Resumo posição homem no cosmos

February 28, 2019 | Author: Marcos Montagner | Category: Spirit, Reality, Time, Homo Sapiens, Phenomenology (Philosophy)
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Resumo posição homem no cosmos, principais conceitos Max Sheler filosofia...

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 A Posição do homem no Cosmos Cosmos Max Scheler  Introdução O Homem se tornou homem através da consciência do mundo e de si próp própri rio o e atra atravé véss da objet objetiv ivaç ação ão de sua sua natu nature reza za psíq psíqui uica ca – os traç traços os específicos do espírito- e aprender a ideia de um ser supramundo infinito e absoluto, um dia o homem destacou se do conjunto da natureza e tornou se seu objeto, então a pergunta onde me encontro,qual a minha posição, sou parte do mundo e sou envolvido envolvido por ele. “ Segundo a sua essência, a filosofia é uma intelecção rigorosamente evidente, impassível de ser ampliada e de ser aniquilada, valida a priori para tudo o que casualmente existe, das essencialidades e conexões essenciais do ente acessíveis a partir de exemplos em todos nós, e, em verdade, na ordem e no domínio dos níveis nos quais essa intelecção se encontra em relação com o ente absoluto e com a sua essência ” Max Scheler mantém a principio expressamente a relação tradicional da filosofia com o absoluto e com a sua essência, a relação cognitiva com o absoluto e com o ser repousa sobre uma experiência que tem lugar no próprio homem.  A mudança e o decisivo passa a ser agora investigar não as essência nelas mesmas, mas ponto de conexão conexão entre a humanidade do do homem e o ser  ser  dos entes. O que é o homem? E qual é a sua posição no interior do ser?  A pergunta pelo ser do homem e a investigação de seu lugar próprio em meio a totalidade perfazem o cerne da obra de Scheler.  As perguntas pelo ser do homem e pelo lugar desse ente no interior do ser é o principio do pensamento de Scheler como um todo. Max Max Sche Schele lerr em trab trabal alho hoss ante anterio riore ress estu estuda da a feno fenome meno nolo logi gia a dos dos sentimentos, estuda a relação dos sentimentos com certas possibilidades do

homem, a relação amorosa do homem em relação ao ser desses objetos, as possibilidades cognitivas do homem está presente uma atitude moral, diante dos objetos, determinando o valor desses objetos. Há valore valoress ligado ligados, s, sentim sentiment entos os sensí sensívei veis, s, sentime sentimento ntoss ligado ligadoss às necess necessida idades des,, sentime sentimento ntoss voltad voltados os para para a vida, vida, sentime sentimento ntoss pessoa pessoais, is, sentimentos com o sagrado e os respectivos valores associados. Max Scheler estuda o homem a luz dos resultados alcançados pela biologia no inicio do século XX, ele pretende mostrar como o homem não pode ser penado simplesmente a partir desses resultados, que seu todo precisa de uma experiência diversa a metafísica.  A primeira parte compara o homem e animal mesmo o homem ser o único ente a possuir razão.  A segunda parte do livro dedica-se ao espaço espaço metafísico no homem e ao espírito como o elemento que sustenta o seu aparecimento. “O homem é o ser vivo que por força de seu espírito, pode se comportar  em principio asceticamente (austeridade ( austeridade para com os prazeres mundanos) em rela relaçã ção o com com sua sua vida vida,, subju ubjuga gand ndo o e repr reprim imin indo do os próp própri rios os impu impuls lsos os pulsionais, negando alimentar seu instinto animal, diferentemente o homem pode negar e dominar para domínio de si.” O homem é o ente espiritual, pois pode tomar a totalidade dos entes como objeto de conhecimento, o homem pode idear (conceito de Scheler do espírito) o ente como um todo, e apenas no ato de ideação que ele se descobre como o ente que é ele é o ente que pode dizer não, ser o asceta da vida e neste ato projetar para o espaço existencial as sua humanidade, essa ess essênc ência espiri piritu tual al faz faz com com que que ele habi habite te o âmbit mbito o do sagr agrado ado da tra transc nscendê endên ncia cia e se veja ligad igado o ao divin ivino o, este este é o movim ovimen ento to do conhecimento das relações entre homem, mundo e SER (DEUS).

Há três esferas de ideias sobre o homem:

Primeira é o pensamento judaico cristão criação Segunda é o pensamento da antiguidade clássica razão logos Terceira moderna ciência da natureza, resultado final da natureza, uma mistura de energias e capacidades que ocorre na natureza sub-humana Nestes três modos de ver o homem não há unicidade, a proposta de Scheler busca a essência do homem, o conceito essencial do homem se sustenta? Inicia a pesquisa com mundo biopsiquico, uma gradação de forças e capacidades psíquicas.  A planta não possui nenhuma sensação nem tampouco nenhuma memória especifica que se lance para alem da dependência de seus estados vitais em relação conjunto de sua historia anterior e nenhuma capacidade de aprendizado, a única coisa presente e o impulso para o crescimento e para a reprodução, o impulso originário para toda a vida.  A s plantas não escolhem o alimento e fecundadas passivamente, não buscam na tem poder, falta de uma resposta a re-flexio reversão sobre si mesmas, o “estar desperto”, vigília da sensação, o que falta totalmente as plantas é funções informativas encontradas em todos os animais, a instauração de padrões e de repetição, falta em especial um sistema nervoso, que nos animais cria a independência independência de suas suas reações e uma relação a estrutura estrutura das maquinas. O sistema nervoso vegetativo que regula a distribuição de alimentos, representa o caráter vegetal ainda presente no homem, a priva cão periódica de energia no sistema animal que regra as relações externas de poder em favor do sistema vegetativo vegetativo é provavelmente a condição fundamental fundamental do ritimo dos estados de sono e vigília, o sonho é o estado relativamente vegetal do homem.

Instinto animal Instinto animal é a segunda forma anímica essencial, como comportamento do ser vive e possui as seguintes características: É condizente com o sentido de alimentação e reprodução, e os movimentos significativos, adquiridos através da associação, exercício e hábito, esta relação de sentido também estão relacionados com situações também afastadas no tempo, como preparar algo para o inverno ou desova. No instinto serve a espécie, inato e hereditário, serve a sua própria espécie ou alheia com relação vital (Ex: ursos x peixes, pássaros x plantas) a mínima mudança na estrutura tem como consequência de compensações, esta rigidez do instinto está em contraposição aos modos e comportamentos extremamente plásticos que repousam sobre o adestramento e inteligência, O instinto esta incorporada a morfogênese do ser vivo, ativo nas funções fisiológicas, as sensações, a memória, o instinto é totalmente inalterável, é a forma mais primitiva do ser e do acontecer do que as associações. O que é pleno de sentido no instinto e se mostra rígido e ligado a espécie,é automático e mecânico na associação e reflexo mecânico livre de sentidos, na inteligência se faz móvel e individualizado.  A forma anímica fundamental do instinto esta ligada radicalmente a forma animal,e,em restos atávicos (hereditário), á forma humana de vida, no qual a inteligência a memória associativa estão desenvolvidas , possuem instintos fortemente involuídos.  A terceira forma do reflexo é a memória associativa, ela não pertence a todos os seres vivos, esse comportamento se modifica lenta e constantemente, em razão do comportamento anterior do mesmo tipo, de uma maneira útil à vida, pleno de sentido, ela atua até em certo grau em todos os animais, e se apresenta com a cisão do sistema sensorial do sistema motor. No homem o principio de associação assume no homem maior  amplitude, a reprodução humana este principio tempo base a expressão de afetos e dos sinais, aplicado ao comportamento e a pulsão, diante dos modos

