Resumão Português Jurídico 1
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Resumão...
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R e s u m io J u r rid id ic o - g ~
Escre screv ver e uma uma tare taref f a nem semp empr r e prazer osa osa, quando se tr ata d e lidar com co m te tex xto toss jur idicos dicos.. Autoridades Autoridades exigem exigem uma esc escri ritta clara ara,, poi poiss se seu u tempo temp o nao e suf sufic icien iente te par paraa ler pet petic; ic;5es 5es e outra rass pec pec;;as qu quee di dif f iculte icultem m a compreenssao do que compreen que se pet etiici cion onaa ou se ex plic plicaa. A es esccr ita fr eq eq uent ntee dessa ling lingua ua gem espe especifi cifica ca exig xige, e, pois, pois, alguma umass cons nsid id er ac;5es par a seu bom uso. Nesse senti ntido, do, a coere coerenc nciia e a coesa oesao o text xtu uais su sur r gem gem com omo o predicadoss que valori predicado alorizzam 0 te tex xto. Escrev Escre ver dem deman anda da cui cuida dados dos,, como 0 us uso o d e ex pre presssoes contextuali contextuali-zadas, 0 que reve revela la 0 con conhe hecim ciment ento o do vocabulario sobr e 0 tema e, sobretudo,, 0 sobretudo bom dominio da lingua portu portug gue uessa, e a clarez clareza, r evelada pela capacidad capacidadee d e ela elabor borar ar um texto texto esc escrit rito o com coes coesao e co coer encia.
COEsAo
E COERENCIA NO TEXTO
o tex textto e rev revel elad ador or de sua sua or orga gani nizz ac;ao ment ntaal e, se ele ind indiica carr que seu pen pensam sament ento o est estaa conf con f uso u so ... A organiz organizac ac;;ao textu tual al de depe pend ndee de id eias conexas - a coe oer r encia - e de palav pala vra rass in inti tima mam ment ntee cone co nect ctad adas as - a co coes esaao. Coeren oerenccia e a relac;ao uniida dade de d e sentisentiestabe est abelec lecida ida ent entre re as par partes tes do te tex xto to,, de modo a cria criar r un do.. Coes do oesao ao e a rel relac; ac;ao ao e a con conex exao ao ent entr r e palav palavras ras,, ex pr ess5es ess5es ou fra frases ses no texto xto.. Coesao
Consid Con sidera era-se -se
coeso coe so
textto 0 tex
quee ap qu apre ressenta enta::
a) um term termo o
ante an teri rior orme ment ntee cita ci tado do na f ras rase, nao r e petido petido,, mas a p peenas indica indi cado do po porr me meio io de pal palavr avr a grama ramatica ticall (ap apoi oio o d e fra frasse, pala lav vra sem senti ntido do pro propri prio) o),, como pron pronomes omes ( po posse ssesssivo, d emon monst str r ati tiv vo, momen t a , r elati lativ vo ou pessoal ssoal), ), adve adverbios rbios (ou locuc; locuc;5es es,, co como mo nesse moment la , , naq naquel uelee dia dia)) e / ou ou numerais.
