Revista de Adolescentes Diálogo e Ação

August 1, 2017 | Author: Leonardo Roxo | Category: Psalms, Septuagint, Bible, Prayer, Saint
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trata de assuntos bíblicos e contemporâneos para aplicação na vida diária dos adolescentes....

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Em conversa com o líder

Salmos vivos Estudar os salmos é mergulhar nas prof undezas da poesia hebraica, é descobrir afirmações teológicas que com põem o nosso corpo de doutrinas. É o livro mais conhecido das Escr ituras Sagradas, é tão conhecido que só se comparam com ele os Evangelhos e algumas epístolas de Paulo. Por isso, este é um trimestre muito espe cial para os leitores da Diálogo e Ação e para os alunos da Escola Bíblica Dominical. Trata-se de uma abordagem profunda dos salmos, mostrando a importância de se ter critérios segundo a Pala vra de Deus para escolher amigos, saber enfrentar e vencer problemas e aprender a louvar a Deus apesar das situações adversas que a vida nos proporciona. Entender, portanto, o valor dos salmos, seu conteúdo atua l e aplicá-lo à vida cristã nos dias atuais constitui o principal objetivo dest es estudos. Para os estudos desenvolvidos na Div isão de Crescimento Cristão (DCC) são apresentadas três unidades abordando problemas e questões que envolvem a família moderna, movime ntos relgiosos que têm confundido muitos adolescentes despreparado s e a questão dos vícios que destroem a vida de muita gente como beb ida, cigarro e as drogas em geral. São temas que precisam ser debatidos com bastante profundidade e seriedade para que os nossos adolescente s saibam lidar e driblar estas armadilhas que são colocadas ao longo do caminho deles. Para deixar bem claros os efeitos maléficos das drogas, há uma peça muito intressante na “Atividade especial ” que pode ser prep arada com bastante antecedência e ser apresentada em um sábado do trim estre. Incentivar os adolescentes a prepararem e convidarem seus amigos da rua e da escola. Para que o seu trabalho seja desenvolvid o com bastante dinamicidade, são oferecidos planos de aula para os estudos da EBD e outros diferenciados para os estudos da DCC. Há outras seções que são preparadas, exclusivamente, para você. É só conferir. Desejamos um bom trimestre de estudos para você e seus alunos. Que Deus a todos abençoe.

Diálogo e Ação – Liderança• 1

Sumário Em conversa com o líder .................................................1 Expediente . ......................................................................2 Agenda – Calendário trimestral ......................................3 Bíblioteca ..........................................................................4 Para falar com os pais .....................................................6 Recursos pedagógicos . .................................................10 Reflexão sobre o tema do trimestre .............................12 Recurso para o trimestre . .............................................18 Hino do trimestre ...........................................................19 EBD – Visão geral ..........................................................20 PLANOS DE AULA – EBD EBD 1 – Caminhos e companhias ................................21 EBD 2 – Deus e os meus problemas . ..........................24 EBD 3 – Alegria é isso aí ...............................................27 EBD 4 – Sede de Deus ..................................................30 EBD 5 – A dor do pecado e a alegria do perdão .........33 EBD 6 – Fortaleza indestrutível ....................................36 EBD 7 – Deus nos faz cantar ........................................39 EBD 8 – É tempo de louvar ...........................................42 EBD 9 – Muito mais que palavras ................................45 EBD 10 – A palavra que liberta ....................................48 EBD 11 – Luz no final do túnel .....................................51 EBD 12 – Diminuir para crescer ...................................54 EBD 13 – De mãos dadas .............................................57 Avaliação do trimestre ...................................................60 DCC – Visão geral ..........................................................61 Reunião de planejamento .............................................62 PLANOS DE AULA – DCC

Diálogo e Ação ISSN 1984-8358

LITERATURA BATISTA Ano LXXXIII • Nº 334 revista destinada a Diálogo e Ação – Professor é uma a 17 anos) na Escola (12 s scente adole de sores profes Divisão de Crescimento Bíblica Dominical e aos líderes na cas e outras matérias didáti ações orient ndo conte o, Cristã busca do crescimento em ho trabal seu o cem favore que áreas do adolescente nas mais diferentes

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Publicado com autorização por Convicção Editora

CNPJ (MF): 08.714.454/0001-36 Endereços Caixa Postal, 13333 CEP: 20270-972 – Rio de Janeiro, RJ Telegráfico – BATISTAS m Eletrônico – [email protected] Editor Sócrates Oliveira de Souza

Unidade 1 – Firmes no mundo em crise DCC 1 – Uma visão equilibrada do sexo ......................63 DCC 2 – Drogas, nem morto .........................................64 DCC 3 – Nem tudo que é lícito convém .......................65 DCC 4 – Se beber, não dirija .........................................66

Coordenação Editorial (RP/16897) Solange Cardoso de Abreu d’Almeida

Unidade 2 – Crises que a família enfrenta DCC 5 – Conflito entre gerações . .................................67 DCC 6 – Disciplina, eu quero ........................................68 DCC 7 – Meus pais se separaram, e agora? ...............69 DCC 8 – Mãe, quero um iphone ...................................70

Produção Editorial OliverarteLucas

Unidade 3 – Seitas do nosso tempo DCC 9 – Seitas e heresias: tô fora . ..............................71 DCC 10 – {A velha} nova era, o que tenho a ver com isso? . ..............................................................................72 DCC 11 – A teologia da prosperidade ..........................73 DCC 12 – Testemunhas de Jeová ................................. 74 Atividade especial: O caminho da ilusão . ....................75

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Redação Carlos Daniel de Campos

Produção e Distribuição Convicção Editora Tel.: (21) 2157-5567 Rua José Higino. 416 – Prédio 16 Sala 2 – 1o Andar Tijuca – Rio de Janeiro, RJ CEP 20510-412 [email protected]

Agenda

Calendário trimestral Abril Mês dedicado à Escola Bíblica Dominical Principais datas do mês: Primeiro domingo – Reunião de planejamento Segundo domingo – Programa regular Terceiro domingo – Programa regular 21 – Dia de Tiradentes 22 – Dia do Descobrimento do Brasil 23 – Dia Mundial do Livro Quarto sábado – Programa especial: teatro Quarto domingo – Programa regular Quarto domingo – Dia da Escola Bíblica Dominical Atividade especial – Verificar com a direção da EBD se foi programada alguma atividades especial, por exemplo, gincana, e incentivar os adolescentes a participarem ativamente. Além disso, agendar um culto especial quando será apresentada a dramatização “O caminho da ilusão”.

Maio Mês dedicado à família, às noivas, às mães e às comemorações do Dia do Trabalho Principais datas do mês: 1 – Dia do Trabalho Primeiro domingo – Programa regular Segundo domingo – Programa regular Segundo domingo – Dia das Mães

13 – Dia da Libertação dos Escravos Terceiro domingo – Programa regular Quarto domingo – Programa regular Quinto domingo – Programa regular Atividade especial – Estabelecer contato com os responsáveis pelo programa do Dia das Mães e incentivar os adolescentes a programarem alguma atividade com suas próprias mães, numa homenagem do grupo que envolva, também, as demais mães da igreja.

Junho Mês dedicado às comemorações do Dia do Pastor, dia da Imprensa, Dia do Homem Batista, Dia Mundial da Ecologia, Dia dos Namorados Principais datas do mês 1 – Dia da Imprensa Primeiro domingo – Dia do Homem Batista 7 – Dia da Liberdade da Imprensa Segundo domingo – Programa regular Segundo domingo – Dia do Pastor 12 – Dia dos Namorados 13 – Dia da Libertação dos Escravos Terceiro domingo – Programa regular 23 – Dia de Educação Feminina Quarto domingo – Programa regular Atividade especial – A União de adolescentes pode aproveitar pelo menos três datas bonitas do calendário para realizar alguma atividade especial como, por exemplo, no dia do pastor, preprar uma surpresa com uma bonita cesta de café da manhã, uma caminhada ecológica, jantar dos namorados. Diálogo e Ação – Liderança • 3

Biblioteca Indicações especiais para o trimestre Para auxiliar o seu trabalho na preparação das aulas deste trimestre, tanto com relação aos estudos da EBD quanto no que diz respeito aos estudos da DCC, estamos oferecendo uma lista de livros que poderão ser consultados e, se examinados, contribuirão para uma melhor qualidade do ensino. Livros sugeridos para os estudos da EBD COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Teologia dos Salmos – Princípios para hoje e sempre. Rio de Janeiro: JUERP, 152p. Nota: A preocupação do autor é fazer com que o leitor enxergue os salmos sob uma nóva ótica, levando a extrair deles seu néctar. KIDNER, Derek. Salmos 1-72 – Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 2000, 280p. Nota: Os comentários foram elaborados de modo a dar ao leitor uma compreensão do real significado do texto bíblico. KIDNER, Derek. Salmos 73-150 – Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 2000, 216p. Nota: O comentário é de inestimável valor para os professores e estudantes que desejam dar e requerer informações sobre os pontos-chave contidos nos salmos. Livros sugeridos para os estudos da DCC Unidade 1 – Firmes no mundo em crise VELOSO, José Francisco. Um tapa nas drogas. Rio de Janeiro: JUERP, 1988, 95p. Nota: O autor procura apresentar de maneira clara a problemáticas das drogas e sua influência na vida da juventude. GRAHAM, Billy. Paz com Deus. 3ed. Trad. Jorge Rosa. Rio de Janeiro: JUERP, 256p. Nota: Trata-se de um livro para o homem comum. O seu propósito é dar uma clara compreensão de um novo modo de viver apresentado por Jesus. AZEVEDO, Israelo Belo de. O olhar da incerteza – Crítica da cultura contemporânea. São Paulo: Eclésia, 1988, 116p.

