Ritual Fúnebre Do Rito Moderno
Short Description
Ritual Fúnebre Do Rito Moderno...
Description
Ritual Fúnebre do Rito Moderno Preliminares Quando uma Oficina tiver de honrar a memória de um irmão falecido, o presidente deverá, por uma circular, prevenir e convidar todos os membros para assistirem ao enterro. Além disso, a Oficina endereçará uma prancha à viúva ou parente do defunto, na qual exprima o profundo pesar de todos os irmãos por tão grande perda. Os maçons carregarão o corpo, se não houver circunstância que a isso se oponha, acompanhando-o ao seu último jazigo, e cada um, ao retirar-se, lançará sobre o féretro uma de suas luvas e um ramo de acácia ou uma flor. Nos 7.°, 30.°, 33.° dia ou no do aniversário da morte do maçom, ou em dia determinado em cada ano, poderá celebrar-se o funeral maçônico, observando-se o Ritual adiante consignado. Podem ser admitidas as famílias dos membros da Loja e as dos irmãos falecidos, mas estas pessoas não assistirão à abertura nem ao encerramento dos trabalhos. Serão introduzidas depois dos irmãos visitantes e far-se-á com toda cortesia que saiam do templo antes do encerramento dos trabalhos. A parte principal da pompa fúnebre é o discurso comemorativo da vida maçônica e traços da vida profana de cada irmão falecido. Essa tarefa incumbe ao Orador, mas pode ele ser auxiliado ou substituído, segundo os casos, por um ou mais irmãos designados pelo Ven∴ LOJA DE FUNERAL A Loja deve ser, o quanto possível, forrada de preto com galões brancos e objetos alusivos ao ato, da mesma cor. Os altares das Luzes e os do tesoureiro e chanceler e bem assim a balaustrada do oriente estarão cobertos de pano preto. A almofada da frente do altar do Ven∴ deve apresentar uma caveira e ossos em aspa, pintados de branco. Os candelabros e tocheiros serão envolvidos em crepe. Nos altares do Ven∴ e dos VVig∴, haverá um estofo de lã para tornar surdas as pancadas de malhete. No meio do templo é armado um catafalco, forrado de preto, com galões e franjas brancas, sobre o qual coloca-se um grande ramo de acácia natural ou artificial, com folhas e flores Sobre o catafalco são também colocadas as insígnias dos irmãos falecidos. Na frente do catafalco, do lado do oriente, existe uma tripeça com um vaso contendo carvão incandescente para se queimar incenso ou outros perfumes. À direita e à esquerda desta tripeça, em dois suportes, um pouco mais baixo, estão duas cestas, uma cheia de ramos verdes e outra cheia de flores. Juntas aos degraus do oriente, à direita e à esquerda, estão duas cestas de folhagens e flores. Quatro maçons conservam-se de espada na mão nos ângulos do catafalco. Todos os maçons devem estar vestidos de luto, luva branca e crepe no braço esquerdo.
E' conveniente que uma coluna de Harmonia execute trechos de música, segundo um programa previamente combinado, principalmente à entrada dos visitantes, das deputações, dos convidados, durante as viagens em roda do catafalco e à saída dos convidados. ABERTURA DOS TRABALHOS Em Loja de funeral os trabalhos realizam-se no gr∴ de Apr∴, mas só para a abertura e encerramento. Estando tudo disposto e os membros da Loja nos seus lugares e revestidos de suas insígnias. VEN∴ - Atenção, meus Ir∴. (O Ven∴ e sucessivamente o 1º e 2º VVig∴ batem cada um uma pancada, fraca, uma outra forte e outra surda.) VEN∴ - Meus IIr∴, as três pancadas, três vezes repetidas, que acabais de ouvir, simbolizam o nascimento, a força da vida e o último suspiro. (Pausa). - IIr∴ 1º e 2º VVig∴, certificai-vos se o templo está coberto e se os irmãos de vossas colunas têm qualidades para assistir aos nossos trabalhos. (Feita a verificação, o 1º Vig∴, dá parte ao Ven∴.) VEN∴ - Ir∴ 1º Vig∴, a que horas abrem os maçons os seus trabalhos fúnebres? 1º VIG∴ - A meia-noite, Resp∴ Mestr∴ VEN∴ - Por que, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Porque é a hora em que as trevas mais densas estendem o seu véu de luto sobre a terra, momentaneamente viúva do astro que a vivifica. VEN∴ - Que horas são Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - Meia-noite, Resp∴ Mestr∴ VEN∴ - Pois que é hora do luto, IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai em vossas colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que vamos abrir no gr∴ de Apr∴ os trabalhos fúnebres da Aug∴ Resp∴Loj∴ ____________________ (Os vigilantes repetem o anúncio.) VEN∴ (bate - oo — o - surdas, repetidas pelos VVig∴). A mim, meus IIr∴, pelo sinal e pela bateria de luto. (Esta bateria executa-se, batendo com a mão direita sobre o punho esquerdo.)
