Resumo Teoria Critica e Resistencia Em Educaca o Henry Giroux
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Resumo da Teoria Crítica e Resistência em Henry Girux...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA DISCIPLINA: TEORIAS DA EDUCAÇÃO PROFESSORA: ELIANE DAYSE PONTES FURTADO EQUIPE: Alessandra Sávia da Costa Masullo, Alexsandra Flávia Bezerra de Oliveira, Camila Farias Martins de Sousa, Daniel Pinto Gomes, Dário Gomes do Nascimento, Nascimento, o!o "u#s oventino do Nascimento, $almir $almir Arruda de Sousa Neto
A PEDAGOGIA CRÍTICA DE HENRY GIROUX HENRY GIROUX: VIDA E OBRA %enr& Giroux nasceu em Providence, ca'ital de ()ode *sland, na costa nordeste dos +stados nidos, -. de setem/ro de -0123 +studou em escolas '4/licas, 5o6ando /as7uete, convivendo com várias comunidades estran6eiras 7ue vivem em Providence, con)ecendo as di8iculdades da classe tra/al)adora3 +studou %ist9ria em Barrin6ton, entre -0. e -0;1, aumentando a sua consci marcado 'elo descontentamento dos a8ro=americanos em rela?!o @ discrimina?!o social e @ maneira do 6overno de a6ir3 ma s>rie de mani8esta?es 'ara aca/ar com esta discrimina?!o, come?a a mudar o cenário 'ol#tico do 'a#s3 $ivencia os con8litos internos com rela?!o @s discusses de ra?a, 6m das teorias de re'rodu?!o3 radu?!o de n6ela Maria B3 Bia66io3 Petr9'olis, (: $ozes, -0.3
C$0%&1" 2 3 T#"!i$ C!%&i'$ # P!4&i'$ E,'$'i"*$1 O autor a'resenta 8orte avers!o as 8ormas de domina?!o, 'erce/e=as 'resente nas escolas e sistemas educacionais e sente a necessidade de desenvolver modos de cr#tica 7ue ven)am servir como 'ossi/ilidade 'ara a a?!o social e 'ara a trans8orma?!o emanci'at9ria3 Nessa 'rimeira 'arte dedica=se @ constru?!o de ar6umento a 8avor de uma teoria da 'eda6o6ia radical e, 'ara isso, > necessário novos conceitos e nova lin6ua6em3 Nesse as'ecto coloca 7ue a +scola de FranE8urt lo6rou uma tentativa de desenvolver uma teoria e um modo de cr#tica com o o/5etivo de revelar e rom'er as estruturas de domina?!o existentes3 No 'rimeiro ca'itulo Giroux 8az cr#ticas ao *luminismo 7ue teria seu en8o7ue na raz!o, mas 7ue sem senso cr#tico aca/ou realizando desastres: o *luminismo sem're teve o o/5etivo de li/ertar os )omens do medo 33H3 No entanto uma terra com'letamente iluminada irradia um triun8ante desastreI J'3 KL3 Se6uindo seu discurso coloca 7ue 'ara a raz!o 'oder criar uma sociedade mais 5usta teria 7ue demonstrar criticidade e ne6atividade, mas o 7ue ocorreu 8oi 7ue a sociedade 8oi 8icando racionalizada e tecnocrática desa6uando no 'ositivismo 7ue en7uadrou a sociedade em re6ras 8ec)adas, 'erdendo assim sua ca'acidade cr#tica3 +m -0K2 > criada a +scola de FranE8urt como *nstituto de Pes7uisas Sociais, 7ue so/ 'erse6ui?!o nazista sai da Aleman)a 'assando tem'orada em Gene/ra J-022L, Nova orE J-021L, "os An6eles J-01-L e retorna 'ara FranE8urt em -023 Com o 'assar do tem'o a +scola 'assa a ter seu 8oco de análise nas 7uestes de como a su/5etividade > constru#da e de 7ue 8orma as es8eras da vida cotidiana e da cultura re'resentavam uma nova domina?!o3 Assim, o autor se6ue seu texto a'resentando a +scola de FranE8urt e tecendo suas cr#ticas a res'eito das limita?es de 'rodu?!o da mesma3 Coloca 7ue a teoria teria 7ue come?ar com a com'reens!o das rela?es sociais do 'articular ao todo e ser cr#tica recon)ecendo os interesses e valores 7ue carre6a e ser ca'az de re8letir so/re eles no contexto )ist9rico=social3 A cultura seria a nova 8orma de domina?!o das classes dominantes em rela?!o @ sociedade onde, 'ara Adorno e %orE)eimer, a cultura se