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Nota: O livro discute, sem nenhuma complicação, como devemos interagir com este admirável mundo novo e complexo. PERROTA, Kevin. Controlando a TV-mania. 2ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1989, 178p. Nota: Segundo o autor, “a contínua projeção de cenas de sexo e de violência pela televisão é deplorável aos cristãos”. O livro constitui-se, então, de uma análise acerca dos efeitos de longo alcance da televisão na família cristã. Unidade 2 – Crises que a família enfrenta ROSA, Merval. Problemas da família moderna. Rio de Janeiro: JUERP, 1979, 175p. Nota: O autor discute em profundidade temas como conceito dinâmico de família, problemas típicos de cada fase do ciclo familiar, mudanças de padrões de família. WALDROP, C. Sybil. Guiando seu filho a Deus. Rio de Janeiro: JUERP, 1979, 107p. Nota: Um guia prático para ajudar os pais a conduzir os seus filhos pequenos em direção ao Senhor. A autora procura mostrar que nenhuma tarefa no lar é mais importante do que conduzir os filhos a Deus e que tudo no ambiente do lar deve levar a esta comunhão. PRATTA, Elisângela Maria Machado. Família com filhos adolescentes. Psicologia em estudo, 2007. Nota: Famílias com filhos adolescentes enfrentam grandes problemas mas que são solicionáveis. Unidade 3 – Seitas do nosso tempo ROMEIRO, Paulo. Super-crentes. 3ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1993, 83p. Nota: A proposta do autor é fazer uma análise séria do evangelho conforme apregoado por alguns adeptos da teologia da prosperidade. GAMA FILHO, Tácito Leite da. Heresias, seitas e denominações. Rio de Janeiro: JUERP, 1993, 152p. Nota: Resultado de uma dissertação de mestrado em Teologia apresentada no STBSB, o livro apresenta uma tentativa de explicar o problema do sectarismo ao longo da história da igreja. STOTT, John. Cristianismo básico. São Paulo: Vida Nova, 1988, 172p. Nota: Este escritor cristão procura mostrar nesta obra o que significa ser um verdadeiro cristão. Fala da necessidade humana e apresenta o valor da obra realizada por Cristo. Diálogo e Ação – Liderança • 5

Para falar com os pais Pais, vocês conhecem seus filhos?

Pr. Josué Ebenézer Nova Friburgo, RJ Muitos problemas que os adolescentes evidenciam no ambiente da igreja têm a ver com a sua realidade no lar. Infelizmente, esta é a triste realidade dos dias modernos, em que lares se apresentam cada vez mais desajustados, e a igreja não está imune a essa atuação maligna. Será importante o líder de adolescentes focar também a figura dos pais como alvo de seu interesse e atuação, para que o trabalho sério e atencioso que for desenvolvido com eles possa redundar em benefícios para a vida dos próprios adolescentes. Neste sentido, estamos apresentando o texto abaixo para que o líder 6 • Diálogo e Ação – Liderança

possa desenvolver com os pais dos adolescentes uma conversa especial. No mundo moderno, convivemos com pessoas e pensamos que as conhecemos. Nem sempre isso é verdade. A aproximação física não nos garante um estreitamento afetivo nos relacionamentos. Ao contrário, muitas vezes somos mais distantes em afeição daqueles que nos estão próximos do que de estranhos que conhecemos na rua. O absurdo disso é constatar que muitos filhos estão distantes de seus pais e mantêm com eles um realcionamento meramente burocrático e sem sabor. Quando se descobre a realidade, o filho está totalmente mudado, com a cabeça “virada”, envolvido em circunstâncias

mundanas e na reta final de um desastre premeditado. Adote seu filho também Há alguns anos, tornou-se conhecido um ditado que é muito elucidativo do que vem ocorrendo em muitas famílias: “Seja o pai de seu filho antes que um traficante o adote”. Isto porque vários pais se deixaram tragar pela roda-viva da vida; entregaram os filhos às teias do mundo e perderam o controle da situação. Circunstâncias como estas são um prato feito para a mídia, para os promotores das drogas, para a internet do mal, para o ócio maligno e para a consequente perda de uma vida. O que os pais deixam de fazer pela formação do caráter e da espiritualidade de seus filhos, estes agentes do mal, listados acima, fazem de forma gratuita e ostensiva, em sentido contrário. Quando se vai dar conta da situação, os filhos estão fazendo o que os artistas fazem, vestindo-se como os estilistas imorais planejaram, imitando gestos e trejeitos que gente sem Deus inventou para difundir a carnalidade; estão consumindo tudo o que o diabo inoculou em mentes prenhes de criatividade maliciosa para criar um sistemamundo governado não por Deus, mas por uma nova era demoníaca. A ideia da adoção é mais bonita do que se pode supor. Afinal, somos filhos adotivos de Deus (Rm 8.23). Adotar é, deliberadamente, escolher alguém para ser nosso filho, para ser amado, para ser cuidado, para ser valorizado. Se você

até hoje teve uma relação com seu filho como: “fiz, agora sou responsável”, mude esta situação. Adote seu filho com o coração, pois ele precisa do seu amor, de sua atenção, de seus cuidados. Pare para ouvir seu filho Nossos filhos se comunicam conosco de várias formas. Com sua rebeldia, sua ausência, seu afastamento. Com palavras, no silêncio, no choro, zangados, sorrindo, falando alto, fugindo, escondendo-se, com boas notas na escola, com notas ruins, por meio da aparência, dos gestos, das atitudes, pelo andar, pelo cheiro, pelo vestir-se e de muitas outras formas. Só não vê que não quer. Você está percebendo seu filho? Talvez, muito do comportamento de seu filho esteja dizendo em alto e bom som para você (e você simplesmente não quer ouvir): “Pai, mãe, eu estou aqui. Você me percebeu?” Talvez, seu filho esteja precisando de carinho, mas sua vida estã tão árida que você nem sequer tem tempo para amar. Ou, então, o comportamento dele esteja dizendo: “Socorro, alguém pode me ajudar?” Simplesmente você tem olhado para o seu filho, achado ele meio estranho e racionalizado consigo mesmo: “Ah! Isso é coisa de adolescente; dá e passa. É só uma fase!” Só que, para além do que seriam meros sinais de adolescência, podem estar existindo também evidências de problemas, dificuldades e inadequações que precisam ser resolvidas. Seu filho clama por socorro da forma como ele sabe (direta ou indiDiálogo e Ação – Liderança • 7

retamente), mas você está muito ocupado para se preocupar com “besteira de adolescentes”. É preciso que você encontre tempo nos seus afazeres diários para dar um pouco de atenção ao seu filho. Ele precisa de você. Não existe melhor amigo para aconselhá-lo, orientá-lo e discipliná-lo do que você. É melhor que o uso da vara, como preconiza Provérbios 13.24; 19.18; 22.15; 29.15,17, seja no ambiente do lar – porque, certamente, será com amor – para que, no futuro, seu filho não apanhe da vida. Aí, com certeza, será cruel, implacável e com muita dor. Conheça a “tchurma” do seu filho Uma maneira de saber que tipo de influências seu filho está recebendo fora do lar é saber com quem ele está andando. A “galera” de seu filho será muito influente na vida dele, posto que, nesta fase, existe uma tendência muito natural de imitar comportamentos. Se seu filho estiver envolvido com uma turma barra pesada, fatalmente, mais cedo ou mais tarde, estará também agindo como os colegas e sujeitando-se a situações vexatórias que trarão descontentamento para a família e, o que é pior, derrota para a sua própria vida. Outo ditado muito conhecido e que se torna esclarecedor desta questão é “Diga-me com quem tu andas e dir-te-ei quem és”. A Bíblia já adverte: “Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes” (1Co 15.33). É sintómático que, logo em seguida, o apóstolo Paulo faça a 8 • Diálogo e Ação – Liderança

seguinte advertência: “Acordai” (v. 34). Os pais que não sabem com quem seus filhos estão andando estão “dormindo no ponto”; estão deixando seus filhos à própria sorte. O Salmo 1 é um monumento de afirmação da necessidade do afastamento da impiedade e dos destinos daqueles que se envolvem (andar, deter e assentar-se) com gente ímpia, escarnecedora, pecadora: ruína total. Mas este salmo, também, é uma declaração de vitória na vida daqueles que são justos e tementes a Deus. Saiba o que seu filho está lendo Vivemos numa sociedade plural. O poder das comunicações está lançado sobre a humanidade e nem sempre sobre bases sólidas. Pode-se consumir o que se quiser em nível de informação, tanto pela mídia televisiva quanto pela mídia impressa. TV, rádio, cinema, internet, revistas e jornais disponibilizam uma gama tão variada de informações que uma vida inteira não seria suficiente para degluti-la e digeri-la. Diante disso, mais do que nunca se precisa ser seletivo com relação ao que ler, quando ler e para que ler. Milhares de títulos de publicações são disponibilizadas nas bancas de jornais e nas prateleiras das livrarias. Se já não bastasse a pouca quantidade de tempo disponível para ler, agora precisamos submeter nossas leituras ao filtro da ética cristã. Há muita literatura perniciosa sendo veiculada com capa de coisa boa, inclusive, material religioso, pretensamente evangélico, mas carregado de esoteris-

mo, misticismo, teologia da prosperidde e outras aberrrações típicas destes tempos “modernos”. Não deixe seu filho solto no mundo da insanidade da comunicação moderna. Junto com isso, acrescente-se: saiba o que ele está lendo, mas, também, o que está vendo no cinema, no DVD, na televisão. Muitos pais transformaram a “telinha” numa econômica babá eletrônica, que faz o filho ficar quieto e não encher a paciência. Nesta primeira infância ingênua, muitos pais perderam o contato com os filhos e transferiram para terceiros (gente ou coisas) a responsabilidade que era deles, somente deles, de gerirem o futuro de suas crianças. Se você caiu neste “conto do vigário das comunincações”, arrependa-se e volte atrás. Interesse-se por seu filho. Saiba o que ele está fazendo, lendo, e as coisas das quais está participando. Exija obediência intetral Uma falsa psicologia moderna impôs durante um período da história um sistema de “não-contrariedade” para a educação de filhos. A psicologia contemporânea fala em “impor limites”, “aprender a dizer não”. Muitos pais fixaram-se nestes manuais e se deram mal. Filhos de “rebeldes” hoje são “caretas”; filhos de “cafonas” hoje são “descolados”; filhos de “liberais” tornaram-se “conservadores”; filhos de “crentes” mundanizaramse; filhos de “pagãos” cristianizaram-se. Vivemos num mundo de rótulos. Talvez, os rótulos sejam muitos fracos

