(Resumo) História Naval - Engemarinha PDF

November 25, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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ÍNDICE A História da Navegação .............................................................................................. 4 OS NAVIOS DE MADEIRA ........................................................................................................................ ....................................................... .................................................................................... ................... 4  O DESENVOLVIMENTO DOS NAVIOS PORTUGUESES ......................................................................................... ........................................................... .............................. 5  O DESENVOLVIMENTO DA NAVEGAÇÃO OCEÂNICA: OS INSTRUMENTOS E AS CARTAS DE MAREAR 6  A VIDA A BORDO DOS NAVIOS NA VIOS VELEIROS ............................................................................................................ ................................................................................................. ........... 7 

A Expansão Marítima Europeia e o Descobrimento do Brasil .......... ................... ................... .............. 8 FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS E A EXPANSÃO ULTRAMARINA ........... 8  DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DE PORTUGAL .......................................................................... 9  A DESCOBERTA DO BRASIL .................................................................................................................................... ..................................................................................................... ............................... 10  O RECONHECIMENTO DA COSTA BRASILEIRA .................................................................................................. 10  ........................................................................................................................ .................................................................................. ................. 10  A expedição de 1501/1502....................................................... A expedição de 1502/1503....................................................... ........................................................................................................................ .................................................................................. ................. 10  A expedição de 1503/1504....................................................... ........................................................................................................................ .................................................................................. ................. 11  As expedições Guarda-Costas ............................................................. ........................................................................................................................... ....................................................................... ......... 11  A expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza ............................................................................................ 11 

Invasões Estrangeiras ao Brasil ........................ ................................. ................... ................... ................... .................... ................... ......... 12 CORSÁRIOS FRANCESES NO BRASIL NO SÉCULO XVIII .................................................................................. ......................................................................... ......... 12  .......................................................................................................... .................................................. 13  Rio de Janeiro - França Antártica (1555-1567) ........................................................ Maranhão - França Equinocial (1611-1615) .............................................................................................................. ..................................................................................................... ......... 14  INVASÕES HOLANDESAS NA BAHIA E EM PERNAMBUCO ............................................................................. 14   Holandeses na Bahia ..................................................... ...................................................................................................................... ............................................................................................. ............................ 14  A ocupação do Nordeste Brasileiro ................................................................ ............................................................................................................................ ............................................................ 15  A insurreição em Pernambuco ................................................................................................................................... 15  A derrota dos holandeses em Recife .............................................................. .......................................................................................................................... ............................................................ 16 

Formação da Marinha Imperial Brasileira ................... ............................ ................... ................... ................... ............... ..... 17 A VINDA DA FAMÍLIA REAL ................................................................................................................................... 17  

1

 

POLÍTICA EXTERNA DE D. JOÃO E A ATUAÇÃO DA MARINHA: A CONQUISTA DE CAIENA E A OCUPAÇÃO DA BANDA ORIENTAL ....................................................................................................................... 18  ELEVAÇÃO DO BRASIL A REINO UNIDO ............................................................ .............................................................................................................. .................................................. 19  O RETORNO DE D. JOÃO VI PARA PORTUGAL .................................................................................................... ............................................................. ....................................... 19  A INDEPENDÊNCIA ........................................................................................................................ ....................................................... ............................................................................................. ............................ 19  A FORMAÇÃO DE UMA ESQUADRA ES QUADRA BRASILEIRA ....................................................... .............................................................................................. ....................................... 20  OPERAÇÕES NAVAIS ................................................................................................................................ ............................................................... .................................................................................. ................. 20  CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR ............................................................................................................................ 21  

.................. ................... ................... ................... ............. ... 22  A Atuação da Marinha nos Conflitos da Regência ......... PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) .......................................................................................................................... 22  CONFLITOS INTERNOS ............................................................................................................................................. 22  GUERRA DA CISPLATINA (1825-1828) ....................................................... .................................................................................................................... ............................................................. 24  GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS ........................................................................................................................ .................................................................................................... .................... 25 

A Atuação da Marinha na Guerra da Tríplice Aliança ................ .......................... .................... ................ ...... 26  O BLOQUEIO DO RIO PARANÁ P ARANÁ E A BATALHA NAVAL DO RIACHUELO ....................................................... 27   NAVIOS ENCOURAÇADOS E A INVASÃO INVASÃO DO PARAGUAI ................................................................................. ................................................................ ................. 28  PASSAGEM DE HUMAITÁ......................................................................................................................................... 29  O AVANÇO ALIADO E A DEZEMBRADA ............................................................. ............................................................................................................... .................................................. 29  A OCUPAÇÃO DE ASSUNÇÃO E A FASE FINAL DA GUERRA G UERRA .......................................................... ........................................................................... ................. 29 

A Marinha na República ............................................................................................ 30   REAPARELHAMENTO NAVAL DE 1904 ................................................................................................................. 30   PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ....................................................................................................................... ......................................................... ....................................................................... ......... 31  PERÍODO ENTRE GUERRAS ..................................................................................................................................... 31   SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ....................................................................................................................... ......................................................... ....................................................................... ......... 32  GUERRA DA LAGOSTA ............................................................................................................................ ........................................................... .................................................................................. ................. 33  PODER NAVAL ................................................................................................................................ ............................................................... ............................................................................................. ............................ 34 

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Legenda: - Dê uma olhada com atenção, há a poss possibilidade ibilidade deste assunto estar na na prova!

- Este assunto é extremamente IMPO IMPORTANTE, RTANTE, pode estar na sua sua prova!

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 A História da Navegação

Quais são os meus objetivos? ❖ 

Identificar os tipos básicos de navios da antiguidade;

❖ 

Identificar os desenvolvimentos tecnológicos necessários para as grandes navegações.

OS NAVIOS DE MADEIRA

 NAVIO: uma embarcação grande, construída há mais de dois mil anos. Empregava-se a madeira, pois ela foi o  primeiro material que se mostrou mais adequado para a construção naval.

GALÉS: eram embarcações movidas principalmente por remos, algumas com muitos remadores, embora pudessem também ter velas.

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O DESENVOLVIMENTO DOS NAVIOS PORTUGUESES  CARAVELA: era uma embarcação rápida, de fácil manobra, de proporções modestas e que, em caso de necessidade, podia ser movido a remos. Eram navios de pequeno porte, de três mastros, um único convés. Foi com uma caravela que Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Boa Esperança, Esperança, em 1488. 1488. É de salientar

que a caravela é uma invenção portuguesa, em conjunto com os conhecimentos que haviam adquirido dos árabes ou muçulmanos.  

