é o verdadeiro trabalho do maçon e para isso necessita elle sobretudo de constancia e de coragem. São estes os sabios ensinamentos da prova do Ar. Estas disposto a expôr-vos aos riscos de uma segunda viagem? PROF.·.
— Sim, senhor.
VEN.·.
— Ir∴ Terrível, fazei o Prof∴ praticar a sua segunda viagem, O Exp∴ faz o Prof∴ dar a volta ao Templo, percorrendo um terreno mais plano, e dirige-se ao altar do 1º Vig∴. Durante a viagem, faz ouvier de todos os lados o tinir de espadas, o que cessará quando o Prof∴ chegar ao altar do 1º Vig∴ onde o Exp∴ bate tres pancadas com na primeira viagem.
1º VIG.·.
(levantando-se precipitadamente e encostando o malhete ao peito do Prof∴).—. Quem vem lá? Final da página 31
Exp.·.
—. É um Prof∴ que deseja ser recebido maçon..
1º VIG.·.
—. E como pôdeconceber tal esperança?
Exp.·.
—. Porque é livre e de bons costumes.
1º VIG.·.
—. Pois que assim é, seja purificado 'pela agua. O 2º Exp∴ apresenta uma jarro ou uma bacia com agua, onde o 1º Exp∴ introduz as mãos do Prof∴ e enxuga-as depois com uma toalha. O Prof∴ é então conduzido entre ccol∴.
1º VIG.·.
(bate-0-), — Resp∴ Mest∴ está feita a segunda viagem.
VEN.·.
— Congratulo-me novamente comvosco, senhor, por terdes voltado incólume. Ir∴ T errivel, fazei sentar o candidato. Passastes, senhor, pela. terceira prova, a da Agua. A Agua. em que vos fizeram mergulhar as mãos é uma imagem do vasto oceano que banha as praias dos continentes e ilhas. . Nas antigas iniciações, a purificação symbolica da alma. fazia-se pelo baptismo do corpo, constituindo isso uma parte indispensável do cerimonial. . O oceano é para nós um symbolo do povo, a cujo serviço dedicam-se os verdadeiros maçons. Inerte na calmaria, quasi estagnado nos trópicos, elle é agitado e revolto, pelo minimo movimento que lhe dão os ventos. Açoitado peja tempestade, as suas vastas ondas vêm 29
atirar-se de encontro ás praias. A sua instabilidade e a sua furia pintam bem os caprichos varios e as vinganças crueis de um povo exaltado. As suas grandes correntes são como as da opinião popular. Os homens são as gottas do vasto oceano da Humanidade, de que as naçõe~ são as ondas. Assim como o marinheiro lança-se aos riscos dos 'naufragios e de ser engolido pelas ondas, assim, tambem o patriota que quer servir ao povo deve arriscar-se a tornar-se-lhes mesmo odioso e a ser esmagado pela sua furia cega. Assim, não deveis deixar de servir ao povo quando elle carecer dos vossos serviços, porque sem bemfeitor é muito nobre, embora mais perígoso e menos proveitoso . Ir∴ Terrível, fazei o Prof.·. praticar a sua terceira viagem. Final da página 32 O Resp∴ faz o Prof∴ percorrer um terreno sem obstáculo, não se ouvindo os mesmos ruidos e depois o faz subir os degraus do throno onde tem assento o Ven∴ e ahi bate tres pancadas como nas viagens anteriores. VEN.·.
(encostando o malhete no peito do Prof∴) — Quem vem lá?
Exp.·.
— É um Prof∴ que deseja ser recebido maçon.
VEN.·.
— E como pode elle conceber tal esperança?
Exp.·.
— Porque é livre e de bons costumes.
VEN.·.
— Pois se assim é, passe pelas chammas purificadoras para que d’elle desapareçam os vestígios do mundo profano. O Exp∴ desce com o Prof∴ e, antes de chagar entre ccol∴, o faz passa pelas chammas, ajudado pelo Mestr∴ de CCer∴. O Prof∴ senta-se entre ccol∴
2ºVIG.·.
(bate-0-) —Está feita a terceira viagem, Ir∴ 1º Vig∴.
2ºVIG.·.
(bate-0-) —Está Resp∴ Mestr∴; o Prof∴ depois de praticar a terceira e ultima viagem, acha-se entre ccol∴.
VEN.·.
— Senhor, nesta ultima viagem, passastes pela prova de Fogo, o ultimo modo de purificação symbolica. Purificado. pela agua e pelo fogo, estais symbolicamente limpo de qualquer nodoa do vicio. O fogo, cujas chammas sempre symbolisaram aspiração, fervor e zelo. vos lembrará que deveis aspirar á excellencia e á verdadeira gloria e trabalhar com zelo e fervor pela causa em que vos empenhardes, principalmente si essa causa fôr a do povo. 30
Resta-nos ainda uma outra prova. A Ord.·. Maç.·. e a patria pódem ter. necessidade de que derrameis o vosso sangue em sua defesa. e um verdadeiro maçon não póde esquivar-se a esse sacrificio. Os principaes martyres da Liberdade e da Fé, em todas as épocas, poderiam ter uma vida mais longa e perdido essa gloria immortal se tivessem se prestado a lisongear a tyrannia e a sacrificar aos deuses pagãos. Antes de serdes iniciado nos nossos- mysteríos deveís passar pelo baptismo de sangue. Si vos sentis possuído de zêlo e bastante valor para vos sacrificardes pelo 'serviço da Patria, da Ord.v., da Humani Final da página 33 dade e dos nossos IIr∴, com risco imminente de vida, deveís sellar a vossa profissão de fê com o vosso sangue. Não podemos acceitar meras palavras e promessas vãs. Estais disposto a isso? PROF.·.
— Sim, senhor.
VEN.·.
— A vossa resignação nos basta. O baprismo do sangue não é um symbolo de purificação : é o baptismo do heroismo e da dedicação, do soldado e do martyr. E' um penhor solemne de que jamais faJtareis ao cumprimeuto dos vossos deveres maçonicos para com os nossos IIr∴, para com a Ord∴, ou para com a Patria, por medo ou temor do perseguidor ou do tyranno. Elle vos lembrará tambem o sangue derramado em todas as épocas pela perseguição e vos incitará á tolerancia e á defesa dos sagrados direitos da consciencia. É chegado o momento de cumprirdes um dos deveres maçonicos. Temos nesta loja maçons necessitados, viúvas e orphãos a quem soccorremos constantemente: Dizei, pois, ao ouvido do Ir∴, que vou designar-vos, a quantia que destinaispara soccorro d'esses infelizes, porque deveis saber que os actos de bene6cencia dos maçons, não devendo ser actos de ostentação e de vaidade, que incensão o orgulho de quem dá e cobrem de vergonha a quem recebe, devem ficar sepultados no mais profundo segredo. Ir∴ Hosp∴ aproximai-vos do Prof.·. e informai-vos em voz baixa da sua intenção e depois vinde communicar-rné em segredo o que tiverdes ouvido. O Hosp∴ cumpre a ordem.
VEN.·.
— Agradeço-vos, senhor, em nome d'esta Aug∴ e Resp∴ Loj∴a bondosa dádiva que destinais a esses desprotegidos da sorte. Ides agora receber o premio da vossa firmeza e da vossa constancias. 31
Ir∴ Mestr∴ de Cer∴, apresentai o Prof.·. ao Ir∴ 1º Vig. . para que lhe ensine a dar os primeiros passos no angulo do quadrilongo e depois trazei-o Final da página 34 Ao altar dos juramentos para prestar a sua obrigação solemne. O Mestr∴ de Cer∴ dirige-se ao Prof∴ e, fazendo-o levantarse apresenta-o ao 1º Vig∴ que, sahindo de seu lugar, vais ensinar-lhe a dar os passos de Apr∴ e depois o Prof∴ é conduzido ao altar dos juramentos e ajoelha-se com o joelho esquerdo, pousando a mão direita sobre a const ∴ e a Bíblia que devem ter em cima a espada e tendo na mão esquerda o compasso que apoia ao lado esquerdo do peito. O Mestr∴ de Cer∴ conserva-se por traz do Prof∴. VEN.·.
(ba.te -0-, repetido Pelos VVig∴.) De pé e à ordem, meus IIr∴; o neophito vae prestar o seu juramento. (Ao Prof∴) Senhor, repeti commigo a vossa obrigação. JURAMENTO Eu. F .... juro e prometto, de minha livre vontade, pela minha honra e pela minha fé, em presença do Supr.·. Arch∴ do Univ.·., que é Deus, e perante está assembleia de maçons, solemne e sinceramente, nunca revelar qualquer dos mystérios da Maç∴ que me vão ser oonfiados, senão a um bom e legitimo Ir∴, ou em Loj.·. regularmente constituida, nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir ou emoregar outros meios pelo quais possa divulgal-os. Juro mais ajudar e defender aos meus llr∴ em tudo que 'puder e fôr necessario e reconhecer como unica Potenoia. Maçônica legal 'e legitima no Brazil e Gr∴·Or∴ e Supr∴ Cons∴ do Brazil ao qual prestarei inteira obediencia. Final da página 35 Si violar este Juramento seja-me arrancada a.língua, o pescoço cortado e meu corpo enterrado nas areias do mar onde o fluxo e o refluxo :me mergulhem em perpetuo esquecimento sendo .declarado sacrílego para com Deus e deshonrado para com os homens. Amem!
Todos
— Amem! O Mestr∴ de Cer∴ faz o candidato levantar-se e o conduz para a sala dos passos perdidos. Em outra sala contigua ao templo, colocam-se duas urnas com espirito de vinho acceso. Deitado sobre um panno preto, deve estar um Ir∴como si estivesse morto, amortalhado com a capa do 1º Exp∴. Todo os Irmãos estarão de pé, sem insignias e armados de espadas que 32
apontam para o Neophyto, que é introduzido logo que estiver tudo preparado. O Ven∴ bate tres pancadas lentas. Á primeira pancada, o Mestr∴ de Cer∴ desata o primeiro nó da venda. Á segunda pancada, desata o segundo nó da venda. Á terceira pancada, deixa cahir a venda aos pés dos candidatos. Guarda-se o mais profundo silencio. VEN.·.
— Este clarão pallido e lugubre é o emblema do fogo sombrio que ha de allumiar a vingança que preparamos aos cobardes que perjuram. Essas espadas, contra vós dirigidas, estão nas mãos de inimigos irreconciliáveis, promptos a embainbal-as no vosso peito si fôrdes tão infeliz que,violeis o vosso juramento. Em qualquer legar do mundo em que vos refugiasseis, encontrarieis perseguição e castigo, e a toda parte levarieis a vergonha do vosso crime. O signal da vossa reprovação vos precederia com a rapidez do relampago e ahi acharieis maçons inimigos do perjurio e a mais terrível punição. O Prof∴ é de novo vendado. O Mestr∴ de Cer∴ ajuda-o a revestir-se e o introduz no templo entre ccol∴. Todos os IIr∴ occupado os seus logares e com as espadas voltadas para o neophyto.
VEN.·.
(ba.te -0-) — Ir∴ 1º Vig∴ sobre quem se apoia uma col∴ d' este templo, agora que a coragem e a perverança d'este candidato o fizeram sahir victorioso do porfiado combate entre o homem profano e o homem maçon, dizei-rne si o julgais digno de ser admíttido entre nós,
1ºVIG∴
— Sim, Resp∴ Mestr∴. Final da página 36
VEN.·.
— O que pedis em seu favor?
1º Vig∴
— Que se lhe dê a Luz.
VEN.·.
— No princípio do mundo, disse o Gr∴ Arch∴ do Univ∴. Faça-se a luz. (bate 0 repetido pelos VVig∴). E a luz foi feita. (bate 0 repetido pelos VVig∴). A luz seja dada ao neophyto. 33
(bate 0 repetido pelos VVig∴). A venda deve cahir dos olhos do candidato á terceira pancada de malhete do Ven∴, depois que é repetido pelos VVig∴. VEN.·.
— Não mais vos assustem as espadas que vêdes apontadas para vós; recebemos o vosso juramento e o acreditamos sincero. Raiou emfim o dia em que se abrem para vós as portas da verdadeira amisade; d'ora em diante considerai-nos como irmãos, como amigos que conquistastes e que achareis sempre promptos a correr em vosso soccorro e a servirem-se d'essas espadas para defenderem a vossa vida e a vossa honra. Meus IIr∴, a baixai as vossas espadas Executa-se Ir. . Mestr∴ de Cer. . conduzi o novo iniciado ao throno. O neophyto segue para o Or∴ e, ahi chegando dá os três passos de Aprendiz de modo a aproximar-se do altar dos juramentos, onde ajoelha-se do modo já indicado. O Ven∴ segurando a espada estende a folha sobre a cabeça do neophyto.
VEN.·.
— A' Gl∴ do Gr∴ Arch∴ do Univ∴ e de São João de Escossia. Em nome e sob os auspicios do Gr∴ Or∴ e Sup∴ Cons∴ do Brazil e em virtude dos poderes que me foram confiados por esta Aug∴ e Resp∴ Loj∴ . . . . . . . eu vos recebo e constituo Apr∴ Maç∴ do Rit∴ Esc∴Ant∴ e Ace∴ e membro act∴ da mesma Off.∴. O Ven∴ bate sobre a folha da espada – 000-.
VEN.·.
— (entregando o avental ao Mestr∴ de Cer. .) Ir. . Mestr∴ de Cer. . revisti o nosso Ir∴ com este avental e vós, meu Ir∴, tomai e usai. Final da página 37 esse avental, a que chamamos vestido, que grandes homens, verdadeiros bemfeitores da Humanidade, se honraram de trazer. Com elle devereis estar sempre revestido durante os nossos trabalhos, E' o symbolo do trabalho e vos lembrará que um maçon deve ter sempre uma vida activa e laboriosa. (entregando ao Mestr∴ de Cer. .um par de luvas para homem). Essas luvas são o symbolo da vossa admissão no templo da virtude e indicam, peja sua brancura. que nunca deveis manchal-as, introduzindo as vossas mãos nas aguas lodosas do vicio. (dando uma par de luvas de mulher). Estas são destinadas áquella que mais direito tiver á vossa estima e ao vosso affecto.