• A vi vit t ima f oi oi levad a ao pr ont ont o-soc o-socorr o e, la , la , f f oi aten atendida dida pelo pelo planplan ton to nista, que , nes nesse se momento, veri fi fico cou u a extensao do danGprovo danGprovo cad o pe pella pe perfi rfit t r rar a r ;ao da ba b ala. Nesse N esse exem exemplo plo,, l ei e a for forma ma de r etomar etomar 0 local onde se passa 0 fa fatto; nes esse se mome oment nt a e a retomad a do tem tempo po em que que ocorr e a ac;a ;ao. o. b) r eto tom mad a
de causa sa,, co con ndi~ di~ao ao,, conseque quencia ncia,, grada~a rada~ao o, f ina nalid lid ad ad e, contrad i~ao ao,, conclusao lusao,, d ent ntr r e outr as. Esse sess el elem emen ento toss ap apar ar ece cem m na or oraac;a ;ao o pa para ra esta belecer uma r elac lac;;ao adeq adequa uada da ao se sentid o. •0 juii z indefe ju indefer r iu iu
pOl' ' que que 0 cons consiider ou inade nadequad quado o e m mal al 0 pedido , pOl formulado. (ca formulado. (cau usa) • A policia policia pren prendeu deu os assaltantes assaltantes , , por hn nao re reccupe uperou rou ain aind d a 0 produto do roubo. (o po possic ic;ao) ;ao) • 0 jui jui z z considera os elementos elementos da petir petir;ao ;ao suficien suficientes tes e , pO pOl' l' t ta nto , acatou--a. (co acatou (con nclus lusaao) • A ar;aosera executada ai a inda que rest rest em em element os cont rad rad it or ios ios. (concessao)
• Um caso int in t rincado, rincado, ist o e , com tant os eleme elemento ntoss a serem serem consi c onside de-rados... rados ... (ex (ex pli pliccac ac;;ao) acusados de doi do is cr imes: imes: lat rocin rocinio e estup stupr r o. o. (e • Os reus sao acusados (exemxem plif pli f ica icac;ao)
• A equipe , equipe , ou melho elhor r , a quadrilha quadrilha e aco acoberta bertada da por um menor de tif f ica cacc;ao) idade. (r eti • A fami familia lia plei pleiteav teava a a reintegrar;a reintegrar;ao o de posse, quan uando do teve inici cio o a nova invasao. invasa o. (tempo mpo)) • 0d ivorc vorciio fora fora requ requer er ido na mesm mesm a vara em vara em que corr ia 0 proces proces-so de ad or;ao. (lu luga gar r ) • E m se seg gui uid d a, a , foram foram in inici iciad adas as as sessoe sessoess d e conci concili liar ar ;ao ;ao entre entre as partes.. (ord ena partes nac;a c;ao o) • A menos que 0 emp emprega regado do rece receb ba as horas horas tra traba ballhadas , a ar;ao ar;ao prosseguira. (co (condic ndic;;ao) • Todos os esfor r r;os ; os ser ser ao ao dest destinad inad os a (= para) re po por r as perdas salariais.. (f ina salariais inalid ade de)) Coerencia
A coer enci ciaa de um um tex texto to d e p peend e de co cont ntex extualizac tualizac;a ;ao o e de conh nheecimento d e mundo, mundo, elemento ntoss indis indis pen penssave veiis para 0 en ente tend ndim imen ento to do sen enti tido do da daqu quil ilo o qu quee 0 emi miss sso or quer comuni comunica car r ao rece recept ptor or da me mens nsaagem ge m. Obse ser r ve ve nes estta f r rase, a se, pa pass ssiive vell de dua duass in inte terp rpr r etac;5e ;5ess, 0 sentido atribuid o, o, con on f f or or me 0 co cont ntex exto to em qu quee se se ja ja prof erida:
• Ho je , eu , 0 r ei , ei , convid convid o todos a comparece r r em massa , massa , para assisassist ir ir ao ma ao massa ssaccre de Is Israe rael. l.
d e um umaa ideia ideia anterio anteriorr por meio meio de palavra le lex xical (a (aqu queela que tem sentid o pro prio prio)), com como o substanti ubstantiv vos, adj djeeti tiv vos e verbo rboss. Nes N essse ca casso, recorr e-se ao usa d e sin ino oni nimos, mos, hip hipero eroni nim mos (ter mos mais ma is gener eneric ic os de uma espec especie) ie),, hiponimos hiponimos (termo termoss mais re resstrit tritos os de umaa es um esp pecie cie)) ou anton antonoma omassia iass (f orm rmas as d e r ef er encia a alguem por meio mei o do d est estaqu quee de um uma de sua uass qu quaalid ade dess ou d efei feittos) s),, para evitar a r e p peetic tic;;ao da me mesm smaa pa pala lav vra.
