RESUMO CIRURGIA PRÉ-PROTÉTICA

June 21, 2019 | Author: Roque Neto | Category: Dente, Prótese, Dentaduras, Osso, Especialidades Médicas
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Cirurgia Pré-Protética  Após a perda dos dentes naturais, alterações ósseas na maxila e na mandíbula começam a ocorrer imediatamente. Devido ao osso alveolar não receber o estímulo local na área do dente e do ligamento periodontal, esse osso começa a ser reabsorvido. O padrão específico de reabsorção é imprevisível em cada paciente devido à grande variação entre os indivíduos. Em muitos pacientes, o processo de reabsorção tenda a estabilizar após um período, enquanto em outros a continuação do processo eventualmente resulta na total perda do osso alveolar e osso basal subjacente. Os resultados dessa reabsorção são acelerados pelo uso de prótese total e tende a afetar a mandíbula mais severamente do que a maxila, devido à diminuição da área de suporte e à distribuição das forças oclusais menos favoráveis.

Objetivos da Cirurgia Pré-protética  Apesar do progresso da tecnologia disponível para preservar a dentição, a restauração protética e a reabilitação do sistema mastigatório ainda são uma necessidade em pacientes que são edêntulos ou parcialmente edêntulos. Fatores sistêmicos gerais e locais são responsáveis pela variação em quantidade e padrão de reabsorção óssea alveolar. Fatores sistêmicos incluem a presença de anormalidades nutricionais e doenças ósseas sistêmicas, como osteoporose e disfunção endócrina. Fatores locais que afetam a reabsorção do rebordo alveolar incluem técnicas de alveoloplastia usadas no momento da remoção de dentes e traumatismo localizado associado à perda do osso alveolar. O uso de prótese total pode contribuir para reabsorção do osso alveolar devido à inadequada adaptação da prótese em rebordo ósseo ou pela inadequada distribuição de forças oclusais.  A reposição protética de perda ou ausência congênita de dentes envolve frequentemente preparação cirúrgica do tecido oral remanescente para melhor suportar a possível prótese. Frequentemente, estruturas orais, como inserção de freio e exostoses, não tem significado quando os dentes estão presentes, mas tornam-se obstáculos para adequada confecção de prótese após a perda do dente. O desafio da reabilitação protética de pacientes incluem restaurar as melhores funções mastigatórias possíveis, combinada com restauração ou melhoria da estética dental e facial. O objetivo da cirurgia pré-protética é criar uma adequada estrutura de suporte para subsequente colocação de uma prótese.

Avaliação do Paciente e Plano de Tratamento

 Antes de qualquer tratamento cirúrgico ou protético, por meio da avaliação, devem-se observar os problemas a serem resolvidos e detalhar o plano de tratamento a ser desenvolvido para cada paciente. O tratamento cirúrgico pré-protético deve iniciar-se por meio da anamnese e do exame físico do paciente. Deve-se obter a clara idéia da queixa principal do paciente e a expectativa do tratamento cirúrgico e protético. Deve-se determinar se essas expectativas podem ser alcançadas.  A anamnese deve conter informações importantes, como riscos do paciente para cirurgias, com ênfase nas doenças sistêmicas que podem afetar a cicatrização óssea do tecido mole. Fatores psicológicos e a adaptabilidade do paciente são importantes para determinar se ele está preparado para esse tratamento. O exame intraoral e extraoral do paciente deve incluir uma avaliação da relação oclusal existente se houver algum remanescente, a quantidade e o contorno do remanescente ósseo, a qualidade do tecido mole sobrejacente, a profundidade vestibular, a localização da inserção muscular, a relação interarcos e a presença de condição patológica no tecido mole ou ósseo.

