Resumo do capitulo 1 a 6- Maias, de Eça de Queiroz.
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Descrição: Resumo do capitulo de 1 a 6 dos Maias, de Eça de Queiroz....
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Os Maias, de Eça de Queirós Capitulo I
Os Maias eram uma antiga família da Beira, sempre pouco numerosa, que cou reduzida a Afonso da Maia e ao seu neto Carlos da Maia que estava a estudar medicina em Coimbra. No outono de !"# instalaram$se instalara m$se na sua casa de %isboa, con&ecida por todos como o '(amal&ete', que estava abandonada desde que a família se tin&a retirado para a quinta de )anta Ol*via, nas margens do rio +ouro. O procurador da família -ilaa/ enumerou a Afonso da Maia das necessidades que a casa precisava em ter obras e por isso Carlos, um rapaz de gosto e de lu0o entregou a reconstru1o do (amal&ete a um arquitecto e decorador ingl2s. 3erminad 3erminada a a reconstru1o, reconstru1o, a casa manteve$se manteve$se fec&ada, fec&ada, enquanto enquanto Carlos fez uma uma longa viagem pela 4uropa, ap5s ter terminado o curso de medicina em Coimbra. Na v6spera da c&egada do neto, Afonso instalou$se no (amal&ete, dei0ando a quinta de )anta Ol*via. Afonso gostava do sossego de )anta Ol*via, mas o seu neto depois de formado n1o iria querer viver na quinta por ter um carreira ativa, como n1o queria viver longe do seu neto mudaram$se para %isboa. No passado, Afonso da Maia tin&a sido um rebelde 7acobino, ou se7a, um liberal o que c&ocou o seu pai, Caetano da Maia, que odiava os 7acobinos. 4ste sentindo$se desonrado com as ideias liberais do seu l&o, e0pulsou$o de casa, isolando$o na quinta de santa Ol*via. Ap5s alguns meses de isolamento, Afonso saturado de estar na quinta voltou, aparentemente arrependido, a pedir ao pai que o dei0asse ir para 8nglaterra. %* depressa esqueceu as suas ideias revolucion*rias e s5 regressou a %isboa quando o seu pai morreu. Nessa altura con&eceu +. Maria 4duarda (una, com quem veio a casar$se e de quem teve um l&o, 9edro da Maia. A família Maia vivia num palacete em Benca, mas devido a ideologia politica que se vivia e a qual Afonso n1o era a sua casa foi invadida e revistada pela polícia, que procurou, em v1o, pap6is e armas, que esperava encontrar escondidos. +epois das buscas efetuadas pela polícia, a família Maia partiu para 8nglaterra, 8nglaterra, tendo$se instalado com lu0o, nos arredores de %ondres. Maria 4duarda (una n1o era feliz, sentia saudades do seu país, era uma verdadeira %isboeta. Odiando tudo o que era ingl2s, 4duarda (una tamb6m n1o aceitara que 9edro estudasse num col6gio ingl2s, tendo entregue a sua educa1o a um padre de %isboa -asques/. 9edro tornara$se um &omem, de car*cter fr*gil e melanc5lico, n1o ousando sequer contestar o padre -asques, a quem detestava. Afonso ainda quis mandar 9edro para Coimbra, mas viu$se forado a obedecer : mul&er, que n1o quis separar$se do l&o. ;uando Maria 4duarda (una morreu, 9edro passou por um longo período de agonia. es a 3eresin&a, dizendo$l&e que devia ter prop5sitos. ;uando deram as nove &oras e Carlos viu o perceptor Bron aparecer, suplicava que ainda era cedo para se deitar, ainda por cima sendo aquele um dia de festa, em que tin&am visitas, mas o av manteve$se impassível e obrigou Carlos a retirar$se. 3odos os presentes estran&avam aquela rigidez, mas Afonso alegava que era necess*rio m6todo. +. Ana )ilveira desabafou com -ilaa que aquela educa1o : inglesa, ministrada por um &er6tico e protestante, nunca fora aprovada pelos amigos da casa, tendo em conta que Afonso tin&a ao seu dispor o abade Cust5dio, que daria certamente : criana uma boa prepara1o para fazer boa gura em Coimbra. +. Ana