Resumo Convite à Filosofia – Marilena Chauí

April 10, 2019 | Author: pjrezende | Category: Ciência, Knowledge, Economics, Reality, Truth
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Resumo capítulo 1, 2 e 4 - Convite à Filosofia (Marilena Chauí)...

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Convite à Filosofa – Marilena Chauí  Capítulo 1: Características do senso comum:

- são subje subjetiv tivos, os, iisto sto é expr exprim imem em opini opinies es iin!i n!ivi! vi!uai uaiss e !e "rupos "rupos varian!o !e a#or!o #om a #ultura, experi$n#ia e objetivos !os mesmos %&x: uma va#a é vista por um hin!u !e uma 'orma totalmente !i'erente !o (ue um !ono !e 'ri"oríf#o) - são aval avalia ia!o !oss (ual (ualit itat ativ ivam amen ente te - sã são o in!i in!ivi vi!u !ual alii*a!o *a!orres - são "ene "eneral rali* i*a! a!or ores es,, pois ten! ten!em em a reuni reunirr numa numa s+ opini opinião ão ou numa s+ i!éia 'ato jul"a!os semelhantes %&x: 'ala-se !e animais, !as pinturas et#) - as "enera "enerali li*a *aes es lleva evam m a estabe estabele# le#er er #ausa #ausa e e'eit e'eito o %&x: %&x: .on! .on!e e h/ 'umaa, h/ 'o"o0, .(uem tu!o (uer, tu!o per!e0) - não se surp surpre reen! en!em em #om a #onst #onstn# n#ia, ia, repet repetiã ião o - #o #ons nsi! i!er era a a inve invest sti" i"a aão ão #ien #ienti tif# f#a a #o #omo mo ma"ia a"ia,, j/ (ue li!a li!am m #om o misterioso, in#ompreensível -2 "eram me!o - #ristali*am am--se em pre#on#eitos #om os (uais ais pas assa sam mos a interpretar to!a a reali!a!e (ue nos #er#a

Características da atitude científca:

- é objetivo - é (uanti (uantitat tativ ivo, o, ou seja, seja, bus# bus#a a pa!res pa!res,, #ritér #ritérios ios !e !e #ompar #omparaã aão oe !e avaliaão - é "eneral "enerali*a i*a!or !or,, pois re3n re3ne e in!ivi in!ivi!ua !uali! li!a!e a!ess sob as mesma mesmass leis, leis, pa!res - é !i'er !i'eren# en#ia! ia!or, or, pois pois !isti !istin"u n"ue e entre entre os os (ue pare pare#em #em i"uais i"uais - surpr surpreen een!e!e-se se #om #om a #onst #onstn#i n#ia, a, 're(4 're(4$n# $n#ia ia e repe repeti tião ão - !ist !istiin"ue n"ue-s -se e !a ma"i a"ia uma uma ve* (ue pro# pro#ur ura a mos ostr trar ar (ue (ue no mun! mun!o o não não a"em a"em 'or 'ora ass se se#r #ret etas as,, mas #a #aus usas as e rela elae ess ra#ionais (ue po!em ser #onhe#i!as -2 libertam !o me!o - evit evita a !outr !outrin inas as e pre# pre#on on#e #eit itos os so#i so#iai aiss

Conhe#imento míti#o - in!u* n!u* a a# a#e eita taão %pos %posiião a#ríti#a)

Conhe#imento #ientíf#o - in!u* a #ríti#a - uso !o ra#ionalismo %li"a!o à l+"i l+"i##a), a), o (ue (ue !i'e !i'erren#ia n#ia os homens !os animais - #onhe#imento passa a ser !in !inmi mi#o #o %est %estar ar em #o #ons nsta tant nte e mu!ana)

Por que a necessidade de migrar do conhecimento mítico para o científco?

