Resumo Ensinando
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Resumo livro "Ensinando para transformar vidas" Howard Hendricks veio de uma vida difícil. Seus pais eram separados, morava em um bairro onde não tinha nenhuma igreja evangélica e não gostava do termo escola e nada do que está relacionado a este termo. Se alguma coisa não estivesse acontecido para mudar a situação de Hendricks, sua vida iria continuar dessa mesma maneira, e ninguém sentiria nenhuma falta, se ele existisse ou não. Mas esta coisa se chama Walt; e a partir do momento que estas vidas se cruzaram, a história de Hendricks mudou para sempre. Walt não era a pessoa mais inteligente do mundo, mas sua sinceridade e dedicação, o colocava com um professor que fez a diferença, não só na vida de Hendricks, mas também de onze dos treze garotos que participaram da sua primeira escola dominical.
A lei do professor
Um professor eficiente é aquele que conhece determinado de terminado conteúdo e tem domínio para trasmití-lo aos outros, pois não se pode passar aquilo que não possuímos. A idéia é que um professor antes de tudo é um aprendiz, um “estudante” ensinando estudantes. Umas das
caractéristicas de um bom professor é que seja fiel aos seus compromissos e que tenha disponibilidade e humildade de aprender. Vemos isto no apóstolo Paulo em seu relato em Fp 3.13,14, onde ele encara o passado de uma maneira correta; não se mostrando extasiado com seus triunfos e nem frustados com as suas derrotas. Com isto vemos que o passado existe para aprendermos com ele, não para vivermos nele. Além do aprendizado contínuo, o professor tem que esta em constante crescimento, com objetivo de obter um pleno desenvolvimento, tanto na área espiritual, quanto intelectual, física, social e emocional. Se negligenciamos uma dessas áreas, estaremos pondo em risco o desenvolvimento das outros. E, por outro lado, sempre que conseguirmos algum avanço numa delas, isso terá efeito sobre as outras. A lei do ensino
Não basta apenas dominar o assunto a ser ministrado, precisamos conhecer aqueles a quem ensinamos. Mas importante do que somos e o que fazemos, é o que o aluno faz depois de receber nosso ensino e como ele faz. A eficiência de um professor é baseada em que o seus alunos fazem. No entanto, a arte de ensinar não é tão fácil quanto muitos acham. O ensinamento implica em levar o aluno a iniciar um ciclo, onde o mesmo vai desencadeando um processo de aprendizagem, envolvendo o aluno e o professor, criando uma tensão que é indispensável para o processo de crescimento. Esta tensão tem que ser dosada, para não trazer frustação e nem desinteresse para o aluno. Alguns objetivos bem definidos devem ser estabelecidos para que realmente haja um bom ensino: 1) Ensinar os outros a pensar, isto pressupõe que o professor sabe pensar; 2) Ensinar os outros a aprender e fazê-los compreender que pecisam aplicar o que fora ensinado; 3) Ensinar os outros a trabalhar, pois soluções tipo “alívio rápido” não resolvem nada . Para conseguir estes três objetivos devemos levar nossos alunos a ler, escrever, ouvir e falar, sendo que a mais difícil é ouvir. O bom professor é aquele que, acima de tudo é um bom ouvinte. A lei da atividade
Nossa tarefa como comunicadores não é fazer que os outros fiquem impressionados conosco, mas causar uma revolução na vida deles e fazer com que haja uma transformação na vivência de cada um. A lei da atividade vai além de simplesmente dizer coisas para o aprendiz, mas envolvê-lo; e quanto maior o nível de envolvimento no processo de aprendizágem, maior o volume de conteúdo aprendido. O constante exercitamento numa atividade não produz necessáriamente o aperfeiçoamento; ela só forma um hábito. Mas o exercitamento adequadamente orientado leva ao aperfeiçoamento; uma experiência adequadamente avaliada é o nosso melhor mestre e, é fazendo as coisas certas que aprendemos o que é certo. Quanto maior o envolvimento pesssoal do aprendiz, mais possibilidade ele tem de aprender. Aprende mais quem participa mais. A lei da atividade é confirmada por muitas pesquisas modernas na área de psicologia educacional e na opinião do autor, quando nós fazemos alguma coisa, o resultado não é apenas compreender, não; nós mudamos também. Diz os psicólogos que podemos reter até 10% do que ouvimos, até 50% do que