VEN∴ - Estão abertos os trabalhos. Sentemo-nos. (Têm ingresso os visitantes e deputações pelo modo determinado em lei, se não lhes foi permitido. E' depois franqueado o ingresso às famílias e convidados. CERIMÔNIA VEN∴ - Meus IIr∴, formemos a cadeia de união para nos certificarmos se está com todos os seus elos. (Pela forma do costume organiza-se a cadeia, conservando-se, porém, o Mestr∴ de CCer∴, entre os VVig∴, sem ligar-se à cadeia. Se há famílias, a cadeia é formada então circular em voz baixa, somente dando-se apenas as mãos. O Ven∴ faz pela coluna do 1º Vig∴, uma palavra de reconhecimento que não seja a semestral. Chegada a palavra ao 1º Vig∴, este transmite-a ao 2º Vig∴, por intermédio do Mestr∴ de CCer∴, e diz o 2° VIG∴ - Resp∴ Mestr∴, está quebrada a cadeia de união, falta um (ou muitos) dos seus elos; a palavra perdeu-se. VEN∴ - Meus IIr∴, a cadeia está quebrada. Tomemos os nossos lugares. (Depois de ocuparem os lugares). - Ir∴ Secr∴, dizei-me quais os IIr∴, que faltam à chamada. SECR∴ - São os IIr∴F∴ e F∴, etc. (Diz o nome de cada um e a data do falecimento.) (O Ven∴ pronuncia algumas palavras de pesar sobre os IIr∴ falecidos.) VEN∴ - Ir∴ 1º Vig∴, que devemos à memória daqueles que perdemos? 1º VIG∴ - Devemos primeiro exprimir simbolicamente os sentimentos e os pensamentos que nos inspira a sua perda. VEN∴ - Ir∴ 2° Vig∴, que outro dever temos a cumprir? 2º VIG∴ - Devemos fazer público o que foram esses caros irmãos, para que as suas virtudes nos sirvam de exemplo e para que conservemos a sua recordação. VEN∴ - Cumpramos então esse duplo dever Ir∴ Mestr∴ de CCer∴, colocai-vos diante do catafalco. E vós, IIr∴ Orad∴ e Secr∴, juntai-vos a mim, para irmos, representando todos os IIr∴ colocados no oriente, render a primeira homenagem simbólica à memória dos nossos IIr∴ .
(Precedidos dos Mestr∴ de CCer∴, armados de espada, o Ven∴, o Orad∴ e o Secr∴ fazem lentamente a volta do catafalco, começando pela coluna do meio-dia, tocando durante a marcha do préstito a coluna de harmonia.) Chegados ao ponto de partida, o Ven∴ fica diante da tripeça e, segurando a naveta com o incenso, diz: VEN∴ - Enquanto vivíeis, meus IIr.'., as vossas ações e as vossas palavras espalhavam em tôrno de vós como um perfume de virtude. Elas nos davam júbilo e conforto. Agora a vossa recordação, por nós evocada, nos animará a imitar-vos. Ela será como este perfume salutar, que não serve somente para agradar ao olfato, mas também purifica o ar. (O Ven∴ deita um pouco de incenso sobre as brasas e o mesmo fazem o Orad∴ e Secr∴ Depois voltam aos seus lugares, exceto os Mestr∴ de CCer∴, que se conservam em frente ao catafalco, de espada na mão.) VEN∴ - IIr∴ 1° Vig∴, Tes∴ e Hosp∴representantes de todos os irmãos situados nas coluna-., do Meio-dia, ide render a segunda homenagem simbólica à memória dos nossos IIr∴. (Esses maçons, precedidos do Mestr∴ de CCer∴ fazem lentamente a volta do catafalco começando pelo Norte, aos sons da coluna de harmonia. O Chanc∴, conduz a cesta de ramos verdejantes. Voltando à frente do catafalco, cada um tira da cesta três ramos: e diz o ) 1º VIG∴ - IIr, que a morte nos arrebatou, a vossa forma corpôrea está destruída para sempre. Os elementos que lhe davam consistência, agora dissociados, servirão para o desenvolvimento da vida vegetal. E' assim que o homem sobrevive por suas obras. Estes ramos verdejantes simbolizam a vida nova, que tem na morte o seu ponto de partida. (O 1º Vig∴ coloca sobre o catafalco os três ramos, e o mesmo fazem o Tes∴, e o Hosp∴, depois do que voltam aos seus lugares, exceto o Mestr∴ de CCer ∴.) VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, reuni a vós o Ir∴ Chanc∴ e um outro obreiro de vossa coluna, e os três, representando todos os irmãos da coluna do Norte, ide render a terceira homenagem simbólica à memória dos nossos IIr∴. (Esses maçons, precedidos rios Mestr∴ de CCer∴, fazem lentamente a volta do catafalco, começando pelo meio-dia, aos sons da coluna de harmonia. O Chanc∴ leva a cesta de flores. Voltando à frente do catafalco, cada um tira da cesta três flores; e diz o: ) 2° VIG∴ - IIr∴ cuja perda hoje deploramos, estas flores simbolizam os sentimentos afetivos que sabíeis inspirar em vida. Assim como elas manifestam o pleno desenvolvimento da vida vegetal e servem para transmiti-la, assim também testemunham que o amor é mais forte do que a morte. E' assim que se perpetua a humanidade. As