5l"umas #erte*as, (ue 'ormam o senso #omum !a nossa so#ie!a!e, são transmiti!as !e "eraão para "eraão e, muitas ve*es, ao se trans'ormarem em #rena reli"iosa, tornam-se !outrinas in(uestion/veis Ci$n#ia !es#onfa !a vera#i!a!e !e nossas #erte*as, !a aus$n#ia !e #ríti#a e !a 'alta !e #uriosi!a!e 6or isso, on!e o senso #omum v$ #oisas, 'atos e a#onte#imentos a #i$n#ia v$ apar$n#ias (ue pre#isam se expli#a!as Conhe#imento existe para re!u*ir os ris#os (ue a exist$n#ia nos #olo#a e assim usar a ra#ionali!a!e para nos rela#ionar #om a nature*a &xemplos: - 5vano !a me!i#ina - 5 invenão !a políti#a, para or"ani*ar e estruturar a so#ie!a!e por meio !e #ontratos %leis, re"ras) Capítulo 7: Historicamente, há 3 concepções de ciências:

- Racionaista: afrma (ue #i$n#ia é um #onhe#imento ra#ional !e!utivo e !emonstrativo #omo a matem/ti#a - !mpirista: afrma (ue a #i$n#ia é uma interpretaão !os 'atos basea!a em observaes e experimentos (ue permitem estabele#er in!ues %mo!elo !e objetivi!a!e !a me!i#ina "re"a e !a hist+ria natural !o sé#ulo 89) - Construti"ista: ;tili*a o ra#ionalismo %exi"e (ue o méto!o permita "arantir axiomas e !e!ues), o empirismo %exi"e (ue a experimentaão "uie e mo!if(ue axiomas e !efnies), mas também #onsi!era a #i$n#ia uma #onstruão !e modelos expli#ativos para a reali!a!e e não uma representação !a pr+pria reali!a!e 6ortanto, não espera apresentar uma ver!a!e absoluta, e sim uma ver!a!e aproxima!a (ue po!e ser #orri"i!a %.ra*ão #omo #onhe#imento aproximativo0) ni#ia!a em nosso sé#ulo

#i$erenças entre ciência antiga e a cássica %ou moderna&:

5 #i$n#ia anti"a era uma #i$n#ia qualitativa e teorética , ou seja, apenas #ontemplava os seres naturais, sem jamais intervir neles 5 #i$n#ia #l/ssi#a é uma #i$n#ia quantitativa e tecnológica , (ue visa não s+ ao #onhe#imento te+ri#o, mas sua apli#aão pr/ti#a ou té#ni#a, intervin!o na nature*a < #onhe#imento !a nature*a visa apropriar-se !ela para #ontrol/-la e !omin/-la 5 #i$n#ia não é apenas #ontemplaão !a ver!a!e, mas é sobretu!o o exer#í#io !o po!erio humano sobre a nature*a =uma so#ie!a!e em (ue o #apitalismo est/ sur"in!o e, para a#umular o #apital, !eve ampliar a #apa#i!a!e !o trabalho humano para mo!if#ar e explorar a nature*a, a nova #i$n#ia ser/ insepar/vel !a te#nolo"ia '(cnica ) 'ecnoogia: 5 técnica é um #onhe#imento empíri#o (ue

"raa a observaão elabora um #onjunto !e re#eitas e pr/ti#as para a"ir sobre as #oisas %ex: rel+"io !e sol) 5 tecnologia , porém, é um saber te+ri#o (ue se apli#a prati#amente %ex: #ronometro, pois sua #onstruão pressupe um saber #ientif#o e seu uso inter'ere nos resulta!os !as pes(uisas #ientif#as) *ast+n acheard : 5s mu!anas #ientif#as o#orrem por meio !e rupturas epistemo+gicas (ue #on!u* a novas teorias e novos

méto!os, "eran!o !es#ontinui!a!es Mas, h/ também #ontinui!a!es

'homas -uhn: Consi!era (ue a historia !a #i$n#ia é 'eita !e !es#ontinui!a!es e rupturas ra!i#ais, as #hama!as re"ouções cientifcas 5 #i$n#ia, portanto, não #apinha numa via linear #ontínua

e pro"ressiva, mas por saltos ou revolues

-ar Popper: ;ma #i$n#ia 'ormula hip+teses para resolver

problemas e as #onserva até (ue sejam re'uta!as ou 'alsif#a!as por al"um 'ato &ssas hip+teses são ver!a!es provis+rias manti!as até (ue sejam #ontesta!as ou não #onsi"am expli#ar novos problemas 6ara 6opper, uma teoria #ientíf#a é boa (uanto mais aberta estiver para ser #ontesta!a 5ssim o valor !e uma teoria não se me!e por sua ver!a!e, mas pela sua possibili!a!e !e ser 'alsa %faseabilidade ) Capítulo >: < estu!o !as #i$n#ias evi!en#ia a exist$n#ia !e um idea científco: embora #ontinui!a!es e rupturas mar(uem os #onhe#imentos #ientíf#os, a #i$n#ia é a #onfana (ue a #ultura o#i!ental !eposita na ra*ão, #omo #apa#i!a!e para #onhe#er a reali!a!e 5 #i$n#ia #ontempornea 'un!a-se: - na !istinão entre sujeito e objeto !o #onhe#imento