• A mesa cen cent t r ral a l er a d e marm marmore ore , um mo movel vel pees ado e val p e valiioso. • A mi min nistra (I desembarc barco ou em Lo Londres , pr i(I)) desem meiira et a pa de me de s sua ua viag iagem em , , onde onde a representanrepresentan te do gover gov er no n o ale alemfio (1 dever a fa faze zerr um pr o(1)) dever nunciamento (2) aos memb membros do Parlamento Parlamento e, nes essa sa ocasifio (2), sera sera homenageada pela raiinha d a lng ra ngllate ater r ra. ra. • Jorge Jorge Amad Amado o rece recebeu beu h omena menagem gem postuma postuma na Academiia Bras Academ rasiileir leira a de Letras etras.. 0mai maiss conh conheecido d e nossos escr escritor itor es tev tevee seus seus liv li vros tradutradu ziidos para z para ma maiis de 40 id ioma omass no mundo. mundo . c)
usa de con coneectores (palav (palavra rass d e li liga gacc;a ;ao o entr e orac;5 ;5es es ou entr e segmento egmentoss de uma mes esm ma orac rac;ao) ;ao).. Nesse Nes se caso so,, as rela relacc;5e 5ess estabelecida s podem ser
Se ess ssaa fr fraase tivess ssee si sid d o ass assina inad d a pelo im per ado dorr Tito ito,, r ef erindo rindo--se ao ataque a Is Isr r ael ael ocor r ri do no an anaa 70 d. d.C C., sua int inteer pretac pretac;a ;ao o con ondu duzziria a um moment mentaa hi histo stori ricco totalm lmeent ntee di div ver so d aque quele le que se poderia poderia consid er ar se a mes esm ma fr ase ase ti tive vess ssee sid ido o di dita ta pe p elo "R ei" ei" Pel ele, e, r eferindo-s eferindo-se a um jog jogo d e fu futteb ebo ol en entr tr e Br Braasi sill e Israe raell rea reali lizzado em u ma ma d a ta qu quaalq uer d e nos sa epoca. epoca. A coer enc ncia ia d eve e ve se serr inte nter r na (em re relac lac;ao ;ao ao tex texto to)) e exte extern rn a (em (em rela relacc;ao ao mundo mundo)). Di Dizz-se qu quee ha coecoeEste Resumao d estin estina-se a-se tamr enci nciaa intern rnaa qu quaando as r efer efer enci ncias as textuai textuaiss sa sao o ade bem b em as pessoas pessoas qu quee se sentem ntem d if iiquaada qu dass ao qu quee se qu queer di dizzer. cul uld dades em re digi digir r um tex extto 0 titulo for fo r mal. mal. Emb mbora ora se j jaa se Sao Sa o ex exem em p pllos de inc incoe oeren renci ciaa intern a: Port Po rt ugues ugues Juridico , Juridico , sao apr apr esenesen• A crianr;a , crianr;a , que que era orffi, abr abr ar ;ou ;ou carin carinhosamente tados ta dos aqu aquii out utros ros te texto xtoss forma formais, seus pa pais is.. alem d os os ju juridicos ridicos,, co com mo mo mod d e• N o quar quarto to , , ja jazi zia a no lei l eito to de mo m ort rtee a li lind a cr iatu atu-ra , , que ra que exalava exalava vida p elos po poros ros.. los de co corre rress p pondenc ondencia ia - of icial e co com merc erciial -, para para situ ituaac;5 ;5es es em q ue se j jaa ig igua ualm lmen entte nec eceessaj' ssaj'iio Sao exempl exemplos os d e incoe incoeren renccia exte ex tern rnaa: escrev escre ver COI T I ade adeq q uac uac;ao e pro0 • () Br asil asil nao fechou aco cordo rdo comercial comercial c om seu vi zinh zinho o Ja p p fio fio.. pr p r iedad e. Seu us usa e util util,, ainda nda,, paar a pessoas que se pr e p p paar am • Em Em su suas as negoci gociar;o ar;oes es c om Ango Angola, la, 0 p pr r imeiro meiro- paar a pre p prest star ar co con ncursos publicos. publicos. -ministro alemfio acei ace itou as co c ondi ndir r ;oes ;oes de seu seu comcom-
panheiro de Me Mer r cado c ado Co Comum mum Eur o p peeu.
