Resumo Ciência e Politica

November 23, 2018 | Author: fofissima! | Category: Max Weber, State (Polity), Power (Social And Political), Politics, Science
Share Embed Donate


Short Description

Download Resumo Ciência e Politica...

Description

CIÊNCIA E POLÍTICA DUAS VOCAÇÕES INTRODUÇÃO Compreender a sociologia segundo os ensinamentos de Max Weber, a relação existente entre a Ciência como vocação e a Política como vocação. Despertando assim, o interesse do leitor pela obra do sociólogo. Obtendo com isso, os esclarecimentos das diferenças entre o sociólogo quanto a Ciência, bem como diferençar a Política da Ciência. Compreender a definição do Estado, da Política, Política, e o papel do homem em adquirir o Direito, a paixão e o sentimento de responsabilidade e senso de proporção. Obter informações com respeito ao ensino do professor e suas responsabilidades para com o aluno. E por fim a contribuição da ciência para a vida prática e pessoal.

MAX WEBER  (1864 - 1930)

Genealogia

Sua família definia-se pelo protestantismo. Os antepassados de seu pai foram refugiados luteranos do Império Austríaco que se instalaram em Bielefeld e se tornaram importantes comerciantes de tecidos. A família maternal remontava a Wilhelm Von Wallenstein, alemão que servira nos exércitos do grande Gustavo Adolfo, "Leão do  Norte e Baluarte da Fé Protestante". Os Wallensteins - nome que em sueco se pronuncia Fallenstein - tornaram-se intelectuais sue generis: mestres-escolas ou o que na Escócia teria o nome de dominies. Um deles entregou-se à bebida (o que parecia ser comum dos dominies) e abandonou sua esposa huguenote. Seu filho, G. F. Fallenstein, sofreu um  período de perturbação mental, depois se tornou apóstolo do nacionalismo e romantismo e do retorno às tradições populares alemães; após ter combatido contra  Napoleão, alistou-se alistou-se na polícia militar durante a ocupação de Paris em 1815 e, no ano

seguinte, estava exercendo exercendo um cargo burocrático em Dusseldorf. Max Weber passou mais três anos numa posição secundária de advocacia em Berlim, preparando sua tese de doutorado e voltando a Estrasburgo como oficial da reserva por um breve período (também serviu em Posen nessa qualidade). Doutorou-se como uma tese sobre a História dos Empórios Medievais, em 1889. Era agora um "assessor" nos tribunais de primeira instância de Berlim. Em 1891, qualificouqualificouse como professor universitário com uma tese sobre o Significado Significado da História Agrária Romana para o Direito Público e Privado. (Foi ao examinar essa tese que o grande historiador historiador Theodor Mommsen disse: "Quando estiver prestes a baixar à sepultura, o estimadíssimo Max Weber será o único a quem poderia dizer: - Meu filho, eis a minha lança, que ficou pesada demais para o meu braço.") Em 1892, ocupava um cargo de assistente na Faculdade de Direito de Berlim e casou, nesse mesmo ano, com sua prima em segundo grau do lado paterno. Em 1894, a universidade de Freiburg-im-Breisgau conferiu-lhe uma cátedra de Economia Política. Em 1897, sucedeu em Heidelberg ao economista economista Knies, viajou pela Europa - Inglaterra, I nglaterra, Escócia, Bélgica, Bélgica, Itália - e nos Estados Unidos. Em 1918 voltou ao ensino numa cadeira de Sociologia especialmente criada em Viena. No ano seguinte foi ocupar a cadeira onde lecionava antes um outro economista economista famoso, Brentano, em Munique. Morreu no ano seguinte. Se excetuarmos o  prolongado "colapso", é uma história bastante típica de vida acadêmica; mas essa exceção foi considerável. considerável. Não se pode deixar de admirar a talvez aprovar esse elemento no sistema universitário alemão que permite a um homem, embora eminente e intelectualmente intelectualmente produtivo, abjurar o ensino por vinte anos. Max Weber representa na Alemanha do começo do século XX, a burguesia culta, que estava, pela estrutura semi feudal do país do imperador Guilherme II, excluída da atividade política. Saindo dessa atmosfera familiar, Weber se tornou eminente professor universitário, jornalista influente, historiador, economista, filósofo e, principalmente, sociólogo. Em 1893, iniciou, em Berlim, sua carreira universitária universitária como docente de economia política. ("A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo"), primeiro exemplo de um estudo interdisciplinar; no caso, de uma síntese de pesquisas de história econômica e de história da religião. Esse trabalho, que é até hoje a obra mais famosa de Weber, saiu entre 1904 e 1905 no Archiv für Sozialwissenschaft und Sozialpolitik (Arquivo de Sociologia e de Política Social), revista cuja direção tinha assumido, junto com Sombart, em 1903. Seus trabalhos, nessa época, têm, muitas vezes, veemente tendência  política: combateu o latifúndio na Alemanha oriental dos Junkers, predizendo-lhes catástrofe parecida parecida com a do império romano; também combateu a burocracia prussiana e o semi-absolutismo do imperador Guilherme II. Durante a guerra de 1914 - 1918 fizeram apaixonada oposição jornalística ao governo imperial, citando as advertências dos profetas do Velho Testamento. Ocupou cátedra na universidade de Munique, exercendo forte influência na redação da constituição constituição da repúblic r epúblicaa de Weimar. Uma grande carreira política política parecia abrir-se-lhe, quando a morte o surpreendeu. Viveu como um erudito de interesses enciclopédicos e como grande burguês, mantendo o hábito dos salões intelectuais. Sua projeção no  pensamento sociológico reflete a tradição acumulada pela filosofia e pelas ciências alemãs do fim do século XIX, o que permitia à produção acadêmica uma base sólida. Cumprem mencionar, a Max Weber, três vinculações de ordem acadêmica e política. política. Uma delas era com a Evangelischse-Soziale Verein (União Social Evangélica), organismo protestante que representava uma reação à sociedade industrial e urbana, em seus primórdios, semelhantes à que o Socialismo Cristão e seus sucessos na Inglaterra e,