34
Meu Ir∴, (assim é que vos trataremos de ora em diante), os maçons para se reconhecerem em qualquer parte do mundo, apezar da differença de línguas, dispõem de signaes, toques e palavras. Os signaes são: o de ordem e o guttural. O signal de ordem, faz-se collocando a mão direita aberta sob a garganta com os quatro dedos unidos e estendidos e o pollegar separado formando uma esquadria. Sempre que estivermos de pé durante os trabalhos da loja, devemos estar á ordem. O signal guttural ou saudação rnaçonica é feito á entrada do templo durante os trabalhos ao Ven∴ e aos VVig∴. Estando á ordem, levase a mão direita ao hombro direito e deixa-se cahir o braço ao longo do corpo, voltando depois ao signal de ordem. O toque faz-se tomando com a mão direita a do Ir∴ e dando com o pollegar tres pancadas imperceptiveis sobre a primeira phalange do dedo index. Responde-se do mesmo modo. As palavras são: sagrada e semestral. Apalavrasagradadá-se lettrapor lettra e depois syllaba por syllaba visto que o aprendiz s6 sabe soletrar. Quando vos disserem: Dai-me apal∴ sag∴, deveís responder: Não vos posso dar senão soletrada, dai-me a primeira lettra, eu vos darei. a segunda. Quem pergunta dá a primeira letra que é B, Final da página 38 Quem responde dá a segunda e assim sucessivamente e dada a ultima lettra, dão-se também alternadamente as respectivas syllabas. A palavra semestral é dada de seis em sei mezes pelo Sob∴ Gr.∴ Com∴ da Ord∴ e eu vol-a darei no fim do. trabalhos de modo especial. Quando um maçou se apresentar para visitar uma Loja a que não pertence, é-lhe pedia. a palavra semestral e o visitante é obrigado a dar a palavra do semestral que estivcr correndo ou pelo menos a do anterior e, si não fizer, póde ser-lhe recusada a visita, Quando vos perguntarem: Sois maçon? deveis respondcr: Meus IIr∴ por tal me reconhecem. A vossa idade como Apr.·, é de tres annos. Meu Ir∴a Maç∴ é dividida em diversos ritos, que em nada alteram a sua essencia, constítuindo principios geraes diversamente desenvovidos, Como as outras associações, a Maç∴ é regida por leis que lhe servem de norma em todos os paizes do mundo onde está estabelecida e em cada paiz por uma constituição que está sob a 35
guarda de todos os maçons e pelo regulamento geral que desenvolve os principios contidos no pacto fundamental e ainda em cada loja pelo seu regulamento particular. Entrego-vos um exemplar da Constit∴ e do Reg∴ Ger∴ do Gr∴ Or∴ e Supr∴ Cons∴ do Brasil, um do reg∴particular d' esta Resp∴ Loj∴ e o ritual do vosso gr∴ para que os estudeis e conheçaís perfeitamente os vossos direitos e deveres. Agora, meu Ir∴, recebei o abraço fraternal, em nome dos OObr∴ d'esta Aug∴, e Resp∴ Loj∴. (abraça tres vezes o neophyto), Ir∴ Mestr∴ de Cer∴ conduzi o neophyto ao Ir∴ 1º Vig∴ para ensinal-o a trabalhar na pedra bruta. O 1º Vig∴ ensina-lhe n’esta occasião a batida do grau. 1º VIG∴
— Resp∴ Mestr∴ o neophito deu a sua primeira licção trabalhando sobre a pedra bruta e está entre ccol∴. Final da página 39
VEN.·.
(bate-0, repetido pelos VVig∴) — De pé e á ordem. (Executa-se). IIr∴1 e 2º VVig∴, annunciai em vossas ccol.·., assim como eu annuncio no Or∴, que proclamo o Ir∴ F∴ Apr∴ Maç∴ e membro act∴ d'esta Aug∴ e Resp∴ Loj∴
1º VIG∴
— IIr∴ que abrilhantais a col∴ do Norte, eu vos annuncio, da parte do Resp∴ Mestr∴ que .elle proclama o Ir∴ F∴ Apr∴ Maç∴ e mernbro act.·. desta Aug∴ e Resp∴ Loj.
2º VIG∴
— IIr∴ que condecorais a col∴ do Sul eu vos annuncío, da parte do do Resp∴ Mestr∴ que .elle proclama o Ir∴ F∴ Apr∴ Maç∴ e mernbro act.·. desta Aug∴ e Resp∴ Loj. (bate-0) Está annunciado em minha col∴ 1º Vig∴
1º VIG∴
— (bate-0). Está annunciado em ambas as ccol∴
VEN.·.
(bate-0, repetido pelos VVig∴) — IIr∴ 1º e 2º VVig∴ convidai os OOper∴ de vossas ccol∴, assim como eu convido os do Or.∴a unirem-se a mim afim de me ajudarem a applaudir a acquisição que· esta Aug∴ e Resp∴ Loj∴ acaba de fazer de mais um irmão e amigo.
1º VIG∴
— IIr∴ que abrilhantais a col∴ do Norte, eu vos convido da parte do Resp∴ Mestr∴, a unirmo-nos a elle afim de o ajudarmos' a applaudir a acquisição que esta Aug∴e Resp∴ Loj∴ acaba de fazer de mais um Ir∴ e amigo.
2º VIG∴
— IIr∴ que decorais a col∴ do Sul, eu vos convido da parte do Resp∴ Mestr∴, a unirmo-nos a elle afim de o ajudarmos' a applaudir a acquisição que esta Aug∴e Resp∴ Loj∴ acaba de fazer de mais um Ir∴ e amigo. 36
(bate-0), Está annunciado em minha col∴. 1º VIG∴
(bate-0) — Estáannunciado em ambas as ccol∴.
VEN.·.
— A mim, meus IIr∴ pela simples bateria. Applaude-se.
M∴ Cer∴ — V en∴ Mest∴ peço,vos permissão para que o Ir∴ neophito, dirigido por mim, agradeça os applausos que lhe foram dirigidos. VEN.·.
— Podeis fazel-o. Final da página 40 Seguem-se os applausos de agradecimento pela mesma bateria, somente pelo Mestr∴ de Cer∴ e pelo neophyto.
VEN.·.
— Cubramos estes applausos, meus IIr∴. Repetem-se os applausos.
VEN.·.
— Ir∴ Mestr∴ de Cer∴ convidai o nosso Ir∴ a assignar o livro de presenças, e depois fazei-o sentar-se no tôpo da col∴ do Sul que tem a primeira lettra da palavra sagrada que lhe communiquei. O Mestr∴ de Cer. . executa. O Ven∴ concede então a palavra do Orad∴ que deve pronnunciar um discurso allusivo ao acto de iniciação, explicando ao neophyto os principais principios da Maç∴ e os mistérios do Grau. O discurso é applaudido ritualmente e depois circula o Tronco de Beneficencia.
VEN.·.
(ba.te -0-, repetido Pelos VVig∴.) — IIr∴ 1º e 2º VVig∴ annunciai em vossas ccol∴ assim como eu anuncio no Or∴que concedo a palavra a bem da Ord∴ em geral. Os VVig∴ repetem o annuncio. Reinando silencio, o Ven∴ faz applaudir os VVisit∴ pela forma usual.
VEN.·.
(bate -0-) — Ir∴ 2º Diac∴ qual é vosso lagar em Loj∴?
2º Diac
— (levantando-se)-A' direita do lº Vig∴ si elle permitir.
VEN.·.
— Para que, meu Ir∴?
2º Diac
— Para transmittir as suas ordens ao 2º Vig∴ e observar si os IIr∴ conservam nas ccol∴ o devido respeito.
VEN.·.
— Onde tem assento o 1º Diac∴?
2º Diac
— Á direita do Ven∴ e abaixo do solio, si elle o permittir. (senta-se)
VEN.·.
— Para que Ir∴ 1º Diac∴? 37
1º Diac
(levantando-se) — Para transrnittir a suas ordens ao 1º Vig∴ e todas as outras luzes e officiaes, afim de que os trabalhos, se executem com promptidão.
VEN.·.
— Qual é o lugar do 2º Vig∴?
1º Diac
— o meio dia, (senta-se).
VEN.·.
— Para que Ir∴2º Vig∴?
2º VIG∴
— Para melhor observar o sol na sua passagem pelo meridiano, mandar os OObr∴ do trabalho á recreação e chamal-os de novo ao trabalho, afim de que ao Ven∴ resultem honra e gloria,
VEN.·.
— Onde é o legar do 1º Vig∴? Final da página 41
2º VIG∴
— No occidente.
VEN.·.
— Para que Ir∴ 1º Vig∴?.
1º VIG∴
— Assim como o sol se esconde no occidente .para terminar o dia, assim o 1º Vig∴ ahi se colloca para fechar a loja, pagar os OObr∴ e despedil-os contentes e satisfeitos.
VEN.·.
— E os OObr∴ estão contentes? Todos estendem a mão direita em sinal de aprovação.
1º VIG∴
— Elles o afirmam em ambas as' ccol∴.
VEN.·.
— Ir∴ 2º Vig∴ que idade tendes como Apr∴Ma.ç∴?
2º VIG∴
— Tres annos, Resp∴ Mestr∴.
VEN.·.
— Que horas são, meu Ir∴?
2º VIG∴
— Meia noute completa, O Ven∴ bate -000- que é repetido pelos VVig∴, ficando todos de pdiacé e á ordem. O 1º Diac∴ sob os degraus do throno, colocando-se frente ao Ven∴ e aombos fazem o signal gutural. O Ven∴ dá ao ouvido a pal∴ Sagr∴ e o 1º Diac∴ dirige-se ao 1º Vig∴, com as mesmas formalidades transmitindo-lhe a pal∴ sagr∴ e volta ao seu logar. O 1º Vig∴ envia-a do mesmo modo ao 2º Vig∴, por intermedia do 2º Diac∴
2º VIG∴
(bate -0) — Tudo está justo e perfeito na col∴ do meio-dia.
2º VIG∴
(bate -0) — Tudo está justo e perfeito em ambas as ccol∴ Resp∴ Mestr∴. 38
VEN∴
(bate-0). — Em nome de Deus e de S. João de Escocia, está fechada a Loj∴ de Apr∴ do Ri∴ Esc∴ Ant∴ e Acc∴ sob o titulo distintivo N A mim,-meus IIr.·. pela simples bateria,
VEN.·.
— Fol'memos a cadeia de união Final da página 42 INSTRUCÇÃO DE APRENDIZ
VEN.·.
(bate-0) — Ir.·. 1º Vig.·., entre vos e mim existe alguma cousa?
1ºVIG. .
— Sim, Mest.·., um culto.
VEN. .
— Que culto é esse?
1ºVIG. .
— É segredo, Mest.·..
VEN. .
— Que segredo é esse?
1ºVIG. .
— A Maçonaria.
VEN. .
(bate-0)— Ir.·. 2º Vig.·., sois vós macon?
2ºVIG. .
— Os meus IIr• por tal me reconhecem.
VEN. .
— O que preciso para ser maçon?
2ºVIG. .
— Ter nascido livre e ser de bons costumes.
VEN. .
(bate-0) — Ir∴ 1º Vig∴ como vos preparastes para ser recebido maçon?
1ºVIG. .
— Principiei a preparar-me pelo coração.
VEN. .
— Onde fostes depois levado?
1ºVIG. .
— A uma Câmara contígua à Loja.
VEN. .
— Como estáveis preparado?
1ºVIG. .
— Nem nu, nem vestido. Tiraram-me todos os metaes e fui conduzido á porta do Templo pela mão de um amigo que depois reconheci por meu Ir•.
VEN. .
— Como soubestes que estaveis à porta da Templo se tínheis os olhos vendados?
1ºVIG. .
— Porque alli me fizeram parar, e fui depois admittido.
VEN. .
(bate-0) — Ir. 2º Vig.·., como fostes admitido?
2ºVIG. .
— Por uma grande pancada.
VEN. .
— Que vos disseram?
2ºVIG. .
— Quem vem lá? Ao que respondi: Um Prof.·. que quer ser iniciado na Ord.·. dedicada a S. João de Escossia. 39
VEN. .
— Como pudesteis conceber tal esperança?
2ºVIG. .
— Porque nasci livre e sou dotado de bons costumes.
VEN. .
— Que vos disseram então? Final da página 43
2ºVIG. .
— Que declarasse o meu nome, sobrenome, idade, qualidade civil, religião e pátria.
VEN. .
— Que vos mandaram fazer depois?
2ºVIG. .
— Mandaram-me entrar.
VEN. .
(bate-0) — Ir.·. 1º Vig.·., como entrastes?
1ºVIG. .
— Tendo a ponta de uma espada, ou de um punhal, assentada ao peito.
VEN. .
— Que vos perguntaram?
1ºVIG. .
— Se sentia ou via alguma coisa.
VEN. .
— Que respondesteis?
1ºVIG. .
— Que sentia, mas que nada via.
VEN. .
— Por quem fosteis recebido depois da vossa entrada?
1ºVIG. .
— Pelo Ir.·. 2º Vig.·.
VEN. .
— Que vos fez elle?
1ºVIG. .
— Entregou-me o Ir∴ Exp.·., que mandou-me ajoelhar e tomar parte em uma oração que vós recitastes.
VEN. .
— Que vos perguntaram depois dessa oração?
1ºVIG. .
— Em que punha a minha confiança.
VEN. .
— Que respondestes?
1ºVIG. .
— Que depositava-a em Deus.
VEN. .
— Que vos fizeramo depois?
1ºVIG. .
— Pegaram pela mão direita, fizera-me levantar, disserão-me que nada receasse e que sem temor seguisse a mão que me guiava.
VEN. .
(bate-0) — Ir.·. 2º Vig.·., onde vos introduziu esse guia?
2ºVIG. .
— Fez-me praticar três viagens.
VEN. .
— Onde encontrastes o primeiro obstáculo?
2ºVIG. .
— No meio dia, por detrás da Col.·. que agora occupo, onde bati levemente três pancadas.
VEN. .
— Que resposta vos deram?