referiu ainda que Carlos, para al6m de algum con&ecimento do ingl2s, poucos talentos possuía. +epois, querendo pr : prova os dotes de 4usebiozin&o, incitou$o a declamar uns versos que ele con&ecia e foi com a promessa de dormir essa noite com a mam1 que o menino acedeu a cumprir esse pedido. -ilaa mostrou$se impressionado com o talento do rapaz, conrmando que ele era um prodígio. +epois de os convidados se retirarem, -ilaa ainda acompan&ou Afonso : livraria, enquanto ele, : boa maneira inglesa, bebia o seu con&aque. Afonso fez refer2ncia : educa1o de 4usebiozin&o que, naquela idade, vivia sob a protec1o da criadagem, da m1e e da tia, passando dias inteiros a decorar versos e p*ginas do catecismo. -ilaa tentava abordar um assunto com Afonso, acabando por conseguir comunicar$l&e que tin&a notícias de Maria Monforte, pois o poeta Alencar, que tin&a sido frequentador da casa em Arroios, tin&a estado com ela em 9aris. Afonso, ap5s a morte de 9edro, tin&a feito todos os esforos para localizar Maria, querendo retirar$l&e a l&a, mas, n1o conseguindo saber nada sobre o seu paradeiro, acabara por desistir. )oube$se que Maria tin&a vivido em Dustria e depois no M5naco, tendo levado mais tarde em 9aris uma vida de desaparecimento. O italiano tin&a morrido num duelo e mais tarde tamb6m o sen&or Monforte, a quem a l&a arruinara com o seu lu0o. Maria estava reduzida : mis6ria, entregando$se a uma e0ist2ncia de e0cessos. )obre a neta, Afonso acabou por aceitar que ela estaria morta, de contr*rio, tal como -ilaa alegava, seria natural que Maria viesse reclamar a legítima que cabia : criana. ?icou ent1o decidido que n1o se abordaria mais o nome de Maria. ;uando -ilaa partiu, Afonso ainda l&e comunicou que iria contactar um primo que vivia em 9aris, para que tentasse abordar Maria, oferecendo$l&e din&eiro para entregar a l&a ao av, caso ela estivesse ainda viva.
-ilaa ac&ou o plano arriscado, pois a menina 7* ia nos seus treze anos, o seu car*cter estava formado e ela teria saudades da m1e. Afonso entretanto contou a -ilaa que o Carlos sabia que o pai se tin&a suicidado, pois teria ouvido os coment*rios de algum criado e tin&a questionado o av sobre o assunto. Como o av n1o l&e escondeu nada, a reac1o de Carlos foi a de pedir uma pistola e o av mandou comprar no 9orto uma pistola de vento. 9assadas duas semanas ap5s a sua partida, -ilaa enviou uma carta a Afonso, com a notícia de que Alencar tin&a visto em casa de Maria o retrato de uma menina que Maria apresentara como a l&a que l&e tin&a morrido em %ondres. Afonso n1o dei0ou de escrever ao seu primo, mas as informa>es que conseguiu recol&er foi que Maria tin&a fugido com um acrobata de circo para a Aleman&a e Afonso, saturado das aventuras desta mul&er, decidiu que seria mel&or esquec2$la. Como iria ser aberta a lin&a de camin&o de ferro at6 ao 9orto, -ilaa tin&a manifestado, por carta, o seu prop5sito de fazer uma visita demorada a Afonso, acompan&ado do seu l&o, mas essa visita 7* n1o c&egou a concretizar$se, visto que o pai -ilaa morreu de uma apople0ia. Anos mais tarde, em Coimbra, o l&o de -ilaa, que &erdara o cargo de procurador dos bens da família dos Maias, entrou no &otel Mondego, para comunicar a Afonso que Carlos tin&a feito o seu primeiro e0ame, mostrando um desempen&o bril&ante. Afonso abraou$se ao neto, muito comovido, n1o conseguindo conter as l*grimas. Capitulo IV