a) SaIto narrativo - Defeito na narr ayao que "foge" ou " pula" inf ormayao que atenderia a verossimilhanya que 0 texto d eve apresentar. • Joao, que e cego de nascem;a , viu e r econheceu seu agressor . • A empr esa em regime pre-faliment ar acabou de adquir ir uma nova f ro ta de caminhoes d e transpor te pela bagatela de 2 mi /hoes d e dolares. b)Argumental;ao falaciosa - Defeito contido em urn argumento que desconsid era as relayoes logicas do raciocinio. •0craque d o valei r ebat eu a bola com as dua s miios ,ja que e an fibio. • Dinheiro nao e tud o , e apenas 1D O % . • Tod o ser humano e mor tal. A formiga e mor tal e , portanto, ela e t ambem um ser humano. c) Incoer encia temporal - Perda d e vista do elemento que daria ao texto a informayao r elativa a temporalidade dos fatos narrados. • T iio logo 0 juiz proferiu a sentenr ;afinal , a d enuncia foi acolhid a. • Diante de pr ovas inquest ionaveis produzidas durante 0 processo , a vitima joi assassinada. d) Incoerencia espacial - Falta de relayao com a localizayao a qu e se refere. •0 piloto d o aviao anunciou a aterrissagem sobre as aguas calidas do Oceano Atlantico. • A mesa est ava posta par a 0 cafe-d a-manha: sobr e a toalha branca , pi/has de tijolos e um saco d e cimento, atem de duas barras d e gelo e de um casaco de inverno. e) Incoerencia linguistica - Perda de referencia quanta ao destinatario da mensagem, seja pelo emprego inadequado de tr atamento a ele dirigido, seja pelo vocabulario em uso. • V ossaMajestade t em sido muito magnanima com seus sud it os , mas nao se manca com seus f ilhos. • M eu filho, agora que voce complet ou 5 aninhos , mamae vai lhe e xplicar como funciona a isonomia entre os pod eres pit blicos constituidos.
ARGUMENTA~Ao Ouvi d i zer que, para quem deseja t ornar -se um or ador consumado , nao se torna necessar io um conhecimento perfeit o d o que e realmente justo , mas , sim, d o que parece justo aos olhos da m aio ria, que e quem decide , em ,"t ima instdncia. Tam pouco pr e cisa saber realmente 0 que e bom ou belo , bastando- Ihe saber 0 que par e ce se-Io, pois a persuasao se consegue nao com a verdade. mas com 0 que aparenta ser verdade. (Fedro)
Quem pr o duz urn texto procura persuadir seu leitor (ouvinte) sobr e suas ideias, de modo a faze-Io crer naquilo que quer que seja aceito como verdade. A persuasao e urn genero e implica a tria officia , como a denominava Cicero, pois comporta tres modos distintos de se realizar : a) pelo convencimento (cum + vincere) - convencer 0 opositor por meio de pr ovas logicas, que podem ser : I) indutivas (os exemplos); 2) dedutivas (argumentos); b) pela comoyao (cum + mover e) - persuadir pela forya do corayao, pois, exercitando a afetividade, a vontade arrasta 0 intelecto a aderir ao ponto d e vista do emissor ; c) pela sed uyao (delect are =deleitar , causar prazer , seduzir) - seduzir pela palavra. : E a arte da retorica. Segundo Aristoteles, retorica e a ar te de persuadir, mas Quintiliano (sec. I) contesta essa definiyao, ao explicar que nem todo discur so per suade e que muitas outras "coisas" alem do discurso retorico persuadem, como 0 dinheiro, 0 poder e a virtude. Falar bem ou convencer? Eis a duvida de quem busca forma s que lhe permitam preparar-se bem para uma ex posiyao argumentativa, seja essa realizada por meio da escrita ou oralmente. Nao ha como negar a seduyao que exerce urn born escritor lorador.