 NAU: denominação genérica dada a navios de grande porte com capacidade de 200 pessoas, utilizados na Era das Grandes  Navegações  Navegaçõ es em viagens de grande percurso. Destinado ao transporte de mercadorias e pessoas.

GALEÃO: navio de guerra maior e com mais canhões, para combater turcos no Oriente, corsários e piratas. Foi a origem do navio de guerra.

Por que surgiram os navios de guerras? Os navios de guerra surgiram para proteger os navios mercantes de ataques piratas. Eram mais estreitos e de fundo chato, visando oferecer pouca resistência à água. A  propulsão principal principal era o remo, inicialmente manejado pe pelos los próprios gguerreiros, uerreiros, depois por escravos. escravos.

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O DESENVOLVIMENTO DA NAVEGAÇÃO OCEÂNICA: OS INSTRUMENTOS E AS CARTAS DE MAREAR Vela latina é uma vela triangular que surgiu por volta de 200 a.C. na região do mar Mediterrâneo e cuja vantagem consiste no fato de um navio poder navegar contra o vento . Todavia este tipo de velas veio a ser  adaptada  adaptada e otimizada por

volta de 1420 pelos marinheiros portugueses.  As velas latinas, que geralmente são triangulares, têm uma das suas faces adjacentes a um mastro.

Desenvolvimentos tecnológicos que somados as questões políticas, permitiram com que Portugal liderasse as navegações navegações oceânicas a partir do final do século XV:   Bússola: é composta por uma agulha imantada



que se alinha e aponta para o polo norte magnético, direção muito próxima ao norte verdadeiro terrestre.   Cronômetro (relógios): eram instrumentos muito



imprecisos, devido aos movimentos do navio.  



Astrolábio: instrumento utilizado para medir latitude, através

da medição do ângulo entre o Sol em sua passagem meridiana e a vertical. Com isso, a latitude não era difícil de se calcular e era através dela e da estimativa de quanto o navio havia se deslocado, que os navegadores navegad ores da época sabiam aproximadamente onde estavam.

Outros instrumentos utilizados mais tarde, como

quadrante e o sextante, mediam a altura do Sol através do ângulo em relação ao horizonte. 

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As Cartas Náuticas eram muito imprecisas i mprecisas, e somente a partir do século XVI passou-se a utilizar a Projeção de Mercator, onde os meridianos e paralelos são representados por linhas retas, que se interceptam formando ângulos de 90 graus, modelo utilizado até hoje. 

A VIDA A BORDO DOS NAVIOS VELEIROS A vida a bordo dos navios veleiros era muito difícil. A comida, sem a possibilidade de ser refrigerada, era deficiente em vitaminas. Isto, causava doenças como o beribéri, pela carência de vitamina B, e o escorbuto, falta de vitamina C. Doenças estas, que foram responsáveis pelo maior número de mortes em navios.

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 A Expansão Marítima Europeia e o  

 Descobrimento do Brasil 

Quais são os meus objetivos? ❖

Descrever o emprego do poder marítimo no desenvolvimento de Portugal



Descrever o reconhecimento da costa brasileira



Descrever os principais motivos e resultados das primeiras expedições

FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS E A EXPANSÃO ULTRAMARINA Portugal foi um país pioneiro em várias medidas entre a Idade Média e a Idade Moderna. Ainda no século XIII, tornou-se o primeiro Estado formalizado na Europa, após a expulsão dos mouros

da

Península

Ibérica,

movimento

denominado “Reconquista”, o que lhe favoreceu em vários aspectos. Com uma unificação política garantida, a condição de primeiro país incentivou novos investimentos dentro do panorama que se tinha no Velho Mundo. Naquela época, o comércio era muito fundamentado nas negociações de  produtos feitas feitas no Mar Mediterrâneo Mediterrâneo.. Entretanto, com a conquista dos turcos nessa rota de navegação, navegação, houve a necessidade de se buscar novos caminhos para se obter as especiarias oriundas do Oriente, que tanto agradava ao mercado europeu. Portugal reunia condições favoráveis para os negócios que

marcavam o momento, era um país já unificado, dispunha de uma condição geográfica favorável favorável para se lançar ao mar e contava com um grupo de investidores interessados nos negócios marítimos.  marítimos. 

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DE PORTUGAL Portugal estava em vantagem para liderar as navegações oceânicas a partir do início do século XV, principalmente, devido a sua estabilidade política e a união de interesses entre a realeza e a burguesia mercantil. A expansão marítima  portuguesa caracterizou-se por

duas vertentes. A primeira, de aspecto imediatista, realizada ao

norte

do

continente

africano, visava à obtenção de riquezas acumuladas naquelas regiões através de prática de pilhagens. Na segunda vertente, o objetivo colocava-se mais a longo prazo, já que se buscava conquistar pontos estratégicos das rotas comerciais com o Oriente, criando ali entrepostos (feitorias) controlados pelos comerciantes lusos. Foi o caso da tomada das cidades asiáticas. Em 1492, Colombo sob as ordens dos Reis Católicos de Espanha, alcançou o continente americano. Então, visando defender seus interesses, enquanto aumentava seu conhecimento náutico, Portugal negociou um tratado com a Espanha, em 1494, conhecido como Tratado de Tordesilhas,   para dividir as terras "descobertass e por descobrir" entre ambas as Coroas fora "descoberta da Europa.  O longo processo de desenvolvimento da navegação oceânica português e reconhecimento reconhecimento do litoral africano culminou com a chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498, após circunavegar a África.

9

 

A DESCOBERTA DO BRASIL A segunda expedição portuguesa para as Índias, após a bem-sucedida viagem feita por Vasco da Gama em 1498, tinha o objetivo  principal de chegar às Índias para negociar tratados comerciais. A esquadra era composta  por

experientes

navegadore navegadoress

e

bastante

numerosa, comandados por Pedro Álvares Cabral.  Não se confirma ainda se de maneira intencional ou não, mas Cabral ao afastar-se demais da África para fugir das correntes e ventos contrários, acabou chegando ao Brasil em 1500.

O RECONHECIMENTO DA COSTA BRASILEIRA A expedição de 1501/1502 Preocupado em realizar o reconhecimento da nova terra, D. Manuel enviou, antes mesmo do retorno de Cabral, uma expedição composta por três caravelas comandadas por Gonçalo Coelho, tendo a companhia do florentino Américo Vespúcio. Nessa expedição seriam nomeados os acidentes geográficos e elaborado um mapa do litoral brasileiro. 