tornara uma ind4stria 7ue 'roduziria /ens e le6itimaria a l96ica do ca'ital e suas institui?es3 + em rela?!o a 'sicolo6ia 'ro8unda o autor coloca 7ue teria deixado insi6)tsI so/re como entender o 'rocesso de domina?!o onde a re'ress!o se encontra em/utida nos valores e 'ráticas sociais 7ue caracterizam as institui?es como a escola3 (ealizada a descri?!o Giroux se coloca a8irmando 7ue os insi6)tsI realizados 'ela +scola de FranE8urt s!o im'ortantes uma vez 7ue se su/stitu#ram as 8ormas 'ositivistas 'ela dial>tica, os elos entre cultura, %ist9ria e Psicolo6ia se tornam im'ortantes e as su/5etividades s!o colocadas 'resentes dentro e 8ora da sala de aula, mas 7ue > necessário re8ormular as 7uestes centrais da teoria critica em termos das novas condi?es )ist9ricas, desenvolvendo uma sensi/ilidade i6ual 'ara di8erentes as'ectos da cultura como a mul)er, o ne6ro, a classe tra/al)adora, etc3, 'ois > im'ortante 7ue cada estudante se con8ronte com a7uilo 7ue a sociedade 8ez dele, como a sociedade o incor'orou ideol96ica e materialmente, o 7ue > 7ue eles 'recisam a8irmar e re5eitar em suas )ist9rias 'essoais a 8im de iniciar um 'rocesso de luta 'elas condi?es de uma vida autodiri6ida3
C$0%&1" 5 3 E('"1$!i6$./" # P"1%&i'$ ," C!!%'1" O'1&" No se6undo ca'#tulo )á uma discuss!o mais acentuada acerca da escolariza?!o e a 'ol#tica do curr#culo oculto onde o autor coloca 7ue o m>rito das discusses so/re curr#culo oculto 8oi a/alar a cren?a de 7ue a escola > neutra e 7ue essa discuss!o se deu so/ tr visto como meros rece/edores e 5á denuncia discrimina?!o de 6 'roduzida, selecionada e le6itimada3 Neste momento o autor destaca os tra/al)os de Pierre Bourdieu e seus contem'orQneos na Fran?a e o tra/al)o de Basil Bernstein na *n6laterra, onde destacaremos a vis!o da educa?!o como uma im'ortante 8or?a social e 'ol#tica no 'rocesso de re'rodu?!o de classe, 'ois, ao a'arecer como uma transmissora neutra dos /ene8#cios de uma cultura valorizada, as escolas s!o ca'azes de 'romover a desi6ualdade em nome da 5usti?a e da o/5etividade3 No cerne da análise 7ue Bernstein a'resenta da educa?!o e do 'a'el 7ue re'resenta na re'rodu?!o cultural de rela?es de classe, está uma teoria de transmiss!o cultural3 *ndica ainda, como 'ro/lemática central de sua teoria, a maneira 'ela 7ual a sociedade seleciona, classi8ica, distri/ui, transmite e avalia o con)ecimento educacional 7ue considera '4/lico3 *sso re8lete tanto a distri/ui?!o de 'oder 7uanto os 'rinc#'ios de controle social3 Desse 'onto de vista, as di8eren?as e as mudan?as na or6aniza?!o, transmiss!o e avalia?!o o con)ecimento educacional deveriam ser uma im'ortante área de interesse sociol96ico3 O autor conclui 7ue tanto Bourdieu 7uanto Bernstein JTL rendem=se a uma vers!o de domina?!o na 7ual o ciclo de