2ºVIG. .
— Perguntaram-me: Quem vem lá? 40
VEN. .
— Que respondesteis?
2ºVIG. .
— O mesmo que havia respondido à porta de entrada.
VEN. .
— Onde encontrastes o segundo obstáculo?
2ºVIG. .
— Por detrás do Vig.·. no Norte, onde bati também três pancadas, e dei depois as mesmas respostas às suas perguntas. Final da página 44
VEN. .
— Ir.·. 2º Vig.·., onde encontrastes o terceiro obstáculo?
2ºVIG. .
— Por detrás do Ven∴ onde bati da mesma forma e dei as mesmas respostas.
VEN. .
— O que foi ordenado então?
2ºVIG. .
— Mandaram-me conduzir ao Ir.·. 1º Vig.·. no Occid.·., para ser instruído.
VEN. .
— Que instrucção vos deu elle?
2ºVIG. .
— Ensinou-me a dar os primeiros passos no ângulo de um quadrilongo, a fim de que pudesse chegar ao altar, para ali prestar o meu juramento.
VEN. .
— Onde a prestastes esse juramento?
2ºVIG. .
— No altar dos juramentos, com o corpo formando uma esquadria; a mão esquerda segurando um compasso, apoiado no peito esquerdo e ali prestei o juramento solemne dos MM∴
VEN. .
(bate-0) — Ir.·. 1º Vig.·., depois de ter prestado esse juramento, que vos disseram?
1ºVIG. .
— Perguntaram-me que mais queria.
VEN. .
— Que respondestes?
1ºVIG. .
— A luz.
VEN. .
— Quem vos deu a luz?
1ºVIG. .
— Vós, Resp∴ Mest.·. e todos os IIr∴.
VEN. .
— Quando recebestes a luz, o que visteis.
1ºVIG. .
— A constit∴ a esquadria e o compasso.
VEN. .
— Que vos disseram significar essas luzes?
1ºVIG. .
— Três grandes luzes da Maçonaria.
VEN. .
— Explicai-m’as.
1ºVIG. .
— A constit∴ regula e governa a nossa lei; o esquadria as nossas acções, e o compasso nos ensina a regular os movimentos do nosso coração, e a sermos justos para com todos os homens, principalmente com os nossos IIr∴. 41
VEN. .
— Que vos mostraram depois?
1ºVIG. .
— Três SSubl.·. LL.·. da Maçon∴ o Sol, a Lua e a Ven∴ da Off∴
VEN. .
(bate-0) — Ir.·. 2º Vig.·., Que vos fizeram depois?
2ºVIG. .
— O Ven• me tomou pela mão direita, deu-me o toque e a palavra, e me disse: Levantai-vos, meu Ir∴. Final da página 45
VEN. .
— Que números compõem uma Off.·., meu Ir∴.?
2ºVIG. .
— Três, cinco, sete.
VEN. .
— Porque razão o número três compõem uma Off.·.?
2ºVIG. .
— Porque houverão três MMest.·. na construcção do Templo de Salomão.
VEN. .
— E o numero cinco?
2ºVIG. .
— Porque todos os homens são doados de cinco sentidos.
VEN. .
— Quaes são elles?
2ºVIG. .
— O ouvido, o olfacto, a vista, o paladar e o tacto.
VEN. .
— Para que servem na Maçonaria
2ºVIG. .
— Três d’elles para muito.
VEN. .
(bate) — Ir.·. 1º Vig.·., explica-me os seus usos?
1ºVIG. .
— A vista, para ver os signaes; o tacto para sentir o toque, e reconhecer os seus IIr.·. tanto nas trevas como na luz, e o ouvido para ouvir a palavra.
VEN. .
— Porque razão o número sete compõem uma Off.·.?
1ºVIG. .
— Porque há sete sciências liberaes.
VEN. .
— Dizei-me quaes são?
1ºVIG. .
— A grammática, a rhetorica, a lógica, e a arithmetica, a geometria, a música e a astronomia.
VEN. .
— De que utilidade são essas ciências na Maçonaria?
1ºVIG. .
— A grammática nos ensina a escrever e a fallar.
VEN. .
— Que nos ensina a Rhetorica?
1ºVIG. .
— A arte de falar e de discorrer sobre qualquer objecto.
VEN. .
— O que nos ensina a arithmética?
1ºVIG. .
— O valor dos números.
VEN. .
— O que nos ensina a geommetria?
42
1ºVIG. .
— A arte de medir a terra, para nella marcarmos o pedaço que nos pertence na grande partilha da humanidade.
VEN. .
— O que nos ensina a Música?
1ºVIG. .
— A virtude dos sons. Final da página 46
VEN. .
— O que nos ensina a Astronomia?
1ºVIG. .
— A conhecimento dos artros.
VEN. .
— Que forma tem a vossa Off.·.?
1ºVIG. .
— Um quadrilongo.
VEN. .
(bate) — Ir.·. 2º Vig.·., de que largura é a nossa Off.·.?
2ºVIG. .
— Do Oriente ao Occidente.
VEN. .
— De que comprimento?
2ºVIG. .
— Do Sul ao Norte.
VEN. .
— De que altura?
2ºVIG. .
— Da terra ao céo.
VEN. .
— Que profundidade tem?
2ºVIG. .
— Da superfície da terra ao centro.
VEN. .
— Porque?
2ºVIG. .
— Porque a Maçonaria é universal e o Universo uma Off.·.
VEN. .
— Porque razão está a vossa Loj.·. situada do Oriente ao Occidente?
2ºVIG. .
— Porque assim o estão todas as OOff.·..
VEN. .
— E porque?
2ºVIG. .
— Porque principiou o Evangelho a ser pregado no Oriente, e estendeu-se depois ao Occidente.
VEN. .
— Quem sustenta a vossa Off.·.?
2ºVIG. .
— Três grandes Pillares.
VEN. .
— Como se chamam?
2ºVIG. .
— Sabedoria, Força e Beleza.
VEN. .
(bate) — Ir.·. 1º Vig.·., o que representa o pilar da Sabedoria?
1ºVIG. .
— O Ven• no Oriente.
VEN. .
— O que representa o pilar da Força?
1ºVIG. .
— O 1º Vig∴ no Occidente.
VEN. .
— O que representa o pilar da Beleza? 43
1ºVIG. .
— O 2º Vig∴ no Meio-dia.
VEN. .
— Porque representa o Ven.·. o pilar da Sabedoria?
1ºVIG. .
— Porque dirige os OObr.·. e mantém a ordem.
VEN. .
— Como representa o 1º Vig.·. o pilar da Força?
1ºVIG. .
— pagando os OObr.·., cujos salários são a força e a manutenção da sua existência .
VEN. .
— Como representa o 2º Vig∴a Belleza? Final da página 47
1ºVIG. .
— Para fazer repousar os OObr.·., fiscalizando-os no trabalho, a fim de que ao Ven.·. resulte honra e glória.
VEN. .
(bate-0) — Ir.·. 2º Vig.·., porque é a Off.·. é sustentada por três CCol.·.?
2ºVIG. .
— Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento de tudo, sem ella nada é durável.
VEN. .
— Porque?
2ºVIG. .
— Porque a Sabedoria inventa, Força sustenta e a Beleza adorna.
VEN. .
— Está coberta a Loj.·.?
2ºVIG. .
— Sim, por uma abobada celeste de variegadas nuvens.
VEN. .
— Donde sopram os ventos para os MMaç.·.?
2ºVIG. .
— Do Oriente para o Occidente.
VEN. .
— Repousemos, meus IIr.·.? Final da página 48
44
Final da página 1 45
2o Gráo COMPANHEIRO EXPLICAÇÕES PRELIMINARES O gr.·. de Comp.·. do Rit.·. Esc.·. Ant.·. e Ac.·. é consagrado a direcção da mocidade, á felicidade possivel por meio do trabalho, da virtude e das scíencias que lhe são recommendadas. DECORAÇÃO DO TEMPLO A Loj.·. no gr.·. de Comp.·. e decorada de vermelho. Deve ter cinco luzes, três no or.·. e as outras no occíd.·. uma ao norte e a outra ao sul. O mais como na loja de Aprendiz. INSÍGNIAS O Comp.·. Maç.·. usa apenas de um avental de pelle branca com a abêta abaixada. Final da página 3 COBRIDOR DO 2º GRAO, OU GRÁO DE COMPANHEIRO Rito Escossez Signal de ordem — Estando de pé, collocar a mão direita na altura do coração, tendo a palma afastada e os dedos curvados e a mão esquerda na altura do hombro esquerdo, aberta e com a palma voltada para a frente, ficando o cotovello unido ao corpo. Saudação — Estando á ordem, levar a mão direita, ao lado direito e depois ao longo do corpo, fazendo assim uma esquadria. Voltar depois ao signal de ordem. Toque.—Tomar com a mão direita a do irmão, mettendo o polegar entre a primeira phalange dos dedos annular e médio, e dar com o mesmo dedo por um movimento imperceptível cinco pancadas por tres e duas. Palavra sagrada.—Como no primeiro gráo; começando, porém, pela letra J. Palavra de passe. — HTELOBIHCS. Marcha..-—-Três passos de Apr.·. e mais dous oblíquos, sendo um á direita com o pé direito e juntando a este o esquerdo e outro á esquerda com o pé esquerdo e juntando a este o direito. 46
Bateria.—000—00. Idade.—Cinco annos. Nos ritos adonhiramíta e francez ou moderno ha as seguintes differenças: Signalde ordem — Estando de pé, collocar a mão direita aberta na altura do coração, tendo os dedos unidos e estendidos e o pollegar afastado formando uma esquadria. Toque — Tomar com a mão direita a do irmão, tocar levemente com a extremidade do pollegar a primeira phalange do dedo índice, dando por um movimento Final da página 4 imperceptível tres pancadas 00—0 e em seguida duas pancadas espaçadas 0—0 na primeira phalange do médio. Palavra- sagrada: — B . Marcha.—Como no rito escossez, rompendo com o pé direito. Bateria:—00—0—0—0. SESSÃO DE COMPANHEIRO Abertura da Loja Estando a Loj.·. aberta no gr.·. de Apr.·. anunciando a transferência dos trabalhos para o gr.·. de Comp.·. do modo seguinte: O Ven.·. bate uma pancada e diz : VEN.·. — IIr.·. 1º e 2º VVig.·., convidai o sAA pr.·. a cobrirem o Templ.·., e annunciai em vossas ccol.·. que os trabalhos do gr.·., d e A p r .·., estão suspensos e que vou abrir a Loj.·. no gr.·. de Comp.·.. 1 °V IG .·. — IIr.·. que decorais a col.·. do norte, annuncio-vos que os trabalhos de Apr.·. acham-se suspensos e que vamos abrir a Loj.·. no gr.·. de Comp.·.. Este mesmo annuncio é repelido pelo Ir.·. 2º Vig.·. com a única differença de dizer-se em vez de col.·. do norte col.·. do sul. 1 °V IG .·.
— Resp.·. Mest.·., os AApr.·. cobriram o Templ.·..
VEN.·. — Ir.·. 1º Víg.·., qual é o primeiro dever de um Vig.·. em Loj.·. de Comp.·.? 1 °V IG .·.
— Certificar-se si todos os IIr.·. presentes são CComp.·.. O Ven.·. bate uma pancada e diz:
VEN.·. — De pé e a ordem, meus IIr .·.. Todos levantam-se e voltam-se para o Occidente. 47
VEN.·. — IIr.·. 1º e 2o VVig.·. verificai si todos os IIr.·. presentes são CComp.·.? Os VVig.·. percorrem suas respectivas ccol.·. começando pelo Ir.·. que lhes está mais próximo e recebem o sinal, toque e palavra de cada um delles. Findo o que voltam aos seus lugares. 2 °V IG .·.
— I r .·. 1 o Vig.·. todos os IIr.·. d a c o l .·. do sul são CComp.·..
1 °V IG .·.
— Resp.·. Mestr.·. todos os IIr .·. que acham-se no recinto do Templ.·. são CComp.·.. O Ven.·. bate uma pancada, levanta-se e põe-se a ordem como Comp.·. transmite a palavra sagrada ao 1º Vig.·. por intermédio do 1ºDiác.·. e o 1º Vig.·. transmitte-a por intermédio do 2ºDiac.·. ao 2ºVig.·., que diz: Final da página 5
2 °V IG .·. — Resp.·. Mestr.·. tudo está justo e perfeito. O Ven.·. bate cinco pautadas 000-00 que são repetidas pelos VVig.·.. VEN.·.
— A mim meus IIr. -. Todos fazem o signal, a bateria e a aclamação. — Em nome de Deus e de S.·. João da Escossia, a Loj.·. de Comp.·. está aberta. Desde agora é vedado a todo e qualquer Ir.·. fallar ou passar d'uma para outra col.·., sem a devida permissão. Sentemo-nos, meus IIr.·., (sentam-se). — Ir.·. Secr.·. procedei a leitura do balaustre dos nossos últimos trabalhos. Terminada a leitura é a sua redação sujeita a approvação.
VEN.·.
— Ir.·. Mestr.·. deCCer.·., dirigi-vos ao vestíbulo do Templ.·. e vede si ha IIr.·. visitantes. O Mestr.·. de CCer.·. cumpre as ordena do Ven.·. e voltando dá parte de sua missão.
VEN.·.
— Ir.·. Mestr.·. deCCer.·. preparai o candidato na devida forma e conduzi-o ao templo. O Mestr.·. de CCer.·. obedece, conduzindo o candidato segurando com a mão esquerda numa regua, extremidade deve achar-se: apoiada sobre o seu ombro esquerdo, e tendo a abeta do avental levantada. Bate a porta do Templo como um Apr.·., o que é communicado pelo Cob.·. ao 2º Vig.·. e por este ao 1º Vig.·. que por sua vez communica ao Ven.·..
VEN.·.
— Ir.·. 1º Vig.·., vêde quem assim bate. 48
1º Vig.·. — Ir.·. 2º Vig.·., vede quem assim bate. 2º Vig.·. — Ir.·. Cobr.·., vede quem assim bate. O Ir.·. Cobr.·. entreabre a porta e diz: Cobr.·.