de comportamento e das vivencias próprias, é ativa na memória reprodutiva, na conexão destas manifestações forma-se a ‘tradição” que anexa herança biológica uma nova dimensão de determinação do comportamento animal através do passado da vida dos membros da espécie,pela tradição estabelecida em função de sinais, fontes, documentos e de todo saber  histórico, esta forma de tradição é própria do homem, significa deslocamento do individuo orgânico em relação com a espécie em relação à rigidez inadaptável do instinto, a inteligência pratica em relação ao instinto já é um instrumento poderoso de libertação, cria uma nova dimensão de possibilidades que a vida tem para enriquecer-se. O homem pode ser parecido mais ou menos como o animal, mas nunca pode ser um animal. Inteligência Pratica Inteligência Pratica, na memória associativa há um corretivo para os riscos, esta correção é inteligência pratica a capacidade de escolha e ação seletiva, a capacidade de preferir entre bens e estabelecer preferências entre membros da mesma espécie para reprodução (começo de Eros) capacidade alem da mera pulsão genérica, seu sentido final é sempre o agir.  A diferença entre a inteligência e a memória associativa esta na diferença: a situação a ser aprendida não é apenas nova a e atípica no que concerne à espécie, mas é nova também para o individuo.  A distinção da animalidade dos instintos para inteligência é que nesta esta a ação para o novo, rompendo os padrões conhecidos. O que os animais são semelhantes aos homens no que é afetivo, presentear, mostrar-se solicito, reconciliar-se, mas não possuem a capacidade de estabelecer preferências entre os valores mesmos, preferir o útil ao agradável pois lhes falta a meditação.  A diferença essencial entre homem e o animal Há dois conceitos sobre o homem:

 A primeira reserva para o homem a inteligência e a escolha, que negando-as ao animal: reconhecem decerto uma diferença hiperquantitativa, uma diferença essencial.  A segunda os evolucionistas da escola darwiniana e lamarckiana, rejeitam negam uma diferença derradeira entre o homem e o animal,  justamente porque este já possui também inteligência, afirmam uma doutrina monista (somente uma realidade). Max Scheler chama da teoria do “homo faber”. Negam ao homem, um ser metafísico, nenhuma metafísica do homem, a saber, nenhuma relação distintiva, que o homem enquanto tal possuiria com o fundamento do mundo. Pelo que a mim me toca, rejeito ambas as teorias. E afirmo: a essência do homem, o que se pode chamar a sua “posição peculiar”,está muito acima do que se denomina inteligência e aptidão para a escolha; e não se chegaria lá, mesmo se estas faculdades se representassem ampliadas seja a que grau for até ao infinito. O novo princípio está fora de tudo que podemos chamar “vida”, o que somente do homem faz um “homem” não é um novo estádio da vida em geral – nem sequer é um estádio da única forma de manifestação desta vida, da “psique”–, mas é apenas um princípio oposto a toda e a cada vida em geral, e também à vida no homem: um genuíno e novo facto essencial que, como tal, não se pode reduzir à “evolução natural da vida”; se a algo se reduz, é apenas ao fundamento supremo e único das coisas: ao próprio fundamento, de que a “vida” é apenas uma grande manifestação”. Os Gregos afirmaram já semelhante princípio e chamaram-lhe “razão”. Para este X, preferimos utilizar uma palavra mais ampla; engloba ela o conceito de “razão” e, além do “pensamento por ideias”, abarca também uma espécie determinada de “intuição” dos protofenómenos (proto=antes de, a priori, antes da matéria), (protofenomenos é conceito contrario a epifenomeno que considera o espírito o x como produto da química do cérebro humano, o conceito que o determinismo físico, nossas ideias e o pensamento são produtos, ou efeito, da química que processa nosso cérebro a refutação a isso é que: SE não podemos conhecer a VERDADE, toda teoria cientifica apresentada é fonte da química pura, ENTÃO outro cientista ao afirmar o

contrario também esta certo, somente a química do cérebro é diferente) ou dos conteúdos eidéticos –, e ainda certa classe de atos volitivos e emocionais como bondade, amor, arrependimento, veneração, admiração espiritual, beatitude e desespero, a livre decisão: ou seja, a palavra espírito. Mas ao centro de atos, em que o espírito se manifesta no seio das esferas finitas do ser, caracterizamo-lo como “pessoa” (Um todo, individualizado, como também

o categorizando como o universal homem, condição essencial e dandolhe sua posição peculiar) em contraste incisivo com todos os centros vitais funcionais que, do ponto de vista interno, se chamam também centros “psíquicos”. Essência do espírito Mas que é este “espírito”, este princípio novo e tão decisivo? Se situarmos conceito de espírito a sua função particular de saber, o tipo de saber que só ele pode proporcionar então a determinação fundamental de um ser “espiritual” é o seu desprendimento existencial do orgânico, a separabilidade de seu centro existencial, sua liberdade, a possibilidade que ele  – ou o centro da sua existência – tem de se separar do fascínio, da pressão, da dependência do orgânico, da “vida” e de tudo o que pertence à “vida” – por  conseguinte, também da sua própria “inteligência” pulsional. Um ser “espiritual” já não se encontra, pois, sujeito ao impulso e ao meio, mas está “liberto do meio” e, como nos apraz dizer, “aberto ao

mundo”: semelhante ser tem “mundo” pode, em princípio, apreender o próprio ser-assim (Sosein) desses objetos, sem a limitação que este mundo dos objetos

O espírito é objetividade, ele é a possibilidade de ser determinado pelo modo de ser das coisas mesmas, somente um ser vivo capaz de levar a termo tal pertinência às coisas “tem espírito” ou o X da busca filosófica.

O portador de espírito é aquele ser cujo trato com a realidade exterior assim como consigo mesmo se inverteu em um sentido dinamicamente oposto ao do animal com a inclusão de sua inteligência. Mas o que é inversão?

No animal toda e qualquer ação, reação, mesmo inteligente, parte da constituição de um estado fisiológico de seu sistema nervoso, e subordinados nãos instintos, impulsos motores e percepções sensíveis estão relacionados ao seu meio ambiente, ele vive ekstaticamente em meio ao mundo, ele carrega por toda parte, ele não consegue transformar esse meio ambiente em objeto. Os animais se atem essencialmente a realidade e na realidade vital correspondente a seus estados orgânicos, mesmo quando se comporta de maneira inteligência, o animal permanece vinculado orgânico pulsional praticante. O homem é capaz de um comportamento oposto, em primeiro é motivado pelo puro modo de ser, em segundo é livre da inibição do impulso motor que parte do centro da pessoa, em terceiro a forma de abertura do mundo, o homem tem, e, é o X que pode se comportar abertamente para o mundo em uma forma ilimitada.  A gênese do homem é a elevação até a abertura do mundo por força do espírito, há uma segunda dimensão ou estágio do ato reflexo, o “recolhimento

em si”, consciência de si mesmo por parte do centro espiritual do “ato”’ ou autoconsciência. Por força do espírito, ele consegue ampliar o meio ambiente até o

interior da sua mundanidade (existência no mundo), consegue objetivar sua própria constituição fisiológica e psíquica, e individualizar cada vivencia psíquica e função vital, e pode modelar livremente sua vida. No homem estados ekstáticos( que temos de animal), correspondem ao estado hipnótico em cultos orgiásticos que o transportam a passividade de consciência, do saber e de ser, uma regressão do estado animal. Quatro são os estágios fundamentais nos quais se apresenta todo o ente(homem) Ele é um X que limita a si mesmo, ele tem individualidade, tem autoconsciência e objetivação de seus processos psíquicos e de seu aparato sensório motor, ele é capaz de tomar ciência de si e do meio e projetar em estágios cada mais elevados e sempre em novas dimensões. O homem é capaz de compreender as suas dimensões e expandi-las até o infinito e somente ele está de posse das categorias plenamente cunhadas e concretas de coisa e substancia.