Avaliação do Tecido Ósseo de Suporte O exame do osso de suporte deve incluir a inspeção visual, palpação, exame radiográfico, e, em alguns casos, avaliação de modelos. Anormalidades do osso remanescente podem frequentemente ser observadas durante a inspeção visual; entretanto, devido a reabsorção óssea e localização de músculos ou inserção de tecido mole, muitas anormalidades ósseas podem ser mascaradas. A palpação de todas as áreas da maxila e da mandíbula, incluindo área de suporte da prótese e área vestibular é necessário. Radiografias adequadas são parte importante do diagnóstico inicial e plano de tratamento. Técnicas de radiografias panorâmicas produzem uma excelente avaliação da visão geral da estrutura óssea subjacente e das condições patológicas. Radiografias podem mostrar lesões ósseas patológicas, dentes impactados ou porções de raízes remanescentes, padrão ósseo do rebordo alveolar e pneumatização do seio maxilar.

Avaliação do Tecido Mole de Suporte

 A avaliação da qualidade do tecido de suporte da prótese e do rebordo ósseo sobrejacente é de extrema importância. A quantidade de tecido ceratinizado firmemente aderido ao rebordo alveolar subjacente na área de suporte da prótese deve ser diferenciada do tecido pouco ceratinizado ou do tecido livremente móvel. A palpação revela o tecido fibroso não-aderido inadequado para estabilidade da base da prótese total.  A área vestibular deve estar livre de sinais de inflamação, tais como cicatrizes ou área ulceradas causadas pela pressão de prótese total ou tecido hiperplásico resultante da má adaptação da prótese. O tecido do fundo de vestíbulo deve estar flexível e sem irregularidades para um selamento periférico máximo da prótese total.

Plano de Tratamento  Antes de qualquer intervenção cirúrgica, deverá ser formulado o plano de tratamento do paciente, identificando os problemas orais. A manutenção a longo prazo do osso subjacente e do tecido mole, bem como da prótese deve ser mantida em mente o tempo todo. O mais apropriado plano de tratamento deve considerar a altura, a largura e o contorno ósseo. Outros fatores também devem ser considerados: Em paciente idosos em que ocorreu moderada reabsorção óssea, a cirurgia de tecido mole sozinha pode ser suficiente para promover uma prótese funcional; Em pacientes extremamente jovens que apresentam o mesmo grau de atrofia, o procedimento para aumento ósseo pode ser indicado. Plano de tratamento apressado, sem considerar os resultados a longo prazo, pode frequentemente resultar em perda óssea ou de tecido mole desnecessária e em funcionamento inadequado da prótese.

Recontorno do Rebordo Alveolar Basicamente, caracteriza-se por modificar cirurgicamente o suporte ósseo, para que se possa evitar incômodos mediante à adaptação protética. Uma base protética adequada representa cerca de 70% do sucesso da relação prótese f ixação, pois a prótese nunca poderá ser melhor que a base óssea. Segundo Boucher, a definição de alveoloplastia é a e excisão de um parte do processo alveolar. Trata-se do remodelamento do processo alveolar, e não se sua eliminação. Para que se possa obter sucesso na adaptação de próteses, e necessário que a base óssea apresente as seguintes características:

1-  Ausência de condições patológicas; 2-  Adequada relação entre os interarcos; 3- Processo alveolar em Formato de “U” e com os componentes verticais os mais 4567-

paralelos possíveis;  Adequada chanfradura na tuberosidade posterior Recobrimento por tecidos moles  Ausência de protuberâncias  Ausências de cristas agudas

 A forma mais simples de alveoloplastia é conhecida como Manobra de Chompret, e trata-se da compressão digital das paredes do alvéolo dentário logo após a exodontia de um elemento. Essa manobra objetiva promover a aproximação das paredes palatina e vestibular a fim de se obter o formato mais adequado para o osso. Essa compressão já é o suficiente para deixar o osso no contorno adequado, evitando irregularidades. A partir do momento que diversas irregularidades são observadas, essa podem comprometer o tratamento protético, então é necessária uma alveoloplastia em maior escala. Essa pode ser realizada no momento da exodontia cirúrgica dos elementos ou após a primeira fase de cicatrização.