A expedição de 1502/1503 Essa segunda expedição foi resultado do arrendamento da Terra de Santa Cruz (nome inicial das nossas terras) a um consórcio formado por cristãos-novos (judeus que se converteram ao cristianismo), encabeçado por Fernando de Noronha, e que tinha a obrigação, conforme contrato, de mandar todos os anos seis navios às novas terras com a missão de descobrir, a cada ano, 300 léguas avante e construir uma fortaleza  

10

 

A expedição de 1503/1504 Comandada novamente por Gonçalo

Coelho, decidiram percorrer o litoral em direção ao sul, onde se detiveram durante cinco meses em um ponto cujas coordenadas indicam ter sido no litoral do Rio de Janeiro, onde ergueram uma fortificação e deixaram 24 homens.

As expedições Guarda-Costas Os franceses começaram a frequentar nosso litoral comercializando o pau-brasil clandestinamente com os índios. Portugal procurou, a princípio, usar de mecanismos diplomáticos.  Notando que ainda era grande grande a presença de contraban contrabandistas distas franceses no Brasil, D. Manuel Manuel resolveu enviar o fidalgo português Cristóvão Jaques, com a missão de realizar o patrulhamento da costa  brasileira.

A expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza

Em 1530, com o propósito de realizar uma  política de colonização efetiva, Dom João III, Rei de Portugal e Algarves, organizou uma expedição ao Brasil. A esquadra de cinco embarcações, bem armada e aparelhada, reunia quatrocentos colonos e tripulantes.

Comandada por Martim Afonso de Sousa , tinha uma tríplice missão: combater os traficantes franceses,

penetrar nas terras na direção do Rio da Prata para procurar metais preciosos e, ainda, estabelecer núcleos de povoamento no litoral. Portanto, iniciar o povoamento das terras brasileiras. Para isto traziam ferramentas, sementes, mudas de plantas e animais domésticos. 

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 Invasões Estrangeiras ao Brasil 

Quais são os meus objetivos? ❖

Identificar as consequências da guerra de corso para o Brasil colonial



Descrever as motivações que levaram a França a invadir a colônia de Portugal



Descrever a expulsão dos franceses do território brasileiro



Descrever as motivações que levaram a Holanda a invadir a colônia de Portugal



Descrever a expulsão dos holandeses do território brasileiro

O que é um Corsário? Um corso, ou corsário era alguém que, por missão ou carta de corso (ou "de marca") de um governo, era autorizado a saquear navios de outra nação (guerra de corso). Os corsos eram usados como um meio fácil e barato para enfraquecer o inimigo, por perturbar as suas rotas marítimas e suas colônias. Com os corsos, os países podiam enfraquecer os seus inimigos sem ter de arcar com os custos relacionados com a manutenção e construção naval.

CORSÁRIOS FRANCESES NO BRASIL NO SÉCULO XVIII As descobertas territoriais feitas por portugueses e espanhóis no final do século XV e início do XVI e os lucros advindo da exploração colonial, deixaram outras nações europeias interessadas neste empreendimento. Após o Tratado de Tordesilhas, que dividiu as recém-descobertas terras entre espanhóis e portugueses, portugueses, aumentou-se muito o desconte descontentamento ntamento dos países que ficaram de fora como,  por exemplo, Holanda, França e Inglaterra. Estes países começaram então a investir na invasão das terras recém-descobertas, entre elas as colônias portuguesas, por tuguesas, principalmente o Brasil.

12

 

 

A França utilizou a estratégia de empregar corsários para, através de ações que visavam ao lucro, causar danos dan os nos mares a seus inimigos. Eles não eram piratas, pois tinham uma patente de corso, que lhes davam autorização real para agir. Tinham, portanto, o direito de ser tratados como prisioneiros de guerra, enquanto os piratas podiam ser enforcados se apanhados.

Rio de Janeiro - França Antártica (1555-1567) O corsário francês, liderado por Villegagnon, chegou à Baía de Guanabara em 1555, instalou o núcleo da colônia – que chamou de França Antártica – na ilha que atualmente tem seu nome e construiu uma fortificação, dando-lhe o nome de Forte de Coligny. Os franceses contavam com a amizade dos tupinambás. Eles comerciavam com os franceses  por meio de trocas (escambo) – recebiam machados, facas, e outros objetos. Em troca, forneciam o pau-brasil, que cortavam na floresta e traziam para a colônia, além de outros produtos da terra e alimentos. A reação portuguesa ocorreu quando o Governador Mem de Sá, em 1560, atacou o Forte de

Coligny com uma força naval de soldados e índios que trouxera da Bahia, arrasando-o. Mem de Sá concluiu que era necessário ocupar definitivamente o Rio de Janeiro para garantir a expulsão

dos invasores. Dessa vez enviou, em 1563, seu sobrinho Estácio de Sá à testa da nova força naval, com ordens para fundar uma povoação na Baía de Guanabara e derrotar definitivamente os franceses . Os franceses que se renderam foram enviados de navio para a França.

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Maranhão - França Equinocial (1611-1615) Desde o final do século XVI, o Maranhão  passou a ser um local regularmente frequentado por navios franceses. Em 1612, ocorreu nova tentativa francesa de apossar-se de terras americanas: a França Equinocial, com a fundação da cidade de São Luís. Com isto, as autoridades portuguesas organizaram várias e poderosas expedições militares para atacar e expulsar os franceses do Maranhão. 

Em 1614, uma força f orça naval comandada por Jerônimo de Albuquerque, nascido no Brasil, chegou ao Maranhão para combater os franceses. Sendo considerada por muitos a primeira força naval comandada por um brasileiro.

INVASÕES HOLANDESAS NA BAHIA E EM PERNAMBUCO Invasões holandesas é o nome normalmente dado, na historiografia brasileira, ao projeto de ocupação da Região Nordeste do Brasil pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (W.I.C.) durante o século XVII. As invasões holandesas foram o maior conflito político-militar da colônia. Embora concentradas no atual Nordeste, não se resumiram a um episódio regional. Fizeram parte do quadro de relações internacionais entre os Estados europeus: foi uma luta pelo controle do açúcar,

bem como das fontes de suprimento de escravos.

Holandeses na Bahia A invasão holandesa de Salvador (BA) foi planejada pela Companhia das Índias Ocidentais com o propósito de lucro, a ser obtido com a exploração da cultura do açúcar. Em 8 de maio de 1624, chegaram à Baía de Todos os Santos; no dia seguinte, iniciaram o ataque a Salvador.

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A armada luso-espanhola chegou chegou a Salvador em 29 de março de 1625. Era a maior força naval que até aquela data atravessara o Atlântico. Cerca de 20 navios holandeses se abrigavam sob a proteção dos fortes e a cidade de Salvador era defendida por tropas holandesas. Iniciou-se o ataque lusoespanhol e, em 1º de maio, m aio, os holandeses renderam-se.