ainda mais de perto, o Movimento do Evangelho Social, nos Estados Unidos, também caracterizaram. Em seus pontos de vista, a União concordava com atitudes de Helene Weber e dos Baumgartens. Durante quase todo o período em que Weber foi seu membro (1888-1920), a figura dominava da União chamava-se Gustav Schmoller, responsável pelo fato de a agremiação ter-se desviado da Economia técnica e teórica  para se concentrar em questões da sociedade, através da história social e econômica. econômica. A União foi um estímulo às pesquisas de Weber e uma plataforma para as suas opiniões e  polêmicas.  polêmicas. Seria absurdo considerar a União não-política, depois de sua mudança de orientação política em 1881, pois as suas pesquisas não se orientavam pela ciência desinteressada, por problemas decorrentes do desenvolvimento interno das ciências sociais, mas sempre por questões de escolha, alarma ou decisão pública. Não pretendo dizer que isso se fizesse, de algum modo, através de opção e interesse inconscientes; era algo direto e deliberado. Suas dúvidas sobre os liberais nacionais são evidentes mesmo quando Weber não contava mais de vinte e três anos. Entretanto, manifestou constantemente atitudes próprias dos nacionalistas liberais em relação aos problemas da política alemã, alemã, pelo que, por exemplo, pôde apoiar - e, no entanto, criticar ambiguamente - a aceitação pelo Partido Liberal Nacional das leis antisocialista de Bismarck. Até na súbita libertação da derrota, a partir de 1918-20, subsistiram subsistiram as atitudes ambíguas, se bem que ele pareça estar agora, por fim,  politicamente engajado como homem e cidadão. Quem o desejar poderá atribuir boa  parte dos flertes políticos de Weber - menos a uma questão de adultério que de adulteração adulteração - às dificuldades dificuldades reais de seu tempo e lugar, somadas aos escrúpulos de um espírito sutilmente cônscio de todos os fios e pressões que constituem a rede da política. Parece-me, se atentarmos para todas aquelas matérias em que Weber foi claro e coerente que isso é fazer-lhe demasiada justiça. E cumpre lembrar, é claro, que uma parte dessa culpa não cabe realmente a Weber, mas àqueles autores que, desde a sua morte, têm trabalhado para fazer dele um mestre moderno não só de pensamento pensamento e cultura, mas também de atitudes e ação política. Ciência e Política - duas vocações.

A CIENCIA COMO VOCAÇÃO Max Weber tinha como ponto de partida permanecer file ao exame das condições externas do problema. Para compreendermos melhor as definições definições de ciência e vocação vamos recorrer ao dicionário: dicionário: VOCAÇÃO: [Do lat. vocatione.] 1. Ato de chamar. 2. Escolha, chamamento, predestinação. 3. Tendência, disposição, pendor. 4. Talento, aptidão.