Aveoloplastia simples associada à remoção de múltiplos dentes

Inicia-se o processo com uma incisão muco-periosteal ao longo da crista, segundo os princípios de incisão de Neumann, formando um retalho tipo envelope para permitir adequada visualização e acesso do instrumental ao local (se necessário, pode-se fazer relaxantes para melhorar o formato do retalho). A lesão é retirada com pinça goiva, lima para osso ou broca com instrumento rotatório (esses instrumento podem ser utilizados combinados ou individualmente). Importante sempre manter uma irrigação contínua para que evite o superaquecimento ou a necrose do tecido ósseo, e irrigação após para que seja retirado qualquer detrito resultante do procedimento. Essa irrigação é feita com solução salina.  Após o recontorno, é importante palpar a região para certificar-se de que não restou nem uma irregularidade, caso haja, essas devem se r removidas. A sutura pode ser tipo Simples contínua, festonada contínua ou vários pontos simples.

ALVEOLOPLASTIA INTRASEPTAL (TÉCNICA DE DEAN):

Trata-se da remoção do osso intraseptal e o reposicionamento do osso cortical vestibular. Pode ser realizada no momento da exodontia ou após a primeira faze de cicatrização. Os objetivos dessa cirurgia são: reduzir a proeminência das

margens alveolares vestibulares para facilitar a recepção da prótese; não pertubar a inserção dos músculos; manter o periósteo intacto e conservar a tábua óssea vestibular; e eliminar depressão no fundo do sulco vestibular.  A técnica inicia-se com exposição do alvéolo após exodontia ou incisão, e remoção da porção intraseptal com pinça goiva e pressão digital para aproximar as paredes vestibular e palatina, deixando o osso em um formato mais arredondado. O procedimento complementa-se com eliminação de alguma irregularidade, caso haja, e sutura. Uma prótese imediata com material recondicionador macio ajuda a manter o osso no lugar. Uma desvantagem da utilização dessa técnica seria a diminuição da espessura do rebordo alveolar, isso tornaria essa técnica inviável para alguma situações clínicas.

REDUÇÃO DA TUBEROSIDADE MAXILAR:

Trata-se do excesso de tecido na região de tuberosidade. Esse excesso pode ser um problema para adaptação protética e pode prejudicar estaticamente o paciente. O exame radiográfico é necessário para analisar se há uma hiperplasia óssea verdadeira ou se na realidade se trata de uma hiperplasia fibromatosa da tuberosidade. A infiltração de uma agulha para anestesia pode servir de auxílio para esse diagnóstico. O objetivo desse procedimento cirúrgico é reduzir ou r emodelar para tonar a tuberosidade mais estética e mais arredondada, permitindo o a adaptação protética. Inicia-se o procedimento técnica anestésica infiltrativa terminal ou bloqueio do nervo alveolar superior posterior, associado com o bloqueio do nervo palatino maior. Preferencialmente faz-se a incisão com uma lâmina número 12, que a linha de incisão estendendo-se para superior da tuberosidade, seguindo a crista óssea alveolar. Faz-se o descolamento do muco periósteo, no vestibular e na palatina. A retirada da hiperplasia óssea é feita com instrumento rotatório, sempre tomando todo o cuidado para não acessar a cavidade do seio maxilar, caso acesse, evitar afetar a membrana sinusal. O excesso de tecido é retirado com incisão elíptica, e a sutura é feita com fechamento livre de tensão.

EXOSTOSE VETIBULAR E IRREGULARIDADES ÓSSEAS EXCESSIVAS:

 A técnica realizada é iniciada com a infiltração anestésica local ao redor da lesão, porém, se for em mandíbula é necessário bloquei do nervo alveolar inferior. Uma incisão local é necessária, sempre sobrando o equivalente a 1 cm posterior e 1 cm anterior à lesão para permitir adequada visualização e acesso do instrumental ao local do procedimento. A lesão pode ser retirada com pinça goiva, aparelho rotatório com broca ou lima para osso, isso dependerá do tamanho da lesão a ser removida. A moldagem só pode ser realizada 4 semanas após a realização do precedimento.

EXOSTOSE PALATINA LATERAL:

 A técnica é bem simples, e inicia-se com pequenas infiltrativa ao redor da lesão. A incisão é dada na crista, sempre respeitando o princípio de 1 cm posterior e 1 cm anterior à lesão. O retalho é rebatido, e a lesão é retirada com instrumento rotatório ou lima para osso. Importante irrigar após o procedimento para que se possa eliminar qualquer detrito.