Mesmo os animais superiores não possuem plenamente a categoria de

coisa (compreensão do outro) , nem o conhecimento de si e as relações com o mundo onde se da a sua existência. No homem nas formas vazias de tempo e espaço aprende primariamente as coisas e os acontecimentos, que só são possíveis para um ser (espiritual, que tem o X) cuja insatisfação pulsional excede constantemente sua satisfação, um “vazio” permanência irrealizada de nossas expectativas

pulsionais, o primeiro vazio é o vazio de nosso coração.  A raiz da intuição espaço temporal no homem se dá através das sensações cinéticas(sensação dos movimentos com vários sentidos,

visão, audição) que apontam para a forma vazia do espaço, uma espacialidade ainda informe, já a ser vivenciada no homem antes da tomada de com consciência de quaisquer sensações sobre os seus impulsos motrizes vivenciados e da vivencia do poder de produzi-los, a consciência do que esta em volta, somente a pratica maximamente elevada do homem (andar ereto) possui este sistema. Tem no homem o fenômeno de que o vazio espacial e analogamente o

vazio temporal, precedendo todos os conteúdos possíveis da percepção e do mundo das coisas, se mostrem como “basilares” (principio e base para...) e este principio de conhecimento, e por causa dele, no homem o leva para o próprio vazio em seu coração com um “vazio infinito” do espaço e tempo.

O homem é capaz de medir a si mesmo e a relação espaço e tempo a sua frente ou ambiente, pode medir todas as coisas em relação a si. Somente o homem consegue se alçar pó sobre si mesmo e, a partir de um centro como que para além do mundo espaço-temporal, incluindo ai ele mesmo, tornar tudo objeto de seu conhecimento.

O homem como ser espiritual, é o ser que se coloca acima do si mesmo como ser vivo e acima do mundo. O homem é capaz da ironia e do humor que constantemente envolvem uma elevação por sobre a própria existência.

Pode supor e concluir além de si mesmo. Na doutrina da percepção de Kant uma nova unidade de cogitare, que é condição de possibilidade de toda experiência possível, e de todos os objetos da experiência, não apenas a experiência externa, mas também da experiência

interna, através do qual nos é acessível nossa própria vida interior, pela primeira vez foi elevado o “espírito” por sobre a psyque e negou explicitamente que o espírito seja apenas um grupo funcional de uma assim chamada “substancia anímica”- cuja suposição fictícia é devida unicamente à coisificação injustificada da unidade atual do espírito. Desta conclusão há uma terceira determinação importante do espírito:

O espírito é o único ser que por si mesmo incapaz de ser objetivado - ele é pura atualidade(ATO), só tem seu ser livre(manifestação) na realização de seus atos. O centro espírito “a pessoa” (tudo o que se é), não é, portanto, nem um ser objetivo, nem ser coisificado, mas apenas uma estrutura ordenadora de atos(essencialmente determinada) que leva a termo constantemente a si mesma.

A pessoa só é em seus atos e através deles. (O espírito, o X, é o que você é, seus atos e através deles)  Algo anímico (relativo ou da alma) não realiza a si mesmo, ele é uma serie de acontecimentos no tempo, que podemos em principio contemplar   justamente a partir do centro de nosso espírito (nossa pessoa) e que podemos ainda objetivar na percepção e observações internas. Tudo o que é anímico(corporal) é passível de objetivação( mas não o

ato espiritual, a intentio, o que olha)ainda os processos anímicos mesmos, nós podemos nos reunir ao ser de nossa pessoa, nos concentrar a sua direção -mas não podemos objetiva-lo, e como pessoas não podemos objetivar 

nem mesmo as outras pessoas, pois só podemos conquistar uma participação nas pessoas se acompanharmos a realização e co-relizarmos seus atos livres, aquele que acompanha junto, participa e conhece a vontade de uma pessoa, e , através desta compreensão de toda a vontade identifica-se com ela. Uma união do ato e ideia, do ente originário, e nossa coparticipação na ação com o espírito cognescente e uma valoração objetiva, do seu processo no mundo, “o espírito como um ente que quer”, a antiga filosofia das ideias, a Idea antes re (a vontade a ideia antes do ato) uma providencia e um plano da criação do mundo anteriores a realidade do mundo, mas as ideias não são

antes,não são em, e não são depois das coisas, mas juntamente com elas

, as ideias só são geradas no ato constante da concretização do mundo

criatio continua (ideias geradas no ato constante e concretização, ação e participação no fato concretizado, criando ideias, valores, essências , metas tendo como centro e origem as coisas mesmas)no espírito. O ato da ideação como um ato especificamente espiritual. Na singularidade do que chamamos espírito, o ato especificamente espiritual o ato de ideação, que é totalmente da inteligência técnica, do pensamento indireto, dedutor também atribuído aos animais. Para exemplificar, Max Scheler exemplifica com a dor, que podemos analisar com a ciência positiva, com a filosofia, com a psicologia, com a medicina,

mas

se

tomarmos

uma

postura

distanciada,

meditativa,

contemplativa podemos tomar a dor como exemplo” de uma realidade

essencial, estranha e assombrosa,concluímos que este mundo é afetado pela dor, pelo mal, e pelo sofrimento, teremos a pergunta ”O que é a dor mesma?” e como é o fundamento das coisas para a dor em geral?como é a constituição

essencial do mundo? (este é o conceito do método fenomenológico) Na matemática somente o homem consegue separar do numero concreto o numero abstrato, as ligações da multiplicidade e aplicar as coisas reais que se encontram na multiplicidade. Não importa a grandeza das nossas conclusões obtidas através da inteligência, IDEAR significa sempre co-aprender  a cada vez as qualidades

essências e as formas de construção do mundo, vale na infinita universalidade de todas as coisas possíveis que são desta essência, vale para

todos os sujeitos dotados de espírito que pensam sobre este material, e valem para alem dos limites de nossas experiências sensíveis e valem não apenas para este mundo realmente existente, mas para todos os mundos possíveis, este conhecimento essencial é chamado a priori. Na ciência positiva, elas formam as pressuposições, os axiomas, indicam a direção de uma observação, indução e dedução através da inteligência e do pensamento discursivo.