CIÊNCIA: [Do lat. scientia.] 1. Conhecimento 2. Saber que se adquire pela leitura e meditação; instrução, erudição, sabedoria. 3. Conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade que permitem sua transmissão, e estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias, que visam compreender  orientar a natureza e as atividades humanas. 4. Campo circunscrito, dentro da ciência, concernente a determinada parte ou aspecto da natureza ou das atividades humanas, como, p. ex. , a química, a sociologia, etc. 5. A soma dos conhecimentos humanos considerados em conjunto:

Max Weber analisa e estuda a ciência nas escolas alemãs e americanas e ilustra o papel do professor no ensinamento dos alunos. Avalia-se, portanto, o bom e o mau professor pela assiduidade com os estudantes se disponham a honrá-lo. A democracia deve ser aplicada onde convém. A educação cientifica, tal como por  tradição, de ser ministrada nas universidades alemãs constitui-se numa tarefa de aristocracia aristocracia espiritual. espiritual. Em nosso tempo, obra verdadeiramente definitiva e importante é sempre obra de especialista. Conseqüentemente, todo aquele que se julgue incapaz de , por assim dizer, usar  antolhos ou de se apegar à idéia de que o destino de sua alma depende de ele formular  determinada conjetura e precisamente essa, a tal altura de tal manuscrito, fará melhor  em permanecer alheio ao trabalho científico. Ele jamais sentirá o que se pode chamar a "experiência" viva da ciência. Os conhecimentos da ciência históricos, nos capacitam a compreender os fenômenos  políticos, artísticos, literários ou sociais da civilização, a partir de suas condições de formação. Elas pressupõem simplesmente, que há interesse em tornar parte, pela prática desses conhecimentos, na comunidade dos homens civilizados.  Não podem, entretanto, provar cientificamente, cientificamente, que haja vantagem nessa participação; e o fato de pressuporem tal vantagem não prova, de forma alguma, que ela exista. Em verdade,nada do que foi mencionado é, por si próprio, evidente. Quando, em curso universitário, manifesta-se à intenção de estudar, por exemplo, a "democracia" "democracia" procede-se ao exame de suas diversas formas, o funcionamento próprio de cada uma delas e indaga-se das conseqüências que uma e outra acarretam; em seguida, opõe-se à democracia as formas não-democráticas da ordem política e tenta-se levar 

essa análise a medida em que o próprio ouvinte se ache em condições de encontrar o  ponto a partir do qual poderá tomar posição, em função de seus ideais básicos. O verdadeiro professor se impedirá de impor, do alto de sua cátedra, uma tomada de  posição qualquer, seja abertamente, seja por sugestão - pois a maneira mais desleal é evidentemente a que consiste em deixar os fatos falarem.  Numa sala de aula, enfrenta-se o auditório de maneira inteiramente diversa: o professor  tem a palavra, mas os estudantes estão condenados ao silêncio. As circunstancias pedem que os alunos sejam obrigados a seguir os cursos de um professor, tendo em vista a futura carreira e que nenhum dos presentes a uma sala de aula possa criticar o mestre. A um professor é imperdoável valer-se de tal situação para buscar incutir, em seus discípulos, as suas próprias concepções políticas, em vez de lhes ser úteis, como é de seu dever, através da transmissão de conhecimentos e de experiência científica. Max Weber se aprofundou neste assunto expondo suas razões práticas que justificam a recusa de impor convicções pessoais; Nos termos das convicções mais profundas de cada pessoa, uma dessas éticas assumirá as feições do diabo, a outra as feições divinas e cada individuo terá de decidir, de seu próprio ponto de vista, o que, para ele, é deus e o que é o diabo. O mesmo acontece em todos os planos da vida. A ciência é, atualmente, uma vocação alicerçada na especialização e posta ao serviço de uma tomada de consciência de nós mesmos e do conhecimento das relações objetivas.  Não é um produto de revelações, revelações, nem é graça que um profeta ou visionário houvesse recebido para assegurar a salvação das almas; não é também porção integrante da meditação de sábios e filósofos que se dedicam a refletir sobre o sentido do mundo. O destino de nosso tempo, que se caracteriza pela racionalização, pela intelectualização e, sobretudo, pelo desencantamento do mundo, levou os homens a banirem da vida  pública os valores supremos e mais sublimes. Tais valores encontraram refúgio na transcendência transcendência de vida mística ou na fraternidade das relações r elações diretas e recíprocas entre indivíduos isolados. É preciso agir de outro modo, entregar-se ao trabalho e responder às exigências de cada dia - tanto no campo da vida comum, como no campo da vocação. Esse trabalho será simples e fácil, se cada qual encontrar e obedecer ao demônio que tece as teias de sua vida.