presenciamos e até 90% se acrescentarmos o ato de fazer aos de ver e ouvir. Portanto, na educação cristã, o fator principal não é ter conhecimento, é obedecer agindo. No plano espiritual, o oposto de ignorância não é conhecimento, é obediência. Segundo o ensino do Novo Testamento, saber e não praticar significa não saber nada. Então, podemos dizer que, para se aprender a evangelizar, é preciso evangelizar, começar a praticar. É a melhor maneira de se aprender a fazer alguma coisa. Temos também que recordar que para se obter o máximo de aprendizagem é preciso o máximo de envolvimento e para que a lei seja verdadeira uma condição deve ser atendida: a atividade deve fazer sentido, isto é, a atividade tem que ser orientada e não imposta. A aprendizagem tem que brotar do próprio aluno; não é o professor que a “derrama” dentro da cabeça dele. O professor simplesmente a “retira” de dentro dela. Se for o caso, deixemos que
eles se atrapalhem totalmente, assim aprenderão muita coisa, pois a aprendizagem é um processo, não podemos apenas fazer uma experiência perante os alunos e depois achar que eles já aprenderam a mesma. Vemos na Bíblia que Deus permitiu que grandes homens falhassem em algo que conheciam, como foi o caso de Pedro no barco e também os relatos das multiplicações dos pães. A lei da comunicação
Comunicar não é nada fácil. Malcolm Muggeridge observou o que é espantoso e comum sobre a comunicação: “uma inusitada incapacidade de comunicar”. Quem aprender a encarar com seriedade o fato de que esse processo é realmente difícil irá orar com mais intensidade, estudará e se esforçará mais, a aprenderá a depender muito mais de Deus. Tenhamos em mente que o nosso negócio é comunicar. A razão de sermos professores é exatamente esta: a comunicação. Para que possoamos comunicar algo a alguém precisamos antes estabelecer pontos em comum com ele. E quanto maior o número de pontos em comum, maior também será a probabilidade de uma boa comunicação. Toda comunicação possui três componentes básicos: intelecto, emoção e vontade; em outras palavras, pensamento, sentimento e ação. A partir daí, sobre determinada coisa, quanto melhor eu a conhecer, quanto mais intensamente a sentir e a praticar, maior será minha probabilidade de comunicá-la bem. Se afirmo que estou comprometido com a verdade eterna revelada na palavra de Deus, isto deve refletir-se em meu sistema de valores, nas coisas que valorizo, naquilo em que emprego meu tempo e dinheiro, naquilo que me entusiama. Aquilo que somos é muito mais importante do que dizemos ou fazemos. Deus apresenta suas verdades personificadas exatamente desta maneira, Ele separa
um indivíduo purificado, e o coloca no meio de uma sociedade corrupta, e esta pessoa, pelo que sente, faz e sabe, demonstra perante os outros o poder da graça divina. Depois de ter esta verdade na mente, temos que sentí-la profundamente e deixar que ela domine nossos atos, e então sentir o desejo de passá-la adiante, traduzindo em palavras esse pensamento-sentimento-ação. Temos que transmitir não somente o conteúdo de palavras, mas a mensagem de uma vida. Nossa função não é trabalhar com palavras, mas com vidas, e o mais importante é testemunhar com as palavras e com a vida. Aquilo que dizemos precisa estar em harmonia com o que praticamos perante os outros. Portanto, para se ensinar é preciso buscar um equilíbrio entre o conteúdo e sua comunicação, entre os fatos e a forma, entre o que ensinamos e a maneira como ensinamos. Um dos passos mais importantes para asseguramos o sucesso de nossa comunicação é a preparação. Ela consiste em dar forma e feição a nossa mensagem, que precisa ter estrutura e um dimensionamento, determinando se somos um comunicador habilidoso ou não. Existem também fatores que podem causar interferência na nossa comunicação. Alguns são internos, estão no próprio ouvinte e fogem ao nosso controle, como alguém que teve insônia e está com sono, alguém que está com um familiar no hospital, outro que recebeu aviso prévio onde trabalha ou ainda outro que teve uma briga conjulgal feia antes de chegar. Mas existem fatores que podemos neutralizar, como a temperatura do ambiente, disposição de cadeiras, preparar figuras e recursos visuais antes da hora da aula ou até mesmo elaborar uma dinâminca para se aplicar na aula. Uma das etapas finais da comunicação é procurar saber o que os alunos aprenderam, como estão se sentindo, e o que estão fazendo. Para isso podemos dirigir-lhes algumas perguntas e se a resposta não for satisfatória, temos que voltar a explicar ou começar tudo do princípio. A lei do coração