-

na i!éia !e méto!o #omo um #onjunto !e re"ras (ue re"em a pes(uisa nas operaes !e an/lise e síntese na i!éia !e lei !o 'en?meno, isto é, !e re"ulari!a!es e #onstn#ias universais no uso !e instrumento te#nol+"i#os e não simplesmente té#ni#os na #riaão !e uma lin"ua"em espe#íf#a e pr+pria

@es!e a Aenas#ena !uas #on#epes sobre o valor !a #i$n#ia estiveram sempre em #on'ronto: - < ideal do conhecimento desinteressado, afrma (ue o valor !e uma #i$n#ia en#ontra-se na (uali!a!e, na exati!ão e na ver!a!e !e uma teoria, in!epen!entemente !e sua apli#aão prati#a &la vale por tra*er o#nhe#imentos novos sobre 'atos !es#onhe#i!os B por ser ver!a!eira (ue a #i$n#ia po!e ser apli#a!a na pr/ti#a, mas o uso !a #i$n#ia é #onse(4$n#ia e não #ausa !o #onhe#imento #ientíf#o - < utilitarismo , afrma ao #ontrario, (ue o valor !e uma #i$n#ia en#ontra-se na (uanti!a!e !e suas apli#aes pr/ti#as B o uso ou a utili!a!e ime!iata !os #onhe#imentos (ue prova a ver!a!e !e uma teoria #ientíf#a 5s !uas #on#epes são ver!a!eiras, mas par#iais e uma teoria #ientif#a 'osse elabora!a apenas por suas fnali!a!es pr/ti#as ime!iatas, in3meros 'en?menos jamais teriam si!o #onhe#i!os, pois, #om 're(4$n#ia, os #onhe#imentos te+ri#os estão mais avana!os !o (ue as #apa#i!a!es té#ni#as !e uma épo#a e por isso sua apli#aão s+ é possível muito tempo !epois =o entanto, se uma teoria #ientif#a não 'or #apa* !e sus#itar apli#aes, seremos obri"a!os a !i*er (ue a té#ni#a e a te#nolo"ia são in#ertas e peri"osas, por(ue são pr/ti#as sem bases te+ri#as se"uras 5 teoria e a pr/ti#a #ientíf#as estão rela#iona!as na #on#epão mo!erna e #ontempornea !e #i$n#ia, mesmo (ue uma possa estar mais avana!a (ue a outra Cientifcismo: i!éia !o senso #omum (ue i!entif#a as #i$n#ias

#omo o resulta!o !e suas apli#aes, i"noran!o as #omplexas relaes entre #i$n#ia pura e #i$n#ia apli#a!a %teoria e prati#aD ver!a!e e utili!a!e) B portanto a 'usão entre ciência e técnica e ilusão da neutralidade cientica  &sta ultima re'uta!a por Chauí pelo 'ato !e haver interesses por tr/s !as pes(uisas, (ue atualmente entraram na #ompetião #apitalista %por isso são 'eitas em se"re!o) 5l"uns fl+so'os alemães, reuni!os na &s#ola !e FranE'urt, !es#revem a ra#ionali!a!e o#i!ental #omo instrumentai.aç/o da ra./o

Ciência ) '(cnica: < #onhe#imento #ientif#o é #on#ebi!o #omo lógica da invenção  %para soluão !e problemas te+ri#os e pr/ti#os) e lógica da construção %!e objetos te+ri#os) ão os #onhe#imentos

#ientíf#os (ue permitem a #onstruão !e instrumentos té#ni#ote#nol+"i#os, mas !an!o-lhes #apa#i!a!es (ue #a!a um !e nDos, #omo in!ivi!uo, não possui %&x: teles#+pio)
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