A POLÍTICA COMO VOCAÇÃO. O conceito é extraordinariamente amplo e abrange todas as espécies de atividades diretivas autônomas. Max Weber direciona o estudo para o campo da política relativo ao agrupamento  político, hoje denominado "Estado", ou a influência que se exerce em tal sentido. Portanto precisamos saber o que significa agrupamento político, do ponto de vista do sociológico, bem como o que é o Estado.

Sociologicamente, o Estado não se deixa definir a não ser pelo específico meio que lhe é peculiar, tal como é peculiar a todo outro agrupamento agrupamento político, ou seja, o uso da coação física. Todo Estado se funda na força, disse um dia Trotski a Brest-Litovsk. “Se só existissem estruturas sociais de que a violência estivesse ausente, o conceito de Estado teria também desaparecido e apenas subsistiria o que, no sentido próprio da palavra, se denomina anarquia”. A violência não é, evidentemente, o único instrumento de que vale o Estado - mas é seu instrumento específico. específico. O Estado se transforma, portanto, na única fonte do direito à viol6encia. Por política entenderemos, conseqüentemente, o conjunto de esforços feitos com vistas a participar  do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados seja no interior de um único Estado. O Estado consiste em uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento de violência legítima. O Estado só pode existir, portanto, sob a condição de que os homens dominados se submetem à autoridade continuamente reivindicada  pelos seus dominadores. A seguir descriminaremos as três razões internas que justificam a dominação: 1) O poder tradicional; tradicional; onde o patriarca ou senhor de terras, outrora exercia. 2) O poder Carismático: Carismático: onde o carisma - que se funda em dons pessoais extraordinários de um indivíduo, devoção e confiança estritamente pessoais depositadas em alguém que se singulariza por qualidades prodigiosas, por heroísmo, ou por outras qualidades exemplares que dele fazem o chefe. Exercido pelo profeta, pelo dirigente guerreiro eleito, pelos soberanos escolhidos através de plebiscito. 3) Poder da legalidade; fundada na obediência, nas regras racionalmente estabelecidas, que reconhece obrigações conforme o estatuto estabelecido. A dominação organizada necessita, por um lado, de um estado-maior administrativo e,  por outro lado, necessita dos meios materiais de gestão. Um agrupamento estruturado em Estados, em primeiro lugar o soberano só consegue governar com o auxílio de uma aristocracia independente e, em razão disso, com ela  partilhar do poder. Em segundo lugar, buscar apoio em pessoas dele diretamente dependentes ou em plebeus, isso é, em camadas sociais desprovidas de fortunas e de honra social própria. Há duas maneiras de fazer política: "Ou se vive para a política, ou se vive da política”. Quem vive para a política, a transforma, no sentido mais profundo do termo, em” fim de sua vida”, seja porque o exercício dessa atividade lhe permite achar o equilíbrio interno e exprimir valor pessoal, colocando-se a serviço de uma "causa” que dá significação a sua vida. O homem político profissional, que vive da política, pode ser um puro beneficiário, ou um funcionário remunerado.

