Resumo Dos Textos Teoria dos Media
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Texto para poderem estudar teoria dos media...
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NDIC E Í NDICE Texto 1: A obsolescência do Homem de Gunther Anders ..........................................................2 Texto 2: A Obra de Arte na Época da sua Possibilidade Técnica Téc nica de Walter Benjamin ........8 ................ ..10 Texto 3: Elementros construtivos para uma teoria dos media de Hans Magnus ..................10
Texto 4: The Bias of Comunication de Harold Innis ...............................................................17 .................. ...........18 Texto 5: Compreender os meios de comunicação de Marshall McLuhan .............................18
Texto 6: A Improbabilidade da Comunicação de Niklas Luhmann .......................................20 Texto 7: Simulacros e simulação de Jean Baudrillard .............................................................22
Texto 1: A obsolescência do Homem de Gunther Anders
Sub título: O mundo como fantasma e como matriz : considerações filosóficas sobre a rádio e televisão Porquê obsolescência (ultrapassado) do Homem? Para Gunther Anders, não só as máquinas se tornam obsolentas, mas também o Homem. Ele torna-se obsolento em relação às máquinas, ultrapassado. O Homem é limitado em relação aos avanços da tecnologia. A escola marxista refere-se à escola de pensamento desenvolvida a partir de Karl Marx (18181883). As teorias de Marx eram tomadas como um princípio de reflexão. Tenta explicar como os humanos se constituem em sociedade. Os media, por sua vez, mantêm uma relação direta com a sociedade, influenciam-na e Marx diz: os seres humanos vivem socialmente porque têm necessidades. Aquilo que as satisfaz não consegue o ser humano fazer sozinho. A finitude consiste em o Homem saber que não é totalmente independente. Para satisfazer essas necessidades, o Homem terá de produzir, criar algo. Todos os seres humanos são produtores de algo. Teremos de produzir mercadoria, mercadoria essa que precisa de matéria-prima, trabalho, que é medido com o tempo, instrumentos (muitos deles são media) e ideias. O trabalho é o esforço dispendido pelo Homem para dar forma à mercadoria. Esta última precisa de ter valor através da sua utilidade.
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“O mundo vem até nós em vez de ir mos nós ter com ele” (secção 1)
A televisão rouba-nos a possibilidade de ter experiência no mundo exterior, fora da imagem do ecrã. Os consumidores hoje em dia, são “trabalhadores” à mercê dos media. O autor dá um
exemplo de que antigamente colocavam um grande ecrã para consumo em massa, era um largo número de consimidores a ver simultâneamente de um mesmo ecrã, mas isto não é consumo em massa. Consumo de massas é um número grande de consumidores no seu espaço individual, em casa, a verem o mesmo programa (solo performance) para existir muitas experiências individuais e assim, existirem mais compradores (Mass Hermit) Anders fala de uma questão interessante: a maneira como a mobília está disposta na sala, em frente à televisão, denota-se que não estamos virados uns para os outros , não comunicamos, pelo contrário somos mandados calar se falarmos durante um programa televisivo. A rádio oculta-nos de falar também, ouvimos uma voz e não podemos falar por cima. Na opinião do autor, as línguas estão pobres porque o Homem não a articula. Hoje, o mundo vem até nós por imagens e não precisamos de explorá-lo. Os Homens experientes são raros. O Homem já não dá valor à viagem pelo que visita e pela experiência mas sim pela ância de omnipresença e mudanças rápidas. A velocidade do seu movimento priva da oportunidade de experiência. Ao produzir experiências feitas de todos os facto, a nossa capacidade de percepção, a nossa faculdade de critica ( juízo) ficam inseridas no diapasão do universo das imagens. 1. E a única experiência sensível que ainda pode restar e a do “ muro das imagens ”.
Espaço Publico: Aquilo que pode ser visto e ouvido por todos e de todos merece a mais ampla consideração e publicidade. É um espaço do interesse de todos. É um espaço politico por excelência. Espaço Privado: é a intimidade, onde se satisfaz as necessidades mais intimas, individualidade, negação do espaço publico. Liquidificação das coisas (Verflussing des Dinges): Todos os produtos do homem se tornam em imagem e não são já mais objectos, perdendo assim a sua objectividade e a sua materialidade. Perdem o seu carácter de “coisas” e mostram -se apenas como objectos no aparelho - Deste facto resulta que se torna impossível distinguir realidade e representação. - Cada imagem tende a ter a forma de um ideal/modelo ( Bild/Vorbild: equivalência entre os termos); - O mundo antes do depois da imagem não tem mais direito de existência, a não ser título de um decalque (é imagem de uma imagem). Tentamos imitar as imagens e não a realidade. Ex.: Cristiano Ronaldo “imitação inversa”
Aderimos a uma imagem porque queremos imita-la; Página 3 de 22
Massificação Ex.: Moda → o real não cabe na imagem Imagem → ideal (performativo, pela acção, momento) Imagem → ideal → Politica Ideologia → deixa de passar pelo meu juízo para ser algo que passamos a fazer.
*As imagens que temos das coisas alteram-se, quando por exemplo lemos um livro e depois vemos o filme e não temos a mesma imagem que estava no livro, porque a imaginação de cada um é diferente. - A entrega líquida e liquidificante dos aconteci mentos, transformam-nos em consumidores permanentes e consolida-nos na posição de passividade própria do lactante (da criança, do lat. Infans).