— Quem bate como Apr.·.?
M.·.CCer.·.— É o Mestr.·. de CCer.·. que conduz um Apr.·. o qual deseja passar da perpendicular ao nivel. Esta resposta o cobr.·. transmitte-a ao 2º Vig.·. e este ao 1º Vig.·. o qual por sua vez transmitte-a ao Ven.·.. VEN.·.
— Ir.·. 1º Vig.·. perguntai-lhe o seu nome. O 1º Vig.·. transmitte as perguntas ao 2º Vig.·. e este ao Cobr.·.. As respostas o Cobr.·. as transmitte ao 2º Vig.·. e este ao 1º Vig.·. que as dá ao Ven.·..
VEN.·.
— Como pôde concebera esperança de obter o gr.·. de Comp.·.?
M.·.CCer.·.— Pelas provas da sua dedicação á causa em que está empenhado e pela sua instrucçáo no primeiro gráo. O Ven.·. então bate e diz: Final da página 6 VEN.·.
— Fazei entrar o Apr.·. e collocai-o entre ccol.·.. Depois de executada esta ordem, o Ven.·. diz : — Ir.·. 2º Vig.·., o Ir.·. que deseja passar da perpendicular ao nível, preencheu o seu tempo e os seus IIr.·. de ccol.·. estão com elle satisfeitos?
2 °V IG .·. — Sim Ven.·. Mestr.·.. VEN.·.
— Os IIr.·. concordam com a sua elevação? Todos os IIr.·. fazem o signal de aprovação. O Ven.·. bate uma pancada e diz:
VEN.·.
— Meu I r .·., nos tempos primitivos da nossa Ord.·., era mister que o Apr.·., trabalhasse sem interrupção durante cinco annos para ser elevado a Comp.·.. Não quero com isso dizer, que seja uma graça especial o serdes elevado tão brevemente; o que com tudo não o fazemos indistintamente. Por isso aquelle que e dispensado dos interstícios deve tornar-se digno de tal graça trabalhando com todo o zelo. Espero, pois, que justificareis a consideração em que sois tido. —Meu Ir.·., quern vos proporcionou a felicidade de serdes Maç.·.?
CANDIDATO — Um amigo, o qual depois reconheci como Ir.·. VEN.·.
— Em que estado fostes apresentado em Loj.·.?
CANDIDATO — Vendado. Nem nú, nem vestido. 49
VEN.·.
— Porque, meu I r .·.?
C ANDIDATO—Para ensinarem-me que o luxo é um vicio que deslumbra o vulgo e que o homem virtuoso não eleve ser nem vaidoso, nem orgulhoso. VEN.·.
— Porque, vos vendaram?
CANDIDATO—Para que soubesse o quanto as trevas da ignorância e as paixões que nos alucinam são preju-dicíaes ao homem. VEN.·.
— Fizestes alguma viagem ?
CANDIDATO—Sim. VEN.·.
— Para que, meu Ir.·.?
CANDIDATO—-Para que comprehendesse que não ê do primeiro passo que se alcança o ser virtuoso, VEN.·.
— O que vistes quando vos tiraram a venda ?,
CANDIDATO — Vi todos os IIr.·., armados de espadas, cujas pontas estavam dirigidas para mim. Final da página 7 VEN.·.
— Para que meu Ir.·.?
CANDIDATO—Para mostrarem-me que sempre estariam promptos a derramar o seu sangue em meu favor, sendo eu fie! aos juramentos prestados, bem como a punirem-me si eu fosse tão miserável que perjurasse. VEN.·.
— Não vos collocaram um compasso sobre o peito ?
CANDIDATO—Sim. VEN.·.
— Para que, meu I r .·.?
CANDIDATO—Para que eu me compenetrasse de que o coração de um Maç.·. deve ser sempre justo e verdadeiro. VEN.·.
— Meu I r .·., é mister que façais cinco viagens. I r .·. Mestr.·. de CCer.·. fazei com que o Apr.·. deixe a régua que traz e entregae-lhe o maço e o cinzel, fazendo-o praticar a sua primeira viagem. O Mestr.·. de CCer.·. depois de fazer com que o Apr.·. tenha seguro na sua mão esquerda um malh.·. e um cinzel, pega-lhe pela mão direita e faz com elle o gyro da Loja. Chegando entre as columna diz:
M.·.CC ER.·. — O Apr.·. fez a primeira viagem. O 2o Vig.·. o annuncia ao 1º Vig.·. e este ao Ven.·., que diz: VEN.·.
— Meu I r.·., esta primeira viagem symbolisa o período de um anno, que o Comp.·. deve empregar em aperfeiçoar-se na pratica de cortar e lavrar a pedra bruta que aprendeu a debastar, quando 50
Apr.·., com o malh.·. e o cinzel. Por muito perfeito que seja oApr.·., lembrai-vos que não sabe terminar a sua obra, visto como o bruto dos materiaes, consagrados á construcção do templo, que eleva á G l .·. do Gr.·. Arch.·. do Univ.·. de quem elle é a materia e a obra, não o pode dispensar do duro e penoso trabalho do maço e da fixa e applícada direcção do cinzel, não desviando-se do que pelos MMestr.·. lhe foi traçado. Dai-me o signal de Apr.·. O Apr.·. faz o signal. VEN.·.
— O que vos recorda este signal ?
CANDIDATO—Recorda-me o juramento que prestei na occasião da minha iniciação, pelo qual sujeitei-me a que meu pescoço fosse cortado se revelasse os segredos que me confiaram. Final da página 8 VEN.·.
— (Bate—0) Elle vos fará lembrar tambem que, como bom e verdadeiro Maç.·. devereis preferir incorrer no risco de ser degolado, como S.·. João Baptista, a trahir a causa do povo ou a tornar-vos instrumento ou apologista dos seus oppressores. — Ir.·. Mestr.·. de CCer.·., recebei do Apr.·. o maço e o cinzel e entregailhe o compasso e a régua fazendo-o praticar a segunda viagem. O Mestr.·. de CCer.·. cumpre a ordem do Ven.·., levando o Apr.·. na mão esquerda uma regua e um compasso. Terminada a viagem o Mestr.·. de CCer.·. diz:
M.·.CC ER.·. — O Apr.·. fez a segunda viagem. VEN.·.
— Meu Ir.·., esta segunda viagem nada mais é do que o symbolo do segundo anno no qual o M .·. deve adquirir os elementos práticos da M a ç .·., isto é a arte de traçar linhas sobre os materiaes desbastados e aplainados, o que só se consegue com a régua eo compasso. Meu I r .·., dai o toque de Apr.·. ao I r .·. 1ºVig.·.. Depois do Apr.·. ter obedecido, o 1º Vig.·. dá uma pancada e diz:
1º V IG .·. — Ven.·. Mestr.·. o toque está certo. VEN.·.
— (bate—0) I r .·. Mestr.·. de CCer.·., recebei do Apr.·. o compasso e entregai-lhe a alavanca fazendo-o praticar a terceira viagem. Depois do Apr.·. ter feito a terceira viagem. A qual deve ser effectuada, levando elle na mão esquerda a regua e um alavanca apoiada ao hombro esquerdo, e devidamente annunciado pelo Mestr.·. de CCer.·. como nas precedentes.
VEN.·.
— Meu Ir.·., esta terceira viagem symbolisa o terceiro anno no qual se confia ao Apr.·., a direcção, transporte e collocação dos materiaes trabalhados, o que se alcança com a régua e com a alavanca. A 51
alavanca em logar do compasso é o emblema do poder, que junto ás nossas forças individuaes accrescenta os conhecimentos necessários para fazer o que, sem o seu auxilio, ser-nos-hia impossível executar. — O que entendeis por Maçonaria ? CANDIDATO—Maçonaria é o estudo das scíencias e a pratica das virtudes. VEN.·.
— Ir.·. Mestr.·. de CCer.·., recebei do Apr.·. a alavanca e entregailhe o esquadro, fazendo-o praticar a quarta viagem. Final da página 9 O Apr.·. faz esta viagem levando um esquadro e a regua na mão esquerda. Terminada a viagem, o Mestr.·. de CCer.·., o annuncia:
VEN.·.
— Esta viagem, meu I r .·. symbolisa o quarto anno de um A p r .·., no qual elle deve occupar-se principalmente na elevação do edifício, na direcção de seu todo, verificando a collocação dos materiaes reunidos para terminar a obra maçon.·.. Ella ensina que só a applicação, o zelo e a intelligencia que tendes mostrado nos vossos trabalhos podiam elevar-vos acima dos IIr.·. menos instruídos e zelosos do que vós. Ir .·. Mestr.·. de CCer.·., recebei do Apr.·. o esquadro e a régua e fazeí-o praticar a quinta viagem. N’esta viagem o Apr.·. nada leva. O Mestr.·. de CCer.·. colloca a ponta de uma espada sobre o coração do Apr que a fixa com o dedo polegar e o index da mão direita. O Mestr.·. de CCer.·. acompanhando o Apr.·. faz com ele o gyro da loja, annunciando como precedentemente o estar terminada a viagem. N. B. Os annuncios feitos pelo Mestr.·. de CCer.·. são repetidos pelo 1º e 2º VVig.·. e transmitidos ao Ven.·..
VEN.·.
— Esta quinta viagem mostra que o Apr.·. sufficientemente instruido nas praticas manuaes, deve durante o quinto e ultimo anno applicar-se ao estudo theorico. Meu I r .·., não basta estar na vereda da virtude para nella nos conservarmos, para chegarmos á perfeição são necessários muitos esforços, Segui pois, o caminho que vos traçaram e tornai-vos digno de conhecer os altos trabalhos maçon.·. — Dai ao I r.·. Exp.·. a palavra sagrada de A pr.·.. Depois de executar esta ordem, o Ir.·. Exp.·. diz:
E XP .·.
— A palavra está certa, Ven.·. M e s t r .·..
VEN.·.
— I r .·. Mestr.·. de CCer.·. fazei o candidato praticar o seu ultimo trabalho de A p r .·.. O Mestr.·. de CCer.·. entrega ao Candidato um malh.·. com o qual elle bate na pedra bruta como Apr. Depois que o Mestr.·. de CCer.·. diz: 52
M.·.CC ER.·. — O trabalho está concluído. VEN.·.
— I r .·. Mestr.·. de CCer.·., acompanhai o Candidato até o throno, fazendo-o marchar como A p r .·. O Mestr.·. de CCer.·. obedece.
VEN.·.
— Contemplai esta estrella mysteriosa (apontando para a estrella flammigera) e nunca a afasteis do vosso espiríto. Ella é não só o emblema do génio, que leva o homem a pratica das grandes acções, mas também o symbolo do fogo sagrado com que nos dotou o Gr.·. Arch.·. do Univ.·. e sob cujos raio devemos discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a equidade. O Delta que vedes tão resplanclescente de luz, vos offerece duas grandes verdades e duas ideias sublimes. Final da página 10 — Vedes o nome de Deus que é a fonte de todos os conhecimentos humanos: elle se explica symbolicamente pela geometria. Essa sciencia tem por base essencial o estudo aprofundado, applicações infinitas do triângulo sob o seu verdadeiro emblema. Todas estas verdades gradualmente se desenvolverão aos vossos olhos á medida dos progressos que fizerdes em nossa Subl.·. Ord.·.. O Mestr.·. de CCer.·. faz ajoelhar o Candidato e o Ven.·. batendo uma pancada diz:
VEN.·.
— Meus IIr.·., de pé e á ordem! I r .·. Candidato, repeti commigo o juramento que vou dictar-vos: JURAMENTO Juro e prometto nunca revelar aos AAppr.·. os segredos do gr.·. de Comp.·. que me vão ser confiados, assim como prometti nunca revelar o de Apr.·. aos PProf.·.. Si eu fôr perjuro, seja-me arrancado o coração, para servir de pasto aos abutres. Assim Deus me ajude. O Ven tendo a espada suspensa sobre a cabeça do Candidato diz:
VEN.·.
— Em nome de Deus e sob os auspícios do G r.·. O r.·. e Supr.·. C o n s .·. do Brasil em virtude dos poderes que me forarn outorgados por esta Aug.·. e Resp.·. Lo j.·., eu vos recebo e constituo Comp.·. Maç.·.. O Ven.·., findas as palavras bate cinco pancadas (000-00) sobre a espada. O Mestr.·. de CCer.·. levanta então o Candidato. O Ven.·. desce-lhe a abeta do avental e diz que é assim que d’ora avante a deve trazer, visto ser Comp.·.. 53
VEN.·.
— Meu I r .·., o vosso trabalho é na pedra cubica e o vosso salário o recebereis na C O L .·. J .·.. Final da página 11 —Este novo trabalho servirá para lembrar-vos, que um Comp.·. é destinado a reparar as imperfeições do edifício, tendo todo o trabalho em occultar não só os defeitos de seus IIr .·., mas também em corrigi-los, dando-lhes bons exemplos e conselhos. Agora vou darvos os signaes, palavras e toques do g r .·. de Comp.·.. — O signal é ........... — O toque é ............ — A palavra sagrada é ........ (não se dá senão soletrada). — A palavra de passe é S.......... (não se dá soletrada e a occasião de dai-a é ao entrar em L o j.·.). — Ide dar ao I r .·. Exp.·. os signaes, palavras e toque em campanhia do Ir.·. Mestr.·. de CCer.·., afim de que sejais reconhecido como Comp.·., Depois de cumprida esta ordem o Ir.·. Exp.·. diz:
E XP .·.
—Tudo está justo e perfeito.
VEN.·.
— Ir.·. Mestr.·. d e C C e r .·., fazei esse Ir.·. trabalhar como Comp.·. e ensinai-lhe a dar os passos de seu gráo. O Ir.·. Mestr.·. de CCer.·. faz o Ir trabalhar na pedra cubica, dando nela cinco pancadas (000-00), dar o signal e os passos respectivos, findo o que leva-o entre ccol.
VEN.·.
— IIr .·. 1ºe 2 º VVig.·., annunciai aos OObr.·. de vossas c ol.·. que vou applaudir o nosso I r .·. F........... pela sua elevação ao gr.·. de Comp.·.. Os VVig.·. repetem o annuncio.