REDUÇÃO DO REBORDO MILO-HIÓIDEO

Na Região da inserção do músculo milo-hióideo, pequenas elevações ósseas pode causar incômodo ao paciente quando a região é pressionada pela prótese. O procedimento inicia-se com o bloqueio do nervo alveolar inferior, nervo bucal e nervo lingual. A incisão é feita na crista do rebordo na região posterior da mandíbula (total atenção para não afetar o nervo lingual). O Rebatimento do retalho, e descolamento do músculo milo-hióideo é feito. Quase sempre só é necessária uma lima para eliminar as pequenas elevações, mas instrumento rotatório pode ser também utilizado. A colocação da uma prótese imediata é de grande valia para ajudar na reinserção do músculo.

Toros Maxilar O toros maxilar consiste na formação de uma exostose óssea na área do palato. Sua origem ainda não foi esclarecida. Ele tem maior prevalência no sexo feminino. O toros maxilar podem apresentar formas e configurações múltiplas, variando de uma única e suave elevação a uma massa óssea multiloculada e pediculada.

Os toros apresentam alguns problemas quando a dentição maxilar está presente. Só interferem na fala ou tornam-se ulceradas devido o traumatismo frequente do palato. Devido à perda dentária há necessidade de se confeccionar uma prótese total ou parcial. Os toros podem interferir com desenho e a função da prótese. Quase todos os grandes toros devem ser removidos antes da confecção da prótese total ou parcial. Os toros menores devem ser deixados, porque eles não interferem na função ou na construção da prótese, mas devem ser removidos quando são irregulares, com Saliências acentuadas ou se localizam na região de selamento protético posterior do palato. Os bloqueios do nervos palatino maior, incisivos e infiltração local, proporcionam anestesia necessária para a remoção do toros. A incisão linear deve ser feita na linha média do toros com incisões oblíquas relaxantes em uma ou em ambos os limites da incisão vertical. Em caso de toros maiores é melhor seccioná-los em múltiplos fragmentos com uma broca adaptada a uma peça de mão rotatória. Deve- se tomar muito cuidado com a profundidade dos cortes para evitar perfurações no assoalho da fossa nasal.  Após a secção, os fragmentos devem ser removidos com um cinzel e m artelo ou pinça-goiva e depois alisada com uma broca grande para osso. A mucosa deve ser reaproximada com sutura, utilizando a técnica de sutura simples interrompida. Para evitar o aparecimento de hematomas no pós operatório deve-se usar curativo compressivo.

Toros Mandibular Os toros mandibulares são protuberâncias ósseas na fase lingual da mandíbula que ocorrem geralmente na região de pré -molares.  As origens dessa exostoses ósseas são incertas, e as lesões podem aumentar lentamente de tamanho. Os toros extremamente amplos interferem na fala ou na função da língua durante a alimentação, mas estes raramente precisam ser removidos, quando os dentes estão presentes. Após a remoção dos dentes inferiores e antes da construção de uma prótese total ou parcial, pode ser necessária a remoção dos toros mandibulares para facilitar a confecção da dentadura. Os bloqueios bilaterais dos nervos lingual e alveolar inferior proporcionam anestesia adequada para a remoção dos toros. Deve- se fazer uma incisão sobre uma incisão sobre a crista do rebordo, estendendo-se de 1 a 1,5 cm além dos limites dos toros a serem reduzidos.

 A mucosa é muito fina e deve ser descolada cuidadosamente para expor toda a área do osso a ser removida.  A linha de clivagem pode ser direcionada pela criação de uma pequena trilha com uma broca e peça de mão antes de usar osteótomo, se este for usado sozinho, esteja paralelo à face medial da mandíbula, a fim de evitar uma pequena fratura desfavorável da cortical lingual ou inferior. A broca também pode ser usada para aprofundar a trilha até que um pequeno instrumento possa ser inserido contra a mandíbula para fraturar os toros e permitir sua remoção.  As incisões podem ser fechadas pela técnica de sutura interrompida ou contínua. Compressas de gazes colocadas no assoalho da boca e mantido por 12 horas são geralmente úteis para reduzir a formação de hematomas e edemas pós operatórios.