Infantilização das massas Menorização do individuo relativamente à sociedade. Perda da capacidade critica , “deixam-nos ir pelos outros” ; Decidimos pela imagem (ex. escolha de um politico) escolhemos pela imagem, pode ser muito inteligente mas se for coxo, deixamos de o escolher). Gehorsam → Aquele que ouve e cala torna-se passivo, torna-se num servo, vai se menorizar dupla ausência. - Ver transforma-se num voyerismo, ouvir/ser ouvinte transforma-se numa variante de servidão, do obedecer, da menoridade (Gehorsam, Unmundigkeit) - Como as imagens se apresentam ou presentificam um mundo ausente, o homem está, enquanto espectador, presente e ausente ao mesmo tempo. Presença frente à imagem, ausente frente ao mundo que esta representa. - Esse carácter passivo que nos dá a imagem televisiva, equivale a uma perda liberdade, mas uma perda de liberdade que não se apercebe como tal (servidão voluntária). - Pelo contrário, a imagem televisiva dá-nos a sensação de sermos todo-poderosos, dá-nos uma sensação de uma omnisciência virtual, acontecimentos que são vividos com alegria, prazer. - Neste sentido o mundo está a mão, está disponível na nossa mão... e mediante o telecomando... (instrumentalização do mundo). “Quando o mundo vem através de imagens está só meio presente” (secção 1)
O facto de termos livre acesso às vozes de todo o mundo e este último ter o direito de estar nas nossas casas, não quer dizer que seja algo que está realmente presente. Embora eles falem Página 4 de 22
conosco como se nos estivessem a interrogar e à espera de resposta, nós não podemos intervir. Enquanto que na rádio ouvimos o real, a tv fornece-nos imagens, representações do real. O evento fictício faz-nos acreditar que somos suas testemunhas reais, na medida em que são apresentados como se o fossem. Toda a realidade está a tornar-se fantasmagórica, tudo o que é fictício está a tornar-se real, ou seja, tudo o que é transmitido é considerado real, fazendo com que toda a realidade seja apresentada como um fantasma. A produção tem como objetivo produzir no consumidor uma capacidade, ou, neste caso, uma não capacidade de tomar qualquer decisão sem ela.
Digressão- interpolação sobre uma paixão extinta. A pessoa desorientada vive apenas no agora. Televisão e rádio produzem uma esquizofrenia artificial (não nos podemos esqueçer que nesta altura a televisão era o auge da tecnologia, hoje em dia, com os novos gadgets, já não é tanto usada). O Homem gosta de coisas alienadas. Tem fome pela rapidez. As transmissões da televisão e rádio são recheadas de ansiedade e exaustação ao mesmo tempo, ritmo e inatividade, servem todos eles ao mesmo tempo. Hoje em dia dedicamo-nos a duas ou mais atividades ao mesmo tempo e isto é aceite como normal. Já não podemos falar de “sujeito” ou “sujeitos” que estejam a ser entretidos pelas
imagens, ruídos, etc. A sua identidade é tão desorganizada que a busca do próprio Homem é uma busca por algo que não existe. Ele é desorientado não só por uma multiplicidade de locais no mundo mas também por uma pluralidade de funções que desempenha.
O mundo como fantasma Conversão da família em publico em miniatura. A família passa a ser um espaço publico. Destroem-se as relações. Há uma cancelamento do dialogo, onde estava uma mesa, agora está uma TV. Familiarização/banalização do mundo (Tornar o mundo instrumental) Como se tudo pudesse ser discutível a partir de informação que as imagens televisiva nos trazem.
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Cultura → Sociedade
Meios: 1 - Oral (oralidade) 2 – Escrita 3 – Suporte (pedra, livro, pergaminho) 4 – Imprensa (principalmente de Gutenberg (1450)) Tempo ← Espaço ← Difusão; Arquiva No Sec. XIX aparece a fotografia que nasce com ela o conceito de “Mass Media”
Equivalência entre Ideia/imagem/ideal. - As imagens isoladas, separadas, descontextualizadas, interditam a possível compreensão de toda a representação coerente de um todo de acontecimentos, de um con junto de acontecimentos ,de uma situação, de um facto, de algo concreto. As imagens são colocado numa sequência de sentido se tirarmos uma imagem, ela deixa de fazer sentido. Toda a imagem televisiva é uma imagem com uma narrativa linear (Texto). Perda da noção de causalidade; Deixa de haver a distinção de que uma coisa causa a outra; Alguém produz imagens para os outros verem. Constante produção de imagens para eu consumir que alguém teve de as produzir. Framining das imagens em que todos as consomem da mesma maneira; As imagens estão cada vez menos concretas e mais com uma estrutura idêntica.