VEN.·.
— De pé e á ordem, meus I I r .·.. Todos levantam-se, applaudem e aclamam conforme o gr.·. de Comp.·., agradecendo o Candidato ou por elle o Ir.·. Mestr.·. de CCer.·.. Taes applausos, agradecimentos que devfe ser coberto. Depois o Orad.·. pronuncia um discurso de estylo, findo qual o Ir.·. Hosp.·. faz circular o tr.·. de benef.·..
VEN.·.
— IIr.·. 1º e 2º VVig.·., annunciai em vossas ccol.·. que concedo a palavra a bem da Ord.·. em geral. Os VVig.·. repetem o auuuncio. Nenhum Ir.·. pedindo a palavra ou reinando silencio é a sessão encerrada. 54
ENCERRAMENTO VEN.·.
— Ir.·. 2º D i a c .·., qual é o vosso lugar em Loj.·.? Final da página 12
2º DIAC.·. VEN.·.
— Por detraz do Ir .·. l º V i g .·., si elle o permittir.
— Para que occupais esse lugar?
2º DIAC.·.— Para transmittir as ordens do I r .·. 1º Vig.·. e vigiar si os I Ir.·. em suas ccol.·. conservam o devido respeito. VEN.·.
— Qual é o vosso lugar em Loj.·., I r .·. 1º D ia c.·.?
1º DIAC.·. — À vossa direita abaixo do sólio, si o permittis. VEN.·.
— Pará que occupais esse lugar?
1º D IAC .·. — Para transmittir as vossas ordens ao I r .·. 1 º Vig.·. e a todos os. I I r .·., afim de que os trabalhos executem-se com promptidão e regularidade. VEN.·.
— Ir.·. 2º Vig.·., qual é o vosso logar em Loj.·.?
2 º V I G .·. — No meio, Ven.·. Mestr.·.. VEN.·.
— Para que occupais esse lugar meu I r.·.?
2 º V I G .·. — Para melhor observar o sol no seu meridiano, chamar os OObr.·. do trabalho para a recreação e da recreação para o trabalho, afim de que ao Ven.·. resultem honra e gloria, VEN.·.
— I r .·. l º Vig.·., qual é o vosso lugar em Loj.·.?
1º Vig.·. —No occidente, VEN.·.
— Para que occupais esse lugar, I r .·. 1º Vig.·.?
1 º V I G .·. — Porque, assim como o sol occultando-se no occidente faz terminar o dia, assim também o 1] Vig.·. ahi tem assento para fechar a Loj.·., pagar aos OObr.·. e despedi los contentes e satisfeitos. O Ven.·., depois desta resposta bate cinco pancadas 000—00 que são repetidas pelos VVig.·. volta-se para o 1º Diac.·. e dá-lhe a palavra sagrada, conservando-se descoberto, podendo depois cobrir-se. O 1°Diac.·. transmitte a palavra ao 1º Vig.·., e este transmitte pelo 2ºDiac.·. ao 2 º Vig.·. que diz: 2 º V I G .·. — Tudo está perfeito. O Ven.·. então, caso esteja coberto, descabre-se, bate—O e todos levantam-se. VEN.·.
— Em nome de Deus e de S.·. João da Escossia, a Loj.·. de Comp.·. está fechada. A mim, meus IIr.·.. Executa-se. 55
VEN.·.
— Os trabalhos estão encerrados, meus IIr.·., rendamos graças ao Eterno e retiremo-nos em paz. Final da página 13 INSTRUÇÃO
VEN.·. R.·.
— Sois Comp.·.? — Sim. Ven.·. Mestr.·., podeis examinai-me.
VEN.·. R.·.
— Onde fostes recebido Comp.·.? — Numa Loja regular.
VEN.·. R.·.
— Como estáveis preparado? — Não estava nu nem vestido; estava privado de toda espécie de metal e dessa forma conduziram-me á porta da loja.
VEN.·. R.·.
— Como fostes admitido? — Por três pancadas.
VEN.·. R.·.
— Que vos perguntaram? — Quem vem lá.
VEN.·. R.·.
— Que respondestes? — Que era um Apr.·. que tinha acabado seu tempo e desejava ser recebido Comp.·..
VEN.·. R.·.
— Como concebeste tal esperança? — Concebi-a com a palavra de passe.
VEN.·. R.·.
— Sabeis, pois, a palavra de passe ? — Sei-a, V e n .·. Mestr.·..
VEN.·. R.·
— Dai-m'a. — S.....
VEN.·. R.·.
— O que disseram? — Passe,
VEN.·. R.·.
— O que depois vos fizeram ? — Fizeram-me praticar cinco viagens em roda da loja.
VEN.·. R.·.
— Onde encontrastes o primeiro obstáculo ? — Por detraz do 1º Vig.·., onde dei a mesma resposta que tinha dado á porta.
VEN.·. R.·.
— Onde encontrastes o segundo obstáculo ? — Por de traz do Ven.·., onde dei idêntica resposta.
VEN.·. R.·.
— O que vos fez elle? — Enviou-me ao 1º Vig.·. para por elle ser instruido.
VEN.·.
— Como vos instruiu?
R.·.
Final da página 14 — Ensinou-me o meu dever e a dar dous passos sobre o segundo lado de um angulo recto de um quadrilongo, com o 56
joelho direito inclinado, o pé esquerdo formando uma esquadria, o corpo direito, a dextra sobre a Constit.·., o braço esquerdo sustentando a ponta de um compasso formando uma esquadria, estado em que prestei o meu juramento. VEN.·. R.·.
— Lembrai-vos do vosso juramento ? — Sim, Ven.·. Mestr.·..
VEN.·. R.·.
— Repeti-o. — Fal-o-hei, si me ajudardes,
VEN.·. R.·.
— Levantai-vos e principiai. — Juro, etc.
VEN.·. R.·.
— O que vos ensinaram depois desse juramento? — O signal de Comp.·..
VEN.·. R.·.
— O que é que depois vos mandaram dar? — Mandaram outra vez dar-me o meu vestuário, ordenaram-me que agradecesse á loja a minha admissão.
VEN.·. R.·.
— Depois que vos conferiram o gr.·. de Comp.·., trabalhastes como tal? — Sim, Ven.·. Mestr.·. trabalhei na construcção de templo.
VEN.·. R.·.
— Onde recebestes o vosso salário? — Na col.·. J
VEN.·. R.·.
— O que vistes quando chegastes a esta loja ? — Um Vig.·..
VEN.·. R.·.
— O que vos pediu elle? — A palavra de passe.
VEN.·. R.·.
— Destes-lh'a? — Sim , Ven.·. Mestr.·..
VEN.·. R.·.
— Oual é ella? — S .. . . . . .. . . . .
VEN.·. R.·.
— Por onde chegastes á col.·.? — Pelo pórtico do templo.
VEN.·. R.·.
— Vistes alguma cousa de notável? — Sim, Ven.·. Mestr.·..
VEN.·. R.·.
— O que foi? — Duas magníficas ccol.·. de bronze.
VEN.·. R.·.
— Quaes são os seus nomes? —Be J
VEN.·.
— Que altura tinham ?
R.·.
Final da página 15 — Trinta e cinco covados, com um capitel de cinco covados, que fazem quarenta covados de altura. (vide o 2 Chr. Cap. 3 v. 15). 57
e
VEN.·. R.·.
— Quaes (iramos ornatos dos capiteis ? — Três romãs.
VEN.·. R.·.
— A S ccol.·. eram ocas ? — Eram, V e n .·. Mestr.·..
VEN.·. R.·.
— Qual era-a espessura de sua capa exterior ? — Quatro pollegadas.
VEN.·. R.·.
— Onde tinham sido fundidas ? — Na planície do Jordão, onde fundiram-se os vasos sagrados de Salomão,
VEN.·. R.·.
— Quem as fundiu? — Hiram-Abif. Final da página 16
Material de Pesquisa. Cópia do Ritual do 2º Grau – Companheiro – edição de 1904 Antonio Gouveia Medeiros – Secretário Geral de Orientação Ritualística do Grande Oriente do Brasil.
58
59
MESTRE EXPLICAÇÕES PRELIMINARES O 3º g r . · . é consagrado ao pundonor inflexível, que não transige com o dever e aos grandes homens que se sacrificaram pelo bem e segurança publica. DECORAÇÃO DA LOJ. · . A Loj. · . deve ser forrada de preto e semeada de lagrimas brancas. As cortinas, o docel, o altar e as mesas deverão igualmente ser forradas de preto. Haverá nas paredes caveiras e ossos em aspa. Sobre o altar e sobre as mezes dos VVig. · . estarão malhetes e lanternas do furta-fogo para servirem no acto da recepção. No centro da loja haverá um ataúde, por cima do qual penderá uma lampada de forma antiga que espargirá débil claridade. A loj. · . é alumiada por nove luzes dispostas em grupos de três, collocadas no O r . · . , Meio dia e Occid. · . . Debaixo do docel ha a estrella flammigera. Haverá mais dous rolos que tem de servir na cerimonia. TÍTULOS A Loj. · . de Mestr. · . denomina-se Cam. · . do Meio. O Presidente tem o titulo de Respeitab. · . , os VVig. · . , o de Venerab. · . e os demais IIr. · . de VVen. · . MMestr. · . ou VVen. · . IIr. · . . INSÍGNIAS Avental branco, forrado e orlado de azul, tendo uma roseta da mesma cór no centro e a abêta descida. Fita azul orladade encarnado, achamalotada, de quatro dedos de largura, posta a tiracollo do hofnbro direito para o lado esquerdo, tendo pendente na extremidade a respectiva jóia, que é um esquadro entrelaçado num compasso. Final da página 3 DIVERSAS FORMALIDADES Os OOf.·., exceptuando a mudança dos títulos, occupam os mesmos logares que nos gráos precedentes. Os IIr.·., em loja conservam-se cobertos e todos de preto. 3º GRÁO OU GRÁO DE MESTRE Rito Escocês 60
Signaes: 1º De ordem.—Ter a mão direita aberta com os dedos unidos e o pollegar separado e apoiado no lado esquerdo do ventre, ficando a palma voltada para baixo. 2° De admiração. —Levantar as duas mãos para o céo com os dedos estendidos e separados, as palmas voltadas para fora exclamando: Ah! Senhor meu Deus! (Em hebraico: Adonai Elohin). Estas palavras são proferidas á vista do corpo de Hiram assassinado. Deixar depois cahir as mãos sobre o avental exprimindo surpreza e admiração. 3º De soccorro — Levar as mãos acima da cabeça com os dedos entrelaçados e as palmas voltadas para fora, dizendo: A mim, filhos da Viuva! 4º Saudação — Estando á ordem, levar a mão direita ao lado direito e deixa-la cahir ao longo do corpo, formando uma esquadria, voltando ao signal de ordem. Toque — Faz-se pelos cinco pontos perfeitos da Maçonaria: 1º Segurar com a mão direita a mão direita do irmão; 2 o Unir o pe direito pelo lado interior ao pé direito; 3º Unir os joelhos direitos; 4º Pôr a mão esquerda sobre o hombro direito do irmão; 5º Unir o peito contra o peito. Nesta posição pronunciam-se alternativamente as três syllabas que formam a palavra sagrada. Fez-se também formando o primeiro ponto (a garra) e voltando os pulsos três vezes á direita e á esquerda, ao mesmo tempo que se pronunciam as syllabas da palavra sagfrada. Final da página 4 Palavra sagrada.—NOBAOM. Palavra de passe.—NIAKLABUHT. Marcha.—Os passos de Apr.·. e Comp.·. e depois dar três passos elevados como se tivesse de passar por cima de algum objecto situado no chão; o 1º para a direita com o pé direito; o 2º para a esquerda com o pé esquerdo; o 3º para a direita com o pé direito; a cada passo juntando os pés. Bateria.— 000— 00 0— 0 00. Idade. — Sete annos e mais. Nos ritos adonhiramita e francez ou moderno ha as seguintes differenças: O signal de admiração é substituído pelo signal de horror. Estando á ordem, levar as mãos acima da cabeça com os dedos entrelaçados e as palmas voltadas para fora, olhar para o catafalco e desviar rapidamente para a direita a cabeça e o busto ao mesmo tempo que volta ao signal da ordem. Toque — Pelos cinco pontos. Palavra sagrada —KAM—HANEB. 61
Palavra de passe —MILBIHG. Batria —00—0,00—0,00—0. ABERTURA DA LOJA O espeitab.·. bate uma pancada de malhate que é repetida pelos VVig.·. RESPEITAB.·.— Venerab.·. I r.·. 1º Vig.·. qual é o vosso primeiro dever antes de ser aberta a Loj.·. de Mestr.·.? 1º V I G .·. — Certificar-me si o templo acha-se coberto interna e externamente. RESPEITAB.·.— Certificai-vos, pois, Venerab.·. Ir.·.! O 1º Vig.·. envia o seu Díac.·. a verificar si o Templ.·. acha-se coberto. Certo disso, diz: 1º V I G .·.
— Respeitab.·. a Log.·. de Mestr.·. acha-se coberta.