Eis o preço que importa pagar pela colocação de verdadeiros chefes à testa de um  partido; só uma escolha cabe: ou uma democracia admite como dirigente um verdadeiro chefe e, por conseqüência, aceita a exist6encia da máquina, ou rega os chefes e caem sob o domínio dos políticos profissionais, sem vocação, privados das qualidades carismáticas que produzem os chefes. Podemos dizer que existem três qualidades determinantes do homem político: paixão, sentimento de responsabilidade, e senso de proporção. Paixão no sentido de realizar, isso é uma devoção apaixonada a uma causa, ao deus ou ao demônio que a inspira. Sentimento de responsabilidade que determine sua atividade. A proporção; quer dizer que, é capaz de permitir que os fatos ajam sobre si no recolhimento recolhimento e na calma interior do espírito, sabendo, por conseqüência, conseqüência, manter a distancia dos homens e das coisas. Existe um inimigo vulgar, muito humano, que o homem político deve dominar a cada dia e a cada hora: a muito comum vaidade. Ela é inimiga mortal de qualquer devoção a uma causa, inimiga do recolhimento e, no caso, do afastamento de si mesmo. Sabe o político que só a elaboração metódica dos fatos, procedida imparcialmente,  poderá produzir frutos, ao passo que qualquer outro método acarretará, para a nação que o empregue, conseqüências que, talvez exijam anos para deixarem de manifestar-se. Para dizer a verdade, se existe um problema de que a ética absoluta não se ocupa, esse é o problema das conseqüências. A política é um esforço tenaz e enérgico para atravessar atravessar grossas vigas de madeira. Tal esforço exige, há um tempo, paixão e senso de proporções. É perfeitamente exato dizer e toda a experiência histórica e confirma - que não se teria jamais atingido o possível, se não se houvesse tentado o impossível. Contudo, o homem capaz de semelhante esforço deve ser um chefe e não apenas um chefe, mas um herói, no mais simples sentido da  palavra. Aquele que esteja convencido de que não se abaterá nem mesmo que o mundo, julgado de seu ponto de vista, se revele demasiado estúpido ou demasiado mesquinho para merecer o que ele pretende oferecer-lhe, aquele que permaneça capaz de dizer "a despeito de tudo!" aquele e só aquele tem a "vocação" da política. política.

QUESTIONÁRIO. 1) O que Weber quer dizer com "desencantamento" do mundo (despojar de magia o mundo)? R. - Quer dizer que, todos nós podemos atingir nossas metas e objetivos sem nenhum mistério, basta querermos, acreditarmos e traçarmos planos para que isto ocorra. Na opinião dele, não existe nenhum poder misterioso e imprevisível que, interferisse no

curso de nossa vida; somente o que teríamos que fazer; - seria recorrer aos técnicos e à  previsão e aos meios para atingi-los. Na opinião de Max Weber, tudo tem uma explicação lógica e racional.

2) Como ocorre o "desencantamento" mencionado por Weber no processo de "intelectualização"? "intelectualização"? Quais são as principais conseqüências conseqüências deste processo? R . 2. a - "Desencantamento": O progresso científico é um fragmento, o mais importante indubitavelmente, do  processo de intelectualização a que estamos submetidos desde milênios e relativamente ao qual algumas pessoas adotam, em nossos dias, posição estranhamente negativa. A intelectualização e a racionalização crescente não equivalem, portanto a um conhecimento conhecimento geral crescente acerca das condições condições em que vivemos. Este processo de desencantamento realizado ao longo dos milênios da civilização ocidental e em termos mais gerais, esse "progresso" do qual participa a ciência como elemento e motor, tem significação que ultrapasse essa pura prática e essa pura técnica? Segundo "Leon meditações cristalizou-se ao redor do Tema: a morte é o ou não é um Tolstoi" suas meditações acontecimento que encerra sentido? Sua resposta é a de que, para um homem civilizado, aquele sentido não existe, porque a vida está imersa no "progresso" e no infinito, infinito, essa vida não teria fim. Segundo sua opinião nenhum dos que morrem chega jamais a atingir  o pico, pois que o pico se põe no infinito. E porque a morte não tem sentido, a vida do civilizado também não o tem, pois a "progressividade" despojada de significação faz da vida um acontecimento igualmente sem significação.

2.b Principais conseqüências conseqüências deste processo? A principal conseqüência deste processo é a destruição das ilusões. Conforme cita Weber na pág. 35. “Qual é afinal termos, o sentido da ciência enquanto vocações se estão destruídas todas as ilusões que nela divisavam o caminho que conduz ao ser  “verdadeiro”, “verdadeiro”, à “verdadeira “verdadeira arte”, à verdadeira natureza”, natureza”, ao “verdadeiro Deus", à “verdadeira felicidade”“? Tolstoi dá a essa pergunta a mais simples das respostas, dizendo: ela não tem sentido, Pois não possibilita responder à indagação que realmente nos importa -. O que devemos fazer? E como devemos viver? De fato, é incontestável que resposta a essas questões não nos é tornada acessível pela ciência. Permanece apenas o problema de saber em que sentido a ciência não nos  proporciona resposta alguma alguma e de saber se a ciência poderia ser de alguma utilidade utilidade para quem suscite corretamente a indagação.