Na metafísica filosófica, os conhecimentos essenciais formam as “janelas para o absoluto” dito por Hegel. Esta capacidade de cisão entre essência e existência mostra o traço fundamental do espírito humano, não só o fato de possuir saber, mas o fato do homem ser capaz de ter ou de alcançar saber a priori, No ato de ideação, o homem leva a termo a suspensão do caráter de realidade das coisas do mundo, o animal vive totalmente no concreto e na realidade efetiva, esta realidade é uma posição no espaço e no tempo, um aqui e um agora, ser homem é romper com a realidade animal, na experiência de Buda afirma no seu modo de desrealização do mundo e de si próprio. “é maravilhoso ver cada coisa e terrível ser cada uma delas”, Edmundo Husserl afirma o conhecimento da ideia com uma “redução fenomenológica”( uma postura distanciada, meditativa, contemplativa) com um corte ou restrição dos coeficientes causais da existência das coisas do mundo, a fim de conquistar a essentia, Scheler vê nesta teoria o ato que define própria e corretamente o espírito humano. Na tentativa de redução a impressão da realidade, os conceitos como duro, firme, as lembranças, o pensamento e atos possíveis, não proporcionam a impressão da essência, o que estes conceitos nos fornecem é sempre e apenas o modo de ser (causal) das coisas e nunca seu ser-ai(sua

existência).  A vivencia da realidade não nos é dada, depois de nossa representação do mundo mas antes, IDEAR o mundo significa muito mais suspender para

nós o momento de realidade, aniquilar toda impressão da realidade, e todas as relações afetivas, este ato de fundo ascético de desrealização só pode subsistir

em meio a suspensão, em meio ao desligamento do

ímpeto vital de toda percepção sensível. Somente aquele ser que denominamos espírito( o X) pode executar esse ato de desrealização, somente o espírito em sua forma de “vontade” pura pode realizar, através de um ato de vontade o ato de inibição, subjugando e reprimindo os próprios impulsos pulsionais, recusando dar lhes imagens perceptivas e representações.

O Homem é aquele que pode dizer não, ele é o asceta da vida, aquele que tem o domínio da vontade sobre a sua própria natureza e pode

buscar a elevação do espírito até a esfera irreal(realidade em si) das essências. Em Buda, o vazio iluminador, após ultrapassar toda a sua natureza, encontra fora a verdade o Samadhi (essência de todas as essências) e fundese e conhece a essência de todas as coisas.

O homem é “a bestia cupidissima rerum novarum” (animal ávido de coisas novas), que nunca se aquieta com a realidade que o cerco, sempre ávido por romper as barreiras de seu se aqui e agora, sempre aspirando a transcender a realidade efetiva que o envolve nisso também sua realidade. Sigmund Freud vê o homem como “repressor das pulsações”, e por ele ser tal repressor, que não é ocasional, mas constituído à pulsão, o homem pode estabelecer seu mundo da percepção, como uma superestrutura através de um reino ideal de pensamento, e através daí entregar de maneira crescente ao espírito que habita nele a energia dormitante nas pulsões reprimidas, o

homem pode “sublimar” sua energia pulsional para uma atividade espiritual. Criticas da Doutrina Clássica e da Doutrina Negativa O espírito só surge através da ascese, dessa repressão, dessa sublimação, surge delas a energia? Há duas possibilidades de apreensão do espírito, uma é a possibilidade de apreensão do espírito, é a “teoria negativa” afirma que tudo culturamente produzido do homem, todos os atos lógicos, morais, estéticos, artísticos, emergem do “NÃO” ascético. O defeito fundamental de todo e qualquer tipo de teoria negativa do espírito é não dar nenhuma pista para as perguntas: O que nega afinal no Homem, a vontade de vida, o que reprime as pulsões?  A partir de quais fundamentos a energia pulsional reprimida é sublimada? Para onde ela é sublimada? Como os princípios do espírito concordam com os princípios do ser?

Para que é sublimado, para valores derradeiros e metas derradeiras? O que é o desligamento orgânico e que inventa os instrumentos materiais e imateriais? Os órgãos são realmente desligados?  A teoria negativa responde desta forma: é o espírito mesmo que já introduz a repressão à pulsão, na medida em que a “vontade” espiritual, já orientada ideal e valorativamente , recusa aos impulsos ideais e valorativos conflitantes as representações necessárias para uma ação pulsional, chamado direcionamento o processo que consiste na “inibição”(non Fiat) de impulsos pulsionais através da vontade espiritual, das ideias e do valor, mas ele não consegue gerar ou suspender, aumentar ou diminuir a energia pulsional qualquer, e só deixam o organismo realizar através da ação que ele espírito quer, e seu fim ultimo é a conquista de poder e de atividade por parte do espírito, o tornar-se inteiramente mais livre e mais autônomo, a vivificação do espírito, pode se chamar de sublimação da vida em espírito. Max Scheler afirma que o espírito não é condicionado pela atividade negativa, o espírito é em ultima linha um atributo do ente mesmo que se torna manifesto no homem em meio à unidade de concentração daquele que “reúne” em si mesmo.

O espírito em sua forma pura encontra-se originalmente desprovido de qualquer poder, força, atividade.  A outra possibilidade de apreensão do espírito é a grega que afirma sobre o espírito, sua essencialidade, autonomia, força e atividade, a medida mais elevada e possível de poder e força, denominada teoria clássica do homem, que afirma o ser do mundo que existe desde o principio e se mantém inalterável através do processo do devir da história (comos), as formas superiores do ser, são modos de ser mais poderosos, mais vigorosos, são os modos “causantes”, onipotente em virtude de seu espírito.  Afetou a filosofia Ocidental, na sua origem o conceito grego de espírito e de ideias, uma teoria da autarquia da ideia, de sua força e atividade originária e capacidade de produzir efeitos.  A

teoria

clássica

se

apresenta

em

Platão

(ideias)

e

Aristóteles(formas), se mostram como forças configuradoras que formam as coisas do mundo a partir de um “ser possível” da prima matéria, puro espírito.

Possui não apenas direção e direcionamento (inibir e desinibir), mas vontade criadora positiva, onipotente. Max Scheler questiona a afirmação de que o espírito possui poder  originário próprio e que sem o ímpeto vital, o espírito também é um principio poderoso e onipotente somente concorda com: A autonomia do espírito é a

pressuposição suprema para a ideia de verdade e para sua cognoscibilidade possível. Na doutrina clássica apresenta-se em duas formas:  A doutrina substancia espiritual da alma no homem e a doutrina que somente um único espírito existe e os outros espíritos singulares se mostram somente como modos ou centros de atividade deste espírito  As duas aplicações de categorias cosmológicas do ser central no homem não acertaram o seu alvo, pois o centro espiritual do ato, a pessoa

do homem, não é nenhuma substancia, mas um arranjo monárquico e atos, sob os quais um deles possui de cada vez a liderança e a direção e é orientado para aquele valor e para a ideia com as quais o homem sempre se identifica. O erro fundamental na teoria clássica no conjunto é supor que este mundo em que vivemos é assim ordenado natural e constantemente e que as formas de ser mais elevadas crescem não apenas em sentido e valor, mas, aqui começa o erro, em força e poder, quanto mais elevadas elas são.  A forma errada de pensar as formas de ser mais elevadas, pensando nos processos emergentes que pertencem às formas mais baixas de ser e erroneamente supor que as formas de ser mais elevadas são a causa das mais baixas, ou supor uma força vital, uma atividade de consciência, um espírito ativo em si poderoso. Se a teoria negativa leva a uma falsa explicação mecânica do todo, a doutrina clássica conduz a um sentido inconsistente de uma visão “teleológica” do mundo.( Aristóteles ideia de causa final ) Nikolai Hartman “As categorias ontológicas e valorativas superiores

são em si as mais fracas”, (portanto não podem exercer força nas mais baixas (energia pulsional) e ( quanto mais baixas, mais submetidas a leis fixas pulsionais)).