RESPEITAB.·.— Qual é o vosso segundo dever, Venerab.·. I r .·. 1º V ig.·.? Final da página 5 1º V I G .·. — Certificar-me se todos os IIr presente são MMestr.·.! RESPEITAB.·.— VVenerab.·. IIr.·. lº e 2º VVig.·., percorrei as vossas c col.·. e certificai-vos si todos os IIr.·. presentes são MMestr.·.. Depois desta ordem o Respeitab.·. volta-se para o oriente o que é imitado por todos os IIr.·. presentes, de sorte que nenhum veja o que se passa no Occidente. Os VVig.·. dirigem-se aos IIr.·. de sua respctivas ccol.·., começando pelo que se acha mais próximo, trolhando-os, e assim o fazem até o último de sorte que todos seajm examinados nas palavras, toques e sinais do grao. Este exame não é feito ao IIr que exercem cargos em loja. Findo o exame, o 2º Vig.·. diz: 2º V I G .·. — Venerab.·. Ir .·. 1º Vig.·., todos os IIr.·. da minha col.·. são MMestr.·. 1 º V I G .·. — Todos os I Ir.·. que formam a minha col .·. e a do Venerab.·. I r .·. 2ºVig.·. são MMestr.·.. RESPEITAB.·.— Ven.·. I r .·., 2º Diac.·., qual é o vosso logar em Loj de Mestr.·.. 2° Diac.·. — Por detrás ou á direita do Venerab.·. I r .·. 1 o Vig.·., si elle o permittir. RESPEITAB.·.— Para que meu Ir.·.? 2° Diac.·. — Para transmittir as-suas ordens ao Venerab.·. Ir.·. 2º Vig.·. e velar que nas ccol.·. haja o devido respeito. RESPEITAB.·.— Ven.·. Ir .·. 1º Diac.·., qual éo vosso logar em Loj.·. de Mestr.·.? 62
1° Diac.·. — A vossa direita, Respeitab.·.. RESPEITAB.·.— Para que V e n .·. I r.·. l º D i a c .·.? 1° Diac.·. — Para transmittir as vossas ordens ao Venerab .·. Ir.·. 1º Vig.·. e a todos os VVen.·. Ir.·. da Loj.·. afim de que os trabalhos promptamente se executem. RESPEITAB.·.— Onde é o vosso logar, Venerab.·. I r .·. 2º Vig.·.? 2º V I G .·. — Ao meio dia Respeitab.·.. RESPEITAB.·.— Para que occupais esse logar, Venerab.·. IIr.·. 2º Vig.·.? 2º V I G .·. — Para melhor observar o sol no seu meridiano, chamar os OObr .·. ao trabalho e deste á recreação, afim de que ao respeitab.·. resultem gloria e honra. RESPEITAB.·.— Venerab.·. Ir.·. 1º Vig.·., qual é o vosso logar em Loj.·.? Final da página 6 1º V I G .·. — No occidente Respeitab.·.. RESPEITAB.·.— Porque occupais esse logar, Venerab.·. I r.·. 1º Vig.·.? 1º V I G .·. — Porque assim como o sol, occultando-se no Occidente, termina o dia, assim também o 1º V i g.·. alli tem assento para encerrar os trabalhos, pagar aos OObr.·. e despedi-los contentes e satisfeitos. RESPEITAB.·.— Onde é o logar do Respeitab.·.? 1º V I G .·. — N O Oriente. RESPEITAB.·.— Porque? 1º V I G .·. — Assim como o sol surge no Oriente para começar a suacarreira e romper o dia, assim também o Respeitab.·. alli tem assento para abrir a Loj.·. ajudar os OObr.·. com os seus conselhos e illuminalos com as suas luzes. O Respeitab.·. bate nove pancada 000-000-000 que os VVig.·. repettem, descobre-se, volta-se para o 1º Diac.·., dálhe a palavra sagrada e torna a cobrir-se. O 1º Diac.·. a transmitte para o 1Vig.·. que por sua vez e por intermédio do 2º Diac.·. a transmittte ao 2º Vig.·.. Cumprindo o que o 2º Vig.·. bate uma pancada dizendo: 2º V I G .·. — Respeitab.·., tudo está justo e perfeito. O Respeitab.·. então descobre-se, no que é imitado por todos os IIr.·. e diz: RESPEITAB.·.— Em nome de Deus e de S.·. João da Escossia está aberta a L o j .·. de M e s t r .·., sendo d'ora avante vedado a qualquer Ir.·., passar de uma para outra col.·. sem a devida permissão. —A mim, meus VVen.·. IIr.·.. 63
O Respeitab.·. então faz o signal de Mestr.·., que todos repettem, faz os applausos e diz: RESPEITAB.·.— Os trabalhos de C a m .·. do Meio estão abertos. Bate—0. Todos sentam-se. Procede-se depois à leitura dos últimos trabalhos, seguindo-se as formalidades usuais, findo o que são admittidos os visitantes. RECEPÇÃO RESPEITAB.·.— Meus VVen.·. IIr.·. por suffragio unanime concordastes em elevar ao g r .·. de Mestr.·. o Ir.·. F............ (ou os IIr.·. FF............) Si ha algumas razões que a isso se opponham, é esta a occasião própria de as manifestar, no caso contrario o vosso silencio provara que persistís em vosso consentimento. Final da página 7 Reinando o silencia em ambas as ccol.·. o Respeitab.·. manda deitar no esquife o Mestr.·. mais moderno, com os pes voltados para o Oriente, os calcanhares em esquadria, a mão direita sobre o coração, a esquerda estendida ao longo do corpo e coberto por um panno mortuario desde os pés até a cintura, junto do avental. O rosto de estar coberto com um panno linho tinto de sangue. Estando tudo assim preparado, apagam-se as luzes, ficando somente um lanterna com luz fraca nos altares do Respeitab.·. e do VVig.·.. RESPEITAB.·.— Ven.·. Ir.·. Mestr.·. de Cer.·. preparai o Candidato. PREPARAÇÃO DO CANDIDATO O Candidato deve estar com o braço e peito esquerdos nus e nao trazer metais algum. Na mão direita deve ter um esquadro e da cinta uma corda que dê três voltas. Traz um avental de Comp .·.. O Mestr.·. de Cer.·. depois de assim o ter preparado, trá-lo a porta do Templ.·.. Onde bate como Comp.·.. O Cobr.·. vai examinar quem bate, o que lhe cumpre fazer sempre que alguém bate a porta do Templ.·. desde que começam os trabalhos. Depois do exame do Cobr.·., o 1º Vig.·. diz: 1º Vig.·. — Respeitab.·., o Ven.·. I r .·. Mestr.·. de C e r .·. bate á porta do Templ.·. e conduzum Comp.·. que acabou o seu tempo e pede para ser elevado ao gr.·. de M e s t r .·.. Estas palavras são proferidas tendo-se entreaberta a porta do Templ.·..
64
RESPEITAB.·.— (com voz forte) — Porque o Ven.·. Ir.·. .·.. Mestr.·. de C e r .·. vem perturbar a nossa dôr? Ella deveria te-lo conduzido a affastar de nós toda e qualquer pessoa que fosse suspeita e mormente um Comp.·.. — M e u s I I r .·., tal voz seja esse Comp.·. um dos que motivaram a nossa dôr ? Armemo-nos ! —Quem sabe si não é a justiça divina que entrega á nossa justa vingança um criminoso? Ven.·. Ir.·. Exp.·., ide com o Ir.·. Terrível e com mais quatro IIr.·. armados e apoderai-vos desse Comp.·. Examinaí-o desde a cabeça até os pes, apalpai-o e sobretudo vede as suas mãos. —Tirai-lhe o avental e trazei-mo como testemunha de suas acções. — Assegurai-vos, finalmente, si sobre elle existe algum vestigio do crime horroroso que foi commettido. O Exp.·. apodera-se arrebatadamente do Candidato, revista-o e arranca-lhe o avental. Depois do que entra no Templo, trazando o avental do Candidato o qual conserva-se da parte de fora entre os quatros irmãos armados e o Ir.·. Terrível conservandao-se sempre a porta entre aberta até que nella tenha ingresso o Candidato. O Exp.·. logo que entra no Templo, diz: Final da página 8 1º EXP.·. — Respeitab.·., as vossas ordens foram executadas: nada encontrei no candidato que indique ser elle um assassino.—As suas vestes estão limpas, as suas mãos puras e o avental que vos trago está sem mancha alguma. RESPEITAB.·.— VVen.·. I I r .·., permitta o Gr .·. Arch.·. do Univ.·. que eu tenha me enganado e que esse Comp.·. não seja um daquelles a quem devemos punir! E' porém mister que o recebamos com toda a precaução e procedamos ás mais minuciosas pesquízas, porque, ainda que innocente, elle não ignora a causa da nossa dôr. — Nós o interrogaremos ao penetrar neste recinto e pelas suas respostas veremos o juizo que delle devemos formar. —Si adoptais esta minha opinião, manifestai-o. Todos os IIr.·. levantam a mão. RESPEITAB.·.— Ven.·. I r .·. Exp.·., visto que todos os nossos VVen.·. IIr.·. são de parecer que o Comp.·. seja introduzido no templo, perguntai-lhe o seu nome. Dada a devida resposta, que chega ao Respeitab.·. por íntermedio dos VVig.·., o Respeitab.·. diz:
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RESPEITAB.·.— Perguntai-lhe a sua idade maçon.·., em que tem trabalhado e no que se tem exercitado. A reaposta que se deve dar a esta pergunta é a seguinte: o Comp.·. diz que tem cinco anos anos, que tem trabalhado na pedra polida no interior do Templo e que tem preparado as ferramentas. RESPEITAB.·.— Perguntai-lhe ainda, como poude elle conceber a esperança de ser recebido entre nós? Esta pergunta, como todas, passa do Respeitab.·. ao 1º Vig.·. deste ao 2º Vig.·. e deste finalmente ao Exp.·. e as respostas transmitidas pelo Exp.·. ao 2º Vig.·. e deste ao 1º Vig.·., que as dá ao Respeitab.·.. A resposta a esta pergunta é a seguinte: CANDIDATO
— Pela palavra de passe.
1º EXP.·. — (Surprehendido) O Cand.·. diz que concebeu tal esperança pela palavra de passe. RESPEITAB.·.— (admirado) Pela palavra de passe! Esta temerária resposta confirma as minhas suspeitas. — Como sabe elle a palavra de passe? De certo que por meio do crime que commetteu. —Eis ahi, VVen.·. MMestr.·., a provada sua audácia e do seu attentado! Venerab.·. I r .·. 1 o Vig.·., ide escrupulosamente examinar o Candidato. O Venerab.·. Ir.·. 1º Vig.·. depois de ter cumprido esta ordem diz: Final da página 9 1º Vig.·. — Respeitab.·. é extrema a sua audácia e o seu procedimento annuncia uma excessiva malvadez, — Estou convencido de que elle vem espreitar o que aqui se passa e illudir a nossa boa fé. Continuando a examinar de mais de perto o Candidato, pega-lhe na mão direita, examina-a e largando imediatamente, diz: — Céos, é elle! Agarra-o então pelo colarinho da camisa e com voz ameaçadora, lhe diz: — Falla, desgraçado! Como dás tu a palavra de passe? Quem t'a communicou? O Candidato diz : CANDIDATO—Quem me acompanha a dará por mim, e não eu porque não a conheço. 1º VIG.·. — Respeitab.·., o Candidato confessa não saber a palavra de passe, diz porém que o seu conductor a dará por elle. 66
RESPEITAB.·.— Fazei que o seu conductor a dé, Venerab .·. Ir.·. 1º Vig.·.. O Condutor que é o Exp.·. da a palavra de passe ao 1º Víg.·. que diz; 1º Vig.·. — A palavra de passe está justa Respeitab.·.. Tudo isso passa-se fòra do Templ.·., cuja porta está, como já se pc disse, entreaberta. RESPEITAB.·.— Dai ingresso ao Canditato. Este entra seguro pelo Mestr.·. de Cer.·. e de costas. — Que os VVen.·. IIr.·., que o escoltam, não o deixem um só instante, e colloquem-se com elle no Occidente. Tados collocam-se no occidente, tendo o Ir.·. Terrível o Candidato seguro pela corda. RESPEITAB.·.— Comp.·., é mister que sejais bastante temerário e indiscreto para aqui vos apresentardes numa occasião em que tão justamente desconfiamos de todos os vossos camaradas. A dôr e a consternação que divisais nos nossos semblantes, os restos mortaes encerrado, nesse féretro, tudo vos deve representar a imagem da morte; si ella, porém, tivesse sido o tributo pago á natureza, sentila-hiamos sim, mas não nos affligiriamos tanto e não nos viríamos compellidos a punir um crime e a vingar o assassinato de um extremoso amigo! — Dizei-me, Comp.·., tomaste parte neste horrível crime? Sereis do numero dos infames CComp.·. que o commetteram ? Vede a sua obra. Final da página 10 Mostra-se então ao Comp.·. o corpo que está no ataúde conduzindo-o do lado do Oriente. COMP.·.
— Não Depoís desta resposta, faz se voltar o Comp.·. para o lado do Respeítabi.·. e o Ir.·. que está no alaúde levanta-se sem ser percebido pelo Comp.·..
RESPEITAB.·.— Fazei o Comp.·. praticar a sua viagem. O Mestr.·. de Cer.·. segurando na mão direita do Comp.·. e o Ir.·. Terrível por detrás, pela corda e escoltado de cada lado por dous IIr.·. armados, faz que elle gyre pela Cam.·. do Meio, collocandoo ao lado do Repeitab.·.. Chegando ahi o Mestr.·. de Cer.·. manda o Comp.·. dar uma leve pancada no hombro do Respeitab.·., este voltando-se dirigindo o malh.·. ao coração do Comp.·. diz: RESPEITAB.·.— Quem vem lá ? 67
M.·. CER.·. — É um Comp.·. que findou o seu tempo e deseja passar a Cam.·. do Meio. RESPEITAB.·.— Que esperanças nutre elle para conseguir tal fim ? M.·. CER.·.
— Confia na palavra de passe.
R ESPEITAB.·.— Como a dará, se não a sabe ? M.·. CER.·.