Ermita das massas Ex.: Cyber café Estamos num espaço familiar isolados daqueles que nos rodeiam. Pessoas completamente isoladas pela imagem, trabalhador no domicilio. Quando estou em casa o dar atenção à televisão e estou a ganhar valor
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“Vivemos num mundo alienado” (secção 6)
As estrelas de cinema que nunca vimos pessoalmente mas cujas características físicas e espirituais são conhecidas por nós mais do que os nossos colegas de trabalho ou os nossos vizinhos, “Referimo -nos a eles pelos primeiros nomes” (secção 7). O que nos é entregue afeta -
nos logo, as imagens 3D surgiram não só do melhoramento técnico (televisão) mas também para conferir ausência de distância entre a transmissão e o recetor num grau máximo a nível sensorial e espacial. Com o objetivo de permitir ao consumidor o tratamento do mundo como algo familiar, a imagem televisiva deve dirigir- se a ele como um “velho companheiro” (secção 7) “O poder mágico da banalização é tão irresistível (…) que nada pode resistir -lhe (…)” (secção 7). O
método de trazer o objeto até nós, na verdade, serve para encobri-lo, aliená-lo. Tudo o que é transformado numa mercadoria é alienado, todas elas se destinam a ser compradas e transformadas em parte da nossa vida, também deverá ser banalizada: cada mercadoria deverá existir de tal forma que, deverá ser adaptada a uma necessidade, um estilo e padrão de vida, deverá ser “acomodada aos olhos” . A banalização é um fenómeno de neutralização uma vez que
coloca tudo no mesmo nível. A força de banalização hoje é de natureza económica, será que podemos considerar esta como uma fonte de banalização? Sim, tudo o que é transformado numa mercadoria é alienado, assim como, visto que todas elas se destinam a ser compradas e transformadas em parte da nossa vida, também devem ser banalizadas. O produto é vendido de uma forma que seja conveniente para o comprador, des de que o mundo é inconveniente, a mercadoria simula precisamente as propriedades que o mundo carece completamente e, este produto tem a audácia de afirmar que é o mundo. “As notícias” (secção 17)
Através das notícias algo se torna presente, não o objeto em si mas sim uma propriedade do objeto que, ao contrário do objeto original, este novo é fundamental e transmissível, contendo também algo do antigo.
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TEXTO 2: A OBRA DE ARTE NA ÉPOCA DA SUA P OSSIBILIDADE TÉCNICA DE WALTER BENJAMIN Capitulo 1- A Arte e Walter Benjamin Walter Benjamin, tal como eu, questionava-se sobre o que era Arte e segundo ele , a finalidade da Arte é a representação. A Arte serve para colocar o sujeito numa posição reflectiva, serve para ver e serve para atribuir juízo e valor. A representação Artística exige tempo para concentrar. A Arte foi feita para todos a vermos, reflectirmos, pensarmos, e acima de tudo, a Arte pretende a unificação das pessoas que a observam. No fundo a Arte é uma forma de construção de laços e estruturas entre as pessoas que a observam. A Arte é o centro que une os olhos que a ela olham, por exemplo, as imagens religiosas demonstram este acontecimento. Existe uma relação no que uma obra evoca nas pessoas e que as une. É a partir do que as imagens, ou obras de Arte, evocam nas pessoas que se dá o valor de culto (o valor que eu enquanto observador atribuo), este é sempre associado a um ritual (criação de movimentos para ver a Arte em grupo). Apesar de todos os factos anteriormente descritos, a Arte apenas cumpre esta função de unificação das pessoas se for única e autêntica e se as pessoas forem autónomas. Para que a obra de Arte seja única tem que ser irrepetível, e para ser autêntica tem que ter um autor. O autor de uma obra é caracterizado pelo período histórico onde se insere, porém, uma obra não se esgota no seu período histórico (é intemporal). A partir do século XIX, começou-se a poder reproduzir a Arte através da fotografia e do cinema. Este avanço trouxe-nos acesso a sítios que antes não se podia, isto é, a fotografia por exemplo, agora pode ser vista num livro e por esta razão já não é original, é uma cópia. A originalidade da obra, tal como a sua função, perde-se. A tradição e o valor de culto, contidos na obra alteram-se. Este conceito perdido, é segundo o autor, a aura. A aura é o “aparecimento único de algo distante, por muito perto que seja. Seguir com o olhar uma cadeia de montanhas no horizonte ou um ramo de árvore que deita sobre nós a sua sombra, ao descansarmos numa tarde de Verão - isto é respirar a aura dessas montanhas, desse ramo. Pegando nesta descrição, é fácil compreender o condicionalismo social da actual decadência da aura” (Benjamin, 1955, p.213). O exemplo de uma cruz de Cristo, aquilo que sentimos e que evocamos, obviamente não está lá representado, a distância á qual se refere é aquela que não se representa (a distancia que não se representa, é o sentimento que um objecto nos oferece, por exemplo, se a cruz de Cristo, representa Deus, então a cruz é um objecto sagrado, no entanto é apenas um pedaço de prata e um mero objecto). Para Benjamin, o valor de culto que antes a caracterizava perde-se, e passa a ter um valor de exposição, neste contexto, deixamos de ter um olhar concentrado e passamos a ter um olhar distraído, pois a obra perde a sua autenticidade, descontextualiza-se e dá-se uma decadência da aura. O aparecimento do cinema, veio permitir a montagem de imagens em sequência, retirando assim, a noção de representação. Este processo, sucede á Percepção da Distracção, que segundo o autor, resulta na percepção distraída das coisas, por exemplo, já ninguém perde tempo a ver e a olhar para as imagens como antigamente em grupo, pois a partir do momento que o cinema nasce, a aceleração torna impossível a absorção das imagens. A vantagem do movimento, faz com que mais tarde possamos ver novamente as mesmas imagens tornando-as intemporais, já a montagem, traz um grande perigo, pois agora, qualquer pessoa pode alterar a realidade e manipular as pessoas.