A ocupação do Nordeste Brasileiro Em 1629, a Companhia das Índias Ocidentais resolveu dirigir seus esforços para Pernambuco em vez de tentar reconquistar a Bahia. Olinda e Recife (PE) foram conquistadas em 1630.

Entre 1631 e 1640, dentro do período da união de Portugal com a Espanha, foram enviadas três esquadras luso-espanholas ao Brasil. Os holandeses também enviaram forças navais, com reforços de tropas, para proteger suas conquistas no Brasil. Ocorreram, consequentemente, consequentem ente, encontros que resultaram em diversos combates navais. Os holandeses, por sua vez, conseguiram manter o domínio do mar e se aproveitaram dele para bloquear os portos principais e atacar o litoral do Nordeste do Brasil, expandindo sua conquista.

A insurreição em Pernambuco Em junho de 1641, assinou-se uma trégua de dez anos com os holandeses em Haia. Essa trégua interessava à Companhia das Índias Ocidentais, que via seus lucros consumidos pelas ações militares, e aos  portugueses, que estavam em guerra com a  portugueses, Espanha e precisavam reduzir as frentes de combate. Às vésperas do armistício, os holandesess trataram de alargar suas conquistas, holandese ocupando o Sergipe e o Maranhão, no Brasil, e Angola e São Tomé, na África. Após a Restauração de Portugal, foi enviado um novo governadorgeral para o Brasil, Antônio Teles da Silva. Embora oficialmente o governo português respeitasse a trégua, para evitar uma guerra declarada contra a Holanda, sigilosamente aprovava a insurreição no Brasil.

15

 

 

Em 19 de abril de 1648, travou-se a Primeira Batalha dos Guararapes e os holandeses, mais numerosos e com fama de estarem entre os melhores soldados da Europa de então, foram derrotados no campo de batalha.

A derrota dos holandeses em Recife Apesar de ainda manterem o domínio do mar, o ânimo dos tripulantes estava diminuindo,  ocasionando motins, destituição de comandantes e o regresso de navios amotinados para a Holanda. Por décadas, o Poder Marítimo holandês havia preponderado nos oceanos, mas, em meados do século XVII, reapareceu a concorrência séria da Grã-Bretanha, que teve como consequência a Guerra Anglo-Holandesa de 1652. Tornou-se, portanto, inviável para os holandeses manter o domínio permanente do mar na costa do Brasil.

Em dezembro de 1653, a quarta frota da Companhia do Brasil portuguesa chegou ao Brasil. O comandante da frota, Pedro Jaques de Magalhães, decidiu bloquear Recife e apoiar os revoltosos luso brasileiros. As posições holandesas foram, sucessivamente, sendo conquistadas e a rendição de Recife finalmente ocorreu no final de janeiro de 1654. O longo êxito dos holandeses no Brasil foi resultante do esmagador domínio do mar que conseguiram manter durante quase todo o  período da ocupação. Mesmo quando Recife já estava cercado e era inviável vencer em terra, ainda conseguiram, conseguira m, por longos anos, suprir a cidade por mar.

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Formação da Marinha  Imperial Brasileira

Quais são os meus objetivos? ❖ 

Descrever os antecedentes históricos do processo de independê independência ncia do Brasil

❖ 

Conhecer os acontecimentos da incorporação da Província Cisplatina e a ocupação da Guiana Francesa

❖ 

Descrever o emprego do poder naval no processo de independê i ndependência ncia do Brasil

A VINDA DA FAMÍLIA REAL Ao saber da chegada do Exército invasor de Napoleão, devido a Portugal não acatar o Bloqueio Continental imposto pela França à Inglaterra, o Conselho de Estado com o Príncipe Regente D. João acordaram na retirada para o Brasil de toda a Família Real. Em 29 de novembro de 1807, a Família Real embarca rumo ao Brasil. Junto com a Família Real, todo o aparato burocrático e administrativo foi transferido para o Rio de Janeiro. Dentre as primeiras decisões de D. João, já no dia 11 de março

de 1808, está a instalação do Ministério dos Negócios da Marinha e Ultramar.

 

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POLÍTICA EXTERNA DE D. JOÃO E A ATUAÇÃO DA MARINHA: A CONQUISTA DE CAIENA E A OCUPAÇÃO DA BANDA ORIENTAL  A transferência da sede da monarquia  portuguesa para a sua co colônia lônia ame americana ricana fe fezz com que a política externa de Portugal passasse a ser decidida no Brasil, instalando-se no Rio de Janeiro o Ministério da Guerra e Assuntos Estrangeiros. D. João declarou guerra ao Napoleão e aos franceses e considerou nulos os tratados assinados anteriormente com aquele país. Com o objetivo de ampliar seu império na América, eliminar a ameaça francesa e, ao mesmo tempo, vingar-se da invasão napoleônica em Portugal, D. João resolveu ocupar a Guiana Francesa, incorporando-a aos seus domínios.  Para tanto, enviou uma força militar com o objetivo de restabelecer os limites entre o Brasil e a Guiana. Recebendo Receben do reforço naval da Inglaterra, as forças portuguesas partiram para o ataque e, em janeiro de 1809, tomaram posse da colônia em nome de D. João. Em 1815, com a derrota de Napoleão, a posse da colônia voltou a ser reivindicada pelo governo francês. A questão passou a ser discutida pelo Congresso de Viena., e somente em 1817 os portugueses deixaram Caiena (região da Guiana), com a assinatura de um convênio entre a França e o novo Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Outro movimento importante de D. João na  política externa, foi a ocupação da Banda Oriental, atual Uruguai. Visando repelir a anexação da região  pela Argentina, D. João enviou para lá um grupamento do exército português em 1811. Tendo sido devastada  pelas batalhas e a desordem, uma assembleia formada  por deputados deputados represe representantes ntantes de todas as localidades da Banda

Oriental

aprovou

por

unanimidade

a

incorporação da região à Coroa portuguesa, fazendo parte do domínio do Brasil com o nome de Província Cisplatina, em 1821.

 

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ELEVAÇÃO DO BRASIL A REINO UNIDO Com a queda de Napoleão, os portugueses esperavam que seu rei retornasse para Portugal e trouxesse a Corte de volta para Lisboa. Entretanto, o monarca permaneceu no Rio de Janeiro e, para viabilizar esta situação, elevou o Brasil a uma condição equivalente de Portugal com a formação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Enquanto os comerciantes e fazendeiros brasileiros desfrutavam do afrouxamento dos laços coloniais, a sociedade portuguesa via-se deixada em segundo  plano, com o território luso sendo aadministrado dministrado por uma junta sob controle ddee um militar britânico.