— Eu a darei por elle. Dá a palavra de passe,
RESPEITAB.·.— Passe. RESPEITAB.·.— Venerab.·. I r.·. Mestr.·. de C e r .·., approximai o Comp.·., ao altar dos juramentos, marchando elle sobre o primeiro lado da angulo recto de um quadrílongo, e formando uma esquadria sobre o segundo lado por dons passos, sobre o terceiro por um somente; Faz-se o Comp.·. dar os Signais e passos de Apr.·., de Comp.·. e finalmente de Mestr.·.. Elle ajoelha-se, põe a mão direita sobre a Constit.·., tendo as duas pontas de um compasso postas sobre o peito. Estando nesta posição, o Respeitab.·. desce do Altar e vem ditar-lhe o juramento. Todos os IIr.·. poem-se de pé e a ordem. JURAMENTO Eu F ................ juro de minha livre vontade e em presença do Sup.·. Arch.·. do Univ.·. e desta Resp.·. Final da página 11 Loj consagrada a S João de Escossia e solmnemente prometto nunca revelar os segredos do gr.·. de Mestr.·.. Si eu for perjuro, seja meu corpo dividido ao meio, sendo uma parte lançada ao meio–dia e outra ao sententrião, e as minhas entranhas arrancadas e reduzidas a cinzas e estas lançadas aos ventos. Assim Deus me Ajude. Amem. Todos os IIr.·. respondem: Amem. Findo juramento conservava-se de joelhos. O Respeitab.·. então pega-lhe pela mão direita, dando-lhe o toque de Apr.·. e, examina-o até a palavra sagrada de Comp.·. e logo que elle a dá, diz: RESPEITAB.·.— Levantai-vos, I r .·. F . . . . . . . Ides representar o maior homem do mundo ma ç o n .·., o nosso Resp.·. Mestr.·. Hiram assassinado quando a construcção do templo tocava ao seu maior ponto de perfeição, o que tudo vos explicarei. 68
Todos os MMestr.·. reunem-se ao redor do ataúde ficando os IIr.·. 1º e 2º VVig.·., este no meio dia, armado de uma régua de 24 pollegadas de comprimento e aquelle no occidente com um esquadro, logar onde também fica o Respeitab com seu malhe. O Comp é collocado junto ao ataúde. EXPOSIÇÃO HISTÓRICA RESPEITAB.·.— David, Rei de Israel, tentando erigir um templo ao Eterno, accumulou para tal fim immensos thesouros. Tendo-se, porém, desviado da senda da virtude tornou-se indigno da protecção do G r .·. A r c h .·. do U n i v .·., e a gloria da edificação do templo coube a seu filho Salomão, o qual, antes de dar começo a tão grande edifício, communicou o seu projecto ao rei de Tyro, seu visinho, amigo e alliado, que lhe enviou Hiram, o mais celebre architecto daquelles tempos. — Salomão, sciente das virtudes e talentos de Hiram, concedeu-ihe todas as honras e confiou-lhe a direcção dos OOper.·. e o levantamento da planta do templo. Final da página 12 — Como os trabalhos eram immensos, distribuíram se os OOper.·. em três classes, que eram: AApr.·. CComp.·. e MMestr.·.. — Cada uma dessas classes, afim de ser reconhecidas e receber o seu salário tinha signaes e palavras. Reuniam-se as classes: a de AApr.·. na Col.·. B.·., a de CComp.·. na C o l .·. J .·. e a dos MMestr.·., na Cam.·. do Meio. — Estando a construcção quasi completa, quinze CComp.·. que não tinham ainda passado a MMestr.·. por falta de tempo, combinaram entre si obter de Hiram a palavra de Mestr.·. afim de como tal seren reconhecidos. — Doze destes CComp.·. retractaram-se, três, porém, Jubelas, Jubelos, Jubelum, conservaram-se firmes em seu malévolo intento, — Sabendo que Hiram ia sempre orar no templo ao meio-dia, hora em que os OOper.·. descansavam postaram-se em cada uma das portas. — Jubelas na meridional. —Jubelos na occidental. —Jubelum na oriental. — Sahindo Hiram do templo para a porta meridional. Jubelas perguntou-lhe a palavra de Mestr.·., ao que foi respondido: “não é assim que a sabereis, tende paciência, completai o tempo que vos falta. Além disso, eu não vo-la posso dar, é-mister que esteja 69
acompanhado dos reis de Tyro e de Israel, a quem jurei nunca revelal-a senão juntos”. — Jubelas descontente com tal resposta, deu-lhe uma pancada na garganta com uma régua. Ao Respeitab.·. dizer estas palavras o Mestr.·. de Cer.·. conduz o Comp.·. ao 2º Vig.·., que o segura pelo collarinho, dizendo três vezes com voz forte: 2º VIG.·. — Daí-me a palavra de Mestr.·. COMP.·. — Não. O 2º Vig.·. dá-lhe uma pancada com a regua, depois do que o Mestr de Cer continua: RESPEITAB.·.— Hiram correu para a porta occidental, ahi encontrou jubelos que, fazendo-lhe a mesma pergunta e obtendo a mesma resposta, deu-lhe uma forte pancada no peito com esquadro. Final da página 13 O 1º Vig.·. fazendo o mesmo que o 2º, dá no peito do Comp.·. com o esquadro uma pancada, depois do que é elle levado pelo Mestr.·. de Cer.·. ao Respeitab.·.. RESPEITAB.·.— Aturdido Hiram, logo que recuperou força sufficiente, tentou sahir pela porta oriental. Ahi, encontrou jubelum, que, como os outros, nada obtendo, deu-lhe com o malhete tão forte pancada que o estendeu morto. O Repeitab.·. então dá uma leve pancada de malhete na testa do Comp.·., e empurra-o, Dous IIr.·. o sustem e o fazem deitar no ataúde, cobrindo-o com um panno mortuario. Accendem-se então as velas e o Repeitab.·. continua: RESPEITAB.·.— Reunindo-se os três assassinos, reciprocamente perguntaram pela palavra de M e s t r.·.; vendo, porém, que nada tinham alcançado, mas sim commettido um crime infame, trataram de fugir e occultar o seu attentado. Para isso carregaram o corpo de Híram, esconderam-no e de noite levaram-no para fora de Jerusalém e o enterram em uma montanha. Não apparecendo Hiram aos trabalhos como era costume, Salomão mandou procural-o. — Os doze CComp.·. que tinham-se retractado, suspeitando a verdade, reuniram-se e resolveram dirigir-se a Salomão e tudo contar-lhe, levando luvas brancas como prova de sua innocencia. Salomão mandou-os á procura de Hiram, dizendo-lhes que si o encontrassem, de certo achariam com elle a palavra de Mestr.·. e, si assim não fosse,estava ella perdida. Pelo que lhes disse que, caso tivesse elle sido morto, o primeiro signal que fizessem e a primeira 70
palavra que pronunciassem ao desenterrar o seu corpo seriam d’ora avante o signal e a palavra de Mestr.·.. — Os CComp.·. fortes com a promessa de passarem a MMestr.·., caso alcançassem o fim desejado, partiram, três para o ceptentrião, três para o meio dia e três para o oriente. — Um destes grupos desceu pelo ria Joppa e tendo um dos CComp.·. que o compunha, casualmente se recostado a um rochedo, ouviu por uma das fendas que elle tinha, as seguintes lamentações: Final da página 14 — Ai de mim! antes eu tivesse a garganta cortada, a língua, arrancada, e fosse enterrado nas areias do mar, em logar onde a maré faz fluxo e refluxo, do que ser cúmplice no assassinato do Respeitab.·. Mestr.·. Hiram. — Continuando a prestar attenção, ouviu uma outra voz que dizia; — Quizera antes que me tivessem arrancado o coração, servindo elle de pasto aos abutres, do que ter sido nimplice no assassinato de tão excellente Mestr.·.. — Admirado do que ouvia, prestou maior attenção e ouviu o seguinte: — Fui eu que o matei, os meus golpes foram mais fortes que os vossos. Quisera antes que me dividissem o corpo pelo meio, sendo uma parte lançada ao meio-dia e a. outra ao septentrião, que, me arrancassem as entranhas e as reduzissem a cinzas,sendo ellas lançadas ao vento, do que ter sido o infame assassino do nosso Respeitab.·. Mestr.·. Hiram. — O Comp.·., tal ouvindo, chamou os dous que o acompanhavam, e depois de tudo lhes contar resolveram enti-e si entrar por uma das fendais do rochedo e apoderar-se dos criminosos, afim de leva-los á presença de Salomão e assim o fizeram. — Presos os assassinos e levados a presença de Salomão, confessaram o crime,! testemunhando o desejo de não sobreviverem a tão horroroso attentado. — À vista disso Salomão ordenou que fosse cumprida a própria sentença que cada um para si tinha preferido, tendo; — Jubelas, a garganta cortada; jubelos, o coração arrancado; jubelum, o corpo dividido ao meio lançando-se uma das partes ao septentrião e outra ao meio-dia. — Punidos desta sorte os assassinos de Híram-Abif, Salomão reenviou os CComp.·. em busca do seu corpo. 71
— Viajaram os doze CComp.·. por espaço de cinco dias e nada encontraram. Final da página 15 Dizendo o Repeitab.·. estas palavras, o 1º Vig.·. passa para a sua direta com metade dos Mestr.·. e o 2 º V i g .·. para a esquerda com a outra metade e praticam três viagens, depois do que o 1º Vig.·. diz: 1º V IG.·. — As nossas pesquiass foram inúteis. RESPEITAB.·.— Vendo Salomão que os CComp.·. debalde tinham procurado o corpo de Hiram, ordenou que nove MMestr.·. fizessem novas pesquísas. — Subiram ao Monte Líbano e, no segundo dia da sua viagem, um delles excessivamente fatigado, quis descançar; nessa occasião descobriu um ramo de arvore cortado de fresco e espetado na terra : arrancou-o e então conheceu que a terra tinha sido revolvida ha pouco tempo. — Sondando em seu comprimento, largura e profundidade, chamou seus companheiros e communicou-lhes a sua descoberta. Tirada a terra, encontraram o corpo do nosso Respeitab.·. Mestr.·. Hiram. — O respeito, porém, fez com que não proseguissem; cobriram de novo o corpo e, para reconhecerem o logar, espetaram na terra um ramo de acacia, indo tudo communicar a Salomão. — Meus VVen.·. IIr .·. imitemos os MMestr.·. nossos antepassados. Vós, Ven.·. I r .·. 1º Vig.·., parti com os VVen.·. MMestr.·. da vossa col .·. e envidai todos os vossos esforços. O 1o Vig.·. faz quatro viagens e chegando ao lado direito do ataúde levanta o panno que cobre o candidato, tira o ramo de acacia, entrega-lhe, poe a mão direita sobre o peito e dirigindo-se ao Respeitab.·., díz-lhe: 1º V IG.·. — Respeitab.·., encontrei uma cova aberta de fresco onde vi um cadáver que presumo ser o do nosso Respeitab.·. Mestr.·. Hiram, plantei nella um ramo de acácia afim de que facilmente reconheça-a. RESPEITAB.·.— Salomão vivamente contristado e não duvidando que o cadáver fosse o de Hiram, seu eminente architecto, mandou desenterra-lo e conduzi-lo a Jerusalém. Os nove MMestr.·., cingindo os seus aventaes e calçando luvas brancas, dirigiram-se de novo ao Monte Libano e desenterraram o corpo, imitemos os nossos antigos MMestr.·. e reunidos vamos buscar os restos mortaes do nosso infeliz Mestr.·. Hiram, Final da página 16
72
O Respeitab.·. então faz duas vezes o gyro do feretro à frente de todos os IIr.·.. Chegando ao meio-dia, isto é á direita do candidato, pára, e tirando-lhe o ramo de acácia diz: RESPEITAB.·.— Eis o logar que encerra o corpo do nosso Respeitab.·., Mestr.·.. Este ramo de acácia é o signal. A terra está revolta. — Vejamos si as nossas suspeitas são certas. O Respeitab.·. vagarozamente tira o panno que cobre o candidato e reconhecendo o corpo de Hiram, levanta ambas as mãos acima da cabeça, denotando excessiva dor e as deixe logo cahir sobre as coxas, batendo com os pés e dizendo três vezes: RESPEITAB.·.— Ah! Senhor! meu Deus! Todos os IIr.·., o imitam. RESPEITAB.·.— Meus VVen.·. IIr.·., é na realidacle o corpo do nosso Respeitab.·. Mestr.·.. Cumpramos o doloroso dever que Salomão nos impos, e demos seu corpo á sepultura. O 2° Vig.·. pega o primeiro dedo da mão direita do candidato e díz B.·., dando um passo para traz. O 1º Vig.·. pega no segundo dedo da mesma mão e depois de pronunciar a palavra J.·., diz : 1º V IG.·. — Á carne desprende-se dos ossos. RESPEITAB.·.— VVen.·. MMestr.·. nao sabeis que sem mim nada podeis fazer? Uni os vossos esforços aos meus e assim conseguiremos o fim a que nos propomos. O Respeitab.·. então pega no pulso direito do candidato em forma de garra, e os dous VVig.·., cada um de seu lado, o ajudam a levanta-lo, tendo o Respeitab.·. posto o seu pé direito junto ao do candidato, joelho contra joelho e passando-lhe o braço esquerdo por cima de seu hombro direito de sorte que una ao delle o seu peito e dando-lhe o abraço por três vezes e dizendolhe as tres syllabas da palavra sagrada de Mestr.·., depois do que sobe ao altar, ficando o candidato ao lado do Mestr.·. de Cer.·.. Todos os IIr.·. vão occupar os seus logares, dizendo então o Respeitab.·.: RESPEITAB.·.— Ven.·. I r .·. Mestr.·. de Cer.·. conduzi o candidato ao altar afim de que renove o juramento. Em pé e á ordem, meus VVen.·. IIr .·., o novo Mestr.·. vai reiterar o seu juramento. O Mestr.·. de Cer.·. qure já deve estar com o candidato junto ao altar, o faz ajoelhar e por a mão sobre Const.·. e a Biblia. JURAMENTO O Respeitab.·. dita o juramento que o candídato deve repetir em voz alta e íntelegível. 73
