RESUMO WALTZ caps 5.6.8

March 6, 2019 | Author: Larissa Vieira | Category: Anarchism, State (Polity), Power (Social And Political), Nuclear Weapons, Política
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RESUMO PARA DISCIPLINA DE TEORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS II...

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WALTZ – TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS CAP 5 –  ESTRUTURAS POLÍTICAS As relações internacionais só podem ser entendidas com um tipo de teoria sistêmica. Um sistema é composto de estrutura e unidade de interação. As definições de estrutura devem ser abstraídas, para que se possa distinguir entre variveis ao nível das unidades, e variveis ! nível do sistema. "eve#se abstrair de unidade $instituições econ., líderes  políticos...%, das relações $culturais, econ&micas, etc%. A dificuldade é construir  conceitos que substituam essas noções sistêmicas bsicas. 'e os atributos e interações são omitidos, o que resta( A resposta é dada se considerarmos o significado de )relação*, que pode significar simultaneamente interação das unidades e as posições que elas ocupam uma face a outra. +ara definir uma estrutura deve#se ignorar como as unidades se relacionam e concentrar#se na sua posição em relação as outras. rês proposições surgem quando dei-amos de lado a personalidade dos atores, seu comportamento e suas interações /% a estrutura é distinta das ações e interações, ela  pode durar bastante enquanto as outras variam0 1% uma definição de estrutura pode se adequar a domínios de substancia bem diferente, desde que a disposição das partes integ integran rantes tes se2a se2a simila similar0 r0 3% as teoria teoriass desen desenvol volvid vidas as para para um domíni domínioo pod podem em ser  aplicadas a outros $com pequenas modificações%. Um sistema é composto de uma estrutura e das partes que interagem. Uma estrutura é estabelecida pela abstração da realidade completa, por isso não pode ser definida por  características materiais do sistema. A estrutura então, deve ser definida pela disposição das partes do sistema e pelo princípio dessa disposição. A estrutura política interna A polít polític icaa inte intern rnaa é orde ordena nada da 4ier 4ierar arqu quic icam amen ente te $rel $relaç açõe õess de subo subord rdin inaç ação ão e superi superiori oridad dade%. e%. 5 den dentro tro da políti política ca intern internaa espe especifi cificaç cações ões de funçõ funções es de partes partes diferenciadas, o que adiciona algum conte6do ! estrutura, mas apenas o suficiente para indicar a posição que as unidades ocupam umas em relação !s outras. A posição das unidades não é esttica, mas muda de acordo com as capacidades relativas. Uma estrutura política interna é definida de acordo com o princípio pelo qual é ordenada, pela especificação de funções das unidades diferenciadas, e pela distribuição das capacidades dessas unidades. As estruturas políticas moldam os processos políticos, isso é percebido quando se compara diferentes sistemas de governo $na 7nglaterra os poderes e-ecutivo e legislativo estão fundidos, na América são 2ustapostos e organi8ados%. organi8ados%. A estrutura opera com uma causa, mas não é a 6nica causa em 2ogo. 9as como identificar e separar as causas estruturais de outras causas( 7sso se fa8 através da comparação.

'e identifica os efeitos da estrutura notando diferenças de comportamento em partes diferentemente estruturadas do sistema político. :uando 4 similaridades estruturais os efeitos serão semel4antes. A estrutura é a organi8ação e o posicionamento das unidades políticas, e conta com 3 elementos fundamentais $que definem qualquer estrutura política interna% /. +rincípio ordenador, que é no ;mbito doméstico a 4ierarquia $centrali8ação%, caracteri8ada por uma relação de subordinação e superioridade. stado é igual ao outro e as relações podem se dar  através da cooperação $e não imposição de vontades%. stados $sem sua aquiescência%. As @elações 7nternacionais são estruturalmente semel4antes a uma economia de mercado. ? autor assume que todos os >stados buscam garantir sua sobrevivência $pois sem ela não alcançariam outros interesses%. +ara tanto devem estar sempre alertas para perceber a estrutura que os constrange e entender como ela serve  para recompensar alguns tipos de comportamento e penali8ar outros. 1. "iferenciação das unidades e especificação de suas funções As estruturas internacionais somente variam quando 4 uma mudança no princípio ordenador  ou através de variações nas capacidades das unidades.  a interação entre as unidades que gera as estruturas político#internacionais. A soberania é elemento comum a todas as unidades políticas do 'istema 7nternacional. ? que é soberania( stados fa8endo tudo que bem entenderem, mas antes, di8er que um >stado é soberano significa que ele decide  por si mesmo como enfrentar seus problemas internos e e-ternos $mesmo se limitar sua liberdade associando#se com outros >stados para resolução de um  problema%. ?s >stados são unidades políticas aut&nomas semel4antes, porém com diferenças de capacidades. 3. "istribuição das capacidades As partes de um sistema 4ierrquico estão relacionadas de formas que são determinadas pela sua diferenciação funcional e  pela amplitude de suas capacidades. As unidades de um sistema anrquico são semel4antes funcionalmente. A distinção entre essas unidades est na sua capacidade $ou incapacidade% de reali8ar tarefas similares. A estrutura de um sistema muda, quando 4 mudanças na distribuição de capacidades entre vrias unidades. ?s >stados se posicionam diferentemente segundo o seu poder. >sse poder é estimado na comparação de capacidades de certo n6mero de unidades.