O RETORNO DE D. JOÃO VI PARA PORTUGAL Estourou então na Cidade do Porto um movimento revolucionário liberal. O estado revolucionário da antiga metrópole provocou o retorno do Rei em 26 de abril de 1821, deixando seu filho D. Pedro como Príncipe Prí ncipe Regente.

A INDEPENDÊNCIA  Em 7 de setembro de 1822, o Príncipe

D.

Pedro

declarava

a

Independência do Brasil. Porém, só as  províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais atenderam de imediato à conclamação emanada das margens do Ipiranga. As capitais das províncias ao

Norte do País mantiveram sua ligação com a metrópole, a resistência mais forte estava justamente em Salvador, Bahia, onde essa guarnição era mais numerosa. No sul, a recém incorporada Província Cisplatina viu as guarnições militares que lá ainda estavam dividirem-se perante a causa da Independênc Independência. ia. 

 

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A FORMAÇÃO DE UMA ESQUADRA BRASILEIRA O governo brasileiro, por intermédio de seu Ministro do Interior e dos Negócios Estrangeiros José Bonifácio de Andrada e Silva,  percebeu que somente com o domínio do mar conseguiriam

manter a unidade territorial brasileira. A Esquadra Brasileira foi aparelhada com subscrição pública, arrecadação proveniente da  população,, uma espéc  população espécie ie de "vaquin "vaquinha". ha". Havia pouc poucos os navios e muita falta de pessoal, pessoal, pois a profissão era proibida aos brasileiros e questionava-se a lealdade dos portugueses que decidiram permanecer no Brasil. O nascimento da Marinha Imperial, portanto, se deu em regime de urgência, aproveitando os navios que tinham sido deixados no porto do Rio de Janeiro pelos portugueses, que estavam em mal estado de conservação, conservação, e os oficiais e praças da Marinha Portuguesa que aderiram à Independência. Independência. Este conjunto de navios de guerra, a Esquadra, impediria que chegassem aos portos das cidades  brasileiras ocupadas pelos portug portugueses ueses ooss reforços que Portug Portugal al enviasse, enviasse, interceptando interceptando e combatendo os navios que os trouxessem.

A Marinha Brasileira contribuiu para a Independência do Brasil, permitindo que do território da colônia portuguesa na América emergisse um só país, com um u m grande território.  território. 

OPERAÇÕES NAVAIS Para liderar a recém-formada Marinha Brasileira, José Bonifácio convidou o experiente almirante Lord Cochrane, e outros experientes comandantes comandan tes europeus a entrar a serviço do Brasil.

Cochrane colocou Salvador sob bloqueio naval, capturando os navios que provinham o abastecimento da cidade, que já se encontrava sitiada por terra pelas forças brasileiras.  Pressionados pelo desabastecimento, as tropas portuguesas abandonaram a cidade em 2 de  julho. O próximo passo pa para ra expulsão dos portugue portugueses ses do N Norte-Nordeste orte-Nordeste brasileiro foi no Maranhã Maranhão, o,

 

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onde o contingente da Marinha atuou tanto num sentido apaziguador, mesmo diplomático, como trazendo a ordem pela força das armas. As

operações

navais

na

Cisplatina

assemelharam-se às realizadas na Bahia, sendo empreendido um bloqueio naval conjugado com um

cerco por terra a Montevidéu. O desabastecimento provocado pelo bloqueio e pelo cerco por terra , somado a desalentadora notícia que Montevidéu era a última resistência r esistência portuguesa na ex-colônia, provocou a evacuação do contingente português da Cisplatina em novembro de 1823. 

CONFEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃ O DO EQUADOR   Foi uma revolta na Província de Pernambuco, em 1824, que colocou em perigo a integridade territorial do Império, uma vez que a revolta se espalhou por quase todo o Nordeste. As forças rebeldes foram derrotadas com a atuação conjunta da Marinha e do Exército Brasileiro.  

 

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 A Atuação da Marinha nos Conflitos da Regência

Quais são os meus objetivos? ❖ 

Reconhecerr a influência da Marinha nos conflitos internos Reconhece

❖ 

Descrever a importância da Marinha na Guerra Cisplatina Ci splatina

❖ 

Identificar os feitos da Marinha na Guerra contra Oribe e Rosas

PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) Pressionado pela população, população, em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara, que tinha apenas cinco anos de idade. Como o herdeiro não tinha idade para assumir o trono, instalou-se no Brasil um governo regencial. No período regencial, o conturbado ambiente político da Corte refletiu nas  províncias do Império em movimentos armados que explodiram por todos os principais centros regionais.

CONFLITOS INTERNOS A Marinha da Independência Independência e da Guerra Cisplatina, constituída por elevado número de navios de grande porte, foi sendo transformada em uma Marinha de unidades menores, onde revoltas deflagradas em diversas províncias foram abafadas pelo governo regencial com a utilização da Marinha e do Exército.

 

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A Marinha se fez presente:    No rápido transporte de tropas do



Exército  Imperial da Corte e de outras  províncias até até as áreas conflagradas; conflagradas;   



No abastecimento das tropas que

lutavam nas províncias rebeladas ,  pois não existiam estradas estradas que ligassem a Corte às províncias do Norte e do Sul;  



Cumpriu ações de bloqueio nos

portos ocupados pelos rebeldes, evitando que recebessem qualquer abastecimento vindo do mar, como armas e ou compradas no estrangeiro.  



Atuando

diversas

vezes

em

desembarques , lutando com grupos rebelados, lado a lado com tropas do Exército, da Guarda Nacional e milicianos; mili cianos; REVOLTA Cabanagem Cabanage m (1835 – 1840)

Guerra dos Farrapos (1835 – 1840) Sabinada (1837 – 1838)

Balaiada

Revolta Praieira

ATUAÇÃO DA MARINHA BRASILEIRA Bloqueou o porto de Belém, dificultando o seu abastecimento,  bombardeou posições posições rebeldes, desembarcou desembarcou tropas do Exército e embrenhou-se nos rios amazônicos para dar combate aos mais isolados focos de revolta. Transporte e abastecimento das tropas e apoiando ações em terra com o fogo dos canhões embarcados. Combateu uma pequena flotilha de embarcaçõe embarcaçõess armadas dos rebeldes. Combatida com um bloqueio naval na província e o combate a uma diminuta Força Naval montada pelos rebeldes com navios apresados. Teve a participação do Capitão-Tenente Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré (Patrono da Marinha do Brasil). A Marinha atuou combatendo os rebeldes isoladamente ou apoiando forças em terra.  Contingentes de marinheiros e fuzileiros navais desembarcaram dos navios para reunir-se aos defensores da capital na batalha, enquanto os canhões da Marinha fustigaram as investidas dos revoltosos.