CANDIDATO— Ratifico o juramento prestado. Terminado o juramento, o Mestr.·. de Cer.·. e o Exp.·. pegam no compasso, fixam as pontas sobre peito do candidato , batendo o Respeitabr.·. nove pancadas 000 — 000 — 000 sobre a cabeça do compasso, dizendo: RESPEITAB.·.— Aprendei a dirigir os movimentos da vossa alma em prol da humanidade. Final da página 17 PROCLAMAÇÃO RESPEITAB.·.— À G l.·. do Supr.·. Arch.·. do Univ.·.. Em nome e sob, os auspícios do Gr.·. Or.·. e Supr.·. Cons.·. do Brasil, e em virtude dos poderes que me foram conferidos por esta Resp.·. Loj.·., eu vos recebo e constituo Mestr.·. M.·. e na plenitude do gozo de todos os direitos maçonicos. O Respeitab.·. depois de proferidas estas palavras, bate nove pancadas 000 — 000 — 000 sobre a lamina da espada, que deve ter sobre a cabeça do candidato. Depois o candidato levanta-se. RESPEITAB.·.— Meu I r .·., os MMestr.·. para reconhecerem-se têm signaes, palavras e toques. —O grande signal é levantar as mãos acima da cabeça, deixa-las cahir sobre as coxas, batendo com os pés e dizendo—Ah! Senhor! Meu Deus! — Este signal nós fazemos por dous motivos: — O primeiro, é porque, quando os CComp.·. viram morto o seu Mestr.·. Hiram, levantaram as mãos ao céo, surprehendidos, exclamando—Ah! Senhor! Meu Deus! — O segundo, é porque, quando Salomão dedicou o o templo ao Senhor, também ergueu as mãos ao céo, dizendo: — Meu Deus. Vós sois superior a todas as cousas e eu adoro o vosso santo nome. — A palavra de passe é T.·.. Dá-se, tendo-se a mão em forma de garra, mas afrouxando-se um pouco e formando de novo a garra. — A palavra sagrada é M.......... — O toque é ........... —Depois de vos fazerdes conhecer como Apr.·. e Comp.·., perguntai:—Quereis ir mais longe? Si a resposta for afirmativa, collocai a vossa mão direita sobre o peito esquerdo, levantai o dedo pollegar e com a mão esquerda sobre a cabeça formai uma esquadria. Faz-se depois a garra de Mestr.·., perguntando o seguinte: 74
P . — O que é isso? R. — O toque de Mestr.·.. P . — Tem nome? R. — Sim, e mais alguma cousa que delle depende. P. — E o que é isso ? R . — Os cinco pontos da Maç.·.. P. — Dae-mos. Dão-se os cinco pontos, correndo-se a mão direita aberta através do ventre como para rasga-lo, levantando-se as mãos para cima da cabeça, dizendo-se: ah! Senhor meu Deus! Depois tocam-se as mãos em forma de garra, o pé direito contra o pé direto, o joelho direito contra o joelho direito, peito direito contra peito direito, a mão esquerda atraz das costas, dizendo então a palavra sagrada M.·.. Depois de dado o signal, palavra e toque que o Respeitab.·. deve executar para melhor se comprehendido, elle abraça tres vezes o novo Mestr.·. e diz: RESPEITAB.·.— Ven.·. I r .·. Mestr.·. de C e r .·., apresentai este Ven.·. I r .·. aos VVenerab.·. I I r .·. VVig.·. afim de que reconheçam a sua nova dignidade. O Mestr.·. de Cer.·. apresenta o novo Mestr.·. aos VVig.·.. 2º V IG.·. — Está tudo certo e perfeito. RESPEITAB.·.— Conduzi o novo Mestr.·. entre ccol.·.. — Ven.·. I r.·. Mestr.·. de Cer.·., e vós, meus VVen.·. II r.·. em pé e á ordem. Executa-se. RESPEITAB.·.— VVenerab.·. IIr.·. 1º e 2º V V i g .·., convidai os VVen.·. I Ir .·. que formam vossas col.·. para que unidos a mim felicitemos e applaudamos o nosso V e n .·. I r .·. F............ pela sua elevação ao gr.·. de Mestr.·., devendo d'ora em diante como t a l o reconhecerem e prestarem-lhe todo o auxilio de que necessitar possa. 1º V IG.·. — VVen.·. IIr .·., que formais a minha c o l .·., da parte do nosso Respeitab.·. Mestr.·., vos convido para que unidos a elle felicitemos e applaudamos o nosso Ven.·. Ir.·. F................ pela sua elevação ao gr.·. de Mestr.·., devendo d'ora em diante como tal ser por vós reconhecido e auxiliado no que necessitar possa. Repetido este mesmo annundo pelo VVig.·., diz o: RESPEITAB.·.— Applaudamos, meus VVen.·. I I r .·.. 75
Todos de pé applaudem dizendo: — houzzé, houzzé, houzzé. O novo Mestr.·., ou por elle o Mestr.·. de Cer.·.., agradece. O Respeitab.·. cobrem os applausos, depois todos sentam-se., dando o Respeitab.·. a palavra ao Orad.·.. Havendo discurso, é este applaudído, encerrando-se em seguida os trabalhos, ENCERRAMENTO O Respeitab.·., bate — 0, repetido pelos VVig.·.. RESPEITAB.·.— VVenerab.·. IIr.·. 1º e 2º VVig.·., annunciai em vossas ccol.·., assim como eu annuncio no O r .·., que vou encerrar os trabalhos da Loj.·. de Mestr.·.. 1º V IG.·. — (bate—0) — Venerab.·. Ir.·. 2º Vig.·., VVen.·. IIr.·. que condecorais a minha co l.·., eu vos annuncio, da parte do Respeitab.·., que elle vae encerrar os trabalhos da Loj.·. de Mestr.·.. 2º V IG.·. — (bate—0)— VVen.·. I I r .·., q u e abrilhantais a minha c o l .·., eu vos annuncio, da parte do Respeitab.·. que elle vae encerrar os trabalhos da Loj.·. de Mestr.·. (bate—0). Está annuncíado na minha col. ■. 1º V IG.·. — (bate—O)—Está annunciado em ambas as ccol.·., Respeitab.·. RESPEITAB.·.— (bate— 000 — 000 — 000). Repelido pelos VVIG.·. — De pé e á ordem. — Em nome de Deus e de S.·. João da Escócia, está fechada a Loj.·. de Mestr.·.. — A mim, meus VVen.·. IIr.·.. O Respeitab faz o signal de Mestr, que todos repetem, faz os aplausos e diz: — Os trabalhos da Camara do Meio estão encerrados. INSTRUCÇÃO TERCEIRO GRÁO As perguntas feitas pelo Respeitab.·. são indistintamente dirigidas aos VVig.·.. PERGUNTA—Onde fostes recebido? RESPOSTA—No Occidente. P.—Para onde ides ? R.—Para o Oriente. 76
P.—Porque deixais o Occidente para irdes para o Oriente? R.—Porque a luz evangélica primeiro raiou no Oriente. P. —O que ides fazer no Oriente? R, ~Procurar uma loja de Mestre. P.—Sois Mestre? R.—A acácia me é conhecida. P.—Onde foste recebido? R.—Numa loja de Mestre. P. —Como estáveis preparado quando fostes recebido Mestre. R,—Tinha os braços e os peitos nus, um esquadro preso no braço direito, e sem metaes. Foi assim que conduziram-me á porta da loja. P.—Como fostes admittido? R.— Por três pancadas distinctas. P.-—O que vos perguntaram? R. — Quem vem lá, P.—O que respondestes? R.—Respondi que era M.·., que tinha completado o tempo de Apr.·. e Comp.·. e que desejava ser recebido Mestr.·.. P.—Como alcançastes o vosso desejo? R.—Dando a palavra de passe. P. —Dai-ma. R. — T...... P.—O que vos disseram? R. —Disseram-me: entrai. P.—-O que vos fizeram depois? R.—Obrigaram-me a fazer o gyro da loja. P.—Encontrastes algum obstáculo? R.—Sim. P. —Onde? R.—Por detrás do Venerab.·. Ir.·. 2o Vig.·.. P.—O que vos perguntou elle? R.—Fez-me a mesma pergunta que me haviam feito á porta da loja. P.—O que fez então? 77
R.—Fez-me conduzir ao Occidente, afim de que o Venerab.·. Ir.·. 1º Vig.·. me instruísse. P.— Que ínstrucção vos deram ? R.—Chegando ao Occidente, ensinaram-me a subir ao Oriente como Mestr.·., fazendo o signal de Apr.·. e marchando sobre o angulo recto de um quadrilongo; ensinaram-me mais a dar dous passos sobre o seguiido lado do mesmo quadro, formando com os pés uma esquadria, fazendo o signal de Comp.·. e dando os passos de Mestr.·. sobre o mesmo quadrilongo. Logo que cheguei ao altar, ajoelhei-me, puz a mão direita sobre a Constit.·. ea Bíblia, collocaram-me as pontas de um compasso sobre o peito e assim prestei o meu solemne juramento. P. — Podeis repeti-lo? R — Sim, Respeitab.·., se me ajudardes. P. — Levantai-vos e principiai. R
— Eu F. . . de minha livre vontade, etc.
P.—O que vos ensinaram? R.—O signal de Mestr.·. P. —Dai-mo. R .— (Dá-se o sígnal). P. —O que vos fizeram depois? R.— O Respeitab.·. tomou-me pela mão e deu-me o toque. P.— Que toque era? R. — O de Comp.·.. P.-—Esse toque tem nome? R.—Tem, Respeitab.·.. P.—Dizei-o e dai-mo. R.—B (e dá o toque). P. — Podeis continuar? R.—Sim, continuai vos e eu vos seguirei. O Respeitab.·. poz a unha de seu dedo pollegar entre a primeira e a segunda phalange do meu, que é o toque de passe, e disse-lhe Sch........ P. — O que vos fez depois? R.— Deu-me o toque de Comp.·., perguntando-me: Oque é isto? na occasião em que collocava a unha do seu dedo pollegar sobre a segunda phalange do meu. P.— O que lhe respondestes? R.— Que era toque de Comp.·. 78
P. — Dai-mo? R. — J..... P. — O que disseram então? R. — Disseram-me que eu ia representar um dos maiores homens do mundo maçónico, o nosso Respeitab.·. Mestr.·. Hiram-Abif, assassinado quando o templo estava quasi concluído. P.—Depois da exposição que vos fizeram, o que vos aconteceu? R.—Conduziram-me aos VVenerab.·. IIr.·. 1º e 2° VVig.·. e ao Respeitab.·., os quaes fizeram-me as mesmas perguntas que Jubelas, Jubelos e Jubelum tinham feito a Hiram, espancando-me da mesma maneira. P.— Que mais vos fizeram? R.— Deram-me uma pancada de malh.·. na cabeça e deitaram-me num ataúde. P. — O que vos disseram então? R.—Que eu representava Hiram-Abif depois de sua morte. P.—O que vos disseram ainda? R.—Nada mais me disseram; o Respeitab.·. continuou a narrar a historia de Hiram. P.—Como é que os enviados de Salomão levantaram o corpo de Hiram? R.—Pelos cinco pontos da Maçonaria. P.—Como? R. — Um dos MMestr.·., que entre nós é representado pelo Venerab.·. Ir.·. 2º Vig.·., começou por pegar-lhe no dedo index, sobre o qual os AApr.·. dão o toque, mas, em razão da putrefacção do corpo, a pelle separou-se e ficou-lhe na mão. Então o outro Mestr.·., entre nós Venerab.·. Ir.·. 1º Vig.·., pegou-lhe no segundo dedo, em que os CComp.·. dão o toque, e a pelle igualmente ficou-lhe nas mãos. —Outro Mestr.·. porém, entre nós o Respeitab.·. pegou-lhe então na mão, apoiando os quatro dedos sobre o pulso, o pé direito contra o pé direito, joelho direito contra joelho direito, peito direito contra peito direito e a mão esquerda nas costas, assim o levantou como me levantou a mlm, dizendo M.·. palavra que significa: esta quasi podre até os ossos, a qual veio a ser a palavra sagrada de Mestr.·.. P . — Já que fostes levantado pelos cinco pontos da Maçonaria, explicai-mos? R. —Eu o farei Respeitab.·. — 1º, A mão contra mão significa que o M.·. deve sempre estar prompto a estender a sua mão em socçorro de seus IIr.·.. — 2º, Pé contra pé, que sempre o M.·. deve correr em defesa e amparo de seus IIr.·.. 79
—3 o. Joelho contra joelho, que prostrado perante o Ente Supremo nunca d'Elle se esquecerá ; — 4º, Peito contra peito, que os segredos que lhe forem confiados, nunca os revelará e sempre os guardará em seu peito; — 5º, A mão esquerda nas costas significa, finalmente, que, envidará todos os seus esforços em defeza de seus IIr.·., quaesquer que sejam os perigos que os ameacem. P.— Qual a razão porque vos privaram de todos os vossos metaes? R. — Porque na construcção do templo não era permettido o ruido de instrumento algum composto de metal. P. — Porque? R. — Para que o templo não fosse manchado. P. — Como foi possível que tão vasto edifício e se construísse sem em sua edificação empregar-se algum instrumento metálico! R. — Porque todos os materiaes foram preparados nas florestas do Monte Libano, depois conduzidos em carros, levantados e coílocados com MMalh.·. de madeira expressamente feitos para esse fim. P. — Quem sustenta a vossa loja? R. — Três grandes ccol.·.. P. — Quaes são os seus nomes? R. — Sabedoria, Força e Belleza. P. — O que representam ellas ? R. — Três grandes MMestr.·. Salomão, rei de Israel; Hiram, rei de Tyro; e Hiram-Abif, o architecto assassinado. P. — Os três grandes MMestr.·. eram empregados na construcção do templo? R. — Sim, Respeitab.·.; Salomão traçou o plano, e segundo as ordens de Deus, forneceu o dinheiro e mantimentos para os OOper.·. Hiram deu os materiaes, fazendo-os preparar nas florestas do Monte Libano e HiramAbif fez executar a grande obra sob sua direcção.
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Verso da útima capa Material de Pesquisa. Cópia do Ritual do 3º Grau – Mestre – edição de 1904 Antonio Gouveia Medeiros – Secretário Geral de Orientação Ritualística do Grande Oriente do Brasil.
NOTAS O ritual do grau de Aprendiz-Maçom foi cedido pelo Ir Hiram Zoccoli do Museu Maçônico Paranaense ao Or de Curitiba. O ritual do grau de Companheiro-Maçom foi cedido pelo Ir Jorge Colombo Borges – Delegado do REAA ao Or de Porto Alegre O ritual do grau de Mestre Maçom foi cedido pelo Ir Jorge Colombo Borges – Delegado do REAA ao Or de Porto Alegre Eles foram compilados segundo a ortografia escrita nos rituais. Tem como objetivo a pesquisa do rito Escocê Antigo e Aceito do Grande Oriente do Brasil Antonio Gouveia Medeiros Grande Secretário Geral de Orientação ritualística.
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