WALTZ – TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS CAP 6 - ORDENS ANÁRQUICAS E BALANÇAS DE PODER  >ste capítulo se propõe a e-aminar as características da anarquia e as e-pectativas acerca dos resultados associados com os domínios anrquicos. +ara tanto se fa8 uma comparação entre comportamento e resultados nos domínios anrquico e 4ierrquico. /. Biolência interna e e-terna A relação entre os >stados é pautada pela violência, 2ustamente pela possibilidade do uso da força a qualquer momento na situação de anarquia. >sse estado é caracteri8ado como o estado de nature8a 4obbesiano $guerra de todos contra todos%. >ntre 4omens, assim como entre >stados a anarquia est estreitamente relacionada com a violência. ?s conflitos se dão não somente na esfera internacional, muitas das mais destrutivas guerras foram travadas dentro dos >stados. As lutas para alcançar e manter o poder   podem ser mais sangrentas que as lutas entre >stados. stado poderoso tem que vencer a pressão de uma preferencia ideológica, a força dos antigos laços e os conflitos de interesses presentes a fim de colaborar para a pa8. +recisa fa8ê#lo no momento requerido. 'e o interesse de todos os >stados é evitar a dominação por outros, por que é difícil para alguns passar para o lado do ameaçado( >les e-perienciam um perigo

comum, no entanto é mais lucrativo para o >stado não diretamente ameaçado dei-ar que o outro lide so8in4o com o problema, e se beneficie dos resultados caso ele a2a com efetividade. A observ;ncia que um destino comum não leva necessariamente a divisão  2usta do trabal4o, nem a qualquer trabal4o. 7sso depender do taman4o do grupo, das desigualdades dentro dele e do carcter dos membros. As incerte8as sobre quem ameaça quem, sobre quem fa8 frente a quem, e sobre quem gan4a e quem perde nas ações de outros >stados aceleram quando o n6mero de >stados aumenta.  impossível que os >stados conciliem dois imperativos conflitantes agir para seu próprio bem, como requerido pela sua situação0 e agir para a estabilidade do sistema ou sobrevivência, como alguns estudiosos recomendam. Gientistas políticos que defendem a fle-ibilidade das alianças nacionais tem que aceitar que a fle-ibilidade vem acompan4ada do aumento de n6mero, comple-idades e multiplicação de incerte8as. Assim como acontece nos partidos políticos internos, as estratégias são elaboradas em parte com o ob2etivo de atrair e manter aliados. 'e as alianças são formadas, os >stados vão querer parecer parceiros atrativos. +retendentes alteram sua aparência e adaptam seus comportamentos para aumentar sua elegibilidade. êm que se tornarem atrativos suficientes em personalidade e político para ser considerada escol4a possível. :uando a pressão é forte demais, o >stado negociaI se alia com qualquer outro para evitar um combate militar. +or questão de segurança, alianças devem ser feitas e uma ve8 feitas, administradas. As alianças são formadas por >stados que tem alguns, mas não todos, os interesses em comum. ? interesse comum é o medo de outros >stados. As divergências aparecem quando outros interesses estão em questão. As alianças estratégicas são sempre produto de um acordo entre as partes, enquanto os interesses dos aliados e suas noções sobre como se defender nunca são iguais. ? 2ogo da política de poder, se 2ogado duramente, pressiona dos 2ogadores para dentro de dois campos rivais. A formação de dois blocos, não transforma o sistema multipolar em bipolar. >m um sistema multipolar 4 bastantes potências para permitir que qualquer um desen4ar lin4as claras e fi-as entre aliados e adversrios e suficientes para manter   bai-os os efeitos da deserção. :uando o sistema é formado por um n6mero ra8oavelmente pequeno, as ações de qualquer um deles ameaça ! segurança dos demais. 5 um n6mero bastante para permitir qualquer um de ver o que est 4avendo, e o suficiente para fa8er o que est ocorrendo uma questão indiferente. A interdependência militar varia com a e-tensão e com a igualdade com a qual as grandes potências contam com os outros para sua segurança. >m um mundo bipolar, interdependência militar declina mais nitidamente que a interdependência econ&mica. ? equilíbrio interno é mais confivel e preciso do que o e-terno, a incerte8a diminui, e os clculos são mais fceis de serem feitos. >m um mundo multipolar os líderes de ambos os blocos tem que se preocupar  com a manutenção da aliança, uma ve8 que a deserção de qualquer um dos aliados pode ser fatal para seus parceiros, e com os ob2etivos e capacidades de oposição do bloco. >m alianças entre iguais a deserção de uma parte ameaça a segurança dos outros. m ambos, os líderes das alianças tentam obter o m-imo de contribuição de seus associados. ?s contribuintes são 6teis mesmo em um mundo bipolar, mas não são indispensveis $no multipolar o são%. +or isso, as politicas e estratégias os líderes das alianças são elaborados com base em seus próprios clculos e interesses. 7gnorar as visões dos aliados só fa8 sentido quando a cooperação militar é insignificante. A interdependência militar no mundo bipolar é bai-a, enquanto no multipolar é alta. Jrandes potências dependem umas das outras para suporte político e militar em crises e guerras no mundo multipolar.  stados frequentemente agrupam seus recursos com o ob2etivo de alcançar seus interesses, necessitando buscar políticas comuns.