No mundo em que vivemos a corrente de força e de atuação que a existência e modos de atuação de ser conseguem instaurar  não transcorrem

de cima para baixo, mas de baixo para cima, é o mundo inorgânico que com suas próprias leis que se encontra, na maior independência (algo como vivente), entre as plantas e animais, são mais dependentes da existência das plantas os animais, as plantas em relação ao inorgânico, possuem menor  dependência, O que há de mais verdadeiro é que em todo poder e em toda efetividade é justamente o espírito, quanto mais puramente é espírito. O poderoso é originalmente o mais baixo, o impotente o mais elevado, em relação às formas, toda e qualquer forma mais elevada é relativamente desprovida de força, e elas não se realizam através das próprias forças, mas através das mais baixas, o processo de vida é realizado exclusivamente pela matéria e pelas forças do mundo inorgânico. De forma semelhante o espírito encontra-se em relação à vida, a vida é mais forte em seus pulsos, e o espírito mais fraco, o espírito pode encontrar  poder por sublimação, podem e se introduzir (ou não) nas pulsões vitais, nas suas leis, em sua na estrutura das ideias e dos sentidos, e na estrutura que lhe apresenta de maneira diretriz, e através desta introdução e penetração, manifesta-se no individuo e na história, prestando força ao espírito (mas em si mesmo e originalmente o espírito não possui nenhuma energia própria), a

forma de ser mais elevada “determina ”, a essência e as regiões essenciais na configuração do mundo, mas a realização no mundo é através de um outro principio o que determina as imagens criadoras de realidade e as imagens continentes chamado de impulso ou fantasia impulsiva criadora de

imagens. O mais poderoso que há no mundo são os centros de força “cegos” em relação às ideias, às formas e figuras, os centros de força características do mundo inorgânico como ponto de atuação mais baixo de impulso, conforme a física teórica atual, a não estão submetidos a nenhuma lei ontica (no que é e como é), mas apenas a leis contingentes de um gênero estatístico (categoria). (Somente o homem como ser vivo introduz, a partir de uma necessidade biológica, (para poder agir) que seus órgão e funções sensoriais, aquele conjunto de leis naturais que o entendimento posteriormente decifra Ex: A

decisão de correr, tudo no corpo reage a ação de correr, batimento cardíaco, respiratório, muscular etc.).  A gênese do homem e a gênese do espírito precisam ser consideradas como a ultima ocorrência da sublimação da natureza um movimento que se manifestaria concomitantemente (que se produz ao mesmo tempo): Primeiro- na aplicação cada vez maior das energias externas acolhidas pelo organismo aos processos mais complicados que conhecemos os processos de excitação do córtex cerebral. Segundo – Na ocorrência psíquica análoga da sublimação pulsional como conversão da energia pulsional em atividade “espiritual”. Encontramos a.inter-relação entre espírito e vida na história do homem, que mostra em geral uma conquista crescente de autoridade por parte da razão, que se dá por intermédio e em virtude de uma crescente apropriação de ideias e valores de grandes tendências pulsionais de grupos e da articulação de interesses entre eles.

O espírito e a vontade do homem nunca podem significar mais, do que “direção” e “direcionamento”, o espírito apresenta ideias para os poderes pulsionais e o querer  proporciona ou priva os impulsos pulsionais de tais representações que podem concretizar a realização destas ideias, o querer 

espiritual não tem determinação diretriz originalmente determinante orientada para a pulsão mesma, mas para a variação das representações. Então há uma luta direta da vontade pura contra os poderes

pulsionais, se que se empreenda tal apresentação de ideias. Onde esta luta é intentada, ela acaba por estimular as pulsões muito mais em sua direção unilateral. William James diz “o querer obtém sempre o contrario do que quer”, quando, ao invés de buscar um valor mais elevado, se dirige para o mero combate, para a negação da pulsão, este é a meta considerada ruim diante da consciência, essa realização atraia a energia dirigida para o mero combate, ao invés de buscar um valor mais elevado o que levaria ao esquecimento do que é ruim, o homem precisa aprender a tolerar a si mesmo, mesmo aquilo que ele considera pernicioso, ruim que são suas inclinações não pode ser  atacado com combate direto, mas é preciso supera-los indiretamente por 

uma ação e direcionamento das energias para algo valioso , para aquilo que a consciência reconhece como boas e primorosas e que lhe são acessíveis, esse é o conceito de não resistência ao mal. Podemos dizer que a resistência a paixão somente a fortalece (por  concentração de energia contra seus próprios pulsos), direcionar a ação para algo de valor realmente anula a força da paixão.

O homem possui os extremos em si: Possui todos os estágios essenciais abaixo dele com todas as forças e pulsos. Possui a mais alta capacidade de sublimação de sua própria natureza diminuição de forças e pulsos. No homem a unificação das forças, conceito da realização da eterna Deitas, “a existência de Deus através de sua criação”. O que é atemporal, tornado temporal na vivencia finita do homem. Como auto realização do Ser, o mundo como corpo da substancia eterna, a existência do Ser através de sua criação.

No mundo a conciliação das formas de ser, com poder faticamente efetivos, com as forças superiores do Ser as mais fracas, e, as formas mais baixas as mais fortes. No homem a unificação do espírito mais elevado, mas impotente de forças com o impulso cego sem as ideias e valores, no homem a ideação progressiva e espiritualização, a dotação de força e domínio ao espírito. Se pensarmos no SER como principio e fim, não move, mas move todas as coisas por atração fica claro que o espírito no homem o atrai para a IDEAÇÃO do perfeito superior a sua natureza. Unidade Corpo Alma Crítica a doutrina negativa e antiguidade clássica Na teoria clássica a forma mais eficaz é a teoria cartesiana , a nova

autonomia e soberania do espírito (ratio), hoje os filósofos, médicos e pesquisadores da natureza, convergem cada vez mais para a unidade: é uma

e a mesma vida, com a configuração formal psíquica em seu ser intimo e corpóreo em seu ser para os outros, mas uma, pois o processo psíquico e o processo da vida são rigorosamente idênticos, só diversos fenomenalmente

( na forma de conhecer) denominados fisiológico” e “psicológico” são apenas dois lados de um e mesmo evento vital, uma biologia desde o interior e uma biologia desde o exterior. Exemplo do cachorro que vê um pedaço de carne, a formação do suco gástrico é processo que ocorre mecanicamente pela unidade funcional fisiológica no recebimento do alimento, na visão do alimento é o sugestionamento que pode provocar o mesmo efeito da comida real é acionado o sistema pulsional que faz a mediação do movimento vital e a consciência, mostra que comportamentos e estímulos químico físicos podem ser  provocados e alterados de fora, por estimulação psíquica, sugestionamento, hipnose,psicoterapia ou transformação social. Ex: Ulcera estomacal pode ser condicionada psiquicamente ou por  processo químico Também os atos espirituais sempre possuem um elemento paralelo fisiológico e psíquico, uma vez que retiram da esfera pulsional toda a energia empregada, a vida psicofísica é uma- e esta unidade é um fato que vale para todos os seres vivos. Enquanto o organismo humano não é essencialmente superior ao animal em suas funções sensório motoras, a distribuição de energia entre o seu cérebro e todos os outros sistemas organismos é completamente diferente. Em meio à inibição genérica da assimilação, o cérebro é o ultimo a ser 

inibido, e, comparando com outros órgãos, o que é menos inibido, pois as excitações do cérebro nunca cessam mesmo sem estimulo externo, como no sono. Ficando somente a percepção sensorial, a corrente anímica segue continua quanto a corrente fisiológica da excitação, através dos estados do sono e vigília, no homem o cérebro parece ser o órgão propriamente da morte em medição mais elevada que o animal, pois no homem a centralização e a vinculação de todos os seus processos vitais na unidade cerebral. Não são corporeidade e a alma ou o corpo e a alma ou o cérebro e a alma no homem que faz a oposição ontica entre o animal e o homem (que os classificam diferentemente em categorias diferentes).