re'rodu?!o 'arece in7ue/rável3 A'esar dos comentários /ril)antes so/re a 8orma e su/stQncia da re'rodu?!o cultural, os atores sociais en7uanto 'oss#veis a6entes de mudan?a desa'arecem nessas ex'lica?es, assim como desa'arecem instQncias de con8lito e contradi?!o3 +m/ora am/os os te9ricos 8orne?am análises esclarecedoras da relativa autonomia das escolas, e da natureza 'ol#tica da cultura como uma 8or?a re'rodutora, Bourdieu e Bernstein terminam i6norando ou minimizando as no?es de resistcia Clássica, onde se /uscava, muito 'ara al>m de treinar, educar o cidad!o 'ara uma 'artici'a?!o ativa e inteli6ente na comunidade c#vica3 A educa?!o era vista, 'ortanto, 'or um vi>s eminentemente 'ol#tico3 Forma?!o do caráter e valoriza?!o da li/erdade eram 'ontos centrais desse modelo de educa?!o3 omando=se como re8ercia Clássica, Giroux a'resenta o ar6umento de 7ue a7uilo 7ue c)amamos de educa?!o c#vica na nossa sociedade tem sido um 8racasso3 *sso 'or7ue os ideais no/res de8endidos 'ela teoria democrática li/eral n!o
tem encontrado ressonQncia em um 'rática educativa 7ue 'rioriza o sa/er t>cnico, a e8ici o de 'ro/lemática, 7ue seria uma estrutura conceitual 7ue 'ode ser identi8icada tanto 'elas 7uestes 7ue suscita, como 'elas 7uestes 7ue > inca'az de levantarI JG*(O, -0., '3 KKL3 A 'artir dessa de8ini?!o o autor 8ará a análise de trcnica, a (acionalidade %ermentica do )omem com o contexto no 7ual está inserido, e o Modelo das Ci de8inida menos 'elo 7ue advo6a, do 7ue 'or a7uilo 7ue i6noraI J'3 K12L3 Ou se5a, a investi6a?!o re8lexiva 8ocaliza as inten?es su/5etivas do indiv#duo e deixa de analisar os arran5os sociais existentes na sociedade maior3 Por 8im o autor nos a'resenta a (acionalidade +manci'at9ria, a 7ual se 8undamenta nos 'rinc#'ios de cr#tica e a?!o, realizando uma cr#tica do contexto o'ressor e 'romovendo a?es a 8avor da li/erdade e do /em=estar individual3 U, 'ortanto, um 'ensamento ativo3 +is a7ui um dos 'ilares da eoria da Peda6o6ia Cr#tica de Giroux3 U /aseado na (acionalidade +manci'at9ria 7ue o autor vai 'ro'or uma +duca?!o 'ara a Cidadania3 Para Giroux essa racionalidade dará /ase a uma teoria 7ue 8omente a interdisci'linaridade, 8undamentada em uma 'osi?!o dial>tica do )omem com o seu meio, sendo 'ortanto 'ol#tica e social3 %á 7ue se 8azer uma re8lex!o so/re so/re 7uem vai ser educado e 7uais con)ecimentos seriam le6#timos, analisando as 'oss#veis a'resenta?es desi6uais do ca'ital cultural de minorias de classe e cor3 Deve= se estimular, 'ortanto, o 'rocesso de conscientiza?!o do 'ro8essor um vez 7ue s!o os educadores 7ue tanto medeiam 7uanto de8inem o 'rocesso educacionalI JG*(O, -0., '3 K2L3 C)e6a=se, ao 8im, em uma 'ro'osta de Peda6o6ia de Sala de Aula 7ue considere uma +duca?!o 'ara a Cidadania3 O 8oco n!o deve ser o de a5ustar o educando a realidade 'osta, mas sim auxiliá=lo a re8letir, criticar e desa8iar as 8or?as sociais 7ue o o'rimem3 Para tanto o aluno deve, em sala de aula, ter a li/erdade de 7uestionar a 8orma e a su/stQncia do 'rocesso de a'rendiza6em3 U 'reciso ainda 7ue a'renda a inter'retar de uma maneira 7ue se5a su'erado o modelo de 'ensamento 8ra6mentado3 O educando deve ter es'a?o 'ara colocar em 'auta a sua )ist9ria de vida, /em como ter a o'ortunidade de re8letir e se auto=7uestionar acerca do 'or7ue dos seus valores 'essoais3