novas gerações humanas florescem também, transmitindo a outras a vida que lhes transmitiram as que as precederam. (O 2.o Vig∴ coloca sobre o catafalco três flores e o mesmo fazem os outros dois IIr∴, e voltam todos aos seus lugares, inclusive o Mestr∴ de CCer∴.) VEN∴ - Chegou o momento do discurso comemorativo. — Concedo a palavra ao Orad∴. (Terminados os discursos do Orad∴, e de outros, que não são aplaudidos, fará circular o tronco de beneficência.) (Se há famílias, o anúncio é feito do seguinte modo: ) VEN∴ - Meus IIr∴, minhas Senhoras, nós temos por costume nunca nos separarmos sem a oferenda do nosso óbulo para os infelizes. E' chegado o momento de pedir à generosidade de cada um o seu concurso, e espero que os nossos convidados nos auxiliem nesta obra meritória. - Ir∴ Hosp∴ e vós, Ir∴ Mestr∴ de CCer∴, cumpri o vosso dever. (Convidadas duas senhoras ou meninas, procedem elas à coleta, dando-lhes para isso o braço os IIr∴ acima indicados.) (Feita a coleta e verificado o resultado, é ele comunicado pelo Orad∴, por intermédio do Hosp∴, ao Ven∴ e ao Secr∴.) VEN∴ - Meus IIr∴, cumprimos o nosso dever prestando as honras fúnebres à memória dos nossos pranteados IIr∴. Formemos de novo a cadeia de união e, uma vez que a cadeia se reforma continuamente, esperemos que agora a nova não esteja interrompida. (Forma-se a cadeia, como no princípio, mas o Mestr∴ de CCer∴, dando as mãos aos VVig∴. - O Ven∴ faz circular uma palavra qualquer de amizade pelas duas colunas, e o Mestr∴ de CCer∴ vai depois comunicar-lhe.) VEN∴ - Meus IIr∴, em presença destes emblemas da nossa dor, do nosso pesar e também da nossa confiança no futuro, devemos banir todo o pensamento egoísta e de ódio. Convido-vos a fazerdes comigo a promessa do esquecimento das injúrias e das ofensas que cada um de nós possa ter recebido. O desejo da vingança individual nos seja sempre estranho. Possam a paz e a concórdia estar sempre conosco. Pensemos somente na nossa obra, no desenvolvimento da Maç∴, na prosperidade da nossa pátria, no bem geral da humanidade. (Depois, estendendo a mão direita sobre o catafalco) : - Eu prometo. Os outros IIr∴ da cadeia fazem o mesmo e vão todos ocupar os seus lugares. O Ven∴, voltando à sua cadeira, em uma simples alocução, agradece aos convidados, especialmente às senhoras, o terem vindo com sua presença dar maior importância à cerimônia, e, se julgar conveniente, pôde acrescentar:
Agora podeis julgar se há fundamento no que se diz de mal em relação à Maçonaria e aos maçons. VEN∴ - Ir∴ Mestr∴ de CCer∴, convido-vos a acompanhardes os nossos convidados e as excelentíssimas senhoras à sala dos passos perdidos. Executa-se. Os visitantes continuam a tomar parte nos trabalhos. Depois que voltar o Mestr∴ de CCer∴, tendo desempenhado a sua missão, procede-se ao ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS VEN∴ - Atenção, meus IIr∴. (O Ven∴, e sucessivamente os dois VVig∴ batem, cada um uma pancada de malh∴ surda, uma fraca e outra forte, e diz depois o ) VEN∴ - Meus IIr∴, as três pancadas, três vêzes repetidas, que acabais de ouvir, simbolizam a letargia das forças vitais, seu despertar e seu novo desenvolvimento. (Pausa). Ir∴ 1º Vig∴, quando fecham os maçons os seus trabalhos fúnebres? 1º VIG∴ - Ao romper o dia, Resp∴ Mestr∴. VEN∴ - Por que, meu Ir∴? 1° VIG∴ - Porque é a hora em que, sobre a terra, a vida torna-se outra vez ativa pela ação da luz e do calor. VEN∴ - Que horas são Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - O sol vai nascer. VEN∴ - Sendo a hora do renascimento, IIr∴ 1º e 2° VVig∴, anunciai em vossas colunas, assim corno eu anuncio no Oriente, que vamos fechar no gr∴ de Apr∴ os trabalhos fúnebres da Aug∴ Resp∴ Loj∴ ______________________ Os VVig∴ repetem o anúncio. VEN∴ (bate — oo — o — fortes, repetidas pelos VVig∴). De pé e à ordem. A mim, meus IIr∴, pela tríplice bateria de esperança. (Executa-se). VEN∴ - Estão encerrados os trabalhos - Retiremo-nos em paz.
View more...
Comments