A oposição homem e animal e vivenciada através de uma ordem mais elevada é muito mais profunda: ela é a oposição entre espírito e vida. Se tomarmos o psíquico e o físico como apenas dois lados de um e do mesmo processo vital corresponde dois modos do mesmo processo: X(o espírito) que leva a cabo justamente esse dois modos de consideração precisa ser superior  à oposição entre corpo e alma. Este X não é nada alem do espírito, que nunca se torna ele mesmo

objetivo, mas a tudo objetiva. Se a vida é um ser não espacial (não localizada no corpo), mas certamente temporal (existe no tempo)- o organismo é um processo, e toda forma aparentemente inerte do corpo é suportado e mantido por esse processo vital a cada instante-, então o que denominamos espírito não é apenas

supra-espacial, mas também supratemporal(não esta no corpo e no tempo).  As intenções do espírito cortam por assim dizer o curso temporal da

vida.  Apenas indiretamente o ato espiritual também é, uma vez que reivindica uma atividade, dependente de um processo vital temporal e esta como que

acomodado nele (para objetiva-lo). Por mais essencialmente diversos que sejam vida e espírito eles são dois princípios que se encontram no homem co-referidos:

O espírito idealiza a vida – mas somente a vida consegue colocar o espírito em atividade e realiza-lo desde a sua mais simples mobilização para a ação até a consecução de uma obra. Critica as doutrinas Naturalistas e a doutrina de Ludwig Klages Erros das teorias e erros Naturalistas está em dois tipos estabelecidos unilateralmente a concepção formal-mecanica e uma vitalista.  A formal mecânica exclui da categoria da vida a relação entre espírito e vida anteriormente em Demócrito e Epicuro representado por homem maquina sem o âmbito espiritual, somente a manifestação paralela de leis físicoquímicas vigentes no organismo.

 A outra é a natureza humana de Hume, que concebe o eu como um entroncamento, onde os elementos do mundo sensorial se conectam com uma definição particular. Nas duas doutrinas o principio formal mecânico é impelido ao seu ápice mais extremo, um sob o conceito e os princípios da mecânica física e o outro dos conceitos fundamentais da ciência inorgânica da natureza , no entanto o erro destes dois tipos de teoria mecânica é desconhecida a essencial da vida em sua peculiaridade e legitimidade próprias. Uma segunda subespécie da teoria vitalista, transforma a categoria da via na categoria da concepção total do homem, e, com isto, também do espírito, superestimando o principio vital derivam desta teoria a concepção do homem faber, e a partir da pulsão de poder da vida, Nietzche cria seu conceito de “vontade de poder”as formas de pensamento como funções necessárias importantes para a vida. Hans Vaihinger o segue criando três subtipos como um sistema de pulsões de poder, criando o homem naturalista-vitalista que são as pulsões da alimentação, pulsões de reprodução e as pulsões sexuais definido o conceito

“O Homem é o que ele come”. Karl Marx defende uma concepção análoga de que o homem não faz tanto história, mas que é muito mais a história que da ao homem formas diversas, em verdade em primeiro lugar a história econômica, “a história da relação materiais de produção”, e segundo esta concepção, a história das produções espirituais da arte, na ciência, na filosofia, no direito e não possui uma lógica interna própria e uma continuidade em geral, esta continuidade e casualidade própria e transportada para o interior do decurso das formas econômicas, segundo Marx cada forma histórica cunhada tem por  consequência um mundo espiritual peculiar, a conhecida superestrutura.  A concepção do homem como ser primariamente dominado pela pulsão de poder e pela pulsão da validade surgiu historicamente em Maquiavel, com Thomas Hobbes e com grandes políticos do estado absoluto, tendo encontrado seu prosseguimento na atualidade em meio a doutrina de Friedrich Nietzsche sobre o poder, e mais em direção ao lado médico-psicologico, em meio a doutrina de Alfred Adler acerca do primado da pulsão de validade.

 A terceira concepção naturalista possível é aquela que toma a vida espiritual como forma de uma libido sublimado, como a sua dimensão simbólica e como sua superestrutura etérea, e, com isto, considera toda a cultura humana e suas realizações como produtos de uma libido reprimida e sublimada. Shopenhauer designa o amor sexual como o foco da vontade de viver, e Freud ampliou esta concepção do homem até as mais extremas consequências.

Max

Scheler

rejeita

completamente

todas estas doutrinas

naturalistas, sejam do tipo mecânico ou do tipo vitalista, e atribui ao tipo vitalista o mérito de definir que o que é vigorosamente criador no homem

em sentido próprio não é o que denominamos “espírito”( e as formas superiores de consciência)

mas

os obscuros

poderes

pulsionais

subconscientes da alma, e de que a formação do destino humano tanto de seres singulares quanto de grupos depende antes de tudo da continuidade destes processos e de seus correlatos simbólicos imaginéticos, assim como o mito não é um produto da historia, mas o elemento que determina o curso da historia .

Max Scheler afirma que todas estas teorias se equivocam, na medida em que querem derivar não apenas a atividade, a conquista de força por parte do espírito e de suas ideias e valores, mas também estas ideias mesmas segundo a consistência significativa de seu conteúdo, e, ainda além, as leis do espírito e seu crescimento interior a partir destes poderes pulsionais. Se o erro do idealismo ocidental na teoria “clássica” foi não ter se dado conta, com sua enorme superestimação do espírito, da verdade profunda de Espinosa, “a razão é incapaz de regular as paixões, a não ser ela mesma-

por força da “sublimação”, torne uma paixão, então o assim chamado naturalismo menosprezou por seu lado completamente a originalidade e a

autonomia do espírito”. Ludwig klages procurou compreender as duas categorias irredutíveis “da vida e do espírito”, fundou filosoficamente um modo de pensar “panromantico” sobre a essência do homem, e posteriormente muitos outros de diversas ciências, Edgar Dacqué, Leo Frobenius, C.G. Jung, Hans Prinzhorn, Theodor 

Lessing,Oswald Spenger, caminharam por este pensamento filosófico que consiste em dois pontos, o espírito é em verdade assumido como

originário, mas integralmente equiparado á inteligência e a capacidade de escolha, não reconhece o fato de que o espírito não objetiva apenas primariamente, mas também, intui ideias e essencialidade sobre a base de uma certa desrealização.  Assim ele desprovê o espírito de sua essência e de seu cerne próprio, sendo desvalorizado por Klages, ele considera um estado de guerra originário e principal com tudo o que diz respeito a vida anímica, e que esta possui “expressão” pura e simplesmente automática, e neste estado de luta, o espírito é o principio destruidor da vida e da alma no interior da história humana, ele vê um adoecimento progressivo da vida, representado pelo homem, no conceito de Klages o espírito “irrompe”depois da gênese do homem em uma ponto determinado na história(vista com olhos bachofenicos,o homem precisa transpor este fato histórico para a própria criação do homem. Max Scheler contesta este tipo de pensamento afirmando que, o fato de não advir ao espírito nenhuma força e nenhum poder, nenhuma energia originaria para a atividade, através do qual pudesse antes de tudo levar a termo esta “destruição”, não poderia existir tal oposição dinâmica e hostil entre vida e o espírito.  As citações de Klages (Nação romântica- espírito e Alma contrapondose, Alma= principio anímico irracional e vital, espírito-faculdade puramente racional, este conceito aplicado a sociologia comunidade- sangue e alma, sociedade- razão e espirito )sobre a humanidade não devem ser imputadas ao espírito, mas reduzidas ao conceito de “hipersublimação”, que é um estado de excessiva cerebralização do homem, que por este processo tem-se uma fuga conscientemente romântica para o interior de um estado de excesso de atividade intelectual discursiva. Exemplo do movimento dionisíaco na Grécia, que foi um movimento de fuga, e onde quer o dionisíaco e a forma dionisíaca da existência humana se mostrem como originários e ingênuos, o conceito de estado dionisíaco mesmo repousa sobre uma técnica da vontade complicada e consciente, ou seja, trabalha com o mesmo espírito que deve ser posto para fora do jogo.