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Conclusão do texto A conclusão que podemos retirar do texto de Walter Benjamin, é que este texto foi uma forma de advertir as pessoas face aos perigos da manipulação por parte dos média. O autor ambiciona mostrar ao leitor, a forma como os média retiram o carácter histórico e alteram as imagens. Na obra, o autor evoca Duhamel que tal como Benjamin, Duhamel pretendia demonstrar que o cinema é uma perda de tempo e que traria consequências profundas no aparelho da percepção do consciente , em suma, para Benjamin, “ o cinema restringe o valor de culto não só porque coloca o público numa atitude de apreciação valorativa, mas também porque esta atitude no cinema não inclui o factor atenção. O público é um examinador, mas um examinador distraído ” (Benjamin., 1955, p.239). Na análise prévia que fiz da obra de Walter Benjamin, gostaria de fo car um ponto de vista, ao qual o autor dá ênfase. O facto de acreditar que os Dadaístas vieram, tal como o cinema e a fotografia, arruinar o valor da aura. O autor expõe o seu pensamento á cerca do Dadaísmo, revelando que é através de épocas como estas, que a at enção se dispersa (Percepção Distraída). Concluindo, o que este texto me transmite, é q ue não foi o aparecimento do cinema nem da fotografia que veio arruinar a Arte, mas sim a sociedade da época (Refiro-me á sociedade da época, pois, a sociedade deixou-se levar pelos encantos do cinema, sem conseguir perceber as consequências que este viria trazer, mesmo após os “ avisos” de Walter Benjamin e dos Dadaístas face a este tema. A sociedade limitou-se mais uma vez a seguir as modas elitistas criadas pelos media, sem qualquer tipo de aura ou de raciocínio próprio) que em vez de perceber a revolta Dadaísta e a ambição de Benjamin, encarou-as como uma bela obra artística, pois a percepção de distracção já abundava a sua consciência artística (a mentalidade da altura, estava tão p enetrada pela Percepção Distraída, que a aura da sociedade era praticamente nula, conseguindo ler obras como a de Benjamin e não reter nada, nem sentindo nada. Este facto, também é visível, nas obras Dadaístas, pois apesar de não sentir nada, a sociedade tende a procurar um significado, inventando um, ou ignorando a sua presença esquecendo o seu valor original). O que torna uma obra de arte única é o tempo, espaço e propósito para o qual foi feita. Acedemos à imagem através da visão. A v isão aproxima-nos do mundo sem intervir nela.
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Texto 3: Elementros construtivos para uma teoria dos media de Hans Magnus Magnus Enzensberger descreve detalhadamente o desenvolvimento histórico do negócio e o poder dos meios de comunicação, o qual ele intitula “Indústria da Consciência”, esmiuçando
o potencial dos mesmos e atacando a falta de capacidade das organizações de esquerda para reconhecer e tirar partido desse potencial como uma ferramenta social. Enzensberger procura uma estratégia possível em países capitalistas (tecnologicamente avançados) para fazer uso correto das capacidades potenciais dos novos media.
Novos media:
Ex: satélites de comunicação , a televisão a cores, as câmaras de vídeo, fotocopiadoras,
computadores, entre outros.
Relacionam-se entre si e com os media mais antigos, como a imprensa, o rádio, o cinema, a televisão, o telefone, o radar, etc.
Unem-se e criam um sistema universal.
A indústria da consciência é fruto do capitalismo dos monopólios, o qual a limita ao mesmo tempo.
O autor critica:
O uso capitalista dos meios de comunicação que cria um monopólio de poder sobre a
indústria da consciência , e o espaço que continua em aberto para uma teoria marxista dos media, assumindo que falta uma estratégia útil por meio de uma teoria socialista que dê espaço à mudança, a que ele chama de “Revolução Cultural” . Apenas um levantamento crítico do status quo é insuficiente, e incorre-se no perigo de subestimar os crescentes conflitos na área dos media, e de apresenta-los como inofensivos, de interpretá-los de modo liberal ou sindical.
O uso dos meios de comunicação pelos socialistas da Nova Esquerda de 1960, embora que dentro de uma abordagem socialista. Ele refere que impera a insegurança e oscilação entre o medo e a obsolescência na relação entre a esquerda socialista e as novas forças
produtivas da indústria da consciência . Esta postura reflete a ambivalência dos próprios media, e impede que se tenha o poder sobre estes.
Fez-se uso dos media potencialmente produtores de forma a serem rebaixados a “instrumentos de lazer” (Enzensberger, 2003, p. 50) inofensivos e sem consequências nas
mãos de amadores.
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Segundo Enzensberger, os meios de comunicação eletrónicos acabam com toda a
pureza. Neste sentido, a “Nova Esquerda dos anos 1960 resumiu a evolução dos media num único termo; o da manipulação” (Enzensberger, 2003, p. 27), tendo estabelecido uma tese da
manipulação. Esta tese é defensiva na sua essência e nos seus reflexos e pode levar ao insucesso.
A tese da manipulação tem como condição básica não verbalizada a crença de que existe uma verdade pura não manipulada . No entanto, qualquer uso dos media pressupõe manipulação, no sentido em que a manipulação é toda a “ intervenção técnica dum determinado material com um fim específico” (Enzensberger, 2003, p. 35). Contudo, o autor diz que “Quando se trata de intervenção so cialmente relevante e direta, a manipulação passa a ser um ato político, o que, em princípio, ocorre na indústria da consciência .” (Enzensberger, 2003, p.
35).
A questão que reside é quem é que os manipula? (Enzensberger, 2003). 1. Todos devem tornarem-se manipuladores Enzensberger defende que um plano revolucionário não deve exigir a eliminação ou desaparecimento dos manipuladores, mas sim que todos se tornem manipuladores. Esta perspetiva tem um lado irreal, uma vez que seria difícil, se não impossível, tornar toda a gente um manipulador. Ainda assim, o ponto principal é o confronto da falsa noção de verdade
com que somos confrontados . Ex. nas notícias e documentários. 2. Toda a manipulação técnica é potencialmente perigosa Enzensberger defende ainda que “toda a manipulação técnica é potencialmente perigosa”.