 

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GUERRA DA CISPLATINA (1825-1828) O

Brasil

recém-

independente envolveu-se numa guerra com as Províncias Unidas do Rio da Prata, atual Argentina, pela posse da então Província brasileira da Cisplatina,  atual República Oriental do Uruguai, anexada ainda  por D. João VI, VI, em 1821. A Marinha Imperial brasileira na Guerra Cisplatina lutou com a Força Naval argentina, mas também atuou contra os corsários que, com Patentes de corso emitidas pelas Províncias Unidas do Rio da Prata e pelo próprio Exército de Lavalleja, atacavam os navios mercantes brasileiros por toda a nossa costa. A guerra não envolvia só a disputa pela posse do território da Província Cisplatina, mas

tinha como objetivo o controle do Rio da Prata, área geográfica de suma importância estratégica desde o início da colonização europeia na América do Sul. No estuário do Rio da Prata desembocavam dois grandes rios (Uruguai e Paraná), que constituíam o caminho natural para a penetração no continente sul-americano, representando representando uma estrada fluvial para a colonização, o acesso aos recursos naturais e a viabilização das trocas comerciais comerciais por todo o interior i nterior da América do Sul. O embate entre a Esquadra brasileira e a Esquadra argentina teve lugar no estuário do Rio da Prata e nas suas proximidades – região com grande número de bancos de areia que dificultava a navegação. Os navios argentinos atacavam e, quando repelidos, escapavam da perseguição dos navios navegação.  brasileiros pelos estreitos canais que se formavam entre os vários bancos de areia da região, em sua maioria desconhecidos dos marinheiros brasileiros. Como primeira ação de guerra, a Força Naval brasileira no Rio da Prata, comandada pelo ViceAlmirante Rodrigo Lobo, estabeleceu um bloqueio naval no Rio da Prata, pretendendo impedir qualquer ligação marítima entre as Províncias Unidas e os rebeldes de Lavalleja, e dos dois adversários com o exterior. O adversário, apesar de contar com um menor número de navios de guerra, tinha suas ações facilitadas não só pelo conhecimento da conformação hidrográfica do estuário do Rio da Prata, como também por permanecer operando próximo ao seu porto base, o ancoradouro de Los Pozos, em Buenos Aires, onde seus navios eram er am abastecidos e reparados.  

24  

A batalha de Monte Santiago eliminou o poder combatente argentino, restando-lhe o corso. No fim, os altos custos da guerra para ambos os países, somados à intermediação inglesa, levaram ao reconhecimento da independência do Uruguai.

GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS Rosas era da liderança da Confederação Argentina e Oribe era líder do partido de oposição ao governo uruguaio, ambos queriam anexar o Uruguai às Províncias Unidas. O Império brasileiro, que se opunha frontalmente à anexação, apoiava o governo constituído do Uruguai, exercido pelo Partido Colorado. A Força Naval brasileira, composta por quatro navios com propulsão a vapor e três navios a vela, tinha como obstáculo o Passo de Tonelero, onde o inimigo instalara uma fortificação guarnecida por 16 peças de artilharia e 2.800 homens. Devido à  pouca largura do rio naquele trecho, os navios brasileiros seriam obrigados a passar a menos de 400 metros daquela fortificação, recebendo o peso da artilharia inimiga. A solução encontrada pelo Chefede-Esquadra Grenfell foi o emprego conjunto dos navios a vela e a vapor na operação de transposição daquele obstáculo.

Os navios a vela, mais artilhados, foram rebocados pelos navios a vapor, mais rápidos e ágeis nas manobras. Tonelero foi vencida em 17 de dezembro de 1851, com as tropas desembarcando em Diamante com sucesso. O Exército de Buenos Aires foi derrotado pelas tropas brasileiras e de seus aliados platinos, em fevereiro de 1852.

 

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 A Atuação da Marinha na

 

Guerra da Tríplice Aliança 

Quais são os meus objetivos? ❖ 

Identificar os motivos que causaram a Guerra da Tríplice

❖ 

Descrever a importância da participação da Marinha do Brasil na Guerra do Paraguai

❖ 

Descrever a importância da Batalha Naval do Riachuelo para a Guerra

❖ 

Descrever como a Batalha Naval do Riachuelo foi vencida

❖ 

Compreenderr por que, apesar de decisiva, a Batalha do Riachuelo não deu fim à guerra Compreende

A livre navegação nos rios e os limites entre o Brasil e o norte do Paraguai eram motivos de discordância entre os dois países. Para os brasileiros, era muito importante acessar, sem empecilhos, a Província de Mato Grosso, navegando pelo Rio Paraguai. Sabendo disto, os paraguaios mantinham a questão dos limites, reivindicando a livre navegação no Rio Paraguai, que dava acesso ao Oceano Atlântico, facilitando a exportação dos seus produtos. Com a morte de Carlos López, então  presidente do país na época, ascendeu ao governo do Paraguai seu filho, Francisco Solano López, que ampliou a política externa do País, estabelecend estabelecendoo laços de amizade com o General Justo José de Urquiza, que liderava a Província argentina de Entre Rios, e com o Partido Blanco uruguaio. Com a invasão do Uruguai por tropas brasileiras contra o governo do Presidente uruguaio Manuel Aguirre, do Partido Blanco, Solano López considerou que seu próprio país fora agredido e declarou guerra ao Brasil. Como foi negada pelos argentinos a permissão p ermissão para que o exército paraguaio

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atravessasse atravessas se seu território para atacar o Rio Grande do Sul, Solano invadiu a Província de Corrientes, envolvendo a Argentina no conflito. Os seguintes atos de hostilidade  do Paraguai levaram à assinatura do Tratado da Tríplice Aliança contra o Governo do Paraguai, pelo Brasil, Argentina e Uruguai, em 1º de maio de 1865: 

  O apresamento do Vapor brasileiro Marquês de Olinda, que viajava para Mato Grosso



transportando o novo presidente dessa província, em 12 de novembro de 1864, em Assunção;   A invasão do Sul de Mato Grosso por tropas paraguaias, em 28 de dezembro de 1864;



  A invasão de território da Argentina por tropas paraguaias, em 13 de abril de 1865, ocupando



a Cidade de Corrientes e apresando os vapores argentinos Gualeguay e 25 de Mayo.

Os navios brasileiros, no entanto, mesmo os de propulsão mista, eram adequados para operar no mar e não nas condições de águas restritas e pouco profundas que o teatro de operaçõess nos Rios Paraná e Paraguai exigia; a possibilidade de encalhar era um perigo sempre operaçõe presente. Além disso, esses navios, com casco de madeira, eram muito vulneráveis à artilharia de terra, posicionada nas margens.