– e geralmente o são – para dizer das coisas da fé. Mas se é para ter algum, que este seja o de “cristão”. Desde que esta alcunha foi usada pela primeira vez em Antioquia (At 11.26), não se inventou nada melhor para retratar o seguidor de Cristo. O melhor conselho aos pais com relação à educação de filhos é: não abandone o “Manual de Deus”. O mundo está sempre inventando uma novidade teórica sobre qualquer coisa, tudo e nada, mas a Palavra de Deus subsiste para sempre (Mt 24.35). É bom que cada pai tenha em mente algo que muitos estão perdendo: o controle do seu lar. Como disse Khalil Gibran: “Os filhos não são nossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles não são de ti, vêm de ti. Não queiras fazê-los como tu, pois a vida não anda para trás”. Se os filhos não nos pertencem – nós os criamos para a vida – não podemos perder de vista que, enquanto eles estão “debaixo do nosso teto”, em nosso lar, é de nossa responsabilidade zelar pelo que eles estão fazendo. Não é possível permitir que se quebre a cadeia de comando da autoridade que Deus estabeleceu para o bom funcionamento da família. Assim sendo, a desobediência tem sido uma arma satânica para infernizar os lares e tornar filhos que são criados nos caminhos de Deus pedras de tropeço para o evangelho. Como pai, exerça o seu direito à obediência de seus filhos. Isso, também, será importante na formação da personalidade e do caráter deles. O autor é pastor em Nova Friburgo, RJ. Diálogo e Ação – Liderança • 9

Recursos pedagógicos O conhecimento bíblico do professor Alguns observadores notam a triste falta de conhecimento bíblico em nossas próprias igrejas. Há crentes famintos por conhecerem a Bíblia, e alimentam suas almas diariamente com as Escrituras. Mas, infelizmente, são poucos. Há, virtualmente, centenas de homens e mulheres nas igrejas, incapazes de citar os quatro Evangelhos ou quatro profetas do Antigo Testamento ou, ainda, localizar os livros de Habacuque ou Filemom se for preciso. Ficariam mais aturdidos se lhes pedissem para localizar os Dez Mandamentos, as bem-aventuranças ou o maravilhoso capítulo de Paulo sobre o amor. Infelizmente, já vi até mesmo professores da Escola Bíblica Dominical que não conseguiam localizar uma passagem bíblica relacionada à natureza de Deus e à doutrina do Espírito Santo. Se resta algum comentário sobre o assunto, que seja feito com simplicidade, mas com vigor: o professor cristão precisa conhecer a Bíblia. Não há substituto para o conhecimento bíblico, e sua falta não se justifica. Nem todo professor é vivaz, persuasivo, simpático, bem dotado intelectualmente ou possuidor de fluência verbal. Mas todos podem ter conhecimento bíblico. Nem todo professor é capaz de ser um estudioso da Bíblia altamente treinado, mas pode conhecer mais a Bíblia amanhã do que conhece hoje. 10• Diálogo e Ação – Liderança

Se os próprios professores são displicentes com a mensagem que foram encarregados de ensinar, quão grande sera o desconhecimento das verdades bíblicas! “Pode porventura um cego guiar outro cego?” (Lc 6.39). Mas, enquanto houver homens e mulheres fiéis, que amam a Bíblia a ponto de estudá-la com diligência e ensiná-la corretamente, há esperança de que presenciaremos em nossos dias uma renovação do conhecimento bíblico. Manejando bem a Palara da verdade “Procura apresentar-te aprovado diante de Deus, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15). Esta palavra de encorajamento ao jovem pastor Timóteo deveria ser o lema de todo professor de Bíblia. A mensagem está clara. Não basta manejarmos a Palavra da verdade; somos divinamente obrigados a manejá-la bem. Não devemos nos contentar em apresentar qualquer interpretação plausível das Escrituras; devemos nos esforçar para descobrir a interpretação correta. Conta-se que o Dr. A. T. Robertson, que lecionou Novo Testamento no Southern Baptista Theological Seminary em Louisville, Kentucky, gracejou certa vez: “Uma prova concreta de inspiração da Bíblia é que ela vem contrarian-

do mais de 3.000 anos de pregação”. A graça desta afirmação está no fato de ela conter tanta verdade. A mensagem da Bíblia tem sido deturpada, distorcida, corrompida, mal-entendida, diluída, aumentada e alterada de milhares de formas no decorrer dos séculos, de que outra maneira você explica o fato de que Adolf Hitler, umas das personalidades mais demoníacas dos tempos modernos e Kikita Kruschev, ateísta declarado, faziam citações da Bíblia quando lhes convinha? De que outra maneira podem os segregacionistas e os integracionistas convictos encontrar respaldo para suas concepções divergentes na mesma Bíblia? Meu filho, que é entregador de jornais, estava fazendo sua arrecadação mensal certo dia e acabou travando uma longa conversa com um indivíduo que se gabava de ser um grande intérprete da Escritura. Meu filho ouviu 45 minutos de meias-verdades e distorções. Catando aqui e ali explicações bíblicas para servir de apoio ao que já se decidira a crer, o sujeito insistia que Isaías 28 referi-se ao “falar em línguas” e a “morrer no Espírito”. A passagem declara que o Senhor falará ao seu povo “por lábios estranhos e por outra língua” e diz: “para que vão, e caiam para trás, e fiquem quebrantados, enlaçados, e presos” (v. 11,13). Segundo suas palavras, esta era uma alusão às pessoas que ficavam tão cheias do Espírito Santo que caíam no chão inconscientes. Como é triste distorcer assim o sentido desta passagem, uma vez que a simples leitura do capítulo revela que o profeta está abordando o problema dos sacerdotes bêbados

e corruptos. Eles caem porque estão encharcados de vinho. A tragédia toda é que esse indivíduo era professor da Escola Bíblica Dominical de sua igreja. Só Deus sabe quantas verdades distorcidas ele transmitiu no decorrer dos anos para alunos que de nada suspeitavam. O problema não era tanto sua falta de sinceridade que, errônea, pode ser muito mais perigosa do que indiferença passiva. O problema é que ele não era suficientemente zeloso ou honesto para interpretar a Palavra da verdade de maneira correta. Muita gente acredita (erroneamente) que a Bíblia é, por alguma razão, misteriosa demais para ser interpretada com precisão. Assim, acata ingenuamente o conceito de que “as suposições de uma pessoa são tão boas quanto as de qualquer outra”, no que diz respeito à decifração do significado das Escrituras. “Cada um tem sua própria crença” é um ponto de vista bastante democrático, mas não confere com a realidade da interpretação bíblica. A mensagem da Bíblia foi e é divinamente inspirada; é uma mensagem inteligível, feita para ser compreendida e praticada. Seu significado pode ser alcançado por aqueles que estão dispostos a estudá-la com zelo. Não se pode negar que há passagens difíceis de entender. São, contudo, exceções à regra. O professor de Bíblia deve abordar as Escrituras com a certeza de que Deus quer que sua Palavra seja compreendida. Extraído de Como ensinar a Bíblia. JUERP, 1988, p. 51-55. Diálogo e Ação – Liderança •11

Reflexão sobre o tema do trimestre A estrutura do Livro dos Salmos

Tem-se chamado, costumeiramente, o livro dos Salmos de “Salmos de Davi”, mas esta nomenclatura é inadequada, porque os salmos não são autoria exclusiva de Davi. Pelo menos, no que nos é dado observar, nove outros autores participaram da composição dos tehillym. Mas a atribuição a Davi sucede por ter sido ele o autor da maioria dos cânticos e por ter se notabilizado como “o rei cantor”. Isso fez com que a influência davídica nos salmos se tornasse tão grande que os judeus chegaram a criar lendas ao redor da composição do Saltério. Veja-se, a propósito disto, esta fantasiosa declaração, própria da superstição religiosa dos hebreus. 12• Diálogo e Ação – Liderança