Carlos ia formar$se em Medicina, curso para o qual tin&a descoberto a voca1o, quando, ainda criana, encontrou no s5t1o ' um rolo manc&ado e antiquado de estampas anat5micas ', tendo passado dias a recort*$las e a distribuí$las pelas paredes. es t1o diversas como a esgrima, o &ist, o debate das novas ideias que alastravam na 4uropa a +emocracia, o 9ositivismo, o (ealismo.../. 4stas tert@lias contavam sempre com a presena de um criado, que servia croquetes aos convivas, acompan&ados de cerve7a. Carlos, ao mesmo tempo que se dedicava : Medicina, ocupava$se tamb6m com a Arte e a %iteratura, tendo publicado alguns sonetos e um artigo sobre o 9*rtenon e tendo mesmo c&egado a compor contos arqueol5gicos e a tentar a pintura a 5leo. Carlos foi obrigado a moderar o seu diletantismo e a sua dissipa1o intelectual, pois, se n1o fosse um dalgo t1o rico e con&ecido, ter$se$ia arriscado a c&umbar. Afonso da Maia vin&a, :s vezes, passar umas semanas a Celas e se a princípio a sua presena causava intimida1o, a sua simpatia, interesse pela arte e literatura foram cativando os frequentadores da casa. Carlos passava as f6rias grandes em %isboa, 9aris ou %ondres, mas os Natais e 9*scoas eram passados em )anta Ol*via, que Afonso ia embelezando com lu0os de um requinte franc2s e ingl2s, mas a e0ist2ncia neste espao ia$se tornando mais triste, devido : doena, ao envel&ecimento e : morte de alguns dos seus &abituais frequentadores. As f6rias s5 eram divertidas para Carlos quando tin&a com ele o seu amigo Go1o da 4ga, que tamb6m merecia a simpatia de Afonso. 4ga estudava +ireito em Coimbra, com pouco anco, e a sua m1e, uma mul&er vi@va, rica e beata, que vivia retirada numa quinta, perto de Celorico de Basto, na compan&ia de uma l&a, tamb6m vi@va, rica e beata, contentava$se com a promessa, feita pelo padre )eram, de que o seu l&o terminaria um dia o curso. Ali*s, convin&a mais : sen&ora, envergon&ada com a &eresia e a rebeldia do l&o, que ele se mantivesse afastado em Coimbra. 4ga, cu7a fama de dalgo rico l&e dava o recon&ecimento das famílias, vivia enredado em amores por meninas de quinze anos, l&as de empregados, e o pr5prio Carlos, que escarnecia destes amores, acabou por se envolver num amor ad@ltero com a mul&er de um empregado do Eoverno Civil, mas, num dia em que viu o marido enganado a passear com o l&o pela m1o, sentiu vergon&a do seu acto, desistindo da sua aventura. A segunda aventura sentimental de Carlos em Coimbra foi quando instalou uma rapariga espan&ola, com aspecto de ' +ama das Cam6lias ', numa casa ao p6 de Celas. 4sta espan&ola comeou a tornar$se insuport*vel aos amigos de Carlos, devido ao seu conservadorismo e apreo pela monarquia, de modo que, quando Baptista, o criado de quarto de Carlos, a surpreendeu com um ator de teatro, foi usado o prete0to para que, depois de bem paga, pudesse ser recambiada para %isboa, o seu espao de origem. No acto da formatura de Carlos, &ouve uma enorme festa em Celas, : qual acorreram todos os amigos, tendo &avido mesmo uma serenata. Carlos partiu para uma viagem de um ano pela 4uropa e nalmente, no Outono de !"#, veio instalar$se com o av no (amal&ete. Carlos alimentava grandes pro7ectos de trabal&o e, por isso, tin&a enviado da 4uropa cai0otes rec&eados de livros e aparel&os de laborat5rio. Afonso incentivava o neto nos seus planos, dando$l&e apoio monet*rio. Carlos acabou por instalar o consult5rio no (ossio e criou tamb6m um laborat5rio num antigo armaz6m, 7unto ao %argo das Necessidades. 4mbora os amigos n1o levassem estes preparativos a s6rio, Carlos abusou do lu0o na decora1o do seu consult5rio e eram de tal modo s6rios os seus pro7ectos de trabal&o que c&egou a fazer anunciar no 7ornal a abertura deste consult5rio. 4ntretanto as obras no laborat5rio arrastavam$se e -icente, o seu mestre, um &omem democrata que dese7ava e0pulsar a família real do país, de modo a desimpedi$lo para que pudessem governar as pessoas de saber, ia prometendo o seu avano.