Anormalidades do Tecido Mole  As anormalidades do tecido mole na área de suporte da prótese incluem fibrose excessiva ou tecido com hipermobilidade; lesões inflamatórias e inserções anormais de músculos e freios. Com excessão das lesões patológicas e inflamatórias, muitas outras condições não apresentam problemas quando o paciente possui a dentição completa. Entretanto, quando há perda de dentes necessita de uma reconstrução protética, alguma alteração do tecido mole é f requentemente necessária. O tecido mole que inicialmente se apresenta flácido e excessivo pode ser útil se o futuro aumento de rebordo ou procedimentos de enxerto forem necessários. A mucosa oral é difícil ser reposta quando é removida. A única exceção para não manter o tecido mole em excesso é quando existem lesões patológicas de tecido mole que requerem remoção.

Redução da Tuberosidade Maxilar O objetivo principal da redução de tecido mole da tuberosidade maxilar é promover um suficiente espaço interarcos para uma confecção adequada da prótese na região posterior da maxila e uma base firme de mucosa com consistente espessura sobre a área de suporte da prótese no rebordo ósseo alveolar. Técnica: 1) Anestesia local infiltrativa na região posterior da maxila; 2) Incisão inicial elíptica sobre a tuberosidade na área que necessita ser removida; 3) Margens medial e lateral são afinadas para remover o excesso de tecido mole;

4) Pressão digital para aproximar o tecido e técnica de sutura interrompida ou contínua.

Frenectomia Labial  A confecção de próteses pode ser complicada quando é necessário a acomodação da prótese na área do freio. O movimento do tecido mole adjacente à região do freio pode criar desconforto e ulceração e pode interferir no selamento periférico e deslocar a prótese. Muitas técnicas cirúrgicas são efetivas para remover a inser ção do freio; 1) A técnica da excisão simples 2) A técnica de plastia em Z 3) Vestibuloplastia localizada com epitelização secundária 4) Frenectomia a laser

Frenectomia Labial: Excisão simples  A técnica de excisão simples e de plastia em Z são efetivas quando a faixa de tecido mucoso e fibroso é relativamente estreita. Técnica: 1) Anestesia infiltrativa local *Em todos os casos deve haver a ajuda de um assistente que deve elevar e everter o lábio durante o procedimento 2) Uma excisão elíptica estreita ao redor da área inferior do freio até o periósteo deve ser realizada 3) O freio fibroso é então dissecado do periósteo subjacente e do tecido mole e as margens do retalho são comprimidas e reaproximadas 4) A localização da primeira sutura deve ser no fundo do vestíbulo e deve envolver ambas as bordas da mucosa e periósteo na altura da espinha nasal anterior. *Essa técnica reduz a formação de hematomas. O restante da sutura deve ser fechado com suturas interrompidas

Frenectomia Lingual

Um inserção anormal do freio lingual consiste em mucosa, com tecido conjuntivo fibroso denso, e, ocasionalmente, em fibras superiores do músculo genioglosso. Essa inserção prende a ponta da língua à parte posterior da superfície do rebordo alveolar da mandíbula. Mesmo quando nenhuma prótese é necessária, tal inserção pode afetar a fala. Após a perda dos dentes, essa inserção do freio interfere na estabilidade da prótese, pois a todo momento que a língua é movimentada, a inserção do freio é tensionada e a prótese é deslocada. Técnica: 1) Bloqueio do nervo lingual bilateral e anestesia infiltrativa local na região anterior 2) Incisão da inserção do tecido conjuntivo fibroso da base da língua em forma transversal, seguida de um fechamento de direção linear que é completamente concluída na região anterior da língua 3) Uso de uma pinça hemostática na inserção do freio até a base da língua por 3 minutos para promover a vasoconstrição 4) Após a retirada da pinça, a incisão é criada através da área marcada com a pinça, a língua é retraída superiormente e as margens são aproximadas e fechadas. *Atenção especial à presença de vasos sanguíneos na região inferior da língua, no assoalho da boca e na abertura dos ductos da glândula submandibular.