3) Como Weber define o fato de que alguns indivíduos apresentam "responsabilidades" "responsabilidades" com relação a outros? 3.2) - Por que, de modo particular, os professores apresentam apresentam certa "responsabilidade" com relação a seus alunos? 3.3)O que define a relação entre professor e aluno? 3.4)-O que Weber define como sendo a principal "responsabilidade" de um professor? Por quê?

3.1 Como Weber define o fato de que alguns indivíduos apresentam "responsabilidades" "responsabilidades" com relação a outros? inspiração. Outros R. Alguns são devotados trabalhadores, mas jamais lhes ocorrerá a inspiração.  por ter permanecido permanecido na condição de funcionários ou de técnicos jamais criarão formas novas de organização. Aquele que se coloca pura e simplesmente ao serviço de sua causa possui, no mundo da ciência personalidade. Na Alemanha a experiência pessoal era chamada de sensação.

3.2- Por que, de modo particular, os professores apresentam certa "responsabilidade" "responsabilidade" com relação a seus alunos? R. Numa sala de aula, enfrenta-se o auditório de maneira inteiramente diversa: o  professor tem a palavra, mas os estudantes estão condenados ao silêncio. As circunstancias pedem que os alunos sejam obrigados a seguir os cursos de um professor, tendo em vista a futura carreira e que nenhum dos presentes a uma sala de aula possa criticar o mestre. A um professor é imperdoável valer-se de tal situação para buscar  incutir, em seus discípulos, as suas próprias concepções políticas, em vez de lhes ser  útil, como é de seu dever, através da transmissão de conhecimentos e de experiência científica. 3.3 O que define a relação entre Professor e aluno?  Na opinião de Weber pág. 39. O verdadeiro professor se impedirá de impor, do alto de sua cátedra, uma tomada de posição qualquer, seja abertamente, seja por sugestão, pois a maneira mais desleal é evidentemente a que consiste em deixar os fatos. Em minha opinião hoje já abriu o caminho à democracia em sala de aula, podemos não só escutar e ficarmos quietos (às vezes fingindo até com a concordância), mais sim expressarmos nossas opiniões.

3.4 O que Weber define como sendo a principal "responsabilidade" de um professor? Por quê? A principal responsabilidade do professor é a de levar seus alunos a reconhecerem que há fatos que produzem desconforto, assim entendido os que são desagradáveis à opinião  pessoal de um indivíduo; com efeito, inclusive a dele (pág. 41) Parágrafo I. Na opinião de Max Weber uns professores não deverão colocar sua opinião sobre o assunto que está ensinando, e sim ensinar ao aluno qual será o caminho a seguir para ele forme e conclua sua opinião sobre o assunto. Por quê? Esta resposta tem como base à pág. 39 onde ele afirma que a um professor é imperdoável valer-se de tal situação para buscar  incutir, em seus discípulos, as suas próprias concepções políticas, em vez de lhes ser  úteis como é de seu dever, através da transmissão de conhecimentos.

4) Qual a contribuição da ciência para a vida prática e pessoal? R. Weber descobriu três formas de contribuição da ciência para vida prática e pessoal: A ciência coloca naturalmente à nossa disposição certo número de conhecimentos que nos permitem dominar tecnicamente tecnicamente a vida por meio da previsão, tanto no que se refere

à espera das coisas exteriores como ao campo da atividade do homem -"pág. 45" A ciência nos fornece algo que o comercio de legumes não nos pode, por certo  proporcionar: métodos de pensamentos, isto é, os instrumentos e uma disciplina. a) A ciência contribui para clareza, com a condição de que os cientistas, de antemão já os possui o destino de nosso tempo, que se caracteriza pela racionalização, pela intelectualização e, sobretudo pelo "desencantamento do mundo" levou os homens a  banirem da vida pública os valores supremos e mais simples. “Pág. 51" Em minha opinião, Max Weber, quis dizer que, para uma vida prática e pessoal é  preciso agir de modo a responder as exigências exigências de cada dia e descobrir dentro de si, sua vocação e se dedicar à ciência que lhe melhor confere o prazer de fazê-lo.