Tanto na desinibição pulsional expressa quanto na ascese racional a introdução é feita a partir do espírito.  A outra citação de Klages é que; “Onde quer que apareçam atividades espirituais contrapostas a atividades da alma de maneira pura e simplesmente automáticas, elas são amplamente perturbadas, são os sintomas da perturbação da batida do coração, da respiração, e de outras atividades da atenção, e as perturbações quando a vontade se dirige diretamente contra o impulso pulsional, ao invés de proporcionar novos conteúdos valorativamente acentuados”, Max Scheler contesta que o que Klages novamente atribui ao

espírito não é na realidade espírito, mas inteligência técnica complicada()  justamente á aquilo que klages opõe-se, a uma concepção positivista do homem e uma concepção do homem como homo faber, e neste ponto erra por  ser acrítico e não ver que é justamente o que combate agudamente.

Max Scheler conclui que o espírito e vida estão mutuamente coordenados, e, é um erro fundamental colocá-los em uma hostilidade originária, em um estado de luta originário.  A origem da religião e da metafísica, o homem e o fundamento do Mundo  A tarefa da antropologia filosófica é mostrar como emergem a partir da estrutura fundamental do ser homem, todos os monopólios específicos, as realizações e obras do homem, como a linguagem, a voz da consciência, o instrumento, as armas,as ideias de certo e errado, o estado o governo, as funções representativas das artes, do mito, da religião, da ciência, da historicidade e da sociedade. Inicialmente é preciso olhar para o que foi dito para a relação metafísica do homem com o fundamento das coisas. O mais belo fruto da natureza humana a necessidade interna do

homem, e isto pertencem a sua essência, e, é ato da própria gênese do homem, a motivação para o instante em que através da consciência do

mundo e de si próprio e pela objetivação mesma de sua natureza psíquica, que são os traços específicos fundamentais do espírito,

precisou aprender a ideia de um ser supramundo infinito e absoluto, se destacou do conjunto da natureza e tornou-o seu “objeto”, e a partir deste momento não mais posso dizer eu sou uma parte do mundo, sou envolvido por ele”, pois se encontrou em uma nova condição, e o novo ser atualizado de seu espírito e de sua pessoa, compreende que é superior até mesmo as formas do ser deste “mundo” em espaço e tempo. Em meio a compreensão de tudo isso, ele vê o nada, e a possibilidade

do nada absoluto, que o impele para frente até a pergunta: “ por que há um mundo, e por que e como ‘eu’ existo?. Aprende-se a necessidade essencial (esta necessidade essencial faz parte da categoria homem, crendo ou não, vivenciando ou não, conhecendo ou não) deste contexto que subsiste entre a consciência do mundo, a consciência do si próprio e a consequencial formal do SER, “Ser que é por si mesmo”, dotado com o predicado “divino”, um ser que pode assumir  uma míriada de locupletações (miríade: numero infinito, locupletações: uso indevido) as mais multicoloridas. Mas a esfera de um ser absoluto em geral, indiferentemente do fato de ela ser ou não acessível à vivencia e ao conhecimento pertence de maneira tão constitutiva à essência do homem quanto sua autoconsciência ou a sua consciência do mundo.

O predicado do homem é o conhecedor de si e suas limitações e conhecedor do mundo e suas leis. Wilhelm Von Humbolt “O HOMEM NÃO PODE TER INVENTADO A LINGUAGEM PORQUE ELE SÓ É HOMEM ATRAVÉS DA LINGUAGEM” este conceito vale com o mesmo rigor  para a esfera formal ontológico de um

ser em si, A origem da religião ("religação") a origem da metafísica (além da Física) coincidem completamente com a gênese do próprio homem. No instante que se torna consciente em geral do mundo e de si mesmo, o homem precisa descobrir, a contingencia de que há mundo e não antes não há, “Consciência do mundo, do si próprio e do SER formam uma unidade

estrutural ilacerável- exatamente como a transcendência do objeto e da autoconsciência emergem no mesmo ato.”. No mesmo instante em que aquele “NÂO, NÂO” à realidade concreta do meio ambiente, o instante se construíram o ser espiritual atual e seus objetos

ideais, no instante surgiram o comportamento aberto para o mundo, e aquilo que nunca apazigua de avançar ilimitadamente para o interior e esfera da descoberta do mundo, a não aquietação em meio a nenhum estado de fato, no instante que o homem rompeu os métodos de todo viver animal que lhe era precedente na adaptação ao meio ambiente, o homem toma a direção inversa

adapta o mundo descoberto a si e à sua vida, que se tornou estável, no instante que o homem se arrancou da natureza e a tornou objeto de sua dominação e do novo principio das artes e dos signos, justamento no instante que o homem precisou ancorar seu centro de algum modo fora e para além do mundo.Ele não mais podia tornar se uma simples parte ou membro do mundo, sobre o qual ele se colocou de maneira audaz. Nesta descoberta da contingencia do mundo e do estranho acaso de seu cerne ontológico, agora excêntrico ao mundo, algo duplo tornouse possível, o homem poderia admira-se, colocar o seu espírito cognoscente em movimento para aprender o absoluto e articular-se com ele, esta é a origem de todo tipo da metafísica. Mas o homem povoa esta esfera ontológica com figuras, busca a partir de um impulso incontrolável o abrigo, para si e para o grupo, busca na fantasia, refugiar-se no poder do culto e do rito, a proteção e auxilio, uma vez que parecia estar caindo no puro nada, ao afastar se da natureza por sua objetivação da a natureza, e neste vir a ser concomitantemente de seu ser si próprio e de sua autoconsciência e para superar a esta nova falta de sentido ele busca abrigo, apoio o que denominamos religião o religar do homem a este nova condição essencial. Estas conformações de pensamento e de representação dessa nova

condição essencial é o mito que fornece primariamente ajuda ao homem e se desdobra para os conhecimentos orientados para a verdade , conhecimentos do tipo da metafísica, um modo de obter  e religar o homem aos princípios

da verdade e atributos do ser. È preciso rejeitar todas as ideias vindas das religiões para uma

consideração filosófica da relação do homem com o fundamento supremo, uma relação do homem com o fundamento do mundo, reside no fato de que

este fundamento só se compreende e só se realiza no homem , e, que o homem nessa condição essencial, tanto como ser espiritual quanto como

ser vivo, é sempre apenas um centro, parcial do espírito, e do ímpeto do “ser que existe em si”(no HOMEM), “o SER, se compreende e realiza imediatamente no homem mesmo” O ente originário (homem) toma ciência de si mesmo no homem em meio ao mesmo ato em que o homem se vê fundado nele. Espinosa e Hegel Este saber fundado (sobre o Homem) é apenas uma consequência da

decisão tomada pelo centro de nosso ser  de trabalhar em prol da exigência ideal da Deitas (originado de Deus) e a consequência de leva-lo a cabo, contribuir concomitantemente com o engedramento (Produzir; inventar) do “Deus” , que veio a se a partir do fundamento originário e se mostra como

a crescente compenetração entre espírito e impulso. O lugar  da auto realização, da autodivinização, a busco do ser que existe por si(esta busca é humana), é justamente o homem, o si próprio humano e o coração humano, esses são os únicos lugares da gênese de deus(concepção de Deus) que é acessível, a conjunção de impulso e

espírito, que nos são cognoscível do Ens per si (SER que existe por si) só são ligados vitalmente um ao outro no homem, e em seu si próprio, o homem