Toda ar gumentayao se expoe pcr meio de elemcntos que devem ser organizados em tome d e urn o bje ivo especifico, (Useja, dependendo d o modo como se organiza 0 discur so e tendo em vista uma f inalidade, consegue-se per suadir 0 interlocutor /lei tor. Desse modo, ar gumentar e preciso, mas ha d if er entes ti pos d e ar gumento: a) Argumento ad auctor itatem -:E 0 apelo ao res peito d e uma autorid ad e d e certo dominio do saber para corroborar uma tese, como no caso do ad vogado que se apoia em juristas famosos e em juris prud encia a fim d e r atificar sua tese. Exemplo: A ref orma tributar ia e premente em nosso pais, confor me a ponta Ives Gandr a M ar t ins. Ra que se cuid ar contr a 0 ar gumento d a falsa autor i dade presente na midia: urn esportista que recomenda 0 usa d e d eterminado medicamento ou urn ator que recomenda este ou aquele curso universitario, diferentemente do que ocorre com a "autoridade" de urn notorio cervejeiro que recomenda certa marca de cer veja para consumo. b) Ar gumento adjudicium - : E a refer e ncia ao senso comum que dis pensa compr ovayao Por ser evidente ou universalmente aceita, como em: 0t od o e sempre maior d o que a par te ou A educar ;ao e a base do desenvolvimento. 0 grande problema de usar esse tipo de argumento e 0 recur so a chavoes e frases feitas, como ocorre nas fr ases o brasileir o e indolent e ou S o 0 amor constroi , as quais podem veicular pr econceitos ou ate "verdades questionaveis". c) Argumento baseado em prova concreta - : E a forma argumentativa mais forte, pois pode "derrubar " as demais, ja que "contra fatos nao ha argumentos". Citam-se como ar gumentos desse tipo cifras, fotos, d ad os estatisticos e ate a propria R lstoria, como na frase: Hugo Chavez perdeu 0 plebiscit o por uma di f er enr;a de 8% dos votos. Roje, diante do desenvolvimento da tecnologia, que propicia alterayao na imagem, as fotos saD recursos ar gumentativos questionaveis. d) Argumento baseado em raciodnio 16gico - Consiste na relayao entr e as proposiyoes de ur n discur so, quais sejam: as de causa-consequencia, as de finalidade ou as expressas em outros elementos conectores (veja 0 to pico " Coer encia "). e) Ar g umento d a competencia linguistica - : E 0 usa efetivo de recursos retor icos, tendo em vista que 0 ate de bem falar lescrever e urn forte elemento per suasivo, uma vez que 0 modo de dizer algo d a confia bilid ade aquilo que se diz. C heir ar cola pod e ra passar par a 0 sangue um monte de dr ogas, sem nor ;ao d o prejuizo que isso d a. ga poder a r eceber Compare com: Ao cheir a r cola, 0 usuario da d ro na cor re nt e sanguinea solur ;oes de glicose , vitamina C, pr odutos ar omaticos - tudo isso sem saber d os r iscos que corr e pela ent rada s~tbita d esses produtos na cir cular;ao. Para utilizar qualquer tipo de argumento - sempre em consonancia com 0 objetivo de seu proposito -, voce deve atentar para dois outros componentes de sua or ganizayao textual: os pr essupostos e os subentendidos que poder ao estar contidos em seu arrazoado. Entende-se por pressuposto uma ideia que, embora nao esteja ex plicitamente contida em seus ar gumentos, decorre logicamente do sentido d e cer tas palavr as/ex pressoes utilizadas. Observe estes exemplos: • A empresa X perd eu outra ar;ao ind eni zat or ia movid a por e x-t abagistas lesados pelo cigarr o. o pronome out ra e urn pressuposto de que ja havia ocorrido uma ayao semelhante contra a mesma empresa. . 