III A primeira grande diferença entre políticas de poder nos dois sistemas é que no mundo multipolar, quem é uma ameaça para quem e quem dever lidar com as ameaças e problemas é incerto0 e no bipolar, quem é um perigo para quem não é duvidoso. ? sistema bipolar é um 2ogo de soma 8ero, quando um gan4a e o outro perde, sendo que assim, ambas as potências se preocupam com guerras ou ameaças de guerras em qualquer local. stados em equilíbrio, a política 4bil de uma potência é designada a obter uma vantagem sobre um >stado, sem antagoni8ar outros e obrig#los a uma ação con2unta. I&%'.%/%.01(" ."$ /"'&%$, .()#$2* .* /%'(3*, 1*)#$2* .% '%"4%$ $2* 1"'"1&%'$&(1"$ .% #+" /*&(1" .% 3'".%$ /*&%1("$ %+ #+ +#.* +#&(/*"'! 'e os interesses e ambições conflitam, a ausência de crises é mais preocupante que suas recorrências. Grises são produ8idas por determinações dos >stados de resistir a mudanças que outros >stados tentam fa8er. >m um mundo bipolar não 4 periferias. Gom apenas duas potências capa8es de agir em escala mundial, qualquer coisa que acontece em qualquer lugar é uma  preocupação em potencial para ambos. A bipolaridade estende o alcance geogrfico de interesse das potências, amplia o alcance de fatores inclusos na competição entre elas. +orque os aliados adicionam relativamente pouco ! capacidade das potências, elas concentram sua atenção em suas próprias disposições. stados unidos em seu  próprio antagonismo, os incentivos para uma resposta calculada destacam#se, e as sanções contra comportamentos irresponsveis alcançam sua maior força, os >stados estão sempre em alerta, cautelosos, desconfiados, e indulgentes. ?s >stados são veículos de ideologias. ?s movimentos internacionais foram captados por nações individuais, adeptos do credo foram aproveitados para interesses nacionais, programas internacionais foram manipulados por governos nacionais e a ideologia se tornou um sustentculo para a política nacional. A crescente similaridade das atitudes dos competidores, assim como suas e-periências um com o outro, facilita o a2ustamento de suas relações. >ssas vantagens são encontradas em um sistema de n6mero pequeno, porque os grupos pequenos eliminam a dificuldade de administração. 7nterdependência gera 4ostilidade e medo. Gom mais de duas partes, a 4ostilidade e o medo fa8em com que A e K procurem o apoio de G. 'e ambos buscam atrair G, sua 4ostilidade e medo aumentam. :uando o grupo se resume a dois membros, a possibilidade desaparece, sendo que um só pode negociar com o outro, fa8endo com que a pressão por um comportamento moderado se2a maior. Gom mais de duas partes, cada um se preocupa em como a força de sua  posição vai ser afetado pelos acordos que ele e os outros possam fa8er, e quando fa8em um acordo devem prever se ele vai ser interrompido ou negado pelas ações de outros. A simplicidade das relações em um mundo bipolar e a forte pressão gerada fa8 as duas potências serem conservadoras. A estrutura não determina tudo. +ara e-plicar os resultados é necessrio ol4ar para as capacidades, ações e interações de >stados, bem como a estrutura de seus sistemas. As causas no nível nacional e internacional tornam o mundo mais ou menos pacífico e estvel $o autor se concentra no nível internacional  porque os efeitos da estrutura são normalmente negligenciados ou mal compreendidos e  porque ele est escrevendo uma teoria das relações internacionais e não de política e-terna%.  UA entre as partes num sistema de autoa2uda, as regras de reciprocidade e cautela prevalecem. 'eu interesse na pa8 e estabilidade os une e o medo os separa. >les são c4amados de irmãos inimigos e de parceiros adversrios.