No entanto, a manipulação dos media não deve ser resolvida através de velhas ou novas formas de censura, mas exclusivamente através de um “controlo social direto , ou seja, pelas massas tornadas produtivas”. Contudo, o autor não refere diretamente quais os processos adicionais
necessários.
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3. Emancipação dos Novos Media Alerta para o poder de emancipação dos Novos Media contra o poder de repressão. Um deles é a força mobilizadora que podem exercer sobre as pessoas, isto é, torná-las mais móveis, soltas, leves – “Soltas como dançarinos, presentes de espírito como jogadores de futebol, surpreendentes como guerrilheiros” (Enzensberger, 2003, p. 16).
Antigos Media vs. Novos Media Os media mais antigos : 1. Impediam a comunicação entre receptor/emissor, mas sim o seu impedimento; 2. Eram apenas meios de distribuição, em que existia apenas um transmissor e vários recetores; 3. O material escrito ou gravado através dos antigos media não está acessível a qualquer momento. Os novos media: 1. Os meios estão nas mãos das próprias massas 2. Possibilitam a resposta do receptor; 3. Possibilitam a transformação do recetor em emissor/produtor; 4. Estão disponíveis para todos; 5. Acabam com os privilégios educacionais e com o monopólio cultural dos pensadores burgueses; 6. Orientam-se pela ação e pelo momento, mas isto não quer dizer que não tenham história ou que não contribuam para a memória e consciência histórica. 7. O material, escrito ou gravado através dos novos media fica acessível a qualquer momento.
Meio de distribuição
Meio de comunicação (meio de distribuição passou a ser meio de
comunicação com o passar do tempo)
A evolução de um meio de distribuição para um meio de comunicação não é um problema técnico, mas é sim evitado conscientemente, por boas ou más razões políticas. Defende que os meios de comunicação só poderão tornar todos produtores, no futuro, se houver trabalho coletivo , no sentido que “O trabalho individual com os media só será possível na medida em que permaneça socialmente e, logo, seja também esteticamente irrelevante.”
(Enzensberger, 2003, p. 49).
Uso individual dos novos media Enzensberger refere ainda que “ A produção particular dos medias é apenas um trabalho caseiro concessionado.” (Enzensberger, 2003, p. 50).
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Aqui o conceito de concessão explica da melhor forma o processo de controlo das classes dominadoras, em que se engana as massas fazendo-lhes parecer que têm o controlo de certos medias apesar desse mesmo “controlo” ser controlado, roubando -lhes a liberdade de uso – Para além deste prejuízo causado às massas, “Soma -se (..) o escárnio triunfante em relação ao
facto de que aparentemente não sabem faze r uso dos media” (Enzensberger, 2003, p. 51). Enzensberger acrescenta que ainda se ouve a opinião, daqueles que julgam socialistas, que “as
massas jamais se poderiam autogovernar ” (Enzensberger, 2003, p. 52). Um controlo com base em valores de aproximação leva a uma manipulação deficiente que pode fracassar, resultando num bloqueio de troca de informações e numa ameaça ao regime. Enzensberger defende que os media e a manipulação destes só devem ser tratados através do controlo social direto, isto é, “pelas massas tornadas produtivas” (Enzensberger, 2003, p. 36).
No sentido de corrigir o “mau uso” dos media Enzensberger apresenta uma estratégia:
Fim do isolamento do indivíduo;
Fim dos métodos de produção privada dos pensadores burgueses através da autoorganização dos participantes.
Nota: Isso não é possível sem a auto-organização dos participantes. Meios de produção O autor questiona também o facto de os meios de produção não estarem presentes de forma maciça nos locais de trabalho, nas escolas, nas repartições burocráticas, e em todas as situações sociais de trabalho.
Solução > As massas deveriam ter acesso a formas agressivas de publicidade, assegurando as suas experiências quotidianas retirando delas ensinamentos efetivos O que Enzensberger pretende notar é o facto dos socialistas e governos socialistas duplicarem a frustração das massas, ao declararem as suas necessidades como falsas e tornandose cúmplices de um sistema que deveriam combater. Este sistema refere-se à: 1. Falta de interesse dos capitalistas pelos interesses das massas; 2. Controlo e manipulação do uso dos media em prol dos seus interesses económicos; 3. Da evitação da comunicação entre o emissor e o recetor 4. Da imobilização dos indivíduos isolados 5. Do comportamento passivo do consumidor.
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Enzensberger insiste no reconhecimento e uso do potencial revolucionário dos media através de uma “Revolução Cultural”.
Teoria Marxista Não existe uma teoria marxista dos meios de comunicação. Marxistas baseiam-se na teoria e na negatividade dos media. A insuficiente compreensão dos marxistas pelos novos media, levaram a que houvesse espaço para que políticos apresentassem hipóteses e práticas não marxistas, baseadas puramente em intuições, às quais o comunismo não quis dar atenção, ficando em desvantagem.
Referências a outros autores Enzensberger diz que McLuhan “divide a determinação de minimizar todos os problemas da base económica, o enfoque idealista, a banalização da luta de classes, no azul celeste de um humanismo vago” (Enzensberger, 2003, p. 81). Desvaloriza a sua perspetiva mas refere que a sua frase mais famosa “o meio é a mensagem” comunica que a burguesia di spõe de
todos os meios para comunicar mas não faz o uso social necessário desses meios. Porém, Walter Benjamin , o único teórico marxista que reconheceu as possibilidades de emancipação dos novos media, numa época em que a indústria da consciência estava pouco desenvolvida, analisou essa indústria de uma perspetiva dialético-materialista. Benjamin vê na arte, especialmente no cinema, uma capacidade de dimensão social. Dimensão social essa que resulta da estreita relação existente entre as transformações técnicas da sociedade e as modificações da perceção estética. Enzensberger refere que as tendências que Bejamin observou tornaram-se manifestas no ano 1970, com o rápido desenvolvimento da indústria da consciência - “O que até hoje se chamava arte, ficou suspenso pelos media e nos media, num sentido estritamente hegeliano ”. Na perspetiva de Enzensberger, “os programas da indústria da consciência devem absorver os seus próprios efeitos, assim como as reações e as correções que provocam, do contrário estarão ultrapassadas. Sendo assim, não devem ser percebidos como meios de consumo, porém como meio para a própria produção.” (Enzensberger, 2003, p. 104).
Conclusão Sendo os meios de comunicação > meios de produção, as massas terão acesso total às potencialidades e emancipação dos novos media. Quando as próprias massas se tornarem “autoras da história” (permanecem), o autor desaparece inteiramente.
A abordagem dos media por Hans Enzensberger de 1970 é ainda hoje bastante real. Os novos media têm vindo a evoluir e aumentar, tendo condicionado a forma como vivemos e Página 14 de 22
vemos o mundo. Um dos maiores exemplos disso é a internet, sem a qual é já impossível conceber o mundo. Os capitalistas fazem uso da internet e outros medias para fazerem negócios, publicidade e controlar o fluxo de informações e recursos que permitem o Estado funcionar. Também os artistas usam a internet para comunicarem entre si, para realizarem projetos e para conceber novas modalidades de expressão artística. A internet tornou-se um modelo de comunicação em rede, o qual Enzensberger defendia. Os novos media tornaram-se fundamentais e indispensáveis na comunicação aos quais temos um acesso facilitado e cheio, à exceção de alguns pontos no mundo em que ainda é muito limitado e restrito o uso dos media. Mantemos relações não só com pessoas mas também com objetos e bens materiais do nosso quotidiano. Desencadeou-se, uma quase dependência dos novos media. Portanto, a visão
que Enzensberger nos dá ao longo do livro, dos novos media, é coerente ainda hoje . A internet permitiu que qualquer um pudesse tornar-se um produtor e foi evidenciado o poder de comunicação dos novos media. As suas potencialidades são imensas e são mais visíveis, no entanto, os seus perigos também. Em 1970, o autor já tinha consciência de alguns dos perigos atuais, ao falar do uso repressivo dos novos media. Continuamos a deparar-nos com a condição “hipnotizadora” dos novos media que Enzensberger refere.
Esta relação de excessos tem vindo
a crescer potencialmente, tendo evidenciado problemas de autonomia e liberdade . A eficiência dos novos meios de comunicação depende do conhecimento social, político e cultural necessário para reconhecer as suas potencialidades também políticas. No entanto, pode carecer a importância social dessa mensagem, que leva à sua ineficiência. Não podemos negar que os novos media permitem e oferecem diversas e novas experiências, que sem a sua existência nunca poderíamos experienciar, no entanto, também não podemos dizer que os novos media não nos recusam outras experiências. Atualmente, com o uso desenfreado dos novos media, ouvimos frequentemente, dentro da sociedade, falar-se que esse uso cria uma dependência no Homem e impossibilita as verdadeiras relações humanas. A estratégia socialista de que Enzensberger fala, ainda não é hoje visível
por completo. Não existe uma auto-organização da sociedade nem uma consciencialização da mesma para os potenciais sociais dos novos media. Estes são transformados em ferramentas de lazer, como Enzensberger referiu, hipnotizando as massas e isolando-as, retirando-lhes a autonomia, liberdade e diferenciação, e ainda criando novos problemas como a falta de privacidade e a falha de educação. Temos ao nosso alcance os meios para produzir e divulgar uma mensagem e para nos assegurarmos que essa mensagem tenha destinatários. O espaço virtual é de todos e nele não existem controladores e controlados de forma direta. Ainda assim, poucos são os que tomam essas atitudes. Talvez por medo ou falta de convicção numa Revolução Cultural capaz de mudança. No entanto, o espaço fica aberto para aqueles que vêm as verdadeiras potencialidades revolucionárias dos novos media e fazem uso deles nesse sentido. Muitos ainda são os que se Página 15 de 22
recusam a ver essas capacidades, que acreditam que a internet proporciona isolamento. Entretanto, o uso individual da internet ou dos novos media em geral, é já uma opção do indivíduo, uma vez que temos a possibilidade de criar paradigmas e fomentar processos sociais, desde que o internauta se associe a outras pessoas com os mesmos ideais ou propósitos semelhantes. A perspetiva de Enzensberger é ainda muito atual, uma vez que os problemas que ele evidencia ainda estão presentes, no entanto, após mais de 40 anos da sua conceção, a emancipação dos media continua a ser um ideal e não uma realidade.
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Texto 4: The Bias of Comunication de Harold Innis (1951) O conhecimento depende e diz respeito à realidade. Media > Conhecimento > Realidade > Poder Emissor/receptor: - Sujeitos que desempenham a função de comunicação; - Existe sempre um diferendo temporal entre a emissão e a recepção por parte de um sujeito; - Põem em causa a individualidade dos sujeitos; - O conhecimento dá o poder de intervir na realidade (poder e conhecimento tendem a perpetuar-se) O conhecimento e poder tendem a perdurar imutáveis, o que permite que a realidade seja e stável a longo prazo.
Tipos de media:
Controlam o espaço: ação política, normas;
Controlam o tempo: tendem a criar discursos de transcendência.
Notas: As sociedades atuais estão altamente dependentes dos media que controlam o ESPAÇO, ao contráro do que acontecia anteriormente.
The Bias of Communication : O equilíbrio entre os dois tipos de meios. Quando alguém consegue controlar os dois tipos de medias, assistimos à formação de um império. A partir do momento em que um império se constitui, começa a destruir-se porque um dos tipos de meios se sobrepõe ao outro. Para manter o império é necessário manter o equilíbrio entre os dois tipos de meios. Ex.: EUA => Território + Ideia intemporal de pertença a uma grande nação.
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TEXTO 5: COMPREENDER OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MARSHALL MCLUHAN
O meio é a mensagem McLuhan mostra que o meio tem de ser visto como uma prioridade. Para tal, é necessário mostrar a força e o impacto que o meio tem na sociedade. O autor chama atenção para os meios ao desencadearem diferentes mecanismos de compreensão, isto é, ganhando diferentes significados. Então, o que quer dizer com o título “ Compreender os Meios de Comunicação: Extensões
do Homem”? O autor utilizou o título “ Compreender os Meios de Comunicação ” para mostrar à sociedade que o meio não é neutro e que afeta a população. Assim, veio dar a conhecer a intensidade e o entorpecimento que os meios têm em proporcionar sentidos, cultura, tecnologia e força de pensamento. Além disso, entende-se, também, que as tecnologias são as “extensões do Homem”, ou seja, qualquer artefacto produzido por ele.
Automatização McLuhan começa por desmitificar a relação entre o Homem e a máquina, quando
introduz a automatização com dois lados: o lado negativo , ao qual indica que a automatização veio eliminar os postos de trabalho; o lado positivo , o qual intensifica o envolvimento do Homem nas relações humanas. Assim, introduz as máquinas como meios tecnologicos.
Exemplo da luz elétrica O autor dá o exemplo da luz elétrica para explicar que o conteúdo de um meio é sempre
outro meio. No caso da eletricidade, ela por si só não tem qualquer conteúdo. No entanto, se for utilizada para iluminar um cartaz então o seu conteúdo não é a luz elétrica em si mas sim o cartaz, que é outro meio, « (…) pois a luz elétrica só é vista como um meio quando usada para iluminar uma marca comercial..» (página 2).
Então, com isto, será pertinente questionar de que forma os meios afetam a sociedade. É o meio que molda as proporções e as formas das atividades humanas. McLuhan, no seu livro, refere que «o meio é a mensagem porque é o meio que configura e controla a proporção e a forma das ações humanas.” (página, 23), ou seja, o meio poderá definir os comportamentos
humanos na sociedade. Por exemplo, utilizar um meio para passar uma mensagem sobre os cuidados a ter com a saúde será pertinente. Podemos utilizar o mesmo meio para passar outra mensagem, independentemente do tema. No entanto, deparamo-nos com um problema se o conteúdo for ilicíto pois, assim, esse meio poderá tornar-se um problema para a sociedade. Desse modo, confirma-se que, sem dúvida, o valor dado aos meios é determinado pelo Homem. Página 18 de 22
Os meios quentes e os meios frios Posto isto, McLuhan introduz os meios quentes e meios frios. Um meio quente é aquele que fornece um maior número de informaçoes, permitindo pouca ou nenhuma interação com o público. Um meio frio oferece uma quantidade menor de informação, exigindo que a público preencha a informação com aquilo que imagina. A diferença entre eles resulta de que um meio
frio promove a interação, o que faz com que o Homem reflita mais sobre determinados assuntos, enquanto a falta de interação que os meios quentes proporcionam faz com que a sociedade isole-se cada vez mais. No entanto, com o passar do tempo e com a evolução tecnológica, o frio passou a denominar o que antes era quente. O autor indica que o frio passou a significar aquilo que precisa do tempo e atenção de uma pessoa. Por exemplo, a televisão seria antes um meio frio, promovia a interação e refleção sobre determinados assuntos. Hoje, passa a ser um meio quente, o qual transforma as ideias, fazendo dos seres humanos pessoas facilmente influenciáveis pelo conteúdo transmitido através deste meio. Além dos meios, o autor caracteriza as sociedades como quentes e frias. As sociedades em desenvolvimento como frias e sociedades desenvolvidas como quentes.
A inversão de um meio sobreaquecido No capítulo “a inversão de um meio sobreaquecido”, o autor refere que existe um limite
de ruptura em qualquer meio, o que faz com que estes atravessem um ponto irreversível ou até mesmo originarem outros meios. McLuhan dá o exemplo do cinema antigo com a rádio, dando a origem ao cinema falado. Além disso, dá o exemplo da cidade e do campo após a decadência ferroviária: “ua ve utraassado o onto de rutura rodovirio o ato de o ao deiar de ser o entro do traao e a idade o entro do aer e ato o roresso das estradas e dos transortes inverteu os adres antios , convertendo as cidades em centros de trabalho e o campo em centro de laser e recriação.”
Como as extensões são baseadas no próprio Homem, as suas origens são decorrentes das necessidades humanas. Ao mesmo tempo, o meio veio modificar a naturalidade das coisas, fazendo com que o aperfeiçoamento pareça natural. Dado o avanço tecnológico, hoje os meios manifestam-se como uma realidade global. Os meios são verdadeiramente extensões físicas e psicológicas do ser humanos. As alterações e condições proporcionadas pelos meios, as quais o Homem está submetido constantemente, geram mudanças globais. Como exemplo maior pode-se dizer a internet e a televisão
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Texto 6: A Improbabilidade da Comunicação de Niklas Luhmann Lhumann reúne ensaios sobre a relação entre a Comunicação e Sociedade o qual refere que Originalidade da teoria provém da Comunicação => Problema=> Improvável. Apesar de Improvável=> a comunicação é possível. « Sem comunicação não existem relações humanas nem vida humana propriamente dita ».
A comunicação é improvável porque:
1. É improvável que alguém compreenda o que o outro quer dizer, tendo em conta o isolamento e a individualização da sua consciência; 2. PREZI OU TRABALHO 3. Obter resultado desejado: O receptor adoptar o conteúdo selectivo da comunicação (informação) como um premissa do seu próprio comportamento. Não é provável que o receptor assuma no seu comporto as premissas emanada pela comunicação do emissor. Sendo a resposta positiva não podemos garantir por causa da primeira condição. Sendo negativa, não podemos garantir devido á segunda. Estas improbabilidade tendem a ser superadas por estruturas criadas pelos homens, já que as improbabilidades não foram criadas pelo homens, mas são produtos da condição humana. A comunicação gera problemas quando não é compreendida como deve ser.
Como passar o improvável (comunicar) a provável:
1. Criação da linguagem, sistemas de signos que permitem descrever o estado das coisas a qualquer momento; Linguagem => codificada/com códigos => facilita a compreensão => supera o 1º problema; 2. Criação dos meios de difusão (escrita) e mass-media, como uma forma de aumentar a quantidade de potenciais receptores da mensagem. Aumentando a probabilidade de conseguir comunicar; Meios de difusão (rádio, imprensa) => supera o 2º problema; 3. Meios de comunicação genericamente simbolizados: Codificação do comportamento nos meios de forma a garantir que o receptor se comporte de acordo com as premissas emanadas pelo receptor. São historicamente determinados (dependem de outros), determináveis (podem ser localizados no tempo) e são sujeitos a mudança; Meios de Comunicação Simbolicamente Generalizado (compromissos morais, dinheiro, poder, influência, verdade e amor) => superam o 3º problema. O autor acredita que existem mais factores que influenciam, no entanto não os referes e apenas deixa-nos estes três problemas e três soluções.
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A aceleração da velocidade de comunicação esta a tornar os meios de comunicação genericamente simbolizados cada vez mais complexos e difíceis de determinar, estes meios são: 1. Dinheiro: Trocas de bens sem discussão de valores; 2. Compromissos Morais: Palavra etc; 3. Poder: Hierarquizar garante o comportamento do outro; 4. Influência: Capacidade que alguns receptores têm de chamar à atenção para outros repetires - líderes de opinião; 5. Verdade no domínio da ciência: Os receptores tomam como verdade as mensagens dos emissores que “gostam mais”, a verdade é transportável ao longo do tempo;
6. Relações Humanas: O amor na codificação das relações humanas.
Senso Comum: Constituição de um conhecimento (do mundo) que se traduz na capacidade de todos os indivíduos de uma sociedade poderem aceitar o que é tido como verdadeiro, os objectos que aparecem a esses indivíduos. - É uma construção social da realidade, estável e com uma temporalidade; - Senso comum como forma rápida de resolver problemas; Os mass-media provocam a estática do desaparecimento, porque reduzem o tempo de exposição às coisas. Diminuem a velocidade das coisas e nossa percepção: - Os indivíduos que vivem nestas sociedades são pictolecticos, ou seja, têm falhas frequentes na memória; - A superestimulação perceptiva colapsa a memória e os mass media tomam o papel de ser a nossa memória; - Gera-se uma cronosfera, todos têm o mesmo ritmo, limita indirectamente a nossa liberdade ; - Gera espaços carac terizados por “não espaços”, que são lugares destituídos de relação entre indivíduos, mesmo que estes se cruzem repetidamente neles; - Os media são capaz de criar ou destituir o sentido dos espaços físicos.
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Texto 7: Simulacros e simulação de Jean Baudrillard Jean Baudrillard caracterizou o fenómeno do hiper-realismo, da simulação e dos simulacros que, através dos media, a televisão em particular, domina desde os anos 70. O autor defende que passámos a viver a representação da realidade, difundida, na sociedade pós-moderna, pelos media. Defende a teoria de que vivemos numa era cujos símbolos têm mais peso/força do que a própria realidade. Desse fenómeno surgem os " simulacros ", simulações mal feitas do real que, contraditoriamente, são mais atraentes ao espectador do que o próprio objeto reproduzido.
Simulacros: são cópias que representam
elementos
que
Ex: um cenário que confere uma ilusão:
nunca existiram ou que não
programa «Big Brother», o «Peso Pesado»
possuem mais o seu equivalente
e todos os programas de televisão que
na realidade;
exibem
Simulação: imitação de uma
privacidade
operação ou processo existente
espectador "ver" a intimidade dos actores.
grupos
de
pessoas
quotidiana,
na
sua
deixando
o
no mundo real. Baudrillard escreveu, distinguindo entre dissimulação e simulação:
«Dissimular é fingir não ter ainda o que se tem.» / presença
«Simular é fingir ter o que não se tem.» / ausência
Atenção: Mas … não é assim tão simples! «Aquele que finge uma doença pode simplesmente meter-se na cama e fazer crer que está doente. Aquele que simula uma doença determina em si próprio alguns dos respectivos sintomas.» (Littré).
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