RESUMÃO CIRURGIA

June 21, 2019 | Author: Amanda Berçam | Category: Dente, Ciências da Saúde, Bem-estar, Medicina clínica, Remédio
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Resumo Cirurgia odontológica 1 , primeira prova ufmg...

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1 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Universidade Federal de Minas Gerais –  Gerais  –  UFMG  UFMG Faculdade de Odontologia –  Odontologia  –  FOUFMG  FOUFMG

CIRURGIA ODONTOLÓGICA I

Belo Horizonte Primeiro semestre de 2013

2 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Sumário Matéria Página CÍNICA CIRÚRGICA ONDONTOLÓGICA I DCPC 4 AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIO 4 Pré-operatório 7 Trans-operatório 8 Pós-operatório 8 PRINCÍPIOS DE TÉCNICAS CIRÚRGICAS 9 Diérese 10 Exérese 10 Osteotomia 10 Curetagem 10 Avulsão 11 Síntese 11 Incisões  –  ver Definição do retalho cirúrgico 12 Métodos de hemostasia hemostasia 12 Orientação à reparação tecidual tecidua l 14 FISIOLOGIA DO PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR E 14 CICATRIZAÇÃO Fases do reparo alveolar 15 Proliferação celular 15 Cronologia 16 Alterações morfológicas/clinicas morfológicas/clinicas 18 Complicações da reabsorção reabsorção 18 EXODONTIA  –  PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS E TÉCNICA 19 Indicações das exodontias 19 Contra indicações das exodontias 20 Avaliação 21 TÉCNICA CIRÚRGICA 21 Tipos de exodontia 22 Fórceps 23 Alavancas 24 Cuidados pós-operatórios pós-operatórios imediatos 24 EXODONTIAS NÃO-ALVEOLAR 25 Técnicas de exodontias 25 Indicações para cirurgia a retalho (não alveolar) 26 Definição de Retalho 26 Tipos de retalho 28 Técnica cirúrgica cirúrgica 29 Técnicas específicas 29 TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOLOGIA ODONTOLOGIA 30 Analgésicos (não opióides) 31 Dipirona 31 Paracetamol 32 Agentes anti-inflamatórios (AINEs) 32 Fatores de risco para efeitos indesejáveis de anti-inflamatórios não33 esteroidais Agentes antiinflamatórios (corticoides) 34

3 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Antibioticoterapia: Antibióticos Antissépticos BIOSSEGURANÇA

Higienização das mãos Paciente Término do atendimento desmontando a mesa Acidentes com materiais perfuro cortantes INCLUSÃO DENTAL Classificação clássica de Pell e Gregory Gregory Classificação de Winter O que considerar em uma inclusão dental Transtornos da inclusão dental Técnica cirúrgica Tracionamento Tracionamento cirúrgico ACIDENTES E COMPLICAÇÕES COMPLICAÇÕES EM EXODONTIAS EXODONTIAS Fratura radicular Luxação do dente vizinho Fratura do dente cizinho Fratura do processo alveolar alveola r Extração do dente errado Lesão de tecidos moles Comunicações Comunicações oroantrais Penetração do dente no seio maxilar Lesão de nervos Fratura de instrumento Penetração do dente em espaços teciduais teciduai s Luxação da mandíbula Fratura de mandíbula Ingestão do dente Bronco-aspiração Bronco-aspiração do dente Sangramento Hematoma Alveolite Infecção Trombose do Seio Cavernoso Dor Edema Trismo Enfisema Lipotímia

34 37 39 40 42 42 43 45 47 47 48 49 50 52 53 53 53 53 53 53 54 55 55 55 55 55 56 56 56 56 57 57 57 58 59 59 59 59 59

4 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

08-03-2013 Marcelo Drummond Naves

CÍNICA CIRÚRGICA ONDONTOLÓGICA I DCPC Áreas de atuação:         

Cirurgia bucal Infecções Implantodontia Enxertos e Reconstruções Reconstruções Patologia Maxilofaciais ATM Trauma Maxilofacial Cirurgias Ortognáticas Microcirurgias  –   utiliza-se microscópio, lupas, fios muito finos para fazer anastomose de estruturas como veias que possam ter sido lesionadas durante a cirurgia ou em algum acidente. (cirurgia extensa)

Cirurgia bucal 

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Exodontia –  Exodontia  –  considerada   considerada de média a alta complexidade pela presença de tecido ósseo Remoção de dentes inclusos Hiperplasias gengivais Plásticas Biópsias Frenectomia Raspagem subgengival Ancoragem ortodôntica Paraendodôntica Retalhos –  Retalhos –  fechamento   fechamento de fistula buco-nasal ou buco-sinusal

Tudo que entra no campo cirúrgico tem que sair, por isso deve-se tomar cuidado com a utilização de gazes e algodão.

5 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIO Uma avaliação e planejamento bem sucedido é o principal passo para um prognóstico  bom. Caso isso não seja respeitado ha possibilidade de insucesso ou mesmo mesmo o óbito venha a acontecer. Cirurgia Cirurgia conceituação geral

Propedeutica

Diagnóstico

Indicação

Tratamento cirurgico

Pré-operatório

Transoperatório

Anestesia

Anatomia

Ato operatório

Fisiopatologia Fisiopatolog ia

Pós-operatório

Imediato

Tardio

Conhecimento Estudar

Cirurgia

Paciente

Técnica cirúrgica

6 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Princípios filosóficos cirúrgicos     

Estudo constante Auto avaliação Humildade e sinceridade Reciclagem Estar equipado

“Para executar bem você tem que ver bem” –  Técnica cirúrgica –  Aperfeiçoar

Passos cirúrgicos 1. 2. 3. 4. 5.

Ficha clínica Pré-operatório Trans-operatório Pós-operatório Alta

Ficha clínica      

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É pessoal Tem que estar completa → Com assinatura do paciente!!! Legível e compreensível após 20 anos Respaldo legal Segurança para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento do paciente Marketing  –   uma boa ficha e conversa com o paciente promove mais  proximidade. Prevenção das complicações Gravidez –  anamnese o A cirurgia é essencial no momento? Adiar sempre que necessário o Entrar em contato com o médico responsável Discutir qual a melhor forma para conduzir o tratamento  –  terapêutica, tempo da cirurgia, monitoramento da paciente. o Cuidado: adrenalina (adianta o parto) 



 Não partir para o próximo passo sem ter certeza!

Exodontias 

Diagnóstico integral o Doença cárie o Doença periodontal o Lesões de mucosa e estruturas anexas o Disfunção de ATM e oclusão Condições clínicas o

7 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Plano de tratamento     

Diagnóstico correto Ser claro e objetivo com o paciente Dividir a responsabilidade com o paciente Quando possível, dar opções ao paciente Estudar o caso

Evolução 

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Desde a primeira consulta o O paciente deverá assinar!!! Diagnóstico, plano de tratamento, prognóstico Se discutir com outro colega e ou o médico do paciente, anotar na ficha Orçamento, pagamentos efetuados

Outros 



Tudo que for emitido para o paciente, deverá ser com cópia carbonada o Receita, atestado, relatórios, orientação pós-operatória, encaminhamentos. Todo encaminhamento de outro colega ou avaliações médicas deverão ser mantidas na ficha original

Pré-operatório      

Critérios e ordenado Tipo de cirurgia e tempo cirúrgico Trabalho em equipe (?) Terapêutica Avaliar limitações –  do paciente e do cirurgião Eliminar variáveis – instrumental, equipamentos, acompanhante, etc.

Terapêutica 

Antibiótico o Profilático o Diante de alterações sistêmicas, infecção crônica, extensão da cirurgia Terapêutico –  em comunicação com seio maxila Antiinflamatório o  Não esteroidal Profilático e terapêutico Extensão da cirurgia, trauma cirúrgico e dor associada Analgésico o Sempre Sedação 



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8 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Tipo de cirurgia, tempo cirúrgico, queixas e alterações sistêmicas do paciente.