Aumento Mandibular O enxerto ósseo aposicional promove um aumento efetivo em mandíbulas extremamente deficientes e melhora a altura e contorno do osso viável para instalação de implantes em rebordos edêntulos. As fontes do material de enxerto incluem o osso autógeno ou alogênico e material aloplástico. Historicamente o osso autógeno é o material biologicamente mais aceito e mais usado para aumentos em rebordo em mandíbula. As desvantagens do uso do enxerto de osso autógeno incluem a necessidade de um sitio cirúrgico doador e a possibilidade de reabsorção após o enxerto. O uso de enxerto ósseo alogênicos elimina a necessidade de um segundo sitio cirúrgico e tem sido útil em aumento de pequenas áreas deficientes da mandíbula.

Aumento da Borda Superior O aumento da borda superior com enxerto ósseo é frequentemente indicado quando uma severa reabsorção da mandíbula resulta em altura e contorno inadequados e potencial risco de fratura, ou quando o plano de tratamento requer instalação de implantes em áreas de altura e largura ósseo insuficientes. Distúrbios neurossensoriais de deiscência do nervo alveolar inferior no ponto do forame

mentoniano no aspecto superior da mandíbula também podem ser corrigidos com essa técnica. O uso de blocos corticoesponjosos autógenos da região de crista ilíaca para aumento da borda superior de mandíbula foi descrito por Thoma e Holland em 1951. Contudo, mais de 70% de reabsorção do osso da crista ilíaca pode ocorrer com esta técnica. Essa grande quantidade de reabsorção pode ser resultado do movimento do segmento do enxerto ósseo que foi inicialmente fixado por osteosintese na mandíbula, permitindo pequeno movimento combinado com as cargas externas, em vez das cargas internas, colocadas sobre o enxerto no período de cicatrização.  A natureza cortical da crista ilíaca permite uma rígida fixação para segurar o enxerto ósseo na mandíbula através do uso de vários parafusos de fixação, minimizando a movimentação do enxerto. Em alguns casos implantes podem ser instalados no mesmo momento da realização do aumento com enxerto ósseo.

Aumento da Mandíbula com Materiais Biológicos Alternativos O enxerto autógeno permanece como padrão ouro para as reconstruções na região maxilofacial. A morbidade do sítio doador associada a remoção do enxerto ósseo autógeno de um segundo sitio cirúrgico continua sendo a principal desvantagem dessa técnica. Os problemas associados ao enxerto ósseo, incluindo a morbidade da área do sitio doador, reabsorção e a potencial necessidade de hospitalização tem sido responsáveis, em parte, pela buscar de materiais alternativos que atuem como adequados materiais de enxerto. A procura contínua dentro da fisiologia, bioquímica e genética do tecido ósseo tem aumentado as chances de reconstruções ósseas. A formação de novo osso ( osteogênese ) necessita de osteodução e osteocondução, A formação óssea através do recrutamento de células progenitoras é a osteoindução. A osteocondução facilita o cresciemento ósseo por meio de um arcabouço onde ocorrerá a deposição óssea. Enxertos ósseos alogênicos proveniente de cadáveres são processados para promover esterilização e redução do potencial de resposta imunológica. Esse processo destrói a osteoindução natural do enxerto; contudo, o enxerto oferece um arcabouço onde o tecido ósseo crescerá (osteocondução). A incorporação óssea seguida de remodelação e reabsorção ocorre durante a fase de cicatrização. As formas granulares de material de enxerto alogênico promovem um aumento da área de superfície e melhoram a adaptação no interior do enxerto, e são as formas mais comumente utilizadas para o aumento de defeitos de contorno do rebordo ósseo alveolar. As vantagens do enxerto ósseo alogênico incluem a eliminação de um adicional sítio doador e ilimitada quantidade, com a possibilidade de o paciente poder ser submetido a esse tipo de procedimento em local ambulatorial. Enxertos xenógenos a partir de processados de origem bovina tem mínima resposta imunológica devido a ausência de proteína antigênica. Esses enxertos facilitam mais a osteocondução do que a osteoindução.

