Resumo Parnasianismo e Simbolismo
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Resumo Parnasianismo Movimento literário de origem francesa, que representou na poesia o espírito positivista e científico da época, surgindo no século XIX em oposição ao romantismo. Características: •
Objetividade e impessoalidade: O poeta
apresenta o fato, a personagem, as coisas como são e acontecem na realidade, sem deformá-los pela sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Está posição combate o exagerado subjetivismo romântico.
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Arte Pela Arte: A poesia tem uma beleza única.
Faz referencia a versos prosaicos, mostrando interesse por coisas pertinentes a todos.
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Estética/ Culto à forma: Como os poemas não
assumem nenhum tipo de compromisso a estética é muito valorizada. O poeta parnasiano busca perfeição formal a todo custo. E por vezes, se mostra incapaz para tal. Aspectos importantes para essa estética perfeita são:
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Rimas Ricas: São evitadas palavras de mesma
classe gramatical. •
Valorização dos Sonetos: É dada preferência para
os sonetos, composição dividida em duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três versos. •
Metrificação Rigorosa: O número de silabas
poéticas deve ser o mesmo de cada verso, preferencialmente com 10 silabas, ou 12 silabas (versos alexandrinos). •
Temática Greco-Romana: A temática abordada
pelos parnasianos recupera temas da Antiguidade Clássica, características de sua história e sua mitologia.
A objetividade temática surge como negação ao sentimentalismo romântico, numa tentativa de atingir a impassibilidade e a impessoalidade. •
Autores Aberto de Oliveira: Foi um dos fundadores da Academia
Brasileira de Letras, e eleito “Príncipe dos Poetas”. Temáticas => Arte pela arte, impassibilidade, exaltação da antiguidade clássica. Raimundo Correa: Foi acusado de se apropriar de alguns
temas de poetas Europeus. É o caso do soneto “As Pombas”, repetição literal das idéias do francês Theóphile Gautier. Temáticas => A natureza, perfeição formal, cultura clássica, descrição de objetos, poesia de meditação. Olavo Bilac: Compôs a letra do Hino à Bandeira; mais tarde,
por fazer oposição ao governo Floriano, é exilado em Ouro Preto, Minas Gerais. Em 1907 é eleito primeiro Príncipe dos Poetas. Mais tarde inicia suas campanhas cívicas: alfabetização e serviço militar obrigatório.
Resumo Simbolismo O marco inicial da estética simbolista está nas obras de Cruz de Sousa chamadas missaus e broqueis (são coletâneas de poesias). Caracteristicas:
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Subjetivismo: Os simbolistas tem uma visão mais
particular individual. A visão da realidade está focalizada sob o ponto de vista de uma única pessoa. Os simbolistas procuram o mais profundo “eu”.
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Musicalidade: “A musica acima de tudo...”,
escreveu o poeta Francês Verlaine. Para conseguir aproximação da poesia com a música, empregam figuras como sinestesia e
aliteração (Repetição sistemática de um mesmo fonema consonantal).
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Transcendentalismo: Um dos princípios básicos
dos simbolistas era ocultar, através das palavras, a objetividade dos elementos da realidade. Dando ênfase ao imaginário e na fantasia. A estética simbolista rejeita o cientificismo, o materialismo, o racionalismo, valorizando, em contrapartida, as manifestações metafísicas e espirituais. •
Buscam aquilo que o ser humano tem de mais profundo e universal – a alma, que só se libertara quando se rompem as correntes que a aprisionam no corpo, ou seja, a morte. •
Os autores possuem temáticas relacionadas ao amor irrealizado misticismo religioso, nacionalismo, com uma profunda melancolia. •
Em Portugal Em 1889, no agitado ambiente de Coimbra, duas revistas acadêmicas, com sugestivos nomes, apontam para a estética simbolista: Os Insubmissos (apresentando um poema de Eugênio de Castro) e Boêmia Nova. No ano seguinte, 1890, Eugênio de Castro publica o livro Oaristos, cujo prefácio constitui um verdadeiro programa da estética simbolista, passando a ser considerado o marco inicial do Simbolismo em Portugal.
No Brasil Duas publicações de 1893, ambas de Cruz de Sousa, são consideradas o marco inicial da estética simbolista: Missal, com seus textos em prosa, e Broquéis, com seus poemas. Entendese até o ano de 1922, data da Semana de Arte Moderna.
O Simbolismo não pode ser identificado como término do Realismo. Na realidade do fim do século XIX e inicio do século XX três tendências caminhavam juntas (Realismo, Naturalismo e Simbolismo). Só mesmo um movimento com a amplitude da Semana de Arte Moderna poderia neutralizar todas essas estéticas e traçar novos e definitivos rumos para a nossa literatura.
Autores Cruz e Sousa: Sua vida pessoal foi muito trágica =>
casou-se com Gavita, que também fora escrava; o casal teve quatro filhos, todos falecidos prematuramente; Gavita enlouqueceu e passou um longo tempo internada; por seus escritos abolicionistas, Cruz e Sousa sofreu perseguições; o poeta, tuberculoso, morreu aos 37 anos, absolutamente abandonado. Eugênio de Castro: nasceu, estudou, formado, lecionou
em Coimbra, na Faculdade de Letras. Introdutor do Simbolismo em Portugal, conceituado na Europa. Após 1910, abandonada os princípios simbolistas e volta-se a uma poesia neoclássica marcada pelo nacionalismo. Camilo Pessanha: Produziu a melhor poesia simbolista
de Portugal. Seu único livro publicado levou o título de Clepsidra (“relógio de água’), e seus poemas refletem profunda melancolia e busca da transcendência: “Tenho sonhos cureis; n’alma doente / sinto um vago receio prematuro. / Vou a medo na aresta do futuro / embebido em saudades do presente...”. Alphonsus de Guimaraens: Teve sua vida marcada
pela morte prematura da noiva, Constança. Esse amor irrealizado, vem como um forte misticismo religioso, está presente em toda sua obra. O poeta mineiro viveu os últimos anos isolado na cidade de Mariana, em Minas Gerais.
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