Trans-operatório  



Tranquilidade Qual é o próximo passo? o Visão ampla –  da cirurgia e do paciente Tempo de cirurgia o Interromper a cirurgia? o Chamar outro colega? o Cirurgia X sangramento

Pós-operatório  





Manter a medicação prescrita rigorosamente nos horários Por 24horas: o Fazer compressas com gelo 15 minutos com intervalo de 30 minutos (proteger a pele com vaselina ou creme). o Pode-se usar hidratante para evitar queimaduras com o gelo. Por 48 horas: o  Não bochechar  –    uso de fio dental e escovação devem ser mantidos, na hora de retirar a espuma da boca com os detritos da mastigação, colocase água na boca e movimenta a cabeça de forma a fazer com que a água movimente de um lado para o outro na cavidade oral sem promover  pressão. Deixe a água sair da boca passivamente após este movimento. o Manter a cabeça mais elevada que o corpo o Repouso (não ficar ao sol, não fazer esforço, evitar conversar, cuspir, álcool e fumo) evitar bebidas alcoólicas e fumo de duas a três semanas antes e após o tratamento cirúrgico. o Alimentação liquida, pastosa e fria (sorvete, gelatina sopa, caldo, iogurte, suco) o Em caso de sangramento, morder levemente uma compressa de gaze por 15 ou 30 minutos. Se persistir, entre em contato. Após 48 horas o Fazer bochechos com água morna e solução antisséptica (proporção de 1:1), 6 vezes ao dia. Ou Digluconato de Clorexidina 0,12% em torno de 10ml, bochechar 3 vezes por dia por 7 dias, após a higienização o Manter higiene local rigorosa (escovação, fio dental e cotonete). o Retorno entre 5 e 7 dias para CURATIVO  –   remoção de sutura, avaliação da higienização, cicatrização ou processo inflamatório.

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Complicações o Abscesso pós-operatório o Abscesso tardio –  após um mês (limpeza incorreta do alvéolo) o Alveolite –  perda do coágulo formado durante a cirurgia. o Fratura de mandíbula –  movimentos e forças incorretas aplicadas durante o procedimento cirúrgico.

Se estiver pensando em se esconder do seu paciente, pense seriamente em não ser  profissional de saúde.

PRINCÍPIOS DE TÉCNICAS CIRÚRGICAS “... a meta fundamental do bom cirurgião deve ser uma técnica atraumática, o cuidadoso controle da hemorragia, a delicadeza no manejo dos tecidos e uma absoluto respeito  para com a assepsia cirúrgica.” Theodore Lesney

Necessidades básicas em cirurgia 





Visibilidade: o Acesso adequado o Iluminação adequada o Campo cirúrgico limpo –  manter a aspiração constante Técnica asséptica  –   não tocar em áreas contaminadas fora do campo, evitar infecção cruzada Auxilio –  um auxiliar eficiente leva á uma cirurgia mais fácil.

Atributos de um bom cirurgião Conhecimento do caso, das melhores técnicas a serem utilizadas, prever o que pode dar certo ou errado e saber aplicar a técnica com experiência.

Atos cirúrgicos fundamentais       

Anestesia Diérese –  entrar Exérese Hemostasia –  manutenção do controle da hemorragia Síntese –   reconstrução e fechamento Tamponamento Orientação à reparação tecidual

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Diérese Métodos utilizados pelo cirurgião para penetrar através dos tecidos e atingir a área anatômica de interesse cirúrgico.   

Incisão = corte dos tecidos Divulsão –  separação dos tecidos Exérese –  remoção do elemento

Exérese É uma manobra cirúrgica utilizada para retirar uma parte ou a totalidade de um órgão ou tecido visando a finalidade terapêutica.

Osteotomia 



Instrumentos: o Instrumentos rotatórios e fresa o Cinzéis e martelos o Pinça goiva e osteótomos ela é para fazer cortes ósseos, não pode ser usada para fazer luxação de dentes, nem para fazer acerto gengival. o Limas (usadas para fazer adequação local  –   o organismo não gosta de  pontas agudas no processo de cicatrização, porque todo processo de cicatrização passa por contração e se tiver pontas agudas vão criar fenestrações). Propriedades: o Em linha única o Uso de instrumentos cortantes o Resfriamento contínuo de instrumentos rotatórios o Adequada visualização o Suficiente acesso

Curetagem Manobra cirúrgica pela qual se remove formações estranhas patológicas ou não,  presentes no campo operatório ou ainda decorrentes do desdobramento do ato cirúrgico. Instrumentos: o Curetas Características: o Remoção de tecidos patológicos no interior dos tecidos ósseos o Complementação do tratamento da loja óssea o Perigo de dano de estruturas vásculo-nervosas 



11 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Avulsão 



Instrumentos: o Fórceps e extratores (alavancas), pinça mosquito (apreendendo um tecido de granulação) Remoção de um elemento dentário

Síntese Manobra que visa manter reposicionadas as estruturas anatômicas que foram rompidas ou interrompidas durante o ato cirúrgico: Função: o Imobilização da ferida: Manter imóveis os tecidos para permitir a cicatrização, o Redução dos espaços anatômicos o Estabilização do coágulo. Evita o desenvolvimento de uma infecção, acelerando o processo de cicatrização. Instrumentais 



Bisturi (lâminas 15 e 15C) o Montagem → segure com a lâmina com o porta-agulha próximo da ponta ativa e encaixe nos dois trilhos cabo de bisturi. o Empunhadura Como lápis Como Faca Como Arco de violino Bisturi elétrico –  cicatrização é um pouco mais demorada Tesouras o Tamanhos → longas, médias e curtas. o Curvatura →  retas (partes externas) e curvas (dentro de cavidades)  –  Metzenbaum (16) o Formato ... Descoladores –  Utilizados para separar o periósteo do tecido ósseo subjacente o o Espátula n° 7 Hurd o o Molt Mead o o Seldin Ruginas o Freer Cinzel e martelo/brocas Pinças o Kelly (reta e curva) o Halted “mosquito” (reta e curva)   

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12 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Incisões Como iniciar uma incisão: segure o bisturi (15 ou 15c) como uma caneta. Enquanto o indicador, polegar e anelar estão segurando o bisturi, os outros dedos estão dando o apoio da mão para o movimento. Nunca faça nada sem o apoio da mão para evitar acidentes. Depois inclinamos a mão e encostamos uma maior parte da ponta ativa,  primeiro fazemos uma penetração a 90º e depois deitamos a ponta a 45º. A incisão é sempre de trás para frente (de distal para mesial). Ao incisar você cria uma área de sangramento e vai para frente, de modo que o sangramento não atrapalhe sua visibilidade. Para terminar a incisão com todos os tecidos incisados por igual em toda a extensão inclina-se o bisturi a 90º novamente e retira-o do campo. Intrabucais o Sobre mucosa aderida ao osso o Sobre mucosa sem apoio ósseo 

Condição importante: boa irrigação do retalho para boa e rápida cicatrização o

Formas    

Retas Curvas Mistas Compostas por 2 ou mais traços

Cuidado com as papilas interdentais 



Extrabucais o Preocupação estética Incisos devem ser nítidas, ampla.... o 1. Pressão 2. Deslizamento 3. Final Tipos o Elipsoide

Métodos de Hemostasia Visa à interrupção da perda de sangue.   



Ligadura simples → nó Eletrocauterização Compressão digital ou por gaze  –   até 10 minutos ao retirar, cuidado para não remover o coágulo formado. Sutura em massa

13 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Outros métodos mecânicos o Maceração óssea o Obliteração dos vasos o Métodos químicos e biológicos Trombina solúvel Esponja de fibrina Anti-hemorrágicos sistêmicos. Cera para osso –   atrapalha na cicatrização óssea



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“Con junto de manobras que visa aproximar ou reunir as paredes de vasos ”

Instrumentais de síntese Porta-agulhas o Mayo-Hegar o Mathieu o Fazem o papel das mão do cirurgião



Classificação das agulhas Curvatura o Curvas o Semirretas o Retas Comprimento o Curtas o Longas





Pinças  

Auxiliares na preensão e na síntese Empunhadura em forma de caneta com pressão bidigital

Tipos de nós       

Simples Cirurgião –  2 voltas + 1 volta Triplo Bimanuais  Não devem ser cruzados Forças iguais em ambos os braços Indicadores acompanham e direcionam o fio

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Orientação à reparação tecidual Manobras usadas em circunstancias bem diversas e com múltiplas finalidades, mas com o objetivo comum de favorecimento da reparação tecidual. Tipos: 



Punção –   procedimento que consiste em ter acesso ao interior de uma estrutura ou cavidade (por agulhas e seringas) com a finalidade de: o Colher material para posterior identificação Injetar substancias o Aliviar tensões internas advindas de exudação o o Orientação inicial para procedimentos cirúrgicos subsequentes mais amplos. Drenagem: tratamento de abscessos  –   procedimento que possibilita o acesso a uma exudação intesticial, por meio do qual ocorre o escoamento do líquido de forma contínua e em suficiência para o seu esvaziamento. o Tipos de drenos: Rígicos: mangueira de silicone, é maleável.  Não rígidos: dedo de luva (látex)  

15-03-2013 Sergio Monteiro Lima Jr

FISIOLOGIA DO PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR E CICATRIZAÇÃO Objetivos do reparo alveolar  

Formação de tecido conjuntivo no interior do alvéolo → substituído por osso Formação de tecido conjuntivo e eptelial para recobrir o defeito ósseo

Características do reparo alveolar 







Intenção: o Primeira intenção –  bordas do retalho de tecido se tocam com a sutura. o Segunda intenção –  bordas do retalho de tecido não se tocam Selamento da ferida através de coágulo  –   impede a entrada de saliva e contaminação dentro do osso Padrão concêntrico de deposição óssea  –   osso é depositado de dentro para fora da lâmina dura. Conceitos: o Regeneração –  formação de tecido semelhante ao tecido original o Cicatrização –  formação de tecido diferente do tecido original

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Fases do reparo alveolar

Proliferação Celular crescimento das células par dentro do coágulo

Desenvolvimento do tecido conjuntivo

Diferenciação óssea maturação

Maturação do tecido conjuntivo

1. Proliferação celular –  o coágulo é substituído por tecido conjuntivo frouxo desorganizado. 2. Desenvolvimento do tecido conjuntivo –  organização do tecido 3. Maturação do tecido conjuntivo –  há uma grande formação de colágeno 4. Diferenciação óssea –  maturação – 

Epitelização Processo em que o epitélio recobre o tecido conjuntivo 

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É necessário tecido de granulação dentro do alvéolo (só cresse sobre tecido conjuntivo) Após 21 dias o alvéolo já está coberto pelo epitélio Inibição por contato –  durante o crescimento quando as bordas da lesão se tocam há a inibição do crescimento. Migração do epitélio  Necessita de leito vascular

Proliferação celular Fases: 1. Formação de coágulo sanguíneo. a. O processo de reparo se inicia imediatamente após a extração dental  b. Invasão de células a partir do ligamento periodontal c. Proliferação das células endoteliais d. Formação do tecido de granulação (termina em aproximadamente 7 dias)

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2. Grande quantidade de células  –   presença de muitas células inflamatórias, muito sangue. a. Fibroblastos e capilares  b. Formação do tecido conjuntivo  –   exibe uma grande quantidade de células normalmente fibroblastos, e capilares neoformados 3. Maturação do tecido Conjuntivo a. Orientação das fibras colágenas  –   o tecido conjuntivo frouxo desorganizado é substituído por um TC organizado formando uma matriz colágena.  b. Redução das células e vasos 4. Diferenciação óssea a. Deposição de matriz orgânica  b. Osteóide / maturação → osso c. Inicia a partir do 7º dia d. Reabsorção da crista alveolar –  nos sentidos ápico-coronal e buco-lingual (3D)

Cronologia Etapas Cronologia Formação do coágulo sanguíneo Pós-operatório Inicio da proliferação tecidual ao nível gengival 4 dias Formação do tecido de granulação 7 dias Substituição do tecido de granulação por tecido conjuntivo 20 dias Fusão epitelial até o espessamento da fibromucosa 24 a 35 dias Preenchimento de 2/3 alveolares por trabéculas ósseas (o. imaturo) 40 dias Preenchimento total do alvéolo por trabéculas ósseas (o. maduro) 64 dias

17 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

1º dia após exodontia 

Clinico/radiográfico o Formação do coágulo o Radiolucidez local

7 dias após exodontia 



Histologia  –   mitoses, tecidos de granulação, fibroblastos, neoformação de capilares sanguíneos e presença de macrófagos. Clinico/radiográfico o Crescimento do tecido epitelial o Formação do tecido de granulação o Contornos nítidos da lamina dura.

20 dias após exodontia 



Histologia o Osteóides nas paredes do alvéolo o Maior organização das fibras o Migração dos vasos sanguíneos Clinico/radiográfico o Recobrimento epitelial o Remodelação da tábua ósseas vestibular

40 dias após exodontia 



Histologicamente o Tecido ósseo imaturo o Diminuição do numero de celular e vasos o Matriz colágena formada Clinico/radiográfico

64 dias após exodontia 



Histologia o Tecido ósseo maduro no interior do alvéolo Clinico/radiográfico o Radiopacidade o Remodelação óssea concluida o Alvéolo tomado por osso.

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Alterações morfológicas/clínicas 

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Reabsorção óssea o Dimensão buco-lingual Dimensão ápico-coronal o 3 a 4 mm de reabsorção óssea seis meses após extração. Maior reabsorção por vestibular (tábua óssea mais fina) Reabsorção na maxila é maior em espessura V-P, que em altura. Perda óssea/tempo o Perda em altura de até 1mm o 5 a 7mm de perda de V-P (2/3 dela nos primeiros 3 meses) o 12 meses após tem no mínimo 50% de perda em largura V-P

Complicações da reabsorção Perda de estrutura  –   pode-se fazer enxerto ósseo no local, para que a reabsorção diminua. Locais: 



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Corpos estranhos o Pedaço de dente o Pedaço de raiz o Algum material restaurador Tecidos necróticos o Isquemia Isquemia/Tensão Procedimentos cirúrgicos o Anestésico pode ser tóxico matando as células locais o Curetar as paredes do alvéolo o Fragmentos de osso que permanecem no interior do alvéolo (corpo estranho) o Sutura  –   pode ajudar no reparo ósseo, pode ajudar na manutenção do coágulo dentro do alvéolo (quando o coágulo sai do alvéolo pode ocorrer um processo de alveolite.) o Implantes intra-alveolares Esponjas de colágenos –  atrasa o processo (a formação do tecido de granulação) Tecido ósseo sintético  –   atrasa o processo, porem mantém a espessura do alvéolo. Complicações do processo de reparo o Alveolite (alveolite seca dolorosa, osteíte seca, osteomielite focal, alveoloalgia) –  processo doloroso devido à falta de tecido de granulação. Perda do coágulo e dor forte Dor pulsátil e intensa, não controlável, alvéolo seco e vazio, hiperemia gengival, halitose, 3 a 4 dias após a cirurgia. 





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19 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

15-03-2013

EXODONTIA  –  PRINCÍPIOS E TÉCNICA Princípios cirúrgicos   

Estudo constante Aperfeiçoar sempre Reciclagem

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Auto avaliação Humildade e sinceridade Estar equipado

Acidente: Trans-operatório / complicação: Pós-operatório

Prontuário clínico 

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Tem que estar completo!!! o Com assinatura do paciente!!! Legível e compreensível após 20 anos Respaldo legal Espaço para anotar o Diagnóstico o Tratamento o Acompanhamento do paciente Exame físico o Anamnese, QP, ... Tudo o que for emitido para o paciente deve ter cópia carbonada Pós-operatório o Manter a medicação prescrita,  por escrito rigorosamente nos horários.

Indicações das exodontias 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

Cárie severa  – lesão que impossibilita o tratamento conservador Necrose pulpar –  geralmente associada a falta de recursos Doença periodontal  –  não tem osso de suporte para manter o dente na boca. Dentes mal posicionados  –  Razões ortodônticas  –  pré-molares Patologia –  associados à patologia como cistos e tumores. Dentes fraturados  –  Extrações protéticas  –  para confecção de próteses total, parcial... Dentes impactados  –   dentes inclusos, todos os dentes inclusos devem ser extraídos, a menos que tenha um contra indicação válida. 10. Dentes supranumerários  –  11. Terapia pré-radiação  –  dentes com prognóstico duvidoso 12. Fraturas de mandíbula  –   dentes associados a esta região podem infeccionar ou dificultar o processo de recuperação, sendo assim indicado a remoção. 13. Estética –  alguns não permitem tratamento estético adequado

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14. Motivos econômicos  –   paciente não tem recursos pra pagar um tratamento conservador. 15. Por indicação sistêmica -   Pacientes diabéticos, cardiopatas (regurgitação,  possibilidade de migração de bactérias via hematogênica, com colonização de uma área distinta do coração), tumor maligno, transplantados e endocardite  bacteriana. a. Considerar a necessidade de remover dentes parcialmente comprometidos. Contra indicações das exodontias    

Contraindicações locais Sistêmicas Absolutas Relativas

Contra indicação local Por outras alterações bucais o Aftas, herpes, lesões malignas, má higiene local, Desordem TêmporoMandibular (DTM). Pacientes irradiados na região de cabeça e pescoço - Podem desenvolver osteoradionecrose, por isso deve ser removido antes da radioterapia. Paciente que sofreu radioterapia: quanto tempo? Qual fatores inerente? Evolução dos  processos de reparo Por limitação cirúrgica do cirurgião –  dente atrapalha durante o procedimento de uma cirurgia maior. Fatores sistêmicos 









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Alterações sistêmicas descompensadas o Diabetes –  causa o Hipertenção  –   aumenta o sangramento, acidente vascular na retina (paciente pode ficar cego) o Insuficiência renal o Discrasias sanguíneas o Febre  –   sinais prodrômicos, sinais que mostram que o organismo está lutando contra alguma infecção. o Infecções –  urinárias, pulmonares Gravidez o 1º - formação do feto (01 a 11 semanas)  –   não realizar tratamento (formação do feto) o Procedimentos no 2º trimestre (12 a 20 semanas) o 3º dificuldade de posicionamento na cadeira e parto prematuro (a partir da 21ª semana) Senilidade Psicoses e neuroses  –   pacientes devem estar controlados Uso de medicamentos 

21 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Avaliação Determina a dificuldade da cirurgia 

Clínica Acesso ao dente o Mobilidade o Condição da coroa Radiográfica o Estruturas nobres o Estrutura radicular Posição Forma  Número o Estrutura óssea Paciente adulto –  mais calcificado Paciente jovem –  mais elástico o



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TÉCNICA CIRÚRGICA Material cirúrgico  

Bandeja clínica e cirúrgica organizada Elevadores periapicais (alavancas –  Quinelato) e Elevadores angulados (seldin) o Princípios mecânicos Alavanca Interfixa Cunha Roda e eixo (mais prático) Fórceps o Região de presa e de ponta ativa o Princípios para uso do fórceps Expansão do osso alveolar Remoção do dente Movimentos 1º apical 2º pressão vestibular 3º pressão lingual Dentes uniradiculares –  rotação Avulsão o Mandíbula: 151 (uniradiculares pré a pré), 17(molares) 69 (remoção de resto radicular) 



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Como a tábua óssea vestibular é mais fina, é preferível que a força para este lado  

Pinças Afastador, descolador e tesouras (minessota)

22 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Preparação pré-operatória   

Biossegurança Antissepsia Posição da cadeira o Plano oclusal da mandíbula paralelo ao solo o Plano oclusal da maxila perpendicular ao solo

Tipos de exodontia  

Simples –  via alveolar, fechada, fórceps, técnica 1ª Complicada –  não alveolar, a retalho

Qual utilizar?   

Fórceps Alavancas Retalho

Exodontia via alveolar 

Sem odontosecção o Mais simples o Dentes com coroa total ou parcialmente integra. o Raízes com ponto de aplicação de fórceps ou alavancas Dentes Com odontosecção o Requer uso de brocas o Com raízes normais ou expulsivas o Por alveolectomia parcial Broca ou cinzel Por alveolectomia total o Broca ou cinzel o Dentes com anomalias de posição o Raízes sem ponto de sustentação 







Exodontia simples

Anestesia

Descolamento

Luxação elevador

Descolamento primeiramente pelas papilas por vestibular e lingual

Adaptação do Forceps

Avulsão

23 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Fórceps Devemos segurar o fórceps com toda a mão. Os dedos médios apoiam o cabo e o polegar fica no eixo de articulação do fórceps para  poder direcionar o mesmo. Adaptamos o lado palatino ou lingual do fórceps  primeiramente na região do colon, observando o local de inserção do mordente (ponta ativa) que deve estar paralelo ao longo eixo do dente, não devendo lesionar gengiva ou dentes vizinhos durante o movimento. Devemos ter controle sobre a força aplicada ao dente, assim como efetuar proteção  bidigital no dente. O fórceps deve ser selecionado corretamente uma vez que para cada dente existe um instrumento específico. No caso dos fórceps para molar superior, este tem duas garras para as raízes vestibulares e uma maior para a raiz lingual. Para dentes inferiores, como tem duas raízes, uma mesial e uma distal, os dois lados do fórceps são com garras. Os dos incisivos tem uma garra de cada lado mais curtas e dos caninos tem uma garra de cada lado mais ampla.   



  



5 –  Dentes decíduos inferiores 16, 17 ou 23 –  Molares inferiores, birradiculares, (não pode fazer rotação) 16, 89  –  “Chifre de vaca” penetra na furca do dente e avulsiona o dente. Birradiculares 18R(direito)/18L(esquerdo)  –   Molares superiores  –   dentes trirradiculares (apical, vestibular, lingual e avulsão) 69 –  Restos radiculares 101 –  Dentes decíduos superiores 150 –  Incisivos, caninos e pré-molares superiores (movimentos: todos, menos no 1º pré-molar pois este tem 2 raízes) –   dentes unirradiculares 151 –  Todos os dentes unirradiculares inferiores, (os incisivos centrais e caninos não devem sofre rotação, pois suas raízes são achatadas)

Sentido de luxação dos dentes     

ICS: sentido vestíbulo-palatino e rotação ILS: sentido vestíbulo-palatino e rotação CS: sentido vestíbulo-palatino e rotação PMS e MS: sentido vestíbulo-palatino ILI: sentido vestíbulo-lingual e rotação

24 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão   

CI: sentido vestíbulo-lingual e rotação PMI: sentido vestíbulo-lingual e rotação MI: sentido vestíbulo-lingual

Usar apenas uma mão para promover a luxação do dente, com firmeza e sem força. Por  palatino (nos superiores) e vestibular (nos inferiores) devido à maior quantidade de osso há maior resistência durante a luxação.

Alavancas Indicação para uso de alavancas     





1R : 3º molares superiores direitos 1L: 3º molares superiores esquerdos Seldin reta nº1 304 Remoção de dentes que não podem ser apreendidos pelo mordente do fórceps. Luxação de dentes para posterior utilização do fórceps. Introduz a alavanca perpendicular ao longo eixo do dente. A alavanca pode ser girada no sentido horário ou anti-horário. Clivagem de dentes sob pressão manual:

Empunhadura correta Apreende com todos os dedos e utiliza o indicador para auxiliar na direção da alavanca. Princípios de trabalho no uso das alavancas: Princípios da roda e eixo o A ponta ativa da alavanca tem que ficar perpendicular ao longo eixo do dente (90°). Deve girar a alavanca no sentido horário quando a alavanca está na mesial e anti-horário quando a alavanca está na distal. Para  proteger os tecidos do paciente na lingual você protege com o dedo, enrolado numa gaze. Princípio de Cunha o Entra entre a crista óssea e o dente, paralela ao longo eixo do dente (no espaço do ligamento periodontal). Entra em movimentos laterais. Além das alavancas pode entrar com um periótomo para aumentar o espaço Princípio de alavanca o Apoie o dedo na alavanca e a posiciona, pode ser na vestibular, criando um fulcro no elemento dentário realizando sua avulsão. 





Cuidados pós-operatórios imediatos   

 

Lavagem Curetagem –  deve-se ter apenas tecido ósseo no e coágulo no alvéolo Limagem –  remover todos os pontos cortantes, espículas ósseas. Pode-se usar a  pinça goiva ou a lima para osso. Sutura Tamponamento

25 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

05-04-2013

EXODONTIAS NÃO-ALVEOLAR Técnicas de exodontias    

Via alveolar Via alveolar com odontosecção Via não alveolar Via não alveolar com odontosecção

Definição: exodontia via não alveolar 

Técnica cirúrgica em que o dente é removido do alvéolo utilizando-se um retalho mucoperiósteo e por vezes ressecção do osso alveolar.

Objetivo 

Diminuir resistência à avulsão Ostectomia –  remoção do osso em torno da raiz o Odontosecção –  corte do dente em fragmentos o o Ostectomia e odontosecção podem ser usadas juntas.

Vantagens 

    

Desconforto pós-operatório menor  –   melhor visibilidade, menor agressão às estruturas Lesão de tecidos moles menor Fratura óssea reduzida Fratura dental reduzida Tempo cirúrgico e reparo diminui Retalhos cirúrgicos o Visão o Ostectomia –   desgaste ósseo, pode ser usado cinzel ou brocas de forma a não lesar os tecidos moles. o Lesão de tecidos moles

26 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Indicações para cirurgia a retalho (não alveolar) 1. Força excessiva para remover o dente a. Risco de fratura do alvéolo/raiz  b. Várias tentativas de remoção c. Osso vestibular denso/calcificado (idoso/bruxismo) 2. Destruição coronária extensa –  não há apoio para o fórceps 3. Hipercementose  –   restrição mecânica da raiz (diâmetro maior que a saída do alvéolo. 4. Raízes divergentes –  pode fraturar a tábua óssea alveolar a. Expansão do seio maxilar 5. Dilaceração radicular 6. Dentes com coroas-pinos intra radiculares –  provocam fraturas na raiz 7. Absorção radicular interna/externa 8. Fraturas radiculares 9. Dentes inclusos/semi 10. Lesões periapicais –  que não se pode realizar via alveolar 11. Anquilose

Indicação para odontosecção 1. Divergência radicular acentuada 2. Septo inter-radicular volumoso

Definição de Retalho Divisão dos tecidos moles que:     

É demarcada por incisão cirúrgica Possui seu próprio suprimento sanguíneo Permite acesso cirúrgico aos tecidos subjacentes Pode ser recolocada em sua posição inicial Pode ser mantida com suturas

Princípios do retalho cirúrgico 1. Visibilidade a. Acesso adequado  b. Iluminação adequada c. Campo cirúrgico limpo 2. Técnica asséptica 3. Auxilio “É extremamente difícil de se realizar uma boa cirurgia com auxiliar deficiente”

27 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Incisão     

Lâmina afiada de tamanho apropriado  –  15 ou 15C Corte firme e contínuo (apoiando-se sobre o osso) Evitar estruturas vitais (como o forame mentoniano) Incisão perpendicular à superfície Planejamento –  osso saudável e gengiva inserida (a incisão deve ficar sobre osso sadio longe da área a ser operada)

Comece a incisão com o bisturi a 90º com o assoalho até tocar o osso, gire o  bisturi e posicione-o a 45º prossiga toda a extensão do corte planejada, volte o bisturi a 90º e retire-o do campo.

Prevenção de necrose     

Irrigação sanguínea do retalho Incisões convergentes para o ápice X>2Y (bem ampla na base e convergente para o retalho) Inclusão de vaso sanguíneos Técnica atraumática

Y = 10

X= 5

Prevenção de Deiscência Inserção irregular que provoca afastamento das bordas da incisão.   

Técnica atraumática Manipulação suave das bordas Evitar tensão nas bordas.

 Não machuque as bordas do retalho, do contrario o tecido pode sofrer necrose e abrir.

Prevenção de dilaceração Incisão  

Insuficiente Ideal: o Tamanho adequado o Incisão relaxante –   vertical. A incisão relaxante evita dilacerações

28 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Tipos de retalho 1. 2. 3. 4.

Envelope –  acesso bem constrito e pequeno somente no osso alveolar  Newmann –  união de uma incisão intrasulcular + uma incisão relaxante  Novak-Peter –  união intrasulcular + 2 incisões relaxantes Partsch  –   marsupialização, incisão semilunar na gengiva alveolar, fora da gengiva inserida feita para acessar as regiões apicais do dente 5. Wassmund  –   duas incisões verticais e uma horizontais na gengiva inserida, o  paciente deve ter no mínimo 4mm de gengiva para a incisão.

Trapezoidal

Envelope

Semilunar

29 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Como escolher o retalho???  

Favorecer a reparação tecidual Anatomia da região

 Na região do forame mentoniano –  apenas a intrassulcular Para prevenir a laceração –  incisão relaxante

Manipulação do retalho cirúrgico   

Força excessiva Extremos de temperatura Danos químicos

Tipos de sutura 1. Pontos isolados (simples) 2. Pontos contínuos –  apenas em incisões longas, onde não há dentes 1ª sutura sempre na quina do retalho, 2ª o rebordo alveolar e 3ª a incisão relaxante.

Espaço morto Modos de evitar   

Suturar a ferida por planos Curativo compressivo Colocação do curativo dentro do espaço até cessar o sangramento.

Técnica cirúrgica

Anestesia

Incisão

Descolamento

Técnicas específicas Dentes unirradiculares     

 Necessidade de acesso  Necessidade de retalho Fórceps/extrator Realizar ponto de apoio Técnica em envelope

Ostectomia odontosecção

Remoção do dente

30 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Caso necessário retirada de osso  –   retira-se toda a extensão mesial-distal e 2/3 de osso na vertical.

Dentes multirradiculares   

Mecessidade de acesso Conhecer anatomia radicular Odontosecção

Fragmentos radiculares 

Critérios de permanecia o Comprimento < 4 ou 5mm o Inserida em osso o Livre de infecção o Risco < Benefício o Proservação

05-04-2013 Vladimir Noronha

TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOLOGIA “Protocolo básico para controle da dor” 



Analgésicos o  Não opióides (mais usados) o Opióides (usado com mais cautela) Anti-inflamatórios o Aines (mais usados) o Corticoides

“Grande parte dos trabalhos sobre controle da dor no pós -operatório preconizam o uso de medicamentos pré-operatórios.” Lund, et al., 2001 “A oferta de medicamentos vem aumentando e uma comparação entre os mais recentes lançamentos com os mais conhecidos da comunidade médica/odontológica faz-se necessário.”

Fármacos mais usados  

Analgésicos (não opióides/opióides) Anti-inflamatórios (AINES/corticoides)

31 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Analgésicos (não opióides)   

 

Ação analgésica, antitérmica e anti-inflamatoria Paracetamol e Dipirona: efeitos antinflamatórios. Indicação correta do analgésico. o (avaliação do estado geral do paciente e histórico de uso da droga adm) Avaliação correta do medicamento de acordo com o procedimento realizado Presecrição dentro das doses habituais o Exemplo Paracetamol 1g de 6/6 horas Dipirona 500mg de 6/6 horas  

Dipirona 



A dipirona é um analgésico utilizado no Brasil há mais de meio século, sendo empregado como analgésico e antipiréticos. (Fernandes, et al., 1995) A meia-vida de eliminação é de 7 horas e duração de analgesia clinica varia de 4 a 6 horas.

Posologia 



Pré-operatória o 500mg (1 comprimido ou 35 gotas) 1 hora antes da cirurgia Pós-operatório o 500mg logo após a cirurgia e manter 500mg de 6/6 horas por 24 horas  –   podendo ser mantido de 4/4 horas.

Metamizol sódico ou dipirona sódica é um medicamento que é utilizado  principalmente como analgésico e antitérmico.

Indicação Indicado como analgésico e antipirético e está indicado no tratamento das manifestações dolorosas e febre. A dipirona ou metamizol tem como ação  primaria anti-piretica e secundaria analgésica e anti-inflamatória. Contra indicações O uso deste fármaco está contraindicado em pacientes com alergia à dipirona sódica ou a qualquer um dos componentes da formulação; Pacientes que apresentem porfiria aguda do fígado intermitente e deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase; função da medula óssea insuficiente. Pacientes que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafiláticas com analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno, não devem ingerir dipiorna sódica. Este medicamento é contraindicado durante a gravidez e lactação e em crianças na faixa etária inferior a 3 meses ou pesando menos de 5 kg. 









32 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Paracetamol 



A dose de manutenção deve ser de 6-8 horas, com a dose máxima diária em 60 a 90 mg/kg. (Camu e Vanlersberhe, 2002) O paracetamol tem um grande emprego com antipirético e analgésico. Em caso de overdose ele pode causar necrose hepática, mas nas doses terapêuticas usuais este é um fármaco muito seguro. (Van Staden e Tsanwani, 2002)

Posologia 



Pré-operatório o 1,0 (1 blister com 2 comprimidos de 500mg) 1 hora antes da cirurgia Pós-operatóio o 1,0g logo após a cirurgia e manter 1,0g de 6/6 horas por 24 horas. Paracetamol ou acetaminofeno é um fármaco com propriedades analgésicas,  mas sem propriedades antiinflamatórias clinicamente significativas. Indicações de Paracetamol Analgésico e antitérmico. Gripes; febre; dor pós-cirúrgica (odontologia) Contraindicações de Paracetamol Hipersensibilidade à droga. Pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase. Gravidez risco B; 

  

Agentes anti-inflamatórios (AINEs)  

 



 

Um dos medicamentos mais prescritos em odontologia O efeito dos AINES é sintomático, inespecífico, não interfere na história natural dos processos inflamatório. Indicado em processos inflamatórios clinicamente relevantes.  Não deve ser escolhidos quando ao procedimento odontológico acarreta apenas dor. Cuidado ao administrar AINEs em pacientes com história de alterações gástricas. A duração do uso do AINE não deve exceder 3 dias Procurar privilegiar os AINEs de menor custo

33 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão 

AINEs mais usados: o Derivado do acido Heteroarilacético Diclofenaco o Derivado do acido arilpropionico Ibuprofeno o Derivados do ácido enólico Piroxicam o Inibidores seletivos de Cox 2 Etoricoxibe (Arcoxia - ?) o  Nimesulida 







Fatores de risco para efeitos indesejáveis de anti-inflamatórios não-esteroidais        

Idade superior a 60 anos Historia previa de doença gastrintestinal Hipertensão arterial Insuficiência cardíaca congestiva Insuficiência renal Insuficiência hepática Depleção de volume Uso concomitante de diuréticos

Estimulos na membrana libera Fosfolípides Fosfolipase Ácido aracdonico Aines atua cicloxigenase Prostaglandinas pró-inflamtória

Tromboxanos pró-inflamatório

Lipoxigenase

Leucotrienos

Posologia diclofenaco  

Pré-operatório –  50mg 1 hora antes da cirurgia Pós-operatório - ...

Lipotoxinas

34 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Posologia Nimesulida  

Pré-operatório –  100mg 1 hora antes da cirurgia Pós-operatório –  100mg de 12/12 horas por 48 horas.

Refecoxib –  retirado do mercado Há necessidade de usar um protetor gástrico?    

Omeprasol Pantoprazol Ranitidina* ...*

Agentes antiinflamatórios (corticoides) 

...

Estimulos na membrana libera Fosfolípides

Caorticosteróide atua - fosfolipase Ácido aracdônico AINEs atua cicloxigenase

Protaglandinas pró-inflamtória

Tromboxanos próinflamatorio

Llipoxigenase

Leucotrienos

Lipotoxinas

Antibioticoterapia: Antibióticos Antissépticos Quando devo usar ATB em cirurgia bucal?   

Cirurgias potencialmente contaminadas? Cirurgias demoradas? Pacientes com deficiências sistêmicas? o Imunossupressão, diabetes, uso crônico de corticoides, idade

35 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Infecções pós-operatórias, são geralmente associadas à:    

Técnica cirúrgica excessivamente traumática Tempo operatório muito acima do habitual, Dificuldades técnicas  Negligência deliberada de cuidados na assistência cirúrgica.

“O profissional deve bloquear possibilidades de fontes adicionais de contaminação e minimizar a quantidade de microorganismos.”

Descontaminação da área a ser operada   







Profilaxia Bochecho com clorexidina a 0,12% Degermação com clorexidina a 2%

O emprego rotineiro de antimicrobianos estabeleceu-se como pratica amplamente adotada. Antibioticoterapia indiscriminada → resistência bacteriana → superinfecção → novas drogas → maior potencia e custo. Edema, dor e limitação funcional, tem ..............

Qual devo usar?   

Amoxicilina Cefalosporina Azitromicina

Como devo usar?  

Profilaticamente? Terapeuticamente?

Antimicrobianos 



Mecanismo de ação Bactericidas o Bacteriostáticos o Escolha do antibiótico o Historia clinica o Diagnóstico o Efetividade o Espectro o Toxicidade Custo o

36 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Indicações do uso  



Tratamento de infecção Prevenção de infecção da ferida cirúrgica o Melhora na cicatrização??? Prevenção de infecção à distancia.

Princípios para a prescrição de antibióticos:     

Prescreva doses adequadas  Não use com substituto de uma drenagem... Prescreva por uma duração adequada Escolha a droga mais barata Escola a droga com menores efeitos colaterais

Endocardite Bacteriana 

Profilaxia recomendada o Alto risco Próteses valvulares História de endocardite prévia Doença cianótica congênita Reconstrução cirúrgica (Shunts) o Médio risco Mal-formações cardíacas congênitas Disfunção valvular adquirida Cardiopatia hipertrófica ... o Procedimentos Exodontias Cirurgias periocontais ... ... Profilaxia não recomendada o .. o ..    

   

   



Resistência Bacteriana Antibioticoterapia indiscriminada → resistência bacteriana → super infecção → ...

37 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão 12-04-2013 Marcelo Naves

BIOSSEGURANÇA

Cada tipo de prática clinica tem suas especificações de biosegurança, no entanto, ela deve estar presente em todos os tipos de intervenções, desde um exame clinico à uma cirurgia extensa. Caso a biossegurança não seja adequada, podem-se ocorrer várias sequelas.  Nos primeiros sete dias é o período de maior possibilidade de infecções, diminuindo gradativamente até aproximadamente 30 dias. Por isso nessa primeira semana deve-se ter cuidado rigoroso com a assepsia do local. E evitar locais com altas cargas microbiológicas. Deve-se acompanhar o paciente semanalmente neste período de 30 dias, ao fim deste período, fazemos nova avaliação e caso tudo esteja bem, acompanhamos o paciente periodicamente.

Princípios de Biossegurança     

Prontuário odontológico Controle da infecção cruzada Radio proteção Ergonomia Tratamento do resíduo de saúde

Infecção cruzada

A biossegurança é universal!!! “O risco potencial de transmissão de doença existe em todo consultório odontológico e deve ser evitado.” Samaranayake (1991)

38 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

BEDA    

Barreiras Esterilização Desinfecção Anti-sepsia

Cadeia Asséptica

Aplicação da biossegurança     

Consultório Cirurgião e auxiliar Paciente Equipo e instrumental Lixo cirúrgico

Cirurgião e Auxiliar 



Paramentação completa: EPI o Avental (gramatura 30 / núcleo de cirurgia  –  gramatura 50) o Gorro o Mascara o Óculos de proteção –  limpos a cada uso o Luvas Cuidado com a cadeia asséptica

39 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Higienização das mãos 

O termo engloba o A higienização simples A higienização antisséptica o A fricção antisséptica o o A antissepsia cirúrgica das mãos

Conceito: o É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a  propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. LARSON, E. L. ( 2001) Produtos químicos para higienização das mãos 

Técnicas de higienização das mãos: 1. 2. 3. 4.

Higienização simples A higienização antisséptica A fricção antisséptica Antissepsia cirúrgica das mãos a. Finalidade i. Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do  profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não

40 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

com anti-séptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal. ii. Para este procedimento, recomenda-se: 1. Antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com antisséptico degermante. iii. Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subseqüentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante).  b. Escovar unhas, dedos, palmas, dorso das mãos e antebraços, até o cotovelo. Enxaguar as mãos com água corrente, mantendo-as mais altas que o cotovelo. c. Para secar: Enxugar as mãos com toalha estéril. Calçar as luvas assepticamente.

Paciente 



Extra bucal: Sítios cirúrgicos ou áreas peribucais que serão tocadas pelo cirurgião e auxiliar. Intra bucal: sítios cirúrgicos infectados ou não que devem ter sua microbiota diminuída

(*) CIRURGIAS CONTAMINADAS OU POTENCIALMENTE CONTAMINADAS    

Adequação de meio bucal Preparo pré-operatório Antissepsia intra bucal

Preparo das bandejas

  

Antissepsia extra bucal Aposição de campos cirúrgicos Controle pós-operatório

41 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Preparo do equipamento       

Fio de sutura vicril 4-0 gastrointestinal. Equipamento (Manutenção) Cera para osso (cera de abelha estéril) Micro motor Alta rotação Sugador (só para saliva)/ Aspirador (bomba à vácuo) Ultra som (periodontia) Fotopolimerizador Amalgamador

Preparo das pontas    

 

Acionamento por 30 segundos para eliminar o que é aspirado. Desconectar e lubrificar. Proceda à limpeza com água e sabão. Desinfecção com álcool iodado por 2 min. e posterior limpeza com álcool comum por 2 min.(por fricção). Proteja com filme plástico (PVC) em cada atendimento. Antes de cada atendimento, acionar a seringa tríplice e a alta-rotação por 30 segundos contra a cuspideira.

Instrumental   

Esterilização ou desinfecção Preferência ao uso de materiais descartáveis Manuseio e tratamento do material não descartável

Destino do material    

Material pérfuro-cortante Instrumental Rouparia Lixo contaminado

42 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Término do atendimento desmontando a mesa Expurgo –  preparo / Esterilização –  Guarda

Acidentes com materiais perfuro cortantes 

Precauções: Manipulação cuidadosa de instrumentos perfuro cortantes em campo de trabalho organizado e iluminado; Os materiais perfuro cortantes (agulhas, lâminas de bisturi) devem ser descartados em local apropriado (recipientes de paredes rígidas), localizados nos expurgos das clínicas. 



Protocolo: 1. Tomar os cuidados locais: lavagem exaustiva com água e sabão (perfuro cortantes) e soro fisiológico (mucosas). 2. Determinar a fonte de contaminação: fonte conhecida: se o paciente estiver  presente, solicitar que ele vá junto para o Hospital; fonte desconhecida: adotar mesma conduta abaixo.

43 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

3.  Notificar ao professor supervisor/coordenador do projeto. 4. Preencher a Ficha de Notificação de Exposição (FINEXO). A FINEXO é o documento de encaminhamento para o atendimento no HRTN e pode ser encontrada nas Clínicas, no Núcleo de Cirurgia e na CME. 5. Solicitar ao Setor de Serviços Gerais da FO-UFMG transporte para Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves (HRTN). Endereço: Rua das Gabirobas, 01, Bairro Laranjeiras, Belo Horizonte/MG. A FOUFMG disponibilizará o transporte de 2ª a 6 ª feira no horário de 8:00 às 18:00 horas. Nos outros horários, o transporte para o HRTN deverá ser providenciado pelo professor coordenador da atividade (projeto de extensão, cursos, dentre outros). 6. Entrar em contato com o HRTN. Ligar para o Coordenador Médico de Plantão do HRTN no telefone celular (98195226) e avisar que um caso de exposição acidental da FOUFMG está se deslocando para o Pronto Atendimento. 7. Seguir as orientações dadas pelo HRTN para o acompanhamento após exposição acidental a material biológico; Ocorre em maior parte durante a lavagem do material.   

Central de esterilização da FOUFMG - 34092461 Serviços Gerais da FOUFMG - 34092460 Hospital Risoleta Tolentino Neves –  98195226

10-05-2013 –  Tadeu

INCLUSÃO DENTAL  

> .

    

.

Fator sistêmico    

Desnutrição Desindocrinias Síndromes Metabolismo de cálcio e fósforo

44 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Diagnóstico  

Anamnese (queixa principal) Exame clinico Visível  Não visível Exames imaginológicos (RX, Tomografia computadorizada) Radiografias Bitewing Periapical Oclusal Panorâmica Extraoral Tomografia computadorizada  –   mais detalhada (usada em casos mais complexos/custo) mostra 3D.  





    



Técnicas de localização   

Técnica de Clark Técnica de Parma Técnica de Donovan

Classificação   

Tipo de inclusão Posição dental (Pell-gregogy) Angulagem (Winter)

Tipo de inclusão 

Total: o dente não aparece na boca Total óssea Parcial óssea (coroa) Submucosa (coroa) Parcial: parte do dente aparece na boca Parcial óssea (coroa) Submucosa (coroa)   



 

45 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

Classificação clássica de Pell e Gregory

46 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

3º molar inferior   

Posição: profundidade do dente no tecido ósseo Classe: distância entre a distal do 2º molar e o ramo ascendente da mandíbula Classe I: A coroa do 3º molar cabe entre a distal do 2º molar e o ramo ascendente (à frente) Classe II: A coroa do 3º molar cabe parcialmente entre a distal do 2º molar e o ramo ascendente. Classe III: A coroa do 3º molar está totalmente dentro do ramo ascendente. Posição A: A parte mais alta da coroa do terceiro molar está acima ou ao nível oclusal Posição B: A parte mais alta da coroa do terceiro molar está entre o nível oclusal e cervical Posição C: A parte mais alta da coroa do terceiro molar está abaixo ou ao nível cervical 





















47 Caderno de Cirurgia Odontológica I de All yson Almeida Carvalhais Mourão

3° molares superiores Posição 1: a parte mais baixa da coroa do 3º molar está abaixo ou ao nível oclusal Posição 2:  a parte mais baixa da coroa do 3º molar está entre os níveis oclusal e cervical Posição 3:  a parte mais baixa da coroa do 3º molar está acima ou ao nível cervical Classificação de Winter Todos os 3ºs molares –  relação do longo eixo dos dentes Vertical Horizontal Mesioangular Distoangular Vestíbulo-vertido Linguo ou palato-vertido Invertidos Classificação dos demais dentes Quanto à posição no arco Quanto à profundidade no arco Quanto à presença ou não de dentes Quanto à quantidade Quanto à angulagem

O que considerar em uma inclusão dental Idade do paciente o Melhor época do 3º molar: antes da formação das raízes Classificação Tipo de inclusão Presença de cárie Presença ou formação de bolsa periodontal Presença de infecção Tamanho do saco pericoronário Tamanho da coroa Dentes adjacentes Estruturas nobres adjacentes o  Nervos –   NAI o Seio maxilar Forma das raízes o Quanto menor a formação das raízes melhor Formação das raízes Dificuldades inerentes do paciente o Pouca abertura bucal o Boca pequena

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Transtornos da inclusão dental Mecânico  –   posição dos dentes, alinhamento dos dentes, apinhamento dos dentes, mais comuns nos incisivos inferiores. Inflamatório  Neural reflexo Tumoral

Transtornos mecânicos Apinhamento dental Reabsorção do dente adjacente Distúrbios de ATM Transtorno protético o Paciente começa uso de prótese precocemente, os terceiros molares começam a erupcionar e atrapalhar a adaptação da prótese. Transtorno para implantes

Transtornos inflamatórios e infecciosos Pericoronarite Abscessos Osteomielite Angina de Ludwig Fasceíte necrosante

Transtorno neural reflexo Cefaleia Dor gatilho Trigeminalgias Alopecia –  falta de cabelo no couro cabeludo ou barba Distúrbios visuais Parestesia –  compressão da fibra nervosa

Transtornos tumorais Cisto dentígero (mais comum) Ceratocisto Ameloblastoma Tumores malignos (muito raros)

. . . .

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Técnica cirúrgica Assepsia Anestesia Incisão Descolamento de retalho mucoperiósteo Osteotomia –   irrigação Odontosecção Luxação do dente Exodontia Curetagem acerto de tecido ósseo Acerto de tecidos moles Irrigação, hemostasia Sutura

Incisão Única, com contato ósseo em toda a sua extensão. Sempre sobre tecido ósseo sadio Devem-se evitar estruturas anatômicas vitais Envelope X Relaxante Feito sempre por vestibular devido às estruturas vasculares da lingual, de distal  para mesial.

Retalho mucoperiosteal Objetivo –  garantir acesso adequado e visibilidade da área cirúrgica Dimensão adequada para permitir posicionamento e estabilização de afastadores e instrumentos para osteotomia.

Osteotomia Irrigação constantemente A quantidade de osso a ser removida varia com a profundidade da impactação, a morfologia das raízes e a angulação do dente. Realizada com peça de mão e brocas esféricas ou tronco-cônicas Os ossos nas faces oclusal, distal e vestibular até o nível cervical do dente impactado devem ser removidos.  Não remover osso na superfície lingual da mandíbula (artéria ou nervos linguais)

Odontosecção Permite que partes do dente sejam removidas separadamente com alavancas através de uma abertura fornecida pela osteotomia A direção da odontosecção depende da angulação do dente

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Curetagem Retirar o saco folicular completamente, pois estas células são potenciais formadoras de cistos. Devendo o alvéolo se preenchido apenas pelo coágulo.

Acerto de tecido ósseo Limas para osso Brocas esféricas

Acerto de tecido mole Quando necessário, para uma melhor adaptação dos tecidos.

Sutura 3º molar inferior Depende das características da incisão e da preferência do profissional. . . . . . . . . . . .

Tracionamento cirúrgico Conceito Indicações –  dente incluso que possa ser aproveitado Contraindicações –  casos inviáveis, quando o paciente não deseja, possibilidade de sucesso pequena. Diagnóstico –  da posição e localização do dente Avaliação do dente –  possibilidade, estrutura formada. Prognóstico – 

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Relacionamento

Cirurgião

Cirurgia Pais e paciente

Ortodontista

Preparo do paciente

Documentação

Consulta prévia Orientação do paciente Expectativa Ansiedade Sucesso e insucesso Cirurgia Tracionamento ortodôntico o Pino o Bracket (mais usado) o Laçada o Perfuração (em ultimo caso) o Exposição (ulectomia) Dentes quase erupcionados 

Modelos Fotografias Radiografias Ficha clinica

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24-05-2013 Felipe Baires

ACIDENTES E COMPLICAÇÕES EM EXODONTIAS Se acontecer:  Não perca a cabeça Pense A solução pode ser fácil

Acidentes Trans-operatório

Quebra do Planejamento

Complicações Pós-operatório

Prevenção 1. Exame do paciente –   diagnóstico 2. Planejamento 3. Execução da técnica Exame do paciente Anamnese Avaliação psíquica Exame físico o Geral o Local Exame imaginológico Exame complementares Avaliação médica

Execução da técnica cirúrgica Avaliar a possibilidade de fratura coronária durante a cirurgia. o Destruição coronária extensa o Dente tratado endodonticamente Mais friável o Decidir qual instrumental a ser utilizado Alavancas / Molt n°9 



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Fratura radicular Avaliar idade do paciente e condição óssea Apoio bidigital Sempre utilizar inicialmente o movimento de cunha. Causas o Espessura o Hipercementose o Dilaceração radicular Pode ser necessário uma osteotomia para remoção do resto radicular fraturado. Avaliar a necessidade da retirada do fragmento radicular.

Luxação do dente vizinho Pode ser intencional em caso de exodontias múltiplas Pode ocorre durante uma má execução do trabalho ou erro da técnica

Fratura do dente vizinho Excesso de força na extração Instrumental escapa das mãos do cirurgião e bate em outro dente

Fratura do processo alveolar Tábua óssea muito fina Fratura do túber –  caso ocorra, a loja cirúrgica pode ser suturada normalmente. Excesso de força durante a exodontia

Extração do dente errado Relato errado do paciente É preciso de uma indicação por escrito em caso de ortodontia, assinada pelo ortodontista. Erro de posicionamento da radiografia –  radiografia virada

Lesão de tecidos moles Laceração do retalho o  Não foi feita incisão relaxante o A incisão não teve extensão suficiente A broca da peça reta pega os tecidos moles (gengiva, língua, lábio) durante a osteotomia. O paciente está anestesiado e não sente, o cirurgião está concentrado na loja cirúrgica. Neste caso a responsabilidade de observação é do auxiliar.

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Comunicações Oroantrais Pequena

Média

Grande

Até 2 mm

Entre 2 e 6 mm

Maior que 7 mm

Cuidados Respiratórios

Cuidados Respiratórios + ATB e Desongestionantes

Cuidados Respiratórios + ATB e Desongestionantes + Retalho para Fechamento

Cuidados Respiratórios o Espirrar de boca aberta por 30 dias (não segurar  –  evitar pressão) Tomar líquidos sem usar canudinho (pressão intraoral) o o Evitar diferenças de pressão o Utilização de vaporizadores o  Não assuar o nariz por no mínimo 30 dias Antibiótico Terapia Profilática o Clavulin 500 mg/ml (amoxicilina com ácido clavulânico) tomar 1 comprimido de 8/8 horas por 7 dias. Ou 2 comprimidos de 12/12 horas  por 7 dias. Descongestionante: o Loratadina 10mg/ml, tomar 1 comprimido ao dia (à noite, pois pode dar sono) por 7 dias Manobra de Valsalva:  prender o nariz com os dedos e tentar soltar pelo nariz. Não é indicado, pois caso exista uma membrana separando os dois meios, esta pode ser rompida gerando uma comunicação. Em caso de comunicação pode-se inserir gordura endógena no local, esta necessita de nutrição, porem o aporte nutricional é pequeno, com isso vai se formando um tecido fibroso extenso, que se torna uma barreira mecânica fechando a comunicação.

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Penetração do dente no seio maxilar Devido à pressão apical pelos instrumentos durante as manobras Parede alveolar muito delgada  Neste caso basta remover o dente

Lesão de nervos Avaliar bem a distância do dente das estruturas adjacentes  Nervo Alveolar Inferior / Mentoniano  Nervo Lingual (3° molar)  Nervo Bucal  Nervo Nasopalatino Terapêutica medicamentoda Citoneurin 5000 o Duas drágeas ao dia Dexa Citoneurin o 1 ampola a cada 2 a 3 dias (3 ampolas)

Fratura de instrumento Força bruta –  totalmente desnecessário. Instrumento muito velho e fadigado.

Penetração do dente em espaços teciduais O dente entra nos tecidos adjacentes.

Luxação da mandíbula Processo condilar da mandíbula fica à frente da eminência articular (normalmente o paciente fica com boca aberta) paciente sente muita dor. Para voltar a mandíbula para o lugar: o Vai à região retromolar ou na linha obliqua externa, pressiona-se a mandíbula para baixo, e logo para traz. Com isso o côndilo é levado novamente para a fossa articular. o Em alguns casos pode ser necessário cirurgia  Não passar relaxante muscular Pode ser prescrito antiinflamatório e analgésico.

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Fratura de mandíbula Força bruta Mandíbula frágil o Osteoporose o Cavidades idiopáticas o Lesões associadas o Síndromes

Ingestão do dente Durante o ato de remoção do dente do alvéolo o paciente aspira o dente e o engole.

Bronco-aspiração do dente  Neste caso o dente é aspirado para as vias aéreas, pode ser necessário cirurgia.

Sangramento História médica Uso de AAS o Anticoagulante o o Antibióticos de largo espectro o Álcool o Quimioterápicos Trans-operatório o Lesão de vaso o Quadro hipertensivo Pós-operatório o Quadro hipertensivo o Falha na formação do coágulo Perda do coágulo –  pode levar à alveolite o Exames que devem ser solicitados o TPA + RNI (1 a 1,5) transplantados (2 a 3) o TTPA o Tempo de coagulação (2 a 3 minutos) o Contagem de plaquetas Tratamento o Compressão direta –  com gaze o Ligadura de vasos (se aplicável)  Normalmente em cirurgias maxilofaciais o Esmagamento de forames ósseos o Esponja de gelatina (Gelfoam) 

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Matriz de fibrina Criam uma matriz de retenção mecânica para o coágulo. Celulose Oxidada (Surgicel) Solução de Trombina tópica Colágeno Cera para osso Feita a partir de cera de abelha, purificada e esterilizada. Ultima opção pois inibe a formação óssea  

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Hematoma Comum devido ao trauma sofrido durante o ato cirúrgico

Alveolite  Normalmente no 3° dia do pós-operatório  –   dor incontrolável mesmo com analgésico. É ocorrido devido à perda do coágulo.  Não tem secreção purulenta O osso está seco. As terminações nervosas estão expostas ao meio bucal

Tratamento

Alveolite

Gaze com pomada anestésica (3minutos)

Gaze com pomada anestésica, eugenol e vazelina (trocar diariamente)

Infecção Abscesso tardio Osteomielite Trombose do seio carvenoso Angina de Ludwing

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Remoção da causa Antibiótico? Internação?

Angina de Ludwing Angina de Ludwig é um processo infeccioso que consiste em uma celulite do tecido conectivo cervical e assoalho da boca, normalmente de origem dentária. Sintomas Dor Febre Edema difuso e face e pescoço Ausência de pontos de flutuação

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Trismo Prostração Protrusão da língua Dispneia Disfagia Dislaria –  alteração na fala Linfadenopatia

Tratamento Internação hospitalar Manutenção das vias aéreas (traqueostomia) o Em caso de urgência: cricotireotomia Antibioticoterapia Drenagem dos espaços comprometidos Remoção da causa Terapia de suporte

Trombose do Seio Cavernoso Sintomas Proptose Edema periorbital Trombose da veia retinal Alterações sensoriais supraorbitárias Blefaroptose –  impossibilidade de abrir os olhos Pupila dilatada Quemose –  edema conjuntival ao redor do globo ocular Distúrbios visuais Oftalmoplegia –  perda da mobilidade ocular Perda dos reflexos corenais Tomografia computadorizada de crânio ou IRC

Tratamento Internação hospitalar Antibioticoterapia Drenagem dos espaços comprometidos Remoção da causa Terapia de suporte

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