0 segundo marid o dela morr eu no vao 910. R a dois pr essupostos: a) ela foi casada pelo menos duas vezes; b) seu segundo marido ja faleceu, mas nao se sabe 0 que houve com 0 primeir o. Veja algumas palavras que podem ser indicadoras de pressupostos: • Adjetivos - Retomando 0 exemplo anterior, a inf ormayao implicita so br e 0 estado civil e dada pelo usa de segundo. • Verbos que indicam mudanl;a ou permanencia d e estado - A frase J oao permanece det id o na 41 ." DP , por exemplo, signif ica que loaD estava e continua detido no mesmo lugar . • Verbos que indicam urn ponto de vista sobre urn f ato expresso por seu complemento - Se a afirmayao contida no o bjeto f or negad a, nega-se tambem a ayao verbal, como em 0 jui z considera que tais J atos
R e s u m a o J u r id ic o
nilo silo relevantes. Aqui, nao se tr ata de r econhecer a r elevancia ou nao d os f atos por outr em, mas de aceitar (ou nao ) a avaliaC;;ao d o juiz. • Alguns ad verbios - 0 uso d e urn ad ver bio pod e com provar , negar ou modif icar uma afirmaC;;ao. Em A pr o dw;ilo agricola do pais esta tot alment e nas rnilos de produtores brasileiros, 0 ad ver bio totalmente implica que nao ha produtores rurais que nao se jam nativos. • Certas con jun.;oes - Pod e ocor rer d e uma frase, tal como enunciad a, deixar im plicito urn julgamento contnlr io ao q ue a con junc;;ao intr od uz. Na fra se 0 advogado cursou a Faculdade Z, embora tenha aprend ido rnuito e seja urnorador br ilhante , 0 uso d e embora contradiz a ex pectativa d e que alguem que tenha frequentad o a Faculd ade Z seja bor n, ja que ela e consid er ad a muito ruim. Subentendido e uma insinuaC;;ao ou urn entend imento implicito a res peito de algo que s e di z, sem, contud o, trazer mar cas linguisticas clar as par a tal. Por exemplo: uma pessoa q ue esperava ser p romovid a nao 0 f oi. Encontr and o-se com a que ocupou 0 car go es per ado, diz q ue, naquela empr esa, 0 mer i to e a dedicaC;;ao nao sao levados em conta. Se o outro perguntasse se estava send o acusado d e n ao ter merito nem d edicaC;;ao, 0 preterid o diria q u e nao, q ue falara d e forma generica e que o caso d ele er a uma exceC;;ao.Ve ja que 0 subentendid o "d iz" sem dizer ex plicitamente. 0 emissor pod e esconder -se atr as d o sentid o literal das palavras e negar q ue tenha dito algo d e for ma su bentendid a.
CORRESPONDENCIA
*
Corres pondencia e 0 ato d e s e dirigir a outr a pessoa por meio de ur n texto escr ito - se ja com f inalid ad e comercial, of icial ou familiar - e d emand a igualmente muito cuidad o, pois pod e comprometer 0 emissor, caso ele nao saiba como se dirigir ao destinatario ou como tratar claramente d e urn assunto e resultar em prejuizos comerciais, sociais ou legais. E pr eciso atenc;;ao ao end erec;;ar a correspond encia, utilizand o 0 pronome de tratamento correspondente ao car go que a pessoa ocu pa, po is nao se pode subestimar nem su pervalorizar car gos e pessoas; trata-se de ur n er r o imper d oavel - evite-o. Ve ja alguns pr onomes d e tratamento mais us ad os em correspond encia:
Fo rm a voc ativ a Fo rm a de (com o cham ar tratamento a pessoa) (for m a d e se referir a pessoa)
Cargo/titulo
Presidente da Republica , governadores, prefeitos municipais, embaixa do re s, m in is tr os d e E sta do , senadores, deputados (federais e estaduaisl, desembargadores, presidentes de tribuna is, de empresas e de autarqu ias