A POLÍTICA COMO VOCAÇÃO 1) Como Weber define a política? Como ele define o Estado? R. um agrupamento político "Estado" por política Weber entende que seria o conjunto de esforços feitos com vistas a participar a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado. O Estado tem como característica política o uso da coação física. Todo Estado se funda na força. O Estado é a única fonte do "Direito" Estado consiste em uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento de violência legítima (isto é da violência considerada como legítima). O Estado só pode existir, portando, sob condição de que os homens dominados se submetam à autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores. 2) Qual o significado de "dominação organizada" para Weber? R. Esta dominação para Weber é o homem ser dominado por lei e cobrado o seu cumprimento pela autoridade. Existe por fim, a autoridade que se impõe em razão da "legalidade" que conhecemos hoje através da constituição. A obediência funda-se antes em duas espécies de motivo que se relacionam a interesses pessoais: retribuição material e Prestígio Social. Para assegurar estabilidade a uma dominação que se baseia na violência violência fazem-se necessários, tal como em uma empresa de caráter econômico certo  bens materiais ele classifica em duas categorias: 1) Estado Maior e 2) Estado-maior  Estado-maior  "privado" 3) Quais são as características do Estado Moderno? R. uma das características é que o poder que dispõe da totalidade dos meios políticos de gestão tende a reunir-se sob mão única. O Estado moderno é um agrupamento de dominação que apresenta caráter institucional e que procurou (com êxito) monopolizar, nos limites de um território, a violência física legítima como instrumento de domínio e que tendo esse objetivo, reuniram nas mãos dos dirigentes os meios materiais de gestão. 4) Quais os dois modos de se exercer a política como vocação? Como eles são definidos por Weber e quais as suas conseqüências?

R.. Há duas maneiras de fazer política: "Ou se vive para a política, ou se vive da  política”. “Quem “vive para a política, a transforma, no sentido mais profundo do termo, em” fim de sua vida”, seja porque o exercício dessa atividade atividade lhe permite achar o equilíbrio equilíbrio interno e exprimir valor pessoal, colocando-se a serviço de uma "causa” que dá significação a sua vida. O homem político profissional, que vive da política, pode ser um puro beneficiário, ou um funcionário remunerado. remunerado. Eis o preço que importa pagar pela colocação de verdadeiros chefes à testa de um partido; só uma escolha cabe: ou uma democracia admite como dirigente um verdadeiro chefe e, por conseqüência, aceita a exist6encia da máquina, ou rega os chefes e caem sob o domínio dos políticos profissionais, sem vocação, privados das qualidades carismáticas que produzem os chefes.

5) Como Weber responde a questão: "Que homem é preciso ser para adquirir o direito de introduzir os dedos entre os raios da roda da História”? O que significa para Weber paixão “, "sentimentos de responsabilidade" e "senso de proporção"? R. Podemos dizer que existem três qualidades determinantes do homem político:  paixão, sentimento de responsabilidade, responsabilidade, e senso de proporção. Paixão no sentido de realizar, isso é uma devoção apaixonada a uma causa, ao deus ou ao demônio que a inspira. Sentimento de responsabilidade que determine sua atividade. A proporção; quer dizer que, é capaz de permitir que os fatos ajam sobre si no recolhimento recolhimento e na calma interior do espírito, sabendo, por conseqüência, conseqüência, manter a distancia dos homens e das coisas.

6) O que é a "ética da convicção"? O que é a "ética da responsabilidade"? Ambas podem ser conciliadas? Quais as conseqüências dos problemas éticos da política (segundo Weber) para o revolucionário? revolucionário? R. Sabe o político que só a elaboração metódica dos fatos, procedida imparcialmente,  poderá produzir frutos, ao passo que qualquer outro método acarretará, para a nação que o empregue, conseqüências que, talvez exijam anos para deixarem de manifestar-se. Para dizer a verdade, se existe um problema de que a ética absoluta não se ocupa, esse é o problema das conseqüências.  No caso da ética da convicção, pode ocorrer que o político político dente jogar a culpa por um ato praticado por uma convicção que se revela desagradável, e o mesmo atribuir a responsabilidade à tolice dos homens, ou a deus. Já na ética de responsabilidade, os  partidários,  partidários, contarão com as fraquezas comuns do homem, e entenderá que não pode lançar a ombros alheios as conseqüências previsíveis de sua própria ação. O problema surge quando a justificação dos meios pelos fins que, que em geral coloca em cheque a ética da convicção.

Para os revolucionários; continuar continuar mais alguns anos de guerra, seria um meio de se manter no poder. Não é possível conciliar a ética da convicção e a ética da responsabilidade, assim como não é possível, se jamais se fizer qualquer concessão ao  princípio segundo o qual o fim justifica os meios, decretar, em nome da moral, qual o fim que justifica um meio determinado.

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF