Resenha o Livro Negro Do Comunismo cap. 01

April 29, 2019 | Author: ramon | Category: Joseph Stalin, Vladimir Lenin, Soviet Union, Política internacional, Communism
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Resenha o Livro Negro Do Comunismo cap. 01. O primeiro capítulo, por Nicolas Werth narra a tragetória do cumunismo na Rú...

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COURTOIS, Stéphane. O livro negro do comunismo : crimes, terror e repressão. Rio de Janeiro: Bertrand, 1999. Primeira parte: Um estado contra o povo. Violência, repressão e terror na União Soviética por Nicolas Werth.

Stéphane Courtois (organizador da obra) nasceu em 25 de novembro de 1947. É diretor de pesquisa do CNRS (Universidade de Paris), professor no Instituto Católico de Estudos Superiores (CIEM), La Roche-sur-Yon. É especialista especialista em história do comunismo. Formado em direito e em história, se tornou conhecido em 1980 com a publicação de sua tese “O PCF na guerra” conduzida sob a direção de Annie Kriegel. Fundou em 1982, a revista “O Comunismo”, que reúne especialistas do comunismo francês. Foii nome Fo nomead adoo dire direto torr de pesq pesqui uisa sa do CNRS CNRS (Cent (Centro ro Naci Nacion onal al para para a Pesq Pesqui uisa sa Científica), onde foi responsável pelo laboratório e observatório do Grupo para o Estudo da Democr Democrac acia ia (GEODE (GEODE). ). Neste Neste períod períodoo da revis revista ta,, o comuni comunismo smo é assun assunto to de análi análise sess extremamente ricas, sob vários aspectos, herança de seu importante trabalho publicado em 1980. Após o colapso dos regimes comunistas comunistas da Europa Oriental, os arquivos do Komintern são imediatamente interpretados por Stéphane Courtois sob uma nova visão, anunciando o nascimento nascimento de uma nova e mais realista história do comunismo. Sua postura de sempre extrair  dos arquivos informações dramáticas, fez com que outros autores vissem uma ruptura na complementaridade da pesquisa científica.  Nicolas Werth, nascido em 1950, é um historiador francês especializado em história da União Soviética. Ele é pesquisador do Instituto de História contemporânea e membro do CNRS (Centro Nacional para a Pesquisa Científica). Científica). Após entrar no CNRS em 1989, Nicolas Werth se dedica a seu primeiro livro: “Ser um comunista na URSS sob Stalin”. Esta é sua visão da história social dos anos 1920 a1930, incluindo a relação entre poder e sociedade na URSS: violência estatal e resistência da sociedade. Influenciam seu pensamento e sua obra, não apenas as descobertas da sovietologia ocidental, mas também de colegas de trabalho russo. Ele coloca a sua investigação na  perspectiva de ultrapassar o fosso entre “a escola do totalitarismo” e a “escola revisionista”, considerando-a obsoleta após o colapso da URSS e de uma abertura parcial dos arquivos. No entanto, pelo seu compromisso com a história social, por muito tempo foi considerado apenas

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 próximo da sovietologia centrada exclusivamente na política, que se encontra no contexto do traba trabalho lho dos histo historia riador dores es revisi revisioni onista stas. s. Ele Ele também também expli explica ca,, em contr contrast astee com algun algunss sovietologistas, que pensava que o controle da sociedade totalitária soviética tinha sido eficaz. Como os relatórios da polícia política muitas vezes revelam, havia grande diferença entre a realidade e os fatos. Autor Autor do primei primeiro ro capít capítul uloo do Livro Livro Negro Negro do Comuni Comunismo smo dedic dedicado ado a Rússi Rússiaa soviética, declarou publicamente que não comunga da idéia contida no prefácio de Stéphane Courtois, de que o comunismo é intrinsecamente criminoso. Ele também denunciou que os números não são confiáveis, e que o livro “deriva de uma história exclusivamente policial”.  Na introdução do livro O livro livro negro negro do comuni comunismo smo, Courtois comenta sobre a violência extrema do século XX, embora reconheça que nos séculos anteriores a violência também estivesse presente, e em países ditos “civilizados”. “civilizados”. Ele cita como exemplo os Estados Unidos da América e o extermínio das populações indígenas e a escravidão do negro, a França e a violência com que combatia os colonos revoltosos, assim como outras potências colonizadoras. Porém, o autor destaca que o século XX ultrapassou em mortes todos os séculos anteriores. Foi o século do nazismo, do fascismo, das duas grandes guerras mundiais, de massacres étnicos e políticos. Nesse meio, ele acrescenta acrescenta o comunismo, e sua longa trajetória de violência e perseguições. Mas afinal, o que é o comunismo? Como surgiu? Para o autor, a idéia de comunismo começa com Platão e sua República de iguais. Depois com Thomas Moore e sua Utopia. O autor concorda que as utopias são importantes críticas sociais e políticas, o problema é quando se tenta colocá-las em prática.  Nesse livro, porém, os autores tratam de um comunismo real, em uma determinada época e determinados países, com líderes que se tornaram célebres em sua época. Citando Ignácio Silone, “as revoluções são como as árvores, elas são reconhecidas através de seus frutos”, o autor responsabiliza os filósofos utópicos como “patronos’ dos comunistas que chegaram ao poder no século XX, onde o crime e o terror de massa eram o sistema de governo.

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do sistema de governo, e não meros “acidentes” individuais ou erros desse ou daquele dirigente. Stéphane Courtois deixa claro que os crimes que serão analisados no livro, não são relativos a uma cultura de um país, e sim contra pessoas: homens, mulheres e crianças. Com que meios? meios? Fuzil Fuzilame ament nto, o, enforc enforcame amento nto,, afoga afogamen mento, to, espan espancam cament ento, o, asfixi asfixiaa por por gás, gás, envenenamento, fome provocada ou não socorrida, mortes durante as deportações em vagões  para transporte de gado, em temperaturas de até 50 graus negativos e sem aquecimento, longas caminhadas forçadas, esgotamento devido a trabalho escravo, fome, frio, etc. Para o autor, os números, embora imprecisos, imprecisos, falam por si: •

União Soviética: 20 milhões de mortos



China: 65 milhões



Vietnã: 1 milhão



Coréia do Norte: 2 milhões



Camboja: 2 milhões



Leste Europeu: 1 milhão



América Latina: 150.000 mortos



África: 1,7 milhões de mortos



Afeganistão: 1,5 milhões de mortos



Movimentos Movimentos comunistas internacionais internacionais fora do poder: 10 milhões de mortos Os destaques em toda essa fúria genocida: Lênin e Stalin, pelo pioneirismo e pela

frieza calculada na forma como criaram a máquina do terror de estado; Mao, na China, pela crueldade; Pol Pot, no Camboja, pela quantidade de vítimas em relação ao total da população (32%). O autor cita o acordo entre Hitler e Stalin de não agressão e repartição da Polônia, liberando o primeiro a iniciar a guerra, como primeira amostra internacional do caráter  inescrupuloso de Stalin.  Na mesma linha de pensamento, o autor afirma: se os crimes dos estados comunistas fossem julgados no tribunal de Nuremberg, teriam sido condenados pelos mesmos crimes do nazismo. Que diferença teria a morte de uma criança judia num campo de concentração na

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todo e qualquer adversário político do regime; a nobreza, a igreja, a intelligentsia (elite intelectual do país), e até categorias profissionais: oficiais do antigo regime, funcionários  públicos, etc. A descossaquização corresponde exatamente à definição de genocídio: os homens foram fuzilados sem julgamento, mulheres estupradas em massa e deportadas junto com crianças e idosos. Também seria enquadrada como genocídio a fome ucraniana de 1932 a 1933, relacionada à resistência das populações rurais à coletivização coletivização forçada das suas terras, o que provocou a morte de seis milhões de pessoas. Nesse caso, o genocídio de raça se mistura ao genocídio de classe social: o crime de fome como sistema de governo. O que é pior: todo o sistema de execuções a adversários, deportações e fome provocada se repetiu em seguida na China, Coréia do Norte, Camboja, etc. Stéphane Courtois questiona: o historiador está apto a tratar os crimes do comunismo como crimes contra a humanidade, sendo esses de domínio jurídico? E a questão dos admiradores de Lênin e Stalin no mundo inteiro? Não seriam eles seus cúmplices, por serem formadores de opinião? Ou poderiam alegar que não sabiam de seus crimes e ficar tudo por  isso mesmo? Para o autor, ao defenderem o sistema, acabam por legitimá-lo, liberando o terror. Os defensores do sistema afirmam que a tradição de violência russa era anterior ao comunismo. O que é verdade, porém se levantarmos as prisões, desterros e execuções no sistema czarista de combate aos opositores, iremos notar que foram pequenas, em comparação ao comunismo. Até se comparados com o nazismo, os números são desproporcionais: 25 milhões de mortes provocadas pelo nazismo, contra 100 milhões pelo comunismo. O que poucas pessoas sabem é que muitas práticas eram comuns a ambos os regimes, sendo que a eficiência na eliminação dos inimigos do comunismo serviu de modelo para os nazistas. Outro paralelo entre os dois sistemas é a purificação da população. Enquanto Hitler   pregava os benefícios da purificação purificação racial, Lênin e Stalin buscavam a purificação ideológica, expurgando todo e qualquer tipo de oposição. Buscavam um proletariado puro, livre de toda a escória burguesa. Os crimes nazistas foram para o cinema, e para as livrarias, para que nunca sejam esquecidos, por que os crimes do comunismo não mereceram a mesma atenção? Por que o

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 Nem mesmo os Estados Unidos escapam dessa realidade incômoda, ao entregarem o Leste Europeu a Stálin nos acordos do pós Guerra. A imagem gerada pela utopia cegava a realidade dos porões ou era o desejo de cada país de cuidar das suas próprias feridas? Stéphane Courtois cita três razões para a ocultação dos crimes comunistas: 1. O apelo emocion emocional al da idéia de revoluçã revoluçãoo e o apelo apelo aventurei aventureiro ro dos revolucio revolucionári nários, os, sobretudo nos jovens; 2. O gran grande de sacr sacrif ifíc ício io russ russoo dura durant ntee a Segu Segund ndaa Gran Grande de Guer Guerra ra,, cria criand ndoo inúm inúmer eros os mártires, e a marca do comunismo como inimigo inimigo do fascismo / nazismo; 3. Ao terem ajudado ajudado a derrubar derrubar os nazistas nazistas também também genocidas genocidas de judeus, judeus, cigano ciganoss etc., os tornava imediatamente imunes dessas mesmas acusações. Consciente Consciente do atraso histórico em retratar a verdade por trás da propaganda comunista, o autor afirma que o Livro Negro do Comunismo possui três deveres: estimular o debate desse assunto, pois para ele, nenhum assunto é tabu para o historiador; o dever para com a memória dos milhões de mortos; o dever moral de condenar o comunismo pelo que ele cometeu de erros. Alguns autores do Livro Negro do Comunismo estiveram ligados a essa ideologia duran durante te mui muito to tempo, tempo, out outros ros ainda ainda o são. são. Mas por que então então resolv resolvera eram m denun denunci ciar ar o comunismo? Segundo Stéphane Courtois, para evitar que a extrema direita, cada vez mais atuante o faça, e tenham o mérito de revelar a verdade. Apesar de nem todas as fontes desse livro serem oficiais, há arquivos da Tcheca, da KGB, e outros dados levantados das melhores informações disponíveis e por testemunhas testemunhas que viveram o período. Os vencedores puderam fotografar à vontade os campos de concentração nazistas, a situação dos poucos sobreviventes sobreviventes e distribuir distribuir as imagens. No comunismo, porém, o terror era  planejado e efetuado no mais absoluto sigilo, e sobraram poucas imagens. Finalizando sua introdução, Stéphane Courtois pergunta: por que Lênin, Stálin, e todos seus seguidores julgaram necessário exterminar tantas pessoas, e desrespeitar o mandamento mais sagrado: NÃO MATARÁS.  Nicolas Werth inicia a primeira parte com a pergunta: teria sido o golpe de 17 de outubro um acidente? Teria sido mesmo executado por um punhado de intelectuais intelectuais espertos e

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1. A revolução revolução políti política ca do partido partido Bolcheviq Bolchevique ue foi muito muito bem planejada planejada,, sendo um  partido único em todos os sentidos; 2. A ebulição ebulição social, social, marcada marcada pelo pelo anseio campon camponês ês pela posse posse da terra, terra, pelo fim da guerra e por sua desconfiança por tudo o que provinha da cidade. Para engrossar o caldo dos revoltosos, somem-se 10 milhões de soldados-camponeses insatisfeitos e cansados de mais de três anos de guerra, mais três milhões de operários,   politi politicame camente nte organiza organizados. dos. O partido partido bolchevi bolchevique que se aproveita aproveita do vazio vazio institu institucion cional al e congrega todos os descontentes, embora que no poder, tenha traído a todos. A Primeira Guerra Mundial, diferente do que imaginava o Czar Nicolau II, não foi unificadora do povo e do Império Russo, foi justamente o contrário, ajudou a fraturá-lo. A Rússia czarista não resistiu aos cercos militares e econômicos. Todos os setores da sociedade estavam em situação desesperadora, principalmente os camponeses e os soldados. Por fim, Nicolau II mostrou ser um imperador fraco que, desde 1915, não governava o  país de fato. Aprove Aproveit itan ando do a situaç situação ão de extre extrema ma vul vulner nerabi abili lidad dade, e, os bol bolche chevi vique quess atac atacam am e destituem o governo, em Fevereiro de 1917. Segue-se um governo provisório, formado de forças de centro-esquerda, que buscava, apesar de golpista, agir com certa legalidade. Porém, os principais problemas que causaram a queda do antigo regime não foram solucionados: a guerra, que se prolongava sem solução, com milhares de desertores a cada dia, e a questão da cris crisee no camp campo. o. Depa Depaup uper erad ados os e pass passan ando do inúm inúmer eras as nece necess ssid idad ades es,, os camp campon ones eses es reivindicavam a imediata “partilha negra”, uma reforma agrária baseada na quantidade de membros de cada família. Devido à incompetência do governo provisório de solucionar essas questões, ocorre novo golpe em outubro. Lênin, retornando do exílio, coordena as ações dos bolcheviques, bolcheviques, que  por sua vez, seduzem a grande massa de camponeses e militares desertores insatisfeitos que voltavam para casa, com a promessa de “paz e terra”, sem oficiais-carrascos, oficiais-carrascos, a viver uma vida de semi-anarquia. semi-anarquia. Assim que assumem o controle, os bolcheviques cumprem sua principal promessa: a  partilha negra. Antes de oficializada, soldados e camponeses já haviam partido para o assalto das grandes propriedades, queimando tudo e massacrando os antigos proprietários. proprietários.

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Seu líder, Lênin, soube aguardar o momento certo para desferir o golpe certeiro e assumir a liderança do país. Externamente, a Rússia abandona a guerra, liberta os países que anteriormente faziam  parte do império: Ucrânia, Geórgia, Polônia e países bálticos. Pouco tempo depois reanexa a Ucrânia, por depender de seu trigo, do petróleo e do minério do Cáucaso. Internamente, o partido bolchevique age com violência contra seus opositores para compensar o fato de não serem maioria nos congressos dos sovietes. Para tanto, cria seu braço armado: o CMRP. Liderado por Trotski, silenciam as rádios, os jornais, o telégrafo e todas as vozes que lhe fazia alguma oposição, rotulando-os de burgueses e inimigos do povo, como assim faria sempre que precisava atacar seus inimigos. Seu próximo passo foi criar uma polícia política de repressão, capaz de enfrentar  antigos aliados, como os Social Revolucionários, que agora lhe fazia oposição. Cria os Tribunais Revolucionários, cuja missão era acabar com os opositores, os inimigos do povo. Lênin, estudioso e admirador da Revolução Francesa, insuflava o ódio popular contra a antiga elite. Começava o primeiro Grande Terror, a guerra civil contra os inimigos do  bolchevismo,  bolchevismo, que durou mais de dois anos. Preocupado com as inúmeras greves nas cidades e com a revolta no campo, Lênin cria o “exército de abastecimento”. Gente disposta a todo tipo de violência, iam a todas as vilas e depósitos rurais dos produtores de grãos e os confiscava sem pagamento, apenas através de um recibo. Depauperados depois de anos de guerra, os camponeses se revoltaram. A velha desconfiança do homem do campo em relação ao citadino, agora com motivos reais, se  justificava. Lênin, porém, não podia arriscar. Em plena guerra civil, para se manter no poder,

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A guerra civil entre brancos e vermelhos foi palco de episódios de extrema violência, de ambas as partes. Mas os exércitos vermelhos auxiliados pelos comandos especiais da Tcheca, a polícia política foram insuperáveis, tanto contra militares, como contra civis nas regiões tomadas dos brancos. O marco mais importante do recrudescimento da ditadura bolchevique foi a dissolução da Assembléia Constituinte após apenas um dia de funcionamento, simplesmente por terem sido sido supe supera rado doss pela pela maio maiori riaa de soci social alis ista tass-re revo volu luci cion onári ários os,, o que que demo demons nstr trav avaa a impopularidade dos bolcheviques frente aos outros revolucionários. Os operários das fábricas agora estavam contra os bolcheviques e sua truculência, truculência, bem como os camponeses enganados com a falsa reforma-agrária. Era o desemprego e a fome que os revoltava. Perante a insatisfação crescente nas cidades diante da falta de comida, o governo se volta mais uma vez para o campo. Ali os camponeses não queriam ingerência sobre a sua suada produção. Até porque, não poderiam ficar sem provisões para o inverno que chegava. Lênin propôs o confisco dos grãos, e em caso de resistência o camponês, agora chamado de “bandido” seria imediatamente executado. Para tomar os grãos à força, um exército de desempregados foi recrutado. Diante da reação camponesa, a Tcheca reagiu com sua habitual brutalidade. Se por um lado, havia a repressão da polícia política contra o povo, por outro, a intenção intenção dos bolchevi bolcheviques ques estava estava clara: clara: ditadura ditadura tot total. al. Não respeit respeitavam avam mais nenhuma eleição, nenhuma assembléia. O poder era o partido bolchevique e a lei era a Tcheca, posta em prática à partir de seus “tribunais “tribunais revolucionários”. Em agosto de 1918 os bolcheviques estavam acuados em Moscou, cercados em três frentes: os brancos que ganhavam terreno, os camponeses rebelados e os cossacos.

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Assustados Assustados com a voracidade assassina da Tcheca, até mesmo membros proeminentes do partido bolchevique, pressionavam pelo fim da polícia secreta.   Não Não havi haviaa opçã opçãoo na Rúss Rússia ia ness nessee perí períod odo. o. De um lado lado os Bran Branco cos, s, tent tentan ando do reimplantar a tirania monárquica, e do outro lado, a tirania bolchevique...  Nicolas Werth nos mostra como o sistema de cartões de racionamento foi utilizada como ferramenta de extermínio. Eram 33 categorias, sendo os do topo funcionários tidos como estratégicos para o regime; intelectuais e aristocratas no final, com uma cota de alimentos alimentos bem abaixo do mínimo necessário para a sobrevivência. sobrevivência. Era a fome utilizada como arma de repressão, r epressão, inclusive inclusive no campo. A Ucrânia tornou-se o alvo dos bolcheviques devido ao seu grande potencial potencial agrícola. Os ucranianos por sua vez, viam os moscovitas como estrangeiros em sua pátria e criaram verdadeiros exércitos de resistência camponesa. Em 1920, com a vitória final dos bolcheviques, Félix Dzerjinsk é encarregado de “pacificar” “pacificar” o campo e retomar a descossaquização, descossaquização, que na verdade pretendia a eliminação dos cossacos em particular, uma etnia com forte identificação com o poder anterior. Os tribunais espec especia iais, is, os chama chamados dos “troi “troiki kis” s” ti tinha nham m como como missão missão conden condenar ar tod todos os os cossac cossacos os ao extermínio e ao desterro como traidores, em campos de trabalhos forçados espalhados pela Rússia. Ao final de 1920, os bolcheviques pareciam vitoriosos. Os Brancos e os cossacos foram derrotados. Mas diante de milhares de deserções no exército vermelho, da revolta dos marinheiros do Kronstadt, nas greves contínuas nas fábricas e da resistência camponesa às requisições, o governo bolchevique teve que ceder, sob o risco de perder o controle do país, que se tornava ingovernável. O foco de mudança foi o campo. O governo prometeu acabar  com as requisições, substituindo-as substituindo-as pelo imposto em espécie. Essa medida seria o embrião da

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Para Nicolas Werth, outra prioridade de Lênin era a normalização da produção das fábric fábricas. as. A soluç solução ão encont encontrad radaa foi a tot total al mil milit itari ariza zação ção.. Na mi miner neraçã açãoo do carvã carvão, o, por  exempl exemplo, o, conseg consegui uiram ram qui quint ntupl uplic icar ar a produç produção, ão, mas com o sacrif sacrifíc ício io de mil milha hares res de operários, que trabalhavam agora aos domingos e com a já conhecida chantagem chantagem do cartão de racionamento: a produtividade de cada mineiro dizia quanto de alimento receberia. Faltas eram punidas com pena de morte, independente do motivo alegado. Bem diferente do discurso utilizado pelos bolcheviques para seduzi-los em 1917. Apesar de oficialmente encerradas, as requisições de alimentos por cotas continuavam sendo o grande motivo de revolta entre os camponeses. A situação em Kiev, na Ucrânia, retrata bem o clima de terror em que os camponeses viviam: os camponeses se suicidavam em massa por saberem que não atingiriam suas cotas, e por não possuírem armas para se defenderem. Para os burocratas do regime, a culpa pela fome era dos próprios camponeses, e do atraso na agricultura russa. O principal responsável por essa calamidade que ceifou milhões de vidas principalmente na Ucrânia eles não ousavam dizer: o próprio governo bolchevique e sua política de requisições. Era a arma da fome voltada contra os “kulaks”, pequenos  proprietários considerados considerados inimigos do regime, e que precisavam ser exterminados. exterminados. Para os que conheciam Lênin ainda como jovem advogado, não era novidade sua  passividade com relação ao flagelo da fome: “Jovem advogado, Vladimir Ulianov Lênin residia, no início dos anos 1890, em Samara, capital de uma das províncias mais atingidas pela fome em 1891. Ele foi o único membro da intelligentsia local que não somente não participou da ajuda social aos famintos, como se pronunciou categoricamente contra tal ajuda” (p.140). O próximo passo de Lênin foi partir para a perseguição à Igreja, aproveitando o

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Próximo alvo do terror lenilista: os intelectuais. Em outubro 1922, 200 intelectuais foram expulsos do país acusados de fazerem oposição ao regime, entre eles, os que haviam   par parti tici cipa pado do do comi comitê tê de ajud ajudaa cont contra ra a fome fome.. Fi Filó lóso sofo fos, s, escr escrit itor ores es,, hist histor oria iado dore ress e  professores universitários, universitários, detidos em 16 e 17 de agosto foram todos expulsos. Paralelamente, os intelectuais de segunda grandeza estavam sendo catalogados e se considerados suspeitos seriam enviados para os “gulags”. De 1923 a 1927 houve uma pequena pausa do terror de estado aos seus cidadãos. Essa trégua foi, em parte, devido aos problemas de saúde de Lênin, e às atenções dos líderes  bolcheviques voltadas a sua sucessão. Durante esse período, como afirma Nicolas Werth, a nação tratou de suas feridas. Os camponeses puderam se recuperar e pensaram poder atingir um pouco das suas velhas reivi reivindi ndicaç cações ões,, ainda ainda que consid considera erados dos cidad cidadãos ãos de segund segundaa classe classe,, oprimi oprimidos dos pela pelass lideranças bolcheviques formadas nos tempos de guerra civil. Porr seu Po seu lado lado,, a GP GPU U os mo moni nito tora rava va de pert perto, o, atra atravé véss de agen agente tess infi infilt ltra rado dos, s, considerando-os considerando-os perigosos e susceptíveis a se voltarem contra o sistema. Além das suas atribuições de repressão internas, a GPU se voltava também para operações de grande porte no exterior. Nas pequenas repúblicas, que ainda resistiam ao controle soviético na Ásia Central, líderes religiosos ou tribais opunham forte resistência ao controle russo. A GPU estava agora a serviço de Stálin, novo líder, contra seus adversários políticos,  principalmente  principalmente Trotski. Milhares foram catalogados, catalogados, perseguidos perseguidos e exilados. Garantido no poder e sem adversários, Stálin se volta mais uma vez contra sua  população, e mais uma vez o alvo eram os camponeses, tidos ainda com desconfiança e de serem rebeldes ao estado. Sua atitude de semi-independência irritava Moscou.

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enviando-os em massa como trabalhadores trabalhadores escravos para as novas regiões, enquanto o campo era totalmente reestruturado e coletivizado. coletivizado. Stálin inicia seu “grande salto” através dos planos qüinqüenais.  Nicolas Werth afirma que com os dados dos arquivos, hoje acessíveis, a coletivização forçada do campo foi uma verdadeira guerra declarada pelo Estado soviético contra toda uma nação de pequenos produtores. Mais de dois milhões de camponeses deportados, dos quais 1.800.000 apenas em 1930-1931, seis milhões mortos de fome, centenas de milhares mortos durante a deportação: esses números dão a medida da tragédia humana que foi o "grande assalto" contra os camponeses. camponeses.  Nicolas Werth classifica como “deportação de abandono” o descaso com que essas  pessoas foram tratadas pelo estado stalinista. Um exemplo: dos 6.100 deportados que partiram da cidade de Tomsk (aos quais se devem somar 500-700 pessoas enviadas à região, vindas de outros lugares), apenas cerca de 2.200 pessoas permaneceram vivas. As perd perdas as de vida vidass eram eram esti estima mada dass pelo pelo próp própri rioo gove govern rnoo em 30%. 30%. Quan Quando do já instal instalad ados, os, essa essa mão-de mão-de-ob -obra ra se torna tornava va prati praticam cament entee escrav escrava. a. Tidos Tidos como como pária párias, s, os deportados, muitas vezes, não recebiam salário, devido aos descontos com os custos dos alojamentos, alojamentos, das cotas dos sindicatos, etc. Esse pequeno trecho do autor ilustra uma parte dos abus abusos os sofr sofrid idos os:: “Ent “Entre re os abus abusos os mais mais esca escand ndal alos osos os dest destac acad ados os nos nos rela relató tóri rios os da

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comunistas comunistas rurais, administradores administradores dos kolkhozes foram considerados culpados, culpados, e pelo menos 15.000 kolkhozianos presos. Mas seria essa a solução para esse velho problema no campo? Claro que não. Impossível vencer um inimigo disperso em um imenso território. A solução? Eliminá-los pela fome. Mesmo com os pedidos desesperados de burocratas bolcheviques fiéis ao partido para que o chefe da polícia política, Molotov, afrouxasse as requisições, devido à ameaça real de fome em pleno inverno na Ucrânia, e da conseqüente falta de gente para plantar a próxima safra, a resposta foi negativa. O resultado é história. Totalizando cerca de quatro milhões de mortos, designado de "Holodomor” ou "Holocausto Ucraniano". Essa tragédia foi causada por  umaa ação um ação deli delibe bera rada da de exte exterm rmín ínio io dese desenc ncad adea eada da pelo pelo regi regime me sovi soviét étic ico, o, visa visand ndoo especificamente o povo ucraniano, para facilitar uma posterior sovietização do país. A mesma tática se repetiu em outras repúblicas. Calcula-se que 1,3 a 1,5 milhões tenham morrido no Cazaquistão (exterminando 33% a 38% dos Cazaques), além de centenas de milhares no Cáucaso do Norte e nas regiões dos rios Don e Volga, onde a área mais duramente atingida correspondia ao território da República Socialista Soviética Autônoma Alemã do Volga, totalizando aproximadamente aproximadamente cinco a seis milhões de vítimas, entre os anos de 1931 e 1933. Se os camponeses foram o alvo inicial de Stalin em sua “Grande Virada”, outra

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Outra categoria visada por Stalin em seus expurgos purificadores da ditadura do   proletariado foi a dos religiosos. Milhares dentre eles foram presos e deportados como colonos especiais ou enviados aos campos de concentração e trabalho forçado. Como reação natural a repressão e a deskulakização do campo, muitos camponeses  preferiram se auto-deskulakizar e emigraram em direção as grandes cidades em busca de trabalho. Seu número cresceu e começaram a ser vistos como um problema pelo governo, acos acostu tuma mado do a tudo tudo plan planej ejar ar e a tudo tudo prev prever er,, colo coloco couu nele neless a culp culpaa pelo pelo aume aument ntoo da criminalidade, das bebedeiras, e claro, do aumento dos gastos com alimentação. Para combater o êxodo rural em direção às cidades, que eram a vitrine dos sucessos do regime, o governo decide “passaportizar’ a população. Dividiu as cidades em duas categorias: abertas e fechadas a “estrangeiros”. Aqueles que não possuíam o passaporte que atestava sua origem natural naquela cidade eram expulsos, sem direito a emigrar para outra cidade, mesmo aberta. Os que não conseguiram fugir foram presos pela GPU e deportados para os campos de trabalho forçado, os “gulags”. A primavera de 1933 marcou o auge do grande expurgo da era Stalin, o que levava a alguns alguns membr membros os do parti partido do a se preocu preocupar par:: “Se nós não leva levamos mos em consid considera eração ção as necessidades mínimas dos kolkhozianos, não haverá mais ninguém para semear e assegurar a  produção” (p. 204).

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 Nas semanas que se seguiram, um grande número de opositores de Stalin no partido foram acusados de fazerem parte de um complô, julgados a portas fechadas e rapidamente executados. Essa foi a pior repressão jamais vista antes em um país em tempos de paz, o Grande Expurgo, também conhecido como o Grande Terror, entre 1936 e 1939, resultou na execução de 680.000 pessoas e na deportação de centenas de milhares. Em agosto de 1937, Stalin  pessoalmente autorizou o uso da tortura nas prisões e só proibiu novamente no final de 1938. O país, então, passou por um intenso período de terror, traição e desconfiança geral, que colocou a todos em um estado de tensão e delações generalizadas. Após o primeiro  processo em Moscou, em agosto de 1936, o ano de 1937 marca o lançamento real do Grande Terror. Para iniciar e desenvolver este terror em massa, Stalin utilizou o indispensável apoio de seus seguidores, mas também o zelo inegável de muitos funcionários locais, policiais e   buroc burocrat ratas as entusi entusiast astas as ou simple simplesme smente nte cida cidadão dãoss comun comunss int intere eressa ssados dos em delat delatar ar seus seus vizinhos. Os Três Processos de Moscou, entre 1936 e 1938 permitiram remover cinqüenta antigos camaradas de Lênin. Foi a fase mais dramática da liquidação da velha-guarda   bolchevique. Stalin finalmente consegue se livrar dos rivais por algum tempo. Também elimina a metade do Politburo, dizimando os delegados do XVII Congresso e excluindo três

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foram substituídos, o que fragilizou enormemente o exército vermelho nos primeiros anos de guerra. Ao fim do grande expurgo, o alto comando do Exército Vermelho estava dilacerado, carente de oficiais competentes para comandar a defesa da URSS contra a Wehrmacht  de Adolf Hitler.  Nos anos 30, houve um crescimento crescimento assustador do número de campos de concentração concentração de prisi prisione oneiro iros. s. Ali Alimen menta tados dos pelas pelas perse persegui guiçõe çõess im impla placá cávei veiss de Stali Stalin, n, os gul gulags ags se espalhavam por todo o território soviético. Os campos desempenhavam papel crucial na economia soviética. soviética. Produziam um terço do ouro do país, boa parte do carvão e madeira e muito de quase tudo o mais. Em Kolyma,  por exemplo, de 1932 a 1939, a produção do ouro extraído pelos 138.000 presos passou de 276 quilos para 48 toneladas, ou seja, 35% da produção soviética desse último ano. Após o infame Pacto de Não Agressão assinado entre a Alemanha de Hitler e a Rússia de Stalin, a Polônia foi invadida pela Alemanha, e logo em seguida pelos soviéticos. Começa imediatamente a sovietização dos novos territórios. A contabilidade oficial dos gulags relata o ingresso de 381.000 prisioneiros poloneses, poloneses, enquanto que historiadores poloneses afirmam que esse número chegou a um milhão. O Comissário do Povo Para o Interior, Lavrenti Beria propõe em uma carta a Stalin, o fuzilamento imediato de todos os oficiais presos, “inimigos encarniçados” do povo soviético.

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Em 28 de agosto de 1941 o Soviet Supremo emite decreto ordenando que toda a   popul populaçã açãoo de etnia etnia alemã alemã do terri territó tório rio sovié soviéti tico co fosse fosse deport deportada ada para para os campos campos de   prisioneiros do Cazaquistão e da Sibéria. Quantos cidadãos soviéticos de origem alemã chegaram vivos ao seu destino? Pergunta Nicolas Werth. Impossível contabilizar devido a situação apocalíptica apocalíptica que vivia o país em plena guerra. Alguns relatos de sobreviventes sobreviventes desse   per perío íodo do nos nos dão dão um umaa idéi idéiaa de como como eram eram trat tratad ados os esse essess infe infeli lize zes: s: “Nos “Nos vagõ vagões es hermeticamente fechados, as pessoas morriam como moscas, por causa da fome e da falta de ar: não nos davam nem de comer nem de beber” (p. 252). Após essa primeira leva de deportados alemães, uma segunda onda chegava de outras regiõe regiões: s: cheche chechenos nos,, inguc inguches hes,, tárta tártaros ros da Criméi Criméia, a, karach karachais ais,, balka balkars rs e kalmuk kalmukss foram foram deportados para a Sibéria, o Cazaquistão, o Uzbequistão e o Quirguistão, sob pretexto de "colaboração em peso com o ocupante nazista".

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grandes chefes militares soviéticos, a mando do serviço de inteligência britânico e de uma organização judaica americana. Como no primeiro Grande Expurgo, houve forte campanha na imprensa pedindo  punição severa aos terroristas e de mais uma faxina no partido. Para entender os motivos dessa nova onda de terror, é imprescindível entender a realidade dos judeus na Rússia e seu papel no stalinismo. Para pressionar os Estados Unidos a entrarem no conflito conflito abrindo uma segunda frente na guerra, o governo stalinista busca aproximar os judeus soviéticos, culturalmente bastante   prese presente ntess na Rússia Rússia,, com os jud judeus eus americ americano anos, s, igual igualmen mente te influ influent entes es naque naquele le país, país,  principalmente no setor financeiro e midiático. A idéia era utilizar as perseguições nazistas contra os judeus para influenciar a opinião pública e torná-la favorável à entrada dos Estados unidos no conflito.

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O desafio para os líderes que sobraram de todos os expurgos era manter o regime em  pé e ao mesmo tempo eleger um substituto que não fosse um novo Stálin. Estava claro para toda a oligarquia política, que os aparelhos repressivos não poderiam mais escapar do controle do partido, para que não se voltassem contra eles próprios novamente. Outras reformas importantes e que não podiam mais esperar: econômica e social. A economia estava totalmente em frangalhos, pois estava baseada em grande parte no Gulag. Era um modelo econômico econômico posto em prática nos anos 30, contra a vontade da imensa maioria da sociedade e que desembocara em ciclos repressivos de alto custo social e econômico para todo o país. Apenas duas semanas após a morte do grande irmão, uma surpreendente decisão demonstra a amplitude do que estava por vir: o desmanche quase que completo do Gulag e uma ampla anistia aos presos. Segundo Beria, outrora grande utilizador do sistema de campos

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Os opositores do regime também mudaram de tática. Ao invés do enfrentamento, exigiam o cumprimento das novas leis russas, e procuravam a ajuda da imprensa internacional  para que não caíssem do anonimato e não “desaparecessem” como ocorria num passado difícil de esque esquecer cer.. Alexan Alexandre dre Sol Solzhe zhenit nitsyn syn,, famoso famoso dissi dissiden dente te,, lança lança o li livro vro “O Arqui Arquipél pélag agoo Gulag”, onde relata toda sua trajetória em campos de concentração. Alexandre foi apenas expulso da União Soviética. A questão dos direitos do homem na Rússia foi reforçada depois da Conferência sobre a Segurança e a Cooperação na Europa, iniciada em 1973, em Helsinque. Toda a violação dos direitos do homem era relatada na imprensa internacional, o que ajudou a refrear o estado  policial. Analisando o período, tendo por base estudos de outros historiadores, Nicolas Werth destaca as várias formas de violência do estado soviético: violência política contra os

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mesmo da tomada do poder, mas como medida transitória, com Stalin a violência, fazia parte do governo. O pleno controle da contabilidade das perseguições e seus ciclos sugerem inclusive, ações ações plane planejad jadas as e progra programad madas as.. Ao mesmo mesmo tempo tempo em que os desast desastres res log logíst ístic icos os das deportações, a ineficiência do sistema Gulag, e os efeitos em cadeia do terror, que gerava ainda mais violência, põem em dúvida o domínio total do governo no planejamento do terror.  Nicolas Werth finaliza, apontando a própria sociedade soviética como co-responsável  pelo terror. Apreciação pessoal do resenhista

O Livro Negro do Comunismo é um livro ainda incompleto. A discussão da obra se

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adversários uma parte da humanidade indigna de existência. A diferença é que o modelo comunista baseava-se no extermínio de determinada classe, o modelo nazista no de raça. A pergunta incômoda é a seguinte: por que o holocausto nazista foi conhecido e condenado em todo o mundo, enquanto o Holodomor ucraniano demorou tanto tempo para ser  reconhecido reconhecido (quase ( quase cinqüenta anos depois)? Outra grande questão provocativa levantada por Courtois: os historiadores têm falhado

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