O ensino que realmente causa impacto em quem o recebe não é o que passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro, isto quer dizer, que o ensino tm que englobar a totalidade do ser: intelecto, emoção e vontade. O processo de ensinar nada mais é que a transformação total de uma personalidade, operada pela graça de Deus, e que depois, pela mesma graça, alcançar outros para transformá-los também. Devemos transferir conhecimento não só de intelecto para intelecto, mas fazer esse trajeto pela via do coração; é mais difícil, mas também mais recompensador. Para isso temos que preservar a nossa credibilidade, porque aquilo que somos como pessoa é o fator que mais pesa em nossa atuação como orador, comunicador e conselheiro. O caráter do professor gera confiança no coração do aluno. Quando este percebe a qualidade de vida do professor, reconhece que ele tem algo a oferecerlhe; sente que pode confiar nele e é este conteúdo que gera no aluno a percepção. Os melhores mestres, não são necessariamente os que estão a frente de tudo, ou que possuem grande inteligência. São aqueles que possuem um grande coração. Ao comunicar, fazem-no com todo o seu ser, e atingem todo o ser daqueles que o ouvem. Se o aluno não aprende, isto significa que nós não ensinamos, pois toda aprendizagem começa no nível da emoção; se alguém tem sentimentos negativos com alguém, rejeita tudo que outro diz, pois rejeita a pessoa dele. Ninguém tem o mínimo interesse pelo que nós temos a comunicar, a não ser que percebam que temos interesse nele pessoalmente; da mesma maneira, quando gostamos de alguém e sabemos que ele tem interesse por nós, estamos dispostos a atender seus pedidos por mais comuns que sejam. A lei da motivação
O maior problema que ocorre hoje em educação é a falta de motivação para os alunos, de algo que os desperte e os estimule à ação. O quociente motivação é bem mais importante que o quociente inteligência. A lei da motivação é a seguinte: o ensino será mais eficiente quando o aluno se encontrar adequadamente motivado. Como motivadores, precisamos levar os alunos a se tornarem automotivados, isto é, a fazerem o que têm que fazer não porque recebem ordem para isso, ou porque alguém os obriga, mas porque querem. Um dos melhores modos de despertar isso no aluno é torná-lo ciente de suas dificuldades e lacunas e para isso devemos expor os alunos a situações práticas da vida e fazendo-os descobrir suas próprias deficiências. Uma boa aprendizagem tem que ser estruturada corretamente. Na primeira etapa o aluno vai praticar numa situação controlada e acompanhada pelo professor; depois terá que fazer sem supervisão, em situações reais. Um dos aspectos da nossa comunidade evangélica que mais incomoda é a tendência de sufocar todo tipo de criatividade, não dando espaço para que ela se manifeste. Muitas vezes, ao invés de ajudar os jovens a criar alternativas para sua energia, nós bloqueamos seus impulsos, suas ações e suas maneiras próprias de agir. Ao passo que devíamos ter aprendido a proibir somente depois de lhes oferecer uma outra alternativa. A lei da preparação prévia
Esta lei é o processo ensino-aprendizagem e é mais eficiente se, tanto o professor como o aluno estiverem previamente bem preparados. Os corredores sempre fazem exercícios de alongamento antes da corrida; os componentes de uma orquestra sempre afinam seus instrumentos antes de um concerto, e; o aluno e professor também precisam de uma preparação prévia. O professor não deve esperar o início da aula para despertar interesse nos alunos. Se antecipar isso, para que os alunos chegarem na sala de aula já venham com a mente em ação; então é só continuar. A lei da preparação prévia constitui a base para se dar tarefas para casa. Esta tarefa precisa ser muito bem elaborada, muito criativa e ter um objetivo definido e que leve o aluno a exercitar a mente. Esta tarefa acaba exigindo do professor um longo tempo de preparação, pois uma tarefa bem elaborada não cai do céu em nossa mão.
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