David escreveu seus salmos, inspirado pelo Santo Espírito (Ruach HáKodesch), quando a harpa tocava à meianoite, ao sopro de um vento do norte. As cordas dessa harpa provinham do carneiro oferecido em sacrifício a Deus por Abraão, na akedá. (UNTERMAN, Alan, Dicionário Judaico de Lendas e Tradições. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992, p.226). Mas, na realidade, o livro dos Salmos é uma coletânea de cinco volumes. É assim que se divide o Saltério. Tudo indica que esta divisão foi feita para tornálo semelhante à Tora – nome hebraico para a Lei ou o nosso Pentateuco – que

tem cinco livros também. É até mesmo provável que isto tenha sucedido quando da canonização do Saltério, para assemelhá-lo à Torá. Assim, ele passou a receber também o mesmo tratamento de obra inspirada. A divisão em cinco obras foi a mostra de sua canonização. Eis a divisão: Livro I – Salmos 1 a 41 Livro II – Salmos 42 a 72 Livro III – Salmos 73 a 89 Livro IV – Salmos 90 a 106 Livro V – Salmos 107 a 150

O Livro I consiste de salmos que são claramente atribuídos a Davi, com exceção dos de números 1, 2, 10 e 33. No entanto, Atos 4.25 traz uma declaração dos apóstolos, que atribuem o Salmo 2 a Davi, tendo sua aplicação na vida de Jesus. O Livro II é também chamado de “Salmos dos filhos de Coré” e parece ser uma compilação de salmos que foram empregados em cânticos no templo. O Livro III é conhecido também como “Salmos de Asafe”. O Livro IV tem o seu primeiro (Sl 90) atribuído a Moisés, dois a Davi, e os demais como sendo anônimos. O Livro V se compõe de salmos litúrgicos. O Livro I “foi provavelmente arranjado por Davi, ou talvez por algum outro colaborador sob sua direção” (ARCHER, Gleason). O Livro II e o Livro III podem ter sido compila-

dos no tempo do rei Josias para desenvolver o avivamento promovido por ele ou, ainda, nos tempos do rei Ezequias, com o mesmo propósito avivalista. À luz de Provérbios 25.1 ficamos sabendo que Ezequias tinha um grupo de redatores religiosos. Eles, os redatores de Ezequias, podem ter desempenhado essa tarefa. Tanto isso é provável que o Salmo 72.20 não é uma declaração bíblica, mas uma nota editorial, feita por um copista: “Findam aqui as orações de Davi, filho de Jessé”. Até mesmo os versículos 18 e 19 receberam esta observação, em nota de rodapé de uma versão bíblica: “Uma doxologia, que não pertencia ao salmo, acrescentada como material editorial, assinalando o fim do seu segundo livro de Salmos (La Bíblia de Estúdio Mundo Hispano). Amesma declaração é feita, nesta versão, para o texto de Salmo 89.52: “Uma doxologia. Um acréscimo editorial que marca o fim do livro terceiro do Saltério.” Os Livros IV e V são coletâneas de salmos mais ou menos independentes, em termos de conteúdo. O Livro IV é chamado de “Salmos da segunda comunidade”. O curioso é que ele começa com o Salmo 90, que é o mais antigo (datado provavelmente em 1400 a.C.) e cuja autoria é atribuída a Moisés. Surge, inevitavelmente, uma pergunta: o que estaria fazendo aqui um salmo mosaico, num volume da segunda comunidade, os retornados com Zorobabel? A resposta é fácil, mais uma vez observando-se como a estrutura foi criada para ensinar lições: é uma clara tentativa dos retornados em se associarem como primeira comunidade, e que foi organizaDiálogo e Ação – Liderança •13

da por Moisés. Eles queriam deixar claro que não era um povo diferente, outra nação, era o mesmo povo de Moisés. E para provar isso, escolheram um salmo de sua autoria, abrindo volume de seu hinário. Ou seja, a própria estrutura do livro seguiu um propósito teológico. Os salmos trazem teologia, sim, até mesmo em sua estrutura. Eles ensinam com o conteúdo e com a forma. A segunda comunidade canta a mesma esperança da primeira, porque é sua continuadora. O arranjo, ou compilação, do livro de salmos é nítido inclusive no uso dos nomes de Deus. O livro I, por exemplo, prefere o nome sagrado, Iahaweh, traduzido em nossas Bíblias como “O Senhor”. O Livro II, por exemplo, prefere Elohym, traduzido em nossas Bíblias como “Deus”. Eles refletem uma época e uma tendência teológica. Ainda na área da estrutura literária, sendo empregada como veículo para comunicar uma atitude teológica; outra consideração que devemos fazer está na questão bem atraente, não acidental, mas muito bem arranjada: cada um dos quatro primeiros volumes

14• Diálogo e Ação – Liderança

termina com uma grande doxologia. E o quarto volume se encerra com outra grande doxologia. E o quinto volume se encerra com outro tipo de doxologia, um convite para que tudo quanto em fôlego louve a Deus. Vejamos como isso se dá: 1. O Livro I termina com o Salmo 41.13, que diz: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, de eternidade a eternidade. Amém e amém”. 2. O Livro II termina com o Salmo 72.19, que diz: “Bendito seja para sempre o seu nome glorioso, e encha- se da sua glória toda a terra. Amém e amém”. O versículo 20 não é uma declaração bíblica, mas uma provável “nota de rodapé” do compilador do livro, que acabou entrando para o texto bíblico. 3. O Livro III termina com o Salmo 89.52, que diz: “Bendito seja o Senhor para sempre. Amém e amém”. 4. O Livro IV termina com o Salmo 106.48 que diz: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, de eternidade em eternidade! E diga todo o povo: Amém. Louvai ao Senhor”. 5. O Livro V termina com o Salmo 150.6: “tudo que tem fôlego louve ao senhor; louvai ao Senhor!” Morris (MORRIS, Henry. Amostra de Salmos. Miami: Vida, 1986, p. 12) fez uma divisão que, com todo respeito, me parece um pouco forçada, encerrando o volume IV com o Salmo 145 e tomando os Salmos 146 a 150 como “epílogo”, de maneira a criar cinco doxologias (a quinta seria 145.21). Mas esta divisão por ele elaborada vai contra

toda a compreensão que os estudiosos antes dele tiveram e é bastante artificial, mostrando ter sido claramente elaborada para dar suporte à sua ideia previamente estabelecida. A divisão em cinco volumes, como aqui apresentada, não uma criação nossa, deste autor, mas é um modelo seguido por vários estudioso e tem unanimidade a sua aceitação. Vários eruditos, tanto cristãos como judeus, dizem que a divisão do Saltério em cinco livros foi feita para harmonizá-lo com a Torá: ela tem cinco livros, mas é um livro só. Da mesma forma, o Saltério tem cinco livros, mas é um livro só. Voltando, no entanto, a Morris, mas sem a preocupação de combatê-lo: uma posição melhor que a sua é a adotada por Schultz, que assim se expressa: “Na última divisão, o salmo final serve de doxologia de conclusão” (SCHULTZ, Samuel. A História de Israel. São Paulo: Vida Nova, 1977, p. 272). Com esta observação, sem forçar a estrutura, Schultz nos alerta para uma verdade: o último salmo é a doxologia de conclusão de todo o livro dos Salmos. Assim como o primeiro é uma introdução e, ao mesmo tempo, uma síntese, o último encerra de forma doxológica. Pode-se entender, então, que os dois limites do Saltério pretendem comunicar uma verdade teológica, também. Ensina-se com o conteúdo e com a estrutura literária. Devemos lembrar, ainda, que o livro de Salmos não inclui todos os salmos dos judeus. Há textos bíblicos fora do Saltério que são, na sua estrutura e na forma como foram escritos, salmos, como Êxodo 15.1-18,1Samuel 2.1-

10, Isaías 38.10-20, Jonas 2.3-10 e o famoso salmo de Habacuque 3, para ficar só com alguns deles. Nossa coletânea tem 150 salmos, embora alguns manuscritos da Septuaginta e a Versão Siríaca tragam o Salmo 151, mas este não faz parte da coleção considerada como bíblica. Algumas versões católicas trazem diferença na sua enumeração dos Salmos em relação às Bíblias protestantes. Isto se explica da seguinte maneira. Na Septuaginta, os Salmos 9 e 10 bem como 114 e 115 são reunidos num único Salmo, enquanto o Salmo 116 e o Salmo 147 são divididos em dois salmos, de tal modo que sua numeração do Salmo 9.22 até 146.11 não corresponde à do texto hebraico (WEISER, p. 10). As versões católicas, em sua maior parte, seguem a Septuaginta. As versões protestantes seguem o texto hebraico. Isso explica a diferença na enumeração. A Vulgata, tradução para o latim, segue a numeração da Septuaginta (também conhecida pela sigla LXX) e, portanto, muitas traduções católicas modernas fazem o mesmo. Por exemplo, numa tradução antiga, que foi muito usada no Brasil, a do Padre Matos Soares, uma das primeiras em nosso país, vê-se isso: O Salmo 1 é igual ao nosso. O Salmo 2 divide nosso versículo 12 em versículos 12 e 13. O Salmo 3 traz o título como sendo o primeiro versículo e contém nove versículos no total. O Salmo 4 traz o título como sendo o primeiro versículo e divide o nosso versículo 8 em versículos 9 e 10. Diálogo e Ação – Liderança •15

O Salmo 9 traz o título como sendo o primeiro versículo e tem, portanto, um total de 21 versículos. O Salmo 10 tem 18 versículos como acontece em nossa Bíblia, mas acrescenta um segundo Salmo 10, que é o nosso Salmo 11 em conteúdo. Daí em diante, os salmos, conforme a tradução do padre. Matos Soares, sempre estão um número atrás da nossa tradução, até o Salmo 113 (que é o nosso Salmo 114). Na tradução do Pe. Matos Soares, há dois Salmos 113 (Sl 113a - v. 1-8), que correspondem ao nosso Salmo 114, e o Salmo 113b (v. 9-18), que correspondem ao nosso Salmo 115. Porém, chegando ao final do livro dos Salmos, o Salmo 146.1-11 e o Salmo 147. l-10 da versão do padre. Matos Soares correspondem ao nosso Salmo 147. Assim, os Salmos 148,149 e 150 correspondem aos mesmos Salmos em nossas Bíblias. Toda essa explicação dá para mostrar, em caso de leitura em versões católicas, o porquê da diferença da enumeração. O conteúdo, no entanto, é o mesmo. Os números não fazem diferença. Já a Bíblia de Jerusalém, uma versão católica de excelente nível, segue a numeração hebraica (...) Individualmente, não em termos de livro, mas como unidade, como capítulo do Saltério, há também uma estrutura na composição dos salmos, principalmente os que tratam de oração individual. Ou seja, cada salmo individual segue um padrão estrutural mais ou menos estabelecido. Na maioria das vezes, seu início se dá com uma invocação a Iahweh, com o vocativo: “Compadece-te de mim, ó Deus...” 16• Diálogo e Ação – Liderança

(51.1; 56.1; 57.1). Em alguns salmos, esta invocação é repetida em outros versículos, além do inicial. Há, a seguir, declarações em que o salmista se apresenta e clama por socorro, posto que enfrenta um momento delicado em sua vida, esta é a introdução. A seção seguinte é a principal, o corpo do salmo. É quando o salmista desafoga seu interior, abre seu coração diante de Iahweh. Descreve sua situação de perigo. Ele é perseguido ou difamado, ou está enfermo, ou sofre nas mãos dos ímpios, sente-se abandonado por Deus ou por amigos. A isto se segue uma pergunta mais ou menos nestes termos: “até quando?” ou, então, “por quê?” Alguns salmos nos mostram isso. “Até quando”, por exemplo, aparece em 6.3: “Também a minha alma está muito perturbada; mas tu, Senhor, até quando...” É um desabafo e, ao mesmo tempo, um pedido de socorro. Também em 35.17 lemos a mesma expressão: “Ó Senhor, até quando contemplarás isto?” Parece que Deus se esqueceu e recolheu a sua mão de socorro, por isso surge o clamor de 10.12: “Levanta-te, Senhor; ó Deus, levanta a tua mão; não te esqueças do necessitado”. Em outras ocasiões, parece que Iahweh está dormindo: “Desperta! Por que dormes, Senhor? Acorda! Não nos rejeites para sempre.” Todas estas expressões são empregadas para que aquele que ora desabafe seus sentimentos, expresse toda a sua dor e toda a sua ansiedade diante de Deus. Para que ore de verdade. Não há neles nenhum formalismo nem um encobrimento de emoções. Os salmos não são

literatura formal. São orações passionais e não diálogos frios, profissionais, obrigados. Encontramos a essência da verdadeira oração: o coração escancarado diante de Deus, expondo suas dores, suas lutas, seus medos, sem nada mascarar, mostrando-se como realmente é. É por isso que eles são fantásticos: eles nos ensinam como orar e nos mostram o que é oração. Orar é mostrar-se a Deus como realmente se é, sem necessidade de uma capa para impressioná-lo. A oração é o grito da alma que está sofrendo e não a elaboração de conceitos por parte da mente tranquila. De repente, há uma modificação no conteúdo do salmo, de uma forma quase abrupta. Num determinado momento, o salmista, que até então se mostrava inquieto, clamando a Deus e até mesmo se queixando dele por sua aparente indiferença, prorrompe em júbilo, cântico de confiança e de gratidão. Como acontece isto? Por que a mudança de ânimo? Os exegetas têm apresentado pelo menos quatro respostas para isso. A primeira é que o salmista parece ter recebido uma resposta de Deus. Seja no seu íntimo, seja pela participação no culto, seja pela instrução da Torah ou de um sacerdote, ele recebeu a resposta de que Deus intervirá em seu favor. Isso o tranquiliza. A segunda é que mesmo, por sua experiência espiritual, sabe que Iahweh escuta. Pelo que já passou em momentos pretéritos de sua vida tem esta certeza: “Busquei ao Senhor, e ele me respondeu e de todos meus temores me livrou” (34.4). A terceira é mais mística, embora não se queira com isso

depreciá-la: uma teofania, uma manifestação de Deus. No salmo 18, Iahweh ouviu a oração que foi feita no templo (“do seu templo ouviu ele a minha voz” – v. 6), e isso ficou claro com os versículos seguintes, todos numa linguagem teofânica impressionante. Muito da linguagem, como só acontece com a poesia, é figurada, mas vê-se que há uma compreensão de Deus fora dos padrões mais racionais. Uma quarta é que o salmista, em sua oração (que já fora formulada antes, e, agora, se manifesta mais uma vez no templo), recebeu um sinal de Deus. Vemos indício disso no pedido que é apresentado no Salmo 86.17: “Mostra-me um sinal do teu favor, para que vejam aqueles que me odeiam e sejam envergonhados, por me haveres tu, Senhor, ajudado e confortado”. Por fim, o salmo termina com uma expressão de confiança e com proclamação. De aflito, aquele que está orando passa a ter certeza de livramento. A ansiedade que foi inicialmente manifesta cede agora lugar à fé. Essa estrutura individual dos salmos de lamento é uma das maiores declarações de que Deus ouve a oração. Por isso mesmo seu estudo se reveste de grande valor para a comunidade cristã. Extraído do livro: COELHO, Isaltino Gomes Filho. Teologia dos Salmos. Rio de Janeiro: JUERP, 2000, p. 23-31. Diálogo e Ação – Liderança •17

Recurso para o trimestre Como usar o suplemento didático Dividir o suplemento didático em dois cartazes, que deverão estar expostos em lugar visível na sala dos adolescentes. Um cartaz terá o título “Necessidades e metas do adolescente cristão; e o outro, “Passos a dar”. A cada domingo, ao final da lição, o professor deverá preenchê-los com a classe, com base na lição estudada. Questionar, sempre que possível, os adolescentes se eles estão dando os passos necessários para que suas metas sejam alcançadas.

18• Diálogo e Ação – Liderança

Hino do trimestre Cantemos os louvores

Hino 27 do Hinário para o Culto Cristão Letra: Rodolfo Hasse Música: Hinário Alemão

Diálogo e Ação – Liderança •19

EBD – Visão geral

Salmos vivos Uma abordagem profunda dos salmos, mostrando a importância de se ter critérios segundo a Palavra de Deus para escolher amigos, saber enfrentar e vencer problemas e aprender a louvar a Deus apesar das situações adversas que a vida nos proporciona Objetivos – Entender o valor dos salmos, seu conteúdo atual e aplicá-lo à vida cristã nos dias atuais. Incentivar o adolescente a desfrutar a alegria da presença de Deus, o regozijo da comunhão com ele, o bálsamo do perdão divino e a viver uma vida de adoração e louvor.

Estudos da EBD EBD 1 – Caminhos e companhias EBD 2 – Deus e os meus problemas EBD 3 – Alegria é isso aí EBD 4 – Sede de Deus EBD 5 – A dor do pecado e a alegria do perdão EBD 6 – Fortaleza indestrutível EBD 7 – Deus nos faz cantar EBD 8 – É tempo de louvar EBD 9 – Muito mais que palavras EBD 10 – A palavra que liberta EBD 11 – Luz no final do túnel EBD 12 – Diminuir para crescer EBD 13 – De mãos dadas

Planos de aula da EBD – Redação desta revista, em parceria com a Coordenação Editorial da CBB e da professora Lúcia Cerqueira.

20• Diálogo e Ação – Liderança

PLANO DE AULA 1

Caminhos e companhias Texto bíblico: Salmo 1 Texto para memorizar: Josué 1.8 OBJETIVOS ▪ Entender que todas as nossas ações têm consequências diretas. ▪ Identificar a importância do estudo da Palavra de Deus. ▪ Identificar os ensinamentos da Palavra como guia nas decisões do dia a dia. ▪ Fazer distinção entre o caminho do Senhor e os outros caminhos. RECURSOS DIDÁTICOS ▪ Folhas de papel para os grupos; ▪ Canetas; ▪ Imagens com sinais de trânsito. PARAR – SEGUIR EM FRENTE – PROIBIDO PARAR.

2. Utilização de material visual (placas de trânsito) em cada tópico da lição; 3. Dinâmica para conclusão (o salmo nos nossos dias). DICAS 1. Imprimir placas com sinais de trânsito com um tamanho visível para classe (uma ou duas folhas de papel ofício). Durante a preparação do estudo, pensar em quais momentos poderá utilizar as placas. 2. Tentar, ao final da elaboração da lição, reescrever este salmo no contexto de sua vida particular destacando: onde deve “parar”, “andar mais rápido”, o que deve “evitar”.

TÉCNICAS DE ENSINO

DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO

▪ Para este estudo, sugerimos algumas atividades: 1. Aula expositiva – descrição do livro dos Salmos e suas divisões;

1. Fazer a introdução da aula de forma expositiva, trazendo um esclarecimento do que significa o livro, suas principais divisões com base nas Diálogo e Ação – Liderança •21

informações que são apresentadas na reflexão sobre o tema do trimestre. 2. Apresentar as figuras que representam os sinais de trânsito e perguntar seus significados. Propor a leitura do Salmo 1 como se ele nos convidasse para uma caminhada e que os conceitos apresentados no texto fossem códigos de sinais de trânsito (proibido estacionar, não pare, siga em frente, pare, mão dupla etc.). 3. Desenvolver os tópicos da lição utilizando os sinais de trânsito: ▪ A felicidade é a porta do saltério; ▪ Os três estágios da queda; ▪ Uma comparação inspiradora; ▪ Os caminhos se separam. ATIVIDADES DE CONCLUSÃO Como os adolescentes são muito criativos, é possível pensar na conclusão dessa lição de maneira dramatizada. Portanto, dividir a classe em dois grupos e distribuir as seguintes tarefas: ▪ GRUPO I – Com base na lição estudada e na experiência vivenciada, encenar um exemplo de amizade que não deve ser aceita pelo adolescente cristão. Exemplo: más companhias. ▪ GRUPO II – Encenar um exemplo de relacionamento amigável que não interfere nos princípios 22• Diálogo e Ação – Liderança

a serem seguidos pelo adolescente cristão Exemplo: amizade saudável. Como uma última atividade, dividir em grupos de três a cinco adolescentes e entregar-lhes folhas e caneta. Cada grupo deve discutir a importância deste salmo para sua vida diária. Após a discussão, reescrever este salmo no contexto atual e pedir aos adolescentes, representantes de cada grupo, que leiam o texto produzido. Após as leituras, desafiá-los a seguir os princípios da Palavra de Deus como regra para o dia a dia. PARA A MENTE E CORAÇÃO A meditação na Palavra de Deus e a obediência aos preceitos divinos são aspectos fundamentais para que o cristão seja bem-sucedido. É preciso tomar a resolução de profunda devoção ao Senhor, de toda a mente, força e vontade. TAREFA PARA A SEMANA Solicitar aos alunos que pesquisem em diversos jornais e revistas reportagens que enfatizem os problemas enfrentados pelos adolescentes da sociedade atual. Para facilitar, fazer com a classe um rápido levantamento dos possíveis problemas como, por exemplo, envolvimento com drogas, estresse do ENEM, vestibular, maus tratos familiares, dentre outros.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES O majestoso saltério de Israel começa com um pequeno salmo de apenas seis versículos, que são de profunda mensagem ao coração do crente. Ele é o pórtico majestoso que dá entrada para o palácio magnífico da poesia hebréia, louvando e engrandecendo o Senhor da criação e do homem. No Salmo 1, encontramos diretrizes para cultivar bons relacionamentos: 1. “Não se assentar na roda dos escamecedores” – Evitar o convívio com pessoas e ambientes que estejam fora dos padrões cristãos deve ser a conduta do adolescente que deseja seguir os propósitos de Deus. 2. “Antes, o seu prazer” – Buscar uma vida devocional, procurando obedecer à vontade de Deus, é ponto-chave para não se deixar levar por atrativos mundanos. 3. “Como árvore plantada junto a correntes de águas” – O crente é a árvore que bebe direto da fonte e, por isso, está sempre florescendo. A fonte na qual o adolescente pode saciar a sua sede é a comunhão com Deus, por meio da leitura bíblica e da oração. 4. “Os ímpios não são assim” – A pessoa que não experimentou a graça de Deus não busca seguir os ensinamentos bíblicos, nem se sente incomodada com atitudes impróprias à vida espiritual e moral.

5. “O Senhor conhece o caminho dos justos” – Por mais que queiramos esconder da família e da igreja nossas atitudes indevidas, o Senhor conhece todos os nossos passos e todas nossas intenções. 6. “A tonalidade e os temas deste salmo fazem lembrar os escritos da sabedoria, especialmente Provérbios, que se preocupam com a convivência que o homem cultiva, com os dois caminhos, que ficam diante dele e com tipos morais, notavelmente os zombadores; nota-se, também, a linguagem figurativa da natureza e o interesse no fim lógico de um processo. A sabedoria que ele recomenda, no entanto, se arraiga na lei, e o paralelismo mais próximo do salmo se acha num dos profetas (Jeremias); tal é a harmonia das vozes diferentes do Antigo Testamento” (Sl 1-72, Introdução e comentário, Derek Kidner, p. 62). Este salmo apresenta, também, as características do homem justo, pois, o homem faz ou não faz, de acordo com o que ele é ou não é. As obras correspondem ao caráter. Pode o homem enganar o seu semelhante, mas não engana Deus, que o conhece no íntimo de seu coração e o julga segundo o que ele é e o que faz. Este homem justo não faz determinadas coisas, mas faz outras. O homem justo não faz: não anda segundo a orientação dos ímpios, não se detém em conversas com os pecadores, não se assenta junto aos zombadores e escarnecedores. Diálogo e Ação – Liderança •23

PLANO DE AULA 2

Deus e os meus problemas Texto bíblico: Salmo 27 Texto para memorizar: Hebreus 4.16 OBJETIVOS ▪ Entender que, como cristãos, não estamos isentos de problemas. ▪ Compreender que o Senhor nos ajuda a vencer o medo e nos dá coragem para lutar. ▪ Crer na presença do Senhor em todos os momentos de nossa vida. ▪ Aprender a esperar no Senhor. RECURSOS DIDÁTICOS ▪ Faixa com o tema da lição: DEUS E OS MEUS PROBLEMAS. TÉCNICAS DE ENSINO 1. Dinâmica de grupo; 2. Aula expositiva; 3. Leitura dramática do texto. DICAS 1. Pedir a um adolescente bem expressivo que recite de memória ou 24• Diálogo e Ação – Liderança

leia o Salmo 27 de forma dramática para a conclusão da aula. Deixar claro que sua oração dramática será a conclusão da lição e, por isso, não deve comentar com nenhum outro membro da classe. 2. Preparar a sala deixando espaço para a dinâmica sugerida. Se possível, deve-se formar um grande círculo com as cadeiras. DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 1. Dinâmica – Dividir a turma em grupo de três, sendo que cada trio deve ser proporcional a peso, altura e sexo. Colocar dois participantes um de frente para o outro e o terceiro no meio. Pedir que o participante do meio junte as pernas e fique com o corpo rígido. Com ajuda do professor, pedir que ele feche os olhos e se jogue para trás. O amigo o segurará pelas costas e o impulsionará para frente quando, também, será amparado.

Repetir esta ação e depois trocar as posições. Ficar atento quanto à segurança do grupo. Após algumas tentativas, perguntar: ▪ Qual a sensação de cair para trás e para frente de olhos fechados? ▪ Se os amigos lhe transmitiram segurança? ▪ Se a segurança estava no fato de confiarem nas pessoas ou em suas estruturas físicas? Lembrar que estes, às vezes, são os sentimentos que nos envolvem diante de problemas. Temos medo, estamos inseguros mas que a mão do Senhor não nos deixa cair, que ele está sempre pronto a nos ajudar e proteger. 2. Leitura do texto bíblico: Salmo 27. 3. Fazer um levantamento dos alunos que trouxeram as reportagens solicitadas no domingo anterior e, se preciso, distribuir entre eles as reportagens separadas por você. Em seguida, organizar a classe em grupos para que leiam as reportagens e discutam sobre os problemas nelas enfatizados. Para facilitar, distribuir entre os grupos uma folha de papel ofício e caneta para que sejam feitas as devidas anotações. Cada grupo deverá escolher um relator para apresentar o que foi observado e discutido. O professor

poderá apresentar algumas questões para direcionar a discussão: ▪ A reportagem enfatiza algum problema enfrentado pelo adolescente da sociedade atual? ▪ O problema mencionado é comum em nossa sociedade? ▪ Adolescentes crentes costumam enfrentar problemas semelhantes aos da reportagem lida? 4. Formar um círculo com os alunos para que os relatores contem a reportagem e apresentem a opinião do grupo. 5. Após a apresentação dos grupos, expor o tema do estudo num quadro ou escrevê-lo bem grande numa faixa na parede 6. Desenvolver os tópicos da lição de forma expositiva e, após a descrição do texto e dos tópicos da lição, apresentar palavras-chave contextualizadas: luz, refúgio, inimigos, casa do Senhor. ATIVIDADES DE CONCLUSÃO Pedir que todos fechem os olhos e coloquem suas angústias, incertezas e pecados nas mãos do Senhor. Dar dois minutos em silêncio para cada um falar com Deus. O momento será interrompido com a leitura do texto do Salmo 27 feita de forma dramática por um adolescente previamente selecionado que terminará dizendo amém! Diálogo e Ação – Liderança •25

TEXTO PARA MEMORIZAR Nenhum problema é tão grande ou maior que o nosso Deus e a sua graça para conosco. Por isso, podemos chegar com profunda confiança diante dele e expor-lhe todas as tristezas, mágoas, sofrimentos porque, no momento certo, seremos socorridos. É preciso sublinhar a expressão “momento certo” porque Deus sabe o quando e o como nos prestará o devido socorro. É preciso, também, desenvolver a confiança nele. TAREFA PARA A SEMANA Pedir aos alunos que durante a semana realizem uma entrevista com seus avós ou com alguém de mais idade, de preferência que seja crente. Esta entrevista não precisa ser formal; pode ser um bate-papo. Ideias de perguntas: 1. O senhor ou senhora já era crente na adolescência? 2. Havia alguma dificuldade de relacionamento com seus pais? 3. Como foi tomar decisões quanto à vida profissional e sentimental? 4. Quais os principais problemas enfrentados pelos adolescentes na sua época? INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES No Salmo 27, o salmista, mais uma vez, reafirma a sua confian26• Diálogo e Ação – Liderança

ça em Deus e revela quanto o seu coração anelava pela presença dele em todos os momentos de sua vida. Não tem sido possível situar o salmo quanto ao tempo e circunstâncias cm que foi escrito, sendo alguns de opinião que Davi o escreveu nos dias agitados quando aguardava a sua ascensão ao trono de todo o Israel, após a morte de Saul, ou diante da rebelião motivada pelo seu filho Absalão. Este salmo pode ser dividido em duas partes. 1. O salmista proclama sua plena confiança em Deus – É interessante observar quantas vezes o salmista cita o nome do Senhor (Jeová), por meio das linhas desse piedoso cântico (em 14 versículos, 12 vezes). Feliz o homem que tem sempre esta palavra em sua mente. O salmista proferia o nome divino com a máxima reverência e em expressões de sublime sentimento. Os versículos 1,2,3,5,6,10,14 são uma evidência belíssima da confiança que o salmista depositava no Senhor. 2. O refúgio do homem de Deus e sua oração em tempos difíceis – Os demais versículos exprimem o anelo de Davi pela presença de Deus, em face dos problemas ou acontecimentos que enfrentava. Os versículos 4,7,8,9,11,12 e 13 expressam esta realidade de busca na vida do salmista.