Continuados os avanços tem levado a identificação de uma série de proteínas envolvidas na regulação da fisiologia óssea. As proteínas mofogenéticas ósseas (BMP) são fatores de crescimento foram isolados e aplicados em reconstruções ósseas do esqueleto maxilofacial. Atualmente a BMP recombinante foi isolada e tem sido produzida e embalada para a utilização em procedimento de enxerto. A BMP é geralmente combinada com um material alogênico osteocondutor para expandir o enxerto e ajudar na colocação, forma e conteúdo do material do enxerto. A BMP com um carreador de matriz colágena pode ser utilizada para acirurgia de elevação de seio maxilar e reconstruções de defeitos ósseos de rebordos que não recebem cargas. O material recombinante pode ser posicionado ao redor de implantes instalados em sítios de extrações imediatas, ajudando, dessa forma, na osseintegração. Pesquisas adicionais estão sendo realizadas sobre a aplicação da BMP na região maxilofacial, entretanto, o benefício de evitar a morbidade de um segundo sítio cirúrgico para a remoção do enxerto autógeno e a capacidade da indução óssea natural oferecem um futuro promissor.

Regeneração Óssea Guiada (Osteopromoção) Na regeneração óssea guiada, uma membrana (não reabsorvível ou reabsorvível) é utilizada para cobrir a área onde o enxerto ósseo cicatrizará ou onde a regeneração óssea é desejada. O conceito de regeneração óssea guiada, ou osteopromoção, é baseado na habilidade de excluir tipos celulares indesejáveis, tais como células epiteliais ou fibroblastos da área onde o osso cicatrizará. Com a colocação da membrana cobrindo o enxerto ósseo, as células de rápido crescimento, tais como fibroblastos e células epiteliais, são mantidas fora do processo de cicatrização, permitindo que o osso cresça em um ambiente relativamente protegido sem crescimento de células epiteliais. Vários tipos de materiais têm sido utilizados para cobrir os sítios de enxerto ósseo, incluindo barreiras reabsorvíveis e não reabsorvíveis. O politetrafluoretileno expandido, ou Gortex, é a mais popular membrana não reabsorvível. Esse material deve ser removido depois de um adequado período de cicatrização óssea. Membranas reabsorvíveis foram desenvolvidas para eliminar a necessidade e uma segunda intervenção cirúrgica para a remoção da membrana. A membrana reabsorvível, um polímero sintético como a polilactina, e o colágeno tem sido utilizado com grande frequência. A camada reabsorvível é degradada através da hidrólise no decorrer de várias semanas em um processo similar ao observado com o material de sutura.

Aumento Maxilar

 A reabsorção severa do rebordo alveolar da maxila apresenta significativo desafio para a reconstrução protética da dentição.

Enxerto Ósseo Aposicional O enxerto ósseo aposicional maxilar é observado frequentemente é realizado utilizando-se blocos corticomedulares da crista óssea do ósso ilíaco. Osso medular é colocado ao redor do enxerto com a finalidade de melhorar seu contorno. Implantes podem ser instalados no momento da realização do enxerto em alguns casos, porém frequentemente a colocação é retardada para permitir a cicatrização inicial do osso enxertado.

Enxerto Ósseo Interposicional O enxerto ósseo interposicional maxilar mantém o suprimento sanguíneo na região reposicionada da maxila e geralmente resulta em maior previsibilidade com pouca reabsorção pós-operatória. O enxerto ósseo interposicional em maxila é indicado em maxilas muito deficientes, onde a abóboda palatina é encontrada com formato adequado, mas a altura do rebordo é insuficiente.  A técnica de enxerto interposicional promove resultados, estáveis e previsíveis pela mudança da maxila na direção vertical, ântero-posterior e transversal, e pode eliminar a necessidade de procedimentos secundários de tecido mole.

Elevação do Seio Maxilar  A elevação do seio maxilar é um procedimento de regeneração óssea que se utiliza em casos onde não há altura suficiente de osso no maxilar superior para a colocação de implantes. Nessa técnica é realizada uma abertura na parede lateral do seio maxilar, e então a membrana do seio maxilar é cuidadosamente elevada do assoalho ósseo do seio maxilar.

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