Excelentfssim o Senhor, Vossa E xcelencia
Vereadores, marechais, almirantes , brigadeiros e g enerais
Voss a Excelencia
O utras pa tente s m ilitare s
V os sa S en ho ria
S en ho r
Ju izes de Direito
M eritfssimo Senhor , Voss a E xce lenc ia
Sua E xce lencia
Papa
Vos sa Santidade
Sua Santidade, Santfssim o
Vossa M agnificencia
M agnifico Re ito r
Reitor de universidad e
Sua E xcelencia
Carta comer cial
E enviada de uma pessoa f isica par a ur na pessoa juridica (ou vice-ver sa) e de uma pessoa jmidica a outra ou a ur n or gao publico. Ao escrever uma car ta comercial, use palavr as o bjetivas e sem afetac;;ao, de modo a causar boa im pressao, mas sem d ar ao destinatario a sensaC;;ao d e que sua corr es pondencia e muito mais im por tante d o que a de outr as pessoas. Utilize ex pr e ss5es q ue r evelem sua o bjetivid ad e, po is se deve par tir do pressuposto d e que ninguem tern ho je muito tem po a perder com inf ormac;;5es d esnecessar ias. Limite-se a escr ever essencialmente aquilo que motivou sua escr ita, ou seja, d esa pegue-se de chav5es ou de pieguismos su perfluos.
EX PRESSOES Q UE, EM B OR A
MU lT O U SA D A S, D EV EM SER EVITADAS
E xp r es s oes c o nd en ad as p ar a
S ub s ti tu ir
por
V enho por meio desta so/ieitar . S er vimo-nos da presente para . V imos pe/a presente ... Por intermedio desta, so/ieitamos ... Acusamos 0 recebimento de seu pr ez ado pedido ... Chegou-nos as maos . .. Esta (ou Encontra-se) em nosso poder ... V enho por intermedio desta informar... V imos atraw!s desta ... (O bs.: 0 adverbio at r aves deve ser usado so m ente com 0 sentido e xato de "d e um lado a outro" ou "pO l' entre dois pontos". Jamais 0 u se no lugar de p o r m e io d e )
In icie a corres pondencia in dicando sinteticamente sua finalidad e, sem a necessidade de explica r que voce escreve para tal fim, reduzindo toda a exp ressao a um unico verbo. Ex .: Solieitamos, Recebemos , Encaminhamos, /nformamos , Convidamos, etc.
Sem mais , para 0 m o m e n t o ... N a ce rt e za de contarmos co m sua preeiosa co/aborar;ao, subscrevemo-nos . C o m m uit o a pr er ;o . N ossa m ais elevada estima e considerar ;a o ateneiosa ... N ossos protest os de elevada estima e considerar ;a o... S u bscrevemo-nos co m todo aprer ; o
Encerre a correspondenc ia s e m 0 usa de exp r e ss6es de falsa modestia e de bajula~ao , reduzindo as e xpress6esao lado a : - Atenciosamente- quando se esta oferecendo algo e , assim, se declara a disposi~ao do destinatario com sua aten~ao; ou - Cordia/mente - em outras situa~6es, quando nao se oferece nada e, simplesmente, se encerra a carta .
Senhor
Chefe das casas Civil e M ilitar
Vossa Exce lenc ia
S enhor Chefe da Casa
D ir et or es d e e m pr es as e d e autarquias, medicos, chefes de setores, professores, etc.
V os sa S enh or ia
Senh or
FORMA FislCA DA CARTA COMERCIAL Quando uma pessoa juridica d estina corr espond encia a outra, 0 mais comum e 0 usa de papel tim br ad o, evitando-se, assim, 0 excesso de infor mac;;5es a respeito da em pr esa emissora no corpo d a carta. No entanto, q uand o se tr ata d e cor r es pond encia emitid a por pessoa f isica (sem uma logomar ca), e necessar io q ue 0 emissor se identifique no f im da correspondencia, consid er and o 0 tipo d e inf or mac;;ao necessar ia ao contexto. Esse ti po d e cor respond encia tern uma distr ibui
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