PLANO DE AULA 3

Alegria é isso aí Texto bíblico: Salmo 33 Texto para memorizar: Neemias 8.10 OBJETIVOS ▪ Entender que a nossa alegria não está pautada em um momento qualquer de nossa vida, mas, na certeza da presença de Deus. ▪ Reconhecer nosso papel como agentes de transformação – promotores de alegria. ▪ Reconhecer a soberania de Deus e a necessidade de sermos fiéis. RECURSOS DIDÁTICOS ▪ Quadro para escrever as palavras da dinâmica (tempestade cerebral); ▪ Cartas com a definição da palavra- chave; ▪ Folha com quadro dos dias da semana - “Projeto por uma semana feliz”. TÉCNICAS DE ENSINO 1. Dinâmica: explosão de ideias; 2. Utilização de música para reforçar o tema da aula; 3. Aula expositiva;

4. Testemunho de um adolescente; 5. Desafio de um projeto de vida semanal. DICAS 1. Preparar, durante a semana, cartaz com a definição da palavra ou tema escolhido: louvor ou alegria. 2. Elaborar o quadro para a vida semanal. 3. Escolher o cântico a ser utilizado e possibilitar a letra (quadro, cópia, data-show, transparência) e, de acordo com a realidade, convidar um adolescente para tocar. 4. Pedir, previamente, a um adolescente que conte um testemunho que expresse a vitória produzida mediante a confiança no Senhor. É importante ouvir antes o testemunho e determinar um tempo para que ele seja exposto (2 minutos). DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 1. Iniciar a aula solicitando aos adolescentes que relatem a experiência viDiálogo e Ação – Liderança •27

venciada ao realizarem a entrevista com seus avós ou alguma pessoa idosa. Ressaltar que, apesar da diferença de época, o ser humano sempre vai passar por um período em que serão necessárias tomadas de decisões, bem como o enfrentamento de situações desagradáveis como sofrimento por um erro cometido, decepção com amigos ▪ Fazer a introdução da aula com tempestade cerebral (a palavra pode ser louvor ou alegria). Anotar no quadro as principais expressões dos alunos.

▪ Apresentar um cartaz com a definição da palavra escolhida. ▪ Cantar um cântico que expresse teor das palavras sugeridas. ▪ Apresentar os tópicos da lição e o significado dos termos principais de forma expositiva. Após apresentar o último tópico, o adolescente, já determinado, ficará de pé e contará brevemente seu testemunho. ▪ O professor deve ressaltar a necessidade de sermos felizes e, ao mesmo tempo, a necessidade de promover alegria em nossos grupos de convivência: família, igreja, colégio, amigos, time etc.

Projeto: Por uma semana feliz Nome: PROJETO POR UMA SEMANA FELIZ NOME: De que eu necessito Segundafeira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo 28• Diálogo e Ação – Liderança

O que posso fazer para alguém

O que recebi

Avaliação

ATIVIDADES DE CONCLUSÃO

TAREFA PARA A SEMANA

Enfocar os principais ensinos que podem ser extraídos do estudo: 1) O imenso amor de Deus; 2) A necessidade de se ter um coração puro para louvar a Deus; 3) O conhecimento que Deus tem de toda a nossa vida, inclusive o nosso coração; 4) A confiança que devemos depositar em Deus. Ele ouve e atende as nossas orações, conforme a sua vontade, mas é preciso saber que o nosso tempo não é o mesmo de Deus. 2. Desafiar os adolescentes a tentarem viver uma semana feliz. Sabendo que felicidade é fruto do que se estudou e não é só minha, mas, do outro também. Entregar o quadro de atividades semanais e desafiá-los a viver cada dia com as propostas do quadro. Avaliação geral: descrever as principais experiências e sensações desfrutadas nesta semana:

Durante a semana, preparando os alunos para a próxima lição, deverá ser realizada uma atividade de observação. Os alunos devem estar atentos às suas ações, verificando: – Quantas vezes por dia beberam água ou outros líquidos; – Quantas vezes na semana separaram tempo para estar em comunhão com Deus por meio da leitura da Bíblia e da oração.

TEXTO PARA MEMORIZAR O Senhor é a fonte da nossa alegria e está o tempo todo cuidando de nós e prova, a cada instante, o quanto vale a pena confiar nele. Mesmo que enfrentemos tempos difíceis, devemos viver como ele deseja: com alegria, esperança, confiança e certeza da vitória.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES No livro dos Salmos, encontramos o salmista enfrentando problemas e como ele procurou resolvêlos. Especialmente no Salmo 33 ele aponta alguns caminhos: Versículo 1 – “Exultai”. O salmista convida os salvos a louvarem ao Senhor por sua fidelidade. Versículo 3 – “A palavra do Senhor é reta”. Deus, em sua retidão, orienta o seu povo à verdade. A Bíblia, como a Palavra de Deus, reflete também o caráter o de Deus. Versículo 8 – “Tema ao Senhor”. Para que possamos honrar e adorar ao Senhor é preciso amá-lo de todo o coração e obedecer aos seus desígnios. Versículo 11 – Mesmo que a história mude, os costumes mudem, nós próprios mudemos, Deus não muda. Ele está no controle de todas as coisas. Diálogo e Ação – Liderança •29

Avaliação do trimestre Escola Bíblica Dominical Sugerimos que a avaliação seja dividida em três etapas, sendo uma a cada final de mês, incluindo as lições já estudadas naquele mês e, cumulativamente, à medida que o trimestre for se desenrolando. A ideia da avaliação é tão somente ajudar o avaliado a crescer no seu desempenho como cristão a partir dos conhecimentos adquiridos. Além do mais, com a avaliação, o próprio professor é ajudado, visto que pode conhecer melhor o seu trabalho e aperfeiçoá-lo. CONTEÚDOS APRESENTADOS NO TRIMESTRE – Neste trimestre, os adolescentes estiveram frente a frente com a realidade poética e inspiradora dos salmos. Vários salmos foram estudados e eles tiveram uma visão geral do conteúdo, do valor, da mensagem, da teologia e da praticidade dos salmos e sua aplicação para os nossos dias. PRIMEIRA AVALIAÇÃO – Fazer uma avaliação por meio de questionário. Preparar cinco perguntas-chave das lições estudadas até este domingo, inclusive, entregar a cada aluno para responder. Lembrar-se que o tempo é curto e as respostas devem ser dadas no sistema de marcar opções predeterminadas. Lembrar-se de ter algumas canetas de reserva para quem não dispuser. Pode ser realizada nos últimos 15 minutos da aula do quarto domingo de abril. SEGUNDA AVALIAÇÃO – Solicitar a três alunos, escolhidos aleatoriamente, mas com objetivo de haver maior representatividade da classe que, por cinco minutos, relatem para a turma o que aprenderam com os estudos no livros dos Salmos. Pode ser realizada nos últimos 15 minutos da aula do quinto domingo de maio. TERCEIRA AVALIAÇÃO – Fazer perguntas sobre as lições do trimestre. Preparar uma pergunta-chave para cada lição estudada e escrever as respostas no seu gabarito pessoal. Fazer as perguntas aos adolescentes, direcionando uma para um adolescente em particular e outra para toda a classe, alternadamente. Em função do tempo, caso haja alguma dificuladade na reposta, oferecer ajuda ou, então, responder e passar para a pergunta seguinte. Pode ser realizada nos últimos 15 minutos da aula do quarto domingo de junho. 60• Diálogo e Ação – Liderança

DCC – Visão geral Durante o trimestre, os adolescentes vão estudar três assuntos bem interessantes. Unidade 1 – Firmes no mundo em crise 1º Domingo

Reunião de planejamento

2º Domingo

Estudo 1

Uma visão equilibrada do sexo

3º Domingo

Estudo 2

Drogas, nem morto

4º Domingo

Estudo 3

Nem tudo que é lícito convém

5º Domingo

Estudo 4

Se beber, não dirija

Unidade 2 – Crises que a família enfrenta 6º Domingo

Estudo 5

Conflito entre gerações

7º Domingo

Estudo 6

Disciplina, eu quero

8º Domingo

Estudo 7

Meus pais se separaram, e agora?

9º Domingo

Estudo 8

Mãe, quero um iphone

Unidade 3 – Seitas do nosso tempo 10º Domingo

Estudo 9

Seitas e heresias: tô fora

11º Domingo

Estudo 10

{A velha} nova era, o que tenho a ver com isso?