No (amal&ete, almoava$se pontualmente ao meio dia. Os almoos eram demorados, prolongando$se para al6m da uma &ora, pois requeriam vagares para se saborear a requintada cozin&a, preparada pelo c&ef franc2s que os Maias tin&am ao seu servio. Nesses almoos participava tamb6m o pr5prio (everendo Bonif*cio o gato de Afonso/, deliciando$se com as suas sopas de leite. No nal do almoo, Carlos precipitava$se para o trabal&o, mas nunca aparecia um @nico doente e Carlos, 7untamente com o criado, entregavam$se : ociosidade, fumando, boce7ando e lendo revistas. 9or m Carlos, cansado daquela dorm2ncia, abandonava o consult5rio, dando por terminado mais um dia de trabal&o perdido. es, empr6stimos que nunca mais eram pagos, n1o se fazendo reservas de din&eiro, embora a casa tivesse rendimentos bastantes para suportar todas as despesas. Conversando$se sobre 5pera,3aveira fez alus1o ao conde Eouvarin&o, par do reino, e : sua mul&er, condessa de Eouvarin&o. 4ste casal tamb6m tin&a tomado uma frisa de assinatura no teatro, ao lado da de Carlos. (espondendo a uma pergunta de Carlos sobre o
seu amigo 4ga, 3aveira esclareceu ainda que o tin&a visto na frisa dos Co&ens e zeram$se coment*rios sobre a possível aventura de 4ga com (aquel Co&en, mul&er do banqueiro Co&en. Os convivas foram, entretanto, abandonando o (amal&ete. O laborat5rio de Carlos estava nalmente pronto e Carlos tin&a entretanto gan&o alguma fama de m6dico, devido : cura de Marcelina, a mul&er do padeiro. 3in&a, assim, alguns doentes no bairro e recebia algumas visitas no consult5rio. Os colegas que, a princípio, l&e atribuíam algum recon&ecimento, comearam a consider*$lo ' um asno ', devido : sua reduzida clientela. Carlos pouco mais fazia do que ocupar$se dos seus cavalos, do seu lu0o e do seu bricabraque ob7etos de arte L antiguidades/. 4ga dizia que andava muito ocupado a procurar casa, mas era visto a deambular constantemente pelo C&iado e pelo %oreto, em 7eito de aventura. O romance do 4ga 7* comeava a ser comentado no ' Er6mio ' e na ' Casa Kavanesa '. es sobre a família dos Eouvarin&os, 7* que Baptista con&ecia o criado de quarto do conde. Carlos soube ent1o que o conde era um sovina, que tin&a oferecido ao criado um fato 7* em t1o mau estado que o criado o tin&a deitado fora. Al6m disso o casal tamb6m n1o se dava bem, tendo o criado presenciado uma cena em que madame Eouvarin&o tin&a partido a loia, durante uma discuss1o. Carlos foi nalmente apresentado aos Eouvarin&o, uma noite, em ). Carlos. A condessa observou a Carlos que o tin&a visto, no ver1o, em 9aris. No nal do espect*culo, o conde mostrou$se &onrado por con&ecer um &omem com a distin1o de Carlos, e a condessa informou$o que recebiam :s teras$feiras. Capitulo VI
Carlos decidiu ir visitar -ila Balzac, a casa do 4ga, alugada na 9en&a de ?rana. Ningu6m o veio receber, embora l&e parecesse ter ouvido barul&os vindos do interior da casa. Conforme sugest1o do 4ga, no dia seguinte Carlos voltou e 4ga 7* o esperava, tendo$ o recebido com todas as cerim5nias. A casa estava pobre de decora1o, como convin&a a um l5sofo. 4ntretanto Carlos tin&a estado na casa de Madame Eouvarin&o e os dois amigos falaram sobre isso. Carlos tin&a e0perimentado algum interesse por esta mul&er, mas acabou por confessar a 4ga, que a Madame Eouvarin&o logo perdeu para ele o encanto. 4ste era uma grande defeito de Carlos, que o tornava incapaz de se 0ar numa mul&er, acabando apenas por car amigo de todas. 4ga disse a Carlos que ele era como +. Guan, eternamente : procura do amor e, quando 7ulgava encontr*$lo, vericava que se tin&a enganado, decidindo continuar : procura, apro0imando$se de outras mul&eres. 4ga lana aqui um progn5stico, dizendo a Carlos que ele pode vir a acabar como +. Guan outro indício de fatalidade/.