I< +osicionamento nacional muda vagarosamente, a econ&mica e outras bases de  poder mudam mais rapidamente em uma nação principal do que em outras. "iferenças de ta-as de crescimento econ&mico não são nem grande e nem estveis o bastante para alterar a classificação, e-ceto a longo pra8o.  custoso manter#seIalcançar a posição de liderança por E motivos a comple-idade de tecnologia atual significa que a competência em um assunto não pode ser separado da competência em outros0 o andamento da tecnologia significa que aqueles que as diferenças aumentam e se multiplicam0 apesar de os >UA não terem um mercado interno grande o suficiente para permitir a completa e eficiente e-ploração de algumas possíveis tecnologias, ele apro-ima#se da escala requerida mais do que qualquer outro0 e a liderança econ&mica e tecnológica estão se tornando mais importantes na política internacional.  las não poderiam se unir para fa8er o que so8in4as não conseguem( stado tem que garantir sua própria segurança da mel4or maneira possível, os meios adotados por um >stado orienta os esforços dos outros. ?s gastos das potências para manutenção da pa8 são 6teis. A força é menos visível onde o poder é mais completo e presente. ? poder mantém uma ordem, o uso da força sinali8a um possível colapso. Assim, quanto mais poder um >stado tem, menos  precisa usar da força, a força pode proteger seus interesses ou trabal4ar seus dese2os por  outros camin4os. A posição dos >stados não deve ser identificada pelo o uso da força, e a utilidade da força não deve ser confundida com sua usabilidade. A força militar é mais 6til quando dissuadem outros >stados de atacar, ou se2a, quando não precisa ser utili8ado em batal4a. ? >stado mais forte é o pode status quo, o não uso da força é o sinal de sua força. "eve#se pensar em termos cataclísmicos, o que significa que o crescimento do investimento em armamentos e a decrescente )utilidade* deles decorre do ob2etivo de evitar que as crises ocorram. Co4n 5er8 fala em dilema da segurança, que é quando um >stado, com o ob2etivo de aumentar sua segurança se arma, gerando insegurança nos outros, que se arma para garantir a sua segurança e o resultado final é um circulo vicioso. Assim, quando as armas das grandes potências impossibilita uma guerra entre elas, as armas nucleares são 6teis e menos custosas, uma ve8 que seu preço é apenas em din4eiro e não em sangue. As grandes potências travam mais guerras do que as  potências menores devido ! posição que ocupam no sistema, não por motivos internos. Antes da 'egunda Juerra 9undial, !s ve8es a força foi mais variadamente, mais  persistentemente e mais amplamente aplicada, !s ve8es foi mais conscientemente usada como instrumento de política nacional. "esde a 'egunda Juerra 9undial percebe#se

que as organi8ações políticas e penetração do poder, não o cancelamento da força pela  parali8ação nuclear. ? poder não est associado unicamente ao controle, sendo assim, se uma  potência não é capa8 de tra8er a ordem para os outros >stados ela não dei-a de ser forte. ? poder é uma causa entre outras, das quais ele não pode ser isolado. A impossibilidade de e-ercer controle político sobre outros não indica debilidade militar. Juerra do Bietnã ilustra o limite da força militar no mundo atual. 'ucessos em 8onas periféricas significam menos em termos materiais agora do que antigamente. A diferença deriva de uma mudança no sistema. A fal4a americana no Bietnã era tolervel porque nem o sucesso nem o fracasso eram de import;ncia internacional.
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