C$0%&1" = 3 A1>$?#&i6$./"8 I,#"1"i$ # P"1%&i'$ ,# E('"1$!i6$./" %enr& Giroux decide concluir a sua o/ra eoria Cr#tica e (esisttica entre o )omem e o seu meio3 Dentro dessa ideolo6ia Giroux situa o en8o7ue co6nitivo=evolutivo Jre'resentado 'elas teorias de Pia6et e Dee&L e o en8o7ue romQtico Jre'resentado 'elo 'ensamento de (ousseau, A3 S3 Neil, Carl (o6ers e oel S'rin6sL3 No en8o7ue co6nitivo=evolutivo o 7ue se /usca analisar e a 7uest!o da intera?!o no 'rocesso de a'rendiza6em, 8icando o conte4do em se6undo 'lano3 O im'ortante > investi6ar como su5eito a'rende3 No en8o7ue romQntico, 'or sua vez, o 7ue se ressalta > a ca'acidade do su5eito de construir o seu si6ni8icado atrav>s de um 'rocesso de renovada auto= a8irma?!oI JG*(O, -0., '3 K.L3 A cr#tica de Giroux a esses en8o7ue se re8ere @ n!o a/orda6em de dimenses 7ue o autor considera 'rimordiais de serem analisadas, 7uais se5am a 'ol#tica e a cultura3 A *deolo6ia da *ntera?!o n!o se atenta, 'ortanto, aos anta6onismo e con8litos 7ue caracterizam a sociedade3 A *deolo6ia (e'rodutiva > a 'r9xima l96ica de 'ensamento destacada 'or Giroux3 +ssa ideolo6ia tem como 8oco a 'ro/lemática de como o sistema social 'romove a sua re'rodu?!o e como determinadas 8ormas de su/5etividade se constituem dentro de tal contexto3 A escola > vista como uma 'arte do a'arel)o ideol96ico do estado, tendo como 8inalidade asse6urar rela?es ideol96icas e sociais necessárias 'ara a re'rodu?!o do ca'ital, /em como as suas institui?es3 A'esar da 'otente análise 7ue
essa 'ers'ectiva dá 'ara a dimens!o 'ol#tica da educa?!o ela a'resenta, se6undo Giroux, uma no?!o n!o=dial>tica de 'oder, a 7ual minimiza a 'ossi/ilidade de a?!o do su5eito diante do seu contexto3 Como 8ec)amento Giroux ressalta a 'otencialidade da no?!o de Al8a/etiza?!o Cr#tica de Paulo Freire3 A vis!o a'resentada 'or Freire considera a cultura em termos dial>ticos, ou se5a o o'rimido > ca'az de, 'ara al>m de re'roduzir o contexto de domina?!o 7ue o su/5az, reinventar o seu contexto3 Freire ex'e a sua cr#tica da 'rodu?!o cultural, mas n!o se at>m a essa análise, 'ois 'ro'e uma a?!o social3 A teoria='rática de Freire dá centralidade 'ara o diálo6o no 'rocesso de a'rendiza6em, onde se coloca como 'onto 'rimordial a 'ossi/ilidade do educando se tornar um a6ente do 'rocesso de mudan?a social, sendo relevante, 'ortanto, a sua )ist9ria de vida e ex'eri tratada como uma mercadoria a ser consumida, vista como atividade de lazer3 U necessário tam/>m 7ue se d< vez e voz 'ara os 6ru'os )istoricamente ali5ados da discuss!o 'ol#tica na escola, tais como a classe tra/al)adora, minorias de cor e mul)eres3 Nesse 'rocesso de se 'ensar um contexto onde a educa?!o se so/re'on)a @ escolariza?!o o 'ro8essor tem um 'a'el 8undamental, sendo necessário 7ue ele reve5a a sua 'ostura diante do mundo, 'assando a a6ir n!o s9 como 'ro8essor, mas tam/>m como cidad!o, ou mesmo educador radicalI3 +sse 'osicionamento de vida, alerta Giroux, traz as suas conse7u
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