O BLOQUEIO DO RIO PARANÁ E A BATALHA NAVAL DO RIACHUELO  Foi designado o comandante das Forças Navais Brasileiras em Operação o Almirante Joaquim Marques Lisboa, Visconde de Tamandaré. A estratégia naval adotada foi a de negar o acesso ao território paraguaio através do bloqueio. Os rios eram as principais vias de comunicação da região e Tamandaré resolveu designar seu chefe de estado-maior, o Chefe-de-Divisão Francisco

Manoel Barroso da Silva, para assumir o comando da Força Naval brasileira, que subira o rio  para efetivar o bloqueio no afluente do Rio Paraguai.

Na Batalha de Riachuelo, o Almirante Barroso investiu com a proa da Fragata Amazonas (não possuía esporão) sobre os navios inimigos, usando a manobra de abalroamento. 

27  

 

Desta forma, a Esquadra paraguaia foi praticamente aniquilada, e não teria mais participação relevante no conflito. Estava garantido o bloqueio que impediria que o Paraguai recebesse armamentos e, até mesmo, os navios encouraçados encomendados encomenda dos no exterior. Comprometeu, também, a situação das tropas tr opas invasoras e,  pouco tempo depois, a gue guerra rra passou para o território paraguaio.

Tudo levava à ilusão de que a Tríplice Aliança venceria a guerra em pouco tempo, mas isto não ocorreu. Humaitá ainda era uma fortaleza f ortaleza inexpugnável, inexpugnável, o Brasil precisava dos navios encouraçados encouraç ados encomendados para destruir a fortaleza. Navios oceânicos de calado inapropriado  para navegar em rios, de casco de madeira, sem couraça, como os da Força Naval brasileira que combatera em Riachuelo, não teriam bom êxito. Era evidente que o Brasil necessitava de navios encouraçados encouraça dos para o prosseguir com as ações de guerra.

NAVIOS ENCOURAÇADOS E A INVASÃO DO PARAGUAI Os navios encouraçados começaram a chegar à frente de combate em dezembro de 1865. O Encouraçado Brasil, foi o primeiro que chegou a Corrientes em dezembro de 1865. No Arsenal de Marinha da Corte, no Rio de Janeiro, iniciara-se a construção de outros navios encouraçados, encouraça dos, especificados para lutar naquele teatro de operações fluviais. Durante a guerra, foram incorporados à Armada brasileira 17 navios encouraçados encouraçados..

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PASSAGEM DE HUMAITÁ   Na madrugada de 19 de fevereiro de 1868, iniciou-se a Passagem de Humaitá. Essa divisão era formada por seis navios encouraçados. Após a  passagem,  passage m, três dos seis navios tiveram que ser encalhados, para não afundarem devido às avarias sofridas no percurso. Estava, no entanto, vencida

Humaitá, o que praticamente decidiu a guerra.  Na madrugada de 3 de março de 1868, López se retirou de Humaitá com cerca de 12 mil homens. Ao final, renderam-se 1.300 paraguaios.

O AVANÇO ALIADO E A DEZEMBRADA A partir de então, os navios participaram das operações prestando o apoio determinado por Caxias, comandante das forças terrestres. Em 4 de dezembro, a Força Naval apoiou o desembarque das tropas em Santo Antônio, sobre a retaguarda paraguaia. O ataque de Caxias  para o Sul é conhecido como a Dezembrada. Ao final, as forças paraguaias estavam derrotadas e López fugiu. fugiu .

A OCUPAÇÃO DE ASSUNÇÃO E A FASE FINAL DA GUERRA Como não havia mais obstáculos até Assunção, ela foi ocupada pelos aliados e a Força Naval fundeou em frente à cidade, em janeiro de 1869. A Guerra foi muito importante para a consolidação dos Estados Nacionais na região do Rio da Prata. Foi durante o conflito que a unidade da Argentina se consolidou. Para o Brasil, foi um grande desafio que mobilizou o País e uniu sua população. Foi lá que os brasileiros das diferentes regiões do País se conheceram melhor, passando a se respeitar e a se entender.

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   A Marinha na República 

Quais são os meus objetivos? ❖ 

Identificar as características dos programas de Reaparelhamento Naval de 1904;

❖ 

Descrever a atuação e as consequências da participação da Marinha do Brasil na Primeira e na Segunda Guerra Mundial;

❖ 

Descrever as causas e consequências do conflito diplomático conhecido como “Guerra da Lagosta”.

REAPARELHAMENTO REAPARELHAM ENTO NAVAL DE 1904 19 04 Os primeiros anos da República foram marcados pela progressiva desmobilização da Esquadra brasileira. A situação interna do País se refletia nos orçamentos insuficientes que negavam à Marinha os recursos necessários à modernização dos meios flutuantes e à criação de uma infraestrutura de apoio. Essa situação se manteve  por toda a década década final do sé século culo XIX. O Deputado Dr. Laurindo Pitta apresentou à Câmara, em julho de 1904, um projeto que continha o programa naval do Almirante Júlio de Noronha, sendo o projeto finalmente aprovado, quase que por unanimidade, ele se transformou em um decreto em novembro de 1904. A alteração contemplou:   Três novos encouraçados do tipo



dreadnought,

cruzadores

e

contratorpedeiros;   Criação de um moderno arsenal;



  Modernização das instalações da Ilha



das Cobras;

 

  Bases secundárias secundárias em Belém e Natal;



  Pequeno porto em Santa Catarina;



  Frota de mar ofensiva;



  Submarinos F1, F3, F5 e Humaitá;



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PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL Em 1917, o Brasil entrou no conflito

quando

a

campanha

submarina alemã atingiu seus navios mercantes, afundados em razão do bloqueio alemão a Grã-Bretanha. O Brasil enviou então uma Divisão Naval,

comandada pelo jovem Almirante Pedro Max Fernando de Frontin, para operar com a Marinha britânica entre Dakar e Gibraltar em 1918. Uma outra contribuição significativa foi a designação de 13 oficiais aviadores, sendo 12 da Marinha e um do Exército para se aperfeiçoarem como pilotos de caça da RAF no teatro europeu. A Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) tinha como principal tarefa a ser

cumprida, patrulhar uma área marítima contra os submarinos alemães, compreendida entre Dakar no Senegal e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo, com subordinação ao Almirantado inglês. A vitória dos aliados seria confirmada em Paris, em 28 de junho de 1919, quando se reuniram os representantes de 32 países e assinaram o Tratado de Versalhes, que foi imposto à Alemanha derrotada. Em 9 de junho de 1919, depois de parar em Recife por breves dias, os navios da DNOG entravam na Baía de Guanabara, porto sede da Divisão Naval. Acabara assim, a participação da Marinha na Primeira Guerra Mundial.