12º Domingo

Estudo 11

A teologia da prosperidade

13 Domingo

Estudo 12

Testemunhas de Jeová

o

Ouem escreveu Os planos de aula foram elaborados pela Coordenação Editorial do DER e a professor Lúcia Cerqueira, Rio de Janeiro, RJ.

Diálogo e Ação – Liderança •61

Reunião de planejamento Planejar é antecipar resultados As reuniões de planejamento nem sempre são vistas com bons olhos. Alguns acham que seja uma perda de tempo. Outros não gostam de seu formato, classificando-as como monótonas. Mas, sem planejamento não se chega a lugar algum. É preciso planejar para que saibamos o que queremos, como queremos, aonde chegaremos e o que faremos para alcançar os resultados almejados. REUNIÃO DE PLANEJAMENTO Nossa sugestão é que o líder separe o primeiro domingo do trimestre para planejar com os adolescentes tudo o que vai acontecer ao longo do trimestre. Prepare com antecedência algumas ideias de programas, datas, participações especiais, passeios, tudo o que está na pauta para a consecução dos objetivos propostos para o trimestre na União de adolescentes. Caso haja uma diretoria dos próprios adolescentes, faça isso em comum acordo com ela para que no dia da reunião de planejamento haja uma harmonia entre o que está sendo proposto e a expectativa dos próprios adolescentes. COMPONENTES DE UM BOM PLANEJAMENTO Vamos listar, pelo menos, cinco componentes esseciais de um planejamento: 62• Diálogo e Ação – Liderança

1. Objetivos – Sem que se trace os objetivos a que se quer chegar, não se poderá mensurar se de fato os alcançou. 2. Tarefas – O que está no centro dos interesses dos adolescentes em realizar nesse momento de suas vidas e o que é mais importante dentro dos objetivos propostos. 3. Datas – Definir as datas em que as atividdes serão realizadas é de vital importância para que não haja qualquer atropelo. Faça um calendário de atividades. 4. Responsabilidades – Delegue tarefas para os adolescentes, definindo quem vai estar cuidando de cada área para que tudo possa funcionar como o previsto. 5. Divulgação – “A promoção é a alma do negócio”. Sem divulgação perde-se, em muito, na atração do público-alvo para o que estamos planejando. Não descuide desta área. CONCLUSÃO É intessante conversar com a turma e preparar um ótimo trimestre com as ideias que a sua revista preparou com carinho e outras que você vai levar para a União. Consulte as sugestões apresentadas na “Agenda do trimestre”.

plano de estudo 1

Uma visão equilibrada do sexo OBJETIVOS • Construir uma visão bíblica sobre o sexo. • Analisar pontos positivos e negativos na vida de alguns personagens bíblicos. TÉCNICAS DE ENSINO • Gincana bíblica; • Chuva de ideias; • Técnica interrogativa. MATERIAL DIDÁTICO • Marcador de livro com a frase: “Cuide de sua mente”; • Quadro e giz ou quadro branco e caneta; • Cartazes para as ênfases especiais. DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 1. Gincana bíblica entre dois grupos: um grupo deverá encontrar exemplos bíblicos positivos sobre sexo, e o outro, exemplos bíblicos negativos. 2. Chuva de ideias – Pedir aos alunos que escrevam, no quadro, palavras que venham à mente ao pensarem sobre o assunto em estudo. 3. Usar cartazes com as ênfases especiais, intercalando a apresentação do estudo com perguntas. 4. Lançar a pergunta: a virgindade é válida nos dias de hoje? Ouvir as respostas com atenção e orientar seus alunos sobre exemplos positivos e negativos que a Bíblia apresenta:

Isaque e Rebeca – Gênesis 24.58-67: • Esperaram o momento certo; • Buscaram a aprovação de Deus. José – Gênesis 39.7-12: • Soube ser íntegro; • Resistiu a aparência externa; • Renunciou a confortos e regalias oferecidas; • Não aceitou convites inadequados. Um triste exemplo: Davi e BateSeba – 2Samuel 11.1,2: • Cobiça por meio do olhar; • Homicídio – Davi colocou Urias à frente da batalha; • Consequências: – Morte do filho (2Sm 12.15-18); – Incesto na família (2Sm 13); – Homicídios entre irmãos (2Sm 13.23-36). 5. Destacar os versículos de Mateus 6.22,23. 6. Ressaltar que o adolescente deve “cuidar” dos olhos, evitando revistas pornográficas, filmes impróprios e situações ilícitas. Por meio dos olhos, as imagens são levadas à mente. Portanto, se lixo entrar, lixo sairá. No entanto, se a exemplo de José, buscar a integridade perante Deus, nossos olhos serão luz para o corpo. TAREFA SEMANAL Leia um bom livro esta semana. Distribuir entre os alunos o marcador de livros: “Cuide de sua mente”. Diálogo e Ação – Liderança •63

plano de estudo 2

Drogas, nem morto OBJETIVOS • Conhecer os problemas e os perigos do uso das drogas. • Destacar os princípios e valores cristãos. TÉCNICAS DE ENSINO • Tarefa individual; • Palestra com profissional específico da área de saúde ou aula expositiva intercalada com pesquisa e montagem de cartazes sobre o tema. MATERIAL DIDÁTICO • Papel ofício e canetas para a tarefa individual; • Revistas que abordam o assunto em estudo, cartolinas, pilot, tesouras e cola. DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 1. Iniciar o estudo destacando quatro ênfases especiais:  Tudo o que Deus criou tem a sua finalidade para o bem-estar do ser humano. No entanto, o homem, em seu pecado, escolhe outros valores, desvia-se dos caminhos traçados por Deus e utiliza, de maneira imprópria, a natureza. Por isso, as drogas têm sido um grande mal deste século.  Manter-se bem informado é uma boa maneira de evitar cair em “ciladas”.  Há muitos tipos de drogas e todas 64• Diálogo e Ação – Liderança

devem ser rejeitadas. Além da maconha, cocaína, LSD, os calmantes e antidepressivos podem causar dependência. Atenção! Procure orientação médica antes de usar remédios que você “julgue” necessários.  O caminho das drogas é um caminho tortuoso, sofrido, que pode levar à depressão, às doenças como, por exemplo, HIV, problemas familiares, sociais e, acima de tudo, espirituais, pois o corpo do cristão deve ser o templo, do Espírito Santo. Seja sábio! Não entre por este caminho. Reflita a luz do Caminho, que é Cristo. 2. Desenvolver um momento de tarefa individual. Para isso, solicitar aos alunos que façam um slogan contra o uso das drogas. As frases deverão ser afixadas em murais da sala e corredores da igreja. 3. Convidar, com antecedência, um especialista na área de saúde para falar aos adolescentes. Caso isso não seja possível, solicitar, também com antecedência, que os alunos levem revistas sobre o assunto e orientá-los numa pesquisa e confecção de cartazes sobre o tema. 4. Destacar os pontos do estudo e deixar que os alunos apresentem seus trabalhos e encerrar com uma oração. TAREFA SEMANAL Falar a um colega da escola a respeito do único caminho verdadeiro, que é Jesus Cristo. Procurar entregar-lhe um folheto.

plano de estudo 3

Nem tudo que é lícito convém OBJETIVOS • Reconhecer que o corpo é o templo do Espírito Santo. • Perceber as implicações dos vícios.

TÉCNICAS DE ENSINO • Dinâmica de sensibilização; • Painel integrado.

MATERIAL DIDÁTICO • Bolas de soprar, Bíblia, revista; • Lápis e papel.

DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 1. Dinâmica com bolas – Oferecer uma bola de soprar para cada aluno, se possível, de cores diferentes. Dizer que esta bola é um problema e deverá ser mantida no alto. Observar se houve solidariedade ao ajudar a manter as bolas no alto, ou se cada um se preocupou somente com o seu “problema”. Após alguns minutos, dar um sinal para encerrar a dinâmica e analisar a atividade, dialogando com os alunos. Destacar:  O ar que utilizamos para encher a bola é uma dádiva de Deus, e o pulmão que se enche deste ar deve fazer parte

de um corpo limpo, templo do Espírito Santo. A nossa tendência é de nos importa somente com os nossos problemas, esquecendo-nos do outro (um tapinha na bola, mantendo-a no alto). Demonstremos amor ao próximo, antes que o cigarro o apague. Oriente-o a deixar de fumar; fale do mal que tem feito à sua saúde e apresente-lhe Cristo que pode, também, purificar a sua alma. 2. Painel integrado – Dividir a classe em cinco grupos. Cada grupo estudará um ponto da lição. Distribuir uma letra entre os representantes dos grupos, de A a D (ABCD). Se os grupos tiverem mais de quatro componentes, repetir as letras. Exemplo: ABCDD ou AABCD. Após alguns minutos de estudo, solicitar que os alunos com letras iguais formem novos grupos. No novo grupo, cada aluno explicará o ponto estudado e ouvirá a explicação do colega. Assim, cada aluno terá estudado um ponto, explicando o que estudou e terá ouvido a explicação dos outros pontos. O professor deverá fazer uma síntese geral dos temas estudados. TAREFA SEMANAL Caso você tenha um colega ou parente que, infelizmente, faça uso do cigarro, converse com ele sobre o mal que este vício está lhe causando e fale do amor de Cristo, mostrando que somos feitos à imagem e semelhança de Deus e que ele quer nos purificar mediante o lavar regenerador do sangue de Jesus. Diálogo e Ação – Liderança •65

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