)aíram e, no camin&o, encontraram Craft, colecionador de bricabraque, que tin&a uma bonita casa nos Olivais. 4ga ainda quis voltar a casa para oferecer uma bebida, mas Craft libertou$o, dizendo que aproveitava o facto de estar ali para visitar um amigo. 4ntretanto 4ga convidou$os para um 7antar no Kotel Central, no dia seguinte. 4ntretanto o 7antar foi sendo adiado, pois 4ga foi incluindo mais pessoas e acabou por transform*$lo numa &omenagem ao seu amigo Co&en. No dia do 7antar, Carlos veio a encontrar Craft numa lo7a de um &ebreu antiqu*rio. ?alaram sobre a casa de Craft nos Olivais e do seu precioso bricabraque, mas Craft confessou que queria desfazer$se de tudo aquilo. 4ntraram ent1o no Kotel Central e nesse momento viram c&egar um coup6e. +e dentro saiu uma sen&ora loira, muito bonita, que dei0ou Carlos e Craft num estado de atrac1o e admira1o e arrancou de Craft o elogio em ?ranc2s ' tr2s c&ic '. Craft comentou o facto de terem visto : entrada do &otel uma mul&er bonita, com uma cadelin&a ao colo, e +Fmaso, que estava a conversar com 4ga, decidiu vangloriar$se de a con&ecer. 3ratava$se da família dos Castros Eomes com quem tin&a via7ado de comboio, vindos de Bord6us. +Fmaso falou no seu interesse por 9aris e referiu tamb6m o seu tio anarquista, que vivia na capital francesa. Apareceu em seguida o poeta Alencar, a quem 4ga tamb6m apresentou Carlos. Alencar cou emocionado, po con&ecer o l&o do seu grande amigo 9edro. Alencar e0plicou a Carlos que ele tin&a tido alguma inu2ncia na escol&a do seu nome, pois a m1e n1o tin&a querido dar$l&e o nome Afonso, do av, e ent1o, como ela andava a ler um romance cu7a personagem principal era Carlos 4duardo, o @ltimo dos )tuarts, Alencar sugeriu$l&e que desse esse nome ao l&o. Apareceu por m Co&en, o grande convidado do 7antar. ?alou$se ent1o de crimes na Mouraria, entre fadistas. Carlos ac&ava que esses crimes mereciam um romance, o que levou : discuss1o sobre o realismo. Alencar, poeta romFntico, era contra o realismo, por mostrar os aspetos feios da realidade. Alencar ac&ava que n1o se devia mencionar o ' e0cremento ', enquanto comiam. Craft estava do lado de Alencar, sendo contra o realismo e o naturalismo. Ac&ava que a arte devia ser uma idealiza1o, mostrando as formas mais belas da vida e n1o as feias. Carlos ac&ava que o mais intoler*vel no realismo eram os ' ares cientícos=, a ideia do positivismo e do e0perimentalismo. 4ga ent1o ac&ava que o realismo ainda devia ser mais cientíco e dar$se menos : fantasia. A conversa desviou$se para uma pergunta feita a Co&en, a prop5sito de empr6stimos e Co&em disse mesmo que as grandes fontes de receitas no país eram os empr6stimos e os impostos. Carlos ent1o ac&ava que assim o país ia para a bancarrota e Co&en disse que essa bancarrota 7* ningu6m a podia evitar. 4nt1o 4ga ac&ava que o mel&or era a bancarrota e depois uma revolu1o que acabasse com a monarquia. 9ortugal livrava$se depois da dívida e das vel&as pessoas. Co&en dizia a 4ga para n1o ser t1o radical, 7* que &avia &omens de talento no país. Co&en era o director do Banco Nacional e n1o queria ver assim en0oval&ados os &omens de talento em 9ortugal, mas recon&ecia que o país precisava de reformas. 4ga ent1o ac&ava que era precisa a invas1o espan&ola e +Fmaso disse que fugiria logo para 9aris. 4ga riu$se e criticou a cobardia de alguns portugueses, mas Alencar defendia o patriotismo. Os empregados serviram um prato : Co&en, que 4ga tin&a encomendado em &onra do amigo. 9or m serviu$se o caf6 e levantaram$se da mesa. Comearam a falar outra vez sobre literatura e 4ga criticava o romantismo. ?inalmente 4ga discutia com Alencar e quase que &averia pancadaria se os outros n1o os separassem. Aquele &otel t1o c&ique estava a gan&ar um ambiente de taverna, : maneira portuguesa.
A discuss1o acabou com os dois a fazerem as pazes e a elogiarem$se um ao outro. No nal 4ga saiu com Co&en e Carlos foi com +Fmaso e Alencar a p6 pelo Aterro. +Fmaso n1o parava de fazer elogios a Carlos, que ao mesmo tempo ia sabendo informa>es sobre a tal sen&ora brasileira que tin&a visto : entrada do &otel e que +Fmaso disse que con&ecia. +Fmaso partiu e Carlos continuou acompan&ado de Alencar, que l&e falava do tempo em que era amigo de 9edro. Afastaram$se : porta do (amal&ete. G* no quarto, Carlos lembrou$se da &ist5ria dos pais, que 4ga um dia l&e tin&a contado, durante uma bebedeira, a m1e que tin&a fugido com outro e o suicídio do pai. Assim que adormeceu comeou a son&ar com a sen&ora que tin&a visto : entrada do &otel. 4la passava e o Craft dizia ' 3r6s c&ic '.
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