PERÍODO ENTRE GUERRAS O período entre guerras, que abarcou os anos de 1918 até 1939, caracterizou-se pelo abandono a que foi submetida não só a Marinha de Guerra como praticamente toda a atividade nacional relacionada com o mar.

 

31  

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Após a eclosão da guerra na Europa, o Brasil adotou um posicionamento americano, isto fez com que Hitler mandasse atacar navios brasileiros. No decorrer da guerra, foram perdidos por ação dos submarinos alemães e italianos 33 navios mercantes e a morte de 480 tripulantes e 502 passageiros. Os Estados Unidos apoiavam os países aliados  através da  Lei do Empréstimo e

Arrendamento operações

(Lend

financeiras

Lease),

concedendo

imediatas,

e

o

fornecimento de materiais necessários ao esforço de guerra. O Brasil recebeu navios contratorpedeiros e navios patrulha para tarefa de  patrulhar a costa. Também ocorreu a vinda de militares americanos para nos adestrar das novas táticas antissubmarino. Em contrapartida, o Brasil era importante aos EUA devido a sua posição geográfica (saliente nordestino) e por possuir matérias primas vitais para o esforço de guerra. guerra.

Com o auxílio norte-americano, o Brasil criou uma segunda base para a esquadra, com a finalidade de patrulhar os Oceanos Atlântico e escoltar navios mercantes, conhecida como Força Naval do Nordeste. A missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos. Os feitos realizados e os legados deixados pela Segunda Guerra Mundial foram:   99% dos navios protegidos por escoltas brasileiras atingiram os seus destinos;



  O Brasil obteve maior capacidade para controlar áreas marítimas e maior poder dissuasório;



 

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  Mudança de mentalidade na Marinha, com a assimilação de novas técnicas de combate e a



incorporação de meios modernos para as forças navais;   Oportunidade de a Marinha participar de ações de guerra e adquirir experiências da refrega,



das adversidades, do medo e da dor com a perda de navios e companheiros;   A percepção de que a logística ocupa lugar de importância na manutenção de uma força



combatente operando eficientemente. eficientemente. Esse tipo de percepçã percepçãoo refletiu-se na construção da Base  Naval de Natal Natal e outros pontos de apoio logístico do nosso litoral;   A aproximação do país com os norte-americanos. Essa associação associação alinhou o Brasil diretamente



com doutrinas americanas e com uma exacerbada ênfase na guerra antissubmarino.

GUERRA DA LAGOSTA  Na década de 1960, a França enviou navios de guerra, em tempo de paz, para  proteger seus barcos

de

pesca, que

capturavam

na

plataforma

lagostas

continental brasileira. O governo brasileiro

determinou que diversos navios da Marinha do Brasil se dirigissem para o local da crise, mostrando que o País estava disposto a defender seus direitos, se necessário com o emprego da força. Logo os navios franceses retornaram e o conflito de interesses voltou para o campo da diplomacia – de onde nunca deveria ter saído. A persuasão naval exercida pelo emprego do Poder Naval brasileiro foi de coerção deterrente,  porque inibiu o apoio apoio que intencionalmente intencionalmente os franc franceses eses pretend pretendiam iam dar a seus barcos barcos de pesca. pesca.

 

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PODER NAVAL Tipos de persuasão naval:   Dissuasão: evitar uma ação pelo receio das consequências. É um estado mental



 provocado pela existência ddee uma ameaça credível e de uma retaliação inaceitável. inaceitável. Ex: Guerra Fria.   Coerção: pode ser positiva ou compelente, quando a uma ação já iniciada é forçada



uma determinada linha de ação, modificando-a, ou negativa, também chamada de

deterrente , quando inibe uma determinada atitude, impedindo que seja tomada. Ex: Guerra da Lagosta (Coerção deterrente).  No passado, muitas vezes as nações detentoras de Poder Naval utilizaram seus navios de guerra e forças navais com o propósito de sustentação ou de dissuasão. A simples existência de um Poder Naval preparado para a guerra pode fazer com que aliados se sintam apoiados em suas decisões políticas, nas relações internacionais e inimigos sejam dissuadidos de suas intenções agressivas. Características fundamentais do Poder Naval:   Mobilidade



  Versatilidade de tarefas



  Flexibilidade tática



  Autonomia



  Capacidad Capacidadee de projeção de poder



  Alcance geográfico



 

34  

8 Motivos para ser um Oficial da Marinha do Brasil  CRESCIMENTO PROFISSIONAL

Até o posto de Primeiro-Tenente a promoção ocorre de 6 em 6 meses, o que significa também aumento de salário nesse período.  

ASSISTÊNCIAS à Odontoclínica da Marinha, mediante MÉDICO-HOSPITALAR desconto de 1,8% mensal da sua remuneração, não pagando nada além E ODONTOLÓGICA disso. INDENIZAÇÃO AO Após o término dos 8 anos de serviço você receberá quase R$ 100.000,00 (incluindo férias não TÉRMINO DO gozadas, terço de férias, décimo-terceiro e férias proporcionais). SERVIÇO  

Você e seus dependentes terão acesso aos hospitais da Marinha, clínicas conveniadas e

AUXÍLIO FARDAMENTO

O militar tem direito, a cada três anos ou quando for promovido, a receber um soldo para aquisição de fardamento. Ou seja, você receberá algo próximo dos R$ 8.000,00 para comprar o seu uniforme.

VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL  

ALIMENTAÇÃO

A Marinha do Brasil oferece um salário muito competitivo (aproximadamente R$ 10.500,00 em 2019), muito acima do oferecido pelo mercado de trabalho, além de 13º salário e adicional de férias.   A alimentação é custeada pela Marinha. Você sempre terá disponível café da manhã, almoço, jantar e ceia, além de complementos para o pessoal que estiver de serviço.

ASSISTÊNCIA SOCIAL, RELIGIOSA E PSICOLÓGICA  

CAPACITAÇÃO

A Assistência Social destina-se à prestação de assistência nas áreas de Serviço Social, Direito e Psicologia a você, aos seus dependentes e pensionistas.

A Marinha oferece excelentes oportunidades aos que gostam de estudar, possibilitando a participação em processos seletivos internos para Cursos, Pósgraduações e Mestrados, tanto no interior como no

PROFISSIONAL

exterior do país.

 

CONHEÇA O CURSO COMPLETO

bit.ly/curso-smv

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