é o seu ponto de encontro (onde pode ser encontrado) e nele o Logos, a gênese do homem e a gênese de Deus estão co-referidas reciprocamente no nascimento da concepção HOMEM. O Homem não pode alcançar sua determinação sem se saber como membro daqueles dois atributos do ser supremo e sem se saber morando neste ser. O Ens a se( SER em mim) não pode alcançar a sua determinação(não pode ser determinado) sem a atuação concomitante do homem (o SER existe porque o HOMEM existe).

Espírito e Impulso, os dois atributos do ser HOMEM, prescindi (dispensa) a compenetração mutua, como fim ultimo, crescem em si

mesmos, justamente através destas suas manifestações na história do espírito humano e na evolução da vida universal, a metafísica pressupõe um espírito vigoroso, altivo no homem, de uma cruzada conjunta, de sua co-óbtenção da divindade, no curso e desenvolvimento e de seu autoconhecimento.

No homem o ato elementar  da sua entrega pessoal, ao SER, a auto identificação, e direção de seus atos para o espiritual, torna-se parte de

sua vida,

ATO,

através da co-realização espiritual, ATO através da

entrega do HOMEM e ATO através da identificação da obra conjunta HOMEM e SER da realização dos valores na história do mundo até o presente. Conclusão È preciso rejeitar todas as ideias vindas das religiões para uma consideração filosófica da relação do homem com o fundamento supremo, mas considerar uma relação do homem com o fundamento do mundo,esta afirmação de Max Scheler pode chocar a ouvidos mais sensíveis e as pessoas que não possam olhar para a forma fenomenológica de fazer filosofia, pois ela rompe com todos os conceitos do senso comum, vai até as coisas mesmas, e a conclusão rompe com a forma de ver o homem e o ser. Max Scheler estuda e apresenta três conceitos principais: O Primeiro conceito é em relação às forças vitais que constituem o homem, o pulso, o impulso e a vontade, compara e constata que as formas da natureza mais baixas possuem mais força(pulso da vida) sobre as mais elevadas, que o espírito não pode atuar por força pois não a possui, somente através da vontade humana direcionada pelo espírito pode atuar.

“O espírito e a vontade do homem nunca podem significar mais, do que direção e direcionamento, o espírito apresenta ideias para os poderes pulsionais e o querer  proporciona ou priva os impulsos pulsionais de tais representações que podem concretizar a realização destas ideias, o querer 

espiritual não tem determinação diretriz originalmente determinante orientada para a pulsão mesma, mas para a variação das representações.”

“No mundo a conciliação das formas de ser, com poder faticamente efetivos, com as forças superiores do Ser as mais fracas, e, as formas mais baixas as mais fortes.”

“O espírito em sua forma pura encontra-se originalmente desprovido de qualquer poder, força, atividade.” O Homem é aquele que pode dizer não, ele é o asceta da vida, aquele que tem o domínio da vontade sobre a sua própria natureza e pode buscar a elevação do espírito até a esfera irreal(realidade em si) das essências. O segundo conceito é em relação com a forma do homem IDEAR, No homem o fenômeno de pensar o vazio espacial e o vazio temporal, precedendo todos os conteúdos possíveis da percepção e do mundo das coisas, se mostre como “basilares” (principio e base para...) para este principio de conhecimento, e por causa dele, no homem o leva para o próprio vazio em seu coração com um “vazio infinito” do espaço e tempo.

O homem é capaz de medir a si mesmo e a relação espaço e tempo a sua frente ou ambiente, pode medir todas as coisas em relação a si, e se alçar sobre si mesmo e, a partir de um centro como que para além do mundo espaço-temporal, incluindo ai ele mesmo, tornar tudo objeto de seu conhecimento. Terceiro Conceito a gênese do homem e a gênese de Deus.

Wilhelm Von Humbolt “O HOMEM NÃO PODE TER INVENTADO A LINGUAGEM PORQUE ELE SÓ É HOMEM ATRAVÉS DA LINGUAGEM” este conceito vale com o mesmo rigor  para a esfera formal ontológico de um

ser em si, a origem da religião ("religação") a origem da metafísica (além da Física) coincidem completamente com a gênese do próprio homem. O homem como ser espiritual, é o ser que se coloca acima do si mesmo como ser vivo e acima do mundo, pode supor e concluir além de si mesmo. O mais belo fruto da natureza humana a necessidade interna do

homem, e isto pertencem a sua essência, e, é ato da própria gênese do homem, a motivação para o instante em que através da consciência do

mundo e de si próprio e pela objetivação mesma de sua natureza psíquica, que são os traços específicos fundamentais do espírito, precisou aprender a ideia de um ser supramundo infinito e absoluto, se

destacou do conjunto da natureza e tornou-o seu “objeto”, e a partir deste momento não mais posso dizer eu sou uma parte do mundo, sou envolvido por ele”, pois se encontrou em uma nova condição, e o novo ser atualizado de seu espírito e de sua pessoa, compreende que é superior até mesmo as formas do ser deste “mundo” em espaço e tempo. Esta capacidade de cisão entre essência e existência mostra o traço fundamental do espírito humano, não só o fato de possuir saber, mas o fato do homem ser  capaz de ter ou de alcançar saber a priori, as ideias não são

antes, não são em, e não são depois das coisas, mas juntamente com elas , as ideias só são geradas no ato constante da concretização do mundo criatio continua (ideias geradas no ato constante e concretização, ação e participação no fato concretizado, criando ideias, valores, essências , metas tendo como centro e origem as coisas mesmas)no espírito. Em meio à compreensão de tudo isso, ele vê o nada, e a possibilidade

do nada absoluto, que o impele para frente até a pergunta: “por que há um mundo, e por que e como ‘eu’ existo”? Aprende-se a necessidade essencial (esta necessidade essencial faz parte da categoria homem, crendo ou não, vivenciando ou não, conhecendo ou não) a consciência do si próprio e a consequencia formal do SER, “Ser que é por si mesmo”, indiferentemente do fato de ela ser ou não acessível a vivencia e ao conhecimento, pertence de maneira tão constitutiva à condição essêncial do homem quanto sua autoconsciência ou a sua consciência do mundo.

No instante que o homem se arrancou da natureza e a tornou objeto de sua dominação e do novo principio das artes e dos signos, justamento no instante que o homem precisou ancorar seu centro de algum modo fora e para além do mundo. È preciso rejeitar todas as ideias vindas das religiões para uma

consideração filosófica da relação do homem com o fundamento supremo, uma relação do homem com o fundamento do mundo, reside no fato de que

este fundamento só se compreende e só se realiza no homem , e, que o homem nessa condição essencial, tanto como ser espiritual quanto como ser vivo , é sempre apenas um centro, parcial do espírito, e do ímpeto do “ser que existe em si” (no HOMEM), “o SER, se compreende e realiza

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